0% acharam este documento útil (0 voto)
306 visualizações24 páginas

Plano Pesquisa Água Mineral 1001652

Este documento apresenta um plano de trabalho de pesquisa para estudar a viabilidade hídrica para captação de água mineral natural em uma área localizada em Itaúna, Minas Gerais. O plano descreve a localização da área, sua geologia e hidrogeologia, e os objetivos e métodos da pesquisa proposta.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
306 visualizações24 páginas

Plano Pesquisa Água Mineral 1001652

Este documento apresenta um plano de trabalho de pesquisa para estudar a viabilidade hídrica para captação de água mineral natural em uma área localizada em Itaúna, Minas Gerais. O plano descreve a localização da área, sua geologia e hidrogeologia, e os objetivos e métodos da pesquisa proposta.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 24

PLANO DOS TRABALHOS DE PESQUISA

1 - INTRODUÇÃO

Submete-se à apreciação do Departamento Nacional da Produção Mineral o Plano de Trabalho de


Pesquisa de Água Mineral a ser desenvolvido em local denominado Córrego da Toca (Grota do
Segredo), próximo ao povoado de Bom Jesus de Angicos, Município de Itaúna, Minas Gerais.

O presente plano foi preparado de acordo com o disposto no artigo 20 do Regulamento do Código
de Mineração.

Visando fazer um estudo sobre a viabilidade hídrica para a captação de água mineral natural,
cuja substância se caracteriza como alvo desta pesquisa, foi elaborado este plano de pesquisa,
objetivando o estudo das condições geológicas, geomorfológicas, hidrológicas e hidrogeológicas e
geoambientais, para a caracterização do ambiente hidrogenético, bem como as condições
favoráveis a sua extração.

O bem mineral em questão se destina, ao envasamento e comercialização in natura do produto.

2 - CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO

2.1 – IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE

Nome:
Endereço de Contato:
Bairro:
CEP.:
Município: Itaúna – MG

CPF:
RG.:

1
2
2.2 – RESPONSÁVEL TÉCNICO

Geólogo
CREA-MG -
Rua
Itaúna – MG Cep.:
Tel.:

2.3 – MEMORIAL DESCRITIVO

Ponto de Amarração (PA): Latitude:


Longitude:

Distância do PA ao primeiro vértice: 2950 metros Ângulo 81º45’ Quadrante: SE


Área: 48,00 ha Número de Vértices : 10

VETORES
Lado Distância Rumo Lado Distância Rumo
1 800 S 6 100 W
2 250 W 7 50 S
3 50 S 8 100 W
4 100 W 9 1000 N
5 100 S 10 550 E

2.4 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO

A área objeto deste plano de pesquisa situa-se em local denominado Córrego da Toca (Grota do
Segredo), próximo ao povoado de Bom Jesus de Angicos, Município de Itaúna, Minas Gerais.

O acesso a partir de Belo Horizonte é feito seguindo pela rodovia Fernão Dias (BR-381), até o
trevo com a rodovia BR-262. Neste cruzamento, entrar a direita para a BR-262, seguindo então até
o município de Juatuba. No entroncamento com a rodovia estadual MG-050, entrar em sentido a
cidade de Itaúna. Em Itaúna, toma-se agora uma estrada não pavimentada, em boas condições de
tráfego, em direção ao povoado de Bom Jesus de Angicos, que se encontra a sudoeste da cidade
de Itaúna, pela qual se percorre aproximadamente 8,5 km após o último bairro de Itaúna (Bairro
3
Garcias) que se localiza no extremo sudoeste de Itaúna. A área em interesse dista
aproximadamente 85 km de Belo Horizonte (Figura 1 - Planta de Situação).

4
3 – GEOLOGIA E HIDROGEOLOGIA

3.1 – GEOLOGIA REGIONAL

A área em estudo integra-se à porção meridional do Cráton do São Francisco (Almeida 1977),
estando a oeste do Quadrilátero Ferrífero (QF). Compreende regionalmente terrenos de diversas
naturezas a seguir referidos: I) Terrenos Granito-gnáissicos; II) terrenos tipos Greenstone Belt, o
denominado Supergrupo Rio das Velhas e III) o Supergrupo Minas, sendo os dois primeiros de
idade Arqueana e o último de idade Paleoproterozóica. Cortando estas seqüências acima citadas,
ocorrem enxames de diques máficos. De interesse deste trabalho, somente a litologia significativa
será descrita.

Nas imediações de Itaúna afloram gnaisses de idade arqueana, com composição tonalítica
exibindo grau variável de migmatização (Teixeira 1985), seccionados, por vezes, por diques
pegmatóides com várias direções, bem como intrudidos por plutons de rochas granitóides de
composição variável, ou até mesmo seccionados por diques de rochas básicas. Estes gnaisses
pertencem ao denominado Complexo Divinópolis, integrando assim os terrenos granito-gnaíssicos
indivisos do embasamento cristalino.

