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O Mecanismo Da Ciência

1) A teoria da evolução explica como surgiu a diversidade das espécies através do tempo. 2) Uma teoria científica é diferente de uma teoria comum, requerendo evidências e testes para suportá-la. 3) Carl von Linné criou a classificação taxonômica para organizar e diferenciar espécies de animais e plantas.

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Márcio Fellipi
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O Mecanismo Da Ciência

1) A teoria da evolução explica como surgiu a diversidade das espécies através do tempo. 2) Uma teoria científica é diferente de uma teoria comum, requerendo evidências e testes para suportá-la. 3) Carl von Linné criou a classificação taxonômica para organizar e diferenciar espécies de animais e plantas.

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O Mecanismo da Cincia A Teoria da Evoluo, vulgar e erroneamente chamada de Evolucionismo ou, pior ainda, Darwinismo, a teoria cientfica que

e explica como surgiu a imensa diversidade das espcies. Mas, o que uma Teoria Cientfica e o que uma espcie? As pessoas leigas confundem Teoria Cientfica com a palavra teoria que, no senso comum, significa algo que no foi provado como verdadeiro a priori. Entretanto, h muita diferena entre elas. O senso comum nunca serviu para muita coisa no mundo cientfico. Ele baseado em impresses, em histrias passadas de boca-em-boca, de vises particulares de como as pessoas sem conhecimento especfico observam o mundo. No que isso seja completamente errado; ningum exige que voc seja um expert em tudo. Mas, no mundo acadmico, impresses, palpites e achismos no tm muita validade. Eu digo que no tem muita validade, pois at mesmo cientistas seguem palpites, mas isso veremos j, j. O senso comum serve para as pessoas no dia-a-dia. Falamos que o Sol se pe s 18 horas, por exemplo. E, realmente, se acompanharmos o Sol em sua trajetria, veremos que ele nasce no leste, caminha pelo cu e se pe no oeste. Nada de errado nisso. Mas, qualquer um que estude fundamentos de cincia, sabe que o Sol est praticamente parado em relao ao Sistema Solar, que na verdade os planetas que se movem. Um caso similar podemos ver todos os dias. Se sentarmos dentro um nibus, quando ele comear a se mover, a nossa impresso, o nosso senso comum, diz que as pessoas nas caladas, assim como postes, carros, casas etc. que esto se movendo, enquanto ns, passageiros, que estamos parados. Isso ns podemos evidenciar fcil, j que eu posso ver o motorista l na frente paradinho, sentado em sua cadeira. Um estudante de Fsica sabe que os passageiros desse nibus no esto parados em relao s pessoas nas caladas, mas sim parados em relao ao motorista. Tanto as pessoas quanto o motorista so meros referenciais, sob os quais eu comparo meu estado (em movimento ou parado). Para as pessoas na rua, eu e o motorista estamos em movimento. Para um carro que venha em sentido oposto ao nosso, as pessoas na calada se movem em sentido oposto ao nosso tambm, e ns (eu e o motorista) estamos nos movimentando mais rpido ainda, j que so somadas as velocidades do nibus e do carro. Nossas sensaes so, portanto, imprecisas. Nosso senso comum , com isso, algo totalmente intil. A Cincia precisa de dados precisos, precisa de parmetros exatos, precisa de algo em que se apoiar que seja universal e nico, ou seja, que no dependa de parmetros que variem de uma hora para outra em diferentes lugares (em breve, um artigo sobre Medies e Dimenses. Aguardem). Para tanto, ela estipula conceitos e mtodos. E um mtodo seguido universalmente pela Cincia chamado de Mtodo Cientfico! Segundo o Mtodo Cientfico, no decorrer de uma pesquisa ns devemos cumprir algumas etapas, por assim dizer. Bem, o primeiro passo uma idia! Sim, uma idia.

Claro que nem sempre se comea com uma idia. Muitas descobertas cientficas foram feitas ao acaso; mesmo porque, Fleming nunca deixaria mofo crescer em suas placas de Petri assim, sem mais nem menos ou por pura diverso, do mesmo modo como Horace Wells prestou ateno num show de mgica e viu que algumas pessoas no sentiam dor sob o efeito de gs hilariante (a saber, xido nitroso, N 2O). Um cientista precisa comear de algum ponto, ento ele pode partir do princpio com um palpite. Esse palpite baseia-se num pensamento e se?. A essa idia chamamos hiptese, mas apesar do nome chique, ainda uma idia. O cientista em questo far vrias observaes e foi isso o que Darwin fez, quando esteve nas Galpagos. Ele demorou 30 anos para esboar sua teoria, mas j veremos isso. Ao observar um evento, um cientista criar alguma idia que o leve a explicar este evento. Para isso, ele ter que fazer mais pesquisas para saber se aquele evento aconteceu por acaso ou algo comum. Tendo a sua idia a sua hiptese ele vai fazer experimentaes (se possvel, mas isso no obrigatrio). Em prosseguimento, o cientista vai fazer algo que pode parecer absurdo para as demais pessoas. Ele vai tentar destruir sua prpria hiptese! , isso mesmo! Para que esta teoria seja vlida, ela ter que ser falsevel, isto , ela ter que apresentar alguma possibilidade de estar errada. Para que a referida proposio seja refutvel ou falsevel, o cientista lanar mo de observaes e experimentos que tente mostrar que essa proposio seja falsa. Ele vai tentar imaginar qualquer coisa que impossibilite que sua hiptese seja verdadeira. Se ele no conseguir nada que faa a hiptese dele cair por terra, o cientista senta-se calmamente e d sua pesquisa o status de Teoria. Suponha que voc veja um corvo preto. Ento, h a probabilidade de haver um corvo branco? Sim, h. Se voc no experimentar nem quiser sequer observar se existem corvos brancos, voc no poder afirmar Todos os corvos so pretos. Voc pode at afirmar que alguns corvos so pretos, mas no poder atestar que TODOS os corvos sejam pretos. Se voc no pode observar, se voc no pode experimentar, se voc sequer pode estudar um objeto, ele no falsevel e, para a Cincia, ele no poder ser levado em conta. Achismos no levam a lugar nenhum. Tendo visto que sua proposio falsevel e que resistiu a todos os exames e testes para determinar se a sua teoria vlida e sem erros (pelo menos, aparentes), o cientista publicar o seu trabalho para que outros cientistas o examinem, para saber se h algum furo. Diferente das demais categorias, no h (muito) corporativismo. Os responsveis pelos veculos de divulgao cientfica faro um exame minucioso para saber se aquela hiptese algo digno de ser de conhecimento no mundo. O trabalho passar pelo terror chamado refereeing, onde vrios examinadores buscaro, no comprovar, masDERRUBAR as alegaes, atravs de mnimas inconsistncias. Se tiver, eles rejeitam. Mesmo que seja para deixar o texto o mais claro possvel. Eu no conheo um nico trabalho que foi aprovado logo de incio. Isso vale para um artigo na Nature, uma defesa de monografia at um exame para determinao de um prmio Nobel. Uma Teoria Cientfica resistiu a todo esse processo. As pessoas tendem a achar que as Leis Cientficas so o topo da hierarquia na Cincia; mas esto enganadas. O senso comum (ha-ha!) est acostumado a pensar (?) que Leis so o supra-sumo de tudo; mas, como sempre, o senso comum perde feio pro Mtodo Cientfico. As Leis Cientficas so proposies muito generalizadas. Elas explicam uma idia geral de como uma coisa funciona em TODAS as partes do Universo.

Para citar um exemplo, vejamos a Lei da Gravitao Universal. Newton disse que corpos atraem-se mutuamente de acordo com uma fora diretamente proporcional s massas desses corpos e inversamente proporcional ao quadrado da distncia que os separam. Ou seja, se voc, meu caro estiver a uma distncia igual entre a Ellen Roche e o Rei Momo, eu posso afirmar com certeza que voc ser atrado gravitacionalmente para o Rei Momo. Desculpe, mas a verdade essa. Sua sorte (ou azar, vai saber) que a Gravidade uma fora muito, muito fraca. Se a Gravidade fosse uma fora forte, um m no tiraria uma moeda que est sobre o cho. Agora, leve em conta o tamanho da Terra e o tamanho do m e da moeda. Essa atrao entre os corpos acontece aqui na Terra (que por sinal voc a est atraindo e a Terra o atrai igualmente), em Pluto (mesmo deixando de ser planeta), em Alfa de Centauro, na Galxia M-81, nos confins do ltimo planeta que gira ao redor da ltima estrela, na ltima galxia do Universo (supondo que realmente exista algo de ltimo no Universo). Interessante, no? Mas, o que a explicou? (Me refiro Gravidade e no a Ellen Roche) Nem mesmo Newton sabia o que causava a Gravidade! Ele apenas apontou o efeito e as frmulas matemticas que dimensionam este efeito. Mas, no o por que deste efeito acontecer. Einstein, com sua Teoria da Relatividade, explicou a causa disso acontecer (corpos massivos distorcem o espao-tempo e isso provoca ao deslocamento dos corpos em direo uns aos outros). A Gravidade existe? Pule no alto do 50 andar e volte aqui pra me dizer. Eu fiz isso hoje e pude comprovar que sim, eu fui atrado pro cho de novo (me refiro ao cho do respectivo andar, eu sei muito bem que a Gravidade funciona para eu evitar um pulo do 50 andar, ao invs de pular no 50 andar). Creio que deu pra entender a BURRICE de alegar que uma Teoria Cientfica apenas uma teoria. O que isso tem a ver com Evoluo? Muita coisa! Darwin, em seus estudos, percebeu que as espcies so diferentes. Algumas pessoas podem achar que isso um imenso lampejo do bvio, mas lembrem-se que ainda existem pessoas que acham que formigas so todas iguais, que peixes so todos iguais etc. E at teriam razo, se no fosse o fato que existe uma coisa chamada Diviso Taxonmica. Carl von Linn foi (e ainda ) um marco na Biologia. Foi botnico, zologo e mdico, cuja contribuio para a Cincia algo insupervel; grande entre grandes! Quem pouco estuda, no sabe nada. Linn fez algo mais do que necessrio, embora ningum tinha se tocado disso antes. Usando uma gria podemos afirmar peremptoriamente: Linn deu nome aos bois! Obviamente, eu no estou maluco e nem falando de pecuria. Linn, cujo nome latinizado Carolvs Linnaevs ou, aportuguesadamente, Carlos Lineu, criou a Diviso Taxonmica. Vamos explicar rapidamente: Qualquer animal (no sentido biolgico, no se ofendam) sabe que os demais animais so diferentes. Mas, citar nomes como gato, cachorro, periquito, papagaio e o demnio da tasmnia no diz nada. Begnias, samambaias (a planta, e no a modelo), accia, sequia, pinheiro, macieira, alfaces e berinjelas tambm so plantas. Mas, so todas iguais?

Bem, sabemos que tanto animais e plantas so diferentes entre si; e da? Da que temos que dizer o quanto eles so diferentes. Que um gato diferente de um crocodilo bvio. Mas, e um gato angor e um gato siams? Ambos no so gatos? No arranham? E os ces? Um pinscher um co da mesma forma que um dobermann tambm . Se bem que um pinscher parea com um dobermann em miniatura e pense que um dobermann em tamanho normal. Como determinar essa diferena? A entra a taxonomia de Lineu, que classifica as coisas vivas em uma hierarquia, comeando com os Reinos. Reinos so divididos em Filos (no caso de animais) ou Divises (para o caso das plantas). Os dois ltimos so divididos em Classes, ento em Ordens, Famlias, Gneros e Espcies e, dentro de cada um em subdivises. Grupos de organismos em qualquer uma destas classificaes so chamados taxa (singular,taxon), ou phyla, ou grupos taxonmicos. Bem, para falar a verdade, Lineu no pensou nisso tudo exatamente, mas deu o ponta-p inicial, definindo como sendo espcie, a ltima coisa a diferir os seres vivos. Mas, ele estava enganado, alis, ele seria melhorado! Foi Lineu quem criou a regra da nomeao das espcies com os nomes em latim, com dois nomes (ou trs, se for o caso), onde o 1 nome escrito em maiscula, e o 2 e 3 so escritos em minsculas. Um exemplo o nosso amigo gato domstico, que inicialmente foi classificado como Felis silvestris, mas uma taxonomia bem completa seria:

Reino: Filo: Classe: Ordem: Famlia: Gnero: Espcie: Subespcie:

Animalia Chordata Mammalia Carnivora Felidae Felis Felis silvestris F. silvestris catus

Mas, isso uma classificao bem geral, pois cada txon tem diversas subdivises. Zoologia no algo to simples e os organismos vivos devem ser muito bem distintos um dos outros, pois isso muito importante. Lineu era fixista. Ele acreditava que as espcies eram imutveis e permaneceram assim, desde que foram criadas no incio dos tempos. Como a Teoria da Evoluo de Darwin s apareceria quase um sculo depois da morte de Lineu (este morrera em 1778 e a Origem das Espcies foi publicado em 1859), natural que ele ainda pensasse que fora tudo obra de um ser l em cima qualquer (ou l embaixo, vai saber). Entretanto, de acordo com Darwin, as espcies nunca foram fixas, pelo contrrio. Elas mudam sob certas condies. Mas, eu ainda falarei disso. Continuemos.

Darwin no sabia definir perfeitamente o que era uma espcie, da mesma forma que Isaac Newton no sabia descrever o que especificamente era a fora da gravidade; mesmo porque, a tecnologia da poca de Darwin dispunha apenas de microscpios pticos (e no to sensveis quanto os de hoje). Ele tinha apenas a observao morfolgica dos seres vivos. Os segredos do DNA s seriam descobertos cerca de 100 anos depois de Darwin. Por isso, tambm natural que ele achasse que as espcies no podiam ser definidas perfeitamente, conforme um escrito seu de 1856: engraado ver como diferentes idias se manifestam nas diferentes mentes dos naturalistas, quando eles falam espcies. Tudo isso resulta de definir o indefinvel Darwin descobriu que as espcies nunca foram fixas e, portanto, o relato da Criao no poderia ser verdadeiro. Ainda segundo Darwin: Eu vejo o termo espcie como um conceito arbitrrio, cunhado apenas por mera convenincia, para designar um grupo de indivduos muito semelhantes entre si. No tempo de Darwin, no havia mais subdivises depois de Espcie. Isso s apareceu depois, dada a variedade cada vez maior de espcies encontradas, com variaes mnimas entre si; mas, ainda assim, so variaes. Enquanto Darwin estava terminando sua obra mxima, um certo monge agostiniano fazia experimentos nos jardins de seu mosteiro, examinando as caractersticas de ervilhas e rvores. Este monge seria mais tarde chamado de o Pai da Gentica, apesar dos seus trabalhos s terem sido publicados muitos anos depois de sua morte obscura e ignorada, ento. Seu nome era Gregor Mendel. Se voc estudou um Ensino Mdio decente, sabe que Mendel fazia experincias com ervilhas, verificando as cores e texturas de suas cascas. Com isso, ele determinou que algumas caractersticas so passadas dos pais para os filhos. Mas, ser que isso tem a ver com o conceito de espcie? Claro que no! Eu coloquei isso apenas pra encher lingia e fazer vocs de bobos. Duh! bvio que tem. Porque, com a transmisso de caracteres hereditrios, haver grande chance de gerarmos um indivduo igual aos pais, certo? Hummmmmm. No, no to certo no. Mas, vamos parar por enquanto e definir de uma vez por todas, que diabos uma espcie; e para isso, contaremos com a ajuda das mais famosas letrinhas da Cincia. O advento da descoberta do DNA (ou ADN, se o sinhoire fala portugus lusitano) fez muita diferena na Biologia. Com ele, explica-se muita coisa, prev-se muita coisa e resolve-se muitos problemas. E um deles foi o conceito de espcie. Animais no podem cruzar com plantas. A despeito da tara que cada um possa ter, no se conseguir nada ao tentar estabelecer o cruzamento entre eles, pois fazem parte de dois reinos diferentes. Da mesma forma, no se consegue cruzar uma foca com uma aranha, pois fazem parte de filos diferentes. E isso prossegue at chegar ao nvel de espcie. Ernst Mayr, ornitlogo alemo, rejeitou a tese de Darwin sobre o fato do termo espcie ser apenas uma conveno (mas, no com relao ao processo evolutivo). Para Mayr, o conceito de espcie era sim, uma entidade biolgica que poderia ser bem definida. Bem, ele estava certo em parte.

Em 1942, em plena Segunda Grande Guerra, Mayr definiu que espcies formam um poolgnico, ou um reservatrio gnico, cuja expresso seria mais tarde utilizada por Theodosius Dobzhansky, em 1950. Dessa forma, o conceito de Espcie, estabelecido por Mayr e Dobzhansky, segue a seguinte definio: Espcies so grupos de populaes naturais que esto ou tm o potencial de e star se intercruzando, e que esto reprodutivamente isolados de outros grupos Ou seja, um bando de bichos s podero cruzar (transar, acasalar, fazer fuc-fuc use a expresso que quiser) com outros bichos, se eles forem da mesma espcie. Caso contrrio, seja por serem de espcies diferentes ou porque esto isolados de demais animais, no podero cruzar com mais ningum. Simples, no? Errado! Nada na Cincia simples. A Cincia no se baseia em simplicidades, baseia-se em estudos, em avanos, em ampliao de conhecimentos A Cincia no se baseia em A igual a B e pronto, acabou-se!. A Cincia est sempre em constante desenvolvimento e ampliao de si mesma. A Cincia nunca est errada; ela se baseia nos conhecimentos que so adquiridos a cada momento. Se as futuras descobertas contradiro ou modificaro os conceitos de hoje, no importa. A Cincia corrige a si prpria e no depende de vontades ou de crenas. Tudo na Cincia deve ser estudado e comprovado. Assim, surgiu um problema, pois atualmente sabe-se que espcies migram e se acasalam com outras espcies. Isso pode no dar em nada, mas pode dar em muita coisa: o surgimento de uma nova espcie! Qualquer morador em zona rural sabe que se cruzar um jumento com uma gua, nascero burros. O jumento uma espcie, a gua outra espcie, mas os burros so algo novo; sero uma nova espcie? O detalhe que o burro (ou, se for fmea, a mula) estril, isto , no procria. Assim, uma espcie aquela que cruza entre si, gerando indivduos frteis. Divises abaixo disso so subespcies. Logo, o burro no uma espcie e sim uma subespcie. No caso de chiuauas e rotweillers, ambos so ces. Ok. Ambos so da mesma espcie. Ok. Mas, da em diante existem vrias outras subdivises, como raas etc. Porque, caso no tenham notado, um chiuaua NO um rotweiller. Bem, com esta confuso absurda na determinao sobre como classificar um ser vivo, a Cincia teve que desenvolver melhor suas definies, pois o conceito de espcie de Mayr e Dobzhansky s pode ser levado em conta quando se tem cruzamentos, ou seja, quando h procriao sexuada. S que existem animais que no se reproduzem assim, como o caso dos rotferos bdelideos, que abandonaram este sistema de reproduo h uns 100 milhes de anos. Todos os rotferos dessa ordem so fmeas (sem exceo) e geram seus embries sem a necessidade de esperma, ou seja, nada de macho na hora do vmu v. Bem, para suprir esta, digamos, falha na conceituao de Mayr e Dobzhansky, surgiu o conceito de filogenia. Filogenia a representao da histria das relaes de parentesco entre as espcies. Quando ns estudamos as relaes de parentesco entre duas espcies, teoricamente, houve uma espcie ancestral comum a elas, a que as originou. E com isso, levando em conta as espcies ancestrais, construmos a chamada rvore Filogentica ouCladograma. Um exemplo de cladograma voc v abaixo. Clique na imagem para ampliar.

Como pode ver, os animais acima vem de um enorme galho evolutivo. Mas, eles se separam em diversos galhos subjacebntes. Assim, um no veio do outro, ou seja, a sequncia no linear. Eles vieram de um tronco e se repartiram em vrios galhos diferentes, evoluindo simultaneamente, ainda que de forma difenrete uns dos outros. As anlises de DNA atestam que temos similaridades com outros animais. Fato! Essas anlises apontam o quanto somos parecidos geneticamente com outros animais. Fato! Quando mais prxima essa similaridade, mais provvel que tenhamos um mesmo ancestral comum recente. Fato incontestvel! As anlises de DNA no mentem, pois sua taxa de erro de cerca 0,1%. E como essas anlises so feitas mais de uma vez, o resultado conclusivo. Querendo os especistas ou no, os seres humanos so seres vivos eucariotas, animais, cordados, vertebrados, tetrpodes, mamferos, placentrios, primatas, simiiformes, pertencentes famlia Hominidae, ao gnero Homo e espcie Homo Sapiens. Sim, meu filho, voc um primata. No veio de macaco nenhum. Sendo voc um primata, pode-se at dizer que voc um macaco! Lamento muito, mas algum tinha que lhe dizer isso. Voc no melhor que nenhum outro animal. Mas, veja pelo lado bom: voc no um punhado de barro largado pelo cho de qualquer jeito. Pelo menos, ningum at agora mostrou como um composto majoritariamente constitudo de dixido de silcio (slica, pra os ntimos) se transforma em um corpo formado por uma mirade de compostos baseados em carbono, hidrognio, oxignio e nitrognio (entre outras coisas). O fato de voc, meu caro primata, ter um polegar opositor, e conseguir usar um controle remoto, no o far correr mais rpido que um guepardo ou ser capaz de fugir de um tubaro a nado e Ei! Afinal, como se deu essa diversidade, hein? Senhoras e senhores, preparem-se! Pois, aprenderemos na prxima pgina o que Evoluo, como acontece e o mais importante: porque acontece. A chave do mistrio O mundo biolgico muito vasto. Trilhes de formas de vida, divididas em dezenas de milhes de espcies. Desde a msera ameba at o ser humano. Se bem que alguns seres humanos se comportam como tendo o QI de uma ameba Mas, como surgiu tudo isso? Bem, se voc prestou ateno no texto da pgina anterior, voc sabe o que uma espcie. Se no entendeu, sugiro que compre um livro de biologia e estude mais. Evoluo basicamente isso: a transformao de uma espcie. O que faz esta transformao? Pode ser qualquer coisa. Essa transformao pode ser aleatria. Pode acontecer a qualquer minuto (ou pode simplesmente no acontecer), mas o detalhe o que a permite. Qualquer leitor de quadrinhos sabe (mesmo que um tanto exageradamente) que ns somos feitos de cromossomos. Eles sempre so em pares (no caso dos humanos normais, 23 pares), pois herdamos

metade dos cromossomos do pai e a outra metade da me. Esses cromossomos so formados por milhes de genes. E o conjunto disso tudo fornece o cdigo gentico. Se apenas um gene estiver fora do lugar, podemos ter algo muito, muito bom ou algo muito, muito ruim. Quando o seu pai, naquela linda sesso de sexo selvagem que teve com sua me (sim, seus pais fazem sexo; ou pelo menos fizeram um dia), cedeu seus queridos espermatozides sua mommy claro que eu levo em conta que eles no usaram camisinha ou outro mtodo anticoncepcional qualquer os espermatozides carregaram metade de suas informaes genticas. O vulo de mommy trouxe metade das informaes genticas dela. Para maiores informaes, estudem sobre mitose e meiose no seu livro de biologia favorito. Bem, a diviso no foi (ou no deveria ser) feita de qualquer jeito. Os pares cromossmicos de cada um se bipartiu e cada metade para um lado. O DNA, que uma espiral dupla, se divide e voil! Quando o espermatozide fecundou o vulo, houve uma fuso dos dois gametas (no vou dizer o que gameta, vai estudar!), fundindo as metades do DNA e pronto! Um ser vivo novinho em folha, com os originais de fbrica e sem opcionais! Ou no. O DNA uma estrutura onde h milhes de genes, cada um responsvel por uma ao num ser vivo. Desde caractersticas fsicas, como a cor dos olhos, at a tendncia a apresentar doenas (anemia falciforme, por exemplo). Um gene fora do lugar e babau! Intolerncia lactose um exemplo. Algumas pessoas simplesmente no podem beber leite in natura. Mas, felizmente, atualmente ns temos leite sem lactose. A Cincia marca ponto mais uma vez. Por algum motivo qualquer, quando um ser vivo se reproduz, seus descendentes podem vir com alguma anomalia, por assim dizer. Como se um dos degraus da escada do DNA viesse fora do lugar, um gene se ativa ou desativa, propiciando uma nova caracterstica ou eliminando uma caracterstica pr-existente. Chamamos a isso de mutao. Esquea os X-Men. Uma mutao no far voc lanar feixes de energia pelos olhos ou controlar o clima. Seria legal se tivssemos um fator de cura que agisse contra qualquer ferimento ou doena, mas infelizmente (ou felizmente) isso nunca foi evidenciado e tal coisa dificilmente ocorrer um dia em seres humanos. atravs dessas mutaes que comea o processo evolutivo, mas tem algo por trs disso. Algo sinistro, ruim e implacvel. Uma ao que determinar o futuro dos seres vivos em potencial. Algo to mesquinho que s podia ser uma ao inconsciente, e que no faz as coisas por bondade ou ruindade. Simplesmente algo que delimita qual a capacidade do ser vivo manter-se por geraes. Seu nome Seleo Natural. Antes de aprendermos sobre ela, vamos voltar um pouco no tempo, falando um pouquinho sobre um certo ingls de nome Darwin. Erasmus Darwin pertencia famlia Darwin-Wedgwood e era av de um menino que seria batizado como Charles. Erasmus nasceu em 12 de dezembro de 1731 e faleceu em 18 de abril de 1802 em Nottinghamshire, Inglaterra. Foi mdico, filsofo natural, fisiologista, inventor e poeta. Vov Darwin foi um dos membros fundadores da Lunar Society, um grupo de discusso de pioneiros industriais e filsofos naturais.

Vov Darwin ingressou na Lichfield Botanical Society afim de traduzir os trabalhos de Lineu, do latim para o ingls, o que demorou 7 anos. O resultado foram duas publicaes: A System of Vegetables (Um Sistema dos Vegetais), entre 1783 e 1785, e The Families of Plants (As famlias das plantas) em 1787. Nestes volumes, Erasmus Darwin cunhou muitos dos nomes em ingls das plantas que so empregadas hoje em dia. Vov Darwin ento escreveu The Loves of the Plants (O Amor das Plantas), um longo poema, bem como escreveu Economy of Vegetation (Economia da Vegetao) e juntos, os dois trabalhos foram publicados no The Botanic Garden. No entando, seu mais importante trabalho cientfico foi Zonomia (escrito entre 1794 e 1796), o qual contem um sistema de patologia, e um tratado sobre Gerao, no qual ele segundo seu netinho Chareles antecipou as dedues de Lamarck. Como podem confirmar os botnicos, o fruto no cai longe do p. Nem que o fruto seja uma gerao depois. Vov Darwin baseou suas teorias na teoria psicolgica de David Hartley chamada Associacionismo. A essncia de suas ideias est contida na seguinte passagem, a qual ele segue a concluso que uma nica forma de filamento vivo e sempre tem sido a causa de toda a vida orgnica: Seria demasiado ousados para imaginar que, no grande perodo de tempo decorrido desde que a Terra comeou a existir, talvez milhes de anos antes do incio da histria da humanidade seria demasiado ousado imaginar que todos os animais de sangue quente tenham surgido a partir de filamento vivo, que a grande Causa Primeira presenteou com animalidade, com o poder de asquirir novas partes, que reuniu novas capacidades, dirigido por irritaes, sensaes, volies e associaes, e, portanto, possuem a faculdade de continuar a melhorar a sua prpria atividade inerente, e de fornecer a essas melhorias em gerao a sua posteridade, mundo sem fim! Podemos vislumbrar a um curto, rudimentar, mas no menos interessante esboo do processo evolutivo, onde microorganismos, com o tempo, adquiriam capacidades inatas em, atravs dos mecanismos da Seleo Natural, iriam passar tais caractersticas aos seus descendentes. No se sabe no que Vov Darwin estava pensando quando escreveu isso, mas ele antecipou muita coisa em suas poucas linhas, toda uma teoria que consumiria um livro inteiro e abalaria o mundo nos anos a seguir. O que se sabe que Erasmus Darwin estava familiarizado com o pensamento evolucionrio de James Burnett, Lord Monboddo, e citou-o em seu trabalho de 1803 chamado Temple of Nature (Templo da Natureza). Saindo da Inglaterra, vamos para a Frana, onde Jean-Baptiste Lamarck nasceu em 1 de agosto de 1744. Ele foi um dos primeiros a ter ideias sobre o processo evo lutivo e, por isso, chamado de prdarwinista. Alis, foi ele que, de fato, introduziu o termo Biologia, para a cincia que estuda a vida. Lamarck era um essencialista (ou fixista) que acreditava que as espcies eram fixas e imutveis. Mas graas ao seu trabalho sobre os moluscos da Bacia de Paris, ficou convencido da modificao das espcies ao longo do tempo, e desenvolveu a sua teoria da evoluo (apresentada ao pblico em 1809 na sua Philosophie Zoologique). A teoria evolucionista proposta por Lamarck (tambm chamada de Lamarckismo) prope que a evoluo das espcies depende de dois fatores fundamentais. So eles:

Lei do uso e desuso dos rgos ou 1 Lei de Lamarck Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus rgos segundo suas necessidades e outros se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava, dessa forma, explicar caractersticas no organismo que podem sofrer adaptaes por impulsos internos a fim de estabelecer uma relao harmoniosa com o meio ambiente. Assim, um rgo passa por transformaes sucessivas para atender s necessidades do meio externo. Em outras palavras, se voc no precisa de um brao, ele iria encolher at sumir por completo. Um exemplo notrio do Lamarckismo so as girafas. medida que elas necessitavam alcanar folhas em galhos mais altos, seus pescoos iam aumentando de tamanho at chegar ao que hoje. E, segundo a teoria, continuaria crescendo. Lei da herana dos caracteres adquiridos ou 2 Lei de Lamarck Segundo esta lei, as alteraes sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser, eram transmitidas aos seus descendentes por hereditariedade. Sabemos que somente por modificaes nos genes que se recebe uma herana de um antecessor, pois o DNA passa o gene para o RNA e este transfere para a protena. Quando o gene transferido para a protena no h possibilidade de modificar as informaes do RNA e do DNA, portanto no existem condies para que tais alteraes sejam hereditrias. Explicando melhor a idia de Lamarck, se voc um indivduo branco-azdo, casado com uma moa tambm branca como neve e resolvesse que seu filho deveria ser moreninho, bastaria que vocs dois fossem praia no domingo de sol, ficando l quarando que nem roupa recm-lavada, at adquirirem uma linda cor vermelha-lagosta (e um cncer de pele), chegar em casa e partir pro rala-e-rola. Nada de safadeza na praia, tem muita criana olhando! Infelizmente, isso no adianta de nada. Se vocs dois so caucasianos, podem ficar vermelhos que nem pimento, seus filhos sero brancos tambm. Mas se sua mulher der luz a um menino mulatinho, no culpe Lamarck (mesmo porque, ele no era negro). Ao invs disso, contrate um advogado pro divrcio. Agora, se voc branco, mas com ancestrais mulatos, bem possvel que voc tenha um filho mulato. Assim como filhos de negros podem sair com olhos verdes. Agora, se dois negros tiverem um filho japons, deixe o advogado especializado em divrcio de lado e chame a polcia, pois algum na maternidade fez besteira! (intencional ou no) As idias de Lamarck estavam de certa forma erradas, mas algum tinha que comear com alguma idia. Com o tempo, verificou-se que as espcies no mudam pra atender s necessidades. Isso seria algo um tanto misericordioso. S que de misericordiosa, a Seleo Natural no tem nada. Agora entramos no maravilhoso mundo natural. Onde apenas os fortes sobrev. P Esquea isso! Essa conversa mole de somente os fortes sobrevivem to fantasiosa quanto malucos com espadas sarem decapitando-se mutuamente, gritando There can be only one! Para desespero de muitos que tentam contrariar a Evoluo, nenhum cientista sensato emprega este argumento. Evoluo nunca disse que somente os fortes sobrevivem. Quem mais forte? Um urso

cinzento ou um simples rato-canguru? Deixe-os num deserto como o de Atacama, no Chile, e voc descobrir. A Seleo Natural age sobre organismos vivos. Se eles esto adaptados ao seu ambiente, eles continuaro cruzando, fazendo filhotinhos e dando continuidade espcie. Ou seja, no importa quem o mais forte e sim quem est adaptado ao ambiente em que vive. Darwin percebeu isso, embora no de imediato. Em sua expedio no Beagle, principalmente depois de uma visitinha a Galpagos (ilha na costa equatoriana), ele notou que haviam diferentes espcies de animais, algumas diferindo muito sutilmente, outras, nem to sutis assim. Como no caso dos famosos tentilhes. O fator diferencial foi a barreira geogrfica, pois o ser vivo que no estiver previamente adaptado ao ambiente vai pras cucuias. curioso saber que Darwin era muito jovem quando foi pra expedio. Na verdade, o capito do barco, Robert Fitzroy, queria algum inteligente e culto com quem pudesse conversar durante a viagem. No estava previsto que Darwin seria o naturalista oficial. Nem sequer tinham pensado nisso. Com o tempo, as anotaes de Darwin se mostraram primordiais. Ele recolheu vrias caixas com amostras, contendo 1.529 espcies em frascos com lcool e 3.907 espcimes preservados, e mandou para a Inglaterra, pedindo para colaboradores darem suas opinies e isso tudo ele deixou anotado em seu dirio de viagem. Dificilmente na Cincia um pesquisador trabalha sozinho. Darwin fez o que qualquer criatura inteligente faria: deixou que especialistas examinassem espcimes dentro de sua rea. As aves ficaram a cargo do ornitlogo John Gould, que foi quem avisou a Darwin que os diversos tentilhes traz\idos pertenciam mesma espcie, s o bico que variava de tamanho e formato. Os rpteis ficaram a cargo de Thomas Bell e os mamferos foram examinados por Richard Owen. Sobre as variaes adaptativas dos seres vivos em meio ao ambiente em que vivem, outros cientistas perceberam isso tambm. Um deles foi Alfred Russel Wallace. Em 1855, o ingls Alfred Russell Wallace publicou um artigo, O n the Law Which has Regulated the Introduction of Species (Sobre a Lei que tem Regulado a Introduo das Espcies), onde ele junta e enumera observaes gerais sobre a distribuio geogrfica e geolgica das espcies. por causa disso que Wallace chamado de Pai da Biogeografia. Ele ainda conclui que Cada espcie surgiu coincidindo tanto em espao quanto em tempo com uma espcie proximamente a ela aliada. Esse artigo, tambm conhecido como a Lei Sarawak (assim denominada devido ao estado de Sarawak, localizado na ilha de Bornu) foi um prenncio ao monumental artigo que ele escreveria trs anos mais tarde. Wallace encontrou-se brevemente e apenas uma vez com Darwin, e foi um dos seus numerosos correspondentes de todas as partes do mundo, cujas observaes Darwin utilizou para dar suporte s suas teorias. Wallace sabia que Darwin se interessava muito sobre como e porque as espcies se originavam, e confiava na opinio dele sobre o assunto, ou seja, Wallace via em Darwin um aliado e no um competidor por ttulos e glrias. Assim, Wallace enviou a Darwin seu ensaio On the Tendency of Varieties to Depart Indefinitely From the Original Type (Sobre a Tendncia das Variedades de se Separarem Indefinidamente do Tipo Original) em 1858, e pediu-lhe que escrevesse a crtica. Em 18 de junho de 1858, Darwin recebeu o manuscrito de Wallace. Embora o ensaio de Wallace ainda no propusesse o famoso conceito de Seleo Natural, enfatizava uma divergncia evolutiva entre as espcies e suas similares. Nesse sentido, era essencialmente o mesmo que a teoria sobre a qual Darwin tinha trabalhado durante 20 anos, e que nunca tinha sido publicada. Darwin escreveu a Charles Lyell: ele

no poderia ter feito um resumo melhor! At os seus termos constam agora nos ttulos dos meus captulos! Apesar de Wallace no ter pedido que publicassem o seu ensaio, Charles Lyell e Joseph Hooker decidiram apresentar o ensaio junto a trechos de um artigo, que Darwin havia escrito em 1844 e mantido confidencial, Linnean Society of London, em 1 de julho de 1858, dando destaque teoria de Darwin. Isso pode parecer uma grande facada nas costas, mas nunca fora a inteno de Darwin. O que aconteceu foi que o prestgio de Darwin no meio acadmico era muito superior ao de Wallace, que (pelo menos acredita-se assim) no teria sido levado to a srio quanto Darwin foi. Darwin conseguiu tantos inimigos com sua obra quanto este que vos escreve aqui. Se no, mais! Principalmente depois que ele escreveui A Descendncia do Homem, onde ele demonstra que o ser humano no se destaca em nada na natureza, posto que um animal como qualquer outro e, horror dos horrores, seres humanos so primatas e possuem um ancestral comum com os macacos. Mais uma vez terei que ressaltar: O HOMEM NO VEIO DO MACACO!! Apenas estamos no mesmo galho (deliciosa expresso que no bem um trocadilho, mas funciona tambm como tal) evolutivo que nossos amigos chimpanzs, bonobos, gorilas etc. Por causa disso, Darwin foi severamente atacado e da que vem a famosa caricatura retratando Darwin com um corpo de macaco. Mas, que se pode esperar de fundamentalistas iletrados, com baixa capacidade de interpretao de texto? A sorte de Darwin que ele era apoiado por outros cientistas e intelectuais, e seu mais ardoroso defensor foi Thomas Huxley, av do escritor Aldous Huxley. Considerando que Darwin nunca foi grande coisa como orador, coube a Huxley defender muitas da idias de Darwin, apesar de se opor a algumas partes delas. Por causa disso, Huxley ficou conhecido como O Buldogue de Darwin; e s para ilustrar o quanto ele defendia as idias de seu amigo, num debate com Samuel Wilberforce (ao que me consta, ele no era jornalista, mas vai saber), que boa maneira dos leigos intrometidos que adoram falar bobagens perguntou sarcasticamente a Huxley se fora atravs da sua av ou do seu av que ele alegava a descendncia de um macaco. Huxley uma espcie de precursor do Ceticismo.net fuzilou: Se a questo se eu preferiria ter um macaco miservel como av ou um homem altamente favorecido pela natureza, que possui grande capacidade de influncia, mas mesmo assim emprega essa capacidade e influncia para o mero propsito de introduzir o ridculo em uma discusso cientfica sria, eu no hesitaria afirmar a preferncia pelo macaco! Owned by Huxley! A diferena bsica entre Darwin e Wallace que o primeiro considerava que a seleo agia sobre os indivduos, enquanto que o segundo achava que eram as populaes a unidade bsica de transformao. Parece maluquice, mas ambos estavam certos. As mutaes ocorrem indivduo a indivduo. A Natureza no escolhe que um determinado grupo ter a mesma mutao gentica. Em contrapartida, a Evoluo s ser evidenciada com vrios indivduos apresentarem a mesma mudana, cruzando-se entre si e gerando descendentes frteis. Estes passaram seus genes adiante e assim sucessivamente. A no ser que a mutao seja algo malfico e dizime quase toda a populao.

Alm disso, Wallace enxergava a evoluo como uma escada de progresso com formas superiores e inferiores, bem diferente da viso de Darwin que desde cedo apontava que no existe superior ou inferior, e nisso Darwin estava certo e Wallace errado. Sobre seu artigo Da tendncia das variedades divergirem indefinidamente do tipo original, Wallace postula que or iginalmente uma populao de espcie-pai d origem a variedades que, frente s condies ambientais, se tornariam variedade superior e variedade inferior. Se a situao de uma dada regio geogrfica muda, tanto a populao da espcie-pai, como da variedade inferior diminuem rapidamente podendo vir a se extinguirem. Com isso, s a variedade superior conseguiria se manter e passaria a ocupar a rea de ocupao das outras duas. Dessa maneira a populao da variedade superior substituiria a espc ie-pai, tornando-se uma nova espcie. A repetio desse processo resulta no desenvolvimento progressivo e na divergncia contnua do tipo original. Mas, afinal de contas, o que foi que causou as diferenas? Uma fora sobrenatural? Poderia ser, se a Seleo Natural fosse parte de alguma religio, onde basta afirmarmos algo sem provas, que ela ter que ser aceita, sem a menor contestao, violando os princpios bsicos do Mtodo Cientfico, tornando-se mais um dogma. Acontece que a Seleo Natural no uma entidade, no um ser vivo ou ser bruto. Ela apenas um evento, assim como a Gravidade um evento observado entre corpos, que interagem entre si. A Seleo Natural acontece quando o meio-ambiente seleciona os seres vivos que esto adaptados a ele. Caso contrrio, sinto muito, o ser vivo vai perecer. incrvel como um evento aleatrio gera esta infinidade de seres vivos SE fosse aleatrio. Mas, no . Mutaes ocorrem aleatoriamente, mas no de qualquer forma. As reaes fsicas e qumicas seguem padres leis, se quiserem chamar assim. cido clordrico mais hidrxido de sdio formar se usarmos um equivalente-grama de cada um equivalente-grama de cloreto de sdio e um equivalente-grama de gua. uma reao bsica da Qumica e no importa o quanto voc queira que d outra coisa ou repita o procedimento 500 milhes de vezes. SEMPRE dar o mesmo resultado. Se acontecer algo diferente, ou os reagentes esto errados, ou voc fez besteira na hora de medir e promover a reao. Assim, as mutaes ocorrem obedecendo s leis da Qumica e da Fsica. Isso significa dizer que seu corpo nunca poder mudar em nvel atmico, para que as molculas constituintes nos compostos em suas clulas possam se transformar em metal rgido; portanto, esquea o Colossus. Quando falamos que as mutaes ocorrem aleatoriamente, queremos dizer que no se sabe quando ou onde uma determinada mudana no cdigo gentico vai acontecer numa grande populao, salvo em testes controlados. Uma mutao algo como ganhar na loteria (sim, eu peguei este argumento de um comentrio anterior e vou desenvolv-lo para demonstrar isso). No impossvel voc ganhar na loteria. Difcil, mas no impossvel. A escolha dos nmeros para jogar na Mega Sena aleatria, mas obedece a certas regras, como escolher 6 nmeros diferentes, a faixa de escolha tem que ser entre 01 a 60, deve-se fazer a aposta de acordo certo perodo estipulado etc. A saber, voc teria uma probabilidade de acertar ao fazer uma aposta mnima de 1 em 50.063.860, conforme dito pela prpria Caixa Econmica Federal. Se voc estudar sobre Anlise Combinatriaentender o porque deste nmero.

