THOMSON REUTERS

LA LEY

P o l ít ic a s d e p r e v e n c ió n

DEL DELITO EN LAS

EMPRESAS
PARTE GENERAL

G u st a v o B a l m a c e d a H o yo s
Profesor de Derecho penal
Universidad de los Andes
Chile

R o d r ig o G u e r r a E sp in o sa
Profesor Ayudante de Derecho penal
Universidad de los Andes
Chile

C on la colaboración de Pablo Albertz

LEGALPUBLISHING f |Q f | THOMSON REUTERS

PO LÍT ICA S DE PREV EN CIÓ N D EL D ELITO EN LAS E M PRESAS
PARTE GENERAL
© G u s t a v o B a l m a c e d a H o y o s - R o d r ig o G u e r r a E s p in o s a
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prohibido. Usos infractores pueden constituir delito.
 “De aquel que opina que el dinero puede hacerlo todo,
cabe sospechar con fundamento que será capaz de hacer
cualquier cosa por dinero".
“Presta dinero a tu enemigo y lo ganarás a ¿l; préstalo a
tu amigo y lo perderás”.
Benjamín Franklin
 Í n d ic e

Página
P r ó l o g o ....................................................................................... 1

I n t r o d u c c i ó n ........................................................................... 5

C a p í t u l o I:
T e r m i n o l o g í a -, “p o l ít ic a ” d e p r e v e n c ió n , n o

"m o d e l o ” d e p r e v e n c ió n

1. G e n e r a l id a d e s .............................................................. 15
2. F u n d a m e n t o s d e l a s P.d .P. d e d e l i t o s
E N L A E M P R E S A ......................................................... 17
2 .1. Cumplim iento efectivo de la legalidad
vigente.............................................................. 17
2.2. Promoción de una cultura empresarial de
com prom iso................................................... 20
2.3. Investigación interna de la infracción de
la legalidad....................................................... 22
2.4. Im pedir la com isión de delitos en la
empresa........................................................... 24
2.5. Detección, prevención y disuasión de
delitos com etidos en la empresa: un
tratamiento de los riesgos asociados al
comportamiento delictual............................. 26
 Página

3. Anteced en tes d e r ie s g o para l o s n e g o c io s

en C h i l e ............................................................................... 29

4. P r in c ip io s d e u n a P.d .P................................................ 31
5. P o l í t i c a g e n e r a l d e p r e v e n c ió n d e d e ­

lito s 33

6. E stán d ares m í n im o s d e u n a P.d .P......................... 38

C o n c l u s i ó n ................................................................................................................... 49

C a p í t u l o II:
P r o c e d im ie n t o s de una P.d .P.

1. G e n e r a lid a d e s ........................................................ 51
2. A c t i v i d a d e s d e p r e v e n c i ó n ................................ 52
2 .1. Difusión y entrenam iento................ 53
2.2. Identificación y análisis de riesgos............... 54
a) Identificación de riesgos....................... 55
b) Identificación de controles.................. 56
c) Evaluación de riesgos........................... 57
c .l. Escala de Evaluación de Impac­
to............................................................. 58
c.2. Escala de Evaluación de Probabili­
d ad .......................................................... 58
d) Evaluación de controles...................... 59
2.3. Implementación de controles de preven­
ción de d elitos................................................ 60
a) Actividades de detección:........ 60
a. 1. Auditorías de cumplimiento de los
controles del m o d elo ........................... 61

II
 Página
a.2. Revisión de litigios............................... 62
a.3. Revisión de denuncias y coordina­
ción de investigaciones........................ 63
a.4. Actividades de respuesta:..................... 65
a.4.a. Denuncias a la justicia........................ 65
a.4.b. Coordinación de sanciones disci­
plinarias................................................. 66
a.4.c. Registro y seguimiento de casos y
sanciones............................................... 67
a.4.d. Comunicación de sanciones y me­
jora de las debilidades......................... 69
b) Actividades de supervisión y moni-
toreo ....................................................... 69
b .l. Actualización del programa............... 69
b.2. Supervisión del program a.................. 70
b.3. Seguimiento a la gestión del encar­
gado de prevención.............................. 71
b.4. Certificación del program a............... 71
b.5. Áreas de apoyo al programa de
prevención de delitos.......................... 72
a.5.1. Gerencia de Asesoría de Asuntos
Legales o Fiscalía.................................. 73
a.5.2. Gerencia de Administración y Fi­
nanzas ............................................. 73
a.5.3.Com unicaciones.................................. - 7 4
a.5.4. Recursos Humanos o Gerencia de
Personas................................................. 74
a. 5.5. Auditoría Interna................................. 75
a.5.6. Contraloría Corporativa..................... 75

III
 Página

a.5.7. Comité de Etica.................................... 76

a.5.8. Comité de D irectores......................... 76

3. A plicación de una P.d .P...................................... 77

3.1. Generalidades................................................. 77
3.2. Aplicabilidad y Alcance................................. 78
3.3. Enunciado de la Política............................... 78
3.4. Sin represalias (a)............................................ 79
3.5. Confidencialidad............................................ 80
3.6. Requisitos C lave............................................. 81
3.7. Cómo in form ar.................... 81
3.8. A nonim ato...................................................... 82
3.9. Sin represalias (b)................................... 83
3 .1 0 .Informes........................................................... 84
a) Infraestructura local de los infor­
mes........................................... 84
b) Casos Informados a nivel de gru­
p o ................. 85
c) Responsabilidades................................. 86
c .l. Grupo Supervisor de Seguridad y
Prevención............................................. 86
c.2. Los Encargados de Prevención de las
secciones de la Empresa...................... 86
c.3. Los Encargados de Prevención Lo­
cales de las distintas sucursales o
filiales de la empresa............................ 87
c.4. Cumplimiento del Grupo de Segu­
ridad y Prevención............................... 88
c.5. Directores y Empleados....................... 88
a) Implementación.................................... 89

IV
 Página

b) Documentos relacionados.................. 90
c) Disposiciones Finales.......................... 91
4. S i s t e m a d e a t r i b u c i ó n d e r e s p o n s a b i l i ­
d a d .......................................................................................... 91
4.a. M odelo de responsabilidad heteróno-
m o..................................................................... 93
4,b. Modelo de responsabilidad autónom o 98
4.c. Perspectiva lógico-sistémica......................... 100
4.d. Perspectiva legislativa-comparada................ 105
4.e. Perspectiva histórico-dogmática.................. 110
5. S a n c i o n e s ................................................................. 12 7
5.a. Disolución de la persona jurídica o can­
celación de la personalidad jurídica............. 128
5 .b. Prohibición temporal o perpetua de cele­
brar actos y contratos con los organismos
del Estado........................................................ 132
5.c. Pérdida parcial o total de beneficios
fiscales o p ro h ib ic ió n ab so lu ta de
recepción de los mismos por un período
determ inado................................................... 134
5.d. M ulta a beneficiofiscal.................................. 13 7
5.e. Penas accesorias............................................. 139
5 .e .l. Publicación del extracto de la sen­
tencia...................................................... 139
5.e.2. Com iso.................................................. 141
5.e.3. Entero en arcas fiscales de cantidad
equivalente a inversión de recursos
superiores a los ingresos que la
persona jurídica genera....................... 141

V
ì

P ágina

6. B e n e f ic io s d e im p l e m e n t a r u n a P.d .P. 142

C o n c lu s ió n ................................................................................. 149

C a p í t u l o III:
C a so s p r á c t ic o s

1. I n d u s t r ia s C e r e s it a S .A .............................................. 153
2. E m p r e s a S a l m o n e s C o l b ú n L im it a d a y So­
c ie d a d A g r íc o l a M e c a n iz a d a L im it a d a 160
3. C a s o CNA: U n i v e r s i d a d e s I n t e r n a c i o n a l

SE K , Pedro de V a l d iv ia y del M a r ..................... 163

C o n c l u s i ó n F i n a l ...................................... i......... 167

E x cu rso ......................................................................................... 171
B ib l io g r a f ía ................................................................................. 179

VI
 Prólogo

El libro que el lector tiene en sus manos es una

obra sobresaliente. Ello es debido, no sólo a la rigu­
rosa sistematización de una materia tan novedosa
como desafiante, sino al extraordinario contenido,
rico en referencias a la evolución del Compliance
y a la discusión moderna sobre la responsabilidad
penal de las personas jurídicas. La obra está llama­
da a convertirse en una referencia para prácticos y
teóricos que tienen que enfrentarse a cómo preve­
nir y, en su caso, cómo atribuir la responsabilidad
penal de las empresas. En demasiadas ocasiones,
la discusión respecto de lo primero se ba mostrado
desligado del debate respecto de lo segundo.
En este sentido, debe tildarse de relativamente
reciente la vinculación entre la culpabilidad em­
presarial y la cultura empresarial. En general, las
defensas de las empresas frente a la constatación
objetiva de que se había producido un delito en el
seno de las mismas era —y en muchos casos, sigue
siendo- sumamente limitada. Se examinaba, fun­
damentalmente, si la persona física había actuado
dentro del marco de sus competencias y si había
pretendido beneficiar a la empresa. Pero más allá
de dichos presupuestos, de poco servía advertir
que la empresa había cumplido con las exigencias
de un Good Corporate Citizen.
Frente a dicha tendencia hacia una responsabi­
lidad objetiva de las empresas se ha contrapuesto
un movimiento en las últimas dos décadas hacia
la constatación de un injusto propio y una culpa­
bilidad propia de la persona jurídica para poder
imponerle una pena en sentido estricto. Especial­
mente este último aspecto -e l de una culpabilidad
empresarial para imponer una pena empresarial—
ha sido objeto de un intenso debate y las legisla­
ciones más avanzadas —como la chilena—son un
claro ejemplo de la búsqueda de un equilibrio entre
razones de política criminal para sancionar a las
empresas y las garantías que debe llevar aparejada
la imposición de una pena a las mismas.
Ya el título de la obra es notablemente sig­
nificativo de lo que se pretende: no un mero
“modelo”, sino una verdadera “política” empre­
sarial de prevención y tratamiento de los delitos.
En muchas ocasiones, se ha pretendido salvar la
posible responsabilidad penal empresarial me­
diante la presentación de un mero “modelo” o
plan de prevención. Sin embargo, debido a las
consecuencias devastadoras de este tipo de res­
ponsabilidad para las empresas, se torna necesaria
la visión general por la que aboga esta obra para
tratar adecuadamente el antes y el después de la
comisión del delito en el seno de la empresa. El
operador jurídico que deba imponer una pena a la

2
persona jurídica, o eximirla de la misma, sin duda
deberá prestar suma atención a dicha política de
cumplimiento.
Ello im plica un cambio en la m entalidad
empresarial, muy proclive a limitarse al checklist
de requisitos para una determinada certificación.
Se trata de la institucionalización de una verda­
dera cultura empresarial de cumplimiento de la
legalidad que va más allá de lo que ha venido a
denominarse un make-up com plidnce. Para ello
resulta indispensable que exista el ya conocido
tone a t the top, es decir una asunción activa por
parte de la dirección de la empresa de la política
de cumplimiento. En este sentido, debe subrayarse
la importancia de la política de cumplimiento -es­
tablecida fundamentalmente por personas físicas-
para que la cultura de cumplimiento -imperante
en la persona jurídica—sea realmente efectiva.
Ciertamente, resulta extraordinariamente com­
plicado entender los nuevos deberes de Compliance
impuestos a las personas jurídicas si no se tiene en
cuenta el impacto que ha tenido la autorregulación
empresarial en la sociedad moderna. No puede
desconocerse que con los modelos de autorrespon-
sabilidad penal empresarial -como el chileno- se
transfiere a la empresa una parte importante del
enforcem ent penal: es la empresa la que tiene que
prevenir la comisión de delitos, detectarlos cuando
se han producido, investigarlos una vez detectados
y reportarlos a las autoridades -en caso de que así
lo considere procedente—.

3
 Sin duda, las empresas se muestran en principio
reacias a invertir los recursos necesarios para ade­
cuar sus departamentos a las nuevas exigencias de
la responsabilidad penal de las personas jurídicas.
Sin embargo, una decisión de ahorro de recursos
a corto plazo puede tener consecuencias -como ya
he indicado- devastadoras a medio y largo plazo.
Y no se trata ya de la imposición final de una
pena después de un extenso proceso judicial, sino
del coste reputacional que el mismo inicio de un
procedimiento penal tiene frente a la empresa. La
Alta Dirección de las empresas tienen que tomar
conciencia de que están expuestas al riesgo penal
y que, al igual que ocurre en otros sectores de su
actividad, un risk m anagem ent adecuado de este
tipo de riesgo —especialmente pernicioso—es una
obligación no sólo para con la entidad, sino para
con sus accionistas y Stakeholders.
En definitiva, esta obra proporciona -como así
se declara expresamente—una guía práctica - y ha­
bría que añadir: sumamente bien fundamentada-
de cómo abordar el tratamiento del riesgo penal
empresarial. Su lectura sólo puede aportar benefi­
cios a su lector; si, además, la lectura se traduce en
una implantación de la política empresarial aquí
propuesta, el beneficio será exponencialmente
mayor para la propia entidad.
En Madrid a 27 de diciembre de 2013
C a r l o s G ó m e z - J a r a D íe z
Profesor de Derecho Penal
Universidad Autónoma de M adrid
Abogado - Director Corporate Defense

4
 In t r o d u c c i ó n

En el mundo de los negocios contemporáneo

adoptar un M odelo d e P revención (en adelante,
M.d.P.) de delitos al interior de las empresas se ha
convertido en una necesidad. Estos modelos han
sido parte de una evolución que introduce una
nueva cultura en el ámbito empresarial. Esta evo­
lución está acompañada en sus inicios por el XIII
Congreso de la Asociación Internacional de Dere­
cho Penal, celebrado en El Cairo en el año 1984; el
Proyecto de CP de la República de Guatemala, y la
adhesión al principio de que las sociedades pueden
delinquir en múltiples Ordenamientos del Derecho
Comparado; sucesos históricos que admiten, entre
otros, la posibilidad de responsabilizar penalmente
a las empresas en el contexto internacional1.
La complejidad de los procesos de una em­
presa crea las condiciones para que se produzcan
una serie de hechos delictuales en su estructura y
actividades de comercio. En este contexto surgen
formas de criminalidad que estarán relacionadas

1 Respecto de la evolución histórica de la responsabilidad penal

de las personas jurídicas, véase K Ü N SE M Ü LLE R (20 10), p. 163ss.

5
con daños contra el medio ambiente, faltas de
seguridad para los trabajadores en la empresa,
defectos en productos de fabricación masiva,
lavado de activos, cohecho, delitos económicos,
entre otras figuras2. Evitar este tipo de conductas
será el foco de los modelos de prevención según
las prioridades legislativas de cada país3.
No es casualidad que la popularidad actual de es­
tos modelos sea consecuencia de la introducción en
Chile de la Ley 20.393, Ley chilena sobre responsa­
bilidad penal de las personas jurídicas (en adelante,
LChRPPJ). Su reconocimiento y difusión es parte
de un proceso de integración a la Organización de
Cooperación y Desarrollo Económico (en adelante,
OCDE)4. En este proceso de integración, el Grupo
de Trabajo de Anticorrupción de la OCDE deter­
minó que las sanciones civiles y administrativas del
Ordenamiento chileno no eran lo suficientemente
eficaces, disuasivas y proporcionales en la preven­
ción de delitos al interior de las empresas5.

2 Bacigalupo (2001) p. 24s.

3 En este sentido, cada Estado puede tomar las medidas
que estime convenientes para adaptar su sistema legislativo
a los compromisos o convenciones internacionales en el
ámbito internacional. Así, las recomendaciones del Grupo de
Anticorrupción de la Organización de Comercio y Desarrollo
Económico (en adelante, OCDE) son directrices que se deberían
seguir para modificar las diferentes legislaciones (M atus [2009]
p. 58s).
4 H ern án d ez (2010) p. 208s.
5 M atus (2009a) p. 59s.
 En este sentido, la LChRPPJ vino a perfeccionar
el sistema jurídico-penal chileno recogiendo las
tendencias del Derecho comparado, estableciendo
mecanismos que incentivan a las empresas a adop­
tar modelos d e p reven ción respecto de situaciones
que pueden traer aparejadas sanciones penales a la
empresa6. Estas sanciones van desde multas hasta
la disolución.
Es posible atribuir responsabilidad penal a la
empresa en Chile cuando alguno de los delitos de
lavado de dinero, cohecho o financiamiento del
terrorismo, sea cometido en interés o provecho
de la misma tanto por sus dueños, controladores,
responsables, ejecutivos principales, representantes
o cualquier persona que tenga una función de
administración y supervisión, como, asimismo,
aquellos miembros que se encuentren bajo sujeción
directa de supervigilancia. Sin embargo, al parecer,
también podría haber espacio en la legislación chi­
lena para dar lugar a una suerte de responsabilidad
autónom a de la empresa, es decir, se podría atri­
buir responsabilidad penal aunque no sea posible
identificar a la persona natural que participó en la
comisión del ilícito en favor de la empresa.
Si bien la LChRPPJ recoge las tendencias actua­
les de otros sistemas jurídicos, estableciendo una
política orientada a la prevención de la comisión
de delitos en la empresa más que la persecución de

6 M atus (2009a) p. 55s.

7
las personas naturales7, hay que admitir que esta
política no genera desde sus inicios un cambio
radical en nuestra cultura empresarial. Así, según
la encuesta de Sondeo de Generación Empresarial,
el 73% de los empleados, de una muestra de 43
empresas chilenas, al poco tiempo de entrar en
vigencia desconocían la Ley que sancionaba a las
empresas que se involucraban en lavado de activos,
fmanciamiento del terrorismo y cohecho8.
Esta materia comienza a adquirir importancia
entre las empresas auditoras chilenas con el oficio
circular N° 638 de 13 de octubre de 2010 de la
Superintendencia de Valores y Seguros (en adelante,
SVS). Este oficio tuvo por finalidad obtener un
flujo de inform ación respecto de las acciones
desarrolladas por las empresas auditoras para la
creación de programas de inducción y capacita­
ción en sus sistemas de prevención, detección de
los delitos en su estructura organizacional, buenas
prácticas o adopción de estándares internacionales
sobre la materia, existencia de manuales o proce­
dimientos destinados a evaluar la pertinencia de
reportar ilícitos en las gerencias de las compañías
auditadas y otras medidas que se hayan adoptado

7 M atus (2009a) p. 55.

8 Los resultados de esta encuesta fueron publicados en el
diario El Mercurio de Santiago el 11 de octubre de 2 010. Véase
RlVEROS (2010) passim .

8
en la entidad auditora destinadas al cumplimiento
efectivo de las funciones en comento9.
Ahora bien, cabe recordar que la discusión
sobre la responsabilidad penal de las personas ju­
rídicas en Chile no es algo nuevo. Incluso mucho
antes de la LChRPPJ, esto es, en el año 1938, se
planteó la idea de un modelo en el Proyecto de CP
de Pedro Silva y Gustavo Labatut, que incluyó
un título sobre la responsabilidad de la persona
jurídica que fue estudiado en las Quintas Jornadas
de Ciencias Penales sobre Delitos Económicos, coor­
dinadas por el Instinto de Ciencias Penales, del 17
al 20 de octubre de 196910.
En este contexto, en Buenos Aires, en 1938,
se celebró el Prim er Congreso Latinoamericano de
C rim inología. En dicho Congreso, Pedro Silva
realizó una presentación que propiciaba el sistema

9 El Oficio 638 de la SVS, dictado el 1 3 .10 .2 0 1 0 , se puede

encontrar en línea en http://www.svs.cl/normativa/ofc_638_2010.
p d f (Consultado 05/12/2013).
10 Eduardo Vargas, M inistro de la Corte Suprema de la época,
en el discurso de las Quintas Jornadas de Ciencias Penales sobre
Delitos Económicos, señaló que “para la sanción de estos delitos
económicos es preferible optar por medidas también de carácter
pecuniario, como multas o comiso de los bienes acaparados o
bien privación de Derechos, que es necesario hacer extensivas
a las personas jurídicas, com o lo supo establecer en form a clara
el proyecto de CP de los Sres. Pedro Silva y Gustavo Labatut,
proyecto sumamente m eritorio, que se adelantó a la época en
que fue redactado y cuyas bondades no han sido suficientemente
reconocidas”. Véase V A R G A S (1962) p. 13.

9
•>

de responsabilidad penal de la persona jurídica.

Esta tesis que representaba a la delegación chilena
tuvo éxito11. Sin embargo, ésta no estuvo exenta
de detractores en la doctrina chilena, como por
ejemplo, las críticas que formuló el profesor Luis
Cousiño Mac Iver12.
Es importante señalar que el planteamiento de
Pedro Silva, a favor de la responsabilidad penal de
la persona jurídica, se apoyaba en un auge extraor­
dinario del movimiento corporativo y sindical,
la extensión de capacidad de las personas jurídi­
cas en sociedad en el ámbito de sus actividades
comerciales, la intensificación del concepto de
responsabilidad y la posibilidad de qüe las cor­
poraciones cometan infracciones legales a través
de sus representantes, entre otros argumentos13.
Asimismo, Silva, haciéndose cargo de las crí­
ticas planteadas por Cousiño, señaló que éstas
se sitúan dentro del Derecho penal común, en
circunstancias de que el sistema presentado era
de carácter excepcional, estando compuesto por
figuras distintas, en ciertos casos, a los principios
generales del Derecho penal común14.
El sistema propuesto por Silva tuvo por fina­
lidad prevenir el peligro que pueden presentar las

11 S ilva (1962) p. 103.

12 Silva (1962) p. 106.
13 S ilva (1962) p. 104s.
14 S ilva (1962) p. 106.

10
empresas en el ámbito delictual, definiendo aque­
llos ámbitos en que pueden estar más expuestas15.
Por ello, planteó, haciéndose cargo de la visión
tradicional del Derecho penal de Luis Cousiño
Mac Iver, que “[s]i una doctrina no ofrece solución
para los problemas que surgen de la convivencia
social, hay que revisar y rectificar sus principios
ante la imposibilidad de sociólogos y juristas para
prescindir o suprimir los factores surgidos” .
Es importante destacar que en dicha época
la jurisprudencia chilena sobre esta materia era
prácticamente inexistente17. Sin embargo, po­
demos indicar que una sentencia, de fecha 11 de
diciembre de 1935, dictada por el Ministro Carlos
Campos “designado en visita para conocer del pro­
ceso seguido contra la Compañía de Electricidad
Limitada”18, admitió la responsabilidad penal de
la persona jurídica, “pero por razones carentes de
todo valor jurídico 9, según Cousiño, debido a
la interpretación analógica que realizó de las ca­
racterísticas de la empresa respecto de la persona
natural20.

15 S il v a (19 6 2 ) p. 106s.
16 S il v a (1962) p. 10 7 .
17 C o u s iñ o (1979) p. 27 9.
18 Sobre esto, véase C o u s iñ o (19 7 9 ) p. 2 7 9 .
19 C o u s iñ o (19 7 9 ) p. 279.
20 Ibid.

11
1

Si bien la responsabilidad penal de las personas

jurídicas desapareció durante un buen tiempo21,
antes de resucitar en la jurisprudencia chilena
gracias a la LChRPPJ, reaparece con los casos de
la empresa Ceresita, Salmones Colbún y de las Uni­
versidades d el Mar, Pedro de Valdivia e Internacional
SEK A modo de ejemplo, en este último caso, las
universidades fueron formalizadas por la Fiscalía
Metropolitana Oriente el 22 de mayo de 2013, por
el presunto pago de “coimas” (alrededor de 300
millones de pesos) de los rectores al expresidente
de la Comisión Nacional de Acreditación, Luis
Eugenio Díaz, por asesorías irregulares. Casos que
serán descritos brevemente en el tercer capítulo de
este libro22.

21 Se puede ver un tratamiento dogmático de la materia de la

responsabilidad penal de la persona jurídica antes de la LChRPPJ
en S il v a (19 3 8 ) passim ; O n f r a y (20 01) passim-, M o r e n o (2004)
passim .
22 Es importante señalar que no se analizará el caso de las
empresas LAN Chile y Lucchetti, pese a la importancia que le entregó
la abogada de la O CD E Leah A m b ler-m a n ga d a del Departamento
an ticorru p ción para A m érica Latina- d en tro d el sem inario
celebrado el 25 de octubre de 2 0 1 3 en la Universidad d élos Andes
de Chile, denominado: “Chile, la Organización de Comercio y
Desarrollo Económico y la lucha contra la corrupción”, porque éstos
exceden el campo de responsabilidad del modelo legislativo chileno.
En este sentido, la Ley chilena tiene un catálogo taxativo de delitos
que no comprendería las posibles figuras delictuales presentes en
los casos mencionados y, asimismo, ésta no cuenta con estrategias
de vinculación con otros países respecto de estos supuestos.

12
 Este proceso que ha experimentado Chile tiene
que replicarse en otros países latinoamericanos. Si
bien las diferentes naciones son libres de adoptar
las medidas o modelos que estimen pertinentes
para dar una respuesta a la criminalidad empresa­
rial, este libro tiene como propósito entregar los
elementos adecuados para desarrollar una Política
d e Prevención (en adelante, P.d.P.) d e delitos en la
empresa, considerando las exigencias de la legis­
lación chilena, modelo legislativo que se estima
“avanzado”, y que nace a partir del estudio com­
parado de diferentes modelos, como por ejemplo,
el norteamericano e italiano23. Lo anterior, con la
intención de que las empresas puedan construir
sobre ésta un M.d.P. adecuado frente a las exigen­
cias del mercado.
Nuestra finalidad consiste en realizar un análisis
y descripción de aquellos elementos esenciales de
una P.d.P. entregando un panorama general del
estado de la cuestión en Chile que sea útil para el
resto de la comunidad latinoamericana. De esta
forma, por medio del análisis de cada uno de los
requisitos áe\M.d.P. de la LChRPPJ, pretendemos
construir una P.d.P. adecuada para estos fines.
Como tendremos oportunidad de revisar en
breve, el objetivo de una P.d.P. consiste en que
la empresa no se vea expuesta a graves sanciones,

23 M a t u s (2009) p. 6 6 . Asimismo, podemos decir que e l

modelo chileno se encuentra “a la vanguardia de los Ordenamientos
juWdicos en esta materia” ( G ó M E Z -J a r a [2010] p. 457).

13
como su disolución. Así, la importancia de una
P.d.P. no radica sólo en los lincamientos generales
para la certificación de un M.d.P ., sino que tam­
bién en fijar aquellos puntos esenciales para una
buena defensa ante los tribunales.
Finalmente, aunque las diferentes líneas de ne­
gocios de una empresa dificultan la tarea de crear
un único M .d.P que sea efectivo para todas ellas, es
posible entregar una P.d.P. que permita establecer
los principios generales que los modelos deben
considerar para operar de manera eficiente ante
cualquier eventualidad. Así las P.d.P. que adopte
una empresa son importantes porque el solo hecho
de tener una certificación del modelo no las libe­
rará o eximirá de responsabilidad, aparentemente,
ante los tribunales .

2/> M atus (2013b) p. I4ss.

14
 C a p ít u l o I:
T e r m in o l o g ía : “p o l ít ic a ” d e p r e v e n c ió n ,
n o “m o d e lo ” d e p r e v e n c ió n

1. G e n e r a l id a d e s

Hablamos de una P.d.P. y no de un M.d.P. por­

que pretendemos dar a conocer aquellos puntos
necesarios —y que son comunes—para la implemen-
tación, planificación y aplicación de un M.d.P. a la
realidad específica de “cualquier” empresa.
La implementación y diseño de un M.d.P. que
sea efectivo, es decir, capaz de impedir o prevenir la
comisión de delitos al interior de la organización,
requiere de una adecuada P.d.P. que sea capaz de
considerar aquellos puntos esenciales para aplicar
un M.d.P., considerando los códigos de conducta
de la empresa, frente a indicios de un comporta­
miento delictivo en su interior.
La Pd.P que presentamos permite no sólo coor­
dinar la implementación de un M.d.P. También
permite entregar, tanto a los ejecutivos principales
como a todos los trabajadores de la empresa -se
democratizan los riesgos y el sistema de imputa­
ción—, conocimientos esenciales sobre los cuales
se debería edificar todo el modelo preventivo.
Ello implica estudiar de forma previa la estructura
15
empresarial-, identificando los roles del personal y
riesgos asociados a los procedimientos que con­
trolan o dirigen. Lo anterior, con la finalidad de
adoptar medidas acordes con los deberes de vigi­
lancia y supervisión que exige la normativa chilena.
En este orden de ideas, una P.d.P. debería pre­
tender constituir una síntesis de todos aquellos
aspectos relevantes para la op era tivid a d de un
M.d.P. en la empresa. Así una P.d.P. no consiste
en una mera descripción de principios y valores
abstractos que la empresa busca proyectar en la
sociedad. Una P.d.P. es una guía práctica sobre
aquellos elementos que deben ser considerados
tanto para el funcionamiento de un M.d.P. como
para la planificación estratégica de una defensa ante
los tribunales.
La P.d.P. que presentamos se diferencia de los có­
digos de conducta y de los modelos de prevención
porque entrega una visión general que busca ejem­
plificar por medio del análisis de la Ley y de casos
jurisprudenciales, tanto a nivel nacional como
extranjero, cómo enfrentar estas situaciones de
manera práctica, con el propósito de evitar graves
sanciones a la organización, como por ejemplo: a)
la disolución de la empresa, b) la pérdida absoluta
o temporal de beneficios fiscales, c) la prohibición
absoluta o temporal de celebrar actos o contratos
con el Fisco, d) multas, y, e) sanciones accesorias,
como la publicación en un diario del extracto de
la sentencia que condena a la empresa, el comiso
de las especies del delito, etc.

16
 Finalmente, nuestra P.d.P. es una herramienta,
tanto para los empresarios como para los depar­
tamentos jurídicos de las compañías, que tiene
como finalidad enfrentar la problemática de pre­
vención de los delitos, ya sea con anterioridad o
posterioridad a su comisión. No basta, entonces,
con externalizar las tareas de prevención en impor­
tantes auditoras. A nuestro entender, es necesario
conocer como sujeto empresarial los elementos
clave de un m odebpreven tivo , para contrastar si las
empresas auditoras y los abogados que van a ejercer
la defensa de los intereses de la organización, ante
los tribunales de justicia, consideran los estándares
mínimos de prevención que establece el sistema.