Essas rochas antigas foram afetadas ao longo de seu tempo de ocorrência por eventos tectono-
termais, os quais promoveram principalmente o desenvolvimento de uma foliação penetrativa, bem
como uma migmatização bastante profunda, com nítida segregação da parte leucocrática daquela
melanocrática. No conjunto trata-se de domínio representado por biotita gnaisse de composição
tonalítica (predominante) localmente afetados por veios quartzo – feldspáticos.

Em termos de estruturas regionais, os grandes lineamentos estão dispostos principalmente


segundo a direção SE-NW e subordinadamente SW-NE, ocorrendo também lineamentos NS e EW.
Esses lineamentos são resultantes dos eventos tectônicos regionais de larga escala, em sua
maioria coincidem com as direções das drenagens, podendo também corresponder a lineamentos
de diques máficos, esta última hipótese de menor ocorrência. As rochas, principalmente os biotita-
gnaisse, apresentam uma foliação bastante penetrativa com direção aproximada 150/40.

Conjuntamente a essas mudanças termais, ocorreram deformações em variados níveis de


intensidade, as quais conferiram aos litótipos não somente as foliações anteriormente
denominadas, mas também um conjunto de fraturas/falhas que podem ser vistas nos diversos
afloramentos que são encontrados no município de Itaúna.
5
3.2 - GEOLOGIA LOCAL

Dentro dos limites da área da pesquisa, afloram rochas correlacionáveis às Iitologias denominadas
de Complexo Divinópolis ou Complexo Gnássico-Migmatítico indiferenciado (embasamento
cristalino) do Pré-Cambriano e ao seu manto de intemperismo, de provável idade Quaternária.

O Complexo Divinópolis é representado por gnaisses, diagnosticados em campo pela presença de


solos claros, róseos, pouco férteis, e por vezes “morrotes” de rocha nua.

As rochas gnáissicas da área da pesquisa apresentam coloração cinza clara, encontram-se


homogêneas onde o paleossoma foi totalmente mobilizado, sugerindo que o grau de anatexia
encontrado na região se apresenta preferencialmente em estágios iniciais. Entretanto, localmente,
apresentam-se migmatizadas, retratando uma coloração cinza clara, com bandas esbranquiçadas
onde pode-se observar a nítida distinção entre o leucossoma e o melanossoma, o primeiro
representado invariavelmente por minerais quartzo-feldspáticos e o segundo pela biotita, gerando
uma textura migmatitítica fluidal discreta.

Localmente, optou-se pela utilização do termo gnaisse migmatítico, para caracterizar as rochas que
apresentem estruturas gnáissicas em meio a feições migmatíticas, isto é, que retratem estruturas
relictas de uma fase de anatexia. Apresentam coloração cinza clara, granulometria variando entre
média a grossa, apresentando geralmente estruturas nebulíticas e, localmente, um discreto
bandamento composicional, evidenciando estruturas pretéritas.

Quando fraturadas estas rochas propiciam o desenvolvimento de veios de pegmatóides,


constituídos preferencialmente de quartzo e quartzo-feldspato, atingindo pouco mais de 35
centímetros de espessura e extensão variável, ou até mesmo, em grande parte, estas fraturas
apresentam-se sem preenchimento.

Predominam na área os depósitos superficiais e solos provenientes da decomposição de rochas


gnáissicas (manto de intemperismo).

3.3 – HIDROGEOLOGIA REGIONAL

6
A região em estudo insere-se no domínio do Sistema Aqüífero Gnáissico-Granítico
(COPASA/Hidrosistemas 1995), formado principalmente por rochas fraturadas do Complexo
Divinópolis. A partir da regionalização dos dados, a vazão máxima explotável esperada na
operação continuada de poços tubulares profundos (Vx), na área de estudo, situa-se entre 5 < Vx 
10 l/s e as vazões especificas (Ve) com variação da ordem de 0,20  Ve  0,50 l/s*m, onde, as
águas estão classificadas como boas para o consumo público COPASA (1995).

Por se tratar de aqüífero de caráter fissural e devido ao fato de a água subterrânea acompanhar a
superfície do terreno, os melhores pontos de armazenamento/captação aqüífera estão nos locais
de alto índice de fraturamento, ao longo dos vales delineados pela superimposição de lineamentos
estruturais.

Em um inventário dos poços tubulares perfurados no município de Itaúna, apresentado por


COPASA (1995), os poços tubulares existentes no município possuem profundidades entre 67 e
120 metros. O perfil litológico associa uma cobertura sedimentar variando entre 18,00 e 39,00
metros e litologia sotoposta formada por granito-gnaisse, e sem revestimento nas partes mais
profundas onde as rochas são duras e consistentes. Não foi reportado a presença de filtros nestes
poços relacionados, bem como a presença de poços totalmente revestidos. O diâmetro final mais
comum nos poços é de seis polegadas (aprox. 15cm).

A profundidade do nível estático dos poços neste tipo de aqüífero apresenta intervalo mais
provável de ocorrência igual a 2  HNE  15 metros. O nível dinâmico apresenta uma grande
variação, sugerindo desta maneira uma acentuada heterogeneidade nos aqüíferos. O maior nível
dinâmico encontrado foi de 67,97m e o menor 20,10m, com variação de 47,87m e média de 36,44
metros.

