Tsa 2011
Tsa 2011
1- Qual dos frmacos a seguir exerce efeito bloqueador clinicamente significativo sobre os canais P nas
terminaes nervosas motoras da musculatura esqueltica?
A) Digoxina.
B) Lidocana.
C) Verapamil.
D) ons magnsio.
Resposta: D
Justificativa:
O on clcio entra nas terminaes nervosas via 2 tipos de canais: P e L. O canal P , possivelmente, responsvel
pela liberao normal do neurotransmissor. Concentraes acima do normal de ctions divalentes, como o on
magnsio, bloqueiam a entrada de clcio via canais P, diminuindo, de maneira significativa, a transmisso
neuromuscular.
Referncia:
Martyn JAJ - Neuromuscular Physiology and Pharmacology em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish
th
JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 315-360
Meperidina
Fentanil
Sufentanil
Alfentanil
Remifentanil
pKa
8.0
8.5
8.4
8.0
6.5
7.1
% frao no ionizada
em pH 7.4
23
<10
<10
20
90
67?
Referncia:
Fukuda K Opioids em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL Millers
Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 769-824
AMARELA
A) 30 minutos e 300mL.kg-1;
-1
B) 300 minutos e 900mL.kg ;
C) 100 minutos e 1000mL.kg-1;
-1
D) 1000 minutos e 1000mL.kg .
Resposta: C
Justificativa:
O volume de distribuio calculado pela razo: dose/concentrao plasmtica; donde: (3000ug.kg-1)/(3ug.mL-1) =
-1
-1
-1
-1
1000mL.kg . Assim, 1000mL.kg depurados a 10mL.kg .min levam a uma meia-vida de 100min
Referncia:
Reves JG, Glass PSA, Lubarsky DA, McEvoy MD, Martinez-Ruiz R - Intravenous Anesthetics em: Miller RD
Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;
719-768
6- Por volta do 35 dia de estocagem em CPDA1 (citrato, fosfato, dextrose, adenina), qual a concentrao
-1
plasmtica provvel de potssio, em mEq.L , em uma unidade de concentrado de hemcias?
A) 36.
B) 56.
C) 76.
D) 96.
Resposta: C
Justificativa:
Conferir, na tabela abaixo, os valores crescentes da concentrao plasmtica de potssio no sangue estocado em
CPDA1.
Dias de estocagem
Parmetro
pH
-1
Sdio (mEq.L )
-1
Glicose (MG.dL )
-1
2,3-Difosfoglicerato (M.mL )
Percentagem de sobrevivncia
35 (sangue total)
35 (concentrado)
7.55
6.73
6.71
0.50
46.00
246.00
4.20
17.20
76.00
169.0
153.00
122.00
440.0
282.00
84.00
13.20
1.00
1.00
79.00
71.00
Referncia:
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
AMARELA
Slaughter TF Coagulation em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL Millers
Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 1767-1781
10- Qual o principal ponto de referncia para realizao de bloqueio subaracnideo na abordagem
paramediana de Taylor?
AMARELA
11- O aquecimento a 37C de soluo anestsica que ser injetada no espao subaracnideo causar, de
forma clinicamente significativa:
A) aumento do pH;
B) aumento da baricidade;
C) diminuio da densidade;
D) diminuio da previsibilidade da disperso.
Resposta: C
Justificativa:
O aquecimento de um lquido causa aumento da energia de suas molculas e o espaamento entre elas, com
consequente diminuio da sua densidade.
Referncia:
Brown DL Spinal, epidural and caudal anesthesia em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
th
Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1611-1638
12- Ao final de prostatectomia por via abdominal, realizada sob anestesia combinada geral-peridural com
cateter, observou-se reduo nos valores de capnografia (de 35mmHg para 28mmHg) 5 minutos aps a
administrao de 10mL de bupivacana 0,25% para analgesia ps-operatria. A causa mais provvel a
diminuio do(a):
A) dbito cardaco;
B) presso arterial;
C) consumo de oxignio;
D) resistncia vascular perifrica.
Resposta: A
Justificativa:
Dentre as alternativas dadas, a nica que se correlaciona diretamente com diminuio da frao expirada de CO2,
na circunstncia em questo, a diminuio do dbito cardaco consequente diminuio do retorno venoso.
Referncia:
Brown DL Spinal, epidural and caudal anesthesia em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1611-1638
13- O clampeamento artico total acima da emergncia das artrias renais causa diminuio de:
A) presso venosa central;
B) fluxo sanguneo coronrio;
C) frao expirada de gs carbnico;
D) saturao venosa mista de oxignio.
Resposta: C
Justificativa:
O clampeamento artico promove aumento da presso venosa central, por congesto secundria ao aumento de
ps-carga. Ocorre diminuio da extrao de oxignio, pela excluso de leitos a jusante do clampe. O fluxo
sanguneo coronariano aumenta, em funo do aumento da presso diastlica. A frao expirada de CO2 diminui,
em funo da excluso do leito de perfuso e queda no dbito cardaco.
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
AMARELA
Referncia:
Norris EJ - Anesthesia for Vascular Surgery em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
th
Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 1985-2044
14- O desclampeamento artico, aps 15 minutos de isquemia acima das artrias renais, causa aumento
de:
A) temperatura;
B) lactato srico;
C) contratilidade miocrdica;
D) saturao mista venosa de oxignio.
Resposta: B
Justificativa:
Aps a liberao do clampe, ocorre diminuio na distenso do ventrculo esquerdo com reduo da contratilidade
cardaca. A temperatura diminui, em funo da perfuso de leitos previamente isqumicos e hipotrmicos. A
saturao venosa mista de oxignio diminui, em consequncia do aumento da captao pelos leitos agora
reperfundidos. O lactato produzido durante a isquemia a jusante do clampe passa, agora, ao compartimento
central.
Referncia:
Norris EJ - Anesthesia for Vascular Surgery em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1985-2044
15- Que nervo perifrico deve ser bloqueado no nvel do tornozelo, para realizar anestesia/analgesia em
paciente com fratura de calcneo?
A) Fibular profundo.
B) Tibial posterior.
C) Safeno.
D) Sural.
Resposta: B
Justificativa: O nervo tibial responsvel pela inervao do calcanhar, face plantar do p e artelhos e ramos
motores na mesma rea.
Referncia:
Wedel DJ, Horlocker TT - Nerve Blocks em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 2241-2260
16- Qual dos itens a seguir tem a maior pontuao na composio do ndice de Schonfeld, para o
diagnstico da sndrome de embolia gordurosa?
A) Infiltrado alveolar difuso.
B) Trombocitopenia.
C) Rash petequial.
D) Febre > 38C.
Resposta: C
Justificativa:
O ndice de Schonfeld atribui a maior pontuao individual no seu escore ocorrncia de rash petequial.
Sinal
Pontos
Rash petequial
Confuso
Febre >38C
AMARELA
Pontos
1
Referncia:
Wedel DJ, Horlocker TT - Nerve Blocks em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
th
Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 2241-2260
17- Os pulmes removem da circulao, em uma nica passagem por sua vasculatura, 25% de uma das
substncias a seguir:
A) dopamina;
B) epinefrina;
C) vasopressina;
D) norepinefrina.
Resposta: D
Justificativa:
Os pulmes removem 25% da norepinefrina que passa pela circulao pulmonar, enquanto que epinefrina,
vasopressina e dopamina passam pela circulao pulmonar sem sofrer qualquer ao.
Referncia:
Glick DB The Autonomic Nervous System em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 261-304
18- Homem, 52 anos, lcido e em estabilidade hemodinmica, com queixa de palpitao, tratado
imediatamente, ao chegar emergncia do hospital, com manobras de Valsalva, sem sucesso. Aps o
tratamento farmacolgico, seu ECG alterou do traado A para o traado B. Qual dos frmacos a seguir foi
utilizado?
A) Esmolol.
B) Lidocana.
C) Adenosina.
D) Amiodarona.
