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A Crítica Da e Na Revista Sul

Revista Sul, Florianópolis 1948-1958, 30 edições - textos críticos da publicação e sobre ela.

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Iran Silveira
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A Crítica Da e Na Revista Sul

Revista Sul, Florianópolis 1948-1958, 30 edições - textos críticos da publicação e sobre ela.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA

Iran Silveira

A CRÍTICA DA E NA REVISTA SUL

Florianópolis – SC

2017
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA

Iran Silveira

A CRÍTICA DA E NA REVISTA SUL

Dissertação de mestrado acadêmico apresentada ao


Programa de Pós-Graduação em Literatura como
requisito parcial para a obtenção do título de Mestre.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Lúcia de Barros


Camargo – UFSC

Florianópolis – SC

2017
3

Ficha catalográfica
4
5

AGRADECIMENTOS

Orientadora Profª Drª Maria Lúcia

Profas. Dras. Luciana Rassier e Laíse Bastos

Me. Raquel Eltermann

Dra. Regiane Régis

Dennis Radünz

Colegas do Nelic

Niralci e Leila Silveira (pais)

À CAPES, que forneceu a bolsa que possibilitou esta pesquisa


6

RESUMO

O Grupo Sul foi iniciador das atividades artísticas e literárias de cunho moderno em Santa
Catarina, no final dos anos 1940. Seu mais conhecido e duradouro veículo de expressão foi a
Revista Sul, que teve trinta edições em dez anos (1948-57), tendo seu fim determinado o
encerramento das atividades do grupo como tal. Um dos gêneros textuais praticados na revista
era o da crítica literária. A Introdução apresenta o problema, os objetivos, hipóteses e métodos
do trabalho. O segundo capítulo, “A Caixa Postal 384” apresenta e caracteriza a Revista Sul,
sua parte física, uma breve história do Grupo, destacando os debates com os acadêmicos no
Jornal O Estado. Baseando-se nesses dados, propõe-se uma classificação periódica da
Revista. “Fortuna crítica”, terceiro capítulo, contém um apanhado dos trabalhos já realizados
sobre o Grupo, onde predominam duas linhas de análise, servindo Celestino Sachet e sua obra
como divisores. Analisando os editoriais e artigos da revista no capítulo quatro, são propostas
três categorias de texto editorial específicas para este estudo. Uma série protagonizada por
Salim Miguel chamada “Revisão de valores” (publicada em 1948, 52 e 55) lança controvérsia
a respeito do legado dos modernistas da primeira geração brasileira. Salim é também
controvertido em suas resenhas, muitas vezes apresentando mais de uma personalidade crítica.
Já Eglê Malheiros aposta num caminho crítico mais constante, analisando obras de poetas e
ficcionistas mulheres que, como ela, têm preocupações sociais bem definidas.

Palavras-chave: modernismo – literatura brasileira – revista literária – crítica – Grupo Sul


7

ABSTRACT

Sul Group was the initiator of modern artistic and literary activities in Santa Catarina in the
late 1940s. Its best-known and long-lasting vehicle for expression was the Sul Magazine, that
had thirty editions in ten years (1948-57), having its end determined the end of the group. One
of the textual genres practiced in the magazine was that of literary criticism. The Introduction
presents the problem, the objectives, hypotheses and methods of the work. The second
chapter, "A Caixa Postal 384" presents and characterizes Sul Magazine, its physical part, a
brief history of the Group, highlighting the debates with the academics in the newspaper O
Estado. Based on these data, it is proposed a periodic classification of the magazine. "Critical
Fortune", chapter three, contains a collection of the work already done on the Group, where
two lines of analysis predominate, serving Celestino Sachet and his work as divisors.
Analyzing the editorials and articles of the journal in chapter four, three categories of editorial
texts specific to this study are proposed. A series starring Salim Miguel called "Review of
Values" (published in 1948, 52, 55) launches controversy regarding the legacy of modernists
of the first generation in Brazil. Salim is also controversial in his reviews, often featuring
more than one critical personality. On the other hand, Eglê Malheiros bets on a more constant
critical path, analyzing works of poets and fiction women who, like her, have well-defined
social concerns.

Keywords: Modernism – Brazilian literature – literary magazine – critics – Sul Group


8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABL Academia Brasileira de Letras

ACL Academia Catarinense de Letras

CAM Círculo de Arte Moderna

FJ Folha da Juventude

GAPF Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis

GS Grupo Sul

IOE Imprensa Oficial do Estado

MAMF Museu de Arte Moderna de Florianópolis

MASC Museu de Arte de Santa Catarina

TECAM Teatro de Câmara / Teatro Experimental do Círculo de Arte Moderna


9

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO ...................................................

2. A CAIXA POSTAL 384 …..............................................................................

2.1. Características de Sul …..................................................................................

2.2. Expedientes ….................................................................................................

3. FORTUNA CRÍTICA ….................................................................................

3.1. “Sachetianos” e “Anti-sachetianos” …...........................................................

3.2. Outras abordagens …......................................................................................

3.3. Trabalhos acadêmicos recentes …...................................................................

3.4. Roteiro de leitura: um recorte temático da fortuna crítica …..........................

4. EDITORIAIS E ARTIGOS .............................................................................

4.1. Situação dos editoriais …................................................................................

4.2. Cartas de intenções versus manifestos …........................................................

4.3. Revisando valores ….......................................................................................

4.4. Prevendo o fim …............................................................................................

4.5. A pretexto de um balanço parcial ...................................................................

5. A LITERATURA CRÍTICA ….......................................................................

5.1. A dialética salineana: primeiro e segundo graus ….........................................

5.2. A Eglê Malheiros crítica ….............................................................................

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ….....................................................................

7. REFERÊNCIAS ….........................................................................................
10

APÊNDICE A – NÚMERO DE PÁGINAS E DATAS …........................................

ANEXO A – RELATÓRIO DE INDEXAÇÃO …...................................................


11

1. INTRODUÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO

A Revista Sul foi o primeiro veículo de comunicação moderno e dedicado à cultura de


Santa Catarina, tendo surgido em 1948 e durado dez anos. Foi o principal veículo de
expressão do Círculo de Arte Moderna (CAM), grupo que introduziu as ideias modernistas na
Florianópolis da década de 1940. Tendo como integrantes Aníbal Nunes Pires, Salim Miguel,
Eglê Malheiros, Ody Fraga e Silva e Antônio Paladino, entre outros, o Grupo Sul publicou em
seu periódico prosa, poesia, teatro e inaugurou a vertente crítica no Estado, além de atuar no
terreno teatral, plástico e cinematográfico. O objeto do presente trabalho é a crítica produzida
por e sobre o grupo.

O segundo capítulo (“A Caixa Postal 384”) apresenta a Revista Sul e suas
características físicas, sua iconografia, seu expediente, alguns aspectos da história do grupo,
como os debates com os acadêmicos, e propõe uma classificação periódica da Revista. Na
“Fortuna Crítica” (capítulo 3), realizou-se um apanhado dos trabalhos já publicados sobre a
obra poética e ficcional do Grupo, o que permitiu constatar que predominam duas linhas de
análise, conforme analisaremos.

O Círculo de Arte Moderna não redigiu manifestos, mas os editoriais da Sul são
bastante elucidativos quanto às intenções do grupo. Analisando os mesmos (capítulo 4),
propõem-se três categorias de texto editorial e é enfocada uma série protagonizada por Salim
Miguel chamada “Revisão de valores”. Finalmente, em “A Literatura Crítica” (capítulo 5), são
apresentados e analisados resenhas e artigos sobre literatura publicados pelos dois principais
artífices da revista, Salim Miguel e Eglê Malheiros.

Com tudo isso, intenta-se contribuir para o debate acerca do fazer literário em Santa
Catarina, sua crítica e historiografia: “a literatura é patrimônio cultural de nossas terras e de
nossas gentes, manifestação de um grupo social e político que vem se formando através dos
tempos e que se adapta às correntes da História e da Cultura1”.

Os objetivos deste trabalho são: adotar uma divisão em fases da história do grupo, de

1 Sachet, Celestino. A literatura catarinense. 1985, p.7


12

cunho didático; elaborar uma fortuna crítica do grupo; estabelecer categorias críticas dentro
da fortuna crítica; analisar os editoriais da revista; propor uma classificação dos editoriais;
analisar a crítica literária feita na revista; apontar os principais autores de texto de opinião do
grupo; verificar a possível existência de uma heterogeneidade no grupo à medida que este
acumula “horas de voo”.

Diante dos objetivos propostos, levantam-se as seguintes hipóteses: (a) a história do


grupo e a revista pode ser dividida em três fases distintas, havendo consequências; (b) o grupo
até hoje vem sendo analisado pela crítica sob dois prismas majoritários, ainda que não
excludentes: o sachetiano, de Celestino Sachet, num viés mais conservador, e o anti-
sachetiano; (c) os editoriais escapam do formato tradicional e apresentam tipologia própria;
(d) enquanto a prosa de ficção é considerada la pièce de résistance do grupo, é o texto não-
ficcional, o da resenha em especial, um item pouco conhecido e explorado, que é responsável
por parte importante da identidade do grupo.

Para construir e responder as hipóteses propostas, o método utilizado é um misto de


trabalho de arquivo e análise de texto, sendo que para elaborar as categorias foram utilizados
o reconhecimento de padrões e estabelecimento de conexões. A coleta dos dados foi feita por
intermédio da indexação dos trinta números da revista, na qual foram catalogados todos os
textos publicados e em cada um deles foi discriminado autor, título, vocabulário controlado,
palavras-chave, número de página, notas de resumo, autores citados. Essa metodologia é
utilizada para análise de periódicos neste e em outros trabalhos realizados no Nelic – Núcleo
de Estudos Literários e Culturais, da Universidade Federal de Santa Catarina.

Tendo iniciado as atividades em 1996, o Nelic dedica-se ao mapeamento da crítica


literária e cultural brasileira, com a citada indexação e o estudo de periódicos literários e
culturais. Tal trabalho busca refletir sobre a constituição dos cânones na área da literatura e da
cultura, assim como analisar as mudanças de olhar que configuram o objeto literário e sua
função. Propõe, ainda, um ciclo de leitura da crítica literária e cultural, objetivando a crítica
dessas críticas e promovendo um movimento que vai do texto ao texto, a exemplo do que é
proposto nesta dissertação. Isso é possível por intermédio de análises que consideram o
periódico um tecido semântico cuja leitura só se efetiva a posteriori e através do cruzamento
dos dados indexados.
13

Nesta pesquisa, de caráter bibliográfico, analisaram-se textos publicados na revista Sul


no segmento literário (ainda que ela tenha abrangido outros segmentos: teatro, cinema, artes
plásticas, folclore). Escolheu-se, no entanto, os artigos e os textos de caráter crítico-ensaístico.
Antes disso, o capítulo 2 apresenta mais detalhadamente o grupo e a revista; e o capítulo 3
enfoca outros trabalhos que já foram feitos sobre o CAM, vendo que o teor dessas abordagens
foi bastante variado, umas mais gerais, outras mais específicas, em todo caso oscilando entre
uma visão mais influenciada por Celestino Sachet, uma visão que se antepõe a essa e os casos
isolados ou indefinidos.
14

2. A CAIXA POSTAL 384

É por seguirem os velhos poetas que os poetas


modernistas são tão novos.
Mário de Andrade, A Escrava que não é Isaura, p. 52

Para a historiadora Giselle Martins Venâncio 2, as revistas literárias da primeira metade


do século XX foram um “espaço de experimentação”, obras em progresso que não tinham o
compromisso de serem definitivas como os livros, podendo assim exercer a figura de “espaço
de intercâmbio intelectual”. Por seu turno, Mônica Pimenta Velloso 3 constata que as revistas
passaram a ser “fonte de informação, atualização e incentivo à polêmica”, com maior e mais
imediato potencial de interferência na realidade que o livro, graças, em grande parte, às seções
de artigos. O crescimento, em número e importância, de publicações periódicas, e em
particular de revistas, desde meados do século XIX, é um fato que “reflete o anseio de
informação de um público urbano crescente e a emergência de uma classe média com
interesses culturais mais definidos”4. Dentro dessa conjuntura mundial, os brasileiros
produziram um grande número de títulos periódicos, sendo que em Santa Catarina o primeiro
título num cenário modernista, já na geração pós-45, foi a Sul.

A Sul foi a princípio uma certidão de existência de uma modernidade já velha para o
mundo, ainda que relativamente nova para uma província parnasianesca. Depois, foi uma
demonstração de resistência, status adquirido graças, entre vários fatores, à inserção da crítica
literária no contexto local, ao desenvolvimento de estilos individuais que se refinavam a cada
número e à publicação e correspondência de escritores de outros estados e países.

Além da revista, o Círculo de Arte Moderna, mais tarde conhecido como Grupo Sul,
produziu teatro, cinema, incentivou as artes plásticas, seus membros foram agitadores
culturais e alguns deles publicaram seus próprios livros de prosa e poesia. A importância e
2 Venâncio, Giselle Martins. Oliveira Vianna entre o espelho e a máscara. 2015, p. 73
3 Velloso, Mônica Pimenta. Modernismo no Rio de Janeiro. 1996, p. 56
4 Velloso, op. cit., p. 56; ambas, Velloso e Venâncio, baseiam-se no trabalho de Jacqueline Pluet-Despatin (não
traduzida para o português)
15

abrangência da atuação do grupo em Santa Catarina são consolidadas, a julgar pelo número de
trabalhos realizados sobre o grupo (ver capítulo 2).

O ponto de partida para esse movimento foi o jornal Folha da Juventude, editado em
1946 e 47 pela Associação da Juventude Catarinense. Antônio Paladino foi o editor de quatro
das seis edições do periódico, que advogava pelos ideais de progresso e liberdade. Publicam
ele, Salim Miguel, Eglê Malheiros, Ody Fraga e Silva, Aníbal Nunes Pires, Cláudio Bousfield
e Armando Carreirão, dos que constituiriam o CAM, entre outros. Salim, Bousfield e Paladino
(além dos membros posteriores Silveira de Souza e Hugo Mund Jr.) se conheceram no
Colégio Catarinense, onde Aníbal era professor. A princípio tímida, a Folha da Juventude
passa, a partir do terceiro número, a investir na defesa do moderno.

Nessa época, as leituras do grupo, e de muitos outros grupos, incluem Marx, Proust,
Gide, Kafka, Sartre, conforme relato de Ody (citando Henrique Stodieck via Hamilton
Ferreira)5; e dos brasileiros, Machado, Lima Barreto, Cruz e Sousa, Mário de Andrade,
Drummond, José Lins do Rego, Jorge Amado e Graciliano Ramos, conforme depoimentos
posteriores de Salim Miguel.

É notório que, até o início das atividades do grupo, o movimento modernista havia
sido solenemente ignorado em solo catarinense. O grupo pretende iniciar uma mudança ao
publicar no número 4 da FJ, em junho de 1947, um editorial apresentando o “novo” (porém já
velho) estilo6; e nos dois números seguintes, Aníbal assume a “Página de Arte Moderna”.

Num texto de Ody no número 5 aparece pela primeira vez uma menção ao “Círculo de
Arte Moderna”, referindo-se a Aníbal, Paladino e a si próprio; e no mês seguinte (agosto/47)
Salim escreve um artigo com esse título no jornal O Diário da Tarde. Já na última edição da
Folha da Juventude aparece um editorial favorável à nova estética, com o título de “A
Juventude de Florianópolis e a Campanha da Arte Moderna”: “E é agora, depois de 25 anos
do seu aparecimento, que se faz, pela primeira vez em Florianópolis, a Campanha em prol da
Arte Moderna, senhores leitores”.

Nessa ocasião, os autores citados já confabulavam sobre um possível grupo literário.

5 No editorial da Revista Sul nº 5, agosto de 1948


6 "Precisamos despertar na juventude de Florianópolis o gosto pela arte moderna. Chegou o momento de
combatermos, em nossa cidade, este torpor, esta indolência contraproducente e estéril, que a vem
aniquilando" – Sabino, 1979, p. 36.
16

Mas, antes disso, Salim, Paladino, Bousfield e Aldo Sagaz produzem, ainda em 47, uma
espécie de proto-fanzine – um informativo datilografado, de tiragem mínima, chamado
Cicuta, de quatro números. Aproveitando a independência do formato, a linguagem é mais
incisiva, corrosiva e irônica que a do FJ.

Nesse ínterim, os autores citados e outros, como Élio Ballstaedt e Walmor Cardoso da
Silva, formaram aquele que viria a ser conhecido como Grupo Sul, o CAM. Sua primeira
publicação sai às ruas sem demora, em janeiro de 48 – a Revista Sul nº 1. A Sul era
confeccionada na Imprensa Oficial do Estado, fora do horário de expediente, graças ao apoio
do diretor da IOE, Batista Pereira7. Suas primeiras edições contavam com 16 páginas, número
que foi aumentando até alcançar 152 páginas na derradeira edição. A periodicidade, que no
início era bimestral, foi variando, e em alguns anos a revista teve apenas duas edições. A
tiragem foi sempre de mil exemplares. Os endereços físicos que constam nos expedientes são
o da rua Feliciano Nunes Pires (edições 1 e 2), avenida Conselheiro Mafra (3 a 7), rua
Fernando Machado (12) e Praça 15 (27 a 30), mas a morada fixa da revista foi sempre a caixa
postal 384 dos correios.

Os primeiros números, além de menos volumosos, traziam mais matérias sobre teatro
e cinema do que sobre literatura. Os números 1 a 4 reservavam espaço para correspondentes e
agências de notícias (Serviço Francês de Informação, British News Service), viabilizados
através de embaixadas, mas que apresentavam pouco interesse para o leitor da Ilha. Outro
recurso logo abandonado foi a publicação de autores antigos ou conhecidos, como foi o caso
de Vinícius de Moraes, Romain Rolland (ambos no nº 2), Cruz e Sousa (nº 3), Manuel
Bandeira (nº 7), Fernando Pessoa e Jules Renard (ambos no nº 11).

A publicação, dirigida por Aníbal Nunes Pires com colaboração de outros membros
(ver Apêndice B), teve quatro integrantes que foram constantes durante todas as fases da
existência dela; foram eles: Salim Miguel, na crítica e na prosa de ficção; Aníbal e Eglê
Malheiros, na poesia; e Ody Fraga e Silva, na dramaturgia. A respeito das fases da revista,
poderiam ser divididas em três:

I. Edições 1 a 10 (1948-49): quando participaram os membros fundadores Paladino


(poeta e cronista), Carreirão (principalmente poeta), Bousfield e Hamilton (ambos sem

7 A quem eles agradecem nominalmente em nota na Sul nº 13, de abril de 1951


17

preferência de gênero literário). Linha editorial indefinida, textos mais curtos, porém
maior coesão de grupo. Liderança predominante de Aníbal. Esta fase, que foi aquela
de que Ody participou mais ativamente, termina com a morte de Paladino, aos 25
anos, e a ida de Hamilton para o Rio de Janeiro, para exercer a advocacia. Número de
páginas em média: 23.

II. Edições 11 a 20 (1950-53): o início desta fase coincide com a viagem de Ody para o
Rio de Janeiro. A formação do grupo sofre mais mudanças. Aumenta a participação de
Ballstaedt (articulista), Walmor (poeta) e Archibaldo Neves (articulista e prosador), e
surgem três jovens ficcionistas de talento, que acompanhariam o grupo até o fim:
Guido Wilmar Sassi, J. P. Silveira de Souza e Adolfo Boos Jr. Número de páginas em
média: 65.

III. Edições 21 a 30 (1953-58): esta é a fase em que a revista apresenta textos mais longos,
elaborados, e com maior ênfase na literatura. O historiador Osvaldo Ferreira de Melo
Filho é presença frequente. Pedro Taulois, membro antigo, vai para a França, mas
continua colaborando. Liderança predominante de Salim. Número de páginas em
média: 110.

No penúltimo número, Eglê Malheiros já alertava para a possibilidade do


encerramento da Sul, o que eventualmente significaria o encerramento das atividades do
próprio CAM. O derradeiro número (30) já abre com um simbólico atestado de óbito 8. Entre
os motivos para a término da produção da revista, o crucial foram as progressivas tentativas
do Governo do Estado de limitar o uso da Imprensa Oficial, sem a qual a confecção da Sul se
tornava insustentável.

Por outro lado, vê-se que alguns periódicos literários da época não tiveram tanta
longevidade, enquanto outros tiveram. Os exemplos a seguir, em ordem cronológica, são
apenas uma pequena amostra do grande número de publicações que então circulavam:

 a Joaquim (PR), com Dalton Trevisan, durou de 1946 a 48, com 21 números;

 a Edifício (MG), com Edmur Fonseca, teve quatro números em 1946, embora Lauro

8 O texto “A Ilha e a Ponte”, de Esdras Nascimento, é introduzido como “a coroa de flores para o enterro de
Sul”. Revista Sul, edição 30, p. 3 (dez. 1957).
18

Junkes se refira a ela erroneamente como sendo de 489;

 a Quixote (RS), com Heitor Saldanha e Luís Carlos Maciel, entre 1947 e 52;

 a Orfeu (RJ), com Fred Pinheiro e Lêdo Ivo, circulou em 1947 e 48;

 a Revista Brasileira de Poesia (SP), com Péricles Eugênio da Silva Ramos e


Domingos C. Silva, com seis números de 1947 a 53;

 a Branca (RJ), com José Saldanha da Gama Coelho Pinto, entre 1948 e 57;

 a Ilha (MA), com José Sarney Costa, durou o ano de 1948;

 a Presença (PE), com Barros Lima, entre 1948 e 52;

 a Fundamentos (SP), com Monteiro Lobato e Caio Prado Júnior, 1948-55;

 a Letras da Província (MA), com Ferreira Gullar e Lago Burnett, 1949-50;

 a Horizonte (RS), com Lila Ripoll e Carlos Scliar, 1949-56;

 a Fronteira (RS), com Vicente Moliterno, 1950-51, um “braço” do grupo Quixote.

Entre as mais longevas, houve a Seiva (Salvador), de Walter Silveira, que era ligada ao
Partido Comunista do Brasil e durou de 1938 a 52, mas em três fases de circulação diferentes,
caso parecido com a da Resenha Literária (Recife), de Permínio Asfora, que iniciou em 48, e
da Temário, de Miécio Tati, feita em 1951-52 no Rio de Janeiro, todas sendo veículos
literários do partido. Há o caso da Clã, do Ceará, com Fran Martins, Braga Montenegro e
Moreira Campos, que iniciou em 1948 e teve grande longevidade, mas até 1957 tinha
publicado apenas 15 edições, quinze a menos que a Sul no mesmo período.

Jorge Schwartz diferencia as revistas de vanguarda das revistas modernas de acordo


com dois fatores: o projeto cultural e ideológico (definido nos editoriais), que nas primeiras
seria percebido com mais clareza, e à duração, que nas primeiras é mais efêmera10.

Sendo uma revista de caráter modernizador, a Sul apresenta algumas características,


além das já expostas, que podem-na distinguir das demais revistas modernas da época. Essas

9 Junkes, Lauro. Aníbal Nunes Pires e o Grupo Sul. 1982, p. 24


10 Schwartz, Jorge. Vanguardas latino-americanas – polêmicas, manifestos e textos críticos. 2008, p. 54
19

características podem ser físicas, como as suas capas, ilustrações, a diagramação; podem ser
características de estilo e linguagem; e de atitude, como a sua oposição à Academia, conforme
veremos a seguir.

2.1. Características de Sul

Além dos traços distintivos já mencionados, a revista do Círculo de Arte Moderna


tinha como características físicas as capas e ilustrações interiores em preto-e-branco de
artistas de diversos lugares. No verso da capa eram publicados poemas na primeira fase da
revista, e depois disso os expedientes (ver subcapítulo 2.2). A primeira página era quase
sempre lugar dos textos de caráter editorial, os quais são analisados no capítulo 4. As últimas
páginas da revista, incluindo o verso da contracapa, eram o espaço dedicado ao registro de
correspondência com outras publicações (“Recebemos e agradecemos”) e aos anunciantes,
enquanto a contracapa geralmente continha o sumário da edição.

A distribuição dos textos era variável, principalmente na primeira fase, e não raro os
textos eram cortados em partes intermitentes da edição – dois exemplos: o conto “Lívia”, de
Pedro Taulois, aparece na página 12 inteira, continua no final da 17 e conclui no final da 18
do número 10. Na mesma edição, o “Poema marítimo” do colaborador Reynaldo Bairão
começa na página 27 e conclui na 21 (!). Com o aumento progressivo do número de páginas,
bem como da experiência como editores, a partir do número 13 a prática desse recurso vai
diminuindo, mas não chega a desaparecer.

A partir do número 20, a sequência de textos se estabiliza em artigos e ensaios, logo


depois dos editoriais; seção de poesia; seção de contos e crônicas; seção “Notas &
comentários”, com vários autores escrevendo sobre os acontecimentos culturais; e uma
reportagem sobre evento ou um informe publicitário, quase no final.

No decorrer de dez anos de atividade, o Grupo Sul incentivou muitas linguagens e


estilos, e o próprio grupo não tinha uma hegemonia estilística, como não tinha o movimento
paulistano de 1922. Contudo, na matéria que Celestino Sachet escreve para o jornal O Estado
em 11/09/1977, “A cultura a cavalo do poder político”, o entrevistado Hamilton Valente
20

Ferreira elenca as características que, segundo ele, seriam comuns aos integrantes do CAM:

- descompromisso com as correntes políticas, religiosas, literárias e


artísticas de qualquer natureza. Único lema; 'Não sei por onde
vou,/Não sei para onde vou,/Sei que não vou por aí';
- ausência de qualquer institucionalização, o que os teria levado,
fatalmente, a fundar uma Academia, exatamente o que não queriam.
Sobretudo não ter estatutos;
- grande abertura para receber colaborações de todos que as desejasse
fazer;
- sentido marcante de que não se tratava de cumprir nenhuma
obrigação;
- conversa livre e aberta, nas quais não se pretendia provar nada a
ninguém. Tudo o que se queria era descobrir.11

Nota-se que as características citadas por Hamilton têm um teor bastante familiar,
parcial, até emotivo. Em todo caso, é a única tentativa de generalização sobre o CAM feita
por um próprio integrante.

Essa trajetória não foi possível sem um pouco de beligerância. Em Florianópolis, a


geração literária anterior ao CAM era a da Academia Catarinense de Letras, que ditava as
regras do bom gosto local ao assumirem-se autoridades na área – e isso significava, na prática,
praticar poesia de cunho romântico e parnasiano. Os modernos ilhéus eram franca e
abertamente contrários à ACL, e essa indisposição se tornou pública quando, em 49,
Ballstaedt começa um corrosivo debate através do jornal O Estado, no que foi prontamente
respondido pelo parnasiano Altino Flores e na sequência por Salim, num embate que durou
quase um ano. Embora se pudesse dizer que não houvesse vencedores, o jornal meses depois
decidiria manter uma página para os “velhos” e cortar a dos “novos”, como os próprios se
chamaram nas diversas respostas, réplicas e tréplicas, em alusão a outras querelas literárias.

Debates literários acirrados e públicos não são novidades na cultura brasileira. No


final do século XIX e início do XX, no Rio de Janeiro, o crítico Sílvio Romero protagonizou
diversas polêmicas via imprensa, contra oponentes como Araripe Júnior, José Veríssimo,
Machado de Assis, entre outros: “As polêmicas incorporaram a forma dialógica dos desafios
da poesia popular e um código de honra tradicional, que entrava em conflito com as propostas

11 Citado por Sabino (1979)


21

de modernização”12. No Grupo Sul, apenas Eglê Malheiros escreveu sobre Romero, num
artigo do nº 13 da Sul, por ocasião do centenário do seu nascimento. No texto, Eglê o chama
de “um de nossos melhores escritores”, a despeito do fato de que fosse acadêmico, como
Altino Flores. Este seria, com cinquenta anos de diferença, no episódio da polêmica com o
GS, uma versão interiorana e obtusa de Romero.

Numa outra interpretação da polêmica de O Estado, Blass e Guerra13 comparam Flores


a Monteiro Lobato no episódio em que perseguiu Anita Malfatti via imprensa. A comparação
de Blass e Guerra procede, mas o episódio Malfatti-Lobato foi unilateral, não houve troca de
acusações14, como no combate entre Flores e o CAM.

Curiosamente, três integrantes do maduro Grupo Sul, Hugo Mund Jr., Osvaldo Melo
Filho e Silveira de Souza, iriam posteriormente (décadas de 1980-90) assumir suas cadeiras
na ACL. O próprio Salim Miguel foi cotado para uma vaga, tendo recusado a oferta15.

2.2. Expedientes

Finalizando o capítulo referente à apresentação de Sul, listamos, por ordem de entrada,


os autores que publicaram na Revista e que constam nos expedientes16:

 Aníbal Nunes Pires – Diretor (1-7, 13-30), Conselho de direção (9-10), Conselho
orientador e de redação (11-12).
 Ody Fraga e Silva – Diretor de redação (1-3), Redator (6-7, 13-30), Conselho de
direção (9-10), Conselho orientador e de redação (11-12).
 Salim Miguel – Gerente (1-5), Secretário (6-7, 9-12), Conselho orientador e de
redação (11-12), Redator (13-18), Diretor (19-30).
 Hamilton Valente Ferreira – Gerente (1-5), Diretor (6), Representante no RJ (7, 9-22).

12 Ventura, Roberto. Estilo tropical. 1991, p. 10


13 Blass e Guerra. Grupo Sul e a revolução modernista em Santa Catarina. 2009, p. 28
14 Brito, Mário de Silva. História do Modernismo Brasileiro: antecedentes da Semana de Arte Moderna. 1971,
p. 50-60
15 Conforme entrevistas dadas por Salim Miguel e Silveira de Souza a Blass e Guerra, Grupo Sul e a
Revolução Modernista em Santa Catarina. 2009, p. 42, 66
16 Exceto na edição 8, que não possui expediente impresso.
22

 Cláudio Bousfield Vieira – Redator (1, 6), Colaborador (2-5).


 Eglê Malheiros – Redatora (1-7, 13-30), Conselho de direção (9-10), Conselho
orientador e de redação (11-12).
 Antônio Paladino – Redator (1-5, 9-10), Secretário (6-7). Paladino falece após o
lançamento da edição 10.
 Armando S. Carreirão – Redator (1-5, 13), Gerente (6-7, 9-10).
 José Tito Silva – Colaborador (1-5).
 Fulvio Vieira – Redator (2-6, 9-10, 13-26), Diretor (7)
 Archibaldo Cabral Neves – Redator (6-7, 9-10, 13-14), Gerente (11), Conselho
orientador e de redação (11-12).
 Walmor Cardoso da Silva – Redator (6-7, 9-10), Conselho orientador e de redação (11-
12), Secretário (13-28), Redator (29-30).
 Élio Balstaedt – Colaborador (5), Redator (6-7, 9-10, 13-26), Conselho orientador e de
redação (11-12).
 Pedro Taulois – Redator (6-7, 9-10, 13-26), Conselho orientador e de redação (11-12).
 Odílio Malheiros Jor. – Representante no RS (7, 9-10), Conselho orientador e de
redação (11), Redator (13-26).
 Sálvio de Oliveira – Conselho de direção (9).
 Doralécio Soares – Colaboração técnica (9-10), Conselho orientador e de direção (11-
12), Redator (13-30).
 Margot Ganzo – Redatora (9-10), Conselho orientador e de redação (11).
 Luís Santos – Redator (13-26).
 Marcos de Farias – Redator (17-20).
 Hugo Mund Jr. – Redator (17-26), Representante RJ (23-28).
 João Paulo Silveira de Souza – Redator (17-30).
 Osvaldo Ferreira de Melo Filho – Redator (18-30).
 Adolfo Boos Jr. – Redator (24-30).
 Edmond Jorge – Secretário (26-28), Redator (29).

Há outros: redatores e colaboradores inclusos nos expedientes da revista, mas que


23

nunca chegaram a assinar textos; são eles(as): Silveira Junior (1), Lory Ballod (1-2), Jorge
Kazsas (1-2), Lídio Martinho Callado (2-4), Layla Freyesleben (3-6), Alfredo L. Meyer (13-
14), Aloísio Calado (13-14), Sylvio E. P. Martins (13-16), Humberto Paz (19-20). E além
destes, há numerosos nomes que colaboraram com diversos gêneros de textos, mas que
compareceram também como representantes em suas respectivas cidades, estados ou países, a
partir da edição 7. É o caso de Guido Wilmar Sassi (Lages, 22-30), entre muitos outros.
Em todo caso, percebe-se que há apenas três integrantes que trabalharam na revista do
seu início ao seu fim, sem interrupções: Aníbal Nunes Pires, o maior responsável pela
formação e primeiro líder do grupo; Salim Miguel e Eglê Malheiros – ao passo que um quarto
elemento, Ody Fraga e Silva, embora constante, acompanhou o grupo de longe e
esparsamente. Contudo, enquanto Aníbal compareceu com um número menor de colaborações
em poesia e prosa, e apenas três editoriais e duas resenhas (nos números 13 e 27), o casal do
grupo publicou muita literatura em vários gêneros e um número considerável de textos de
caráter crítico, como veremos nos capítulos 4 e 5. Antes disso, a próxima etapa é uma análise
dos textos sobre o GS e congêneres publicados até o presente momento.
24

3. FORTUNA CRÍTICA

A relação entre os três tempos mudou, porém esta


mudança não implica o desaparecimento do passado e do
futuro. Ao contrário, adquirem maior realidade: ambos
tornam-se dimensões do presente, ambos são presenças e
estão presentes no agora.
Octavio Paz, Os filhos do barro, p. 26

Os livros e trabalhos acadêmicos analisados a seguir versam sobre o Grupo Sul tanto
no aspecto geral quanto em questões específicas. O objetivo é o de focalizar a paisagem
crítica referente ao CAM de modo que não se precise repetir o que já foi exposto. Esses textos
foram publicados num intervalo de quase sessenta anos (1958-2016), começando por Melo
Filho, historiador que colaborou ativamente na terceira fase da Sul, e terminando por um
contemporâneo nosso, então graduando em História, Heverton Malagoli.

Fatalmente haverá algum(ns) trabalho(s) não abordado(s) aqui, e ao(s) qual)is) não
houve acesso. No todo, constatou-se, como Jorge Schwartz observou a respeito do
modernismo brasileiro, que “surpreendem a vitalidade e a produção permanentes de estudos
sobre o período”17.

3.1. “Sachetianos” e “anti-sachetianos”

Em relação à perspectiva histórico-literária utilizada para analisar a trajetória ou um


aspecto específico do CAM e de seus integrantes, pode-se dizer que há duas vertentes
principais e divergentes: a sachetiana, de Celestino Sachet, e a anti-sachetiana, embasada
principalmente na obra menos volumosa, mas anterior a Sachet, de Osvaldo Ferreira de Melo
Filho. Saliente-se que se tratam de categorias vagamente delineáveis, e de forma alguma
exatas ou fixas. Porém, pode-se afirmar que, em geral, a primeira vertente é conservadora,
tem enfoque menos favorável ao Grupo Sul, enquanto a segunda é progressista e vê com mais
17 Schwartz, Jorge. Vanguardas latino-americanas – polêmicas, manifestos e textos críticos. 2008, p. 22
25

entusiasmo os “rapazes de Sul”. Ainda em linhas gerais, a crítica sachetiana pretende iniciar
uma nova tradição crítica em Santa Catarina, vinculada e reverente à Geração da Academia e
contrária ou ao menos independente de Osvaldo Melo Filho. A crítica anti-sachetiana é
partidária a Melo Filho, crítica à abordagem sachetiana e eventualmente de leitura marxista,
não se poupando de apresentar contradições e discutir antagonismos. Já os pontos antagônicos
entre as duas perspectivas serão discutidos a seguir.

Quando se fala das primeiras manifestações literárias em SC até a Geração da


Academia, todos os autores mencionados a seguir citarão, seja na fonte, seja via outros
autores, o trabalho de Melo Filho Introdução à História da Literatura Catarinense, de
1958. O livro examina a questão da identidade literária, os séculos XVII e XVIII, o
Romantismo, um período de transição, o Realismo, o Simbolismo e o desenvolvimento
literário no século XX, parte na qual discorre sobre as gerações da Academia e da Sul. Neste
último capítulo, o autor escreve sobre o panorama do Estado no início do século, a Sociedade
Catarinense de Letras, a ACL, o ''marasmo'' entre uma geração e outra, e por fim, de forma
sucinta, somando treze páginas, o ''Grupo de Sul''.

Se Melo Filho é uma das principais referências na análise da antiga literatura em SC


em geral, Celestino Sachet escreveu o trabalho mais completo sobre a década de vinte
especificamente, As transformações estético-literárias dos anos 20 em Santa Catarina, em
1974, edição que não contém as referências bibliográficas dos documentos consultados. A
abordagem histórica não chega até o assunto CAM, mas é fundamental para embasar a
polêmica de 1949.

Nesse volume Sachet expõe principalmente a Geração da Academia – da qual toma


partido desde a introdução. Chega a referir-se a ela como uma ''revolução estético-literária'' e
''vanguarda catarinense''. Quanto ao livro de Melo Filho, Sachet diz, ainda na introdução, que
''dedica'' (a essa geração) ''pouco mais de meia dúzia de linhas'' (na verdade foram 129),
''mesmo assim, dentro de um prisma discutível, de vez que o integrante da Geração
Modernista do Grupo Sul de 1947 aplica aos da Geração Parnasiana de 1920 os parâmetros de
um Mário ou de um Oswald de Andrade''. Este seria o ponto crucial de discordância entre os
dois estudiosos, mas não o único. Concordando ou não com Sachet, o fato é que se tornou
referência – ao lado do próprio Melo Filho, outra citação obrigatória no assunto,
principalmente para os autores sachetianos.
26

As transformações... é o primeiro de uma série de estudos publicados por Sachet pela


Lunardelli. O próximo seria A Literatura de Santa Catarina, de 1979. Aqui Sachet pretende
compor, dos primeiros documentos literários até poemas publicados em jornais em 1978, o
painel mais totalizante da literatura de SC até então. Dedica para cada momento histórico, ou
tendência literária/ regional, algumas páginas introdutórias, e, para cada autor, algumas linhas
biográficas e uma relação de obras. Novamente não é indicada a bibliografia geral, mas há
citações de críticas quando reproduzidas.

Uma curiosidade é o relato, nas páginas 85 a 89 (a exemplo do que havia exposto nas
pp. 89-103 do livro anterior), do que o autor chama (forçosamente) de ''episódio Malfatti-
Lobato catarinense''. Trata-se de um episódio em que o pintor Augusto Hantz, ex-diretor da
Escola de Belas Artes de Jaú, que expôs no Clube Concórdia, em abril de 1921, telas de
motivos paisagistas, teria sofrido severas críticas no jornal O Estado por um anônimo a quem
Sachet se refere como “um crítico de arte” e “o jornalista”, reproduzindo dois excertos com
data de 21 de abril, o primeiro, e sem data, o segundo. Na página 95 de As transformações...,
Sachet arrisca: “Só pode ter sido Altino Flores!”. Apesar disso, nem nas linhas de Sachet, nem
na reprodução da crítica do “crítico”, há alguma informação se Hantz era realmente um pintor
que adotava alguma vertente do modernismo – possibilidade longínqua, quando se vê os
trabalhos que Hantz apresentou em São Paulo nas exposições de 1918 (com Roque di Chiaro),
1920 (individual) e algumas em 1924, e se constata que pintava paisagens em estilo quase
impressionista.

