UTFPR - CAMPUS TOLEDO
COORDENADAS POLARES
SEGUNDO PERÍODO ENGENHARIA ELETRÔNICA
PROFESSOR: SÉRGIO FLÁVIO SCHMITZ
ACADÊMICO: ____________________________________________________
1
SISTEMA COORDENADAS POLARES
- SISTEMA CARTESIANO: é o sistema mais utilizado até o momento, composto por um plano chamado
cartesiano, compostos por dois eixos perpendiculares chamados eixos coordenados (abcissas e
ordenadas). Neste sistema localizamos um ponto por meio das coordenadas retangulares.
- SISTEMA DE COORDENADAS POLARES: as coordenadas consistem de uma distância e da medida de
um ângulo em relação a um ponto fixo e uma semi-reta fixa.
O →Polo ou origem (0; θ)
OP = r (distância de O a P)
AO = eixo Polar
θ = medida do ângulo em redianos
Coordenadas Polares: Ponto P(r,θ) no plano, com distância r a partir de O até P com ângulo θ entre o
eixo Polar e o segmento de reta OP.
. Por convenção o ângulo θ é positivo quando medido no sentido anti-horário a partir do eixo polar e
negativo se for medido no sentido horário.
. Se P=0 então r=0, logo (0,θ) coincide com o Polo para qualquer que seja θ.
. Se (r,θ) e (-r,θ) são opostos em r, então os pontos estão na mesma reta passando por 0 e estão à
mesma distância r .
2
. Se r>0, então o ponto (r,θ) está no mesmo quadrante que θ.
. Se r<0,então o ponto (r,θ) está no quadrante do lado oposto ao pólo.
. (-r,θ) representa o mesmo ponto que (r,θ+ π ) , logo (-r,θ)=(r,θ+ π )
. Um ponto P pode ter um número ilimitado de pares de coordenadas polares, ou seja (r,θ+2k π ) onde
kεZ ou (-r;θ+(2k+1) π onde kεZ.
Obs.: Se um ponto P tiver coordenadas polares (r,θ), então coordenadas equivalentes podem ser
obtidas por:
(r, θ + n.360°) e ( r , θ − n . 3 6 0 ° ) para todo n não negativo. O sinal – (menos) ou +(mais) indicam o
sentido em que este ângulo se movimenta. O sinal positivo indica o sentido anti-horário e o negativo o
sentido horário.
Obs.: Observe o quadro abaixo e observe a representação dos pontos no plano:
PONTO COORDENADA COORDENADA
CARTESIANA POLAR
A (1;0) (1; 0)
B (0;2) π
(2; )
2
C (-3;0) (3; π )
D (0;-3) 3π
(3; )
2
E (1;1) π
( 2; )
4
F (-2;2) 3π
(2 2; )
4
3
4
Atividades de sala:
Marque no plano os pontos cujas coordenadas polares são dadas por:
π π π π 5π 3π
P1 (2; ) P2 (2;3π ) P3 (−2; ) P4 (−2; − ) P5 (2; − ) P6 (1; ) P7 (1; − )
4 4 4 4 4 4
13π π
P8 (1; ) P9 (−1; )
4 4
Conclusão: P6 = P7 = P8 = P9
5
RELAÇÃO ENTRE PLANO CARTESIANO E PLANO DE COORDENADAS POLARES:
Vamos observar a figura ao abaixo.
O ponto P tem coordenadas cartesianos (x,y) e coordenadas polares (r,θ), donde podemos tirar as
seguintes relações:
y x
senθ = → y=r.senθ cos θ = → x=r.cosθ
r r
Obs.: Estas relações são válidas para qualquer r e θ.
y
Observando bem a figura podemos tirar outras relações: r2 = x2 + y2 e tgθ =
x
A partir destas relações podemos converter coordenadas polares em coordenadas cartesianos e vice
versa.
