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Relatório 01 - Calibração de Medidores de Níveis de Pressão Sonora

1) O documento descreve os procedimentos para calibrar medidores de nível de pressão sonora e determinar o número mínimo de amostras para análises acústicas. 2) Foram realizadas medições de ruído em 6 pontos de uma sala e calculada a variabilidade espacial e temporal. 3) Usando a variabilidade dos dados e um erro máximo de 1,5dB, calculou-se que uma amostra é suficiente para o ponto P1.
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1) O documento descreve os procedimentos para calibrar medidores de nível de pressão sonora e determinar o número mínimo de amostras para análises acústicas. 2) Foram realizadas medições de ruído em 6 pontos de uma sala e calculada a variabilidade espacial e temporal. 3) Usando a variabilidade dos dados e um erro máximo de 1,5dB, calculou-se que uma amostra é suficiente para o ponto P1.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING - UEM

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - DEC

CALIBRAO DE MEDIDORES DE NVEL DE


PRESSO SONORA E DETERMINAO DO
NMERO MNIMO DE AMOSTRAS PARA
ANLISES

Acadmicos:

Dbora Ribeiro Bizolla RA: 89904


Eugnio Marconi Zago Jnior RA: 82150
Maurcio Simes RA: 79984
Rodrigo Akira Urano RA: 67710

Disciplina: Laboratrio de Conforto Ambiental (2587) - Turma 2

Maring, 26 de Abril de 2017


1. OBJETIVOS

Compreender os passos para a determinao do Nmero Mnimo de Amostras, com


relao frequncia espacial e frequncia temporal, e a importncia de calibrar o
aparelho.

2. FUNDAMENTAO TERICA

Pesquisas Amostrais

Nas pesquisas cientficas em que se quer conhecer algumas caractersticas de


uma populao, tambm muito comum se observar apenas uma amostra de seus
elementos e, a partir dos resultados dessa amostra, obter valores aproximados ou
estimativas para as caractersticas populacionais de interesse. Este tipo de pesquisa
usualmente chamado de levantamento por amostragem.

Num levantamento por amostragem, a seleo dos elementos que sero


observados, deve ser feita sob uma metodologia adequada, de tal forma que os
resultados da amostra sejam informativos para avaliar caractersticas de toda a
populao.

Para amostras estatsticas, medida que o nvel de confiana cresce, o intervalo


de confiana se alarga. Mas, medida que o intervalo de confiana se alarga, a preciso
da estimativa diminui.

Uma forma de aumentar a preciso de uma estimativa sem a reduo do nvel de


confiana ampliar o tamanho da amostra.

O clculo do tamanho da amostra dado pela equao abaixo:

n= [ ]
t Sx
e

(Equao 1 Equao fornecida em sala de aula)

Sendo:

t = fator de distribuio de Student;


s = estimativa do desvio padro da caracterstica medida;

e = erro ou incerteza admitida.

Conforto Acstico

O conforto acstico pode ser visto como um conceito de carter subjetivo,


porm, cada vez mais, procura-se traduzir essa subjetividade em parmetros de carter
objetivo, mensurveis. De uma forma ou de outra, o conforto acstico tem sido cada vez
mais exigido por proprietrios ou usurios de edificaes. Talvez a maioria da
populao no saiba como avaliar esse conforto, mas a sua ausncia est cada vez mais
perceptvel e, por isso, a exigncia de morar ou trabalhar em ambientes acusticamente
confortveis est se tornando cada vez mais frequente.

Os rudos elevados tendem a prejudicar as tarefas que exigem concentrao


mental e principalmente as tarefas que exigem ateno, velocidade e preciso de
movimentos. Os resultados tendem a piorar tambm com o aumento do tempo de
exposio ao rudo. Para trabalhos com exigncia de concentrao mental o nvel mdio
de rudo no deve ultrapassar 65 dB.

O rudo produzido deve ser avaliado, atravs do nvel de rudo ambiente, ou seja,
cada recinto tem um nvel apropriado. A tabela 1 apresenta alguns recintos com suas
faixas de nvel de rudo ambiente. O atendimento norma NBR 10152/1987, garante o
desempenho mnimo de aceitao de nvel de rudo para cada ambiente interno descrito.