E o mais interessante ou inverossímil desse “episódio” é imaginar que um pintor


paulista desconhecido pudesse ter pintado telas surrealistas, cubistas ou expressionistas em
1921 e ter passado despercebido pelo grupo modernista e pela crítica – digna desse nome – da
época.

Não satisfeito com a inexata comparação, Sachet a repete mais adiante, na página 109,
desta vez referindo-se a outro episódio, agora em 1949, quando Hélio Bastos Couto assina, na
revista Leia-me, em Florianópolis, um artigo sobre a inauguração da Igreja da Pampulha.
Bastos teria aproveitado a ocasião para desancar o movimento modernista de 1922, e com ele
Portinari, Drummond, Bandeira e Villa-Lobos. Num exercício de exagero e interpretação
histórica, Sachet novamente alude ao fato como “episódio Malfatti-Lobato catarinense”.

Mais adiante, no capítulo de 13 páginas dedicado ao Grupo Sul, o autor traça um breve
27

histórico e apresenta seis autores: Aníbal Nunes Pires, Antônio Paladino, Eglê Malheiros,
Salim Miguel, Guido Wilmar Sassi e Silveira de Souza, os três últimos com reprodução de
críticas. As críticas reproduzidas são de resenhas de jornais, trabalho acadêmico, o Dicionário
crítico do moderno romance brasileiro, de Dias da Costa, e uma crítica de Paulo Ronai sobre
Sassi, não especificada.

Como o título seguinte, A Literatura Catarinense, sugere, este livro de 1985 pouco
acrescenta ao de 1979, podendo ser mesmo confundido com uma outra edição daquele. Várias
páginas são, inclusive, repetidas ou apenas rearranjadas. O referido ''episódio Malfatti-Lobato
catarinense'' (novamente sem bibliografia), por exemplo, foi agora condensado nas páginas 87
a 89, ocupando até o mesmo trecho no volume do de 79, onde aparece nas páginas 85 a 89.

O capítulo destinado ao Grupo Sul ganhou um relato sobre a polêmica entres “'Velhos'
e 'Novos'”, além de uma página sobre o trabalho de Lina Leal Sabino (1979), cujo estudo o
autor orientou. Na parte relativa aos autores foram incluídos Adolfo Boos Jr., Ody Fraga e
Walmor Cardoso da Silva, enquanto Guido Wilmar Sassi foi ''movido'' para a seção
''Regionalismo serrano-gauchesco''.

Em suma, o volume poderia ter sido chamado de ''2 a edição, revista, às vezes ampliada
e às vezes suprimida'' de ''A Literatura de Santa Catarina''. Quase como Presença da
Literatura Catarinense18 (este em co-autoria com Iaponan Soares), de 1989, outro título que
pouco acrescentaria à obra de Sachet, exceto pelo fato de que se trata de uma antologia. Com
uma divisão semelhante aos dois anteriores, os autores fazem uma página de apresentação a
cada mo(vi)mento/tendência, e no capítulo do Grupo Sul reproduzem textos de Aníbal Nunes
Pires, Eglê Malheiros, Walmor Cardoso da Silva, Guido Wilmar Sassi, Silveira de Souza,
Salim Miguel e Adolfo Boos Jr.

O mais recente desta sequência é A literatura dos catarinenses: espaços e caminhos


de uma identidade: poema, prosa, teatro, publicado em 2012 pela Unisul. Trata-se de uma
atualização dos anteriores em edição luxuosa. Contém apenas dois parágrafos sobre o Grupo
Sul. Nesse intervalo, entretanto, Sachet orientou aquele que seria o primeiro trabalho de
fôlego especificamente sobre o CAM: Grupo Sul, dissertação de Lina Leal Sabino, 1979.
Sabino (que, orientada por Sachet na ocasião, pode ser considerada a primeira sachetiana) se

18 Título que homenageia o quase homônimo "Presença da literatura brasileira", de Antônio Cândido e José
Aderaldo Castello
28

concentra na atuação do CAM em todas as suas facetas – periódicos, teatro, cinema, artes
plásticas, produção literária, além da famosa polêmica com a geração da Academia, com um
capítulo para cada tema. Algo a se observar é o vocabulário utilizado, um tanto empolado para
alguém que era jovem no final dos anos 1970 (''faz-se mister'', ''carrancismo'', ''aquilatar'' e
outros termos).

De especial interesse é o capítulo VIII, ''A geração modernista''. Nele a autora faz uma
retrospectiva histórica pré-Sul, das consequências do Estado Novo, da II Guerra Mundial e de
seus términos, a influência da geração de 22, o engajamento político e a rejeição por parte da
burguesia. Em seguida, apresenta como ''posicionamentos teóricos'' sete características do
Grupo: liberdade individual de criação, respeito ao passado vivendo o presente, vivência da
época atual, combate ao academismo, valorização da “Arte e a criatividade”, ''a Arte e a
Realidade'', e o combate ao rigor formal. Finalmente, analisa criticamente a caracterização do
grupo feita por um próprio ex-membro, Hamilton Valente Ferreira19.

A autora também entrevistou Salim, Eglê, Ody, Walmor Cardoso da Silva, Élio
Ballstaedt, Silveira de Souza, Hassis e outras personalidades que tiveram ligação com o
grupo. Na bibliografia, Sachet (1974/79) e Melo Filho, entre os aqui citados. A dissertação,
bastante abrangente, virou livro em 1981, publicado pela Fundação Catarinense de Cultura.

Grupo Sul: o modernismo em Santa Catarina é uma versão revisada e pouco


alterada da dissertação original. As entrevistas e os outros anexos ficaram de fora (embora o
roteiro do filme O Preço da ilusão tenha sido incorporado em parte ao cap. IV). A introdução
virou ''Prefácio'', excluíram-se citações e a síntese prévia, incluíram-se os agradecimentos,
foram incorporadas as notas de rodapé. Nos outros capítulos, se excluíram ou foram
incorporadas ao parágrafo a maioria das citações, enquanto a iconografia ficou bem mais
enriquecida. O capítulo I foi alterado em quase toda a segunda metade, enquanto no II, III, IV,
V, VI as alterações são mínimas, mais concernentes à reescrita. Do capítulo VII foram
excluídas praticamente todas as três páginas finais, e do capítulo VIII excluíram-se cerca de
seis páginas, a maior parte relativa ao debate sobre a declaração de Hamilton Ferreira, esta
movida para a conclusão. A conclusão, que antes era muito formal, foi a única parte que
mudou por completo. Tais alterações, se deixaram o texto mais fluente, não modificaram o
conteúdo original da dissertação.

19 Ver capítulo 2 deste trabalho, subcapítulo 2.1


29

Ainda dentro de uma ótica sachetiana pode-se classificar o autor Lauro Junkes, que em
duas obras discorreu sobre o CAM, sendo a primeira delas Presença da poesia em Santa
Catarina, de 1979. Junkes apresenta os principais nomes da poesia catarinense desde o
Romantismo aos ''Novíssimos'', escrevendo uma minibiografia e reproduzindo dois ou mais
textos de cada. No capítulo dedicado ao Grupo Sul, escolhe Aníbal Nunes Pires, Antônio
Paladino, o ''tardio no Sul'' Hugo Mund Jr. e o itajaiense Arnaldo Brandão – contemporâneo
de Sul, mas que não fez parte do grupo efetivamente (apenas colaborou na fase final da
revista). A poeta Eglê Malheiros não foi contemplada.

Textos escolhidos: de Aníbal, poemas ''Amanhecer'' e ''Poema íntimo''; de Paladino, o


poema ''Balada do silêncio'' e, por algum motivo, um texto em prosa, a crônica ''A ponte''; e de
Mund Jr, poemas visuais. Na bibliografia, Sachet (1974/79) e Melo Filho, entre os aqui
citados.

Os critérios usados pelo autor são um tanto nebulosos, a saber: alguns poetas têm até
quatorze poemas na antologia, outros apenas dois; Eglê Malheiros é “esquecida”, em
benefício de poetas menos experientes e menos influentes; a inclusão de Arnaldo Brandão,
escritor prolífico mas pouco representativo quando se fala de ''Sul''; e a escolha de um texto
em prosa de Paladino, numa antologia de poesia – único caso entre os poetas apresentados
(Arnaldo Brandão e Carlos Ronald comparecem com um poema em prosa cada, porém ''A
ponte'' é uma crônica às vezes classificada como conto curto). Brandão também é o único do
capítulo ''Sul'' que comparece com três textos.

Um ano depois de Lina Sabino transformar sua dissertação em livro, Junkes publica
um estudo mais detalhado e rigoroso que o seu anterior, que afinal tinha mais características
de antologia. Aníbal Nunes Pires e o Grupo Sul é, a exemplo de outros trabalhos
comentados aqui, um livro abrangente e panorâmico sobre o ''Sul'', com o diferencial de
concentrar-se mais no seu primeiro e “principal líder” (título popularizado que, por sinal, foi
contestado pelo próprio).

Uma vez que esse livro de Junkes permanece sendo um dos documentos mais
completos tecidos sobre o GS (sendo suplantado no mesmo ano pelo de Lina Sabino), que se
dê especial atenção. Ele é assim dividido:

a) Introdução, com histórico da década de 40 em SC: fim da Segunda Guerra e do Estado


30

Novo, filosofia existencialista, cinema neorrealista, Geração de 45 no Brasil,


predomínio do parnasianismo em Florianópolis. Especial interesse tem o último
parágrafo, no qual o autor analisa a condição de subdesenvolvimento que levou ao
atraso cultural do Estado.

b) O Círculo de Arte Moderna, histórico focando os temas: Folha da Juventude, Cicuta, a


polêmica com os acadêmicos (com antecedentes similares no século XIX), o teatro
(com um espetáculo chegando a ser censurado), artes plásticas (tendo o grupo
importante papel na criação do Museu de Arte Moderna), cinema (com a problemática
mas efetiva realização do longa “O preço da ilusão”) e literatura (onde elenca seis
objetivos do grupo, e quatro realizações no campo literário, com especial destaque
para a Revista Sul).

c) Comentários biobibliográficos sobre os escritores do grupo Sul. Aqui Junkes deixa


claro que seu critério de seleção e ênfase é antes a carreira individual de cada autor do
que sua participação no Grupo Sul. Assim, elege 13 nomes como principais, entre os
quais Arnaldo Brandão e Lausimar Laus, ambos com larga produção mas pouca
colaboração no Grupo; e abre com Guido Wilmar Sassi, a quem chama ''a mais
expressiva revelação do Grupo Sul''. Os dez restantes principais são Salim, Paladino,
Boos Jr., Silveira de Souza, Ody, Walmor, Eglê, e Glauco Rodrigues Correa. E ainda
menciona, com menor realce, 19 ''Outros escritores do Grupo Sul'', e apenas nomeia
outros dez que ''praticaram, passageiramente, a literatura na Revista Sul''.

d) Biografia de Nunes Pires, dividida em ''A formação'', ''O professor'', ''O


administrador'', ''O escritor'', ''O reconhecimento''.

e) Antologia de Nunes Pires em verso e prosa.

Na bibliografia, Sachet (1974/79), Melo Filho, Lina Sabino, Junkes (1979), entre os
aqui citados.

Junkes publicou ainda outros volumes de literatura em Santa Catarina. Um deles foi O
mito e o rito, onde analisa escritores que não constaram nos dois primeiros livros; o único
''ex-Sul'' presente é Hugo Mund Jr. E o paradidático Literatura catarinense: síntese
informativa, em que apresenta todas as ''escolas'' da literatura em Santa Catarina de forma
bastante sucinta, dedicando quatro páginas ao GS.
31

Tal qual o trabalho de Lina Leal Sabino, o livro A poesia modernista catarinense das
décadas de 40 e 50 (Edufsc, 1998), de Valdézia Pereira, é o desenvolvimento de uma
dissertação de mestrado (PUC-RS, 1991) e apresenta um panorama sobre o grupo, em sua
primeira parte, para depois ater-se à produção poética do Sul, de forma semelhante ao que fez
Lauro Junkes. Entre os poucos acréscimos ao que já foi publicado por Melo Filho, Sachet,
Sabino e Junkes, todos citados pela autora, sobressaem os pontos de convergência e de
divergência em relação ao Modernismo de 1922.

Aqui retorna o nome de Osvaldo Ferreira de Melo Filho, historiador que começou a
colaborar na Sul no número 17, em outubro de 1952, e continuou até a última edição. Seus
artigos ''Há uma literatura catarinense?'' e ''Introdução à História da Literatura Catarinense'' 20,
além do primeiro capítulo do livro homônimo, são o objeto de estudo do artigo Modernismo
e história da literatura na década de 1950 em Santa Catarina, de Heverton Malagoli Silva
(Revista SC em História, Ufsc 2007).

A discussão, em todo o artigo, é a respeito de a identidade literária catarinense existir


ou não, e como; Malagoli constata que o modernismo em SC tem a função de “orientar a
população para atualizar o estado culturalmente e integrá-lo ao país”. O autor cita Lina Leal
Sabino, mas discorda da sua postura reverente em relação à Geração de 22: ''A primeira
ressalva importante a ser feita é que o movimento modernista catarinense se vincula à
expansão desse movimento na década de 40 e, portanto, não cabe relacioná-lo diretamente
com a Semana de Arte Moderna de 1922”. Uma abordagem partidária a Melo Filho, crítica à
sachetiana, e, portanto, anti-sachetiana.

Se Malagoli é anti-sachetiano por tais motivos, o articulista Dorva Rezende vai além e
propõe uma leitura materialista histórica sobre Grupo e Cidade, em Os modernos
desterrados – Salim, Eglê, o Grupo Sul e o exílio da ex-ilha (publicado na revista Litteris,
2011, em dossiê organizado por Rassier em homenagem a Salim Miguel). Jornalístico-
investigativo na forma e ensaístico em profundidade, o artigo de Rezende joga sal grosso na
ótica tradicional dos estudos em torno do Grupo Sul e da Florianópolis de antigamente. O
isolamento ou ilhamento da capital, o exemplo de Cruz e Sousa e a história dos primeiros
feitos do GS servem como preâmbulo para o episódio da prisão e posterior exílio de Salim e
Eglê no Rio de Janeiro, em 1964.

20 Ambos foram incluídos também no seu livro "Introdução à História da Literatura Catarinense" (1958)
32

Que não se considere, porém, que a perspectiva anti-sachetiana tenha se tornado


hegemônica e a sachetiana, obsoleta. As duas parecem ainda conviver. Prova disso é o artigo
Revista Sul e suas intenções à literatura, de Airton da Silveira Filho, Beatriz Córdova
Wandscheer e Vera Cristina Caparica Ferreira, graduandos em História (Revista SC em
História, Ufsc 2016). A exemplo de outros trabalhos anteriores e posteriores, resume o já
publicado, pendendo, entretanto, para a defesa da Geração da Academia. Referências: Junkes,
Sabino e os artigos de Malagoli e Manoela Nascimento (trabalho de 2015 analisado a seguir).

3.2. Outras abordagens

É de se esperar que nem todos os analistas do Grupo Sul tenham uma visão
estritamente pró ou contra Sachet, até porque tanto dele quanto de Melo Filho não se espera
que sejam “canônicos”. Um exemplo de um autor absolutamente paralelo a esse debate é o do
gaúcho Antônio Hohlfeldt, autor de A literatura catarinense em busca de identidade, série
de livros publicados em 1985, 1994 e 1997.

Hohlfeldt, mais conhecido por sua carreira política (chegou a ser vice-governador do
Rio Grande do Sul em 2002-2006), é doutor em Literatura pela PUC-RS e nestes três livros
investe na análise direta dos textos, abrangendo uma gama bem ampla e representativa de
autores. O primeiro volume, de 85, é dedicado ao conto, e do CAM são estudados Adolfo
Boos, Salim Miguel e Silveira de Souza. No segundo, de 94, o foco é no romance, tendo
Guido Wilmar Sassi como grande representante do Grupo Sul – porém, no capítulo final
''Contistas que experimentaram o romance'', menciona novamente Boos e Salim. Por último, o
volume de 97 fecha a série falando da poesia, com Eglê Malheiros e Hugo Mund Jr. sendo os
únicos de Sul a serem analisados.

Muito mais próximo de seu objeto que Hohlfeldt é o grupo de pesquisa coordenado
por Maria Bernardete Ramos Flores no departamento de História da Ufsc, em cuja produção
sobre Modernidade em Santa Catarina encontram-se duas dissertações sobre o CAM e
contemporâneos, ambas defendidas em 1996.

Uma delas é Imagens além do Círculo, de Luciene Lehmkuhl, trabalho sobre o


Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis, estreitamente ligado ao Círculo de Arte
33

Moderna. A autora aponta uma mudança de perspectiva, da ''imagem da fatalidade do homem


do litoral'', construída pela geração da Academia, para uma ''construída com os possíveis
sonhos e a esperança que os imigrantes trouxeram'', que a geração seguinte propõe (p.22).

Da página 24 à 39, a autora enfoca a Revista Sul e as obras de artistas locais que
ilustraram suas páginas: ''veículo no qual procurou-se discutir a politização da arte […], um
meio de divulgação e publicização da imagem positivada do homem e da cultura de origem
açoriana''. Os trabalhos de Junkes (82), Melo Filho, Sabino e Sachet (85) estão na bibliografia.

Dos artistas de SC que ilustraram a Sul, três já tinham sua arte reconhecida (José
Silveira d'Ávila, Moacir Fernandes, Martinho de Haro) e seis eram estreantes (Aldo Nunes,
Hassis Corrêa, Hugo Mund Jr., Dimas Rosa, Meyer Filho e Rodrigo de Haro). Foram os nove
que constituiriam o GAPF em 1958 – mesmo ano do término das atividades do Grupo Sul.
Nos capítulos seguintes, a autora narra a história e a repercussão das exposições do GAPF
concomitantemente ao processo de modernização da cidade.

Do mesmo momento, Ao Sul os desejos – A cidade transfigurada na poesia de Eglê


Malheiros, dissertação de Joseane Zimmermann, contém nove capítulos, assim distribuídos:
(1) Eglê, infância, adolescência, o tempo e o meio social; (2) o CAM e o TECAM; (3) Revista
Sul; (4) Eglê, biografia adulta; (5) Eglê, poesia; (6) Eglê, prosa; (7) a Florianópolis dos anos
40 e 50; (8) ''O preço da ilusão'', o filme, e (9) um balanço – além de uma introdução em que
apresenta resumidamente todos os temas.

No segundo capítulo, há um destaque para a história detalhada do Teatro de Câmara/


Experimental e do Clube de Cinema, discorrendo a autora, também, sobre o Teatro Álvaro de
Carvalho e as salas de cinema comerciais da cidade.

O terceiro capítulo, sobre a Revista, começa com o episódio do ''jantar de enterro'' da


mesma, num recuso de flashforward. A distribuição dos mil exemplares de cada edição era
destinada, na maior parte, segundo a autora, para outros estados e países de língua portuguesa.
Joseane cita os trabalhos de Melo Filho, Sachet (79), Sabino, Junkes (82), Lehmkuhl e
Valdézia Pereira.

A participação política de Eglê Malheiros tem grande enfoque em todo o trabalho, em


especial no capítulo 4. O provincianismo e a mesquinhez dos habitantes da capital catarinense
nos anos quarenta e cinquenta ocupa as páginas 53 e 56. A situação dos moradores de rua, as
34

tarifas de ônibus, o aumento de preços no comércio e na indústria, o aumento da delinquência


juvenil gerando criminalidade, são assuntos apreciados no capítulo 5, que também analisa a
temática social na poesia de Eglê e do grupo.

O capítulo 6 centra-se na crítica, a qual Eglê exerceu a respeito de autoras mulheres


brasileiras e latino-americanas. O capítulo 7 debate a lenta modernização que se operou na
capital naqueles anos, com especial interesse às páginas 98-106 onde a autora discute os
entraves desse projeto de modernização.

No oitavo capítulo, sobre “O preço da ilusão”, a autora traça um panorama sobre a


indústria cinematográfica brasileira do período, além da produção do filme, com seus
empecilhos e sua personagem principal, ou seja, a própria Florianópolis. As peripécias e
quiproquós que envolveram a produção, roteiro (o qual Eglê dividiu com Salim), direção,
divulgação e projeção do filme realizado pelo Grupo Sul também são esmiuçados.

Observação: tanto Luciene quanto Joseane tiveram seus trabalhos, vertidos para o
formato ensaio, incluídos no livro A casa do baile: Estética e modernidade em Santa
Catarina, com organização de Maria Bernardete, orientadora em comum, Vera Collaço e da
própria Luciene. O livro contém outros dezesseis ensaios historiográficos girando em torno
das ''artes modernas catarinas''.

Partindo do terreno textual para o audiovisual, o documentário Modernos do Sul, de


Kátia Klock (2005) narra a história do Grupo Sul na ótica dos próprios membros – Salim,
Eglê, Archibaldo, Armando Carreirão, Silveira de Souza, Walmor, Adolfo Boos Jr., Aldo
Nunes, a atriz Lory Beduschi, além de depoimentos de Lauro Junkes, Celestino Sachet,
Rodrigo de Haro, Lina Leal Sabino, Iaponam Soares, e outros. Em 52 minutos, o vídeo abarca
praticamente todos os temas pertinentes à história do grupo.

Foram produzidas quatro dramatizações especialmente para o documentário: da peça


''Um homem sem paisagem'' de Ody, de um conto de Adolfo Boos Jr., de poema de Walmor
Cardoso da Silva e da polêmica em torno do embate entre Grupo Sul e Altino Flores.

Outro ponto de vista que não poderia ser sachetiano nem anti-sachetiano é o dos
próprios artífices do Grupo Sul. Ainda em 1956, Salim Miguel escreve para o Correio do
Povo, em Porto Alegre, um depoimento em que faz um resumo dos então dez anos de história
do grupo, e oito de revista. Além de (re)contar os fatos, faz uma comparação curiosa entre a
35

Sul e a Semana de 22:

E quase pode-se dizer sem medo de erro que fez, em condições


diferentes, e em escala municipal provinciana, embora a longo prazo,
o que a 'semana' fez em São Paulo. Repetiu em 47 o 22. […] Inclusive
com a repetição até dos mesmos absurdos, […] Mas em síntese, e a
priori (sic), a coisa foi a mesma. Com idêntica repercussão com
debates, brigas etc.21.

Salim alude, mais uma vez, ao episódio CAM versus Altino Flores. Não fica claro a
qual evento esse teria sido “idêntico” – seria novamente uma tentativa de relacioná-lo ao
episódio Lobato-Malfatti?

Quase cinquenta anos depois, em entrevista para Érica Antunes e Simone Caputo
Gomes (publicada na Revista Crioula, USP, 2008), o mesmo Salim Miguel e Eglê Malheiros
falam da Revista Sul e do intercâmbio com os autores africanos, alguns publicados pela
primeira vez nas páginas do periódico do CAM; contatos com autores de Moçambique,
Angola e Cabo Verde; a viagem a Portugal; até a participação no I Encontro de Professores de
Literaturas Africanas de Língua Portuguesa realizado na UFF, em 1991.

Já o ensaio Grupo Sul e a Revolução Modernista em Santa Catarina, de Rogério


Guerra/Arno Blass (Revista de CH, Ufsc 2009) é mais um trabalho que apresenta um
panorama sobre o grupo, e contém ainda, assim como a dissertação de Lina Leal Sabino, uma
relevante bateria de entrevistas, na qual alguns detalhes históricos são elucidados... Ou não: na
página 43, em introdução ao depoimento de Salim e Eglê, os autores afirmam que o casal
fundou o grupo junto com Walmor Cardoso; mais adiante, na p. 47, Eglê Malheiros corrobora
essa afirmação; mas o próprio Walmor declarou em entrevista a Sabino 22 que juntou-se aos
outros só no final de 1948. Tanto Sabino quanto Junkes aparecem nas referências. Os autores
do artigo são professores da Ufsc nos departamentos de Psicologia (Guerra) e Engenharia
Mecânica (Blass, que também foi do conselho editorial da EdUfsc, onde Salim foi gestor
entre 1983 e 91).

Mais específico, o TCC Acadêmicos versus modernistas: Um estudo sobre o debate


literário no jornal O Estado (História/Udesc 2012), de Leonardo Valverde, divide-se em dois

21 Miguel, Salim. O movimento da Revista Sul e a literatura catarinense, reproduzido em Travessia (1982), p.
89-92.
22 Sabino, Lina Leal. O Grupo Sul. 1979, p. 235-236
36

momentos. No primeiro, Valverde resgata a história da literatura e da capital catarinense a


partir de Cruz e Sousa até os anos quarenta, de acordo com o já descrito por Melo Filho,
Sachet, Sabino, Pereira e Junkes, todos citados. Na segunda parte o pós-guerra é o campo de
análise, culminando com o evento do embate travado entre duas gerações literárias por meio
do jornal O Estado, com referências diretas às páginas do jornal. Nas duas partes, a pesquisa,
bastante documentada, apresenta interesse particular quando refere a um ''projeto de
modernização urbana'' da capital, na arquitetura, serviços básicos, imprensa e outros setores,
com seus erros e acertos.

O ensaio Vanguarda, política e cultura em Santa Catarina: o caso do Grupo Sul


(CCE/Ufsc 2012), pela pesquisadora Luciana Rassier, também toca na problemática abordada
por Valverde, assim como temas importantes mencionados aqui anteriormente, mas apresenta
um fator diferencial, pouco lembrado por analistas e estudiosos: o do projeto político do grupo
e seu vanguardismo. Na análise do projeto político, a autora constata que, mais do que em
posicionamentos panfleto-partidários, foi na atuação como formadores culturais que residiu a
grande preocupação social do CAM, tendo sido foram instrumentos de fundamental
relevância no cenário local.

Daí decorre o vanguardismo do grupo: não na obra literária em si, mas na mencionada
atuação, fazendo frente aos setores conservadores da cidade (não só à ACL), e sujeitos a
represálias como sofreram Aníbal, em sua carreira no magistério e, principalmente, Salim e
Eglê, quando de suas prisões em 1964, só para citar os casos mais extremos. No geral, um
projeto de desprovincianização foi consolidado, depois de iniciar com a primeira Exposição
de Pintura Contemporânea no Estado, em 1948, como parte de um roteiro que Marques
Rebelo fez por várias partes do país, e culminando com o filme O preço da ilusão, dez anos
depois.

3.3. Trabalhos acadêmicos recentes ou derivados

Entre os trabalhos mais recentes, mencionem-se quatro, os quais classificamos como


derivados por terem caráter de resumo de assunto. Há o artigo de Larissa Chagas Daniel,
Revista Sul: as ilustrações e o modernismo plástico em Santa Catarina (Revista SC em
37

História, Ufsc 2012), análise das ilustrações de Hugo Mund Jr., Heidy de Assis Correa
(Hassis), Meyer Filho e Martinho de Haro para a Sul, e a transição para o GAPF. Entre as
referências, temos Junkes, Sabino, o artigo de L. Lehmkuhl e o documentário “Modernos do
Sul”.

Outro é Uma mulher de vanguarda: trajetória social de Eglê Malheiros, artigo


biográfico por Norberto Dallabrida e Maristela da Rosa (Revista Estudos Feministas, Ufsc
2014), que localiza a educação, a arte, o magistério, o casamento e a militância política de
Malheiros em meio ao Estado Novo, a redemocratização e o Golpe militar. As referências
incluem Junkes, ''Modernos do Sul'' e o artigo de J. Zimmermann.

No artigo de Manoela Nascimento Souza Modernidade, modernos e modernistas


(Revista SC em História, Ufsc 2015), a proposta é a discussão teórica sobre os termos
modernidade e modernismo, utilizando como exemplos a história do CAM e o poema “Dei
um soco na janela da imaginação”, de Eglê Malheiros. Algumas referências: Sabino e o livro
de Maria Bernardete Flores contendo os ensaios de Lehmkuhl e Zimmermann.

Finalmente, Modernismo em palco: Propostas preliminares sobre o teatro


experimental em Sul, artigo de Ruben Souza, graduando em História (Revista SC em
História, Ufsc 2016), é um resumo bibliográfico sobre assuntos da história do CAM já
examinados em trabalhos anteriores, com maior ênfase para as atividades teatrais. A
perspectiva não é clara, mas pende para a oposição à ACL. Na bibliografia, Melo Filho,
Sabino e o artigo de Malagoli.

É conveniente voltar a alguns entre todos os trabalhos analisados aqui quando


necessário; por ora, considere-se que a paisagem crítica focalizada, se não é completa, é
suficiente para se ter uma concepção e uma representação do grupo e seus comentadores,
biógrafos e analistas. Por ora, este trabalho propõe uma esquematização dos temas vistos
neste capítulo, com o objetivo de facilitar a consulta.

3.4. Roteiro de leitura: um recorte temático da fortuna crítica

A seguir é fornecido um painel dos temas relativos à trajetória do Grupo Sul e as


38

instâncias em que ocorrem em cada trabalho analisado na fortuna crítica. Selecionou-se em


cada tema os autores que o trabalharam e a(s) página(s) ou seção(ões) em que são encontrados
nos respectivos trabalhos, de modo a aferir quais temas concernentes ao objeto foram mais
explorados.

a) Contexto histórico do Século XX/Modernismo BR

Blass/Guerra (p. 9-20), Larissa Daniel (artigo), Manoela Nascimento (artigo), Aírton/
Beatriz/Vera (artigo).

b) Geração da Academia SC

Melo Filho (p. 122-125), Celestino Sachet23 (capítulos 6, 7), Lina Leal Sabino 24 (intro,
cap. 1 todo, conclusões), Lauro Junkes25 (intro), Blass/Guerra (p. 21, 35), Luciene Lehmkuhl
(p. 11, 20-22), Joseane Zimmermann (p. 26, 59-61), Valdézia Pereira (p. 17-22, 67), Malagoli
(p. 38), Dorva Rezende (artigo), Leonardo Valverde (p. 14-20), Larissa Daniel (p. 41),
Manoela Nascimento (p. 55), Ruben Souza (artigo), Aírton/Beatriz/Vera (artigo), Rassier (p.
8).

c) Contexto histórico década de 1940 SC

Melo Filho (p. 125-127), Lina Leal Sabino (intro, cap. 8 em parte, conclusões), Lauro
Junkes (prefácio, intro), Blass/Guerra (p. 21), Luciene Lehmkuhl (p. 15-20, 22, 41-42, 87),
Joseane Zimmermann (p. 4-5, 53-56, 62, 70-73, 79-80, 93-94, 96-103), Leonardo Valverde (p.
22-23, 28-29), Larissa Daniel (p. 41), Ruben Souza (artigo), Rassier (p. 9).

d) Polêmica no Jornal O Estado

Melo Filho (p. 128-129), Lina Leal Sabino (intro, cap. 7 todo, conclusões), Lauro
Junkes (cap. 1.1 em parte, cap. 1.2 todo), Blass/Guerra (p. 28, 35), Luciene Lehmkuhl (p. 26),

23 Refere-se ao livro de 1979; o mesmo para as ocorrências seguintes.


24 Refere-se à dissertação de 1979; o mesmo para as ocorrências seguintes.
25 Refere-se a Aníbal Nunes Pires e o Grupo Sul; o mesmo para as ocorrências seguintes.
39

Joseane Zimmermann (p. 47-48), Valdézia Pereira (p. 27), Malagoli (p. 39), Leonardo
Valverde (p. 44-56), Manoela Nascimento (p. 57), Rassier (p. 9-10).

e) Periódicos Folha da Juventude e Cicuta

Celestino Sachet (p. 110), Lina Leal Sabino (intro, cap. 2 todo), Lauro Junkes (cap. 1.1
em parte), Blass/Guerra (p. 22), Luciene Lehmkuhl (p. 25), Joseane Zimmermann (p. 23-25,
27, 56), Valdézia Pereira (p. 23), Larissa Daniel (p. 42), Rosa/Dallabrida (artigo), Ruben
Souza (artigo), Aírton/Beatriz/Vera (artigo).

f) Idealização, edição e publicação da Revista Sul

Melo Filho (p. 129-131), Celestino Sachet (p. 112), Lina Leal Sabino (intro, cap. 2
todo), Lauro Junkes (cap. 1.1 em parte, cap. 1.6. em parte), Blass/Guerra (p. 24-25, 29, 38-
39), Luciene Lehmkuhl (p. 11, 24-25, 27-39), Joseane Zimmermann (p. 2, 40-46, 49-50),
Valdézia Pereira (p. 24-26), Larissa Daniel (p. 40-43), Rosa/Dallabrida (artigo), Manoela
Nascimento (p. 55, 57), Ruben Souza (artigo), Aírton/Beatriz/Vera (artigo).

g) O Teatro de Câmara/Experimental

Melo Filho (p. 128), Celestino Sachet (p. 110-111), Lina Leal Sabino (intro, cap. 3
todo, cap. 8 p. 206, conclusões), Lauro Junkes (cap. 1.3 todo), Blass/Guerra (p. 24-25),
Luciene Lehmkuhl (p. 25), Joseane Zimmermann (p. 2, 28-36), Valdézia Pereira (p. 29),
Larissa Daniel (p. 42), Manoela Nascimento (p. 56), Ruben Souza (artigo).

h) O Cinema

Lina Leal Sabino (intro, cap. 4 todo, cap. 8 p. 206, conclusões), Blass/Guerra (p. 26,
30-31), Lauro Junkes (cap. 1.5 todo), Joseane Zimmermann (p. 3-4, 37-39, 92, 95, 104-121),
Manoela Nascimento (p. 57).

i) Artes plásticas (criação do MAMF e do GAPF, ilustrações e capas da revista)


40

Melo Filho (p. 128 exposição), Celestino Sachet (p. 113 MAM), Lina Leal Sabino
(intro, cap. 5 todo, cap. 8 p. 207, conclusões), Blass/Guerra (p. 28, 31 GAPF, 32-33 MAMF),
Lauro Junkes (cap. 1.4 todo: p. 33 MASC, p. 34-35 GAPF), Luciene Lehmkuhl (p. 28-39
ilustrações; p. 29 e 79-81 MAMF; p. 1, 5, 11-12, 42-76, 84-85, 88-110 GAPF), Larissa Daniel
(p. 42-48 ilustrações, p. 43 GAPF), Manoela Nascimento (p. 57 ilustrações e GAPF).

j) A prosa

Lina Leal Sabino (intro, cap. 6 todo, conclusões), Antonio Hohlfeldt (livros 1 e 2),
Lauro Junkes (cap. 1.6 todo), Joseane Zimmermann (p. 84-91), Luciene Lehmkuhl (p. 23-24).

k) A poesia

Lina Leal Sabino (intro, cap. 6 todo, conclusões), Lauro Junkes (cap. 1.6 todo),
Antonio Hohlfeldt (livro 3), Joseane Zimmermann (p. 74-78, 80-83), Valdézia Pereira (p. 33-
66, 68, 73), Manoela Nascimento (p. 56).

l) Comparação do Grupo Sul ao Modernismo de 1a Geração

Lina Leal Sabino (vários trechos), Lauro Junkes (p. 13), Blass/Guerra (p. 28), Valdézia
Pereira (p. 28-31), Celestino Sachet (p. 109, 112), Luciene Lehmkuhl (p. 27), Larissa Daniel
(p. 40-41), Salim Miguel (Travessia 5, p. 92).

m) Pós-SUL – Prisões de Salim e Eglê

Blass/Guerra (p. 35-38), Joseane Zimmermann (p. 122-123), Dorva Rezende (artigo),
Rosa/Dallabrida (artigo), Rassier (p. 12-13).

n) Entrevistas

Lina Leal Sabino, Blass/Guerra, Érica Antunes/Simone Caputo Gomes.


41

o) Antologia SUL

Valdézia Pereira, Lauro Junkes, Antonio Hohlfeldt, Sachet/Soares.

Como se pode aferir por este roteiro de leitura, os assuntos referentes ao GS mais
abordados pelos estudiosos foram a Geração da Academia; a Florianópolis da década de 40; a
polêmica nO Estado; o FJ e as publicações pré-Sul; a história da edição da Sul; a formação e
atuação do TECAM; e as artes plásticas no contexto do CAM.

Observa-se que os textos críticos não foram objeto de nenhum desses estudos. A
proposta, a partir daqui, é analisá-los, começando pelos editoriais da revista.
42

4. EDITORIAIS E ARTIGOS

Ser moderno significa estar de acordo com o tempo


presente e caminhar dentro desse tempo, em sintonia com
ele. O tempo torna-se parâmetro aferidor da própria
modernidade.
Mônica Velloso, Modernismo no Rio de Janeiro

Antes de analisar os editoriais de Sul, convém fazer uma breve exposição sobre o
gênero editorial, de acordo com a autora portuguesa Anabela Gradim. Pela definição clássica,
o editorial é um texto opinativo, pontual e curto, de responsabilidade da direção da
publicação, e uma seção impreterível em cada edição da mesma. Essa opinião, ao contrário de
outros textos dissertativos, será coletiva e não individual. O uso ou ausência da assinatura é
contingente. A tipologia tradicional do editorial o divide de acordo com três critérios. O
primeiro deles é o do tópico, podendo o texto ser preventivo, de ação ou consequencial. O
segundo é o do conteúdo, podendo ser informativo, normativo ou ilustrativo. E o terceiro é o
do estilo, podendo intelectual ou emocional26.

Essa classificação, entretanto, é insuficiente para tratar do periódico do CAM, não o


contempla. Como veremos adiante, os editoriais de Sul não são “impreteríveis”, e quando
existem nem sempre são curtos, como preconiza a teoria jornalística. Eles passam por todos
os tipos relacionados acima, mas os ultrapassam, e, sendo este objeto de estudo muito mais
específico, é preferível propor uma tipologia específica para o objeto. São necessários termos
fora do padrão da ciência ou ofício do Jornalismo para tratar de uma publicação que não se
enquadra nos padrões dessa área, devido à formação dos autores.

26 Gradim, Anabela. Manual de Jornalismo. 2000.


43

4.1. Forma editorial em Sul

Tradicionalmente, os editoriais de revistas literárias não obedecem ao mesmo padrão


dos jornais – ou seja, na página verso da capa, com opinião da publicação, impessoal e
informando as novidades referentes à própria publicação da revista. Essas características
podem ser identificadas nos editoriais de Sul, mas raramente juntas. Antes se diria que eles
obedecem a nenhum padrão.

