UNIDADE Nº 1 - INTRODUÇÃO SOBRE FARMACIA HOSPITALAR
SUMÁRIO: 1- INTRODUÇÃO
2- OBJETIVOS E FUNÇÕES DA
FARMACIA HOSPITALAR
3- GENERALIDADES
BIBLIOGRAFIA:
1- MARIA JOSÉ, V. M. GOMES. Ciências Farmacêuticas Uma Abordagem Em
Farmácia Hospitalar. Edição, Atheneu, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte- Última Edição
2- CHERUBIN, N. A. Fundamentos de Administração Hospitalar. MARIA
JOSÉ V. M. GOMES Vol. 1 e 2. São Paulo: União Social Camiliana, 2002
3- CIMINO, J.S. Iniciação a Farmácia Hospitalar. São Paulo: Hospital
Universitário da Cidade de São Paulo. 2005
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INTRODUÇÃO
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Verificando as definições dos diversos
autores, observamos uma evolução dos
conceitos da farmácia hospitalar. Uma
analise dos conceitos permite identificar
diferentes visões.
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CONCEITO - VISÃO INDUSTRIAL.
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A Farmácia era considerada como orgão
responsável pela produção artesanal ou semi-
industrial de medicamentos;
Esta actividade adquiriu um especial significado em
virtude de ser factor de alta cooperação no equilíbrio
do orçamento hospitalar, contribuindo de modo
decisivo na diminuição do custo leito/dia.
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2)- Fase de provisão
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É a unidade tecnicamente aparelhada para prover
clínicas e demais serviços dos medicamentos e produtos
afins de que necessitam para o normal funcionamento.
A abordagem central nesta visão não é a produção dos
medicamentos, mas, sim, atender às necessidades do
perfil assistencial do hospital em relação aos
medicamentos e outros produtos farmacêuticos afins.
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3)- Visão moderna.
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A farmácia hospitalar, é um órgão de abrangência
assistencial técnico-científica e administrativa, onde se
desenvolve actividades ligadas à produção, ao
armazenamento, ao controle, à dispensação e a
distribuição de medicamentos e correlatos às
unidades hospitalares, bem como a orientação dos
pacientes internos e ambulatórios visando sempre a
eficácia da terapêutica além da redução dos custos,
voltando-se também para o ensino e a pesquisa.
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OBJECTIVOS DA FARMÁCIA HOSPITALAR
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Os objectivos de farmácia hospitalar estão definidos
visando a alcançar eficiência e eficácia na assistência
ao paciente e integração às demais actividades
desenvolvidas no ambiente hospitalar. Por
conseguinte, temos como objectivos básicos os
seguintes:
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Objectivos básicos de uma farmácia hospitalar:
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1- Desenvolver em conjunto com a comissão de farmácia
e terapêutica ou similar a selecção de medicamentos
necessários ao perfil assistencial do hospital.
2- Contribuir para a qualidade da assistência prestada
ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de
medicamentos e correlatos.
3-Aquisição, conservação e controle dos medicamentos
seleccionados estabelecendo níveis adequados .
Seguindo as normas técnicas de armazenamento
afim de preservar a qualidade dos medicamentos.
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Os objectivos básicos de uma farmácia hospitalar
(cont.)
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4- Estabelecer um sistema eficaz, eficiente e seguro de
distribuição de medicamentos.
5- Implantar um sistema apropriado de estoques.
6- Manipulação, produção de medicamentos e germicidas seja
pela indisponibilidade de produto no mercado para
atender prescrições especiais ou por viabilidade
económica.
7- Fornecer subsídios para avaliação de custos com a
assistência farmacêutica e para elaboração de orçamentos.
