GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
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PARECER NICO N 1779780/2013 (SIAM)
INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAO:
Licenciamento Ambiental 00043/1984/015/2011 Sugesto pelo Deferimento
FASE DO LICENCIAMENTO: Licena de Operao Corretiva LOC VALIDADE DA LICENA: 04 anos
PROCESSOS VINCULADOS CONCLUDOS PA COPAM: SITUAO:
Outorga 14273/2012 Autorizada
Outorga 17000/2011 Autorizada
EMPREENDEDOR: Galvani Indstria, Comrcio e Servios S/A. CNPJ: 00.546.997/0002-60
EMPREENDIMENTO: Galvani Indstria, Comrcio e Servios S/A. CNPJ: 00.546.997/0002-60
MUNICPIO: Lagamar- MG ZONA: Rural
COORDENADAS GEOGRFICA
LAT/Y 18 16 40,8 LONG/X 46 51 24,2
(DATUM): WGS 84
LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAO:
INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTVEL x NO
NOME:
BACIA FEDERAL: Rio So Francisco BACIA ESTADUAL: Rio Paranaba
UPGRH: PN1 SUB-BACIA: Rio Paranaba
CDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSES
A-02-08-9 Lavra Cu Aberto com tratamento mido minerais no metlico. 6
A-05-01-0 Unidade de Tratamento de Minerais. 6
A-05-02-9 Obras de Infra-estrutura (ptio de resduos, produtos e oficinas). 3
A-05-03-7 Barragem de Conteno de Rejeitos/Resduos. 3
A-05-04-5 Pilhas de Rejeito/estril. 6
A-05-05-3 Estradas para transportes de minerais/estril. 1
RESPONSVEIS TCNICOS: REGISTRO:
Francisco Borges Neto CREA-MG 17676/D
Atlia Cristina Costa Dourado CREA-BA 23922/D
Roberto Eustquio Silva Pedrosa CREA-MG 82.090/D
Roberta Reis Novaes CREA-BA 53905/D
Juarez Machado de Carvalho CREA-BA 11940/D
Reinaldo Jorge Alves Torres CREA-MG 79204/D
Jos Pereira de Oliveira Jnior (tcnico em Meio Ambiente) CREA-MG 5319269
Daniel Caixeta Morais CREA-MG 45078/D
Dalecio Takenami CREA-MG 17031/D
Joo Csar Cardoso do Carmo CREA-MG 29184/D
Dacio Jos Cambraia CRBIO 030433/04-D
Joo Carlos Moreira Gomes CREA-SP 37297/D
Graciele Isterfania B. Gasparoni Costa CRBIO 049728/04-D
Joo Csar Cardoso do Carmo CREA-MG 29184/D
Rodrigo Correia Caixeta (Administrador de Empresa) 5326993
Roosevelt da Silva Gomes (Tcnico Metalrgico) CREA-MG 5315330
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RELATRIO DE VISTORIA: 029/2012 DATA: 25/05/2012
EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRCULA ASSINATURA
Nilson Alexandre Garcia
1180559-5 Original Assinado
Analista Ambiental
Adriana de Jesus Felipe
1251146-5 Original Assinado
Analista Ambiental
Ledi Maria G. Oppelt
365472-0 Original Assinado
Analista Ambiental
Elzivaldo Oliveira Santos e Silva
82865-6 Original Assinado
Analista Ambiental de Formao Jurdica
De acordo: Ricardo Barreto Silva
1148399-7 Original Assinado
Diretor Regional de Apoio Tcnico
De acordo: Rodrigo Teixeira de Oliveira
1138311-4 Original Assinado
Diretor de Controle Processual
1. Introduo
O empreendedor Galvani Indstria, Comrcio e Servios Ltda, localizada no municpio de
Lagamar MG teve sua Licena Ambiental de Operao analisada pela FEAM e posteriormente o
certificado da Licena Ambiental de Operao n688 concedido na Cmara de Atividades Minerrias
do COPAM em 27 de outubro de 2005 e com vencimento em 27 de outubro de 2009. Em 19/06/2009
a empresa entrou com o processo de Revalidao de Licena de Operao REVLO junto
SUPRAMNOR e em 07/04/2011 o processo de Revalidao foi arquivado por no apresentao de
informaes complementares.