O modo como voc escolheu os nmeros dificilmente absolutamente aleatrio, pois sua escolha sempre envolve uma deciso por motivos determinados por um raciocnio, que pode no ser consciente, mas se deve a algum motivo. Isso poderia em princpio indicar que as mutaes so previamente determinadas por algum, mas se assim o fosse, para que esse algum iria querer uma especiao gradual? Se eu soubesse que nmeros seriam sorteados na Mega Sena, eu os escolheria e pronto! Quer dizer, isso se eu fosse dotado de oniscincia, claro. Agora, se levarmos em conta que podemos fazer mltiplas escolhas, durante mltiplos concursos, durante mltiplos anos, a probabilidade de eu ganhar Infinita! Bem -vindos Lei dos Grandes nmeros. Mutaes esto ocorrendo a cada minuto, em alguns genes mais, outros menos. Se uma mutao ocorre num certo gene, ele chamado de um novo alelo, uma forma mutada do gene anc estral a ele. Que pode (ou no) resultar em alterao no polipeptdeo que ele codifica pois isso que os genes fazem: codificao de peptdios e essa codificao que far com que certas propriedades apaream ou desapaream. Em outras palavras, uma determinada mutao pode ser neutra ou no. Se no for neutra, pode ainda ser visvel, como uma mosca mutante sem asas, ou invisvel como a formao de uma nova protena no seu sistema digestivo. Isso tem a ver com os nveis hierrquicos, uma mutao pode ter efeito somente na clula, ou no comportamento, ou na aparncia do organismo em questo. Assim, se for uma mutao que altere muita coisa, muito provvel que a Seleo Natural elimine-a da populao (o indivduo portador de tal mutao no se reproduzir a tempo de gerar muitos descendentes). E assim ocorre: mutaes acontecendo, a Seleo Natural (assim como as catstrofes e contingncias) eliminando as ruins e mantendo as boas. Tudo isso num longo espao de tempo. Normalmente, s vemos os efeitos de uma mutao quando ela salta aos olhos ou quando analisamos o DNA de algum, e isso que os cientistas fazem. Num mundo gentil e misericordioso, nenhuma mutao causaria danos, seria apenas para melhorar. Num mundo esttico, elas sequer existiriam. S que no isso que acontece no mundo natural e ningum disse que este mundo teria que ser bonzinho para com os seres vivos. Mutaes podem ser danosas e cruis se fossem conscientes. Elas acontecem apenas porque acontecem. Lembrem-se que as mutaes so aleatrias. Assim, o que uma hora pode gerar um indivduo mais resistente a uma doena, em outra ocasio pode dizimar populaes inteiras. Como aconteceu com a gripe espanhola. Uma mutao no genoma do vrus o transformou em algo letal, ceifando vrias vidas. Mas, assim como a mutao veio e fez desse vrus algo terrivelmente fatal , outra mutao fez com que ele desaparecesse. Um raio csmico pode acertar em cheio os seus rgos reprodutores, ocasionando uma mutao nas suas clulas germinativas. H o caso de algumas mulheres africanas que desenvolveram resistncia ao HIV, o vrus (na verdade, um retrovrus) da AIDS, conforme voc pode ver AQUI e AQUI. No por acaso, eram prostitutas. Isso significa que elas se adaptaram? No, isso seria Lamarckismo. Acontece que nelas os retrovrus como da Aids mudam muito, pois elas esto expostas a vrios tipos de doenas, trazidas pelos seus h clientes. Se elas tm muito contato com os doentes e tem

PREVIAMENTE capacidade inata de resistncia elas esto sempre em contato com os retrovrus. Se elas tem muito contato com os doentes e tem capacidade inata de resistncia, elas esto sempre em contato com os mutantes. Como elas esto sempre em contato com mutantes seu sistema imunolgico sempre melhora um pouco. O vrus muda um pouco e as defesas dela melhoram um pouco (se no mudarem, j era!). Isso acontece porque o contato com doentes diversificado e frequente, ento elas esto expostas a diferentes mutantes, melhorando cada vez mais seus sistemas imunolgicos. Apareceu um vrus um pouquinho mais forte? O sistema fica um pouquinho mais forte e assim sucessivamente. Onde voc ouviu falar disso? Ora, esse o processo de vacinao, onde os mdicos inoculam um agente patognico atenuado, o sistema imunolgico se desenvolve e lhe imuniza caso voc realmente seja contaminado com o agente, como o sarampo, rubola etc. Desse modo, as prostitutas que no estavam previamente com o sistema imunolgico adaptado, morriam. As que no tiveram um sistema imunolgico que reagisse contra uma simples mutao no vrus, morriam. As que j possuam um sistema imunolgico capaz de combater os vrus, continuaram vivas e passaram essa resistncia aos seus descendentes. Mas, se pensam que isso acontece em lugares distantes e muito pobres como a frica, lembrem-se que este o processo de infeces hospitalares, onde bactrias acabam se tornando imunes aos antibiticos, dando uma severa dor de cabea aos profissionais de sade, logo, esse processo de imunizao noi tem s um lado bom, nos livrando de doenas, mas tambm um lado ruim, criando agentes patognicos cada vez mais fortes. Alguns podem alegar que tudo isso seja fruto da interveno de algum ser sobrenatural. Se fosse, seria algo meio prfido, pois estaria brincando com vidas inocentes. Se fosse para matar as pessoas, seria mais fcil para qualquer criatura dotada deste poder simplesmente fazer estas pessoas desaparecerem. Muita especulao, e nenhuma prova ou evidncia, no nem m cincia. Isso sequer cincia! Chegamos a um ponto em que muito importante frisar mais uma vez: Evoluo no se restringe a apenas um nico indivduo e sim a uma populao. Pois, qualquer mudana num nico indivduo no garantia que ela ser passada adiante, sem falar que seria quase impossvel examinar todos os membros de uma determinada populao. Como podemos acompanhar a histria evolutiva de uma espcie de ser vivo? Na prxima parte aprenderemos sobre isso. A histria da vida na Terra comeou h muito, muito tempo. Estima-se que h cerca de 3,5 bilhes de anos surgiram as primeiras molculas capazes de fazerem rplicas de si mesmas, ainda que bem toscas. Como surgiram essas molculas no concernente Teoria da Evoluo. A Teoria da Evoluo no se importa como surgiu a vida. Disso trata outra teoria cientfica (pesquisem sobre Oparin e Haldane). Evoluo s se interessa por seres que j esto vivos e como eles se transformam ao longo do tempo. Sabemos mais ou menos como os espcimes vivos do passado aparentavam por causa de seu registro fssil. Se voc no sabe, fsseis so quaisquer pistas que um determinado ser vivo deixa no ambiente que possa ser analisado. Um tecido celular, folha, uma pegada, ossos, pinturas rupestres etc. Tudo isso so registros que animais e plantas possam ter deixado para trs. Obviamente, quando falamos de pinturas rupestres, estamos sendo especficos para homindeos, posto que uma samambaia dificilmente teria dotes artsticos (e no, no estou falando da Mulher Samambaia).

Um fssil no se forma de uma hora pra outra. um processo difcil e demorado; por isso, tal registro escasso, se levarmos em conta a mirade de espcies que j caminharam, rastejaram, nadaram, voaram ou simplesmente ficaram paradonas no planeta. Nem todos os seres acabam fossilizados, o que significa que estamos ainda muito longe de conhecermos todas as espcies antigas da Terra. Isto praticamente impossvel, porque a fossilizao depende muito do acaso. A condio que favorece o processo de fossilizao o impedimento da decomposio, quando o ser vivo enterrado, congelado ou fica sob a lama, entre outros casos. Se isto ocorre, pode ser que da surja um fssil para nos contar uma histria porm ainda existem outros fatores que impediro o fssil de chegar at ns de forma satisfatria. que, mesmo fossilizado, ele pode se dissolver, atravs da eroso, ou ser quimicamente alterado ou distorcido, atravs de mudanas bruscas de temperatura e presso. Alguma catstrofe pode destruir um registro fssil, como um vulco ou um bando de operrios fazendo um buraco com uma escavadeira. Mas, quando se encontra fsseis em bom estado de conservao, paleontlogos ficam muito felizes, pois mais um captulo na histria da Cincia ser escrito. A parte da paleontologia que cuida do estudo dos processos de transmisso dos restos biolgicos (ou melhor, da informao biolgica) da Biosfera do passado para a Litosfera do presente chama-se Tafonomia, termo introduzido pelo paleontlogo sovitico russo Ivan Antonovitch Efremov em 1940. interessante notar que alguns fsseis esto to bem preservados que os cientistas so capazes de analisar os fragmentos de DNA do ser fossilizado. Pode-se examinar a morfologia em muitos dos casos, isto , analisa-se a aparncia externa (e interna tambm, caso o cientista seja sortudo) e, por fim, faz-se a datao, normalmente pelo mtodo mais confivel existente: o de radioistopos. Seres vivos so formados basicamente por tomos de carbono (e no de silcio e muito menos vindos de compostos de slica, como barro, por exemplo). O carbono to importante, mas to importante, que ele a base de uma das divises da Qumica: a Qumica Orgnica. Praticamente, todos os elementos possuem mais de um istopo (ver. Constituio da Matria), e alguns desses istopos sofrem decaimento radioativo (ver Radioatividade). E o carbono no exceo. Seu primo mais conhecido o carbono-14 (um tomo de carbono com massa atmica A = 14). Istopos radioativos sofrem decaimento a uma taxa absolutamente constante. Isso se chama meia -vida. No caso do carbono-14 ( C), sua meia-vida igual a 5730 anos. Para simplificar, vamos dizer que eu disponho de 10 kg de carbono-14. Depois de 5730 anos, eu terei 5 kg de anos, eu terei 2,5 kg. Mais 5730 anos e terei 1,25 kg de
14 14 14

C. Depois de outros 5730

C e assim sucessivamente.

Assim que um organismo morre, ele para de absorver novos istopos de carbono-14. A relao de carbono 12 por carbono 14 no momento da morte a mesma que nos outros organismos vivos, mas o carbono 14 continua a decair (sua quantidade sempre se reduz metade depois de 5730 anos) e no mais reposto, enquanto que o carbono-12 mantm sua quantidade constante. Ao olhar a relao entre carbono-12 e carbono-14 na amostra e compar-la com a relao em um ser vivo, possvel determinar a idade de algo que viveu em tempos passados de forma bastante precisa. As limitaes do teste de
14

C residem na incapacidade de datar com preciso amostras muito jovens


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(200 anos em termos de radioatividade algo muito recente), pois no dar para se perceber uma diferena significativa. Em amostras muito velhas (em termos de milhes de anos), as amostras de C

sero muito, mas muito pequenas; assim, no se pode us-lo para determinar a idade e dinossauros, por exemplo. Ela s confivel para datar amostras de at 60 mil anos. Por exemplo, h criacionistas que utilizam o mtodo do carbono 14 para datao de fsseis de dinossauros, e obtm idades muito menores do que os estimados por cientistas da rea de paleontologia, e depois utilizam estes novos dados de m -f para refutar a Evoluo, esquecendo-se de forma conveniente ou por pura ignorncia (um exemplo pode ser visto, clicando-se aqui e aqui), de que este mtodo no vlido para estas amostras, e sim outros mtodos, como o Urnio por exemplo (ver Tempo Geolgico). Fico pensando at onde vai a Lmina de Hanlon nesse caso Para amostras antigas, usa-se o mesmo processo radioisotpico, mas empregando-se outros istopos e anlise das camadas estratificadas (camadas ou estratos de qualquer formao natural ou artificial que se encontrava em forma homognea), isto , analisando as rochas ao redor, pode-se presumir a datao do fssil ali localizado. Quanto mais fundo, mais antigo ser o fssil. Alis, foi por causa disso que dois brasileiros ganharam o IgNobel de 2008, pois em sua pesquisa eles determinaram que a presena de tatus (que tm o hbito de cavar tocas fundas) poderia alterar a datao de alguns artefatos arqueolgicos. Para maiores informaes sobre dataes geolgicas, recomendo este texto da UFRGS. Bem, foi com base no registro fssil que Darwin complementou muito de suas pesquisas. Muito falamos de Seleo Natural aqui, mas talvez ainda no deve estar claro o que isso. Os seres vivos esto constantemente competindo. No por salrios ou cargos eletivos, mas pela vida. Assim, quem tiver um pouquinho a mais de vantagens, consegue sair vitorioso. E se esse animal, ou planta, conseguir viver o suficiente pra cruzar e gerar descendentes, essas habilidades podero (ou no) ser passadas adiante. Essa competio no consciente. Os animais e plantas simplesmente procuram sobreviver da melhor maneira e acasalar. Um leo no mata uma zebra por prazer, mata porque est com fome. Claro que isso d o que pensar sobre a necessidade dos seres humanos consumirem carne, pois no estamos limitados aos nossos instintos. Mas, isso tema para outros debates e no cabe discutir isso aqui. Usando este exemplo do leo, se ele no estivesse adaptado pra correr atrs do seu almoo (sim, eu sei que quem caa a fmea, mas me refiro espcie de uma maneira geral), ele morreria de fome. Mortos no se reproduzem e muito menos geram descendentes. Assim, o leo que apareceu mais saudvel, com maiores condies de caa, tem maior probabilidade de se alimentar. Os que no tiveram condies de caar, no necessariamente fracos, mas com alguma deformidade nas patas, por exemplo, no conseguiria tal feito. Enfim, para sermos sucintos, podemos afirmar com certeza de que a vida devora a vida, para se manter viva. No tem como algum chegar e dizer olhe a natureza, veja como perfeita e fingir que no viu o que realmente acontece sua frente. S acho que pessoas assim deveriam ser mais cuidadosas. Sempre pode ter um animal faminto espreita. Da mesma maneira que os animais competem por comida, eles tambm competem sexualmente, a fim de se tornarem mais vistosos e ganhar namoradinhas. Assim, eles podem arrumar parceiras, sarem pra ir

num cineminha, tomar um chopp e partir pra sacanagem depois. No, voc no leu errado e eu no cometi enganos, as fmeas que escolhem. Um exemplo perfeito o pavo. O senso comum (eu j falei que o senso comum no serve pra nada?) diz que ele seria uma presa perfeita, logo no poderia viver o suficiente pra gerar descendentes, certo? Sim, to certo que paves no existem, n? O que acontece que paves e seus rabos coloridos (que s os machos possuem) s se mostram quando h fmeas por perto. E por que isso? Pelo fato que para erguer e abrir um rabo daqueles demanda certa fora fsica. um modo dele dizer A, gatapavoa, olha s como sou saudvel e sem doenas. Sou forte e serei um pai e tanto, gerando filhotes fortes como eu. As fmeas examinam qual deles o mais saudvel e bem, o resto voc sabe. O mesmo acontece com certos peixes africanos chamados Pundamilia, onde alguns deles sofreram especiao e as fmeas de profundidades maios preferem machos de cores vermelhas, pois esta banda do espectro consegue penetrar melhjor na gua. J as fmeas que vivem prximo superfcie preferem machos de coloraes azuladas. Sobre isso, vocs podero ler melhor AQUI. As mudanas no se restringem apenas a quem ser o mais sexy do ambiente. As mutaes ocorrem nos genes e quando algum deles muda, como foi dito acima, pode-se ter coisas que faro muita diferena no final das contas. Um exemplo a anemia falciforme; e ela acontece mais em pessoas de etnia negra. O interessante nela que esta doena tem um efeito colateral: ela serve de preveno contra a malria. Eu no estou bem certo se isso algo inteligente. Eu teria dado imunizao s duas doenas, mas isso sou eu Se o ambiente muda drasticamente, como a quando o ocorreu devido queda de um meteoro h 65 milhes de anos, pode haver srias conseqncias. No referido caso, um imenso meteoro caiu na pennsula de Yucatn, Mxico, abrindo a cratera chamada Chicxulub (clique AQUI para ver os maiores impactos de meteoros na Terra). O impacto foi extremamente violento! A uma velocidade de 25 km/s (eu disse quilmetros por segundo) atingiu a Terra com uma fora estimada em cerca de cinco bilhes de bombas atmicas, semelhantes s que caram em Hiroshima. Catstrofe pouco para definir este acontecimento! O impacto gerou uma onda de choque que varreu o planeta de lado a lado, matando a maior parte dos grandes animais e incendiando florestas por causa da imensa energia cintica liberada. Foram lanados na atmosfera milhares de toneladas de pedras, terra e p. Toda essa sujeira ficou pairando no ar, refletindo os raios do Sol. O artigo original que desvendou o enigma da extino dos dinossauros, publicado por Alvarez, pode ser visto AQUI. O planeta ficou imerso na escurido e, com isso, das poucas plantas que restaram, a maioria no pde fazer fotossntese para se alimentar. Sem alimento, essas plantas comearam a morrer e, com elas, os herbvoros. Sem os raios do Sol, a temperatura no planeta comeou a cair, gerando um terrvel inverno nuclear. Somente animais de pequeno porte, que possussem sangue quente, necessitassem de pouca comida e capazes de digerir protenas animais (isto , carnvoros) poderiam sobreviver. Se bem que h uma hiptese que no foram as partculas de poeira que impediram a fotossntese e sim nuvens sulfurosas acarretadas pelo impacto, conforme informou a Cincia Hoje.

Foi a ascenso dos mamferos! Eles eram os que mais estavam adaptados ao novo ambiente e, assim, comeou o seu domnio, dividindo-se em novas ordens, classes etc. Alguns se tornaram primatas e parte desses primatas tomou uma outra direo evolutiva, tornando-se seres humanos. Tudo isso baseado em evidncias e provas, atestando que a Evoluo um fato que continua a ocorrer a cada dia, cada hora, cada minuto e cada segundo. Na prxima pgina, veremos outras verses de como se deu a diversidade biolgica mediante a Evoluo. Aos poucos ou tudo de uma vez? Com isso, vimos que atravs de mudanas graduais e ao do meio-ambiente, atravs da Seleo Natural, durante um longo espao de tempo, as espcies modificam-se. Considerando espaos de tempo muito longos, estas diferenas iro tornar-se to amplas que os seres vivos se separaro, formando novas ordens, classes, espcies etc. Isto , quanto maiuor o tempo, maior a separao, onde certas classes daro lugar a outras classes; deixando bvio que uma planta no gerar um primata da noite pro dia. Assim, todo o conceito de Darwin estaria explicado, s que os estudos da biologia evolutiva no pararam a. Atravs de muitas observaes de fsseis, os paleontlogos Stephen Jay Gould e Niles Eldredge chegaram ao conceito de Equilbrio Pontuado. Para eles, a evoluo das espcies no se d forma constante e gradual, mas alternando longos perodos de poucas mudanas com rpidos saltos transformativos; isso significa dizer que na histria da vida na Terra, novas espcies freqentemente aparecem de repente, segundo Gould, e ento persistem com poucas mudanas at se extinguirem, para cujo autor havia um padro real. Mas, h alguma controvrsia nisso tudo, pois alguns cientistas afirmam que tal postulado no to real assim. Gould usava como exemplo os trilobitas, que viveram durante milhes de anos e de repente se extinguiram, dando espao pra outro tipo de trilobita. Ns chamamos isso de espcie porque precisamos estudar e utilizamos a nomenclatura pra facilitar as coisas. Entretanto, o registro fssil, como sempre, tem que ser visto com cuidado, pois no se pode afirmar com certeza que ambos trilobitas so iguais ou diferentes; afinal, no porque a carapaa de um bicho igual de outro que ambos sero a mesma espcie de animal. De incio, at poderia se tratar de uma mesma espcie, mas uma simples carapaa no fator identificador em termos absolutos. Mesmo que seja uma mesma espcie, ainda h as vrias subdivises dentro das espcies, como no caso de dobermanns e poodles (ambos pertencem espcie canina, mas de raas diferentes). Tambm, Gould e Eldredge no mencionam nenhuma evidncia gentica para o que propuseram, basicamente porque eles no so geneticistas (no caso, Gould no era, posto que j faleceu). Seria fundamental, ao propor uma idia to abrangente como essa, encontrar um respaldo gentico, e esse respaldo no foi encontrado (pelo menos no ainda). Como foi dito, o meio-ambiente influi muito drasticamente na direo evolutiva. As condies macroclimticas na Terra se mantm razoavelmente constantes, com mudanas repentinas (ao menos, em termos geolgicos) que levam a condies diferentes, que tambm se mantm por longos perodos. Durante um perodo constante, diversas espcies dominam a paisagem e outras espcies, incapazes de

competir com as dominantes, sobrevivem em nichos marginais populaes pequenas, em locais muito especficos. Aps uma modificao grande (pode ser regional, no global, como no caso da juno de 2 continentes). As espcies dominantes at ento j no estaro em sua condio tima. Por outro lado, algumas das espcies marginais podem encontrar condies mais amigveis para elas, ento. Essas invadiro e substituiro as antigas dominantes, que se tornaro ento marginais ou se extinguiro. Dessa forma, teremos um grande perodo com fsseis abundantes da espcie dominante, e raros ou nenhum fssil das marginais uma mudana rpida e fsseis abundantes de algumas das antigas marginais (agora dominantes) e raros ou nenhum fssil das antigas dominantes (agora marginais ou extintas). No registro fssil isso pode parecer um salto, mas no foi. As antigas espcies marginais passaram muito tempo sobrevivendo, medida que suas adaptaes ao meio em questao permitiam, mas s aparecem no registro quando essas condies deixam de ser marginais aparentando ser repentinamente adaptadas s novas condies. Voltando ao caso da famosa exploso cambriana, onde muitos filos parecem surgir abruptamente no registro fssil, na realidade, teria-se essa impresso de surgimento do nada pelo fato de que a maioria dos filos da que aparece na exploso cambriana era de animais que teriam estruturas mais fceis de fossilizar, como conchas e carapaas. O vazio anterior a isso poderia estar relacionado ao fato de que a maioria dos animais, ento presentes, possua de corpo mole, portanto com poucas chances de fossilizao. As demais exploses posteriores ao Cambria no poderiam ser explicadas por extines em massa em curto prazo (curto em termos geolgicos, claro), deixando vrios nichos abertos para os organismos sobreviventes ocuparem por irradiao adaptativa. Algumas pessoas tendem a achar que a exploso camb riana foi uma espcie de evento mgico, onde ficaria provado a interferncia sobrenatural para o aparecimento de tais seres, mas no h evidncias que havia um vcuo da vida na Terra, mesmo porque existem outros fsseis de plantas, mais fceis de se fossilizar e guardar registros da poca. Um crtico dessa teoria o bilogo Richard Dawkins, que costuma ver o Pontuacionismo como uma mera nota de rodap ao Neodarwinismo. O Neodarwinismo baseia -se na teoria proposta por Darwin e reconhece como principais fatores evolutivos a mutao, a recombinao gnica e a Seleo Natural. Na verdade, o Neodarwinismo uma complementao da teoria de Darwin em relao s fontes de variabilidade das populaes, possibilitando a partir de 1910 com o desenvolvimento da Gentica e o conhecimento do material hereditrio. O Neodarwinismo no o que se pode chamar de um nome cientfico. O mais correto cham-lo de Teoria Sinttica da Evoluo. De acordo com a moderna teoria sinttica, os processos bsicos da Evoluo so quatro: Mutao, Recombinao Ggentica, Seleo Natural e Isolamento Reprodutivo. Os trs primeiros constituem as fontes da variabilidade gentica, sem a qual no pode ocorrer modificao. A Seleo Natural e o isolamento reprodutivo orientam as variaes em canais adaptativos. Clinton Richard Dawkins nasceu em 26 de maro de 1941 na capital do Qunia, Nairbi, e um dos maiores defensores contemporneos da Teoria da Evoluo, tendo tambm contribudo para com a cincia, mediante a nfase da Seleo Natural ao nvel gentico, sugerindo que a Evoluo seria como

se, de um certo modo, ocorresse uma luta dos prprios genes para se perpetuar, utilizando os organismos como veculos. Foi durante os seus estudos em Oxford que Dawkins desenvolveu as principais linhas de trabalho que norteiam seu ponto de vista cientfico. Ele freqentemente citado pela expresso mquina de sobrevivncia, uma combinao de outras duas expresses de Tinbergen, mquina de comportamento e equipamento para sobrevivncia, que sempre lhe vinham cabea quando lecionava em Oxford. Dawkins deparou-se com o conceito de genes como unidades de seleo, por influncia de W. D. Hamilton. Como dissemos, a Seleo Natural processo que seleciona os indivduos mais adaptados (e no mais fortes); a viso centrada nos genes vai mais profundamente e entende isso como uma seleo indireta dos genes que determinam esse fentipo mais adaptado nesses indivduos. Dessa forma, a competio pelos recursos ambientais na Seleo Natural no se daria apenas entre indivduos, entre diferentes genes possudos por esses diferentes organismos. Esta idia foi divulgada por Dawkins no seu livro de divulgao cientfica, O Gene Egosta, que acabou trazendo para muitos a imagem de Dawkins como autor dessa viso que seria mais propriamente creditada a W. D. Hamilton. O estudo sobre a Evoluo no acaba aqui. Ns apenas esboamos as bases da Teoria da Evoluo e a Teoria Sinttica da Evoluo. Agora, passaremos a analisar, na prxima parte, aquilo que alegam ser a opo que explica como os seres vivos apareceram: o Criacionismo. O Criacionismo a crena de religiosos fundamentalistas que o planeta Terra, o cu (sem nenhuma estrela), as plantas, as estrelas (para separar o dia da noite), o Sol, a Lua, os animais (os primeiros seres vivos!) para depois aparecer o homem (os planetas no entram nisso) surgiram conforme descrito no Gnesis, o primeiro livro da Bblia. E isso tudo obrigatoriamente nessa mesma ordem! Seus defensores, os criacionistas, alegam que o criacionismo compete de igual pra igual com a Teoria da Evoluo, e muitos querem que seja ensinada nas escolas como uma teoria cientfica vlida. A verdade do Criacionismo est na infabilidade e inerrncia da Bblia, posto que a Bblia diz que ela a Palavra de Deus e se ela diz que a Palavra de Deus, que est semprecerta, ento a Bblia est sempre certa, posto que ela diz que est sempre certa. Como ela est sempre certa, ela est certa ao afirmar que est certa. Raciocnio circular, lembram? Bem, toda essa criao at seria possvel, mas esbarra em certos problemas. O principal deles o que regulamenta, controla e define a Cincia, que o Mtodo Cientfico. Seno, vejamos: Para que o Criacionismo possa ser considerado Cincia, ele tem que: 1) Basear-se em observaes. Ningum viu uma espcie surgir do nada PUF! conforme relata o Gnesis. Ningum sequer viu o causador dela, ou seja, ningum viu Deus. E dizer que o sente como se sente uma rajada de vento algo falacioso. Eu poderia relacionar isso com qualquer coisa. At mesmo com flatulncias. 2) Levantamento de Hipteses. Como vimos, uma hiptese uma idia que um cientista tem para explicar determinado fenmeno. A idia que os criacionistas tm sobre as causas de tudo Deus e ponto final. Alis, nem uma idia, pra

eles verdade inquestionvel. Afinal, Deus disse. A Bblia traz isso escrito. A Bblia inerrante, porque Deus disse. E Deus diz isso na Bblia e Bem, continuemos. 3) Previses. Isso no existe no Criacionismo. Deus fez, t feito e ponto final! Os criacionistas so fixistas. O que aconteceu no passado imutvel. Nada acontecer de diferente de novo. 4) Experimentaes. Nem pensem nisso! Deus no pra ser testado (seguido de um monte de versculos bblicos incuos). 5) Falseabilidade. Como vimos logo no incio, toda hiptese tem que ser falsevel ou refutvel. Isso no quer dizer que o experimento seja falso; mas sim que ele pode ser verificado, contestado. Ou seja, se ele realmente for falso, deve ser possvel prov-lo. Isso absolutamente impossvel no Criacionismo. Como testar pra saber se Deus no existe? Bem, Deuspode existir, mas isso no significa que ele tenha feito algo. Deus pode ter criado as coisas, mas no significa que foi do jeito que a Bblia descreve. Deus pode existir e podeter criado, mas no significa que fora o deus bblico. E sabemos que existem muitas religies por a. Qual deus foi? Os fundamentalistas islmicos so criacionistas tambm, mas em nenhum momento eles concordariam que foi tudo como relatado na Torah. Os hindus acham que o todo o Universo est contido no sonho de Brahma (o deus, no a cerveja). Bumba, o deus congols, teria criado tudo atravs de seu vmito. Para os egpcios, Atun, criou a si prprio a partir do Num (o Nilo, a gua primordial), por ter pronunciado o seu prprio nome, depois teve 2 gmeos, um filho Chu (que representava o ar seco) e uma filha Tefnut (ar mido). Nenhum desses seres pode ser testado pra sabermos qual o verdadeiro e qual falso. A Falseabilidade no pode ser aplicada, e todo o conceito de Cincia demolido. Sem o teste da falseabilidade, eu posso criar qualquer ser fantstico, como deuses, fadas, duendes, elfos, ainur etc. O Criacionismo no est preocupado em provar suas hipteses. No podem, portanto, estabelecer teorias cientficas, ficando apenas no conceito de teoria do senso comum. E l no incio ns vimos o que adianta o senso comum. No, no essa a preocupao dos criacionistas. A preocupao deles, ou melhor, o medo deles reside na Teoria da Evoluo. Eles fazem de tudo para desacredit-la; alegam que uma filosofia atesta, que foi a causa de assassinatos pelo mundo, pela eugenia propalada pelos nazistas entre muitos outros absurdos. Tudo isso por MEDO de que seu castelo de cartas chamado crena desabe. Pra incio de conversa, ningum disse que a Teoria da Evoluo uma filosofia atesta, exceto os crentes. Porque, simplesmente, no uma filosofia, uma Teoria Cientfica (releia os primeiros pargrafos), devidamente embasada, evidenciada e PROVADA. H ateus que aceitam-na como verdade, assim como algumas vertentes religiosas a aceitam integralmente, sem com isso perderem sua f, como foi o caso da Igreja Catlica Apostlica Romana (ICAR, para os ntimos). No que eles aceitem de maneira imposta e dogmtica e sim porque as atuais evidncias provam que a Evoluo um fato mais do que demonstrado.

A Evoluo nunca afirmou que um deus (seja ele qual for) no existe. Evoluo trata unicamente de como os seres vivos sofrem mudanas adaptativas e como essas mudanas propiciam sua sobrevivncia com o passar do tempo. Em nenhum documento oficial, tese de doutorado, dissertao, monografia, publicao indexada etc. vem escrito que a Teoria da Evoluo prova que deuses no existem. A Cincia no tem a menor preocupao quanto a isso! Para a Cincia, rezar pra Jav, Ganesh, Qetzalcoatl, Ormuz Mazda, Zeus, Al, sis, Odin, Oxal, Tup, Indra, Jpiter, Astarte, Ruad Rofessa entre outros milhes e milhes de deuses, venerados pela humanidade ao longo de todos esses milnios, a mesma coisa que rezar pro Unicrnio Rosa Invisvel, Monstro Espaguete Voador, Saci, Papai Noel ou qualquer outra figura arquetpica criada pela psique humana. Levando para o lado dos mitos, Joseph Campbell diz: Mito como chamamos a religio dos outros. Mas, os fundamentalistas vem a Teoria da Evoluo como uma ameaa sua f frgil, posto que eles precisam eles so obrigados a aceitar apenas a Criao, j que ela baseada num dogma religioso. Dogmas no requerem provas, evidncias, testes, comprovaes, anlises, comparaes e coisas do tipo. Dogmas so impostos, nem que seja pela fora. Para esse grupo de fanticos religiosos, muito difcil digo, impossvel separar qualquer coisa de sua religio. Assim, quando se deparam com algo estritamente independente de sua religio (seja ele qual for), eles se opem diametralmente, sem sequer terem lido uma linha sequer sobre o assunto. Isso chama-se alienao (se bem que eu prefira usar o termo de estupidez galopante, mas apena s um conceito meu). E assim, comeam os ataques infundados. Alegam que os nazistas usaram o conceito de Seleo Natural para o holocausto. Alegam tambm que eles se basearam nos escritos de Friedrich Nietzsche. Isso duplamente errado. Primeiramente, Nietzsche nunca foi bilogo. Seu conceito de super -homem (que no tem nada a ver com Kal-El), deriva de sua idia para um futuro adiante sua (dele) vida, onde haveria a chegada de um super-homem, uma espcie de messias que restabelecesse a associao de bom e justo com nobre e digno, substituindo assim os tortos valores do cristianismo. Isso j explica o imenso motivo dos cristos odiarem Nietzsche. Filosofias parte, o que isso tem a ver com a Seleo Natural? Nada! O conceito aqui estritamente filosfico. Algo que aconteceria em termos de sociologia e antropologia. Claro que os nazis aproveitaram este conceito em proveito prprio, mas discorrer sobre isso tomar muito tempo e no estamos num artigo sociolgico, e sim uma anlise de conceitos de evoluo biolgica.. Isso significa que uma discusso nessa linha totalmente intil no que concerne Evoluo e Godwin que se dane. Criacionistas alegam que Hitler era grande admirador de Darwin. Particularmente, no vi nenhum livro ou um reles texto (salvo dos criacionistas) que ateste isso. E mesmo que seja verdade, fica a pergunta: E da? Lembremos que aquele austraco maluco era msico e amava Wagner e Mozart. Vamos dizer que a msica clssica influenciou o Holocausto tambm? Que tal condenarmos Zubin Mehta ao Tribunal de Haia? Vamos encarcerar qualquer um que diga que admirador de msica clssica? Quanto absurdo, gente!

Mas, quando dizemos que Hitler era cristo, os criacionistas dizem que no era um cristo de verdade. Se ele tivesse seguido a Bblia, ele seria um cara legal. No haveria a eugenia, que a busca do ser perfeito, vindo de uma raa pura. Pena que a Teoria da Evoluo nunca disse isso. Ela fala em um ser que j esteja adaptado ao ambiente, tendo condies de viver para reproduzir-se e gerar descendentes, seguindo uma tendncia ad infinitum, salvo alguma catstrofe natural ocorra. A contra-argumentao poderia levar ao conceito que Hitler nunca se baseou em escritos bblicos para suas insanidades. Mas, no foi a Seleo Natural que disse: Osias 13:16 Samria levar sobre si a sua culpa; cair espada; seus filhinhos sero despedaados, e as suas mulheres grvidas sero fendidas. Algumas verses bblicas adicionam a frmula porque se rebelou contra seu deus, mostrando que era uma limpeza tnica, matando quem no rezava para o mesmo deus. Mas, isso no era novidade, posto que j estava escrito em Nmero cap. 31, onde relatada uma campanha genocida, invadindo uma terra que, supostamente, o deus Jav teria dado de presente, ao invs de entrar em paz e feito amizade com o povo. Mas, Jesus veio e lavou tudo isso. Exceto pelo fato que ele tinha dito que nenhum til ou um jota ser mudado da Lei, e que aquele que violasse um dos mandamentos (leia-se Torah), seria declarado o menor no Reino dos cus. (Mateus, cap. 5). Muitas ordens esto na Bblia e no Alcoro que ilustram com perfeio a xenofobia, a misoginia e a homofobia. E sob pena de morte inclusive para quem se recusar a cumpri-las! E os defensores mais fanticos alegam que aquilo a suprema vontade e ilustra a benevolncia de um ser divino que criou tudo. Mas, fora os pseudoargumentos sociolgicos, existe algo que se possa usar em cincia biolgica para comprovar que a Evoluo no passa de mito? Veremos isso na prxima pgina Analfabetismo Cientfico Os criacionistas se dividem em mais exemplares que o nmero de todas as espcies vivas somadas. Isso se deve ao fato de existirem uma mirade imensa de religies que pregam sua prpria viso da Criao. Cada religio possui diferentes vertentes, como podemos citar os catlicos, catlicos ortodoxos, luteranos, mrmons, calvinistas, pentecostais, neo-pentecostais, adventistas de stimo dia, testemunhas de Jeov etc. Ambos rezam pro mesmo deus, e mesmo assim vm se matando mutuamente em nome de sua viso particular sobre como interpretar um livro que probe terminantemente que seja interpretado. Quando confrontados com as provas obtidas pelos cientistas, normalmente apelam mais para o toque emocional do que pelo bom senso. Comeam por dizer que o Homem no veio do Macaco. Bem, tenho que concordar que eles esto certos, j que os seres humanos nunca evoluram de uma espcie de macaco. Alis, a Teoria da Evoluo nunca afirmou tal coisa e eu DESAFIO que me mostrem uma publicao indexada que diga tal barbaridade. Procurem no prprio Origem das Espcies e vejam se Darwin disse tal coisa. Mas, cultura e fundamentalismo so entidades mutuamente excludentes.

O motivo dos criacionistas afirmarem estas bobagens reside no numa evidncia cientfica mas na pura arrogncia especista de se considerarem melhor que os demais seres vivos (algo um tanto irnico se considerarmos que eles tm como a humildade uma qualidade divina). S que os fatos apontam em outro sentido. Sim, os seres humanos so animais. No somos melhores nem piores. Se bem que eu nunca vi uma outra espcie zoolgica destruir o prprio ambiente no qual vive. Acham que mesmo assim somos mais racionais, mas eu tenho c as minhas dvidas quanto a isso. Orangotangos e bonobos possuem uma organizao social to desenvolvida quanto a dos humanos (s vezes, at melhor). Golfinhos possuem laos de amizade e, similarmente aos humanos, fazem sexo por prazer e no apenas para procriao (ao contrrio do que o fanatismo religioso exige de seus seguidores). Criacionistas da Terra Jovem alegam que o Universo jamais poderia aparecer de uma exploso e que isso j prova definitiva que a Evoluo uma farsa. Bem, nisso existe uns probleminhas. 1) Evoluo no faz nenhuma meno sobre a origem do Universo. Isso cabe aos fsicos e cosmlogos. o mesmo que dizer que carros no podem andar porque tartarugas no possuem rodas. 2) O Universo no surgiu de uma exploso e sim de uma expanso, onde toda matria estava condensada, com uma energia imensa, restrita a um nico ponto e subitamente (esse subitamente no significa que seja de uma hora pra outra. Os conceitos de tempo em cosmologia so um tanto diferentes, logo, esquea o senso comum de vez). Exploso sugere reaes qumicas que liberam grande quantidade de energia, mas os fsicos nunca disseram que fora isso. H muitas teorias cientficas que explicam o porque disso ter acontecido. Todas so baseadas em clculos e modelos matemticos. Dizer que foi vontade divina implica em explicar quem teve esta vontade e de onde saiu esse criador. Alegar que nada ocorre sem ao de um criador recai numa pergunta: Quem criou o Criador? Criacionistas da Terra Jovem acham que o mundo tem 6000 anos (outros dizem 10.000 anos), afinal o que a Bblia induz, atravs de clculos genealgicos de pessoas que sequer existiram (estou esperando as provas que mostram que estou errado). A Bblia inerrante, porque ela diz que inerrante etc. Mas, no o que as evidncias apontam. Quando confrontados com essas verdades, alegam que fantasia, que iremos pro inferno e caem no desespero, soltando milhes de versculos decorados (mas nunca compreendidos por eles). No possuem nenhum embasamento cientfico para refutar nada. No sabem o que uma espcie, no sabem do que trata a Teoria da Evoluo, no sabem nem de sua prpria religio. Em suma, no sabem NADA! S sabem o que o pastor, padre, mul, rabino ou quitandeiro metido a religioso querem que saibam e fazem sempre os mesmos ataques, alegando que a Bblia fez previses que deram certo e da por diante puro esperneio. A funo da Cincia no se contrapor a qualquer religio. Cincia a soma do conhecimento acumulado e ordenar este conhecimento de modo a favorecer as pessoas e o mundo em que vivem. A Cincia est se lixando pra qualquer religio. Mas, o medo e a imposio de dogmas freiam isso, como o caso das pesquisas de clulas-tronco, onde afirmam que assassinato usar um monte de clulas para

desenvolver a medicina e fazer a sade das pessoas melhorarem. Mesmo porque, se isso acontecer, no ser mais necessrio rezar (inutilmente) para um deus qualquer, arriar despacho, acender velas ou qualquer outra coisa aqui. Se as pessoas possuem uma f frgil, a ponto de dizerem que cientistas assim so criminosos homicidas, deveramos impedir que essas pessoas usassem os recursos da medicina e ficassem s nas igrejas rezando, quando estiverem com dor de cabea. Mas, a Cincia para todos. Se ela usada por interesses polticos, econmicos e religiosos, no culpa dela e nem dos cientistas. A mesma energia atmica usada para matar milhares de pessoas no Japo, no fim da 2 Grande Guerra a mesma que pode gerar milhares de megawatts em usinas nucleares, evitando a queima de escassos combustveis fsseis, afim de gerar eletricidade. Mas, foi deciso de Aiatol Khomeini condenar Salman Rushdie morte s porque no gostou de um simples livro. No seria diferente com Darwin hoje. Condenaram Giordano Bruno morte no passado, Galileu foi posto em priso domiciliar, condenam escritores hoje, at mesmo ns, do Ceticismo.net, recebemos pregaes virulentas quase todos os dias. Uma lei idiota no estado do Tenessee proibia o ensino da Evoluo, mas um professor chamado John Scopes no deu bola e fez o seu trabalho: ensinar Cincia e no mitologias baratas. Scopes foi preso e julgado, num evento que trouxe baila as arbitrariedades de fundamentalistas fanticos e seu medo de que sua crena no passe disso: apenas uma crena. Qual o medo deles, afinal? At porque a Teoria da Evoluo JAMAIS se declarou ser de cunho atesta. Ame ao prximo, como a ti mesmo Entre em acordo com seu inimigo Hipcritas! O Criacionismo apenas a expresso das religies e foi lanado na lama pelas suas imensas falhas, como a ignorncia cavalar de seus seguidores. S que os religiosos no iriam desistir dessa luta. Seu fanatismo de impor a sua vontade, a sua crena, sobre todas as demais pessoas forte demais, onde todos tero que se ajoelhar e confessar que Jesus o Senhor (ou Al, dependendo da religio). Para isso, travestiram o Criacionismo em algo que aparenta ser cientfico, mas as aparncias enganam. Na prxima parte veremos o alvorecer do Design Inteligente. O Design Inteligente algo que realmente se pode chamar de inteligente. No que ele seja realmente algo que se deva levar em conta em termos de Cincia, mas porque seus defensores conseguiram usar de muitas falcias para esconder o que ele realmente : Criacionismo disfarado. Alis, falcias o que no faltam no Criacionismo e no Design Inteligente. E por causa disso que eles so chamados de criaBURRIcionismo e Design InteliJUMENTO, por pessoas que so familiarizadas com o contedo dessas falcias. A principal base do DI remete no sculo XVIII, atravs do que se chama Falcia de Paley. William Paley nasceu em 14 de julho de 1743 e faleceu em 25 de maio de 1805. Era um telogo e filsofo britnico, que nos brindou com uma das maiores besteiras, mas de uma forma um tanto dig amos, potica. O argumento de Paley para demonstrar a existncia de um Criador se baseava numa experincia mental. Nada de errado nisso, j que o prprio Einstein usava muito desse artifcio antes de partir para as contas. Segundo seu experimento mental, Paley dizia que se ns encontrssemos um relgio no campo (sem sequer termos visto um relgio antes), concluiramos, pela perfeio de suas funes e pelo intrincado de suas estruturas, que o relgio mencionado foi deliberadamente construdo por um projetista. Afinal, algo

to belo e bem feito como um relgio, com suas rodas dentadas, seu mecanismo preciso, sua forma de mostrar o andamento do tempo, sua funo til (marcar as horas) seria definitivamente uma prova que algum o construiu. Que o relgio veio de um relojoeiro, de um projetista inteligente. Da mesma forma afirmava Paley quando olhamos para o intrincado e para a perfeio do mundo biolgico, no nos resta mais nada a no ser concluir, como com o relgio, que ele tambm o produto de um projetista, este projetista inteligente, fora do mundo natural. Sou obrigado a dar um crdito a Paley. No culpa dele por ter falecido 50 anos antes da publicao da Origem das Espcies. Sua viso do mundo, lindo e belo, realmente seria fantstico, SE o mundo fosse belo e perfeito. Mas, no . Um campo florido realmente algo lindo de se ver. Mas, um vulco em erupo algo que s bonito quando estamos a milhares de quilmetros de distncia, assistindo confortavelmente numa poltrona macia, atravs de um documentrio da National Geographic. Ir l, ningum quer. Ningum poderia dizer que a exploso do Krakatoa em 27 de agosto de 1883 foi algo bonito, nem mesmo a alma pia de Paley afirmaria isso. S uma mente doente, idiota, estpida, ridcula e completamente imbecil afirmaria isso, ou que isso se deveu alguma punio por um pecado qualquer. O Universo lindo tambm, atravs das lentes do Hubble e das imagens cedidas pela NASA. A exploso de uma supernova algo realmente belo no ? No, sinto em dizer, mas no no. Quando uma estrela muito massiva entra em colapso, as reaes nucleares em seu ncleo no so mais contidas pela gravidade exercida por sua massa. A estrela explode violentamente. Qualquer coisa relativamente prxima (milhes de quilmetros) ser brutalmente aniquilada pela energia liberada. Talvez alguma civilizao inteligente seja riscada do mapa galctico. Talvez, uma promessa de vida que esteja se iniciando ceifada de forma voraz. S achamos legal porque est bem longe de ns, mas daqui a uns 5 bilhes de anos, nossa estrela particular, o Sol, no ter fora suficiente para equilibrar as foras internas e ele se tornar uma gigante vermelha. Ele devorar Mercrio, Vnus, a Terra e Marte. Se no desenvolvermos um meio de cair fora daqui (supondo que ainda haver seres humanos), seremos cozidos para o bel-prazer de outra civilizao. Muito provavelmente, caso exista uma civilizao inteligente, dotada de tecnologia adequada para tal observao, eles diro: Olhe que bonito! Como o universo lindo. E no restar nada de ns para contar sobre nossa histria, nossas realizaes e nossas falhas, nossa cultura, nossa msica, poesia, literatura, arquitetura, nossos medos e anseios, nossa esperana no futuro. Nada disso restar. Desapareceremos como uma tnue nuvem que se desfaz no cu por um vento forte, durante o vero. Triste, mas essa a verdade. Mas, os criacionistas no vem isso. Seu antropocentrismo acha que o mundo existe porque eles esto nele. Surge aqui a famosa falcia da poa dgua. Um dia, durante uma obra na rua, fizeram um buraco. Choveu e nesse buraco surgiu uma poa. Como em toda fbula, essa poa cria conscincia. Ela olha em volta e se sente tranqila. Assim, a querida poa diz: Oh, que legal! Como eu me adapto bem aqui, como este buraco foi feito adequadamente para me conter aqui. Com certeza, ele obra de algum projetista inteligente para que eu ficasse confortvel aqui. Esse projetista esperto e caridoso para comigo e preciso rezar pra ele, agradecendo por esta ddiva.

Bem, esta histria continuaria, mas o servio Tapa-Buraco da prefeitura veio, tirou a gua e tampou o buraco. Shit happens. Acham que as criancinhas so criaturinhas lindas e perfeitas. Aqueles desenhos de crianas brincando nos panfletinhos coloridos so belssimos. Mas, quando mostramos crianas subnutridas na frica, ou com deformidades, como a criana que nasceu com dois rostos ou a nasceu com quatro pernas, mas foi operada, ficam horrorizados e dizem que ns somos ruins e desejamos o mal. Fui eu que fiz aquilo? Alguns dbeis mentais viro com besteiras que aquilo alguma punio causada pelo pecado original, outros que um evento crmico ou que para servir de exemplo a outras pessoas. E EU que sou ruim, n? fcil falar este monte de besteira quando se perfeitinho e est com tudo nos conformes. Mas, se fosse algum membro de alguma igreja, falariam dos mistrios da f e como maravilhoso ver um mrtir do Senhor. Bleargh! muito engraado ver que as tentativas de mostrar que tudo teve um desenhista inteligente. As alegaes so como a distncia exata da Terra Lua, afim de gerar mars adequadas, que a distncia da Terra ao Sol nos coloca numa regio de conforto, no muito quente, nem muito frio e por a vai. O que isso implica? Exatamente na Seleo Natural. Um desenhista perfeito faria coisas perfeitas; nada mais natural, no ? Vamos usar nossa imaginao e criar um Desenhista realmente inteligente. Ele possivelmente faria coisas assim: 1. Um Sistema Solar onde o Sol fica no centro. Nada de elipses, as rbitas dos planetas seriam crculos milimetricamente perfeitos. 2. Cada um dos 10 planetas existentes nesse sistema teria satlites que seguissem a seqncia de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34 e 55 satlites), contados a partir do mais prximo at o mais distante), girando tambm em crculos perfeitos ao redor de seu planeta-me. 3. Cada um dos planetas seria uma esfera absolutamente perfeita, com preciso de centsimos de milmetro. Assim como seus satlites. 4. Cada um dos planetas teria um ecossistema prprio, dispondo de inmeras formas de vida; todas elas coexistindo pacificamente. 5. As galxias seriam esferas perfeitas, contendo bilhes de sistemas solares exatamente iguais ao supracitado, com planetas absolutamente iguais, e disposta milimetricamente equidistantes. 6. Seres vivos no teriam problemas de doenas, j que um planejador inteligente jamais faria algo que pudesse morrer com apenas uma espetada de um prego de ferro enferrujado. 7. Nenhum planeta seria bombardeado por eras e eras com meteoros gigantescos, aniquilando a quase totalidade das formas de vida. 8. Os seres de todos os planetas estariam se comunicando amistosamente. 9. Todos os seres vivos se respeitariam e no se matariam por diferenas.

