Segurana e gesto de riscos nas atividades de aventura
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Segurana e gesto de riscos nas atividades de aventura
Seguridad y gestin de riesgos en actividades de aventura
Safety and risk management in adventure activities
Professor Mestre em Educao Fsica
Doutorando em Cincias do Movimento Humano UNIMEP SP
Professor Universitrio USCS, FNC/Estcio, FMS
Jos Ricardo Auricchio
[email protected](Brasil)
Resumo
A prtica de atividades de aventura ou esportes radicais vem crescendo muito nas ltimas dcadas e muitas vezes so praticadas por pessoas inexperientes que colocam em risco a vida de
amigos e clientes. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o risco nas atividades de aventura e realizar um levantamento parcial sobre normas e leis de segurana para atividades e esportes
de aventura, a fim de nortear a formao e atuao dos profissionais. Como procedimento metodolgico, esta pesquisa tem o carter exploratrio atravs de pesquisa bibliogrfica e pesquisa documental.
Existem leis e normas tcnicas que regem as atividades de aventura, porm so mais voltadas ao turismo. Exemplos de anlise de risco so colocados para que o leitor possa ter uma introduo prtica
sobre o tema. Os profissionais devem receber treinamento adequado e aplicar as normas em suas atividades.
Unitermos: Esportes Radicais. Atividades de Aventura. Segurana. Risco.
Resumen
La prctica de actividades de aventura o deportes extremos ha crecido mucho en las ltimas dcadas y a menudo son practicadas por personas inexpertas que ponen en peligro las vidas de
amigos y clientes. As, el objetivo de este trabajo fue caracterizar el riesgo en actividades de aventura y realizar un levantamiento parcial de las normas y leyes de seguridad a las actividades y deportes de
aventura, para orientar la formacin y actividades de los profesionales. Como procedimiento metodolgico, esta investigacin tiene el carcter exploratorio a travs de investigacin bibliogrfica y
documental. Existen leyes y normas tcnicas que rigen las actividades de aventura, pero estn ms orientados al turismo. Ejemplos de anlisis de riesgos se colocan para que el lector pueda tener una
introduccin prctica sobre el tema Los profesionales deben recibir una formacin adecuada y aplicar las normas en sus actividades.
Palabras clave: Deportes Radicales. Actividades de Aventura. Seguridad. Riesgo.
Abstract
The practice of adventure activities or extreme sports has been growing a lot in the last few decades and are often practiced by inexperienced people who endanger the lives of friends and
customers. Thus, the objective of this work was to characterize the risk in adventure activities and perform a partial lifting on standards and security laws to activities and adventure sports, in order to
guide the formation and activities of professionals. As methodological procedure, this research has the exploratory character through bibliographical research and documentary research. There are laws and
technical standards governing the adventure activities, but are more geared to tourism. Examples of risk analysis are placed so that the reader can have a practical introduction on the topic Professionals
should receive adequate training and apply the standards in their activities.
Keywords: Radical Sports. Adventure Activities. Security. Risk.
Recepo: 17/12/2015 - Aceitao: 15/03/2016
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ao 21, N 215, Abril de 2016. http://www.efdeportes.com/
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Introduo
De acordo com ABETA e MTUR (2009) a partir do incio dos anos 1990, houve crescimento significativo na oferta de atividades de Turismo de Aventura
no Brasil e, conseqentemente, aumento da preocupao do setor com os aspectos relacionados segurana. Nesse cenrio, o Ministrio do Turismo
liderou uma iniciativa para organizar e estruturar melhor o segmento e torn-lo prioritrio quando o assunto fosse qualificao e polticas pblicas para o
desenvolvimento do turismo brasileiro.
As diversas atividades do Turismo de Aventura so bem complexas, com nveis de risco e incidncia de diversos perigos, que, por conseqncia, podem
causar acidentes das mais diversas gravidades. O nmero de acidentes vinha crescendo juntamente com o crescimento da atividade, o que fez necessrio
buscar formas de aumentar a segurana dos produtos oferecidos e baixar os ndices dessas ocorrncias (ABETA e MTUR, 2009).