2. F u n d a m e n to s d e la s P.d .P. d e d e lito s e n

L A EM PRESA

2.1. Cumplimiento efectivo de la legalidad vigen­

te. Una P.d.P. de delitos en la empresa se debería
sustentar en el cum plim iento de la normativa que
se encuentra vigente en el Ordenamiento jurídico
de que se trate (nos referimos a una identidad nor­
mativa que se estandariza gracias a las exigencias
impuestas por la OCDE con el propósito de ajustar
las buenas prácticas en el mercado mundial). Esta
idea se fundamenta en la autonomía con que cuen­
ta la empresa para establecer su propia política y
M.d.P. de delitos. En este sentido, la compañía es
la que mejor conoce sus propios procesos y la que
puede definir con mayor precisión, a diferencia de
la autoridad, cuáles son los procedimientos más

17
riesgosos en su interior que faciliten la comisión
de delitos.
El cu m p lim ien to n orm a tivo al cual debería
propender la compañía consiste en asegurar que
las actuaciones que se lleven a cabo por parte de
sus administradores y empleados cumplan cui­
dadosamente con la legislación vigente. Dicho
cumplimiento no implica sólo un aspecto formal
sino el establecimiento de mecanismos efectivos
que, en caso de vulneración de la norma, detec­
ten la infracción y sancionen debidamente dicha
conducta2^.
Se espera que el establecimiento de una P.d.P.
de delitos opere de manera satisfactoria en todos
los niveles de la empresa y se adapte a los cambios
del mercado, con el propósito de demostrar ante
la autoridad que el M.d.P. tiene una aplicación
efectiva. Lo anterior, con el propósito de que el
programa de cumplimiento sirva a la empresa para
establecer una eximente de responsabilidad o una
atenuante en caso de enfrentar un proceso judicial.
Asimismo, la existencia de una P.d.P. constituye
un argumento más en favor de considerar que la
comisión de un delito, al interior de la estructura
empresarial, es un hecho delictual que va más allá
de lo que era posible prever para la empresa26.
En la medida que los reglamentos de detección,

25 B a j o / F e i j o o / G ó m e z -Ja r a (2 0 12 ) p. 1 1 4
26 S il v a S á n c h e z (2 0 13 ) p. 31s.

18
control, evaluación y reducción de riesgos, para la'
concreción de un delito al interior de la organiza­
ción, imposibiliten o dificulten su producción. Por
ende, será posible considerar el funcionamiento
de esta P.d.P. como parte esencial de la defensa de
una empresa ante los tribunales.
De tal forma, situándonos en el contexto de esta
facultad de autorregulación empresarial, las me­
didas de cumplimiento o prevención establecidas
en la legislación constituyen incentivos para que
las empresas establezcan mecanismos de gestión,
organización y control para evitar la comisión de
hechos delictivos al interior de su organización27.
Lo anterior, con la finalidad de evitar sanciones
y participar junto con la autoridad en su perse­
cución.
Ahora bien, para que una P.d.P. de riesgos pe­
nales y un futuro modelo de cumplimiento adop­
tado e implementado en la compañía puedan ser
efectivos, deberían contener ciertos elementos que
garanticen la eficacia e idoneidad de que los fines
del sistema de prevención impidan o dificulten
considerablemente la exposición de situaciones
críticas e intolerables para la empresa.
La LChRPPJ en el art. 4o enumera una serie de
contenidos mínimos que todo “modelo” debería
contener. Sin embargo, en los hechos, la circuns­
tancia de que una política que tienda a evitar

27 N ie t o (2008a) p. 2 1 5 .

19
hechos constitutivos de delito y que reduzca la
probabilidad de que la empresa se vea expuesta a
responder en sede penal, no se contenta con dichos
elementos indispensables, toda vez que el legislador
chileno precisamente señaló, en virtud de la “auto­
rregulación regulada”, un marco general para que
toda compañía institucionalice programas de cum­
plimiento que deben verse reforzados, necesaria
y complementariamente, por otras herramientas
que aseguren que el sistema se encuentra operativo
y debidam ente actualizado ante las contingencias
que se vislum bren en el entorno en el cual se
desenvuelven los negocios de la persona jurídica.
2.2. P rom oción de una cultura em presarial de
compromiso. Las políticas y los program as de cum ­
plim iento efectivo posibilitan la configuración de
una organización adecuada para prevenir hechos
delictivos en el seno de la empresa. Sin embargo,
esta forma de organización no sólo busca establecer
una nueva estructura de prevención de delitos
al interior de la organización, sino que también
dar lugar a una nueva cultura empresarial que
pretenda fomentar el cumplimiento de buenas
prácticas corporativas.
La promoción de esta nueva cultura corporativa
busca evitar y reducir los riesgos empresariales para
la comisión de hechos delictivos por parte de sus
miembros. Esta cultura descansa en el argumento
consistente en que tanto los trabajadores como
directivos deben hacerse parte de esta tarea de pre­
vención de delitos en la empresa (democratización

20
de todo el sistema). Así, la cultura empresarial
debería reflejar un trato respetuoso para con el
Ordenamiento jurídico y debería plasmarse en una
voluntad general de cumplimiento de las buenas
prácticas en todos los niveles de la organización.
Por ende, es necesario que todos los miembros de
la empresa asimilen los procedimientos o proto­
colos internos de prevención y utilicen adecua­
damente los medios de asesoría, información y
denuncia que tengan a su disposición28.
En este contexto, las P.d.P. en la empresa son,
sin duda, instrumentos de orientación y formación
para sus miembros en el cumplimiento de los
códigos de conducta y éticos que se implementen o
haya adoptado la compañía. Sin embargo, estos
estándares o códigos dirigidos a los directivos y
empleados requieren de un M.d.P. que logre inte­
grar estos valores culturales de fidelidad al Derecho
en la actividad de sus miembros.
Ahora bien, esta cultura de fidelidad al Derecho
se manifiesta fundamentalmente por medio de los
planes de acción que adopten los altos mandos
de la empresa, es decir, el directorio y los puestos
de gerencia. La postura que adopte la sección de
los altos mandos es clave porque incide en la dis­
posición que los empleados tendrán para cumplir
y adaptar su com portam ien to conforme con las
normas de prevención de la compañía29.

28 C oca (2013) p. 56.

29 M o n t a n e r (2013) p. 148.

21
 Considerar una P.d.P. como configuradora del
correcto contexto organizativo de la empresa per­
mitiría en el evento de detectar un delito a su inte­
rior ejercer una función de prevención ajena a una
cultura criminògena. Lo expuesto, siempre que se
pueda acreditar, más allá de toda duda razonable, la
circunstancia de que la organización ha adoptado
e implementado durante todo su funcionamiento
un M.d.P. efectivo que se encuentre certificado y
adaptado a su realidad concreta, m odelo que de­
bería estar en permanente actualización según los
estándares requeridos por el sistema.
2.3. Investigación interna de la infracción de la
legalidad. Como tendremos oportunidad de revisar
en los siguientes apartados de este capítulo, una
de las funciones más importantes de una P.d.P. de
delitos debería orientarse a la investigación interna
de los riesgos asociados a la comisión de un delito
dentro de los procesos al interior de la empresa.
Por ende, una P.d.P. no puede centrarse sólo en
la conducta de sus miembros, sino que también
debería revisar la conducta de sus clientes, en el
contexto de aquellas operaciones comerciales que
parezcan sospechosas .

30 En este sentido, la LC hR P PJ establece una serie de

disposiciones que buscan la cooperación de las empresas en la
detección de operaciones sospechosas que puedan encubrir el
lavado de activos. Así, las empresas deben controlar y vigilar sus
transacciones comerciales, con el fin de inform ar a la UAF de Chile
sobre cualquier irregularidad que detecten dentro de estos procesos.

22
 En este orden de ideas, una P.d.P. permite que
los programas de prevención sirvan para, ^recons­
tituir prueba respecto de la posible comunicación
de cargos delictivos que pueda sufrir una empresa.
Por ello, una P.d.P. no recae sólo en el encargado de
prevención (oficialde cumplimiento), sino que tam­
bién incide en la actuación del resto del personal
de la empresa, es decir, tanto sobre el directorio,
ejecutivos, como en el personal subordinado, para
dar una respuesta coherente ante la autoridad31.
En este sentido, la empresa debería iniciar una
investigación interna cuando exista una denuncia
o una situación sospechosa que amerite dar inicio
a una investigación, considerando la emisión de
informes respectivos. Para ello, se deberán reunir
los m edios d e p ru eb a necesarios, por parte del
encargado de prevención, con la finalidad de
dar curso a una investigación y un tratamiento
adecuado a los riesgos detectados en caso de no
identificar algún responsable.
Una vez realizado el procedim iento de in ­
vestigación interna, para detectar los riesgos
que exponen a la empresa a una responsabilidad
penal, se adoptarán las medidas que se estimen
necesarias para prevenir la reiteración de las in­
fracciones detectadas. En este contexto las labores
de investigación interna de la entidad se enmarcan
dentro de las facultades de autorregulación. Así, por

31 Z u g a l d ía (2 0 13 ) p. 90.

23
medio del ejercicio de éstas, la organización asume
el compromiso y obligación de colaborar con la
autoridad en el esclarecimiento y persecución de
la comisión de delitos en su seno.
En términos simples, toda P.d.P. de riesgos
penales en la empresa se condice con una m ani­
festación indubitada de autorregulación tendiente
al cumplimiento legal, esto es, una forma de auto-
imposición voluntaria de estándares d e conducta
que busca asegurar el cumplimiento legal expli-
citado y sometido a un modelo de organización,
y, sin duda, uno de los procedimientos básicos de
esta fórmula preventiva consiste en las investiga­
ciones internas que la propia entidad ponga en
marcha ante situaciones eventualmente riesgosas
y que la expongan de manera eventual a asumir
responsabilidad penal.
2.4. Im pedir la comisión de delitos en la em pre­
sa. La principal razón para justificar la existencia
de las políticas de p reven ción d e delitos al interior
de la empresa, radica en el propósito de impedir
su comisión para evitar que se expongan a una
responsabilidad penal. Por lo tanto, un objetivo
manifiesto de los program as de cum plim iento que
debería ser monitoreado a través de una P.d.P. será
evitar la exposición a riesgos o escenarios posibles
para la responsabilidad penal corporativa.
Ahora bien, cabe señalar que nunca será posible
eliminar todo riesgo de comisión de delitos en la
estructura de la empresa, dado que cuando una
persona j urídica emprende el rumbo de iniciar y

24
desarrollar los negocios propios de su giro, innega­
blemente está expuesta a que alguno de sus miem­
bros cometa un hecho constitutivo de delito, pero,
en este caso, si es que la política y su consiguiente
modelo de cumplimiento se encuentra adoptada
e implementada de manera operativa y actualizada,
la actuación de la empresa se mantendrá dentro
de los límites permitidos de riesgo y, por lo tanto,
podría perfectamente salvaguardar su eventual
responsabilidad penal.
Para definir con precisión los riesgos a los cuales
se pueden ver enfrentadas, se deberá contar con
el apoyo de todos los encargados de las diferentes
unidades de negocio, o bien a través de auditores
externos que entreguen conocimientos técnicos
para identificar con claridad la mayor exposición
a los riesgos. No obstante lo anterior, también las
empresas clasificadoras podrán colaborar en esta
función, siempre y cuando se encuentren habili­
tadas para certificar modelos de prevención según
las exigencias de la autoridad (en Chile, SVS).
Por otra parte, las relaciones d e coordinación
y colaboración que se entablen con la autoridad
adm inistrativa y el M inisterio Público serán
esenciales para considerar aquellos cambios que
se deben realizar en la P.d.P. de delitos. Este tipo
de relación nos permitirá adaptarlos programas de
cumplimiento o modelos de prevención según las
nuevas exigencias que establezca la autoridad (en
Chile, la SVS, Unidad de Análisis Financiero -en
adelante, UAF- u otras entidades relacionadas.

25
 A dicionalm ente, es necesario recordar que
la prevención de delitos no sólo recae en las
funciones del encargado de prevención. Todos
los m iem bros de la empresa deben p articipar en el
proceso de detección de operaciones sospechosas
que puedan afectar el buen funcionamiento de
la compañía. Lo anterior, con la finalidad de que
ésta logre su óptimo rendimiento \com petitivi-
d a d a la luz de las nuevas exigencias d el m ercado
in tern a cion a l a l alero de la OCDE] y no se vea
afectada económica o comunicacionalmente por
un posible proceso penal.
De lo dicho, entonces, podemos sostener que
con la institucionalización de una P.d.P., más que
el objetivo de impedir “efectiva o materialmente”
la comisión de hechos delictivos, con este tipo de
medidas, las cuales deben ser eficaces y adecuadas,
se debería propender, en la práctica, a dificultar o
reducir de manera significativa su comisión.
2.5. D etección, prevención y disuasión de delitos
cometidos en la empresa: un tratamiento de los riesgos
asociados al comportamiento delictual. Como hemos
adelantado, las P.d.P. deben orientarse a detectar y
prevenir los diferentes riesgos que traen aparejados
las áreas de negocio de la empresa. En este orden
de ideas, estas funciones deben también buscar
desalentar en los administradores, representantes,
altos ejecutivos, subordinados y empleados de la
empresa la comisión de actividades irregulares o
sospechosas que puedan ser constitutivas de hechos
delictivos.

26
 Por una parte, la detección se plasma en el des­
cubrimiento de riesgos asociados al comportamien­
to delictivo en el seno de la compañía. Se ha dicho
en materia de fraude que la detección en la empresa
se puede materializar en un sistema de controles
que permita generar alertas oportunas cuando se
produzca una violación de los protocolos, ya sea
en materia de autorización de una operación, en
la forma de llevar los registros, en la política de
contrataciones32, o respecto de cualquier otro tipo
de irregularidad que pudiera indicar una señal de
que se cometió o se está cometiendo un delito.
La prevención, por otro lado, atiende fun­
damentalmente a la im plem entación de medidas
destinadas a eliminar las condiciones o factores
desencadenantes de la comisión de delitos en el
interior de la organización33. Dichas medidas
pueden manifestarse en un sistem a d e controles
internos integrado en los distintos procedimientos
de una P.d.P. de riesgos penales.
La disuasión, por su parte, como otro de los
objetivos de una política empresarial, debería en­
marcarse en el conocim iento de la existencia de un
efectivo sistema de controles internos que desaliente
a todos los miembros de la organización de la even­
tual comisión de delitos que expongan a la entidad.
Asimismo, se ha sostenido que para que realmente

32 C ano (2011) p. 67.

33 Ibid, p. 64s.

27
 se produzca el efecto disuasivo, es necesario que las
políticas de la empresa en todos los aspectos rela­
cionados con el desarrollo de las operaciones y su
registro impongan un am biente de adecuación a las
normas y transparencia en toda la organización34.
Es decir, el sistema de responsabilidad penal de las
personas jurídicas “democratiza” la imputación, en
el sentido de que todos los miembros de la entidad
se ven envueltos y/o exponen a la evitación y/o
generación de la responsabilidad.
La d etecció n , la p r e v en ció n y la d isu asión ,
comprendidos como los tres grandes propósitos
esenciales de toda P.d.P., se encuadra en lo que
se denomina “gestión de riesgos corporativos”.
Básicam ente, su gestión dice relación con el
establecimiento de procedimientos, protocolos
internos y medidas conducentes a m inim izar
infracciones en el seno de la estructura empre­
sarial35. De esta manera, el tratam iento de los
riesgos debería llegar a la conclusión de que exis­
ten riesgos soportables y otros intolerables para la
empresa. Estos últimos arrojarán, posiblemente,
como resultado, la producción de una responsa­
bilidad penal corporativa.
De este modo, la adopción e implementación
de una P.d.P. adecuada al giro de la empresa, no
sólo ayuda al establecimiento de medidas d ep r e­

34 C ano (2011) p. 65s.

35 C o c a (2013) p. 60.

I
ven ción amplias, para evitar futuros cargos por
infracción de la normativa, sino que también se
pueden orientar a incorporar sistemas de supervisión
al interior de las empresas, mecanismos de sanción
interna y pautas de perfeccionamiento de las me­
didas de control de riesgos36.
De esta manera y como analizaremos más ade­
lante, la gestión de riesgos contiene procedimientos
encaminados a la identificación de tareas, negocios,
actividades, del entorno, y resultados esperados;
al análisis de causas, impactos, controles; para la
cu an tificación de la máxima pérdida previsible,
probabilidad de ocurrencia, riesgo residual perma­
nente; la evaluación de controles críticos, estándares
de desempeño, diseño y efectividad del modelo, y
para el monitoreo o revisión del cumplimiento de los
procedimientos, todos los cuales quedan plasmados
en una matriz de riesgos en la que, fundamental­
mente, se pretenden desplazar los riesgos críticos
que se puedan identificar a zonas más seguras,
menos irregulares y más tolerables. Llevado a un
ejemplo cotidiano y -quizás- vulgar: eliminar las
ratas de un barco mercante es imposible. Lo que se
puede hacer es “reducir” su población.

3. A n t e c e d e n t e s d e r ie s g o p a r a l o s

N E G O C IO S EN C H ILE

La industria de los negocios alrededor de todo el

mundo se ha convertido en un punto de referencia

36 Ibid.

29
hacia el cual se dirigen las personas naturales y
las entidades con el propósito de cometer delitos
al interior de las estructuras empresariales. Esta
amenaza existe no sólo en las personas jurídicas
de Derecho privado, sino también en las empre­
sas donde tiene participación el Estado. Por ello,
con la publicación de la LChRPPJ, el día 2 de
diciembre de 2009, nace la decisión, en el con­
texto internacional de la OCDE, de expandir sus
esfuerzos para luchar contra el delito en el seno
de las compañías.
Este desafío en el área de los negocios y de la
empresa impone nuevas reglas para la gestión
corporativa e incluso para sectores o áreas que
con el paso del tiempo han dejado de tener cierta
inmunidad. Es así como los seguros de vida, las
empresas de giro inmobiliario, las de giro hospi­
talario, etc., requieren una continua y cuidadosa
revisión para prevenir el potencial criminal o el
uso indebido de sus servicios con fines delictivos.
Estos antecedentes de riesgo deben ser conside­
rados por un grupo de trabajo o departamento de
prevención en la empresa, integrado por miembros
de las distintas unidades de negocio y aprobados
por su encargado de prevención. Asimismo, estas
referencias de riesgo para los negocios deben tener
por finalidad garantizar la capacidad d e p reven ir
situaciones delictivas en todos sus niveles.
Finalmente, en el contexto de nuestra propues­
ta de P.d.P., se debería mencionar que los modelos
30
d e p rev en ció n o p rogra m a s d e cu m p lim ien to se
encuentran encabezados por un oficial de cumpli­
miento o encargado de prevención, quien debería
poseer facultades para dirigir, asesorar, advertir y
evaluar los riesgos aparejados a los procesos em­
presariales37. Lo anterior, para detectar indicios
de comisión de algún delito y poder adaptar los
modelos de prevención a los estándares mínimos
que enunciaremos a continuación. Sin embargo,
previamente, debemos centrarnos en los principios
y contenidos de una P.d.P. para dar paso a enunciar
los requisitos mínimos de un M.d.P.

4. P r in c ip io s de una P.d .P.

En Chile ningún negocio puede poner en duda

la cultura organizational contra los delitos de fi-
nanciamiento del terrorismo, lavado de dinero o
cohecho. Como sujeto empresarial se debería estar
atento a cualquier situación potencialm ente riesgosa
para la comisión de los delitos contemplados en el
art. I o de la LChRPPJ38. Sin perjuicio que la lista

37 Z U G A LD ÍA (2 0 13 ) p. 90.
38 El enfoque de estos principios depende del giro de
la empresa, debido a que si, por ejemplo, se trata de una
compañía de seguros, ésta puede estar más expuesta al lavado
de dinero que un hospital público. Asimismo, un hospital
púbico podría estar más expuesto al delito de cohecho, por
ejemplo, en las licitaciones que realiza para la compra de
instrumental hospitalario, etc.

31
de delitos, contemplada en el mencionado artículo,
en el futuro se extienda a otros ilícitos penales39.
En este sentido, el departamento de prevención
en la empresa debería sujetarse a propósitos y direc­
trices que materialicen las bases para la valoración
de los riesgos de incumplimiento de la norma, esto
es, a la probabilidad de la infracción de las reglas
a observar en los procesos de la empresa y princi­
palmente la exposición a sanciones penales por la
comisión de determinados delitos en su interior40.
En concreto, las empresas deben definir los
objetivos y valores que pretenden plasmar a tra­
vés de sus modelos preventivos. Así, una forma
adecuada para proceder al respecto nos parece el
incorporar en el M.d.P. un apartado referente a
la P.d.P. de la empresa. Esta sección no debería
ser sólo una descripción de valores abstractos de
cumplimiento de la norma, sino que debería in­

39 Delitos como los contemplados en la Ley de mercado

de valores, tributarios o los comprendidos en el CP. Esta
postura es sostenida por la abogada de la O CD E Leah
A m bler en el seminario sobre “Chile, La Organización
de Comercio y Desarrollo Económico y la lucha contra
la corrupción” celebrado en la Universidad de los Andes
el 25 de octubre de 2 0 1 3 . Asimismo, existe en estado de
tramitación parlamentaria un proyecto de ley en Chile, en
el primer trámite constitucional, radicado en la Cámara de
Diputados, Boletín 726 5 -0 7 .
40 M ontaner(2013) p. 148.

32
tegrar en la misma aquellos procesos y códigos de
conducta que la empresa considera básicos para
el funcionamiento del modelo de prevención en
su estrüctura organizacional.
Por último, cabe mencionar que si bien los ob­
jetivos de la Ed.P. en Chile deben orientarse princi­
palmente a impedir hechos delictivos, especialmente
de corrupción, lavado de dinero y financiación del
terrorismo, esto no implica dejar de trabajar en
fortalecer los lazos de colaboración con la autoridad.
Por ende, el trabajar con otros grupos sociales e
incluso la sociedad civil en búsqueda de nuevas
herramientas para la prevención de delitos al interior
de la empresa, puede ser parte de las medidas para
identificar y detectar operaciones sospechosas, sin
dejar de lado su interacción con otros organismos
internacionales especializados en estas materias.

5. P o l ít ic a g e n e r a l d e p r e v e n c ió n d e

DELITOS

Una política general deprevención, desde nuestra

perspectiva, debería estar construida sobre la idea
de que las empresas generan en su actuar una serie
de riesgos importantes, pero necesarios para el
desarrollo de nuestra sociedad. Por lo anterior, es
que el verdadero sentido de una P.d.P. se limita a
determinar cómo la misma empresa puede “ase­
gurar una gestión adecuada de dichos riesgos”41.

41 G ó m e z -Ja ra (2005a) p. 252.

33
 En este sentido, un elem ento que permite
asegurar una gestión adecuada de los riesgos es
realizar un análisis considerando los procesos pro­
ductivos de la empresa. Asimismo, esta gestión se
fortalece con un compromiso del departamento de
prevención consistente en actuar e investigar todo
comportamiento irregular u operación sospechosa
que pueda involucrar responsabilidad penal para
la organización, además de la designación de un
encargado que lidere las funciones de vigilancia,
control y supervisión en la empresa42.
Asimismo, lo fundamental, tratándose de políti­
cas generales de p reven ción , es que éstas sean un fiel
reflejo de la intención de la empresa de mantenerse
dentro de los cauces legales, donde la compañía
demuestre que no le sea indiferente, dentro de su
cultura organizacional, facilitar la comisión de
un delito al interior de su organización mediante
la adopción de un programa de prevención43 o
M.d.P. siguiendo la terminología de la legislación
chilena.
Igualmente, es importante considerar que en la
decisión de adoptar una P.d.P. en la empresa, no
sólo se deben considerar perspectivas éticas, sino
también económicas. La organización debería tener
en cuenta que las sanciones a las cuales puede
verse expuesta pueden afectar seriam ente su

42 B a c ig a l u p o (2 0 11 ) p. 90s.
43 G ó m e z -Jara (2005) p. 256.

34
prestigio en el mercado. En este sentido, si bien
las sanciones penales llevan aparejadas pérdidas
económicas, éstas también deterioran o afectan
su reputación en la sociedad44.
Adicionalmente, una P.d.P. de delitos debería
definir los parámetros que fijarán los contornos del
modelo de organización que adoptará la empresa.
En este orden de ideas, es esencial considerar cier­
tos elementos presentes tanto en el Ordenamiento
italiano45 como norteamericano46, para establecer
los lincamientos generales para el desarrollo de una
P.d.P. en la compañía, con el propósito de detectar,
advertir y controlar todo tipo de conducta delictual
al interior de su estructura organizacional.
Antes de presentar estos lincamientos esen­
ciales para construir una P.d.P. en la empresa, es
importante mencionar por qué algunos aspectos
del Ordenamiento italiano y norteamericano son
importantes en esta materia. Si bien estos modelos
son más exigentes que el modelo contemplado
en la legislación chilena, fueron utilizados como
referentes para la construcción del sistema chileno,
como lo constata la historia de la Ley y algunos
expertos en la materia. Sin embargo, no podemos
desconocer que no son exactamente iguales, por lo

44 B a c i g a l u p o (2 0 11 ) p. 18.
/,e> Artículo 6 o Decreto Legislativo italiano N° 2 3 1 de 8 de
junio de 2 0 0 1.
46 Capítulo 8 del U nited States S entencing Comission Guidelines
M a n ua l (USSG ), sección 8B 2.1.

35
que sólo rescatamos aquellos aspectos que consi­
deramos más relevantes desde nuestra perspectiva
en atención al modelo legislativo chileno, para que
pueda servir de base a los Ordenamientos jurídicos
de su órbita de cultura.
A continuación expondremos los criterios ge­
nerales para establecer una P.d.P. de delitos:
1) La entidad establecerá, a través de códigos de
conducta por escrito, estándares y procedimientos
para prevenir y detectar la conducta criminal. En
concreto, para identificar las áreas de actividad en
el seno de las cuales podrían cometerse delitos.
2) El órgano de gobierno de la entidad estará
plenamente informado sobre el contenido y funcio­
namiento del programa de ética y cumplimiento,
y ejercerá una supervisión razonable sobre su im-
plementación y efectividad.
3) Miembros específicos del personal de alto
nivel (administradores, altos directivos, gerentes,
etc.) tendrán asignada una responsabilidad general
sobre el programa de ética y cumplimiento.
4) Personal específico dentro de la entidad
tendrá delegada la responsabilidad operacional
del día a día respecto del programa de ética y
cumplimiento. Estos reportarán periódicamente
sobre la efectividad del programa al personal de
alto nivel antes mencionado y, cuando resulte ne­
cesario, al órgano de gobierno. Para el ejercicio de
esta responsabilidad operacional, la entidad deberá
proveer a este personal de los recursos necesarios

36
y una autoridad apropiada junto a un acceso di­
recto al órgano de gobierno. La entidad realizará
un esfuerzo razonable para no incluir dentro del
personal con autoridad en esta materia a ningún
individuo del cual conozca, o haya debido conocer,
que hubiese estado involucrado en actividades ilí­
citas o cualesquiera otras conductas incompatibles
con un programa efectivo de ética y cumplimiento.
5) La entidad dará los pasos necesarios para co­
municar periódicamente y de forma práctica sus
estándares y cualquier otro aspecto de su programa
de ética y cumplimiento a los miembros del órgano
de gobierno, al personal de alto nivel, al personal
con autoridad en esta materia, los empleados y, en
su caso, los agentes y representantes. Esta tarea se
realizará por medio de program as efectivos de fo r ­
mación y, asimismo, proveyendo a cada individuo
con la inform ación apropiada teniendo en cuenta
sus respectivos roles y responsabilidades.
6) La entidad dará los pasos necesarios para:
(a) asegurar que el programa de ética y cumpli­
miento se cumple de forma efectiva, incluyendo
el seguimiento y auditoría para la detección de
conductas criminales;
(b) evaluar periódicamente la efectividad del
programa de ética y cumplimiento; y,
(c) instaurar y publicitar un sistema, que podrá
incluir mecanismos que aseguren el anonimato y
la confidencialidad, a través del cual los emplea­
dos, agentes y representantes puedan reportar,
denunciar o pedir asesoramiento respecto de una

37
potencial o actual conducta criminal sin temor a
represalias.
7) El programa de ¿tica y cumplimiento será
promovido y ejecutado de forma consistente en
el seno de la entidad por medio de:
(a) un sistema de incentivos apropiado para el
desarrollo de la actividad de acuerdo con el pro­
grama de ética y cumplimiento de la empresa; y,
(b) un sistem a d e m edidas disciplinarias que
sancione la comisión de conductas delictivas y la
no realización de los pasos razonables para prevenir
o detectar la conducta criminal.
8) Una que vez que la conducta criminal baya
sido detectada, la entidad dará los pasos para
responder de forma razonable a dicha conducta y
prevenir hechos similares en el futuro, incluyendo
la implementación necesaria del programa de ética
y cumplimiento.

6. E st án d a r e s m ín im o s d e u n a P. d .P.

Una vez señalados los lincamientos generales de

una Pd.P de delitos en la empresa, desarrollaremos
ciertos elementos mínimos o “estándares fundamen­
tales de actuación y organización”, que si bien no
garantizan por sí solos una absoluta indem nidad
en cuanto a la responsabilidad de la compañía,
sí se encaminan a m itigar considerablemente los
riesgos de comisión de irregularidades al interior
de la estructura empresarial.

38
 Por ende, la producción del ilícito penal no
im plica n ecesariam ente que el programa no sea
generalmente efectivo en la prevención y detección
de la conducta criminal, sino que se tiende razo­
nablemente a establecer los factores de exposición
a la comisión de delitos al interior de la empresa,
en virtud de medidas que se hayan debido adoptar
para prevenir o detectar estas irregularidades .
A continuación, presentaremos un esquema
que sintetiza todos los puntos para identificar, a
través de nuestra propuesta de P.d.P., los requisitos
esenciales de un modelo de prevención o complian­
ce penal, ya sea para tener una noción general de
los requisitos de un M.d.P. en la empresa o de los
puntos clave para ejercer una buena defensa ante
los tribunales. Lo anterior, con la finalidad de
acreditar, por medio de la defensa, los esfuerzos
sistemáticos de prevención de la empresa en con­
trarrestar actividades delictuales al interior de su
organización.