Convém salientar que os aqüíferos em meios fissurados normalmente apresentam elevada


anisotropia e heterogeneidade de um ponto para outro e que a vazão específica depende muito
dos métodos construtivos e de acabamento dos poços tubulares.

Em estudo preliminar, pode-se imaginar que o modelo hidrogeológico para a região da cidade de
Itaúna, levando em consideração que o sistema aqüífero existente é o Granito-Gnaisse, pode ser
considerado como do tipo livre, constituído na sua parte superior por rochas inconsistentes do
manto de decomposição das rochas gnáissicas ou por material alúvio-coluvionar depositado sobre
este manto ou mesmo sobre rocha sã e na parte inferior por rochas fraturadas. Tem-se um

7
aqüífero granular poroso superior e um fissurado sotoposto, em comunicação hidráulica íntima,
constituindo um só sistema aqüífero.

Assim, a produtividade deste aqüífero dependerá das características do manto de decomposição e


do grau de fraturamento das rochas duras. A melhor situação será aquela com um manto de
composição predominantemente arenosa, com grande espessura, o que não ocorrem na região do
empreendimento, sobrepondo as rochas duras com elevado grau de fraturamento.

Não há, no momento, informações concisas sobre as profundidades dos fraturamentos das rochas
duras. Estas informações sobre as profundidades dos fraturamentos, bem como uma quantia
significativa de dados de poços, caso esses existam na região, seriam muito importantes para a
definição do controle de funcionamento hidráulico do sistema, e que será ítem de importante
estudo deste plano de pesquisa.

3.4 – GEOMORFOLOGIA REGIONAL

Segundo IGA 1980, o município de Itaúna, do ponto de vista geomorfológico é parte integrante da
Depressão São-Franciscana, apresentando um relevo que possui como principais formas as
colinas côncavo-convexas e cristas alinhadas e esparsas, com altitude que variam dentre 800 e
1000 metros.

Essa depressão é caracterizada por ser uma superfície rebaixada que ocupa boa parte da bacia do
rios Paraopeba e Pará, as quais penetram os planaltos através de seus principais afluentes. Essa
unidade geomorfológica integra uma superfície de aplainamento, atribuída o Terciário Superior.

Segundo IGA (1996), parte do município de Itaúna, na sua porção leste enquadra-se dentro dos
parâmetros dos Planaltos do São Francisco. Esses são representados por alguns patamares
dissecados e pequenos topos residuais pertencentes a uma superfície de aplainamento mais
antiga, atribuída ao terciário Superior (CETEC 1984). Os patamares são formas escalonadas em
sua maior parte dissecadas, com bordas marcadas por vertentes íngremes e declividades entre 20
e 45%, com ocorrência principal nas porções sul e leste do município. Normalmente são
compostos por solos Latossolo Álico argiloso (StLv). No sul do município esses Planaltos podem
ocorrer em áreas com ocorrência das serras da borda oeste do Quadrilátero Ferrífero,
representadas por cristas estruturais, escarpas e vertentes íngremes com altas declividades
(>45%), em rochas do Supergrupo Minas tais como itabiritos e suas formações ferríferas, dolomitos
8
ferruginosos, bem como quartzitos, apresentando solos litólicos, ou mesmo inexistentes, onde
predominam os campos. Nestas áreas os topos das vertentes atingem cotas entre 1100 e 1200
metros de altitude.

Na maior parte do município a litologia predominante são os gnaisses pertencentes ao


embasamento cristalino, os quais conferem ao município um relevo com formas colinosas,
constituído por terrenos suaves, com cotas em torno de 800 a 850 metros de altitude, topo
aplainado e vertentes côncavo-convexas, fundos representados normalmente por planícies fluviais
dos ribeirões e córregos encaixados nos lineamentos geoestruturais existentes. Por vezes,
ocorrem serras de cristas alinhadas, resultado da intrusão de diques máficos no embasamento
cristalino, os quais possuem direção preferencial de ocorrência SE-NW, porém, podendo ocorrer
aqueles de direção SW-NE.

Nesse compartimento topográfico, os quais correspondem principalmente ao centro e noroeste e


algumas áreas do norte do município, as áreas são consideradas de declividade moderada (entre
2,5% e 12%), que é onde se localiza a cidade de Itaúna (IGA 1980), bem como na área em
requerimento.