A cidade de Brotas foi a primeira a normatizar as atividades de aventura j nos anos de 1990, sendo que no incio dos anos 2000, mais precisamente a
partir de 2002 a ABETA (Associao Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), em parceria com o MTUR (Ministrio do Turismo) e com
a ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) comearam a estudar a normatizao das atividades de Turismo de Aventura atravs de GTs (Grupos
de Trabalho) compostos por profissionais do setor e da academia.
Nos anos seguintes foram ento criadas normas tcnicas para diversos segmentos do turismo de aventura que pudessem nortear a formao e a atuao
desses profissionais que so denominados de guias, condutores, monitores ou instrutores. Porm, no h um rgo de fiscalizao para gerenciar tais
normas e se as empresas as seguem ou no.
O que temos o Programa Aventura Segura iniciado em 2006 implementado pela ABETA que resultou da parceria do MTUR com o SEBRAE, com o
propsito de estruturar, qualificar, certificar e fortalecer a oferta desses segmentos, onde ao se adequarem dentro do programa as empresas recebem uma
certificao pelo Sistema Brasileiro de Avaliao da Conformidade, rgo ligado ao INMETRO (ABETA e MTUR, 2009).
De acordo com a literatura, podemos constatar que as atividades de aventura no se restringem apenas as atividades de turismo de aventura propostas
nas normas da ABNT. Existe uma gama de atividades praticadas em ambientes externos e internos, na natureza e na cidade que no esto contempladas
em tais normas e em nenhuma outra publicada.
Associaes, federaes e confederaes nacionais e internacionais esto surgindo para organizar as modalidades que em muitos casos se tornaram
modalidades esportivas com regras universais e campeonatos, isso em se tratando das novas modalidades como parkour, slack line, stand up paddle
citando apenas algumas, pois modalidades mais antigas como paraquedismo, mergulho, surf, escalada entre outras, j tem h muito tempo sua
organizao.
O objetivo deste trabalho caracterizar o risco nas atividades de aventura e realizar um levantamento parcial sobre normas e leis de segurana para
atividades e esportes de aventura, a fim de nortear a formao e atuao dos profissionais.
Como procedimento metodolgico, esta pesquisa tem o carter exploratrio atravs de pesquisa bibliogrfica no banco de teses e dissertaes da CAPES
e nas bibliotecas da USP, UNICAMP e UNIMEP e em sites de artigos cientficos.
A pesquisa documental fez-se necessria tambm para contemplar as normas tcnicas ABNT CB54 que trazem as questes sobre turismo de aventura,
alm de leis pertinentes ao setor.
Segurana, risco e aventura
Spink e Spink relatam que a aventura e o perigo sempre foram experimentados na evoluo do ser humano, haja vista as migraes, exploraes e
navegaes, velhas companheiras de nossa espcie (2009, p. 21).
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Segundo Betrn, um dos autores de referncia nas atividades de aventura, as atividades fsicas e desportivas de risco no so apenas uma maneira de se
colocar fisicamente em jogo com o prazer da prova; elas participam da elaborao contempornea da identidade, quer dizer, da relao consigo mesmo e
com os outros dentro do contexto do individualismo contemporneo (2003).
Com isso surge cada vez mais a preocupao com as questes relacionadas segurana nas prticas das atividades de aventura.
Conceituar os termos mais utilizados em nosso entendimento a melhor maneira de comearmos a entender sobre segurana, risco e aventura:
Segurana (iseno de riscos inaceitveis de danos); Perigo (fonte ou situao com potencial para provocar danos); Risco (combinao da probabilidade da
ocorrncia de determinado evento); Conseqncia (resultado de um evento); Probabilidade (grau de possibilidade de que um evento ocorra); reas de risco
(so as reas com risco significativo de quedas, escorreges, afogamento e outros perigos relacionados prtica do turismo de aventura) (ABETA e MTUR,
2009).
As experincias de aventura esto associadas a riscos inerentes. Estes riscos referem-se probabilidade de conseqncias prejudiciais ou perdas (morte,
leses, danos a propriedades e aos meios de subsistncia, danos mentais e sociais, perturbao da atividade econmica), que resultam da interao entre
perigos naturais, induzidos por atividade humana e condies de vulnerabilidade (UNISDR, 2009).
Considera-se que o risco funciona como estmulo e fonte de emoes prazerosas para os indivduos envolvidos ou atrados pelas atividades de aventura.