47 CASAS /Á L V A R E Z (2011) p. 44.

39
 Encargado de Cada sección que procese pagos o tome
prevención decisiones de com pra :
d Debe designar a un encargado de prevención
contra el lavado de dinero, terrorismo o
corrupción; dependiendo del giro de la empresa,
el énfasis de sus labores estará determinado por
los procedimientos que pueden ser riesgosos
para ella (Risk Assessment)^.
d Si se trata de una empresa cuyos ingresos
no exceden de 100 mil Unidades de Fomento
—poco más de cuatro millones de dólares—, el
dueño, sus socios, accionistas o controladores
podrán asumir personalmente la tarea del
encargado de prevención, en virtud del art. 4
n °l b) inciso 2 de la LChRPPJ.
d El encargado de prevención debería ser una
persona que opere de manera independiente
de la alta dirección de la empresa. Este debería
contar con recursos propios para ejercer su
función, considerando la capacidad económica
de la empresa, y “[...] facultades de inspección
ilimitadas [.. ,]”49. En este sentido, el encargado
está facultado para advertir, tanto a la empresa
como a las autoridades, respecto de indicios
de la comisión de alguno de los delitos que
________________ contempla la LChRPPJ.____________________

48 El risk assesm ent es el m étodo a ttavés del cual la empresa

debería evaluar los sectores de su actividad que son más proclives
a generar riesgos no permitidos. A partir de esta valoración del
riesgo las empresas deben crear las normas de conducta y los sis­
temas internos de control, con el fin de evitar la aparición de este
tipo de riesgos o, al menos, reducirlos de form a razonable. Véase
N i e t o (20 08 b) p . 10.

49 Z u g a l d íA (2 0 13 ) p. 90.

40
Reglamentos Cada sección de la empresa deberá contar
con reglamentos de prevención, los que
deberán establecer regulaciones aplicables
contra el lavado de dinero, terrorismo o
corrupción (cohecho), dependiendo de los
procesos internos de la empresa y su giro
comercial. Estos reglamentos deben ser de
conocimiento general entre todos los miem­
bros de la compañía, y tendrán que:
^ Perm itir identificar las actividades o pro­
cesos de la entidad, ya sean habituales o
esporádicos, en cuyo contexto se genere o
incremente el riesgo de comisión de alguno
de los delitos contemplados en el art. 1 de la
LChRPPJ. Lo anterior, según lo dispuesto
en el art. 4 n° 3 a) LChRPPJ.
S Incorporar una cláusula referente al co­
nocimiento de estos reglamentos, por parte
de todos los trabajadores, en sus respectivos
contratos de trabajo. Asimismo, deberán
publicar y entregar una copia de estos re­
glamentos a cada uno de los miembros de
la empresa.
S Establecer procedimientos específicos
que permitan a las personas o miembros
de la organización intervenir en las activi­
dades o procesos indicados, programar y
ejecutar sus labores o tareas de prevención
en la comisión de los delitos mencionados,
según lo establecido en el art. 4 N ° 3 b) de
la LChRPPJ.
Identificar los procedimientos de admi­
nistración y auditoría de los recursos finan­
cieros que permitan a la entidad prevenir
su utilización con el propósito de cometer
alguno de los delitos señalados en la Ley. Lo
anterior, conform e con lo dispuesto en el
art. 4 N° 3 c) de la LChRPPJ._____________

41
 Id entificación Cada sección de la empresa debería contar
de clientes con un instructivo para identificar a sus
clientes, tom ando en consideración los si­
guientes elementos:
✓ El control necesario según la línea del
negocio de la organización.
S Los factores de riesgos relacionados con
(•
la transacción, el tipo de cliente y los medios
de contacto para la celebración del negocio.
S La determinación de procesos concre­
tos y específicos para lograr identificar a los
clientes, señalando en el instructivo tan­
to los medios de identificación aceptables
como los no aceptables, con el objeto de no
afectar el derecho a la privacidad.
M onitoreo de Cada sección de la empresa debería contar
clientes con una base de datos de clientes, con la fi­
nalidad de poder identificarlos, ya sean enti­
dades (corporaciones, fundaciones, empre­
sas) o personas naturales, teniendo a la vista
cualquier instructivo de la autoridad, por
ejemplo, en Chile, de la UAF50, que pueda
identificar como peligrosa una transacción
comercial con cualquiera de estos agentes.
D efinir los El hecho de definir y determinar sanciones
medios y fa­ administrativas internas, así como el esta­
cultades para blecimiento de procedimientos de denuncia
detectar y en contra de las personas que incumplan el
reportar acti­ sistema de prevención, conform e con lo es­
vidades sospe­ tablecido en el art. 4 N ° 3 d) LChRPPJ, a la
chosas luz del sistema, es indispensable.

50 En Chile es la Ley 1 9 .9 1 3 la que crea la UAE

42
 Estas obligaciones, prohibiciones y san­
ciones internas deberán indicarse en los
reglamentos que la empresa dicte al efecto
y tendrán que comunicarse a todos los tra­
bajadores.
Esta normativa interna, presente en los re­
glamentos o protocolos de prevención de
la empresa, deberá ser incorporada expresa­
mente en los respectivos contratos de tra­
bajo y de prestación de servicios de todos
los trabajadores, empleados y prestadores de
servicios de la persona jurídica, incluidos los
máximos ejecutivos, según lo dispuesto en
el art. 4 N ° 3 d).
D o c u m e n ta ­ Tanto el cumplimiento de los deberes de di­
ción rección y supervisión, monitoreo de clien­
tes y del sistema de prevención, así como
otros esfuerzos dirigidos a cumplir con la
LChRPPJ, deben ser correctamente docu­
mentados y tienen que archivarse. Los ar­
chivos de prevención deben retenerse den­
tro de la compañía por un período mínimo
de 5 años, o de 10, tratándose de compañías
de seguros, fondos de inversión u otra insti­
tución relacionada con este giro comercial,
en conformidad con las exigencias del art.
5 de la Ley 1 9 .9 13 . Lo razonable sería que
esta labor sea realizada por abogados espe­
cialistas ajenos a la entidad.
Por último, documentar todos estos esfuer­
zos de prevención permite preconstituir
prueba en el caso de enfrentar a la autoridad
administrativa o al Ministerio Público.
Incorporación Cada sección de la empresa debería asegurar
de otros agen­ que todos los sujetos mencionados en el art.
tes 3 inciso 1 de la LChRPPJ que interactúen

43
 con sus clientes o ingresen pagos de éstos a
la compañía, deben cumplir con las exigen­
cias del reglamento de prevención contra el
delito que la organización haya establecido.
Cuando una unidad se considere que no
está capacitada legalmente para interactuar
con estos terceros, por conflictos de interés,
deberá documentarlo y oficiar al encargado
de cum plimiento de la empresa.

R esp o n sa b ili­ El encargado de prevención, en conjunto

dad del encar­ con la Adm inistración de la Persona Jurídi­
gado de pre­ ca, deberá establecer métodos para la apli­
vención y de cación efectiva del M.d.P. de los delitos y su
los ejecutivos supervisión, con el fin de detectar y corre­
principales gir sus fallas, así como para actualizarlo de
acuerdo con los cambios organizacionales
que sufra la respectiva entidad.
Es relevante señalar que los gerentes de alto
nivel y los ejecutivos principales de la em­
presa, de cada sección, deben familiarizarse
contra la prevención del delito y las expec­
tativas de la entidad en esta tarea.
Asimismo, es necesario que los principales
ejecutivos de la empresa apoyen directa­
mente los esfuerzos en materia de preven­
ción y remitan periódicamente reportes de
operaciones sospechosas de las que hayan
tenido conocimiento, así como del progreso
en la capacitación de los trabajadores al en­
cargado de prevención.

Países en ries- Las unidades de negocio de la empresa que

e° traten con pérsonas naturales, compañías
o bancos conectados con países y jurisdic­
ciones externas en alto riesgo, según lo es­
tablecido en la lista del Grupo de Acción

44

I!
 Financiera Internacional (GAFI)51, deben
ejercer procedimientos especiales y un alto
cuidado a la hora de llevar a cabo operacio­
nes comerciales.

Reportes Las secciones de la empresa en caso de ser

una compañía transnacional o con sucursa­
les a lo largo del país deberán:
y Reportar cualquier falta de cumplimien­
to de prevención respecto del delito que ale­
guen las autoridades respecto de la Unidad
o cualquier otro agente al Grupo de Seguri­
dad y Prevención de la Compañía.
V Entregar un informe anual dirigido al
departamento de seguridad y prevención de
delitos, considerando los siguientes aspectos
mínimos:
a) El progreso en materia de prevención en
la sección respectiva.
b) Las estadísticas de las operaciones sospe­
chosas al interior de la empresa, reportadas
a la UAF u otras entidades administrativas.
Asimismo, también las acciones que lleven
a cabo las autoridades para la prevención del
delito con la empresa o sus agentes.

A uditora o cla­ La empresa deberá m edir de manera regular

sificadora de la capacidad preventiva de su sistema junto
riesgo con la auditora o clasificadora de riesgo que
se encuentre capacitada para ello, en confor­
midad con lo establecido en el art. 4 N ° 4 b)
inciso segundo de la LChRPPJ.

51 Véase para obtener mayor información acerca del GAFI

en: “about the FATF” en línea en http://www.fatf-gafi.org/ (Con­
sultado: 15/04/13).

45
 También deberá ponerse especial aten­
ción a los procesos de absorción, fusión o
compra de otras sociedades por parte de la
empresa. Lo anterior, para efectos de pre­
venir contingencias por incum plimiento de
la norm a por la sociedad que es adquirida.
No basta con que la entidad adquirida haya
tenido adoptado un M.d.P., puesto que es
necesario acreditar que éste se encontraba
realmente en funcionam iento, es decir, es
necesario verificar "hasta q u é p u n to tal apa­
riencia correspondía a una realidad”52. Así,
en estos procesos de d u e d ilig en te penales es
im perativo considerar que la responsabili­
dad penal de la sociedad que se adquiere se
transfiere a la nueva empresa5.3, en confor­
midad con lo establecido por el art. 18 de
la LChRPPJ.

Certificación Las personas jurídicas podrán obtener la

certificación de la adopción e implementa-
ción de su M .d.P de delitos. En el certifi­
cado constará que dicho modelo contempla
todos los requisitos establecidos en los nu­
merales 1), 2) y 3) anteriores, en relación
con la situación, tamaño, giro, nivel de in­
gresos y complejidad de la entidad.

Los certificados podrán ser expedidos por

empresas de auditoría externa, sociedades
clasificadoras de riesgo u otras entidades
registradas ante la SVS que puedan cumplir

52 Z u g a l d ía (2 0 13 ) p. 92.
53 PlÑA (20 12) p. 11%.

46
 esta labor, de conform idad con la normativa
que, para estos efectos, establezca el men­
cionado organismo fiscalizados de acuerdo
con el art. 4 N ° 4 b) inciso segundo de la
LChRPPJ54.

54 El día 25 de enero de 2 0 1 1 , la SVS, a través de norma de

carácter general N ° 3 0 2 , estableció normas que deben cumplir las
empresas de auditoría externa, sociedades clasificadoras de riesgo y
demás entidades para cumplir la labor de certificación de modelos
de prevención de delitos a que se refiere en Chile la Ley N ° 20 .393 ,
en In tern et en http://www.svs.cl/norm ativa/ncg_302_2011.pdf
(Consultado el 11/12/ 2012).

47
 C o n c l u sió n

La P.d.P. que presentamos consiste en un análi­

sis detallado de la normativa chilena. Esta política
aplicada a los modelos de prevención, e incluso a
los códigos de conducta, se limita a indagar en la
prevención de delitos desde una aplicación práctica
que considera tanto los presupuestos que entrega
la dogmática como la LChRPPJ.
Esta política no pretende sustituir los mode­
los de prevención en la empresa, ni los códigos
de conducta o de ética, sino que busca entregar
una pauta que complemente su operatividad. Lo
expuesto, con la finalidad de que la organización
pueda introducirse en la materia e incluso en los
procesos de prevención en su interior o en su po­
sible defensa ante los tribunales.
La construcción de una política moderna de
prevención, y la búsqueda de su independencia e
interacción respecto de los modelos de prevención,
lleva a postular que los aspectos enunciados, en
este primer capítulo, son claves para ofrecer una
garantía de certeza y objetividad en el ejercicio de
una defensa penal de la entidad.
Con la presentación de esta política se trata,
paradójicamente, de establecer un marco teórico
que pretende reducir la complejidad interna de las
estructuras empresariales. Así, esta política hace
énfasis en aquellos puntos que son esenciales en los
procesos de prevención, en atención a los estándares
actuales de la legislación chilena, no obstante los
cambios que puedan realizar las autoridades para
acercarse con mayor precisión a los estándares de
la Agenda Anticorrupción de la OCDE.
Por último, pese a que el concepto de P.d.P. no
es unívoco, hemos tratado de definirlo centrando
nuestra atención en su núcleo. Lo anterior, con el
propósito de poder identificarlo a una aplicación
estratégica de defensa de la empresa a casos rea­
les. Sin embargo, sin perjuicio de que tratemos
la aplicación de esta política a casos reales, en el
capítulo tercero de este libro debemos previamente
continuar con ciertas precisiones, en el siguiente
capítulo, acerca de la im portancia de la in tro­
ducción, aplicabilidady alcance d e los enunciados
generales de esta política así como de los beneficios
de su implementación en la empresa.
 C a p í t u l o II:
P r o c e d i m i e n t o s d e u n a P.d .P.

1. G e n e r a l id a d e s

La P.d.P. que se institucionalice en la empresa

se debería estructurar y desarrollar en virtud de
una serie de procedimientos integrados en un
programa de cumplimiento. Estos mecanismos di­
cen relación con la prevención, detección, respuesta,
supervisión y monitoreo de actividades que puedan
dar lugar a la comisión de alguno de los delitos
contemplados en la LChRPPJ^.
A continuación presentamos un cuadro y sín­
tesis descriptiva de las variantes o escenarios que
pueden darse en relación con los pilares aludidos.
De este análisis se comprenden los requisitos mí­
nimos de un M.d.P., considerando lo dispuesto en
el art. 4o de la LChRPPJ.

55 Este capítulo se desarrolló teniendo en cuenta las políticas

y modelos de prevención adoptados e implementados por diversas
compañías en Chile. A este respecto véanse, entre otros, modelos de
Celulosa Arauco, G rupo Aguas Nuevas, Sigdo Koppers, Corpesca,
Cruz del Sur, Sigma, Antofagasta Minerals, todos publicados a
través de sus respectivas páginas web.

51
 Supervisión
Prevención Detección Respuesta
y Monitoreo

Difusión y Auditorías de Denuncias a la Actualización

entrenamiento cumplimiento justicia del programa
de los controles
del modelo

Identificación Revisión de Coordinación Supervisión

y análisis de litigios de sanciones del programa
riesgos disciplinarias

Implementación Revisión de Registro y Seguimiento

de controles de denuncias y seguimiento a la
prevención de coordinación de casos y . gestión del
delitos de sanciones encargado de
investigaciones prevención

Comunicación Certificación
de sanciones y del programa
mejora de las
debilidades

2. A c t iv id a d e s d e p r e v e n c ió n

El objetivo de este tipo de procedimientos

es prevenir eventos indeseables o errores que
pudieran tener un efecto perjudicial sobre la
operación del M.d.P. Lo anterior, en atención

52
a la posible comisión de delitos al interior de
la estructura empresarial. Así una prevención
eficaz ayuda a evitar conductas delictivas desde
su origen o inicio.

2.1. D ifusión y entrenam iento. La compañía

debería incluir en su plan anual de capacitación
aspectos relacionados con una P.d.P. que busque
detectar irregularidades relacionadas con la co­
misión de delitos. El encargado de prevención de
Delitos, en conjunto con la Gerencia de Recursos
Humanos o el Departamento de Prevención de la
empresa, debe velar principalmente por:
a) Una comunicación respecto de la P.d.P. de la
empresa. Dicha comunicación debería involucrar a
todos los niveles de la organización, incluyendo al
Directorio y la Alta Gerencia. Se debería estructu­
rar un programa de capacitación y comunicación
que cuente con un registro de los asistentes a las
capacitaciones.
b) La ejecución de capacitaciones periódicas (al
menos anualmente) en la organización. El régimen
de estas capacitaciones debe estar acorde con el
programa de prevención, el código de ética y las
disposiciones legales.
c) Establecer un programa de capacitación para
cada una de las áreas, departamentos o secciones
de la empresa, considerando y diferenciando su
contenido, profundidad y periodicidad, según el

53
nivel de exposición al riesgo para la comisión de
delitos en el seno de la estructura empresarial
d) D ifundir inform ación actualizada para
implementar el programa de prevención a través
de diversos canales, entre otros: a) intranet de
cada empresa, b) página web de cada empresa, c)
correos de carácter masivo, d) diarios murales, e)
otros medios.
2.2. Identificación y análisis de riesgos. El encar­
gado de prevención es responsable del proceso de
identificación y análisis de riesgos para la comisión
de delitos en la compañía. Este proceso debería
ser realizado al menos una vez al año o cuando
sucedan cambios en las condiciones de las áreas de
negocio de la empresa. Para efectuar dicha activi­
dad, la compañía debería proceder a: a) Identificar
los riesgos, b) identificar los controles, c) evaluar
los riesgos, y d) evaluar los controles.
El proceso de identificación y análisis de riesgos
será documentado por el encargado de prevención
en la matriz de riesgos de delito de la empresa y sus
filiales. La matriz de riesgos es un documento, como
se insinuó anteriormente, en el cual se identifican
los riesgos de comisión de delitos y se establecen
sus respectivos controles de mitigación56.

56 Stipra, Capítulo I, 1.5.

54
 Conforme con lo anterior, expondremos una
breve descripción de estos procesos de identifi­
cación y evaluación de riesgos y controles en la
actividad empresarial.
a) Identificación de riesgos. La identificación de
riesgos se debería hacer con un enfoque de arriba
hacia abajo ( “top d o iv n ) a través de reuniones de
trabajo que cuenten con la participación de todos
los encargados de las distintas unidades de nego­
cios de la empresa y de los directores, ejecutivos
principales, controladores u otros encargados de
la administración de la empresa, incluyendo al
encargado de prevención.
Lo anterior favorecerá definir los principales
escenarios de riesgos para comisión de los delitos
en interés directo o provecho para la empresa y
que sean efectuados por los dueños, directores,
responsables, principales ejecutivos o quienes rea­
licen actividades de administración y supervisión,
así como por los trabajadores que estén bajo la
dirección o supervisión directa de alguno de los
sujetos mencionados con anterioridad.
Los riesgos identificados deben incidir respec­
to de las medidas de prevención que se adopten
en la empresa. Así se deberá dar prioridad en
determinar aquellas áreas o procesos más expues­
tos a la comisión de delitos considerando el giro
de la empresa. Por ende, si bien el encargado de
prevención debería contar con recursos suficien­

55
tes para cum plir su función, es recomendable
enfocar éstos a los procesos donde se pueda ver
más expuesta la empresa a una eventual respon­
sabilidad penal.
b) Identificación de controles. Para prevenir los
riesgos detectados se deben identificar las activi­
dades de control que se pueden ejercer al interior
de la empresa para su evitación y mitigación. La
identificación de estos controles se debería realizar
en reuniones de trabajo, con la participación de
representantes de todas las áreas o unidades de
negocio de la empresa, incluyendo el encargado
de prevención de Delitos e idealmente con la pre­
sencia de la auditora o clasificadora de riesgo que
participe en la certificación del M.d.P.
Una vez identificadas estas actividades de con­
trol, en consideración de los riesgos involucrados
en los procesos internos de la empresa, estas re­
uniones tendrán por objeto detectar el ejercicio
de dichos controles, considerando la descripción
establecida en los reglamentos de la empresa y la
evidencia recolectada por el Encargado de preven­
ción respecto de los mismos.
Identificados los potenciales riesgos para la
comisión de delitos al interior de la empresa,
se debería desarrollar la ya mencionada matriz
de riesgos, en la cual se dejará constancia de los
diversos controles a ejecutar por las personas que
intervengan en los procesos de la empresa, de
manera que se prevenga la comisión de delitos.

56
 Para cada uno de los controles identificados,
se debería establecer la evidencia o respaldo de
su ejecución. Para cada control se debería iden­
tificar: a) descripción de lá actividad de control,
b) frecuencia, c) identificación del responsable
de la ejecución, d) la evidencia de la realización
del control, e) el tipo de control (manual o au­
tomático).
La ejecución de las actividades de control será
responsabilidad del encargado de prevención y de
los gerentes o ejecutivos principales correspon­
dientes a las áreas de negocio que se encuentran
identificadas en la matriz de riesgos.
c) E valuación de riesgos. Los riesgos identifi­
cados deben ser evaluados para dar prioridad a
determinadas áreas de mayor exposición para
comisión de delitos en favor de la empresa. El
identificar estos procesos por medio de una ade­
cuada evaluación de riesgos perm itirá enfocar
de forma eficiente los recursos y esfuerzos del
encargado de prevención de Delitos al interior
de la estructura empresarial.
Para evaluar los riesgos se utilizarán los pará­
metros de impacto y probabilidad en una escala
de 1 a 5. Se entiende por “impacto” el efecto o el
daño sobre la organización en caso de materiali­
zarse un riesgo y por “probabilidad” el nivel de
certeza con que se puede materializar el riesgo.
Para estos efectos se utilizan las siguientes escalas
de evaluación:

57
 C. 1. Escala de Evaluación de Impacto
Escala Grado de Descripción del impacto
impacto
5 Catastrófico El evento tendrá un efecto catastrófico (pérdidas
de imagen, financieras y/u operacionales con un
alto impacto a nivel de la organización).
4 M ayor El evento tendrá efectos considerables para la
organización (pérdidas de imagen, financieras y/u
operaciones altas, con un impacto importante a
nivel de la organización y relevante a nivel de la
unidad).
3 M oderado El evento tendrá efectos de mediana envergadura
(pérdidas de imagen, financieras y/u
operacionales de mediano impacto).
2 M enor El evento tendrá efectos de menor envergadura
que pueden ser asumidos sin mayores problemas
por las unidades (pérdidas de imagen, financieras
y/u operacionales de bajo impacto).
1 Bajo El evento tendrá efectos poco significativos.

C.2. Escala de Evaluación de Probabilidad

Escala Grado de Descripción de la probabilidad
probabilidad
5 Casi certeza Riesgo cuya probabilidad de ocurrencia es
m uy alta, es decir, un alto grado de seguridad
que éste se presente (90% a 100%).
4 Probable Riesgo cuya probabilidad de ocurrencia es
alta, es decir, entre 66% y 89% de seguridad
que éste se presente.
3 M oderado Riesgo cuya probabilidad de ocurrencia
es media, es decir, entre 31% a 65% de
seguridad que éste se presente.
2 Improbable Riesgo cuya probabilidad de ocurrencia es
baja, es decir, entre 11% a 30% de seguridad
que éste se presente.
1 M uy Riesgo cuya probabilidad de ocurrencia
improbable es m uy baja, es decir, entre 1% a 10% de
seguridad que éste se presente.

58
 En la evaluación de los riesgos identificados
deben participar representantes de todas las áreas
de la empresa que sean relevantes respecto de
las decisiones de administración y control de la
organización. Esta evaluación de riesgo recae en
integrantes que tengan un conocimiento acabado
de los riesgos a ser discutidos y tengan la autoridad
para tomar decisiones relativas a las estrategias de
control y otras formas de administración de los
riesgos al interior de la estructura empresarial.
d) E valuación d e controles. Para los controles
identificados se deberá evaluar su diseño cualitati­
vamente en relación con la evitación y mitigación
del riesgo de delito al que aplica. Dicha evaluación
debería ser efectuada por el encargado de preven­
ción de Delitos, en conjunto con los encargados
de las áreas o unidades de negocios vinculadas al
proceso que se pretende controlar.
Para evaluar el diseño de cada control se debe­
ría considerar si la conjugación de los siguientes
elementos m itiga o reduce razonablemente la
materialización del riesgo asociado. Los elementos
a considerar se establecen mediante la siguiente
tabla:
Tipo de control Preventivo / Defectivo
Categoría Manual / Automático
Evidencia Documentado / No documentado
Segregación de funciones Responsable de ejecución distinto de
quién revisa
Frecuencia Recurrente / Diario / Semanal /
Trimestral /Anual

59
 Sobre la base de la evaluación efectuada se
podrá concluir que el control:
a) Reduce razonablemente el riesgo de delito
b) No reduce razonablemente el riesgo de delito

Para todos los controles evaluados con “No

reduce razonablemente el riesgo de delito” se
debería implementar una actividad de control
que refuerce la prevención en dicho proceso. El
diseño de la actividad de control, en cuyo proceso
o actividad existe el riesgo, será implementado por
el área o secciones correspondientes, en conjunto
con el encargado de prevención de Delitos, siendo
el área la responsable de su ejecución y aplicación.
En este sentido, no recae de forma unilateral la
responsabilidad en el encargado de prevención.
2.3. Im plem entación de controles de prevención
de delitos. Los controles de prevención de delitos
son todos aquellos asociados a las áreas, procesos
o actividades con exposición a la comisión de de­
litos. La ejecución de estas actividades de control
corresponde a las áreas de negocio indicadas en la
matriz de riesgos de delito según el análisis de los
mismos y la opinión del encargado de prevención.
a) A ctividades de d etección : El objetivo de es­
tas actividades es efectuar acciones que detecten
algún incumplimiento en el plan de prevención
de delitos de la empresa y posibles escenarios de
comisión de figuras delictuales, las cuales puedan
traer como consecuencia responsabilidad penal
para la organización.

60
 a .l. Auditorías de cum plim iento de los controles
d el modelo. A través de las denominadas auditorías
de cumplimiento, el encargado de prevención
de Delitos o quien éste designe, deberá verificar
periódicam ente que los controles del plan de
cumplimiento operan de acuerdo a como fueron
diseñados.
Para materializar las actividades de monitoreo,
el encargado de prevención puede solicitar apoyo a
otras áreas de la organización, tales como Auditoría
Interna, Contabilidad, entre otras, siempre que
dichas áreas no estén involucradas en la actividad
a ser revisada.
El encargado de prevención de Delitos puede
realizar las siguientes actividades de monitoreo: a)
revisión de documentación que respalde las prue­
bas efectuadas por las áreas de apoyo, b) reproceso
de actividades de control mediante muestreo, c)
análisis de razonabilidad de las transacciones, d)
verificación del cumplimiento de las restricciones
establecidas en los procedimientos, e) otros.
El propósito de estas evaluaciones de cum­
plimiento de los controles es identificar aquellas
deficiencias o combinación de deficiencias de con­
trol que pudieran afectar de manera significativa
la operación de la P.d.P. de delitos o aumenten la
probabilidad de comisión de delitos que impliquen
responsabilidad a la compañía.
La evaluación por parte de Auditoría Interna
debería considerar tanto el diseño como la operati-

61
vidad de los controles, conforme con las siguientes
definiciones:
a) Diseño: determinar si los controles diseñados
cubren los riesgos de delitos identificados.
b) Operación: probar la efectividad operativa de
los controles, es decir, si realmente se están desa­
rrollando de acuerdo con lo descrito en la matriz
de riesgos de delitos.
Concluida la evaluación de los controles, los
resultados son reportados directamente a los ge­
rentes de las distintas unidades de negocio, a las
que le aplique el control evaluado y al encargado
de prevención de Delitos. Además, el evaluador
deberá reunirse con la unidad responsable del
control y el encargado de prevención con el fin de
revisar y analizar en forma conjunta las debilidades
detectadas en la auditoría.
a. 2. Revisión d e litigios. El Asesor Legal de la
compañía o el área de Fiscalía de la misma deben
entregar al encargado de prevención de Delitos,
mensualmente, un informe en el cual se detalle:
a) Denuncias relacionadas con la comisión de
delitos que hagan responsable a la empresa.
b) Demandas, juicios o cualquier acción legal
que involucre a la organización en algún escenario
de delito que haga responsable a la compañía.
c) Actividades derivadas de fiscalizaciones
realizadas por entidades regulatorias asociadas a

62
escenarios de delito que hagan responsable a la
empresa.
a.3. R evisión d e den u ncias y coordin ación de
investigaciones. El encargado de prevención de
Delitos debería realizar un análisis de las denuncias
recibidas a través de los distintos canales dispues­
tos por la organización, para identificar aquellas
que tienen implicancia en la P.d.P. de delitos o se
encuentren asociadas a escenarios de delito que
hagan responsable a la compañía.
Asimismo, deberá velar para que cada empre­
sa coordine las investigaciones derivadas de las
denuncias que tienen implicancia en la P.d.P. o se
encuentren asociadas a escenarios de delito.
El tratamiento de las denuncias y la coordina­
ción de la investigación de las denuncias se reali­
zarán según lo dispuesto en el “Procedimiento de
Canal de Denuncias”^7. El canal de denuncias es
un sistema implementado por la compañía que
tiene como objetivo recibir todas las denuncias
relacionadas al incumplimiento de las políticas
internas de la empresa, incluyendo el incumpli­
miento de los controles de la Ed.P. de delitos o la
posible comisión de los delitos que hagan respon­
sable a la organización.
En efecto, las actividades que conlleva el pro­
cedimiento del canal de denuncias de la P.d.P. de

57 Véase en extenso R a g u ÉS I V a l l ÉS (20 13), pass'tm.

delitos de la compañía, son las siguientes: recep­
ción de denuncias, investigación y sanciones.
i) R ecepción d e denuncias: las denuncias son
recibidas a través de los canales establecidos en el
Procedimiento de Denuncia.
ii) Investigación: el Fiscal, en conjunto con el
encargado de prevención de Delitos, debería coor­
dinar el inicio de la realización de investigaciones
derivadas de las denuncias que tienen implicancia
en la P.d.P. o se encuentren asociadas a escenarios
que bagan responsable a la compañía.
Recibida la denuncia, la persona designada
por el Directorio de la compañía para efectos de
investigar el asunto tendrá un plazo de tres días
hábiles, contados desde la recepción de la misma,
para iniciar la etapa de investigación. En casos
graves, en que existan circunstancias que indiquen
la existencia de un delito, se podrá proceder sin
notificación alguna remitiendo directamente los
antecedentes a la autoridad competente. El proceso
de investigación se considera confidencial y, en lo
posible, se mantendrá en estricta reserva.
El encargado de prevención de Delitos, o la
persona designada, tiene acceso directo e irrestricto
a los distintos departamentos de la organización
con el fin de: a) efectuar o coordinar la realización
de investigaciones específicas, b) facilitar el mo-
nitoreo del sistema de prevención de delitos, y c)
solicitar y revisar información para la ejecución
de sus funciones.
 Adicionalmente, el encargado de prevención
es responsable de asesorar a las áreas involucradas
en la definición e implementación de las medidas
correctivas adoptadas.
iii) Evaluación de sanciones: una vez finalizada
cualquier investigación, se deberá emitir un in­
forme sobre la existencia de hechos constitutivos
de infracción a la P.d.P. de delitos, el cual debería
incluir una sugerencia de las sanciones aplicables.
No obstante, la Alta Gerencia y el Directorio no es­
tarán obligados a adoptar la propuesta de sanciones
y podrán definir las penas que estimen adecuadas al
caso. El encargado de prevención de Delitos deberá
hacerle seguimiento, obteniendo un respaldo o
evidencia a cualquier sanción o acción correctiva
definida por la Alta Administración o el Directorio
como resultado de una investigación realizada y
concluida para asegurar su cumplimiento.
a.4. Actividades d e respuesta: El objetivo de las
actividades de respuesta es establecer resolucio­
nes, medidas disciplinarias y sanciones a quienes
incumplan la P.d.P. de delitos o ante la detección
de indicadores de irregularidades. Como parte de
las actividades de respuesta se debería contemplar
la revisión de las actividades de control vulnera­
das, a fin de fortalecer o reemplazarlas por nuevas
actividades de control.
a. 4. a. Denuncias a la justicia. Ante la detección
de un hecho que revista características de delito,
el encargado de prevención de Delitos deberá

65
evaluar, en conjunto con el Asesor Legal, el Fiscal
y el Comité de Etica, la posibilidad de efectuar ac­
ciones de denuncia ante los Tribunales de Justicia,
Ministerio Público o Policía.
Esta acción puede constituir una circunstancia
atenuante de responsabilidad penal para la persona
jurídica, en cuanto la empresa, en este contexto,
coopera sustancialmente con la Administración de
Justicia, poniendo a disposición de las autoridades
los antecedentes del hecho delictivo en cuestión.
C oncretam ente, el art. 6o de la LChRPPJ
contempla la circunstancia antedicha en los si­
guientes términos: “Se entenderá especialmente
que la persona jurídica colabora sustancialmente
cuando, en cualquier estado de la investigación
o del procedimiento judicial, sus representantes
legales hayan puesto, antes de conocer que el pro­
cedimiento judicial se dirige contra ella, el hecho
punible en conocimiento de las autoridades o
aportado antecedentes para establecer los hechos
investigados”58.
a. 4. b. Coordinación de sanciones disciplinarias.
La empresa matriz y sus filiales podrán aplicar
medidas disciplinarias ante el incumplimiento
de los procedimientos y P.d.P. de delitos o la
detección de un delito que haga responsable a la
compañía, tomando en consideración lo siguiente:

58 Respecto a la colaboración de la persona jurídica véase en

extenso G ó M E Z -J a r a (2008) p. 256ss y G o e n a (2 0 13 ) p, 229ss.