O empreendedor em questo requereu junto a SUPRAM NOR nova Licena de Operao
Corretiva, atravs do preenchimento do FCEI, e consequente obteno do FOBI em 12/04/2011.
Em 07/11/2011 foi formalizado o processo de licenciamento na SUPRAM NOR. Foi realizada
vistoria em 25/05/2012.
Os estudos apresentados no novo processo de licenciamento em questo englobaram Estudo
de Impacto Ambiental (EIA), Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA) e Plano de Controle Ambiental
(PCA), Relatrio de Controle Ambiental (RCA), juntamente com as informaes e esclarecimentos
complementares apresentados posteriormente.
O pedido de audincia pblica foi solicitado pelo Ministrio Pblico do Estado de Minas Gerais
nos termos da Deliberao Normativa COPAM n12/1994 e protocolado junto a SUPRAMNOR no dia
17/04/2012.
A audincia pblica foi realizada no dia 29/05/2012, s 19:00h na Cmara Municipal de
Lagamar MG.
Em 22 de outubro de 2010 a empresa Galvani foi Autuada atravs do Auto de Infrao FEAM
n008281/2010, por descumprir a Deliberao Normativa COPAM n 117 de 2008, ao deixar de
encaminhar eletronicamente o Inventrio de Resduos Minerrios, ano base 2009.
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Em 27 de junho de 2011 a Empresa Galvani foi novamente Autuada atravs do Auto de
Infrao SUPRAMNOR n 67803/2011, pelo fato da empresa estar operando as atividades de lavra a
cu aberto com o beneficiamento de fosfato sem a devida licena de operao, onde houve
suspenso das atividades e posteriormente assinado um Termo de Ajustamento de Conduta TAC
para adequaes do Empreendimento.
2. Caracterizao do Empreendimento
O empreendimento Galvani Indstria, Comrcio e Servios Ltda., est inserido na regio
Noroeste, microrregio do chapado do Paracatu, em meio zona dos cerrados mineiros. Localiza-
se na Fazenda das Almas, distrito de Lagoa dos Peixes, municpio de Lagamar MG.
A rea de propriedade da Galvani de 689,24 ha, pertencentes s matrculas de n 16. 940,
n4. 219 e n17430 sendo que a Galvani possui um contrato de arrendamento de 50 ha dentro da
matrcula de n6.347, que tem rea total de 258,0773 ha, perfazendo um total de rea da til da
Galvani de 739,24 ha.
A Minerao de fosfato est localizada aproximadamente 20 km a sudoeste da cidade de
Lagamar, regio noroeste de Minas Gerais sob as coordenadas geogrficas so: Latitude de
181640,8 S e longitude de 465124,2 O. Os principais municpios limtrofes a Lagamar so:
Patos de Minas, Vazante, Presidente Olegrio e Lagoa Grande.
As atividades desenvolvidas na Galvani, Unidade Lagamar incluem: Lavra Cu Aberto com
tratamento mido (minerais no metlicos), Unidade de Tratamento de Minerais, Obras de
Infraestrutura (ptio de resduos, produtos e oficinas), Barragem de Conteno de Rejeitos/Resduos,
Pilhas de Rejeito/estril e Estradas para transportes de minerais/estril.
A poligonal requerida junto ao DNPM sob o n 815072/1978, para lavra de fosfato abrange
uma rea de 1620 hectares, com os vrtices descritos abaixo.
Latitude Longitude
-1816'08''945 -4651'25''363
-1814'44''380 -4651'25''363
-1814'44''372 -4649'43''243
-1816'08''937 -4649'43''229
-1816'08''941 -4650'10''465
-1817'27''001 -4650'10''456
-1817'27''003 -4652'09''627
-1816'08''943 -4652'09''621
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Figura 1: Poligonal do DNPM do Empreendimento.
Figura 2: rea do Empreendimento e configurao da poligonal do DNPM.