Estes fatores fisiolgicos do estmulo do prazer tm sido muito discutidos por autores como Neulinger, McCabe e Walle (Richard, Alamino e Simes, 2007).
Pimentel (2010) diz que quanto ao risco nas atividades de aventura, interessante observar que envolvem no somente (ou sequer principalmente) um
risco real, mas, tambm, um risco assumido, visto que existem elementos sensveis e racionais que contribuem para seu controle. Logo, o risco um
componente constituinte da opo pelo esporte de aventura. Quanto menos discrepncia houver entre o risco percebido e o risco real, menos perigosa se
torna a vivncia dessa prtica corporal.
A existncia de fatores de risco no faz da atividade de aventura um programa potencialmente perigoso, mesmo que imprevistos possam acontecer. a
combinao de diferentes fatores e a maneira como so gerenciados que podem elevar enormemente a probabilidade de uma perda potencial ou de um
acidente se concretizar (Richard, Alamino e Simes, 2007).
David Le Breton trata a relao do homem com o risco como um jogo de vida e morte, para o desenvolvimento de si. As atividades fsicas e desportivas
de risco no so somente uma maneira de se colocar fisicamente em jogo com o prazer da prova, primeiramente a paixo por si mesmo onde se busca o
sentido, os valores, o prprio lugar no mundo, mas com justia, sem confrontar com as regras comuns da sociedade que fazem profanar sobre existncias
superprotegidas por regulamentos sociais (Le Breton, 2010).
Para que o risco seja controlado surgem atravs de estudos sistemas para garantir a segurana e controlar o risco das atividades de aventura.
Sistema de gesto de segurana e gerenciamento de risco
Ao falarmos sobre as questes de segurana utilizaremos as normas tcnicas para turismo de aventura da ABNT (Associao Brasileira de Normas
Tcnicas), que delimita normas especficas para turismo de aventura, gesto de segurana e gerenciamento de risco.
As Normas Tcnicas para Turismo de Aventura tem grande enfoque em sistemas de gesto de segurana e gerenciamento de risco, desde a sada dos
clientes da agncia, trajeto ao local da atividade, movimentao em reas de risco durante a atividade, sendo a segurana do grupo responsabilidade do
responsvel pela operao.
Um sistema de gesto de segurana (SGS) deve prevenir os acidentes por meio de anlises de riscos detalhadas, deve tambm implementar programas
de preveno de acidentes e ter um plano de atendimento a emergncia para socorrer vtimas. O SGS envolve as operadoras de turismo de aventura,
receptivos e atrativos tursticos organizados. Todos os envolvidos devem ser treinados para que garantam a prpria segurana, dos colegas e dos clientes
(ABETA, 2007).
Em se tratando da gesto de riscos, conforme estabelecido na NBR15331 de 2006 e substituda pela ABNT NBR ISO 21101 de 2014 necessrio realizar
uma avaliao dos perigos existentes na sua operao e realizar uma anlise de riscos, conforme estabelecido na norma. Alm disso, h uma certificao
em Sistema de Gesto de Segurana que as empresas podem implementar, tendo que cumprir vrios requisitos e passar por uma auditoria de certificao.
De acordo com a norma, Todo Perigo gera pelo menos um Risco, mas h situaes em que o perigo pode gerar mais que um risco. Lembrando que
perigo fonte ou situao com potencial para provocar danos e risco combinao da probabilidade da ocorrncia de determinado evento, conforme a
tabela 1.
Tabela 1. Exemplo de perigos e riscos da atividade de rapel
Fonte: ABETA, 2007
Todo Perigo identificado tem uma Probabilidade de ocorrer, assim como todo Risco gera uma Conseqncia, ou seja, Perigo => Probabilidade e Risco =>
Conseqncia, conforme a tabela 2.
Tabela 2. Exemplo de probabilidade e conseqncia
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Fonte: ABETA, 2007
Com base no exemplo da atividade do rapel a tabela 3 relaciona as tabelas 1 e 2.