Tabela 1- Intervalos apropriados para o Nvel de Rudo Ambiente, Lra, em dBA, num
recinto de edificao conforme a finalidade mais caracterstica de utilizao desse recinto.
Reproduo parcial.
Tipo de Recinto Nvel de Rudo Ambiente, Lra,em
dBa
Auditrio para palestras (sem ocupao) 30-40
Auditrio (outros/sem ocupao) 25-35
Escritrios para projeto 40-50
Escritrios privativos (sem ocupao) 35-45
Escritrios de atividades diversas 45-55
Salas de aula (sem ocupao) 35-45
Salas de espera 40-50
Salas de reunio 30-40
Salas de computadores 45-60

A avaliao do nvel de rudo produzido realizada pelo medidor de nveis


sonoros. Um aparelho que se encontra disponvel comercialmente. Este instrumento
imprescindvel para a avaliao tcnica pelos profissionais de segurana do trabalho na
especificao e determinao dos nveis aceitveis de rudo do ambiente. Porm o
desafio maior obter uma resposta de frequncia plana e fazer a calibrao que permita
uma leitura confivel em decibis.

Para realizar a calibrao do aparelho, utiliza-se o calibrador acstico para


decibelmetro e dosmetro Impac IP-100 que tem a possibilidade de gerar dois valores
distintos de presso sonora, 114 dB como 94 dB com preciso de 0,5 dB de acordo
com a norma IEC 60942 classe 2. A durabilidade do equipamento em torno de 1 a 2
anos.

Figura 1: Decibilmetro Minipa MSL-1325.

O ouvido humano tem a capacidade de audio ampla na faixa audvel


percebendo variao na intensidade do som de 10-12 W/m. Como a diferena entre
esses valores muito grande, por questes prticas usa-se ento uma escala logartmica.
O decibel (dB) definido como uma relao logartmica entre grandezas. Quando a
grandeza estudada a presso, denominamos de nvel de presso sonora (NPS) a
relao:

NPS = 10 log (P/Pref)

Sendo:

Pref: definido como a presso sonora mnima percebida pelo ouvido humano a 1
kHz, e vale 2 x 105 Pa.

A seguir temos a equao da variabilidade espacial, utilizada p

N AMI . A i . i
esp = i =1
N AMI . A total

(Equao 02 - Equao fornecida em sala de aula)

3.MATERIAIS E MTODOS

3.1. Materiais

Para o experimento foram utilizados dois equipamentos, um de aferio e um de


calibrao, apresentados abaixo:

Decibelmetro
Equipamento utilizado para aferio de nveis sonoros. Este, especificamente,
tem a capacidade de leitura na faixa de 40dB a 130dB em frequncias entre 125Hz e
8kHz.

Calibrador Acstico para decibelmetro, modelo POL-09B

Equipamento utilizado para calibrao do Decibelmetro, atravs da emisso de


um nvel sonoro caracterstico. No caso deste aparelho, que semelhante ao utilizado
em sala, a definio de emisso sonora de 94 dB a 114 dB.

3.2. Metodologia

Para iniciar os procedimentos de aferio, foi realizada a calibrao


do equipamento medidor, atravs da insero do microfone do
decibelmetro na abertura do calibrador. A partir da emisso pr-definida, foi
feita a conferncia de leitura e ento o registro do valor obtido. O mesmo
procedimento foi feito ao final do experimento tambm, para garantir que
no houve danificao ou alterao da capacidade de aferio do
equipamento.

Aps a calibrao, foi feita a organizao espacial dos pontos de


aferio, dividindo a sala em seis regies de rea equivalente, e
estabelecendo o ponto central de cada uma dessas reas. A partir destes
pontos, foram realizadas ento as medies em cada um deles, tomando o
cuidado de ficar na sala somente os participantes de cada grupo, para que
todo o rudo aleatrio fosse evitado. Alm do mximo silncio solicitado,
teve-se que tomar o cuidado de apontar o aparelho sempre ao centro da
sala, elevando-o a aproximadamente 1,20m de altura e sempre distanciado
de pelo menos 1,0m da parede, para evitar a leitura dos rudos refletidos.