Resposta: C
Justificativa:
Taquiarritmias supraventriculares incluem flutter atrial, fibrilao atrial, taquicardia juncional AV, taquicardia atrial
multifocal, taquicardia paroxstica reentrante, e muitas outras arritmias menos frequentes. Podem produzir
comprometimento hemodinmico e representar desafios diagnsticos e teraputicos. A TPSV apresentada no caso
no produziu deteriorao hemodinmica. Quando o paciente estiver estvel hemodinamicamente, manobras vagais
podem ser tentadas (exemplo: manobra de Valsalva) antes de se iniciarem as intervenes farmacolgicas. Se as
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
AMARELA
manobras vagais no forem bem sucedidas, a adenosina o frmaco de escolha para a interrupo de arritmias
supraventriculares organizadas de alta frequncia.
Referncia:
Pagel PS, Farber NE, Pratt PF et al Cardiovascular Pharmacology: em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wienerth
Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 595-632
19- Homem, 68 anos, foi submetido cirurgia de hrnia inguinal direita. Ao final da cirurgia, lcido e
orientado, apresenta o traado representado pela letra A. Foi medicado e o ECG mudou para o traado
representado pela letra B, tornando-se subitamente inconsciente e sem pulso. Dentre os frmacos abaixo
listados, qual foi, possivelmente, utilizado no momento do traado A? E qual o tratamento para o traado
B?
A) Adenosina Cardioverso.
B) Amiodarona Desfibrilao.
C) Lidocana Cardioverso.
D) Verapamil Desfibrilao.
Resposta: D
Justificativa:
Utilizar verapamil, sem que se tenha certeza absoluta da etiologia da arritmia, pode ser fatal. O verapamil foi injetado
e ocorreu aumento da frequncia cardaca, que j era alta com a TV inicial. Colapso circulatrio sempre uma
complicao potencial do verapamil, quando h taquicardia de origem ventricular. O tratamento imediato a
desfibrilao.
Referncia:
Pagel PS, Farber NE, Pratt PF et al Cardiovascular Pharmacology em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wienerth
Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;595-632
20- Qual dos anestsicos volteis a seguir possui menos efeitos hemodinmicos in vivo?
A) Xennio.
B) Desflurano.
D) Sevoflurano.
E) xido Nitroso.
Resposta: A
Justificativa:
O xennio causa efeitos hemodinmicos sistmicos e pulmonares mnimos in vivo; preserva ou reduz, de forma
muito pequena, a contratilidade miocrdica e atenua as alteraes hemodinmicas e aumentos na concentrao
plasmtica de epinefrina e cortisol causados pelo estmulo cirrgico.
Referncia:
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
AMARELA
Pagel PS, Farber NE, Pratt PF et al Cardiovascular Pharmacology em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wienerth
Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;595-632
22- Mulher, 78kg, internada em unidade fechada, apresenta fibrilao ventricular. Respondeu favoravelmente
primeira tentativa de desfibrilao com 1 minuto e trinta segundos de PCR. Para o sucesso na reverso da
fibrilao, foi aplicada uma descarga eltrica de:
A) 360 joules precedida de 150mg de amiodarona;
B) 200 joules precedida de 150mg de amiodarona;
C) 360 joules precedida de compresses torcicas;
D) 200 joules precedida de compresses torcicas.
Resposta: C
Justificativa:
O consenso atual de que o choque inicial com desfibrilador monofsico deve ser de 360 joules, assim como os
choques subsequentes. Entre um choque e outro, a compresso torcica deve ser continuada sem perda de tempo.
A adrenalina, na dose de 1mg, e a amiodarona, na dose de 300mg, podem ser utilizadas a partir do segundo
choque, quando as compresses torcicas j vm sendo realizadas desde o primeiro momento.
Referncia:
Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
2010;122[suppl3]:S676S684. Disponvel em: http://circ.ahajournals.org
Cardiovascular
Care.
Circulation,
24- Ordene, dentre as opes apresentadas a seguir, a sequncia de atitudes do reanimador determinadas
pela normatizao para reanimao cardiorrespiratria, de 2010, e assinale a opo correta.
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
AMARELA
A. Desfibrilao imediata.
B. Solicitar auxlio.
D. Iniciar a integrao do suporte ps-parada cardaca.
E. Iniciar o suporte avanado de vida efetivo.
F. Iniciar imediatamente as compresses torcicas.
G. Verificar vias areas e iniciar as ventilaes de resgate.
H. Injetar adrenalina assim que possvel.
A) E; B; F; C; A.
B) B; F; E; A; G.
C) F; E; B; A; D.
D) B; E; A; D; C.
Resposta: D
Justificativa:
O sucesso da reanimao subsequente parada cardiorrespiratria requer um conjunto integrado de aes
coordenadas na seguinte ordem, de acordo com a normatizao de aes em reanimao cardiorrespiratria, de
2010:
Reconhecimento imediato da parada cardaca e ativao de suporte por meio da solicitao de ajuda
rpida e objetiva;
Incio das manobras de reanimao, com prioridade nas compresses torcicas;
Desfibrilao rpida;
Suporte avanado de vida efetivo;
Cuidados ps-parada cardaca integrados.
Referncia:
Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation, 2010;122 [suppl
3]:S676S684 - Disponvel em: http://circ.ahajournals.org
25- Anestesiologista de planto realiza anestesia para cirurgia ortopdica, sob bloqueio de membro superior.
Ao terminar o bloqueio, chamado pelo obstetra do hospital que lhe informa estar com uma gestante em
trabalho de parto, com contraes a cada 5 minutos. Essa paciente dever ser submetida quarta cesariana
e insiste que a cesariana seja realizada nesse hospital. A conduta correta solicitar:
A) que a enfermeira auxilie, monitorando o paciente que ser operado, enquanto o anestesiologista realiza o
bloqueio para a cesariana;
B) ao obstetra que oriente a paciente para ir ao hospital mais prximo, enquanto as contraes ainda permitem que
ela se locomova;
C) que a parturiente seja transferida com transporte apropriado, acompanhada pelo obstetra ao hospital mais
prximo;
D) ao obstetra que aguarde alguns minutos at que haja estabilizao do bloqueio e da sedao, para que possa
anestesiar a gestante com segurana.
Resposta: letra C
Justificativa:
A despeito de todas as consideraes feitas, alguns pacientes, mdicos e administradores requisitam aes que no
so possveis, seguras e at mesmo razoveis. Nenhum mdico pode ser compelido a praticar um ato negligente e
no h obrigao tica do anestesiologista, nessa situao, de realizar a anestesia na gestante.
Referncia:
Van Norman GA, Rosenbaum SH Ethical Aspects of Anesthesia Care em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA,
th
Wiener-Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;209-220
26- Homem, 68 anos, submetido a aneurismectomia de aorta abdominal, sob anestesia inalatria com O2
(30%) + Ar (70%) + Isoflurano (1-1,5%) e bloqueio peridural, em infuso contnua, com lidocana a 1,5% e
sufentanil. A gasometria arterial apresenta PaO2 de 75mm Hg. PA = 115 x 75mm Hg e FC = 68bpm. Qual a
conduta adequada?
A) Aumentar a presso arterial.
B) Aumentar a concentrao de O2.
C) Manter a anestesia sem alterao.
D) Aumentar a concentrao de O2 e diminuir a infuso do opioide.
Resposta: C
Justificativa:
AMARELA
Referncia:
Sieber FE, Pauldine R Geriatric Anesthesia: em Miller: RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;2261-2276
27- Em uma cirurgia de ombro, o anestesiologista optou por realizar um bloqueio interescalnico. A maior
complicao desse bloqueio est associada a uma reduo da funo ventilatria de ___%, consequente a
_______________________.
A) 10 paresia da musculatura intercostal;
B) 15 paresia do diafragma;
C) 20 paresia da musculatura intercostal;
D) 25 paresia do diafragma.
Resposta: D
Justificativa: O bloqueio do nervo frnico ipsilateral com paresia do diafragma ocorre em 100% dos pacientes
submetidos a bloqueio interescalnico, at mesmo com solues diludas de anestsicos locais, e est associado
reduo de 25% na funo ventilatria.
Referncia: Wedel DJ, Horlocker TT Nerve Blocks em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
th
Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1639-1674
10
AMARELA
29- Ao ser chamado para anestesiar paciente de 42 anos, em jejum h 12 horas, com fibrilao atrial crnica
que ser submetido cardioverso, o anestesiologista solicita o resultado de um exame antes de anestesiar
o paciente. Assinale o exame necessrio, dentre as opes a seguir:
A) gasometria arterial;
B) eletrocardiograma;
C) ecocardiograma;
D) glicemia.