10. No haveriam religies, posto que todos teriam certeza sobre quem os criou e porque, atravs de mensagens simples e claras e no por frases obscuras e de sentido ambguo. O que vemos no Universo uma mixrdia! Planetas desabitados, com tempestades que duram sculos, atmosferas txicas, onde cidos extremamente fortes estariam suspensos no ar, corroendo qualquer coisa que aparea por l. Exploses violentas, choques de astros, galxias em rotas de coliso e nenhuma evidncia sequer que haja vida em outros planetas, que dir vida inteligente. O finado cientista Carl Sagan tinha uma resposta para estarmos sozinhos no Universo: Talvez estamos realmente sozinhos, posto que alguma civilizao tem que ser a primeira civilizao tecnolgica. Por que no a nossa? Alegar que todo o Universo foi feito para ns bajularmos um suposto desenhista inteligente o cmulo da arrogncia. Nem sequer podemos ver o Universo a olho nu. No mximo, alguns milhares de estrelas, o que muito, muito pouco perto dos bilhes de estrelas em nossa galxia. Qual a resposta que os defensores do DI tm pra isso? Nenhuma. Mas, diferente dos criacionistas, o pessoal que defende o DI tem alguma coisa em que se basear, a ttulo de argumentos. Na prxima pgina veremos como o Dr. Behe tentou sustentar isso e foi, por isso, tido como incompetente perante o tribunal de Dover. O Julgamento de Dover Em 2004 no condado de Dover, na Pensilvnia, EUA, um Conselho Escolar teve a idia de violar a prpria Constituio do pas, onde se prev a separao da Igreja e Estado. Para isso, eles queriam impor que se lesse uma declarao de um minuto, dizendo que a Teoria da Evoluo no passava disso: uma teoria, iniciando o festival de besteiras. Na seqncia, que havia uma nova teoria cientfica, qual chamavam de Intelligent Design (Design Inteligente). Como se podia esperar, os professores de Biologia recusaram-se terminantemente a isso. E entraram com um processo contra esta determinao. Os defensores do DI alegaram que, ao contrrio do criacionismo, o DI no segue a cronologia da Bblia, afirmando que o suposto desenhista no era necessariamente o Deus bblico. Alguns de seus tericos dizem at que o poder superior pode ser um ser extraterrestre. Mas, como sempre, mentira tem perna curta. Vocs podem ver um documentrio completo que a NOVA fez acessando AQUI. Este documentrio mostra como os advogados dos professores viram que o livro sugerido pelos defensores do DI Sobre Pandas e Pessoas era o mesmo que um documento anterior que fora sugerido e rejeitado, mas onde a palavra Deus aparecia, tinha sido substitudo por Designer. E eu que pensei que a Bblia proibisse mentirosos Se bem que em um dos versculos diz-se que pode-se mentir desde que seja para pregar as besteiras do Evangelho. Assim fcil, n? Os defensores do DI chamaram como testemunha Michael Behe, autor do livro Caixa Preta de Darwin. Neste livro, Behe traz o conceito de Complexidade Irredutvel, onde afirma que algumas partes dos organismos vivos so to complexos que no poderiam surgir de simples evoluo por Seleo Natural e sim por obra de um Projetista. Como exemplo, ele citou o olho humano e o sistema im unolgico.

No tocante ao sistema imunolgico, Behe passou vergonha ao afirmar que no havia nenhuma pesquisa que explicasse o surgimento do nosso sistema imunolgico. Para sua vergonha, os advogados colocaram vrios livros, documentos, publicaes, teses etc. sobre a mesa sua frente, demonstrando que ele, ou no tinha conhecimento sobre nada em termos de cincia ou que ele no fora honesto quanto a isso. Ignorncia e desonestidade so coisas comuns entre os defensores do DI. At mesmo a metfora usada por Behe foi usada contra ele. Ele afirmou que, como uma ratoeira no funciona se qualquer de suas partes for removida (a velha falcia de Paley). Infelizmente para ele, este mais um argumento furado e Richard Dawkins soube rebater muito bem e sem esforo. Ele simplesmente usou o conceito de uma ratoeira, uma mquina simples usada para mandar ratos para o den dos roedores. Comeamos com a ratoeira mais simples possvel um simples pedao de isca deixado sobre o cho. Quando o rato se aproxima da isca, acertamos ele com um martelo. Bonk! Simples e funcional, certo? ( um experimento mental, nenhum animal foi ferido ao idealizar isso) Agora, vamos fazer uma pequena modificao. Basta que coloquemos a isca em um pequeno buraco na parede. Isto tem a vantagem de momentaneamente confundir o rato quando o surpreendemos na isca, j que leva um tempo at que o rato encontre a sada do buraco, dando-nos mais tempo para acert-lo com o martelo. Outra modificao leve colocamos uma pequena porta dobradia de metal cobrindo a abertura do buraco, a qual balana livremente para trs e para frente. Isto confunde o rato um pouquinho mais e leva um pouco mais de tempo para encontrar a sada dando-nos um tempinho a mais para acert-lo com o martelo. A seguir, adicionamos um mecanismo de mola que pode ser armado pelo rato assim que ele pega a isca, deste modo fazendo com que a porta se feche atrs dele. A vantagem que no temos mais que esperar l quando o camundongo entra ao invs, o rato agora confinado e pode ser acertado por ns atravs do martelo em qualquer momento conveniente mais tarde. Outra modificao: viramos o aparato todo em 90 graus assim apoiado horizontalmente ao invs de verticalmente. Em outras palavras, nosso buraco com isca est agora no cho ao invs da parede. Isto tem a vantagem de permitir que o rato aborde nossa armadilha de qualquer direo, ao invs de limitar o acesso em apenas um lado da parede. Outra modificao: eliminamos o buraco e simplesmente colocamos a aparato de porta dobradia no cho de modo que, quando armada, a porta da armadilha bate fortemente no cho onde o gatilho est localizado, esmagando o camundongo para ns quando ele tropea no gatilho. A nova vantagem que no temos mais que acertar o camundongo com o martelo a armadilha nova na prtica faz isto por ns. Uma modificao final. Cortamos a parte do cho que cerca nossa armadilha e afixamos o mecanismo de armadilha diretamente a ela. Isto permite que levemos nossa armadilha para qualquer lugar que quisermos, ao invs de limit-la a um local. E assim desenvolvemos passo a passo algo que deveria ser irredutivelmente complexo. Cada passo completamente funcional por si mesmo, e em cada passo, o resultado pretendido conseguido um

rato morto. Cada passo sucessivo construdo sobre o precedente atravs de pequenas modificaes, no entanto cada passo mais eficiente de algum modo que seu predecessor. Outra variao da falcia de Paley (imagino que qualquer criacionista tenha um pster dele pendurado na parede) foi proposta por Fred Hoyle, onde comparou a probabilidade do processo evolutivo ocorrer com a possibilidade de um vendaval ocorrer sobre um ferro velho e de l sair um 747. Fred Hoyle nasceu em 24 de junho de 1915 em Bingley, Yorkshire (Inglaterra), e faleceu 20 de agosto de 2001. Ele foi uma figura polmica, mas no menos respeitado no meio cientfico. Sua rea era a cosmogonia e um feroz opositor ao Big Bang. No, ele no tinha formao em Biologia e vocs podem imaginar aonde isso vai levar Segundo Hoyle, o Universo era eterno e essencialmente imutvel, ainda que apresentando galxias que se afastam umas das outras. A teoria do Universo Estacionrio de Hoyle apoiava-se na formao de matria entre as galxias de tempos em tempos, de modo que mesmo que as galxias se afastassem umas das outras, novas galxias que se desenvolviam entre elas enchiam o espao que elas deixavam vago. Mas, Hoyle fez uma grande contribuio para a Teoria do Big Bang: ele a batizou Pois , no foi Hubble que deu este nome, que os criacionistas muitas vezes nem conseguem escrever, confundindo com Big Ben, o relgio instalado na torre do Paralmento Ingls (na verdade, este nome apenas do sino do relgio e no do relgio em si). Quem pouco estuda Hoyle no entendeu a diferena entre expanso e exploso e da veio a confuso toda; e para mostrar que ele devia ficar escrevendo fico cientfica, ele tornou-se um feroz crtico de teorias de evoluo qumica para explicar a origem da vida de maneira natural (no, isso AINDA no tem nada a ver com o processo evolutivo das espcies). Com Chandra Wickramasinghe, Hoyle promoveu a teoria de que a vida surgiu no espao, espalhando-se pelo universo via panspermia, e que a evoluo na Terra dirigida por um fluxo constante de vrus que chegam via cometas. Ele s esqueceu de dizer COMO estas formas de vida surgiram. Cest l avie. A partir da prxima pgina entraremos na reta final e veremos as atuais pseudorrefutaes dos criacionistas e mostraremos como derrubar cada besteira alegada por eles. Esperneios e tentativas de refutao Como j vimos, os adeptos da religio travestida de cincia chamada criaBURRIcionismo ser baseiam no que um ou outro pseudointelectual diz, que para eles a verdade absoluta (desde que se concorde com eles). Eu poderia usar de apelo autoridade e despejar meus diplomas, certificados e at a minha velha carteirinha de scio do f-clube da saudosa Frota Estelar Brasileira (sim, eu sou trekker e ningum tem nada com isso). Mas, no precisarei de nada disso. A refutao ser baseada fundamentalmente em contedos de Fsica em nvel de Ensino Mdio, ou mesmo de 9 ano de Ensino Fundamental. Algumas sero um pouco mais complexas, mas nem por isso ser necessrio muito esforo para mostrar que as provas apresentadas pelos criaBURRIcionistas seguidores da ridcula idia que a Terra jovem no passa de balela. Fiquem atentos, pessoal.

1 alegao A recesso lunar mostra que a idade da Terra no to longa assim Este argumento uma das maiores bobagens, incapaz de passar no teste do riso, que aparece em duas verses: a) Dada a taxa de afastamento da Terra a Lua se pudssemos retroceder no tempo veramos que a Lua estaria encostada na superfcie da Terra se o sistema Terra-Lua existisse h milhes de anos. Como existe uma distncia mnima para que a Lua se aproximasse da Terra antes que fosse destruda pela fora de mar (Limite de Roche) vemos que o sistema Terra Lua possui no mximo alguns milhares de anos como previsto pelo criacionismo. O problema das falcias que para quem entende pouco, no do ramo, desatento ou mesmo um mau-carter ela faz sentido em um primeiro momento; logo, deve estar certa. Mas, como toda falcia, ela se desmorona frente a um exame criterioso, da mesma forma como um castelo de cartas desaba frente a uma ventania. Para incio de conversa, vamos saber umas coisinhas que se aprende no Ensino Fundamental (para quem no matou aula, claro):

Distncia Terra-Lua (mdia) = 384.000 km Raio da Terra (mdio) = 6.400 km Raio da Lua (mdio) = 1.700 km Creio que isso todo mundo entendeu. Perguntem a Mrs. Google, caso no acreditem em mim. Sabemos que o movimento da rbita da Lua e sua fora gravitacional (devido sua massa e a da Terra), proporciona o fenmeno das mars. Mas, tem um pequeno detalhe: o tempo de rotao da Terra mais rpido que o movimento de translao da Lua em torno da Terra. Assim, temos Rotao da Terra: 24 horas

Translao da Lua ao redor da Terra: 27 horas Com a rotao, acontece frico entre a massa de gua e o solo ocenico; assim, forma-se um abaulamento do nvel do mar, isto , ele fica oval, proporcionando alturas de mars em cerca de 10 metros. Somado a isso, o eixo axial da mar forma um ngulo de 10 em relao ao eixo que corta os centros da Terra e da Lua (pode cham-los de Centro de Gravidade).

Alguma dvida at a? Bem, continuemos: O que isso tem a ver com o Limite de Roche? Alis, Que diabos Limite de Roche? Limite de Roche uma conseqncia das foras de mar. Ocorre quando um satlite natural no pode chegar muito perto de seu planeta sem se romper, isto , chegando perto o suficiente para as mars gravitacionais o despedaarem. O limite de Roche a distncia mnima do centro do planeta que um satlite fludo pode chegar sem se tornar instvel frente a rompimento por mar. Maiores informaes voc pode ler no site daUFRGS. Tudo muito bom, tudo muito bonito, mas em que pesa a baboseira criaRIDICULAcionista? Eles alegam que, com a aproximao da Lua, ela j teria chegado muito perto do Limite de Roche e teria se fragmentado h muito tempo, a menos que a formao fosse recente (em termos geolgicos, claro). Bem, se pegarmos um DeLorean e voltarmos no tempo, at poderamos ver tal coisa acontecendo. Mas, sob quais circunstncias? Quanto tempo demoraria? Chamemos Dp a distncia percorrida pela Lua at chegar a Terra. Logo, temos: Dp = DT/L (RT + RL) Isso significa que a distncia percorrida (Dp) ser a distncia entre os centros de gravidade da Terra e da Lua. Como somente as superfcies se tocariam, temos que descontar os raios mdios dos dois astros (se voc no sabe o que raio de uma esfera e nem mesmo o que uma esfera, por favor, volte pro colgio). Substituindo os valores, temos: Dp = 384.000 (6400 + 1700) km = 375.900 km. Isto 375.900.000.000 mm. Por que convertemos em milmetros? Por um motivo bem simples: Segundo oDepartamento de Astronomia da Universidade Estadual de Ohio, a velocidade de escape da Lua de 38 mm/ano. Ou seja, a cada ano, a Lua foge 38 milmetros da Terra. Legal, n? Para quem cursou o nono ano do Ensino Fundamental, sabe que podemos calcular o tempo que um mvel em M.R.U. demora para percorrer uma certa distncia percorrida, sabendo a velocidade. Assim, temos: ?t = ?S / ?V ?t = 375.900.000.000 / 38 = 9.892.000.000 anos ou aproximadamente 9,9 bilhes de anos! Preciso dizer alguma coisa? b) A segunda imensa bobagem a inversa do primeiro pseudoargumento: Se o sistema Terra-Lua existisse no tempo previsto pelos malditos evolucionistas (no que Evoluo tenha a ver com a idade da Terra, mas para quem no estudou, no se pode exigir muito, no ?), dada a taxa atual de afastamento da Lua esta j teria se perdido no espao o que comprova que o sistema Terra-Lua possui apenas alguns milhares de anos apenas. Eu adoro estas bobagens. Me divertem de monto! O tosco que inventou esta baboseira, como no podia deixar de ser, apela para o bom e velho argumentum ad verecundiam, mostrando-se PhD em astrofsica. O cara to bom em astrofsica

que se esqueceu das aulas de Ensino Mdio. O pobre coitado acha que colocar equaes matemticas a torto e a direito pode impressionar muita gente. Bem, at que de certa maneira eu concordo com ele, dado o absurdo analfabetismo cientfico que anda por a. Vamos ver como o cientista chego u a esta concluso? Podemos ver no no menos tosco, Answers in Genesis a demonstrao matemtica dele: k = r dr/dt = (384,401 km) x (0.000038 km/ano) = 1,2 x 10 Uaaaaaaaaaaaaaaaaaau!!!!!!!!!! 12 seguidos de 28 ZEROS (!!!!) quilmetros elevados stima potncia por ano!!! Meus Sais!! Deus existe, Jesus o Senhor, Habemus Jumenta de Balao!!! EPA!!!! Pera! QUILMETROS ELEVADOS STIMA POTNCIA???? WTF? Pesquisas feitas em alguns sites trouxeram resultados interessantes. O perclaro Dr. Lisle graduou-se na Ohio Wesleyan University (Universidade Wesleyana de Ohio). Bem, o distinto doutor possui publicao indexada. Mas, notem que no se trata deNENHUM tema criaBURRIcionista. Por que ser? O mundo no est preparado para as maravilhosas revelaes dele? Ora, bolas! Considerando que a Lua afasta-se a uma taxa de cerca de 3,8 cm (ou 0,000038 km) ao ano, ela teria migrado desde a sua formao cerca de 171.000 km a partir de sua posio original a 4,5 bilhes de anos atrs (o clculo simples: 0,000038 x 4.500.000.000 = 171.000km)! Qualquer criana de Ensino Fundamental de primeiro ao quinto ano capaz de fazer uma conta assim. Religiosos no so? Ah, bem, na Bblia no se fala de matemtica, e quando se fala, sai um monte de bobagens. Ou seja, pessoal, o problema alegado pelos criaBURRIcionistas NON EKZISTE!!. Da mesma maneira como o foco da crena deles. O que existe uma brutal preguia (e uma desonestidade maior ainda) deles em verificar se a informao que lhes passam est correta e se tem fundamento. Bem, fundamentalistas, com certeza eles so.
6 6 29

km /ano

MITO DETONADO
2 alegao: Temas genricos e pouco elucidativos Defensores do criaIDIOTismo, como o professor doutor Adauto Loureo (em breve, um artigo sobre o contedo das palestras dele) costumam fazer palestras tendo temas como Design Inteligente na Natureza: Real ou Aparente?. Isso pode dizer muita coisa a quem acredita nessa bobagem, mas cticos so cticos, ora bolas, com relao a isso. Afinal, o que ele vai dizer que inteligente no mundo? A Natureza? Os lindos pandas? Os belos gatinhos? Ou ele vai mostrar um caramujo, cujo nus localiza-se bem sobre a sua cabea? Olhem o esquema abaixo.

Viram? Quando ele se esconde, o nus fica sobre a cabea. Que maravilha de projeto um ser vivo que defeca sobre si mesmo, no mesmo? S mesmo um deus para fazer uma coisa to in-cr-vel! Ou ser que a melhor prova o nosso apndice, que no serve para nada, alm de inflamar e causar srios problemas de sade. Continuando com temas genricos e desprovidos de sentido, defensores ardorosos do criacionismo professam temas algo como As Cosmovises das Origens e o Papel da Cincia. Pffff, que ridculo! Com a lei dos genricos, surgiu uma nova raa de palestrantes: Temas Genricos: serve pra qualquer ocasio. No como o verdadeiro, mas ajuda a enganar. Em suma, duas grandes besteiras sem nexo, em que ele pode falar, falar e falar, sem dizer muita coisa, no mesmo estilo que muitos comentaristas daqui costumam fazer. Assim, qualquer um palestrante.

3 alegao: O escape de Hlio de nosso planeta demonstra que a Terra jovem Os artigos que os criaBURRIcionistas utilizam para tentar fundamentar este argumento so referncias bem antigas (dcadas de 60, 70 e 80), anteriores ainda ao lanamento da UV IMAGER. Trata-se de uma cmera instalada num satlite, que capta imagens na frequncia do ultravioleta. Sua principal finalidade carregar um sensor de ultravioleta para detectar ftons que so que esto espalhados isoladamente ionizado hlio na plasmasfera, em torno da Terra no interior magnetosfera. Veja AQUI. Estas referncias do conta principalmente sobre a perda de Hlio na alta atmosfera por fuga trmica, um mecanismo que apesar de ocorrer no to eficiente para ocasionar perda suficiente de Hlio que justificasse sua baixa concentrao atmosfrica o que indicaria uma Terra jovem, cujo tempo de existncia ainda no teria sido capaz de saturar a atmosfera. Contudo a pesquisa para resolver este problema no parou desde a poca de 80. Artigos recentes explicam mecanismos mais eficientes para perda de Hlio. Hoje o mecanismo mais bem aceito que a perda de helio ocorre apos este ionizar-se na alta atmosfera. Ionizado e carregado de carga eltrica este hlio ento conduzido pelas linhas de fora do campo magntico terrestre que concentradas nas regies dos polos, conforme apresentado pelo modelo que lanado neste artigo (notem a data):Helium escape from the terrestrial atmosphere: The ion outflow mechanism (1996) O resultado deste escape uma esfera de esfera de plasma (a Plasmasfera) constituido de hlio ionizado (bem como de outros elementos ionizados como hidrognio e oxignio) que foi finalmente imageada pela sonda IMAGER UV lanada na dcada de 90. O resultado destas observaes pode ser visto AQUI

Toda esta aura azul ao redor da Terra Helio ionizado. A plasmasfera de hlio alcana uma distncia de at 6 raios terrestres ao redor da Terra, porm como o vento solar arrasta material deste esfera de plasma ela tambm se extende pela magnetocauda de nosso planeta. O que estas imagens demonstram que o mecanismo que criaBURRIcionistas espalhados por a, como o ilustre Adauto, dizem que no existe, no s existem como os modelos propostos para explic-los ANTES do lanamento da IMAGER UV foram confirmados pelas observaes da sonda. Este mecanismo portanto o responsvel pela maior parte da fuga de hlio de nossa atmosfera. Os dois mecanismos somados ( fuga pelas linhas de campo magntico e fuga trmica ) do conta de manter a baixa taxa de Helio atmosfrico como observado. Mais informaes acessem o site da NASA e o artigo publicado na Science Direct. De qualquer forma, mesmo o artigo do Answers in Genesis aplica outro golpe cria: fundamentar-se e repetir apenas o que lhes convm, como todo bom site crental. Relutantemente atualizam-se ou utilizam fontes mais recentes a seus artigos e pseudo-refutaes, apenas repetem o besteirol pseudocientfico A esfera de plasma que se viu , portanto, hlio ionizado e nada far com que a verdade mude.

4 alegao: Os halos de Polnio Essa uma das clssicas besteiras travestidas de cincia. Marcas de Polnio, que um istopo radioativo, em rochas granticas mostram que a Terra jovem. Isso cansa, pombas, vamos perguntar: E o que que isso tem a ver com a Teoria da Evoluo das Espcies? Nada, como sempre, mas j que mencionada, vamos desmentir o besteirol. Robert Gentry um fsico nuclear e ardoroso defensor do besteirol chamado Terra Jovem (alm de ser Adventista do 7 dia, mas ningum perfeito). Em suas pesquisas ele afirma que provou a formao rpida da Terra, atravs de Halos de Polnio218. Segundo o mito criacionista, ele usou uma microsonda de ons que atingiu o centro da halo de po 218, que o fragmentou em milhes de pedaos, uma lente capturou o material, que por sua vez foi analisado por um espectmetro magntico e no foi achado nada de radnio no halo achou-se chumbo e
218

Po.

Isso, ainda segundo o mito criacionista, refutaria por completo o Big Bang, que trata da origem do Universo e no do planeta Terra. P. Menos um ponto pras Ovelhinhas do Senhor. Gentry achou halos de polnio. Ok, isso prova que ele apenas encontrou halos de polnio. Infelizmente, honestidade algo que passa longe na cabea desse pessoal, j que ignoram outros ensaios radioisotpicos que determinam com mais preciso ainda a idade das rochas. Temos muitos testes, como Rubdio-Estrncio, Potssio-Argnio, etc, existem ainda outros mtodos, mas maiores informaes, vocs encontram AQUI , AQUI , AQUI e AQUI. Sinceramente, eu acho ridculo ainda ter que refutar isso, posto que nada tem a ver com a origem das espcies, mas criaBURRIcionistas acham que sim. Mas, vamos entrar no jogo e levar em conta que Gentry estava (hahahahaha) certo. Desse modo, os halos associados com todos os istopos dos polnios devem estar atuais na abundncia igual. Entretanto,

Gentry no relata a presena dos halos que correspondem ao decaimento de Polnio 215 e de Polnio 211 (Decaimento Urnio235); ou Polnio216 e Polnio212. Por qu? Hipteses esquecidas no precisam nem ser rebatidas na literatura cientifica, s resta o deboche e escrnio, posto que o ilustre Robert Gentry nunca publicou uma linha sobre criacionismo num peridico cientfico. Por que ser? Os prfidos ateus o impediram? Ameaaram? A verdade que Gentry primeiro cometeu uma fraude, pois disse que tinha amostras do mundo inteiro quando s tinha de 2 minas radioativas canadenses, virou chacota no mundo todo e perdeu a credibilidade por isso; depois resolveu conseguir amostras, e pediu a pessoas comuns que coletassem granitos e enviassem a ele, ora rochas sem dados de coleta, muitos granitos de diferentes idades, sem nome da formao localizao exata Isso a coisa mais IDIOTA que se pode ver em termos de Cincia. Para criaBURRIcionistas, isso no nada demais, assim como no nada demais ordenar a morte de homossexuais e mutilao genital feminina. Ningum consegue saber de onde exatamente veio cada pedra para reproduzir o experimento, e sem reproduo de experimentos, o que temos? Mito, fantasia, falcia, besteira e, enfim, DESONESTIDADE. Gentry foi absolutamente reprovado no teste da falseabilidade de Popper. Game Over!

5 alegao: Ainda existem celacantos provando que fsseis vivos no mudaram em nada Finalmente uma (falsa) alegao que realmente se ope Teoria da Evoluo. A lstima que ela ridiculamente ignorante e revela o desconhecimento de taxonomia (leia anteriormente). Fssil vivo seria, em tese, um remanescente de uma espcie que viveu eras atrs. Como eu falei logo no incio, um fssil uma prova que existiu um ser vivo. Assim, em termos de conceituao, o termo fssil vivo esquisito. To esquisito quanto cobras falantes. CriaBURRIcionistas insistem em citar o Celacanto, mas o que isso? Celacantos so uma das maiores descobertas da Cincia. A sua caracterstica mais importante a presena de barbatanas pares (peitorais e plvicas) cujas bases so pednculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. Ou seja, um dos ancestrais dos animais terrestres. Apesar de alardearem que foram encontrados celacantos vivos nos dias de hoje, deve se levar em conta que o celacanto atual NO o mesmo celacanto das espcies extintas. Celacanto o nome dado a uma ORDEM de peixes, os Coelacanthiformes, da qual existem nove famlias conhecidas, todas extintas, com exceo de um nico gnero (Latimeria) de uma nica famlia (Latimeriidae) que possui duas espcies conhecidas (L. chalumnae e L. menadoensis), sendo que os outros gneros dessa famlia tambm esto extintos. Entenderam? como voc ter uma famlia com 9 irmos, 8 falecerem e, como voc encontrou apenas um deles ainda vivo, achar que eram TODOS gmeos idnticos. Atualmente, nem precisamos do Celacanto, posto que temos o Ventastega curonica.

Mas, existem seres vivos que mudam pouco? Sim, existem. Extremfilos so um perfeito exemplo disso e em nada refuta a Evoluo e fcil de entender, se voc est realmente disposto a aprender. Muitas bactrias esto adaptadas aos mais variados limites de presso e temperatura, salinidade, radiao muito energtica, ausncia de Sol, e ambientes onde outrora no se imaginava a vida possvel. Eu falei anteriormente que as mutaes ocorrem a cada momento, mas sem nenhuma previso do que vai causar. Assim, como um bicho no se adapta expontaneamente ao ambiente, se o ambiente muda radicalmente, ele mal ter tempo de qualquer coisa e vai morrer, como foi o caso dos dinossauros que eu relatei anteriormente. Agora, o contrrio tambm pode ocorrer. Extremfilos de zonas abissais, perto de vulces ou at em desertos sobrevivem porque seu ambiente esttico. Assim, qualquer mutao que ocorre poder deix-los incapazes de se sobreviver e gerar descendentes. S os que esto adaptados ao ambiente conseguem se manter. Assim, isso no s no refuta a Evoluo, como a comprova.

6 alegao: O Homem de Piltdown mostra que a Evoluo uma fraude Este uma das maiores armas dos criaBURRIcionistas. Com esta arma, eles pretendem arrasar com a Evoluo e mostrar finalmente que tudo no passa de mentira, e que a verdade rezar para ___________ (escreva aqui o nome de um deus qualquer). Em 1912, fragmentos de um crnio e uma mandbula (com apenas dois dentes) foram coletados em um terreno em Piltdown, uma vila prxima a Uckfield, East Sussex, na inglaterra. O primeiro trabalho sobre o assunto foi publicado pelo arquelogo e gelogo amador Charles Dawson com a contribuio do sacerdote jesuta Teilhard de Cardin, tambm muito interessado em geologia e paleontologia. Segundo observaes, o crnio pertencia a um humanide, enquanto que a mandbula se assemelhava de um macaco. Junto com isso, foram achados vrios dentes e ossos fossilizados de animais, instrumentos de pedra, etc. A princpio, deduziu-se que os ossos do crnio e mandbula fossem do mesmo animal, pois foram encontrados em curta distncia, apresentavam os mesmos sinais de fossilizao e os dentes, apesar de semelhantes aos de macaco, tinham caractersticas humanas. Mais tarde Dawson, o doubl de cientista, encontrou mais fsseis, fortalecendo a hiptese do ancestral, parte Homo e parte macaco, pois, embora o crnio parecesse muito semelhante ao do homem moderno, a mandbula era nitidamente primitiva. O Homem de Piltdown foi ento batizado de Eoanthropus dawsoni. Estas evidncias pareciam demonstrar que o crebro abriu o caminho para o surgimento do homem e que as origens do homem moderno eram extremamente antigas. S quie houve um srio problema. Os demais cientistas que queriam examinar os fsseis eram impedidos. Na verdade, o Homem de Piltdown era uma farsa e s foi descoberto como tal em meados da dcada de 1950. Na verdade tratava-se realmente de um crnio humano e realmente de uma mandbula de macaco. Ele no foi desmascarado como fraude mais cedo devido ao impedimento de acesso s provas, que foram fechadas no Museu Britnico. O que isso mostra? Que as espcies no evoluem e que a evoluo uma fraude? No, mostra que a Cincia segue criteriosos mtodos, e quando estes mtodos no so seguidos pistas falsas e indivduos mal-intencionados podem aparecer. Foi o prprio Mtodo Cientfico que desvendou a fraude, foi o Mtodo Cientfico, com sua clareza e objetividade, que descartou falsas evidncias, para que as genunas recebam o crdito que merecem.

E o que no falta so evidncias para a Evoluo. A Cincia perfeita, mas os cientistas no. So pessoas que cometem erros e alguns so levados pela vaidade. Os processos de refereeing neutralizam isso, j que profissionais que voc nunca viu na vida, e muito provavelmente no possuem uma opinio a respeito de sua pessoa, examinaro seus artigos sem paixo, mas com objetividade; tendo apenas como meta o desenvolviumento do conhecimento humano. A Cincia perfeita por isso: porque ela se auto-regula. Quem regula o Criacionismo? Quem regula os religiosos? Quais os mtodos nos quais eles se baseiam? Existe Mtodo Criacionista? Filipenses 1:18 - Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisso me regozijo, e me regozijarei ainda. Creio que sabemos no que eles se baseiam Na prxima e ltima parte eu farei minhas consideraes finais e agradecimentos. Consideraes finais Eu poderia continuar falando seguidamente de todas as idiotices do DI que apregoam por a, tentando refutar a Evoluo. Para cada uma existe uma explicao simples, mas no simplista. Este artigo no foi escrito para os religiosos fundamentalistas desajuizados. No foi escrito tentando fazer com que aceitem a Evoluo; mesmo porque, aqui no uma igreja. Os fatos esto a. Por mim, podem acreditar que No pegou todos os animais da Terra e colocou num barco com formato de caixa de sapato e viveu 900 anos, eu no me importo. O que me irrita ver o motivo com que os religiosos fundamentalistas a atacam: medo! Sim, m-e-d-o de suas vidinhas ridculas sarem da fantasia que criaram entorno de si, afim de se sentirem menos miserveis. O deus deles to limitado que, ao seu ver, eleS poderia criar o mundo e os seres viventes como diz um livro cheio de erros histricos, cientficos e geogrficos. Um livro com contradies absurdas, escrito na Idade do Ferro por uma tribo de pastores ignorantes, que no sabiam nada sobre o mundo afora. Enquanto eles estavam venerando um deus tribal, que ordenava matanas e extermnio, os Egpcios j tinham construdo as Grandes Pirmides, Eratstenes tinha determinado a circunferncia (e no crculo) da Terra, usando duas estacas, com um erro estupidamente ridculo, mesmo para os padres de hoje. Enquanto os hebreus achavam que as estrelas eram apenas luzeiros, a Biblioteca de Alexandria abrigava os mais famosos cientistas da poca, com um volume de trabalho monstruoso. Volume esse dilapidado, queimado e destrudo por fanticos religiosos que tinham medo do conhecimento e s conheciam a escurido da crena. No sinto o menor apreo ou raiva de religiosos apedeutas. Eu sinto desprezo. A irritao vem de uma tentativa de fundamentalistas toscos que querem podar a Cincia, reconduzindo-nos uma nova Idade das Trevas. Mas no conseguiro. A prpria Cincia criou mecanismos de se auto-proteger de iletrados como vocs, fundamentalistas. Conseguiram condenar Scopes a uma multa, mas a lei do Tenessee caiu, perderam no Julgamento de Dover e continuaro perdendo cada vez mais, podem estar certos. Vocs mergulharam o mundo em 1000 anos de atraso cultural. irnico que os rabes de outrora foram os responsveis por guardarem, cultivarem e pesquisarem os velhos filsofos, desenvolverem a matemtica, aritmtica, geometria, alquimia (como antes a Qumica era conhecida, antes do termo alquimia virar

coisa de charlates) etc. O Renascimento acabou com seu domnio, o Iluminismo trouxe-nos a luz da Razo. Hoje, os rabes esto caindo em sua prpria Idade das Trevas, mas em outros lugares, a Luz do Conhecimento se acende. Aceitem: os fundamentalistas perderam! E continuaro perdendo, porque agora temos um veculo global de difuso do pensamento, de disseminao de informao e cultura. Antes, poucos tinham acesso a livros. O Dicionrio Filosfico era deixado em bancos de praas para os interessados lerem. Hoje estamos num espao onde os vidos por conhecimento chegam em busca de respostas. Seu obscurantismo foi destroado. Ainda dominam uma parcela ignorante, mas isso o de menos. No podem mais impor suas vontades. Podem continuar rezando pro Jesus, pro seu enviado de Al, montado no camelo ou em um deus qualquer. Muitos cientistas esto atentos e dentre eles tem muitos religiosos, como Francisco Ayala. Ele cristo, defende sua f, mas sabe diferenciar o real do imaginrio e luta pra unificar os dois lados: F e Cincia. Mas, graas a fundamentalistas toscos, ele fracassar. No importa, o tempo mostrou o que aconteceu com cada teocracia, e a atual teocracia dos fundamentalistas ser a prxima. Darwin foi e ainda um dos maiores marcos da Cincia. Queiram vocs ou no, no me importo. O texto desta srie foi para os que no querem aceitar como cordeirinhos qualquer besteira que lhe impuserem. So fatos histricos e cientficos, embasados por peridicos cientficos, livros, internet, documentrios etc. Seu livro (seja ele qual for) no preo para as milhares de fontes informativas. Sento-me agora e rio daqueles que tentaram, tentam e ainda tentaro obscurecer as mentes. Ns aqui fizemos a nossa parte, assim como muitos outros fizeram no passado, e muitos mais ainda faro no futuro. As trevas agora esto se dirigindo para os ltimos dias sobre sua pobre crena, que os faz acreditar ainda que suas religies vencero o Conhecimento.

Agradecimentos Deixo aqui meus agradecimentos aos meus amigos que me ajudaram a redigir este texto e o revisaram, bem como me deram idias, sugestes e melhorias no texto, em termos de clareza e aprofundamento. Agradeo tambm ao pessoal da comunidade orkutiana Evo x Cria , Clube Ctico, STR, ao site Evolucionismo x Criacionismo e at a vocs, criaBURRIcionistas, eu agradeo. Seus esforos de tentarem refutar o irrefutvel nos faz estudar mais, procurar mais e, por fim, ANIQUIL-LOS, reduzindo seus pseudo-argumentos ao que realmente so: uma piada! A vocs, meus caros fundamentalistas, deixo uma mensagem do prprio Charles Darwin

CIE-01: A evoluo apenas uma teoria Alegao: Perece(sic) que no final das contas todos ns concordaremos que a Teoria da evoluo NUNCA passar de uma mera teoria. Resposta: Muitas vezes as pessoas confundem Teoria Cientfica com teoria popular, por puro desconhecimento dos termos. Uma teoria cientfica o grau mximo de comprovao de uma hiptese. Da mesma forma que a Teoria da Relatividade, a Teoria da Gravitao, e a Teoria Atmica, a Teoria da Evoluo cientificamente aceita por apresentar evidncias cientficas. A diferena entre Teoria e Lei, que a lei foi comprovada em sua totalidade, enquanto uma teoria ainda restam pontos a serem comprovados. por esse motivo que as leis tendem a ser mais simples que as teorias. E a Teoria da Evoluo j foi comprovada, tanto em campo quanto em laboratrio. de grande utilidade em reas como epidemiologia, controle de pragas, pesquisas medicinais, entre outros (Bull and Wichman 2001; Eisen and Wu 2002; Searls 2003). Outra confuso entre teoria e fato. Teoria no fato, mas sim composta por fatos. Dizemos que a evoluo um fato, e que a teoria da evoluo explica o fato. Se apenas uma teoria fosse objeo a alguma coisa, criaci onistas tambm deveriam ser antigravitacionistas, antiatomistas e antirelativistas. E mesmo assim, at a teoria gravitacional apresenta grandes desafios (Milgrom 2002), mas mesmo assim o fenmeno da gravidade, assim como a evoluo, continua sendo um fato. Referncias:

Bull, J. J. and H. A. Wichman. 2001. Applied evolution. Annual Review of Ecology and Systematics 32: 183-217. Eisen, J. A. and M. Wu. 2002. Phylogenetic analysis and gene functional predictions: Phylogenomics in action. Theoretical Population Biology 61: 481-487. Milgrom, Mordehai. 2002. Does dark matter really exist? Scientific American 287(2) (Aug.): 42-52. Searls, D. 2003. Pharmacophylogenomics: Genes, evolution and drug targets. Nature Reviews Drug Discovery 2: 613-623.

Informaes Complementares: A TE APENAS UMA TEORIA O ttulo foi s para chamar a ateno. O tpico direcionado para aqueles que no esto com os estudos de metodologia cientfica em dia, aqui so dadas as definies de teoria, hiptese, postulado, etc. HIPTESE Uma hiptese uma teoria provvel mas no demonstrada, uma suposio admissvel. Na matemtica, o conjunto de condies para poder iniciar uma demonstrao. Surge no pensamento cientfico aps a recolha de dados observados e na consequncia da necessidade de explicao dos fenmenos associados a esses dados. normalmente seguida de experimentao, que pode levar verificao ou refutao da hiptese. Assim que comprovada, a hiptese passa a se chamar teoria, lei ou postulado. TEORIA Teoria cientfica o nome dado ao sistema organizado de idias e conceitos que explicam um conjunto de fenmenos (ou leis) que podem ser testados por meio de experincias reprodutveis. Uma teoria cientfica o maior grau de comprovao que uma hiptese pode alcanar, sendo considerada o conhecimento atual mais seguro sobre o tema que trata. Existem basicamente trs nveis para se definir a validade de uma afirmao dentro do conhecimento cientfico. O mais bsico a hiptese. Quando essa hiptese passa a ser suportada por fatos ainda sem ser confirmada por pesquisas independentes, passa a ser considerada uma tese (atualmente esse termo est em desuso, sendo uma etapa muitas vezes suprimida). Por ltimo surge a teoria. Para se estabelecer como teoria as suas evidncias devem ser comprovadas pelo crivo do Princpio da Falseabilidade postulado por Karl Popper. Toda teoria cientfica deve ser formada usando a lgica, principalmente por processos de deduo (mas tambm por induo) baseando-se nas evidncias que sustentam a sua afirmao. Para a validao de qualquer teoria, absolutamente necessria a existncia de um ou mais experimentos reprodutveis que a sustente. A ausncia de experimentos ou da sua reprodutibilidade (o que implicaria que o princpio da falseabilidade no foi satisfeito) impedem que qualquer hiptese possa alcanar o nvel de teoria. Equvocos sobre teorias cientficas

Muitas vezes as pessoas se confundem sobre a definio de uma teoria. Nossos dicionrios trazem o significado que corresponde a uma viso popular de uma teoria, o que seria equivalente a uma hiptese, ou definindo de uma forma ainda melhor, uma especulao. No entanto, na Cincia, uma hiptese no o mesmo que teoria. H tambm uma confuso quando se quer analisar o grau de confiabilidade que uma teoria apresenta. Muitas pessoas acreditam que uma lei cientfica possuiria um grau maior de comprovao que uma teoria, mas no isso que ocorre. Teorias e leis segundo a cincia so conceitos distintos, de natureza diferente, e logo tratam de coisas diferentes. Entre elas no existe nenhum tipo de hierarquia, sendo comum o fato de que muitas teorias de fato explicam leis de certa forma, sendo as teorias mais abrangentes. Outra confuso freqente o equvoco entre fato e teoria. TEORIA o que explica o fato, e portanto uma teoria deve ser construda a partir de um fato. No se pode afirmar que uma teoria um fato. O que acontece que muitas leis cientficas possuem o mesmo nome que teorias. E muitos fatos so referncias diretas a essa ou aquela teoria. Um bom exemplo a teoria da gravidade. Existe tambm a lei da gravidade, e existe o fato comprovado da atrao da matria. So trs coisas diferentes que muitas vezes podem ser interpretadas como uma s e isso pode acontecer tambm em relao a vrias outras teorias. LEI Lei, no sentido cientifico, uma regra que descreve um fenmeno que ocorre com certa regularidade. Ao contrrio da lei no sentido jurdico, a lei cientfica no tem o poder de determinar que um fato qualquer deva ou no ocorrer. Ela apenas verifica a sua ocorrncia, analisando as causas e os efeitos relacionados com o evento. Como exemplos de leis cientficas podem ser citadas a lei da oferta e da procura e as leis de Newton. Uma lei natural um enunciado de uma verdade cientfica, assim compreendida no mbito de um paradigma cientfico. Forosamente, tal enunciado deve ser um reconhecimento, atravs do mtodo cientfico, de um conhecimento sugerido ou por uma teoria fsica, ou ainda por um fato observado. Um lei natural deve ter certas caractersticas de generalidade e abrangncia, a fim de poder ter um aspecto prtico. Por outro lado, deve tambm ser falsevel, no sentido em possa ser refutada, tanto logica como experimentalmente. Do contrrio, poderia ser enquadrada como religio, filosofia, arte ou qualquer outra atividade do gnero humano, mas no cincia. comum, embora no necessariamente, uma lei natural ser expressa em termos matemticos. Quando tal acontece, assume a feio de uma frmula matemtica, envolvendo uma relao entre duas ou mais grandezas fsicas. POSTULADO

Na epistemologia, um axioma ou postulado uma verdade auto-evidente., na qual outros conhecimentos se devem apoiar e a partir da qual outro conhecimento construdo. Contudo, nem todos os epistemologistas concordam que os axiomas, entendidos neste sentido, existam. Fonte: http://tiosam.com/?q=Hip%C3%B3tese

CIE-02: A evoluo nunca foi provada Alegao: A evoluo no pode ser uma tese, porque uma tese deve ser provada, enquanto que a doutrina da evoluo no-provada e tambm no-palpvel. (http://www.scb.org.br/artigos/FC01-27a42.asp) Resposta: Nada no mundo real pode ser provado com absoluta certeza. Porm algo pode ser afirmado com alto grau de certeza. No caso da evoluo, ns temos montanhas de dados e evidncias provenientes de diversos campos de conhecimento. Extensivas evidncias podem ser encontradas em diferentes formas, mostradas a seguir: Toda a vida na Terra mostra uma unidade nos mecanismo de replicao, hereditariedade, catlise e

metabolismo. Ancestralidade comum prev uma hierarquia organizada, ou em grupos dentro de grupos. Ns vemos

tal arranjo em uma nica, consistente e bem definida hierarquia, a saber, a chamada rvore da vida. Linhas diferentes de estudos do os mesmos arranjos para a rvore da vida. Ns temos os mesmos

resultados, no importando se olhamos morfologicamente, bioquimicamente ou geneticamente. Fsseis animais tambm se encaixam na rvore da vida. Temos vrios exemplos de fsseis

transicionais. Os fsseis aparecem em uma ordem cronolgica, com as mudanas consistentes com ancestrais

comuns aps centenas de milhares de anos, e inconsistentes com criao repentina. Muitos organismos possuem rgos vestigiais rudimentares, como olhos que no enxergam ou asas

que no voam. Atavismos ocorrem de vez em quando. Um atavismo o reaparecimento de uma caracterstica

presente em um ancestral distante, mas que foi perdido nos ancestrais recentes. Os atavismos so sempre consistentes com a histria evolucionria do organismo. Ontogenia (embriologia e biologia do desenvolvimento) fornece informaes sobre a histria

evolucionria do organismo. Por exemplo, embries de baleias e de muitas cobras apresentam membros inferiores, que depois so reabsorvidos aps o nascimento.

A distribuio das espcies consistente com sua histria evolucionria. Por exemplo, marsupiais

esto mais limitados Austrlia, e as excees podem ser explicadas pela deriva continental. Ilhas remotas geralmente possuem espcies de animais que so altamente diversificados, mas prximos geneticamente. Tal consistncia ainda permanece quando includa a distribuio por fsseis. A evoluo prev que novas estruturas so adaptadas de outras que j existiam, e, portanto

similaridades estruturais refletem a histria evolucionria dos organismos. Por exemplo, mos humanas, asas de morcegos, patas de cavalos e nadadeiras de baleias, todos possuem estrutura ssea similar, apesar de funes completamente diferentes. O mesmo princpio vale a nvel molecular. Humanos partilham uma vasta quantidade de seus genes

(cerca de 70%) com moscas da fruta e com nematides. Quando dois organismos evoluem a mesma funo independentemente, surgem diferentes estruturas.