Quando idealizaram e fizeram a Sul, os membros do CAM estavam interessados em


produzir crítica, literatura, arte – e não jornalismo, no sentido estrito e tradicional do termo.
Ao analisar os editoriais da revista, pode-se ver que é onde isso acaba sendo mais patente.
Poucas vezes os editoriais de Sul seguiram moldes tradicionais. Sendo uma revista moderna e
não de vanguarda27, a própria opinião da publicação nem sempre era veiculada – eram, na
maior parte das vezes, editoriais sem linha editorial.

Uma das diferenças em relação ao formato tradicional foi o número de páginas usadas:
oito dos vinte e sete "editoriais" tiveram mais de uma, e até seis, páginas – o que se pode
chamar de "editoriais estendidos". Além disso, nenhum texto da primeira página da Sul trouxe
o título de seção "editorial", e alguns passavam longe desse formato – não opinativos ou com
opinião em 1a pessoa, por exemplo (neste caso, poderia ser chamado de "artigo
editorializado"). Houve o caso do número 2, em que a 1a página trouxe uma resenha crítica
“enlatada” de Pierre Descaves, do Serviço Francês de Informação, e na página 3 um texto no
formato editorial – o que se poderia chamar de "editorial interiorizado" 28. E houve duas
edições, 9 e 23, que não trouxeram qualquer editorial, adequado ou não a esse formato.

A assinatura dos editoriais também variava bastante: a maioria (16) dos textos de
caráter editorial (seja qual for seu formato) traziam a assinatura de um membro do grupo (sete
ao todo), enquanto 12 deles eram assinados por "Redação", "A direção" ou sem assinatura
alguma.

O mais comum, no entanto, era os editoriais trazerem atualizações sobre a própria


27 Schwartz, Jorge. Vanguardas latino-americanas – polêmicas, manifestos e textos críticos. 2008, p. 54,
conforme já explanado no capítulo 2
28 A partir deste ponto, todas as citações da revista, nas diferentes edições, são: SUL. Florianópolis: IOESC. n.
1-30, ano I-X, jan. 1948-dez. 1957.
44

situação da revista, do grupo e da cidade, em tom de lamúria ou desabafo – o que é possível


chamar de "editorial-situação". Mesclados ou não com outros formatos, esses editoriais-
situação somam metade das edições do periódico, em geral com um esquema recorrente de
três partes: "Chegamos até aqui – As dificuldades são muitas/ Florianópolis é provinciana –
Vamos continuar".

As variações desse mesmo esquema aparecem no número 4 ("Sul é uma criança


ainda", de Aníbal), no 5 (“Sul já tem quase um ano de idade”, de Ody), no 7 (um recado um
tanto rancoroso ou provocador em dez linhas garrafais: “Estamos vivos. Apesar de todos os
prognósticos”, assinado por C.A.M.) e no 13 (“Mais um número de Sul... É de praxe
comemorar tal data”, não assinado). E o mesmo modelo voltaria ainda nas edições 18 (“Ao
completarmos mais um ano...”, texto em que aproveitaram para agradecer as autoridades, não
assinado), na 20 (“A maioria não nos compreende porque negamos a crítica que se confunde
com o elogio de encomenda”, da Redação), e em todas as edições de 25 a 30.

O chamado “Continuar!” aparece no final dos editoriais de 13, 18, 26, como
“continuaremos” em 17, e como ideia mais ou menos explícita em vários outros editoriais-
situação. Esses textos eram atestados de sobrevivência, feitos por um grupo que não recebia
subsídios de instituições públicas ou privadas para existir, e que tinha dependência apenas de
uma instalação gráfica estatal, à qual registram agradecimentos nos editoriais de 13, 15, 17
(reconhecendo, porém, que “tudo vem se tornando mais difícil, mais precário”), 18 e 28. Daí a
necessidade urgente de estar sempre reiterando os aniversários, as angústias, as dificuldades –
de quem achava que cada número poderia ser o último.

De tanto repetir o mesmo esquema, "A direção", no número 15, avisa:

Eis o número 15 de "Sul". E só quem já fez, ou faz, uma revista


literária saberá o que isso significa. Não vamos mais uma vez repetir o
que já dissemos das vezes anteriores, pois essas verdades de tanto
serem ditas já se vão tornando monótonas.

Na sequência, apesar do aviso inicial, o editorial volta a falar das dificuldades


enfrentadas. E retorna no 17, em texto da Redação:

Cansa repetir, falar, insistir. Cansa mostrar que se a revista ainda não é
o que gostaríamos, o que poderia ser, ela, contudo, já representa muito
para o Estado, é mesmo um esforço titânico para o meio e prova
45

concreta das possibilidades dos jovens.

Dois dos editoriais-situação foram também estendidos. O 25, de duas páginas, por
Walmor, foi intitulado “Os 'rapazes' de Sul”, em referência ao modo como eram
carinhosamente chamados. E ele explica o porquê de eles aceitarem essa alcunha: “Somos
rapazes, sim, em nosso idealismo e em nossa teimosia de fazer uma revista cada vez melhor”,
embora não se sintam “tão rapazes como quando começamos em 1946”. A alcunha coletiva
era dada no masculino, embora houvesse uma mulher no grupo, reflexo da sociedade da
época. Deve ter sido por esse motivo que não se pensou em usar um substantivo comum de
dois gêneros (como “os jovens de Sul”, por exemplo).

O 27, pela Redação, tem seis páginas e é dividido em seis partes ou textos
independentes e numerados. Os três primeiros possuem caráter de editorial, cada um deles:
sobre o preço da revista; sobre o plano de publicações da série Edições Sul; e planos para a
normalização de saída da revista, que acabou não acontecendo. São textos que contêm as
características de editorial já mencionadas – mais curtos, impessoais, com atualizações sobre
a situação e planos futuros da publicação. Os outros três textos não se parecem com editoriais
e sim com notícias jornalísticas; são eles: informe sobre o 1º Congresso Brasileiro de
Contistas; informe sobre o 25º aniversário de Oscarina, primeiro livro de Marques Rebelo; e
notícia do reaparecimento da revista Paratodos.

4.2. Cartas de intenções versus manifestos

Não raro, alguns editoriais apresentavam caráter de cartas de intenções, ou declarações


de princípios, que variavam do algo tímido ao mais incisivo, falando também sobre a revista e
o grupo, mas com timbre desafiador e não lamentoso. Considere-se aqui o sentido coloquial,
não tradicional de carta de intenções, ou seja, um texto que se assemelha mais a um manifesto
do que a um pedido de ingresso numa instituição. Nesse sentido, os textos publicados na Sul
que mais evocam um manifesto encontram-se nos dois primeiros números. Vejamos por quê.

De acordo com Giselle Venâncio29, uma revista, “escrita plural e coletiva, veiculava ao

29 Venâncio, Giselle. Oliveira Vianna entre os espelho e a máscara. 2015, p. 73


46

ser publicada uma proposta singular” e reclamava, em oposição a outras, uma nova proposta
ou direcionamento artístico-cultural. E a maneira de fazer isso era através de um “manifesto
ou artigo fundador […] de forma a causar impacto no público leitor”, segundo Mônica
Velloso30, que ainda afirma: “A proposta de 'ser moderno' está presente em todos os
editoriais”.

Estará presente nos editoriais de Sul? Cabe investigar o que é o manifesto literário:
programa normativo aplicado à produção de formas, escrito para divulgar novas ideias (às
vezes com caráter convocatório), onde se enunciam princípios teóricos e se legisla Estética,
conforme define Régis Debray31. O manifesto é, portanto, “mais da ordem da injunção do que
do ensino ou comentário” – e pode-se dizer que exibe uma função tripla: de interrupção, da
verdade e da totalidade32.

Pedro Duarte converge com Debray em alguns pontos, como quando atribui ao
manifesto um caráter estético; e acrescenta que é mais um tipo de discurso do que
propriamente um tipo de texto: é forma, imagem e ritmo, mais do que conteúdo, ideia e
dedução. Articulação entre produção, crítica, arte, filosofia e política, o manifesto é algo
avesso a classificações tradicionais e que desafia o leitor a uma leitura participativa dentro da
petrformance híbrida que ele é.33

Por sua vez, Debray estende sua definição não apenas a textos nomeados como
“Manifestos”, mas a “qualquer declaração escrita publicada por (ou para) uma nova escola ou
tendência estética, na dupla condição de que se refere a um coletivo (reunião, grupo ou
movimento) e que é prospectivo”34.

Quanto à forma, portanto, não se pode dizer que o manifesto é um texto inteiramente
intuitivo. Se não há regras nem modelo específico para ser escrito, há, entretanto, liberdade. É
ainda Debray quem sentencia, “Qualquer programa normativo aplicado à produção de formas
é um Manifesto, não em título, mas em germe”35.

Se o assunto for a literatura modernista ou vanguardista, a liberdade é ainda maior.

30 Velloso, Mônica. Modernismo no Rio de Janeiro. 1996, p. 57


31 Debray, Régis. Qu’est-ce qu’un manifeste littéraire? 1994, tradução livre, p. 2-5
32 Ibidem.
33 Duarte, Pedro. O Manifesto como forma, in A palavra modernista. 2014, p. 56-57
34 Debray. Op. cit, p. 1
35 Ibidem, p. 3
47

Assim se vê nos manifestos Antropófago, Pau-Brasil, Nhengaçu Verde-Amarelo e Plano-


piloto da Poesia Concreta, para citar apenas brasileiros. Em comum, apenas um programa
peculiar a cada linguagem de cada movimento, beirando a idiossincrasia coletiva, mas, em
todo caso, de caráter iconoclasta; e algumas vezes, como nos textos de Mário de Andrade
(Prefácio interessantíssimo, A Escrava que não é Isaura), há também ali uma proclamação de
novas leis estéticas. Uma vez que o Grupo Sul não foi um movimento de vanguarda – o que
quer dizer, entre outras coisas, que não propôs a destruição de toda a literatura anterior a ele –,
não seria usual produzir manifestos. Por isso é preferível denominar esses textos cartas de
intenções ou declarações de princípios.

No número um da revista, Aníbal Nunes Pires inicia o editorial com postulados


bastante vagos, ainda que pretensamente definitivos (“É uma verdade indiscutível que ao
homem de nosso tempo preocupam temas que lhe dão diletantismo ao espírito”), para a seguir
distanciar o artista moderno do clássico/acadêmico. O moderno, segundo ele, tende para “a
síntese absoluta”, enquanto os clássicos e acadêmicos, “tentando copiar, acabaram corrigindo
a natureza”. A parte que mais evoca, e apenas evoca, uma carta/declaração/manifesto é esta:

O SUL (do Círculo de Arte Moderna), que hoje apresentamos, em


Florianópolis, se propõe, na medida das coisas possíveis, revelar os
valores novos e acompanhar as ideias do mundo atual no campo da
filosofia, da ciência, da cultura e, principalmente, no campo das letras
e das artes. Por questão de princípios, o SUL não cogita,
terminantemente, de questões político partidárias e de religião.

Este é um dos dois excertos mais “programáticos” que se podem encontrar nas 30
edições da revista. Ele expõe objetivamente o que o grupo propõe e o que não cogita; por
outro lado, essas proposições são bem generalistas, se comparadas aos manifestos
vanguardistas – “revelar valores novos”, por exemplo, é uma proposição que poderia ser feita
por qualquer publicação, de qualquer assunto. O fato de não cogitar “de” questões políticas e
religiosas tampouco configura uma lei estética – compare-se à abolição do verso metrificado,
o predomínio do inconsciente etc., pressupostos do movimento de 22. O texto seguinte,
porém, é mais específico, e ainda mais (mas não suficientemente) programático.

Na edição 2, Fulvio Vieira curiosamente publica um editorial interiorizado com o


título de “Progresso e evolução”, que parece continuar e ampliar o editorial do número 1. A
curiosidade reside no fato de que Fulvio não era um membro muito proeminente no grupo.
48

Ele aparece como “redator” no expediente de 22 edições, participou dos primeiros espetáculos
do TECAM fazendo contra-regragem (uma espécie de auxiliar de serviços gerais do teatro) e,
durante toda a sua vida (viveu até 2011) publicou (ou ao menos assinou) apenas um texto –
justamente “Progresso e evolução”. E trata-se de um texto no terreno ensaístico que possui
uma certa erudição, além de mostrar domínio da língua. Por que não investiu na escrita?, fica
a interrogação. Com o fim do grupo, Fulvio teve uma longa carreira como advogado e
publicitário.

Seu texto tem duas partes. Na primeira, o autor divaga sobre os então cem últimos
anos da história da humanidade, as mudanças sociais e inovações científicas (“estamos no
século da eletricidade”), mas contrapõe que “mentalmente estamos atrasados quase um
século”, e que, se essa mentalidade não se ajustar à nova era, “tornar-nos-emos um
anacronismo a atravancar a marcha do progresso”.

Na segunda parte, ele desenvolve seu pensamento desta vez no campo das artes, em
especial nas artes plásticas, tecendo apenas algumas linhas sobre literatura. Algumas
passagens parecem dizer o mesmo que Aníbal no primeiro editorial, mas são mais diretas.
Fulvio parecia ter em mente os postulados da primeira geração modernista, como transparece
nessas passagens:

O classicismo, apegado a formas rígidas e severas, não satisfaz as


necessidades do presente. […] O que não é admissível é que nos
inspiremos neles (os clássicos) para compor obras de arte com temas
atuais, e que absolutamente não os afetaram.
O poeta moderno não mais se encerra na torre de marfim, […] Ele,
agora, vive entre o povo, […] Na poesia, o desprezo da forma
favoreceu a espontaneidade e a sinceridade. O poeta moderno para
externar seus sentimentos não mais precisa enquadrá-los em gaiolas
de ferro.

Difere, porém, dos modernistas de 22 no tom mais formal e generalizante, em


contraposição à especificidade de um Mário (“Bilac representa uma fase destrutiva da poesia;
porque toda perfeição em arte significa destruição”, em Prefácio interessantíssimo) e à
liberdade estético-linguística de um Oswald (“Contra o mundo reversível e as ideias
objetivadas. Cadaverizadas. O stop do pensamento que é dinâmico. O indivíduo vítima do
sistema”, em Manifesto Antropófago).
49

4.3. Revisando valores

No editorial do número 5, Ody Fraga e Silva proclama: “Sul é pelo que é e pelo que
faz!”, o que chama de “uma virtude imanente”, feita de “idealismo utópico, idealismo prático,
algumas mesquinharias, bastante senões” por “guerrilheiros da renovação”. Mais adiante,
assim como em outros editoriais, há um espírito de justificativa, uma necessidade de explicar
por que estão ali, “carecemos ainda de hegemonia, não há um pensamento-motor geral, […]
temos deficiências de vários matizes”. No número 20, em texto não assinado, o discurso se
repete: “queremos apenas ser sinceros”, “a maioria não nos compreende”.

Walmor Cardoso da Silva aposta num tom mais amável no já referido editorial do
número 25, explicando por que não são mais os “rapazes de Sul”, epíteto pelo qual eram mais
conhecidos no início: “somos rapazes (só) em nossa juventude e em nossa vontade de
lutarmos pelo que vem dos jovens, sejam de hoje ou de amanhã”. É o mesmo discurso dos
editoriais 4, 5, 13, 18, 20, mas agora procurando uma forma mais amigável para com o leitor.

Em outras edições, a Sul publicou na primeira página textos que pouco ou nada tinham
a ver com editoriais – dada sua pouca simpatia com as normas jornalísticas, como foi dito.
Pode-se citar a edição 10 (cujo editorial começa dissertativo, mas torna-se uma resenha dos
espetáculos teatrais que aportaram em Florianópolis no período), 11 (uma nota em
homenagem ao recém-falecido Antônio Paladino), 12 (uma crônica de Manuel Pinto, de teor
edificante, bastante ingênua), 14 (crônica de Walmor na 1a pessoa, de humor fino e sutil, sobre
o desconhecimento de algumas pessoas quanto a Florianópolis ser capital de SC), 21 (crônica
alegórica e poética de Ody, explorando a metáfora da ilha como prisão do Desterro), 22 (breve
divagação de Aníbal sobre Neruda, na 1a pessoa) e 24 (texto de editorial, mas estendido, sobre
o eterno problema da fomentação da leitura).

Se buscarem-se editoriais que discorrem sobre literatura especificamente, serão


encontrados cinco, todos estendidos e, portanto, não-padrão. Além disso, por serem pessoais,
têm mais aparência de artigos do que de editoriais, tornando-os também artigos
editorializados. Quatro deles são de Salim, e um de Eglê. Nesses textos, pode-se conhecer
50

muito mais sobre seus autores do que nos burocrático-sentimentais editoriais-situação. O


primeiro deles foi o do número 3, “Atualismo de Cruz e Souza” (assim mesmo, com “z”), de
Salim Miguel, por ocasião do cinquentenário da morte do Cisne Negro. Salim aproveita para
criticar a academia e citar e analisar alguns poemas, num texto que de editorial tem muito
pouco. Contudo, ainda no mesmo ano de 48, ele escreve em outubro e publica em dezembro,
na edição 6, um editorial intitulado “Revisão de valores”, que tenta revelar pouco mas acaba
revelando muito sobre a sua visão do modernismo.

No editorial do número anterior (5), Ody Fraga escrevera: “Os valores estavam
mudados e havia a geração dos vinte anos, […] senhora dos seus fins e disposta a ganhar o
seu lugar na escala de valores e, o que ainda foi mais impressionante, renovar estes valores”.
Instado ou não por essas linhas, que na verdade referiam-se ao mundo do pós-guerra, Salim
vai além do que escreveu Ody e faz uma crítica e autocrítica tendo como pano de fundo as
gerações de 20 e 30 do modernismo brasileiro, que, se “cometeram seus erros tremendos […],
desses próprios erros, saíram lições para nós”, afirmando que o grupo procura se libertar de e
não cair nos mesmos erros; mesmo assim, considera o CAM como “filhos espirituais” dessas
gerações, questionando o que afirma ser uma tendência pontual de “alguns grupinhos” de
“derrubar pelo mero prazer de derrubar”. Pondera que essa revisão de valores “seja feita de
uma forma justa e coerente”.

O texto prossegue de forma ambígua, advogando em favor da revisão para em seguida


fazer várias ressalvas, e advogando contra e também voltando atrás. Mário e Drummond são
tomados como exemplos a serem seguidos: “eles tornaram possível que nós tomássemos
conhecimento de nós mesmos”, e antes deles “era tudo puro Coelho Netismo”, referindo-se ao
parnasiano e cofundador da Academia Brasileira de Letras que caiu no ostracismo com o
advento do modernismo de 22.

Os sete parágrafos seguintes e últimos, do décimo ao décimo sexto, são da mais


flagrante dialética, quando Salim alterna impressões pró e contra Drummond sem pausa para
respirar. Aqui são reproduzidos dois trechos, um do 10º e outro do 11º:

Não queremos de modo algum defender Carlos Drumond (sic).


Mesmo porque achamos não precisar ele da nossa defesa. Nem
queremos dizer que ele é o deus, o único, o insubstituível, etc. e tal.
Inegavelmente, porém, ele é o maior poeta brasileiro dos últimos
51

tempos.
Tem coisas de que nós não gostamos em sua obra? Não gostamos de
nada? Muito bem. Então vamos dizer sinceramente, francamente que
não gostamos. O que de forma alguma, vem diminuir a obra do poeta.

A seguir, Salim procura explicar o que acabara de dizer, e acaba indo e vindo na sua
apreciação do poeta de Itabira, sem ser absolutamente conclusivo, exceto quando afirma que a
revisão pretendida deverá ser, sim, “consolidação dos verdadeiros valores”, os mesmos
valores de que ele afirmou não gostar, “porque, não gostar, não significa que não presta”.

Talvez tenha sido pelo excesso de divagação desse editorial que Salim tenha voltado
ao assunto duas vezes, e com outra verve; uma delas (nº 16, 1952) foi também num texto de
editorial estendido – o que nos leva a inferir que o tema tenha sido um motivo de preocupação
para o autor durante praticamente toda a vigência da revista.

Nesse ínterim, Eglê Malheiros faz a ponte entre “Revisão de Valores” e sua
continuação, com o irreverentemente intitulado “M'ermão Mário de Andrade”, na edição 8
(1949). Mais linear, Eglê introduz seu editorial com um comentário ferino sobre a pressão
social burguesa para que se seja bem-sucedido, e o papel do artista, ou do homem com
consciência política, nesse drama – onde invariavelmente fica deslocado. Cita como exemplo
Mário de Andrade, falecido quatro anos antes. Lembra da sinceridade do escritor de
Macunaíma ao admitir em 1942 os erros de sua geração, a qual chamou de um “movimento
destruidor” no qual participou “enceguecido pelo entusiasmo dos outros” e que todos caíram
num “individualismo entorpecente”, na “caducidade utilitária do nosso discurso” e constata
em sua própria obra “a insuficiência do absenteísmo”36. Curiosamente, mesmo às vésperas da
Semana, Mário já havia emitido opinião semelhante em A Gazeta (03/02/22), quando escreve
que o movimento então derrubava preconceitos apenas “para elevar depois outras verdades
que serão preconceitos num futuro quiçá muito próximo” 37. Era, nas palavras de Eglê,
“desesperançado de si e esperançado na humanidade”. A conferência de 42 será retomada por
Salim no próximo editorial desta série, no número 16; passam-se mais três anos.

Uma epígrafe da conferência O movimento modernista introduz o ensaio denominado


simplesmente “Semana de Arte Moderna”: “Eu creio que os modernistas da Semana de Arte

36 Andrade, Mário de. O movimento modernista, em Aspectos da literatura brasileira. 1974, p. 235
37 Amaral, Aracy. As artes plásticas na Semana de 22. 1979, p. 100
52

Moderna, não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição”38.

Tal epígrafe serve para Salim retomar uma premissa de “Revisão de valores”, a de que
as gerações de 20 e 30 “cometeram seus erros tremendos […], desses próprios erros, saíram
lições para nós”. Agora ele inicia com o mesmo discurso: “Com falhas, com erros clamorosos,
[…] impossível se torna negar a importância da Semana de Arte Moderna na vida espiritual
do país”. De qualquer forma, o desenvolvimento a seguir é mais diverso e melhor elaborado
do que o do número 6. Ele pondera, ainda no início, que “uma análise fria e objetiva do
movimento”, naquele momento, é muito “difícil”, mas que “um estudo mais longo e
aprofundado” poderia ser feito em “outra oportunidade” e que para o momento deixaria
“algumas notações para futuros trabalhos”. E realmente ele cumpre essa promessa, outros três
anos depois, num artigo da edição 24. Portanto, a série "Revisão de valores" se configura
assim: editorial do nº 6, 1949; editorial do nº 16, 1952; e artigo no nº 24, 1955.

Aparentemente, era caro a Salim Miguel, como crítico do modernismo de 1a geração, a


exposição de diferentes valores, de dois lados da questão: expõe o lado positivo para depois
expressar o lado negativo, e vice-versa. Às vezes essa mudança ou contraposição é feita
mesmo antes que possa completar um pensamento ou frase, às vezes privilegiando o
julgamento rápido em detrimento da análise mais demorada.

Essa ambígua argumentação eventualmente dá lugar a uma crítica mais objetiva, como
quando menciona a cena artístico-literária brasileira pré-22, com seus Coelhos Netos e afins,
criticados por Monteiro Lobato (que de outra feita criticou o modernismo), a adesão
modernista de Graça Aranha (apesar de pertencer à ABL), a ABL homenageando o
movimento que tanto atacou, e este um movimento de destruidores que muitas vezes foram
inferiores aos destruídos – tudo isso serve de munição para Salim. E ainda, que nomes
surgidos depois do movimento, “não o aceitando ou aceitando-o parcialmente", a exemplo de
“Marques Rebelo, José Lins, um Jorge Amado, um Graciliano (que tantas declarações contra
a semana tem feito), foi que os melhores trabalhos viram a luz”.

Salim então retoma Mário de Andrade e a conferência feita no Itamarati em 1942, à


qual se refere como “a explicação, o mea-culpa da 'semana'”, dotada de uma “sinceridade”
que chega “ao exagero”, “convidando […] os artistas […] e seguidores da 'semana' a fazerem

38 Andrade, Mário de. O movimento modernista, em Aspectos da literatura brasileira. 1974.


53

uma revisão geral de valores”. Embora ele não use a 1a pessoa, as preocupações de seu texto
intuem que ele mesmo e seus companheiros de grupo deve(ria)m fazer essa revisão.

Como que chegando num ponto preparado por toda a argumentação anterior, o contista
e romancista tece uma crítica mais incisiva à geração de 22.

E a verdade é que, apoiado logo de início por esnobes, pela alta


burguesia de São Paulo, pelos granfinos cheios de spleen, tomado para
divertimento, o movimento da semana transcendeu, avolumou-se, foi
além do previsto.

Na terceira e última página do editorial, o autor volta a relativizar a importância da


semana de arte moderna (sempre em minúsculas), para no final falar novamente (como no
editorial 6) dos “filhos espirituais”, entre os quais se assume, divididos em “geraçõezinhas
anuais, semestrais, mensais, quem sabe diárias”, novamente podendo recusar ou não recusar a
semana, repetindo que é “cheia de erros, falhas e confusões”, e que estão fadadas a errar,
ainda que não a persistir no erro.

Esta segunda parte da “revisão de valores” de Salim Miguel foi mais elaborada que a
primeira, e a terceira parte será ainda mais elaborada. Antes de chegar a ela, cabe aqui as
perguntas: no que consistiria e, principalmente, por que seria necessária essa “revisão” que
fizeram Mário, Salim e outros, cada qual no seu tempo e do seu jeito? A resposta é o
questionamento dos mecanismos de imposição do modernismo como um programa
obrigatório. Nada mais adequado ao discurso de Salim Miguel e à trajetória do Grupo Sul
como um todo, que nunca propuseram ou foram um movimento literário de ruptura (do
moderno). Lembre-se do quase-manifesto de Hamilton Ferreira, quando advogou o
"descompromisso" do grupo com "correntes [...] literárias e artísticas de qualquer natureza" 39
– ainda que Aníbal fosse por outro lado no início: "a Arte Moderna é a única possível, em
nossos tempos"40.

Cardoso e Souza41 utilizam o conceito de revisionismo não apenas para questionar os


movimentos hegemônicos, mas para resgatar as experiências descentralizadoras, tanto no
aspecto local quanto temporal, e dentro dessa perspectiva o Grupo Sul se encaixa

39 Hamilton V. Ferreira, em entrevista para Sachet no jornal O Estado, 1977. Citado por Sabino, Lina Leal.
Grupo Sul. 1981.
40 Aníbal Nunes Pires, A Arte Moderna, in Sachet e Soares. Presença da literatura catarinense. 1989, p. 106
41 Cardoso e Souza. Qual revisão do modernismo?, in Modernidade toda prosa. 2014, p. 26
54

perfeitamente, uma modernidade tardia e periférica.

Em outro texto, um editorial estendido de seis páginas (“Lembrança de Graciliano”)


em março de 53 (nº 19 da revista), Salim discorre sobre a morte do escritor Graciliano Ramos.
É preciso lembrar que pouco antes, em dezembro de 52, o mesmo Salim publicava um artigo
de três páginas na edição 18 sobre os 60 anos do escritor alagoano, do qual era admirador
confesso. Nesse artigo, Salim já não hesitava em julgamento – pelo contrário, atribui ser
Graciliano, ou, como ele chamava, o “Mestre Graça” ou “Major Graça”, “o maior escritor
contemporâneo do Brasil e um dos maiores da língua”, mantendo essa perspectiva por todo o
texto.

O mesmo modo é mantido em “Lembrança de Graciliano”, em que narra seu encontro


com o autor de Angústia, já doente, no Rio de Janeiro. O relato é objetivo e respeitoso, e,
quando menciona a obra, Salim a desmistifica como “pessimista” e a classifica como
“revolucionária”.

Até aqui, analisando os editoriais do número 1 ao 27, percebe-se que apenas Salim
Miguel e Eglê Malheiros tocaram em questões literárias, e que Salim foi até aqui o maior
porta-voz no grupo em termos de crítica. Viu-se também que, da mesma forma como o
contista e romancista tinha preferência pelos autores da segunda geração modernista,
expressava muitas reservas com relação à geração de 1922, com uma maior simpatia por
Mário de Andrade.

É quando convém voltar às revisões de valores. No texto “Mário de Andrade e a


'Semana' de 22” (1955), Salim lamenta ainda a morte do escritor, ocorrida uma década antes.
Retoma a conferência de 42. Fala da entrevista de 44, dada a Francisco de Assis Barbosa.
Lança suas teses duvidosas – se a Semana foi ou não “inútil”. Faz uma interessante divisão
entre os integrantes do movimento: os “esteticistas inócuos”, os “nacionalistas jacobinos”, os
“emanharadamente antropofágicos” e os “integralistas do fascismo indígena” (sem citar
nomes), fazendo uma ressalva para poucos que tomariam um “rumo certo”, ligados “ao povo
e ao meio” (também não nomeados). Lamenta a falta de uma linha mestra ao movimento,
fator responsável para a falta também de “consistência e durabilidade”. Não lhe nega o mérito
de, mesmo “mal estruturado e defeituoso”, ter destruído, “sem esforço”, a literatura “sem
perspectivas” até então feita no Brasil.
55

Em contrapartida, a Semana nada teria trazido “de prático, de concreto” – afirmação


um tanto duvidosa, visto que o evento-mor do modernismo brasileiro não foi teórico, foi
praticado, e se realizou, sendo, assim, concretizado. A menos que se referisse ao concreto da
Poesia concreta, o que não é o caso, evidentemente.

A revisão salineana continua: a Semana não teria oferecido, face a essa destruição,
nada em troca “que satisfizesse”, a não ser a “falta absoluta de técnica”. Quanto a
“satisfizesse”, fica no ar novamente a dúvida (satisfizesse como? A quem?), mas no parágrafo
seguinte (o 12º do longo texto), o autor esclarece, tocando num ponto nevrálgico do
movimento modernista: o do fracasso de popularidade, uma “revolução” passada em branco
para as camadas populares, que não chegaram a tomar conhecimento do evento, muito menos
a ter participação. Ele sentencia: “transformava-se, assim, perdendo suas pequenas
características iniciais de movimento 'revolucionário', para movimento da classe dominante e
de uma gente 'de bem'”.

Quanto a essas últimas sentenças, há que se concordar em gênero e número com


Salim, mas deve-se discordar dele veementemente em grau. Em gênero: sim, foi um
movimento artístico de uma classe dominante, embora não fosse esse o objetivo; ressalva
primeira: foi mais “para” que “de” uma classe dominante. Em número: sim, o “povo”
(categoria usada por ele) só chegou a ouvir falar da Semana “incidentalmente”; ressalva
segunda: é preferível dizer que uma minoria ínfima da população teve acesso à novidade. Em
grau: não, não é preciso ver isso como um fracasso absoluto como Salim profere, a julgar pelo
alcance de outros movimentos artísticos do início do século – que foram revolucionários
dentro de seu próprio campo, a arte, e não como um caminho de agremiação de massas. Caso
o modernismo brasileiro tivesse participação massiva da população na Semana de 22,
certamente teria importância maior do que os movimentos do Dadaísmo, do Surrealismo, do
Futurismo, do Cubismo. O critério utilizado por Salim foi muito severo neste ponto, seguindo
parâmetros gramscianos de cultura como vetor de revolução.

À parte esse detalhe, é preciso localizar a revisão da fase heroica do modernismo


como necessária. O abandono de um modelo crítico hegemônico é cada vez mais imperativo,
e neste sentido Salim Miguel fez uma tentativa honrosa, de acordo com o que Cardoso e
Souza apontam: “Em toda leitura revisionista é necessário rever conceitos e desconfiar das
56

certezas cristalizadas pelos movimentos datados”42.

Seguindo, Salim, chega ao pós-Semana, à década seguinte que apresentou uma


literatura muito diferente, com preocupações sociais, “mais de ação, interessada, viva,
atuante”, em suas palavras, e novamente a Mário de Andrade. As seis últimas páginas do
artigo são dedicadas elogiosamente a Mário, à conferência de 42, à entrevista de 44 e à sua
obra.

4.4. Prevendo o fim

Como foi visto, vários editoriais-situação vinham desde o início falando da


sobrevivência da revista apesar dos reveses, chegando até o tom muito otimista de Walmor no
editorial nº 25, do otimismo contido do editorial nº 26, dos planos arrojados a médio-longo
prazo da edição nº 27, e da esperança e comemoração no nº 28. No entanto, se foi assim até
então, também há discurso de temor e uma expectativa de uma sobrevivência que já definha.
No nº 26, na seção “Notas & comentários”, p. 104, reconhecem:

Nossa revista, nos últimos números, tem se repetindo, vem se


tornando monótona, de interesse mais restrito. […] Contudo, por mais
que tenhamos tentado, por mais que saibamos existirem as
deficiências, as soluções ou não têm surgido ou os resultados não têm
sido satisfatórios.

É Eglê quem assinala, no editorial nº 29, um atestado de maturidade indesejável,


academismo e marasmo. O temor de mumificarem-se em vida (por deixarem de ser jovens) 43
e de perderem-se na auto-contemplação se mistura ao quase desejo de que novos surjam para
chamarem-lhes de “conservadores e vaidosos”, alterando assim o cenário. E finaliza: “Se não
mudarmos passaremos a função decorativa, e teremos que reconhecer tristemente que Sul
morreu”.

O que era um temor não se transforma em fato, uma vez que os membros do GS nunca

42 Cardoso e Souza. Qual revisão do modernismo?, in Modernidade toda prosa. 2014, , p. 30


43 "Porque o artista e o intelectual sofrem um destino inelutável: ou se mantêm sempre jovens ou morrem,
mumificam-se mesmo em vida". Editorial, Sul 29, p.1.
57

viraram múmias, pelo contrário, continuaram produzindo e contestando por muito tempo
(vide a prisão de Salim e de Eglê em 64, após o golpe militar). Contudo, o receio de que a
revista terminasse se tornou realidade enquanto faziam o número 30, e o último editorial é o
reconhecimento de um fim, “temporária ou definitivamente”. Assim, a despedida recusa-se a
ser uma extrema unção (“Nosso adeus não é melancólico”), mas é bastante realista
(“compreendemos […] que uma revista não pode mais ser aceita com complacência”),
falando de motivos “internos e externos” além dos que Eglê mencionou no número anterior: a
falta de uma base econômica, a possibilidade de a publicação tornar-se “inoperante e
academizante” ao lutar “com as mesmas ou maiores dificuldades e incompreensões do que
antes”.

E o nº 30 finaliza: “Que outros, já com a experiência de nossos erros, não incidindo


nos mesmos, mais e melhor façam”.

Cerca de vinte anos mais tarde, em entrevista a Lina Leal Sabino, Salim se refere a
esse editorial na primeira pessoa do plural: “Dizíamos claramente […] interrompêssemos
[…]”44. Ele fazia questão de acentuar sempre o caráter coletivo de tudo o que faziam, e, às
vezes, dizia isso não assinando textos – como, ao que tudo indica, este editorial.

A última edição, com o maior número de páginas entre todas (155), ainda tem outros
textos sintomáticos de um fim. O romancista Esdras do Nascimento escreve “A ilha e a
ponte”, uma “coroa de flores para o enterro de Sul” (sic do editor). O nostálgico texto, do
gênero crônica, relembra o surgimento, a agitação na província, a repercussão no país, a
ausência de preconceito e de “panelinha” como características do grupo. No final, lista em
ordem alfabética todos os nomes que publicaram na revista, entre integrantes, colaboradores
fixos e eventuais.

A tradicional seção “O que dizem da Sul” desta vez tem quatro páginas com fontes
bem pequenas, contendo 27 excertos de jornais e revistas entre 1948 e 57. Além de periódicos
literários, inclui menções em O Estado de S. Paulo, O Clarín (Buenos Aires), O Globo (Porto
Alegre) e Folha da Manhã (Recife). Numa seção à parte, reproduzem a nota "Homens, coisas
e letras: os 'brotinhos' do Sul", que José Lins do Rego publicara em O Jornal (RJ, 20-01-
1950), na qual o romancista pernambucano narrava com regojizo seu encontro com os rapazes

44 Sabino, Lina Leal. O Grupo Sul. 1979, p. 278


58

de Sul na Casa do Estudante, no Rio de Janeiro. Mencionou "o ruivo Archibaldo Neves, o
moreno Salim Miguel, o pequenino D. Juan, o alto e simpático que se sentou à cabeceira da
mesa". Conforme a descrição, deduz-se que "o pequenino D. Juan" era Ody Fraga e Silva.

No mesmo número, ainda em clima nostálgico, porém agora mais sério, Osvaldo
Ferreira de Melo Filho publica a última parte de seu livro “Introdução à História da Literatura
Catarinense”, então prestes a ser publicado, no qual apresenta o Grupo Sul e sua trajetória.

Entre as páginas 45 e 52, dois artigos falam do filme “O preço da ilusão”: “História de
um filme”, de Domingos de Gusmão, e “O preço da ilusão – Película catarinense”, de Salim
Miguel. O primeiro texto aborda a história da produção do filme: os antecedentes, os clubes
de cinema que serviram de mola propulsora para a produção, as experiências anteriores
semelhantes em Porto Alegre, os envolvidos na pré-produção. Este artigo é ainda rico em
notas explicativas. O segundo, de Salim, traz uma longa introdução sobre a arte
cinematográfica, uma pequena história da Vera Cruz e do cinema no Brasil, e por fim, uma
apresentação do filme para o qual escreveu argumento e diálogos.

De alguma forma, o fim da Sul – e, também, do Círculo de Arte Moderna – era


marcado por uma simultânea ressurreição, o lançamento de um filme, sonho de meninos
realizado num momento tão melancólico.

Fazendo uma breve ponte ao terreno literário, há duas participações significativas.


Uma é de Ody Fraga, que publica o conto “Amadeu Rodrigues, jornalista”. Ody é membro
fundador do grupo e vai morar no Rio de Janeiro em 1950; o fato de comparecer no último
número, depois de esparsas participações nos anos recentes, é como a presença de um amigo
que voltou depois de muito tempo para um funeral 45. A outra é de Aníbal Nunes Pires, que
comparece com o soturno poema “In extremis”, escrito em outubro de 57, cujo próprio título é
uma carta de intenções, e o poema, uma despedida. Uma das estrofes diz:

O poeta valerá teu dormir


a espera da ressurreição
e os teus dez anos de história
hão de florir novamente
como florescem as roseiras
nos jardins.46

45 Ody publicou regularmente até o nº 13, depois disso nas edições 20, 21, 24, 25 e 30.
46 Aníbal Nunes Pires, "In extremis", in Revista sul nº 30, dezembro de 1957
59

4.5. A pretexto de um balanço parcial

Sabe-se, e não é nada novo afirmar, que os membros do GS trabalharam seus estilos
literários individualmente, havendo preferência de alguns por prosa, outros por poesia e
alguns poucos por teatro, conforme já descrito em vários trabalhos vistos na Fortuna crítica e
nesta dissertação. Dentro mesmo de cada gênero, os artífices buscaram desenvolver timbres
próprios, os quais, se não fundaram novos estilos de fazer literário, ao menos diferenciavam-
nos uns dos outros e de outros.