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2.1 Descrio das Atividades principais
As atividades desenvolvidas pela Galvani na Unidade Mineradora de Lagamar UML incluem
a lavra de rocha fosftica localizada no depsito mineral denominado Corpo C, o transporte do
minrio e tambm o seu beneficiamento mineral.
O minrio lavrado do depsito denominado Corpo C que constitudo essencialmente por
Filossilicatos (Muscovita, illita e caolinita), Apatita, Quartzo e Wavelita (fosfato de alumnio). O
mtodo de lavra utilizado a explorao a cu aberto, em cava e por bancadas, com desmonte
mecnico, carregamento por retroescavadeira e transporte por caminhes convencionais trucados.
Como esta atividade j realizada h mais de 20 anos e no h nenhuma previso de
expanso da estrutura existente. Estima-se uma vida til de operao de aproximadamente 10 anos,
portanto sero abordados os aspectos de impactos relativos s estruturas e espaos considerados
diretamente afetados para:
Lavra a cu aberto;
Disposio e deposio do estril;
Transporte do minrio at a planta;
Beneficiamento do minrio;
Barragem de rejeitos.
Lavra a cu aberto
A atividade lavra a cu aberto est restrita aos trabalhos de explorao da cava
denominada Corpo C e corresponde a uma produo bruta de 1.900.000 toneladas por ano.
O mtodo de lavra desenvolve-se em bancadas sucessivas e descendentes com bancos que
possuem 10 metros de altura e praa de 05 metros com inclinao de face de 60. Atualmente o
avano est sendo feito no sentido nordeste com contnuo aprofundamento da cava.
A profundidade mxima 75 metros na parte mais baixa que se encontra desativada. A gua
aflora na poro sudoeste da cava onde ocorre o rebaixamento atravs de bombeamento por cerca
de 3 horas/dia com vazes aproximada de 450 m/dia. O processo de outorga 17000/2011 foi
apreciado na 37a Reunio da Cmara de Instrumentos de Gesto CTIG e o Conselho aprovou tal
interveno com as devidas condicionantes.
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Figura 3: Vista parcial da Lavra Cu Aberto.
Pilhas de rejeito/estril
A atividade de minerao implica na escavao de grandes volumes de solo/material rochoso
com gerao de considerveis volumes de estril causando significativo impacto visual, com
alteraes nas feies topogrficas.
A disposio do estril tambm feita de forma controlada em pilhas compactadas, taludadas
e drenadas nas imediaes da rea de minerao. Os taludes tm alturas de 10 metros, bermas de
20 metros e inclinao de 45. Todo o material depositado em pilhas, basculado por caminho e
terraplanado com tratores. A base inicial do depsito se estende at as proximidades dos limites da
propriedade no afetando sua estabilidade.
Posteriormente, pelo trfego de caminhes e tratores ocorrer a compactao e consequente
reduo de transporte de sedimento ou erodibilidade dos taludes, aliado a isto ao mesmo tempo h
formao de bancadas e taludes o enclausuramento total com revegetao das reas de disposio
de estril. As superfcies compactadas tm inclinao de 5 no sentido oposto da crista do talude. O
ngulo de repouso dos taludes, alturas dos bancos e largura das bermas foram definidos de forma a
evitar a desestabilizao e desmoronamentos. A rea til das pilhas de estril de 77,72 hectares.
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Figura 4: Vista parcial da pilha de Rejeito/Estril.
Estrada para Transporte do minrio/estril
O percurso total da mina at o ptio de armazenamento do minrio de 5 km e o caminho
mais curto causando o menor impacto, pois busca um traado que leva em conta percorrer, de forma
segura, com velocidade baixa e em menor tempo de trnsito, passando por elevaes mnimas sem
declives acentuados e com diferenas altimtricas baixas. Sempre se d em cotas iguais ou pouco
distantes entre si passando por reas retilneas ao mximo e em locais onde no houve necessidade
de supresso de vegetao, nem escavaes para utilizao, afetando de forma pouco significativa o
solo. A construo da estrada foi planejada com canaletas de drenagem de forma a facilitar o
escoamento superficial sem remoo do solo ou com possibilidade de afetar as reas agricultveis
que circundam o percurso. A rea diretamente afetada apresenta uma largura mxima de 10 m
perpendicular s laterais ao longo de todo o trajeto. Como a estrada foi construda com largura de 12
m para permitir trnsito de veculos nos dois sentidos, tem-se ento 32 m em largura total de
influncia.