Por exemplo, asas de pssaros, de morcegos, pterodtilos e de insetos. E muitos outros animais podem planar de vrias outras formas. E, de novo, isso tambm ocorre em nvel molecular. As limitaes do desenvolvimento evolucionrio algumas vezes levam a estruturas ineficazes em

alguns aspectos. Por exemplo, a garganta e o sistema respiratrio humano tornam impossvel respirar e engolir ao mesmo tempo, sob o risco de sufocar. Estruturas ineficazes tambm aparecem a nvel molecular. Por exemplo, grande parte do DNA no

possui funo. Alguns DNAs sem funo, como transposons, pseudogenes e vrus endgenos, mostram um padro

de hereditariedade, mostrando ancestralidade comum. A especiao j foi observada. Os aspectos da evoluo dia-a-dia variabilidade gentica, mudanas morfolgicas, mudanas

funcionais, e seleo natural ocorrem em taxas consistentes com ancestrais em comum. Ainda mais, as diferentes linhas de pesquisa so consistentes entre si, todas elas apontam para o mesmo fato. Por exemplo, evidncias partir da duplicao dos genes no genoma do levedo mostram que sua habilidade para fermentar glicose evoluiu cerca de oito milhes de anos atrs. Evidncias fsseis mostram que frutas fermentveis se tornaram comuns em torno do mesmo perodo de tempo. Outras evidncias genticas que mostram essa mudana so encontradas em plantas e insetos frutferos, tambm no mesmo perodo (Benner et al. 2002). As evidncias so massivas e consistentes, e todas apontam para o mesmo fato consumado da evoluo, incluindo ancestralidade comum, mudana com o tempo, e adaptao influenciada pela seleo natural. Seria presuno demais no aceitar esses fatos como evidncia cientfica. Referncias: Theobald, Douglas. 2004. 29+ Evidences for macroevolution: The scientific case for common descent.http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/

Colby, Chris. 1993. Evidence for evolution: An eclectic survey.http://www.talkorigins.org/faqs/evolutionresearch.html Moran, Laurence. 1993. Evolution is a fact and a theory.http://www.talkorigins.org/faqs/evolution-fact.html Benner, S. A., M. D. Caraco, J. M. Thomson and E. A. Gaucher. 2002. Planetary biology paleontological, geological, and molecular histories of life. Science 296: 864-868. Mercer, John M. and V. Louise Roth. 2003. The effects of Cenozoic global change on squirrel phylogeny. Science 299: 1568-1572.

CIE-03: A evoluo no faz previses Alegao: A verdadeira cincia precisa fazer previses. A teoria da evoluo apenas descreve o que ocorreu no passado, ela no faz previses. Resposta: A diferena entre o poder de previso da TE e de outras cincias de escala, no de tipo ou qualidade. Todas as teorias so simplificaes, elas propositalmente desprezam tantas variveis externas quanto possveis. Mas essas variveis afetam a previso, com certeza. Por exemplo, voc pode prever a rbita de um planeta, mas seus clculos estaro sempre um pouco fora do real, porque impossvel considerar todos os efeitos de todos os pequenos corpos celestes do sistema solar. J a evoluo mais sensvel s condies iniciais e a fatores externos, ento previses especficas sobre como as mutaes iro ocorrer e quais caractersticas vo sobreviver so impraticveis. No entanto possvel fazer previses gerais sobre o futuro, por exemplo, podemos prever que vrus e bactrias que provocam doenas um dia se tornaro resistentes a qualquer medicamento novo que exista hoje. E tem mais, o poder de previso da cincia vem de dizer coisas que no seramos capazes de dizer sem ela. No precisa ser necessariamente sobre o futuro. Por exemplo, podemos prever eclipses que ocorreram milhares de anos atrs. Evoluo permite incontveis previses desse tipo. E mesmo assim, a evoluo foi a base para muitas previses no futuro: Darwin predisse, baseado em homologias com primatas africanos, que os ancestrais humanos

surgiram na frica. Isso foi confirmado por evidncias fsseis e evidncias genticas (Ingman et al. 2000). A teoria predisse que organismos em ambientes heterogneos e que mudam bastante deveriam ter

maiores taxas de mutaes. Isso foi descoberto em casos de bactrias infectando pulmes de pacientes com fibrose cstica crnica (Oliver et al. 2000). A relao predador-presa so alteradas em inmeras formas, atravs da evoluo da presa (Yoshida

et al. 2003). Ernst Mayr predisse em 1954 que a especiao deveria ser acompanhada por grande crescimento

evolutivo. Uma anlise filogentica apoiou essa afirmao (Webster et al. 2003).

Vrios autores predisseram as caractersticas dos ancestrais dos craniados (animais com crnio).

Aps estudo detalhado, o fssil Haikouellase encaixa na descrio perfeitamente (Mallatt and Chen 2003). A evoluo predisse que diferentes tipos de caractersticas deveriam dar a mesma rvore filogentica.

Isso foi confirmado uma mirade de vezes, com diferentes seqncias de protenas, por Penny et al. (1982). Com previses como essas, a teoria da evoluo pode e foi colocada em prtica em vastas reas de conhecimento, como descobrimento de novos remdios e controle de pragas. Referncias: Wilkins, John. 1997. Evolution and philosophy: Predictions and

explanations.http://www.talkorigins.org/faqs/evolphil/predict.html Ingman, M., H. Kaessmann, S. Paaba and U. Gyllensten. 2000. Mitochondrial genome variation and the origin of modern humans. Nature 408: 708-713 . See also: Blair Hedges, S. 2000. A start for population genomics. Nature 408: 552-553. See also: Thomson, Jeremy, 2000 (7 Dec.). Humans did come out of Africa, says DNA. Nature Science Update,http://www.nature.com/nsu/001207/001207-8.html Mallatt, J. and J.-Y. Chen. 2003. Fossil sister group of craniates: Predicted and found. Journal of Morphology 258(1): 1-31. Marden, Jim, 2005. Flap those gills and fly: Comment (#46024:

10/29).http://pharyngula.org/index/weblog/comments/flap_those_gills_and_fly/P25/#c46024 Oliver, Antonio et al. 2000. High frequency of hypermutable Pseudomonas aeruginosa in cystic fibrosis lung infection. Science 288: 1251-1253. See also Rainey, P. B. and R. Moxon. 2000. When being hyper keeps you fit. Science 288: 1186-1187. See also: LeClerc, J. E. and T. A. Cebula. 2000. Pseudomonas survival strategies in cystic fibrosis (letter), 2000. Science 289: 391-392. Penny, David, L. R. Foulds, and M. D. Hendy. 1982. Testing the theory of evolution by comparing phylogenetic trees constructed from five different protein sequences. Nature 297: 197-200. Webster, Andrea J., Robert J. H. Payne, and Mark Pagel. 2003. Molecular phylogenies link rates of evolution and speciation. Science 301: 478. Yoshida, T., L. E. Jones, S. P. Ellner, G. F. Fussmann and N. G. Hairston Jr. 2003. Rapid evolution drives ecological dynamics in a predator-prey system. Nature 424: 303-306.

CIE-04: A Evoluo no pode ser falseada Alegao: A evoluo no falsevel e, portanto no pode ser considerado cincia. Resposta:

Existem vrias formas de falsear a Teoria da Evoluo. Se fossem encontrados, por exemplo: Um registro fssil esttico. Quimeras verdadeiras, seres que tivessem combinados diversas partes diferentes e de diversas

linhagens, e que no pudessem ser explicados por transferncia gentica (cuja transferncia ocorre por pequenas quantidades de DNA entre geraes), ou por simbiose (quando dois organismos se unem). Um mecanismo que impea as mutaes de acumularem. A observao de organismos sendo criados.

CIE-05: Ningum estava l para ver Alegao: Como se chega ento a concluso de que a Teoria da Evoluo existiu e existe de fato, se n o tinha ningum para observar? Resposta: Eventos no passado deixam marcas no presente, e podemos olhar para a evidncia hoje. Se essa pergunta fosse vlida para desacreditar a evoluo, o que ento ela faria com o cristianismo, j que toda a crena crist baseada em situaes que ningum aqui presenciou para saber se eram verdade ou no? Isso sem falar que nenhum criminoso jamais iria para a cadeia a no ser se fosse pego em flagrante. Uma pergunta que seria muito mais pertinente como voc sabe disso? Se a pessoa no responder a pergunta, pode assumir que ela no tem base para afirmar aquilo. Se ela responde subjetivamente, significa que aquela resposta no necessariamente vale para as outras pessoas. Mas se ela responde satisfatoriamente, com evidncias cientficas, voc pode levar a alegao a srio.

CIE-06: A cincia sempre muda Alegao: Teorias cientficas esto sempre mudando. Voc no pode confiar no que os cientistas dizem, porque amanh pode ser diferente. Resposta: A cincia investiga questes difceis sobre o desconhecido. Cientistas so seres humanos, ento normal que algumas descobertas cientficas no sero perfeitas. No entanto, a cincia trabalha investigando mais e mais, o que significa que os resultados so confirmados e reconfirmados com novas descobertas. A razo do porque a cincia muda porque ela corrigida. Esse processo de correo que faz da cincia uma das reas de maior sucesso no comportamento humano.

E quanto mais evidncias se acumulam, mais e mais a cincia se aproxima da verdade. Teorias que suportaram vrias dcadas de estudo podem ter alguns ajustes em alguns detalhes, mas muito difcil que elas sejam abandonadas completamente. Essa a grande beleza da cincia, ela se corrige e se fiscaliza. E por isso podemos confiar na cincia. A cincia humilde, ela aprende com os erros, admite que errou, e procura mudar para melhor. Diferente dos dogmas religiosos, que resistem mudana, raramente admitem seus erros, e dificilmente aprendem com seus erros. Interessante notar tambm que os que dizem que no se pode confiar na cincia no abrem mo de remdios, de cirurgias, de tecnologia, etc.

CIE-07: Cientistas so pressionados a aceitar a TE Alegao: Cientistas so pressionados a no desafiar o dogma pr-estabelecido da evoluo. Resposta: A presso que a cincia impe no enfraquece a validade da evoluo, muito pelo contrrio. Cientistas seriam muito mais recompensados e ficariam muito mais famosos quando descobrem coisas novas, e no apoiando princpios que j so bem conhecidos. Se um cientista encontrasse alguma evidncia que falseasse a evoluo, ele ou ela ficariam mundialmente famosos e seu nome seria escrito nos livros de biologia para sempre. Quem parece receber muita presso so os criacionistas. J que toda a sua viso de mundo ameaada por novas descobertas, eles so fortemente motivados a no admitir nada que contrarie suas idias prestabelecidas. Veja esse juramento que os criacionistas do site Answer in Genesis precisam aceitar: No apparent, perceived or claimed evidence in any field, including history and chronology, can be valid if it contradicts the Scriptural record. Nenhuma evidncia aparente, detectada ou alegada em qualquer campo, incluindo histria e cronologia, pode ser vlida se ela contradiz o relato nas escrituras. Fonte: Answer Genesis Isso sim presso.

CIE-08: A Cincia naturalista Alegao: A cincia baseada no naturalismo, a improvvel idia de que a natureza s o que existe.

(http://www.arn.org/docs/johnson/pjdogma1.htm) Resposta: O naturalismo que a cincia adota o naturalismo metodolgico. Ela no assume que a natureza tudo o que existe, e sim que a natureza a nica medida padro que temos. O sobrenatural no est eliminado a priori; se existirem resultados que possam ser estudados cientificamente, o sobrenatural ser estudado cientificamente. Isso quase no acontece porque praticamente nunca se viu resultados sobrenaturais confiveis. E o naturalismo funciona. Adotando a metodologia naturalista, tivemos enormes avanos na indstria, medicina, agricultura, tecnologia, e muitos outros campos. Se ainda adotssemos o sobrenatural como mtodo cientfico, provavelmente ainda estaramos queimando bruxas para espantar a seca e passando sangue de pombo nas paredes para afastar maus espritos. E, alm disso, disputas sobre explicaes sobrenaturais tendem a acabar em violncia. Cientistas podem resolver suas diferenas apresentando evidncias. Porm qualquer um pode dar uma explicao sobrenatural sobre qualquer coisa, e se a vontade de estar certo for muito grande de ambos os lados, eles tendem a matar uns aos outros. Referncias: Isaak, Mark. 2002. A philosophical premise of naturalism?http://www.talkdesign.org/faqs/naturalism.html Astin, J. A., E. Harkness and E. Ernst. 2000. The efficacy of distant healing: a systematic review of randomized trials. Annals of Internal Medicine 132(11): 903-910. Enright, J. T. 1999. Testing dowsing: The failure of the Munich experiments. Skeptical Inquirer 23(1): 3946.

CIE-09: A Evoluo uma Teoria intil Alegao: Quando examinamos o conceito de evoluo do ponto de vista prtico, muito difcil encontrar alguma forma dessa linha de pensamento ter ajudado a resolver algum problema cientfico ou feito qualquer contribuio positiva para a sociedade. (http://www.icr.org/index.php?module=articles&action=view&ID=252) Resposta: A Teoria Evolucionria a moldura que une toda a biologia. Ela explica as similaridades e as diferenas entre organismos, fsseis, biogeografia, resistncia a drogas, caractersticas peculiares em animais como a cauda do pavo, a virulncia de parasitas, e muito mais. Sem a Teoria da Evoluo talvez ainda fosse possvel saber muito sobre biologia, mas no seria possvel entend-la. Essa moldura proporcionada pela Evoluo extremamente til no sentido prtico. Primeiro, uma teoria unificada mais fcil de compreender, porque os fatos se conectam e se unem, ao invs de serem vrios

pedaos isolados de conhecimento. Segundo, tendo uma teoria unificada torna possvel ver lacunas ainda existentes, sugerindo novas e produtivas reas de pesquisa. A Teoria Evolucionria j foi colocada em uso prtico em vrias reas (Futuyma 1995; Bull and Wichman 2001). Por exemplo: Bioinformtica, uma indstria multimilionria, consistindo basicamente em comparaes entre

seqncias genticas. Descendncias com modificaes a mais bsica das assunes. Doenas e pestes evoluem, criando resistncia s drogas que usamos contra elas. A Teoria

Evolucionria usada no campo do controle de resistncia na medicina e na agricultura, primordial para a nossa sobrevivncia (Bull and Wichman 2001). A Teoria Evolucionria usada na piscicultura, para aumento de produo (Conover and Munch,

2002). Seleo artificial tem sido usada desde a pr-histria, mas se tornou muito mais eficiente com o uso

aplicado da Teoria da Evoluo O uso aplicado da evoluo de parasitas na populao humana pode ser usado para guiar a poltica

de sade pblica (Galvani 2003). Reproduo sexual, baseado na evoluo, foi usada para predizer quais condies o pssaro kakapo

iria produzir mais espcies fmeas, o que o salvou da completa extino (Sutherland 2002). A Teoria Evolucionria foi e tem sido usada, e tem potencial para muito mais em muitas outras reas, desde avaliaes de plantaes geneticamente modificadas at psicologia humana. E mais aplicaes com certeza viro. Anlise filogentica, que usa o princpio evolucionrio de um ancestral comum, j provou ser til em: Traar genes cuja funo conhecida e comparando como eles se relacionam com genes

desconhecidos, para prever as funes deles, que o fundamento para descobrir novas drogas (Branca 2002; Eisen and Wu 2002; Searls 2003). Anlises filogenticas o padro para a epidemiologia, j que permite a identificao de centros de

doenas, e algumas vezes observar passo a passo a transmisso de doenas. Por exemplo, uma anlise filogentica confirmou que um dentista da Flrida estava infectando seus pacientes com o HIV, e que HIV1 e HIV-2 foram transmitidos aos seres humanos de chimpanzs (Bull and Wichman 2001). Foi usada em 2002 para ajudar a prender um homem que intencionalmente infectava pessoas com HIV (Vogel 1998). O mesmo princpio pode ser usado para traar a origem de armas biolgicas. Anlise filogentica tambm pode ser usada para traar a diversidade de uma patologia, e selecionar

qual a melhor vacina para uma regio em particular (Gaschen et al. 2002). Ribotipagem uma tcnica para identificar um organismo ou pelo menos encontra seu parente mais

prximo, mapeando seu RNA ribossmico dentro da rvore da vida. Pode ser usado quando no possvel fazer culturas desses organismos ou reconhecvel por outros mtodos. Ribotipagem foi usada

para encontrar agentes infecciosos de doenas que afetam seres humanos, antes desconhecidos (Bull and Wichman 2001; Relman 1999). Evoluo direta permite a criao de molculas e de grupos de molculas para criar ou aperfeioar produtos, tais como: Bactrias capazes de decompor materiais txicos. Enzimas Pigmentos (Arnold (Arnold 2001) 2001) Antibiticos Sabores Biopolmeros

Os princpios evolucionrios de seleo natural, variao e recombinao so a base de algoritmos genticos, uma tcnica de engenharia que possui muitas aplicaes, incluindo engenharia aeroespacial, arquitetura, astrofsica, engenharia eltrica, finanas, geofsica, engenharia de materiais, robtica e sistemas de engenharia (Marczyk 2004). E a boa cincia no requer que necessariamente tenha aplicao prtica alm de saber a verdade, e muitos fatos na cincia no tem muita aplicao prtica alm da curiosidade, como astronomia, geologia, paleontologia e histria natural. Para muitas pessoas, o conhecimento sozinho j suficiente. Para finalizar, idias criacionistas existem h milnios e at hoje no tiveram nenhuma contribuio prtica para a sociedade. MOR-01: Evoluo a base de uma sociedade imoral. Alegao: Se o evolucionismo parte do pressuposto que Deus (se e que Ele existe para eles) esta ausente dos processos que ocorrem na natureza, segue-se que os seus defensores no precisam se preocupar em dar satisfao a ningum da sua conduta moral, pois eles e que so donos de si mesmos e no Deus! Dai surgirem as filosofias da irresponsabilidade, depravao moral e outras tragdias que se abatem pelo mundo. Dai surgirem os comportamentos animalescos que testemunhamos em nossos dias. Assassinos em srie, pais matando filhos, filhos matando pais, canibais, homossexualis mo, etc E o pecado da criatura rejeitando o Criador. Fonte: Sola Scriptura Resposta: A Teoria da Evoluo no moral, nem imoral, ela amoral. Ela descritiva. Ela descreve fatos da realidade, da natureza. O que as pessoas fazem com esses dados o que pode ser considerado moral ou imoral, mas a culpa no da Teoria da Evoluo, assim como a Teoria da Relatividade no culpada pela bomba atmica. Algumas idias imorais, como a eugenia e o darwinismo social, so fruto de distores e idias incompreendidas do que realmente a Teoria da Evoluo.

At porque a evoluo e a seleo natural privilegiam comportamentos sociais benficos, cooperao e at altrusmo como sendo mais aptos para a sobrevivncia da espcie. Referencias: Estado de Sao Paulo O Gene do Altruismo

MOR-02: Evoluo aumentou a criminalidade Alegao: Todo crime resultado do pecado, e claro que j haviam crimes antes de Charles Darwin promover a evoluo, mas medida que a teoria aumentou, aumentou tambm a criminalidade. Fonte: The Result of Believing Evolution Resposta: A criminalidade sobe e desce e sua variao depende das condies scio-econmicas do pas, das condies de vida da populao, da taxa de desemprego, etc. No h nenhuma correlao aparente entre ensino da Evoluo e o aumento da criminalidade. Muito pelo contrrio, os pases que mais aceitam a evoluo de fato possuem as menores taxas de homicdios, mortalidade juvenil, taxas de doenas sexualmente transmissveis, gravidez na adolescncia, e taxas de aborto (fonte:http://moses.creighton.edu/JRS/pdf/2005-11.pdf ). Alm do mais, os dados no necessariamente possuem correlao de causa e efeito. Depois que a Teoria da Evoluo passou a ser ensinada, tambm as mortes causadas por cncer diminuram, as viagens areas aumentaram, e a temperatura mundial aumentou. Seria a Teoria da Evoluo responsvel por isso tambm?

MOR-03: Sobrevivncia do mais forte o correto Alegao: No h nada digno de glria na doutrina da evoluo, com sua filosofia de que o direito est na fora, na sobrevivncia do mais apto. Resposta: Esse tipo de argumento uma falcia, dizendo que a forma como as coisas so implica em como elas deveriam ser. como dizer que porque um brao est quebrado ele deveria continuar quebrado. E o prprio Darwin jamais usou esses termos. O correto a sobrevivncia do mais apto. Bactrias no so mais fortes que seres humanos, e no entanto muitas delas podem nos matar facilmente. Mas isso no significa que essa a forma correta que as coisas devem ser. A evoluo descritiva, ela descreve a natureza como ela , e no como ela deveria ser.

E ns, seres humanos, nos tornamos mais aptos usando nossa mente para ajudarmos uns aos outros, em cooperao e respeito mtuos.

MOR-04: Evoluo leva ao Darwinismo social Alegao: Darwinismo leva ao darwinismo social, a poltica de que os fracos deveriam morrer. Resposta: A origem do termo darwinismo social no foi de Darwin, mas sim de Herbert Spencer, indo at Hobbes via Malthus. Spencer era lamarcksista. A nica conexo entre darvinismo e darwinismo social o nome. A Teoria da Evoluo na verdade nos mostra que a sobrevivncia em longo prazo de uma espcie est fortemente ligada sua variabilidade gentica. Todos os programas de Darwinismo Social apenas diminuiriam a variabilidade gentica e portando diminuem as chances de sobrevivncia em longo prazo, em caso de epidemias ou mudanas ambientais. Uma boa compreenso da Teoria da Evoluo mostra que darwinismo social na verdade um risco para a humanidade, e no tem nada a ver com as idias de Darwin. Referencias: http://www.talkorigins.org/faqs/evolphil/social.html Bannister, R. C., 1979. Social Darwinism: Science and Myth in Anglo-American Social Thought. Philadelphia: Temple University Press. Bowler, P. J., 1993. Biology and Social Thought, 1850-1914. Berkeley papers in history of science; 15. Berkeley, Calif., Office for History of Science and Technology University of California at Berkeley: 95. Hofstadter, R., 1944. Social Darwinism in American Thought. Philadelphia: University of Pennsylvania Press. Kevles, D., 1995. In the Name of Eugenics: Genetics and the Uses of Human Heredity. New York: Knopf. Ruse, Michael, 2001. Social Darwinism. Chapter 10 in: Can a Darwinian Be a Christian?, Cambridge University Press.

MOR-05: Se o homem um animal, ele no tem moral Alegao: A evoluo diz que o homem um animal, mas homens so morais, idealsticos, religiosos, etc, e os animais no. Resposta:

No a evoluo quem diz que o ser humano um animal, e sim a biologia bsica. E desde quando animais no possuem senso de moral? Quem diz isso provavelmente jamais teve um cachorro. No Brasil temos at um caso de um vira-latas que salvou a vida de seu dono, um garoto de 6 anos, de um ataque de um pit-bull (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u17251.shtml ). Mas no precisamos ir to longe. Ces e gatos s vezes demonstram sentimentos quase humanos, ficam preocupados, sentem saudades, brincam, sentem cimes, arrependimento, e sabem quando fazem coisa errada. Golfinhos so verdadeiros altrustas. Eles jamais abandonam algum membro de seu grupo, mesmo quando correm perigo. Pescadores clandestinos sabem disso, e sempre ferem um ou dois golfinhos, para que todo o bando possa ser capturado. Sem falar nos gorilas. A Koko por exemplo, possui um vocabulrio de mais de 1.000 palavras em linguagem de sinais, e entende 2.000 palavras em ingls. Estudos mostram que ela apresenta qualidades antes consideradas exclusivamente humanas, como raciocnio, imaginao e sentimentos ( http://www.koko.org/index.php ). Quem define o senso de moral o prprio ser humano. No so as nossas origens que vo ditar o que moral e imoral, e sim a forma como ns seres humanos vemos o mundo e de que forma queremos melhor-lo.

MOR-06: Se eu vim do macaco, posso agir como um Alegao: um fato pouco conhecido que no que voc acredita determina como voc age. E se voc acredita que veio do macaco, isso no lhe d a permisso de agir como um tambm? http://br.youtube.com/watch?v=yUYi0076CwE Resposta: Em primeiro lugar, a Teoria da Evoluo no diz que viemos do macaco. Esse um dos erros mais comuns dos criacionistas, e s por ele j d para tem uma idia do nver de conhecimento da figura. Segundo a TE humanos e demais primatas possuem um ancestral comum, em algum lugar no passado. Ou seja, quer dizer que somos parentes, como primos, mas no que um descende do outro. Da mesma forma que somos parentes do elefante, da banana, dos cangurus, das moscas e das planrias. Alis, todas as criaturas so parentes umas das outras, ligadas por uma nica rvore genealgica. O fato de todos os animais serem parentes uns dos outros j derruba essa idia de que podemos agir como macacos. O nosso nvel de compreenso do universo muito superior ao dos primatas, apesar de que eles tambm compreendem o universo sua maneira.

Descobrir sobre nossas origens no vai mudar a forma como somos. Descobrir que voc aparentado com os primatas no vai fazer voc deixar de ser quem voc . Isso ridculo.

MOR-07: Hitler baseou suas idias em Darwin Alegao: Vemos Hitler supremamente convencido de que s a evoluo produz uma base verdadeira para a poltica nacional Os meios adotados por ele para assegurar o destino da sua raa e do povo foram matanas organizadas, que saturaram a Europa de sangue Tal conduta altamente imoral quando medida por qualquer escala de tica, toda via a Alemanha a justifica; ela est de acordo com a moral tribal ou evolucionista. A Alemanha voltou ao passado tribal e est demonstrando ao mundo, em toda a sua nudez, os mtodos da evoluo No h dvidas de que a evoluo foi a base de todo o pensamento nazista, desde o incio at o fim. Todavia, de fato um fenmeno notvel que to poucos tivessem se apercebido disso at hoje. Resposta: Deturpao e mentira. Hitler no baseou suas idias no evolucionismo, mas no direito divino de governar. Assim, o movimento popular de maneira nenhuma acredita na igualdade de raas, mas que nas suas diferenas se reconhece seu maior ou menor valor e se sente obrigado, de acordo com esse conhecimento, a promover a vitria do melhor e do mais forte, e obrigar a subordinao do inferior e mais fraco, de acordo com a vontade eterna que domina esse universo (Hitler, Mein Kampf) Mein Kampf tambm sugere que Hitler tenha sido criacionista: Atacando a existncia da cultura humana pela destruio do s eu senhor, de acordo com a nossa filosofia, parece o pior dos crimes. Qualquer um que se atrever a por as mos na imagem do Senhor comete sacrilgio contra o benevolente Criador em seu milagre e contribui para a expulso do paraso (Hitler, Mein Kampf) e: O que devemos lutar pela proteo da existncia e reproduo da nossa espcie, para que nosso povo possa amadurecer para o cumprimento da misso dada pelo criador do universo (Hitler, Mein Kampf). O testamento de Hitler ainda diz: Em acordo com os desejos do Criador Todo Poderoso, atuando contra o Judeu, estamos lutando em Seu nome. Isso, claro, no significa que ele baseou suas idias no criacionismo. Na verdade, ele deturpou tanto a religiosidade quanto a cincia.

A Teoria da Evoluo clara ao dizer que a diminuio da variabilidade gentica de uma populao aumenta o risco de extino. Genocdios, limpezas tnicas, racismo, etc, nada disso contribui para a perpetuao da espcie. Muito pelo contrrio, miscigenao, mistura de etnias, tolerncia e altrusmo que so favorveis. Outra: as idias de Einstein foram usadas para criar a bomba atmica. Isso no faz dele uma pessoa m ou um criminoso. Nem faz da Teoria da Relatividade uma teoria perigosa, que deveria ser banida das escolas e esquecida para sempre. E muito menos prova que a Teoria estava errada. Devemos agora banir o conhecimento por medo das consequncias? Vamos pagar o preo de voltar idade mdia por causa de pessoas que usam o conhecimento de forma errada? Estamos dispostos a isso? Cincia uma ferramenta, como uma faca ou uma tesoura. Pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. Cabe a ns aprendermos com nossos erros, e criar um futuro melhor para nossos filhos e netos, usando as ferramentas que temos.

MOR-08: A Teoria da Evoluo racista Alegao: Fica claro que, neste caso {racismo}, no foi a cincia que influenciou as atitudes racistas. Muito pelo contrrio, foi uma crena a priori na inferioridade negra que determinou a seleo preconceituosa de provas. De um rico corpo de dados que poderia apoiar praticamente qualquer assero racial, os cientistas selecionaram fatos que corroboravam suas concluses prediletas, segundo as teorias em voga no momento Resposta: A Teoria da evoluo no racista, da mesma forma que a Teoria da relatividade no machista ou feminista. Teorias fornecem explicaes naturais para os fatos da realidade. O que fazemos com essas informaes responsabilidade nossa, mas no muda o fato das coisas serem como elas so, ou seja, que os seres vivos evoluem. Por anos a bblia foi usada para justificar a escravido, no entanto cristos no vem problemas em dizer que os versculos foram deturpados por pessoas inescrupulosas. Ento, no deveriam ver problemas se a mesma desculpa utilizada para defender o mau uso da teoria da evoluo. Porm, entendida propriamente, a evoluo refuta qualquer noo de racismo. A evoluo, apoiada pela gentica, mostrou que no existe o conceito de raas para os seres humanos. Somos muito prximos uns dos outros para sermos separados por raas, por causa de nossa ancestralidade comum. De fato, a evoluo destruiu o conceito de raa negra, raa branca, raa amarela, que consistem nas bases do racismo. EPI-01: Argumento da incredulidade. Alegao:

inconcebvel que insira alguma coisa complexa aqui, olho, asa, coagulao, crebro, etc tenha originado naturalmente. Portanto, deve ter sido criado. Resposta: Esse argumento chamado apelo ignorncia, ou o deus das lacunas, e est implcito em vrios tipos de argumentos criacionistas e DI-istas. Bem, se voc no capaz de conceber algo, no quer dizer que algo no exista, ou no seja verdade. Ningum sabe de tudo, ento no razovel achar que s porque voc no conhece a explicao ento aquilo impossvel. At anti-evolucionistas famosos admitem isso: O perigo de argumentos negativos que eles podem se basear na nossa falta de conhecimento, ao invs de em resultados positivos (Behe, 2003) Fonte: http://www.arn.org/docs2/news/behepseudogene052003.htm Esse argumento resulta no deus das lacunas. Deus era o responsvel por relmpagos, terremotos, doenas infecciosas e epilepsia. Hoje, j sabemos o que causa o relmpago, so as nuvens de chuva carregadas eletricamente. Sabemos o que causa terremotos, a movimentao das placas tectnicas. Enfim, deus vai perdendo espao, medida que o conhecimento aumenta. Vai ficando confinado nas partes do universo que ainda no conhecemos Encolhendo, encolhendo, encolhendo

EPI-02: A TE no explica tudo Alegao: A Teoria da Evoluo no explica a insira alguma coisa complexa, origem da vida, origem do universo, complexidade irredutvel, moralidade, etc. Resposta: Nenhuma teoria explica tudo, e a TE no diferente. A TE no se aplica at em algumas reas como cosmologia e fsica. Ela explica muito bem uma grande parte da biologia, mas no tudo. Algumas explicaes dependem de outros fatores, e algumas outras ainda sequer foram encontradas. Talvez algumas estejam at alm da compreenso humana. assim que funciona a cincia, ela no tem a pretenso de saber tudo ao mesmo tempo agora. O que a cincia no sabe, ela admite. No cria nenhum deus das lacunas para tampar os buracos da nossa ignorncia. No entanto, existem muitas coisas que criacionistas alegam que a TE no explica, mas que explica muito bem, como complexidade irredutvel e at moralidade. Muitas pessoas alegam isso apenas porque no tm conhecimento suficiente sobre o assunto.

EPI-03: A Teoria da Evoluo logo ser rejeitada. Alegao:

A Teoria da Evoluo est em crise, e logo ser rejeitada pela comunidade cientfica. Resposta: A Teoria da Evoluo uma das mais fortes e embasadas teorias existentes. Dia aps dia novas evidncias surgem, que apenas a fortalece mais e mais. Nem de longe uma teoria em crise. Podemos ter uma pequena idia de como as novas descobertas apiam mais e mais a TE aqui: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=184959&tid=2496932733505272343 Esse tipo de alegao j era feito antes mesmo de Darwin, e aps ele, a TE apenas ficou mais forte e foi aceita cada vez mais. Antes do modelo evolucionrio, 100% dos cientistas renomados eram criacionistas. No entanto, hoje o nmero de cientistas americanos da rea de biologia e da terra que acreditam no criacionismo cientfico caiu para menos de 0,15% Fonte: http://www.religioustolerance.org/ev_publi.htm

EPI-04: Mais de 500 caem fora Alegao: Mais de 500 cientistas doutorados assinaram uma declarao que expressa publicamente seu ceticismo acerca da teoria contempornea da evoluo darwiniana. Exemplos em: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=138671&tid=2450740667326275763 http://www.lifesite.net/ldn/2006/feb/06022204.html Resposta: Alegar ceticismo sem mostrar evidncias no faz muita diferena e em nada afeta o fato de que a evoluo existe e ocorre. Alm do mais 500 cientistas, unindo os EUA e a Rssia, um nmero nfimo que no representa praticamente nada se comparado com os cientistas que apiam a evoluo. E a maioria desses sequer atua na rea de biologia. Alguns sequer so cientistas. Entre eles esto matemticos, engenheiros, filsofos, etc, ou seja, pessoas que no so as mais aptas a falar sobre evoluo. Para se ter uma idia de como 500 um nmero vergonhosamente pequeno: Foi feita uma pardia com os cientistas evolucionistas que aceitam a evoluo e se chamam Steve. S esse nome j deu mais que 800. Fonte: http://www.ncseweb.org/resources/articles/3541_project_steve_2_16_2003.asp Outro projeto pegou assinaturas de padres, pastores, e clrigos que aceitam a evoluo, e j est em mais de 10.000. Fonte: http://www.butler.edu/clergyproject/religion_science_collaboration.htm

Porm no importa quantas pessoas apiam isso ou aquilo, e sim se algo verdade ou no, e sabemos que apesar de que pessoas acham o contrrio, a evoluo fato e ocorre. TEO-01: Evolucionismo implica em atesmo Alegao: Para ser evolucionista necessrio ser ateu. Resposta: A idia extremamente errada de que para aceitar a evoluo necessrio rejeitar a idia de Deus permeia a mente da grande maioria dos criacionistas. Diria que esse erro to comum, que arriscaria dizer que basicamente ele que impede que muitos criacionistas se tornem evolucionistas. Para aceitar a evoluo, no necessrio abandonar Deus. Sim, os ateus so evolucionistas, mas a recproca no verdadeira. Ou seja, a TE no prev nem a existncia, nem a inexistncia de Deus. A TE no fala nada acerca de Deus. Logo, ele poderia existir paralelamente TE. Na verdade, a evoluo no mais atesta que a biologia, a qumica, a matemtica, a fsica, a engenharia, etc. A pessoa pode inclusive ser crist, e ser evolucionista (como de fato muitos catlicos so). Basta no tomar o relato de gnesis como literal. O evolucionismo vai contra apenas os fundamentalistas xiitas cristos, que acreditam que o mundo foi criado em 6 dias literais, que a Terra tem uns 6.000 anos, que as plantas foram criadas antes que o Sol e as demais estrelas, etc. Uma pequena dose de bom senso seria suficiente para eles perceberem que, se o Deus deles existe, ele deu um crebro para que ns usssemos, e nos deu a razo para reconhecermos as pistas que esto espalhadas no mundo, e tentar entend-lo. Se Deus no jogou pistas falsas no mundo, para nos enganar, ento a evoluo completamente compatvel com a existncia dele. Infelizmente, o xiitas no s tomam o relato da bblia como literal, como tambm acham que apenas o Deus deles o verdadeiro, e o dos demais seres humanos falso. Por esse motivo, a TE tem tanta rejeio entre os criacionistas.

TEO-02: A evoluo nega o papel de Deus Alegao: O materialismo e a metodologia naturalista da evoluo negam o papel de Deus. Resposta: Isso simplesmente uma mentira. H numerosos cientistas que aceitam tanto a evoluo quanto Deus. Eles acreditam no s em Deus como criador do universo onde a evoluo ocorre naturalmente, mas

tambm acreditam que Deus atua constantemente nas suas vidas. Dizer o contrrio uma enorme falta de respeito com as crenas religiosas dos outros. Uma arrogncia sem tamanho. E para esse tipo de raciocnio ser coerente no deveria se resumir apenas evoluo. Qualquer um que ache que Deus no interfere nas rbitas dos planetas, nos ventos, nas mars, nas ondas sonoras e eletromagnticas, etc, deveria ser atesta tambm, o que um absurdo. Do ponto de vista prtico, quem faz jus desse tipo de argumento est negando ainda mais o papel de Deus do que o defendendo, j que para ele uma evoluo testa no diferente de uma evoluo atesta. Para ele, se Deus no age de forma sobrenatural ento ele no Deus. Mas nada sobrenatural est acontecendo comigo agora, nem jamais aconteceu. Isso significa que Deus no est por aqui? Que ele irrelevante, ou menos Deus por causa disso?

TEO-03: Evoluo religio Alegao: Portanto, o evolucionismo atual mais do que uma teoria biolgica: um princpio absoluto um dogma religioso de uma metafsica relativista. Exemplo abaixo: O evolucionismo um dos dogmas da mentalidade moderna. Ele extrapolou o campo puramente biolgico, e aplicado a tudo: nada mais considerado estvel, pois que se cr que tudo evolui. Neste sentido, a crena no evolucionismo pode ser apontada como uma das causas do relativismo triunfante em nossos dias. No haveria nenhum valor absoluto. Nem verdade, nem moral, nem beleza, nem religio, nem dogmas, nada teria estabilidade, pois que tudo estaria sob a lei da evoluo, esta sim, tomada como sendo absoluta. Portanto, o evolucionismo atual mais do que uma teoria biolgica: um princpio absoluto um dogma religioso de uma metafsica relativista. E eis a uma contradio sintomtica e reveladora: o relativismo fundamenta-se num princpio absoluto! Fonte: Montfort Resposta: A teoria da evoluo simplesmente descreve partes da natureza. O fato de que essa parte da natureza importante para muita gente no faz disso uma religio. Vejamos alguns atributos das religies e como a teoria da evoluo se compara com elas: Religio deseja explicar a realidade como um todo. A evoluo quer explicar apenas o

desenvolvimento da vida (sequer explica a origem da vida). Religio quer explicar o papel dos seres humanos nessa realidade absoluta. A evoluo descreve

apenas o nosso papel em relao ao presente e ao meio-ambiente relativamente recente. Religio quase sempre inclui reverncia ou crena em algo superior ou sobrenatural. A evoluo no.

Religio impe princpios morais nos seus membros. A evoluo no. A evoluo foi usada (e mal

usada) como base para moral e valores por algumas pessoas. Mas a viso deles, apesar de baseada na evoluo, no faz parte da cincia da evoluo. Religio possui rituais e sacramentos. A nica coisa comparvel a isso so cerimnias de graduao,

e isso j no tem nada a ver com religio. A idias religiosas so altamente estticas. Geralmente elas mudam apenas quando h diviso em

novas religies. Idias em biologia evolucionaria mudam quando novas evidncias surgem. Alm de tudo isso, como pode uma religio no possuir nenhum adepto? Se perguntado aos cientistas

evolucionistas qual a religio deles, todos diro que so cristos, judeus, hindus, ou que no possuem religio, sendo agnsticos ou ateus ou destas ou testas. Nenhum vai dizer que a sua religio o evolucionismo. Se evolucionismo religio, a nica religio do mundo que rejeitada por todos os seus fiis. Se por religio entendem metaforicamente o ato de praticar algo com zelo e afeio, ento colecionar selos tambm religio. Cuidar de plantas, ser mdico, advogado, ou qualquer outra atividade religio. Isso faz o significado de religio perder totalmente o sentido.

TEO-04: Evoluo requer f Alegao: Se voc nunca viu uma espcie evoluir e mesmo assim acredita na TE, voc tem f que a evoluo acontece e/ou aconteceu. Resposta: A teoria da evoluo baseada em evidncias que podem ser observadas. Existe uma montanha de evidncias e a cada dia surgem novas. Basta consultar qualquer peridico cientifico, ler as noticias, etc. Se voc no v as evidncias por no conhec-las, comete o erro da incredulidade pessoal. No porque voc no conhece como algo funciona, ou no acredita que algo funciona, ou no quer que algo funcione, que algo no vai funcionar. E uma vez que voc v as evidncias, e as entende, f no mais necessria.

TEO-05: Segundo a TE no h propsito para a vida Alegao: Ou existe um criador inteligente e pessoal que criou tudo e colocou em movimento, ou a humanidade um acidente bizarro sem nenhum propsito nem importncia alguma (sic) real! Resposta:

Propsito, cada um faz o seu. Se voc, Deus, ou qualquer outro, quer fazer alguma coisa com a sua vida, ento ela tem um propsito. A TE apenas explica os fatos, no diz como voc deve lidar com eles. Independentemente se voc acreditar em Deus ou no, ou acreditar ser um acidente ou no, voc quem faz a sua vida valer a pena. Amor, filhos, famlia, amigos, esperana, compaixo, paz, harmonia, e lutar por um mundo melhor para as geraes futuras, so todos propsitos vlidos, quer Deus exista ou no. Se voc precisa exclusivamente que Deus tenha criado o mundo de forma sobrenatural para viver feliz, ou que voc o filho escolhido para ser a imagem e semelhana de Deus, o centro de toda a criao divina, no acha isso arrogncia demais? Deus, se ele existe, no precisa agir da forma como voc quer que ele aja.

TEO-06: Sem o pecado original Jesus intil Alegao: Sem o pecado original literal e a queda de Ado, a morte e conseqente ressurreio de Jesus se torna intil e sem sentido. Fonte: http://www.icr.org/index.php?module=articles&action=view&ID=837 Resposta: Ser culpado antes mesmo de ter nascido, por algo que outra pessoa fez em um passado remoto, faz menos sentido ainda. Por isso que nem todos os cristos acreditam no pecado original de Ado como literal. Afinal de contas, o pecado em geral, e no um caso particular do pecado, que precisa de redeno. Se algum pode identificar algum pecado no mundo, ento a redeno seria necessria. De qualquer forma, nenhuma crena pessoal muda o fato das coisas serem como elas so, ou seja, que a evoluo existe e fato.

TEO-07: Voc prefere vir do macaco? Eu no! Alegao: Essa alegao j diz tudo Resposta: Em primeiro lugar, a Teoria da Evoluo no diz que viemos do macaco. Esse um dos erros mais comuns dos criacionistas, e s por ele j d para tem uma idia do nver de conhecimento da figura. Segundo a TE humanos e demais primatas possuem um ancestral comum, em algum lugar no passado. Ou seja, quer dizer que somos parentes, como primos, mas no que um descende do outro. Da mesma forma que somos parentes do elefante, da banana, dos cangurus, das moscas e das planrias. Alis, todas as criaturas so parentes umas das outras, ligadas por uma nica rvore genealgica.

E depois, no faz a menor diferena o que voc prefere ou no acreditar, no vai alterar o fato da evoluo acontecer. Voc no vai conseguir distorcer a fbrica do Universo para fazer a realidade se encaixar nos seus desejos. Fazer isso viver na iluso, e isso no saudvel e at perigoso. E afinal de contas, qual o problema to grande em ser aparentado com outros animais? Na verdade, isso fruto de puro orgulho, de querer tanto ser especial, a imagem e semelhana de Deus, como dizem. A maioria das pessoas que no quer ser parente do macaco preferem acreditar que o homem foi feito a partir de um monte de barro, o que na minha opinio bem pior. E as mulheres, tadinhas, nem a isso tiveram o direito. Foram criadas partir de uma costela De qualquer forma, nenhuma crena pessoal muda o fato das coisas serem como elas so, ou seja, que a evoluo existe e fato.

TEO-08: A evoluo faz de Deus um ser cruel Alegao: A evoluo implica que animais sofreram e morreram por bilhes de anos antes que o primeiro ser humano aparecesse. Isso implica que Deus no um Deus de misericrdia e graa. Fontes: http://www.icr.org/index.php?module=articles&action=view&ID=837 http://www.icr.org/index.php?module=articles&action=view&ID=874 Resposta: A evoluo assume que as condies de dor e sofrimento de todos os animais no passado so basicamente as mesmas que nos dias de hoje. Se morte e sofrimento h bilhes de anos significa que Deus cruel, ele continua sendo cruel nos dias de hoje. Criacionismo no resolve o problema, pois Deus ainda permite a morte e sofrimento at hoje, esperando a redeno chegar. Crueldade ao longo de bilhes de anos crueldade, e crueldade ao longo de milhares de anos tambm crueldade. As desculpas dadas do porqu Deus permitir o sofrimento no mundo geralmente so: Deus sabe o que faz, Deus age de forma misteriosa, ou no podemos julgar a Deus, ou ainda no cabe a ns dizer como Deus deve agir, etc. Se voc acha que alguma dessas desculpas, ou ainda outras, so satisfatrias para explicar o problema do sofrimento por milhares de anos, elas devem ser satisfatrias para explicar o sofrimento por bilhes de anos. De qualquer forma, nenhuma crena pessoal muda o fato das coisas serem como elas so, ou seja, que a evoluo existe e fato.