No texto opinativo não literário a situação pode ter sido um pouco diferente, por dois
motivos: um: mesmo tendo alguns deles trabalhado com jornalismo, não era esse o ofício
original de nenhum membro – todos tinham a literatura como interesse principal, quando não
primeira ocupação (até 1957, ao menos); dois: no gênero opinativo, é mais comum haver
influências mútuas, principalmente quando se fala de jovens que convivem por tanto tempo.
Compartilham-se vivências, posicionamentos e trejeitos – inclusive textuais.

Dessa forma, embora haja diferenças, os editoriais têm discursos parecidos. A forma
pode ser diferente, mas o conteúdo é semelhante, de tal maneira que uma hipotética
investigação sobre quem escreveu cada um dos doze editoriais não assinados se faria
dificultosa. Não obstante, vê-se que o timbre de cada um está presente nesses textos, de forma
obviamente mais implícita. E embora fosse difícil, como foi dito, descobrir a autoria de cada
um deles, se poderia afirmar, de modo preliminar e um tanto especulativo, que a grande
maioria teria as autorias de Salim Miguel e Eglê Malheiros – não só pelas características
textuais peculiares, mas também porque os dois são responsáveis por mais da metade dos
ensaios e resenhas (gêneros análogos ao editorial) das trinta edições da revista. É sobre esses
outros textos de caráter crítico/opinativo que tratará o capítulo cinco.
60

5. A LITERATURA CRÍTICA

Bem, queremos fazer disto aqui um cantinho de conversa mensal, com


os nossos amigos leitores. Troca de ideias, sabem. Não será uma
conversa casmurra. Será assim como um “tête-à-tête”, onde
trocaremos ideias e discutiremos – como pessoas civilizadas, é lógico
– sobre literatura. Sim, somente literatura. Porque, dos demais
assuntos, tratarão os outros.
Salim Miguel, “P'ra início de conversa”, Sul nº 1

A crítica literária na Sul, gênero textual que teve em Salim Miguel o escriba mais
prolífico do grupo, se desenvolveu por meio de artigos, resenhas e ensaios, na maior parte de
teor impressionista, isto é, não seguindo especificamente uma escola como a formalista russa,
a estruturalista ou outra de relevo na época.

A julgar pela quantidade de textos não-literários publicados por Salim na revista,


incluindo, além dos gêneros mencionados acima, as notas, depoimentos, entrevistas e
reportagens, é fácil notar que eram em número exponencialmente superior aos seus textos
literários publicados na mesma. Estes resumem-se a dez, a saber: um poema (“Palavras
doidas”, edição 3), dois contos incluídos nas Edições Sul (“Jantar em família” e “J.M., cego”,
edições 14 e 16, respectivamente) e sete contos inéditos em livro (“Embriaguês” sic,
“Noturno”, “Encontro”, “O homem solitário”, “Era igual aos outros”, “Amor, Lascínia e...” e
“Serapião”, edições 1, 5, 7, 9, 11 e 13, respectivamente).

Cabe aqui um esclarecimento metodológico. A Sul publica, além de textos de seus


integrantes, colaborações locais, nacionais e estrangeiras, o que em volume ultrapassa em
muito a produção crítica dos próprios “rapazes de Sul”, totalizando noventa e uma
colaborações. Por outro lado, nem todos os textos não literários dos integrantes da Sul são
resenhas ou ensaios críticos; há muitas reportagens, entrevistas, depoimentos e textos da seção
“Notas & comentários”. Entretanto, para efeito de especificidade, a análise foi limitada aos
textos críticos de autoria dos membros do grupo, uma vez que outros textos não-artísticos e as
61

colaborações mereceriam outra análise detalhada. Havendo mesmo assim um corpus bastante
extenso, a prioridade do enfoque recairá nos dois principais resenhistas do GS, o casal Salim
Miguel e Eglê Malheiros.

5.1. A dialética salineana: primeiro e segundo graus

As palavras de Salim, reproduzidas na epígrafe, se referiam àquilo que deveria ser


uma coluna estritamente literária e periódica. Embora não use o termo “coluna” nenhuma vez,
Salim se refere a um “cantinho de conversa mensal”, o qual já tinha um título (“E por falar em
livros...”), e que logo de início não se concretizaria. Ele procederia com os textos críticos do
início ao fim da revista, é certo; porém, não manteve uma coluna (o título escolhido para ela
desapareceria já na edição 3), não se limitou à literatura e, como se sabe, não manteve a
revista uma periodicidade fixa, nem ele na revista com esta “coluna”.

A primeira fase da revista foi pobre em crítica literária própria. Foram publicados
vários textos “enlatados”, e pouco material do grupo, com Salim fazendo quase todas as
honras. Se for contada a totalidade dos textos publicados, entre não-ficção, ficção, poesia e
outros, vê-se que nas dez primeiras edições de Sul Salim Miguel foi o nome mais presente,
com dezesseis entradas, seguido de Ody, com quatorze. Depois, aparecem: Eglê e Aníbal, com
doze cada; Paladino, Hamilton e Archibaldo, com oito cada; Carreirão e Walmor, com cinco
cada; Zé Tito com quatro, Ballstaedt com três, Boulsfield com dois e Fulvio e Mund Jr. com
um cada. À parte o CAM, foram trinta e nove colaboradores publicados, alguns com vários
textos; dezenove cartas e matérias sobre Sul transcritas; e vinte e dois textos coletivos ou não
assinados, incluindo os da seção “Notas & comentários”, todos os dados referentes à primeira
fase, edições 1 a 1047.

O primeiro número não trouxe nenhum texto crítico do grupo, a despeito da coluna
mencionada, que fez apenas uma apresentação e uma declaração de princípios, e Ody Fraga
apresentando em artigo-depoimento seu trabalho no TECAM.

No número dois, Salim escreve “Lima Barreto, um escritor quase desconhecido”, a

47 Dados podem ser verificados na indexação, no Anexo A


62

prometida continuação da “coluna”48, enquanto mais adiante publica um texto sobre a


juventude com o título “P'ra início de conversa”, levando ao entendimento de que nesta
segunda edição a coluna teve duas partes, na página 10 e na 15.

O texto sobre Lima Barreto comemora a notícia da reedição de sua obra por “uma
editora do Rio”. Não se trata de uma resenha, mas de uma apresentação crítica do “mulato
genial”, bastante apaixonada – tanto para a defesa quanto para o detratar – como é talvez a
principal característica do analista Salim Miguel. Salim fala da descrição perfeita do Rio de
Janeiro e dos seus bairros e habitantes, as obras-primas que escreveu, o estilo “um tanto
frouxo”, de “linguagem um pouco desleixada”, “períodos inteiros mal construídos”, e em
como ele é diferente do “impessoal, frio” Machado de Assis. Entre as observações de Salim, é
vista mais uma vez uma “marca registrada” que já se constatou aqui na série “Revisão de
valores”, e que se repetirá por toda a sua experiência crítica: no trecho “Suas falhas
desaparecem ante o valor 'cem por cento' da arte humana. Seus próprios erros, dão como que
mais valor à obra, impregnada de grande calor humano”, vê-se o que parece ser uma obsessão
pela ideia de erro, de falha, tanto na crítica quanto na autocrítica de Salim.

O mesmo acontece em “Atualismo de Cruz e Souza”, texto publicado onde deveria


haver o editorial da edição 3 (páginas 1, 4, 8), sendo por conseguinte um artigo editorializado
e estendido. Salim é bastante específico quando enumera os pontos negativos do poeta: “Não
desconhecemos, nem negamos os defeitos da poesia de Cruz e Sousa. Demasiado hermetismo,
leve tendência para o penumbrismo, um mau gosto às vezes excessivo pelas frases de efeito
fácil, verbalismo”. E contrapõe isso ao seu ponto mais forte e característico, a emoção, além
do instinto e a espontaneidade – rebatendo assim a crítica ferina de José Veríssimo,
contemporâneo do Cisne Negro.

O título do artigo é explicado na terceira e última página, conforme cinco motivos. O


primeiro seria a alusão a um reconhecimento tardio do poeta simbolista do Desterro,
reconhecimento o qual Salim atribui justamente ao seu “atualismo”: “porque somente agora
os críticos literários estão lhe dando o lugar que merece na poética nacional”, esclarecendo
que os primeiros apoiadores foram seus contemporâneos e amigos Virgílio Várzea
(conterrâneo) e Nestor Vítor (paranaense radicado no Rio de Janeiro). Salim enumera os

48 No final da primeira "coluna" publicada, p. 4 de Sul n. 1, a revista informa: "Leia no próximo número: Lima
Barreto, um escritor quase desconhecido de Salim Miguel"
63

nomes que, mais recentemente então, vinham “situando a obra e o vulto de Cruz e Souza no
devido lugar”: Ronald de Carvalho, Agripino Grieco, Andrade Muricy, Nélson Verneck Sodré,
Tarso da Silveira.

Os outros quatro motivos são quase óbvios: porque Cruz e Sousa abriu caminho para
as correntes modernas ao dar liberdade ao verso; porque muitos modernos aprenderam a fazer
versos como simbolistas; porque os modernos são independentes como ele; porque poesia é
“dar sua mensagem” sem se preocupar com escolas literárias e com a opinião alheia.
Entretanto, essa argumentação se justifica devido ao fato de Cruz e Souza ser então um autor
silenciado.

Mais adiante na mesma edição 3, há um texto de José Tito Silva, conterrâneo e


colaborador frequente da revista, também dedicado ao poeta negro; entretanto, embora
contenha alguma apreciação, trata-se da transcrição de um discurso proferido no Instituto
Histórico e Geográfico de Santa Catarina, por ocasião da passagem do cinquentenário de
morte de Cruz e Sousa. Cita os críticos Bastide, Tasso da Silveira e Agripino Grieco, além de
alguns poemas. O fato de ser uma conferência de homenagem, com uma certa formalidade,
confere um tom morno ao texto, bem diferente da sinceridade derramada do artigo de Salim
Miguel.

Salim assina quinze dos quarenta e um textos críticos de literatura da Revista, sendo
seis na primeira fase, sete na segunda e dois na terceira – quase quatro assinaturas a cada dez
edições. Destas críticas, uma das mais rigorosas foi sobre os romances de José Geraldo Vieira,
na edição 4 – a sua primeira crítica sobre um autor vivo na revista. Ao contrário do modo
silogístico como conduz sua apreciação sobre o modernismo, por exemplo, nas edições 6 e 16,
no texto “José Geraldo Vieira e o desprestígio do personagem” Salim Miguel é objetivo desde
o início, e o ponto central dessa discussão é a falta de personagens marcantes na obra do
membro da Academia Paulista de Letras, contrapondo-o a Machado de Assis, Lima Barreto,
Manuel Antônio de Almeida e Roger Martin du Gard, autores em cujo “romance puro a
história, os personagens, se conduzem por si mesmos, sem interferência do autor”. Essa
ausência em Vieira se daria pelo seu modo peculiar de construir personagens, intelectualizado,
sem ressonância, sem profundidade psicológica, como se todas as falas viessem da própria
figura do autor, personificando-se, individualista, em tudo o que escreve. Salim centra seu
64

comentário nos romances A mulher que fugiu de Sodoma, A quadragésima porta, Território
humano e A túnica e os dados.

Um ponto relevante da crítica é a classificação que o autor faz dos romances, que
segundo ele poderiam ser “reais” ou “irreais”:

Consideramos primordialmente, dois tipos de romance, dentro desses


podendo englobar todos ou fazer múltiplas subdivisões: o real, que se
baseia em fatos acontecidos ou que poderiam ter acontecido, sem
prejuízo da inspiração do autor, e o irreal ou fantástico, cuja história
pretende contar um caso anormal, no terreno da fantasia, do sonho.
Em síntese: o real é cotidiano; o irreal o não cotidiano; nenhum dos
dois impedindo porém a verossimilhança do personagem, que não
implica em realidade ou irrealidade da história.49

O que as linhas de Salim atacavam pode ser resumido no fato de Vieira escrever
Bildungsroman, como em Território humano – “romance de formação desdobrando o
aprendizado, a construção da personalidade e da moral da personagem” – que se confunde
com Bildugsburgertum – “a valorização pelas classes médias altas da erudição, gosto e
valores do cânone ocidental”50. Apesar de críticas negativas como a de Salim, Vieira era um
“romancista que nos anos 1950 tinha um horizonte de 45 mil leitores”51.

Coincidentemente, a resenha seguinte, publicada na edição 8 e assinada por Antônio


Paladino, também trata de um membro da Academia Paulista de Letras, o poeta sazonal Cyro
Pimentel (1926-2008). Pimentel faz parte da chamada Geração de 45, mas Paladino se refere
a ele como um poeta “dos novíssimos”, esclarecendo que se tratava se um movimento surgido
cerca de dois anos antes. O livro em questão é Poemas, daquele mesmo ano, estreia do poeta
pela Cadernos do Clube de Poesia. Sobre a resenha, bastante elogiosa, cabe assinalar que o
estilo é praticamente idêntico ao de Salim Miguel, a saber: longa introdução genérica antes
que se mencione o objeto da crítica pela primeira vez; tratamento dos autores como “Sr.” (a
exemplo da resenha de José Geraldo Vieira); a grafia do nome de Drummond com um “m” só;
e a indefectível obsessão por defeitos e erros: “não serão falhas dêsse quilate que empanarão o
49 Revista Sul nº4 p.6
50 Alves, Leonardo. José Geraldo Alves: territótio humano. https://ensaiosenotas.com/2017/01/13/geraldo-
vieira-o-territorio-humano/
51 Mussa, Alberto. O albatroz. In: http://rascunho.com.br/o-albatroz/
65

valor da obra do Snr. Ciro (sic) Pimentel”. Essas coincidências poderiam ser entendidas de
três maneiras: como resultado da proximidade entre os amigos autores, de forma que um
poderia apropriar-se do estilo crítico de outro por simbiose; como um texto escrito a quatro
mãos, com uma assinatura só; ou mesmo como uma parceria onde um autor (Paladino) teria
ditado e outro (Salim) datilografado – dessa forma, as ideias seriam do primeiro e as
construções frasais, o estilo, do segundo. Mas sobre isso não se pode além de conjeturar.

Outro ponto de interesse desse texto é a menção a Oswald, autor pouco mencionado na
revista – três ocorrências apenas como autor citado, sendo as outras duas na série “Revisão de
valores”, contra, por exemplo, doze ocorrências de Mário de Andrade.

Se a oposição do grupo ao mestre modernista de Serafim Ponte Grande era meramente


suposta, o trecho a seguir não deixa qualquer dúvida: “De outro lado surge o Sr. Osvald
Andrade (sic) e outros que tais, gastando palavrorios (sic), pondo a descoberto o seu despeito
e antipatia por uma geração que nada quer com eles.”

Ainda no número 8, em "Apontamentos à margem das últimas leituras", Salim escreve


sobre dois romances brasileiros recentes: Luz da estrela morta (1948), segundo romance do
acadêmico Josué Montello, na tradição de Eça e Machado; e Repouso (1948), terceiro
romance de Cornélio Pena, autor da geração de 30 tido como criador do realismo psicológico
brasileiro. Em ambos, Salim descreve a técnica, o estilo e a linguagem, destacando as
construções dos personagens, num texto menos pessoal que, por exemplo, as resenhas das
edições 9 a 11 que serão tratadas a seguir.

De modo a diversificar os objetos da crítica, na edição 9 Salim analisa um livro de


poemas de um colega de grupo, Walmor Cardoso da Silva, cujo Idade 21 estava no prelo em
junho de 49, quando a resenha foi escrita. Idade 21, primeiro lançamento da série Cadernos
Sul, seria o único Walmor publicado até a escrita deste trabalho.

A resenha tem nove parágrafos, distribuídos da seguinte forma: (1) o tradicional


parágrafo divagante salinesco de abertura, este versando sobre “o que é poesia”, uma espécie
de tese; (2) parágrafo-antítese, tendo como tema a decadência da poesia, terminando com uma
ponte pré-apresentativa para o parágrafo seguinte (“Pois é um verdadeiro alívio ler algumas
poesias. Cuja única intenção é manifestar um estado poético”); (3) apresentação da obra e
poeta com uma citação; (4) caracterização abrangente, e mais imparcial, do poeta e sua
66

poesia; (5, 6 e 7) está se falando de um crítico que é ao mesmo tempo editor, assim se espera
que a parcialidade se faça presente, porém esta é bem argumentada, apresentando três
motivos-elogios, a saber: pureza e simplicidade dos temas, economia de palavras, e um
“hermetismo puro”; (8) síntese antecipada: há um “primarismo”? Há, e esta é sua maior
qualidade; (9) considerações e recomendações finais: aqui Salim menciona as famigeradas
“falhas”, categoria salineana que não poderia faltar em texto crítico seu desta fase; aconselha
o autor; e termina de forma otimista e esperançosa.

Nesse percurso, os apontamentos críticos mais rigorosos foram: falta de técnica,


incongruências (parágrafo 4), “certas infantilidades”, “surpresas boas e más” (5),
“convencimento ingênuo […] falta de um maior aperfeiçoamento técnico, um acabamento
mais esmerado e exclusão de algumas […] palavras bonitas porém ocas” (9). Isso mostra que
o editor não sobrepujava o crítico. De qualquer forma, chame-se de “dialética salineana” essa
crítica modelar do livro de Walmor, bem como suas variações.

Uma das variações referidas aparece em duas partes, a primeira datando de setembro
de 1949 é publicada no número 10, de dezembro do mesmo ano; e a segunda, no número
seguinte, em maio de 1950. O objeto da crítica é a Antologia de contos de escritores novos do
Brasil, volume organizado por Saldanha Coelho, publicado pela Revista Branca e que fez as
vezes de sua primeira edição. O título da primeira parte da resenha, “Uma antologia... Nada
antológica”.

Se na resenha de Idade 21 Salim discorreu sobre um gênero que não era o seu, em
“Uma antologia...” ele passeia em seu território mais habitual e num fluxo de pensamento
muito mais direto do que em outros textos críticos. Os motivos que ele elenca para justificar
sua crítica são (parágrafos 1 a 3): a escolha do gênero conto, um dos mais difíceis e que
requer bom conhecimento técnico, domínio estilístico, análise, pesquisa e aprofundamento; a
não-restrição a especialistas no gênero, mas inclusão de poetas e romancistas fazendo conto;
entre os poucos bons contos, alguns não eram inéditos; entre os bons contistas, alguns
comparecem com contos inexpressivos; e uma maioria de contos “de verdadeira
insignificância”. Enumera então os problemas técnicos dos textos, nos parágrafos 3 a 5:

[…] Construção vacilante, […] onde não se nota […] a procura


estafante […] de novos moldes, de contribuição própria nos trabalhos,
de pesquisa, ou então uma perfeita técnica, um domínio completo do
67

assunto e da matéria […].

E segue falando da carpintaria do gênero, em tom de aula: “No conto, não há por onde
fugir […] Ou se conta uma história […] nos velhos moldes de um Maupassant […] ou então
se tenta o conto moderno”. Por “conto moderno” Salim refere ao conto de K. Mansfield, A.
Tchekov, J. Joyce e “poucos americanos de vanguarda”.

A seguir, explora a questão do estilo, dando ainda atenção à técnica (parágrafos 6 e 7):

[…] Despreocupação de estilo e linguagem […] O lugar comum, o


banal, o já cediço e gasto […], se unem e passeiam de mãos dadas. O
conto regionalista de pior espécie, o conto piada de classe mais
ínfima, o conto surpresa, […] o conto pseudo moralista, em estilo
rançoso […] falta de auto crítica. O mau gosto na escolha […] A
construção das frases e dos períodos é periclitante […] o
desenvolvimento sem interesse, o conjunto fraco, o estilo frouxo.
Quando a tentativa é de conto moderno, não se conhecem as
linhas mestras do gênero, os seus maiores cultores, como agir e
aproveitar as menores coisas e as transmitir. Quando se quer fazer
o conto acadêmico, não se possui a base e o conhecimento dos que
o praticaram antes. [grifo nosso]

O excerto em negrito revela uma das passagens mais rigorosas da carreira do Salim
Miguel crítico.

O oitavo parágrafo segue apontando os defeitos dos textos da antologia, raramente


citando um conto como exemplo, e às vezes repetindo sentenças já propostas com outra
construção frasal, como nas oito primeiras linhas deste mesmo parágrafo. No parágrafo
seguinte, Salim comenta alguns contos que considera melhores, ressaltando que “pouca coisa
se salva”, e não poupando nem Aníbal Nunes Pires, único autor do GS presente, e cujo conto
“Cafezinho de visita” teria apenas algumas boas “frases soltas” na primeira parte. Por fim, o
último parágrafo contém as habituais recomendações – única semelhança com o formato de
resenha dialética que Salim trabalhou em outros momentos. Até aqui, não foi possível haver
dialética, uma vez que não houve “antítese”, só “tese”.

Não houve dialética pelo menos até que chegasse às ruas o número seguinte, com uma
seção especial chamada “Apêndice” e nela o texto “Carta resposta ao meu caro Fausto Cunha:
68

Ainda a antologia”. Com o triplo da extensão da primeira parte, esta “resposta” funciona
como uma antítese à resenha anterior. Aqui se reencontra o Salim dualista que se deu a
conhecer em “Revisão de valores”; um Salim que já no primeiro de 43 parágrafos começa por
se desculpar, com a justificativa genérica de que é tudo “questão de foro íntimo […] em
última análise é gosto”, e que termina o último parágrafo assim: “com as minhas escusas pela
'chateação'”. No meio disso, uma longa argumentação em que o autor destrói tudo de objetivo
(ainda que potencialmente injusto) que construiu no primeiro texto. Ou quase tudo:
eventualmente tenta reforçar o que havia dito, mas, ainda assim, se torna repetitivo. Antes
havia um comentador intrépido, arrojado e até um pouco insensato; agora, um crítico prolixo,
inseguro, mais relativo que subjetivo, de uma prudência exagerada, além de parcialmente
arrependido.

O “segundo Salim” parece sempre estar se dirigindo a um leitor íntimo, aqui


personificado por Fausto Cunha (“Confesso, aqui em segredo, que ninguém nos ouça, que
esse termo novo às vezes me cansa”), eventualmente negociando consigo mesmo ou com o
leitor/destinatário (“Lhe lanço um desafio: Se você francamente […] me […] promete que da
nova geração nada de melhor […] se pode fazer […], dou a mão à palmatória. Feito?”), e às
vezes fazendo incursões de divagação pretensamente filosófica (como no parágrafo entre a
segunda e a terceira página do artigo). Aí reside o motivo da diferença entre os “Salins”: o
primeiro era essencialmente um autor de resenhas, enquanto o segundo “emergia” dos artigos,
editoriais e outros formatos – como a carta.

Por outro lado, um outro exemplo do primeiro Salim é a já analisada resenha sobre
José Geraldo Vieira. O que nos remete a outros paralelismos presentes nessas críticas, por
exemplo: de forma semelhante àquela como os dois textos sobre a antologia da Revista
Branca formavam uma dialética particular e peculiar, os três editoriais da série “Revisão de
valores”, que já possuem cada um deles uma estrutura dialética, só que salineana, também
formam no conjunto uma dialética particular e peculiar.

Outro paralelo: se for retomada a resenha de Paladino na edição 8, bem como o texto
sobre Walmor no número 9, percebe-se que há em ambos uma semelhança com os dois textos
de Salim sobre a antologia, que é o debate transversal sobre a geração dos novíssimos, da qual
faziam parte. Paladino julga que aquela geração é muito recente, “data de mais ou menos dois
69

anos para cá” (ou seja, de 1947, segundo ele), sendo assim muito cedo o ano de 49 para
estabelecer um veredito sobre ela, tarefa não para os críticos de então, mas para aqueles
formados dentro da própria geração que engatinhava na literatura.

Mas se há um tema coincidente entre a resenha de Paladino (ed. 8) e os três textos de


Salim (eds. 9, 10, 11), a abordagem é oposta. Em “Idade 21...”, Salim Miguel pondera que em
“todos os movimentos novos” (incluindo o CAM, presume-se) há os “'penetras' e adesistas
improvisados que fazem mais mal a um movimento que os inimigos. […] Todo mundo é
poeta e quer escrever poesias” – e a generalização aumenta até que ele contempla “os
esporádicos valores” que “se perdem em meio à maré de super mediocridades sempre metidos
a gênio”. Tal generalização é por ele diagnosticada como um efeito colateral da Semana de
22, e o parágrafo se faz assim, de sintomas, efeitos, causas e consequências – em todo caso,
numa visão pessimista de sua geração, e quase num prólogo para a resenha seguinte.

Em “Uma antologia...”, ele contrapõe à prudência de Paladino mais um julgamento


incisivo e definitivo: “Francamente, se tal antologia com seus contos representasse a nova
geração de escritores do Brasil, se ela fosse a sua expressão mais alta e o que há de melhor
estivesse contido nela, pobre geração!”, não sem incluir-se, mais adiante: “Queremos crer […]
que tal antologia não passa de um momento sem sorte da nova geração e com muitos
deslocados. Para a felicidade de todos nós que a ela pertencemos”. E no posterior “Ainda a
antologia”, ele lembra a Cunha que a participação de Aníbal se deu por convite da revista, o
qual foi aceito pelo mais velho do CAM, cujo conto publicado “não tem defesa”, “há na
antologia outros tão ruins quanto […] e só por mera injustiça poderia isolar o Aníbal como
pior” (Fausto Cunha em resposta à Sul havia classificado o conto de Aníbal como o pior e
tachado-o de “medíocre”). E que “a maior culpa” de tal participação teria sido da revista que o
convidou, não dele que aceitou, alegando que os contos eram pagos e que isso daria à
publicação “o direito, quase diremos o dever, de aceitar ou então recusar o conto” (final da
primeira página da carta e p. 26 da edição 11).

Ou seja, Salim tenta defender o mentor e amigo, sabidamente mais afeito à poesia que
ao conto, mas, como é a segunda persona crítica de Salim, essa “defesa” acaba sendo bastante
contraditória. O argumento final dessa questão, sobre o direito e o dever, confunde conceitos
sobre o valor.
70

Por último, ele fala do convite, do aceite e do pagamento, mas não entra num detalhe
que poderia trazer um esclarecimento maior a esse episódio: o próprio Salim, que era contista,
foi convidado? Se foi, recusou o convite ou o pagamento?

De qualquer forma, tem-se como resultado parcial para esta investigação sobre
resenhas que “Idade 21...” é um primeiro Salim dialético, “Uma antologia...” é um primeiro
Salim não-dialético e “Ainda a antologia” um segundo Salim dialético. As três formam uma
espécie de tríade – de fato, todos os seus artigos e resenhas se imbricam de alguma maneira –,
e representam um papel marcante na trajetória crítica do autor.

Adiante, na edição 12, de outubro de 1950, há duas resenhas de Salim, sendo uma de
poesia e uma de ficção, mas agora em terreno bem diferente das anteriores. Sob a seção
especial “Variações sobre poesia”, ele escreve “A propósito de Dádiva – poemas de Luís
Amaro”. O livro em questão foi o único que o versificador português publicou em vida, no
ano de 1949, e recebeu uma resenha entusiástica de Vergílio Ferreira na revista Vórtice. O
próprio Amaro foi editor de uma revista, a Árvore (1951-53), e colaborou em diversas outras,
sendo mais editor e investigador literário que literato. Sua poesia é confessional, intimista,
pessimista e nostálgica.

A crítica de Salim sobre Amaro começa como em “Atualismo de Cruz e Sousa” do


número 3, e a resenha sobre Idade 21, de Sul 9: com uma introdução genérica sobre poesia,
feita em três (na Sul 3, 1948), dois (Sul 9, 1949) e seis (Sul 12, 1950) parágrafos. O objetivo
do autor parece ser responder à eterna pergunta “o que é poesia?”, ou ao menos “como é a
poesia?”, e o faz, desta vez não se repetindo, mas acrescentando. Quando no nº 9 ele fala do
livro da Edições Sul, ele define a poesia como “um estado de espírito”, algo que pode estar
“em tudo que nos cerca”, não tendo um objeto determinado; e cuja natureza foi compreendida
“somente com a geração de 22” e tendo sido elevada ao status de “pura” com Drummond. Já
no texto sobre o Cisne Negro (Sul 3), Salim assinala que a poesia “não pode estacionar […] a
estagnação é a morte”, defendendo os renovadores, detratando os imitadores, comodistas,
reacionários e parnasianos. Ele assinala que “o conceito absoluto das coisas ruiu. […] Tudo,
hoje, é relativo”. Para se contradizer, tal qual o crítico em formação que era, no número 12,
dois anos e meio depois (1950): “Hoje […] não se admite meio termo. É tudo ou nada. São
uns inteiramente conteudistas e outros formalistas. E todos se descompõem mutuamente
71

julgando estar com a verdade única” – no que poderia ser uma referência ao debate sobre a
Branca, bem como a muitos outros debates. Em seguida, o problema da estagnação cede lugar
à preocupação com o estudo e aperfeiçoamento “no manejo do verso”, e divagações sobre a
sensibilidade e as metamorfoses do ser poeta.

Ainda na resenha sobre Amaro, seguem dez parágrafos onde, assim como os seis
últimos, a análise dos versos é muitas vezes elogiosa (“Então ele vem, poeta que é, ser
privilegiado, nos toma pela mão, nos conduz”; “Dádiva foi uma verdadeira dádiva poética”).
No 11º parágrafo, faz as únicas ressalvas, falando em monotonia do verso, dureza da frase
poética, quebra do ritmo melódico – num tom mais ponderado e moderado que na tríade 9-10-
11. De uma maneira geral, Salim, embora analise forma, conteúdo, estilo, técnica e
linguagem, insiste muito na questão da qualidade. E se a proposta é falar do primeiro Salim,
essa insistência sobre qualidade começará nas primeiras linhas e se estenderá até o fim do
texto – usando ou, como aqui, não usando os termos “erro”, “falha”, “defeito”.

Onze páginas depois, na mesma edição 12, uma pequena resenha de meia página (ou
nota ampliada) chamada “Dois romances”, estes do português Romeu Corrêa, confirma a
tendência ou fase mais diplomática atravessada por Salim Miguel naquele final de 1950: ele
chega a dar os parabéns ao lusitano pelo seu talento.

Passando a manter mais distância das controvérsias potencialmente conturbadas como


as descritas aqui, Salim dedica-se a outras artes e outras modalidades críticas, como a pintura
de Martinho de Haro (Sul 14), estética do cinema (Sul 15 e 27), além de uma nota sobre outra
vinda de Marques Rebelo (Sul 16). Parece ter migrado definitivamente para os editoriais,
como foi visto (edições 15, 16, 17, 18, 19, 20 – nem sempre assinados, como sugerem
diversas marcas autorais). Na terceira fase da revista, reapareceria com resenhas literárias
apenas mais três vezes, e sempre no timbre sereno, menos subjetivo, da edição 12 – nem o
primeiro, nem o segundo Salim, mas possivelmente uma síntese dos dois, visto que este
terceiro, o Salim maduro, não lembra os anteriores, mas os aperfeiçoa conjuntamente.

5.3. Eglê Malheiros crítica


72

Eglê Malheiros começa a produzir crítica na segunda fase da revista, mas, uma vez
que se inicia no gênero, passa a publicar resenhas regularmente. Coincidentemente, esse seu
início se dá logo após a polêmica sobre a antologia da Branca.

A primeira diferença entre o casal ícone do CAM, como críticos, foi que Eglê preferiu
se ater à literatura, centrando-se principal mas não somente em escritoras mulheres – ao passo
que Salim também escreveu, ainda que em menor volume, sobre cinema, artes plásticas e
cultura. É preciso reiterar que esses dados se referem apenas a artigos e resenhas, excluindo-
se os depoimentos, reportagens, notas.

A primeira resenha de Eglê tem lugar na edição 12 (1950) de Sul e é sobre a poeta
carioca Beatriz Bandeira, que havia lançado Mensagem um ano antes. Na época Eglê já tinha
uma amizade com Beatriz, e por conta disso se desculpa com o leitor por uma possível não-
isenção, que acaba não transparecendo – pelo modo como Eglê conduz a crítica, não seria
possível descobrir alguma relação entre as duas, salvo pela justificativa dada. Crítica esta que
tem dois pontos em comum com as de Salim Miguel: a introdução sobre a arte poética,
ocupando um terço das linhas do texto; e o teor impressionista (ou seja, de cunho emocional e
espontâneo) de boa parte da crítica, discutindo conceitos como “pureza”, “humanidade”,
“sensibilidade”. Ela se refere ao amor, à beleza, à amizade e à ternura como “emoções
humanas”. Na sequência, posiciona-se a favor da poesia participativa praticada por Beatriz,
elogiando os versos mais líricos, não obstante terem teor de sentimentalismo.

Assim, Eglê aborda nessa crítica uma série de valores poéticos que lhe são caros:
musicalidade; espontaneidade; temas sociais, mas sem “poemas de piedade”; e o poder de
síntese, quando preciso. Por outro lado, rechaça o poema de tom oratório, que “prejudica sua
intensidade”.

Do verso para a prosa, nas páginas 38-39 de Sul 13 Eglê escreve sobre duas
portuguesas, a então recém-falecida Manuela Porto, com seus contos reunidos em Um filho a
mais e outras histórias (1945), e Judith Navarro, com o romance Esta é a minha história
(1947), ambas estreias. Em ambos textos, o foco da poeta e resenhista do GS passa a ser mais
o conteúdo do que a forma. Eglê considera que “para nós mulheres os contos de Manuela
Porto são mais trágicos do que para os homens, pois apresentam uma visão feminina através
de uma sensibilidade profundamente feminina”. E faz, no final da resenha, uma apologia à
73

empatia e à sororidade:

Duas escritoras de Portugal cujos livros chegam a nos dar a sensação


de dor física quando os lemos. Escritoras que descrevem uma
sociedade tão semelhante à do Brasil. Escritoras que nos fazem pensar
que realmente só quando o homem se libertar da exploração do
homem, só quando nossos países evoluírem se libertando das
correntes que os prendem ao atraso, só então se sentirá inteiramente a
dignidade de ser mulher.

Em comum com Beatriz Bandeira e com a própria Eglê, as duas lusitanas têm a
resistência a regimes totalitários, e integram uma geração de escritoras que nos anos 40 e 50
desenvolvem na escrita uma preocupação social ligada a vivências femininas, alternando entre
realismo e subjetivismo sentimental.

Na crítica seguinte, em Sul 14, Eglê escolhe mais uma autora, a sergipana Alina Paim,
com características similares às anteriores – filiação ao Partido Comunista ou outra
organização de esquerda (como Beatriz Bandeira e Manuela Porto); militância feminista
(como todas as quatro, que variavam de preocupações sociais ligadas às vivências femininas
ao ativismo ostensivo); e enredos e protagonistas se aproximando do autobiográfico (como
Manuela e Judith, ou Beatriz e o eu lírico na poesia).

Os “Três romances e sua autora” do título são Estrada da liberdade (livro de


juventude, “quadro está antes esboçado que completo”), A sombra do Patriarca (mais firme e
preciso, menos espontâneo) e Simão Dias (segundo a resenhista, uma síntese dos anteriores,
completando uma possível trilogia sobre o ambiente de sua infância e adolescência),
publicados a partir de 1944. Há um pequeno equívoco na sequência cronológica do texto; na
verdade, o romance Simão Dias é o segundo, de 1949; enquanto A sombra... é o terceiro
romance da autora, de 1950.

Na página 22, Eglê analisa o papel das personagens mulheres na obra de Alina,
compara as mulheres de outras escritoras com aquelas de escritores homens em geral, e como
essas personagens ajudariam a construir uma nova realidade, ou até mesmo uma revolução.

Antes de encerrar, a resenhista nos informa que naquele momento Alina Paim tinha
recém-recebido um mandado de prisão preventiva por alegadamente incitar uma greve entre
74

as mulheres de ferroviários, quando tinha ido fazer uma pesquisa de campo para um novo
romance.

A resenha mais extensa feita por Eglê Malheiros na Sul está no número 16, “Um nome
tão simples”, e é sobre Novos poemas (1951), quarto volume de versos da gaúcha Lila Ripoll.
Como se percebe pelos exemplos lidos aqui, o critério de escolha das obras a serem
resenhadas não era o da proximidade do lançamento, o da novidade; assim mantinha-se uma
distância metodológica da grande indústria de jornalismo cultural, que produz(ia) resenhas em
ritmo comercial, mas enfocando apenas os recém-publicados.

Lila Ripoll, assim como Beatriz Bandeira, filiou-se ao Partido Comunista nos anos
1930, e, assim como todas as autoras mencionadas por Eglê neste subcapítulo, sofreu
perseguição por causa de suas escolhas, tendo sido presa em 1964 e libertada por conta da
idade. Eglê Malheiros foi presa no mesmo ano, e cabe lembrar que Beatriz Bandeira ficou
presa na cela 4 da Casa de Detenção do Rio de Janeiro, junto com Nise da Silveira, Maria
Werneck e Olga Benário.

Voltando à crítica sobre Ripoll: já na primeira página (5) Eglê discute a necessidade da
participação política por meio dos artistas. Na página seguinte, elabora sobre como o
progressismo (ou participação) na poesia é antigo, e sobre a ancestral dualidade entre forma e
conteúdo. Trata-se de um mini-ensaio, quase uma teoria poética de Eglê Malheiros.

Alguns poemas analisados depois, ela volta a falar sobre participação e o tema da
revolução (p. 8), presentes na obra de Lila Ripoll pela primeira vez, fato que segundo Eglê
teria sido responsável pelo silêncio da imprensa sobre a poeta. A respeito desse cenário,
sentencia com rigor: “pode-se ver como a escala de valores precisa ser refeita neste Brasil,
onde a crítica oficial está a valorizar o abstracionismo, a pieguice, a decadência e a cegueira,
tudo enfim que não desvende a verdade.”

Após algum silêncio crítico, se não contar a seção Notas & comentários, Eglê retorna
como analista numa série de resenhas ou estudos de literatura feita em Santa Catarina onde se
dá mais destaque aos títulos da própria Editora Sul. Não foi preciso criar uma nova seção,
tampouco parece que essa série foi planejada, mas está lá: “Introdução à Literatura
catarinense”, por Melo Filho (Sul 21); “Uma estreia importante”, onde Salim fala do livro Piá
de Guido Wilmar Sassi (Sul 22); “Uma estreia e um marco na literatura catarinense”, crítica
75

generosa de Aníbal ao primeiro romance de Salim, Rede (Sul 27); “Terra fraca de Aníbal
Nunes Pires”, por Eglê Malheiros (Sul 28); “Mais um livro de contos”, contribuição crítica de
Sassi sobre trabalho de Boos Jr. (Sul 29); e duas resenhas na derradeira edição da revista:
“Guido Sassi e Amigo velho”, de Silveira de Souza; e “Amigo velho de Guido Wilmar Sassi”,
do colaborador Assis Brasil.