Tabela 3. Exemplo de perigos e sua probabilidade e riscos e sua conseqncia
Fonte: ABETA, 2007
Selecionamos alguns passos que constam no Manual de boas prticas de sistema de gesto da segurana da ABETA (2009). Agora tente levar estes
conhecimentos para a sua realidade. Tente identificar os perigos e os riscos relativos s atividades que voc desempenha. Para isso, siga os passos a
seguir:
1 Passo. Separe a atividade em partes (deslocamento at o local, execuo da atividade, deslocamento de retorno) se for o caso voc pode dividir a
etapa execuo da atividade, como por exemplo em uma atividade de arvorismo, onde voc pode identificar os perigos e riscos de cada trecho do
circuito.
2 Passo. Identifique os perigos (lembre-se que perigo a causa, o que pode ocorrer durante a atividade).
3 Passo. Identifique os riscos (lembre-se risco a conseqncia, o que pode ocorrer com o cliente). Para cada perigo podem ocorrer um ou mais
riscos.
4 Passo. Avalie o contexto e estabelea as probabilidades de cada perigo (neste ponto pense s nos perigos, no olhe para os riscos para no
misturar as informaes)
5 Passo. Avalie o contexto e estabelea as conseqncias para cada risco (neste ponto pense s nos riscos, no olhe para os perigos para no
misturar as informaes)
6 Passo. Monte uma tabela e junte todas as informaes.
Tabela 4. Uso para exemplo das informaes coletadas no exerccio
Fonte: ABETA, 2007
Com os perigos, riscos, probabilidades e conseqncias identificadas (o que fizemos anteriormente) vamos agora avaliar os riscos multiplicando a
probabilidade x conseqncia.
Tabela 5. Pontuao de avaliao do risco
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Fonte: ABETA, 2007
Perceba que na avaliao de risco encontramos os nmeros 2, 3 e 6. Mas qual o critrio que devemos seguir?
Tabela 6. Critrios de classificao do risco
Fonte: ABETA, 2007
Completando nossa tabela ento temos:
Tabela 7. Classificao do risco de acordo com o exemplo
Fonte: ABETA, 2007
Se o risco for aceitvel (desprezvel) nenhuma ao dever ser realizada, apenas um monitoramento contnuo para que permanea assim. Se o risco for
inaceitvel (moderado ou crtico) ser preciso implementar uma ou mais aes para evitar que o perigo se materialize em risco (consequncias). Essa ao
denominada Controle Operacional (ABETA, 2009).
Tabela 8. Exemplo de controle operacional
Fonte: ABETA, 2007
Controle operacional so as aes tomadas para evitar que o perigo de transforme em risco real. Agora resgate a tabela anterior e complete-a com os
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controles operacionais existentes na sua atividade (apenas os que realmente funcionam) (ABETA, 2009).
Tabela 9. Controle operacional de acordo com a anlise de risco
Fonte: ABETA, 2007
Ainda de acordo com o manual da ABETA (2009), para tratar os riscos, ou seja, programar o controle operacional devero priorizar as aes da seguinte
forma:
1. Aes para eliminar o risco.
2. Aes para reduzir a probabilidade.
3. Aes para reduzir as consequncias.
4. Aes para transferir o risco.
Uma maneira fcil de demonstrar e visualizar os riscos trazendo o conhecimento em segurana do trabalho para as atividades de aventura, utilizando
um mapa de risco adaptado.
Mapa topogrfico, de escala varivel, no qual se grava sinalizao sobre riscos especficos, definindo nveis de probabilidade de ocorrncia e de
intensidade de danos previstos. Mapa que tem por objetivo indicar os riscos de um ambiente de trabalho. Constitui-se uma planta do ambiente de trabalho,
na qual se indicam atravs de crculos coloridos os diversos tipos de riscos. Os crculos variam de tamanho, sendo tanto maior quanto maior a gravidade do
risco indicado (UFF, 2013).
No mapa de risco, os riscos so representados e indicados por crculos coloridos de trs tamanhos diferentes.
Figura 1. Mapa de gerenciamento de risco de atividade de rapel na Serra da Cantareira SP
Fonte: O Autor
Documentos oficiais sobre gesto de segurana nas atividades de aventura e turismo de aventura
Colocamos aqui os documentos relacionados com a gesto de segurana nas atividades de aventura, ligadas ao turismo de aventura.
Poltica Nacional do Turismo
Lei n 11.771, de 17 de setembro de 2008.
