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Aula Sergius Gandolfi IBT-Sucessao Ecologica 20151

O documento discute a sucessão ecológica em florestas, apresentando: 1) A dinâmica da vegetação em florestas ao longo do tempo com a formação de capoeiras e capoeirões após abandono de áreas agricolas. 2) A importância de entender os comportamentos ecológicos de espécies florestais, como tolerância à sombra, para compreender a sucessão. 3) A classificação de espécies arbóreas em grupos ecológicos com base em fatores como germinação e crescimento à

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O documento discute a sucessão ecológica em florestas, apresentando: 1) A dinâmica da vegetação em florestas ao longo do tempo com a formação de capoeiras e capoeirões após abandono de áreas agricolas. 2) A importância de entender os comportamentos ecológicos de espécies florestais, como tolerância à sombra, para compreender a sucessão. 3) A classificação de espécies arbóreas em grupos ecológicos com base em fatores como germinação e crescimento à

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VI SIMPÓSIO DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA

NOVOS RUMOS E PERSPECTIVAS- 2015

Sucessão Ecológica

Dr. Sergius Gandolfi


Departamento de Ciências Biológicas - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Universidade de São Paulo
SUCESSÃO
ECOLÓGICA

DINÂMICA DA
VEGETAÇÃO DINÂMICA DE
CLAREIRAS
Escala Espacial
Escala Temporal
AGRICULTURA
de Corte e Queima

QUEIMA
FLORESTA

CAPOEIRA ROÇA

Abandono

Área recém queimada de


Floresta no Amapá
CAPOEIRÃO SUCESSÃO ECOLÓGICA – FENÔMENO:
SUBSTITUIÇÃO TEMPORAL DE
25 ANOS COMUNIDADES NUM DADO LOCAL AO
LONGO DO TEMPO

Áreas vizinhas a área recém CAPOEIRA


queimada (Amapá) 10 ANOS
2002
Sucessão Ecológica não depende apenas da
passagem do tempo, ela não é uma Fatalidade que
irá sempre ocorrer, pois ela depende de condições

2012
Sucessão Primária
Sucessão Primária - Aquela que se desenvolve em solos
recém formados, e como conseqüência é um local onde
antes não nasceu vegetação. Montanhas, terras baixas ,
praias, etc.
COMUNIDADE CLÍMAX
SUCESSÃO
ECOLÓGICA

Comunidades
intermediárias

Visão Comunidades
Tradicional Iniciais
Sucessão Ecológica
Processo: Ordenado, razoavelmente direcionado,
previsível, controlado pela comunidade (resultaria
das modificações do ambiente físico provocadas
pela comunidade) e convergente para o Clímax
(culmina num ecossistema estabilizado, com
propriedades homeostáticas)

Sucessão
As espécies florestais
apresentam diferentes
comportamentos
ecológicos que são
importantes para se
compreender a
Sucessão
Crescimento
rápido à
pleno sol

Pasto abandonado ~ 6 anos


CRESCIMENTO

LENTO MESMO

À PLENO SOL

2 metros ~10
ANOS
1700
1650
1600
1550
1500
Sub-Bosque
PPFD (µmol.m .s )

1450
-1

1400
1350
-2

1300
1250
1200
1150
1100
1050
1000
950
900

Luz na 850
800
750
700
650
600
550
07/07/94
500

floresta 450
400
350
300
250
200
06/10/94

150
100
50
0
930
948
1006
1024
1042
1100
1118
1136
1154
1212
1230
1248
1306
1324
1342
1400
1418
1436
1454
1512
1530
1548
1606
1624
1642
1700
HORA
-2 -1
FIGURA 44:Andamento diário da PPFD (µmol.m .s ) numa área de sub-bosque sob dossel perenifólio (sensor A3)
no dia 07/07/1994, quando não existiam árvores decíduas no dossel da área A e no dia 06/10/1994,
quando algumas árvores do dossel estavam decíduas.
Clareira
Abertura no dossel resultante da morte e queda de
parte de uma árvore, ou de uma ou mais árvores
inteiras

Luz na
floresta
Nc Bauhinia longifolia
Cl Esenbeckia grandiflora

Astronium graveolens

Cedrella fissilis

Si Jacaranda cuspidifolia

Pseudobombax grandiflorum

Croton floribundus

Jacaratia spinosa

Aegephila klotszchiana

Senna macranthera
Interior
Cecropia hololeuca
Clareira
Trema micrantha

Heliocarpus ameriacanus
% de
Urera baccifera Plântulas
Alosya virgata sobrevient
P
es
(SCARPA, 2002) 0 20 40 60 80 100
TOLERÂNTES À SOMBRA


30 dias...........

INTOLERÂNTES À SOMBRA
AGRUPANDO ESPÉCIES ARBÓREAS
FLORESTAIS DE ACORDO COM O SEU
COMPORTAMENTO ECOLÓGICO
BASEANDO-SE:

• NA GERMINAÇÃO A PLENO SOL OU SOMBRA


• NA TOLERÂNCIA DAS PLÂNTULAS À SOMBRA
• NA VELOCIDADE DE CRESCIMENTO A PLENO
SOL OU SOMBRA
• ETC.
Grupos Ecológicos
Floresta Estacional Semidecidual
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
Grupos Ecológicos ou Categorias
Sucessionais

P SI Cl

TOLERÂNCIA À DISPONIBILIDADE DE LUZ


Retornando
a discussão
sobre a
Sucessão
Sucessão
Ecológica

Visão Tradicional

• Trajetórias progressivas
• Uma Comunidade Final, a Comunidade Clímax
• Convergência Fisionômica, de Composição de
Espécies e de Estrutura
• Alta Previsibilidade
SUCESSÃO
ECOLÓGICA

DISTÚRBIOS
NATURAIS
Pequena
Importância
Visão
Tradicional
DISTÚRBIOS
NATURAIS e
ANTRÓPICOS

Algum evento discreto no tempo que cria


uma ruptura no ecossistema. comunidade ou
na estrutura da população, mudando os
recursos, a disponibilidade de substratos,
ou ambiente físico (eventos catastróficos
ou flutuação ambiental)
Distúrbio - Inundação
Distúrbios = Herbivoria maciça, etc.
CUESTA - Distúrbio / Escorregamento Natural
CUESTA
Distúrbio
Natural

Escorregamento
Natural

Serra de São Pedro


ESCORREGAMENTOS
Floresta Inicial
Estados Estacionários Estáveis

Trajetórias
Trajetória progressivas
regressiva
Sucessão
Ecológica

Visão
Contemporânea

• Várias trajetórias possíveis


• Trajetórias progressivas ou retrogressivas
• Estágios estacionários estáveis
• Várias Comunidades Finais possíveis (Clímaces)
• Convergência Fisionômica, mas NÃO necessariamente
de Composição de Espécies e de Estrutura

• Baixa Previsibilidade
SUCESSÃO
ECOLÓGICA

DISTÚRBIOS
NATURAIS
Grande
Importância
Visão
Contemporânea
Sucessão Ecológica

Visão Tradicional

Visão
Contemporânea
O CLIMA, O SOLO
DISTÚRBIO INICIAL,
HISTÓRICO DE USO DA TERRA,
FRAGMENTAÇÃO DA PAISAGEM
AFETAM
•A OCORRÊNCIA
•os PADRÕES de COMPOSIÇÃO
e ESTRUTURA
•A TAXA DE MUDANÇA, ETC...
DA SUCESSÃO SECUNDÁRIA
SUCESSÃO SECUNDÁRIA
Presença ou ausência de uma
comunidade remanescente na área
quando se inicia a sucessão
Ex: uso agrícola por muitos anos, fogo,
inundação, etc.
Distúrbio

Atração de dispersores pode favorecer


a deposição de sementes e assim a
chegada de novas espécies, e o futuro
desenvolvimento da floresta
POTENCIAL DE DISPERSÃO ATÉ UMA ÁREA EM SUCESSÃO

DISTÂNCIA

Fragmentos de
floresta na
paisagem
• Tipos
• Estado de
Conservação

ÁREA CILIAR
PERMEABILIDAD ABANDONADA
DE LA MATRIZ
TODA SUCESSÃO ECOLÓGICA É
ESPECÍFICA DE SÍTIO,
TODA SUCESSÃO ECOLÓGICA É
DEPENDENTE DO CONTEXTO LOCAL,
OU SEJA ,
TODA SUCESSÃO ECOLÓGICA É
CONTINGENTE
(HISTÓRICA)
Hierarquia de Causas da Sucessão
Causas Gerais
1. Disponibilidade de local
2. Disponibilidade diferencial de espécies
3. Desempenho diferencial das espécies
Pickett et al. (1987)
Detalhes específicos
da Sucessão Ecológica
tendem a ser distintos
em diferentes tipos de
vegetações
Sucessão Ecológica

Floresta
Como se mantém a Floresta Clímax? Clímax
Através de um processo chamado de
Dinâmica de Clareiras
Sucessão

Floresta Madura (Clímax)

Regeneração da Floresta = Dinâmica de Clareiras


Fase Madura
Fase de Clareira

Banco de
Sementes
Banco de plântulas e jovens que
estavam no sub-bosque e que
sobreviveram a abertura da clareira
Fase de Construção

Pioneiras
Fase Madura

A Floresta então é formada por um MOSAICO DINÂMICO de


MANCHAS com diferentes idades, com diferentes composições de
espécies e com diferente estrutura e que está em contínua mudança
DINÂMICA DE CLAREIRAS

Clareira

A Floresta então é formada por um MOSAICO DINÂMICO de


MANCHAS com diferentes idades, com diferentes composições de
espécies e com diferente estrutura e que está em contínua mudança
A Floresta é um MOSAICO DINÂMICO de MANCHAS
Fase de Construção

Dinâmica de Clareiras  Mosaico


Sucessão Ecológica
É o processo natural de
recuperação de um ecossistema
degradado
Métodos de Restauração
São ações intencionais feitas para
assistir a recuperação de um
ecossistema degradado
PROCESSO DE RESTAURAÇÃO

É o processo complexo que mistura num mesmo local


ações de restauração e processos sucessionais
trabalhando conjuntamente e/ou sequencialmente
O processo sucessional não tem um objetivo
pré-definido limitações de tempo ou de custos

A sucessão pode apresentar trajetórias


progressivas, retrogressivas e mesmo estágios
estacionários estáveis
A Restauração, ao contrário, precisa
ocorrer em um tempo definido, à um
custo razoável e deve atingir objetivos de
conservação

Portanto, a Restauração tem com objetivo


aumentar a PREVISIBILIDADE do processo dea
construção de novas comunidade, favorecendo
trajetórias progressivas, evitando trajetória
regressivas ou estados estacionários estáveis
ECOSSISTEMA
DE REFERÊNCIA
Formação Florestal
ECOSSISTEMA DE REFERÊNCIA
Formação Florestal Correta
Alta Biodiversidade

USO
ALEATÓRIO PLANEJADO

OPERACIONAL
RETIRADA DO FATOR DE
DEGRADAÇÃO
ISOLAMENTO DA ÁREA DO FATOR
DE DEGRADAÇÃO
CONDUÇÃO DA ESPÉCIES
MONITORAMENTO
ECOSSISTEMA DE REFERÊNCIA
Alta Biodiversidade

USO
MÉTODOS PLANEJADO
SELEÇÃO DAS ESPÉCIES
COMBINAÇÃO ESPACIAL DAS
ESPÉCIES BIOLOGIA DAS ESPÉCIES
PLANEJAMENTO DA ECOLOGIA DAS ESPÉCIES
SUBSTITUIÇÃO TEMPORAL ECOLOGIA DE COMUNIDADES
DAS ESPÉCIES
ECOLOGIA DA PAISAGEM
PRIORIZAÇÃO DAS
GENÉTICA DE POPULAÇÕES
INTERAÇÕES BIOLÓGICAS
DESEJADAS EVOLUÇÃO
Ex.: Mata Seca

ATIVIDADES
OPERACIONAIS
APP com cana
Restauração com 2,5 m
FRACASSO DA RESTAURAÇÃO ...

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