Dessa série, escolheu-se o texto escrito por Eglê para encerrar este subcapítulo sobre a
própria.

Com efeito, mo único momento em que Eglê escreve sobre um livro de autor homem
(excetuando-se as Notas & comentários), é sobre um amigo próximo. Não se perde, portanto,
o critério da empatia.

Autor de um só livro, Aníbal Nunes Pires foi a inspiração e o primeiro líder do grupo,
além de ter sido professor de vários integrantes, e dos poucos daquele início que
permaneceriam até o final. Terra fraca é de 1956 e foi o quinto dentre sete Cadernos Sul,
publicações de menor fôlego destinadas à poesia, conto e teatro. A própria Eglê publicara o
segundo caderno da coleção, Manhã, em 1952. Os dois fazem parte da "velha guarda de Sul",
como ela mesmo diz no início da resenha.

Após fazer uma análise temática dos poemas, ou destrinchar a matéria-prima do


volume anibalista, a poeta elabora uma síntese mais formal do que seria o fazer poético do
amigo. Seu estilo, parafraseando a resenhista, é marcado pela economia em palavras e
imagens, recusando o sentimentalismo fácil; essa busca pela forma mais condensada, segundo
ela, eventualmente resulta em esquematismo, ainda que nunca se afundando "em fórmulas e
ideias feitas". Poesia de beleza "secreta", mas não hermética. A resenha é generosa, mas não
aduladora.

Como balanço para este último capítulo, pode-se dizer que a crítica do primeiro e
segundo Salim Miguel é ambiciosa, subjetiva, intrépida, controvertida, imprevisível e
fascinante. A crítica de Eglê Malheiros é correta, convicta, coerente, simples, objetiva,
harmônica. Mais ideológico, o texto crítico de Eglê divide os leitores, porquanto se posiciona:
é feito para ser apreciado pelos convergentes e rechaçado pelos divergentes. Do texto de
Salim, não se sabe se se concorda ou se discorda – nem se ele quis a concordância de alguém;
este, afinal, é objetivo da dialética que constrói.
76

Dessa forma, pode-se dizer que o traço mais característico da crítica de Eglê
Malheiros é sua identificação com autoras cuja poética procura, além do trabalho formal com
a palavra, transmitir uma mensagem mais coletivizante, neste caso com componentes
socialistas e feministas. Salim Miguel, por seu lado, constrói de início uma forma analítica em
duas personae críticas distintas: uma, o rígido e intransigente, porém inconsequente; e outra, o
dualista, solidário, porém um tanto vago. Para isso, faz uso de uma dialética peculiar, a qual
foi explanada aqui; mostra certa obsessão pelo julgamento da qualidade, à qual subordina
outras discussões: técnica, estilo, forma, conteúdo etc. Essa análise qualitativa muitas vezes se
dá pelo reconhecimento de erros e acertos, falhas, defeitos; eventualmente, configuração de
sintomas, efeitos, causas e consequências. De maneira mais periférica, demonstra ter gosto
pela discussão do caráter de sua geração, uma geração que, segundo ele, seria
demasiadamente contraditória, tal qual a geração dos anos 20 no Brasil, ainda que muito
avançada em relação à escola parnasiana que ainda definhava. Finalmente, em torno de 1953
Salim sintetiza essas duas personae críticas numa terceira persona mais ponderada e
consequente, ainda que menos impressionante e marcante.
77

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No capítulo 2 deste trabalho, subcapítulo 2.2, apresentou-se um resumo dos


expedientes da Revista Sul. Esse quadro mostrou que Salim e Eglê são, ao lado de Aníbal
Nunes Pires, os únicos integrantes cuja atividade no grupo se estendeu dos primeiros até os
últimos dias do mesmo – ou seja, das bravatas da Folha da Juventude até as sessões
malsucedidas de O Preço da Ilusão. Filme, aliás, que contou com argumento do casal, casal
que também atuou em todas as outras facetas do grupo, participando de congressos,
realizando entrevistas, e até atuando no TECAM (Salim, no início, e Eglê durante a existência
do projeto).

No que mais importa para o presente trabalho, que é a Revista Sul, igualmente o casal
teve uma atuação destacada, publicando mais textos individualmente do que todos os outros
componentes. E se essa atuação se restringir à escrita de editoriais e resenhas de livros, tem-se
cerca de metade dos textos assinados feitos por eles, ou três em cada cinco se considerarmos
os não assinados porém reconhecíveis – como é visto nos capítulos 4 e 5. Essa não assinatura
dava-se principalmente porque Salim Miguel se esforçava para manter o trabalho no nível
mais coletivo possível, como ele mesmo e Eglê declararam em entrevistas (de forma especial
para Lina Sabino e Blass e Guerra).

Esse esforço, se foi necessário, foi por fatores que acompanharam o próprio
crescimento e as características da revista. Crescimento que não foi apenas do número de
páginas, como demonstra o apêndice deste trabalho, mas de prestígio, como mostra o
crescente número de colaboradores do Brasil e do exterior. Essa heterogeneidade
eventualmente tirou da revista seu caráter mais pessoal, levando até a um certo academismo,
como protestou Eglê no editorial do penúltimo número. Ao mesmo tempo, alguns integrantes
originais foram se distanciando do grupo e outros novos foram se aproximando, de qualquer
forma perdendo-se o espírito juvenil de equipe (e, por conseguinte, mais homogêneo) do
início. [A divisão proposta para as fases da revista e do grupo está no capítulo 2.]

Com tantos integrantes, tantas atividades e tanto material publicado, o outrora Círculo
78

de Arte Moderna acabou sendo uma fonte abundante de História, histórias e obras literárias.
Nesses setenta anos, transcorridos desde o início das atividades do GS, muitos debruçaram-se
sobre essa trajetória, seja no terreno acadêmico, seja no jornalistico, seja no audiovisual.
Reconhecida a importância desses trabalhos, elaborou-se uma Fortuna crítica do grupo no
capítulo 3. Essa pesquisa deparou-se com textos de diversas épocas e com uma gama
considerável de autores, de modo que foi aplicada uma divisão para proporcionar uma melhor
visão do todo. Como critério para essa divisão, foi escolhida uma figura proeminente no
debate, e esta é o professor Celestino Sachet, cujo trabalho inspirou outros estudiosos, a quem
chamamos "sachetianos". Por outro lado, reconheceu-se um grupo que, de forma co-incidente,
apresentou propostas independentes da visão de Sachet, sendo assim chamados "anti-
sachetianos". O dualismo dessa divisão foi proposital e inevitável; dada a repetição de
algumas abordagens, não havia três ou quatro categorias para serem estudadas, apenas uma
mais consolidada (a sachetiana) e uma alternativa àquela. De qualquer forma, alguns trabalhos
não tinham um posicionamento definido ou simplesmente não eram enquadráveis, fazendo
com que tivesse de ser adicionada uma não-categoria, a daqueles que não fazem parte das
duas anteriores – de certa maneira, quebrando o dualismo.

Uma vez que foi aferido que os textos críticos da revista não foram tema de nenhum
dos estudos, reportagens e outros da Fortuna crítica, passou-se à etapa seguinte, que foi a
análise dos editoriais e semelhantes. Por "semelhantes" entenda-se os textos como os artigos
editorializados, uma das categorias que foi necessário propor para poder proceder à análise.
Neste caso, trata-se de um texto opinativo de caráter individual (artigo), mas alçado ao status
de editorial (cuja opinião deveria ser da direção), seja pela utilização do título da seção, seja
pelo posicionamento do artigo na primeira página da encadernação. Na seção 2.2 deste
trabalho, "Expedientes", pode-se verificar quais foram os diretores e outros "cargos" na
revista Sul.

Quanto à natureza dos editoriais, os coletivos, é bastante humilde, repetitiva e pouco


reveladora. A exceção é uma série de textos de Salim Miguel, ou um único palimpsesto,
chamado "Revisão de valores". É onde o autor escreve e reescreve sua relação com a
primeira, principalmente, e a segunda, em menor escala, gerações do modernismo. Ao mesmo
tempo em que procede à sua revisão – fazendo o que aconselhou outro autor de outra revisão,
o Mário de Andrade da conferência de 1942 –, ele revisa a si mesmo no primeiro e mais curto
79

editorial, revisa esse editorial no segundo texto e revisa tudo no terceiro e mais longo texto da
série. Como mostram esses editoriais ou artigos (das edições 6, 16 e 24) e outros dois
editoriais ou artigos (das edições 18 e 19), Mário e Graciliano Ramos são os grandes modelos
de Salim, como artistas e como humanistas.

Se em "Revisão de valores" o jovem Salim mostra qual é a sua relação com o passado,
há uma outra série, porém menor, em que mostrava sua relação com o presente e com a cena
literária brasileira. Trata-se de uma resenha sobre a Antologia dos Novos da Revista Branca,
seguida de uma carta de resposta da revista (não publicada) e de uma longa contra-resposta de
Salim, formando, além de tudo, uma segunda e menor polêmica do Grupo Sul, depois da
famosa querela com Altino Flores. Aqui, o motivo da polêmica foi a inclusão de Aníbal Nunes
Pires na publicação (inclusão sobre a qual Salim opina com muita ambiguidade) e a qualidade
da mesma. As edições-palco da controvérsia são a 10 e 11.

Uma vez que o trabalho entrou no território da resenha crítica, foi apontada a
existência de duas personae que atenderam pelo nome de Salim Miguel do Círculo de Arte
Moderna, o crítico. A primeira persona é um Salim rígido, intransigente e até insensato; a
segunda, mais prolixo, relativo e muito compreensivo. Em ambos os casos, ele pode
apresentar-se obcecado por erros, defeitos e falhas, como se fossem conceitos absolutos. O
julgamento qualitativo da primeira persona pode ser tão urgente que ele se esquece de deixar
seus critérios mais claros, relegando a discussão da técnica, estilo, forma e conteúdo a um
segundo plano. Por outro lado, nos textos da segunda persona é mesmo difícil para o leitor
configurar uma tese, de tantas idas e vindas que o autor dá no texto.

Apesar desse início conturbado, Salim eventualmente passa pela segunda fase do
grupo e chega na terceira numa persona madura, nem tanto a empunhar espadas, nem tanto a
carregar cruzes.

Por seu turno, Eglê Malheiros exibe menos ambição e mais convicção em suas
resenhas. Adotando um critério de empatia na escolha de seus objetos, nem por isso se torna
indulgente com o(a) criticado(a), mas acaba por configurar uma série de textos de grande
coerência. À parte a identificação com as autoras mulheres que apresentou para o público
local, ela também escreveu sobre o amigo Aníbal – de um lado, companheiras de luta
feminista e comunista; de outro, um companheiro de luta pela arte e literatura.
80

Tanto Eglê quanto Salim escrevem sobre poesia e prosa. Outros membros do CAM
também publicaram crítica, mas em menor número e praticamente não chegaram a adquirir
um sotaque próprio no gênero. A Sul deu o pontapé inicial para uma crítica independente,
moderna e especializada em Santa Catarina – antes, limitava-se essa crítica a páginas em
jornais de circulação comercial; com o Grupo Sul, inicia-se uma tradição em análise literária e
cultural especializadas.
81

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Acesso em: 01 de Fev. 2018. Verbete da Enciclopédia.

ISBN: 978-85-7979-060-7

MODERNOS DO SUL. Direção e roteiro de Kátia Klock. Direção de Produção Mauricio


Venturi. Produção de Ieda Beck. Florianópolis: Contraponto TV, 2004. 1 Documentário em
DVD (52 minutos), NTSC, Português, Audio Dolby Digital 2.0.
86

APÊNDICE A – NÚMERO DE PÁGINAS E DATAS

Número de páginas por edição e data de publicação:

Edição Páginas Data Páginas por ano


1 20 1948, janeiro
2 20 1948, fevereiro
3 20 1948, abril
102 pp
4 19 1948, junho
5 19 1948, agosto
6 24 1948, dezembro
7 24 1949, fevereiro
8 24 1949, abril
108 pp
9 28 1949, agosto
10 32 1949, dezembro
11 30 1950, maio
66 pp
12 36 1950, outubro
13 66 1951, abril
136 pp
14 70 1951, setembro
15 76 1952, março
16 90 1952, junho
322 pp
17 82 1952, outubro
18 74 1952, dezembro
19 58 1953, março
20 75 1953, agosto 233 pp
21 100 1953, dezembro
22 92 1954, julho
192 pp
23 100 1954, dezembro
24 100 1955, maio
200 pp
25 100 1955, agosto
26 132 1956, fevereiro
27 130 1956, maio 365 pp
28 103 1956, dezembro
29 99 1957, junho
254 pp
30 155 1957, dezembro
87

ANEXO A – RELATÓRIO DE INDEXAÇÃO SCHAEFER, Ewaldo S. Ramos. Tempestade. Sul,


v.1, n°.01, jan. 1948, p.5.
Vocabulário controlado: POEMA(S)
* Palavras-Chave: Poesia
SUL. . Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.0. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: CAPA Por Ewaldo S. Ramos Schaefer
*
*
CARREIRÃO, Armando S.. O Canto da Montanha.
SILVA, Ody Fraga e. Quando o vento de ti passar.
Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.5.
Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.0.
Vocabulário controlado: POEMA(S)
Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Poesia
Palavras-Chave: Poesia
Notas de resumo:
Notas de resumo:
Por Armando S. Carreirão
Poema de Ody Fraga e Silva no verso da 1ª capa
*
*
SUL. Universidade existencialista. Uma obra
PIRES, Aníbal Nunes. SUL. Sul, v.1, n°.01, jan.
estranha de Sartre. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.5.
1948, p.1.
Vocabulário controlado: INFORME
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
Palavras-Chave: Cinema; Literatura
Palavras-Chave: Editor
Notas de resumo:
Notas de resumo:
Nota sobre filme de Jean Dellanoy com argumento
Editorial por Aníbal Nunes Pires, sobre humanismo
de Jean-Paul Sartre, feito em Joinville. Por Serviço
e modernidade.
de Informação Francês.
* Autores Citados: DELLANOY, Jean; SARTRE,
SUL. Inauguração de um curso de cine-pintura. Sul, Jean-Paul;
v.1, n°.01, jan. 1948, p.2. *
Vocabulário controlado: INFORME PALADINO, Antônio. Canto da saudade que não
Palavras-Chave: Cinema; Pintura vem. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.6.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: POEMA(S)
Informe cultural pelo Serviço Francês de Palavras-Chave: Poesia
Informação Notas de resumo:
* Por Antônio Paladino
SUL. BOIS, Paul. Cine e espírito, temas *
antagônicos?. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.2. PIRES, Aníbal Nunes. Terra fraca. Sul, v.1, n°.01,
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura jan. 1948, p.7.
Palavras-Chave: Cinema Vocabulário controlado: POEMA(S)
Notas de resumo: Palavras-Chave: Poesia
Informe cultural por Paul Bois do Serviço Francês Notas de resumo:
de Informação Por Aníbal Nunes Pires
Autores Citados: DELLANOY, Jean;
*
*
LÓPES, Emilio Mira Y. Aplicação da psicanálise à
MALHEIROS, Eglê. Nove badaladas repletas de
arte. Trad. PINTO, Manuel da Costa. Sul, v.1,
luar. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.3.
n°.01, jan. 1948, p.8.
Vocabulário controlado: POEMA(S)
Vocabulário controlado: ENSAIO - Psicologia
Palavras-Chave: Poesia
Palavras-Chave: Arte; Psicanálise
* Notas de resumo:
MIGUEL, Salim. Pra início de conversa. Sul, v.1, Um painel sobre os teóricos da escola freudiana que
n°.01, jan. 1948, p.4. abordam a literatura de uma perspectiva
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura psicanalítica, em especial Rank. Por Dr. Emílio Mira
Palavras-Chave: Crítica; Literatura Y Lopez
Notas de resumo:
Autores Citados: BYRON, Lord; CERVANTES,
Salim Miguel apresenta a coluna e advoga pela
Miguel de; EURÍPEDES; FREUD, Sigmund;
imparcialidade crítica.
GOETHE, Johann Wolfgang von; IBSEN, Henrik;
Autores Citados: RODRIGUES, Nelson; RACINE, Jean; RIMBAUD, Arthur;
* SHAKESPEARE, William; SÓFOCLES; VINCI,
88

Leonardo Da; VOLTAIRE, François; Resenha do filme "A Grande Ilusão", de Jean
* Renoir. Texto creditado ao Serviço Francês de
MOTTA FILHO, Cândido. O Zero e o Infinito de Informação.
Koestler ou O romance da violência. Sul, v.1, Autores Citados: RENOIR, Jean;
n°.01, jan. 1948, p.9. *
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura MIGUEL, Salim. Embriaguês. Capítulo de um
Palavras-Chave: Crítica; Romance romance em preparo. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948,
Notas de resumo: p.12-13.
Resenha de O Zero e O Infinito, com temas como a Vocabulário controlado: FICÇÃO
violência, a moralidade política e o socialismo, por Palavras-Chave: Romance
Cândido Motta Filho. *
Autores Citados: GIDE, André; HUGO, Victor; VIEIRA, Cláudio Boulsfield. Sarna Braba. Sul, v.1,
KOESTLER, Arthur; TOLSTÓI, Leon; n°.01, jan. 1948, p.14.
* Vocabulário controlado: FICÇÃO
JOUVET, Louis. Opiniões de um comediante. Sul, Palavras-Chave: Conto
v.1, n°.01, jan. 1948, p.9. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura Conto de C. Bousfiled Vieira.
Palavras-Chave: Teatro *
Notas de resumo: SUL. Notícias bibliográficas. Sob os auspícios da
Como o autor julga que deve ser o ofício do ator. Livraria Rosa. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.15.
* Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
SILVA, Ody Fraga e. A montagem de "Um Palavras-Chave: Informes
Taciturno". Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.9-10. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Notícias do meio artístico e literário mundial, por
Palavras-Chave: Teatro J.T. Rosa Júnior e Serviço Francês de Informação.
Notas de resumo: Destaque para os lançamentos de "História da
Os preparativos para a montagem do espetáculo Um Revolução Francesa" (Thomas Carlyle), Obras
Taciturno, pelo grupo deTeatro Experimental do Completas de Balzac, "No Rio de Janeiro de Pedro
Círculo de Arte Moderna. Por Ody Fraga e Silva. II" (Afonso Taunay) e "Lembranças da vida no
Autores Citados: GARD, Roger Martin du; Paraíso" de G. Duhamel.
* Autores Citados: BALZAC, Honoré de;
EDUARDO, Silvio. Recordando. Sul, v.1, n°.01, CARLYLE, Thomas; DUHAMEL, Georges;
jan. 1948, p.10. PORTINARI, Candido;
Vocabulário controlado: POEMA(S) *
Palavras-Chave: Poesia SUL. O Tarado. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.16.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: FICÇÃO
Poema de Sílvio Eduardo Palavras-Chave: Conto
* Notas de resumo:
GODDARD, Scott. Szymanowski visto por Scott Colaboração de José Medeiros Vieira, do Clube de
Goddard. Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.11. Cooperação Cultural.
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura *
Palavras-Chave: Eventos; Música erudita SUL. ROLLAND, Romain. . Sul, v.1, n°.02, fev.
Notas de resumo: 1948, p.0.
Scott Goddard (em matéria para The Listener) Vocabulário controlado: CAPA
resenha o 2º Concerto Para Violino de Notas de resumo:
Szymanowski. Contém excerto do prefácio do último tomo de
Autores Citados: BACH, Johann Sebastian; "Jean Cristophe", de Romain Rolland
SCHOENBERG, Arnold; STRAVINSKY, Igor; *
* MALHEIROS, Eglê. Dei um soco na janela da
SUL. Em tôrno de "A Grande Ilusão", de Renoir. imaginação. Sul, v.1, n°.02, fev. 1948, p.0.
Sul, v.1, n°.01, jan. 1948, p.11. Vocabulário controlado: POEMA(S)
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Palavras-Chave: Poesia
Palavras-Chave: Cinema Notas de resumo:
Notas de resumo:
89

Poema de Eglê Malheiros no verso da 1ª capa Por Tadeuzs Peiper.


* A realização do primeiro festival de teatro da
Serviço Francês de Informação. DESCAVES, Polônia depois da segunda guerra mundial.
Pierre. Auto-retrato de Roger Martin Du Gard. Sul, Autores Citados: SHAKESPEARE, William;
v.1, n°.02, fev. 1948, p.1. *
Vocabulário controlado: APRESENTAÇÃO - PIRES, Aníbal Nunes. Caixa de música. Sul, v.1,
Literatura n°.02, fev. 1948, p.6-7.
Palavras-Chave: Ficção; França; Literatura Vocabulário controlado: FICÇÃO
Notas de resumo: Palavras-Chave: Conto
Matéria sobre o romancista Roger Martin du Gard, *
prêmio Nobel de Literatura em 1937. Autor - Pierre MISTRAL, Gabriela. A inimiga. Sul, v.1, n°.02,
Descaves, do Serviço Francês de Informação. fev. 1948, p.7.
Autores Citados: GARD, Roger Martin du; Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Crônica
Serviço Francês de Informação. GUTH, Paul. Notas de resumo:
Educação do público. Sul, v.1, n°.02, fev. 1948, Texto exrtraído de "Desolación"
p.2-3. *
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Serviço Francês de Informação. PALMA, Pablo de.
Palavras-Chave: França; Teatro Hamlet versus Hamlet. Sul, v.1, n°.02, fev. 1948,
Notas de resumo: p.8.
Por Paul Guth, do Serviço Francês de Informação. Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Resenha sobre leitura-espetáculo feita pelo Theatre Palavras-Chave: França; Teatro
Du Vieux Colombier, com direção de Jean Doat e Notas de resumo:
texto de Denise Astruc. Duas montagens de Hamlet em Paris, uma por Jean-
Autores Citados: ASTRUC; klouis Barrault e outra por Marcel Pagnol. Texto por
* Pablo de Palma.
Serviço Francês de Informação. SIMON, A.. Um Autores Citados: BARRAULT, Jean-Louis;
mago moderno: Baudelaire. Sul, v.1, n°.02, fev. HAMSUN, Knut; MOLIÈRE, (Pseud. de Jean
1948, p.2. Baptiste Poquelin); PAGNOL, Marcel;
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura SHAKESPEARE, William;
Palavras-Chave: França; Poesia *
Notas de resumo: SILVA, Ody Fraga e. Balada do transeunte tristonho.
por A. Simon. O texto defende a ideia de que Sul, v.1, n°.02, fev. 1948, p.9.
Baudelaire foi um parnasiano. Vocabulário controlado: POEMA(S)
Autores Citados: GAUTIER, Pierre Jules Théophile; Palavras-Chave: Poesia
POE, Edgar Allan; VALÉRY, Paul; Iconografias:
* Ilustração: Alfredo Meyer
VIEIRA, Fúlvio. Progresso e evolução. Sul, v.1, *
n°.02, fev. 1948, p.3. MIGUEL, Salim. Lima Barreto, um escritor quase
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura desconhecido. Sul, v.1, n°.02, fev. 1948, p.10.
Palavras-Chave: Arte; Ciência; História Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Notas de resumo: Palavras-Chave: Literatura; Romance
Ensaio por Fúlvio Vieira. O autor advoga pela Notas de resumo:
evolução das formas artísticas e contra o Salim Miguel faz a defesa de Lima Barreto, o qual,
passadismo. segundo ele, é um dos autores que melhor traduziu o
Autores Citados: ANDRADE, Carlos Drummond Rio de Janeiro.
de; DALI, Salvador; GOGH, Vincent Van; Autores Citados: ALMEIDA, Manuel Antônio de;
NERUDA, Pablo; PORTINARI, Candido; ANDRADE, Mário de; ASSIS, Machado de;
* BARRETO, Lima; REBELO, Marques;
PEIPER, Tadeusz. O festival shakespeareanio na *
Polônia. Sul, v.1, n°.02, fev. 1948, p.4-5. SUL. FERREIRA, Hamilton V.. Revista. Sul, v.1,
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura n°.02, fev. 1948, p.11.
Palavras-Chave: Teatro Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
Notas de resumo:
90

Palavras-Chave: Literatura; Teatro Conto do colaborador José Tito Silva, do Clube de


Autores Citados: DELACROIX; MOLIÈRE, Cooperação Cultural
(Pseud. de Jean Baptiste Poquelin); *
SHAKESPEARE, William; TREVISAN, Dalton; SUL. . Sul, v.1, n°.03, mar. 1948, p.0.
VICENTE, Gil; Vocabulário controlado: CAPA
* Nome pessoal como assunto: SOUZA, Cruz e
SILVA, Ody Fraga e. Três histórias sem fim.... Iconografias:
Paradoxo teatral em um ato. Sul, v.1, n°.02, fev. Fac-Símile: Desenho de Cruz e Souza, por Moacir
1948, p.12-13. Fernandes
Vocabulário controlado: FICÇÃO *
Palavras-Chave: Teatro PIRES, Aníbal Nunes. Deuses e demônios. Sul, v.1,
* n°.03, mar. 1948, p.0.
SUL. Notícias bibliográficas. Sob os a\uspícioas da Vocabulário controlado: POEMA(S)
Livraria Rosa. Sul, v.1, n°.02, fev. 1948, p.13. Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: INFORME - Literatura Notas de resumo:
Palavras-Chave: Literatura Poema impresso no verso da primeira capa
Notas de resumo: *
por J. T. Rosa Junior MIGUEL, Salim. Atualismo de Cruz e Souza. Sul,
Autores Citados: CERVANTES, Miguel de; v.1, n°.03, mar. 1948, p.1,4,8.
* Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
MORAES, Vinícius de. A mulher que passa. Sul, Nome pessoal como assunto: SOUZA, Cruz e
v.1, n°.02, fev. 1948, p.14. Palavras-Chave: Brasil; Poesia; Século XIX
Vocabulário controlado: POEMA(S) Notas de resumo:
Palavras-Chave: Poesia Neste editorial Salim Miguel faz a defesa de Cruz e
Iconografias: Souza, quando do cinquentenário da sua morte.
Ilustração: de Alfredo Meyer Autores Citados: SOUZA, Cruz e;
* *
MIGUEL, Salim. P´ra início de conversa. Sul, v.1, . Nenhuma peça teatral deve acabar ao cair do pano.
n°.02, fev. 1948, p.15. Sul, v.1, n°.03, mar. 1948, p.2.
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Palavras-Chave: Cultura Palavras-Chave: Crítica; Polônia; Teatro
Notas de resumo: Notas de resumo:
Um depoimento crítico, em tom de desabafo, sobre Matéria sobre o Teatro Nacional de Varsóvia e sua
a cultura juvenil da época, baseada, segundo o autor, encenação da peça de Tadeusz Holuj, "Casa perto de
em futebol e gibis. Ele nomeia essa geração como Oswiecim".
"Mocidade-Gibi". Não há crédito de autoria.
* *
SUL. "Como foi perdida a paz". Sul, v.1, n°.02, CAMPOFIORITO, Quirino. Criticar os críticos. Sul,
fev. 1948, p.15. v.1, n°.03, mar. 1948, p.2.
Vocabulário controlado: RESENHA Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Palavras-Chave: Jornalismo; Política Palavras-Chave: Arte; Crítica
Notas de resumo: Notas de resumo:
Crítica elogiosa ao trabalho jornalístico de Carlos O autor sustenta que a crítica de arte é irregular,
Lacerda, destacando as denúncias políticas como tanto quanto os próprios artistas, e que deve ser
correspondente estrangeiro. Assinado por constantemente avaliada.
Distribuidores do IPE para o Estado de Santa *
Catarina - Edições Atlas SC Ltda. - Fpolis. . A tarde imóvel. Sul, v.1, n°.03, mar. 1948, p.3.
Autores Citados: LACERDA, Carlos; Vocabulário controlado: POEMA(S)
* Palavras-Chave: Poesia
SILVA, José Tito. O idealista. Sul, v.1, n°.02, fev. *
1948, p.16. . Mãos. Sul, v.1, n°.03, mar. 1948, p.5.
Vocabulário controlado: FICÇÃO Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Conto Palavras-Chave: Poesia
Notas de resumo:
91

Iconografias: Notas de resumo:


Ilustração: Ilustração de Moacir Fernandes Nota sobre espetáculo do Círculo de Arte Moderna
* Autores Citados: PIRANDELLO, Luigi; SARTRE,
SILVA, Ody Fraga e. Os anjos. Sul, v.1, n°.03, mar. Jean-Paul; SHAW, Bernard;
1948, p.6-7. Iconografias:
Vocabulário controlado: FICÇÃO Ilustração: de Moacir Fernandes
Palavras-Chave: Teatro *
* SILVA, José Tito. Cruz e Souza. Sul, v.1, n°.03,
MALHEIROS, Eglê. Tiraram uma jovem do mar. mar. 1948, p.16.
Sul, v.1, n°.03, mar. 1948, p.8. Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura
Vocabulário controlado: FICÇÃO Palavras-Chave: Poesia
Palavras-Chave: Conto Notas de resumo:
* "Oração" proferida no Instituto Histórico e
SOUZA, Cruz e. Cristo de bronza. Sul, v.1, n°.03, Geográfico de Santa Catarina, pela passagem e
mar. 1948, p.9. comemoração do cinquentenário de morte de Cruz e
Vocabulário controlado: POEMA(S) Souza.
Palavras-Chave: Poesia *
Iconografias: SUL. . Sul, v.1, n°.04, jun. 1948, p.0.
Ilustração: Ilustração de Moacir Fernandes Vocabulário controlado: CAPA
* Iconografias:
. Balada do silêncio. Sul, v.1, n°.03, mar. 1948, Reprodução: Trabalho de José Silveira d"Ávila
p.10. *
Vocabulário controlado: POEMA(S) PALADINO, Antônio. Eu quisera saber o canto das
Palavras-Chave: Poesia horas perdidas. Sul, v.1, n°.04, jun. 1948, p.0.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
MIGUEL, Salim. Palavras doidas. Sul, v.1, n°.03, Palavras-Chave: Poesia
mar. 1948, p.11. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: POEMA(S) Poema impresso no verso da 1ª capa.
Palavras-Chave: Poesia *
* PIRES, Aníbal Nunes. SUL. Sul, v.1, n°.04, jun.
PIRES, Aníbal Nunes. Estátuas quebradas. Sul, v.1, 1948, p.1.
n°.03, mar. 1948, p.13. Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
Vocabulário controlado: FICÇÃO Palavras-Chave: Editor
Palavras-Chave: Conto Iconografias:
* Reprodução: "Enterro", composição de Moacir
VEIGA, J.. Revolução na técnica da produção de Fernandes
filmes. Sul, v.1, n°.03, mar. 1948, p.14-15. *
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura TREWIN, J.C.. O Teatro na Grã-Bretanha. Sul, v.1,
Palavras-Chave: Cinema; Crítica n°.04, jun. 1948, p.2.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
O autor analisa a crise comercial pela qual passava o Palavras-Chave: Crítica; Inglaterra; Teatro
cinema e aponta novas linguagens despontando e a Notas de resumo:
qualidade dos mestres. Os dramaturgos ingleses da atualidade e suas novas
Autores Citados: CANTOR, Eddie; CARNÉ, peças, incluindo de Bridget Boland e Elizabeth
Marcel; COCTEAU, Jean; DU MARIER, Daphne; Bowen.
DUVIVIER, Julien; EISENSTEIN, Sergei M.; Copyright do British Nacional Service, especial para
GRIFFITH, David L. Wark; RENOIR, Jean; SUL.
ROSSELINI, Roberto; VIGO, Jean; WOOLF, Autores Citados: FRY, Christopher;
Virginia; *
* B., G.. Vendo o Teatro Moço. Sul, v.1, n°.04, jun.
. Sartre representado em Florianópolis. Sul, v.1, 1948, p.2,12.
n°.03, mar. 1948, p.15. Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Vocabulário controlado: INFORME Palavras-Chave: Crítica; Teatro
Palavras-Chave: Teatro
92

Notas de resumo: Palavras-Chave: Teatro


O resenhista G.B., pseudônimo homenageando G.B. *
Shaw, resenha um dos primeiros espetáculas do PIRES, Aníbal Nunes. Cafezinho de visita. Sul, v.1,
Teatro de Câmara, realizado pelos membros do n°.04, jun. 1948, p.10-11.
Grupo Sul. G.B. fala pricipalmente do elenco, e Vocabulário controlado: FICÇÃO
lamenta a falta de condições técnicas (cenário e Palavras-Chave: Conto
figurinos adequados). *
Texto transcrito do Diário da Tarde, 12-05-48. MALHEIROS, Eglê. Balada da solidão. Sul, v.1,
Autores Citados: PIRANDELLO, Luigi; SARTRE, n°.04, jun. 1948, p.12.
Jean-Paul; SHAW, G. B.; Vocabulário controlado: POEMA(S)
* Palavras-Chave: Poesia
GOMES, José Bezerra. Evocação da cidade de *
Natal. Sul, v.1, n°.04, jun. 1948, p.3. VIEIRA, Cláudio Boulsfield. Egofobia. Sul, v.1,
Vocabulário controlado: POEMA(S) n°.04, jun. 1948, p.12.
Palavras-Chave: Poesia Vocabulário controlado: POEMA(S)
* Palavras-Chave: Poesia
MAIOR, Moacir Souto. Vagabundagem. Sul, v.1, *
n°.04, jun. 1948, p.3. SILVEIRA, Gomes. Parábolas - O gesto e A alma.
Vocabulário controlado: POEMA(S) Sul, v.1, n°.04, jun. 1948, p.13-14.
Palavras-Chave: Poesia Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Crônica
BANDEIRA, Beatriz. Minha Nossa Senhora do *
Desterro. Sul, v.1, n°.04, jun. 1948, p.3. NEWTON, Eric. Chagall expõe em Londres. Sul,
Vocabulário controlado: POEMA(S) v.1, n°.04, jun. 1948, p.15.
Palavras-Chave: Poesia Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
* Palavras-Chave: Arte; Crítica; Europa; Pintura
JAMUNDÁ, Theobaldo Costa. O fim. Sul, v.1, Notas de resumo:
n°.04, jun. 1948, p.4. Exposição em Londres relembra todas as fases de
Vocabulário controlado: FICÇÃO Marc Chagall, desde o início cubista-romântico até
Palavras-Chave: Conto as últimas obras pendendo mais para o romantismo
* e com memórias das aldeias russas em que cresceu.
MIGUEL, Salim. José Geraldo Vieira e o Autores Citados: BONNARD, Pierre; CHAGALL,
desprestígio do personagem. Sul, v.1, n°.04, jun. Marc; DALI, Salvador; GOGH, Vincent Van;
1948, p.5-6. GRIS, Juan; KLEE, Paul; KOKOSCHKA, Oskar;
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura LEWIS, Wyndham; MAGRITTE, René;
Palavras-Chave: Crítica; Personagem; Romance MAILLOL; MONDRIAN, Piet; PICASSO,
Notas de resumo: *
Para Salim Miguel, os personagens de Vieira não SILVA, José Tito. O pântano. Sul, v.1, n°.04, jun.
têm vida própria, sendo sempre alter egos do autor, 1948, p.16.
promovendo uma dedsvalorização do humano. Vocabulário controlado: POEMA(S)
Autores Citados: ASSIS, Machado de; BARRETO, Palavras-Chave: Poesia
Lima; GARD, Roger Martin du; MORGAN, *
Charles; VIEIRA, José Geraldo; . SUL. Sul, v.1, n°.05, ago. 1948, p.0.
* Vocabulário controlado: CAPA
SILVA, Ody Fraga e. Caliban, o monstro inocente. Iconografias:
Sul, v.1, n°.04, jun. 1948, p.7,14. Ilustração: "Trabalho de Luiz Santos"
Vocabulário controlado: FICÇÃO *
Palavras-Chave: Crônica . Castiçais de ouro/Um cérebro um homem. Sul,
Iconografias: v.1, n°.05, ago. 1948, p.0.
Foto: Escultura de Moacir Fernandes Vocabulário controlado: POEMA(S)
* Palavras-Chave: Poesia
SILVA, Ody Fraga e. Os pecadores. Sul, v.1, n°.04, Notas de resumo:
jun. 1948, p.8-9,11. Verso da primeira capa
Vocabulário controlado: FICÇÃO
93

* *
SILVA, Ody Fraga e. Sul. Sul, v.1, n°.05, ago. MALHEIROS, Eglê. Doris em duas cambiantes.
1948, p.1. "Trechos de um romance que não será escrito". Sul,
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura v.1, n°.05, ago. 1948,
Palavras-Chave: Cultura; Utopia Vocabulário controlado: FICÇÃO
Notas de resumo: Palavras-Chave: Ficção; Romance
Ody F. e S. faz um balanço do primeiro ano de Sul, *
a busca pela lugar de destaque, o ofericimento de PALADINO, Antônio. O canto do cisne. Sul, v.1,
seus valores em detrimento ao academismo da n°.05, ago. 1948, p.6,11.
geração anterior. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Autores Citados: CARREIRÃO, Armando S.; Palavras-Chave: Conto
GIDE, André; KAFKA, Franz; MARX, Karl; Autores Citados: WELLS, H. G.;
MIGUEL, Salim; PALADINO, Antônio; PIRES, *
Aníbal Nunes; PROUST, Marcel; SARTRE, Jean- . Noturno. Sul, v.1, n°.05, ago. 1948, p.8-10.
Paul; Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Conto
BALLSTAEDT, Élio. A arte e o belo. Sul, v.1, *
n°.05, ago. 1948, p.2. . Marques Rebelo em Florianópolis. Sul, v.1, n°.05,
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura ago. 1948, p.10.
Palavras-Chave: Artes plásticas; Crítica; Música; Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Pintura; Poesia Palavras-Chave: Pintura
Notas de resumo: Notas de resumo:
O que levaria determinadas formas estéticas a Nota sobre a vinda de Marques Rebelo trazendo
provocarem mais satisfação do que outras, do ponto obras para exposição em Florianópolis.
de vista clássico e do ponto de vista moderno. Autores Citados: LACERDA, Jorge; PANCETTI;
Autores Citados: ARANHA, Graça; LEONI, Raul PORTINARI, Candido; REBELO, Marques;
de; SEGALL, Lasar;
* *
SUL. Concurso de peças teatrais. Sul, v.1, n°.05, BANDEIRA, Beatriz. Dircinha maluca da antiga
ago. 1948, p.2. Desterro. Sul, v.1, n°.05, ago. 1948, p.11.
Vocabulário controlado: INFORME Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Teatro Palavras-Chave: Poesia
Autores Citados: MAGNO, Paschoal Carlos; *
* CARREIRÃO, Armando S.. Poema. Sul, v.1,
. Ressurge o ballet da juventude. Sul, v.1, n°.05, n°.05, ago. 1948, p.11.
ago. 1948, p.3,10. Vocabulário controlado: POEMA(S)
Vocabulário controlado: REPORTAGEM Palavras-Chave: Poesia
Palavras-Chave: Brasil; Dança *
Notas de resumo: SILVA, Ody Fraga e. Um homem sem paisagem.
Artistas nacionais e estrangeiros trabalham na Sul, v.1, n°.05, ago. 1948, p.12-13.
reconstrução do Ballet da Juventude. Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Teatro
MEDEIROS, Hercílio. Eça de Queiroz. Sul, v.1, *
n°.05, ago. 1948, p.4. MALHEIROS JR., Odílio. Sinfonia inacabada. Sul,
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura v.1, n°.05, ago. 1948, p.13.
Nome pessoal como assunto: QUEIROZ, Eça de Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Conto; Portugal; Realismo; Palavras-Chave: Crônica
Romance; Século XIX *
Notas de resumo: . Tópicos em revista. Sul, v.1, n°.05, ago. 1948,
Resgate de um artigo publicado em 1931 no jornal p.14-15.
O Estado. Vocabulário controlado: INFORME
Autores Citados: FLAUBERT, Gustave; Palavras-Chave: História; Música erudita; Poesia;
QUEIROZ, Eça de; QUENTAL, Antero de; Teatro
VOLTAIRE, François;
94