Resposta: C
Justificativa:
Cardioverso eletiva desconfortvel, e anestesia geral , normalmente, solicitada. Em caso de fibrilao atrial
crnica, mandatria a realizao de ecocardiograma antes da cardioverso, para excluir a presena de trombo em
trio esquerdo, o que poderia causar acidente cerebral isqumico.
Referncia:
Stensrud PE Anesthesia at Remote Locations em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young
WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;2461-2484
30- Em relao s seguintes solues, qual opo representa a ordem decrescente de similaridade osmolar
em relao ao plasma?
A) Soluo de ringer com lactato, soluo fisiolgica a 0,9%, soluo hipertnica a 0,45%, soluo hipertnica a 3%.
B) Soluo hipertnica a 0,45%, soluo hipertnica a 3%, soluo de ringer com lactato, soluo fisiolgica a 0,9%.
C) Soluo fisiolgica a 0,9%, soluo de ringer com lactato, soluo hipertnica a 0,45%, soluo hipertnica a 3%.
D) Soluo hipertnica a 3%, soluo hipertnica a 0,45 %, soluo de ringer com lactato, soluo fisiolgica a
0,9%.
Resposta: C
Justificativa:
-1
As osmolaridades das solues apresentadas so: soluo fisiolgica de 308 mOsm.kg ; soluo de ringer lactato
-1
-1
de 273 mOsm.kg ; soluo hipertnica a 0,45% de 154 mOsm.kg e a soluo hipertnica a 3% de 1030
-1
mOsm.kg .
Referncia:
Dutton RP, McCunn M, Grissom TE Anesthesia for Trauma em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish
JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;2277-2311
11
AMARELA
32- O fator que diminui a inclinao da fase 4 na curva do potencial de ao das clulas do n sinoatrial :
A) hipoxemia;
B) hipocalemia;
C) hipocalcemia;
D) hiponatremia.
Resposta: D
Justificativa:
Hipotermia e hiponatremia so fatores que diminuem a inclinao da fase 4 da curva do potencial de ao das
clulas do n sinoatrial.
Referncia:
Lake CL Cardiovascular anatomy and physiology em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical
th
Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009;211 - 232
34- Em relao curva de presso-volume normal do ventrculo esquerdo no ciclo cardaco, o ponto que
est relacionado incisura dicrtica no traado da presso artica :
A) A;
B) B;
C) C;
D) D.
Resposta: D
Justificativa:
O ponto D corresponde ao fechamento da vlvula artica e representa a presso e o volume sistlico final do
ventrculo esquerdo, coincidindo com a incisura dicrtica no traado da presso artica.
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
12
AMARELA
Referncia:
Lake CL Cardiovascular anatomy and physiology em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical
th
Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009;211- 232
35- A diminuio da saturao venosa mista de oxignio, associada ao aumento do consumo de oxignio,
ocorre em que situao abaixo?
A) Anemia.
B) Septicemia.
C) Hipertermia.
D) Hipovolemia.
Resposta: C.
Justificativa:
So fatores que diminuem a saturao venosa mista de oxignio associada ao aumento do consumo de oxignio:
dor, estresse, aumento da temperatura, convulses e tremores.
Referncia:
Eskaros SM, Papadakos PJ, Lachmann B Respiratory Monitoring em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wienerth
Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1411-1441
36- Qual mecanismo em que a perda de calor depende do fluxo sanguneo cutneo e da rea de superfcie
corprea exposta?
A) Evaporao.
B) Conveco.
C) Conduo.
D) Radiao.
Resposta: D
Justificativa:
As perdas por radiao dependem do fluxo sanguneo cutneo e da rea de superfcie corprea exposta, e o calor
transferido por meio de ondas eletromagnticas.
Referncia:
Sessler DI Temperature Regulation and Monitoring em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1533-1556
37- Dentre os fatores causais associados dependncia qumica entre anestesiologistas, o mais importante
o(a):
A) gentica;
B) ambiental;
C) vulnerabilidade;
D) estresse do trabalho.
Resposta: C
Justificativa:
A dependncia de substncia uma doena psicossocial e biogentica. importante reconhecer que os fatores
causadores, nesse processo de doena, envolvem a gentica bem como o ambiente. A doena resulta de uma interrelao dinmica entre um hospedeiro suscetvel e um ambiente favorvel, sendo a vulnerabilidade do hospedeiro o
fator mais importante. H fatores causadores especficos da especialidade da anestesiologia e incluem o estresse
do trabalho, uma orientao no sentido da automedicao, falta de reconhecimento externo e respeito prprio, a
disponibilidade de drogas viciadoras e uma personalidade pr-mrbida suscetvel.
Referncia:
Berry AJ, Katz JD- Occupational Health em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical Anesthesia, 6th Ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009;5881
38- Ser humano exposto a corrente de 50mA, 60 Hz, durante 1 segundo, apresentar:
A) desmaio;
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
13
AMARELA
B) queimadura local;
C) paralisia respiratria;
D) fibrilao ventricular.
Resposta: A
Justificativa:
A gravidade de um choque eltrico determinada pela intensidade da corrente (nmero de amperes) e pela durao
do fluxo de corrente. A corrente de 50mA responsvel por dor e desmaio, enquanto as funes cardaca e
respiratria so preservadas.
Referncia:
Ehrenwerth J, Seifert H Electrical and Fire Safety em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical
th
Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 166-191.
14
AMARELA
Referncia:
Braveman FR, Scavone BM, Wong CA, Santos AC - Obstetricial Anesthesia em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting
th
RK et al. Clinical Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 1138-1170
15
AMARELA
Justificativa:
A razo albumina-globulina diminui devido reduo relativamente maior na concentrao de albumina. Ocorre
aumento da frao livre das drogas secundria diminuio na concentrao srica das protenas plasmticas. As
concentraes plasmticas de fibrinognio aumentam, aproximadamente, 50%. O aumento da atividade
mineralocorticoide produz reteno de sdio e aumento do contedo de gua corporal.
Referncia:
Braveman FR, Scavone BM, Wong CA, Santos AC - Obstetric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK
th
et al. Clinical Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009;1138-1170
46- Paciente submetido anestesia para transplante renal apresenta parada cardiorrespiratria
imediatamente aps a concluso da anastomose arterial do rim transplantado e liberao do clampe
vascular. Qual a provvel etiologia da parada cardiorrespiratria?
A) Hipercalemia.
B) Hipocalcemia.
C) Hipotenso arterial.
D) Acidose metablica.
Resposta A
Justificativa:
Na literatura, j foi descrita parada cardaca aps a concluso da anastomose arterial do rim transplantado e
liberao do clampe vascular. Sua ocorrncia sbita se deve, mais provavelmente, hipercalemia secundria
eliminao da soluo preservadora (que contm potssio) proveniente do rim recm-perfundido.
Referncia:
MalhotraV, Sudheendra V,O Hara J,Diwan S Anesthesia and the Renal and Genitourinary Systems, em: Miller RD
Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier,
2010;2105-2134
47- Quanto anatomia do Sistema Nervoso Simptico (SNS), verdadeiro afirmar que:
A) as fibras pr-ganglionares so fibras motoras amielinizadas;
B) em mdia, 8% das fibras de nervos somticos so simpticas;
C) as fibras pr-ganglionares tm origem na coluna intermediomedial da substncia cinzenta;
D) o controle central feito pelo hipotlamo, por meio dos ncleos da linha mdia e anterior.
Resposta: B
Justificativa:
As fibras pr-ganglionares do SNS tm origem toracolombar, na coluna intermediolateral na substncia cinzenta da
medula. As fibras pr-ganglionares so mielinizadas e saem da medula pela raiz ventral, ganham o ramo ventral do
nervo espinhal e, da, passam para o tronco simptico atravs dos ramos comunicantes brancos. O controle do SNA
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
16
AMARELA
feito pelo hipotlamo, por meio de ncleos localizados na regio posterolateral (simptico) e pelos ncleos
localizados na linha mdia e anterior (parassimptico). Em mdia, 8% das fibras de nervos somticos so
simpticas.