66
a) aplicación de una sanción proporcional a la falta
cometida, b) consistentes con las políticas y pro­
cedimientos disciplinarios de la organización, y c)
aplicables a todas las personas o áreas involucradas
equitativamente.
Atendida la gravedad de los hechos, se aplicarán
las medidas y sanciones establecidas en el Regla­
mento Interno de Orden, Higiene y Seguridad.
Asimismo, se podrá llegar a la terminación del
contrato de trabajo en casos graves, conforme con
la legislación vigente.
El encargado de prevención de Delitos deberá
velar por que las sanciones establecidas ante una
falta determinada sean debidamente ejecutadas
y notificadas. El jefe directo de la persona o área
involucrada será responsable de su tramitación
administrativa.
a. 4. c. Registro y seguim iento de casos y sanciones.
El encargado de prevención de Delitos debería
mantener un registro confidencial actualizado de
investigaciones (en curso y cerradas), denuncias y
medidas disciplinarias aplicadas en relación con el
incumplimiento de la P.d.P. o a la detección de un
delito que baga responsable a la persona jurídica.
Dicho registro debería contener al menos:
a) País en donde sucedió el incidente.
b) Empresa o filial en donde sucedió el inci­
dente.
c) Fecha del incidente.

67
 1

d) Tipo de incidente.
e) Canal de denuncia utilizado (si aplica).
f) Tipo de denunciante (interno o externo a la
organización).
g) Personas comprometidas en la situación
(nombre, apellido, cargo y área)
h) Descripción del incidente sucedido.
i) Detalle de la investigación.
j) Tiempo de duración de la investigación.
k) Resolución.
1) Medidas disciplinarias aplicadas, en su caso.
Periódicamente, el encargado de prevención de
Delitos o quien éste designe, debería efectuar un
seguimiento a las denuncias registradas mediante
las siguientes actividades:
a) Validar la integridad del registro de las de­
nuncias.
b) Análisis del estatus de las denuncias regis­
tradas (iniciada, en curso de investigación, en
resolución, cerrada).
c) Análisis de los escenarios recurrentes, es decir,
reiteración de un mismo tipo de denuncia, persona
y/o área involucrada, tipo de denunciante.
d) Análisis de la antigüedad de las denuncias
para gestionar su pronta resolución.

68
 a.4.d. Comunicación de sanciones y mejora de las
debilidades. Como resultado de la investigación y
resolución de los incumplimientos a la P.d.P. de
delitos, se debería realizar lo siguiente:
a) Evaluar la com unicación a la organización de
las medidas disciplinarias adoptadas: el encargado
de prevención de Delitos, en conjunto con las
áreas de apoyo, debe resolver la conveniencia de
comunicar las medidas disciplinarias a toda la
organización, con el fin de difundir a los traba­
jadores y terceros involucrados que ésta trabaja
para resguardar los principios y valores éticos
declarados.
b) Revisar las actividades de control vulneradas, a
fin de aplicar mejoras en las debilidades detectadas:
el encargado de prevención de Delitos debería eva­
luar los riesgos y actividades de control vulnerados
en cada uno délos casos resueltos, determinando la
aplicación de: a) nuevas actividades de control, b)
mejoras en las actividades de control que no operan
efectivamente o cuyo diseño no es el adecuado.
b) A ctividades d e supervisión y m onitoreo. El
objetivo de la supervisión y monitoreo es verificar
el adecuado funcionamiento de las actividades de
control definidas y evaluar la necesidad de efectuar
mejoras en la P.d.P. de delitos.
b .l. Actualización d el programa. La realización
de la actualización de la P.d.P. de delitos mediante
la materialización del proceso de evaluación anual
del diseño y efectividad operativa del mismo, es

69
de responsabilidad del encargado de prevención
en conjunto con la Alta Gerencia y consiste en
las siguientes actividades: a) verificar el adecuado
funcionamiento de las actividades de control
definidas, b) recepción de denuncias, resultados
de investigaciones y sanciones respectivas, c) ac­
tualizar riesgos y controles definidos, d) evaluar
la necesidad de efectuar mejoras en el programa.
Ahora bien, para realizar la actualización misma
de la P.d.P. de delitos, el encargado de prevención
de la compañía debería: a) conocer las nuevas nor­
mativas aplicables, b) tener en cuenta los cambios
relevantes en la organización y/o industria en la
que se encuentra inserta, c) hacer un seguimiento
de las mejoras implementadas a las actividades de
control.
Sobre la base de la información obtenida, el
encargado de prevención debería actualizar la
matriz de riesgos y controles de la organización,
así como también las políticas y procedimientos
correspondientes.
b.2. S upervisión d el program a. El programa
de prevención de delitos de la compañía debería
ser evaluado en forma independiente, esto es,
mediante la revisión por parte de la Auditoría
Interna (en las empresas que cuenten con este
departamento) u otra área independiente al en­
cargado de prevención de Delitos, quien deberá
analizar cada uno de los elementos de la P.d.P. y
sus componentes.
70
 Las Unidades de A uditoría Interna (en las
empresas en que exista) deberían incorporar la
P.d.P. de delitos en el plan de auditoría de la orga­
nización, con el fin de: a) evaluar la aplicación y
eficacia de la P.d.P. de delitos, b) revisar los riesgos
y actividades de control identificados en las áreas
y/o procesos de mayor exposición a la comisión
de delitos, c) proponer al encargado de prevención
las mejoras al sistema de prevención de delitos,
de acuerdo con los cambios experimentados en la
organización o el entorno.
b.3. Seguim iento a la gestión d el encargado de
prevención. Estas actividades de moni toreo serán
reportadas por el encargado de prevención de De­
litos al Directorio o a la Alta Gerencia dentro de su
informe semestral. El Directorio es responsable de
evaluar la gestión y operación de la P.d.P. de delitos
que lleva a cabo el encargado de prevención, con
base a ciertos indicadores, tales como: a) número
de casos resueltos y total de denuncias, b) nivel
de antigüedad de las denuncias pendientes de
resolución, c) total de trabajadores capacitados
en un período y dotación total, d) porcentaje de
cumplimiento de los reportes al Directorio o Alta
Gerencia, e) certificación del programa de preven­
ción de delitos, cuando corresponda, y avance en
las recomendaciones de mejora.
b.4. Certificación d el programa. La certificación
del programa de prevención de delitos es una he­
rramienta que puede utilizar la compañía con el
propósito de corroborar a través de una entidad

71
externa la adecuada adopción e implementación
de la política y modelo preventivo.
En efecto, luego de la implementación y puesta
en régimen del programa de prevención de delitos,
la empresa y sus fdiales podrán optar por certificar
la adopción e implementación del mismo por parte
de una empresa de auditoría externa, sociedades
calificadoras de riesgo u otras que estén registradas.
A estos efectos, el art. 4o de la LChRPPJ esta­
blece que las personas jurídicas podrán obtener la
certificación de la adopción e implementación de
su Modelo de Prevención de Delitos. La certifi­
cación, que podrá ser otorgada por empresas de
auditoría externa, clasificadoras de riesgo u otras
entidades autorizadas por la SVS (S.VS.), establece
una constancia formal de la adecuada adopción e
implementación del modelo y que éste contempla
todos los requisitos establecidos en la Ley.
La certificación debería efectuarse de forma pe­
riódica y cada vez que las condiciones del negocio
se modifiquen, de acuerdo con lo estimado por el
Directorio o Alta Gerencia de la compañía.
b.5. Áreas d e apoyo al program a d e p reven ción
d e delitos. El propósito de las áreas de apoyo es
entregar soporte al encargado de prevención de
Delitos en las actividades de prevención, detección,
respuesta y monitoreo que componen el programa
de prevención de la compañía. Esto implica el
apoyo respecto de la toma de decisiones, coordi­

72
nación de actividades, entrega de información y/o
reportes de control.
Algunas empresas cuentan con diferentes áreas
de apoyo, las cuales pueden cumplir las siguientes
funciones:
a. 5-1■ Gerencia de Asesoría de Asuntos Legales
o Fiscalía. Asesora en el proceso de inclusión de
cláusulas que correspondan en los diversos con­
tratos que celebre la compañía con terceros y con
sus trabajadores; apoya al encargado de prevención
en la identificación de riesgos; entrega informes
mensuales que detallen las denuncias relacionadas
con la comisión de delitos que hagan responsable a
la empresa y demandas, juicios o cualquier acción
legal que involucre a la organización en algún es­
cenario de delito que exponga a la entidad; apoya y
asesora al encargado de prevención en la ejecución
de investigaciones derivadas de las denuncias que
tienen implicancia en el programa de prevención
de delitos o se encuentren asociadas a escenarios de
delito que hagan responsable a la compañía; asesora
al encargado de prevención en la toma de decisiones
en relación con las sanciones y acciones correctivas a
implementar como resultado de las investigaciones
efectuadas y concluidas; colaborar con el encargado
de prevención ante la detección de un hecho que
pueda tipificarse como delito, entre otras.
a.5.2. Gerencia de Administración y Finanzas.
Ejecuta controles de carácter preventivo y de
detección; entrega la información que requiera

73
el encargado de prevención de Delitos para el
desempeño de sus funciones en relación con la
implementación, operatividad y efectividad de
las P.d.P. de la empresa; implementa los controles
para las brechas identificadas como consecuencia
de las investigaciones realizadas en relación con el
programa de prevención o cualquier riesgo nuevo
identificado .
a.5.3. Comunicaciones. Colabora en la coordi­
nación de las actividades de difusión de la P.d.P.
de delitos que efectúa el encargado de prevención
de la compañía, que incluye: comunicación efec­
tiva de la política y del programa de prevención,
difusión de información actualizada del programa
por diversos canales de comunicación (intranet,
correos masivos, diarios murales, otros), actua­
lización de información en intranet respecto del
programa de prevención de delitos adoptado e
implementado.
a. 5-4. Recursos Humanos o Gerencia de Personas.
Apoya en la coordinación de las actividades de ca­
pacitación del programa de prevención de delitos
que efectúa el encargado de prevención, lo que
incluye: la ejecución de capacitaciones periódicas
en la organización con respecto al programa de
prevención y los delitos que hagan responsable a
la empresa, la inclusión de materias al programa
de prevención y sus delitos asociados en los planes

59 Véase PlÑA (2 0 12 ) p. 40.

74
de inducción del personal que ingresa a la entidad;
entrega información necesaria respecto de emplea­
dos sujetos a investigación, asegura la inclusión
de cláusulas de cumplimiento en los contratos de
trabajo que celebre la empresa; entrega de reportes
acerca del estatus de conocimiento de los emplea­
dos sobre el Código de Etica; entrega de reportes
de evaluación de desempeño de los empleados en
los que incluya temas referentes a la ética y el cum­
plimiento del programa de prevención, entre otros.
a.5.5. Auditoría Interna. Realiza auditorías de
cumplimiento con el objetivo de monitorear el
diseño y operatividad de los controles del progra­
ma de prevención de delitos implementado en la
compañía; apoyar en conjunto con el encargado de
prevención de Delitos a las áreas o unidades respon­
sables en la confección de planes de mejora para
las deficiencias o vulnerabilidades detectadas en las
diferentes actividades de monitoreo del programa
de prevención; entrega de toda la información que
requiera el encargado de prevención de Delitos
para el desempeño de sus funciones en relación
con el funcionamiento operativo del programa de
prevención de la empresa; a partir del resultado
del proceso de evaluación, el área de Auditoría
Interna apoyará, en conjunto con el encargado de
prevención de Delitos y el área de riesgo, a las áreas
responsables en la confección e implementación de
medidas correctivas a las deficiencias detectadas.
a.5.6. Contraloría Corporativa. Entrega la infor­
mación que requiera el encargado de prevención

75
de Delitos para el desempeño de sus funciones en
relación con el funcionamiento operativo de los
programas de cumplimiento; debería incorporar
en su plan de auditoría revisiones a las P.d.P. de
delitos de la compañía y sus filiales; apoya en la
ejecución de actividades de las políticas preventivas
de riesgos que hagan responsable a la entidad y que
el encargado de prevención de Delitos le solicite y
que sean compatibles con la independencia del área.
a.5.7. C om ité de Ética. Apoya al encargado de
prevención de Delitos en las siguientes activida­
des: en el proceso de análisis de denuncias que
se relacionen con el programa de prevención; en
relación con los procesos de investigación u otros
procedimientos en función de la evaluación de
incumplimiento del programa de prevención y
potenciales indicadores de comisión de delitos;
en el proceso de recomendación de sanciones al
Directorio a Alta Gerencia, producto de informes
de investigación por las denuncias recepcionadas,
en el proceso de comunicación de las medidas
disciplinarias a toda la entidad; ante la detección
de un hecho que pueda tipificarse como delito,
podrá evaluar en conjunto con el encargado de
prevención de Delitos y el área de Asuntos Lega­
les o Fiscalía, la presentación al Directorio a Alta
Gerencia para que éstos definan si corresponde
efectuar la denuncia ante los tribunales de justicia.
a.5.8. C omité de Directores. Apoya al encargado
de prevención de Delitos en las diferentes activi­
dades de control que éste realiza en el proceso de

76
identificación y análisis de denuncias que apliquen
a la política de cumplimiento o prevención, la
determ inación de investigaciones y la posible
aplicación de sanciones al respecto; analiza las
denuncias recibidas mediante los canales dispues­
tos por la compañía y sus filiales, para identificar
aquellas que estén bajo el alcance de la P.d.P. de
delitos o se encuentren asociadas a escenarios de
delito que hagan responsable a la entidad; coordina
las investigaciones derivadas de las denuncias que
tienen implicancia en las políticas de cumplimien­
to corporativas; solicita reportes al encargado de
prevención de Delitos cuando las circunstancias lo
ameriten; toma conocimiento del informe semes­
tral realizado por el encargado de prevención de
Delitos para presentar al Directorio de la empresa.

3. A p l ic a c ió n d e u n a P . d .P.

3.1. Generalidades. El propósito de toda política

es auxiliar a una gestión adecuada en el grupo de
prevención de conductas irregulares en la empresa,
entre sus representantes, empleados y sociedades
filiales de manera global, y relaciones con terceros,
analizando los efectos y resultados de conductas
ilícitas relacionadas con lavado de dinero, corrup­
ción y terrorismo que fija la LChRPPJ.
Lo que se persigue es definir cuál es el méto­
do para hacer efectivo y operativo el sistema de
prevención de delitos al interior de la estructura
empresarial, definiendo el modo de inform ar
sobre inquietudes o incidencias que puedan even­
77
tualmente desencadenar hechos delictivos, deta­
llando cómo se deben investigar y plantear tales
cuestiones. Asimismo, examinar los mecanismos
de protección disponibles para todos los sujetos,
enumerados en el primer y segundo inciso del art.
3o de la LChRPPJ, para efectos de evitar represalias
por haber informado de este tipo de cuestiones y
atribuir responsabilidades de manera individual a
personas naturales que hayan cometido un ilícito
de las características mencionadas, a fin de ejercer
sobre ellos los deberes de dirección y supervisión
al interior de la empresa.
Esta política representa el compromiso de la
empresa, para promover una cultura organiza-
cional de prevención eficiente, como parte inte­
grante de su obligación para con la tarea pública
e imperativa de prevenir la comisión de ilícitos
en su interior, evitando un comportamiento de la
organización fuera del margen de la Ley.
3.2. A plicabilidady Alcance. Esta política es
aplicable a todos los trabajadores de la empre­
sa; asimismo, a sus accionistas, directores, alta
administración, gerentes, ejecutivos, empleados,
personal temporal, contratistas y asesores de la
entidad, tanto en su matriz como en sus filiales
ubicadas en todo el mundo.
3.3. Enunciado d e la Política. La empresa de­
bería animar a sus, trabajadores a manifestarse e
informar sobre cualquier conducta que, de buena
fe, consideren que infringe la legislación, política

78
y reglamentación interna o los principios básicos
de su institución.
Siguen a continuación ejemplos de conductas
ilícitas o impropias:
- Fraude, soborno, lavado de dinero, financia-
miento del terrorismo u otros delitos
- Irregularidades financieras
- Falsificación de negocios de la empresa y/o
registros financieros
- Infracciones u omisiones de principios básicos
de la empresa, las normas internas de prevención
y las obligaciones legales o estatutarias.
- Regalos no permitidos
- Prácticas comerciales cuestionables
- Eliminación de documentos sin la autoriza­
ción y procedimientos establecidos al interior de
la empresa.
3.4. Sin represalias (a). La empresa no debería
tolerar que se produzca ningún tipo de reacción
adversa contra aquel trabajador que informe de
buena fe sobre este tipo de incidencias. Además,
los informes se pueden presentar firmados per­
sonalmente o pueden ser anónimos, asumiendo
la investigación de estos hechos el encargado de
prevención de la empresa.
Asimismo, frente a actos de advertencia rea­
lizados por el encargado de prevención, nadie

79
puede tomar medidas en su contra que afecten su
desempeño en la empresa60. Por ello, los riesgos
de un negocio, EN LA ACTUALIDAD, NO SÓLO SE
RESTRINGEN A LAS PROBABilidades de fracasar gra­
cias a las oscilaciones del mercado, sino que hoy
debemos considerar el riesgo de ser penalmente
responsables como empresas61.
Esta nueva concepción del riesgo da lugar
a lo que se conoce como programas de cum ­
plimiento, esto es, “la prevención de riesgos de
responsabilidad empresarial por incumplimiento
de regulaciones legales altamente complejas en el
ámbito civil, administrativo y penal” . Esta idea
de cumplimiento de la normativa puede llegar a
ser tan exigente que “incluso [puede] trascender
los aspectos jurídicos y alcanzar a los éticos, pues se
piensa que la vida económica y empresarial debería
estar basada en valores morales [...] cuyo incum­
plimiento ha sido en buena medida la causa de la
crisis que actualmente vive la economía global”63.
3.5■ Confidencialidad. Los informes y comuni­
caciones internas en la compañía respecto de he­
chos relativos al lavado de dinero, financiamiento
del terrorismo o corrupción, se deben tratar con
estricta confidencialidad. Además, si se infringe

60 Z U G A LD ÍA (2 0 1 3 ) p. 90.
61 Ibid.
62 Ibid.
63 Ibid, p. 91.

80
este principio, se examinará separadamente la
infracción y la determinación de sanciones ad­
ministrativas que podrá imponer el encargado de
prevención, en virtud de lo establecido en el art.
4o N° 3 letra d) de la LChRPPJ, en conjunto con
la responsabilidad civil que lleve aparejada dicha
acción.
3.6. Requisitos Clave. De aquí en adelante se
detallan algunos elementos esenciales para tener
en cuenta al momento de elaborar un modelo
preventivo, con el objeto de entregar una idea
general para implementarlos en la práctica den­
tro de organizaciones empresariales. Lo anterior,
considerando que el M.d.P. es un mecanismo
establecido por el legislador para ejercer control y
prevenir conductas delictivas no esperadas entre
los directivos y empleados de una empresa.
Finalmente, creemos que estos modelos tienen
por objeto reducir los riesgos de responsabilidad
penal en las empresas, como asimismo, ser una
respuesta a las numerosas exigencias éticas y legales
que organismos públicos imponen a las empresas
del mercado64. Exigencias que se pueden expresar
a través de simples recomendaciones o normas
jurídicas6-5.
3.7. Cómo informar. Respecto de los medios
para informar, los trabajadores pueden escoger

64 Ibid.
65 Ibid.

81
el que mejor se adapte a sus necesidades frente a
cualquier incidencia al interior como exterior de
la empresa, ya sea:
A nivel local:
- La línea telefónica directa
- Correo electrónico
- Por página web
- Informar directamente a los directores de la
línea en cuestión
- Informar directamente al encargado de pre­
vención de la empresa
- Un proveedor externo puede encargarse de
prestar este servicio por alguno de los medios ya
mencionados.
A nivel de Grupo:
- Informar directamente al Grupo Supervisor
de Seguridad y Prevención.
3.8. Anonimato. Los trabajadores podrán elegi
mantenerse en el anonimato o revelar su identidad
como personas naturales, o bien revelar su nombre
al encargado de prevención que baya designado la
empresa y/o exclusivamente al Grupo de Seguridad
y Prevención.
La empresa fomenta la preparación de los infor­
mes de manerá exhaustiva, objetiva y profesional
por parte del Grupo Supervisor de Seguridad y
Prevención, responsables del cumplimiento de la
82
política a nivel local. Si se conoce la identidad del
trabajador que informa, se puede facilitar, previa
petición y si se considera oportuno, el resultado
de la investigación.
Cuando se detecta una violación de una norma
o reglamento, se emprenden las acciones correc­
tivas o disciplinarias que determine la empresa
en función de las políticas aplicables. Además, es
importante mencionar que una de las sanciones
que requieren una implementación del M.d.p.,
es permitir al encargado de prevención imponer
sanciones administrativas, al interior de la empresa*
al ser una figura autónoma de la administración
de la misma .
3.9. Sin represalias (b). La empresa no tolerará
ningún tipo de represalia contra ningún trabajador
que informe respecto de cualquier hecho relaciona­
do con la prevención de los delitos de corrupción,
financiamiento del terrorismo o lavado de dinero
al interior de la empresa que realice de buena fe.
Los trabajadores que sean descubiertos ejerciendo
cualquier tipo de represalia contra cualquier otro

66 Si la empresa produce ganancias anuales inferiores a 10 0

Unidades de Fomento, puede ser el mismo dueño de la empresa u
otra persona de la administración el encargado de prevención según
el art. 4 N °1 b) inciso 2 de la LChRPPJ. Por ello, en estos casos
es conveniente que se nom bre a un funcionario independiente o
externo que realice esta función basado en parámetros objetivos, sin
perjuicio que la Ley dispone que puede realizar esta misma labor
la administración de la empresa.

83
trabajador que haya informado de alguna situación
delictiva al interior de la empresa, serán objeto de
las sanciones administrativas que se hayan fijado
en el reglamento de prevención y de las demás
sanciones que establezca el Ordenamiento jurídico
chileno, sean éstas civiles, penales o de otra índole
que se apliquen al caso en concreto.
3.10. Informes
a) Infraestructura loca l d e los inform es. Cada
segmento, división o sección dentro de la empresa
deberá establecer una plataforma, para poder ela­
borar los informes dedicados a la identificación de
procesos riesgosos, en los cuales se puedan cometer
los ilícitos que establece la LChRPPJ en su art. Io.
Además, dichos informes deberán ser remitidos
con las especificaciones que establezca el encargado
de prevención junto con la identificación de los
procesos administrativos y de supervisión en los
sectores financieros de la empresa, incorporando
a esta función:
- Una línea telefónica directa
- Una página web para incluir informes anó­
nimos
- Una dirección de correo electrónico.
Todos estos medios son establecidos para cum­
plir con la necesidad, en conformidad con el art.
4o N° 4 de la LChRPPJ, de establecer un sistema
de denuncia o persecución, respecto de la comisión
o posible comisión de hechos delictivos al interior

84
de la empresa. Es importante señalar que todos
los informes deberán ser remitidos al encargado
de prevención, desde las diferentes unidades eco­
nómicas de la empresa, para que éste se encargue
de gestionar y supervisar de manera concreta estas
situaciones riesgosas.
b) Casos Informados a n ivel de grupo. Cada uno
de los responsables de cada sección deberá seguir
los procedimientos de comunicación establecidos
en el Reglamento de Prevención que fije la empresa
y remitir dicha información de manera inmediata
al encargado de prevención. Se remitirá informa­
ción respecto de las siguientes situaciones:
- Un impacto financiero potencial superior a
5 0 .0 0 0 dólares.
- Riesgo de grave daño a la reputación de la
empresa.
- Implicación del dueño, colaborador, respon­
sable, ejecutivos principales, representantes.
- Cualquier persona que tenga una función
en la empresa administrativa o de supervisión,
en la cual se pueda ver, como consecuencia del
incum plim iento de los deberes de dirección y
supervisión, la comisión de alguno de los delitos
contemplados en el art. Io de la LChRPPJ como
lo establece el art. 3o de la misma Ley.
Los responsables podrán delegar las tareas de
prevención, siempre que los delegados reúnan los
requisitos de confidencialidad necesarios y que

85
éstos sean igualmente competentes para ejercer
sus funciones.
Las investigaciones de cualquiera de las situa­
ciones antes mencionadas no se podrán llevar a
cabo de manera independiente por las unidades
económicas de la empresa sin la autorización del
Grupo Supervisor de Seguridad y Prevención.
c) Responsabilidades
c. 1. Grupo Supervisor de Seguridad y Prevención.
Las responsabilidades del Grupo Supervisor de
Seguridad y Prevención a nivel de grupo, están
determinadas para compañías transnacionales
que tienen gran cantidad de filiales alrededor del
mundo. Cuestiones que no se detallarán en este
informe por su complejidad técnica y en el supues­
to de la elaboración de un modelo local para una
empresa nacional.
c.2. Los Encargados de Prevención de las secciones
de la Empresa. Las responsabilidades de los Encar­
gados de Prevención de las distintas secciones son
las siguientes:
- Establecer una infraestructura de informes.
- Recibir informes y responderlos oportuna­
mente.
- Asegurar la protección de los empleados de
represalias al interior de la compañía cuando infor­
men de buena fe sobre inquietudes e incidencias
sobre situaciones delictivas al interior de la misma.

86
 - Determinar los casos significativos que deben
ser remitidos al Grupo de Seguridad o Preven­
ción, sólo en el caso de tratarse de una compañía
transnacional.
- Encargarse de que la casa matriz de la compa­
ñía informe de estos criterios al resto de sucursales
a lo largo del país sobre esta P.d.P. Además, cada
director de la empresa debería estar informado
de manera detallada de su obligación de remitir
cualquier informe que reciba sobre alguna situa­
ción delictiva, sin más dilación, al encargado de
prevención de la empresa.
- Toda incidencia relacionada con los informes
o con el objeto de prevenir hechos delictivos al
interior de la empresa deberá ser objeto de segui­
miento, en caso de tratarse de una empresa trans­
nacional, por el Grupo de Seguridad y Prevención
en el marco de informes trimestrales.
c.3. Los Encargados de Prevención Locales de las
distintas sucursales o filiales de la empresa. Tienen
las siguientes funciones:
- La gestión, control y recibo de los diferentes
informes relacionados con incidencias delictivas
al interior de la empresa recibidos en su sección.
- Que los casos importantes sean remitidos
directamente al Grupo de Supervisión y Preven­
ción, como ya se dijo en el caso de tratarse de una
compañía transnacional.

87
 - Que se envíe al Grupo de Seguridad y Pre­
vención un informe trimestral de las incidencias
acaecidas en una sección.
- Velar por el cumplimiento y respeto de las
P.d.P. de los delitos contemplados en el Art. I o de
la LChRPPJ, determinada la implementación y
funcionamiento efectivo de los procesos a seguir
en la prevención.
- Facilitar la orientación y capacitación de las
empresas locales.
c.4. C um plim iento d el Grupo d e S eguridad y
Prevención. La función del grupo será:
- Implementar la P.d.P. a nivel macro.
- Dar orientación respecto de la implementa­
ción de la P.d.P.
- Revisar y mantener actualizada la P.d.P.
c.5. D irectores y Empleados. Los dueños, di­
rectores colaboradores, principales ejecutivos,
responsables, representantes y funcionarios a cargo
de alguna tarea administrativa y supervisión de la
cual se pueda derivar como consecuencia del in­
cumplimiento del deber de dirección y supervisión
la comisión de un delito al interior de la empresa,
serán responsables de:
- Conocer detalladamente y cumplir con los
requisitos del sistema preventivo y del espíritu de
los valores de la empresa en la tarea de prevención
de los delitos.