Localmente pode-se verificar um estado de excelente conservao da pista que obedece
rigorosamente a normas de construo. As guas, mesmo em grandes volumes de chuva, no
danificam nem transportam sedimentos s drenagens mais baixas, em volumes que possam ser
considerados danosos. A poeira gerada pelo trnsito de veculos ao longo da via de acesso planta,
afeta de forma pouco expressiva, apenas as laterais da rara vegetao marginal. A via exclusiva, no
permitir o acesso de terceiros. Para a minimizao da emisso de material particulado
permanentemente umectada com carros pipas.
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Figura 5: Vista parcial da Estrada para transporte de Minrio.
Infraestruturas, Unidade de Tratamento de Minerais (UTM) e Barragem de
conteno de rejeitos/resduos
As atividades de obras de infraestrutura, planta de tratamento de minrio e barragem de
rejeitos sero tratadas em conjunto por estarem interligadas. Abrangem um permetro de 5,70 km, ou
aproximadamente 150 ha, considerando as Cavas A e B.
Na planta de beneficiamento ocorrem os depsitos de minrio bruto na extremidade norte e
vizinha a cava B. J a planta de beneficiamento de minrio de fosfato localiza-se ao lado do escritrio
administrativo da empresa na Fazenda Almas.
Os equipamentos esto posicionados em 04 patamares topogrficos distintos.
No patamar superior (01), situado na poro central, est instalada a pilha de
homogeneizao do minrio. No patamar intermedirio (02), esto instaladas as unidades de
britagem, classificao e alimentao do circuito, alm da casa de fora.
No patamar intermedirio (03) existem 02 galpes que abrigam respectivamente a pilha
pulmo e a unidade de secagem com sua bateria de ciclones.
No lado oposto existe uma rea onde so mantidos estoques de eucaliptos, atualmente
utilizados como combustvel nas fornalhas do secador.
Finalmente, no patamar inferior (04), est localizado o galpo de estoque do produto
beneficiado e rea de carregamento e expedio do concentrado.
A infraestrutura de apoio composta por oficina mecnica, borracharia, tanque de leo diesel,
refeitrio, vestirios, escritrio, portaria, depsitos de sucatas e de embalagens, galpo de
estocagem de produto acabado, caixa separadora de gua, leo e lamas, fossa sptica e filtro
anaerbio e sistemas de drenagem e conteno de slidos carreados.
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O empreendimento conta com duas cavas exauridas, cavas A e B. A cava A serve como
bacia de acumulao da gua de chuva. A Cava B situada em patamar superior planta utilizada
como barragem de rejeitos interligada com a planta de beneficiamento, armazenando tambm gua
de recirculao para alimentao da planta em circuito fechado. Nesta barragem h a disposio do
resduo da flotao que tem como objetivo principal receber e reter os rejeitos em forma de polpa,
constitudos de slidos sedimentveis e coloidais, provenientes do beneficiamento do minrio, bem
como receber e acumular os sedimentos exgenos diversos, provenientes de desagregao por
ao de eroso hidrulica atuante na rea da bacia de contribuio. Outras funes envolvem
receber, acumular, clarificar e recircular as guas do processo de beneficiamento do minrio.
O volume anual de rejeitos gerado no processo de beneficiamento do minrio de rocha
fosftica estimado em 560.000 m possuindo as seguintes caractersticas:
Densidade dos gros (t/m).....................3,079
Densidade da polpa (t/m).......................1,054
Teor de slidos (%) .................................7,0
Densidade seca do rejeito (t/m)..............1,25
Anlise Granulomtrica: argila: 10,5% / silte: 46,5% / areia: 43,0% (fina: 33,7%, mdia: 9,1%,
grossa: 0,2%) / pedregulho: 0% / Classificao: Areia silto argilosa.