Exemplos:
01. Passar de coordenadas cartesianas para coordenadas polares o ponto P(-1;1).
Resolução:
3π
Logo: P( 2; )
4
6
π
02) Passar de coordenadas polares para coordenadas cartesianas o ponto P(−2; )
3
Resolução:
Resposta: ( −1; − 3)
→ Podemos também transformar equações cartesianas em polares e vice-versa.
Para converter equações polares em equações cartesianas e vice versa usamos as relações x = r cos θ,
y=r sen θ e r2 = x2 + y2.
Atividade 1. Converter a equação cartesiana x 2 + y 2 = 9 em equação polar.
Resposta: r=3
Atividade 2. Converter a equação polar r = 2cos θ em equação cartesiana.
Resolução:
Fatorando teremos: (x-1)2 + y2 = 1
Atividade 3. Converter a equação polar r = cos θ + sen θ em equação cartesiana.
2 2 1
Manipulando essa equação chegamos em (x-½) + (y-½) = , ou seja, na equação de uma
2
circunferência.
7
Atividades Complementares:
4π 5π
01)Converter o ponto P(2; ) e Q(7; ) de coordenadas polares para coordenadas cartesianas.
3 6
5 3 5
02)Converter o ponto P( ; ) e Q(1,-1) de coordenadas cartesianas para coordenadas polares.
2 2
03) Transforme coordenadas cartesianas em coordenadas polares:
a) (1,1) b) (2,–2) c) ( 3;1) d) (4,0) e) (0,–3)
04) Transforme coordenadas polares em coordenadas cartesianas:
a) (1,π/2) b) (–2,49π/6) c) (3,−5π/3) d) (0,π/9) e) (7,π)
05) Transformar os pontos e equações cartesianas para polares:
2x
a) ( −2, −2 3) b) (−1, 3) c) y = 2 d) x2 – y2 = 16 e) x=5 f) y=3
x +1
g) (x-1)2 + (y-3)2=4 h) xy=5 i) x2 + y2 + 3y = 0
06) Transformar os pontos e equações polares para cartesianas.
−7π 7π
(2, ) (2, )
a) 6 b) 6 c) r = 2sen3θ d) r cos θ = −1 e) r 2 = 4 cos 2θ f) r 2 sen 2θ = 2
g) r cos θ = 0 h) r2 =1 i) r = 8senθ j) r = 2(cos θ + sen θ )
RESPOSTAS:
π 7π
7 3 7 P(5; ) Q( 2; )
6 4
1) P (−1; − 3) e Q(− 2 ; 2 ) e
2)
π 7π π 3π
3) a) ( 2; ) b) (2 2; ) c) (2; ) d) (4;0) e) (3; )
4 4 6 2
3 3 3
4) a) (0;1) b) (-1;- 3) c) ( ; ) d) (0;0) e) (-7;0)
2 2
4π 2π
(4, ) (2, )
5) a) 3 b) 3 c) r 2 cos 2 θ senθ + senθ − 2 cos θ = 0 d) r 2 = 16sec 2θ
2
e) r cos θ = 5 f) rsen θ = 5 g) r 2 − 2r (cos θ + 3sen θ ) + 6 = 0 h) r sen 2θ = 10
i) r + 3senθ = 0
6) a) ( − 3,1) b) ( − 3, −1) c) ( x 2 + y 2 ) 2 − 6 x 2 y + 2 y 3 = 0 d) x = -1 e) ( x 2 + y 2 ) 2 = 4( x 2 − y 2 )
f) xy=1 g) x = 0 h) x 2 + y 2 = 1 i) x 2 + y 2 − 8 y = 0 j) x 2 + y 2 = 2( x + y )
8
GRÁFICOS DE EQUAÇÕES POLARES:
O gráfico de uma equação f(r;θ)=0 são todos os pontos cujas coordenadas polares satisfazem a
equação f(r;θ)=0 de coordenadas (r;θ). Esta equação pode ser representada na forma explícita, isto é,
r=f(θ).