88
 - Contrastar y verificar los recursos materiales
utilizados en la elaboración de informes sobre
incidencias delictivas al interior de la empresa.
- Dar a conocer a las autoridades estos infor­
mes cuando se tenga la sospecha de la comisión
de alguna incidencia de carácter ilícito al interior
de la empresa.
a) Implementación. Los Principales Ejecutivos
de las unidades económicas de la empresa son
responsables de asegurar la implementación de la
P.d.P. de la organización y comunicarla a todos el
resto de los trabajadores locales.
Respecto del proceso de aprobación de la P.d.P.,
éste corresponde a los ejecutivos principales tras la
oportuna recomendación del Grupo de Seguridad
y Prevención, en el caso de tratarse de una empresa
transnacional.
Los principales ejecutivos de las unidades eco­
nómicas de la empresa, junto con el encargado de
prevención de la casa matriz o de las sucursales de
ésta, deberán adaptar la presente P.d.P., aplicándola
a todos sus trabajadores, sobre todo respecto de
aquellos que se encuentren bajo su dirección o
supervisión directa, como lo establece el art. 3o
inciso segundo de la LChRPPJ.
Es importante señalar que el requisito legal de
conocimiento del Reglamento de Prevención de­
berá ser incorporado en un anexo en el contrato de
trabajo de los empleados de la empresa, dejándose

89
1

constancia de éste en un lugar de acceso público a

los trabajadores, además de entregarle una copia
del mismo a cada uno de ellos, debiendo ser ca­
pacitados e informados en cuanto a su contenido.
Así, y en el caso de tratarse de una empresa trans­
nacional, deberá informarse al Grupo de Seguridad
y Prevención de la Casa Matriz de la compañía.
En circunstancias de carácter excepcional, las
unidades económicas de la empresa, por medio
de sus encargados de prevención, podrán solicitar
la implementación de políticas, debiendo contar
con la previa autorización del Grupo de Seguridad
y Prevención.
b) D ocumentos relacionados. Se creará una Guía
práctica para todos los sujetos mencionados en el
art. 3o inciso Io de la LChRPPJ que les facilite la
comprensión de qué hacer o no hacer en casos
hipotéticos frente a los cuales hay que adoptar
medidas de prevención al interior de la empresa,
otorgando una orientación a los directores cuando
reciban un informe de los empleados que detalle
alguna incidencia de carácter delictivo.
En esta Guía Práctica se abordarán los princi­
pios de estricta confidencialidad y de no represalia
a los informes de buena fe formulados por los
trabajadores. Además de otro manual que permita
a los sujetos del art. 3o inciso primero, junto con
los encargados de prevención, cuando informen
a sus equipos sobre la infraestructura prevista
para elaborar informes de incidencias delictivas al
interior de la empresa.

90
 c) Disposiciones Finales. Los procesos mencio­
nados en esta sección deben tener en cuenta un
análisis dogmático-jurídico exhaustivo de la figura
del delito de lavado de activos, del cohecho o el
financiamiento al terrorismo, para operar con
éxito en la empresa. Por ello, nuestra intención es
sólo entregar directrices generales respecto de los
procesos de prevención de estas figuras delictivas
en la empresa.
Conforme con lo expuesto, hemos dejado el
análisis dogmático de los delitos, mencionados
en el párrafo anterior, con el objeto de entregar
un análisis pormenorizado de los mismos en una
parte especial respecto de la aplicación estratégica
de una P.d.P. de delitos al interior de la empresa.
Lo anterior, con el objeto de definir con mayor
precisión aquellos procesos que se pueden adoptar
respecto de estas figuras delictivas en el ámbito
empresarial.

4. S is te m a d e a t r i b u c i ó n d e r e s p o n s a b ilid a d

Como hemos venido manifestando a lo largo

de este trabajo, los program as d e cum plim iento
o m odelos d e p rev en ció n exigen ser diseñados e
implementados según las características “propias”
de cada empresa. Para lograr dicho propósito se
debería considerar no sólo la LChRPPJ, sino que
también otras normas vinculadas, particularmente,
al lavado de activos, cohecho, y al financiamiento
al terrorismo (esto, según el sistema numero clausus
existente en Chile).

91
 Conforme con lo expresado, una P.d.P., cuya
materialización estriba en la institucionalización
de un programa de organización eficaz, debería
responder al grado de compromiso en que la em­
presa gestiona los riesgos penales y, de esta manera,
abordar el cumplimiento de la normativa vigente.
Así, la sola adopción fo r m a l de un código de
conducta o de un M.d.P., al tenor de lo dispuesto
en el art. 4o de la LChRPPJ, no necesariamente
liberará de responsabilidad penal a la empresa, sino
también será necesario el establecimiento de una
P.d.P. que sea capaz de orientar y monitorear los
procedimientos internos del M.d.P. en su conjunto.
Esta política preventiva debería permitir la
identificación de las formas de adecuación de
comportamiento de los distintos miembros de la
empresa en sus diversos escalafones -democratiza­
ción del riesgo y del sistema de imputación-. Así,
estas form as de adecuación de com portam iento no
sólo se dirigen a los altos mandos (administradores,
controladores, ejecutivos principales, etc.), sino
que también a las personas físicas situadas en el
medio y en la base de la estructura organizativa.
Adicionalmente, el objeto de un proceso p en a l
iniciado en contra de una persona jurídica se de­
bería centrar tanto en la existencia o inexistencia
de responsabilidad de las personas naturales que
intervinieron en el delito como en los defectos
de organización que adolezca la empresa para
atribuirle responsabilidad penal.
92
 A continuación, expondremos brevemente
las diferentes formas de atribuir responsabilidad
penal a las personas jurídicas, pasando desde un
modelo de imputación centrado en las actuacio­
nes de las personas naturales (heterónomo) hasta
aquellos que centran principalmente su atención
en los defectos organizativos de la persona jurídica
(autónomo).
4.a. M odelo de responsabilidad heterónomo. Un
modelo de estas características requiere, para atri­
buir responsabilidad penal a la empresa, determinar
a la persona natural que ha cometido el ilícito
en beneficio de la misma67. En este sentido, si sé
cometiera un delito de lavado de activos, financia-
miento del terrorismo o cohecho en beneficio de la
empresa, será necesario establecer la participación
de aquella persona natural que ha cometido el
delito, en beneficio de la empresa, para atribuirle
responsabilidad penal68.
Para que la empresa responda es necesario,
entonces, que dicha acción constitutiva de deli­
to haya sido cometida directam ente en interés o
provecho de la organización, como consecuencia
del incumplimiento de los deberes de vigilancia,
dirección y supervisión. El fundamento de este
razonamiento se centra en la circunstancia de
que las personas jurídicas deben controlar su or­

67 G ó m e z -J a ra (2010a) p. 4 4 1.
68 Ibtd, p. 44 2.

93
ganización, es decir, que sus miembros adecúen
su comportamiento conforme con los límites del
riesgo permitido dentro del contexto empresarial.
En este sentido, la normativa chilena se carac­
terizaría, según Hernández, por ser “un modelo
atenuado de responsabilidad derivada, que, además
de la conexión entre individuo responsable y su
hecho con la persona jurídica, requiere que ésta
haya contribuido al hecho por la vía de haberse
organizado de un modo que favorece o en todo
caso no impide ni dificulta la realización de ese
tipo de hechos, esto es, la llamada responsabilidad
por ‘defecto de organización, en consideración de
los requisitos del art. 3o de la Ley”69.
La deficiencia organizativa de la empresa se
pretende evitar a través de los programas de cumpli­
miento o modelos de prevención. Estos modelos tie­
nen el propósito de vigilar y controlar la comisión
de delitos al interior de la empresa. Estos defectos
de organización apuntan, en términos generales, a
la “falta de selección, formación y seguimiento de
la actividad desarrollada por los administradores
o representantes legales [ ...] ”7°.

69 H e r n á n d e z (2 0 10 ) p. 2 1 7 . Por otra parte, no podemos

desconocer el hecho que la mayor parte de los modelos comparados
han adoptado en la actualidad un m odelo de responsabilidad
derivada, aparentemente, porque sería más sencillo determinar la
responsabilidad de una persona jurídica desde el comportamiento
de la persona natural, véase G ó MEZ-Jara (2010a) p. 459.
70 ZüGALDÍA (2 0 13 ) p. 9 1 . Por otra parte, respecto de la
llamada responsabilidad por defectos de organización, debería

94
 Por ende, para atribuir responsabilidad a la
empresa, desde la interpretación de un m odelo
d e responsabilidad heterónomo, es necesario que la
comisión del ilícito sea cometida por una persona
natural producto del no ejercicio de los deberes de
dirección y supervisión por parte de la empresa71.
Sin embargo, la organización puede anteponerse
a la infracción de estos deberes por medio de la
implementación de un M.d.P. de delitos72.
Este deber de supervisión recaería en un amplio
círculo de sujetos, enunciados en el art. 3o de la
LChRPPJ, vinculados a la dirección administrativa
de la empresa. Por ello, uno de los problemas clave
que deberán enfrentar los jueces, será determinar
cuándo se han infringido esos deberes de super­
visión y control por parte de los miembros de alta
dirección73.

señalarse, siguiendo a Jesús-M aría Silva Sánchez, “que resulta

más que dudoso si la culpabilidad por defecto de organización
es una expresión de una culpabilidad en sentido estricto de la
persona jurídica o, por el contrario, una regla de transferencia de
responsabilidad a la persona jurídica por el hecho culpable de las
personas físicas que, en el seno de la misma, infringen los deberes
de organización y vigilancia que recaen sobre ellos”, véase SlLVA
(2002) p. 127.
71 H ernández (2010) p. 218.
72 Ibid.
7-i Lo anterior, da lugar a dos cuestiones primordiales a tratar:
a) los modelos de com p lia n ce y b) al desarrollo dogmático de la
imprudencia. Los modelos de com p lia n ce se fundamentan en el
hecho de velar por que el cumplimiento genérico de las actividades

95
 Por otra parte, y como lo hemos expuesto an­
teriormente, prevenir la infracción de los deberes
de vigilancia y supervisión, implica contar con
una política corporativa que manifieste una nueva
cultura organizativa de fidelidad al Derecho en
los diferentes niveles operativos de la empresa74.
Asimismo, contar con un departamento de
prevención será esencial en la tarea de difundir
una nueva cultura d e p reven ción de delitos en la
empresa75. Este departamento no sólo debería
intervenir en la capacitación y vigilancia del per­
sonal, sino también en informar a la alta dirección

o procesos de la empresa estén en conform idad con la normativa

vigente, por lo cual si una acción de un empleado es aprobada por
su superior y es informada al director de com plian ce y éste no ejerce
su función de control de manera adecuada, en conformidad con los
protocolos del modelo preventivo de la empresa, la persona jurídica
puede ser penalmente responsable. La falta de control por parte de
los directivos de la empresa lleva a la producción de conductas del
tipo imprudentes. Por ello, es fundamental que la “relación debería
establecerse entre el delito cometido por el empleado y el fallo de
supervisión del directivo a cuya autoridad se encuentra sometido.
La mera constatación de que todo ello se haga por cuenta y en
provecho de la persona jurídica no debería ser suficiente. Entre
ambos elementos debería establecerse una relación de imputación
objetiva, de tal manera que el riesgo que se genera por el fallo de
supervisión es el que se tiene que concretar en la actuación del
empleado - y no o tro -. El mero incremento del riesgo no debería
ser suficiente para el establecimiento de responsabilidad a estos
efectos”, véase G ó MEZ-Jara (2010a) p. 487ss.
74 ZUGALDÍA (2 0 13 ) p. 91s.
75 Ibid, p. 92.

96
de la organización sobre irregularidades, junto con
establecer redes de prevención en conjunto con la
auditora y clasificadora de riesgo o entidad que
vaya a certificar el modelo en cuestión.
Ahora bien, respecto de la responsabilidad
autónoma de las personas jurídicas, Hernández
es categórico al señalar que “la Ley chilena no co­
noce nada que merezca llamarse 'responsabilidad
autónoma' de las personas jurídicas. Más bien al
contrario, cabe preguntarse si esta subordinación
tan marcada a la condena del sujeto individual,
desconocida en los modelos de referencia e incon­
veniente desde el punto de vista político-criminal,
puede considerarse satisfactoria desde la perspec­
tiva del cumplimiento de los compromisos inter­
nacionales de Chile, más si se tiene en cuenta la
preocupación especial de los órganos de la OCDE
por el punto”76.
Finalmente, el modelo heterónomo considera
clave vinculare. 1comportamiento de la persona na­
tural a la empresa para atribuirle responsabilidad.
Sin embargo, este comportamiento no puede ser
el único factor para determinar la responsabilidad
de la empresa77. Así las cosas, este comportamiento
delictivo debería ser en interés de la entidad, pro­
ducto de un defecto de organización, debido a la

76 H er n án d ez (2 0 10 ) p. 224s.
77 G ó m e z -J a ra (2010a), p. 490.

97
infracción de los deberes de vigilancia, supervisión
y control establecidos en el art 3o de la LChRPPJ.
4. b. M odelo d e responsabilidad autónom o. El
modelo autónomo de responsabilidad observa
a la empresa como un sujeto capaz de responder
penalmente. De esta forma, la responsabilidad
de la organización no puede determinarse por el
hecho ajeno, es decir, por la acción delictual de
una persona natural que forma parte de su estruc­
tura organizacional. Así, admitir la posibilidad
de transferir responsabilidad a la empresa por el
comportamiento ilícito de una persona natural,
al interior de su estructura organizacional, cons­
tituiría una responsabilidad objetiva que vulneraría
sus g ara n tías.
La posibilidad de admitir un modelo de res­
ponsabilidad autónomo en la legislación chilena

78 Así el “núcleo com ún a todas estas posiciones [de

responsabilidad autónoma] puede quizá sintetizarse en que, a la
hora de determinar la culpabilidad, se intenta profundizar en la
realidad empresarial alejándose de los parámetros que pretenden
«transferir» la culpabilidad individual a la empresa” véase G Ó M E Z -
J ara (2010b) p. 139s.
79 Respecto de la posibilidad de considerar en Chile garantías
fundamentales para las personas jurídicas, véase los fallos del
30/06/2008, N ° 5 8 5 7 - 2 0 0 6 , y del 14/03/2005, N ° 5 4 6 - 2 0 0 4 ,
de la Ilustrísima C orte Suprema, que reconocen que la persona
jurídica puede ser objeto de daño moral objetivo al ser menoscabada
en su honor, imagen y prestigio comercial. Asimismo, esta lectura
se puede complementar con la mirada del modelo de culpabilidad
constructivista, para estos efectos véase G ó M E Z -J a r a (2 0 10a) p. 45.

98
se desprendería, a nuestro juicio, del inciso final
del art. 5o de la LChRPPJ. Esta última disposición
permitiría la introducción de otros modelos de
imputación que diferirían de los que se basan en
la transferencia de responsabilidad (heterorrespon -
sabilidad) de la persona natural a la jurídica.
Si bien existen diversas variantes d el modelo de
imputación de responsabilidad autónoma, estima­
mos que a este respecto el modelo a seguir es el
denominado de “culpabilidad constructivista”80.
Lo anterior, radica en que éste responde, desde
nuestra perspectiva, a un Derecho penal moderno
que recoge las tendencias más actuales en materia
de responsabilidad penal empresarial, acercándose
de mejor manera a la identidad normativa de la
legislación chilena —y de los países de su órbita de
cultura-.
A continuación, expondremos brevemente las
posibilidades de aplicación del modelo de culpabi­
lidad constructivista en la legislación chilena. Cabe
advertir que si bien no existe todavía jurispru­
dencia que respalde la aplicación de este modelo,
sería posible en nuestra opinión su armonización

80 Para obtener inform ación o una descripción general de

estos modelos de imputación de responsabilidad autónoma, véase
A r t a z a (2 0 13 ) p. 260ss. Sobre la argumentación en relación con
el modelo a seguir, además del argumento relativo a u n asunto de
identidad normativa, creemos coherente ser consecuentes con la
historia legislativa de la LChRPPJ, donde se hace alusión al sistema
defendido en esta obra.

99
a partir de una lectura coherente conforme con el
“valor objetivo de la norma”81. Así, con el propó­
sito de desentrañar la identidad normativa a la que
hacemos referencia, el método que utilizaremos
será una interpretación teleológica, centrado
en una perspectiva lógico-sistemática, legislativa
comparada e histórico-dogmática.
4.c. Perspectiva lógico-sistem ática. El modelo
de responsabilidad autónoma de la persona jurí­
dica, consagrado en el inciso final del art. 5° de
la LChRPPJ, establece que subsistirá la responsa­
bilidad, “incluso si no es posible determ inar el o los
responsables individuales que com etieron el ilícito en
su favor". De esta manera, resulta familiar afirmar
la existencia de una responsabilidad penal autóno­
ma. Sin embargo, Hernández señala que los casos
del art. 5o sólo son autónomos “desde un punto
de vista procesal, porque materialmente no hay
ninguna hipótesis de responsabilidad de la entidad
sin persona natural responsable”82. El autor citado
es de la idea de que el art. 5° estudiado no altera

81 Nuestra metodología de interpretación, si bien da prioridad

al valor objetivo de la norma, no deja de lado la voluntad subjetiva
del legislador. Así, normas recientes que no datan de los orígenes
del código necesitan de una interpretación integral que considere
los aspectos mencionados. No obstante lo anterior, la doctrina
mayoritaria es de la idea de considerar sólo el valor objetivo de la
norma, debido a que en el contexto de las democracias modernas es
m uy difícil identificar la voluntad de un solo legislador. GlMBERNAT
(19 9 9 ) p. 77ss; Larenz (2 0 0 1) p. 331ss.
82 H ernández (2010) p. 221.

100
el modelo de responsabilidad derivada atenuado
del art. 3° de la LChRPPJ. El inciso final de esta
última disposición estaría establecido en términos
que “restringen significativa e innecesariamente
esa posibilidad, reforzando aún más el carácter
derivado y dependiente de la responsabilidad del
ente”83. En este sentido, la disposición enunciada
exigiría de todas formas la comisión del ilícito por
parte de una persona natural para poder atribuir
responsabilidad penal a la persona jurídica.
Disentimos de la opinión de Hernández debi­
do a que nos parece difícil poder comprender al
inciso final del art. 5° de la LChRPPJ como una
circunstancia meramente procesal que no conten­
dría ninguna hipótesis material de responsabilidad
autónoma. En efecto, desde nuestro punto de
vista, aquí se establecería una hipótesis m aterial de
responsabilidad autónoma.
Ahora bien, antes de entrar en detalle al respec­
to, tendremos en consideración que el encabezado
del citado art. 5° señala que la “[l]a responsabili­
dad de la persona jurídica será autónoma de la
responsabilidad penal de las personas naturales y
subsistirá cuando, concurriendo los demás requisitos
previstos en el art. 3 °\..
El hecho de que no sea posible imputar res­
ponsabilidad a la persona jurídica (art. 5° N° 1
LChRPPJ) por la muerte del responsable (art. 93

83 Ibid, p . 2 2 2 .

101
N° 1 CP) y en caso de prescripción de la acción
penal en su contra (art. 93 N° 6 CP), no significa
en nuestra opinión que no se pueda aplicar la
responsabilidad autónoma cuando en el proceso
penal seguido en contra de la(s) persona o personas
indicadas en el art. 3° (incisos Ioy 2o), se decretare
sobreseimiento temporal de uno o más imputados,
según las causales de incomparecencia y rebeldía
o en caso de enajenación mental.
Para seguir con nuestra argumentación, la dis­
posición del art. 5o LChRPPJ en su inciso final
señala que: “[•••] también podrá perseguirse dicha
responsabilidad cuando, habiéndose acreditado la
existencia de alguno d e los delitos del att. Io y con­
curriendo los demás requisitos previstos en el art.
3o, no haya sido posible establecer la participación
d e e l o los responsables in dividuales , siempre y
cuando [que] en el proceso respectivo se demostrare
fehacientemente que el delito debió necesariamen­
te ser cometido dentro del ám bito de fu n cion es y
atribuciones propias d e las personas señaladas en el
inciso primero del mencionado art. 3o” [la cursiva
es nuestra].
Conforme con nuestro planteamiento, la voz
“también” del inciso final del mencionado art.
5o, desde una lectura lógica-sistemática, pretende
resaltar una excepción respecto de los casos men­
cionados en los números 1 y 2 del mismo art. 5o.

Énfasis añadido.

102
De lo contrario, no tendría sentido el inciso final
del mismo art. 5o, puesto que reprodncjrfa lo
dispuesto en el art. 3o LChRPPJ aludien¿ 0 nue_
vamente a una responsabilidad heterónoyna
Cuando la expresión hace referencia a ñaber
acreditado la existencia del delito, deber(a haber
utilizado la expresión “habiéndose acreditado la
existencia de antecedentes calificados de la comisión
de alguno de los delitos del art. I o [...]” para no ge­
nerar dudas interpretativas respecto de la existencia
de la hipótesis de una responsabilidad autónoma,
aunque parezca ser una interpretación forzada85.
Por otra parte, cuando el art. 5o inciso final
señala que “concurriendo los demás requisitos pre­
vistos en el art. 3°, no haya sido posible establecer
la participación de el o los responsables indivi­
duales86 [ .. .] ” estos requisitos serían, a nuestro
entender, los siguientes:
a) Que se cuente con antecedentes calificados
que acrediten la existencia del hecho delictivo de
los contemplados en el art. Io de la Ley;

Se incurre en un error legislativo similar en la disposición del

art. 2 2 9 del CPP chileno. Esta norma para definir el concepto de
form a liz a ción (lectirra de los hechos que se investigan en el proceso)
utiliza la expresión “delito” en vez de “hechos investigados”, véase
B l a n c o et. a l (2005) p. 57; C a r o c a (2005) p. 14 3 ; H o r v it z /
LÓPEZ (2003) p. 402. En este contexto, utilizar la expresión “delito”
implica una contradicción respecto del p rin cip io d e inocencia porque
no se ha iniciado un proceso que acredite la existencia del delito.
86 Énfasis añadido.

103
 b) Que el hecho delictivo sea cometido en
interés o beneficio directo de la persona jurídica,
es decir, “dentro de sus fines”; y,
c) Que la comisión del ilícito sea producto
del incumplimiento de los deberes de dirección y
supervisión de la persona jurídica, o sea, a partir
de un defecto de organización.
En este orden de ideas el inciso final del art.
5o dejaría fuera el requisito de im putar la res­
ponsabilidad al o los responsables de la comisión
del ilícito en favor de la persona jurídica. Si bien
la disposición podría haber sido formulada en
términos más precisos, como en el caso de los
modelos [autónomos] suizo, italiano o australiano.
En nuestra opinión, ésta permite dar lugar a una
hipótesis de responsabilidad autónoma al utilizar
la expresión “los demás”.
Así pues, la expresión “los demás” dejaría fue­
ra el requisito de imputar responsabilidad a una
persona natural de las mencionadas en el art. 3o
LChRPPJ. Por ello, esta disposición final del art.
5o centraría la responsabilidad en un defecto de
organización, resultado del cual se dio lugar a un
hecho delictual en favor de la empresa.
Por último, a partir de un punto de vista proce­
sal, la disposición del art. 22 de la LChRPPJ permite
al Ministerio Público solicitar formalizar la inves­
tigación, en contra de la persona jurídica, cuando
lo considere oportuno, debiendo pedir al Juez de
Garantía la citación de su representante legal.
104
 Así las cosas, es “requisito previo para proceder
de esta forma, al menos, que se haya solicitado una
audiencia de formalización de la investigación o
presentado un requerimiento de acuerdo con las
reglas del procedimiento simplificado, respecto
d e la persona natural que p u d iese com prom eter la
responsabilidad d e la persona ju ríd ica ^ según lo
disponen los incisos primero y segundo del art. 3o,
salvo en b s casos establecidos en el art. 5 o88”.
En este sentido, siguiendo lo dispuesto en el art.
22 LChRPPJ, se podría formalizar al representante
legal de la empresa, sin solicitar una audiencia
de formalización o presentar un requerimiento
de procedimiento simplificado, respecto de la
persona natural que pudiese comprometer la res­
ponsabilidad de la empresa, al estarse -en nuestra
opinión- frente a la hipótesis del inciso final del
tan citado art. 5o89.
4.d. Perspectiva legislativa comparada. Desde este
punto devista, el modelo chileno utiliza el término
“participación” para determinar la responsabilidad

87 Énfasis añadido.
88 Énfasis añadido.
89 Véase los com entarios de M iguel Soto Pifieiro, acerca
del art. 2 2 LChRPPJ (Historia de la Ley), en BIBLIOTECA DEL
C o n g r e s o N a c io n a l d e C h il e (2009) p. 4 4 (Disponible en
h ttp :/ / w w w .L eych ile.cl/ N aveg ar?id N o rm a= 1008668& b u sc
ar= 20393 [Consultado: 10/12/2013]). Respecto de la admisión
de un supuesto procesal el art. 2 2 para los casos de responsabilidad
autónoma del art. 5, véase A g u ir r e z á BAL (20 12) p. 61.

105
autónoma. Este término no se recoge de manera li­
teral del modelo suizo, italiano o australiano90. Sin
embargo, estos últimos estarían redactados en un
sentido sim ilar al de la disposición del inciso final
del estudiado art. 5o, en lo referente a los casos en
que ‘no haya sido posible establecer la participación
de el o los responsables individuales ”.
Para reforzar nuestra argumentación, tenemos
que decir que la voz “participación” no es baladí,
como presupuesto para poder afirmar la respon­
sabilidad autónoma en el sistema chileno, por las
siguientes razones. Con ella se está aludiendo a la
Teoría de la Autoría y Participación crim inal ; y, más
concretamente, a la participación propiamente tal,
la cual sólo es conceptualmente admisible tratán­
dose de “personas naturales” (lo que reafirmaría, en
nuestra opinión, de que el sistema de la LChRPPJ
es “autónomo”).
En este sentido, la participación crim inal
exige, para poderse constatar, la concurrencia
de los siguientes requisitos: (a) accesoriedad, (b)
convergencia, y (c) [no] comunicabilidad91. Por lo

50 Para la consulta de la traducción al español de las normas

que citamos en este lugar, véase G ó MEZ-Jara (2010a) p. 465ss.
91 El primero, dice relación con la necesidad de la existencia
de un hecho principal - d e l au to r-; el segundo, se refiere a la
constatación de un “doble dolo”, es decir, de una coincidencia
del conocer y querer la realización de los elementos del tipo
objetivo por parte del autor y del partícipe. Por último, hablamos
de “no comunicabilidad” - la mayoría se refiere al principio de

106
anterior, la categoría en estudio hace alusión a la
ejecución de un delito donde intervienen “varias
personas que se dividen entre sí la tarea de real¡2ar
el hecho típico”92, cuestión que quedaría fuera de
la hipótesis de la norma en estudio, subsistiendo
por ende, los defectos de organización en la em­
presa para poder atribuir responsabilidad. Ello,
desligándose, de esta manera, por completo de la
persona natural -e , incluso, a partir de un punto
de vista colectivo—.
Conforme con lo anterior, la legislación ita­
liana, en su Decreto Ley N° 8, de junio de 2001,
establece en su art. 8 —respecto de la autonomía
de la responsabilidad- que “la responsabilidad
del ente subsiste aun cuando: a) El autor de la
infracción penal no ha sido identificado o no es
imputable [ ...]”. Asimismo, el CP Suizo de 2003
establece en su art. 100 quáter 1 que “[c] uando en
el desarrollo de los asuntos empresariales se cometa
en una empresa un delito o una falta en el marco
del fin d e la em presa , y este hecho no pueda ser
imputado a ninguna persona física concreta debido

“comunicabilidad”—, puesto que en nuestra opinión sobre el

particular seguimos una teoría de la no comunicabilidad limitada,
en el sentido de que la autoría jamás se podría comunicar, pero
la calidad de la participación sí, siempre y cuando se cumpla con
ciertos requisitos. En extenso, con múltiples citas doctrinales y
jurisprudenciales, véase Balmaceda (2012) p. 56ss.
92 C ury (1972) p. 255ss.

107
a la deficitaria organización de la empresa , entonces
se imputará el delito o la falta a la propia empresa”.
Asimismo, el CP Suizo establece en su art.
100 quáter 2 que “[cjuando se trate de un delito
contemplado en los artículos [...], la empresa será
castigada, con independencia de la pun ibilidad de
personas físicas, si se le debería reprochar a la em­
presa que no haya adoptado todas las precauciones
organizativas necesarias y exigiblespara evitar este
tipo de delito ”.
Podemos observar que el modelo italiano
utiliza la expresión “identificado” o “imputable”
que concuerda con el sentido del modelo suizo.
Asimismo, interesante es mencionar que el modelo
suizo indica que se debería identificar un defecto de
organización para imputar responsabilidad penal a
la persona jurídica.
Es así que las características enunciadas del
modelo suizo e italiano se encontrarían recogidas
tanto en el art. 3o como art. 5° de la legislación
chilena. Así, cuando el art. 5° hace remisión en su
inciso final a los requisitos del art. 3°, se estaría
enfocando en que el delito sea en beneficio de la
empresa, es decir, dentro de sus fines y resulta­
do de un defecto de organización. Lo anterior,
aportando antecedentes calificados que acrediten
la existencia del hecho delictivo, en el ámbito de
funciones y atribuciones de los sujetos del art.
3o, donde no sea posible identificar a la persona
natural responsable.

108
 Por otra parte, el CP Federal de Australia de
1995 establece, en la sección 12.1 relativa a los
principios generales, en el N ° 1 que “[ejste código
se aplica a las entidades corporativas de la misma
manera en que se aplica a los individuos [...] por
el hecho de que la responsabilidad penal se está
im poniendo en entidades empresariales y no en
individuos”; y, en la sección 12.3, referente al tipo
subjetivo, en el numeral 1 establece el método
para determinar la responsabilidad de las personas
jurídicas93.
Lo anterior, difiere del modelo chileno porque
éste no se declara abiertamente autónomo como
sí lo hace el australiano. Sin embargo, respecto de
la determinación de la existencia de indicios que
acrediten la comisión de un delito en el “ámbito
d e fu n cion es y atribuciones propias d e las personas
señaladas en el inciso prim ero d el m encionado art.
3 °” habría que definir la metodología para realizar
esta tarea. En este sentido, nos parece que dicha

93 El modelo australiano se declara abiertamente autónomo.

Sin embargo, esto aparentemente no se da con plenitud en el caso de
la legislación chilena. Ahora bien, el modelo australiano establece un
método de atribución de responsabilidad que se define en la sección
12 .3, referente al elemento subjetivo del actuar empresarial, que
apunta al con ocim ien to o la im prudencia, centrándose en el actuar
del consejo de administración de la empresa, los altos directivos y el
funcionam iento de la cultura empresarial con el objeto de atribuir
responsabilidad a la persona jurídica. Es im portante señalar que se
permite atribuir responsabilidad al ente por actos expresos o tácitos
de los órganos enunciados.