2.2 Estrutura da Barragem de Rejeitos:
A barragem do tipo homognea, de solo compactado, planejada para ser construda em 04
(quatro) etapas pelo mtodo de alteamentos de jusante, iniciando-se o start dam na elevao 806,0
e terminar na elevao 818,0.
O sistema extravasor projetado est localizado na ombreira direita e composto de:
Canal de aproximao de seo trapezoidal com lmina livre, sem revestimento, construdo
em cada etapa de alteamento, com capacidade de conduo de vazo relativa cheia
milenar. Para o macio na elevao 818,0, o canal ter soleira na elevao 817,0, 2m de
base inferior e taludes com inclinao 1H/1V a menos do trecho transversal ao coroamento
da barragem que dever ser conformado como passagem a vau com taludes com inclinao
mxima de 3H/1V;
Canal de extravaso de emergncia de seo trapezoidal com lmina livre, sem revestimento,
com 2m de base inferior e taludes com inclinao 1H/1V, declividade longitudinal varivel e
mxima de 5,5% e capacidade de conduo de vazo relativa cheia milenar.
As principais caractersticas da barragem aps a concluso da 4a etapa so descritas a seguir:
Elevao do coroamento (m) ........................................................................... 818,0
Elevao do N.A. mximo normal (m) .............................................................. 817,0
rea do espelho dgua na el. 817,0 (m) .................................................... 143.130
Volume total do reservatrio na el. 817,0 (m) .......................................... 1,85 106
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Volume de aterro (m) ...................................................................... ............. 48.840
Altura mxima (m) .............................................................................................. 20,0
Comprimento do coroamento (m) .................................................................... 712,0
Largura do coroamento (m) ................................................................................. 5,0
Largura das bermas (m) ...............................................................................varivel
Altura mxima entre bermas (m) ......................................................................... 7,0
Inclinao do talude entre bermas ................................................. 2,0H / 1V (26,6)
Inclinao geral do talude de jusante ............................................................... 26,6
Inclinao do talude de montante ................................................. 2,0H / 1V (26,6)
rea de contribuio (km) .......................................................................... .....0,178
Elevao atual considerada do N.A.: ............................................................ ~ 807,5
Vazo mxima admissvel do sistema extravasor (m/s) ................................... 0,22
Tomando por base os critrios de classificao das deliberaes normativas do COPAM n.62
(dez. 2002) e n87 (jun. 2005), a barragem pode ser enquadrada, por suas caractersticas, como
barragem de Classe I.
Figura 6: Vista parcial da Barragem de Rejeitos.
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2.3 Processo de obteno do fosfato:
Tratamento de Minrio
O tratamento consiste em retirar as impurezas contidas no mineral de interesse, impurezas
que no tem valor agregado.
Quase todos os minerais existentes e teis para o nosso consumo comeam com o mesmo
processo de concentrao e reduo de tamanho.
O primeiro passo quebrar as partculas visando individualizao das espcies minerais,
processo este que geralmente feito em vrias etapas, dependendo de sua resistncia a impacto e
cisalhamento. A esta resistncia d-se a nomenclatura de WI, work index.
Aps a etapa de reduo de tamanho, o mineral de interesse pode seguir para as diferentes
etapas de concentrao, variando de uma simples separao por catao ou por densidade, at
complexos sistemas de concentrao como a flotao e a hidrometalurgia.
Algumas etapas de tratamento do minrio sero descritas a seguir.
Britagem
O objetivo da britagem reduzir o tamanho dos blocos de minrio para ser possvel uma
homogeneizao confivel entre os materiais de diferentes frentes de lavra.
Homogeneizao
Homogeneizao tem como objetivo misturar os materiais provenientes das frentes de lavra
que geralmente apresentam teores diferenciados de minrio, para que as prximas etapas de
concentrao possam ter um controle sobre o material a ser processado.
Classificao por tamanho
A classificao granulomtrica visa fazer a separao por tamanho das partculas,
direcionando cada frao para uma etapa especfica, evitando assim que materiais que j esto em
tamanho ideal, passem novamente por moinho gerando excesso de finos.
Moagem
A moagem tem o objetivo de diminuir o tamanho das partculas visando individualizao das
espcies minerais.