Dispe sobre a Poltica Nacional de Turismo, define as atribuies do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e
estmulo ao setor turstico; revoga a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de
1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de maro de 1991; e d outras providncias.
Decreto n 7.381, de 2 de dezembro de 2010
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Regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispe sobre a Poltica Nacional de Turismo, define as
atribuies do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estmulo ao setor turstico, e d outras providncias.
Art. 34. Devero as agncias de turismo que comercializem servios tursticos de aventura:
I - dispor de condutores de turismo conforme normas tcnicas oficiais, dotados de conhecimentos necessrios, com o intuito de
proporcionar segurana e conforto aos clientes;
II - dispor de sistema de gesto de segurana implementado, conforme normas tcnicas oficiais, adotadas em mbito nacional;
III - oferecer seguro facultativo que cubra as atividades de aventura;
IV - dispor de termo de conhecimento com as condies de uso dos equipamentos, alertando o consumidor sobre medidas
necessrias de segurana e respeito ao meio ambiente e as conseqncias legais de sua no observao;
V - dispor de termo de responsabilidade informando os riscos da viagem ou atividade e precaues necessrias para diminu-los,
bem como sobre a forma de utilizao dos utenslios e instrumentos para prestao de primeiros socorros; e
VI - dispor de termo de cincia pelo contratante, em conformidade com disposies de normas tcnicas oficiais, que verse sobre
as preparaes necessrias viagem ou passeio oferecido.
Normalizao do Turismo - Associao Brasileira de Normas Tcnicas
Atualmente existem 17 normas publicadas relacionadas ao Turismo de Aventura, como se encontra na tabela abaixo:
Nmero/ Norma
Data
Publicao
ABNT NBR 15501:2011 (Turismo de aventura Tcnicas verticais Requisitos para produto)
16/03/2011
ABNT NBR 15502:2011 (Turismo de aventura Tcnicas verticais Procedimentos)
16/03/2011
ABNT NBR 15508-1:2011 (Turismo de aventura Parque de arvorismo)
03/03/2011
ABNT NBR 15508-2:2011 (Turismo de aventura Parque de arvorismo)
03/03/2011
ABNT NBR 15503:2008 (Turismo de aventura - Espeleoturismo de aventura - Requisitos para produto)
16/06/2008
ABNT NBR 15500:2007 (Turismo de aventura - Terminologia)
10/09/2007
ABNT NBR 15453:2006 (Turismo de aventura - Turismo fora-de-estrada em veculos 4x4 ou bugues - Requisitos para produto)
29/12/2006
ABNT NBR 15400:2006 (Turismo de aventura - Condutores de canionismo e cachoeirismo - Competncia de pessoal)
11/12/2006
ABNT NBR 15399:2006 (Turismo de aventura - Condutores de espeleoturismo de aventura - Competncias de pessoal)
30/10/2006
ABNT NBR 15397:2006 (Turismo de aventura - Condutores de montanhismo e de escalada - Competncia de pessoal)
25/09/2006
ABNT NBR 15398:2006 (Turismo de aventura - Condutores de caminhada de longo curso - Competncias de pessoal)
25/09/2006
ABNT NBR 15383:2006 (Turismo de aventura - Condutores de turismo fora-de-estrada em veculos 4x4 ou bugues - Competncias de pessoal) 24/07/2006
ABNT NBR 15370:2006 (Turismo de aventura - Condutores de rafting - Competncias de pessoal)
31/05/2006
ABNT NBR 15334:2006 (Turismo de aventura - Sistema de gesto da segurana - Requisitos de competncias para auditores)
30/04/2006
ABNT NBR 15331:2005 (Turismo de aventura - Sistema de gesto da segurana - Requisitos)
30/12/2005
ABNT NBR 15285:2005 (Turismo de aventura - Condutores - Competncia de pessoal)
31/10/2005
ABNT NBR 15286:2005 (Turismo de aventura - Informaes mnimas preliminares a clientes)
31/10/2005
Como consta no site da ABNT: O Ministrio do Turismo (MTur) e a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) firmaram um contrato
que possibilita, aps breve cadastro, visualizar e imprimir as normas brasileiras publicadas no mbito do Comit Brasileiro de Turismo
(ABNT/CB-54). Sendo assim as normas esto disponveis aos interessados que desejem um maior aprofundamento no assunto.