Exemplos:
01) Construir a curva representada pela equação polar r=2.
π
02) Esboce a curva polar θ =
4
9
03) Esboce a curva com equação r = 2 cosθ.
θ r
0 2
π 3
6
π 2
4
π 1
3
π 0
2
2π -1
3
3π − 2
4
5π − 3
6
π -2
PARA CONSTRUÇÃO DE UM GRÁFICO MAIS COMPLEXO EM COORDENADAS POLARES ACONSELHA-SE
USAR OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS.
i. calcular os pontos de máximo e/ou mínimos;
ii. encontrar os valores de θ para os quais a curva passa pelo pólo;
iii. verificar as simetrias.
. Se a equação não se altera quando substituímos r por -r, então existe simetria em relação à origem;
. Se a equação não se altera quando substituímos θ por −θ , então existe simetria em relação ao
eixo polar;
. Se a equação não se altera quando substituímos θ por π − θ , então existe simetria em relação ao
π
eixo θ = .
2
04) Faça o esboço do gráfico da curva r = 2(1-cos θ ), usando a estratégia citada.
Gráfico em coordenadas cartesianas:
y = 2(1-cos(x)) 10 y
9
8
7
6
5
4
3
2
1 x
−11−10−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
−2
−3
−4
−5
−6
−7
−8
−9
−10
10
Resolução:
i. Ponto de máximo e mínimo:
MÁXIMO: (4, π )
MÍNIMO: (0,0)
ii. Valores de θ para os quais a curva passa pelo pólo.
iii. Simetria:
Concluímos que a simetria é em relação ao eixo polar.
θ r
0 0
π 2− 3
6
π 2− 2
4
π 1
3
π 0
2
2π 3
3
3π 2+ 2
4
5π 2+ 3
6
π 4
11
Atividades de sala:
01) Esboçar a curva r = 1 + cos θ
θ r
02) Esboçar a curva r = 1 + senθ
θ r
0
6
4
3
2
6
4
3
2
12
03) Esboçar a curva r = 2 cos 2θ
θ r
04) Esboçar a curva r = 3 + 2senθ
θ r
13
05) Esboçar no mesmo plano r = 2 cos θ e r = 2 − 2 cos θ
θ r
06) Esboçar a rosácea r = cos 2θ
θ r
14
07) Construir o gráfico da função r = θ para 0 ≤ θ ≤ 2π
θ r
15
RESPOSATAS:
01) 02)
03) 04)
05) 06)
07)
16
ALGUMAS EQUAÇÕES EM COORDENADAS POLARES E SEUS RESPECTIVOS GRÁFICOS.
01) Equação de retas:
a) θ = θ o ou θ = θ o ± kπ , k ∈ z é uma reta que passa pelo pólo e faz um ângulo θo
π
b) r.senθ = a e r.cos θ = b a, b ∈ R , são paralelas aos eixos polares e , respectivamente.
2
17
2) Circunferências.
i. r=c, c ∈ R é uma circunferência centrada no pólo e raio c .