109
metodología se encuentra descrita en el modelo
australiano y se extraña en el modelo chileno. No
obstante lo anterior, la jurisprudencia chilena la
podría construir por medio de la resolución de
casos concretos, en base a los siguientes funda­
mentos dogmáticos e históricos que enunciaremos
a continuación.
4. e. Perspectiva histórico-dogmdtica. El sistema
chileno de responsabilidad penal de las personas
jurídicas se vio influenciado por el norteamericano
e italiano. En Chile el modelo de atribución en
estudio se presenta como uno de carácter estruc­
tural, frente al desafío de imputar responsabilidad
a una organización, considerando la división de
fun ciones en su interior, su impacto delictual como
colectivo frente a la sociedad y la complejidad in­
herente a la información que produce dificultando
su persecución9^.
En este orden de ideas, el modelo chileno da­
ría cuenta de las actuales tendencias del Derecho
norteamericano, europeo e italiano, siendo su prin­
cipal objetivo el que las empresas colaboren en la
prevención d el delito, detectando aquellos procesos
más riesgosos para su comisión en su organización,
estableciendo programas de prevención, cuya

94 En este sentido, véase los com entarios de Fernando

Londoño (Historia de la LChRPPJ) en B ib l io t e c a DEL CONGRESO
N a c i o n a l d e C h i l e (2 0 0 9 ) p. 4 2 3 . D isponible en http://
w w w .Leychile.cl/N avegar?idN orm a= 1008668& buscar= 20393
[Consultado: 10/12/2013].

110
implementación efectiva debería impedir que las
personas jurídicas se vean expuestas a sanciones
penales.
El modelo chileno tiene una orientación prá c­
tica que busca definir los problemas y darles una
solución desde una lógica preventiva95. Es así que
esta LChRPPJ constituye un aporte a la autorres-
p on sab ilid ad empresarial, es decir, un incentivo
para la generación de modelos de prevención que
sean idóneos desde la perspectiva del buen ciuda­
dano corporativo96. Por lo anterior, ésta pretende
que todas las empresas colaboren en la prevención
de delitos al interior de su organización para evitar
una reacción tardía frente a la comisión de tales
hechos97.

9^ Véase a este respecto los razonam iento de Fernando

Londoño (Historia de la LChRPPJ) en BIBLIOTECA DEL CONGRESO
N acional de C hile (2 0 0 9 ) p. 37. D isp on ib le en http://
ww w.Leychile.cI/N avegar?idN orm a=1008668& buscar=20393
[Consultado: 10/12/2013].
96 En esta línea, véase G ómez-Jara ( 2 0 1 0 c ) p. 457; Fernando
L ondoño M artínez (H istoria de la Ley) en Biblioteca DEL
C ongreso Nacional de C hile (2009) p. 38. Disponible en http://
www.Leychile.cl/Navegar?idNorma= 1 0 0 8 6 6 8 &buscar= 2 0 3 9 3
[Consultado: 10/12/2013].
9^ Véase al respecto de este punto la discusión presente en
el Congreso, en el prim er trámite constitucional del proyecto de
responsabilidad penal de las personas jurídicas (Historia de la Ley)
en Biblioteca del C ongreso Nacional de C hile (2009) p. 128.
Disponible en http://www.Lcychile.cl/NavegariidNorma-10 0 8 6 6
8& buscar=20393 [Consultado: 10/12/2013].

111
 Ahora bien, se ha señalado por parte de la doc­
trina chilena que el modelo referido sería mixto98.
Estos sistemas admitirían tanto la presencia de un
m odelo autónom o como el de uno de naturaleza
heterónoma que daría paso a un camino intermedio
entre ambos99. Sin embargo, Hernández indica
que cuando hablamos de m odelos mixtos, “no es
más que una variante más o menos morigerada
de las consagraciones históricas emblemáticas de
modelos de responsabilidad derivada [...] 10°. Por
ende, en nuestra opinión, la responsabilidad penal
de la empresa en éstos seguiría dependiendo de la
persona natural.
Por otra parte, Jorge Bofill señaló respecto de
los arts. 3o y 5o de la LChRPPJ que “el primero
establecía un sistema de responsabilidad heteróno­
ma, es decir, se atribuía responsabilidad a la per­
sona jurídica por un hecho ajeno, no por el hecho
propio y, el segundo, consagraba un sistema de
responsabilidad autónoma” . Asimismo, enfatizó

98 Véase respecto de este aspecto los comentarios de Jean Pierre

Matus Acuña (Historia de la Ley) en BIBLIOTECA DEL CONGRESO
N a c i o n a l d e C h i l e (2 0 0 9 ) p. 4 7 . D isp on ib le en h ttp ://
w w w .L eychile.cl/N avegar?idN orm a= 1008668& buscar= 20393
[Consultado: 10/12/2013].
99 Véase M a t u s (2009) p. 65.
100 H ernández (2010) p. 217.
101 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e
( 2 0 0 9 ) p. 5 0 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N avegar?id N orm a= l 0 0 8 6 6 8 8fb u sca r= 203 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].

112
respecto del art. 5o que de “no haber sido posible
establecer la participación del o de los responsables
individuales, no sería compatible con el sistema
del art. 3 o, porque si no estuviera identificada la
persona natural responsable del hecho, tampoco
sería posible determinar si se trató de un hecho
voluntario o involuntario, doloso o no, por lo que
atribuir responsabilidad a la empresa en tal caso,
constituiría un mecanismo de responsabilidad
objetiva”102.
En este sentido, no podemos desconocer que
ante las dudas del alcance de la responsabilidad
autónoma en el proyecto de la Ley, “los repre­
sentantes del Ejecutivo precisaron que la regla
general en materia de responsabilidad de la per­
sona jurídica, se encontraba en el art. 3o [.. .]”103.
Por ello, para establecer una responsabilidad en
la persona jurídica, se requería que la comisión
del delito, ejecutado en interés o provecho de la
misma, fuera imputable a alguna de las personas
del art. 3°. Además, el delito cometido debía ser
resultado del incum plim iento d e los deberes de di­

102 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e

( 2 0 0 9 ) p. 5 2 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N aveg ar?id N orm a= l 0 0 8 6 6 8 & b u sca r= 203 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].
103 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e
( 2 0 0 9 ) p. 6 9 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N av e g a r?id N o rm a = l0 0 8 6 6 8 & b u sc a r= 2 0 3 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].

113
rección y supervisión de la empresa. No obstante,
admitir de forma excepcional la responsabilidad
autónoma104.
Sostenemos, a diferencia de lo expresado, una
opinión en favor de la consideración de un mo­
delo autónomo en la legislación chilena, puesto
que en nuestro concepto el inciso final del art. 5o
es coherente con una hipótesis m aterial de respon­
sabilidad autónoma. En este sentido, rescatamos
que Medina haya señalado “ [s] er partidario de la
solución que daba el art. 5o, es decir, consagrar
la responsabilidad autónom a de las personas
jurídicas, por cuanto la única forma de enfrentar
la llamada ‘irresponsabilidad organizada de las
empresas’ sería por medio de la responsabilidad
penal directa de las personas jurídicas, porque [...]
resultaba imposible identificar a los responsables
individuales al interior de ellas” 10-h

104 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e

( 2 0 0 9 ) p. 6 9 (D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N a v e g a r?id N o rm a = 10 0 8 6 6 8 & :b u sc a r= 2 0 3 9 3 [C o n su ltad o :
10 / 12 / 2 0 13 ]). En este sentido, no podem os desconocer el
hecho que el att. 3 o LChRPPJ consagra “un doble estatuto de
responsabilidad: la derivada de los hechos de los directivos de la
empresa y la de quienes trabajan supervisados al interior de ella”
según lo expresado por Gonzalo Medina (Historia de la Ley) en
B ib l io t e c a d e l C o n g r e s o N a c io n a l d e C h il e (2009) p. 54.
Disponible en http://www.Leychile.cl/Navegar/idNormaH0086
68& buscar= 20393 [Consultado: 10/12/2013].
105 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l de C h il e
( 2 0 0 9 ) p. 5 4 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/

114
 Conforme con lo anterior, pensamos que del
inciso final del art. 5o LChRPPJ es posible rescatar
la idea de Medina, es decir, en nuestro concepto
existe en Chile una responsabilidad autónoma
que respondería frente a la im posibilidad de
identificar a el o los responsables materiales de la
comisión del delito. Esta interpretación es posible
de aceptar desde la perspectiva lógico-sistemática
y legislativa comparada que hemos presentado,
siguiendo los razonamientos histórico-dogmáticos
de esta sección.
En la línea de lo expuesto, Szczaranski en el
primer trámite constitucional del proyecto, de la
LChRPPJ, ante la Cámara de Diputados, señaló
que a las personas jurídicas puede atribuírseles una
“voluntad propia”106. Sin embargo, muchas socie­
dades no cuentan con un nivel de complejidad su­
ficiente para atribuirles voluntad y responsabilidad
penal. Así las sociedadespantalla , pequeñas empresas
o con fines puramente delictuales no podrían ser
comprendidas dentro del marco del proyecto107.

N av e g a r?id N o rm a = l0 0 8 6 6 8 & b u sc a r= 2 0 3 9 3 [C on su ltad o:

10/12/2013].
106 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e
( 2 0 0 9 ) p. 3 3 (D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N av e g a r?id N o rm a = l0 0 8 6 6 8 & b u sc a r= 2 0 3 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013]). Respecto a la idea de facilitar la identificación de
un estado mental empresarial para atribuir responsabilidad a las
empresas, véase Gómez (2010b ) p. 13 3
1 0 7 V éase los co m e n ta rio s de S zczaran sk i (H isto ria
de la Ley) en B i b l i o t e c a d e l C o n g r e s o N a c i o n a l d e

115
 Si bien estas entidades, enunciadas en el pá­
rrafo anterior, podrían responder civilmente, no
correspondería introducirlas en este régimen de
responsabilidad, aunque puedan interponerse
medidas interdictivas respecto de aquellas que
resulten inimputables108. Lo anterior, no incluiría
sociedades que operan en el mercado accionario,
con fondos de pensiones o instituciones bancadas,
ya que cuentan con la capacidad suficiente para
responder de sus actos, al estar dotadas de una
identidad y voluntad corporativa propia109.
Así las cosas, nos parece interesante la idea
de fundar la culpabilidad penal de las personas
jurídicas desde un eq u iva len te fu n cio n a l al de

CHILE (2 0 0 9 ) p. 3 3 . D isponible en http://www.Leychile.cl/

N aveg ar?id N orm a= l 0 0 8 6 6 8 & buscar= 2 0 3 9 3 (C o n su lta d o :
10/12/2013).
108 De esta form a, el Derecho penal empresarial debería
comenzar a contemplar sanciones penales fundamentadas en la
propia culpabilidad de la empresa en sus defectos de organización
y medidas de seguridad (sanciones interdictivas) fundadas en
el nivel de peligrosidad de la organización. Por ello, este nuevo
Derecho empresarial "debería ser un sistema de doble vía, donde
se contemplen sanciones penales basadas en la culpabilidad de la
organización empresarial (imputable) y sanciones interdictivas
fundamentadas en la peligrosidad de aquélla (inimputable)” según
G ó m e z -J ara (2010a) p. 463s.
109 V éa se lo s c o m e n ta rio s de S zcza ra n sk i (H isto ria
de la Ley) en B IB L IO T E C A D E L C O N G R E S O N A C I O N A L DE
C h i l e (2 0 0 9 ) p. 3 3 . D isponible en http://www.Leychile.cl/
N a v e g a r?id N o rm a = 10 0 8 6 6 8 & :b u sc a r= 2 0 3 9 3 (C o n su lta d o :
10/12/2013).

116
las personas físicas110. Esta idea planteada por
Szczaranski -en la historia de la Ley-, es recogida
aparentemente del modelo de culpabilidad cons-
tructivista. No obstante, debemos aclarar que las
personas jurídicas no tienen voluntad propia, sino
una libertad de auto-determinación que permite
atribuirles responsabilidad penal por sus defectos
de organización111. Lo anterior, con el fin de res­
guardar los parámetros conceptuales del modelo
de culpabilidad constructivista112.
Conforme con lo expuesto, las consideraciones
de Szczaranski nos acercan al modelo de culpa­
bilidad constructivista. En esta línea, el rol de la
persona jurídica se definiría en términos de un

110 En esta línea, “se trata de determinar cuál es la Ju n ción que

cumple una determinada categoría en el Derecho penal individual
y, a continuación, se establece el eq u iva len tefim cion a l en el seno del
Derecho penal empresarial”, según G ó m e z -J a ra (2010a) p. 4 6 1.
111 G ó m e z -J ara (2010a) p. 4 9 1 .
112 Respecto de este punto, interesante se torna volver a la
distinción entre "persona” e “individuo”. Así, desde la perspectiva
funcionalista no deberíamos reservar el concepto “persona” a la
persona física o natural. El concepto perso n a implica representar un
rol o papel en la sociedad. Por ende, la palabra “persona” representa
una com p eten cia socia l que es atribuida a la persona física. En este
sentido, sí sería posible identificar un d efecto de o rgan izació n en
la función o atribución de competencia de las personas del art.
3° LChRPPJ y acreditar la existencia de antecedentes calificados
de un hecho delictivo en beneficio directo de la empresa, siendo
posible atribuirle responsabilidad aunque no sea viable imputar
responsabilidad a una persona natural; PlÑA (20 10) p. 333s.

117
ciudadano fiel al Derecho113. Así, la acción de
la persona natural “constituye únicamente una
expresión d e sentido in divid u a l”11'1, por lo que se
requiere de una culpabilidad propia de la persona
jurídica para atribuirle responsabilidad penal115.
Por ende, la libertad de la cual gozan las personas
jurídicas “no se entiende como una libertad de
voluntad, libertad de decisión en un momento
concreto, sino libertad de (auto)organización,
libertad de autoadministrarse”116.
Ahora bien, para poder estar en presencia de
una verdadera responsabilidad autónoma, en los
términos del inciso final del art. 5o LChRPPJ, se
hace necesario entender qué requisitos del injusto
empresarial se relacionarían con una organización
y cómo la culpabilidad de las personas jurídicas se

113 De esta m anera, cuando hablam os del concepto de

ciu d a d a n o f i e l a l D erech o, com o fundam ento m aterial de la
culpabilidad, hacemos referencia (en el modelo de culpabilidad
constructivista) a tres elementos: a) “la fidelidad al Derecho como
condición para la vigencia de la norma, b) la igualdad objetivada
entre las personas y, por último, c) la posibilidad de cuestionar,
mediante un procedimiento conform e a Derecho, la vigencia de
la norma”; según G ó MEZ-Ja ra (2005d) p. 248s. Estos elementos
perm iten identificar a la persona jurídica dentro del rol del
ciudadano corporativo fiel al Derecho, acudiendo a los aportes de
la doctrina norteamericana del Buen Ciudadano C orporativo y
de la dogmática alemana.
114 G ó m e z -J ara (2010a) p.'445
115 Ib id.
116 Ibid, p. 55s.

118
vincularía con una determinada cultura defidelidad-
a i D erecho117.
En esta línea, como expresa Carlos Gómez-Jara,
“[...] el injusto empresarial estaría vinculado con
la organización d e la empresa ; la culpabilidad em­
presarial estaría referida a la cultura de la empresa.
De esta manera, la imputación objetiva y subjetiva
tomaría como marco de referencia la configura­
ción que la empresa ha realizado de su ámbito de
organización; la imputación personal tendría en
cuenta la existencia o inexistencia de una cultura
empresarial fiel al Derecho”118.
A consecuencia de lo anterior, la imputación
objetiva se determinaría en relación con la exis­
tencia o inexistencia de un M.d.P.; y la subjeti­
va tomaría lugar en consideración al concreto
conocimiento del riesgo empresarial que llevan
aparejado los procesos internos de la compañía; y,
finalmente, la imputación personal se enfocaría en
la adhesión a una cultura empresarial de fidelidad
al Derecho119.

117 Ibid, p. 58s.

118 Ibid.
119 Ibid, p. 4 9 4 . No deja de ser interesante reflexionar sobre
el concepto de “personas” comprendido en el inciso final del art.
5 LChRPPJ. Este concepto creemos que no tendría sentido desde
una p ersp ectiva on tològica sino más bien desde la teoría del rol
social. Conform e con lo anterior, la responsabilidad penal de las
personas jurídicas cifra sus expectativas sociales sobre la empresa
y las funciones o atribuciones de sus integrantes en la tarea de

119
 En este contexto, las posibilidades de una ver­
dadera responsabilidad autónoma son tan reales
que incluso Juan Carlos Dórr Zegers señaló que
el proyecto de Ley de la responsabilidad penal de
las personas jurídicas en Chile no sólo era “un gran
retroceso en el progreso del Derecho”120 sino que
“aún más, el mismo proyecto permitía sancionar
penalmente a las personas jurídicas aun cuando
no se determinara a las personas naturales del
delito”121.
Por otra parte, cabe agregar que concordamos
con Jorge Bofill, al señalar “que la iniciativa en
estudio constituía una innovación, por lo que no
estaba de acuerdo con la aseveración del Mensaje
en el sentido que respetaba la tradición jurídica

prevención de delitos. Dichas expectativas form an parte de una

estructura social que es percibida por la empresa en cuanto persona.
Así, la empresa sólo puede defraudar estas expectativas en la medida
que se identifique el defecto de organización “dentro del ámbito
de fu n cio n es y atribu ciones propias de las personas señaladas en el
inciso primero del [...] art. 3 ” LChRPPJ. Por ello, la empresa
puede perturbar con su com portam iento la norm a (defecto de
organización), aunque no sea posible im putar el delito a una
persona natural, P iñ a (2 0 10 ) p. 505.
120 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e
( 2 0 0 9 ) p. 4 5 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N avegar?id N orm a= l 0 0 8 6 6 8 & b u sc a r= 2 03 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].
121 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l de C h il e
( 2 0 0 9 ) p. 4 5 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N av e g a r?id N o rm a = l0 0 8 6 6 8 & b u sc a r= 2 0 3 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].

120
del país”122. Así, la LChRPPJ constituye una
renovación cultural en Chile, renovación que
permite en nuestra opinión la aplicación d el modelo
de culpabilidad constructivista.
Por otra parte, el Diputado Harboe señaló que
esta disposición (art. 5 o inciso final LChRPPJ)
“hacía subsistir la responsabilidad de la empresa
aun cuando no se hubiera identificado a la perso­
na responsable, pero que en razón del modelo de
organización que ésta tenía, necesariamente dicha
responsabilidad debería corresponder a alguna de
las personas mencionadas en el art. 30”123. Al pare­
cer, según el diputado Harboe, “la diferencia entre
ambas indicaciones diría relación con el alcance
que se asigna al principio de la responsabilidad
autónoma [ ...]” .
Por tanto, uno podría llegar a pensar que el
legislador chileno habría tenido en consideración

122 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e

( 2 0 0 9 ) p. 5 0 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e ych iIe.cl/
N avegar?id N orm a= l 0 0 8 6 6 8 & buscar= 2 0 3 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].
123 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e
( 2 0 0 9 ) p. 6 9 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N av e g a r?id N o rm a = l0 0 8 6 6 8 & b u sc a r= 2 0 3 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].
124 B i b l i o t e c a del C o n g r eso N a c io n a l d e C h il e
( 2 0 0 9 ) p . 6 9 . D is p o n ib le en h ttp :/ / w w w .L e y c h ile .c l/
N a v e g a r? id N o rm a = 1 0 0 8 6 6 8 & b u sc a r= 2 0 3 9 3 [C on su ltad o:
10/12/2013].

121
los problemas estructurales de organización de las
empresas, optando por establecer una responsabili­
dad de la persona jurídica autónoma. Sin embargo,
una declaración de este tipo, como señaló Bofdl
en la historia de la Ley, puede traer aparejado el
problema de una responsabilidad objetiva para la
persona jurídica12-5. No obstante ello, el problema
puede evitarse creando un Derecho penal em­
presarial que respete las garantías de las personas
jurídicas126.
Por otro lado, el inciso final del art. 5oLChRPPJ
al exigir los “demás” requisitos de su art. 3o, nos
obligaría a considerar como tales122:
a) Estar en presencia de antecedentes calificados
que acrediten la comisión del hecho delictivo de
alguna de las figuras del art. 1°;
b) Que el delito sea cometido en provecho de
la persona jurídica (esto es, dentro de sus fines); y,
c) Que el incumplimiento de los deberes de
dirección y supervisión en la empresa sea producto
de un defecto de organización.
Todo lo anterior recae en las posibilidades de
interpretar el inciso final del art. 5 o LChRPPJ des­

125 B ib l io t e c a d e l C o n g r e s o N a c io n a l d e C h il e (2009)
p. 52. Disponible en http://www.Leychile.cl/NavegarFidNormas
1008668& b u scar= 20393 [Consultado: 10/12/2013].
126 G ómez-Jara (2010a) p. 491.
127 Supra, Cap. II, 2.4.c.-.

122
de un modelo autónomo por el hecho. En nuestra
opinión, el hecho de la propia persona jurídica
“debería relacionarse necesariamente con nn fallo
organizativo [.. .]”128, lo que no es fácil de aceptar
frente a “una tradición jurídica de la teoría del
delito que se ha centrado en la persona física”129.
Es así que tanto los académicos como la ju­
risprudencia se encuentran “ante un dilema: o se
vulneran los principios tradicionales del Derecho
penal y se imponen penas en contravención del
principio de responsabilidad por el hecho propio,
o se adapta la teoría j urídica del delito a las caracte­
rísticas propias de las personas jurídicas”130, dilema
al cual se hizo alusión en la dogmática chilena hace
bastante tiempo131.
Sin embargo, si reconocemos la influencia del
modelo norteamericano en Chile, no es ajeno
considerar que parece predominar en la prác­
tica de ese país la idea de que las empresas son
tratadas como individuos13 . Así, Walt y Laufer
niegan la posibilidad de aceptar como alternativa
tratar el régimen de responsabilidad criminal de
las corporaciones desde el ámbito de la persona
natural e incluso adaptarlo a sus características133.

128 G ó m e z -ja r a (2010a) p. 4 9 1.

129 Ibid.
130 Ibid.
131 S ilva (1962) p. 107.
132 W a l t y L a u fe r (1 9 9 1 ) p. 26 3.
133 Ibid, p. 264.

123
En este sentido, concordamos que Laufer “puede
considerarse el mayor especialista en el ámbito de
la responsabilidad penal estadounidense [.. .]”134.
Además, su planteamiento trae como consecuencia
consideraciones esenciales para el modelo de cul­
pabilidad constructivista y expone las deficiencias
de un modelo vicarial135.
Asimismo, la discusión dogmática de la culpa­
bilidad, tanto de las personas jurídicas como la de
las personas naturales, no está zanjada e, incluso,
los planteamientos más recientes, relacionados con
la materia, harían alusión a la posibilidad de rela­
cionar la culpabilidad de la empresa a una cultura
de in cu m p lim ien to ^ . Por ello, el indicador más
importante de la implementación de una cultura
relacionada con el funcionamiento tanto de los
deberes de dirección, como de dirección y super­
visión, se manifestaría en el modelo preventivo
que adopte la empresa137.
Aquí cabe recordar que la legislación chilena
establece en el art. 4o LChRPPJ los requisitos mí­
nimos de un M.d.P. y en el art. 6o N° 3 LChRPPJ
la atenuante de responsabilidad por la adopción,
antes del comienzo del juicio, de medidas eficaces
para prevenir la reiteración de la misma clase de

134 G ó m e z -J a ra (2010b ) p. 13 2.
133 Ibid, p. 132s.
136 G ó m ez-Jara (2010a) p. 4 9 2 .
137 Ibid, p. 493s.

124
delitos que son objeto de la investigación; medidas
que, en consonancia con el art. 3o LChRPPJ, se
deben considerar esenciales para demostrar una cul­
tura de cumplimiento. Dicha cultura se encuen­
tra íntimamente relacionada con el concepto de
culpabilidad de la empresa, como hemos señalado
con anterioridad.
Quien observara lo anterior de modo diferente,
deberá aceptar de igual forma que “se considerará
que los deberes de dirección y supervisión se han
cumplido cuando, con anterioridad a la comisión
del delito, la persona jurídica hubiere adoptado e
implementado modelos de organización, adminis­
tración y supervisión para prevenir delitos, confor­
me con lo dispuesto en el art. 4o [LChRPPJ]”138.
Así, para demostrar la aplicación efectiva de este
M.d.P. se deberá, idealmente, contar con la debida
certificación según lo dispuesto en el art. 4° a) de
la mencionada Ley.
Por lo anterior, el hecho de implementar las
medidas mencionadas -en los arts. 3°, 4o y 6° N°
3 LChRPPJ- debe ser considerado como una causal
de exclusión de responsabilidad de la empresa139. De

138 A rt. 3 o inciso 3 o de la LChRPPJ.

135 Por ende, adoptar un m odelo preventivo que permite
reflejar una cultura empresarial de fidelidad al Derecho, en el
ejercicio de los deberes en su posición de garante [de vigilancia],
deb ería ser considerado com o una causal de exclusión de
responsabilidad, G ó MEZ-Jara (2005d ) p. 2 7 3 . De esta forma,
"si en el m omento de la comisión del hecho, dichos programas

125
este razonamiento, se desprende que la empresa no
ha sido responsable de la actuación delictiva de sus
miembros al ejercer correctamente su posición de
garante de vigilancia140.

estaban vigentes de manera efectiva, el delito del empleado no

se considerará a su vez delito de la corporación. En definitiva, se
abre la posibilidad de exculpación a la empresa si cumple con su
rol de ciudadano corporativo fiel al Derecho institucionalizando
una cultura corporativa que no cuestiona la vigencia del Derecho,
sino que promueve el cumplimiento del Derecho”, así G Ó M E Z -
J a r a (2005d) p . 25 4.

140 Sin embargo, determinar cuál va a ser el peso de

la certificación de dichos modelos (art. 4 ° N° 4 b inciso
segundo LChRPPJ), para acreditar ante un Tribunal la
presencia de una causal de exclusión de su responsabilidad,
será algo que deberá ser determinado por la jurisprudencia,
en atención a la cultura del Buen C iudadano Corporativo.
Asimismo, surgen otras dudas en torno a qué pasará en
el caso de que una auditora certifique un modelo de una
empresa que resulta penalmente responsable. Así, ¿esta
auditora debería responder como un Coautor o cómplice
o encubridor? ¿Cómo determinar cuál es el criterio de
atribución de responsabilidad más correcto?; y, ¿qué pasa
si se puede determinar que la persona física que participó
en tal acción está dentro de la auditora en cuestión? Estas
son algunas de las interrogantes que nos vienen ahora a
la cabeza que no tienen una respuesta expresa en Chile
y no podrán ser abordadas en este lugar por razones de
extensión. Por otra parte, el elemento principal del modelo
de responsabilidad penal de la persona jurídica en Chile
responde al incum plim iento de los deberes de dirección y
supervisión de la alta dirección de la empresa, así H E R N A N D E Z

126
 Finalm ente, nos gustaría term inar nuestra
argumentación referida a la afirmación de un
modelo autónomo en Chile, haciendo alusión a
un argumento sistemático , esto es, un tema que dice
relación con las circunstancias modificatorias de la
responsabilidad penal: de acuerdo con la Ley chi­
lena es imposible transferir dichas circunstancias
desde la persona física a la persona jurídica. Así, si
las circunstancias atenuantes o agravantes no son
transferibles, “entonces la premisa lógica es que la
culpabilidad de la persona física es independien­
te de la de la persona jurídica”141. Por ello, “no
resulta coherente argumentar que no se pueden
transferir dichas circunstancias modificativas de
la responsabilidad, por un lado, pero, por otro,
afirmar que la culpabilidad de la persona física sí
es transferida a la persona jurídica”142.

5. S a n c io n e s

Antes de dar cuenta de las sanciones que pue­

den sufrir las personas jurídicas, debemos señalar
que una política y M.d.P. de delitos pretende,
aparte de hacer más tolerables los riesgos penales
que se puedan desencadenar en la compañía, es­
timular a que se desarrolle y fomente una cultura

( 2 0 1 0 ) p. 2 2 5 . Por ello , la n o rm a tiv a ch ile n a establece a la

p erson a ju ríd ic a co m o u n “garan te de vigilan cia”, u tilizan d o
la term in o lo g ía de GÓMEZ-J a r a .
141 G ó m e z -J ara (2010a) p. 494.
142 Ib id (énfasis en el original).

127
corporativa que atienda a las buenas prácticas, tanto
de ejecutivos y altos mandos, como de miembros
situados en el medio y en la base de la estructura
empresarial.
Para ello, nada mejor que adoptar e implemen-
tar un programa de cumplimiento que, en virtud
de las políticas fundamentales y orientadoras de los
riesgos señalados, deje constancia de que las defi­
ciencias organizativas pueden conllevar impactos
financieros, reputacionales y penales. Estos últimos
son los que se manifiestan en consideración a la
atribución de responsabilidad penal y a las res­
pectivas sanciones a imponer en el caso de que los
mecanismos de control, prevención y mitigación
no se hayan institucionalizado o bien éstos hayan
sido ineficaces.
5.a. Disolución de la persona ju ríd ica o cancela­
ción de la personalidad jurídica. La disolución de la
persona jurídica o cancelación de su personalidad
jurídica constituye la consecuencia más grave
aplicable a un ente corporativo, ya que como bien
se ha señalado, supone su “muerte civil”143. Esta
grave sanción se ba catalogado de esta manera,
puesto que su efecto entraña indubitablemente
la extinción o desaparición de la vida jurídica de
la misma.
Asimismo, idealmente la aplicación de esta
pena debería imponerse para hipótesis en las cua­

14 3 B a c ig a l u p o (19 9 8 ) p. 12 5.