TEO-09: TE depresso e Criacionismo esperana

Alegao: Evolucionismo: Teoria da qual afirma que somos um acaso e que vamos morrer e pronto! Criacionismo: Teoria comprovada individualmente da qual afirma que somos eternos a partir do momento em que entendemos que o acaso no cria nada, mas que para tudo acontecer necessrio uma inteligncia agir. Atravs dessa teoria magnfica e erudita todo o ser humano vive sempiternamente mediante a prtica do altrusmo. Resumindo: Evolucionismo depresso e Criacionismo esperana. Resposta: Quem diz isso j demonstra confuso ao dizer que aceitar a evoluo implica em atesmo. No o caso. E mesmo assim, milhes de ateus aceitam a evoluo numa boa, e no sofrem de depresso nem so infelizes por isso. Esse tipo de alegao apenas demonstra a presuno da pessoa, pois imagina que conhece as mentes e os coraes de todas as pessoas do mundo Ele est projetando seus medos em todas as outras pessoas, achando que s porque ele assim, todos tambm deveriam ser. Inacreditvel O mais correto seria dizer: O evolucionismo me d depresso e o criacionismo me d esperana. Tal pensamento infantil e nada saudvel. No querer aceitar uma verdade s porque ela desconfortvel para voc nunca foi a atitude mais acertada. Muito melhor aprender a lidar com a verdade e tirar o melhor proveito possvel dela. Fazer de conta que algo no existe no faz aquilo desaparecer. Voc estaria apenas enganando a si mesmo. Pense a respeito se vale a pena viver na iluso apenas por medo de sair da sua zona de conforto. Entenda, agindo assim a sua crena no to nobre afinal de contas, afinal, voc cr nela apenas por medo do sofrimento. Pergunte a si mesmo se tal sacrifcio vale a pena. ABI-01: Pasteur provou que s vida origina vida Alegao: Pasteur e outros cientistas provaram que no existe a gerao espontnea e estabeleceram a Lei da Biognese, ou seja, que somente vida gera vida. Resposta: Uma das vedetes dos criacionistas, esse argumento um dos mais usados por eles, geralmente aliado idia errnea de que a Teoria da Evoluo explica a Origem da Vida. Mal sabem eles que Pasteur na verdade provou que no existe o criacionismo. Exatamente, Pasteur e outros provaram que vida, como ratos, larvas, e bactrias, jamais aparecem plenamente formadas. Isso um tipo de criacionismo.

No h nenhuma Lei da Biognese que diz que a vida extremamente primitiva no possa se formar a partir de molculas cada vez mais complexas.

ABI-02: A TE diz que tudo surgiu a partir do nada Alegao: O Milagre da Evoluo O Fato da Evoluo ter acontecido to fantstico, to especial que s aconteceu uma nica vez Pq tudo o que acontece hj totalmente contrrio ao que ela prope as leis da fsica, quimica, biologia sugere coisas diferentes do ela diz Tudo existe pro acaso e do nada!!! Meu DEUS!!! Ela nunca se repetiu? Nada hj surge do nada se eu dissese que este PC(ou Mac), bem na tua frente surgiu numa exploso vc acreditaria? claro que no n? De contra ponto vc cre que TODA essa complexidade da natureza veio de uma BIG-bang exploso!!Que F!!! (sic sic sic sic) Fonte da perola: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=184959&tid=22862975 Resposta: Confuso extremamente comum. A evoluo no trata de Origem da Vida, nem de Origem do Universo. como dizer que para aprender como dirigir um carro necessrio saber como ele foi montado. O mesmo ocorre com as teorias. Para a Teoria da Evoluo, no importa como a vida surgiu, se foi Deus, se foi o acaso, se foram aliens, ou se foi o duende debaixo do sof. O que importa que, se existe vida, ela evolui! A Teoria da Evoluo no precisa saber como a vida surgiu, ou como o Universo surgiu. Ela se aplica enquanto existir vida. E mesmo assim, a Teoria do Big Bang jamais disse que tudo surgiu do nada. Que diz isso o criacionismo. O Big Bang diz que a energia do universo sempre existiu, o que bem diferente.

ABI-03: Abiognese especulativa Alegao: A abiognese especulativa e no possui evidncias. J que nunca foi observada em laboratrio, no cincia. Resposta: Ainda h muita coisa sobre a abiognese que no foi descoberta. para isso que serve a cincia: desvendar o desconhecido. E especulaes fazem parte do processo. Enquanto uma especulao pode ser testada, ela cientfica. Mesmo tendo muito a descobrir, a cincia j descobriu muita coisa, incluindo:

Pesquisas na formao de longas cadeias proticas (Ferris et al. 1996; Orgel 1998; Rode et al. 1999); Sntese de molculas complexas no espao (Kuzicheva and Gontareva 1999; Schueller 1998); Sntese de compostos ferro-sulfricos em estncias hidrotermais (Cody et al. 2000; Russell and Hall Sntese da uria por Friedrich Whler, provando que o inorgnico pode formar o orgnico Sntese do primeiro vrus em laboratrio, verifique a fonte

1997); naturalmente; em:http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn4383 Algum duvida que em breve ser criada a primeira vida em laboratrio? Referncias: Cody, G. D. et al. 2000. Primordial carbonylated iron-sulfur compounds and the synthesis of pyruvate. Science 289: 1337-1340. See also Wchtershuser, 2000 (below). Ferris, J. P., A. R. Hill Jr., R. Liu and L. E. Orgel. 1996. Synthesis of long prebiotic oligomers on mineral surfaces. Nature 381: 59-61. Kuzicheva, E. A. and N. B. Gontareva. 1999. The possibility of nucleotide abiogenetic synthesis in conditions of KOSMOS-2044 satellite space flight. Advances in Space Research 23(2): 393 -396. Orgel, L. E. 1998. Polymerization on the rocks: theoretical introduction. Origins of Life and Evolution of the Biosphere 28: 227-34. Rode, B. M., H. L. Son and Y. Suwannachot. 1999. The combination of salt induced peptide formation reaction and clay catalysis: a way to higher peptides under primitive earth conditions. Origins of Life and Evolution of the Biosphere 29: 273-86. Russell, M. J. and A. J. Hall. 1997. The emergence of life from iron monosulphide bubbles at a submarine hydrothermal redox and pH front. Journal of the Geological Society of London 154: 377402. http://www.gla.ac.uk/Project/originoflife/html/2001/pdf_articles.htm Schueller, Gretel. 1998. Stuff of life. New Scientist 159(2151) (12 Sep.): 3135,http://www.newscientist.com/hottopics/astrobiology/stuffof.jsp

ABI-04: A probabilidade muito pequena Alegao: As protenas necessrias vida so muito complexas. As chances de uma simples protena se formar ao acaso de 1 para 10 (ou 10, ou 10, depende de quem inventou a frase). Resposta: Clculos de probabilidade so totalmente irrelevantes tanto para a evoluo quanto para a origem da vida, primeiro porque assumido que as protenas se formam ao acaso, enquanto a bioqumica no regida pelo acaso. Ela regida por reaes qumicas e complexas interaes entre os produtos. Por

exemplo, molculas complexas foram encontradas inclusive no espao. at possvel que os tijolos da vida tenham se originado l (Spotts 2001). Em segundo lugar, assume-se as clulas primordiais surgiram como as de hoje. Ningum sabe como elas eram, mas sabe-se que deveriam ser muito mais simples que as que ns temos hoje. As de hoje so o resultado de bilhes de anos de evoluo e seleo natural. As primordiais provavelmente eram muito mais simples. E por ltimo, no se leva em conta os trilhes de tentativas que podem ser feitos ao longo de bilhes de anos. Por exemplo, as chances de ganhar na mega sena de uma em 50.063.860. Ou seja, h uma grande probabilidade de eu passar o resto da vida jogando, e jamais acertaria os 6 nmeros premiados. Mesmo assim, apesar de acumular muito, sempre tem algum que ganha. Isso acorre porque junto comigo outros milhes de brasileiros tambm esto jogando. Eventualmente, e inevitavelmente, algum vai acertar. Agora, imagine os zilhes de molculas, em cada um dos milhes de planetas espalhados no universo, ao longo de bilhes de anos. Ser assim to improvvel o surgimento da vida em algum, ou alguns, desses planetas? Referncias: Spotts, Peter N. 2001. Raw materials for life may predate Earths formation. The Christian Science Monitor, Jan. 30, 2001. http://search.csmonitor.com/durable/2001/01/30/fp2s2-csm.shtml Musgrave, Ian. 1998. Lies, damned lies, statistics, and probability of abiogenesis

calculations. http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob/abioprob.html Stockwell, John. 2002. Borels Law and the origin of many creationist probability

assertions.http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob/borelfaq.html

ABI-05: DNA requer protena. Protena requer DNA Alegao: DNA precisa de certas protenas para se replicar. E protenas precisam de DNA para se formar. Nenhum dos dois poderia ter se formado sem que o outro j existisse. Resposta: DNA pode ter evoludo gradualmente de um replicador mais simples. RNA um bom candidato, j que ele capaz de catalisar sua prpria duplicao (Jeffares et al. 1998; Leipe et al. 1999; Poole et al. 1998). O prprio RNA pode ter tido precursores ainda mais simples, como cidos nuclicos peptdicos (Bhler et al. 1995). Uma desoxiribozima pode tanto catalisar sua prpria replicao quanto fixar o RNA, ambos sem nenhuma enzima protica (Levy and Ellington 2003). Referncias:

Bhler, C., P. E. Nielsen, and L. E. Orgel. 1995. Template switching between PNA and RNA oligonucleotides. Nature 376: 578-581. See also: Piccirilli, J. A., 1995. RNA seeks its maker. Nature 376: 548-549. Jeffares, D. C., A. M. Poole and D. Penny. 1998. Relics from the RNA world. Journal of Molecular Evolution 46: 18-36. Leipe, D. D., L. Aravind, and E. V. Koonin. 1999. Did DNA replication evolve twice independently? Nucleic Acids Research 27: 3389-3401. Levy, Matthew and Andrew D. Ellington. 2003. Exponential growth by cross-catalytic cleavage of deoxyribozymogens. Proceedings of the National Academy of Science USA 100(11): 6416-6421. Poole, A. M., D. C. Jeffares, and D. Penny. 1998. The path from the RNA world. Journal of Molecular Evolution 46: 1-17.

ABI-06: No mais formada nova vida hoje Alegao: A evoluo ensina que energia, tal como relmpagos ou calor, podem, ocasionalmente, criar nova vida. No entanto, toda a nossa indstria alimentcia se apia no fato de que isso jamais pode ocorrer. Se examinarmos um vidro de pasta de amendoim, ele contm matria, e est exposto luz e calor. Mas nunca encontramos nova vida dentro, a no ser que uma forma de vida exterior a contamine. Detalhes em: http://br.youtube.com/watch?v=FZFG5PKw504 Resposta: A idia de que deveramos encontrar vida dentro de um vidro hermeticamente fechado de pasta de amendoim, sem que tivesse sido contaminada por outra vida externa, deveria ter como resposta nada alm de gargalhadas. Mas enfim, uma dvida que deve ser explicada Primeiramente, a velha confuso sobre a Evoluo falar alguma coisa sobre Origem da Vida. Evoluo no trata de origem da vida. Mesmo assim, as condies hoje so diferentes das do passado em dois importantes aspectos: 1 Quase no havia oxignio molecular na atmosfera ou nos oceanos quando a vida apareceu pela primeira vez. No sabemos ao certo como era a atmosfera naqueles tempos, mas sabemos que o oxignio altamente reativo e interferiria na formao de molculas orgnicas complexas. Sabemos tambm que o oxignio s apareceu em grandes quantidades aps o surgimento da fotossntese. 2 Mais importante, no havia vida antes de surgir a primeira vida. A vida que existe hoje, principalmente microorganismos, consomem qualquer tipo de molculas complexas antes que elas tenham chance de se tornar qualquer coisa parecida com vida.

ABI-07: Nem todos os aminocidos foram formados Alegao: O experimento de Stanley Miller no foi capaz de produzir todos os aminocidos de que as protenas so feitas, e nenhum outro experimento foi capaz de produzi-los at hoje. Resposta: Os experimentos de Stanley Miller produziram treze dos vinte aminocidos utilizados pelos seres vivos (Henahan 1996). Os outros aminocidos podem ter sido formados por outros mecanismos. Podem ter inclusive terem sido formados no espao e carregados at a Terra por meteoros (Pizzarello and Weber 2004). O que importa que os experimentos provaram que o inorgnico pode gerar o orgnico naturalmente. Alm do mais no se sabe quais ou quantos aminocidos so necessrios para gerar a vida primordial. Talvez nem mesmo os trezes produzidos fossem necessrios. E, depois da vida ter surgido com aminocidos simples, eles podem ter evoludo e produzido os outros mais complexos, que se tornaram essenciais para formas de vidas mais complexas. Referncias: Henahan, Sean. 1996. From primordial soup to the prebiotic beach: An interview with exobiology pioneer, Dr. Stanley L. Miller. Fonte disponvel neste link:http://www.accessexcellence.org/WN/NM/miller.html Pizzarello, S. and A. L. Weber. 2004. Prebiotic amino acids as asymmetric catalysts. Science 303: 1151.

ABI-08: A atmosfera era invlida Alegao: Nos experimentos de Miller demonstrando a formao de molculas orgnicas complexas a partir de simples componentes, a composio atmosfrica usada era redutora, com pouco oxignio. Porm a Terra primitiva provavelmente possua uma atmosfera bem mais oxidante. Evidncias mostram que a quantidade de oxignio era grande. Resposta: Desde as experincias de Miller, tanto ele quanto outros cientistas experimentaram outras composies atmosfricas tambm (Chang et al. 1983; Miller 1987; Schlesinger and Miller 1983; Stribling and Miller 1987). Molculas orgnicas complexas so formadas sob uma grande gama de condies pr-biticas. Alm do mais, possvel que a vida tenha surgido bem longe da atmosfera, por exemplo, em profundos lenis hidrotermais. Isso tornaria as condies atmosfricas totalmente irrelevantes. E mesmo que a atmosfera primordial tivesse oxignio, no seria nem um pouco como ela hoje. As evidncias disso so:

Formaes em bandas de ferro so camadas de hematita (Fe2O3) e outros xidos de ferro

depositados nos oceanos entre 2,5 e 1,8 bilhes de anos atrs. A explicao de que o oxignio foi introduzido na atmosfera em quantidades significativas em torno de 2,5 bilhes de anos atrs, quando a fotossntese evoluiu. Isso fez o ferro livre dissolvido nos oceanos se oxidar e precipitar. Por isso as bandas de ferro marcam a transio entre uma Terra primitiva com pouco oxignio e muito ferro dissolvido na gua, para outra com muito oxignio e pouco ferro dissolvido. Em rochas mais antigas que as formaes em bandas de ferro, existe uranita e pirita como gros, ou

em sedimentos que foram carregados em leitos de rios e em praias. Esses minerais no so estveis por longos perodos de tempo em presena de oxignio. Leitos vermelhos, que so sedimentos terrestres repletos de xidos de ferro, precisam de oxignio

para se formarem. No so encontradas tais formaes antes de 2,3 bilhes de anos atrs, mas se tornam cada vez mais comuns aps esse perodo. Evidncias mostram que a atmosfera primitiva era predominantemente redutora (Kasting 1993). Era

provavelmente rica em hidrognio, visto que o escape de hidrognio para a atmosfera era na verdade bem inferior ao que se imaginava (Tian et al. 2005). Ainda que em mdia a atmosfera fosse neutra, existiria ainda vrios locais onde seria predominantemente redutora, como perto de locais com atividades vulcnicas (Delano 2001; Kasting 1993). Referncias: Chang, S., D. DesMarais, R. Mack, S. L. Miller, and G. E. Strathearn. 1983. Prebiotic organic syntheses and the origin of life. In: Schopf, J. W., ed., Earths Earliest Biosphere: Its Origin and Evolution. Princeton, NJ: Princeton University Press, pp. 53-92. Miller, S. L. 1987. Which organic compounds could have occurred on the prebiotic earth? Cold Spring Harbor Symposia on Quantitative Biology 52: 17-27. Schlesinger, G. and S. L. Miller. 1983. Prebiotic synthesis in atmospheres containing CH4, CO, and CO2. I. Amino acids. Journal of Molecular Evolution 19: 376-382. Stribling, R. and S. L. Miller. 1987. Energy yields for hydrogen cyanide and formaldehyde syntheses: the HCN and amino acid concentrations in the primitive ocean. Origins of Life and Evolution of the Biosphere 17: 261-273. Tian, F., O. B. Toon, A. A. Pavlov and H. De Sterck. 2005. A hydrogen-rich early Earth atmosphere. Science 308: 1014-1017. See also: Chyba, C. F. 2005. Rethinking Earths early atmosphere. Science 308: 962-963. Copley, Jon. 2001. The story of O. Nature 410: 862-864. Farquhar, J., H. Bao and M. Thiemens. 2000. Atmospheric influence of earths earliest sulfur cycle. Science 289: 756-758. Turner, G. 1981. The development of the atmosphere. In: The Evolving Earth, ed. L. R. M. Cocks. London: British Museum, 121-136.

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em:http://www.talkreason.org/articles/Wells.cfm

ABI-09: O acaso no pode criar vida Alegao: A vida complexa demais para ter surgido ao acaso. Resposta: Primeiro, bioqumica no acaso. Coloque um osso dentro de um copo com cido. Ele no ser corrodo ao acaso. Misture gua e leo dentro de uma garrafa e agite, a gua e o leo no vo se separar ao acaso. So reaes qumicas, interaes entre as molculas, o que de maneira alguma acaso. E depois, no sabemos ao certo como a vida original era, mas sabemos que deveria ter sido muito mais simples do que vemos hoje. A vida de hoje o resultado de bilhes de anos de evoluo, mesmo uma ameba est muito mais adaptada do que qualquer vida primordial. EVO-01: O homem veio do macaco Alegao: se o ser humano veio do macaco como dizem. porque no con tinua vindo??era pra continuar vcs nao acham??? Resposta: A Teoria da Evoluo jamais ensinou que o homem veio do macaco. Charles Darwin jamais disse tal coisa, e nenhum cientista que se preze tambm diria isso. Esse um dos mais tpicos erros criacionistas: querer criticar algo que sequer conhece direito. O ser humano no descende dos macacos. O que a Teoria da Evoluo realmente diz que o homem e os primatas possuem um ancestral comum, que no seria nem macaco nem homem. Os macacos seriam nossos primos, e no nossos avs. Esse ancestral primata se dividiu em ramos, um para o gnero Macaca e outros, de onde saram os chimpanzs, gorilas, macacos-prego, etc, e outro para o Homo, de onde se originaram ns, homens. Alguns evolucionistas brincam com o fato de que somos todos macacos, sim, e de fato parecemos muito com os primatas, mas ingenuidade e falta de conhecimento pensar que os homens de hoje evoluram dos macacos de hoje.

EVO-02: Por que ainda existem macacos? Alegao: Se o homem descendente do macaco,ento os macacos no deveriam existir.ora,eles no evoluram e viraram homens? Resposta: A idia (errada) de que o homem veio do macaco na verdade nunca aparece sozinha. Geralmente ela vem acompanhada de algum outro conceito errado sobre evoluo, como essa de que os macacos deveriam obrigatoriamente deixar de existir para que existissem homens. Isso no precisava acontecer. Os macacos no viraram homens porque eles se deram muito bem como macacos mesmo. O que aconteceu que o nosso ancestral comum se dividiu e cada espcie seguiu seu caminho independentemente um do outro. No significa que uma espcie vai sobrepujar a outra (o que at pode acontecer, mas no necessariamente).

EVO-03: Por que os macacos no evoluram? Alegao: Se o ser humano evoluiu do macaco me parece que o macaco travou no processo da evoluo, o que vcs acham? Resposta: Outro erro para l de comum. Afinal de contas, quem disse que os macacos no evoluram? Ou, quem disse que eles so obrigados a evoluir da mesma forma e da mesma velocidade que ns humanos, ou de qualquer outro ser vivo? Os macacos, e alis todas as espcies de seres vivos, evoluram sim. Ningum discute que chimpanzs so muito mais evoludos que ns na arte de escalar rvores e pular de galho em galho. Nisso eles superam, e muito, ns seres humanos. As espcies no sabem para onde tem que evoluir, ou que melhor evoluir para isso ou aquilo. E mesmo se soubessem, ainda no conseguiriam, porque a evoluo cega, ela no tem um rumo, ela no segue um caminho. Ningum diz: Oh, as coisas esto difceis por aqui, vamos dar uma evoluda para ver se melhora No. A evoluo s ocorre por imposio do meio. a mudana do meio em que vivem que pode fazer as espcies evolurem. Ambientes diferentes, alimentao diferente, predadores diferentes, etc, fazem espcies evolurem de formas diferentes. Os que forem mais aptos sobrevivem, e os menos aptos desaparecem.

EVO-04: Por que o homem parou de evoluir? Alegao: Afinal, porque os humanos no evoluem? A evoluo parou nos humanos? Porque a evoluo chegou at ns e parou? Ou vamos evoluir para outro tipo de ser? Resposta: Nem o homem nem nenhum outro ser vivo parou de evoluir. Apenas a evoluo acontece muito mais lentamente do que muita gente gostaria. A escala de tempo dos humanos em dias, semanas, meses, anos. At dcadas e sculos podemos entender. Mas a evoluo trabalha em milhares de anos, centenas de milhares de anos, milhes de anos, bilhes de anos. Nossa mente sequer consegue imaginar tanto tempo. como olhar para um coqueiro por cinco minutos e perguntar por que ele parou de crescer. claro que ele cresceu, mas de maneira imperceptvel para ns. Mas mesmo assim, podemos ver a evoluo acontecendo, se olharmos atentamente as evidncias. Principalmente em seres unicelulares, e em moscas de frutas, onde a evoluo ocorre mais rapidamente que em humanos. E mesmo em humanos, podemos ver evidncias: Anlises no genoma humano mostram que os genes associados com o tamanho do crebro evoluram

h cerca de 37.000 anos atrs (Evans et al. 2005; Mekel-Bobrov et al. 2005); H poucos milhares de anos, uma mutao gentica permitiu o consumo de leite entre pessoas que antes no tinham tolerncia lactose (Durham 1992)

adultas,

(http://veja.abril.com.br/201206/p_112.html ); Algumas pessoas recentemente adquiriram mutaes que aumentam a resistncia ao vrus da AIDS

(Dean et al. 1996; Sullivan et al. 2001) e a doenas cardacas (Long 1994; Weisgraber et al. 1983). Referncias: Dean, M. et al. 1996. Genetic restriction of HIV-1 infection and progression to AIDS by a deletion allele of the CKR5 structural gene. Science 273: 1856-1862. Durham, William H. 1992. Coevolution: Genes, Culture, and Human Diversity. Stanford, CA: Stanford University Press. Evans, Patrick D. et al. 2005. Microcephalin, a gene regulating brain size, continues to evolve adaptively in humans. Science 309: 1717-1720. Long, Patricia. 1994. A town with a golden gene. Health 8(1) (Jan/Feb.): 60-66. Mekel-Bobrov, Nitzan et al. 2005. Ongoing adaptive evolution of ASPM, a brain size determinant in Homo sapiens. Science 309: 1720-1722.

Sullivan, Amy D., Janis Wigginton and Denise Kirschner. 2001. The coreceptor mutation CCR5-delta-32 influences the dynamics of HIV epidemics and is selected for by HIV. Proceedings of the National Academy of Science USA 98: 10214-10219. Weisgraber K. H., S. C. Rall Jr., T. P. Bersot, R. W. Mahley, G. Franceschini, and C. R. Sirtori. 1983. Apolipoprotein A-I Milano. Detection of normal A-I in affected subjects and evidence for a cysteine for arginine substitution in the variant A-I. Journal of Biological Chemistry 258: 2508-2513. http://veja.abril.com.br/201206/p_112.html

EVO-05: Animais involuram, diminuram, perderam Alegao: Os organismos que esto preservados no mbar so virtualmente parecidos com os de hoje! Porm maiores! No teria ocorrido uma involuo em vez do evoluo? Resposta: Esse erro vem de uma concepo errada do que seja a Evoluo. assumido que evoluo necessariamente implica em aumento de tamanho, ou acrscimo de membros ou caractersticas, ou aumento de complexidade. Mas evoluo no s isso. Evoluo tambm perda, diminuio, rgos e membros que atrofiam e desaparecem, etc. Por exemplo, um tamanho menor pode ser um problema se voc quer sobrepujar um predador, mas pode ser uma vantagem se voc est tentando se esconder; olhos so uma coisa boa se voc vive na floresta, mas no inteis e desperdiam energia em cavernas e fossas abissais. Outro exemplo, vrus so mais recentes que bactrias, porm muito mais simples. Eles perderam praticamente tudo o que podiam perder, a ponto de sequer serem considerados seres totalmente vivos. Se perder uma caracterstica vantajoso, e permite que a espcie sobreviva melhor, aquela espcie vai gradualmente perdendo aquela caracterstica. Isso pode ocorrer quando a populao se muda para outro ambiente (ou o prprio ambiente muda de repente). Isso perfeitamente compatvel com evoluo, pois ela no sabe o que bom e o que no . Logo, uma habilidade que a princpio boa, pode ser perdida se ela atrapalha na sobrevivncia.

EVO-06: Macroevoluo nunca foi vista Alegao: Macro evoluo no especiao!!! Extrapolar um processo existente no prov-lo, portanto no porque existe especiao que surgiro novos gneros, famlias, etc. Isso no cientfico, pois Cincia trata de teorizao e observao. Mesmo com uma tima teorizao, sem observao a idia s pode ser extrapolada e no provada.

Resposta: Infelizmente existem pessoas que, enquanto no verem uma ameba virar um elefante, como dizem, nunca iro aceitar a evoluo como fato. Isso no mnimo incoerente, pois eles tambm jamais viram um eltron, mas no tem problema nenhum em usar eletricidade. Tampouco viram a luz percorrendo 300.000 km/s, mas no vem problema nenhum nisso. E ningum pegou uma trena e mediu a distncia da Terra ao Sol para saber que cerca de 150 milhes de quilmetros, mas tudo bem. O problema surge quando a cincia bate de encontro a crenas pr-estabelecidas, a ela ruim, errada, etc. Acontece que existem milhares de coisas que ns humanos no podemos ver a olho nu, por causa das nossas bvias limitaes, mas mesmo assim sabemos que existem e como funcionam, pois sabemos estudar as evidncias. No caso da evoluo no podemos ver grandes mudanas diretamente porque elas demoram muito tempo para ocorrer. Criacionistas insistem nessa tecla apenas por causa da parte da evoluo que eles no podem evitar: a microevoluo. Porm eles no sabem que a macroevoluo j foi provada, quando foi provada a especiao (EVO 07). Microevoluo a diferenciao evolucionria que ocorre dentro de uma espcie. Macroevoluo, a definio oficial, a evoluo que ocorre de espcie para cima (espcie, gnero, famlia, etc). Quando novas espcies surgiram, ficou comprovada a macroevoluo. Infelizmente os criacionistas no querem admitir isso, e deturpam o significado de macroevoluo para algo que seja mais confortvel para eles. Porm a evoluo no depende de observar um peixe virar anfbio diretamente, pois: Temos boas evidncias a favor da evoluo (CIE 02); Temos um excelente registro fssil, com vrios transicionais que mostram que a macroevoluo j

ocorreu. Macroevolues so apenas milhares de microevolues acumuladas ao longo de muito tempo. Ora, se eles admitem que microevolues existem, o que impede que elas se acumulem tanto que, depois de muito tempo, uma espcie seja to diferente da original, que pode ser considerada uma espcie nova? Nada, claro. Microevoluo ento implica em macroevoluo. Ainda mais quando pequenas mudanas nos genes do desenvolvimento podem provocar grandes mudanas no organismo adulto (Shapiro et al. 2004). Se tal mecanismo que impedisse o acmulo de mutaes fosse encontrado, a evoluo seria provada falsa (CIE 04) Macroevoluo ento no apenas extrapolao das microevolues, mas tambm interpolao com o registro fssil, registro gentico e bioqumico, e tambm de padres observados entre semelhanas e diferenas entre as espcies. Referncias:

Shapiro M. D., M. E. Marks, C. L. Peichel, B. K. Blackman, K. S. Nereng, B. Jnsson, D. Schluter and D. M. Kingsley, 2004. Genetic and developmental basis of evolutionary pelvic reduction in threespine sticklebacks. Nature 428: 717-723. See also: Shubin, N. H. and R. D. Dahn, 2004. Evolutionary biology: Lost and found. Nature 428: 703. Theobald, Douglas, 2004. 29+ Evidences for macroevolution: The scientific case for common descent. http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/

EVO-07: Jamais surgiram novas espcies Alegao: Jamais surgiram novas espcies. Fontes: http://www.icr.org/index.php?module=articles&action=view&ID=260 http://pos-darwinista.blogspot.com/2006/06/darwin-falou-e-disse-eu-s-tenho-dois.html Resposta: Os criacionistas parecem estar confusos entre si mesmos sobre esse assunto. a) Alguns alegam que nunca surgiram novas espcies (exemplo dado acima); b) Outros dizem que novas espcies surgiram sim, mas que isso apenas microevoluo; c) Outros ainda dizem que no s novas espcies surgiram, mas tambm gneros e at famlias. Estranhamente, eles ainda no aceitam a evoluo. O grupo do primeiro caso na verdade o mais desinformado (ou o mais desonesto) de todos. Novas espcies j surgiram sim, tanto em campo quanto em laboratrio, e foram documentadas e catalogadas. Vejamos alguns exemplos: 1) Novas espcies surgindo na histria: Uma nova espcie de mosquito, a forma molestus isolada nos subterrneos de Londres, sofreu

especiao da Culex pipiens (Byrne and Nichols 1999; Nuttall 1998). Helacyton gartleri, uma cultura que apareceu a partir de clulas cancerosas humanas em 1951 (Van

Valen and Maiorana 1991). Devido grande capacidade de replicao e diferenciao, essas clulas se tornaram totalmente incompatveis com os seres humanos, a ponto de Van Valen propor a elas um novo gnero e uma nova famlia; Vrias novas espcies de plantas surgiram via poliploidia (quando h mais de dois cromossomos em

cada par dentro das clulas) (de Wet 1971). Um exemplo a Primula kewensis (Newton and Pellew 1929).

2) Espcies incipientes (quando sub-espcies cruzam raramente ou com pouco sucesso) so comuns. Aqui apenas alguns exemplos: Rhagoletis pomonella, uma mosca que ataca mas, est passando por especiao. Ela infectava

inicialmente a rvore americana Hawthorn (conhecida no Brasil como pilriteiro, da espcie crataegus), mas nos anos de 1800 uma nova espcie se formou e foi introduzida nas mas domsticas (Malus pumila). As duas raas so mantidas parcialmente isoladas por seleo natural (Filchak et al. 2000); O mosquito Anopheles gambiae est mostrando especiao incipiente entre suas populaes no

noroeste e sudeste da frica (Fanello et al. 2003; Lehmann et al. 2003); Uma espcie de peixe-rei (Odontesthes argentinensis) est mostrando especiao incipiente entre

suas populaes martimas e as de esturio (Beheregaray and Sunnucks 2001). 3) Espcies em anel (Ring species) mostram a especiao ocorrendo em tempo real. So vrias espcies distribudas mais ou menos em linha, por exemplo, em torno de uma montanha. Cada populao pode cruzar com a espcie vizinha, mas populaes distantes no conseguem cruzar. Elas podem formar um anel verdadeiro quando as populaes das extremidades so adjacentes uma da outra, fechando o cerco. Alguns exemplos: A salamandra Ensatina, com sete sub-espcies diferentes na costa oeste dos EUA. Elas formam um

anel em torno do vale central da Califrnia. Ao sul, as duas sub-espcies adjacentes klauberi e eschscholtzi no cruzam entre si (Brown n.d.; Wake 1997); O pssaro conhecido como Felosa troquilide (Phylloscopus trochiloides), em torno do Himalaia. O

seu comportamento e caractersticas genticas variam gradualmente, comeando no centro da Sibria, se estendendo em torno do Himalaia, e de volta, de modo que as duas espcies das extremidades coexistem, mas no cruzam entre si (Irwin et al. 2001; Whitehouse 2001; Irwin et al. 2005); O rato veadeiro (Peromyces maniculatus), com mais de cinqenta sub-espcies nos Estados Unidos.

Muitas espcies de pssaros, incluindo o Parus major e P. minor, Halcyon chloris, Zosterops, Lalage, Pernis, o grupo Larus argentatus, e o Phylloscopus trochiloides (Mayr 1942, 182-183). A abelha americana Hoplitis (Alcidamea) producta (Mayr 1963, 510); O rato toupeira (Spalax ehrenbergi) (Nevo 1999).

4) Evidncia de especiao tambm encontrada em formas de vida em ambientes que no existiam h centenas ou milhares de anos atrs: Em vrios lagos do Canad, que s existiram nos ltimos 10.000 anos, aps a ltima era do gelo,

peixes se diversificaram em diferentes espcies para guas rasas e guas profundas (Schilthuizen 2001, 146-151); Outros peixes que vivem nos lago Malawi se diversificaram em centenas de espcies. Algumas partes

desse lago se formaram no sculo dezenove, com espcies novas (Schilthuizen 2001, 166-176); Plantas da espcie Mimulus adaptadas a solos ricos em cobre no existiam antes de surgirem as

minas que extraiam esse material, em 1859 (Macnair 1989).

Referncias: Beheregaray, L. B. and P. Sunnucks, 2001. Fine-scale genetic structure, estuarine colonization and incipient speciation in the marine silverside fish Odontesthes argentinensis. Molecular Ecology 10(12): 2849-2866. Bordenstein, Seth R. and John H. Werren. 1997. Effection of An and B Wolbachia and host genotype on interspecies cytoplasmic incompatibility in Nasonia. Genetics 148: 1833-1844. Brown, Charles W., n.d. Ensatina eschscholtzi Speciation in progress: A classic example of Darwinian evolution. http://www.santarosa.edu/lifesciences2/ensatina2.htm Byrne, K. and R. A. Nichols, 1999. Culex pipiens in London Underground tunnels: differentiation between surface and subterranean populations. Heredity 82: 7-15. de Wet, J. M. J., 1971. Polyploidy and evolution in plants. Taxon 20: 29-35. Fanello, C. et al., 2003. The pyrethroid knock-down resistance gene in the Anopheles gambiae complex in Mali and further indication of incipient speciation within An. gambiae s.s. Insect Molecular Biology 12(3): 241-245. Filchak, Kenneth E., Joseph B. Roethele and Jeffrey L. Feder, 2000. Natural selection and sympatric divergence in the apple maggot Rhagoletis pomonella. Nature 407: 739-742. Irwin, Darren E., Staffan Bensch and Trevor D. Price, 2001. Speciation in a ring. Nature 409: 333-337. Irwin, Darren E., Staffan Bensch, Jessica H. Irwin and Trevor D. Price. 2005. Speciation by distance in a ring species. Science 307: 414-416. Lehmann, T., M. Licht, N. Elissa, et al., 2003. Population structure of Anopheles gambiae in Africa. Journal of Heredity 94(2): 133-147. Macnair, M. R., 1989. A new species of Mimulus endemic to copper mines in California. Botanical Journal of the Linnean Society 100: 1-14. Mayr, E., 1942. Systematics and the Origin of Species. New York: Columbia University Press. Mayr, E., 1963. Animal Species and Evolution. Cambridge, MA: Belknap. Murgia, Claudio et al. 2006. Clonal origin and evolution of a transmissible cancer. Cell 126: 477-487. Nevo, Eviatar, 1999. Mosaic Evolution of Subterranean Mammals: Regression, Progression and Global Convergence. Oxford University Press. Newton, W. C. F. and Caroline Pellew, 1929. Primula kewensis and its derivatives. Journal of Genetics 20(3): 405-467. Nuttall, Nick, 1998. Stand clear of the Tubes 100 -year-old super-bug. Times (London), 26 Aug. 1998, 1. http://www.gene.ch/gentech/1998/Jul-Sep/msg00188.html

Van Valen, Leigh M. and Virginia C. Maiorana, 1991. HeLa, a new microbial species. Evolutionary Theory 10: 71-74. Wake, David B., 1997. Incipient species formation in salamanders of the Ensatina complex. Proceedings of the National Academy of Science USA 94: 7761-7767. Whitehouse, David, 2001. Songbird shows how evolution works. BBC News Online, 18 Jan. 2001, http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/1123973.stm Woodmorappe, John, 1996. Noahs Ark: A Feasability Study, El Cajon, CA: ICR. Zimmer, Carl. 2006. A dead dog lives on (inside new

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EVO-08: Especiao s microevoluo Alegao: Especiao apenas um exemplo de microevoluo. Criacionistas reconhecem que pequenas mudanas podem ocorrer, mas pequenas mudanas no implicam em grandes mudanas. Novas espcies podem surgir, mas cachorros continuam cachorros e moscas continuam moscas. Resposta: Os criacionistas parecem estar confusos entre si mesmos sobre esse assunto. a) Alguns alegam que nunca surgiram novas espcies ( EVO 09 ); b) Outros dizem que novas espcies surgiram sim, mas que isso apenas microevoluo (exemplo dado acima); c) Outros ainda dizem que no s novas espcies surgiram, mas tambm gneros e at famlias. Estranhamente, eles ainda no aceitam a evoluo. Microevoluo e macroevoluo so duas coisas diferentes, mas envolvem basicamente o mesmo processo. Microevoluo definida pela mudana nos alelos em uma populao, via mutaes, seleo natural, deriva continental ou at migrao. Muitos criacionistas no vem problema nenhum com isso (mas h excees). Macroevoluo so mudanas evolucionrias que ocorrem ao nvel de espcies para cima, ou seja, a formao de uma nova espcie, gnero, etc. Como a especiao j foi comprovada, a macroevoluo por tabela tambm j foi. Porm, como isso inconveniente para os criacionistas, eles inventaram um novo significado para macroevoluo. No h definio tcnica para esse novo termo, mas eles costumam dizer que querem ver um cachorro sentar mesa para tomar ch, ou uma ameba virar elefante, etc. Vamos chamar isso de supermacroevoluo, para no confundir com macroevoluo de verdade, que j foi provada.

Especiao diferente de microevoluo porque especiao requer um fator de isolamento para manter a nova espcie distinta da outra. Esse fator de isolamento no precisa ser biolgico, pode ser geogrfico, como uma montanha ou o curso de um rio. Mas fora isso, nada alm de microevoluo necessrio. J a supermacroevoluo difcil de se obse rvar diretamente, pois demora muito tempo para ocorrer. Porm no h a menor evidncia de que necessite algo alm de microevoluo e tempo para acontecer. H toneladas de evidncias que mostram que pequenas mudanas ao longo do tempo ocasionam grandes mudanas (como registro fssil e anlise gentica), e nenhuma e evidncia contra. Criacionistas insistem que isso impossvel baseado apenas em passagens bblicas (segundo sua espcie), mas nenhum trabalho cientfico foi feito provando isso at hoje.

EVO-09: Superevoluo em 4.000 anos Alegao: Por exemplo, cavalos, zebras e burros so provavelmente descendentes de um tipo equino (tipo-cavalo), j que eles podem cruzar, apesar de sua prole ser estril. Ces, lobos, coiotes e chacais so provavelmente de um tipo canino (tipo-co). Todos os diferentes tipos de gado domstico (que so animais limpos), so descendentes do Aurochs, ento haviam provavelmente 7 (ou 14) gados domsticos a bordo. O prprio Aurochs seja descendente de um tipo gado que inclui bises e bfalos dgua. Ns sabemos que tigres e lees podem produzir hbridos chamados ligres e tigons, ento possvel que eles sejam descendentes de um mesmo tipo original. Fonte em: http://www.answersingenesis.org/creation/v19/i2/animals.asp Resposta: O grupo mais bizarro de todos so os criacionistas que acreditam em uma fictcia superevoluo em apenas 4.000 anos. Isso porque eles esto cientes que todas as espcies animais do mundo jamais caberiam dentro da arca de No. Por isso so obrigados a inventar idias totalmente infundadas como essas. Para eles, No colocou dentro da arca proto -espcies, e a partir delas surgiram todas as espcies animais que vemos hoje. Ou seja, um tipo canino gerou todos os ces, lobos, raposas, etc, que vemos hoje. Um tipo felino gerou todos os tigres, lees, panteras, jaguatiricas, jaguares, gatos selvagens e domsticos, etc. Tudo isso em apenas poucos milhares de anos. Ou seja, um absurdo descabido. No caso dos felinos, por exemplo, eles aceleram um processo que durou cerca de 10 milhes de anos em 2.500 vezes! Superevoluo. Entender como que para eles evoluo impossvel, mas superevoluo no , um enigma alm da compreenso. Isso tudo apenas porque eles querem tomar como literais certas passagens bblicas.

engraado tal atitude, pois a bblia tambm diz que o cu slido, que a Terra no se move, e que sustentada por colunas, mas nada disso segundo eles literal, e sim metafrico. Ento quem decide o que metafrico ou literal? E como essa deciso feita? Criacionistas desse tipo precisam urgentemente rever seus conceitos, suas idias so um atraso para a humanidade, e vo de encontro a qualquer pensamento racional e construtivo para a sociedade.

EVO-10: O primeiro indivduo no achou parceiro Alegao: Seria muito difcil para o primeiro indivduo de uma nova espcie encontrar um parceiro. Hbridos so infrteis, ento o recm evoludo espcime no seria capaz de procriar com sucesso, a no ser que um outro indivduo do sexo oposto sofresse a mesma mutao. Fonte em: http://www.geocities.com/deke1942/tccop/evolution.htm Resposta: O erro dessa alegao est no desconhecimento de que a unidade da evoluo no o indivduo, e sim a populao. Ou seja, no e o indivduo que evolui, e sim vrios deles, ao mesmo tempo, gradualmente. um erro extremamente imaturo achar que uma me vai de repente dar a luz a uma outra espcie. Conhecimento bsico da teoria da evoluo seria suficiente para sanar essa dvida. Na verdade, uma forma comum de especiao (surgimento de novas espcies) por isolamento geogrfico. Isso ocorre quando uma populao dividida em duas, e ambas vo se tornando mais e mais diferentes uma da outra, a ponto de se eventualmente se encontrarem, no podero mais cruzar entre si (Otte and Endler 1989). Outra forma de ver a especiao com espcies em anel, quando vrios membros de uma populao est dispersa ao redor de uma montanha, por exemplo. Cada indivduo capaz de cruzar com o outro prximo a ele, mas os da ponta no so capazes de cruzar entre si. O anel pode se fechar se as duas pontas se encontrarem. claro, a especiao pode ocorrer sem a separao geogrfica (sympatric speciation; see Diekmann and Doebeli 1999; Kondrashov and Kondrashov 1999; Otte and Endler 1989), mas ainda assim o processo gradual. A nica forma que uma nova espcie possa ser formada com seres assexuados ou hermafroditas, ou seja, aqueles que no precisam encontrar parceiros. Referncias: Dieckmann, Ulf and Michael Doebeli. 1999. On the origin of species by sympatric speciation. Nature 400: 354-357. Kondrashov, Alexey S. and Fyodor A. Kondrashov. 1999. Interactions among quantitative traits in the course of sympatric speciation. Nature 400: 351-354.

Otte, D. and J. A. Endler, eds. 1989. Speciation and Its Consequences. Sunderland, MA: Sinauer Assoc. Schilthuizen, Menno. 2001. Frogs, Flies, and Dandelions: the making of species, Oxford Univ. Press.

EVO-11: O Celacanto prova que a TE falsa Alegao: Os cientistas pensavam que o celacanto estava extinto por 70 milhes de anos, e era usado como exemplo de transicional peixe-anfbio. Mas em 1938 um celacanto vivo foi encontrado, sem mudanas, provando que a evoluo falsa. Resposta: No verdade que os dois peixes so iguais. Eles no so da mesma espcie, nem do mesmo gnero, e nem da mesma famlia. O celacanto pescado em 1938 o Latimeria chalumnae, da famlia Latimeriidae. Ele no possui registro fssil, portanto no pode ser considerado um fssil vivo. Os celacantos fossilizados so de outra famlia, em sua maioria Coelacanthidae, foram extintos h 100 milhes de anos, e so significantemente diferentes do que foi encontrado vivo. So diferentes no tamanho, cabeas, espinhas dorsais, barbatanas, rgos internos, entre outros. As diferenas so estudadas a fundo por Peter Forey em seu livro A Histria dos Celacantos. Uma figura extrada de seu livro mostra isso: http://www.scienceinafrica.co.za/2002/february/coela2.htm E mesmo que eles fossem iguais, isso no seria nenhum problema para a evoluo. A Teoria da Evoluo no diz que os organismos so obrigados a evoluir. Em um ambiente que no muda, a seleo natural tende a manter as coisas morfologicamente iguais. Referncias: Lindsay, Don, 2000, Living fossils like the coelacanth. http://www.don-lindsay-

archive.org/creation/coelacanth.html Forey, Peter L., 1998. History of the Coelacanth Fishes. London: Chapman & Hall.

EVO-12: Como viviam as formas intermediarias? Alegao: As espcies intermedirias no conseguiriam ter sobrevivido. Para que serve meio olho? Para que serve meia asa? Um peixe como meia barbatana/meia pata no conseguiria nem nadar nem andar direito, seria presa fcil dos predadores, e seria eliminado.

Resposta: As formas intermedirias do passado viviam exatamente como vivem as formas intermedirias dos dias de hoje: as mais aptas sobrevivem e as menos adaptadas desaparecem. Isso porque todas as formas de vida na Terra, extintas e existentes, so intermedirias. As espcies de hoje, at mesmo as altamente evoludas, no so um produto final, acabado. A evoluo continua, at hoje, em todos os seres vivos. Casos de espcies com deficincias em algo devem ser compensadas por outras caractersticas para conseguirem sobreviver. Dizer que meio olho no serve para nada como dizer que melhor ser cego do que ter algum problema de viso! Pergunte se algum com graves problemas de vista se eles prefeririam ser cegos. Segundo a evoluo, um ancestral de algum animal que possua 50% da viso de hoje est bem melhor que outro com apenas 20%. J um que tenha 20% est melhor que um com 5%, e o de 5% est melhor que um animal cego. Havendo competio, os mais aptos sobrevivero e passaro seus genes adiante. E vemos na natureza justamente essa gradao, desde animais cegos, animais que podem apenas diferenciar o claro do escuro, animais com olhos rudimentares, at animais com viso excelente. Os animais de hoje conseguem sobreviver com deficincias da mesma forma que os animais do passado. Meia asa pode no permitir voar como as andorinhas ou os gavies, mas muitas outras aves possuem asas que no servem para voar. Asas podem ajudar a escapar com pulos desajeitados com as galinhas e as perdizes, pode servir de isolamento trmico, podem servir para atrair fmeas para o acasalamento, podem servir como nadadeiras como nos pingins, etc, etc, etc. Se os criacionistas acham que meia barbatana/meia pata no servem para nada, no conhecem os caprichos e pormenores da natureza. Animais como lontras, lees marinhos, focas, etc, possuem patas intermedirias que utilizam para nadar e para andar. E o que dizer do Mudskipper de Bornu?