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De forma didáctica, as actividades à desenvolver podem ser por #s fases:
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FASE1
Actualizar o processo de selecção de medicamentos
Estruturar e/ou dinamizar a comissão de padronização
Implantar a gestão de estoques de medicamentos
Distribuir os medicamentos pelo sistema mais viável
Implantar farmacotécnica básica e adaptativa
Participar da comissão de controle de Infecção
Hospitalar
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FASE2
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Implementar o sistema de distribuição de medicamentos
Estruturar o controle de informação de medicamentos
Transformar a comissão de padronização em comissão de
farmácia terapêutica
Editar e divulgar o formulário farmacêutico
Participar da auditoria de antimicrobianos
Ampliar a participação nas acções de controle de
infecções hospitalar
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FASE3
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Realizar estudo biofarmacotécnico de formulações de
uso hospitalar
Estruturar a unidade de centralização de preparo
de citostáticos
Estruturar a unidade de manipulação de nutrição
parenteral e de misturas endovenosas
Implantar controle de qualidade de matéria prima
e medicamentos manipulados
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FASE4
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Desenvolver estudos de utilização de medicamentos
Realizar analises farmacoeconônicas
Estruturar sistema de farmacovigilância
Participar da monitorização plasmática de fármacos
Desenvolver estudos de farmacocinética clínica
Participar de ensaios clínicos de medicamentos
Implantar farmácia clínica ou atenção farmacêutica
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FUNÇÕES
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Estabelecimento de um sistema racional de
distribuição de medicamentos para assegurar que
eles cheguem ao paciente com segurança, no
horário certo e na dose adequada.
Implantação de um sistema de informação sobre
medicamentos para obtenção de dados objectivos
que possibilitem a equipe de saúde optimizar a
prescrição médica e administração dos
medicamentos.
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ACTIVIDADES
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Para cumprir com as suas funções, a
farmácia hospitalar deve executar as
seguintes actividades:
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ACTIVIDADES
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Fraccionar formas sólidas e líquidas para uso oral e/ou
parenteral necessárias à pediatria, e pacientes especiais;
Manter central de abastecimento farmacêutico e executar
as atribuições e tarefas inerentes ao controle físico e
contablístico necessários à prestação de contas do hospital;
Elaborar pedidos de compra de medicamentos, emitir
pareceres técnicos, inspeccionar, receber, armazenar e
distribuir medicamentos, e produtos de uso farmacêutico;
Controlar, de acordo com a legislação vigente
medicamentos que podem levar à dependência física e/ou
psíquica ou que provoquem efeitos colaterais importantes.
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ACTIVIDADES
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Participar na comissão farmaco-terapêutico ou similar
fornecendo subsídios técnicos para tomada de decisões
quanto a inclusão e exclusão de medicamentos.
Participar da comissão de controle de Infecção Hospitalar
subsidiando as decisões técnicas e políticas, relacionadas
em especial, à selecção, à aquisição, ao uso e controle de
antimicrobianos e germicidas hospitalar .
Participar da comissão de Terapia Nutricional , prestando
informações relacionadas à viabilidade técnica das
aditivações desejadas, estabilidade e custo das
preparações.
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ACTIVIDADES
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Participar das actividades de reciclagem dos funcionários do
hospital ministrando temas relacionados a medicamentos e ciências
farmacêuticas.
Participar nas reuniões técnico-cientificas desenvolvidas nos
serviços assistenciais do Hospital.
Elaborar e preparar , quando solicitado, informações técnico-
científicas sobre medicamentos e outros produtos farmacêuticos.
Implantação de monitorização plasmática de fármacos e de
farmacocinética clínica.
Elaboração de protocolos farmacoterápicos.
Estruturação do centro de informação de medicamentos.
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ACTIVIDADES
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Distribuir medicamentos por dose unitária e/ou
individualizada para todas as Unidades de
Internamento e Unidades de Apoio.
Manter e controlar estoque-padrão de medicamentos
e produtos farmacêuticos utilizados nas Unidades de
Internamento e de Apoio.
Dispensar medicamentos para pacientes externos e em
alta hospitalar e prestando orientação farmacêutica
adequada.
Manipular soluções anti-sépticas e distribui-las na
diluição de uso para todas as unidades.
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REQUISITOS E DIRECTRIZES PARA VIABILIZAR A FARMACIA HOSPITALAR
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Área física e localização adequada.
Posição adequada na estrutura organizacional
Planeamento e controle
Recursos humanos adequados
Gestão de materiais adequada
Horário de funcionamento
Optimização da terapia medicamentosa
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ÁREA FÍSICA
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Para Prof. Sylvio Cimino, 1,5m²/Leito ; OPAS
1,2m²/Leito e Sociedade Espanhola de Farmácia
Hospitalar 1,0m/Leito.
IDEAL
Tipo de Hospital – especializado, geral, policlínico, de
ensino ete
Nível de especialização de assistência médica
prestada no hospital.
Fonte e tipo de atendimento – particular, convénio, etc
Região geográfica onde se localiza o hospital,
considerando as dificuldades de aquisição, transporte
de medicamentos.
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LOCALIZAÇÃO
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Devem-se observar os seguintes aspectos:
Facilidade de circulação e reabastecimento;
Equidistância das unidades usuárias e consumidoras,
permitindo um fácil acesso;
Certo grau de isolamento devido aos ruídos(quando houver
produção semi-industrial), assim como odores e poluição;
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
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Direcção Clínica
ou
Drecão Geral.
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PLANEAMENTO
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O planeamento é processo de estabelecer
objectivos e linhas de acção adequadas para
alcança-las.
Na farmácia hospitalar, como em todas as
organizações, se inter-relaciona com as demais
funções administrativas. Portanto, a Organização, a
Direcção e o Controle não têm lugar de ser se não
existir um planeamento para assegurar a
organização e que defina a direcção a caminhar.
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CONTROLE
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O controle é o processo que encarrega-se de
assegurar o êxito dos planos elaborados.
Por meio do acompanhamento ; medindo o
progresso na realização das metas
estabelecidas;
tornando-se possível descobrir desvios e executar
alterações necessárias.
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RECURSOS HUMANOS.
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O serviço da farmácia deverá ser administrado por
um farmacêutico com qualificação e experiência
Deve contar no mínimo com um (1) farmacêutico
para cada 50 leitos ( SBRAFH) .
O número de auxiliares dependerá de recursos e
do grau de informatização da unidade. Na
ausência destes recursos, deve existir no mínimo um
(1) auxiliar por cada dez (10) leitos.
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CARACTERISTICAS DO FARMACÊUTICO
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Segundo a OMS,
o farmacêutico
moderno deve
possuir as
seguintes
5- CAPACIDADE DE características:
GESTÃO
1-CAPACIDADE
4- CAPACIDADE DE TÉCNICA DE
ENSINAR PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO
3-
APREFEIÇOAMENTO 2- LIDERANÇA
PROFESSIONAL
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1-CAPACIDADE TÉCNICA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
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O farmacêutico é prestador de serviços
clínicos, analíticos e tecnológicos aos indivíduos,
comunidades e instituições. Portanto , exige-se
boa formação técnica.
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2- LIDERANÇA
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Para desenvolver as suas actividades, o
farmacêutico deve assumir uma posição de
liderança. A liderança envolve solidariedade
e empatia, assim com a habilidade para
decidir, comunicar e gerir de forma efectiva os
recursos disponíveis.
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3-APREFEIÇOAMENTO PROFESSIONAL
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O avanço tecnológico e a produção técnico-
científica do mundo moderno exigem a
actualização constante dos profissionais. È essencial
ter Ldisponibilidade de aprender novas
metodologias e empregadas adequadamente.
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4- CAPACIDADE DE ENSINAR
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Na vida pratica o farmacêutico necessita transmitir os conhecimentos e
elaborar procedimentos visando melhorar as habilidades da equipe de
trabalho.
Elaborar manual de rotinas do serviço e revisado periodicamente para
manter-se actualizado quanto as alterações que possam ocorrer nos
procedimentos técnicos e decisões administrativas.
O manual deve apresentar uma linguagem clara e objectiva, contendo
todas as rotinas dos sectores que compõem o serviço de farmácia.
A comunicação no ambiente de trabalho é muito importante, portanto,
devem ser estabelecidos mecanismos facilitadores tais como: quadro de
avisos, circulares internas, livro de ocorrências, boletins etc.
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5- CAPACIDADE DE GESTÃO
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A gestão dos recursos materiais deve ser executada
pela secção administrativa do serviço de farmácia e
supervisado pelo farmacêutico.
Na dinâmica hospitalar contemporânea , o impacto dos
preços dos medicamentos nos gastos assistenciais é
grande, impondo uma gestão de estoques de controle
rígida, capaz de obter, coordenar e analisar factos,
para tomar decisões correctas a tempo e hora, visando
à redução dos custos sem prejuízo da assistência ao
paciente.
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6-PODER DE DECISÃO
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A utilização adequada, eficaz, com análise de
custo e efectividade dos recursos (materiais e
humanos) empregados deve ser a base de
trabalho do farmacêutico.
Para atingir esta meta é necessário
habilidade de avaliar, sintetizar e decidir pela
estratégia de acção mais eficaz.
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7-CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO
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O farmacêutico interage com pacientes, com as
equipas de saúde e administrativa, logo,
habilidades de comunicação verbal, não verbal,
escrita e escuta são essenciais para a prática
assistencial.
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FIM
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