3.5 – HIDROLOGIA REGIONAL

A região em requerimento faz parte da sub-bacia do Córrego do Bagaço, pertencente a Bacia


Hidrográfica do Rio São João, afluente da margem direita do Rio Pará. Segundo estudos
hidrológicos COPASA/Hidrosistemas (1993), este município apresenta um rendimento específico
médio mensal Re10 M da ordem de 3  Re10 M  5 l/s*km2, valor que representa as contribuições
unitárias mínimas com 10 anos de recorrência. O rendimento específico médio mensal máximo é
da ordem de 20  Re10 M  75 l/s*km2, valor que representa as contribuições unitárias máximas
com 10 anos de recorrência. A tipologia regional homogênea na região em estudo é classificada
entre os índices PDI 211 e 221, o que significa que a região possui um Índice de Pluviosidade
anual entre 1.000 e 1.500 mm, com a geomorfologia do terreno variando entre um relevo forte
ondulado a montanhoso (declividade superiores a 20%), podendo ocorrer relevos com
características onduladas (declividade entre 8%  D  20%), e também a predominância de
terrenos com baixa capacidade de infiltração (Solo argiloso associado a substrato de baixa
permeabilidade). A região também apresenta características com rendimento superficial médio ou
elevado em regime torrencial.

9
Nas áreas de ocorrência de rochas com baixa permeabilidade e onde os terrenos têm pequena
capacidade de infiltração, o escoamento superficial costuma ser maior e mais concentrado, a rede
de drenagem é, em geral, mais densa e a propensão ao desenvolvimento de processos erosivos
por dissecação fluvial tende a ser mais intensa, bem como um maior volume de água superficial
dos cursos dágua que podem ser cedidos aos aqüíferos. Esta é a situação que predomina em
geral, em áreas de declividades acentuadas, características das morfologias fortemente onduladas
ou montanhosas, coincidindo, principalmente, com as áreas dominadas pelos sistemas aqüíferos
localizados em rochas gnáissicas. Essas características associam-se às tipologias 211 e 221,
principalmente onde estas apresentam um regime torrencial elevado.

10
4 - A PESQUISA: CONCEPÇÃO E SÍNTESE

A pesquisa mineral proposta constará de trabalhos de investigação hidrogeológica, visando definir


a estrutura geológica, estratigráfica, litológica, assim como a hidrografia e outros fatores naturais
que determinam as condições de formação, jazimento, difusão, movimento, recarga e descarga
das águas.

Procurar-se-á caracterizar o aquífero de interesse quanto à textura, condições hidráulicas e


estruturais, permeabilidade, coeficiente de armazenamento e outros parâmetros usuais, que serão
avaliados qualitativa e quantitativamente.

Buscar-se-á, posteriormente, determinar a qualidade da água sob o ponto de vista químico, físico,
físico-químico e bacteriológico, de forma a possibilitar a sua classificação.

Tanto para a caracterização do aquífero, quanto para a determinação da qualidade da água, serão
necessários trabalhos de pesquisa, que envolverão a perfuração de um poço tubular profundo para
captação de água subterrânea.

Após estes trabalhos, será possível coletar amostras de água para estudo analítico. As primeiras
análises químicas e bacteriológicas serão contratadas pelo empreendedor junto a laboratórios
especializados e fornecerão informações preliminares sobre a qualidade da água local.

5 - DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS DE PESQUISA

Estes trabalhos têm como objetivo definir a estrutura geológica, estratigrafia, litologias, tectônica,
geomorfologia, assim como clima, hidrografia, e outros fatores naturais e artificiais que determinem
as condições de formação jazimento, difusão, movimento, recarga e descarga do aquífero.
Objetiva-se primordialmente a elaboração de um modelo hidrogenético, compatível como os
resultados obtidos pela geologia, geofísica e hidrogeologia pela qual pode-se comprovar uma real
possibilidade de explotação destas águas, confirmadas suas características minerais.

11
5.1 - TRABALHOS INICIAIS

➢ LEVANTAMENTOS PRELIMINARES EM GABINETE

Esta etapa constitui basicamente em consultas a trabalhos anteriores: Busca de dados


anteriormente cadastrados e pesquisa bibliográfica a trabalhos (textos e mapas), entre outros
trabalhos efetuados na região, por instituições e empresas públicas e privadas, e contará de:

● PESQUISAS BIBLIOGRÁFICAS E FOTO-INTERPRETAÇÃO

Com o objetivo de prover maiores informações aos trabalhos de campo, serão realizadas consultas
bibliográficas referentes à geologia, geomorfologia, clima, vegetação e principalmente dados
hidrogeológicos da região em pauta, além de bibliografia especializada no que se refere à pesquisa
e qualificação de fontes de água mineral.

Será também realizada uma análise sistemática de fotografias aéreas na escala 1:40.000, de forma
a identificar afloramentos, determinar as drenagens a serem investigadas e fatores estruturais
predominantes, tais como lineamentos, fraturas ou possíveis falhas, além da definição preliminar
da bacia hidrográfica da área. Conjuntamente será utilizada um ortofotografia escala 1:10.000 no
auxílio da identificação dos lineamentos, bem como auxiliando no trabalho de campo.

Prazo: 60 dias

● PLANEJAMENTO

Uma vez analisadas as informações referentes ás etapas anteriores, e tendo-as como premissas
básicas, programa-se as etapas seguintes, procurando minimizar o dispêndio de tempo e de
recursos financeiros. Nesta etapa o cronograma deverá ser ajustado em função dos dados
levantados, sendo realizado ao longo de todo o trabalho de pesquisa.