Referncia:
David B Glick . The Autonomic Nervous System em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young
th
WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;261-304
48- Pode-se afirmar, sobre os receptores do Sistema Nervoso Simptico (SNS), que:
A) a ao inotrpica da noradrenalina no miocrdio normal mediada por meio dos receptores 1;
B) receptores pr-sinpticos 2 aumentam liberao de noradrenalina por meio da inibio da adenilciclase;
C) cerca de 40% dos receptores 2 localizam-se no miocrdio ventricular, enquanto 20 a 30% localizam-se no
msculo atrial;
D) agonistas 1, como a fenilefrina, apresentam efeito vasoconstritor na circulao coronariana e potencial
contribuio isquemia miocrdica.
Resposta: A
Justificativa:
As grandes artrias coronarianas epicrdicas possuem, principalmente, receptores 1, enquanto as artrias
menores, que representam vasos de resistncia, possuem receptores 1 e 2. A contribuio dos vasos epicrdicos
de apenas 5% na resistncia total coronariana, de forma que agonista 1 tem pouca influncia na resistncia
coronariana. Receptores 2 e 2 apresentam localizao pr-sinptica, porm, tm aes contrrias. O primeiro
diminui a liberao de noradrenalina, enquanto o segundo receptor aumenta a liberao de noradrenalina. Os
receptores 2 agem inibindo e os 2, estimulando a adenilciclase. Aproximadamente, 20 a 30% dos receptores beta
localizados no miocrdio ventricular so 2, enquanto, no msculo atrial, representam at 40%. O efeito inotrpico
da noradrenalina no miocrdio normal mediado inteiramente por meio dos receptores 1, enquanto os efeitos
inotrpicos da adrenalina so mediados pelos receptores 1 e 2.
Referncia:
Johnson JO, Grecu L and Lawson N W Autonomic Nervous System em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al.
Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009;326-368
A) Efeito Venturi;
B) Lei de Graham;
C) Lei de Poiseuille;
D) Princpio de Pascal.
Resposta: A
Justificativa:
A figura representa o princpio fsico de Venturi, que relaciona velocidade de fluxo de um fluido com presso na
parede lateral de um tubo de Venturi e afirma que o aumento da velocidade do fluxo do fluido, nos pontos mais
estreitos do tubo, produz uma queda da presso lateral no tubo. Esse princpio a base do funcionamento do
aspirador frequentemente utilizado em anestesia.
Referncia:
Szocik J, Barker SJ and Tremper KK - Fundamental Principles of monitoring Instrumentation em: Miller RD Eriksson
th
LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1197-1227
17
AMARELA
51- Em lactente de 6 meses de idade, nascido a termo, qual das alternativas a seguir apresenta o conjunto de
variveis de melhor correspondncia clnica?
A) FC = 120 bpm, PA = 90/60 mmHg, volume sistlico = 7,5 mL, P50 = 24 mmHg;
B) FC = 140 bpm, PA = 90/60 mm Hg, volume sistlico = 15 mL, P50 = 18 mmHg;
C) Consumo de O2 = 5 mL.min-1, Hb = 11,5g.dL-1, volume sistlico = 15mL, P50 = 24 mmHg;
-1
-1
D) Consumo de O2 = 7 mL.min , Hb = 16,5 g.dL , volume sistlico = 7,5 mL, P50 = 18 mmHg.
Resposta: A
Justificativa:
Em uma criana normal de 6 meses, de se esperar uma FC de 120 bpm, PA=90X60 30mmhg, volume sistlico
de 7,5 2mL, consumo de O2 de 5 0,9 mL/kg e hemoglobina de 11.5 g/dL e P50=24
Referncia:
Zwass MS and Gregory GA - Pediatric and Neonatal em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;2653-2703
53- Segundo a Associao Americana de Leso Medular, a leso medular incompleta, com funo motora
preservada e grau de fora muscular menor que grau 3, nos grandes grupos musculares abaixo do nvel de
leso, corresponde classificao :
A) A;
B) B;
C) C;
D) D.
Resposta: C
Justificativa:
Classificao da Associao Americana de Leso Medular para avaliao de leso medular:
A = Completa;
18
AMARELA
B = Incompleta. Sensibilidade preservada com extenso atravs dos segmentos sacrais S4-S5, sem funo motora
preservada abaixo do nvel neurolgico;
C = Incompleta. Funo Motora preservada abaixo do nvel neurolgico, com maior parte das chaves musculares
abaixo do nvel neurolgico apresentando um grau muscular < 3;
D = Incompleta. Funo Motora preservada abaixo do nvel neurolgico, com a maior parte das chaves musculares
abaixo do nvel neurolgico apresentando um grau muscular 3.
Referncia:
Kincaid MS and Lam AM Anesthesia for Neurosurgery em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical
Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 1005-1031
54- De acordo com os preditores de dificuldade de ventilao sob mscara, listados a seguir, assinale a
alternativa que representa a sequncia crescente de dificuldade:
A - falta de dentes;
-2 ;
B - IMC > 26 kg.m
C - presena de barba;
D - idade > 55 anos;
E - histria de ronco.
A) D-E-B-A-C;
B) E-D-C-B-A;
C) E-D-A-B-C;
D) D-B-E-A-C.
Resposta: C
Justificativa: Os preditores de dificuldade de ventilao difcil sob mscara seguem a seguinte ordem crescente:
histria de ronco (OR:1,84); idade > 55 anos (OR:2,26); falta de dentes (OR:2,28); IMC > 26 (OR:2,75); presena de
barba (OR: 3,18).
Referncia:
Rosenblatt WH and Surhupragarn W - Airway Management em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical
Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 751-792
55- O local com maior frequncia de leso na coluna cervical, em pacientes com fraturas faciais decorrentes
de traumas que ocorrem por impacto em velocidade elevada, :
A) C1-C2;
B) C2-C3;
C) C4-C5;
D) C6-C7.
Resposta: D
Justificativa:
O local mais comum de leso da coluna cervical associada a fraturas faciais aps traumas associados a alta
velocidade C6-C7, acometendo 50% dos casos.
Referncia:
Ferrari LR and Gotta AW - Anesthesia for Otorrynolaringologic Surgery em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al.
th
Clinical Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 1305-1320
19
AMARELA
Stafford-Smith M, Shaw A, George R et al Renal System and Anesthesia for Urologic Surgery em: Barash PG,
th
Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 13461375.
A) plat alveolar;
B) volume residual;
C) volume de fechamento;
D) espao morto anatmico.
Resposta: D
Justificativa:
A seta do capnograma indica o espao morto anatmico.
Referncia:
Hess DR, Kacmarek RM Monitoring Respiratory Function em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al
st
Anesthesiology, 1 Ed, New York, McGraw Hill, 2008; 579-597.
20
AMARELA
Stoelting RH, Hillier SC Pulmonary Gas Exchange and Blood Transport of Gases em Stoelting RH, Hillier SC
th
Pharmacology & Physiology in Anesthetic Practice, 4 Ed, Philadelphia, 2006, 783-793.
60- Em paciente adulto, do gnero masculino, peso de 70 kg, com concentrao plasmtica de
sdio de 150 mEq.l-1, o dfice de gua livre estimado em:
A) 1000 mL;
B) 2000 mL;
C) 3000 mL;
D) 4000 mL.
Resposta: C
Justificativa:
O dfice de gua livre de 3 L, sendo que o clculo feito de acordo com a frmula: dfice de gua livre
= 0,6 x peso (kg) x [(concentrao plasmtica Na+/140)-1].
Referncia:
Neligan PJ, Horak J Perioperative Electrolyte Abnormalities, Acid-Base Disorders and Fluid
Management em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al Anesthesiology, 1st Ed, New York,
McGraw Hill, 2008; 639-684.
61- A alcalose metablica pode causar:
A) aumento do potssio srico;
B) diminuio do tnus brnquico;
C) aumento do clcio ionizado srico;
D) diminuio do limiar de toxicidade digoxina.
Resposta: D
Justificativa:
A alcalose metablica associa-se com diminuio do potssio e do clcio ionizado srico e,
consequentemente, pode precipitar arritmias ventriculares primrias e pode potencializar a toxicidade
digoxina. A alcalemia aumenta o tnus brnquico e diminui o esforo ventilatrio, possibilitando a
formao de atelectasias e infeces.