ii. r = 2a cosθ é uma circunferência de centro no eixo polar, tangente ao eixo θ = π/2:
se a > 0, o gráfico está à direita do pólo;
se a < 0, o gráfico está à esquerda do pólo
iii. r = 2b.sinθ é uma circunferência de centro no eixo π/2 e que tangencia o
eixo polar:
. se b > 0, o gráfico está acima do pólo;
. se b < 0, o gráfico está abaixo do pólo
18
3) LIMAÇONS
i. r = a ± b cosθ ou r = a ± b.sinθ, onde a, b ∈ R são limaçons
Obs.: Para efeito de gráfico usamos a=1 e b=2
Temos,
se b > a, então o gráfico tem um laço
ii. se b = a, então o gráfico tem o formato de um coração, por isso é conhecido
como Cardióide. Para efeito de gráfico usamos a=b=1
iii. se b < a, então o gráfico não tem laço. Usamos a=3 e b=2
19
iiii. r = a cos nθ ou r = a sin nθ, onde a ∈ R e n ∈ N são rosáceas:
. se n for par temos uma rosácea de 2n pétalas. Para efeito de gráfico usamos a=1 e n=4
. se n for impar temos uma rosácea de n pétalas. Para efeito de gráfico usamos a=1 e n=5
4) LEMNISCATAS:
r2 = ±a2 cos2θ ou r2 = ±a2 sin 2θ, onde a ∈ R são lemniscatas.. Para efeito de gráfico usamos a=1
20
5) ESPIRAIS
As equações seguintes representam algumas espirais:
(a) r.θ = a; a > 0 (espiral hiperbólica);
(b) r = a.θ ; a > 0 (espiral de Arquimedes);
(c) r = eaθ (espiral logarítmica);
(d) r = θ (espiral parabólica).
21
COMPRIMENTO DE ARCO DE UMA CURVA DADA EM COORDENADAS POLARES.
Tomamos como base a equação r = f (θ ) , sabemos que:
x = r.cos θ → x = f (θ ).cos θ eq 01
y = r.senθ → y = f (θ ).senθ eq 02
São chamadas de equações paramétricas de uma curva onde θ ∈ [θ o ,θ ] .
Se derivarmos as funções eq 01 e eq 02 , (funções produto ) temos:
dx
= f '(θ ).cos θ − f (θ ).senθ eq 03
dθ
dy
= f '(θ ).senθ + f (θ ).cos θ eq 04
dθ
Elevando-se as eq 03 e eq 04 ao quadrado e fazendo sua soma obteremos:
dx 2 dy
( ) + ( ) 2 = ( f '(θ ).cos θ − f (θ ).senθ )+2 ( f '(θ ).senθ + f (θ ).cos θ )2
dθ dθ
dx 2 dy 2 2
Desenvolvendo temos: ( ) + ( ) 2 = f '(θ ) + f (θ )
dθ dθ
Obs.: estudou-se na aplicação de integrais, o comprimento do arco de uma curva plana como sendo:
t
s = ∫ ( x '(t ))2 + ( y '(t ))2 dt
to
θ
Substituindo na nossa relação teremos: s = ∫ ( f '(θ )) 2 + ( f (θ ))2 dθ
θo
Atividade 01. O gráfico da cardioide r = 1 + senθ ,foi construído na unidade anterior, vamos calcular o
comprimento desta cardioide.
π π
2 2
s = 2. ∫ (1 + senθ ) 2 + cos 2 θ dθ = 2. ∫ 2 + 2senθ dθ =
π π
− −
2 2
Resposta: 8 u.c.
22
Atividade 02. Analise o gráfico a seguir e calcule o comprimento do arco de equação r = 2(1 − cos θ ) .
Resolução:
f (θ ) = 2(1 − cos θ ) = 2 − 2 cos θ
f '(θ ) = 2.senθ
Como o gráfico é simétrico em relação ao eixo polar (x), calculamos o comprimento do arco no intervalo
[0, π ] e multiplicamos por 2.
π π
s = ∫ (2 senθ )2 + (2 − 2 cos) 2 dθ = ∫ 4( sen 2θ + cos 2 θ ) + 4 − 8cos θ dθ
0 0
Resposta: 8 u.c.
23
Atividade 03. Mais uma vez aproveitamos o gráfico já construído, calculamos o comprimento da
cardioide, nome dado ao gráfico da equação r = 1 + cos θ .
π
dr
= − sen(θ ) s = 2.∫ (− senθ )2 + (1 + cos θ ) 2 dθ
dθ 0
Resposta: 8 u.c.