Que tipo de animal esse? um peixe ou um anfbio? De fato, essa criatura um peixe, e mesmo assim est se dando muito bem fora dgua, a ponto de lutar com outro que invadiu seu territrio. A vida extremamente adaptvel, mutvel, dinmica. Pensar o contrrio, que ela fixa, imutvel, constante, contraria todas as evidncias que vemos no dia a dia. PAL-01: Onde esto os elos perdidos? Alegao: No existem elos perdidos. Onde esto? Ningum os achou. Tudo o que vemos so lacunas entre os fsseis, e animais surgindo de repente. Resposta: Elo perdido um termo popular, e no utilizado em cincia. O termo correto fssil transicional. Isso porque de fato todos os seres vivos que procriaram e j morreram so elos perdidos entre um ser vivo e outro. E existem muitos transicionais, e todos os dias surgem mais. A desculpa para algum dizer que no existem transicionais o total desconhecimento deles. E desconhecer uma evidncia no significa que ela no exista. Esses so alguns exemplos de transicionais entre espcie e gnero: Ancestralidade humana ( PAL 02) Existem muitos fsseis ancestrais humanos. So cerca de vinte

espcies, com centenas de fsseis cada um. E as diferenas vo ocorrendo aos poucos, desde o Australopithecus afarensis at o Homo sapiens.

Os chifres dos titanotheres (mamferos extintos do Cenozico) surgem nas camadas geolgicas em

tamanhos cada vez maiores, desde o zero. Outros atributos do pescoo e cabea tambm evoluram. Essas adaptaes so anlogas ao das ovelhas (Stanley 1974). Uma seqncia transicional fssil gradual conecta o foraminfero Globigerinoides trilobus e o Orbulina

universa (Pearson et al. 1997). As evidncias mostram caractersticas sendo adquiridas ao longo do tempo e podem ser vistas nos leitos de todos os oceanos tropicais. Vrias morfoespcies intermedirias conectam as duas espcies, que podem ser vistas na figura em Lindsay (1997). O registro fssil mostra transicionais entre os trilobitas Phacops (Eldredge 1972; 1974; Strapple 1978). Foranimferos planctnicos (Malmgren et al. 1984). Esse um exemplo de gradualismo pontuado. Um

registro fssil de dez milhes de anos mostra longos perodos de xtase evolutiva, junto com outros perodos de mudanas morfolgicas relativamente rpidas, mas ainda assim graduais. Fsseis de diatomceas Rhizosolenia so bastante comuns e mostram mudanas ao longo de quase

dois milhes de anos, que incluem um caso de especiao (Miller 1999, 44-45). Moluscos do Lago Turkana (Miller 1999, 44-45). Ostracodes marinhos do Cenozico (Cronin 1985). O primata do Eoceno do gnero Cantius (Gingerich 1976, 1980, 1983). Ostras do gnero Chesapecten mostram mudanas em suas conchas ao longo de 13 milhes de anos

(Pojeta and Springer 2001; Ward and Blackwelder 1975). Ostras do gnero Gryphaea se tornam maiores e mais largas, porm mais finas e chatas durante o

incio do Jurssico (Hallam 1968). Esses so alguns transicionais entre famlias, ordens e classes: Ancestralidade humana (PAL 02). O Australopithecus, apesar de suas pernas e plvis indicarem que

ele andava em p, possua estrutura ssea no antebrao, provavelmente vestigial, que indica que ele um dia andou se apoiando sobre as mos (Richmond and Strait 2000). Transicionais entre invertebrados e vertebrados ( PAL 03) Transicionais entre dinos e aves ( PAL 06). Haasiophis terrasanctus uma cobra primitiva com membros bem desenvolvidos, mostrando um

relacionamento com outros ancestrais com patas (Tchernov et al. 2000). Pachyrhachis outra cobra com patas que relacionada com a Haasiophis (Caldwell and Lee 1997). As mandbulas dos mosassauros so intermedirias entre cobras e lagartos. Possuam a mandbula

inferior como a das cobras, flexvel e capaz de se esticar. Mas, diferente das cobras, a mandbula superior no era flexvel. Outras caractersticas do crnio tambm so intermedirios entre cobras e lagartos primitivos (Caldwell and Lee 1997; Lee et al. 1999; Tchernov et al. 2000). Transicionais entre mamferos e baleias ( PAL 07).

Transicionais entre peixes e tetrpodes ( PAL 04) Transicionais entre condilartos (uma espcie de mamfero terrestre) e os manatis atuais (Domning

2001a, 2001b). Runcaria, uma planta do Mdio Devoniano, foi o precusor das plantas com semente. Possua todas as

qualidades das sementes, exceto um envoltrio slido para elas, e um sistema para guiar o plen at a semente (Gerrienne et al. 2004). A abelha Melittosphex burmensis, preservada em ambar do Cretcio Inferior, possui caractersticas

primitivas transicionais entre vespas e abelhas (Poinar and Danforth 2006). Esses so alguns transicionais entre reino e filo: Os fsseis do Cambriano Halkiera e Wiwaxia possuem caractersticas que os ligam um ao outro e aos

filos modernos Mollusca, Brachiopoda, e Annelida (Conway Morris 1998, 185-195). Os fsseis Anomalocaris e Opabinia, do Cambriano e Pr-cambriano, so transicionais entre

artrpodes e lobpodes. Um ancestral dos equinodermos foi encontrado, que um intermedirio entre os equinodermos

modernos e os deuterostomas (Shu et al. 2004). PAL-02: Homindeos so 100% homens ou 100% macacos Alegao: Os fsseis homindeos so na verdade totalmente humanos ou totalmente macacos. Resposta: No verdade. H uma fina transio entre os fsseis de homindeos, onde no possvel estabelecer claramente uma linha onde o fssil deixa de ser humano. Tanto que os prprios criacionistas divergem entre eles sobre o que eles consideram humano e o que eles consideram macaco (Foley 2002). O fato que a maioria dos criacionistas que dizem isso sequer seguraram um crnio de algum homindeo na vida. Ou seja, falam apenas por convico pessoal, aquilo que eles acham ou esperam que seja, sem se importar se verdade ou no. Para exemplificar isso, exemplos de transicionais humanos nos mostram que: Australopithecus afarensis, que viveu entre 3,9 a 3,0 milhes de anos atrs, possui o crnio parecido

com os chimpanzs atuais, mas com os dentes mais humanos. A maioria (provavelmente todos) dos criacionistas diriam que era um macaco, apesar de ser bpede; Australopithecus africanus (3 a 2 milhes de anos), com um crebro entre 420 a 500 centmetros

cbicos, um pouco maior que o A. afarensis, e com dentes ainda mais humanos; Homo habilis (2,4 a 1,5 milhes de anos), parecido com os australopithecus, mas usava ferramentas e

tinha um crebro maior (650 centmetros cbicos em mdia) e um rosto menos projetado, mais humano;

Homo erectus (1,8 a 0,3 milhes de anos); crebro entre 900 cm nos primeiros H. erectus e 1.100 cm

nos ltimos. (O crebro moderno possui em mdia 1.350 cm; O Homo sapiens do Pleistoceno era morfologicamente e cronologicamente intermedirio entre fsseis

arcaicos africanos e os anatomicamente mais modernos fsseis do Pleistoceno superior (White et al. 2003, 742). A imagem neste link abaixo mostra claramente a evoluo humana ao longo do tempo: http://anthropologynet.files.wordpress.com/2007/06/fossil-hominid-skulls.jpg (A) Pan troglodytes, chimpanz moderno. Est ali apenas para comparao. No faz parte da evoluo humana. (B) (C) (D) (E) (F) (G) (H) (I) (J) (K) (L) (M) Homo Homo sapiens Homo Homo sapiens neanderthalensis Australopithecus Australopithecus Homo Homo Homo Homo Homo Homo (no faz sapiens sapiens sapiens, parte da evoluo africanus africanus habilis habilis rudolfensis erectus ergaster heidelbergensis humana) neanderthalensis neanderthalensis Cro-Magnon I

(N) Homo sapiens sapiens, homem moderno Referncias: Avarello, R., A. Pedicini, A. Caiulo, O. Zuffardi, M. Fraccaro, 1992. Evidence for an ancestral alphoid domain on the long arm of human chromosome 2. Hum Genet 89(2): 247-249. Bermudez de Castro, J. M. et al., 1997. A hominid from the Lower Pleistocene of Atapuerca, Spain: Possible ancestor to Neandertals and modern humans. Science 276: 1392-1395. Foley, Jim, 1996-2003. (see above) Foley, Jim, 2002. Comparison of all skulls,http://www.talkorigins.org/faqs/homs/compare.html IJdo, J. W., A. Baldini, D. C. Ward, S. T. Reeders and R. A. Wells, 1991. Origin of human chromosome 2: an ancestral telomere-telomere fusion. Proceedings of the National Academy of Science USA 88(20): 9051-9055.http://www.pnas.org/cgi/reprint/88/20/9051.pdf Max, Edward E., 2003. Plagiarized errors and molecular genetics.http://www.talkorigins.org/faqs/molgen/ Taylor, D. M. 2003. Alignment of Chimp_rp43-42n4 against human chromosome 15.http://wwwpersonal.umich.edu/~lilyth/erv/ See also Taylor, D. M. 2003 (Jun 3). Re: Evolutionary Misconceptions on Evolution. http://www.google.com/groups?as_umsgid=75200cbc.0306031846.50b2bda5%40posting.googl e.com

White, Tim D. et al., 2003. Pleistocene Homo sapiens from Middle Awash, Ethiopia. Nature 423: 742-747. Yunis, J. J. and O. Prakash, 1982. The origin of man: a chromosomal pictorial legacy. Science 215: 15251530. Foley, Jim. 1996-2004. Fossil hominids: The evidence for human

evolution.http://www.talkorigins.org/faqs/homs/ Drews, Carl, 2002. Transitional fossils of hominid skulls. http://www.theistic-evolution.com/transitional.html Johanson, D. C., and B. Edgar, 1996. From Lucy to Language. New York: Simon and Schuster. Leakey, M. and A. Walker, 1997. Early hominid fossils from Africa. Scientific American 276(6) (June): 7479. Tattersall, Ian, 1995. The Fossil Trail. New York: Oxford. http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/hominids.html

PAL-03: Fsseis entre vertebrados e invertebrados? Alegao: No existem fsseis transicionais entre vertebrados e invertebrados. Resposta: Os seguintes fsseis do Cambriano so transicionais entre vertebrados e invertebrados: Pikaia, um cordado invertebrado primordial. Inicialmente foi interpretado como um verme segmentado,

at que novas anlises mostraram que ele possua notocorda; Yunnanozoon, outro cordado primordial; Haikouella, um cordado similar ao Yunnanozoon, mas com caractersticas adicionais, como um

corao e um crebro relativamente maiores (Chen et al. 1999); Conodontes possuam dentes sseos, mas o resto do seu corpo era mole. Eles tambm possuam

notocorda (Briggs et al. 1983; Sansom et al. 1992); Cathaymyrus diadexus, o mais antigo cordado conhecido, 535 milhes de anos (Shu et al. 1996); Myllokunmingia e Haikouichthys, dois vertebrados primitivos que ainda no tinham uma cabea,

estrutura ssea e dentes plenamente definidos. Eles diferem de invertebrados mais antigos por terem um arranjo dos msculos segmentados em zigue-zague (Monastersky 1999). Existem alguns animais vivos hoje que so quase-vertebrados, e podem ser considerados formas intermedirias, como o anfioxo e as lampreias. O estudo desses animais pode revelar muito sobre a origem dos vertebrados.

Referncias: Briggs, D. E. G., E. N. K. Clarkson and R. J. Aldridge, 1983. The conodont animal. Lethaia 16: 1-14. Chen, J.-Y., D.-Y. Huang and C.-W. Li, 1999. An early Cambrian craniate-like chordate. Nature 402: 518522.http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?file=/nature/journal/v402/n6761/full/402518a0_r.html Monastersky, Richard, 1999. Waking up to the dawn of vertebrates. Science News 156: 292.http://www.sciencenews.org/sn_arc99/11_6_99/fob1.htm Sansom, I. J., M. P. Smith, H. A. Armstrong and M. M. Smith, 1992. Presence of the earliest vertebrate hard tissues in conodonts. Science 256: 1308-1311. Shu, D.-G., S. Conway Morris and X.-L. Zhang, 1996. A Pikaia-like chordate from the Lower Cambrian of China. Nature 384: 157-158. Mais informaes: Speer, B. R. 2000. Introduction to the

Deuterostomia.http://www.ucmp.berkeley.edu/phyla/deuterostomia.html # Waggoner, Ben. 1996. Introduction to the

Cephalochordata.http://www.ucmp.berkeley.edu/chordata/cephalo.html

PAL-04: Fsseis entre peixes e anfbios? Alegao: No existem transicionais entre peixes e tetrpodes. Resposta: Existem vrios bons transicionais: A maioria dos peixes possuem aberturas nasais externas anteriores e posteriores. Nos tetrpodes, a

abertura nasal posterior substituda pelo coano (choana), orifcios das fossas nasais que se abrem na rinofaringe, e que nenhum peixe possui. Kenichthys, um fssil de 395 milhes de anos da China, um intermedirio exato entre os dois (Zhu and Ahlberg 2004). Um fssil mostra oito dedos sseos em sua barbatana frontal, mostrando que os dedos surgiram antes

dos tetrpodes sarem da gua (Daeschler and Shubin 1998). Um mero do Devoniano tem caractersticas que mostram que pertenceu a um tetrpode aqutico que

conseguia se impulsionar para frente com seus membros superiores, mas no era capaz de mover os inferiores para frente e para trs para caminhar (Shubin et al. 2004). Acanthostega, outro fssil do Devoniano, com cerca de 60 cm, e que provavelmente viveu em rios

(Coates 1996). Tinha polidactia em seus membros, mas sem ligamentos dos pulsos ou tornozelos (Coates e Clack 1990). Era predominantemente, se no totalmente, aqutico. Tinha guelras como os peixes (Coates e Clack 1991), e seus membros e coluna no conseguiam suportar muito peso.

Ichthyostega, mais um tetrpode do Devoniano, tinha cerca de 1,5 m e provavelmente era anfbio.

Tinha sete dedos nas patas traseiras (patas dianteriras so desconhecidas). Seus membros e coluna eram mais robustos que oAcanthostega. Tinha espinha parecida com peixe em sua cauda, mas eram menores que as do Acanthostega. Seu crnio apresenta vrias caractersticas de peixes primitivos, mas sem guelras (Murphy 2002). Tulerpeton, de depsitos esturios mais ou menos da mesma poca que o Acanthostega e o

Ichthyostega, tinha seis dedos nos membros frontais e sete nos traseiros. Seus ombros eram mais robustos que o Acanthostega, sugerindo que eram um pouco menos aquticos, e seu crnio era mais parecido com anfbios do Carbonfero Superior do que com o Acanthostega ou o Ichthyostega. Referncias: Coates, M. I. 1996. The Devonian tetrapod Acanthostega gunnari Jarvik: postcranial anatomy, basal tetrapod interrelationships and patterns of skeletal evolution. Transactions of the Royal Society of Edinburgh: Earth Sciences 87: 363-421. Coates, M. I. and J. A. Clack, 1990. Polydactyly in the earliest known tetrapod limbs. Nature 347: 66-69. Coates, M. I. and J. A. Clack, 1991. Fish-like gills and breathing in the earliest known tetrapod. Nature 352: 234-236. Daeschler, Edward B. and Neil Shubin, 1998. Fish with fingers? Nature 391: 133. Murphy, Dennis C., 2002. Devonian times: Ichthyostega

stensioei.http://www.mdgekko.com/devonian/Order/re-ichthyostega.html Shubin, N. H., E. B. Daeschler and M. I. Coates, 2004. The early evolution of the tetrapod humerus. Science 304: 90-93. See also: Clack, J. A., 2004. From fins to fingers. Science 304: 57-58. Zhu, Min and Per E. Ahlberg, 2004. The origin of the internal nostril of tetrapods. Nature 432: 94-97. See also: Janvier, Philippe, 2004. Wandering nostrils. Nature 432: 23-24. Mais informaes: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=184959&tid=2453223899302182571

PAL-05: Fsseis entre anfbios e rpteis? Alegao: No h fsseis entre anfbios e rpteis. Resposta: A principal diferena entre os anfbios (tetrpodes primitivos) e os rpteis (amniotas) a presena do mnion, que no fossiliza. Por isso extremamente difcil diferenciar um do outro, at porque suas estruturas sseas so muito parecidas.

No entanto essa incerteza no nos d o direito de dizer categoricamente que no existem transicionais entre eles. Existem vrios fsseis de criaturas do Permiano, alguns so amniotas primitivos, outros provavelmente no so. Esses so alguns exemplos de transicionais entre anfbios e rpteis: Reptilomorfos, como o Eogyrinus e o Diadectes Archaeothyris, um amniota primitivo do Carbonfero basal Batrachosauria, tambm do Carbonfero

Mais informaes: http://www.palaeos.com/Vertebrates/Units/190Reptilomorpha/190.100.html

PAL-06: Fsseis entre dinos e aves? Alegao: No h fsseis entre dinossauros e aves. Resposta: Muitos fsseis de aves foram descobertos nas ltimas dcadas, vrios deles revelaram serem intermedirios entre dinossauros (como os Allosauros) e aves modernas: Sinosauropteryx prima, um dinossauro coberto por penas primitivas, mas estruturalmente similar aos

dinossauros sem penas Ornitholestes e Compsognathus (Chen et al. 1998; Currie and Chen 2001).; Ornitomimossauros, therizinossauros e oviraptorssauros. O oviraptorosauro Caudipteryx tinha o corpo

coberto com tufos de penas (Ji et al. 1998). Tambm possua penas o therizinosauro chamado Beipiaosaurus (Xu et al. 1999a). Vrias outras caractersticas de aves so encontradas nesses dinossauros, como crnio e vrtebras altamente pneumatizados, e longas asas. Oviraptrides tambm tinham ovos similares aos das aves, e inclusive os chocavam (Clark et al. 1999); Deinonychosauros (troodontides e dromaeosauros). Esses so os dinossauros mais prximos das

aves. Sinovenator, o mais primitivo troodontide, bastante similar ao Archaeopteryx (Xu et al. 2002). Byronosauro, outro troodontide, possua dentes praticamente idnticos s aves primitivas (Makovicky et al. 2003). Microraptor, o mais primitivo dromaeosaur, tambm o mais parecido com ave; espcimes foram encontrados com irrefutveis penas em suas asas, pernas e cauda (Hwang et al. 2002; Xu et al. 2003). Sinornithosauro tambm era coberto por uma variedade de penas e um crnio mais parecido com aves do que os dromaeosauros mais antigos (Xu, Wang, and Wu 1999; Xu and Wu 2001; Xu et al. 2001); Protarchaeopteryx, alvarezsaurdeos, Yixianosaurus e Avimimus. Esses so dinossauros de locais cada um potencialmente mais prximo das aves do que os deinonychosauros.

incertos,

Protarchaeopteryx tem penas na cauda, e asas/patas alongadas (Ji et al. 1998). Yixianosaurus possui uma distinta plumagem nas asas/patas proporcional s aves (Xu and Wang 2003). Alvarezsaurdeos (Chiappe et al. 2002) e Avimimus (Vickers-Rich et al. 2002) possuem outras caractersticas de aves;

Archaeopteryx. Esse famoso fssil est classificado com ave, mas ele possui mais caractersticas de

dinossauros do que alguns dos citados acima.(Paul 2002; Maryanska et al. 2002); Shenzhouraptor (Zhou and Zhang 2002), Rahonavis (Forster et al. 1998), Yandangornis e Jixiangornis.

Todas essas aves eram ligeiramente mais avanados que o Archaeopteryx, especialmente nas vrtebras, esterno e ossos das asas; Sapeornis (Zhou and Zhang 2003), Omnivoropteryx e confuciusornithids (ex., Confuciusornis e

Changchengornis; Chiappe et al. 1999). Esses so as primeiras aves a possurem grandes ossos formados por vrtebras da cauda fusionados (chamados pigostilos); Enantiornitinos, incluindo pelo menos dezenove espcies de aves primitivas, como o Sinornis (Sereno

and Rao 1992; Sereno et al. 2002), Gobipteryx (Chiappe et al. 2001), e Protopteryx (Zhang and Zhou 2000). Vrias novas caractersticas de aves aparecem, incluindo doze ou menos vrtebras dorsais, frcula estreita em forma de V (o chamado osso da sorte), e reduo nos ossos digitais das asas; Patagopteryx, Apsaravis, e yanornithids (Chiappe 2002; Clarke and Norell 2002). Mais caractersticas

de aves aparecem nesses grupos, incluindo mudanas nas vertebras desenvolvimento de quilha, expanso do osso esterno, onde se prendem os msculos das asas;~ Hesperornis, Ichthyornis, Gansus, e Limenavis. Essas aves so quase to avanadas quanto aves

modernas. Novas caractersticas incluem perda de quase todos os dentes, e mudanas nos ossos das pernas; Finalmente, aves modernas.

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PAL-07: Fsseis entre mamferos e cetceos? Alegao: No existem fsseis entre mamferos e baleias. Resposta: Existem vrios transicionais que provam que as baleias e os golfinhos se originaram de mamferos terrestres. Babinski (2003) e Zimmer (1998) apresentam vrias figuras para os seguintes: Pakicetus inachus: do final do Eoceno primrio (Gingerich et al. 1983; Thewissen and Hussain 1993); Ambulocetus natans: Do incio ao mdio Eoceno. Tinha pequenos membros frontais e patas traseiras

adaptadas ao nado. Sua coluna ondulava para cima e para baixo, facilitando o nado. Aparentemente podia andar em terra to bem quando nadir (Thewissen et al. 1994); Indocetus ramani: incio do mdio Eoceno (Gingerich et al. 1993); Dorudon: o cetceo dominante do final do Eocene. Os seus pequenos membros traseiros no serviam

para locomoo; Basilosaurus: Mdio Eoceno. Uma baleia aqutica completa com pernas plenamente estruturadas

(Gingerich et al. 1990); Uma baleia primitive com seu respire muito mais frente e algumas outras estruturas encontradas em

animais terrestres, mas no em baleias mais recentes (Stricherz 1998). Os parentes vivos mais prximos das baleias so os hipoptamos. Um grupo fssil conhecido como anthracotheres liga os hipoptamos s baleias (Boisserie et al. 2005). A evoluo das baleias ntida tambm no crnio desses animais. Os mais primitivos possuam ouvidos timos para escutar fora dgua, mas ruins dentro dela. medida que eles iam se adaptando para os ambientes marinhos, seus ouvidos iam melhorando para escutar dentro dgua, e piorando para escutar fora dela, at que atualmente os ouvidos das baleias so excelentes para dentro dgu a, e ruins para escutar fora. Referncias: Boisserie, Jean-Renaud, Fabrice Lihoreau and Michel Brunet. 2005. The position of Hippopotamidae within Cetartiodactyla. Proceedings of the National Academy of Science USA 102(5): 1537-1541. Gingerich, P. D. et al., 1983. Origin of whales in epicontinental remnant seas: New evidence from the Early Eocene of Pakistan. Science 220: 403-406. Gingerich, P. D., B. H. Smith, and E. L. Simons, 1990. Hind limb of Eocene Basilosaurus: Evidence of feet in whales. Science 249: 154-157.

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Alegao: Tem mais coisa feia!!! Alguns dos ossos do passado, famosos por serem considerados de espcies transicionais, no so mais vistos dessa maneira nem pelos evolucionistas. O homem de Piltdown, uma referencia nos livros de cincia e museus durane anos acabou desmascarado como fraude. Fonte da prola Resposta: Uma das vedetes dos argumentos criacionistas, por algum motivo eles citam fraudes que ocorreram dcadas atrs como se elas invalidassem todos os fsseis que j foram encontrados at hoje. claro que no, fraudes ocorrem em qualquer rea de conhecimento. Mas foi o mtodo cientfico que permitiu descobrir que se tratava de uma montagem de um crnio humano com o maxilar de um chimpanz. S isso seria suficiente para derrubar o pobre argumento de Piltdown, mas h mais coisas a serem ditas. Piltdown, antes de ser desmascarado pela cincia como fraude, no era aceito com unanimidade pela comunidade cientfica. Na verdade, ele foi uma pedra no sapato, pois ele no se encaixava na teoria evolucionria. claro, era um hbrido inventado com partes de ossos modernos. Ele foi aceito por muitos apenas por ser um achado fabuloso para a poca, o que uma fraqueza humana, a qual todos ns estamos sujeitos. A fraude durou por quarenta anos, gerando muita polmica, pois seus grandes descobridores, Charles Dawson e Arthur Smith Woodward, proibiram o acesso a anlises cientficas, deixando o crnio fora do alcance de todos, dentro do Museu Britnico. Somente quando eles morreram, Piltdown foi desmascarado como a fraude que era. Vale ressaltar, desmascarado por cientistas, graas ao mtodo cientfico. E no nos esqueamos que os perpetradores da fraude eram criacionistas. Descobrir um erro no invalida o mtodo cientfico, muito pelo contrrio, ele apenas o fortalece. Assim sabemos que podemos confiar na cincia, pois ela se corrige, se aprimora, e se fiscaliza. Interessante notar, aps Piltdown ser descoberto como forjado, nenhum cientista jamais o citou como verdadeiro. No entanto, muitos criacionistas continuamente citam fraudes, no importando quantas vezes elas j foram desmascaradas, como as pegadas de humanos e dinossauros em Paluxy, esqueletos de gigantes, descoberta da Arca de No, Darwin se arrepender no leito de morte, citaes de cientistas fora de contexto, etc. Referncias: Harter, Richard, 1996. Piltdown Man: The bogus bones caper.

PAL-09: O Homem de Nebraska foi uma fraude Alegao:

De um dente, montaram a mandbula. Da mandbula, montaram o crnio. Do crnio, montaram o esqueleto. Do esqueleto, fizeram pele, cabelo e at a sua namorada ou esposa (agachada no desenho). Fizeram a famosa exposio sobre a evoluo em Dayton, Tennessee, chamada de Scopes Trial, quando o Homem de Nebraska foi apresentado como prova incontestvel da evoluo. Quando William Jennings Bryan protestou contra os argumentos apresentados e pela insuficincia, riram-se dele ridicularizando-o. Em 1927 descobriram a fraude: O dente era de um porco chamado Peccary. Fonte: http://www.baptistlink.com/creationists/pilt.htm Resposta: A histria no bem assim. O dente no foi considerado como evidncia por muitos cientistas. A maioria deles na verdade eram cticos quanto descoberta, diferente de como os criacionistas querem fazer parecer. O prprio Henry Fairfield Osborn, paleontlogo que descreveu o dente, estava em dvidas o dente pertencia aos homindeos ou a outra espcie de primata: At estarmos mais seguros quanto a arcada dentria, ou partes do crnio, ou do esqueleto, n o podemos estar certos se o Hesperopithecus pertence aos Simiidae ou aos Hominidae. (Osborn 1922) O tal desenho que os criacionistas gostam de usar para ridicularizar a evoluo, foi feito por uma revista de cunho popular, tipo Superinteressante ou Veja, e no foi nem jamais teve inteno de ser cientificamente correta. Tal desenho jamais foi publicado em trabalhos cientficos. At Osborn se espantou ao ver o desenho, e disse que: Tal desenho ou reconstruo seria com certeza apenas proveniente da imag inao humana, sem valor cientfico nenhum, e com certeza impreciso (Wolf and Mellett 1985) A alegao de que o Homem de Nebraska foi usado no Scopes Monkey Trial mentirosa. Os criacionistas que mostrem as transcries do julgamento se quiserem provar isso. O Homem de Nebraska foi um exemplo de cincia funcionando bem. Uma descoberta intrigante foi encontrada, podendo ter vrias implicaes. A descoberta foi anunciada e vrios outros experts a analisaram. Cientistas de incio eram cticos. Mais evidncias foram encontradas, e a concluso foi que a interpretao inicial estava errada. Finalmente, a retratao foi publicada. Referncias: Foley, Jim, 2001. Creationist arguments: Nebraska

Man.http://www.talkorigins.org/faqs/homs/a_nebraska.html Mellett, James S. and John Wolf, 1985. The role of Nebraska man in the creation -evolution debate. Creation/Evolution 16: 31-43.http://www.talkorigins.org/faqs/homs/wolfmellett.html Gould, S. J., 1991. An essay on a pig roast. In Bully for Brontosaurus, pp. 432-47. New York: W.W.Norton. Osborn H.F. (1922): Hesperopithecus, the anthropoid primate of western Nebraska. Nature, 110:281-3.

PAL-10: O Homem de Neandertal sofria de raquitismo Alegaes: O Homem de Neanderthal: foi reconstitudo a partir de um crnio quase completo descoberto em 1848 e um esqueleto parcial em 1856. Muitos estudiosos dizem que o Neanderthal era to humano quanto qualquer um de ns. As diferenas do esqueleto so atribudas ao fato de pertencer a um homem velho que sofria de raquitismo. Esse detalhe foi comprovado com novos achados fsseis, pois os Neanderthais sepultavam seus mortos Os darwinistas argumentaram que o homem neandertal era uma criatura semelhante ao macaco, enquanto muitos crticos de Darwin (como o grande anatomista Rudokph Virchow) argumentaram que os Neandertais eram humanos em todo aspecto, apesar de que alguns aparentavam sofrer de raquitismo ou artrite. Fonte: http://www.pibvp.org.br/index.php?name=News&file=article&sid=289 Resposta: bvio que quando os primeiros neandertais foram descobertos, os cientistas no sabiam ao certo onde eles se encaixavam na evoluo humana. Seramos ns descendentes diretos deles? Ou so eles de uma linhagem paralela? Ou seriam eles apenas pessoas com doenas, como raquitismo ou artrite? Essas dvidas at eram normais e compreensveis h mais de um sculo atrs, porm hoje, com mais de 300 espcimes de neandertais descobertos, sabemos que eles eram na verdade de uma linhagem paralela nossa. Temos at evidncias genticas disso. Eles eram nossos primos, uma outra espcie de ser humano. possvel at que nossos antepassados tenham se encontrado com eles. verdade que alguns deles podem ter sofrido de raquitismo, ou de artrite, porm nem de longe a maioria, muito menos todos, sofreram dessas doenas. E outra, raquitismo e artrite no transformam uma pessoa em um neandertal. Pessoas que sofrem de raquitismo tm alta deficincia em clcio, e seus ossos so to mais fracos que at o peso do prprio corpo pode quebr-los J os neandertais possuam ossos 50% mais grossos que os dos humanos comuns, e possuam porte atltico e robusto. Dizer que eles eram idnticos aos seres humanos atuais torcer os fatos. Sua estrutura ssea completamente distinta dos seres humanos. Mas isso no faz deles macacos. Em muitos aspectos eles eram parecidos com os humanos; andavam sobre os dois ps, tinham hbitos de comunidades, etc. Mas no eram idnticos a ns. Eram uma outra espcie de ser humano.

Quem sabe nossos ancestrais tenham at lutado com eles por supremacia, e ns fomos os vitoriosos. A jornada da humanidade no nosso planeta fascinante, muito triste ver como os criacionistas querem varrer nossa histria para baixo do tapete, escond-la das pessoas, s porque ela desmente suas crenas e seus mitos. Referncias: Straus, W. L. Jr. and A. J. E. Cave, 1957. Pathology and the posture of Neanderthal man. Quarterly Review of Biology 32(4): 348-363. Foley, Jim. 2002. Creationist arguments: Neandertals.http://www.talkorigins.org/faqs/homs/a_neands.html

PAL-11: Australopithecus so totalmente macacos Alegao: Australopithecus so macacos completos, prximos do chimpanz. Solly Zuckerman e Charles Oxnard, evolucionistas renomados, mostraram que eles no andavam em p. Resposta: Australopithecus africanus e robustus so muito mais parecidos com humanos do que com macacos. A. afarensis fica mais ou menos no meio termo entre os dois, talvez pendendo mais para os primatas. A. ramidus mais simiesco. As alegaes de que eles so totalmente primatas vem de apenas dois artigos j desacreditados pela cincia. O prprio Oxnard considerava o Australopithecus um ancestral humano, sem problemas (Groves 1999). H vastas evidncias de que aquelas espcies eram plenamente bpedes e tinham ainda outras caractersticas humanides. Essas evidncias so ignoradas, distorcidas, ou simplesmente negadas pelos criacionistas (Foley 1997). Referncias: Foley, Jim. 1997. Creationist arguments:

Australopithecines.http://www.talkorigins.org/faqs/homs/a_piths.html Groves, Colin. 1999. Getting desperate.http://www.talkorigins.org/faqs/homs/desperate_cg.html

PAL-12: Archaeopteryx era apenas um pssaro Alegao: Archaeopteryx era um pssaro completo. Possua penas e asas como um pssaro comum. Resposta: Archaeopteryx est definido como um pssaro. No entanto, possua muito mais caractersticas de dinossauros do que de aves.

Suas principais caractersticas de aves eram: Longas narinas externas; Quadrato e quadratojugal (ossos da mandbula) no unidos; Ossos do palato que possuam trs extenses; Grande canal lateral no topo da parte traseira das vrtebras; Outras caractersticas de aves do Archaeopteryx so encontradas em vrios outros dinossauros, como

penas, frcula (osso da sorte), e pbis alongada e direcionada para trs; As principais caractersticas de dinossauros so as seguintes; Dentes nos ossos do maxilar e premaxilar; Garras nas asas, com trs dedos; Longa cauda com ossos; Abertura nasal bem na frente, separada dos olhos por uma grande abertura preorbital; Costelas finas, no unidas ou articuladas com o externo; Sacro que ocupa seis vrtebras; Metacarpos livres (exceto pelo terceiro); Pulso da mo flexvel; Plvis e rtula do fmur no formato dos arcossauros em muitos detalhes; Ossos da plvis no fundidos.

E mais de 100 outras diferenas das aves (Chiappe 2002; Norell and Clarke 2001). Referncias: Nedin, Chris. 1999. All about Archaeopteryx.http://www.talkorigins.org/faqs/archaeopteryx/info.html Chiappe, L. M. 2002. Basal bird phylogeny. In: Chiappe and Witmer, pp. 448-472. Chiappe, L. M. and L. M. Witmer (eds.). 2002. Mesozoic Birds: Above the Heads of Dinosaurs. Berkeley: Univ. of California Press. Elzanowski, A. 2002. Archaeopterygidae (Upper Jurassic of Germany). In: Chiappe and Witmer, pp. 129159. Mayr, Gerald, Burkhard Pohl, and D. Stefan Peters. 2005. A well-preserved Archaeopteryx specimen with theropod features. Science 310: 1483-1486.

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PAL-13: Archaeopteryx foi uma fraude Alegao: As impresses de penas do Archaeopteryx de Londres foram forjadas. Existem evidncias de que: As impresses das penas aparecem em apenas uma placa, e no na outra oposta. Fissuras do tamanho de fios de cabelo atravessando ambos ossos e penas podem ter sido formados

por movimentos nas placas depois que o cimento estava no lugar. As penas parecem carimbos duplicados. A textura da superfcie diferente entre as reas com penas e as sem. Pequenas bolhas aparecem que nem sempre se encaixam na placa oposta. Sob o microscpio, a rocha parece diferente a parte fssil e no-fssil do espcime. Materiais desconhecidos aparecem na malha do fssil. Anlise qumica de raios-X mostra diferenas qumicas que incluem silicone, sulfetos e cloro na rea

fssil que no esto presentes na rea no-fssil. Esses pontos indicam que as penas foram impressas por algum que usou algum tipo de molde. Sem as penas, Archaeopteryx seria identificado como o dinossauro Compsognathus, que no seria transicional. Fonte: Watkins, R. S., F. Hoyle, N. C. Wickramasinghe, J. Watkins, R. Rabilizirov, and L. M. Spetner, 1985a. Archaeopteryx a photographic study. British Journal of Photography 132: 264-266. Watkins, R. S. et al., 1985b. Archaeopteryx a further comment. British Journal of Photography 132: 358-359,367. Watkins, R. S. et al., 1985c. Archaeopteryx further evidence. British Journal of Photography 132: 468470. Hoyle, Fred, N. C. Wickramasinghe and R. S. Watkins, 1985. Archaeopteryx: Problems arise and a motive. British Journal of Photography 132(6516): 693-695,703. Hoyle, Fred and C. Wickramasinghe, 1986. Archaeopteryx, The Primordial Bird, Christopher Davis, London.

Spetner, L. M., F. Hoyle, N. C. Wickramasinghe and M. Magaritz, 1988. Archaeopteryx more evidence for a forgery. British Journal of Photography 135: 14-17. Resposta: Existem outros nove fsseis de Archaeopteryx descobertos em lugares e pocas diferentes, todos muito bem documentados. Pelo menos seis deles possuem claras e indiscutveis penas (Charig 1986; Wellnhofer 1993; Mayr et al. 2005). No exemplar Maxburg, as penas continuam at os ossos, acabando com qualquer possibilidade de fraude (Charig 1986). Alm disso, vrios outros dinossauros com penas foram encontrados. Pequenas fraturas, infiltradas por calcita, se estendem entre penas e ossos, mostrando que ambos vieram da mesma fonte. As fissuras tambm se encaixam perfeitamente nas placas opostas (Charig 1986). Essas fraturas so invisveis a olho nu, ento um fraudador do sculo XIX sequer saberia de sua existncia, muito menos conseguiria replic-las. O efeito de carimbo duplo na placa oposta se deve ao mtodo de fossilizao. Bactrias crescem debaixo das penas, degradando-as, fazendo os sedimentos abaixo litificarem, e assim preservando uma impresso mais forte das penas. Quando as penas decaram, os sedimentos acima pressionaram para baixo criando um molde na superfcie de baixo (Davis and Briggs 1995). Evidncia desse processo, incluindo bactrias litificadas, so visveis sob microscpio de alta resoluo, e no poderiam de modo algum serem forjadas. A diferena de textura entre as reas com e sem penas se deve ao prprio corpo do animal (Charig 1986). As bolhas so irregularidades naturais. No h sequer uma que no tenha uma depresso correspondente na placa oposta. As duas metades se encaixam bem exceto onde a superfcie foi destruda para a preparao subseqente (Charig 1986). As aparncias diferentes nas reas fssil e no fssil se devem a diferentes resolues usadas nas fotografias do microscpio SEM (Nedin 1997). Os materiais desconhecidos claramente no esto dentro da malha fssil (Spetner et al. 1988, Figs. 4b-f). Os gros de carbonato so apenas poeira. As diferenas qumicas entre a rea fssil e no fssil so resultado do tratamento de preservao aplicado sobre a rea fssil (Nedin 1997). No adianta. Archaeopteryx um legtimo transicional dino-ave, quer os criacionistas gostem ou no. Podem at tentar, mas no vo conseguir ofuscar essa maravilhosa descoberta, essa prova incrvel de que o legado dos dinossauros sobreviveu entre ns, na forma das aves que povoam a terra e os cus Referncias: Nedin, Chris, 1997. On Archaeopteryx, astronomers, and

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PAL-14: Archaeoraptor foi uma fraude Alegao: Archaeoraptor foi considerado como um transicional entre dinossauros e aves (Sloan 1999), mas foi revelado como uma fraude, um composto com o corpo de ave com a cauda de um dinossauro. Resposta: Archaeoraptor no foi uma fraude cientfica. Ele foi montado por um caador de fsseis chins que o descobriu. As partes foram montadas para fazer o fssil mais valioso para colecionadores, no para pesquisadores. Talvez o seu descobridor sequer sabia que eram de fsseis diferentes (Simons 2000). O Archaeoraptor foi publicado em revistas populares, no em jornais com peer-review. O autor do artigo principal foi o diretor de arte da revista National Geographic, no um cientista. Ambas Nature e Science rejeitaram os artigos descrevendo-o, alegando suspeitas de que ele foi forjado e ilegalmente contrabandeado (Dalton 2000; Simons 2000). Procedimentos cientficos naturais foram mantidos em todos os seus padres normais de rigor, at ser revelado como fraude, pela prpria cincia, diga-se de passagem. Vale lembrar que as duas metades do Archaeoraptor (Yanornis martini, o corpo, e Microraptor zhaoianus, a cauda), so fsseis valiosos por si s (Rowe et al. 2001; Xu et al. 2000; Zhou et al. 2002). Referncias: Dalton, Rex, 2000. Feathers fly over Chinese fossil birds legality and authenticity. Nature 403: 689 -690. Rowe, T. et al., 2001. The Archaeoraptor forgery. Nature 410: 539-540. Sloan, Christopher P., 1999. Feathers for T. Rex? National Geographic 196(5) (Nov.): 98-107.

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GEN-02: Mutaes so prejudiciais Alegao: A maioria das mutaes so deletreas, portanto o efeito delas prejudicial. Resposta: A maioria das mutaes so neutras, pois elas ocorrem na maior parte do genoma onde no influencia em nada, chamado DNA-lixo (junk DNA).

Nachman e Crowell estimaram cerca de 3 mutaes deletreas em 175 ao todo, por cada gerao em humanos (2000). Das mutaes que produzem algum efeito, a maioria so prejudiciais, porm uma parcela delas pode ser benfica. As mutaes prejudiciais no sobrevivem muito tempo, enquanto as benficas sobrevivem muito mais, ento, se voc considerar apenas as mutaes que sobrevivem, as benficas so em nmero muito superior as malficas. Mutaes benficas so comumente observadas. Elas na verdade so o grande problema da medicina

(em vrus e bactrias) e na agricultura (no controle de pragas). Se no houvessem mutaes benficas, muitas doenas j teriam sido extintas (Newcomb et al. 1997, Wichman et al. 1999); Mutaes deram a bactrias a habilidade de degradar nylon (Prijambada et al. 1995); Mutaes benficas tem sido largamente usadas na agricultura para selecionar as melhores plantas

para consumo e comercializao (FAO/IAEA 1977); Mutaes podem dar resistncia a AIDS (Dean et al. 1996; Sullivan et al. 2001) e a doenas do

corao (Long 1994; Weisgraber et al. 1983); Mutaes podem fazer os ossos humanos mais fortes (Boyden et al. 2002).

Se uma mutao benfica ou no, depende do meio. Uma mutao que ajuda em uma circunstncia pode prejudicar em outra. Como na natureza os ambientes esto sempre mudando, qualquer mutao benfica em potencial, e quando uma mutao beneficiada pelo ambiente, ela se espalha rapidamente pela populao Elena et al. 1996). Por exemplo, a anemia falciforme fornece uma resistncia malria para as pessaso negras da frica, portanto nesse caso foi uma mutao benfica. Porm se essa pessoa se mudar para os Estados Unidos, a anemia passa a ser um problema. Vale lembrar que uma nica mutao benfica que seja suficiente para falsear a idia dos criacionistas da Terra jovem, que alegam que os seres vivos apenas podem se degenerar. Referncias Boyden, Ann M., Junhao Mao, Joseph Belsky, Lyle Mitzner, Anita Farhi, Mary A. Mitnick, Dianqing Wu, Karl Insogna, and Richard P. Lifton. 2002. High bone density due to a mutation in LDL-receptor-related protein 5. New England Journal of Medicine 346: 1513-1521, May 16, 2002. http://content.nejm.org/cgi/content/short/346/20/1513 Dean, M. et al. 1996. Genetic restriction of HIV-1 infection and progression to AIDS by a deletion allele of the CKR5 structural gene. Science 273: 1856-1862. Elena, S. F., V. S. Cooper and R. E. Lenski. 1996. Punctuated evolution caused by selection of rare beneficial mutations. Science 272: 1802-1804. FAO/IAEA. 1977. Manual on Mutation Breeding, 2nd ed. Vienna: International Atomic Energy Agency. Long, Patricia. 1994. A town with a golden gene. Health 8(1) (Jan/Feb.): 60-66. Moffat, Anne S. 2000. Transposons help sculpt a dynamic genome. Science 289: 1455-1457.

Morris, Henry M. 1985. Scientific Creationism. Green Forest, AR: Master Books. Nachman, M. W. and S. L. Crowell. 2000. Estimate of the mutation rate per nucleotide in humans. Genetics 156(1): 297-304. Newcomb, R. D. et al. 1997. A single amino acid substitution converts a carboxylesterase to an organophosporus hydrolase and confers insecticide resistance on a blowfly. Proceedings of the National Academy of Science USA 94: 7464-7468. Oliver, Antonio et al. 2000. High frequency of hypermutable Pseudomonas aeruginosa in cystic fibrosis lung infection. Science 288: 1251-1253. See also: Rainey, P. B. and R. Moxon, 2000. When being hyper keeps you fit. Science 288: 1186-1187. See also: LeClerc, J. E. and T. A. Cebula, 2000. Pseudomonas survival strategies in cystic fibrosis (letter), 2000. Science 289: 391-392. Prijambada, I. D., S. Negoro, T. Yomo and I. Urabe. 1995. Emergence of nylon oligomer degradation enzymes in Pseudomonas aeruginosa PAO through experimental evolution. Applied and Environmental Microbiology 61(5): 2020-2022. Sullivan, Amy D., Janis Wigginton and Denise Kirschner. 2001. The coreceptor mutation CCR5-delta-32 influences the dynamics of HIV epidemics and is selected for by HIV. Proceedings of the National Academy of Science USA 98: 10214-10219. Weisgraber K. H., S. C. Rall Jr., T. P. Bersot, R. W. Mahley, G. Franceschini, and C. R. Sirtori. 1983. Apolipoprotein A-I Milano. Detection of normal A-I in affected subjects and evidence for a cysteine for arginine substitution in the variant A-I. Journal of Biological Chemistry 258: 2508-2513. Wichman, H. A. et al. 1999. Different trajectories of parallel evolution during viral adaptation. Science 285: 422-424. Wright, M. C. and G. F. Joyce. 1997. Continuous in vitro evolution of catalytic function. Science 276: 614617. See also: Ellington, A. D., M. P. Robertson and J. Bull, 1997. Ribozymes in wonderland. Science 276: 546-547. Williams, Robert. n.d. Examples of beneficial mutations and natural

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humans.http://www.gate.net/~rwms/EvoHumBenMutations.html Harter, Richard. 1999. Are mutations harmful?http://www.talkorigins.org/faqs/mutations.html Peck, J. R. and A. Eyre-Walker. 1997. The muddle about mutations. Nature 387: 135-136.