Referncia:
Neligan PJ, Horak J Perioperative Electrolyte Abnormalities, Acid-Base Disorders and Fluid Management em:
st
Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al Anesthesiology, 1 Ed, New York, McGraw Hill, 2008; 639-684.
21
AMARELA
Resposta: B
Justificativa:
A sndrome de dor miofascial caracteriza-se pela presena de pontos gatilho na musculatura esqueltica.
Hiperalgesia e anormalidades vasomotoras ocorrem na sndrome de dor regional complexa, enquanto dor em onze
de dezoito pontos dolorosos palpao digital caracterstica da fibromialgia.
Referncia:
Macres SM, Moore PG, Fishman SM Acute Pain Management em Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al.
th
Clinical Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 1473-1504.
64- O frmaco utilizado em dor neuroptica, com ao em receptores pr-sinpticos de canais de clcio tipo
N, :
A) baclofeno;
B) pregabalina;
C) paraminofenol;
D) dextrometorfano.
Resposta: B
Justificativa:
O frmaco de indicao em dor neuroptica, com ao em receptores pr-sinpticos de canais de clcio tipo N, a
pregabalina. O baclofeno agonista de receptor GABAB, o paraminofenol tem ao via inibio da ciclo-oxigenase e
o dextrometorfano um antagonista de receptor NMDA.
Referncia:
Macres SM, Moore PG, Fishman SM Acute Pain Management em Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al.
th
Clinical Anesthesia, 6 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 1473-1504.
65- Paciente sob anestesia geral em ventilao mecnica, monopulmonar, submetido lobectomia com
trax aberto em decbito lateral. Nesta situao, ocorre, no pulmo no dependente, aumento da(o):
A) ventilao;
B) efeito Shunt;
C) complacncia;
D) fluxo sanguneo.
Resposta: B
Justificativa:
Na situao descrita, ocorre aumento do efeito shunt e reduo do fluxo sanguneo, da ventilao e da
complacncia.
Referncia:
Weiss SJ, Ochroch EA Thoracic Anesthesia em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al Anesthesiology,
st
1 Ed, New York, McGraw Hill, 2008; 1213-1283.
22
AMARELA
67. Paciente com diagnstico de cncer de esfago, em vigncia de quimioterapia, pode apresentar:
A) edema intersticial pulmonar induzido pela bleomicina;
B) demncia progressiva causada por ciclofosfamida;
C) delrio induzido por altas doses de metotrexate;
D) fibrose pulmonar induzida pela prednisona.
Resposta: A
Justificativa:
A avaliao pr-operatria de pacientes com diagnstico de cncer de esfago inclui consideraes sobre possveis
alteraes fisiopatolgicas decorrentes de efeitos colaterais associados aos quimioterpicos. A bleomicina pode
provocar fibrose pulmonar, por promover reduo da drenagem linftica, acarretando maior risco de edema
intersticial. Ciclofosfamidas, em altas doses, podem se associar com delrios agudos decorrentes de encefalopatia.
Corticoides, comuns em algumas quimioterapias, como a prednisona, em altas doses, podem causar miopatia
caracterizada pela fraqueza dos flexores cervicais e das extremidades, que pode afetar msculos respiratrios. A
administrao prolongada de metotrexate, especialmente em conjunto com a radioterapia, pode levar demncia
progressiva.
Referncia:
Weiss SJ, Ochroch EA Thoracic Anesthesia em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al Anesthesiology,
st
1 Ed, New York, McGraw Hill, 2008; 1213-1283.
23
AMARELA
Justificativa:
Pacientes portadores de anemia falciforme apresentam leucocitose, aumento da viscosidade sangunea, do volume
intravascular e do dbito cardaco. Podem apresentar quadros variados que envolvem sistemas e rgos, incluindo,
entre outros, colelitase, infarto pulmonar, tromboembolismo e cor pulmonale secundrio a mltiplas
microembolizaes.
Referncia:
Dierdorf SF, Walton JS Rare and Coexisting Diseases em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical
Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 622-643.
72- Paciente de 19 anos chega unidade de emergncia, com quadro de obstruo intestinal de incio
sbito, hemoptise, perda de memria, febre (38,5C), frequncia cardaca 110 bpm e presso arterial 160 x
105 mmHg. feita hiptese diagnstica de abuso de droga e decide-se por realizar laparotomia de
emergncia. A droga de abuso mais provvel :
A) fenciclidina;
B) cocana;
C) morfina;
D) herona.
Resposta: B
Justificativa:
O abuso de cocana produz estimulao simptica com repercusses no sistema nervoso central, cardiovascular e
respiratrio, levando hipertenso arterial, taquidisritmia, hipertermia, alterao do humor e da memria, agitao,
euforia, hipxia, dor torcica e hemoptise. Pode tambm levar a repercusses no sistema gastrintestinal, com
isquemia, infarto ou perfurao intestinal e consequente peritonite. Obstruo intestinal pode ocorrer devido
ingesto de pacotes de cocana.
Referncia:
Pagel PS, May JA, Warltier DC Evaluation of the Patient with Alcohol or Drug Addiction, em: Longnecker DE,
st
Brown DL, Newman MF et al. Anesthesiology. 1 Ed, New York, McGraw Hill, 2008; 396-423.
24
AMARELA
O pulmo rgo comumente atingido no choque sptico. A reduo da complacncia pulmonar e da capacidade
residual funcional por infiltrao so alguns dos fatores que levam formao de edema pulmonar e hipxia. As
alteraes hemodinmicas associadas ao choque sptico se caracterizam por elevao do ndice cardaco acima de
-1
-2
-1
-5
-2
1,8 l.min .m e diminuio do ndice de resistncia vascular sistmica menor que 2000 dinas.s .cm .m .
Referncia:
Treggiari M, Deem S Critical Care Medicine, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical Anesthesia, 6th
Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 1444-1472.
74- Paciente adulto, motociclista, sofre coliso com automvel. Chega consciente unidade de emergncia,
ansioso e com queixa de dor abdominal. Ao exame fsico, apresenta presso arterial 80 x 40 mmHg,
frequncia cardaca 125 bpm e frequncia respiratria 32 irpm. O quadro clnico indicativo de choque
hipovolmico classe:
A) I;
B) II;
C) III;
D) IV.
Resposta: C
Justificativa:
A classificao dos quadros de hemorragia e choque hemorrgico :
Perda sangunea
Pulso (bpm)
Presso arterial (mm Hg)
Frequncia respiratria (irpm)
Dbito urinrio (ml.h-1)
Estado mental
CLASSE I
< 750 ml
(< 15%)
Normal
Normal
Normal
Normal
Pouco ansioso
CLASSE II
750 1000 ml
(15 30 %)
100 - 120
Normal
20 - 30
20 - 30
Moderadamente
ansioso
CLASSE III
1500 2000 ml
(30 40%)
120 - 140
Reduzida
30 - 40
10 - 20
Confuso e ansioso
CLASSE IV
>2000 ml
(> 40%)
> 140
Reduzida
> 40
< 10 (anria)
Confuso e
letrgico
Referncia:
Abro J Estado de choque: fisiopatologia e tratamento, em: Cangiani LM, Posso IP, Potrio GMB et al Tratado
de Anestesiologia SAESP. 6 Ed, So Paulo, Editora Atheneu, 2006;667-682
76- Amostras de sangue arterial foram coletadas para dosagem da concentrao de fentanil, durante e aps
trmino da sua infuso contnua. Em paralelo, foi registrada a atividade eletroencefalogrfica (EEG). Na
farmacocintica do fentanil, o intervalo de tempo decorrido entre o final da sua infuso at o pico da ao
sobre o EEG chamado:
A) Latncia;
B) Histerese;
C) Constante Ke0;
D) Cintica de 1 ordem.
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
25
AMARELA
Resposta: B
Justificativa: O pico da concentrao plasmtica do frmaco coincide com o trmino da sua infuso. Por outro lado,
a concentrao no local de ao continua a se elevar at que ocorra equilbrio com o plasma. Esse intervalo de
tempo at o pico do efeito chamado histerese.
Referncia: Shafer SL, Flood P, Schwinn DA Basic Principles of Pharmacology em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher
th
LA, Wiener-Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 479-514
77- Alcanado o estado de equilbrio, se um anestsico apresenta taxa de metabolismo heptico constante,
quando administrado em infuso contnua, a taxa de infuso necessria para manter sua concentrao
plasmtica constante dada pelo produto:
A) taxa de extrao x concentrao arterial desejada;
B) taxa de metabolismo x fluxo sanguneo heptico;
C) depurao x concentrao arterial desejada;
D) taxa de extrao x fluxo sanguneo heptico.
Resposta: C
Justificativa:
Como, em condies clnicas, comumente, as doses administradas dos anestsicos no saturam o sistema
metablico, a taxa metablica ser proporcional concentrao arterial do frmaco e dada pelo produto entre o fluxo
sanguneo heptico e a diferena arteriovenosa da sua concentrao (equao 1). No havendo saturao do
sistema metablico, a depurao ser proporcional concentrao arterial do anestsico. Dessa forma,
matematicamente, dividindo-se os dois lados da equao pela concentrao arterial do frmaco (equao 2) para
manter a proporcionalidade, encontramos que a taxa metablica igual ao produto entre a depurao e
concentrao arterial (equao 4). Se o objetivo manter a concentrao arterial do frmaco constante, deve-se
infundi-la na mesma taxa em que depurada.
Referncia:
Shafer SL, Flood P, Schwinn DA Basic Principles of Pharmacology em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wienerth
Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;479-514
78- Paciente de 28 anos, 84 kg, atleta, ser submetido a reparo do manguito rotador do ombro direito, sob
bloqueio do plexo braquial pela via interescalnica. Aps injeo de mistura de bupivacana 0,5% 15 ml e
lidocana 2% 15 ml(volume total 30 ml), apresentou convulso tonicoclnica fugaz e fibrilao ventricular.
Com relao toxicidade dos anestsicos locais, no caso apresentado, verdadeiro afirmar que:
A) toxicidade de misturas de anestsicos locais aditiva;
B) arritmias ventriculares podem ser tratadas com amiodarona;
C) hiperventilao e alcalose respiratria aumentam o risco de toxicidade;
D) emulso lipdica deve ser administrada to logo o ritmo cardaco seja restabelecido.
Resposta: A
Justificativa:
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
26
AMARELA
O uso de misturas de anestsicos locais (AL) demanda cuidado para que no seja administrada a dose mxima dos
AL. Suas toxicidades no so independentes. Ao contrrio, presume-se que sejam aditivas. O uso de antiarrtmicos
no est estabelecido e o tratamento de arritmias ventriculares induzidas pela bupivacana associada lidocana,
com a utilizao da amiodarona, no recomendado. Acidose, respiratria ou metablica, aumenta o risco de
toxicidade ao promover o aumento da frao livre do AL; aumentar o fluxo sanguneo cerebral, com maior chegada
do AL ao crebro; e potencializar os efeitos cronotrpico e inotrpico negativos dos AL. Recomenda-se que a
emulso lipdica seja administrada juntamente com o incio das manobras de suporte bsico de vida.
Referncia:
Heavner JE Pharmacology of Local Anesthetics em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al
st
Anesthesiology, 1 Ed, New York, McGraw Hill, 2008;954-73
80- Paciente de 68 anos, 50 Kg, 168 cm de altura, hipertenso e diabtico tipo I. Apresenta carcinoma
metasttico da prstata e internado na unidade de terapia intensiva devido pneumonia bilateral e
abscesso perimaleolar. Evolui febril, taquicrdico, com necessidades crescentes de insulina, cetoacidose
diabtica e insuficincia respiratria. Foi intubado, mas a adaptao prtese ventilatria est difcil, apesar
de sedao com fentanil. Foi realizada drenagem do abscesso sob anestesia local com bupivacana 0,25%
30 ml, devido gravidade clnica do paciente. Cerca de 30 minutos aps o incio do procedimento,
apresentou maior dificuldade ventilatria seguida de ectopias ventriculares e alargamento do QRS, que
evoluiu para atividade eltrica sem pulso. A causa mais provvel para o desfecho desfavorvel :
A) intoxicao pela bupivacana;
B) infarto agudo do miocrdio;
C) choque sptico;
D) barotrauma.
Resposta: A
Justificativa:
O paciente apresenta diferentes fatores de risco aditivos para toxicidade pelos anestsicos locais (AL). Desnutrio
e hipoproteinemia aumentam a frao livre do AL. Aditivamente, o fentanil apresenta elevada ligao proteica (84%),
o que pode ter colaborado para aumentar a frao livre do AL. Acidose metablica (cetoacidose diabtica) e
hipercarbia (m adaptao ventilao mecnica) aumentam o risco de toxicidade neurolgica e cardiovascular. O
estado hiperdinmico tambm favorece a intoxicao cardaca. A infiltrao de regio inflamada e infectada permite
absoro vascular mais rpida do AL. Apesar da dose administrada de bupivacana no ultrapassar os limites
-1
recomendados (2 mg.kg ), devem-se pesar os riscos de efeitos adversos secundrios toxicidade sistmica, para
que a dose anestsica usada seja limitada e a mais segura.
Referncia:
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
27
AMARELA
Heavner JE Pharmacology of Local Anesthetics em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al
st
Anesthesiology, 1 Ed, New York, McGraw Hill, 2008;954-73
81- Um estudo demonstrou que h correlao significativa entre a gravidade do estado fsico da ASA e a
morbidade aps cirurgias abdominais oncolgicas (P = 0,038). Pode-se afirmar que:
A) o estado fsico varivel categrica;
B) a morbidade ps-operatria a varivel dependente;
C) o resultado derivou da aplicao do teste t de Student;
D) o resultado derivou, provavelmente, de estudo transversal.
Resposta: B
Justificativa:
A escala de estado fsico da ASA varivel ordinal usada para medir caractersticas que possuam ordem subjacente
em seus valores. Varivel categrica usada para medir caractersticas que no possuem valor numrico (Ex.
gnero, tipo de cirurgia). Varivel independente aquela que pode ser escolhida ou modificada pelo pesquisador e
responsvel por alteraes na varivel dependente. A varivel dependente mede o fenmeno estudado e que se
quer explicar. Testes estatsticos so aplicados segundo o tipo de varivel e objetivo da anlise. O teste t de Student
usado para comparar variveis numricas entre dois grupos constitudos de indivduos diferentes. A associao
entre duas variveis ordinais determinada pelo coeficiente R de correlao de Spearman. Nos estudos
transversais, h dificuldade no estabelecimento de relaes causais. O delineamento mais apropriado para esse fim
com estudos longitudinais.
Referncia:
Oliveira Filho GR, Boos GL As Variveis de um Estudo Cientfico em: Duarte NMC, Turazzi JC, Gozzani JL et al
Metodologia Cientfica, 1 Ed, Rio de Janeiro, SBA, 2008; 41-48
83- Paciente de 74 anos, obeso, tabagista, hipertenso, diabtico, dislipidmico e com angina estvel, ser
submetido endarterectomia de cartida. J foi submetido angioplastia coronria, h 4 anos, devido a
infarto agudo do miocrdio em parede inferior. Faz uso de enalapril, hidroclorotiazida, sinvastatina e insulina
NPH. Ao exame fsico, apresenta varizes em membros inferiores e auscultas cardaca e pulmonar normais.
-1
PA 170 x 100 mmHg e FC 87 bpm. Dosagem de creatinina 1,8 mg.dL . Teste cardaco de estresse positivo
para isquemia. Com relao avaliao do risco peroperatrio, verdadeiro afirmar que:
A) os nveis pressricos indicam o adiamento da cirurgia;
B) a terapia betabloqueadora peroperatria reduz o risco cardaco;
C) a ocorrncia de evento cardaco adverso grave estimada em 5%;
D) o paciente se beneficiar de nova angioplastia coronariana antes da cirurgia.