24
Atividade 04 . Analise o gráfico abaixo e calcule o comprimento da parte da cardioide r = 1 − cos θ que
1
está dentro do círculo r =
2
3
Resposta Correta L=8(- 1)
2
25
Atividade 05. Calcular o comprimento da cardioide r = 1 − cos θ .
Atividades Complementares:
01) As equações abaixo são dadas na forma polar, calcule o comprimento destas curvas.
π 3π
a) r = 3cos θ 0 ≤θ ≤ Resp
2 2
θ π π 1 π2 π
b) r = 0 ≤θ ≤ Resp 4 + π 2 + ln( 1 + + )
3 2 24 6 4 4
θ π
c) r = 3cos 2 ( ) 0 ≤θ ≤ Resp 3 2
2 2
d) r = −1 + senθ Resp 8
π π 2
e) r = cos θ + senθ 0 ≤θ ≤ Resp
2 2
26
ÁREAS EM COORDENADAS POLARES
- Área de um Setor Circular:
A área de um setor circular faz-se através de uma regra de três simples.
Ac = π r 2 Ac área de um círculo equivalente a um ângulo de 360o .
As = Área do setor equivalente a um ângulo θ
π r 2 → 360o π r 2 .θ π r 2 .θ r 2 .θ 1
Logo As = = = ou As = .r 2 .θ
As → θ 360 o
2π 2 2
Como já estudado na aplicação de Integrais a área de uma curva equivale a soma das áreas dos infinitos
b
retângulos determinados por esta curva em um determinado intervalo ou seja: A = ∫ f ( x).dx
a
O mesmo raciocínio aplicamos no nosso estudo.
Analisamos a figura no sistema de coordenadas polares, abaixo.
A área da região hachurada equivale a soma das áreas dos infinitos setores circulares.
1 1
Como a área de um setor é dada por As = .r 2 .θ e como r = f (θ ) temos que As = .( f (θ )) 2 .θ .
2 2
Assim a soma das áreas da região limitada por α e β é dada por:
2 β 2 β
1 n 1 1
A = lim ∑ [ f (θ ) ] .∆θ = ∫ [ f (θ ) ] dθ ⇔ A = ∫ r 2 dθ
n →∞ 2 2α 2α
i =1
Proposição : Seja a
equação polar de uma
curva dada pela função
contínua r = r ( θ ) para
α ≤ θ ≤ β tal que
β − α ≤ 2π e r ≥ θ . A
área da região do plano
limitada pelas retas de
equações polares θ = α
e θ = β e a curva
r = r (θ ) é igual a.
27
Demonstração.
Para todo θ tal que α ≤ θ ≤ β , seja A ( θ ) a área como indicada na figura abaixo.
Vamos calcular
Para ∆θ > 0 , tomando-se no intervalo [θ ,θ + ∆θ ] rM e rm o maior e o menor raio, as áreas dos setores
circulares com ângulo central ∆θ e esses raios são
Para ∆θ < 0 segue de modo análogo.
Pelo teorema fundamental do cálculo
28
Atividade 1: Determine a área do hemisfério superior da região compreendida pela curva polar
cardióide, cuja equação é:
Quando θ varia de 0 a π, o segmento OP percorre o hemisfério superior da região interior à cardióide.
Portanto, a área A da região será dada por:
29
Atividade 2: Calcular a área limitada pela cardióide
r (θ ) = a.(1 − cos θ )
Observação 1: São equações de cardióides:
r (θ ) = a.(1 ± cos θ ) e r (θ ) = a.(1 ± senθ )
30
Atividade 3: Determine a área da região compreendida pela lemniscata de equação r 2 = 4 cos(2θ ) :
Vamos considerar somente 1/4 da lemniscata, já que é simétrica em relação ao pólo devido ao grau 2 de
r. Assim, vamos considerar a porção da lemniscata para a qual:
Quando θ = 0 e r = 2, e como θ cresce, o ponto P = (r, θ) se desloca para a esquerda ao longo da parte
superior da lemniscata até chegar ao pólo O, quando θ = π/4. Assim, o segmento OP percorre um quarto
da área:
Este exemplo mostra que devemos saber o comportamento da curva para que possamos definir os
limites de integração.