128
les la propia organización sea utilizada para fines
ilícitos, esto es, cuando la persona jurídica ha sido
creada para la com isión de delitos o cuando decide
una desviación de su objeto social dirigida a facilitar
una actividad ilícita. La afirmación anterior, por
supuesto, es opinable y rebatible. Por ejemplo,
quizá, para estos casos, sería razonable la aplicación
de medidas de interdicción, dependiendo de la
complejidad de la compañía.
Esta consecuencia jurídica está prevista en
el art. 9o de la LChRPPJ, y se establece que su
principal efecto es la pérdida definitiva de la per­
sonalidad jurídica y su imposición deberá llevar
implícito las formalidades legales y procedimientos
que se requieren en cada caso para la liquidación
de la organización.
En efecto, se les encomendará a los liquidadores
la realización de los actos o contratos necesariospara\
—Concluir toda actividad de la persona jurídi­
ca, salvo aquellas que fueren indispensables para
el éxito de la liquidación;
—Pagar los pasivos de la persona jurídica, inclui­
dos los derivados de la comisión del delito. Los pla­
zos de todas esas deudas se entenderán caducados
de pleno Derecho, haciéndolas inmediatamente
exigibles, y su pago deberá realizarse respetando
plenamente las preferencias y la prelación de cré­
ditos establecidas en el Título XLI del Libro IV del
Código Civil chileno, particularmente los derechos
de los trabajadores de la persona jurídica, y

129
 —Repartir los bienes remanentes entre los ac­
cionistas, socios, dueños o propietarios, a prorrata
de sus respectivas participaciones. Lo anterior se
entenderá sin perjuicio del Derecho de los afec­
tados para perseguir el resarcimiento de los per­
juicios sufridos contra los responsables del delito.
En el caso de las sociedades anónimas, en Chile
se aplicará lo establecido en el art. 133 bis de la
Ley N° 18.046.
La Ley, además, establece un caso de enajena­
ción d el activo de la entidad colectiva de manera
total o parcial, y admite a su vez, la posibilidad
de llevarlo a cabo como un conjunto económico
indivisible, de manera que sea más conveniente al
interés colectivo dada la relevancia social y econó­
mica de las actividades que desempeña la empresa.
“Sin embargo, cuando así lo aconseje el interés
social, el juez, mediante resolución fundada, podrá
ordenar la enajenación de todo o parte del activo
de la persona jurídica'disuelta como un conjunto
o unidad económica, en subasta pública y al mejor
postor. Ésta deberá efectuarse ante el propio juez”
(art. 9o 3) inciso segundo LChRPPJ). Así, esta
medida tiene el principal propósito de salvamento
de la empresa involucrada y de atenuar con ello el
impacto social que provoca la sanción.
En cuanto a la procedencia de la imposición
de esta grave consecuencia jurídica, finaliza la dis­
posición afirmando perentoriamente que: “[e]sta
pena se podrá imponer únicamente en los casos
de crímenes en que concurra la circunstancia agra­

130
vante establecida en el art. 7o. Asimismo, se podrá
aplicar cuando se condene por crímenes cometidos
en carácter de reiterados, de conformidad con lo
establecido en el art. 351 del Código Procesal
Penal”. La circunstancia agravante del art. 7o
mencionada dice relación con el hecho de que la
persona jurídica haya sido condenada dentro de
los cinco años anteriores por el mismo delito.
Finalmente, no se puede dejar de mencionar la
salvedad contenida en el art. 8o 1) inciso segundo
de la LChRPPJ: “Esta pena no se aplicará a las
empresas del Estado ni a las personas jurídicas
de Derecho privado que presten un servicio de
utilidad pública cuya interrupción pudiere cau­
sar graves consecuencias sociales y económicas o
daños serios a la comunidad, como resultado de
la aplicación de dicha pena”.

144 A rt. 3 5 1 CPP chileno: R eiteración d e crím en es o sim pks

delitos d e una m ism a especie. En los casos de reiteración de crímenes
o simples delitos de una m ism a especie se im pondrá la pena
correspondiente a las diversas infracciones, estimadas como un solo
delito, aumentándola en uno o dos grados. Si, por la naturaleza
de las diversas infracciones, éstas no pudieren estimarse como un
solo delito, el Tribunal aplicará la pena señalada a aquella que,
considerada aisladamente, con las circunstancias del caso, tuviere
asignada una pena mayor, aumentándola en uno o dos grados,
según fuere el número de los delitos. Podrán, con todo, aplicarse
las penas en la form a establecida en el art. 74 del CP si, de seguirse
este procedimiento, hubiere de corresponder al condenado una
pena menor. Para los efectos de este art., se considerará delitos de
una misma especie aquellos que afectaren al mismo bien jurídico.

131
 De esta forma, se ha tomado el debido resguar­
do de que, tratándose de empresas del Estado o
de empresas privadas que presten un servicio de
utilidad pública cuya interrupción pudiere causar
graves consecuencias sociales y económicas o daños
serios a la comunidad, el juez tendrá la facu lta d de
suspender la pena impuesta a la persona jurídica
involucrada, lo que no obsta a que cumpla el cas­
tigo penal que le corresponda.
En Chile esta función corresponde al Ministe­
rio de Economía, Fomento y Turismo, organismo
que tiene la obligación de participar en la elabo­
ración o modificación de las normas jurídicas
que regulan los mercados o servicios de utilidad
pública. Así, no es posible proceder a la cancelación
de un servicio que presta una empresa pública
en beneficio de la comunidad —v.gr. como el de
suministro de agua potable-, porque ello causaría
un perjuicio enorme a la población. Por lo tanto,
para estos casos se establece la excepción de que el
juez pueda suspender la pena impuesta.
5. b. Prohibición temporal o perpetua d e celebrar
actos y contratos con los organismos d el Estado. Gené­
ricamente se ha dicho que una sanción como esta
supone una prohibición de realizar determinadas
actividades, operaciones o negocios específicos y
supone ciertamente una reducción de la capacidad
societaria de la persona jurídica, que no es sino
una interdicción de ejercer ciertas atribuciones
relacionadas con su giro.

132
 Ahora bien, las actividades prohibidas deben
tener relación con los delitos que se hayan come­
tido y con los que se quieran prevenir, es decir,
no se debería entender que pueda afectar a todas
las actividades de una empresa , sino sólo a aquellas
que guarden relación estrecha con el delito come­
tido . Esta prohibición se ha asimilado a la pena
de inhabilitación temporal o definitiva para la
empresa y será de carácter definitivo sólo en aque­
llos casos excepcionales, cuando las circunstancias
del contexto anticipan su extinción como persona
jurídica. Igualmente, se ha dicho que esta sanción
tiene carácter preventivo general y su real importan­
cia estriba en “impedir que empresas poco fiables
puedan perjudicar a la administración pública”146.
Concretamente, esta sanción-prohibición pre­
vista en el art. 10 de la LChRPPJ consiste en “la
pérdida del derecho que puede detentar la persona
jurídica a participar como proveedora de bienes y
servicios de los organismos del Estado”.
En esta misma disposición se establece, tanto la
determinación de esta pena en una escala, la cual
puede ser temporal o definitiva, como su duración,
que se regula atendiendo a los distintos grados
reconocidos por la Ley. En efecto, se dispone lo
que sigue: “Para determinar esta pena, el Tribunal
se ceñirá a la siguiente escala:

145 B a c ig a l u p o (2011) p. 124.

146 N ieto (S/F) p. 30.

133
 1

1) Prohibición perpetua de celebrar actos y

contratos con los organismos del Estado.
2) Prohibición temporal de celebrar actos y
contratos con los organismos del Estado.
Su duración se graduará del siguiente modo:
a) En su grado mínimo: de dos a tres años.
b) En su grado medio: de tres años y un día a
cuatro años.
c) En su grado máximo: de cuatro años y un
día a cinco años.
Por último, se establece desde cuándo entrará
en vigencia la sanción y se especifica el p ro ced i­
m iento a seguir: “La prohibición regirá a contar
de la fecha en que la resolución se encuentre
ejecutoriada. El Tribunal comunicará tal circuns­
tancia a la Dirección de Compras y Contratación
Pública. Dicha Dirección mantendrá un registro
actualizado de las personas jurídicas a las que se
les haya impuesto esta pena”.
5.c. Pérdida p arcial o total de beneficios fiscales o
prohibición absoluta de recepción de los mismos p or
un período determinado. La pérdida de beneficios
estatales se fundamenta en la circunstancia en que
la empresa se desenvuelve en diversos ámbitos de
negocio, puesto que toda actividad empresarial
requiere para su desarrollo de incentivos econó­
micos, subsidios, créditos, beneficios tributarios,
licitaciones y otros medios a los que recurren ge­
neralmente las empresas que requieren emprender
un determinado negocio.

134
 En este contexto se explícita esta sanción cuyo
objetivo se orienta en la relación existente entre las
empresas y el Estado. Así, si las primeras incurren
en un aprovechamiento distorsionado de tales
beneficios, el segundo decidirá negarle la oportu­
nidad a esa persona jurídica que cometió el ilícito
de continuar otorgándole beneficios fiscales para
seguir desarrollando óptimamente su giro.
Nieto147 afirma que esta sanción -a l igual que
la consistente en la pérdida del derecho que pue­
de detentar la persona jurídica a participar como
proveedora de bienes y servicios de los organismos
del Estado- se im pone exclusivam ente a aquellas
personas jurídicas que no pueden continuar su
actividad sin poner en peligro bienes jurídicos,
por el tiempo indispensable.
Así las cosas, el art. 11 de la LChRPPJ establece:
“De la pérdida parcial o total de beneficios fiscales
o prohibición absoluta de recepción de los mismos
por un período determinado. Se entenderá, para
efectos de esta Ley, por beneficios fiscales aquellos
que otorga el Estado o sus organismos por con­
cepto de subvenciones sin prestación recíproca
de bienes o servicios y, en especial, subsidios para
fínanciamiento de actividades específicas o pro­
gramas especiales y gastos inherentes o asociados
a la realización de éstos, sea que tales recursos se
asignen a través de fondos concursables o en virtud

147 N ie t o (S/F) p. 30.

135
de Leyes permanentes o subsidios, subvenciones
en áreas especiales o contraprestaciones estable­
cidas en estatutos especiales y otras de similar
naturaleza”.
Esta misma norma contempla la graduación de
la pena de acuerdo con los grados mínimo, medio
y máximo, resultando de este modo un porcentaje
diferenciado en cuanto a la pérdida del beneficio
fiscal correspondiente:
“Esta pena se graduará del siguiente modo:
1) En su grado mínimo: pérdida del veinte al
cuarenta por ciento del beneficio fiscal.
2) En su grado medio: pérdida del cuarenta y
uno al setenta por ciento del beneficio fiscal.
3) En su grado máximo: pérdida del setenta y
uno al cien por ciento del beneficio fiscal”.
A sim ism o, más adelante se establece que
“[e]n caso que la persona jurídica no sea acreedora
de tales beneficios fiscales, se podrá aplicar como
sanción la prohibición absoluta de percibirlos
por un período de entre dos y cinco años, el que
se contará desde que la sentencia que declare su
responsabilidad se encuentre ejecutoriada. El
Tribunal deberá comunicar que ha impuesto esta
sanción a la Secretaría y Administración General
del Ministerio de Hacienda y a la Subsecretaría de
Desarrollo Regional y Administrativo del Ministe­
rio del Interior, con el fin de que sea consignada en
los registros centrales de colaboradores del Estado

136
y Municipalidades que, respectivamente, la Ley
N° 19.862 les encomienda administrar”.
5-d. M ulta a beneficio fiscal. Esta sanción cons­
tituye -dentro de los Ordenamientos jurídicos que
reconocen la plena responsabilidad de las personas
jurídicas y en el campo propio de los ilícitos econó­
micos- la herramienta utilizada por antonomasia y
de principal aplicación para las personas jurídicas.
La m ulta a ben eficio fis ca l constituye uno de
los medios más sencillos —aunque discutiblemente
más eficaz- para forzar a la empresa a la autorre­
gulación. Para adaptar la multa a la gravedad de la
infracción y a la capacidad de pago de la empresa,
el sistema debería fundarse en dos criterios: el
volumen de negocios o patrimonio de la empresa,
que atiende fundamentalmente a su capacidad de
pago, y una cantidad porcentual que atiende a la
gravedad del delito cometido. Estos aspectos o
parámetros de determinación de la pena se consa­
gran de forma más o menos similar en la LChRPPJ
-específicamente en su art. 17 de la Ley148—con

148 Artículo 17 .- Reglas d e determ in ación ju d ic ia l d e la pen a.

Para regular la cuantía y naturaleza de las penas a imponer, el
Tribunal deberá atender, dejando constancia pormenorizada de sus
razonamientos en su fallo, a los siguientes criterios: 1) Los m ontos
de dinero involucrados en la comisión del delito. 2) El tamaño y
la naturaleza de la persona jurídica. 3) La capacidad económica de
la persona jurídica. 4) El grado de sujeción y cumplimiento de la
normativa legal y reglamentaria y de las reglas técnicas de obligatoria
observancia en el ejercicio de su giro o actividad habitual. 5) La

137
el propósito de facilitarle la labor al juez a la hora
de determinar la cuantía de la multa a enterar a
arcas fiscales.
En nuestro medio, la LChRPPJ en su art. 12 la
establece del siguiente modo: “Multa a beneficio
fiscal. Esta pena se graduará del siguiente modo:
1) En su grado mínimo: desde doscientas a dos
mil unidades tributarias mensuales.
2) En su grado medio: desde dos mil una a diez
mil unidades tributarias mensuales.
3) En su grado máximo: desde diez mil una a
veinte mil unidades tributarias mensuales”.
Siguiendo a Nieto149, las agravantes y atenuan­
tes tienen una importancia considerablemente mayor
en el Derecho penal de las personas jurídicas que
en el individual, pues constituyen la herramienta
principal para encauzar el comportamiento de
grupo, por eso es preciso otorgar al juez un mayor
margen de apreciación, y permitir además que su
repercusión en la graduación de la medida penal
tenga mayores consecuencias.

extensión del m al causado por el delito. 6) La gravedad de las

consecuencias sociales y económicas o, en su caso, los daños serios
que pudiere causar a la com unidad la im posición de la pena,
cuando se trate de empresas del Estado o de empresas que presten
un servicio de utilidad pública.
149 N ieto (S/F) p. 27.

138
 En cuanto a la modalidad de su pago, se admite
el fraccionamiento y “es racional que este criterio
se siga cuando la actividad de la empresa es estacio­
nal, o sea, sujeta a etapas temporales”150. De esta
forma la LChRPPJ en su art. 12 previene que: “El
Tribunal podrá autorizar que el pago de la multa se
efectúe por parcialidades, dentro de un límite que
no exceda de veinticuatro meses, cuando la cuantía
de ella pueda poner en riesgo la continuidad del
giro de la persona jurídica sancionada, o cuando
así lo aconseje el interés social”.
En cuanto a los efectos y trámites posteriores
a la decisión del juez de establecer esta sanción, se
dispone que: “El Tribunal, una vez ejecutoriada la
sentencia condenatoria, comunicará la aplicación
de la multa a la Tesorería General de la República,
la que se hará cargo de su cobro y pago”.
5. e. Penas accesorias. En el art. 13 de la LChRPPJ,
se encuentran establecidas las penas que se apli­
can a modo de accesorias a las personas jurídicas:
publicación de extracto de sentencia; comiso, y
entero en arcas fiscales de cantidad equivalente a
inversión de recursos superiores a los ingresos que
la persona jurídica genera.
5.e. 1. P ublicación d el extracto d e la sentencia.
Esta sanción accesoria -e n cierta medida- obli­
ga a la persona jurídica a inform ar acerca de su
responsabilidad por el delito cometido. Desde

150 Ibid, p. 266.

139
luego, debería ser una publicación que ponga en
conocimiento de las víctimas y a la comunidad
toda del actuar delictivo de la empresa involucra­
da. Asimismo, la fin a lid a d de la publicación de
la sentencia condenatoria puede ser preventivo
general o bien reparatoria. Agregamos, que los
m edios de difusión de dicha sanción deberían ser
los utilizados frecuentemente, en especial, prensa
escrita, televisiva y medios radiofónicos, todo lo
cual debiese haber quedado establecido claramente
en la Ley.
La publicación del extracto de la sentencia se
establece en el art. 13 numeral 1) de la LChRPPJ,
el cual dispone: “Publicación de un extracto de la
sentencia. El Tribunal ordenará la publicación de
un extracto de la parte resolutiva de la sentencia
condenatoria en el Diario Oficial u otro diario de
circulación nacional. Posteriormente la Ley dispo-.
ne que “La persona jurídica sancionada asumirá
los costos de esa publicación”. Este imperativo,
consistente en la publicidad de la sentencia rea­
lizada a costa de la persona jurídica infractora,
puede “generar efectos significativos, no sólo por
la ejemplaridad de la sanción en sí misma, sino
porque también importa una descalificación del
agrupamiento societario; salvo que se trate de
una multa intrascendente -cuya aplicación no es
aconsejable-, en los demás casos la publicidad obra
como una real agravante de la pena”151.

151 N ie t o (S/F) p. 268.

140
 5. e. 2. Comiso. El com iso o confiscación es una
sanción correspondiente a un juicio de reproba­
ción, y recae no sobre la cosa obtenida ilícitamente,
sino sobre otro objeto posterior, o bien si es que
la cosa o el producto objeto del delito han desa­
parecido de la órbita de dominio de la persona
jurídica condenada; en ese caso, la sanción recae
sobre valores equivalentes.
Esta sanción está contemplada en el art. 13
numeral 2), el cual reza: “El producto del delito
y demás bienes, efectos, objetos, documentos e
instrumentos del mismo serán decomisados”.
Dada la parquedad de la redacción de la pena en
comento, es necesario - a nuestro juicio- delimitar
con mayor claridad la aplicación de semejante
sanción con el fin de facilitar la labor del juez
en la implementación del comiso o confiscación
a la persona jurídica, sea estableciendo plazos y
presupuestos de hecho que arriben a una conclu­
sión satisfactoria a la hora del cumplimiento de la
sanción establecida.
5. e.3. Entero en arcasfiscales de cantidad equiva­
lente a inversión de recursos superiores a los ingresos
que la p erson a ju r íd ica genera. Esta sanción se
encuentra establecida en el numeral 3) del art. 13
LChRPPJ: “En los casos que el delito cometido
suponga la inversión de recursos de la persona ju­
rídica superiores a los ingresos que ella genera, se
impondrá como pena accesoria el entero en arcas
fiscales de una cantidad equivalente a la inversión
realizada”. La aplicación de semejante pena está

141
supeditada al presupuesto consistente en que la
realización del hecho delictivo admita que la in­
versión de recursos de la empresa sea superior a los
ingresos que efectivamente ella genera.
Es importante, en este ámbito, considerar que
la aplicación de esta sanción sea el fiel reflejo de
un estudio contable adecuado efectuado por profe­
sionales idóneos nombrados al efecto por el juez.
Esta última consideración no se ha establecido en
modo alguno en la Ley; sin embargo, a medida que
se vayan detectando insuficiencias de implementa-
ción de sanciones como ésta va a ser imprescindible
reformar las disposiciones en este sentido, con el
fiel propósito de darle mayor eficacia y seriedad a
la pena impuesta a la persona jurídica.

6. B e n e f ic io s d e im p l e m e n t a r u n a P.d.P.
Una vez explicitado los lincamientos generales
y contenidos mínimos de las políticas cristalizadas
en un M.d.R de delitos y se han tenido en conside­
ración las sanciones penales a las cuales la empresa
puede verse expuesta, analizaremos el otro lado de
la moneda. En efecto , se explicitarán, por un lado,
las consecuencias prácticas que las políticas de
cumplimiento pueden tener en la responsabilidad
de la persona jurídica, y por otro, los beneficios que
conlleva la instauración de políticas efectivas de
prevención de delitos. Para estos efectos tendremos
en consideración la legislación chilena.
En efecto, la efectiva adopción e implementa-
ción de programas de organización empresarial
142
conforme con un sistema preventivo de delitos
implica cuatro cosas1-52:
1. En p rim er lugar, la empresa no responderá
de los delitos cometidos por parte de alguna de
las personas físicas relacionadas e indicadas en
los incisos primero y segundo del art. 3o de la
LChRPPJ, cuando, con anterioridad a la comisión
del hecho delictivo, haya adoptado e implementa-
do un M.d.P. de delitos cuyos contenidos mínimos
establecidos en la Ley—sean o no complementados
con otros- permitan la vigencia efectiva y real de
una determinada forma organizativa interna de la
entidad (art. 3o inciso tercero).
De este modo, la constatación de un concreto
delito base por parte de un miembro de la em­
presa no tendría correspondencia con la forma
de organización atribuida a la empresa y ésta no
sería responsable en virtud de una causal d e ati-
picidad. Asimismo, y en razón de lo anterior, se
obtendría una respuesta idónea a los problemas de
“suprainclusión”, esto es, a supuestos en los que
pese a existir una actuación delictiva por parte de
una persona física en el seno de la empresa, dicha
actuación no debería imputarse penalmente a ésta,
ni mucho menos imponérsele una pena153.
2. En segundo térm in o , una vez cometido el
delito en interés o provecho de la entidad y como

132 Sistematización efectuada en A lbertz (20 13) p. 303ss.

153 G ó m e z -Ja r a (2006) p. 15 1.

143
1

consecuencia de la infracción de los deberes de

supervigilancia de la misma, los modelos de pre­
vención de delitos se podrían considerar circunsr
tandas atenuantes de la responsabilidad p en a l de la
persona ju ríd ica si: (i) colabora sustancialmente
cuando, en cualquier estado de la investigación
o del procedimiento judicial, sus representantes
legales hayan puesto, antes de conocer que el
procedimiento judicial se dirige contra ella, el
hecho punible en conocimiento de las autoridades
o aportado antecedentes (que pueden derivar de
la documentación generada por los modelos de
prevención) para establecer los hechos investigados
y; si (ii) adopta, antes del comienzo del juicio, me­
didas efifcaces para prevenir la reiteración de una
misma clase de delitos objeto de la investigación
(que no son sino la adopción e implementación de
modelos de prevención de delitos en la empresa).
3. En tercer lugar, al momento de determinar
judicialmente la cuantía y naturaleza de la pena a
imponer, el Tribunal deberá atender, entre otros
criterios, al grado de sujeción y cumplimiento de
la normativa legal y reglamentaria y de las reglas
técnicas de obligatoria observancia en el ejercicio
de.su giro o actividad habitual. Es decir, el cumpli­
miento de la normativa plasmada en modelos de
prevención de delitos en la empresa, se configura
como uno de los criterios d e determ inación ju d icia l
d e la pena.
4. Y, en cuarto lugar, el juez, según correspon­
diere, dispondrá que durante el período de la

144
suspensión condicional del procedimiento, el que
no podrá ser inferior a seis meses ni superior a tres
años, la persona jurídica esté sujeta al cumplimien­
to de la condición consistente en implementar
un programa para hacer efectivo el modelo de
organización, administración y supervisión. Esto
es, los modelos de prevención de delitos, con sus
respectivos elementos mínimos contenidos en la
Ley, fungen como una de las condiciones dispuestas
p o r el ju ez de garantía en la suspensión condicional
d el procedim iento.
De lo visto, los programas de cumplimiento
corporativo o modelos de prevención de delitos
en la empresa despliegan importantes efectos a la
luz de la legislación chilena, tanto en el ámbito
propiamente m aterial -verdaderas causales de ati-
picidad en la responsabilidad penal de la persona
jurídica si es que estos modelos se implementan
con anterioridad al hecho delictivo o circuns­
tancias atenuantes una vez que se ha cometido
el delito y antes del proceso judicial respectivo

154 A p ro p ó sito d e este tem a, el p ro p io GÓ M EZ-jARA

( 2 0 1 0 c ) p. 4 5 7 sostiene que: “el establecim ien to en la p ro p ia
L e y [ch ilen a N ° 2 0 .3 9 3 ] d e c riterio s claros resp ecto d el
sistem a de im p u ta c ió n y de la ex clu sión d e r e sp o n sa b ilid a d
c o n trib u y e de m a n e ra d ecisiv a a la n ece sa ria se g u rid a d
ju ríd ica q u e precisa cu alq u ier o p era d o r ju ríd ico —al con trario
de lo q u e desgraciadam en te h a su ced id o en E spaña co n la
re fo rm a ap ro b a d a el 2 3 de ju n io de 2 0 1 0 - . ” (sin cursivas
en el origin al).

145
iniciado contra la empresa- como en la esfera p ro ­
cesal —uno de los criterios para la determinación
de la pena que debería efectuar el juez, y como
una de las condiciones impuestas en la suspensión
condicional del procedimiento.
En cuanto a los beneficios que inciden en la
empresa al adoptar e implementar una política pre­
ventiva efectiva, primeramente se puede sostener
que un idóneo programa instaurado en la empresa,
además de promover una cultura em presarial de
compromiso en el cumplimiento de la legalidad
vigente y de impedir la comisión de delitos en la
compañía, posibilita m ejorar la gestión de los
riesgos y proteger a_la organización de eventuales
daños financieros y reputacionales que representan
la circunstancia de verse involucrado en un delito,
esto según la lex artis en la materia, cuya expansión
es uno de los propósitos de este libro.
Con la adopción e implementación de P.d.P.
de riesgos penales en la compañía bien elaboradas
se puede dism inuir significativam ente el daño que
provoca someter a la empresa a un proceso penal
y a un juicio público sobre su imagen. Lo anterior,
dado que por la circunstancia de que en un litigio
no sólo se puede hacer responsable a la empresa
desde un punto de vista legal, sino que también
se puede hacer responsable desde un punto de
vista social155.

155 N avas (2 0 13 ) p. 12 6.

146
 Asimismo, las medidas de prevención internali­
zadas en la entidad deberían permitir desarrollar
un “enfoque integral” de cumplimiento, en el
sentido de que la empresa debería responder de
manera efectiva a las regulaciones vigentes y apro­
vechando los modelos existentes.
Finalmente, en el contexto de la influencia de
fuerzas situacionales en la empresa, una buena po­
lítica preventiva de delitos puede ayudar a prevenir
y corregir determinadas prácticas ilícitas herederas de
la autom atización y de la tradición de patrones de
conducta tanto p o r p a rte de empleados subalternos
com o de directivos y administradores 1-’6.

156 S il v a Sánchez /V alera (2 0 13 ) p. 2 8 2 .

147
 C o n c l u sió n

Los sujetos empresariales deben reflexionar

respecto de la necesidad de adoptar y certificar
su modelo preventivo de delitos al interior de la
empresa. Reflexionar sobre estas materias permite
a estos sujetos adquirir conciencia de los desafíos
que deben enfrentar en la identificación de riesgos
al interior de su organización. Lo anterior, con el
objeto de prevenir delitos (coacción a través de
la autorregulación proveniente de los M.d.P. de
delitos).
Una P.d.P. en la empresa no puede comenzar sin
un análisis de riesgo de los procesos al interior de la
estructura de la organización. Tal responsabilidad
no recae sólo en el encargado de prevención de la
empresa, sino que también es una tarea conjunta
con el resto de los miembros de la organización,
bajo la supervisión de alguna auditora o clasi­
ficadora de riesgo que certifique el M.d.P. de la
empresa.
Adoptar una P.d.P. que cumpla de forma espe­
cífica con los pasos establecidos, en este segundo
capítulo, facilita no sólo la certificación del modelo
sino que también anteponerse ante un futuro con­

149
flicto con la autoridad. Por ende, tener en cuenta
los aspectos que hemos enunciado en torno al
lavado de activos, cohecho y financiamiento del
terrorismo, nos puede ayudar en la conformación
de una estrategia de defensa que considere las
aristas más complejas de estas figuras delictivas.
Por otra parte, si bien parece dominar a la
LChRPPJ un modelo de responsabilidad deriva­
da atenuada, es posible interpretar desde nuestra
perspectiva del inciso final del art. 5o una hipótesis
material de responsabilidad autónoma, siempre y
cuando se admita el supuesto procesal que hemos
planteado respecto de la disposición de su art. 22.
Conforme con ello, será esencial evitar los defectos
de organización al interior de la empresa.
En consecuencia, los alcances de la responsabili­
dad autónoma quedan abiertos a la interpretación
dogmática, sin restringirse el modelo chileno a una
responsabilidad heterónoma por el hecho ajeno,
hasta que sea objeto de modificaciones en el futuro
que apunten en uno u otro sentido1-57. Así, aunque

157 Esta reflexión surge a propósito de la pregunta realizada

a Miguel Bajo Fernández, respecto de la posibilidad de aplicar e
interpretar el modelo de culpabilidad constructivista en el modelo
chileno en la disposición del inciso final del art. 5o, en el contexto
de su charla acerca de “la persona jurídica” en la Universidad
Alberto Hurtado en octubre de 2 0 1 1 . M iguel Bajo Fernández en
dicha oportunidad señaló que le llamaba la atención la postura
adoptada por Hernández que rechazaba la posibilidad de admitir
una verdadera hipótesis en materia de responsabilidad autónoma

150
resulta inusual pensar que en el proceso penal se
trata de efectuar un juicio sobre una empresa o
corporación, los nuevos parámetros de imputación
penal de un Derecho penal moderno, obedecen a
la perspectiva de un sujeto corporativo capaz de
autorregularse.
De ahí que en esta últim a sección se ha ex­
puesto la posibilidad de aplicación del modelo de
culpabilidad constructivista. Así pues, si bien es
cierto las empresas no cuentan con capacidad de
acción como lo seres humanos, éstas tienen una
capacidad propia de auto-organización, es decir,
un equivalente funcional a la voluntad individual.
Por ello, en la medida que se les reconozca dicha
libertad también se les podrá exigir un uso res­
ponsable de ella.
Finalmente, un uso responsable de la libertad
empresarial implica adoptar un M.d.P., aunque
no sea una exigencia legal. Las sanciones a las
que puede verse expuesta la empresa son de tal
entidad que crean esta necesidad. De esta manera,
una P.d.P. que logre condensar las exigencias de
la normativa chilena permite no sólo fomentar
una cultura empresarial de cumplimiento, sino

en la LChRPPJ. Asimismo, Enrique Bacigalupo en el seminario

"Responsabilidad penal de las personas jurídicas”, realizado en la
Universidad de Chile, durante el mes de octubre del año 2 0 1 1
los días 2 5 , 26, 2 7 y 28, señaló que esta cuestión sería zanjada
conforme con la jurisprudencia o futuras modificaciones legales
en el modelo legislativo chileno.

151
también preparar una estrategia de defensa que
recupere los valores de una gestión responsable
en los negocios.

152
 C a p í t u l o III:
C a s o s p r á c t ic o s

1 . In d u s t r i a s C e r e sit a S .A .

Este caso de responsabilidad penal de las per­

sonas jurídicas se relaciona al delito de cohecho,
a funcionario público nacional, contemplado en
el art. 250 del CP. Esta acción delictiva fue im­
putada a su Gerente de Recursos Humanos. Esta
acción fue aparentemente en beneficio directo
de la persona jurídica de Ceresita. Finalmente, el
caso terminó por medio de una salida alternativa
de suspensión condicional el 30 de abril de 2013
(Causa RUC 1101272897-4)158.

158 C onform e con el art. 2 3 7 y siguientes del Código Procesal

Penal chileno, la suspensión condicional del procedimiento, como
su nombre lo indica, permite suspender la persecución penal cuando
se investigan hechos constitutivos de delitos que no merecieren
pena aflictiva, si el imputado (en este caso la empresa) ha tenido
irreprochable conducta anterior y acepta someterse al cumplimiento
de una serie de condiciones durante un tiempo determinado. En
el evento que el imputado cumpla con las condiciones impuestas
se extingue su responsabilidad penal; en caso contrario, se reanuda
la persecución penal y, por ende, el procedimiento tramitado en
su contra.