Resposta: B
Justificativa:
Adiamento da cirurgia eletiva recomendado no caso de hipertenso grave (PA sistlica > 200 mg ou diastlica >
115 mmHg) at que a presso seja controlada abaixo de 180x110 mmHg. A orientao atual da ACC/AHA
(American College of Cardiology/American Heart Association) advoga que a terapia betabloqueadora peroperatria
indicao Classe I em pacientes que usavam previamente betabloqueadores e naqueles com teste cardaco de
estresse positivo submetidos cirurgia vascular. Todavia, deve haver cuidado com a terapia aguda sem titulao da
dose, por poder se associar a risco. Segundo o ndice de Risco Cardaco (critrios de Lee), usado no algoritmo da
ACC/AHA, em pacientes que apresentam nenhum, 1, 2 ou 3 fatores de risco clnicos, o risco de eventos cardacos
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graves de 0,4%, 0,9%, 7% e 11%, respectivamente. O benefcio e a reduo do risco cardaco, com a
revascularizao coronria (bypass coronrio ou angioplastia) antes de cirurgia no cardaca, no esto bem
estabelecidos (Classe IIb) em pacientes de alto risco para isquemia e no recomendada (Classe III) como medida
profiltica em pacientes com coronariopatia estvel.
Referncia:
Fischer SP, Bader AM, Sweitzer BJ Preoperative Evaluation em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, WienerKronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1001-1066
84- Paciente de 59 anos, com histrico de infarto agudo do miocrdio, ser submetido colecistectomia
videolaparoscpica. Relata duas sncopes nos ltimos 4 meses. Eletrocardiograma (ECG) realizado h um
ano mostra zona inativa em parede inferior. Novo ECG solicitado e demonstra bloqueio atrioventricular
(BAV) de 2 grau tipo Mobitz II. Identifique a opo que aponta o local do defeito de conduo; a
complicao potencial associada e o cuidado pr-operatrio essencial que deve ser tomado:
a)
b)
c)
d)
LOCAL DO DEFEITO
N Atrioventricular
Sistema His-Purkinje
Sistema His-Purkinje
N Atrioventricular
COMPLICAO
Bloqueio cardaco completo
Reinfarto
Bloqueio cardaco completo
Reinfarto
CUIDADO PR-OPERATRIO
Marca-passo
Angioplastia
Marca-passo
Angioplastia
Resposta: C
Justificativa:
O BAV de 2 grau Mobitz II resulta de bloqueio infranodal e pode progredir para bloqueio cardaco completo. Quando
sintomtico, indicao (Classe I) de marca-passo. Habitualmente, a indicao de marca-passo determinada pela
combinao da presena de arritmia sintomtica e a localizao da anormalidade de conduo. Sncope associada
bradicardia ou retardo na conduo , geralmente, indicao de instalao de marca-passo. Doenas abaixo do n
AV, no sistema His-Purkinje, so mais graves, instveis e se manifestam com intervalo PR normal ou minimamente
prolongado, BAV Mobitz tipo II e anormalidades do QRS (bloqueio de ramo, bloqueio fascicular ou ambos).
Referncia:
Fischer SP, Bader AM, Sweitzer BJ Preoperative Evaluation em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, WienerKronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1001-1066
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Justificativa:
Sevoflurano e desflurano parecem ter menor poder desencadeador da HM que o halotano. No h dados que
comprovem a associao das miopatias mitocondriais com HM. A succinilcolina desencadeia contraturas
prolongadas em pacientes com distrofia miotnica, acarretando dificuldades de ventilao e intubao, mas a
doena no est associada HM. Na distrofia muscular de Duchenne, o risco de HM semelhante ao da populao
geral. Os nveis de CPK so inespecficos, insensveis e no se correlacionam com a gravidade das distrofias, sendo
mais elevados nas fases iniciais, diminuindo, progressivamente, com o avano da doena e perda da massa
muscular.
Referncia:
Zhou J, Allen PD, Pessah IN, et al Neuromuscular Disorders and Malignant Hyperthermia em: Miller RD Eriksson
LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1171-1196
87- Para prever efeitos de frmacos, deve-se compreender as interaes dos sistemas simptico e
parassimptico com os diversos rgos. Qual, das opes a seguir, apresenta a correlao correta de
domnio simptico?
A) tero.
B) N sinoatrial.
C) Glndulas salivares.
D) Glndulas sudorparas.
Resposta: D
Justificativa:
LOCAL
TONUS PREDOMINANTE
Msculo ciliar
Parassimptico
ris
Parassimptico
N sinoatrial
Parassimptico
Arterolas
Simptico
Veias
Simptico
Trato Gastrointestinal
Parassimptico
tero
Parassimptico
Bexiga
Parassimptico
Glndulas salivares
Parassimptico
Referncia:
Glick DB The Autonomic Nervous System: em Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
th
Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;261-304
88- Qual dos frmacos a seguir IMPEDE a ao do carbacol sobre a transmisso neuromuscular?
A) Pancurnio.
B) Neostigmina.
C) Cloreto de clcio.
D) Toxina botulnica.
Resposta: A
Justificativa:
O Carbacol um agonista parassimptico e tem sua ao tipicamente bloqueada pela ao curarizante do
pancurnio. Os outros frmacos no disputam competitivamente com o carbacol o stio de ligao proteica no canal
inico.
Referncia:
Martyn JAJ - Neuromuscular Physiology and Pharmacology em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish
JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;315-360
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AMARELA
89- Durante a insuflao do cuff da mscara larngea, a presso mxima recomendada para promover boa
vedao NO deve exceder:
A) 20 cmH2O.;
B) 30 cmH2O;
C) 45 cmH2O;
D) 60 cmH2O.
Resposta: D
Justificativa:
O fabricante recomenda que o mdico deva escolher o maior tamanho de mscara larngea, que caiba
confortavelmente na cavidade oral do paciente e, em seguida, encher o cuff com a presso mnima que permita
ventilao com presso de pico na via area, de 20 cmH2O, sem vazamento. A presso dentro do cuff no deve
exceder 60 cmH2O.
Referncia:
Rosenblatt WH and Surhupragarn W - Airway Management em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. Clinical
Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 751-792
90- O tempo efetivo de absoro de CO2 de um reservatrio de cal sodada NO depende de:
A) fluxo de gases utilizado;
B) volume do reservatrio;
C) ventilao minuto;
D) saturao de O2.
Resposta: D
Justificativa:
A capacidade de absoro de CO2 depender da ventilao minuto do paciente, volume do canister que contm o
absorvedor e do fluxo de gases utilizado.
Referncia:
Neto GFD Farmacocintica e Farmacodinmica dos anestsicos Inalatrios, em: Anestesia Inalatria SBA, 2007;
35
91- Delrio um dos fatores mais importantes para a manuteno do paciente idoso internado por tempo
superior ao previsto. Pode-se afirmar que NO fator predisponente do delrio no ps-operatrio de idosos:
A) gnero feminino;
B) dor ps-operatria;
C) idade acima de 69 anos;
D) diminuio da acuidade visual.
Resposta: A
Justificativa:
So fatores que predispem ou precipitam o delrio ps-operatrio no idoso:
idade maior que 65 anos e sexo masculino;
depresso ou diminuio cognitiva;
diminuio funcional;
diminuio dos sentidos, principalmente viso e audio;
diminuio da alimentao por via oral;
necessidade de utilizao de muitos frmacos polifarmcia, alcoolismo, uso de drogas psicoativas, sedativos,
narcticos ou anticolinrgico;
comorbidades: doenas graves e doenas neurolgicas;
algumas cirurgias: cirurgias de alto risco e ortopdicas;
internao em unidades fechadas: terapia intensiva, unidade coronariana;
dor;
diminuio do tempo de sono;
imobilidade, sedentarismo, condies fsicas ruins.
Referncia:
Sieber FE, Pauldine R Geriatric Anesthesia em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL
th
Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 2261-2276
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93- Homem jovem recebido no setor de emergncia com fraturas expostas em ambos os membros
inferiores. Est plido e taquipneico. Inicia-se ressuscitao volmica agressiva com soluo cristaloide.
Nesse momento, NO um risco a:
A) diminuio da viscosidade sangunea;
B) alterao do equilbrio eletroltico;
C) hipertermia reacional;
D) imunossupresso.
Resposta: C
Justificativa:
Os riscos associados reposio agressiva de volume durante a ressuscitao volmica so: aumento abrupto da
presso arterial; diminuio da viscosidade sangunea; maior diminuio do hematcrito; diminuio da
concentrao do fator de cogulo; maior necessidade de transfuso; ruptura do equilbrio eletroltico;
imunossupresso direta; reperfuso prematura; hipotermia.