Quando utilizamos a fórmula para encontrar a área de uma região compreendida por uma
curva polar r = f (θ) num intervalo Δθ, devemos estar certos que α ≤ β e que o segmento de reta radial
OP, percorre apenas uma vez cada ponto no interior da região. Por exemplo, se quisermos determinar a
área total no interior do limaçon r = 2 – 3sen(θ), seria incorreto integrar de 0 a 2π, pois quando θ vai de
0 a 2π, o segmento OP percorre duas vezes todos os pontos pertencentes ao laço interior.
31
Atividade 4: Determine a área do laço interior ao limaçon de equação r = 2 − 3senθ :
Quando θ = 0, r = 2 e o ponto P (r, θ) = (2, 0) se encontra no eixo polar. Quando θ começa acrescer,
r = 2 – 3sen(θ) começa a decrescer, atingindo 0 quando θ = sen–1(2/3), que é aproximadamente 41,8°.
Neste ponto, o segmento OP inicia o percurso da região desejada. Quando θ atinge o valor de π/2, então
r = –1 e o segmento de reta OP, cujos pontos se movem para baixo, percorre exatamente metade a área
desejada. Desta forma, a área da região será:
Então:
32
Atividade 5: Determine a área da região interior ao círculo r = 4 cos(θ), que seja exterior ao círculo r = 2.
[Figura 9]
Os dois círculos se interceptam em P1 = (2, – π/3) e P2 = (2, π/3). A área A da região procurada é dada
por:
33
Atividade 6. Calcular a área limitada pelas pétalas da
rosácea r = a.sen(2θ ) , a > 0
Para efeito de cálculo usamos a=3
Trata-se de uma rosácea de 4 pétalas.
Devido a simetria das pétalas, basta calcular a área
de uma delas e multiplicar por 4.
1 2 2 2
(1 cos(4 )
A 4. d
2
3 sen (2 ) d 18
20 0
2
2 1
A 9. [ sen(4 )] A 4,5 u.a.
0 4
Observação 2: São equações de rosáceas:
r = a.sen(nθ ) e r = a.cos(nθ ) para n =1, 2, 3..., que possuem
• 2n pétalas , se n é par
• n pétalas se n é ímpar
34
Atividade 07. Determine uma expressão em
integrais que represente a área da região do plano
interior a ambas as curvas de equações polares e a
calcule.
r = 1 + cos θ e r = 3cos θ
r = 1 + cos θ é equação de uma cardióide e
r = 3cos θ é equação de um círculo.
Obtendo a interseção das duas curvas :
1 π
1 + cos θ = 3cos θ ⇒ cos(θ ) = ⇒ θ = ± + 2k π
2 3
35
36
37
Atividade 08. Calcule a área da região no plano limitado pela cardioide r = 2(1 + cos θ )
38
Atividade 09. Calcule a área dentro do laço da menor caracol r = (1 + 2 cos θ ) .
39
Atividade 10. Calcule a área da região que está no interior do círculo r=1 e exterior a cardióde
r = 1 − cos θ ) .
π
Resp A = (2 − )u.a
4
40
Atividade 11. Calcule a área interior de r = 3cos θ e exterior a r = 2 − cos θ
41
Atividade 12. Calcular a área interior a r = 4 + 2senθ
42
RESPOSTAS:
27π
01) A = u.a
4
3π a 2
02) A= u.a
2
03) A = 4 u.a.
04) A = 0,44 u.a.
4π
05) A= + 2 3 u.a.
3
06) A = 9π u.a.
5π
07) A= u.a.
4
08) A = 6π u.a.
3 3
09) A=π − u.a.
2
π
10) A = 2 − u.a
4
11) A = 5,24 u.a
12) A = 18π u.a.