5.2 - TRABALHOS TOPOGRÁFICOS

➢ DETERMINAÇÃO DO NORTE VERDADEIRO

12
Os trabalhos topográficos iniciar-se-ão pela determinação do Norte verdadeiro, que será executada
por técnico em agrimensura, utilizando o método da “Distância Zenital Absoluta”.

➢ DEMARCAÇÃO DA ÁREA DA PESQUISA

Após a determinação do Norte verdadeiro, serão levantados os vértices da poligonal em pesquisa,


através de caminhamento topográfico desde o ponto de amarração, conforme descrição do
memorial descritivo, colocando marcos de cimento nos vértices, bem como plaquetas
identificadoras.

➢ LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO

Determinado o Norte verdadeiro, a área do presente requerimento será objeto de um levantamento


planialtimétrico de detalhe, gerando uma planta em escala 1:2.000, com curvas de nível de 5 em 5
metros.

Este mapa-base possibilitará o estabelecimento de um controle detalhado dos trabalhos de


pesquisa a serem desenvolvidos na seqüência, permitindo um melhor entendimento da rede de
drenagem, definição do nível piezométrico e o fluxo das águas superficiais.

Prazo: 60 dias

➢ ESTRADAS E “PICADAS”

A área em interesse possui fácil acesso por veículos, visto ser uma região habitada por sitiantes de
maneira dispersa, mas como uma malha não pavimentada em bom estado de conservação.
Porém, será necessário se fazer algumas picadas sem alteração ambiental para efetuar o
levantamento topográfico, bem como a pesquisa geofísica durante o caminhamento elétrico. Estas
picadas serão feitas em tempo oportuno ao trabalho a ser efetuado.

Porém, cabe ressaltar que a área se encontra em terrenos ocupados por pastagens utilizadas por
gados, o que facilita em muito o acesso.

13
5.3 - ESTUDOS GEO-FISIOGRÁFICOS

➢ ESTUDOS FISIOGRÁFICOS

Para efeito da pesquisa mineral, deverão ser executados estudos fisiográficos, visando levantar
informações acerca da precipitação pluviométrica, evaporação, evapotranspiração e escoamento
superficial para a obtenção do balanço hídrico da região.

Sabe-se que, segundo a classificação de Köppen, o clima da região pode ser classificado como
mesotérmico úmido do tipo CWa, caracterizado pelo inverno seco, verão chuvoso e quente, sendo
a temperatura média do mês mais quente superior a 22º C.

O período chuvoso na região vai de outubro a março, sendo os meses de novembro, dezembro e
janeiro os mais chuvosos. Neste período, chove, em média, 86% da precipitação média anual,
ocorrendo meses com precipitações totais superiores a 400 mm, sendo que o índice médio
pluviométrico anual é de 1.557 mm (INDI 1994).

No entanto, para a obtenção de outras informações, deverá ser consultado o Atlas Climatológico
de Minas Gerais (EMBRAPA, 1982), para região de Itaúna e redondezas e comparando-os com os
dados do Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI,1994) para mesma região.

Assim, deverão ser apresentados dados completos sobre a precipitação, evapotranspiração e


escoamento superficial. De igual forma, estudar-se-á a pluviosidade anual, a declividade do relevo
e a capacidade de infiltração do terreno, apresentando-se os dados em um mapa de tipologias
regionais homogêneas.

Prazo: 45 dias

➢ ESTUDOS GEOMORFLÓGICOS

Serão estudadas a localização e particularidades de diversas formas do relevo e suas relações


com as águas subterrâneas e a intensidade dos fenômenos físico-geológicos relacionados com a
formação do relevo.

14
Na descrição do relevo serão caracterizadas a morfografia (aspecto exterior do relevo), a
morfometria (comprimento, largura, altura e profundidade de cada forma de relevo e a inclinação
de sua superfície) e a origem dos elementos do relevo e o grau de participação das águas
subterrâneas na sua formação.

Prazo: 30 dias

5.4 – ESTUDOS DE NATUREZA FÍSICA-GEOLÓGICA

➢ MAPEAMENTO GEOLÓGICO

Confeccionado o mapa-base topográfico, será executado um mapeamento geológico de detalhe na


área.

Com base nos levantamentos anteriores, realizar-se-á um mapeamento geológico, em escala


1:2000, que consistirá de coleta de dados litológicos ou seja, caracterização macroscópica das
rochas aflorantes e do solo quanto à composição mineralógica, textura, estrutura, grau de
alteração, etc. Ainda nesta etapa, realizar-se-á uma coleta sistemática de medidas de fraturas,
juntas, foliação, etc., a fim se investigar prováveis influências do sistemas de fraturas no
comportamento hidrogeológico.

Serão coletadas algumas amostras de rochas e solos para confecção de lâminas delgadas a fim de
se caracterizar litotipos definidos microscopicamente, principalmente para definição da paragênese
mineral, porosidade, esfericidade, etc., que geralmente influenciam na qualidade da água e no
aquífero.