Referncia:
Dutton RP, McCunn M, Grissom TE Anesthesia for Trauma em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish
JP, Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;2277-2311
94- Qual das opes a seguir INAPROPRIADA para a avaliao da variao de presso de pulso?
A) Ritmo sinusal.
B) Sedao sem esforo respiratrio.
C) Ventilao mecnica com presso controlada
D) Ventilao mecnica com PEEP de 6 a 10 cmH2O.
Resposta: C
Justificativa: Para uma medida adequada da variao da presso de pulso, necessrio que o paciente esteja
adequadamente sedado (sem esforo respiratrio), em modo volume controlado com volume corrente de 8 a
12mL.kg-1 e PEEP entre 6 a 10cmH2O, alm de ritmo cardaco regular.
Referncia:
Schroeder RA, Barbieto A, Yosef SB, Mark JB Cardiovascular Monitoring, em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA,
th
Wiener-Kronish JP, Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1267-1328
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95- No que diz respeito farmacologia do Sistema Nervoso Autnomo (SNA), assinale a alternativa
INCORRETA:
A) dopexamina um inotrpico vasodilatador sinttico, anlogo dopamina, utilizado no tratamento da insuficincia
cardaca congestiva;
B) dopexamina apresenta meia-vida de 15 minutos, em pacientes saudveis, e de 31 minutos, em pacientes com
dbito cardaco diminudo;
C) fenodolpam tem meia-vida de 5 minutos e pode ser utilizado para tratamento da hipertenso grave;
D) fenodolpam agonista seletivo dos receptores DA1 6 a 9 vezes mais potente que a dopamina.
Resposta: B
Justificativa:
Dopexamina um inotrpico vasodilatador, sinttico, anlogo da dopamina, que pode ser utilizado no tratamento da
Insuficincia Cardaca Congestiva (ICC). A Dopexamina apresenta meia-vida de 3 a 13 minutos, em pacientes
saudveis, e de 11 minutos, em pacientes com DC diminudo. Fenodolpam um agonista seletivo em receptores
DA1 e produz aumento da diurese e da natriurese, e aumento da depurao de creatinina. Apresenta meia-vida de 5
minutos, o que confere ao frmaco a propriedade de produzir anestesia hipotensiva, preservando a funo renal.
Referncia:
Johnson JO, Grecu L and Lawson N W Autonomic Nervous System em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al.
Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 326-368
96- Paciente com doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC), em ventilao mecnica, tem alto risco de
desenvolver auto-PEEP. Qual das seguintes estratgias a seguir NO indicada para prevenir o auto-PEEP?
A) Utilizao de hipercapnia permissiva.
B) Utilizao de altos fluxos inspiratrios.
C) Aumento da relao inspirao-expirao (I:E).
D) Utilizao de, no mnimo, 3 constantes de tempo.
Resposta: C
Justificativa:
Pacientes portadores de DPOC apresentam volumes de fechamento de vias areas que, j aumentados, sofrem
incremento com tempos expiratrios insuficientes. Caso no tenham seu perodo expiratrio otimizado, tais
pacientes passam a regimes de hiperinsuflao dinmica (auto-PEEP). Assim, se beneficiam de um maior tempo
expiratrio, aumento do fluxo inspiratrio, reduo da pausa inspiratria, diminuio da relao I:E, baixas FR e VT.
Aps 3 constantes de tempo, ocorre eliminao de 95% dos gases alveolares e, portanto, diminui a ocorrncia de
auto-PEEP. Outra estratgia, quando no contraindicado, a utilizao de hipercapnia permissiva e consequente
acidose respiratria.
Referncia:
Grasso S, Mascia L and Ranieri M Respiratory care em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
th
Young WL Millers Anesthesia 7 Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;2879-2897
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Drummond JC and Patel PM - Neurosurgical Ansthesia em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;2045-2087
98. Mulher de 24 anos ser submetida resseco de plipos nasais sob anestesia geral. Na avaliao pranestsica, refere asma brnquica controlada com terapia inalatria (budesonida e salbutamol). Nega crises
recentes e a ausculta pulmonar normal. Qual frmaco deve ser EVITADO nessa paciente?
A) Morfina.
B) Cetamina.
C) Cetoprofeno.
D) Ondansetrona.
Resposta: C
Justificativa:
A trade de Samter a associao de hipersensibilidade aos anti-inflamatrios no hormonais em pacientes com
asma e plipos nasais e que podero apresentar broncoespasmo grave e ameaador vida.
Referncia:
Ferrari LR, Gotta AW Anesthesia for Otolaryngologic Surgery em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK Clinical
th
Anesthesia, 5 Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;2066-98
99. O estmulo nociceptivo chega ao Sistema Nervoso Central atravs do neuroeixo e se projeta para quatro
regies corticais e subcorticais maiores. Nessas projees, distinguem-se quatro componentes,
hierarquicamente arranjados, que interagem entre si e se modulam intrinsecamente. Assinale qual
componente NO faz parte desse grupo:
A) cognitivo;
B) comportamental;
C) sensitivo aferente;
D) sensorial discriminativo.
Resposta: C
Justificativa:
O estmulo nociceptivo aferente chega ao Sistema Nervo Central atravs do neuroeixo, projetando-se para quatro
regies corticais e subcorticais maiores. Nessas projees, distinguem-se quatro componentes hierarquicamente
arranjados que interagem, modulando-se intrinsecamente um ao outro.
1. Componente Sensorial Discriminatrio: projees aos ncleos localizados no tlamo ventroposterolateral,
especficas para tato e nocicepo;
2. Componente Comportamental: ncleo Giganto-celular (stios de projeo na Medula Oblongata) e Mesencfalo
(Matria Cinzenta Periaquedutal e Ncleo Cuneiforme). Essas projees contribuem para a resposta ao centro
cardiorrespiratrio, surgimento de respostas motoras e emocionais e os mecanismos de alerta envolvidos com as
respostas comportamentais dor;
3. Componente Cognitivo: Hipotlamo. Conexes envolvidas em respostas ao sistema nervoso autnomo e
liberao de hormnios envolvidos com a resposta ao estresse;
4. Comportamento Emocional Afetivo: Complexo amigdaliano (que faz parte da estrutura lmbica). Projees
envolvidas nas respostas afetivas e emocionais dor.
Referncia: Gemal AE Monitorizao da conscincia Per-operatria, em: Anestesia Inalatria SBA, 2007; 94
100- Paciente no sexto dia ps-operatrio de colecistectomia por colecistite infecciosa encontra-se em
quadro de choque sptico com uso de frmaco vasoativo. Est sob ventilao mecnica com FiO2 de 100% e
PEEP de 12 cmH2O. Exames complementares revelam PaO2 de 55 mmHg, relao PaO2/FiO2 < 200, presso
de capilar pulmonar < 15mmHg e infiltrado bilateral difuso na radiografia de trax. Qual estratgia de
ventilao mecnica NO considerada grau A de recomendao?
A) Posio prona.
B) Hipercapnia permissiva.
C) Manobras de recrutamento alveolar.
D) Volume corrente menor que 6mL.kg-1 e presso de plat 30cm H2O.
Resposta: C
Justificativa: O paciente citado apresenta quadro de choque sptico e sndrome do desconforto respiratrio do
-1
adulto. O consenso de ventilao mecnica sugere: utilizao de baixos volumes correntes (VC) (<6mL.kg ),
presso de plat 30 cm H2O, utilizao de PEEP suficiente para limitar a utilizao de concentraes txicas de
A SBA preocupada com o meio ambiente, utiliza papel ecologicamente correto
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O2, hipercapnia permissiva (desde que no haja contraindicaes), com finalidade de reduzir o VC e a presso de
plat. Posio prona pode ser utilizada em pacientes que necessitam de altas PEEP (> 10mmHg) e FiO2 para
manter oxigenao adequada (PaO2 > 60mm Hg e SaO2 > 90%). No h evidncias disponveis de que as
manobras de recrutamento alveolar resultem em benefcio e melhora do desfecho clnico, sendo grau B de
recomendao.
Referncia:
Grasso S, Mascia L and Ranieri M Respiratory Care em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP,
Young WL Millers Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 2879-2897
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