O tamanho da partcula no qual ocorre a individualizao entre mineral minrio e ganga
denominado liberao, que prpria de cada mineral.
A moagem de materiais acontece com moinho rotativo e bolas metlicas.
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Deslamagem
A deslamagem tem o objetivo de retirar a lama gerada durante o processo de moagem.
Esta lama extremamente prejudicial etapa de condicionamento, pois alm dos teores
baixos, h uma rea de superfcie extensa, aumentando assim a quantidade de reagente a ser
utilizado nessa fase.
No todo mineral que necessita desta deslamagem, geralmente so os minerais mais
friveis que necessitam desse processo.
Condicionamento de Reagentes
O condicionamento visa estabelecer uma relao fsico-qumico entre minerais e reagentes.
A grande maioria dos minerais so hidroflicos, o que dificulta a separao das espcies
minerais atravs de processos com gua. Com o auxlio dos diferentes tipos de reagentes possvel
tornar um mineral que antes era hidroflico, em hidrofbico e isto fundamental para o processo de
flotao.
Partculas hidroflicas: So partculas que tem uma grande afinidade pela gua e por isso
tendem a ficar submersas na gua.
Partculas hidrofbicas: So partculas que no tem afinidade com a gua e por isso tendem a
sair de uma soluo aquosa.
Flotao
A flotao tem como objetivo separar as partculas do mineral de interesse dos demais
minerais atravs de um processo fsico-qumico.
Atualmente a flotao um processo de concentrao dos mais utilizados na indstria
mineral, e se baseia na separao seletiva dos constituintes atravs da diferena entre as
propriedades de superfcie das substncias minerais contidas no minrio e previamente liberadas.
Secagem
O processo de secagem feito com secador rotativo, tendo a gerao de calor a partir da
queima de lenha de eucalipto e/ou pinus (toras) alimentado manualmente na fornalha.
A Galvani, unidade de Lagamar MG, extrai minrio fosfatado atravs do beneficiamento e
concentrao do teor de fsforo (P2O5). Aps secagem o material transportado para outra unidade
em Paulnia SP, onde passar pelo processo de quimificao e granulao, resultando no Super
Simples, de forma que o fosfato fique disponvel para aplicao no solo.
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Figura 7: Fluxograma do Processo produtivo.
3. Caracterizao Ambiental
A regio de Lagamar-MG, onde se situa o empreendimento, com base nos dados da estao
climatolgica de Patos de Minas, encontra-se em uma faixa de transio entre os climas quentes das
latitudes baixas e os climas frios das latitudes mdias. Segundo a classificao de Kppen, o clima
predominante da regio enquadra-se no tipo Aw, clima tropical chuvoso, com inverno seco, onde a
temperatura mdia do ms mais quente superior a 22C, comportando seis meses com
precipitao, em mdia, inferior a 60 mm.
Os dados anuais de temperatura caracterizam a zona climtica mesotrmica, j que a
temperatura mdia compensada do ms mais frio inferior a 18 e a temperatura mdia
compensada do ms mais quente superior a 22 C.
A precipitao pluviomtrica um fato positivo para Lagamar. Na srie histrica analisada
verifica-se que as chuvas ocorrem, referencialmente, nos meses de outubro a maro (mdias
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mensais variando entre 158 a 297 mm), com maior incidncia pluviomtrica em novembro, dezembro
e janeiro. Por outro lado, no intervalo compreendido entre os meses de abril a setembro esse ndice
apresenta valores inferiores a 80 mm, com queda acentuada no perodo de junho a agosto, com
valores inferiores a 15 mm.
rea de Influncia
A rea de influncia de um empreendimento abrange todo o espao susceptvel s suas
aes diretas e indiretas.
A adequada delimitao das reas de influncia de um empreendimento permite definir o
referencial espacial para o levantamento e anlise de informaes que conduziro caracterizao
do contexto dos meios fsico, bitico e socioeconmico da regio antes das obras e, a partir desse
diagnstico, localizar territorialmente onde ocorrero as interferncias positivas e negativas de sua
operao.
rea de Influncia Direta (AID)
Para definio desta rea ficou estabelecido o contorno envolvendo a sede Lagamar
englobando todas as residncias do seu entorno e seguir em direo planta pela MG-83 colocando
como limite mximo de influncia uma distncia de 30 metros perpendicular mesma para ambos os
lados e a partir do eixo da estrada. Para a vizinhana da planta, determinou-se tambm um contorno
que englobasse todas as propriedades rurais imediatamente contguas propriedade da Galvani
sendo que estas reas formaram um polgono, com uma rea total de 237,78 hectares.
rea de Influncia Indireta (AII)
Ficou estabelecido um limite especfico com base na influncia, apenas para o meio
socioeconmico, sendo o povoado de Pilar, pertencente ao municpio de Patos de Minas, envolvido
em sua totalidade. Esta escolha se deu atravs da percepo e leitura de entrevistas realizadas no
povoado em que existem 13 (treze) pessoas que trabalham na empresa Bechara, terceirizada para
lavra e transporte do minrio at a planta, e nenhum funcionrio diretamente contratado pela Galvani.
O contorno circular foi utilizado, limitando o espao ocupado pelo povoado, com rea total de 27,65
hectares.
rea Diretamente Afetada (ADA)
Na definio da ADA ficou estabelecido o critrio de incluir as vizinhanas imediatamente
contguas s operaes da Galvani com as percepes atravs de entrevistas. Na lavra a cu aberto,
deposio e disposio de estril, ou ADA CAVA C, os limites obedeceram ao critrio da proximidade
e limites de cercas, compreendendo uma rea total de 88,01 hectares. Foram estabelecidas tambm
a chamada ADA UTM, correspondente vizinhana da planta de tratamento do minrio, barragem de
rejeito, captao de gua do Rio Paranaba e reas administrativas; a ADA UTM com uma rea total
de 102,23 hectares e por fim, a vizinhana da estrada e no percurso por onde se transporta o minrio
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da cava C at a planta, e a ADA ESTRADA, com rea total de 7,74 hectares. Estas trs reas esto
destacadas com poligonais distintas que se interligam, cava C, planta e estrada. A rea diretamente
afetada ou ADA geral compreende uma rea total de 198,08 hectares.
3.1 Sntese geolgica
O empreendimento encontra-se inserido nos domnios Grupo Vazante que engloba
metassedimentos peliticos-dolomiticos de origem marinha, numa faixa de mais ou menos 250 km de
extenso, orientada segundo uma direo geral norte-sul, entre as cidades de Coromandel,
Lagamar, Vazante, Paracatu e Una.
A Formao Retiro constitui a base do Grupo Vazante sendo formada por camadas mtricas
de quartzito branco localmente conglomertico intercalados com nveis pelticos ardosianos. Nos
vales dos rios Santo Incio e Antnio Bonito ocorrem camadas de diamictito com clastos de quartzito,
calcrio, dolomito, siltito e granitides, com matriz essencialmente peltica, localmente fosfatada.
A Formao Rocinha composta por uma sequncia rtmica arenosa e peltica em sua base,
um espesso pacote de ardsias e metassitiltos intercalados e no topo ocorre uma camada de
fosfarenitos, que compe o depsito de fosfato de Lagamar.
A Formao Lagamar uma unidade psamtica-peltica carbontica, composta na base por
alternncias de conglomerados, quartzitos e ardsias. Sobrepostos a estes ocorrem brechas
dolomticas que passam para calcrios com laminaes e dolomitos estromatolticos que se
interdigitam com metassiltitos carbonticos e metapeltos ardosianos.
Os depsitos de fosfato de Rocinha e Lagamar esto inseridos na poro basal do Grupo
Vazante, na forma de fosfarenitos, fosforuditos e fosfoluditos, os quais so associados a ardsias
carbonosas e carbonticas. O principal mineral a fluorapatita resultante da lixiviao do CO2 do
carbonato-fluorapatita original, com a alterao supergnica ocorrendo o desenvolvimento de
apatitas ricas em alumnio e estrncio, do tipo wavelita.
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Figura 8: Sntese Geolgica do Empreendimento.
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