Os dados estruturais presentes nas rochas gnáissicas serão obtidos através de uma coleta
sistemática de medidas em campo e tratamento dos dados através de projeção estereográfica.

O geólogo utilizará, como instrumento de apoio, um equipamento de GPS, que permitirá a


checagem final, por comparação da sua caderneta de campo com os dados levantados pela
topografia.

Após o término dos trabalhos e análise dos dados de geofísica, os trabalhos de mapeamento
geológico podem sofrer modificações em face dos novos dados gerados pela geofísica.
15
Prazo: 90 a 120 dias

● ESTUDOS PETROGRÁFICOS

Através do estudo petrográfico detalhado serão estudadas as características texturais, composição


mineralógica, paragênese mineral, definição do provável edúcto e condições de metamorfismo a
que as rochas da área da pesquisa foram submetidas. Esse estudo tem como objetivo possibilitar
um maior conhecimento das principais características das rochas, auxiliando assim na elucidação
para elaboração do mapa geológico.

Prazo: 30 dias

➢ ESTUDOS HIDROGEOLÓGICOS

Será identificado e caracterizado o sistema aquífero - tipos de aquíferos, sua distribuição e áreas
de ocorrência, condições de contorno e limites: características hidráulicas (permeabilidade,
transmissividade e porosidade efetiva); estimativa desses parâmetros para as formações
superficiais associadas às áreas de recarga; dados dos pontos de água existentes (fontes
nascentes e poços tubulares); capacidade específica dos poços e vazão das fontes; definição do
modelo hidrogeológico (identificação das áreas de recarga e descarga, direção de fluxo ou
escoamento). Estimativas de infiltração e tempo de residência das águas.

Prazo: Será realizado durante todo o trabalho de pesquisa como mapeamento geológico,
geofísica, perfuração do poço tubular, ensaio do teste de vazão e caracterização do modelo
genético da fonte.

➢ TRABALHOS DE DELIMITAÇÃO - PESQUISA DE ÁGUA MINERAL

● ESTUDOS GEOFÍSICOS

Os estudos geofísicos serão realizados na área utilizando-se como método a técnica de


Eletroresistividade, com penetração de 180 metros, visando com isso a definição da existência de
16
zonas saturadas em água (aquíferos), bem como as fraturas por onde estas zonas saturadas
percolam, principalmente um reconhecimento da existência de fraturas produtoras profundas.

Este estudo geofísico será de grande importância, podendo definir pela perfuração ou não da fonte
de captação, sendo esta um poço tubular profundo.

Serão feitas seções espaçadas de 50 metros.

Os trabalhos visam a identificação dos diversos horizontes e descontinuidades que componham o


perfil do solo, a espessura do manto de alteração e a profundidade do horizonte aquífero.

Posteriormente poderá ser complementado com estudo geofísico via perfilagem, com a utilização
de GPR (radar de penetração do solo), melhorando o conhecimento das descontinuidades mais
rasas, e contato solo rocha, bem como visão da zona vadosa.

Prazo: 90 dias

➢ TRABALHOS DE DEFINIÇÃO - IMPLANTAÇÃO DA FONTE

● LOCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE POÇO TUBULAR

A partir dos estudos anteriores de foto-interpretação, preparação de lâminas delgadas,


mapeamento geológico e geofísica, será feita a locação de poço tubular profundo na área. Vale
aqui ressaltar que este poço será locado mediante o cruzamento de todos os dados gerados e
existentes em bibliografia, e perfurado dentro de toda higienização e técnica necessária para tal.

Os trabalhos de perfuração do poço deverão seguir as especificações técnicas contidas nas


normas de construção ABAS/ABNT NB 588 e NB 1290.

Os tubos de revestimento, conexões, filtros, tubulações e bombas de recalque, deverão ser de


material que preserve as características naturais da água (aço inoxidável ou PVC geomecânico).
As tubulações (revestimento, coluna, filtros, etc.) deverão ser inteiramente de aço inoxidável.

17
Será utilizada uma moto-bomba submersa para poço profundo, cujo rotor será de aço inoxidável.
Este equipamento, que funciona com motor radial, multiestágio, com fluxo único, será dotado de
um filtro de sucção, e válvula de retenção com rosca fêmea, integrada na boca de recalque.

O poço deverá ser protegido por uma cinta de concreto armado, a fim de evitar infiltrações entre o
furo do poço e o seu revestimento.

Concluídos todos os serviços no poço, deverá ser construída uma laje de concreto, fundida no
local, envolvendo o tubo de revestimento. Esta laje deverá ter declividade do centro para a borda,
espessura mínima de 20cm e área não inferior a 3,0m2. A coluna de tubos de revestimento deve
ficar no mínimo 0,5 cm acima da laje de proteção.

Prazo: 90 dias

● ENSAIOS DE BOMBEAMENTO

Concluída a construção do poço, será feito, pelo menos, um teste de produção, com
acompanhamento de um técnico do DNPM, previamente consultado. O ensaio de produção deverá
ser realizado com aparelho que permita manter a vazão constante durante todo o teste e com
precisão até 4% de erro. Os testes, contínuos e/ou escalonados, deverão durar, no mínimo, 30
(trinta) horas.

Com o objetivo de se medir o nível d’água em todo poço, deve-se instalar uma tubulação auxiliar,
com diâmetro interno entre ½ polegada e % polegada, presa à tubulação adutora, e atingir uma
profundidade próxima à bomba.

Prazo: 30 dias

● CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DA FONTE

Deverão ser coletadas análises de água para estudo analítico após a construção da captação,
abrangendo, se possível, todo o ano hidrológico, bem como medições de vazão de forma a manter
um controle sob o sistema hídrico.

Essas análises serão contratadas junto a laboratórios particulares e, embora não tenham caráter
oficial, fornecerão informações preliminares sobre a qualidade da água local.
18
Posteriormente o DNPM determinará a realização de estudo “in loco”, que deverá ser executado
por empresa credenciada, incluindo análises químicas, físicas, físico-químicas e bacteriológicas,
visando a classificação da água e conseqüente emissão de certificado oficial de análise.

Prazo: 30 dias

● MODELO GENÉTICO PARA A FONTE

A classificação da crosta terrestre, em relação às suas propriedades, como reservatório para


armazenar e fornecer águas é condicionada pela porosidade, fraturamento, capacidade de
armazenamento e transmissividade. Através destes parâmetros é possível a determinação dos
vários tipos de aquíferos pertinentes aos diversos ambientes geológicos.

Assim, com base nos estudos fotogeológicos, estruturais e hidrogeoquímicos, ao final dos
trabalhos, será definido um modelo genético para a fonte, cujo trabalho estará em conjunto com o
Relatório Final de Pesquisa.

Será definida também uma área de proteção para a fonte, em conformidade com a Portaria número
231 do Diretor Geral do DNPM, publicada no DOU de 07/08/98.

5.5 - TRABALHOS NO LOCAL DA FONTE DE CAPTAÇÃO

➢ CASA DE PROTEÇÃO

Será construída uma casa de proteção em alvenaria de tijolo comum, com as seguintes
características: teto em laje de concreto e abertura escamoteável com isolamento por borrachas,
para permitir a retirada da tubulação e manutenção do poço; paredes internas revestidas de
azulejos brancos; piso de cerâmica, cor clara, inclinados para o escoamento das águas; janelas em
esquadrias de alumínio anodizado, com telas de malha fina (para ventilação); porta de acesso em
alumínio anodizado.

A área de proteção à captação terá no mínimo 10,0 metros de raio; adequadamente cercada com
tela de malha resistente de modo a impedir o acesso de pessoas não autorizadas e a entrada de
pequenos animais. Terá portão com fechamento adequado para entrada de pessoas autorizadas.
19
A área deverá ser gramada ou calçada, possuir adequado sistema de drenagem de águas pluviais,
e ser mantida em boas condições de limpeza. Nesta área somente poderão ser realizados
trabalhos superficiais ou sondagens, desde que aprovado pelo DNPM.

Após a construção da captação, deverá ser efetuada uma limpeza e desinfecção completa. Em
seguida, uma análise química e bacteriológica da água para a comprovação da potabilidade.

Prazo: 60 dias

20
➢ SISTEMA DE CONDUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Os dutos para condução e distribuição da água deverão ser colocados em nível superior ao do solo
(mínimo 30 cm) ou instalados em calhas, ao nível do solo apoiados sobre suportes.

As calhas deverão ser assentadas no solo com inclinação mínima de 2% com tampas para
inspeção ou substituição de condutos e permitirem a limpeza.

Os dutos, conexões e registros que ligam as captações aos reservatórios, inclusive a tubulação
que atinge o aquífero, deverão ser de aço INOX ou PVC atóxico.

Os dutos de água mineral deverão ser independentes e identificados através de faixas na cor
branca, sem possibilidade de conexão com outras redes de abastecimento. Limpeza, inspeção
deverão ser freqüentes a fim de verificar vazamentos.

➢ DESENHOS E PLANTAS DAS OBRAS DE CAPTAÇÃO

O requerente compromete-se a apresentar no relatório final dos trabalhos de pesquisa todos os


desenhos e plantas das obras de captação, do sistema sanitário e casas de proteção, em escala
de detalhe.

Ao longo dos trabalhos, será feito um registro fotográfico permanente de todas as obras, conforme
as normas do órgão de fiscalização.

5.6 - ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Os estudos econômicos para demonstração da exequibilidade da lavra deverão situar-se, na fase


de relatório de pesquisa, ao nível de pré-viabilidade e servirão de base às tomadas de decisões
para a fase seguinte, de planejamento de lavra e engenharia do projeto.

Prazo: 60 dias.

5.7 - RELATÓRIO FINAL

21
Completada a pesquisa, o relatório final ficará a cargo da equipe técnica da requerente, sob
responsabilidade técnica do geólogo chefe dos trabalhos e enfeixará todo o elenco de atividades
executadas, a metodologia e resultados alcançados. Deverá ser conclusivo quanto à
exeqüibilidade do aproveitamento da fonte e conterá todos os elementos indispensáveis às
decisões técnicas, empresariais e políticas que se seguirão.