Consideraes finais
Tendo em vista que todas as atividades de aventura sejam as classificadas como esporte ou turismo envolvem risco aos praticantes e que este risco deve
ser controlado, os profissionais devem receber treinamento adequado e ento ficarem atentos s normas de segurana vigentes para todas as atividades e
aplic-las sempre no sentido de minimizar tais riscos proporcionando aos praticantes uma atividade prazerosa em que todos vivenciem experincias nicas e
inesquecveis nas atividades de aventura, sejam elas na natureza ou urbanas.
Com isso, sistemas de gesto de segurana so essenciais para minimizar os riscos das atividades de aventura desde que sejam implantados
corretamente em todas as suas etapas, inclusive as previstas na lei da poltica nacional do turismo que podem ser implantados seguindo os exemplos
citados no texto.
Cursos de aperfeioamento devem ser criados por rgos do governo ligados ao turismo de aventura de forma gratuita ou a custos acessveis para que,
se no todos, mas a maioria dos profissionais do setor possa estar capacitada no tema.
Aos praticantes, estes devem solicitar informaes aos instrutores e supervisores para que possam ter o conhecimento sobre o gerenciamento de risco
das atividades de aventura que estaro praticando, para que possam garantir em primeiro lugar a prpria segurana e tambm a dos outros praticantes,
para que no ocorram acidentes tornado essa prtica cada vez mais prazerosa e que tenham cada vez mais adeptos.
Bibliografia
ABETA e MTUR (2009) Manual de boas prticas de sistema de gesto da segurana / ABETA e Ministrio do Turismo. Belo Horizonte: Ed. dos
autores, 106p.
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ABETA (2007) Programa Aventura Segura. Apostila do Curso de Sistema de Gesto de Segurana. ABETA e Ministrio do Turismo.
ABNT NBR 15331 (2005) Turismo de Aventura Sistema de Gesto da Segurana Requisitos ABNT.
Betrn, Javier (2003) Rumo a um novo conceito de cio ativo e turismo na Espanha: atividades fsicas de aventura na natureza. In: A. Marinho e H.
Bruhns. Turismo, lazer e natureza. Barueri: Manole. p.157-202.
Le Breton, D. (2011) Dos jogos de morte ao jogo de viver na montanha: Sobre o alpinismo solitrio. In D.W. Pereira et al. Entre o urbano e a
natureza: a incluso na aventura. So Paulo: Lxia.
MTUR (2005) Regulamentao, normatizao e certificao em turismo de aventura. Relatrio Diagnstico. Braslia, Ministrio do Turismo.
Pimentel, G.G.A. (2010) Percepo dos riscos, condicionamento corporal e interaes sociais no vo livre. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 31,
n. 2, p. 45-59, janeiro.
Poltica Nacional do Turismo. LEI N 11.771, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008. Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010
/2008/lei/l11771.htm. Acesso em 02 de Abril de 2014.
Richard, V.L., Alamino, W. R. e Simes, M. A. F. (2007) Gerenciamento de Riscos em Programas de Aventura. Revista Turismo em Anlise, v. 18, n.
1, p. 94-108- Maio.
Spink, M.J. e Spink, S.P.P. (2009) Aventura esportiva na modernidade tardia. In: C.A.G. Dias e E.D. Alves Junior (Orgs.). Em busca da aventura:
mltiplos olhares sobre esporte, lazer e natureza. Niteri: EDUFF.
Terminology of disaster risk reduction. United Nations International Strategy for Disaster Reduction, 2009. Disponvel em: http://www.unisdr.org
/we/inform/terminology. Acesso em 18 de Maro de 2014.
Universidade Federal Fluminense. Como elaborar um mapa de risco. Disponvel em http://www.uff.br/enfermagemdotrabalho/mapaderisco.htm.
Acesso em 10/03/2013.
Vidal, A.P.R.M. (2011) A segurana nas atividades de ar livre e de aventura. Dissertao de Mestrado, ULHT Lisboa-PT.
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EFDeportes.com, Revista Digital Ao 21 N 215 | Buenos Aires, Abril de 2016
Lecturas: Educacin Fsica y Deportes - ISSN 1514-3465 - 1997-2016 Derechos reservados
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