A distribuio espacial dos pontos foi aproximadamente o que est


apresentado na figura abaixo:
4.Resultados

As leituras do nvel de rudo nas 6 regies da sala foram obtidos os valores


correspondentes ao da Tabela 2.

Tabela Valores lidos no equipamento [NIS (dBA)]


P1 P2 P3 P4 P5 P6
60,2 59,9 59,6 60,1 59,8 59,8
60,3 59,3 59,5 59,3 59,8 60,6
59,9 59,2 59,9 59,4 59,5 60,3

1 1 1 1 1 1
esp=
( 0,21 x 3 x +0,38 x 3 x +0,21 x 3 x +0,44 x 3 x + 0,17 x 3 x + 0,40 x 3 x )
6 6 6 6 6 6 =
18

0,0502
Tabela Variabilidade Temporal nos pontos analisados

rea de
Ponto Dados
Abrangncia
P1 0,21 3 1/6A
P2 0,38 3 1/6A
P3 0,21 3 1/6 A
P4 0,44 3 1/6 A
P5 0,17 3 1/6 A
P6 0,40 3 1/6 A
O calculo do Nmero Mnimo de Amostra (n.m.a) baseia-se nos resultados da Tabela 4 e
considerando um erro mximo de 1,5 dBA e confiabilidade de 95%.

P1:
2
n= [
1,644854 x 0,21
1,5 ]
=0,053 -> n=1

P2:
2
n= [
1,644854 x 0.38
1,5 ]
=0,173 ->n=1

P3
2
n= [
1,644854 x 0,21
1,5 ]
=0,053 -> n=1

P4:
2
n= [ 1,5 ]
1,644854 x 0,44
=0,23 -> n=1

P5:
2
n= [ 1,5 ]
1,644854 x 0,17
=0,034 -> n=1

P6:
2
n= [ 1,5 ]
1,644854 x 0,40
=0,19 -> n=1

Para a Anlise Espacial calculou-se um n.m.a igual a 1.


2
n=
[
1,644854 x 0,0502
1,5
=0,003
]
5.CONCLUSO

Segundo a NBR 10152/1987, o nvel de rudos para salas de aula, deve variar
entre 35 e 45 dB, e, os dados obtidos no ensaio mostram que, para as amostragens, os
valores foram ultrapassados. Isto se deve ao fato de que o ambiente no se encontrava
em condies favorveis. O rudo emitido pelos integrantes da equipe na hora do
experimento foi pouco e foi respeitado um intervalo de 10 segundos antes da medio
de cada rudo (para que os ltimos reflexos das ondas sonoras se dissipassem), mas
havia rudo do ventilador que estava em funcionamento e no corredor localizado
externamente sala de aula. O fato das janelas estarem abertas tambm tem que ser
levado em conta, ja que a quantidade de rudo maior.

A quantidade mnima de amostras foi respeitada para as analises de variabilidade


espacial. Alguns pontos, como por exemplo ponto 2, 4 e 6, possivelmente devido a estes
estarem localizados mais prximos s janelas, portas ou ventiladores, apresentaram
maiores valores de rudos acidentais. Os demais pontos no possuram maiores erros e
diferenas. Logo, nestes locais, o n.m.a foi maior.

J os desvios padres temporais, verificou-se que os valores encontrados esto


razoavelmente perto uns dos outros e que apenas o ponto 5 ficou abaixo dos demais. A
variabilidade espacial no pode ser considerada boa, tendo em vista que o bloco C67 no
dia do experimento no estava vazio, e os valores medidos foram superiores aos que
constam na norma. Logo, podemos concluir que no dia do ensaio, as condies de
conforto no foram atendidas.

6.REFERENCIAS

ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR


10152: Nveis de Rudo para Conforto Acstico. Rio de Janeiro, Dezembro,
Brasil,1987.

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