Os resultados serão compilados em um relatório final de pesquisa, contendo, além do texto, todos
os mapas, perfis, gráficos, tabelas, boletins de análises, ilustrações, fotografias, entre outros
anexos, a ser apresentado ao DNPM, dentro do prazo de validade do alvará de pesquisa ( 2 anos).

Será apresentado o relatório final com base nos aspectos fisiográficos, geológicos,
geomorfológicos, hidrogeológicos, estruturais e hidroquímicos, um modelo genético para a fonte,
definindo sua Área de Proteção.

Prazo: 90 dias.

6 - ORÇAMENTO GERAL

O quadro seguinte apresenta um orçamento consolidado para os trabalhos de pesquisa mineral


programados.

ORÇAMENTO CONSOLIDADO Valores em Reais (R$)


Pesquisas Bibliográficas 500,00
Foto-interpretação 1.500,00
Planejamento da Pesquisa 800,00
Trabalhos Topográficos 6.000,00
Estudos Fisiográficos 1.500,00
Estudos Geomorfólogicos 1.000,00
Mapeamento Geológico 6.000,00
Estudos Petrográficos 1.500,00
Estudos Geofísicos 12.000,00
Obras de Captação (locação, perfuração, ensaio de
bombeamento e obras de casa de captação) 45.000,00
Análises de Água 5.000,00
Relatório Final de Pesquisa 12.000,00
22
Sub – total 92.800,00
Eventuais (aquisição de materiais tais como mapa, fotografias
aéreas e ortofotos; despesas com xerox e impressão, etc) – 5% 4.640,00
TOTAL 97.440,00

Assim, o orçamento geral da pesquisa totalizou R$ 97.440,00.

7 - CRONOGRAMA FÍSICO

Mediante a necessidade de um tempo hábil, dentro dos predispostos por este orgão, apresentamos
em folha anexa o cronograma físico dos trabalhos a serem realizados para o cumprimento e
necessidade da execução dos trabalhos.

8 – COMPROMISSOS FIRMADOS JUNTOS AO DNPM

Mediante a proposta de trabalho acima exposta, conjuntamente com o cronograma das atividades
a serem executadas, o requerente acatará as seguintes proposições, abaixo descritas:

♦ Que conhece e obedecerá todos os procedimentos técnicos constantes do Regulamento


Técnico 001/97, D.O.U. de 08/08/97, detalhando os serviços recomendados para essa fase
de pesquisa. Na elaboração do relatório final de pesquisa assumir o compromisso de que
cumprirá as orientações do R.F.P. - DNPM/1994;
♦ Que os serviços de captação e proteção da fonte e/ou poço serão documentados
fotograficamente obedecendo normas e recomendações do Órgão de Fiscalização - no caso
de surgências - removendo todo o material envolvente, drenando toda a água circundante
para reduzir o risco de infiltração e conseqüente contaminação;
♦ Que comunicará previamente o início das obras de captação para que o representante do
DNPM possa se fazer presente no decorrer dos serviços;
♦ Que será elaborado um mapa geológico de detalhe (escala 1:2.000) contendo os traços
litoestruturais, tais como contatos litológicos, falhas, lineamentos, etc;
♦ Que serão confeccionadas lâminas petrográficas para a correta classificação das rochas
locais;

23
♦ Que será apresentado no relatório final, com base nos aspectos fisiográficos, geológicos,
geomorfológicos, estruturais e hidrogeoquímicos, um modelo genético para a(s) fonte(s) e/ou
poço(s);
♦ Que descreverá as obras de engenharia e proteção sanitária relativas à captação e casa de
proteção da captação de acordo com as normas técnicas contidas no Regulamento Técnico
001/97, D.O.U. de 08/08/97, apresentando todos os desenhos e plantas correspondentes;
♦ Que definirá as áreas ou perímetros de proteção para a(s) fonte(s) e/ou poço(s) com base
em critérios hidrogeológicos definidos na Portaria nº 231de 31/07/98, publicada no D.O.U.
em 07/08/98, de modo a estabelecer a zona de influência (ZI), zona de contribuição (ZC) e
zona de transporte (ZT) segundo suas características hidráulicas.
♦ Que se caso ocorrer alguma degradação ambiental, decorrente dos trabalhos de pesquisa
na área autorizada, o titular do alvará deverá de comprometer a adotar as medidas
corretivas necessárias para a recomposição natural do meio ambiente obedecendo
integralmente as normas específicas vigentes sob pena das sanções legais pertinentes.

Assim sendo, pelo exposto por este Plano de Trabalho de Pesquisa para Água Mineral, bem como
os documentos necessários ao processo de Requerimento de Pesquisa e não mais a apresentar,
requere-se o deferimento do respectivo relatório.

Itaúna, 22 de dezembro de 2003.

Moisés Perillo
Geólogo – CREA-MG 71.183/D
Responsável Técnico

24

Você também pode gostar