GEN-03: Mutaes no aumentam informao Alegao: Mutaes so apenas mudanas no material gentico, elas no aumentam informao. A evoluo no capaz de aumentar a quantidade de informao.

Resposta: Aumento de informao um termo vago e no de maneira nenhuma cientfico. difcil saber o que os criacionistas entendem por aumento de informao, e provavelmente essa confuso no sem querer. Isso porque qualquer exemplo que seja dado, os criacionistas tem a desculpa de dizer que es se no o aumento de informao que eu me refiro. Eles sempre podem usar essa vlvula de escape para se esquivar das respostas. Aumento de informao, de qualquer forma de entendimento possvel, j foi observada. Exemplos: Aumento da variabilidade gentica em uma populao (Lenski 1995; Lenski et al. 1991); Aumento de material gentico (Alves et al. 2001; Brown et al. 1998; Hughes and Friedman 2003;

Lynch and Conery 2000; Ohta 2003); Desenvolvimento de novo material gentico (Knox et al. 1996; Park et al. 1996); Desenvolvimento de novas habilidades, reguladas geneticamente (Prijambada et al. 1995); Poliploidia comum na natureza, onde o nmero de cromossomos aumenta dentro da clula (Newton

and Pellew 1929). Se nenhum desses exemplos fornece aumento de informao, ento os criacionistas que definam o que significa essa expresso, seno ela perde totalmente o sentido. Um mecanismo onde mais comum de ocorrer aumento de informao a duplicao gentica, onde um longo pedao de DNA copiado, seguindo por mutaes pontuais que mudam uma ou ambas as cpias. Sequenciamento gentico tem mostrado vrios casos onde isso fez surgir novas protenas. Por exemplo: Duas enzimas na sntese da histidina foram formadas, evidncias sugerem, via duplicao gentica e

fuso de duas seqncias ancestrais (Lang et al. 2000). RNASE1, um gene para uma enzima pancretica, foi duplicada, e em macacos langur uma das cpias

sofreu mutao para RNASE1B, que funciona melhor no intestino mais cido do macaco (Zhang et al. 2002); Levedo foi colocado em um meio com pouco acar. Aps 450 geraes, genes que transportam

hexose duplicaram vrias vezes, e muitas das verses duplicadas sofreram ainda mais mutaes (Brown et al. 1998). A literatura de biologia est repleta de exemplos. Uma pesquisa na PubMed sobre gene duplication retorna mais de 5.000 referncias. MOL-01: Complexidade irredutvel prova o design Alegao:

Alguns sistemas bioqumicos so irredutivelmente complexos, o que significa que a remoo de uma das partes destri a funcionalidade de todo o sistema. Complexidade irredutvel elimina a possibilidade de um sistema ter evoludo, portanto s pode ter sido obra de um designer. Fonte: Behe, Michael J. 1996. Darwins Black Box, New York: The Free Press. Resposta: Behe em sua argumentao falha em vrios pontos. Primeiro, porque ele alega que um sistema que ele chama de irredutivelmente complexo no pode ter surgido pela evoluo. Isso no verdade. Se ele chama de irredutivelmente complexo um sistema que perde sua funo se uma de suas partes for removida, isso significa apenas que um sistema no pode ter evoludo pela adio de partes prontas, que nunca mudam de funo. Isso ainda deixa livre muitas outras possibilidade evolucionrias, tais como: Deleo de partes; Adio de mltiplas partes, por exemplo, a duplicao de grande parte ou da totalidade do sistema

(Pennisi 2001); Mudanas de funes; Adio de uma segunda funo para uma das partes (Aharoni et al 2004); Mudanas graduais das partes.

Todos esses mecanismos foram observados em mutaes genticas. Inclusive deleo e duplicao gentica so bastante comuns (Dujon et al. 2004; Hooper and Berg 2003; Lynch and Conery 2000), e fazem a complexidade irredutvel no apenas possvel, mas tambm esperada. De fato, ela foi prevista pelo geneticista ganhador do prmio Nobel Hermann Muller quase um sculo atrs (Muller 1918, 463464), porm ele chamou de complexidade interconectada (Muller 1939). Ou seja, simplesmente porque algo irredutivelmente complexo agora, no significa que sempre foi assim. As partes podem mudar de funo, ou ganhar ou perder funes, ou ter mais de uma funo, etc. Se olharmos para um sistema pronto e acharmos que ele j veio pronto dessa forma, com as funes sempre daquela forma, sem nunca terem mudado, bvio que vamos imaginar ter sido impossvel terem surgido pela evoluo. Mas evoluo ensina exatamente o contrrio, que os seres no so fixos, que novas funes podem surgir e desaparecer ao longo do tempo. A segunda falha no raciocnio de Behe que ele est partindo de uma argumentao negativa. Ou seja, segundo ele, se A no possvel, ento B automaticamente verdade. No assim que se faz cincia, pois ao invs de provar B, como deveria ser, ele tenta provar que A no possvel. Se fosse assim, poderamos dizer que se a Terra no plana, ento ela cnica. Pode parecer ridculo, e de fato , mas o mesmo raciocnio que Behe toma quando diz que se a evoluo no ocorre, ento s pode ter sido um designer, eliminando qualquer outra possibilidade. No passa de um apelo ignorncia.

A terceira falha na argumentao de Behe que alguns sistemas apontados por ele como irredutivelmente complexos na verdade no o so. Muitos deles podem manter sua funo, apesar de no to bem, sem vrias de suas partes, por exemplo: A ratoeira poderia funcionar sem a base, sem a isca ou at outras partes; O flagelo bacteriano poderia continuar sendo usado como propulsor mesmo sem vrias de suas

protenas. sabido que muitas das protenas do flagelo eucaritico (tambm chamado cilium ou undulipodium) so dispensveis, porque tais flagelos existem so conhecidos, e no possuem as protenas, e ainda assim so funcionais; Mesmo com o exemplo da complexidade do transporte de protenas de Behe, existem outras protenas

que no precisam de transporte. O sistema imunolgico que Behe diz ser irredutivelmente complexo na verdade no o , porque os anticorpos que marcam as clulas invasoras para serem destrudas tambm podem servir como sistema de defesa, destruindo eles mesmos, apesar de forma no to eficiente. Referncias TalkOrigins Archive. n.d. Irreducible complexity and Michael

Behe.http://www.talkorigins.org/faqs/behe.html Aharoni, A., L. Gaidukov, O. Khersonsky, S. McQ. Gould, C. Roodveldt and D. S. Tawfik. 2004. The evolvability of promiscuous protein functions. Natu re Genetics [Epub Nov. 28 ahead of print] Bridgham, Jamie T., Sean M. Carroll and Joseph W. Thornton. 2006. Evolution of hormone-receptor complexity by molecular exploitation. Science 312: 97-101. See also Adami, Christopher. 2006. Reducible complexity. Science 312: 61-63. Dujon, B. et al. 2004. Genome evolution in yeasts. Nature 430: 35-44. Hooper, S. D. and O. G. Berg. 2003. On the nature of gene innovation: Duplication patterns in microbial genomes. Molecular Biololgy and Evolution 20(6): 945-954. Lynch, M. and J. S. Conery. 2000. The evolutionary fate and consequences of duplicate genes. Science 290: 1151-1155. See also Pennisi, E., 2000. Twinned genes live life in the fast lane. Science 290: 10651066. Melndez-Hevia, Enrique, Thomas G. Waddell and Marta Cascante. 1996. The puzzle of the Krebs citric acid cycle: Assembling the pieces of chemically feasible reactions, and opportunism in the design of metabolic pathways during evolution. Journal of Molecular Evolution 43(3): 293-303. Muller, Hermann J. 1918. Genetic variability, twin hybrids and constant hybrids, in a case of balanced lethal factors. Genetics 3: 422-499.http://www.genetics.org/content/vol3/issue5/index.shtml Muller, H. J. 1939. Reversibility in evolution considered from the standpoint of genetics. Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society 14: 261-280. Pennisi, Elizabeth. 2001. Genome duplications: The stuff of evolution? Science 294: 2458-2460.

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MOL-02: O flagelo irredutivelmente complexo Alegao: O flagelo bacteriano irredutivelmente complexo, pois como partes no funcionais no podem ser preservadas pela seleo natural, esses sistemas s podem ser explicados pelo design inteligente. Fonte: Behe, Michael J. 1996. Darwins Black Box, New York: The Free Press, pp. 59 -73. Resposta: Essa argumentao de Behe, bem como de todo o design inteligente, baseada apenas na incredulidade pessoal, tambm chamado apelo ignorncia. Ao invs de provar a existncia do designer, como a cincia normal tentaria fazer, eles tentam achar falhas na teoria da evoluo, como se ao invalidar um, automaticamente valida o outro. De fato muitas das protenas do flagelo bacteriano so similares entre si ou similares a protenas com outras funes. Sua origem pode ser facilmente explicada como uma srie de duplicaes genticas seguidas por modificao e/ou co-interao, procedendo gradualmente entre sistemas intermedirios desde um flagelo simples at o flagelo final. Um caminho plausvel para a evoluo do flagelo segue os seguintes passos bsicos (tenha em mente que esse um resumo, e que grandes interaes seriam seguidas por longos perodos de otimizao das funes): 1) Poros passivos gerais evoluem para poros mais especficos pela adio de protenas. Transporte passivo convertido a transporte ativo pela adio de ATPase hidrlise de ATP da capacidade de exportao aprimorada. 2) O sistema de exportao tipo-III convertido para um sistema de secreo tipo-III (T3SS) pela adio de membranas porosas proticas (secretina e secretina chaperone) do sistema de secreo tipo-II. Eles eventualmente formam os anis P e L, respectivamente, do flagelo moderno. O sistema secretor moderno tipo-III forma uma estrutura muito parecida com a estrutura de mastro e anel do flagelo (Hueck 1998; Blocker et al. 2003)

3) O T3SS secreta diversas protenas, uma das quais a adesina (uma protena que gruda a clula em outras clulas ou em um substrato). A polimerizao dessa adesina forma um filamento primitivo, uma extenso que d a clula uma melhor capacidade adesiva. Depois da evoluo do filamento T3SS, ele se diversifica para vrias outras tarefas especializadas, por duplicao e subfuncionalizao. 4) Um sistema de bomba inica com outra funo na clula se torna associada com a base do sistema secretor da estrutura, convertendo o filamento em um primitivo protoflagelo. A funo inicial do protoflagelo uma melhor disperso. Homlogos do motor de protenas MotA e MotB so conhecidas e funcionam em diversos procariontes independentes do flagelo. 5) A ligao de uma protena que transmite um sinal na base do sistema secretor regula a velocidade de rotao, dependendo da sade metablica da clula. Isso impe um impulso na direo de regies favorveis e para longe de regies de poucos nutrientes, como aqueles encontrados em habitats com superpopulao. o comeo da mobilidade qumico-ttica. 6) Vrios outros melhoramentos continuam no recm formado flagelo. Todos os componentes so originados por duplicao e subfuncionalizao da estrutura axial do filamento do flagelo primitivo . Essas protenas acabam formando a famlia protica axial. O flagelo bacteriano nem mesmo irredutivelmente complexo. Alguns flagelos bacterianos funcionam sem os anis L e P. Em experimentos com vrias bactrias, alguns componentes ( por exemplo, FliH, FliD, e o domnio muramidase do FlgJ), so importantes mas no essenciais (Matzke 2003). Um tero dos 497 aminocidos dos flagelos foram cortados sem prejudicar sua funo (Kuwajima 1988). Mais ainda, muitas bactrias tem protenas adicionais que so necessrio para o seu prprio flagelo, mas no no bem estudado flagelo padro E. coli. Diferentes bactrias tem nmeros diferentes de protenas nos flagelos (no Helicobacter pylori, por exemplo, apenas 33 protenas so necessrias para produzir um flagelo funcional), ento o exemplo favorito de Behe para complexidade irredutvel parece mais mostrar uma grande variedade numrica de partes necessrias (Ussery 1999). Clios eucariticos so feitos de mais de 200 protenas distintas, mas at aqui a irredutibilidade ilusria. Behe (1996) implica e Denton (1986) alega explicitamente que tubulares 9+2 comuns da estrutura dos clios no podem ser simplificados. No entando, clios 3+0, faltando muitos microtbulos e tambm outras estruturas, existem e so conhecidos (Miller 2003, 2004). Outro exemplo de como o flagelo no irredutivelmente complexo pode ser encontrado na bactria Yersinia pestis, responsvel pela transmisso da peste bubnica. O flagelo dessa bactria no roda, portanto no usado como motor. Porm usado como agulha para infectar o hospedeiro. Na estrutura do Y. pestis, apesar de extremamente similar, faltam muitas protenas que esto presentes no flagelo E. coli, porm ainda assim ela plenamente funcional. Aqui tem um vdeo bem explicativo de como o flagelo bacteriano pode ter evoludo. E por isso a idia de complexidade irredutvel falha. Ela supe que as estruturas sempre foram fixas, imutveis, porm a evoluo prev exatamente o contrrio, mudanas constantes, o tempo todo. Referncias: Matzke, N. J. 2003. Evolution in (brownian) space: a model for the origin of the bacterial flagellum.http://www.talkdesign.org/faqs/flagellum.html or http://www.talkreason.org/articles/flag.pdf (see

also

Background

to

Evolution

in

(Brownian)

space, http://www.talkdesign.org/faqs/flagellum_background.html orhttp://www.talkreason.org/articles/flagback.cfm) Dunkelberg, Pete. 2003. Irreducible complexity

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MOL-03: A coagulao irredutivelmente complexa Alegao: A bioqumica da coagulao sangunea irredutivelmente complexa, indicando que ela deve ser o produto de um design. Fonte: Behe, Michael J. 1996. Darwins Black Box, New York: The Free Press, pp. 74 -97.

Resposta: Os sistemas de coagulao parecem ser formados por qualquer cadeia polimrica que estiver mo. Existem muitos exemplos de sistemas complicados feitos de componentes que so teis, mas tem papis completamente diferentes em componentes diferentes. H tambm evidncia de que os genes responsveis pela coagulao (de fato, o genoma inteiro) foram duplicados duas vezes no curso da evoluo (Davidson et al. 2003). A duplicao de partes e a interao delas com diferentes funes resolvem o desafio da evoluo gradual do processo de coagulao. Vemos tambm que a coagulao no irredutivelmente complexo. Alguns animais golfinho, por exemplo se do muito bem sem o fator Hagemann (Robinson et al. 1969), um componente no sistema de coagulao humano que Behe alega ser irredutivelmente complexo. (Behe 1996, 84). Doolittle and Feng (1987) previram que vertebrados inferiores no teriam o caminho de contato da coagulao sangunea. Trabalhos com o genoma de baiacus confirmaram essa previso (Yong and Doolittle 2003). Por fim, vemos novamente o argumento da incredulidade pessoal. Mesmo que a evoluo no pudesse explicar a coagulao (o que no verdade), no significa necessariamente que um designer a resposta. Referncias: Acton, George, 1997. Behe and the blood clotting

cascade.http://www.talkorigins.org/origins/postmonth/feb97.html Behe, M. and K. Miller. 2002. Transcript: American Museum of Natural History April 23, 2002 (Part 7). Fonte disponivel para consulta em:http://www.ncseweb.org/resources/articles/7819_part_07_dr_michael_behe_dr_10_31_2002.asp Dunkelberg, Pete, 2003. Irreducible complexity

demystified.http://www.talkdesign.org/faqs/icdmyst/ICDmyst.html EvoWiki, 2004. Blood clotting. http://www.evowiki.org/wiki.phtml?title=Blood_clotting Musgrave, Ian, 2005. Clotted rot for rotten clots. http://www.pandasthumb.org/pt-archives/000884.html Davidson, C. J., E. G. Tuddenham, and J. H. McVey. 2003. 450 million years of hemostasis. Journal of Thrombosis and Haemostasis 1: 1478-1497. Robinson, A. J., M. Kropatkin, and P. M. Aggeler. 1969. Hagemann factor (factor XII) deficiency in marine mammals. Science 166: 1420-1422. Doolittle, Russell F., 1997. A delicate balance. Boston Review (Feb./Mar.),

http://bostonreview.net/BR22.1/doolittle.html Ussery, David, 1999. A biochemists response to The biochemical challenge to evolution. Bios 70: 40 45.http://www.cbs.dtu.dk/staff/dave/Behe.html COM-01: Evoluo no explica a conscincia Alegao:

A evoluo no explica a conscincia humana. Resposta: Esse um argumento chamado apelo ignorncia. No saber uma explicao no significa que ela no exista. E j que s agora estamos comeando a entender o que realmente significa a conscincia, no surpresa que no saibamos direito como ela surgiu. Na verdade, explicaes preliminares para a origem da conscincia j foram propostas, apesar de serem complicadas demais para serem explicadas aqui (veja Dennett 1991 Minsky 1985). Muita experimentao e refinamento so necessrios antes de termos uma slida e firme teoria para a origem da conscincia, mas temos mais que o suficiente para saber que tal teoria possvel. Um fator que contribui para a alegao de que a conscincia inexplicvel est no fato de que muitas pessoas no querem saber de uma explicao naturalista para a ela, por medo de que uma conscincia que aparea naturalmente elimine a possibilidade de uma alma divina e imortal. Isso vai de frente com os desejos e crenas de muita gente. Porm existem muitas evidncias de que a conscincia naturalista, desde predisposies genticas para comportamento e personalidade, at estudos de danos cerebrais, e escaneamento cerebral de pessoas saudveis. Infelizmente aquilo que desejamos no muda como as coisas so, e mesmo que talvez no gostemos do resultado, a verdade sempre melhor que a iluso. Para finalizar, o fato de sabermos que estamos vivos (coisa que inclusive muitos animais tambm podem fazer) com certeza uma vantagem que ajudou na sobrevivncia de nossa espcie, vantagem essa que foi selecionada positivamente pela seleo natural. Referncias: Dennett, Daniel C., 1991. Consciousness Explained. Boston: Little, Brown and Company. Minsky, M., 1985. The Society of Mind. New York: Simon & Schuster.

COM-02: Como o homem ficou to inteligente? Alegao: A evoluo no explica como o homem ficou to inteligente. Resposta: Esse um argumento chamado apelo ignorncia. No saber uma explicao no significa que ela no exista. Inteligncia tem bvias vantagens que ajudam na sobrevivncia da espcie, portanto a inteligncia consistente com a teoria evolucionria. Vrias hipteses foram propostas, entre elas:

Mais inteligncia permite uma melhor busca e coleta de alimentos, por exemplo, onde e quando os

frutos amadurecem (Kaplan et al. 2000); Mais inteligncia permite inventar melhores ferramentas; Mais inteligncia permite mais sucesso no funcionamento de grupos sociais que os primatas formam.

Isso poderia estar ligado com o surgimento da linguagem. O crebro humano relativamente maior que os outros animais, comparado com o tamanho corporal. Porm isso pode ser explicado por neotenia, o prolongamento dos perodos de desenvolvimento. Evoluir um crebro maior no requer uma mudana gentica muito grande, apenas relativamente pequenas a ponto de manter o crebro crescendo por mais tempo, durante o desenvolvimento (Gould 1977). Referncias: Gould, Stephen Jay, 1977. The child as mans real father. In: Ever Since Darwin, New York: W. W. Norton, pp. 63-69. Kaplan, H., K. Hill, J. Lancaster and A. M. Hurtado, 2000. A theory of human life history evolution: diet, intelligence, and longevity. Evolutionary Anthropology 9: 156185.http://www.soc.upenn.edu/courses/2003/spring/soc621_iliana/readings/kapl00d.pdf Cosmides, Leda and John Tooby, 1997. Evolutionary psychology: A

primer.http://www.psych.ucsb.edu/research/cep/primer.html

COM-03: Evoluo no explica a linguagem Alegao: A evoluo no explica como surgiu a habilidade da linguagem. Resposta: Esse um argumento chamado apelo ignorncia. No saber uma explicao no significa que ela no exista. Apesar de no sabermos a explicao definitiva de como a linguagem surgiu, existem hipteses plausveis. Estgios intermedirios podem ser alcanados por mudanas graduais. Por exemplo: Os crebros maiores dos primatas surgiram antes da linguagem. Podem ter surgido por adaptao das

funes dos grupos sociais, da habilidade de buscar comida e d fabricar ferramentas; O crebro humano evoluiu para ser proporcionalmente maior que os outros animais, atravs da

neotenia. O crescimento rpido do crebro durante a infncia mantido por mais tempo. Pode ter surgido junto com a linguagem, ou antes disso; Antes da linguagem, alguma comunicao j existia atravs de gestos (o que provavelmente surgiu

por imitao e mimetismo) e via vocalizaes. A linguagem falada pode ter surgido com base nessas vocalizaes, ou terem sido transferidas da linguagem gestual, ou ambos;

Assim que a protolinguagem teve incio, o trato vocal e as conexes neurais para produzir controlar a

fala comearam a evoluir. A linguagem provavelmente comeou com o Homo erectus h mais de um milho de anos atrs; Uma vez que a linguagem se tornou parte central do comportamento humano, ela se espalhou mais

rapidamente por causa do efeito Baldwin: a plasticidade do aprendizado possibilita a habilidade da seleo natural se espalhar mais rapidamente. (Baldwin 1896). A linguagem obviamente um recurso til, ento no difcil de ver que ela proveu vantagens seletivas. Referncias: Baldwin, J. M., 1896. A new factor in evolution. American Naturalist 30: 441-451,536-

553.http://www.santafe.edu/sfi/publications/Bookinforev/baldwin.html Deacon, Terence W., 1998. The Symbolic Species: The co-evolution of language and the brain. New York: W.W. Norton. Johansson, Sverker, 2002. The evolution of human language capacity. Masters Thesis, University of Lund.http://home.hj.se/~lsj/langevod.pdf (esp. pp. 65ff) Pinker, S., 1994. The Language Instinct. Harmondsworth: Penguin. Tattersall, Ian, 2001. How we came to be human. Scientific American 285(6) (Dec.): 56-63. Excerpted from The Monkey in the Mirror, Harcourt, 2002.

COM-04: Evoluo no explica a homossexualidade Alegao: A evoluo no explica a homossexualidade. Caractersticas evoluem como o resultado de sucesso reprodutivo, e homossexuais no podem reproduzir. Resposta: Homossexuais podem ter filhos. Se a homossexualidade tiver causa gentica, ela pode ser propagada at pelos homossexuais mais radicais, pois at eles podem querer ter filhos. E o gene da homossexualidade pode estar presente em heterossexuais tambm. Homofbicos homens mostraram mais atrao por imagens homossexuais do que heterossexuais no homofbicos (Adams et al. 1996). Alm disso, a condenao social aos homossexuais pode for-los a agir como heterossexuais, propagando os genes. Genes da homossexualidade podem ser benficos como um todo. Em chimpanzs bonobos, interaes homossexuais so uma forma de cimento social. possvel que a homossexualidade tenha evoludo para servir a funes sociais nos humanos tambm (Kirkpatrick 2000), afinal de contas, coeso social tambm uma das funes do sexo em seres humanos, e no apenas reproduo. E no apenas nos homens e nos bonobos existem homossexuais, mas de fato em mais de 1500 espcies de animais, entre eles lees, baleias, golfinhos, patos, gansos, girafas, etc. Para esses animais, a homo e a bissexualidade tem vrias funes, entre elas as de unio social, resoluo de conflitos, para assegurar

lealdade, etc. Encontros entre espcies diferentes de golfinhos podem ser bastante violentos, mas comum a tenso ser aliviada atravs de uma orgia sexual. O que os pesquisadores tem descoberto que muitos animais, assim como os humanos, no fazem sexo apenas para procriar, mas simplesmente porque eles querem faz-lo. Referncias: Adams, H. E., L. W. Wright Jr. and B. A. Lohr, 1996. Is homophobia associated with homosexual arousal? Journal of Abnormal Psychology 105(3): 440-445. Bagemihl, Bruce, 1998. Biological Exuberance: Animal Homosexuality and Natural Diversity. New York: St. Martin Press. Corna, F., A. Camperio-Ciani and C. Capiluppi, 2004. Evidence for maternally inherited factors favouring male homosexuality and promoting female fecundity. Proceedings: Biological Sciences 271: 2217-2221. Haynes, J. D., 1995. A critique of the possibility of genetic inheritance of homosexual orientation. Journal of Homosexuality 28(1-2): 91-113. Kendler, K. S., L. M. Thornton, S. E. Gilman and R. C. Kessler, 2000. Sexual orientation in a U.S. national sample of twin and nontwin sibling pairs. American Journal of Psychiatry 157(11): 1843-1846. Kirk, K. M., J. M. Bailey, M. P. Dunne and N. G. Martin, 2000. Measurement models for sexual orientation in a community twin sample. Behavior Genetics 30(4): 345-356. Kirkpatrick R. C., 2000. The evolution of human homosexual behavior. Current Anthropololgy 39(1): 385413. (technical) Wright, Robert, 1994. The Moral Animal: The new science of evolutionary psychology. New York: Pantheon, pp. 384-386.

COM-05: Evoluo no explica a moralidade Alegao: A evoluo no explica a moralidade, principalmente o altrusmo. Adaptaes evolucionrias so egostas, porque os indivduos ganham ao beneficiar a si mesmos e a sua prole. Resposta: Essa alegao ignora o que acontece com organismos que vivem em sociedade. De fato, muito da moral pode ser explicada pela evoluo. Como os humanos so animais sociais, eles se beneficiam com as interaes uns com os outros, e a seleo natural favorece os comportamentos que permitem os seres a viverem melhor com si mesmos. Justia e cooperao tem grande valor ao lidar com pessoas repetidamente (Nowak et al. 2000). Emoes desse tipo podem ter evoludo quando humanos viveram em pequenos grupos (Sigmund et al. 2002).

A seleo natural pode explicar comportamentos altrustas facilmente com relao aos parentes, porque eles partilham muitos dos genes e, portanto, aumentam a chance de perpetuao da espcie. Em sociedades, altrusmo com estranhos beneficia o doador porque outros, ao verem algum agindo com bondade para os outros, eles so mais propensos a agir com bondade com ela tambm (Wedekind and Milinski 2000). Essa a base da regra de ouro, e pode ser explicada facilmente pela evoluo. Vale lembrar que a evoluo no precisa ser adaptativa 100% do tempo. Algumas caractersticas que beneficiam alguma coisa podem ser prejudiciais para outra. Altrusmo pode ser benfico em alguns casos, mas tambm ser um risco de vida em outros, assim como o egosmo pode ser benfico ou prejudicial dependendo do caso. Referncias: Fehr, Ernst and Simon Gchter, 2002. Altruistic punishment in humans. Nature 415: 137-140. Hauert, C., S. De Monte, J. Hofbauer and K. Sigmund, 2002. Volunteering as Red Queen mechanism for cooperation in public goods games. Science 296: 1129-1132. Nowak, M. A., K. M. Page and K. Sigmund, 2000. Fairness versus reason in the ultimatum game. Science 289: 1773-1775. Wedekind, C. and V. A. Braithwaite, 2002. The long-term benefits of human generosity in indirect reciprocity. Current Biology 12: 1012-1015. Wedekind, C. and M. Milinski, 2000. Cooperation through image scoring in humans. Science 288: 850852. See also Nowak, M. A. and K. Sigmund, 2000. Shrewd investments. Science 288: 819-820. Netting, Jessa, 2000 (20 Oct.). Model of good (and bad) behaviour. Nature Science

Update,http://www.nature.com/nsu/001026/001026-2.html Sigmund, Karl, Ernst Fehr and Martin A. Nowak, 2002. The economics of fair play. Scientific American 286(1) (Jan.): 82-87. Vogel, Gretchen, 2004. The evolution of the golden rule. Science 303: 1128-1131. Wright, Robert, 1994. The Moral Animal New York: Pantheon Books. Henrich, Joseph. 2006. Cooperation, punishment, and the evolution of human institutions. Science 312: 60-61. Nowak, Martin A. 2006. Five rules for the evolution of cooperation. Science 314: 1560-1563

COM-06: Evoluo no explica religio Alegao: A evoluo no explica a religio, e que todos os povos tenham a necessidade de crer um ser superior. Resposta:

Na verdade o surgimento das religies se encaixa perfeitamente na teoria da evoluo. Alguns dos seus componentes provavelmente so anteriores prpria humanidade. Por exemplo: O medo da morte tem bvias vantagens evolucionrias, e provavelmente to antigo quanto as

emoes. Quando o intelecto evoluiu a ponto da imaginao ser possvel, comeou a se pensar em alternativas; Humanos e outros primatas vivem em sociedades com hierarquias. Uma estrutura social com seres

superiores e inferiores faz parte de nossos genes. Podemos facilmente considerar os outros animais como inferiores, mas seres superiores requerem algo menos bvio; Com o surgimento do pensamento simblico (que a linguagem requer), os seres superiores abstratos

puderam tomar forma de termos mais especficos; O medo do desconhecido tem uma grande influncia na criao de deuses. Terremotos, vulces,

furaces, tempestades e outros fenmenos que ainda no tinham explicao cientfica eram facilmente interpretados como sendo a fria ou ddiva dos seres superiores; Com a linguagem, pode-se falar sobre os deuses. A partir da, a religio pode se desenvolver via

evoluo cultural. Usando o medo do desconhecido, algumas pessoas podem usar sacrifcios e oraes para aplacar a ira dos deuses, podendo dar a impresso de possurem alguma influncia ou poder de intersesso nos eventos; O ensino e a obedincia servem para manter e propagar a religio. A seleo natural favoreceu os

filhos que aprendem e obedecem as ordens dos pais, para se manterem longe do perigo. Obedecendo aos conselhos dos pais, os filhos se mantm longe de ameaas como lagos profundos ou predadores. A obedincia cega pode ser benfica em alguns casos, mas no diferencia conselhos bons de conselhos inteis, como sacrifcios e cerimnias, o que ajudou a difundir as religies. ANA-01: O olho no pode ter evoludo Alegao: O olho complexo demais para ter evoludo. Resposta: Um dos argumentos mais usados pelos criacionistas, dito aos quatro ventos que o olho complexo demais para ter evoludo, muitas vezes citando inclusive Darwin fora de contexto (ver CON-01). Olhos existem de todos os tipos, desde simples clulas fotosensveis at olhos complexos e incrivelmente precisos como os das guias e falces. Darwin reconheceu esse problema, porm ele prprio forneceu uma forma de como eles podem ter evoludo: 1) Clulas fotosensveis simples, que permitam apenas diferenciar o claro do escuro. Essa diferena, embora parea pequena, pode ser uma enorme vantagem em ambientes onde todos so cegos. 2) Clulas fotosensveis pigmentadas se agregam, sem nervo. 3) Um nervo tico cercado por clulas pigmentadas e coberto por pele translcida.

4) As clulas formam uma pequena depresso. O animal j consegue focalizar precariamente possveis predadores e/ou presas. 5) As clulas formam uma depresso mais profunda. Ele j consegue focalizar melhor. 6) A pele translcida sobrepe a depresso, tomando a forma de lente. 7) Msculos permitem que as lentes se ajustem. Todos esses passos so viveis, porque todos eles existem animais hoje em dia. Os incrementos entre esses passos podem ser divididos em incrementos ainda menores. A seleo natural deveria sempre favorecer is incrementos, por menores que eles sejam. Como os olhos no fossilizam bem, ns no sabemos ao certo qual o caminho exato o desenvolvimento do olho seguiu, mas certamente no podemos dizer que esse caminho no existe. Podemos ver as evidncias do desenvolvimento dos olhos dos vertebrados por anatomia comparada e pela gentica. Os genes do ??-cristalino dos vertebrados, que codifica diversas protenas cruciais para as lentes, so muito similares com o ??-cristalino do Ciona. O Ciona um urocordato, um parente distante dos vertebrados. O ??-cristalino do Ciona expressado no seu otlito, uma clula pigmentada irm das clulas fotosensveis. A origem das lentes parece estar baseada na co-interao das clulas preexistentes em no sistema anterior sem lentes. Esse apenas um argumento baseado em incredulidade pessoal. S porque uma pessoa no acredita que algo funcione, no significa que no funciona. Referncias: Lindsay, Don, 1998. How long would the fish eye take to evolve? http://www.don-lindsay-

archive.org/creation/eye_time.html Darwin, C., 1872. The Origin of Species, 1st Edition. Senate, London, chpt.

6,http://www.talkorigins.org/faqs/origin/chapter6.html Nilsson, D.-E. and S. Pelger, 1994. A pessimistic estimate of the time required for an eye to evolve. Proceedings of the Royal Society of London, Biological Sciences, 256: 53-58. Shimeld, Sebastian M. et al. 2005. Urochordate ??-crystallin and the evolutionary origin of the vertebrate eye lens. Current Biology 15: 1684-1689. Dawkins, Richard, 1996. Climbing Mount Improbable, New York: W.W. Norton, chpt. 5. Land, M. F. and D.-E. Nilsson, 2002. Animal Eyes. Oxford University Press. Fernald, Russell D. 2006. Casting a genetic light on the evolution of eyes. Science 313: 1914-1918. E o youtube est repleto de vdeos que explicam a evoluo do olho. Documentrio Videos amadores

E at do prof. Richard Dawkins, numa palestra extraodinria

ANA-02: O ouvido no pode ter evoludo Alegao: O ouvido complexo demais para ter evoludo. Resposta: No necessria muita complexidade para o ouvido evoluir. Basta um nervo conectado a algo que possa vibrar. Insetos desenvolveram ouvidos em pelo menos onze partes diferentes do corpo, desde antenas ate as patas (Hoy and Robert 1996). At seres humanos podem detectar freqncias pelo tato, no pelos ouvidos. Esse apenas um argumento baseado em incredulidade pessoal. S porque uma pessoa no acredita que algo funcione, no significa que no funciona. Referncias: Hoy, R. R. and D. Robert. 1996. Tympanal hearing in insects. Annual Review of Entomology 41: 433-450.

ANA-03: O crebro no pode ter evoludo Alegao: O crebro complexo demais para ter evoludo. Resposta: Crebros existem em diferentes tipos e tamanhos. O caramujo do mar possui apenas 20.000 neurnios em todo o seu sistema nervoso. Celenterados possuem um sistema nervoso ainda mais simples, consistindo apenas de uma rede nervosa, sem crebro. Existe um sem nmero de formas intermedirias entre humanos e animais sem crebro. A evoluo gradual do crebro no um desafio para a evoluo. Esse apenas um argumento baseado em incredulidade pessoal. S porque uma pessoa no acredita que algo funcione, no significa que no funciona. Referncias: Comparative Mammalian Brain Collections, n.d. Brain evolution,http://brainmuseum.org/Evolution/ (under construction)

ANA-04: Besouro bombardeiro no pode ter evoludo Alegao:

O besouro bombardeiro no pode ser explicado pela evoluo. Portanto ele teve um design. Resposta: Esse um argumento da incredulidade pessoal, aliado a uma descrio imprecisa de como o mecanismo do besouro funciona. Tudo seria respondido se o argumentados pelo menos fosse olhar nas evidncias. De fato, o caminho evolucionrio que leva ao besouro bombardeiro no difcil de decifrar (Isaak 1977). Uma seqncia plausvel, apesar de abreviada, pode ser: 1) Insetos produzem quinonos para proteger sua pele. Quinonos os tornam desagradveis para predadores, ento insetos evoluem para produzirem mais e mais deles como defesa qumica, incluindo hidroquinonos. 2) Os predadores desenvolvem resistncia aos quinonos, o que faz os besouros adquirirem ainda mais quinonos, num crculo vicioso que chamado de co-evoluo. 3) Os insetos evoluem depresses para armazenamento e msculos para ejet-los na superfcie quando so ameaados. A depresso se torna um reservatrio com glndulas secretoras fornecendo hidroquinono nela. Essa configurao existe em muitos besouros, incluindo parentes do besouro bombardeiro (Forsyth 1970). 4) Perxido de hidrognio misturado com os hydroquinonos. Cataleses e peroxidases aparecem junto com a sada do reservatrio, assegurando que mais quinonos apaream no produto expelido. 5) Mais cataleses e peroxidases so produzidas, gerando oxignio e produzindo uma pequena descarga, como no besouro bombardeiro Metrius contractus (Eisner et al. 2000). 6) medida que a passagem de sada se torna uma slida passagem, ainda mais catalases e peroxidades so produzidas, gradualmente se tornado os besouros bombardeiros de hoje. Todos esses passos podem ser quebrados em passos ainda menores, sendo sempre, lentamente, mais vantajosos. Vrios estados intermedirios so viveis, porque eles existem em outras espcies conhecidas. Aqui mais um excelente vdeo do youtube mostrando como o besouro no irredutivelmente complexo. Assim sabemos que a evoluo funciona. Insetos incrveis como o besouro bombardeiro no apresentam desafio, pois ele pode tranqilamente ser explicado por uma srie lenta e gradual de aprimoramentos, at o besouro atual. Na verdade, olhando mais a fundo, os besouros bombardeiros na verdade indicam que no houve design nenhum: Com design, podemos esperar que formas similares tenham sido criadas para propsitos similares, e

formas diferentes para propsitos diferentes. Mas no o que vemos na natureza. O que vemos abundantemente so formas diferentes para mesmas funes, algo que podemos esperar de algo que evolua espontaneamente. Diferentes grupos de besouros bombardeiros usam mecanismos extremamente diferentes para realizar a mesma funo do seu spray (Eisner 1958; Eisner and Aneshansley 1982);

Algumas formas no possuem funo. Alguns besouros bombardeiros possuem asas vestigiais que

no servem para voar (Erwin 1970, 46,55,91,114-115,119); Se o besouro bombardeiro tem um propsito, ento a morte parte integral dele, j que os besouros

so predadores (alguns, como larvas, so parasitas, devorando gradualmente as pupas de outros besouros [Erwin 1967]), e seu spray serve de defesa contra predadores tambm. Muitos criacionistas alegam que a morte no fazia parte do plano de Deus. Referncias: Isaak, Mark, 1997. Bombardier beetles and the argument of

design.http://www.talkorigins.org/faqs/bombardier.html Erwin, Terry L., 1967. Bombardier beetles (Coleoptera, Carabidae) of North America: Part II. Biology and behavior of Brachinus pallidus Erwin in California. Coleopterists Bulletin 21: 41 -55. Erwin, Terry L., 1970. A reclassification of bombardier beetles and a taxonomic revision of the North and Middle American species (Carabidae: Brachinida). Quaestiones Entomologicae 6: 4-215. Eisner, T., 1958. The protective role of the spray mechanism of the bombardier beetle, Brachynus ballistarius Lec. Journal of Insect Physiology 2: 215-220. Eisner, T. and D. J. Aneshansley, 1982. Spray aiming in bombardier beetles: jet deflection by the Coanda effect. Science 215: 83-85. Eisner, T., D. J. Aneshansley, M. Eisner, A. B. Attygalle, D. W. Alsop and J. Meinwald, 2000. Spray mechanism of the most primitive bombardier beetle (Metrius contractus). Journal of Experimental Biology 203: 1265-1275. Forsyth, D. J., 1970. The structure of the defence glands of the Cicindelidae, Amphizoidae, and Hygrobiidae (Insecta: Coleoptera). Journal of Zoology, London 160: 51-69. Morris, Henry M., 1974. Scientific Creationism, Green Forest, AR: Master Books. Weber, C. G., 1981. The bombardier beetle myth exploded. Creation/Evolution 2(1): 1-5. Angier, N., 1985. Drafting the bombardier beetle. Time (Feb. 25), 70.

ANA-05: A girafa no pode ter evoludo Alegao: O corao da girafa deve ser muito grande para bombear sangue para a cabea. Uma srie de vlvulas especiais no pescoo regula a corrente sangunea, para impedir que v sangue demais para a cabea quando ela abaixar para beber gua, e uma rede de veias na base do crebro guardam um pouco de sangue de reserva para quando ela levantar a cabea, seno ela desmaiaria. Todas essas caractersticas um corao grande, as vlvulas e a rede de veias deveriam estar no lugar simultaneamente ou a girafa morreria simplesmente ao beber gua. Elas no poderiam ter evoludo gradualmente.

Resposta: Esse tipo de dvida tpico de quem no entende direito como funciona a evoluo por seleo natural. O prprio Darwin respondeu essa alegao em 1868. Essa alegao assume que gradualmente significa um de cada vez. No o caso. Na verdade, se as estruturas surgissem uma de cada vez, prontinhas, isso seria criacionismo. As diferentes caractersticas evoluram todas simultaneamente e gradualmente. Um corao um pouco mais forte produziria um pouco mais de presso para um pescoo um pouco maior, enquanto vlvulas parciais suportariam um pouco mais de presso e uma pequena rede de veias armazenaria um pouco de sangue. medida que pescoos maiores fossem selecionados, todos os componentes seriam modificados pouco a pouco tambm. Em outras palavras, para cada centmetro que o pescoo crescesse, a fisiologia da girafa teria que evoluir para suportar tal crescimento, antes de crescer o prximo centmetro. Referncias: Darwin, Charles, 1868. Variation of Animals and Plants Under Domestication, vol. 2, chpt. 20. London: John Murray.http://pages.britishlibrary.net/charles.darwin/texts/variation/variation20.html Gould, Stephen J., 1998. The tallest tale. In: Leonardos Mountain of Clams and the Diet of Worms, New York: Three Rivers Press, 301-318.

ANA-06: O sexo no pode ter evoludo Alegao: O sexo complexo demais para ter sua origem explicada pela evoluo. Machos e fmeas teriam que ter evoludo separadamente, e qualquer incompatibilidade fsica, qumica e comportamental levaria extino. Nesse caso, reproduo assexuada deveria ser muito mais favorvel do que a sexuada, j que eles podem se reproduzir mais rpido sem a necessidade de um parceiro. Resposta: A variedade dos ciclos da vida muito grande, no apenas questo de reproduo sexuada e assexuada. Existem vrios estgios intermedirios, por exemplo: Animais que se reproduzem de ambas as formas, sexuada e assexuadamente; Animais que podem mudar a forma de reproduo, de sexuada para assexuada, ou vice-versa,

dependendo das condies do habitat; Animais que possuem ambos os sexos (hermafroditas); Animais que mudam de sexo em caso de necessidade.

Ou seja, evoluo gradual, favorecida pela seleo natural, possvel (Kondrashov 1997).

Os estgios iniciais envolvem organismos unicelulares simplesmente trocando informao gentica, sem ser necessariamente sexos distintos. Machos e fmeas com certeza no precisariam evoluir separadamente. Sexo, por definio, depende de ambos macho e fmea agindo juntos. medida que o sexo evoluiu, haveria algumas incompatibilidades causando esterilidade (como ocorre hoje em dia), mas isso afetaria indivduos, no populaes inteiras, e os genes que causam essas incompatibilidades seriam rapidamente selecionados contra. Muitas hipteses foram propostas para a vantagem evolucionria do sexo (Barton and Charlesworth 1998). Existem boas evidncias experimentais para algumas dessas, incluindo a resistncia a mutaes deletrias (Davies et al. 1999; Paland and Lynch 2006) e adaptao mais rpida em um ambiente em constante mudana, especialmente para adquirir resistncia a parasitas (S Martins 2000). Referncias: Barton, N. H. and B. Charlesworth, 1998. Why sex and recombination? Science 281: 1986-1990. Davies, E. K., A. D. Peters and P. D. Keightley, 1999. High frequency of cryptic deleterious mutations in Caenorhabditis elegans. Science 285: 1748-1751. Kondrashov, Alexey S., 1997. Evolutionary genetics of life cycles. Annual Review of Ecology and Systematics 28: 391-435. Paland, Susanne and Michael Lynch. 2006. Transitions to asexuality result in excess amino acid substitutions. Science 311: 990-992. See also: Nielsen, Rasmus. 2006. Why sex? Science 311: 960-961. S Martins, J. S., 2000. Simulated coevolution in a mutating ecology. Physical Review E 61(3): R2212R2215. Judson, Olivia, 2002. Dr. Tatianas Sex Advice to All Creation, New York: Metropolitan Books. Margulis, Lynn and Dorion Sagan, 1990. Origins of sex: three billion years of genetic recombination, New Haven: Yale University Press. Wuethrich, Bernice, 1998. Why sex? Putting theory to the test. Science 281: 1980-1982. See also several related articles in the same issue.

ANA-07: rgos vestigiais tem funo Alegao: Praticamente todos os rgos chamados vestigiais tem mostrado que possuem funes certas e no so de modo algum vestigiais. Resposta: Vestigial no significa intil. Um vestgio um trao ou sinal visv el deixado por algo perdido ou desaparecido (G. & C. Merriam 1974, 769). Exemplos de vestigiais so: Ossos de pernas em cobras;

Restos de olhos em peixes cegos de cavernas (Yamamoto e Jeffery 2000); Dedos extras em patas de cavalos; Asas de aves e insetos que no voam; Molares em morcegos vampiros; Dentes de leo (se reproduzem sem fertilizao, mas mesmo assim produzem flores e plen); Ossos da plvis em baleias; Os lagartos do gnero Cnemidophorus. Somente a fmeas se reproduzem, sem a necessidade do

macho, por partenognese. Mesmo assim os machos tentam inutilmente copular com as fmeas; Pelos no corpo nos seres humanos; Arrepio (vestgio da ttica que os animais usam para parecerem maiores quando ameaados).