Notas de resumo: Notas de resumo:


Cinco notas sobre Congresso de História, vinda de Salim Miguel propõe nesse editorial que se revisem
Marques Rebelo, Congresso de Poesia no Ceará, valores não para destruí-los, mas para construir
Revista Clã e Orquestra Juvenil de Florianópolis. outros. Reconhece a importância das gerações de 20
Autores Citados: BEETHOVEN, Ludwig van; e 30, mas que os novos não pretendem "cometer os
GRIEG; MASCAGNI; REBELO, Marques; mesmos erros que eles".
* Autores Citados: ALMEIDA, Manuel Antônio de;
BEDEL, Maurice. O Congresso Mundial de ANDRADE, Carlos Drummond de; ANDRADE,
Intelectuais para a Paz. Sul, v.1, n°.05, ago. 1948, Mário de; ANDRADE, Oswald de; BARRETO,
p.15. Lima; COELHO NETO, Henrique; MACHADO,
Vocabulário controlado: INFORME Lourival Gomes; POMPÉIA, Raul; TREVISAN,
Palavras-Chave: Europa Dalton;
Notas de resumo: *
Maurice Bedel, Presidente da Societé des Gens de SUL. O que dizem de ''SUL''. Sul, v.1, n°.06, dez.
Lettres da França, escreve especialmente para a SUL 1948, p.2.
sobre o Congresso em Wroclaw. Vocabulário controlado: VARIEDADES
* Palavras-Chave: Cartas
SILVA, José Tito. Alguns aspectos do XI Congresso Notas de resumo:
Nacional de Estudantes. Sul, v.1, n°.05, ago. 1948, Cartas publicadas de Marques Rebelo, Jorge
p.16,10. Lacerda, Edmur Fonseca, Major Luiz da Cunha,
Vocabulário controlado: REPORTAGEM Dirceu Quintanilha, Colombo de Souza.
Palavras-Chave: Política *
Notas de resumo: PIRES, Aníbal Nunes. Rosa vermelha. Sul, v.1,
Sobre o Congresso da UNE em Brasília, no dia 17 n°.06, dez. 1948, p.3,11.
de julho, e a participação de Santa Catarina. Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Conto
. Clube de Cinema de Porto Alegre. Sul, v.1, n°.05, *
ago. 1948, p.13. SILVA, Ody Fraga e. O novo céu e a nova Terra.
Vocabulário controlado: INFORME Sul, v.1, n°.06, dez. 1948, p.4-5.
Palavras-Chave: Cinema Vocabulário controlado: FICÇÃO
Notas de resumo: Palavras-Chave: Teatro
Nota não assinada sobre a fundação do Clube de Iconografias:
Cinema de Porto Alegre, dia 13 de abril. Ilustração: Desenho de Verdier
* *
SUL. . Sul, v.1, n°.06, dez. 1948, p.0. NONATO, Áureo. O "Ególatra". Sul, v.1, n°.06,
Vocabulário controlado: CAPA dez. 1948, p.6,19.
Vocabulário controlado: FICÇÃO
Iconografias:
Reprodução: "Pintura de Calder (norte-americano)" Palavras-Chave: Conto
* *
SILVA, Walmor Cardoso da. Suicídio. Sul, v.1, SALES, Herberto. Joyce. Sul, v.1, n°.06, dez.
n°.06, dez. 1948, p.0. 1948, p.6.
Vocabulário controlado: POEMA(S) Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura
Palavras-Chave: Poesia Nome pessoal como assunto: JOYCE, James
Palavras-Chave: Crítica; Literatura; Romance
*
Notas de resumo:
ASSUMPÇÃO, Clóvis. Poema. Sul, v.1, n°.06,
As origens do romance Ulisses, a influência de
dez. 1948, p.0.
Aristóteles e Homero e a tese de um crítico de que o
Vocabulário controlado: POEMA(S)
título representqa o autor buscando a si mesmo, são
Palavras-Chave: Poesia
assuntos deste artigo.
*
Autores Citados: ARISTÓTELES, ; HOMERO;
MIGUEL, Salim. Revisão de valores. Sul, v.1,
JUNG, Carl-Gustav;
n°.06, dez. 1948, p.1,15.
*
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
PEIXOTO, Lina Tâmega. Nascença prima-irmã.
Palavras-Chave: Arte; Década de 20; Modernismo
Sul, v.1, n°.06, dez. 1948, p.7.
95

Vocabulário controlado: POEMA(S) Cabral; REBELO, Marques;


Palavras-Chave: Poesia *
* SUL. Caricatura dos tempos. Sul, v.1, n°.06, dez.
. Marques Rebelo e a exposição de pintura 1948, p.18.
contemporânea. Sul, v.1, n°.06, dez. 1948, p.8-14. Vocabulário controlado: INFORME
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS Palavras-Chave: Caricatura
Nome pessoal como assunto: REBELO, Marques Autores Citados: BELMONTE V, (Pseud. de
Palavras-Chave: Arte; Brasil; Cultura; Pintura Benedito Carneiro Bastos Bar);
Notas de resumo: *
Os bastidores da Exposição de Pintura SUL. Recebemos e agradecemos. Sul, v.1, n°.06,
Contemporânea realizada em Florianópolis nos dias dez. 1948, p.19.
25 de setembro e 6 de outubro de 1948, organizada Vocabulário controlado: INFORME
por Marques Rebelo após contato com o Secretário Palavras-Chave: Livros
de Educação por meio de Jorge Lacerda. A *
exposição trouxe setenta e quatro quadros para SUL. . Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.0.
Santa Catarina. Vocabulário controlado: CAPA
Autores Citados: BEHRING, Edith; CAMARGO, Iconografias:
Iberê; CAMPOFIORITO, Hilda Eisenlohr; Foto: Escultura do argentino Torso del Preto
CAMPOFIORITO, Quirino; CAVALCANTI, Di; *
COSTA, Milton da; DERAIN; DJANIRA; DUFY, ROMÉRO, Marcos. Fuga. Sul, v.2, n°.07, fev.
Raoul; FAHRION, João; LACERDA, Jorge; LAU, 1949, p.0.
Percy; LEGER, Fernand; LURÇAT, Jean; MARX, Vocabulário controlado: POEMA(S)
Roberto Burle; PANCETTI; PORTINARI,
Palavras-Chave: Poesia
Candido; ROSA, Tomas Santa; SEGALL, Lasar;
SZENES, Arpad; TERUZ, Orlando; VLAMINCK; *
MALHEIROS, Eglê. Poema. Sul, v.2, n°.07, fev.
ZADKINE, Ossip;
1949, p.0.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
MALHEIROS, Eglê. Quasi um sonho numa tarde de Palavras-Chave: Poesia
verão. Sul, v.1, n°.06, dez. 1948, p.15.
*
Vocabulário controlado: POEMA(S)
SUL. Um ano. Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.1.
Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
* Palavras-Chave: Editor
JAMUNDÁ, Theobaldo Costa. O drama de Otto. *
Sul, v.1, n°.06, dez. 1948, p.16-17. . O que dizem de "SUL" - Notícias literárias. Sul,
Vocabulário controlado: FICÇÃO v.2, n°.07, fev. 1949, p.2.
Palavras-Chave: Conto Vocabulário controlado: VARIEDADES
* Palavras-Chave: Cartas
RAMIREZ, Hugo. O vosso momento. Sul, v.1, Notas de resumo:
n°.06, dez. 1948, p.17. Reprodução de artigo de Sílvio Macedo, na Gazeta
Vocabulário controlado: POEMA(S) de Alagoas, publicada em 7 de agosto de 1948,
Palavras-Chave: Poesia falando sobre as dificuldades comuns entre as
* revistas literárias das províncias catarinense e
FERREIRA, Hamilton V.. Notícias. Sul, v.1, n°.06, alagoana..
dez. 1948, p.18.
*
Vocabulário controlado: INFORME
SILVA, Ody Fraga e. Teatro experimental. Sul, v.2,
Palavras-Chave: Arte; Literatura; Pintura; Teatro n°.07, fev. 1949, p.3.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
Notas sobre a Exposição de Arte contemporânea,
Palavras-Chave: Arte; Estética; Teatro
Associação Brasileira de escritores, seção
Notas de resumo:
catarinense, Congresso de Teatros do estudante, e a
Ody Fraga e Silva elabora as coordenadas para a
influência dos gibis na juventude.
criação do Teatro Experimental do Círculo de Arte
Autores Citados: ANDRADE, Mário de; D'EÇA, Moderna, grupo que substitui o Teatro de Câmara.
Othon Gama Lobo; FONTES, Henrique da Silva; Ele divide este teatro em três pontos: o teatro
MAGNO, Paschoal Carlos; NEVES, Archibaldo
96

renovador; o teatro de debates; e o teatro infantil. PALADINO, Antônio. Contorno sobre os passos de
* Izabel. Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.11.
CABRAL, F.. Serenata romântica. Sul, v.2, n°.07, Vocabulário controlado: FICÇÃO
fev. 1949, p.3. Palavras-Chave: Conto
Vocabulário controlado: POEMA(S) *
Palavras-Chave: Poesia FERREIRA, Hamilton V.. Fragmentos de Eustace
* Barnack. Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.12.
NEVES, Archibaldo Cabral. Ele voltou para casa. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.5. Palavras-Chave: Conto; Crônica
Vocabulário controlado: FICÇÃO *
Palavras-Chave: Crônica SUL. Homenagerm de "Sul". Sul, v.2, n°.07, fev.
Iconografias: 1949, p.13.
Ilustração: de Illen Kerr Vocabulário controlado: VARIEDADES
* Palavras-Chave: Caricatura; Poesia
MAIOR, Moacir Souto. Poerma de Moacir Souto Notas de resumo:
Maior. Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.5. Reprodução de poema de Manuel Bandeira e de
Vocabulário controlado: POEMA(S) caricatura de Marques Rebelo.
Palavras-Chave: Poesia Iconografias:
* HQ/Charge: Caricatura de Marques Rebelo, autor
CARREIRÃO, Armando S.. O mundo gingado. Sul, não creditado.
v.2, n°.07, fev. 1949, p.5. *
Vocabulário controlado: POEMA(S) SUL. Dr. Jorge Lacerda. Sul, v.2, n°.07, fev. 1949,
Palavras-Chave: Poesia p.14-15.
* Vocabulário controlado: INFORME
MOURA, Reinaldo. Poema. Sul, v.2, n°.07, fev. Palavras-Chave: Jornalismo
1949, p.6. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: POEMA(S) Nota de agradecinento ao político e jornalista Jorge
Palavras-Chave: Poesia Lacerda
Iconografias: Iconografias:
Reprodução: "Composição de Van Rogger" Foto: Foto de Jorge Lacerda, autor não creditado
* Reprodução: Paisagem de Iedda Navarro
ARAÚJO, Alves de. Roxinha. Sul, v.2, n°.07, fev. *
1949, p.7. SUL. Teatro Experimental do Círculo de Arte
Vocabulário controlado: FICÇÃO Moderna. Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.15.
Palavras-Chave: Conto Vocabulário controlado: INFORME
* Palavras-Chave: Teatro
PIRES, Aníbal Nunes. O animal que me matou, foi Notas de resumo:
o homem. Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.8. Notícia de fundação do TECAM
Vocabulário controlado: FICÇÃO Iconografias:
Palavras-Chave: Conto Reprodução: Barnabé - "composição" de Moacir
* Fernandes
BALLSTAEDT, Élio. Toga sem manchas. Sul, v.2, *
n°.07, fev. 1949, p.8. SUL. Edições "Sul"". Sul, v.2, n°.07, fev. 1949,
Vocabulário controlado: FICÇÃO p.16.
Palavras-Chave: Conto Vocabulário controlado: INFORME
Iconografias: Palavras-Chave: Literatura
Ilustração: "Cabeças", estudos de Moacir Fernandes Notas de resumo:
* Nota sobre outras revistas literárias brasileiras
MIGUEL, Salim. Encontro. Sul, v.2, n°.07, fev. *
1949, p.10-11. SUL. Comentários - Um poeta dramático. Sul, v.2,
Vocabulário controlado: FICÇÃO n°.07, fev. 1949, p.17.
Palavras-Chave: Conto Vocabulário controlado: INFORME
* Palavras-Chave: Teatro
97

Notas de resumo: 1949, p.2.


Nota de Aldo Calvet sobre Ody Fraga e o TECAM Vocabulário controlado: POEMA(S)
publicada na "Folha Carioca" (RJ) em 9 de outubro Palavras-Chave: Poesia
de 1948. *
Iconografias: CARREIRÃO, Armando S.. Manhã. Sul, v.2,
Reprodução: "Lover's meeting", por Mollie Paxton n°.08, abr. 1949, p.2.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
JAMUNDÁ, Theobaldo Costa. Sete anos de pastor: Palavras-Chave: Poesia
Dalton Trevisan e os do bloco flamboyant. Sul, v.2, *
n°.07, fev. 1949, ROMÉRO, Marcos. Finis. Sul, v.2, n°.08, abr.
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura 1949, p.2.
Nome pessoal como assunto: TREVISAN, Dalton Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Brasil; Conto; Crítica Palavras-Chave: Poesia
Notas de resumo: *
Artigo crítico sobre o conto e o livro "Sete anos de MALHEIROS, Eglê. "M'ermão Mário de Andrade".
pastor" de Dalton Trevisan Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.3,14.
Autores Citados: ARANHA, Graça; Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
CHESTERTON, Gilbert Keith; DREISER, Nome pessoal como assunto: ANDRADE, Mário de
Theodore; GARD, Roger Martin du; IVO, Lêdo; Palavras-Chave: Editor; Literatura
LOANDA, Fernando Ferreira; MORGAN, Charles; Notas de resumo:
STEINBECK, John; WELLES, Orson; Em depoimento, Eglê Malheiros relembra Mário de
* Andrade, sua obra, sua persona, seus dilemas, e diz
FERREIRA, Hamilton V.. Notícias. Sul, v.2, n°.07, ser sua amiga, ainda que não tenham se conhecido.
fev. 1949, p.18. Autores Citados: ASSIS, Machado de;
Vocabulário controlado: INFORME - Literatura *
Palavras-Chave: Artes plásticas; Cinema; Museu; PALADINO, Antônio. Ciro Pimentel e a poesia dos
Poesia novíssimos. Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.4.
Autores Citados: CARPEAUX, Otto Maria; Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura
GIORGI, Bruno; NIEMEYER, Oscar; Nome pessoal como assunto: PIMENTEL, Cyro
* Palavras-Chave: Brasil; Crítica; Poesia
MALHEIROS JR., Odílio. Poema. Sul, v.2, n°.07, Notas de resumo:
fev. 1949, p.19. Paladino fala sobre um movimento que teria cerca
Vocabulário controlado: FICÇÃO de dois anose que englobaria os novíssimos poetas
Palavras-Chave: Conto; Poesia brasileiros, dos quais Ciro
Notas de resumo: Pimentel seria um dos grandes expoentes..
Crônica de Odílio Malheiros Jr. que transita entre o Autores Citados: ANDRADE, Carlos Drummond
conto e o poema. de; ANDRADE, Oswald de; CARPEAUX, Otto
* Maria; PIMENTEL,
NEVES, Archibaldo Cabral. Pintura contemporânea. Cyro;
Sul, v.2, n°.07, fev. 1949, p.19. *
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS SILVA, Walmor Cardoso da. Comodismo. Sul, v.2,
Palavras-Chave: Pintura n°.08, abr. 1949, p.4.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: POEMA(S)
Nota sobre os oito artistas catarinenses que Palavras-Chave: Poesia
participaram de Mostra de Arte Contemporânea em *
Minas Gerais. BALLSTAEDT, Élio. À sombra de Irmã Vivência.
Autores Citados: HARO, Rodrigo de; Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.5,15.
* Vocabulário controlado: FICÇÃO
SUL. . Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.1. Palavras-Chave: Conto
Vocabulário controlado: CAPA *
Iconografias: MEDEIROS, Hercílio. Jules Renard. Sul, v.2,
Ilustração: "Desespero" de Franz Mesereel n°.08, abr. 1949, p.6.
* Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura
PIRES, Aníbal Nunes. Poema. Sul, v.2, n°.08, abr. Nome pessoal como assunto: RENARD, Jules
98

Palavras-Chave: Conto; França; Literatura; encenou Shakespéare e Goethe em Berlim, ao


Naturalismo; Romance; Teatro Brasil. Ele visita Florianópolis e conversa com os
Notas de resumo: membros do Teatro Expertimental do Círculo de
Sobre o semi-obscurantismo, no Brasil e no mundo, Arte Moderna.
do autor naturalista francês Jules Renard, novelista, Autores Citados: GOETHE, Johann Wolfgang von;
contista e dramaturgo. HARNISCH, Wofgang Hoffmann;
Autores Citados: FLAUBERT, Gustave; SHAKESPEARE, William;
GONCOURT; MAUPASSANT, Guy de; *
MOLIÈRE, (Pseud. de Jean Baptiste SILVA FILHO, Antônio. Enterro de criança. Sul,
Poquelin); SARTRE, Jean-Paul; ZOLA, Émile; v.2, n°.08, abr. 1949, p.11.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
RENARD, Jules. O prazer de romper. Sul, v.2, Palavras-Chave: Poesia
n°.08, abr. 1949, p.7,10,16,18,19. *
Vocabulário controlado: FICÇÃO NEVES, Archibaldo Cabral. A exposição de Moacir
Palavras-Chave: Teatro Fernandes. Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.12,13.
* Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
MIGUEL, Salim. Apontamentos à margem das Palavras-Chave: Crítica; Escultura; Pintura
últimas leituras. Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.8,15. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura A rotina do artistab plástico Moacir Fernandes, que
Palavras-Chave: Brasil; Crítica; Romance numa passagem de dois meses por Florianópolis
Notas de resumo: montou um ateliê provisório na Ilha, além de
Salim Miguel analisa os romances brasileiros: realizar uma exposição no Instituto Brasil-Estados
"Repouso", de Cornélio Pena, e "À luz da estrela Unidos..
morta" de Josué Montello. Autores Citados: ANGELICO, Frá; BRAQUE,
Autores Citados: MONTELLO, Josué; PENA, Georges; CÉZANNE, Paul; CHAGALL, Marc;
Cornélio; COROT, (Jean Baptiste C.); DEGAS; DYCK, Van;
* FERNANDES, Moacir; GIOTTO; GOGH, Vincent
PINTO, Manuel. Acerca do chamado Modernismo e Van; INGRES, Jean-Auguste Dominique;
de sua incompreensão. Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, MANET, Edouard; MATISSE, Henri; MONET,
p.9. Claude; MURILLO, Bartolomé Esteban;
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura PICABIA, Francis; PICASSO, Pablo;
Palavras-Chave: Arte; Ensaio; Modernidade PORTINARI, Candido; RAFAEL; REMBRANDT;
Notas de resumo: RUBENS, Peter Paul; VINCI, Leonardo da;
O português Manuel Pinto trata da não aceitação das WATTEAU, Jean Antoine;
"novas formas de expressão artística". Desde a *
revolução estética do impressionismo, passando SUL. Pequenos estudos de teatro. Sul, v.2, n°.08,
pelo futurismo de Marinetti, todos os novos foram abr. 1949, p.14.
rejeitados e subestimados. Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Autores Citados: HERÁCLITO; MARINETTI; Nome pessoal como assunto: GOLDONI, Carlo
* Palavras-Chave: Teatro
GUIMARÃES, Roldão. Caos. Sul, v.2, n°.08, abr. Notas de resumo:
1949, p.9. Nota biográfica sobre o comediante italiano Carlo
Vocabulário controlado: POEMA(S) Goldoni. O texto está incompleto.
Palavras-Chave: Poesia Autores Citados: FERREIRA, Procópio;
* GOLDONI, Carlo;
NEVES, Archibaldo Cabral. Em Florianópolis o *
diretor e intérprete de Fausto e Hamlet. Sul, v.2, NEVES, Archibaldo Cabral. Sessão cinematográfica
n°.08, abr. 1949, p.11. no I.B.E.U.. Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.14.
Vocabulário controlado: INFORME Vocabulário controlado: INFORME
Nome pessoal como assunto: HARNISCH, Wofgang Palavras-Chave: Cinema; Música erudita
Hoffmann Notas de resumo:
Palavras-Chave: Teatro Sessão com nove curta-metragens mostrando
Notas de resumo: execuções de peças clássicas ao piano.
A vinda de Wolfgang Harnish Hoffmann, que Autores Citados: ALBENIZ; CHOPIN; LISZT,
99

Franz; RIMSKY-KORSAKOV; MILLER, Arthur; MOZART, Wolfgang Amadeus;


* O'CASEY, Sean; POULENC, Francis;
. Cândida. Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.17. PROKOFIEV, Sergei; SHERWOOD, Robert;
Vocabulário controlado: INFORME STEIN, Gertrude; SYNGE, John Middleton;
Palavras-Chave: Teatro WEILL, Kurt; WILLIAMS, Tennesee;
Notas de resumo: WILLIAMS, William Carlos;
Nota de ensaio da peça "Cândidfa", com o TECAM. *
Iconografias: SUL. SUL no exterior. O que dizem de SUL. Sul,
Ilustração: Xilogravura de Richard Seewalce para v.2, n°.09, ago. 1949, p.4,10.
"Bucólicas", de Virgílio Vocabulário controlado: CARTAS DO LEITOR
Foto: Cena de ensaio da peça "Cândidfa", com o Palavras-Chave: Cartas
TECAM. Notas de resumo:
* Registros da Revista Sul no Clarín de Buenos Aires,
. Martinho de Haro. Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, no Die Tat de Zurique, Suíça, e do português
p.19-20. Manoel Pinto.
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS *
Palavras-Chave: Pintura FERREIRA, Hamilton V.. Camus. Sul, v.2, n°.09,
Notas de resumo: ago. 1949, p.5.
A trajetória do pintor catarinense, do rompimento Vocabulário controlado: REPORTAGEM -
com o academismo, passando pela viagem a Paris, Literatura
onde estudou com Othon Friez, até o projeto de Nome pessoal como assunto: CAMUS, Albert
realizar uma Escola de Pintura. Palavras-Chave: Crítica; Filosofia
Autores Citados: FRIEZZ, Othon; Notas de resumo:
* A vinda ao Brasil de Albert Camus, por ocasião da
. Atividades do SESC-SENAC em Santa Catarina. inauguração do ciclo de conferências patrocinadas
Sul, v.2, n°.08, abr. 1949, p.22. pelo Ministério da Educação. Na conferência de 20
Vocabulário controlado: INFORME de julho de 1949, Camus abordou o problema
Palavras-Chave: Educação europeu daquele momento, que ele chamou de
* "doença europeia".
. . Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.1. Autores Citados: MENDES, Murilo;
Vocabulário controlado: CAPA *
Iconografias: SILVA, Walmor Cardoso da. Dois poemas. Sul, v.2,
Reprodução: "Lapa" - óleo de Iberê Camargo n°.09, ago. 1949, p.6.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
MALHEIROS, Eglê. Noturno dentro de mim Palavras-Chave: Poesia
mesma. Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.2. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: POEMA(S) Poemas "História" e "Roubo de uma noite"
Palavras-Chave: Poesia Iconografias:
* Ilustração: "Gente", composição de Walter
SUL. MORSE, Richard. Teatro experimental em Wendhausen
New York. Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.3. Ilustração: Composição de A. Kubin
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura *
Palavras-Chave: Estados Unidos; Ópera; Teatro PALADINO, Antônio. Canto em surdina. Sul, v.2,
Notas de resumo: n°.09, ago. 1949, p.7.
Uma visão do teatro americano off-Broadway, o Vocabulário controlado: FICÇÃO
teatro não comercial que era praticado em New Palavras-Chave: Conto
York. Texto usado como editorial. Tradução de *
Archibaldo Cabral Neves. OLIVEIRA, Sálvio. O teatro experimental do
Autores Citados: ANDERSON, Maxwell; AUDEN, Círculo de Arte Moderna. Sul, v.2, n°.09, ago.
W. H.; BRECHT, Bertolt; COCTEAU, Jean; 1949, p.8-10.
CUMMINGS, E. E.; ELIOT, T. S.; HAYDN, Franz Vocabulário controlado: REPORTAGEM
Joseph; HEMINGWAY, Ernest Miller; Palavras-Chave: Cinema; Teatro
ISHERWOOD, Christopher; JOYCE, James; Notas de resumo:
LORCA, Federico García; MELVILLE, Herman; Relato da estreia da peça "Cândida" com o Teatro
100

Experimental do Círculo de Arte Moderna, em 27 de Palavras-Chave: Poesia


maio de 1949. Iconografias:
Autores Citados: KIPLING, Rudyard; SHAW, Ilustração: "A cidade", xilogravura de Franz
Bernard; Maesereel
* *
SUL. Exposição José S. D'Ávila. Sul, v.2, n°.09, FERREIRA, Hamilton V.. Yllen Kerr. Sul, v.2,
ago. 1949, p.11. n°.09, ago. 1949, p.17.
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Palavras-Chave: Arte; Escultura; Pintura Palavras-Chave: Artes plásticas
Notas de resumo: *
A exposição de pintura, gravura e escultura do MIGUEL, Salim. O homem solitário. Sul, v.2,
artista catarinense José Silveira d'Ávila, de acordo n°.09, ago. 1949, p.18-19,25.
com os depoimentos dos integrantes da Revista Sul Vocabulário controlado: FICÇÃO
(Ody Fraga e Silva, Aníbal Nunes Pires, Sálvio de Palavras-Chave: Conto
Oliveira) e ainda o pintor Martinho de Haro, *
Henrique Fontes e o secretário de educação MACEDO, Sílvio José. Impulso e necessidade na
Armando Simone Pereira. literatura. Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.20.
* Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura
MOURA, Reinaldo. Aceleração. Sul, v.2, n°.09, Palavras-Chave: Ensaio; Literatura
ago. 1949, p.12. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: POEMA(S) Valor literário, vocação intelectual, "formação
Palavras-Chave: Poesia cultural orgânica" e "resistência espiritual" são
* conceitos abordados pelo alagoano Sílvio de
OLIVEIRA, Sálvio. Velhice. Sul, v.2, n°.09, ago. Macedo.
1949, p.12. Autores Citados: PÉGUY, Charles;
Vocabulário controlado: POEMA(S) *
Palavras-Chave: Poesia SILVA FILHO, Antônio. Anoitecer. Sul, v.2, n°.09,
Iconografias: ago. 1949, p.20.
Ilustração: "As Pêras" de Pettoruti Vocabulário controlado: POEMA(S)
* Palavras-Chave: Poesia
NEVES, Archibaldo Cabral. Em torno do velho *
relógio. Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.13. FERREIRA, Hamilton V.. Inauguração do
Vocabulário controlado: FICÇÃO "Tiradentes". Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.21.
Palavras-Chave: Crônica Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
* Palavras-Chave: Artes plásticas; Museu
SILVA, Ody Fraga e. A nuvem que desvanece. Sul, Notas de resumo:
v.2, n°.09, ago. 1949, p.14-15,22,24. Nota sobre a exposição da obra "Tiradentes" de
Vocabulário controlado: FICÇÃO Portinari no Museu de Arte Moderna.
Palavras-Chave: Teatro Autores Citados: NIEMEYER, Oscar; PICASSO,
* Pablo; PORTINARI, Candido;
MIGUEL, Salim. "Idade 21" e a inflação poética. *
Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.16. SUL. Salambó. Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.21.
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
Palavras-Chave: Crítica; Poesia Nome pessoal como assunto: FLAUBERT, Gustave
Notas de resumo: Palavras-Chave: Romance
Resenha crítica do livro "Idade 21" de Walmor Notas de resumo:
Cardoso da Silva. Nota sobre edição do romance "Salambó" de
Autores Citados: ANDRADE, Carlos Drummond Flaubert.
de; *
* SUL. Notícias. Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.23.
UCHÔA, Fernando Jorge. O homem e a Vocabulário controlado: INFORME
desfiguração. Sul, v.2, n°.09, ago. 1949, p.17. Palavras-Chave: Cinema; Conto; Literatura;
Vocabulário controlado: POEMA(S) Poesia; Teatro
Notas de resumo:
101

Notas sobre realizações diversas do Círculo de Arte *


Moderna. SILVA, Walmor Cardoso da. Renato Almeida e os
* novos de Santa Catarina. Sul, v.2, n°.10, dez. 1949,
SUL. . Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.0. p.3.
Vocabulário controlado: CAPA Vocabulário controlado: REPORTAGEM
Nome pessoal como assunto: ALMEIDA, Renato de
Iconografias:
Palavras-Chave: Artes plásticas; Década de 20;
Reprodução: "O rosto e a máscara", escultura de
Música
Bruno Giorgi
Notas de resumo:
*
A convite da Academia Catarinense de Letras,
MALHEIROS, Eglê. O rosto e a máscara. Sul, v.2,
Renato Almeida veio a Florianópolis para fazer uma
n°.10, dez. 1949, p.0.
série de conferências sobre música folclórica,
Vocabulário controlado: POEMA(S)
quando conhece os integrantes do Grupo Sul, com
Palavras-Chave: Poesia
quem realiza uma mesa-redonda sobre a Semana de
* 22, pintura, música e teatro. Participou Paschoal
MATOS, Marco Aurélio de Moura. Ode ao último Carlos Magno.
poeta. Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.0.
Vocabulário controlado: POEMA(S) Autores Citados: BILAC, Olavo; MAGNO,
Paschoal Carlos; OLIVEIRA, Alberto de; PEIXE,
Palavras-Chave: Poesia
Guerra; PICASSO, Pablo; PORTINARI, Candido;
*
VILLA-LOBOS, Heitor;
MIGUEL, Salim. Notícias das temporadas teatrais
em Florianópolis. Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.1,8. *
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura BALLSTAEDT, Élio. Entrevista com Bruno Giorgi.
Palavras-Chave: Década de 40; Teatro Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.4-6.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: DEPOIMENTO
Diversas companhias teatrais visitam Florianópolis Nome pessoal como assunto: GIORGI, Bruno
na segunda metade de 1949, entre elas a de Bibi Palavras-Chave: Artes plásticas; Crítica; Escultura
Ferreira, a de Madame Morineau e a de Sandro e Notas de resumo:
Maria Della Costa. Em novembro de 1949 Bruno Giorgi vem a
Florianópolis para inaugurar o busto de Rui
Autores Citados: FERREIRA, Bibi; JOUVET,
Barbosa, e é entrevistado pela "Sul". Após
Louis; MAGNO, Paschoal Carlos; MORINEAU,
apresentação do escultor, os membros do Círculo de
(Mme.) Henriette; SARTRE, Jean-Paul; SHAW,
Arte Moderna o perguntaram sobre a escultura no
Bernard; VERLAINE, Paul; WILLIAMS,
Brasil, a corrente acadêmica na arte, a formação do
Tennesee;
artista, a Escola Nacional de Belas Artes e o Museu
* de Arte Moderna de Florianópolis.
SUL. Fala a "Letras e Artes" o escultor Bruno
Autores Citados: ALEIJADINHO; ALIGHIERI,
Giorgi. De regresso à capital catarinense. Sul, v.2,
Dante; ANDRADE, Mário de; BANDEIRA,
n°.10, dez. 1949, p.2,8.
Manuel; BRECHERET, Victor; MAILLOL;
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO
MENDES, Ciro; MICHELANGELO; RODIN,
Nome pessoal como assunto: GIORGI, Bruno
Auguste; SARTRE, Jean-Paul;
Palavras-Chave: Escultura
Notas de resumo: *
O escultor Bruno Giorgi regressa a Florianópolis D'ESPAUX, Matilde. A escravidão. Sul, v.2, n°.10,
para a inauguração do busto de Ruy Barbosa e fala dez. 1949, p.7.
sobre suas impressões de Florianópolis: o Círculo de Vocabulário controlado: POEMA(S)
Arte Moderna, o apoio dos poderes públicos, os Palavras-Chave: Poesia
casarões e a paisagem natural. *
REBÊLO, Luiz Francisco. Poema. Sul, v.2, n°.10,
Autores Citados: BALLSTAEDT, Élio;
dez. 1949, p.7.
MALHEIROS, Eglê; MIGUEL, Salim; NEVES,
Vocabulário controlado: POEMA(S)
Archibaldo Cabral; SILVA, Ody Fraga e;
Palavras-Chave: Poesia
Iconografias:
Foto: Bruno Giorgi diante de suas esculturas (sem *
VELLOZO, Sérgio. Mensagem à amada. Sul, v.2,
crédito)
Foto: "Monumento à juventude", escultura de Bruno n°.10, dez. 1949, p.7.
Vocabulário controlado: POEMA(S)
Giorgi
102

Palavras-Chave: Poesia Notas de resumo:


* Depoimento do diretor Ody Fraga sobre o
MUND JR., Hugo. O louco. Sul, v.2, n°.10, dez. espetáculo "Pinocchio" do TECAM, que estreou em
1949, p.10,7,27. 23 de dezembro de 1949.
Vocabulário controlado: FICÇÃO Autores Citados: COLLODI;
Palavras-Chave: Teatro *
* GANZO, Margot. O homem magro. Sul, v.2, n°.10,
MIGUEL, Salim. Uma antologia... Nada antológica. dez. 1949, p.16-17.
Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.11-12. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Palavras-Chave: Conto
Palavras-Chave: Conto; Crítica *
Notas de resumo: PALADINO, Antônio. Crônica de poesia. Sul, v.2,
Salim Miguel classifica a Antologia de Escritores n°.10, dez. 1949, p.18,20-21.
Novos do Brasil como "decepcionante", apesar da Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
presença de Murilo Rubião, em conto não inédito, e Palavras-Chave: Crítica; Poesia
Lígia Fagundes Telles. O crítico catarinense aponta Notas de resumo:
o fato de que a maioria dos autores praticam outros Resenha crítica dos livros de poemas "Praia oculta",
gêneros e se aventuraram no conto. de Domingos Carvalho da Silva, e "Ângulo e face",
Autores Citados: CAMPOS, Eduardo; COELHO, de André Carneiro. É o último texto que Paladino
Saldanha; CORBISIER, Roland; DANTAS, em vida publica para a revista.
Nataniel; HOLANDA, Gastão de; JOYCE, James; Autores Citados: CARNEIRO, André; PIMENTEL,
MANSFIELD, Katherine; MAUPASSANT, Guy Cyro; SILVA, Domingos Carvalho da;
de; MEDEIROS, Aluízio; MONTENEGRO, *
Braga; PIRES, Aníbal Nunes; RUBIÃO, Murilo; SUL. A palestra do escultor Bruno Giorgi. Sul, v.2,
TCHEKHOV, Anton Pavlovitch; TELLES, Lygia n°.10, dez. 1949, p.19-20.
Fagundes; Vocabulário controlado: REPORTAGEM
* Nome pessoal como assunto: GIORGI, Bruno
TAULOIS, Pedro. Lívia. Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, Palavras-Chave: Arte; Escultura
p.12,17-18. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: FICÇÃO Discussão em torno dos termos moderno, clássico,
Palavras-Chave: Conto romântico, gótico e acadêmico; promovida na
palestra do escultor Bruno Giorgi em Santa
*
Catarina.
MALHEIROS, Eglê. Pascoal Carlos Magno e os
novos de Santa Catarina. Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, Autores Citados: BOCCIONI, Umberto;
p.13,21. BOTTICELLI, Sandro; CÉZANNE, Paul;
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO CIMABUE; CROCE, Benedetto; GIOTTO;
Nome pessoal como assunto: MAGNO, Paschoal GOGH, Vincent Van; GRECO, El; KANDINSKY,
Carlos Wassily; MATISSE, Henri; MEMLING, Hans;
Palavras-Chave: Teatro MICHELANGELO; PICASSO, Pablo; RENOIR,
Notas de resumo: Pierre-Auguste; SISLEY, Alfred; TEIXEIRA,
Apresentação de Paschoal Carlos Magno, gaúcho Oswald;
diretor do Teatro do Estudante, para os leitores da *
"Sul". BAIRÃO, Reinaldo. Poema marítimo. Sul, v.2,
Autores Citados: ALMEIDA, Renato de; n°.10, dez. 1949, p.27,21.
MORINEAU, (Mme.) Henriette; REBELO, Vocabulário controlado: POEMA(S)
Marques; Palavras-Chave: Poesia
Iconografias: *
Reprodução: "A cidade". Xilogravura de Franz D'ESPAUX, Matilde. La guerra de los dioses. Sul,
Masserel v.2, n°.10, dez. 1949, p.22.
* Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
SILVA, Ody Fraga e. Representação de Pinóquio. Palavras-Chave: Crítica
Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.14-16. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO Matilde D'espaux fala sobre uma crise do romance
Palavras-Chave: Teatro no Uruguai, em detrimento da poesia que é mais
103

praticada. Dentro deste contexto, situa Hyalmar Iconografias:


Blixen, autor de "La guerra de los dioses - Leyendas Reprodução: Xilogravura de Fayga Ostrower
de la America precolombiana". *
* . Poema. Sul, v.3, n°.11, maio. 1950, p.0.
MIGUEL, Salim. Um livro uruguaio. Sul, v.2, Vocabulário controlado: POEMA(S)
n°.10, dez. 1949, p.22. Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura *
Palavras-Chave: Crítica SILVA, Walmor Cardoso da. Poema diurno. Sul,
Notas de resumo: v.3, n°.11, maio. 1950, p.0.
Salim Miguel apresenta a poetisa uruguaia Matilde Vocabulário controlado: POEMA(S)
D'espaux e seu artigo sobre H. Blixen. Palavras-Chave: Poesia
* *
CALVET, Aldo. Croisset e o teatro brasileiro. Sul, MATTOS, J.M. Gomes de. Sintonia. Sul, v.3,
v.2, n°.10, dez. 1949, p.23. n°.11, maio. 1950, p.0.
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Crítica; França; Teatro Palavras-Chave: Poesia
Notas de resumo: *
O crítico teatral da Folha Carioca (RJ) cita o SUL. Correspondência. Sul, v.3, n°.11, maio. 1950,
exemplo de Calvet, que disse que o teatro brasileiro p.1.
era o melhor do mundo, para Vocabulário controlado: CORRESPONDÊNCIA(S)
contrariá-lo, afirmando que não existe um teatro Palavras-Chave: Cartas
brasileiro. Notas de resumo:
* Cartas de Nuno Miranda, escritor de Cabo Verde,
NEVES, Archibaldo Cabral. Dois anos de atividade endereçada aos diretores da revista; e de André
do CAM. Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.24-25. Carneiro, de Atibaia, endereçada a Antonio
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO Paladino. A data da correspondência é de um dia
Palavras-Chave: Literatura; Teatro antes da morte de Paladino.
Notas de resumo: *
Neves faz um balanço da produção do Círculo de SUL. Toninho morreu.... Sul, v.3, n°.11, maio.
Arte Moderna entre 1947 e 49. 1950, p.2.
Autores Citados: DOSTOYEVSKY, Fyodor Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
Mikhailovitch; PIRANDELLO, Luigi; REBELO, Nome pessoal como assunto: PALADINO, Antônio
Marques; SARTRE, Jean-Paul; SHAW, Bernard; Palavras-Chave: Informes; Literatura
* *
GUIMARÃES, Wladimir. Ruy e o cooperativismo. PALADINO, Antônio. Tristeza. Sul, v.3, n°.11,
Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.26. maio. 1950, p.2.
Vocabulário controlado: ENSAIO Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Filosofia Palavras-Chave: Poesia
Notas de resumo: Notas de resumo:
"Transcrito de 'Coop', n. de novembro, Baía - 1949." Morto em 20 de maio de 1950 aos vinte anos,
Autores Citados: LOBATO, Monteiro; PLATÃO; Antonio Paladino, poeta e contista, foi um dos
* fundadores do Círculo de Arte Moderna. A causa da
SUL. Elegia a um poema morto - Reynaldo Bairão. morte foi pneumonia.
Sul, v.2, n°.10, dez. 1949, p.20. *
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura SUL. Grupo SUL no Rio. Sul, v.3, n°.11, maio.
Nome pessoal como assunto: BAIRÃO, Reinaldo 1950, p.3.
Palavras-Chave: Crítica; Poesia Vocabulário controlado: INFORME
Notas de resumo: Palavras-Chave: Viagem
Crítica não assinada do livro Elegia a um poema Autores Citados: ANDRADE, Carlos Drummond
morto de Reynaldo Bairão. de; LACERDA, Jorge;
* Iconografias:
SUL. . Sul, v.3, n°.11, maio. 1950, p.0. Foto: Foto não creditada com Salim Miguel, Eglê
Vocabulário controlado: CAPA Malheiros, Aníbal Nunes Pires, Jorge Lacerda e
Palavras-Chave: Literatura Carlos Drummond de Andrade.
104

* Inicialmente um acadêmico, o escultor Moacir


BRAGANÇA, Afonso de; PESSOA, Fernando; Fernandes passa a produzir arte moderna em 1950,
QUEIROZ, Carlos; RAMOS, Jorge. Poetas de quando expõe em Florianópolis pela segunda vez,
Portugal. Sul, v.3, n°.11, apresentando também desenhos e telas que
maio. 1950, p.4. "beiravam o abstracionismo", de acordo com
Vocabulário controlado: POEMA(S) Ballstaedt.
Palavras-Chave: Poesia Autores Citados: ANDRADE, Mário de; BRAQUE,
* Georges; CHIRICO, Giorgio de; PICASSO, Pablo;
NEVES, Archibaldo Cabral. Um sonho de vida. Sul, GIORGI, Bruno; TEIXEIRA, Oswald;
v.3, n°.11, maio. 1950, p.5. Iconografias:
Vocabulário controlado: FICÇÃO Reprodução: Composição de Moacir Fernandes
Palavras-Chave: Conto Foto: Retrato de Moacir Fernandes, não-creditado
* Reprodução: "As Suplicantes" - zincogravura de
CORRÊA, Ruy Brand. Silveira Sampaio, o autor. Moacir Fernandes
Sul, v.3, n°.11, maio. 1950, p.6. *
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura SUL. Palavras pronunciadas por H. J. Koellreutter.
Nome pessoal como assunto: SAMPAIO, Silveira Por ocasião do encerramento do primeiro curso
Palavras-Chave: Teatro Internacional de Férias "Pro Arte", em Teresópolis.
Notas de resumo: Sul, v.3, n°.11, maio. 1950, p.14.
Após trabalhar com Ziembinski, Silveira Sampaio Vocabulário controlado: REPORTAGEM
continua rompendo com fórmulas gastas do teatro. Nome pessoal como assunto: KOELLREUTTER,
Suas peças são sátiras vigorosas, conforme Ruy H. J.
Brand Corrêa. Palavras-Chave: Arte; Música
Autores Citados: CHAPLIN, Charles; SHAW, Notas de resumo:
Bernard; ZIEMBINSKY, Zbigniev; H. J. Koellreutter, diretor do grupo Música Viva, de
* Brasília, de passagem por Florianópolis, ministrou
RENARD, Jules. Histórias naturais. Sul, v.3, n°.11, palestra sobre música e teoria musical. Koellreutter
maio. 1950, p.7. na ocasião era professor de Guerra Peixe, Cláudio
Vocabulário controlado: FICÇÃO Santoro e outros músicos conhecidos.
Palavras-Chave: Ficção; Naturalismo Autores Citados: AMADO, Jorge; ANDRADE,
* Mário de; GUARNIERI, Mozart Camargo;
D'ESPAUX, Matilde. Fuente y raiz. Sul, v.3, n°.11, KOELLREUTTER, H. J.; MIGNONE, Francisco;
maio. 1950, p.8. NIEMEYER, Oscar; PORTINARI, Candido;
Vocabulário controlado: POEMA(S) VILLA-LOBOS, Heitor;
Palavras-Chave: Poesia *
* MATTOS, J.M. Gomes de. Notas de poesia. Sul,
SILVA, Ody Fraga e. Um homem mau. Sul, v.3, v.3, n°.11, maio. 1950, p.15.
n°.11, maio. 1950, p.9. Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Vocabulário controlado: FICÇÃO Palavras-Chave: Crítica; Poesia
Palavras-Chave: Teatro Notas de resumo:
* Mattos resenha os livros "O centauro", de Francisco
MIGUEL, Salim. Era igual aos outros. Sul, v.3, Marcelo Cabral; "Estrela no céu", de Lago Burnett;
n°.11, maio. 1950, p.10-11. "Cartas de marear", de Donozor Lino; e "O deserto e
Vocabulário controlado: FICÇÃO os números", de Édson Régis.
Palavras-Chave: Conto Autores Citados: BURNETT, Lago; CABRAL,
* Francisco Marcelo; CARVALHO, Edson Régis de;
BALLSTAEDT, Élio. Ouvindo Moacir Fernandes. FREUD, Sigmund; LINO, Dozonor; RILKE,
Sul, v.3, n°.11, maio. 1950, p.12-13. Rainer Maria;
Vocabulário controlado: REPORTAGEM Iconografias:
Nome pessoal como assunto: FERNANDES, Ilustração: Projeto de ilustração para "Les
Moacir Corbeaux", de Rimbaud, por Velentine Hugo, 1936.
Palavras-Chave: Artes plásticas; Escultura; *
Modernismo SILVA FILHO, Antônio. Era uma vez.... Sul, v.3,
Notas de resumo: n°.11, maio. 1950, p.16.
105

Vocabulário controlado: FICÇÃO *


Palavras-Chave: Conto EDUARDO, Silvio. Era uma vez.... Sul, v.3, n°.11,
* maio. 1950, p.19.
DANTAS, Nataniel. Poema a Van Gogh. Sul, v.3, Vocabulário controlado: POEMA(S)
n°.11, maio. 1950, p.16. Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: POEMA(S) *
Palavras-Chave: Poesia LINO, Dozonor. A serpente negra. Sul, v.3, n°.11,
* maio. 1950, p.19.
D'ESPAUX, Matilde. Nota de crítica. Sul, v.3, Vocabulário controlado: POEMA(S)
n°.11, maio. 1950, p.16. Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura *
Palavras-Chave: Crítica; Ficção SUL. Inauguração do ambulatório do IPASE.
Notas de resumo: Discurso do Dr. Cyro dos Anjos. Sul, v.3, n°.11,
Nota sobre o romance "Contraluz", de Josefina maio. 1950, p.20-21.
Blixen. Vocabulário controlado: INFORME
Autores Citados: REYLES, Carlos; VARELA, José Palavras-Chave: Saúde
Pedro; Autores Citados: ANJOS, Cyro dos;
* Iconografias:
AQUINO, Flavio de. Por uma arte autóctone. Sul, Foto: "Dr. Cyro dos Anjos e representante Dr.
v.3, n°.11, maio. 1950, p.17. Alcides Carneiro, quando proferia sua alocução."
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS *
Palavras-Chave: Artes plásticas; Crítica SANTOS, M. C.. O nascimento do cinema. Sul, v.3,
Notas de resumo: n°.11, maio. 1950, p.22.
Flávio de Aquino defende que a arte moderna tenha Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
um estilo comum a todos os artistas. Palavras-Chave: Cinema; Fotografia; História
Autores Citados: BANDEIRA, Manuel; Notas de resumo:
CÉZANNE, Paul; CLOUET, François; GIOTTO; Por ocasião do cinquentenário de nascimento do
KANDINSKY, Wassily; PICASSO, Pablo; cinema, o crítico francês Roger Leenhardt compilou
POUSSIN, Nicolas; REMBRANDT; UTRILLO, uma história do cinema, usando a documentação
Maurice; VISCONTI, Eliseu; histórica de George Sadoul, abrangendo o período
* de 1832 a 1897.
UCHÔA, Fernando Jorge. A grande desconhecida. Autores Citados: EDISON, Thomas Alva;
Sul, v.3, n°.11, maio. 1950, p.17. LEENHARDT, Roger; LUMIÈRE; REYNAUD,
Vocabulário controlado: POEMA(S) Léonce; SADOUL, Georges;
Palavras-Chave: Poesia *
* MIGUEL, Salim. Ainda a antologia. Carta-resposta
PIAZZA, Valter. Os três santos de junho no folclore ao meu caro Fausto Cunha. Sul, v.3, n°.11, maio.
brasileiro. Aspectos folclóricos. Sul, v.3, n°.11, 1950, p.24-26.
maio. 1950, p.18-19. Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura Palavras-Chave: Crítica; Literatura
Palavras-Chave: Folclore Notas de resumo:
Notas de resumo: Continuação e resposta de Salim Miguel aos
Artigo sobre "Os três santos de junho do folclore questionamentos sobre seu artigo publicado na
brasileiro", livro de Gastão de Bettencourt. edição anterior, "Uma antologia nada antológica".
Autores Citados: BITTENCOURT, Gastão; Autores Citados: COELHO, Saldanha; COUTO,
GILBERTO; Ribeiro; CUNHA, Fausto; IVO, Lêdo;
Iconografias: MANSFIELD, Paul; MUNRO, Thomas; PIRES,
Reprodução: "O pau de fita", quadro de Gilberto, Aníbal Nunes; POE, Edgar Allan; TCHEKHOV,
exposto em 1948 na ABI - Coleção da Princesa Anton Pavlovitch;
Sangozsko *
Reprodução: "Cupido subiu ao trono" (dança PALADINO, Antônio. De Anastácia, ainda a voz....
folclórica catarinense). Quadro de Gilberto exposto Apontamentos de um caderno. Sul, v.3, n°.11,
em 1948 na ABI (coleção da pintora Maria maio. 1950, p.26.
Margarida) Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura
106

Palavras-Chave: Biografia; Crônica *


* PINTO, Manuel; RAMOS, Jorge; RÉGIO, José;
SUL. . Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.0. SOUSA, Antônio de; TORGA, Miguel. Poetas de
Vocabulário controlado: CAPA Portugal. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.4.
Iconografias: Vocabulário controlado: POEMA(S)
Foto: Escultura de Bruno Giorgi Palavras-Chave: Poesia; Portugal
* *
SILVA, Walmor Cardoso da. Poema. Sul, v.3, MALHEIROS, Eglê. Outra manhã. Sul, v.3, n°.12,
n°.12, out. 1950, p.0. out. 1950, p.5.
Vocabulário controlado: POEMA(S) Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Poesia Palavras-Chave: Conto
* *
MATTOS, J.M. Gomes de. Retrato. Sul, v.3, n°.12, VIERA, Blanca Terra. Divagación en torno a Jean-
out. 1950, p.0. Louis Barrault. Elogio del Ademán - Circo Teatro
Vocabulário controlado: POEMA(S) Danza. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.6.
Palavras-Chave: Poesia Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
* Nome pessoal como assunto: BARRAULT, Jean-
MATTOS, J.M. Gomes de. Pausa. Sul, v.3, n°.12, Louis
out. 1950, p.0. Palavras-Chave: Crônica; Teatro
Vocabulário controlado: POEMA(S) Notas de resumo:
Palavras-Chave: Poesia "Barrault. Cómico, colorista, terrible trapecista de la
* emoción."
EDUARDO, Silvio. Claire de lune. Sul, v.3, n°.12, Autores Citados: CHAPLIN, Charles;
out. 1950, p.0. NIETZSCHE, Friedrich;
Vocabulário controlado: POEMA(S) *
Palavras-Chave: Poesia ARAPEY, Luís Carlos de. Breve evocação de Porto
* Alegre. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.6.
PIRES, Aníbal Nunes. Poema. Sul, v.3, n°.12, out. Vocabulário controlado: POEMA(S)
1950, p.0. Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: POEMA(S) *
Palavras-Chave: Poesia NEVES, Archibaldo Cabral. Reminiscências. Sul,
* v.3, n°.12, out. 1950, p.7.
PINTO, Manuel. Ser jovem. Sul, v.3, n°.12, out. Vocabulário controlado: FICÇÃO
1950, p.1. Palavras-Chave: Conto
Vocabulário controlado: EDITORIAL *
Palavras-Chave: Crônica MIGUEL, Salim. A propósito de "Dádiva". Poemas
Notas de resumo: de Luís Amaro. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.8-9.
"Ter fé na juventude, disse alguém, é ter fé na vida. Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
E havemos de convir que disse uma verdade, Palavras-Chave: Crítica; Poesia
sobretudo se a tomarmos em termos de não abranger Notas de resumo:
todos os jovens, só pelo simples fato de o serem." A relação forma e conteúdo no poema. "Luiz Amaro
* é um poeta dos vagos desejos, das aspirações
SUL. Aos nossos leitores. Sul, v.3, n°.12, out. íntimas, das pequeninas coisas".
1950, p.2. Autores Citados: AMARO, Luís; BECQUER,
Vocabulário controlado: EDITORIAL Gustavo Adolfo; ELIOT, T. S.; KEATS, John;
Palavras-Chave: Cartas; Editor PINTO, Manuel;
Notas de resumo: *
Aviso . Picasso. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.10.
* Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
PALADINO, Antônio. De Antônio Paladino. Sul, Nome pessoal como assunto: PICASSO, Pablo
v.3, n°.12, out. 1950, p.3. Palavras-Chave: Artes plásticas; Crítica
Vocabulário controlado: FICÇÃO Notas de resumo:
Nota biográfica sobre Picasso, que o autor chama de
Palavras-Chave: Conto; Crônica; Poesia
"pintor quixotesco". Análise da obra "Mulher em
107

azul" do acervo do MASP. Texto assinado por NEVES, Archibaldo Cabral. Algumas notas sobre o
"F.M." cinema no Brasil. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.16-
Autores Citados: CÉZANNE, Paul; DAUMIER; 17,27.
GOGH, Vincent Van; MONET, Claude; RENOIR, Vocabulário controlado: REPORTAGEM
Pierre-Auguste; SEURAT, Georges Pierre; Palavras-Chave: Cinema
SISLEY, Alfred; TOULOUSE-LAUTREC, (Henri); Notas de resumo:
Iconografias: A realização do Festival de Cinema de Vanguarda de
Reprodução: "Mulher em azul" de Pablo Picasso. Florianópolis, dia 4 de setembro de 1950.
Doação de Helena e Walter Moreira Salles para o Autores Citados: CLAIR, René; DEREN, Maya;
MASP. GONZAGA, Adhemar; LUSTIG, R.; MAURO,
* Humberto; PEIXOTO, Mário; PICABIA, Francis;
CHATAGNIER, Rogério. Reflexão. Sul, v.3, n°.12, RAY, Man; SAMPAIO, Silveira; SATIE, Erik;
out. 1950, p.10. WOOD, Sam;
Vocabulário controlado: POEMA(S) Iconografias:
Palavras-Chave: Poesia Fotograma: Cena de "Caiçara", de Alberto
* Cavalcanti para a Vera Cruz
COSTA, Gonçalves da. Ouve, poesia. Sul, v.3, Foto: 1º Congresso Brasileiro de Clubes de Cinema
n°.12, out. 1950, p.10. *
Vocabulário controlado: POEMA(S) DANTAS, Nataniel. Manhã cinzenta. Sul, v.3,
Palavras-Chave: Poesia n°.12, out. 1950, p.18.
* Vocabulário controlado: FICÇÃO
GALLOTTI, José do Patrocínio. O cigarro de Palavras-Chave: Conto
Teófilo. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.11. *
Vocabulário controlado: FICÇÃO SILVA, José Tito. Trechos de "O homem que canta".
Palavras-Chave: Conto Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.18.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
SASSI, Guido Wilmar. Sete a zero. Sul, v.3, n°.12, Palavras-Chave: Poesia
out. 1950, p.12-13. *
Vocabulário controlado: FICÇÃO MALHEIROS, Eglê. "Mensagem" de Beatriz
Palavras-Chave: Conto Bandeira. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.19.
* Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
SANTOS, M. C.. Vanguarda. Sul, v.3, n°.12, out. Nome pessoal como assunto: BANDEIRA, Beatriz
1950, p.14. Palavras-Chave: Crítica; Poesia
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura Notas de resumo:
Palavras-Chave: Cinema; Vanguarda A relação entre forma e conteúdo no poema. Análise
Notas de resumo: do livro "Mensagem", de Beatriz Bandeira.
A vanguarda prestou um serviço à cinematografia Autores Citados: LORCA, Federico García;
maior do que para outras artes. O papel do ator teve *
sua importância diminuída, e o diretor tornou-se um MIGUEL, Salim. Dois romances. Sul, v.3, n°.12,
compositor de imagens, sonoridades e ritmo. out. 1950, p.20.
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Autores Citados: CAVALCANTI, Alberto;
CHAPLIN, Charles; DELLUC, Louis; DREYER, Palavras-Chave: Crítica; Portugal; Romance
Carl; DULAC, Germaine; GANCE, Abel; Notas de resumo:
GRIFFITH, David L. Wark; LANG, Fritz; Resenha de dois livros do português Romeu Corrêa,
L'HERBIER, Marcel; WELLES, Orson; WIENE, "Trapo azul" e "Calamento", ambos de 1948.
Robert; Autores Citados: CORRÊA, Romeu; RAMOS,
* Graciliano; SIMÕES, João Gaspar;
BORMIOLI, Gladys; D'ESPAUX, Matilde; *
FIGUEIRA, Gastón. Poetas de Uruguay. Sul, v.3, SILVA FILHO, Antônio. A importância da análise
n°.12, out. 1950, p.15. no teatro. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.20.
Vocabulário controlado: POEMA(S) Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
Palavras-Chave: Crônica; Poesia Palavras-Chave: Crítica; Teatro
* Notas de resumo:
Crítica ao teatro braisleiro, que o autor chama de
108

"primário". E ainda: "O teatro é uma religião, que SUL. O que dizem de "Sul". Sul, v.3, n°.12, out.
exige verdadeira fé e compreensão de seus dogmas". 1950, p.28.
Autores Citados: MORINEAU, (Mme.) Henriette; Vocabulário controlado: CORRESPONDÊNCIA(S)
SAMPAIO, Silveira; ZIEMBINSKY, Zbigniev; Palavras-Chave: Cartas
* Notas de resumo:
PERUFFO, Italino. A desalentadora verdade. Sul, Cartas de Jornal dos Novos/A Manhã (RJ), Blanca
v.3, n°.12, out. 1950, p.21. Terra Viera (Buenos Aires), Maria Alba Mendes
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura Silva (Curitiba) e Ítalo Peruffino (Rio do Sul).
Palavras-Chave: Indústria cultural; Leitor; *
Literatura SUL. Edições da Livraria Editora da Casa do
Notas de resumo: Estudante do Brasil. Sul, v.3, n°.12, out. 1950,
O baixo índice de leitores no Brasil. As leis de p.29.
estímulo à circulação barata de obras técnicas e Vocabulário controlado: INFORME
didáticas. Palavras-Chave: Livros; Publicidade
Autores Citados: ASSIS, Machado de; CAMPOS, Autores Citados: MONTEIRO, Adolfo Casais;
Humberto de; REGO, José Lins do; PEDROSA, Mário;
Iconografias: Iconografias:
Reprodução: "A descoberta", de Portinari, do livro Reprodução: "Mulata e índia", de Portinari
de Mário Pedroso "Arte, necessidade vital". *
* SUL. . Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.0.
CARVALHO, O. G. Rego. Crueldade mental. Sul, Vocabulário controlado: CAPA
v.3, n°.12, out. 1950, p.22-23. *
Vocabulário controlado: FICÇÃO SUL. SILVA, Walmor Cardoso da. Poema no avião.
Palavras-Chave: Conto Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.0.
Iconografias: Vocabulário controlado: POEMA(S)
Ilustração: Xilogravura de Marcelo Grassmann Palavras-Chave: Poesia
* Notas de resumo:
BARATA, Rui Guilherme. Poetas do Nordeste. Sul, Poema de Walmor Cardoso da Silva no verso da 1ª
v.3, n°.12, out. 1950, p.24. capa
Vocabulário controlado: POEMA(S) *
Palavras-Chave: Poesia SUL. Mais um ano de SUL.... Sul, v.4, n°.13, abr.
Notas de resumo: 1951, p.1.
Poemas de H. Dobal (Teresina), Rui Guilherme Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
Barata (Belém) e Walmir Maranhão (Recife). Palavras-Chave: Cinema; Editor; Imprensa;
Iconografias: Literatura; Teatro
Reprodução: El Greco, San Martin e o mendigo. Notas de resumo:
* Sobre as dificuldades de fazer a revista e planos
SILVA, Ody Fraga e. Brincando de amor. Sul, v.3, para o futuro. Texto não assinado.
n°.12, out. 1950, p.25. *
Vocabulário controlado: FICÇÃO Jornal de Alagoas/O Jornal. O que dizem de SUL.
Palavras-Chave: Teatro Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.3.
* Vocabulário controlado: CORRESPONDÊNCIA(S)
MOREIRA, Fernando Paranhos. Rua Sul. De Décio Palavras-Chave: Cartas; Literatura
Frota Escobar. Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.26. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: FICÇÃO Cartas do Jornal de Alagoas e de O Jornal.
Palavras-Chave: Crônica *
* SUL. Poetas de Portugal. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951,
SUL. Revista "Filme". Sul, v.3, n°.12, out. 1950, p.4-5.
p.27. Vocabulário controlado: POEMA(S)
Vocabulário controlado: INFORME Palavras-Chave: Biografia; Poesia
Palavras-Chave: Cinema Notas de resumo:
Iconografias: Resenha biográfica de Teixeira de Pascoais, poeta
Foto: "Stabile",. Obra de Alexander Calder português, acompanhado de três poemas.
* O autor da resenha assina apenas como "P. da S."
109

Autores Citados: PASCOAES, Teixeira; n°.13, abr. 1951, p.15.


* Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
PIRES, Aníbal Nunes. Virgílio Várzea (1863-1941). Palavras-Chave: Editor; Literatura
Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.6-8. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Atividades do editor João Calazans, destacando os
Palavras-Chave: Biografia; Conto; Poesia lançamentos que apresentou. Texto não assinado.
Notas de resumo: Autores Citados: ANDRADE, Carlos Drummond
Biografia de Virgílio Várzea, poeta parnasiano de; D'AQUINO, Flávio; GOETHE, Johann
catarinense (1863-1941). Wolfgang von; GUIGNARD, Alberto da Veiga;
Autores Citados: VÁRZEA, Virgílio; GUIMARAENS FILHO, Alphonsus de; LISBOA,
* Henriqueta; RILKE, Rainer Maria;
SUL. SILVA FILHO, Antônio. Minhas férias e dois *
livros. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.8-9. . Conferência de Flávio d'Aquino. Sul, v.4, n°.13,
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura abr. 1951, p.15.
Palavras-Chave: Novela; Poesia Vocabulário controlado: INFORME
Notas de resumo: Palavras-Chave: Arquitetura; Artes plásticas;
Resenha de livros de Aire de Palomas e Paulo Estética
Hecker Filho. Por Antônio da Silva Filho Notas de resumo:
* Nota sobre conferência proferida por Flávio de
SUL. BALLSTAEDT, Élio. Um lapso de João Aquino. Texto não assinado.
Gaspar Simões. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.9-11. Autores Citados: D'AQUINO, Flávio;
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura *
Palavras-Chave: Biografia; Literatura PALADINO, Antônio. Meus Cantos Noturnos. Sul,
Notas de resumo: v.4, n°.13, abr. 1951, p.16-17.
Élio Ballstaedt analisa a obra "Vida e obra de Vocabulário controlado: POEMA(S)
Fernando Pessoa" de José Gaspar Simões, Palavras-Chave: Poesia
apontando incongruências. Notas de resumo:
Autores Citados: PESSOA, Fernando; SIMÕES, Poemas de Antônio Paladino
João Gaspar; *
* LINO, Dozonor. A sorte. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951,
SUL. BAHIANA, Carlos Henrique. Função social p.17.
do arquiteto. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.12-13. Vocabulário controlado: POEMA(S)
Vocabulário controlado: RESENHA - Arquitetura Palavras-Chave: Poesia
Palavras-Chave: Arquitetura; Arte *
Notas de resumo: CHATAGNIER, Rogério. Soneto da desesperança.
A obra moderna contribui de várias maneiras para Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.17.
educação social do homem, segundo Carlos Vocabulário controlado: POEMA(S)
Henrique Bahiana. Palavras-Chave: Poesia
Autores Citados: MINDLIN, Henrique E.; *
NIEMEYER, Carlos; ROBERTO, Marcelo; VIERA, Blanca Terra. Edad 21. Sul, v.4, n°.13, abr.
* 1951, p.18.
SUL. Uma tela de Cezanne no Brasil. Sul, v.4, Vocabulário controlado: POEMA(S)
n°.13, abr. 1951, p.14-15. Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS Notas de resumo:
Palavras-Chave: Pintura Por Blanca Terra Vieira, dedicado a Walmor
Notas de resumo: Cardoso da Silva.
A tela Le Gran Pin de Paul Cezanne acabara de ser
adquirida pelo Museu de Arte. *
Texto assinado por F.M. SILVA, José Tito. Eternidade. Sul, v.4, n°.13, abr.
1951, p.19.
Autores Citados: SISLEY, Alfred; Vocabulário controlado: POEMA(S)
Iconografias:
Palavras-Chave: Poesia
Reprodução: Le gran Pin de Cezanne
Notas de resumo:
*
Por José Tito Silva
SUL. Atividades do editor João Calazans. Sul, v.4,
110

* Foto: Exposição retrospectiva do escultor Bruno


MATTOS, J.M. Gomes de. Ideia. Sul, v.4, n°.13, Giorgi , Museu de Arte Moderna de São Paulo.
abr. 1951, p.19. *
Vocabulário controlado: POEMA(S) MALHEIROS, Eglê. Escritoras de Portugal. Sul,
Palavras-Chave: Poesia v.4, n°.13, abr. 1951, p.37-39.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
J.M. Gomes de Mattos Palavras-Chave: Literatura
* Notas de resumo:
SASSI, Guido Wilmar. Mãe. Sul, v.4, n°.13, abr. Resenhas dos livros "Esta é minha história" de
1951, p.20-23. Judith Navarro e "Um filho a mais" da então recém-
Vocabulário controlado: FICÇÃO falecida Manuela Porto.
Palavras-Chave: Conto Autores Citados: NAVARRO, Judith;
Iconografias: Iconografias:
Ilustração: de Paulo O.F. Ilustração: Xilogravura de O. Goeldi
* *
NEVES, Archibaldo Cabral. Primavera. Sul, v.4, PINTO, Manuel. A pintura moderna e o homem
n°.13, abr. 1951, p.23-24. normal. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.40-42.
Vocabulário controlado: FICÇÃO Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Palavras-Chave: Poesia Palavras-Chave: Artes plásticas; Futurismo;
Notas de resumo: Impressionismo
Por Archibaldo Cabral Neves Notas de resumo:
O ocaso da imitação e da reprodução, e respostas às
*
críticas de "arte deformada", por Manuel Pinto
MARTINS, P.. Marcolino da Lua. Sul, v.4, n°.13,
abr. 1951, p.24-25. Autores Citados: BERGSON, Henri; FREUD,
Vocabulário controlado: FICÇÃO Sigmund; GAUGUIN, Paul;
Palavras-Chave: Poesia *
Notas de resumo: MIGUEL, Salim. Dois casos.... Sul, v.4, n°.13, abr.
Por P. Martins 1951, p.42-44.
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
*
Palavras-Chave: Artes plásticas; Museu
MIGUEL, Salim. Amor, lascínia e.... Sul, v.4,
Notas de resumo:
n°.13, abr. 1951, p.26-31.
Na primeira parte, o autor expõe os motivos que
Vocabulário controlado: FICÇÃO
levaram o Museu de Arte Moderna de Santa
Palavras-Chave: Conto
Catarina ao abandono.
Autores Citados: CAMÕES, Luiz Vaz de; Na segunda, o autor discute a organização do
Iconografias: Concurso de Monografias, Romances e Novelas da
Ilustração: de Hugo Mund Jr. Colonização de Blumenau.
*
SILVA, Ody Fraga e. Composição para Judas e Coro Autores Citados: AQUINO, Flavio de;
de Dez Anjos. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.31. *
Vocabulário controlado: FICÇÃO SUL. EDUARDO, Silvio. Pintor José S. D'ávila.
Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.45-47.
Palavras-Chave: Teatro
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Notas de resumo:
Peça teatral - pantomima em dez cenas. Palavras-Chave: Artes plásticas
Notas de resumo:
* Apresentação de José Silveira D'ávila feita por
SUL. AMARO, Luís; BERNARDES, Máximus; Sílvio Eduardo, por ocasião da conferência sobre a
MALHEIROS, Eglê; OVIEDO, Nélida Aurora. necessidade da obra de arte que o artista conterrâneo
Poesia. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.32-36. reaslizou nos salões do Clube 12 de agosto, a
Vocabulário controlado: POEMA(S) convite do Centro Acadêmico da Faculdade de
Palavras-Chave: Poesia Direito de Santa Catarina.
Notas de resumo: Autores Citados: NERUDA, Pablo;
Poemas de Eglê Malheiros, Luís Amaro, Máximus Iconografias:
Bernardes, Nélida Aurora Oviedo Ilustração de Yllen Kerr para o conto "Homem de
Iconografias: duas cabeças" de Almeida Fischer
111

* set. 1951, p.3-4.


MALHEIROS, Eglê. O centenário de Silvio Vocabulário controlado: POEMA(S)
Romero. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.48. Palavras-Chave: Poesia
Vocabulário controlado: INFORME - Literatura Notas de resumo:
Nome pessoal como assunto: ROMERO, Silvio Poemas de Aníbal Nunes Pires, J.M. Gomes de
Palavras-Chave: Crítica; Literatura Mattos, Fernando Jorge Uchôa
Notas de resumo: *
Sobre a passagem do centenário de nascimento do NEVES, Archibaldo Cabral. Alberto Cavalcanti e o
escritor e crítico Silvio Romero. cinema no Brasil. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.5-9.
Autores Citados: CUNHA, Euclides da; ROMERO, Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Silvio; Palavras-Chave: Cinema
* Notas de resumo:
SUL. Pampulha. Sul, v.4, n°.13, abr. 1951, p.49. A trajetória do cineasta Alberto Cavalcanti. Oito
Vocabulário controlado: ENSAIO - Fotográfico fatores que segundo o autor seriam responsáveis
Palavras-Chave: Fotografia pela "desesperadora infantibilidade do cinema
Iconografias: brasileiro".
Foto: Fotografia de Farkas, do Foto Cine Clube Autores Citados: AUDEN, W. H.; BRITTEN,
Bandeirantes Benjamin; CAMUS, Albert; CAVALCANTI,
* Alberto; DUNCAN, Isadora; PEIXOTO, Mário;
SUL. CORRÊA, Romeu. As Cinco vogais. Sul, v.4, VIGO, Jean;
n°.13, abr. 1951, p.50-60. Iconografias:
Vocabulário controlado: FICÇÃO Foto: Imagem de Alberto Cavalcanti, não creditada
Palavras-Chave: Dramaturgia; Teatro *
Notas de resumo: SUL. A propósito de "Film and reality". Sul, v.4,
Peça em 1 ato de Romeu Corrêa, de Almada, n°.14, set. 1951, p.10-11.
Portugal. Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Iconografias: Palavras-Chave: Cinema
Reprodução: Óleo - Inima - Rio, 1949 Notas de resumo:
* Por E.M. Santos, sobre antologia de filmes de
SUL. . Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.0. Alberto Cavalcanti, listando todas as suas
Vocabulário controlado: CAPA sequências.
Iconografias: Autores Citados: CAVALCANTI, Alberto;
Reprodução: Gravura de Plínio Bernhardt, EISENSTEIN, Sergei M.; GRIFFITH, David L.
"Mulheres trabalhando com folhas de fumo" Wark; LUMIÈRE; RENOIR, Jean;
* *
SILVA, Walmor Cardoso da. Florianópolis, Capital SILVA FILHO, Antônio. Vento norte. Sul, v.4,
de Santa Catarina. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.1. n°.14, set. 1951, p.12-15.
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Palavras-Chave: Editor Palavras-Chave: Cinema
Notas de resumo: Notas de resumo:
A pequena e desconhecida Florianópolis nas Panorama do cinema brasileiro após Limite (1930),
palavras de Walmor Cardoso da Silva. por Antônio da Silva Filho. O funcionamento do
* Clube de Cinema de Porto Alegre.
CUNHA, Fausto. O que dizem de Sul. Sul, v.4, Autores Citados: PEIXOTO, Mário; WELLES,
n°.14, set. 1951, p.2. Orson;
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura *
Palavras-Chave: Literatura DANTAS, Nataniel; SILVA, Walmor Cardoso da.
Notas de resumo: Poema. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.16-17.
Trecho de um artigo sobre revistas culturais Vocabulário controlado: POEMA(S)
existentes no país e publicado no jornal A Manhã, Palavras-Chave: Poesia
Rio, 9-6-51. Notas de resumo:
* Poemas de Nataniel Dantas, Walmor Cardoso da
MATTOS, J.M. Gomes de; PIRES, Aníbal Nunes; Silva, Bandeira Filho, Hélio Barbosa Martins.
UCHÔA, Fernando Jorge. Poema. Sul, v.4, n°.14, *
112

MALHEIROS, Eglê. Três romances e sua autora. História e crítica do trabalho de Martinho de Haro.
Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.18-21. Iconografias:
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Reprodução: Tela de Martinho de Haro
Palavras-Chave: Crítica; Romance *
Notas de resumo: PALADINO, Antônio. Noturno. Sul, v.4, n°.14, set.
Crítica de três livros de Alina Paim: "Estrada da 1951, p.35.
liberdade", "A sombra do patriarcado" e "Simão Vocabulário controlado: POEMA(S)
Dias". Palavras-Chave: Poesia
Autores Citados: LISPECTOR, Clarice; NABUCO, Notas de resumo:
Carolina; PAIM, Alina; PEREIRA, Lúcia Miguel; Poema Noturno de Antônio Paladino
QUEIRÓS, Dinah Silveira de; QUEIROZ, Rachel *
de; SUL. Projeto do Trapiche Municipal de
Iconografias: Florianópolis. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.36-38.
Ilustração: Hugo Mund Jr. - Mercado Público de Vocabulário controlado: RESENHA - Arquitetura
Florianópolis Palavras-Chave: Arquitetura
* Notas de resumo:
BALLSTAEDT, Élio. Reflexões sobre "Mural". Sul, O projeto do trapiche explicado pelo arquiteto Luiz
v.4, n°.14, set. 1951, p.22-23. Eduardo Santos, autor do texto e do projeto.
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Iconografias:
Palavras-Chave: Conto; Crônica Foto: Maquete Miramar
Notas de resumo: *
Crítica do livro de contos 'Mural' de Saldanha NAMORADO, Joaquim; OLIVEIRA, Carlos de.
Coelho (1951), por Élio Ballstaedt Poetas de Portugal. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.39-
Autores Citados: COELHO, Saldanha; 40.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
SOUZA, J.P. Silveira de. A Visita. Sul, v.4, n°.14, Palavras-Chave: Poesia
set. 1951, p.24-26. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: FICÇÃO Poemas de Carlos de Oliveira, Joaquim Namorado,
Palavras-Chave: Conto; Ficção Mário Dionísio, João José Cochovel
Notas de resumo: *
Por J. P. Silveira de Sousa SILVA, José Tito. O prisioneiro do Baú. Sul, v.4,
Iconografias: n°.14, set. 1951, p.41-44.
Reprodução: Gravura de Yllen Kerr Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Conto; Ficção
PIRES, Aníbal Nunes. Tragédia. Sul, v.4, n°.14, Notas de resumo:
set. 1951, p.27-28. Conto de José Tito Silva
Vocabulário controlado: FICÇÃO *
Palavras-Chave: Conto; Ficção CORRÊA, Ruy Brand. Rua Major Diogo, 311 - 2º
Notas de resumo: andar. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.44-47.
Por Aníbal Nunes Pires Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
* Palavras-Chave: Teatro
SUL. O coveiro. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.29- Notas de resumo:
31. Sobre a Escola de Arte Dramática de São Paulo,
Vocabulário controlado: FICÇÃO dirigida por Alfredo Mesquita.
Palavras-Chave: Conto; Ficção Autores Citados: BECKER, Cacilda; MAGNO,
Notas de resumo: Paschoal Carlos; MESQUITA, Alfredo;
por Wilmar Vaz MOLIÈRE, (Pseud. de Jean Baptiste Poquelin);
* PRADO, Décio de Almeida; SHAKESPEARE,
MIGUEL, Salim. Pintor Martinho de Haro. Sul, v.4, William;
n°.14, set. 1951, p.32-34. *
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS VIERA, Blanca Terra. Christian Berard. Muerte,
Nome pessoal como assunto: HARO, Martinho de transformación y gloria del color. Sul, v.4, n°.14,
Palavras-Chave: Artes plásticas set. 1951, p.47-48.
Notas de resumo:
113

Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Vocabulário controlado: EDITORIAL


Palavras-Chave: Artes plásticas; Teatro Palavras-Chave: Editor; Literatura
Notas de resumo: Notas de resumo:
A morte do artista plástico e cenógrafo Christian "Somos uma das poucas revbistas que perduram
Berard, pela escritora portenha Blanca Terra Viera. daquela trintena que existia por voltas de 1947-48".
* Os lançamentos dos Cadernos Sul e das Edições
MACDOWELL, J. A.; PENA FILHO, Carlos. Sul.
Poetas novos de Recife. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, *
p.48-49. FREITAS, Lima de. A língua e as formas. Sul, v.5,
Vocabulário controlado: POEMA(S) n°.15, mar. 1952, p.3-5.
Palavras-Chave: Poesia Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
Notas de resumo: Palavras-Chave: Arte; Língua; Música
Poemas de Joaquim Mac Dowell, Carlos Pena Filho Notas de resumo:
e Edmir Régis Formas de expressão, de comunicação, de
* compreensão, alimentam fgormas superiores de arte.
DUTRA, Walter. Fernando Moreira e a nova poesia A recriação do mundo pela palavra pode constituir
gaúcha. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.50. manifestação artística, e provocar as mais sublimes
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura emoções que nascem da solidariedade humana. Na
Palavras-Chave: Crítica; Poesia pintura, na escultura e na dança também há
Notas de resumo: gramática, porque a lógica é um atributo do homem
Resenha de "Trajeto espontâneo", do gaúcho pensante.
Fernando Moreira, cuja poesia tem contornos *
místicos e hinduístas. BAHIANA, Carlos Henrique. Arquitetura sob
Autores Citados: CARPEAUX, Otto Maria; "encomenda". Sul, v.5, n°.15, mar. 1952, p.6-7.
FERREIRA, João; LIMA, Jorge de; MENDES, Vocabulário controlado: ENSAIO - Arquitetura
Murilo; MOREIRA, Palavras-Chave: Arquitetura
* Notas de resumo:
MIGUEL, Salim. Jantar em família. Sul, v.4, n°.14, Novos materiais, novas técnicas demandam nova
set. 1951, p.51-60. forma plástica correspondente. O conceito de belo é
Vocabulário controlado: FICÇÃO elástico, é função da educação. O proprietário deve
Palavras-Chave: Conto; Ficção procurar conhecer as razões que levaram o arquiteto
* a uma determinada forma, e não ditar o que deve
SUL. Notas. Sul, v.4, n°.14, set. 1951, p.61-64. fazer o profissional.
Vocabulário controlado: INFORME - Literatura *
Palavras-Chave: Artes plásticas; Cinema; MIGUEL, Salim. Problemas de cinema. Sul, v.5,
Literatura; Teatro n°.15, mar. 1952, p.8-12.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
Notícias do cenário artístico-literário nacional e Palavras-Chave: Cinema
internacional. Notas de resumo:
Autores Citados: BARBOSA, Rui; JOUVET, Muitas pessoas vão ao cinema apenas por diversão.
Louis; MOLIÈRE, (Pseud. de Jean Baptiste O cinema é uma arte autônoma, que apesar de
Poquelin); MUND JR., Hugo; TCHEKHOV, Anton contar com a ajuda de todas as artes nasscidas antes
Pavlovitch; dela, não é subserviente a nenhuma. É uma arte
Iconografias: contemporânea, não só para o movimento como
Ilustração: Desenho de Hugo Mund Jr. para o intimismo. Entretanto, existem cinéfilos,
* cineastas e "cine-asnos".
SUL. . Sul, v.5, n°.15, mar. 1952, p.0. Autores Citados: CHAPLIN, Charles;
Vocabulário controlado: CAPA CHARENSOL, Georges; COCTEAU, Jean;
Iconografias: DIETRICH, Marlene; GABLE, Clark; FRANCE,
Ilustração: Júlio Pomar - Desenho numa parede - Anatole; GALSWORTHY, John; GRIFFITH,
Mosaico David L. Wark; NOBRE, Roberto; PAGNOL,
* Marcel; PIRANDELLO, Luigi; SHAW, Bernard;
SUL. sem título. Sul, v.5, n°.15, mar. 1952, p.1. VIDOR, King; WELLES, Orson;
114

* 17. É um dos pintores mais representativos de


SILVA FILHO, Antônio. Evolução cinematográfica. Lisboa.
Sul, v.5, n°.15, mar. 1952, p.13-15. *
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura DUARTE, José Afranio Moreira. A espera. Sul, v.5,
Palavras-Chave: Cinema; História n°.15, mar. 1952, p.32-34.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: FICÇÃO
O cinema possui seu próprio e inegável meio de Palavras-Chave: Conto; Ficção; Literatura
expressão. Su alinguagem pode adquirir contornos *
originais, sem sofrer as influências marcantes de SOUZA, J.P. Silveira de. O lobishomem. Sul, v.5,
outras realizações artísticas. A expressão da imagem n°.15, mar. 1952, p.35-39.
pura é rica de formas e pode prescindir de elementos Vocabulário controlado: FICÇÃO
estranhos. O filme de verdadeira personalidade Palavras-Chave: Conto; Ficção; Literatura
tende a afastar-se da literatura e do teatro.
*
Autores Citados: BRAGAGLIA, Anton Giulio; MALHEIROS JR., Odílio. Desastre. Sul, v.5,
CLAIR, René; CHAPLIN, Charles; DULAC, n°.15, mar. 1952, p.40-41.
Germaine; DELLUC, Louis; DREYER, Carl; Vocabulário controlado: FICÇÃO
GRIFFITH, David L. Wark; EISENSTEIN, Sergei Palavras-Chave: Conto; Ficção; Literatura
M.; L'HERBIER, Marcel; POUDOVKINE,
*
Vsevolod I.; MILLE, Cecil B. de De; VIDOR,
DANTAS, Nataniel. A quatro paredes. Sul, v.5,
King; WIENE, Robert;
n°.15, mar. 1952, p.42-46.
*
Vocabulário controlado: FICÇÃO
MONTEIRO, Rui. O cinema na educação. Breves
Palavras-Chave: Conto; Ficção; Literatura
considerações. Sul, v.5, n°.15, mar. 1952, p.16-19.
*
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
SUL. CORRÊA, Ruy Brand; PERUFFO, Italino;
Palavras-Chave: Cinema; Educação; História
ROSA, Vitoriano. Notas & comentários. Sul, v.5,
Notas de resumo:
n°.15, mar. 1952,
Na história do cinema se podem estabelecer três
Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
fases distintas; A primeira fase é das lanternas
Palavras-Chave: Arte gráfica; Artes plásticas;
máfgicas e do fantoscópio, entre outras tentativas.
Conto; Literatura; Pintura; Teatro
Em seguida veio a exploração comercial. Previa-se
Notas de resumo:
que a era do cine-drama passaria e no lugar dela
Morre Galeão Coutinho. Fundação da Sociedade
viesse a era do cine-educação.
Paulista de Teatro. O neo-realismo literário
Autores Citados: EDISON, Thomas Alva; português. V Salão de Artes Plásticas do Rio
LUMIÈRE; ROBERTSON, Cliff; Grande. Exposição do pintor Martinho de Haro não
* tem data. Visita da escritora Leda Barreto. Dia dos
ANDRADE, Eugênio; COSTA, Gonçalves da;
Autores Citados: BARRETO, Leda; COUTINHO,
JACINTO, Antônio; PALADINO, Antônio;
Galeão; FERREIRA, Vergílio; GOLDONI, Carlo;
PIRES, Aníbal Nunes;
HARO, Martinho de; HUGO, Victor; KOETZ,
PONTES, José Couto Vieira; SILVA, Walmor
Edgard; PIRES, José Cardoso; REDOL, Alves;
Cardoso da; VIERA, Blanca Terra. Poemas. Sul,
v.5, n°.15, mar. 1952, Iconografias:
Ilustração: "Terra", composição de Hugo Mund Jr.
Vocabulário controlado: POEMA(S)
*
Palavras-Chave: Literatura; Poesia . Solidão e amargura. Sul, v.5, n°.15, mar. 1952,
Iconografias: p.53.
Reprodução: Igreja do Rosário, tela de Clara Conti Vocabulário controlado: FICÇÃO
Reprodução: Tela de Edgar Koetz Palavras-Chave: Conto; Ficção; Literatura
*
*
. Notas breves. Artistas portugueses - I - Júlio
MALHEIROS, Eglê. Reportagem sobre o IV
Pomar. Sul, v.5, n°.15, mar. 1952, p.31.
Congresso Brasileiro de Escritores. Realizado em
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Porto Alegre (RS). Sul, v.5, n°.15, mar. 1952,
Nome pessoal como assunto: POMAR, Júlio
p.54-66.
Palavras-Chave: Arte; Pintura; Portugal
Notas de resumo: Vocabulário controlado: REPORTAGEM -
Júlio Pomar tem 25 anos em 1951, e expõe desde os Literatura
115

Palavras-Chave: Literatura Palavras-Chave: Crítica; Poesia


Notas de resumo: Notas de resumo:
IV Congresso Brasileiro de Escritores em Porto Eglê Malheiros escreve sobre o livro Novos poemas,
Alegre, 25 a 30 de setembro de 1951. Reportagem de Lila Ripoll, a qual considera ter uma "visão
de Eglê malheiros contendo a íntegra do discurso do revolucionária".
encerramento de Graciliano Ramos, a Declaração de Autores Citados: ELUARD, Paul; GUILLÉN,
Princípios e Resoluções, e depoimentos de Nicolas; HIKMET, Nazim; NERUDA, Pablo;
delegados de outros Estados. RIPOLL, Lila;
Autores Citados: RAMOS, Graciliano; *
Iconografias: SOUZA, J.P. Silveira de. Inflação do conto. Sul,
Foto: "Mural", Centro de Puericultura, v.5, n°.16, jun. 1952, p.10-11.
Florianópolis, por Maertinho de Haro. Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
* Nome pessoal como assunto: CONDÉ, José
HARO, Martinho de. . Sul, v.5, n°.16, jun. 1952, Palavras-Chave: Conto; Literatura
p.0. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: CAPA Resenha sobre "Histórias da cidade morta", de José
Iconografias: Condé. Silveira de Souza, que aponta "falta de
Ilustração: Desenho: Casa de Vitor Meireles, por naturalidade" no estilo de Condé, considera também
Martinho de Haro. que o conto, em geral, estaria para desbancar a
* poesia em termos de quantidade de produção.
MIGUEL, Salim. "Semana de arte moderna". Sul, Autores Citados: CONDÉ, José;
v.5, n°.16, jun. 1952, p.1-2/48. *
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura GÓSS, Nereu. Walt Disney. gênio?. Sul, v.5, n°.16,
Palavras-Chave: Arte; Década de 20; Literatura; jun. 1952, p.12-14.
Modernismo Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Notas de resumo: Nome pessoal como assunto: DISNEY, Walter Elias
Os trinta anos e a importância da Semana de Arte Palavras-Chave: Cinema
Moderna, um evento "com falhas, erros clamorosos, Notas de resumo:
infantilidades, feito eminentemente com um sentido Nereu Góss fala e desenha sobre Walt Disney,
destrutivo, sem uma base estabilizada, chamado de "o Cecil B. DeMille do desenho
improvisado". A conferência de Mário de Andrade animado".
no Itamarati, em 1942, onde faz uma "mea-culpa." Autores Citados: DURST, Walter George; MILLE,
Autores Citados: ALMEIDA, Manuel Antônio de; Cecil B. de De; NOBRE, Roberto; SOUTO,
AMADO, Jorge; ANDRADE, Mário de; Gilberto;
ANDRADE, Oswald de; Iconografias:
ARANHA, Graça; APOLLINAIRE, Guillaume; Ilustração: Composição de Hugo Mund Jr.
BANDEIRA, Manuel; ASSIS, Machado de; Ilustração: Desenho de Nereu Góss sobre foto de
BARRETO, Lima; Nestor Nadruz
CENDRARS, Blaise; CUNHA, Euclides da; *
GORKI, Máximo; JACOB, Max; MACEDO, SILVA FILHO, Antônio. Conteúdo no cinema. Sul,
Joaquim Manoel de; POMPÉIA, Raul; v.5, n°.16, jun. 1952, p.15-17.
SALGADO, Plínio; Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
* Palavras-Chave: Cinema
ANDRADE, Mário de. Movimento modernista. Sul, Notas de resumo:
v.5, n°.16, jun. 1952, p.3-4. Panorama do cinema da época pelo portoalegrense
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura Antônio da Silva Filho. Na época acabava de estrear
"Monsieur Verdoux", último longa de Charlie
Palavras-Chave: Arte; Literatura; Modernismo
Chaplin. O autor também fala do neo-realismo, o
Notas de resumo:
semi-documentário e dos "inimigos do cinema de
Conferência realizada no Itamaraty em 1942 por
conteúdo".
Mário de Andrade.
* Autores Citados: CHAPLIN, Charles;
MALHEIROS, Eglê. Um nome tão simples. Sul, HATHAWAY, Henry; LANG, Fritz; ROSSELINI,
v.5, n°.16, jun. 1952, p.5-9. Roberto; WELLES, Orson;
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura *
116

AYALA, Walmir; DANTAS, Nataniel; GAMA, d'Espaux, Eglê Malheiros, Italino Peruffo (às vezes
Sebastião da; MARQUES, Rodrigues; PAVIA, um autor fala sobre o trabalho do outro, ou não), e
Cristovam; PALADINO, coletivamente pela Revista.
Antônio; PIRES, Aníbal Nunes; SILVA, Walmor Autores Citados: ARANHA, Oswaldo; FAST,
Cardoso da. Poesia. Sul, v.5, n°.16, jun. 1952, Harward; GAMA, Sebastião da; HUGO, Victor;
p.18-30. KOETZ, Edgard; LOBATO, Monteiro;
Vocabulário controlado: POEMA(S) MALHEIROS, Eglê; MIGUEL, Salim; REBELO,
Palavras-Chave: Poema épico; Poesia Marques; SHAW, Bernard; SOUZA, Cruz e;
Notas de resumo: VINCI, Leonardo Da;
Poemas de Aníbal Nunes Pires, Walmor Cardoso da Iconografias:
Silva, Antonio Paladino, Walmir Ayala, Mário Mota, Reprodução: Capa do livro Velhice de Salim Miguel
Augusto dos Santos Abranches, Sebastião da Gama, Reprodução: Capa do livro Idade 21 de Walmor
Cristovam Pavia, Rodrigues Marques, Nataniel Cardoso da Silva
Dantas, Carlos Banks. *
Iconografias: BOOS JR., Adolfo; MIGUEL, Salim; SASSI,
Ilustração: Martinho de Haro Guido Wilmar. Contistas novos de Santa Catarina.
* Sul, v.5, n°.16, jun.
CORRÊA, Ruy Brand. O famoso "Teatro Brasileiro 1952, p.49-64.
de Comédia". Sul, v.5, n°.16, jun. 1952, p.31-35. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Palavras-Chave: Conto; Literatura
Palavras-Chave: Arte; Teatro Notas de resumo:
Notas de resumo: Três contos de três contistas catarinenses: Adolfo
Crítica sobre o Teatro Brasileiro de Comédia de São Boos Jr., Salim Miguel e Guido Wilmar Sassi.
Paulo, sobre os quais o autor faz "graves restrições" *
devido ao "estrelismo", ao mesmo tempo em que SULE, Guilherme. O conto estrangeiro. Sul, v.5,
afirma ter "um elenco soberbo e técnicos quase n°.16, jun. 1952, p.65-69.
perfeitos". Vocabulário controlado: FICÇÃO
Autores Citados: ALMEIDA, Abílio Pereira de; Palavras-Chave: Conto
AUTRAN, Paulo; BENEDETTI, Lúcia; Notas de resumo:
CARDOSO, Sérgio; CELI, Adolfo; DUMAS Conto A Traviata, pelo português Guilherme Sule,
FILHO, Alexandre; FERREIRA, Bibi; GOLDONI, escrito em Lisboa, 1951.
Carlo; GORKI, Máximo; MACHADO, Lourival Iconografias:
Gomes; MIRANDA, Edgard Rocha; NICOL, Ilustração: de Costa Pinheiro
Madalena; NOBRE, Roberto; O'NEILL, Eugène; *
PIRANDELLO, Luigi; PRADO, Clô; SAMPAIO, SUL. Sobre o Museu de Arte Moderna de
Silveira; SARTRE, Jean-Paul; TCHEKHOV, Anton Florianópolis. Sul, v.5, n°.16, jun. 1952, p.70-81.
Pavlovitch; Vocabulário controlado: REPORTAGEM
Iconografias: Palavras-Chave: Arte; Escultura; Museu
Foto: Uma cena de "Ralé", de Gorki, com Notas de resumo:
Ziembinski e Elizaberth Dossiê contendo histórico, finalidades, acervo e
Foto: Cenário de Sérgio Cardoso para "O inventor atividades do Museu de Arte Moderna de
do Cavalo", de Campanile Florianópolis, e depoimento do fundador Marques
Reprodução: Lavadeiras do rio - Linoleogravura de Rebelo. O texto não é creditado a nenhum autor.
E. Koetz Autores Citados: BARROS, Adhemar de; HARO,
* Martinho de; REBELO, Marques;
SUL. Notas & comentários. Sul, v.5, n°.16, jun. Iconografias:
1952, p.35-48. Ilustração: de O. Goeldi
Vocabulário controlado: INFORME Ilustração: Desenho de Aldari Toledo
Palavras-Chave: Arte; Conto; Livros; Poesia; Reprodução: Pintura Pan, de Aldemir Martins
Teatro Ilustração: Vino Rosso, por Petorutti
Notas de resumo: Foto: Vista parcial do Museu e autoridades
Notas sobre livros, autores, cursos e espetáculos, Reprodução: Retrato de Marina, de Panceti
assinados por Salim Miguel, Silveira de Sousa, *
Marques Rebêlo, Sebastião da Gama, Matilde SUL. . Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.0.
117

Vocabulário controlado: CAPA *


Iconografias: SILVA FILHO, Antônio. O cinema e outras artes.
Ilustração: Desenho de Hugo Mund Jr. Sobre tema Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.14-16.
da cerâmica popular catarinense Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
* Palavras-Chave: Cinema
SUL. . Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.1. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: EDITORIAL O cinema pode ser simplesmente cinema, arte
Palavras-Chave: Editor autônoma, com argumento escrito exclusivamente
Notas de resumo: para a sua mais pura manifestação. E também pode
Falta de recursos para publicar a revista. Comuta ser vulgarizador, tornando-se veículo educativo e
com escritores de outros países. Publicação de cultural. O filme sobre arte perde autonomia, mas
autores estreantes em quase não deve perder a sua personalidade só pelo motivo
todas as edições. Dificuldade de conseguir anúncios. de servir a outro elemento. Sua linguagem própria é
obrigada a cooperar na exposição.
*
MIGUEL, Salim. Conversa com o escultor Moacir Autores Citados: BARRETO, Lima; DUCA, Lo;
Fernandes. Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.3-8. EISENSTEIN, Sergei M.; LEGER, Fernand;
Vocabulário controlado: ENTREVISTA MAILLOL; MATISSE, Henri; OLIVIER,
Nome pessoal como assunto: FERNANDES, Lawrence; PORTINARI, Candido; POWELL,
Moacir Michael; PRESSBURGER, Emeric; RESNAIS,
Palavras-Chave: Arquitetura; Arte; Escultura; Alain; SHAKESPEARE, William;
Literatura; Museu *
Notas de resumo: MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. A música
Salim Miguel conversa com Moacir Fernandes de folclórica e uma peça de teatro. Sul, v.5, n°.17, out.
Figueiredo sobre o cenário artístico de 1952, p.17-18.
Florianópolis, o Museu de Arte Moderna, a Revista, Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
num tom bastante familiar. Palavras-Chave: Folclore; Música; Teatro
Autores Citados: AQUINO, Flavio de; Notas de resumo:
BRECHERET, Victor; CRAVO JUNIOR, Mário; O autor do artigo narra o seu processo de
GIORGI, Bruno; HARO, Martinho de; MUND composição para a música de cena de "A sapateira
JR., Hugo; PALADINO, Antônio; REBELO, prodigiosa", peça de Garcia Lorca encenada pelo
Marques; SILVA, Ody Fraga e; Teatro Catarinense de Comédia, e elenca dois
Iconografias: problemas que acarretam a musicalização de uma
Foto: Foto com Moacir Fernandes, não creditada peça.
* Autores Citados: LORCA, Federico García;
NOBRE, Roberto. Atingiu o cinema a maioridade?. SOUZA, J.P. Silveira de; WEILL, Kurt;
Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.9-13. *
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura ABRANCHES, Augusto dos Santos; DANTAS,
Palavras-Chave: Cinema Nataniel; GARASINO, Ana Maria; JACINTO,
Notas de resumo: Antônio; LOPES, Bertina; MALHEIROS, Eglê;
Numa primeira fase, em seu nascimento, o cinema PINTO, Manuel; PIRES, Aníbal Nunes; ROCHA
apenas maravilhou o espectador com a descoberta FILHO, Francisco; SILVA, José Tito;
da máquina. Com a chegada do som, houve a falsa SAAVEDRA, Hetelvina Villanueva y; SILVA,
sugestão de que o cinema se tornaria êmulo do Walmor Cardoso da; VIERA, Blanca Terra;
teatro. E desde o fim da Segunda Guerra, há uma VILLA, Horácio. Poemas. Sul, v.5, n°.17, out.
crise. 1952, p.19-34.
Autores Citados: ASQUITH, Anthony; ASSIS, Vocabulário controlado: POEMA(S)
Machado de; AUTANT-LARA, Claude; BROWN, Palavras-Chave: Poesia
Clawrence; FAULKNER, William; CLAIR, René; Iconografias:
FLAUBERT, Gustave; FERNANDEZ, Emílio; Ilustração: Florianópolis, desenho de Van Rogger
GRIFFITH, David L. Wark; FRANCE, Anatole; *
LANG, Fritz; MELIÈS, Georges; MURNAU, PELUSO JR., Victor A.. A Semana de Arte Moderna
Friedrich W.; QUEIROZ, Eça de; ROSSELINI, de 1922. Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.35-36.
Roberto; STEINBECK, John; TOLSTÓI, Leon; Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura
WIENE, Robert; Palavras-Chave: Artes plásticas; Década de 20;
118

Escultura; Literatura; Pintura; Semana de Arte Catarina. Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.55-56.
Moderna Vocabulário controlado: APRESENTAÇÃO -
Notas de resumo: Literatura
Exposição retrospectiva em comemoração aos 30 Palavras-Chave: Conto
anos da Semana da Arte Moderna de 1922, em São Autores Citados: FARIAS, Marcos de;
Paulo. A exposição das telas e esculturas de 1922 dá PALADINO, Antônio; PENHA, Silveira da;
a justa medida do apego à tradição que vigorava SOUZA, J.P. Silveira de;
naquela época. Em 1952, causa-nos espanto que *
aquelas produções tenham produzido tal escândalo. PALADINO, Antônio. Si ele encontrasse o
Autores Citados: AITA, Zina; AMARAL, Tarsila Zequinha. Sul, v.5, n°.17, out. 1952, p.57-60.
do; BRECHERET, Victor; CAVALCANTI, Di; Vocabulário controlado: FICÇÃO
CONSTABLE; MALFATTI, Anita; MILLIET, Palavras-Chave: Conto
Sérgio; MONTEIRO, Rego; SEGALL, Lasar; *
* FARIAS, Marcos de. Medo. Sul, v.5, n°.17, out.
CAMPOS, Octávio Rodrigues de; MALHEIROS, 1952, p.61-62.
Eglê; MIGUEL, Salim; OVIEDO, Nélida Aurora. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Notas & Comentários. Sul, v.5, n°.17, out. 1952, Palavras-Chave: Conto
p.37-51. *
Vocabulário controlado: INFORME PENHA, Silveira da. Saudades do morto. Sul, v.5,
Palavras-Chave: Artes plásticas; Literatura; Teatro n°.17, out. 1952, p.63-70.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: FICÇÃO
Exposição de Martinho de Haro, Edições e Palavras-Chave: Conto
Cadernos Sul, Breves palavras sobre Gomes Leal, *
Temporada artística de Rosário, Antônio Paladino, SOUZA, J.P. Silveira de. Busca. Sul, v.5, n°.17,
Crítica do livro de Salim Miguel no Jornal A Razão out. 1952, p.71-74.
(SP), Apelo de Gabriela Mistral, Resposta de Vocabulário controlado: FICÇÃO
intelectuais brasileiros, Livro de poemas "Sombras" Palavras-Chave: Conto
de Renato Ribeiro (Portugal), Visitas de artistas *
gaúchos, Livro de contos SUL. MUND JR., Hugo. . Sul, v.5, n°.18, dez.
"A porta fechada" de Rogério de Freitas, Os 1952, p.0.
Cadernos de Cultura, "Pequena Bibliografia Crítica Vocabulário controlado: CAPA
da Literatura Brasileira" de O.M. Carpeaux, 1º Palavras-Chave: Imagem
Congresso Nacional de Cinema Brasileiro,
Iconografias:
Ressurgimento do TECAM.
Ilustração: "A construção", de Hugo Mund Jr.
Autores Citados: ANDRADE, Carlos Drummond *
de; BARRETO, Lima; CAMPOS, Paulo Mendes; SUL. . Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.1.
CANDIDO, Antonio; CARPEAUX, Otto Maria; Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
CORREIA, Raimundo; HARO, Martinho de; IVO, Palavras-Chave: Editor
Lêdo; LEAL, Gomes; LEAL, José Simeão; Notas de resumo:
LISPECTOR, Clarice; MEIRELES, Cecília; Agradecimentos aos colaboradores quando
MELO NETO, João Cabral de; MISTRAL, completado mais um ano de publicação, dezembro
Gabriela; NAMORA, Fernando; PALADINO, 1952.
Antônio; PICCHIA, Menotti del; SCLIAR, Carlos;
*
SILVA, Ody Fraga e; SOUZA, J.P. Silveira
SUL. Entrevistando o crítico Nereu Corrêa. Sul,
Iconografias: v.5, n°.18, dez. 1952, p.3-7.
Ilustração: Desenho de Martinho de Haro Vocabulário controlado: ENTREVISTA - Literatura
* Palavras-Chave: Conto; Crítica; Ficção; Poesia;
SANTOS, Luís Eduardo dos. Memorial descritivo Romance
da Maternidade da APMIT. Sul, v.5, n°.17, out. Notas de resumo:
1952, p.52-54. Nereu Corrêa, crítico literário natural de Tubarão,
Vocabulário controlado: INFORME lança o primeiro livro, "Temas do nosso tempo", e
Palavras-Chave: Arquitetura fala sobre sua formação, Machado de Assis, o
* centenário de "Memórias de um Sargento de
MIGUEL, Salim. Contistas novos de Santa Milícias", e cinquentenário de "Os sertões" e
119

"Chanaan", predominância da prosa sobre a poesia, Palavras-Chave: Conto; Crítica


literatura catarinense, e a sua própria experiência na Notas de resumo:
ficção. A dualidade mítica-experimental ou mítica-poética
Autores Citados: ASSIS, Machado de; BALZAC, do conto serve como ponto de partida para uma
Honoré de; CUNHA, Euclides da; BANDEIRA, análise de "Velhice e outros contos", de Salim
Manuel; DUMAS, Alexandre; HUGO, Victor; Miguel, por Augusto dos Santos Abranches. "Para
MAUPASSANT, Guy de; JOYCE, James; Salim Miguel, a ação exerce-se e desenvolve-se
MEIRELES, Cecília; NIETZSCHE, Friedrich; devido à presença da causa e não por necessário de
QUEIROZ, Eça de; RAMOS, Graciliano; ROSA, efeito ou conclusão-chave".
Guimarães; SCHOPENHAUER, Arthur; Autores Citados: FONSECA, Branquinho da;
VOLTAIRE, François; ZEVACO, Michel; ZOLA, HEMINGWAY, Ernest Miller; MAUPASSANT,
Émile; Guy de; MIGUEL, Salim; SAROYAN, William;
Iconografias: TCHEKHOV, Anton Pavlovitch; TORGA, Miguel;
Ilustração: Nereu Corrêa num desenho do pintor Iconografias:
Martinho de Haro Ilustração: de Augusto dos Santos Abranches
* *
MIGUEL, Salim. Nota sobre Graciliano Ramos. SILVA FILHO, Antônio. Literatura de cinema. Sul,
Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.8-11. v.5, n°.18, dez. 1952, p.18-20.
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
Palavras-Chave: Crítica; Literatura Palavras-Chave: Cinema; Crítica
Notas de resumo: Notas de resumo:
Depoimento sobre a obra de Graciliano Ramos em Panorama da crítica cinematográfica no Brasil: anda
seu aniversário de 60 anos. É considerado o maior de acordo com a indústria cinematográfica,
escritor contemporâneo do Brasil pelo articulista restringe-se a movimentos isolados que não chegam
Salim Miguel, que ainda destaca os personagens a se estender. Faltam-nos os livros, devido às
"desajustados, cheios de complexos e recalques de precárias condições sociais e econômicas, e as
'Angústia' e 'São Bernardo', os simples e ingênuos poucas obras existentes são inacessíveis aos
de 'Vidas secas' e os irônicos, desiluduidos de estudiosos.
'Caetês'". Autores Citados: BARCELLOS, Hugo; FARIA,
Autores Citados: ASSIS, Machado de; RAMOS, Octávio de; MORAES, Tiago; MORAES, Vinícius
Graciliano; de; OLIVIER, Lawrence; PAIVA, Salvyano
Iconografias: Cavalcanti de; PUDOVKIN, V. I.; SADOUL,
Ilustração: De Yllen Kerr. Georges; VIANNA, Antônio Moniz; VIANY, Alex;
* *
CAMPOS, Octávio Rodrigues de. Poetisa do SUL. MALHEIROS, Eglê; OVIEDO, Nélida
amor.... Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.12-14. Aurora; PALADINO, Antônio; PIRES, Aníbal
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Nunes; SILVA, José Tito; SILVA, Walmor Cardoso
Nome pessoal como assunto: ESPANCA, Florbela da; SOUSA, Noêmia de; TOZZI, Cesar. Poesia.
Palavras-Chave: Crítica; Poesia Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.21-32.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: POEMA(S)
Nota biográfica e apreciação da obra de Florbela Palavras-Chave: Poesia
Espanca. O autor Octavio Rodrigues de Campos Notas de resumo:
pondera que em Florbela "o amor toma forma Poemas de Antônio Paladino, Walmor Cardoso da
exóticas, estranhas, com um vago sabor oriental, Silva, José Tito Silva, Aníbal Nunes Pires, Eglê
febril, dinâmico". Malheiros, Cesar Tozzi, Paulo Henrique d'Eça Leal,
Autores Citados: DAVID, Celestino; ESPANCA, Noémia de Sousa, Humberto da Silvan, Lourenço
Florbela; RAMEAU, Jean-Philippe; SENA, Jorge Marques, Lalita Brandon, Nélida Aurera Oviedo.
de; Iconografias:
Iconografias: Ilustração: de Moacir Fernandes
Ilustração: De Maria Liberata Campos. *
* SUL. Notas & Comentários. Sul, v.5, n°.18, dez.
ABRANCHES, Augusto dos Santos. O conto e seus 1952, p.33-41.
caminhos. Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.15-17. Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura Palavras-Chave: Arte; Cinema; Conto; Literatura;
120

Poesia; Política; Teatro Iconografias:


Notas de resumo: Ilustração: de O. Goeldi
Notas assinadas por Salim Miguel, Eglê Malheiros, *
Walmor Cardoso da Silva, Guido Wilmar Sassi, HARO, Martinho de. . Sul, v.6, n°.19, mar. 1953,
Mário Pedrosa, Sérgio Milliet, Augusto Meyer. p.0.
Autores Citados: CAMPOS, Geir; CAPRA, Frank; Vocabulário controlado: CAPA
ELUARD, Paul; GARBO, Greta; GRIFFITH, Palavras-Chave: Arte gráfica
David L. Wark; JUNQUEIRO, Guerra; LLOYD, Iconografias:
Harold; MARX, Karl; MURNAU, Friedrich W.; Ilustração: Desenho de Graciliano Ramos por
RIMBAUD, Arthur; Martinho de Haro
* *
POMAR, Júlio. Artistas portugueses II - Lima de MIGUEL, Salim. Lembrança de Graciliano. Sul,
Freitas. Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.43-44. v.6, n°.19, mar. 1953, p.1-6.
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura
Palavras-Chave: Pintura; Portugal Nome pessoal como assunto: RAMOS, Graciliano
Notas de resumo: Palavras-Chave: Crônica; Literatura
Texto crítico sobre o pintor português Lima de Notas de resumo:
Freitas, cuja obra possui uma vasta gama de Obituário e recordações de Graciliano Ramos
emoções, vistas no tratamento dos temas dramáticos quando esteve em Florianópolis, por Salim Miguel.
ou heróicos e nas cenas íntimas, dos amantes jovens, Graciliano morreu em 20 de março de 1953. Este
do lirismo cândido ou enternecido. editorial ou depoimento tem, pela extensão e beleza,
Autores Citados: FREITAS, Lima de; um cartáter de crônica de não-ficção.
Iconografias: Autores Citados: MAGNO, Paschoal Carlos;
Reprodução: A refeição do operário - óleo sobre RAMOS, Graciliano;
papel - 1948 - Lima de Freitas *
Reprodução: Mulher à janela - óleo sobre papael - ABRANCHES, Augusto dos Santos. Poesia e um
1950 - Lima de Freitas pouco mais. Sul, v.6, n°.19, mar. 1953, p.7-8.
* Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
BRANDÃO, Arnaldo; MUND JR., Hugo; PIRES, Palavras-Chave: Crítica; Poesia
Aníbal Nunes. Contistas novos de Santa Catarina - Notas de resumo:
parte 3. Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.45-59. Resenha do livro "Idade21" de Walmor Cardoso da
Vocabulário controlado: FICÇÃO Silva, publicado quatro anos antes (1949). O
Palavras-Chave: Conto resenhista Augusto dos Santos Abranches considera
Notas de resumo: um livro de poesia lírica, egocentrista, cândida e
Contos de Arnaldo Brandão, O. F. de Melo Filho, sem hermetismos.
Aníbal Nunes Pires e Hugo Mund Jr. Autores Citados: MIGUEL, Salim; MONTEIRO,
Iconografias: Casais; PESSOA, Fernando; VIERA, Blanca Terra;
Ilustração: de João Aires. SILVA, Walmor Cardoso da; WHITMAN, Walt;
* *
TÁVORA, Orlando. O Conto estrangeiro. Sul, v.5, MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Literatura e
n°.18, dez. 1952, p.60-63. folclore. Notas à margem do volume VI da História
Vocabulário controlado: FICÇÃO da Literatura Brasileira. Sul, v.6, n°.19, mar. 1953,
Palavras-Chave: Conto p.9-10.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Conto "Orpheu", de Orlando Távora (Angola) Palavras-Chave: Crítica; Folclore; Literatura
Iconografias: Notas de resumo:
Ilustração: de Santa Rosa Resenha sobre "Literatura oral" de Luiz da Câmara
* Cascudo, Volume VI da História da Literatura
SUL. Um Natal alegre para os filhos dos Brasileira, investigando os pontos de contato entre
comerciários. Sul, v.5, n°.18, dez. 1952, p.64-67. literatura e folclore. Para Cascudo, "folclore é o
Vocabulário controlado: VARIEDADES estudo da mentalidade popular e a literatura oral a
Palavras-Chave: Entretenimento; Teatro sua expressão". Resenha por Osvaldo F. de Melo
Notas de resumo: Filho.
Informe de lazer. Autores Citados: CASCUDO, Luiz da Câmara;
121

RAMOS, Arthur; Notas de resumo:


* Conto de José Afrânio Moreira Duarte (MG).
PELUSO JR., Victor A.. A arte de Mondrian. Sul, *
v.6, n°.19, mar. 1953, p.11-16. MENDONÇA, Aluísio F. de. O soldado de ronda.
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Sul, v.6, n°.19, mar. 1953, p.35-37.
Palavras-Chave: Artes plásticas; Crítica Vocabulário controlado: FICÇÃO
Notas de resumo: Palavras-Chave: Conto; Literatura
Ensaio sobre a obra de Mondrian, por Victor A. Notas de resumo:
Peluso Junior, que considera as obras abstracionistas Conto de Aluízio F. de Mendonça (Natal-RN)
de Mondrian algumas das mais impressionantes, *
pela "completa ausência de qualquer elemento FREITAS, Lima de. Artista Portugueses - III -
inteligível". Seria um "neoplasticismo", um Cipriano Dourado. Sul, v.6, n°.19, mar. 1953,
"abstracionismo decorativo, alcançado através do p.38-40.
cubismo". Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Autores Citados: APOLLINAIRE, Guillaume; Palavras-Chave: Artes plásticas; Crítica
BASTIDE, Roger; BERGSON, Henri; Notas de resumo:
MONDRIAN, Piet; READ, Herbert; VINCI, Apresentação e análise da obra de Cipriano
Leonardo Da; Dourado, artista português que começou na
Iconografias: litogravura e depois passou para a pintura a óleo.
Reprodução: Broadway Boogie Woogie - de Piet Por Lima de Freitas.
Mondrian, segundo reprodução de J. Fernandes. Autores Citados: READ, Herbert;
Ilustração: Leda, de Leonardo Da Vinci, com as Iconografias:
linhas de análise feitas por Funck-Hellet. Desenho Ilustração: Desenho de Cipriano Dourado
de M. Coelho. *
* SOARES, Doralécio. Bairrismo pitoresco. Sul, v.6,
CRUZ, Viriato da; MALHEIROS, Eglê; n°.19, mar. 1953, p.41-42.
MARQUES, Rodrigues; PALADINO, Antônio; Vocabulário controlado: FICÇÃO
PINTO, Manuel; SILVA, Walmor Cardoso da. Palavras-Chave: Crônica; Literatura
Poemas. Sul, v.6, n°.19, mar. 1953, p.17-25. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: POEMA(S) Crônica de Doralécio Soares.
Palavras-Chave: Literatura; Poesia *
Notas de resumo: SUL. ABRANCHES, Augusto dos Santos;
Poemas de Eglê Malheiros, Antônio Paladino, MALHEIROS, Eglê; MIGUEL, Salim; PERUFFO,
Walmor Cardoso da Silva, Nidoval Reis, Rodrigues Italino; SILVA FILHO, Antônio; SILVA, Walmor
Marques, Nuno Miranda, Manuel Pinto, Viriato da Cardoso da. Notas & comentários. Sul, v.6, n°.19,
Cruz, Francisco José Terneiro. mar. 1953, p.43-52.
Iconografias: Vocabulário controlado: INFORME - Literatura
Ilustração: Desenho de Luís E. Santos Palavras-Chave: Arte; Cinema; Conto; