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Antropomorfismo Bíblico

O documento discute o uso de antropomorfismos e antropopatismos na Bíblia, que atribuem características humanas a Deus, anjos, demônios e outras entidades. Ele explica que esses termos são necessários para que os humanos possam expressar verdades sobre a natureza divina. O documento também fornece exemplos bíblicos de antropomorfismos que descrevem Deus como criando, falando e estabelecendo pactos, bem como expressões que atribuem forma e emoções humanas a Deus.

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Antropomorfismo Bíblico

O documento discute o uso de antropomorfismos e antropopatismos na Bíblia, que atribuem características humanas a Deus, anjos, demônios e outras entidades. Ele explica que esses termos são necessários para que os humanos possam expressar verdades sobre a natureza divina. O documento também fornece exemplos bíblicos de antropomorfismos que descrevem Deus como criando, falando e estabelecendo pactos, bem como expressões que atribuem forma e emoções humanas a Deus.

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Antropomorfismo Bíblico

(Enciclopédia Bíblica Online)


Antropomorfismo (Gr.: antropos [humano] + morfe [forma]), é a atribuição de
características humanas às coisas não-humanas. Os antropomorfismos bíblicos são
usados principalmente em referência a Deus, que não é visível (João 1:18), nem
humano (Nm 23:19; 1 Sm 15:29). Eles também são usados para atribuir
características humanas aos anjos (Gn 16:7; 18:1-19:1), Satanás (1 Cr 21:1; Lucas
13:16), e os demônios (Lucas 8:32). O mal é também personificado; descrito como
matando (Salmo 34:21) e prosseguindo (Pr 13:21). Raramente qualidades humanas
são atribuídas aos animais (Nu 22:28 -30) ou vegetação (Jud 9:7-15).

O uso da terminologia humana para falar de Deus é necessária quando nós, em


nossas limitações, desejamos expressar verdades sobre a Divindade que, por Sua
natureza, não podem ser descritas ou conhecidas. Desde os tempos bíblicos, até o
presente, as pessoas se sentiram compelidas a explicar como é Deus, e não há
outras expressões do ponto de vista humano que sejam capazes de transmitir
qualquer aparência de significado para o indescritível. Assim, em Gênesis, apenas
Deus cria (1:1), move (1:2), fala (1:3), vê (1:4), divide (1:4), coloca (1:17), abençoa (
1:22), planta (2:8), anda (3:8), fecha (7:16), cheira (8:21), desce (11:5), dispersa
(11:8), ouve (21:17), testa (22:1), e julga (30:6).

Talvez o antropomorfismo mais profundo seja a representação de Deus


estabelecendo um pacto, pois a realização de pactos é uma atividade totalmente
humana. Deus entra em um acordo (pacto) com Israel no Sinai (Ex 19:5-6), uma
consequência de um pacto anterior que Ele tinha feito com Abraão (Gn 17:1-18).
Mais tarde, este acordo é transformado em uma nova Aliança através de Jesus
Cristo (Mt 26:26-29). Teologicamente, o compacto jurídico iniciado por Deus torna-
se o instrumento através do qual Ele estabeleceu uma relação íntima e pessoal com
o povo, tanto coletiva quanto individualmente. Sem expressões antropomórficas,
esta realidade teológica permaneceria praticamente inexplicável.

Antropomorfismos também atribuem forma humana à Deus. Deus resgata Israel da


escravidão egípcia com um braço estendido (Ex 6:6). Moisés e seus companheiros
veem a Deus, e eles comem e bebem com Ele (Êxodo 24:10-11). Outros textos se
referem às costas, rosto, boca, lábios, ouvidos, olhos, mão e dedo de Deus. A
expressão “a ira ardente do Senhor” (Ex 4:14) é interessante. Uma tradução literal
do hebraico é “o nariz do Senhor queima.”

Indiretamente, expressões antropomórficas também aparecem, como a espada e o


arco do Senhor, o trono e o escabelo de Deus. Relacionado às expressões
antropomórficas também são as expressões antropopáticas (Gr.: antropos [homem]
+ patos [paixão]), usadas para se referir às emoções de Deus. Deus é ciumento
(Êxodo 20:5) odeia (Am 5:21) e fica irritado (Jeremias 7:20), mas Ele também ama
(Êxodo 20:6) e é agradado (Deuteronômio 28:63).

Antropomorfismos e antropopatismos são figuras de linguagem que transmitem


verdades teológicas sobre Deus para a humanidade. Somente quando tomadas
literalmente são mal interpretadas. Tomadas como expressões metafóricas, elas
fornecem, por analogia, um quadro conceptual em que o Deus que está além da
nossa compreensão se torna uma pessoa a quem podemos amar. No Novo
Testamento, a analogia se torna realidade no mistério da encarnação (João 1:1-18).

Keith N. Schoville

Bibliografia

J. Barr, HBD, p. 32; E. W. Bullinger, Figures of Speech Used in the Bible; M. Eliade,
ed., The Encyclopedia of Religion, vol. 1; W. E. Miles, ed., Mercer Dictionary of the
Bible.

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