153
 Este caso llegó a conocimiento de las autorida­
des por medio de una serie de denuncias realizadas
por comerciantes y empresarios de la Comuna de
Recoleta. Estas denuncias estaban relacionadas a
la exigencia de pagos irregulares, por parte de la
Ilustre (en adelante I.) Municipalidad de Recoleta,
para que ciertas empresas o negocios pudieran ope­
rar en la Comuna. En dichas denuncias se indicaba
que un funcionario de dicho municipio, conforme
con las labores de investigación de la Fiscalía Me­
tropolitana Centro Norte, estaba involucrado en
la captación de estos pagos irregulares.
Conforme con lo expuesto, la Gerente de
Recursos Humanos de Ceresita S.A. habría pro­
cedido a pagar una cifra cercana a los 20 millones
de pesos al que era, en ese entonces, Director de
Obras de la Municipalidad de Recoleta. Este pago
tenía por objeto autorizar a Industrias Ceresita a
operar en una zona residencial del plan regulador
del municipio, estando sólo esta última autorizada
a operar en una zona industrial.
A partir del mes de junio de 2011, Industrias
Ceresita, por medio de su Gerente de Recursos
Humanos, sostuvo reuniones y comunicaciones
telefónicas con el entonces Director de Obras de
la I. Municipalidad de Recoleta. Estas reuniones
tenían por finalidad, como se señaló en el párrafo
anterior, tramitar una autorización de funciona­
miento y patente comercial para la planta de Ce­
resita en la Comuna de Recoleta. Ante la demora
de la tramitación de los permisos, el ex Director

154
de Obras de Recoleta le sugirió a la Gerente de Re­
cursos Humanos de Ceresita que contratara a una
compañía auditora, denominada “Carpe Diem”.
El 21 de diciembre de 2011, la empresa de
pinturas Ceresita contactó a “Carpe Diem”, y
dos días después, el referido Director de Obras
del municipio emitió las autorizaciones. Recibió
dinero en enero de 2012 de la auditora “Carpe
Diem” que asesoró a Ceresita en la tramitación de
los permisos. La obtención de estos permisos per­
mitía a Ceresita funcionar en un sector del plano
regulador donde estaba prohibida toda actividad
industrial.
Como sostuvo la Fiscalía ante el 3o Juzgado
de Garantía de Santiago, la Gerente de Recursos
Humanos referida cometió el delito de cohecho a
funcionario público nacional en beneficio directo
de Ceresita. Esta figura delictual desencadenó la
responsabilidad penal de esta empresa. Por ello, el
acuerdo entre la Gerente de Ceresita y el funcio­
nario municipal, junto con los pagos irregulares
efectuados a este último, en su calidad de fun­
cionario público, tenían por objeto que Ceresita
pudiera seguir en funcionamiento en la Comuna
de Recoleta.
Por otra parte, la Fiscalía concluyó que la co­
misión del delito de cohecho fue consecuencia del
incumplimiento de los deberes de dirección y su­
pervisión de la empresa respecto de sus empleados,
toda vez que la compañía no adoptó ni implemento,

155
con anterioridad a los hechos, un M.d.P. de delitos en
los términos de la LChRPPJ ni contó con mecanismos
para preven ir la conducta de cohecho.
Así, el 30 de abril de 2013 se acordó una sus­
pensión condicional entre “Industrias Ceresita
S A .” y la Fiscalía Metropolitana Centro Norte. Por
medio de esta suspensión condicional se estableció
una serie de condiciones a Ceresita. Estas condi­
ciones consideraron la construcción de obras que
superarían los 2 millones de dólares, con el fin de
compensar a los vecinos de la Comuna de Reco­
leta. Las condiciones establecidas en la suspensión
condicional del proceso fueron las siguientes199:
1) Industrias Ceresita S.A. tiene que abandonar
la comuna de Recoleta, mediante el traslado físi­
co de todas sus faenas industriales y productivas
a otros sectores fuera del deslinde comunal de
Recoleta, a su elección, cumpliendo para ello la
totalidad de la normativa medioambiental.
2) La empresa deberá demoler todas las ins­
talaciones que existen actualmente en la planta
ubicada en calle Gabriel Palma N° 820, Recoleta,
y que comprende una superficie de 18.621 metros
cuadrados.
3) Industrias Ceresita S.A. deberá obtener un
estudio que determine la existencia, composición

*-’9 Entre las condiciones más relevantes para efectos de nuestro

y
estudio se encuentran las tres últimas (8o, 9° 10°).

156
y concentración de contaminantes, y su posible
riesgo para la salud de la población, y efectuará
las labores de limpieza necesarias, las que tendrán
que ser aprobadas por la Seremi de Salud.
4) La empresa donará al Fisco de Chile, repre­
sentado por el Ministerio de Bienes Nacionales,
6.000 metros cuadrados del predio ubicado en
calle Gabriel Palma N° 820 con la finalidad de que
se transforme en un parque arbóreo, deportivo y
social a beneficio de la comunidad de personas de
la comuna de Recoleta.
5) Asimismo, deberá desarrollar un sistema
interconectado de Parques a partir de la donación
de los terrenos ya indicados dentro del terreno
industrial y comercial ubicado en calle Gabriel
Palma N° 820. Para lo anterior, procederá a cons­
truir un parque en este terreno, dotado de una
multicancha, paseos peatonales, senderos, juegos
infantiles, implementación deportiva estacionaria,
césped, flores, iluminación etc.
Además, este sistema interconectado de parques
abarcará físicamente el mejoramiento vía inversión
e implementación de paseos peatonales, senderos,
juegos infantiles, implementación deportiva es­
tacionaria, césped, flores, iluminación etc., de la
Plaza San Rafael, Plaza Alfonso Ortega, Plaza José
M aría Caro y Plaza La Consistorial. Asimismo,
reparará, mejorará, reemplazará y/o construirá un
paseo peatonal en las veredas del circuito.
6) La empresa Industrias Ceresita S.A deberá
pintar las faenadas correspondientes a las casas del

157
sector y las que estén frente a Plaza Consistorial,
Plaza José M aría Caro, Plaza Alfonso Ortega y
Plaza San Rafael.
7) Equipará a todos los consultorios de la co­
muna de Recoleta con un equipo para enfermeda­
des respiratorias consistente en la entrega de kits
para emergencias respiratorias.
8) Aplicará el M.d.P. de delitos que establece
la LChRPPJ, conocido como compliance., debien­
do exhibir y entregar a la Fiscalía Centro Norte
y al Juez Presidente del 3° Juzgado de Garantía,
la certificación y documentos que acrediten la
aplicación del modelo, su evaluación y sistema de
control permanente.
9) La empresa Industrias Ceresita S.A. acep­
tará que los antecedentes de la investigación sean
utilizados para fines académicos y para estudio de
modelos de prevención de delitos.
10) La empresa Industrias Ceresita S.A. deberá
instalar un letrero en el que se indicará que efectúa
la donación de los terrenos, del parque y del siste­
ma de parques interconectados, en cumplimiento
al acuerdo celebrado con esta fecha con la Fiscalía
Centro Norte, y en cumplimiento a lo dispuesto
en la LChRPPJ.
Si bien estas condiciones no son parte de una
sanción, es relevante considerarlas, a modo de
ejemplo, como consecuencias a las cuales se pue­
de ver expuesta una empresa, de no adoptar un

158
modelo de prevención, conforme con lo dispuesto
en LChRPPJ. F
Industrias Ceresita, de haber adoptado e jm_
plementado un modelo y P.d.P. de delitos> con
anterioridad a la comisión del hecho, podría ¿ a|jer
solicitado ante el Tribunal la exención defirijt|va
de su responsabilidad penal (causal de atipicj(jaj
o exclusión de la conducta punible) o atenuar la
misma160.
En este sentido, incluso el art. 6o N° 3 de la Ley
establece que si la persona jurídica adoptó, antes
del comienzo del juicio, medidas eficaces para
prevenir la reiteración de una misma clase de deli­
tos, objeto de la investigación, podrá considerarse

160 Decimos que es una causal de atipicidad toda vez que del
tenor del att. 3° inciso 3 o de la LChRPPJ, se puede perfectamente
llegar a esta conclusión: “Se considerará que los deberes de
dirección y supervisión se han cumplido cuando, con anterioridad
a la comisión del delito, la persona jurídica hubiere adoptado
e im plem entado m odelos de organización, adm inistración y
supervisión para prevenir delitos como el cometido, conforme
con lo dispuesto en el art. siguiente”. Es decir, tal como sostiene
P iña (2 0 1 2 ) p. 7: “se trata de una causa de atipicidad pues para
la imputación de responsabilidad corporativa debería con cu rrir un
elemento positivo: la in fracción d e los deberes d e supervigilancia y
dirección . Así lo dispone expresamente la Ley cuando exige que la
com isión d e l delito fiie re con secu en cia d e l incum plim iento, p o r p a rte
d e ésta, d e los deberes d e d irección y supervisión. Luego, si los deberes
están cumplidos, el hecho resulta atípico y por ello no es posible
asignar responsabilidad alguna a la persona”.

159
dicha acción como una circunstancia atenuante de
su responsabilidad penal.
Finalmente, en la suspensión condicional del
procedimiento -que no puede ser inferior a seis
meses ni superior a tres años- se estableció que la
persona jurídica estará sujeta al cumplimiento de la
condición consistente en im plem entar un program a
para hacer efectivo el modelo de organización, adm i­
nistración y supervisión. Sin embargo, establecer un
M.d.P. es un proceso complejo que debería estar
acompañado de una adecuada política de preven­
ción en la empresa. Asimismo, se deben considerar
las diferentes propuestas para la implementación y
certificación del modelo. Por lo anterior, estimar
un plazo perentorio para realizar dicha tarea nos
resulta difícil en este caso.
2. Empresa Salmones Colbún Limitada y Socie­
dad Agrícola M ecanizada Limitada. Con fecha 12
de agosto de 2013 se dictó sentencia condenato­
ria, en procedimiento abreviado, por el Juzgado
de Garantía de Talca, en contra de las empresas
“Salmones Colbún Limitada” y “Sociedad Agrícola
Mecanizada Limitada” (Causa RUC 1201092968-
5). A estas entidades se les imputó responsabilidad
por el delito de soborno o cobecho activo, a fun­
cionario público nacional, como resultado de la
comisión de este ilícito, por parte de sus miembros,
en beneficio directo de estas empresas.
Se les sancionó con la pena de una multa de
500 Unidades Tributarias Mensuales y la pérdida

160
del 40% de los beneficios fiscales obtenidos o la
prohibición de obtenerlos por el plazo de 3 años
Para los efectos de la aplicación de esta últim a
sanción, se ofició a la Secretaría Genera[ j ej
M inisterio de Hacienda y a la Subsecretaría de
Desarrollo Regional y Administrativa del Minis­
terio del Interior, con el propósito de consignar
la imposición de ésta en los registros centrales del
Estado y Municipalidades.
También a estas personas jurídicas se les aplicó
como sanción accesoria publicar un extracto de
la sentencia condenatoria. Como señala la Ley,
esta publicación de la condena debería efectuarse
dentro del plazo de 30 días desde que la sentencia
se encuentre ejecutoriada.
Por último, se les concedió la posibilidad de
poder pagar las multas impuestas dentro de un
plazo de 18 meses, comunicándose a la Tesorería
General de la República. Asimismo, en la senten­
cia condenatoria se ordenó la cancelación de la
inscripción de algunos derechos de aguas de las
empresas, en el Registro de Propiedad de Aguas
del Conservador de Bienes Raíces de Talca, y la
incautación de sentencias falsificadas, utilizadas
para la obtención de estos derechos, para su des­
trucción en la Fiscalía Local.
Cabe constatar que dichas penas se aplicaron
a la empresa al cumplirse los requisitos dispuestos
en el art. 3° de la LChRPPJ. Debemos recordar
que estos requisitos son: a) que el delito haya sido

161
cometido por algunas de las personas naturales
de la empresa (mencionadas en el art. 3o); b) en
beneficio directo de esta última; y c) resultado de
un defecto de organización.
En este caso a los dueños, representantes legales
e incluso socios de ambas empresas junto con su
gerente comercial y su asesor legal, se les imputó
haber participado en la comisión del delito de
cohecho a funcionario público nacional, contem­
plado en el art. 250 del CP, en favor o interés de
las personas jurídicas “Salmones Colbún Limitada”
y “Sociedad Agrícola Mecanizada Limitada”, con­
forme con el considerando sexto de la sentencia.
Los actos que se imputaron consistieron en pa­
gar dinero al Cuarto Oficial del Segundo Juzgado
de Letras de Talca para la confección de sentencias
falsas. Lo anterior, con el objeto de inscribirlas en
el Conservador de Bienes Raíces de Talca a nombre
de las empresas referidas. Esta acción, según el
parecer del Ministerio Público, tuvo por finalidad
aumentar el patrimonio de ambas empresas, bus­
cando la inscripción de derechos de aguas que no
correspondían a estas personas jurídicas.
Se sostuvo que los imputados en esta causa
entregaban instrucciones al asesor legal de las em­
presas mencionadas, con el propósito de cohechar
a un funcionario público para que les proporcio­
nara sentencias falsas e inscribir dichos derechos de
aguas, consignados en ellas, sobre ciertos predios, sin
cumplir con los requerimientos o exigencias legales.

162
 Por otra parte, estas empresas no contaban con
un M.d.P., según el Oficio N° 1831, de 28 de
enero de 2013, de la SVS. Al efecto, la SVS cuenta
con un registro de las clasificadoras de riesgo y
auditoras habilitadas para certificar modelos de
prevención en las empresas. Así, la Superintenden­
cia recibe anualmente información, proveniente de
las clasificadoras de riesgos y las empresas audito­
ras, respecto de todas aquellas empresas que han
obtenido su certificación.
Conforme con lo expuesto, nos damos cuenta
que “Salmones Colbún Limitada” y “Sociedad
Agrícola M ecanizada Lim itada” no adoptaron
una política y M.d.P. que les permitiera enfrentar
esta situación. Así, adoptar una política y M.d.P.
no sólo es una manifestación de buenas intencio­
nes, sino que más bien constituye una directriz
que permite a los ejecutivos principales, mandos
medios y el personal subalterno, definir cómo
prevenir situaciones delictivas y evitar sanciones
como las del caso en comento. De haberlas po­
seído oportunamente, el panorama actual sería
completamente diferente.
Bueno es señalar que al día de hoy estas em­
presas se han comprometido en el procedimiento
abreviado referido, a elaborar, implementar y a
certificar un M.d.P. de delitos.
3. Caso CNA: Universidades Internacional SEK,
Pedro de Valdiviay d el Mar. El 22 de mayo de 2013,
ante el 8o Juzgado de Garantía de Santiago, la

163
Fiscalía formalizó a los rectores de la Universidad
del Mar, de la Universidad Internacional SEK y
de la Universidad Pedro de Valdivia, por las cir­
cunstancias fundadas en la comisión del delito de
cohecho a funcionario público nacional y lavado
de activos, respectivamente, en el contexto del
proceso de acreditación ante la Comisión Nacio­
nal de Acreditación (CNA) de las referidas casas
de estudios.
Los hechos imputados fueron los siguientes:
desde el segundo semestre del año 2010 has­
ta finales del año 2011, aproximadamente, se
desarrollaron los hechos en los que al en to n ces
presidente interino de la Comisión Nacional de
Acreditación (CNA) se le imputó haber infringido
sus deberes de probidad, gestionando reuniones
en pleno proceso de acreditación con el Rector
de la Universidad del Mar. Asimismo, se le acusa
de haber efectuado una serie de negociaciones con
los rectores de las universidades SEK y Pedro de
Valdivia.
Concretamente, al ex Presidente de la CNA se
le imputó haber influido en la designación de los
pares evaluadores para la confección del informe
de acreditación respectivo, materializando dicho
influencia en la relatoría del procedimiento de
acreditación, lográndose acordar, con fecha 1 de
diciembre de 2010, por parte de la Comisión de
Acreditación en la CNA, la acreditación de la
Universidad del M ar por el plazo de 2 años, en
las áreas de Gestión y Docencia de Pregrado. Caso

164
similar ocurrió con las universidades Internacional
SEK y Pedro de Valdivia.
En el caso de la Universidad del Mar, a un mes
de haber votado favorablemente la acreditación de
la CNA, con fecha 20 de enero de 2011, ej en_
tonces Rector y la sociedad representada por el ex
funcionario de la CNA, suscribieron un contrato
de prestación de servicios de asesoría profesional
en el proceso de acreditación institucional.
En el referido contrato se pactó el pago de 4
cuotas de 15 millones de pesos cada una, a pagarse
el año 2011, por un total de 60 millones. Además
de un pago adicional, de entre 15 y 45 millones
de pesos, según los años de acreditación que la
Universidad obtuviera en el proceso respectivo.
Durante el transcurso del año 2011, el ex funcio­
nario de la CNA recibió a través de su sociedad
3 de las 4 cuotas pactadas por un monto total de
$45.000.000.- CLP.
Al día de hoy (diciembre de 2013), la inves­
tigación aún se encuentre vigente. Importante es
destacar que la Universidad del Mar, por haberse
quedado sin representante legal, se designó como
curador a d litem a un Defensor Penal Público.

165
 C o n c l u s i ó n F in a l

El reconocimiento de los intereses colectivos

en la sociedad chilena trae aparejado una serie
de deberes para las empresas. Así, las actividades
empresariales deben responder a exigencias cada
vez más complejas desde múltiples áreas del Or­
denamiento jurídico. No basta a las empresas con
preocuparse de proteger a la sociedad de fuentes
de peligro provenientes del giro de su actividad,
porque el peligro se extiende a la prevención de
ilícitos en su beneficio directo.
En este orden de ideas la creación de una cultu­
ra corporativa que sea capaz de prevenir activida­
des ilícitas en las organizaciones es una tarea que
deben enfrentar todas las empresas. Adoptar una
política y M.d.P. es fundamental para minimizar
los riesgos de responsabilidad penal, considerando
los múltiples defectos de organización que pueden
darse dentro de los entes.
No podemos desconocer que la compleja red de
relaciones entre empresas, los cambios tecnológico-
comunicacionales y la sensación de inseguridad de
los consumidores, entre otros factores, han elevado
los estándares de exigencia en el Ordenamiento

167
jurídico chileno. Así las cosas, los riesgos de co­
misión de una actividad delictual en beneficio de
la empresa pasan de meras abstracciones a una
realidad concreta (OCDE).
Frente a este panorama de incertidum bre,
respecto al eontrol de delitos al interior de las
empresas, algunas autoridades ven la respuesta,
para prevenir la criminalidad empresarial, en es­
tablecer un sistema de responsabilidad penal para
las empresas, crear nuevos bienes jurídico-penales
e incluso flexibilizar los criterios de imputación
respecto del comportamiento delictivo cometido
dentro de las mismas. En este sentido, no sería
extraño que las autoridades consideren extender
la lista de delitos de la LChRPPJ.
La multiplicidad de funciones dentro de una
organización, las diferentes autoridades adminis­
trativas de la misma, entre otros factores, dificultan
determinar la culpabilidad individual en la colec­
tividad que representa una persona jurídica. Así,
conocer con detalle los ámbitos de competencia
en la prevención de delitos, al interior de la em­
presa, puede ser una herramienta fundamental al
enfrentar cargos ante los tribunales.
Por otra parte, los daños que puede generar la
actividad empresarial en una sociedad del riesgo
pueden ser de gran escala e incluso múltiples. Sin
embargo, el no detectar operaciones sospechosas
que den indicios de una actividad delictiva en la
empresa es un fantasma que puede ir mermando

168
la imagen y credibilidad de las empresas en el
mercado.
Por ello, esta protección ideal de la prevención
en el ámbito del Derecho penal surge asociada
a la idea de un concepto de vigilancia y control
que las empresas deben ejercer sobre sus propias
operaciones.
Adicionalm ente, identificar los autores de
este tipo de ilícitos al interior de las estructuras
sociales trae el problema del conocimiento de este
tipo de legislación especial, la distinción entre las
infracciones de índole administrativa y la creación
de nuevos tipos penales para la protección de la
sociedad.
Finalmente, la responsabilidad penal de las
personas jurídicas busca no sólo proteger el Orden
público económico sino también proteger a los
ciudadanos frente al poder de las corporaciones.
Así por medio de la LChRPPJ se establece un sis­
tema de responsabilidad compatible con el respeto
del principio de legalidad y las garantías constitu­
cionales de las personas e, incluso, las empresas.
Por ende, la respuesta política crim inal a este
fenómeno de la criminalidad empresarial no pasa
por abandonar los principios fundamentales del
Derecho penal, sino en mantener un equilibrio en­
tre la configuración de esta nueva responsabilidad
y los principios fundamentales de este Derecho.

169
 Ex c u r so

El modelo de responsabilidad penal de las

personas jurídicas se ha instalado en Chile con la
posibilidad de expandir su alcance. Así, no sólo es
posible una expansión de su catálogo de delitos,
sino también el desarrollar, como se ha planteado
para el caso brasileño, “un verdadero modelo de
imputación delictiva para las personas jurídicas, en
especial [atención a] la construcción de un con­
cepto de culpabilidad para los entes morales”161.
Por lo anterior, constituye un desafío para los
operadores del sistema jurídico aceptar criterios
de atribución de responsabilidad penal a las em­
presas, que sean consecuentes con los principios
de un Derecho penal moderno, atendiendo a las
exigencias de un Estado democrático. Asimismo,
se requieren criterios eficientes de imputación que
sean coherentes con las exigencias de una política
criminal que resguarde las garantías fundamentales
de las personas naturales al interior de la empresa.

161 C o sta (2 0 1 2 ) p. 52.

171
 Adicionalmente, para cumplir con los estánda­
res del Buen Gobierno Corporativo ^^, los modelos
de prevención y de atribución de responsabilidad
penal de la persona jurídica no pueden sólo cen­
trarse en la búsqueda de la infracción primaria163
o en determinar cuál fue la persona natural que
cometió el delito en favor de la empresa en su inte­
rior. De tal forma, la responsabilidad debería estar
enfocada en los defectos de organización , para que
las empresas se enfoquen en generar mecanismos
adecuados para el control de las infracciones de
sus reglamentos de prevención.
Asimismo, es difícil resolver todas las interro­
gantes que se generan a propósito de la responsa­
bilidad penal empresarial o corporativa. En este
contexto, aparecen una serie de problem áticas ^64,
como, por ejemplo, la eventual responsabilidad
penal de los auditores certificadores de programas
de cumplimiento para las empresas; la posible
imputación jurídico-penal de los encargados de
prevención u oficiales de cum plim iento165; la
circunstancia de admitir o no en nuestro modelo
de responsabilidad otras salidas alternativas como

162 Véase, para obtener m ayor información del desarrollo de

este concepto en C hile, BascuÑÁN (2011) passim .
163 Véase, respecto de la noción de infracción primaria y su
metodología, H assfmer y M uñoz (1995) p. 177ss.
164 Véase, como se han desarrollado estas problemáticas en el
modelo español, BacíGALUPO (2011) passim .
165 Robles (2013) p. 3 1 9 ss.

172
la suspensión condicional del procedimiento o el
acuerdo reparatorio166; la consideración de incluir
nuevos tipos penales en nuestra Ley; los conflic­
tos de intereses del empresario y los trabajadores
en los procesos de investigación interna de la
compañía en el funcionamiento de sus modelos
de prevención167; la posibilidad de extender el

Según el profesor H éctor H e r n á n d e z , los acuerdos

reparatorios no serian procedentes como salidas alternativas en
nuestro sistema de responsabilidad penal de las personas jurídicas,
en el entendido que la LChRPPJ sólo comprendería los llamados
delitos sin víctim a. Por lo anterior, tal vez esta problemática
adquiriría relevancia en la medida que se extienda el catálogo de
delitos comprendido en nuestro modelo legislativo. CO LO Q U IO ,
“Prevención e investigación de delitos en la empresa y Derechos
de los trabajadores” (2 0 12 , Universidad Diego Portales, Chile).
167 Com o lo señaló el profesor Gonzalo MEDINA,
quedan pendientes los procesos de investigación interna de
las empresas por medio de sus programas de cumplimiento
en la prevención de los delitos contemplados en la Ley de
responsabilidad penal de la persona jurídica, en lo referente
a la vulneración del secreto profesional (relación del
abogado interno o externo con la empresa), los Derechos
fundamentales de los trabajadores (revisión de los correos
electrónicos), los deberes de inform ación para con los
trabajadores cuando son objeto de una investigación al
interior de la empresa, la posibilidad o alternativa que los
investigadores internos de la empresa puedan declarar en un
proceso penal, el estándar de exclusión de la prueba obtenida
con vulneración de garantía será el mismo que un proceso
ordinario, etc. CO LO Q U IO , “Prevención e investigación
de delitos en la empresa y Derechos de los trabajadores”

173
1

catálogo de delitos por la vía del delito de lavado

de activos168; las sanciones alternativas vinculadas
al nombramiento de curadores, para el control de

( 2 0 1 2 , U n iversid a d D ieg o Portales, C h ile ). V éan se tam b ién

los recientes e in teresan tes trab ajo s de ESTRADA y L l o b e t
( 2 0 1 3 ) , p. 19 7 s s y de M o o sm a y e r ( 2 0 1 3 ) p- 137ss.
168 D e acu erd o co n H é c to r H ernán d ez, la p o sib ilid ad
d e exten d er el catálogo de d elito s p o r esta v ía sería u n e rro r
“p o rq u e n u n ca se p u ed e san cio n a r a la p erso n a ju ríd ic a p o r
u n d elito-b ase de lavado de d in ero (salvo, n a tu ra lm e n te , en
los casos en q u e el d elito-b ase es, a su vez, u n o de los d elitos
esp ecialm en te p revistos en el a rt. I o de la L ey N ° 2 0 .3 9 3 ,
co m o el coh ech o o el fin a n ciam ien to del terro rism o ), sino
só lo p o r la c o n d u c ta específica de lavad o de d in ero , que
n o ob sta n te p re su p o n er el d elito-b ase es algo to ta lm e n te
d iferente”. C o n fo rm e con lo an terior, H ern án d ez agrega que
“[c]on tod o, la idea ten d ría u n im p o rta n te a tractivo p ráctico,
co m o tal vez p o d ría d em o stra rlo el escándalo d e "La P olar”,
co n tex to en el cual n o só lo se h a in terp u e sto u n a en o rm e
ca n tid a d de querellas, p o r d istin to s d elitos, c o n tra los ex
ejecutivos de la em presa, sino q u e tam b ién se h a n presentado
qu erellas c o n tra la p ro p ia p e rso n a ju ríd ic a , p recisam en te
p o r el d elito d e lavad o de d in e ro en rela ció n co n d elitos de
la L M V . V éase su: “¿L avado de d in ero co m o suced áneo de
u n catálogo a m p lio d e d elito s q u e acarrean resp on sabilid ad
p en al de las p ersonas ju ríd icas?, [en línea] M e rc u rio Legal
3 0 / 0 9 / 2 0 1 1 h ttp:/ / w w w .elm ercu rio.com / L eg al/ N oticias/
A n a lis is - J u rid ic o / 2 0 1 1 / 0 9 / 3 0 / L a v a d o - d e -d in e r o - c o m o -
su ced an eo -d e-u n -catalo g o -am p lio -d e-d elito s-q u e-acarrean -
r e s p o n s a b ilid a d -p e n a l-d e -la s -p e rs o n a s -ju rid ic a s .a s p x # ”,
(C o n su lta d o : 14 / 0 3 / 12 ).

174
las actividades o procesos al interior de la empresa,
donde haya existido una infracción a los deberes
de control o supervisión de forma reiterada, las
cuales aún no tienen todavía respuesta en Chile,
entre otras cuestiones.
Además, no son aislados los intentos en la dog­
mática chilena en aceptar una postura que tiene
la pretensión de dar respuesta a la responsabilidad
penal de las personas desde el modelo de culpabi­
lidad constructivista169. También trabajos como el
de Osvaldo Artaza Varela, pese a que no consideran
el modelo de culpabilidad constructivista, por ser
altamente complejo y recoger elementos socio­
lógicos, admiten la posibilidad de un modelo de
responsabilidad colectiva en Chile, coherente con
las directrices de las sentencias guías del modelo
norteamericano1170' .
Por otra parte, en una sociedad de riesgos como
la actual, la adopción, implementación y certificación

169 Véase, respecto de la voluntad propia de la persona jurídica,

SZCZARA N SK I (20 10) p. 92ss.
170 Este com entario surge a partir de nuestra asistencia al
coloquio de Derecho penal económ ico sobre “Evaluación de
sistemas de prevención de delitos para los efectos de la Ley N°
2 0 .3 9 3 ”, con fecha 8 de agosto del 2 0 1 2 , en la Universidad Diego
Portales, donde el mencionado autor dio a conocer su interesante
tesis doctoral respecto de la responsabilidad penal de las personas
jurídicas. Asimismo, véase al respecto el manual de las directrices
norteamericanas para im poner sentencias a organizaciones en
G ó m e z J a r a (2010b ) p. 147ss.

175
de m odelos p reven tivos que eviten o mitiguen los
factores de comisión de delitos al interior de las
empresas, son piezas clave para que éstas no sólo no
se vean expuestas a sanciones penales, sino también
a consecuencias negativas frente al desprestigio de
sus firmas.
En esta línea, las políticas que subyacen a los
programas de cumplimiento se deben inspirar en el
fortalecimiento de la marca; en una mayor credibi­
lidad y transparencia ante las entidades financieras
para el acceso a créditos u otros instrumentos
financieros; el reflejo de una mayor confianza o
seguridad hacia los inversionistas y accionistas de
la empresa; el fortalecimiento del compromiso
y lealtad del personal hacia la empresa; una dis­
minución de los riesgos de demandas legales por
parte de los consumidores posiblemente afectados
por actos de la empresa; una mayor confianza del
consumidor hacia el producto o servicio que se le
ofrece; una posible captación de nuevos consumi­
dores o clientes que son parte del mercado hacia
el cual apunta la empresa y una mejor relación
con los otros organismos externos asociados a la
empresa. Todo lo anterior, en conformidad con
lo establecido por el IV Barómetro de Valores y
Etica Empresarial realizado por Generación Em­
presarial1 .

171 RlVEROS (2 0 1 0 ),passim.

176
 Finalmente, todo lo expuesto se traduce en
mayores niveles de exigencia para las empresas con
el objeto de eliminar la competencia desleal en el
mercado, incentivar la creación de una nueva cul­
tura empresarial eficiente en la prevención de los
delitos y la conveniente implementación y diseño
de un sistema de prevención que cumpla con las
expectativas de gestión del riesgo que requiere la
sociedad actual.

177
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