Entre muitos outros. Se hoje esses vestigiais possuem funo ou no irrelevante. Eles com certeza no possuem a funo que ns esperaramos ver em tais partes em outros animais, os quais os criacionistas alegam que tenham um design. rgos vestigiais so evidncia da evoluo porque ns esperamos que as mudanas evolucionrias sejam imperfeitas enquanto as criaturas evoluem e adotam novos nichos. O criacionismo no capaz de explicar os rgos vestigiais. Eles so evidncia contra o criacionismo porque eles provam que o designer criou estruturas sem funo, sem propsito, ou com a funo seriamente prejudicada, imperfeita, comprometida, etc, exatamente o contrrio do que o criacionismo advoga. GEO-01: Mtodos de datao so imprecisos Alegao: Mtodos de datao radiomtrica do resultados imprecisos. Resposta: Os mtodos de datao, assim como quaisquer ferramentas, possuem suas aplicaes especficas e suas limitaes. Uma ferramenta pode ser mal usada, podendo fornecer medies imprecisas se for mal empregada. Se o mtodo mal utilizado, obviamente a culpa no do mtodo, e sim da pessoa que o executou inadequadamente. Por exemplo, o mtodo de datao por carbono 14, ao contrrio do que muitos criacionistas pensam, no usado para datar fsseis. Como sua meia-vida de 5.730 anos, ele no o mais apropriado para datar alm de cerca de 50.000 anos. como usar uma rgua para medir a distncia entre Curitiba e Florianpolis. Ele tambm s serve para datar estruturas orgnicas, e no rochas e fsseis. Outro problema freqentemente citado por criacionistas o da contaminao. E esse um problema real, que pode trazer resultados imprecisos. O que os criacionistas no dizem que os cientistas esto cientes disso, e conhecem formas de descobrir e evitar amostras contaminadas.

Ao examinar o contexto geolgico de onde as amostras so retiradas, eles podem experimentar diferentes tcnicas em diferentes minerais sujeitos a diferentes condies, para determinar quais tcnicas, minerais e condies so vlidas e quais no so. Por exemplo, se h suspeita de contaminao de argnio, melhor utilizar o mtodo urnio-chumbo. Agora, se pode ter havido contaminao de chumbo, usa-se o potssio-argnio. Muitos dos casos que os criacionistas alegam ser discordantes e imprecisos so na verdade resultados de experimentos que usaram os mtodos de forma errada, por desconhecimento ou por desonestidade mesmo. O que importante lembrar que medies independentes, feitos por mtodos radiomtricos diferentes e por profissionais diferentes, do resultados consistentes (Dalrymple 2000; Lindsay 1999; Meert 2000). Tais resultados no podem ser explicados por simples acaso, nem por um mesmo erro em todos eles. Para finalizar, dataes radiomtricas so consistentes com outros mtodos de datao noradiomtricos, por exemplo: As ilhas do arquiplago do Hava esto se movendo lentamente sobre um bolso de lava quente

subterrneo, e seu movimento pode ser medido via satlite. Dataes radiomtricas so consistentes com a ordem e taxa de movimento delas sobre a lava (Rubin 2001).; As dataes radiomtricas so consistentes com os ciclos Milankovitch, que dependem

exclusivamente de fatores astronmicos, como a precesso da Terra e a excentricidade orbital (Hilgen et al. 1997); As dataes radiomtricas so consistentes com o mtodo de datao por luminescncia (Thompson

n.d.; Thorne et al. 1999); As dataes por carbono 14 so consistentes com objetos orgnicos que tenham datas conhecidas,

como tumbas de faras e troncos de rvores centenrias, ao se contar os anis de crescimento. Referencias: Thompson, Tim, 2003. A radiometric dating resource list. http://www.tim-thompson.com/radiometric.html Wiens, Roger C., 1994, 2002. Radiometric dating: A Christian

perspective.http://www.asa3.org/ASA/resources/Wiens.html Dalrymple, G. Brent, 2000. Radiometric dating does work! Some examples and a critique of a failed creationist strategy. Reports of the National Center for Science Education 20(3): 14-17. Harland, W. B., R. L. Armstrong, A. V. Cox, L. E. Craig, A. G. Smith, and D. G. Smith, 1990. A Geologic Time Scale 1989. Cambridge: Cambridge University Press. Hilgen, F. J., W. Krijgsman, C. G. Langereis and L. J. Lourens, 1997. Breakthrough made in dating of the geological record. EOS 78(28): 285,288-289.http://www.agu.org/sci_soc/eos96336.html Lindsay, Don, 1999. Are radioactive dating methods consistent with each other?http://www.don-lindsayarchive.org/creation/crater_chain.html Lindsay, Don, 2000. Are radioactive dating methods consistent with the deeper-is-older

rule? http://www.don-lindsay-archive.org/creation/confirm.html

Meert, Joe, 2000. Consistent radiometric dates. http://gondwanaresearch.com/radiomet.htm Rubin, Ken, 2001. The formation of the Hawaiian Islands.

http://www.soest.hawaii.edu/GG/HCV/haw_formation.html Thompson, Tim, n.d. Luminescence and radiometric dating. http://www.tim-

thompson.com/luminescence.html Thorne, A. et al., 1999. Australias oldest human remains: Age of the Lake Mungo 3 skeleton. Journal of Human Evolution 36(6): 591-612.

GEO-02: O mtodo C14 no confivel Alegao: O mtodo do carbono 14 no confivel. Resposta: Como qualquer ferramenta, o mtodo do carbono 14 pode ser mal usado. E nesse caso o problema no est no mtodo e sim na pessoa que o utilizou incorretamente. Interessante que a maioria das pessoas que criticam os mtodos de datao sequer sabem ao certo como eles funcionam, suas aplicaes e suas limitaes. No caso do carbono 14, normal ver criacionistas alegando que ele usado para datar fsseis, quando na verdade ele no utilizado para essa funo. Como sua meia-vida de 5730 anos, ele serve para datar no mximo at 50.000 anos. Alm disso, ele s serve para datar estruturas orgnicas, como madeira, pele, tecido, folhas, etc. O mtodo do carbono 14 funciona de forma diferente que os mtodos convencionais, como o PotssioArgnio, Rubdio-Estrncio e Urnio-Chumbo, etc. Esse mtodo chamado mtodo cosmognico, porque o carbono 14 constantemente formado por raios csmicos nas camadas superiores da atmosfera. Ele um elemento instvel, que ao decair se transforma em nitrognio 14. Mesmo em pequenas quantidades (cerca de 0,001% do carbono existente na Terra), o C14 absorvido pelas plantas e animais. Dessa forma, os organismos esto com o C14 em equilbrio com a atmosfera. Quando eles morrem, o C14 no mais absorvido, e o que existe neles tende a se tornar N14. Comparando a quantidade ainda existente de C14 no organismo com a quantidade existente na atmosfera, temos uma boa previso de quando ele morreu. O mtodo C14 foi calibrado at 11.800 anos, utilizando a dendrocronologia, a cincia que estuda os anis de crescimento de rvores centenrias. Depois de calibrado ele mostra notvel preciso. As chamadas rvores matusalm, existentes na seca regio entre Nevada e Flrida, crescem por at 6.000 anos! rvores desse tipo demoram milhares de anos para se decompor. Ao fazer correlaes dos anis com as rvores mortas, baseado em grandes perodos de seca ou chuvas, o perodo pode ser estendido para at 11.800 anos.

Alm de 11.800 anos no mais possvel calibrar pela dendrocronologia, pois ocorreu um cataclismo mundial que alterou de forma abrupta como as rvores cresciam naquela poca (antes que os criacionistas digam, no, no foi o dilvio bblico, e sim o descongelamento provocado pelo fim da ltima era glacial). Porm existem outras formas de calibrar o mtodo C14 alm desse ponto. Uma delas encontrar baas ou lagos onde a sedimentao ocorre relativamente rpida. Em muitos casos a sedimentao sazonal, e cada ano se forma uma nova camada, e as camadas podem ser contadas iguais a anis de rvores. Outra forma encontrada em geleiras. As camadas de gelo tambm so sazonais e podem ser contadas, ao se escavarem cilindros de gelo. Se algum animal ou matria orgnica ficar presa e for congelada, pode se descobrir quando isso ocorreu facilmente. Tambm pode ser usado o crescimento de estalagmites, pois sua evoluo pode ser verificada facilmente. Dessa forma possvel calibrar a datao por C14 a at 50.000 anos. Alm desse limite o mtodo no mais recomendado. A datao por radiocarbono tem sido largamente usada, com resultados consistentes e confirmado por fontes independentes, alm de confirmado por outros mtodos de datao. Referncias: Bard, Edouard, Bruno Hamelin, Richard G. Fairbanks and Alan Zindler, 1990. Calibration of the 14C timescale over the past 30,000 years using mass spectrometric U-Th ages from Barbados corals. Nature 345: 405-410. Faure, Gunter, 1998. Principles and Applications of Geochemistry, 2nd ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall. MNSU, n.d. Radio-carbon dating.http://emuseum.mnsu.edu/archaeology/dating/radio_carbon.html Watson, Kathie, 2001. Radiometric time scale.http://pubs.usgs.gov/gip/geotime/radiometric.html Higham, Tom, 1999. Radiocarbon WEB-Info. http://www.c14dating.com/ Thompson, Tim, 2003. A radiometric dating resource list. http://www.tim-

thompson.com/radiometric.html#reliability

GEO-03: No se sabe o estado inicial dos elementos Alegao 1: Os mtodos de datao radiomtrica estimam quanto tempo demorou para o elemento pai decair para o elemento filho. Porm no se sabe quanto do elemento pai existia na poca de sua formao, portanto isso prova que os mtodos no funcionam. Alegao 2:

A frmula para datao radiomtrica : No = N . e ^ (k.t) Onde: No a quantidade de istopos do elemento pai, N a quantidade presente de istopos, k constante e t o tempo. Como no sabemos No, e t o que queremos descobrir, temos duas variveis para apenas uma equao, o que prova que os cientistas manipulam os dados para encontrarem as datas que quiserem. Resposta: Se ns sabemos a proporo que existe entre o elemento pai e o elemento filho, possvel saber quanto que existia na poca de sua formao. Por exemplo, a meia-vida do Urnio 238 de 4,5 bilhes de anos. Ou seja, demora 4,5 bilhes de anos para metade que uma certa quantia de Urnio 238 se transforme Chumbo 206. Portanto, se uma amostra de rocha possuir 50% de U-238 e 50% de Pb-206, significa que se passou uma meia-vida desde sua formao e portanto sua idade seria de 4,5 bilhes de anos, isso se ela no tiver sido metamorfizada (o que pode ser verificado). Se em algum momento a rocha tiver sido re-aquecida, seu relgio radiomtrico ir mostrar uma data mais recente do que ela realmente . E se ela for totalmente fundida o relgio vai ser zerado. As rochas mais antigas da Terra datam de cerca de 3,6 bilhes de anos, mas sabemos que a Terra mais antiga que isso, porque muitas rochas foram metamorfizadas novamente por processos vulcnicos e geolgicos. Anlises de rochas da Lua mostram que ela se formaram h 4,1 bilhes de anos, e de asterides e meteoritos mais antigos fornecem 4,5 bilhes. A maioria dos cientistas aceitam que os corpos celestes foram todos formados mais ou menos na mesma poca, portanto uma boa data para a Terra de 4,5 bilhes de anos.

GEO-04: Mtodos assumem sistema fechado Alegao: Os mtodos de datao assumem que as amostras so um sistema fechado, ou seja, que nenhuma amostra perdeu nem ganhou nenhum dos seus istopos utilizados na datao desde a sua formao at hoje. Porm sistemas fechados no existem na natureza. Resposta: A pergunta que deve ser feita : a rocha suficientemente prxima a um sistema fechado que seus resultados seriam prximos aos de um sistema fechado verdadeiro? Desde os anos 60 inmeros livros foram publicados sobre o assunto. Esses livros mostram experimentos detalhados sobre determinados mtodos de datao, quais materiais funcionam sempre, quais minerais

funcionam sob certas condies, e quais minerais tm a tendncia de perder tomos e fornecer resultados imprecisos. Entender essas condies faz parte da cincia da geologia, e os gelogos so cuidadosos para usar o melhor mtodo disponvel para cada caso.

GEO-05: Mtodos usam lgica circular Alegao: Para saber a idade de um fssil, medida idade da rocha ao seu redor. Mas para saber a idade da rocha, medida a idade do fssil. Isso raciocnio circular. Fontes: http://www.chick.com/tractimages93567/0801/0801_14.gif http://www.chick.com/reading/tracts/0801/0801_01.asp Resposta: No se sabe de onde os criacionistas tiram tantos absurdos. Requer profundo desconhecimento e ingenuidade achar que mtodos consagrados de datao esto baseados em tamanha fraqueza de raciocnio. Os mtodos de datao no fazem uso de lgica circular. Eles fazem uso do conhecimento adquirido ao longo de anos sobre o comportamento de ncleos de elementos radioativos, e faz uso da mesma tecnologia utilizada para o tratamento de cncer. Willard Libby, o descobridor do mtodo do Carbono 14, recebeu o prmio Nobel por isso. Marie Curie, a primeira mulher a ganhar um prmio Nobel, e seu marido, Pierre Curie, morreram vtimas dos experimentos que fizeram para revelar os segredos da radioatividade, e que serviram para iluminar o nosso conhecimento nos dias de hoje. Dizer que os mtodos usam raciocnios to infantis e ignorantes quanto esses uma ofensa s pessoas que dedicaram as suas vidas em nome da cincia e do conhecimento.

GEO-06: O decaimento talvez no seja constante Alegao: Assume-se que o decaimento atmico permanece constante durante milhes de anos. Porm isso apenas uma extrapolao. Ningum sabe disso ao certo, j que ningum estava l na ocasio para medir. Resposta: A idia de que ningum estava l pode ser contornada facilmente pela cincia simplesmente olhando para as evidncias. Do contrrio criminosos s seriam presos se fossem pegos em flagrante. Mas no assim que a cincia funciona. Podemos ver no presente as marcas deixadas no passado.

Istopos radioativos tm um decaimento exponencial muito bem comportado. E nem todos decaem em milhes ou milhares de anos, alguns decaem em questo de dias, ou ainda em minutos como, por exemplo, alguns istopos do potssio e do argnio. Outro exemplo, poucas pessoas sabem que o urnio no decai diretamente para o chumbo, mas passa antes por uma srie de elementos mais leves, cada um com uma meia-vida relativamente curta (dias ou minutos), at chegar ao chumbo. Todos esses elementos de vida curta apresentam decaimento exponencial bem comportado, ento no h motivos para achar com um elemento de meia-vida longa seria diferente.

GEO-07: O decaimento atmico pode ser alterado Alegao: O decaimento atmico dos elementos radioativos podem ter sido alterados por partculas como os neutrinos, mons e raios csmicos, invalidando os mtodos de datao. Resposta: Embora algumas partculas possam provocar mudanas nucleares, elas no so capazes de alterar a meia-vida dos elementos. Essas mudanas nucleares so bem compreendidas e so nfimas em rochas. As grandes mudanas nucleares que ocorrem so na verdade os prprios decaimentos atmicos dos elementos radioativos. Existem apenas trs formas conhecidas de alterar significativamente a meia-vida de elementos radioativos, e nenhuma delas interfere nos mtodos de datao. Eles so: No interior de estrelas; Em altas velocidades, prximas da luz, como previsto pela Teoria da Relatividade de Einstein; Captura de eltrons em rochas sob alta presso, porm isso afeta apenas elementos leves, que no

so usados em mtodos de datao. E, diferentemente do que os criacionistas mais paranicos acham, no h como o ser humano alterar propositalmente a meia-vida dos elementos para forjar dados.

GEO-08: Cientistas escolhem as datas que quiserem Alegao: Cientistas manipulam os dados e escolhem as datas que quiserem, de acordo com a convenincia. Resposta: Essa a forma mais conspiratria de criacionismo: aquela em que se acredita que todos os cientistas esto unidos em uma enorme conspirao, liderada por Sat, obviamente, para enganar a humanidade e faze-la acreditar que a Terra no como a bblia diz. Sat, esperto que s ele, foi capaz de encobrir todas

as suas pistas, e de alguma forma impedir que qualquer cientista se atreva a revelar a verdade: que todos os mtodos so puramente especulao. Enfim, os mtodos esto a, para qualquer um ver, testar, e contesta-los. Se voc acha que eles no funcionam, isso o que deve fazer: escreva artigos cientficos e publique-os em jornais e revistas com peer-review, explicando como os mtodos no funcionam e como Sat est enganando a humanidade. De preferncia, invente seu prprio mtodo cientfico que mostre que a Terra no tem mais que alguns milhares de anos, como a bblia diz. Caso consiga, no esquea de pegar o seu prmio Nobel. E se no conseguir, ou no quiser provar nada disso, faa o que sempre faz, e apenas culpe Sat por seu insucesso. muito mais fcil do que admitir estar errado e buscar a verdade, doa a quem doer. FIS-01: A 1 Lei da Termodinmica invalida a TE Alegao: A Primeira Lei da Termodinmica diz que matria/energia no podem surgir do nada. Portanto, o universo no pode ter se formado naturalmente e a evoluo falsa. Resposta: no mnimo hilrio que criacionistas que dizem que os seres vivos e o universo foram criados a partir do nada pelo passe de mgica de um ser de origem duvidosa, usem a Primeira Lei da Termodinmica como argumento contra a evoluo. At porque a Teoria da Evoluo no tem nada a ver com a origem do universo. O Big Bang no precisa necessariamente contrariar a lei de conservao de massa e energia. A energia potencial gravitacional de um campo gravitacional uma energia negativa. Quanto toda a energia potencial gravitacional adicionada ao resto da energia do universo, sua soma pode resultar em zero (Guth 1997, 9-12,271-276; Tryon 1973). Alm do mais, recentes descobertas na fsica quntica parecem mostrar que de fato no existe nada slido no universo, ou seja, a matria de fato composta de nada. Referncias: Tryon, Edward P., 1973. Is the universe a vacuum fluctuation? Nature 246: 396-397. Guth, Alan H., 1997. The Inflationary Universe. Reading, MA: Addison-Wesley.

FIS-02: A 2 Lei da Termodinmica invalida a TE Alegao: A Segunda Lei da Termodinmica diz que o Universo tende em da ordem desordem, e do mais complexo ao mais simples, tornando a evoluo impossvel.

Resposta: A Segunda Lei da Termodinmica no diz tal coisa. Entropia no mede aumento ou diminuio de complexidade, nem mede aumento ou diminuio de ordem. O que a Segunda Lei diz apenas que calor no flui espontaneamente de um corpo mais frio para um corpo mais quente ou, de forma equivalente, que a energia que pode efetivamente ser transformada em trabalho, em um sistema fechado, nunca aumenta. Como a Terra no um sistema fechado, a entropia pode diminuir (na verdade, sistemas fechados no existem na prtica). A luz do Sol (com baixa entropia) ilumina e esquenta a Terra (com alta entropia). Esse fluxo de energia, e as mudanas de entropia que o acompanha, podem e de fato fazem a entropia diminuir localmente na Terra. A idia errnea de que entropia o mesmo de desordem foi primeiro divulgada por Duane T.Gish, do Institute for Creation Research. Apesar de entropia e desordem muitas vezes corresponderem, nem sempre o caso. Algumas vezes a ordem aumenta junto com a entropia (Aranda-Espinoza et al. 1999; Kestenbaum 1998). O aumento de entropia pode at produzir ordem, como ordenar molculas por tamanho (Han and Craighead 2000). E mesmo em um sistema fechado, bolses de baixa entropia podem se formar se eles esto separados de outros locais com alta entropia no sistema. Os nicos processos necessrios para ocorrer evoluo so: reproduo, variabilidade hereditria e seleo. Todos esses processos ocorrem e so vistos o tempo todo, e nenhuma lei fsica, tal como a entropia, impede a ocorrncia deles. De fato, conexes entre evoluo e entropia j foram estudadas em profundidade, e a entropia jamais foi um impedimento evoluo (Demetrius 2000). Muitos cientistas tm proposto que a evoluo e a origem da vida so impulsionadas pela entropia (McShea 1998). Alguns vem a informao dos organismos sujeitos diversificao de acordo com a Segunda Lei, com organismos buscando preencher nichos vazios como um gs se expandindo em um recipiente vazio (Brooks and Wiley 1988). Outros propem que sistemas complexos altamente organizados surgem e evoluem para dissipar energia (e aumentar a entropia) de forma mais eficiente (Schneider and Kay 1994). COS-01: A Teoria do Big Bang falsa Alegao: A Teoria do Big Bang possui inconsistncias insolveis, como uma inesperada distribuio irregular de massa no universo e a necessidade de uma fictcia matria escura para ajeitar a teoria. Muitos astrnomos pensam que ela j no mais uma teoria vlida. Resposta: A Teoria do Big Bang apoiada por uma grande quantidade de evidncias:

A Teoria Geral da Relatividade de Einstein implica que o universo no pode ser esttico; ele precisa

estar ou expandindo ou encolhendo. Criacionistas que dizem que o universo esttico precisam antes disso provar que Einstein estava errado. At hoje nenhum criacionista conseguiu refutar Einstein; Quanto mais distante a galxia est, mais rpido ela est se afastando (lei de Hubble). Um universo

que se expande implica que ele j foi muito pequeno e compacto no passado; O desvio para o vermelho (redshift) tambm uma prova que o universo est se expandindo. O

redshift uma espcie de efeito doppler para a luz. Quando um objeto estelar est se afastando, sua luz tente para o vermelho. Quando est se aproximando, ela tende para o azul (blueshift). E o que vemos na prtica que quanto mais distantes esto os corpos celestes, maior o desvio para o vermelho, no importando a direo em que se olha; O Big Bang prev que a radiao csmica de fundo deveria aparecer de forma igual em todas as

direes, com um espectro de corpo negro e temperatura de cerca de 3 graus Kelvin. Ns observamos esse exato espectro de corpo negro com uma temperatura de 2,73 Kelvin, em qualquer direo que se olhe; A radiao csmica de fundo igual em at uma parte em 100.000. H uma leve diferena devido

diferena de distribuio de massa no universo. Tal diferena foi predita pelo Big Bang, e observada na prtica; O Big Bang prev e explica a abundncia dos elementos primordiais hidrognio, deutrio, hlio e ltio.

Nenhuma outra teoria foi capaz de fazer isso; O Big Bang prev que o universo muda com o tempo. Como a velocidade da luz constante, olhar

para grandes distncias significa olhar para o passado. Vemos, entre outras coisas, que quasares eram mais comuns e estrelas eram mais azuis quando o universo era novo; A matria escura no foi inventada para ajustar a teoria. Sua existncia foi prevista pelo big bang e,

apesar de no poder ser vista, ela j foi comprovada pelos efeitos gravitacionais que ela causa nos corpos celestes e na luz. Por exemplo, grandes massas de matria escura distorcem a luz que passa por elas. Por causa disso, objetos que esto por trs dela so mais ntidos que os que no esto. A matria escura serve como verdadeiras lentes de aumento naturais para o universo. Apesar de ainda no sabermos ao certo o que a matria escura, hoje em dia no h mais dvidas quanto sua existncia. Ainda existem problemas a serem resolvidos. Por exemplo, ainda no entendemos porque a expanso do universo est acelerando. No entanto, a teoria do Big Bang possui evidncias suficientes apoiando-a, que dificilmente novas descobertas a derrubariam. Por exemplo, a teoria do universo inflacionrio prope que o tamanho do universo aumentou exponencialmente quando ele tinha apenas uma frao se segundos de existncia (Guth 1997). Ela foi proposta para explicar por que o Big Bang no criou um grande nmero de monopolos, e tambm para explicar a diferena de distribuio de matria e da radiao de fundo. A teoria do universo inflacionrio uma importante adio teoria do Big Bang, mas ela uma extenso, no uma substituio. Referncias: Feuerbacher, Bjrn and Ryan Scranton. 2006. Evidence for the Big

Bang.http://www.talkorigins.org/faqs/astronomy/bigbang.html

Ferris, Timothy. 1997. The Whole Shebang. New York: Simon & Schuster. Guth, Alan H. 1997. The Inflationary Universe. Reading, MA: Addison-Wesley. Harrison, E. R. 2000. Cosmology: The science of the universe. Cambridge University Press.

COS-02: Como o tudo veio do nada? Alegao: Cientistas no conseguem explicar de onde veio o espao, tempo, matria, energia e as leis da fsica. Dizem que tudo surgiu do nada, o que um absurdo. Resposta: Algumas questes so mais difceis de responder que outras, e a cincia est longe de encontrar todas as respostas. Mas isso no significa que no sabemos de nada, o conhecimento que temos evoluiu muito nas ltimas dcadas, e a tendncia aumentar muito mais. Por exemplo, ns sabemos que o espao surgiu da expanso do universo. Existem hipteses que dizem que somando o potencial energtico da matria e antimatria do universo, a energia total resulte em zero. Outros cientistas formularam hipteses para responder s outras perguntas que so consistentes com as observaes (Hawking 2001). Por exemplo, possvel que existam outras dimenses para o tempo, e que as outras dimenses no possuam fronteiras, de modo que no haveria origem para o tempo. Outra possibilidade que o universo esteja em um eterno ciclo sem incio ou fim, onde cada big bang pode terminar com um big crunch e recomear um novo ciclo (Steinhardt e Turok 2002), ou em ciclos muito longos um universo pode se chocar com outro, criando um novo universo (Seife 2002). Devemos ter em mente que nossas pobres mentes de primatas talvez no estejam preparadas para compreender as condies extremas e bizarras encontradas no universo. Indo a nvel quntico, a coisa piora ainda mais, e entender como a matria pode surgir do nada na verdade pode ser o menor dos problemas. De fato, a fsica quntica j mostrou que partculas de matria e antimatria podem sim surgir do nada (vcuo quntico), e se destrurem instantaneamente. No apenas isso, mas tambm que partculas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, e que certas partculas podem existir e no existir ao mesmo tempo. Ainda mais, tudo o que vemos, pegamos e sentimos como slido, na verdade no slido e pode ser composto de nada! No fim das contas, dizer que tudo veio do nada pode no ser t o absurdo assim. Vale lembrar, criacionistas no conseguem explicar absolutamente nada. Erguer as mos para o cu e dizer que Deus fez assim no uma explicao, porque no est embasada em nenhum tipo de evidncia. No elimina nenhuma possibilidade e nem mesmo uma impossibilidade. No responde s perguntas como? e porque?, e levanta ainda mais perguntas como qual deus? e de onde surgiu deus?. No quesito explicao, os cientistas esto muito na frente dos criacionistas. Referncias:

Hawking, Stephen, 2001. The Universe in a Nutshell. New York: Bantam. Seife, Charles, 2002. Eternal-universe idea comes full circle. Science 296: 639. Steinhardt, P. J. and N. Turok, 2002. A cyclic model of the universe. Science 296: 1436-1439. Hawking, Stephen, 1988. A Brief History of Time. Toronto: Bantam. Musser, George, 2002. Been there, done that. Scientific American 286(3) (Mar.): 25-

26,http://www.sciam.com/article.cfm?articleID=000D59C8-5512-1CC6-B4A8809EC588EEDF Veneziano, Gabriele, 2004. The myth of the beginning of time. Scientific American 290(5) (May): 54-65.

COS-03: Exploses no criam ordem Alegao: O universo foi supostamente formado do Big Bang, porm exploses no produzem ordem ou aumento de complexidade. Uma exploso em uma cozinha no forma um bolo de chocolate, e uma exploso em um ferro-velho no forma um 747. Resposta: O Big Bang no foi uma exploso, foi uma expanso. Tirando o fato de que ele cresceu com o tempo, o big bang no teve praticamente nada em comum com uma exploso. Visto que a entropia total do universo no incio era mnima, talvez quase zero, por ser to compacto, o universo possua muito mais ordem do que possui agora. Mesmo assim, certas exploses produzem aumento de ordem e complexidade. Exploses poderosas o suficiente podem converter carbono em diamante, uma forma mais ordenada. Pulsares so o resultado da morte violenta de estrelas supermassivas, e emitem ondas to uniformes e ordenadas que inicialmente pensava se tratar de uma mensagem de seres inteligentes de outro planeta. E exploses nucleares em supernovas produzem elementos pesados, mais complexos que elementos leves como o hidrognio e hlio, alm de serem o bero de novas estrelas e sistemas planetrios. A comparao com o bolo de chocolate, avies e outros objetos risvel e serve apenas para evidenciar a ingenuidade dos criacionistas, j que a evoluo no depende de exploso nenhuma, e sim unicamente de reproduo, variabilidade gentica e seleo natural.

COS-04: O Sol est encolhendo Alegao: O Sol est encolhendo a uma taxa que o faria desaparecer completamente em 100.000 anos. E ele seria grande demais e impediria a vida no passado se o ele tivesse mesmo milhes de anos de idade. Resposta:

Essa alegao ignora completamente todo o conhecimento que temos hoje em dia sobre nascimento, vida e morte de estrelas. Antes de tudo ele assume que essa taxa de encolhimento constante durante toda a vida do Sol, o que no verdade. O Sol uma bola de plasma superquente cujo combustvel so milhes de exploses nucleares por minuto, queimando por bilhes de anos. Portanto nada mais natural que ocorram pequenas variaes no seu tamanho, para mais ou para menos, alm do que medies nos anos 80 significam menos de um segundo de vida na existncia do Sol. Hoje em dia conhecemos o comportamento do Sol, e seu destino final. Ele continuar queimando hidrognio e transformando em hlio. Em cerca de cinco bilhes de anos, o hidrognio acabar, e ele comear a queimar o hlio. Isso far o Sol aumentar de tamanho e se transformar em uma gigante vermelha, consumindo os trs primeiros planetas do sistema solar. Aps todo o hlio ser consumido, o Sol no conseguir consumir elementos mais pesados, porque ele no possui massa suficiente. Isso o far encolher devido fora da gravidade, e se transformar em uma fria an branca. Referncias: Johansson, Sverker, 1998. The solar FAQ. http://www.talkorigins.org/faqs/faq-solar.html Matson, Dave E., 1994. How good are those young-earth

arguments?http://www.talkorigins.org/faqs/hovind/howgood-yea.html#proof1 Van Till, Howard J., 1986. The legend of the shrinking sun A case study comparing professional science and creation science in action. Perspectives on Science and Christian Faith 38(3): 164 174.http://www.asa3.org/ASA/topics/Astronomy-Cosmology/PSCF9-86VanTill.html

COS-05: A lua est se afastando Alegao: A lua est se afastando da Terra, o que torna impossvel que ela tenha bilhes de anos. Resposta: A lua est se afastando da Terra a cerca de 3,8 cm por ano. J que a lua est a 3,85 x 10^10 cm da Terra, isso consistente, em ordem de magnitude, com um sistema Terra-Lua de bilhes de anos. Alm do mais esse argumento est considerando que a taxa de afastamento permaneceu constante todo esse tempo, o que no verdade. De fato, a taxa teria sido bem menor (Eicher 1976). J foram formuladas vrias teorias sobre como a lua foi formada. Uma dizia que ela foi capturada pela Terra, porm a Terra no possui massa suficiente para capturar um corpo do tamanho da lua. Hoje a melhor teoria a de que a lua foi o resultado de um choque violento de um corpo celeste com a Terra na poca de sua formao. Referncias:

Eicher, D. L., 1976. Geologic Time. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-Hall. Thompson, Tim, 2000. The recession of the Moon and the age of the Earth-Moon

system.http://www.talkorigins.org/faqs/moonrec.html Matson, Dave E., 1994. How good are those young-earth

arguments?http://www.talkorigins.org/faqs/hovind/howgood-yea.html#proof5 Mohr, R. E., 1975. Measured periodicities of the Biwabik (Precambrian) stromatolites and their geophysical significance. In: Rosenberg and Runcorn, pp. 43-56. Pannella, G., 1976. Tidal growth patterns in Recent and fossil mollusc bivalve shells: A tool for the reconstruction of paleotides. Naturwissenschaften 63: 539-543. Pannella, G., C. MacClintock and M. Thompson, 1968. Paleontological evidence of variation in length of synodic month since Late Cambrian. Science 162: 792-796. Rosenberg, G. D. and S. K. Runcorn (eds.), 1975. Growth Rhythms and the History of the Earths Rotation. New York: Wiley. Scrutton, C. T., 1970. Evidence for a monthly periodicity in the growth of some corals. In: Palaeogeophysics, S. K. Runcorn, ed., London: Academic Press, pp. 11-16. Scrutton, C. T., 1978. Periodic growth features in fossil organisms and the length of the day and month. In: Tidal Friction and the Earths Rotation. P. Brosche and J. Sundermann, eds., Berlin: Springer -Verlag, pp. 154-196. Wells, J. W., 1963. Coral growth and geochronometry. Nature 197: 948-950. Wells, J. W., 1970. Problems of annual and daily growth-rings in corals. In: Palaeogeophysics, S. K. Runcorn, ed., London: Academic Press, pp. 3-9. Williams, G. E., 1997. Precambrian length of day and the validity of tidal rhythmite paleotidal values. Geophysical Research Letters 24(4): 421-424. Pannella, G., 1972. Paleontological evidence on the Earths rotational history since the early Precambrian. Astrophysics and Space Science 16: 212-237. (technical) Rosenberg, G. D. and S. K. Runcorn (eds.), 1975. Growth Rhythms and the History of the Earths Rotation. New York: Wiley. (technical) Schopf, J. William (ed.), 1983. Earths Earliest Biosphere. Its Origin and Evolution. Princeton, New Jersey: Princeton University Press. (technical)

COS-06: A rotao da Terra est diminuindo Alegao: A frico das mars est fazendo a velocidade de rotao da Terra diminuir. Ento a Terra iria girar rpido demais para possibilitar a vida e a evoluo.

Resposta: Essa mais uma estratgia criacionista de pegar uma taxa de variao, muitas vezes arbitrria, e consider-la constante durante bilhes de anos, o que inviabilizaria a teoria da evoluo ou a prpria existncia da vida. A frico das mars depende do arranjo dos continentes. No passado, os continentes eram arranjados de tal forma que a frico das mars e sua conseqente influncia na rotao da Terra eram menores (Eicher 1976). E por incrvel que parea, a velocidade de rotao da Terra em um passado distante pode ser medida de vrias formas diferentes: Corais produzem esqueletos que possuem padres de crescimento dirios e anuais, de forma que

pode ser contado o nmero de dias por ano ao longo do seu crescimento. Medies em fsseis de corais de 180 a 400 milhes de anos atrs mostram anos de 381 a 410 dias, com outros corais mais antigos mostrando ainda mais dias por ano (Eicher 1976; Scrutton 1970; Wells 1963; 1970); De forma similar, dias por ano podem ser contados observando o crescimento em moluscos (Pannella

1976; Scrutton 1978); Padres de sedimentao tambm podem ser usados para contar dias por ano (Williams 1997).

Todos esses mtodos so consistentes com uma reduo gradual da rotao da Terra pelos ltimos 650 milhes de anos, todos so mtodos independentes de medio e nenhum sequer apia de forma alguma uma Terra jovem de apenas alguns milhares de anos. Referncias: Eicher, D. L., 1976. Geologic Time. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-Hall. Thompson, Tim, 2000. The recession of the Moon and the age of the Earth-Moon

system.http://www.talkorigins.org/faqs/moonrec.html Matson, Dave E., 1994. How good are those young-earth

arguments?http://www.talkorigins.org/faqs/hovind/howgood-yea.html#proof5 Mohr, R. E., 1975. Measured periodicities of the Biwabik (Precambrian) stromatolites and their geophysical significance. In: Rosenberg and Runcorn, pp. 43-56. Pannella, G., 1976. Tidal growth patterns in Recent and fossil mollusc bivalve shells: A tool for the reconstruction of paleotides. Naturwissenschaften 63: 539-543. Pannella, G., C. MacClintock and M. Thompson, 1968. Paleontological evidence of variation in length of synodic month since Late Cambrian. Science 162: 792-796. Rosenberg, G. D. and S. K. Runcorn (eds.), 1975. Growth Rhythms and the History of the Earths Rotation. New York: Wiley.

Scrutton, C. T., 1970. Evidence for a monthly periodicity in the growth of some corals. In: Palaeogeophysics, S. K. Runcorn, ed., London: Academic Press, pp. 11-16. Scrutton, C. T., 1978. Periodic growth features in fossil organisms and the length of the day and month. In: Tidal Friction and the Earths Rotation. P. Brosche and J. Sundermann, eds., Berlin: Springer -Verlag, pp. 154-196. Wells, J. W., 1963. Coral growth and geochronometry. Nature 197: 948-950. Wells, J. W., 1970. Problems of annual and daily growth-rings in corals. In: Palaeogeophysics, S. K. Runcorn, ed., London: Academic Press, pp. 3-9. Williams, G. E., 1997. Precambrian length of day and the validity of tidal rhythmite paleotidal values. Geophysical Research Letters 24(4): 421-424. Pannella, G., 1972. Paleontological evidence on the Earths rotational history since the early Precambrian. Astrophysics and Space Science 16: 212-237. (technical) Rosenberg, G. D. and S. K. Runcorn (eds.), 1975. Growth Rhythms and the History of the Earths Rotation. New York: Wiley. (technical) Schopf, J. William (ed.), 1983. Earths Earliest Biosphere. Its Origin and Evolution. Princeton, New Jersey: Princeton University Press. (technical)

COS-07: O p da lua indica uma Terra Jovem Alegao: Baseado em medies de acmulo de poeira planetria existe muito pouco p lunar para uma lua de bilhes de anos. Cientistas da Nasa estavam com medo de que os astronautas afundassem na poeira ao chegar na lua. Resposta: O nmero alto de acmulo de poeira (14 milhes de toneladas por ano na Terra) vem de uma estimativa preliminar que h muito tempo est obsoleta. O real acmulo de p csmico de cerca de 22.000 a 44.000 toneladas por ano na Terra e cerca de 840 toneladas por ano na lua. A histria de que cientistas estavam com medo de que astronautas afundassem no p da lua simplesmente mentira. J em 1965, baseado em propriedades pticas da superfcie da lua, cientistas j sabiam que a camada de poeira no era grande. Surveyor I, em maio de 66, confirmou isso. Os religiosos criacionistas dizem que Deus criou o homem sua imagem e semelhana, de uma s vez, nos primeiros 7 dias. Dizem tambm que o corpo humano a maravilha da Criao e prova de que Deus existe. A verdade que o homem o resultado de alguns bilhes de anos de evoluo, a partir de bactrias unicelulares. Nosso DNA mostra isto. Ele cumulativo e contm as caractersticas de todos os nossos

antepassados, desde as primeiras bactrias. Por exemplo, temos os genes que do olfato apurado ao rato, s que no funcionam em ns. Um projeto decente eliminaria tudo o que no fosse necessrio. Mas a evoluo uma lenta acumulao de mutaes aleatrias que foram selecionadas, no porque eram a melhor soluo possvel mas, porque naquele dado momento, representaram uma vantagem competitiva para os indivduos com aquela mutao. Isto tambm significa que no houve preocupao com consequncias a longo prazo. A evoluo no planeja, apenas reage. Esta uma lista de defeitos de projeto do corpo humano, uma boa porcaria que, se fosse realmente um projeto, teria sido rejeitado:

As consequncias de termos ficado de p, ou seja, hemorridas e problemas na coluna. As hemorridas, devido presso do sangue no reto, que aumentou pela fora da gravidade, enquanto que antes havia apenas a presso do corao. A coluna, devido ao esforo extra de suportar nosso peso, que antes ficava distribudo pelas 4 patas.

O joelho humano mal projetado para a carga que tem que sustentar. E ficar muito tempo de joelhos pode provocar bursite devido ao excessivo esticamento da bursa (que cobre a rtula ou patela). O cotovelo tem nervos expostos que tornam muito dolorosa qualquer pancada. E o crnio no se reforou o bastante para proteger o tamanho extra do crebro humano. Parto doloroso: as fmeas dos primatas podem fazer o prprio parto, puxando o filhote para fora com as prprias mos. Nas mulheres, tambm por terem ficado de p, o canal de sada em curva e de tal forma que preciso primeiro empurrar a cabea numa direo e depois em outra at que ela saia, o que quase impossvel para a maioria das mulheres e resulta num parto demorado e doloroso e at na morte da me, em alguns casos. Um crente poderia alegar que isto resultado do pecado original

Nosso sistema imunolgico e a maioria dos outros um festival de substncias que so produzidas por nosso corpo para consertar alguma coisa ou ativar alguma funo e que produzem efeitos colaterais que, por sua vez, so corrigidos por mais um grupo de substncias que, por sua vez, etc. etc. No parece um sistema projetado do zero e sim uma longa srie de remendos em cima de remendos e que nunca fica bom. desnecessariamente complicado e, por isto mesmo, ruim. Mas os crentes vem nesta complexidade a prova de que houve um Criador.

Nos homens, o canal urinrio passa por dentro da prstata, uma glndula muito sujeita a infeces e ao inchamento resultante. Isto bloqueia a urina e um problema comum em homens. Passar um tubo deformvel atravs de um orgo que frequentemente se expande e bloqueia o fluxo no tubo no um projeto inteligente. Qualquer idiota com meio crebro (ou menos) projetaria encanamentos melhores para o homem.

Os testculos se formam dentro da barriga e depois depois tm que passar pela parede abdominal e descer at o saco escrotal, deixando um ponto fraco (na verdade dois) na parede. Este ponto o chamado canal inguinal e pode resultar em hrnia, deixando que os intestinos saiam e fiquem presos em baixo da pele. Os intestinos ficam prejudicados e o fluxo de sangue para os testculos se reduz ou cortado. Alm disso, s vezes um ou os dois testculos no descem. Grande design

Os testculos tm que ficar do lado de fora porque o calor do corpo reduz a fertilidade (o que no ocorre com os ovrios). Alm do problema acima, isto os deixa vulnerveis e deu origem expresso p no saco.

A maioria dos animais tem um olho de cada lado da cabea. Os humanos tambm comeam assim mas, durante a gestao, os olhos se movem para a frente. Em algumas pessoas, este deslocamento no completo e elas ficam com os olhos muito separados.

Nossa mandbula reduziu-se em relao de nossos antepassados. Os dentes do siso ficam meio que sobrando e nem chegam a nascer em algumas pessoas. O rabo que herdamos de nossos antepassados atrofiou-se e hoje nos resta apenas o cccix mas, ainda que muito raramente, nascem crianas com rabo. Aparentemente, ocorre um problema com a programao gentica para bloquear o crescimento do rabo durante a gestao.

As mulheres j so capazes de engravidar aos 10 ou 11 anos mas, como o resto do corpo ainda no est preparado nesta idade, o crescimento interrompido e ficam sequelas. A gravidez no um processo saudvel. Na verdade, consiste numa guerra imunolgica entre a me e o corpo estranho em seu ventre, que pode causar a morte de bebs com fator RH diferente, e um dilvio de hormnios e outras substncias, dos quais a mulher emerge deformada e esgotada, s vezes at com uma forte depresso que leva algumas a rejeitar ou matar seus prprios filhos. A medicina moderna j tem meios de minimizar tudo isto mas a verdade que, do ponto de vista da natureza, a sade e o bemestar da me no so importantes, desde que ela sobreviva por tempo suficiente para produzir a prxima gerao e cuidar dela.

A menstruao um desperdcio de sangue e energia. Preparar-se todos os meses para uma gravidez que quase nunca ocorre e depois jogar tudo fora est longe de ser a melhor soluo. E o processo tambm envolve alteraes hormonais que resultam na TPM, por exemplo, entre outros incmodos.

O processo da fecundao no uma coisa precisa e pode ocorrer fora do tero, como no caso da gravidez tubria. Ao contrrio do homem, que est sempre produzindo novos espermatozides, a mulher j nasce com todo o estoque de vulos que usar durante a vida. Mas eles ficam velhos demais depois de uma certa idade, dando origem a crianas com problemas genticos.

Quando termina a idade frtil, vem a menopausa e a produo de hormnios se reduz ou cessa, deixando a mulher vulnervel a uma srie de doenas. A nica razo de a raa humana no se ter extinguido sua inteligncia, que lhe permite compensar com tecnologia suas deficincias e sua fragilidade. Os outros animais tambm apresentam claras evidncias de evoluo aleatria, como rgos vestigiais, ou seja, asas que no servem para voar, dentes que existem em fetos de baleia e depois so reabsorvidos durante a gestao, guelras nos fetos de muitos animais (inclusive nos humanos) e que desaparecem, cobras com pernas atrofiadas etc. Ou ento mutaes em que caractersticas dos antepassados ressurgem. Tais esquisitices nem sempre atrapalham, mas comprovam que a evoluo ocorreu por tentativas e as verses antigas foram se acumulando, ainda que atrofiadas, medida em que verses mais eficientes surgiam. Ou seja, um design porco, no um projeto em que cada verso criada do zero, apenas com os elementos necessrios. Sem remendos sobre remendos, e sim com a soluo adequada. E para terminar: O inseto Xylocaris Maculipennis desenvolveu um hbito reprodutivo curioso conhecido como estupro perfurante homossexual. Aparentemente, em algumas varidades deste inseto, o macho fecha a fmea com um espcie de rolha aps fertiliz-la para evitar que outros machos a fertilizem tambm. Algumas espcies se adaptaram a isto perfurando a fmea durante a relao de modo a evitar o caminho normal e contornar a rolha. OXylocaris Maculipennis desenvolveu algo ainda mais drstico. O macho perfura e insemina outros machos fora de modo a que seus genes sejam carregados para as fmeas quando o macho estuprado acasalar com elas. Deste modo, o estuprador insemina por procurao.

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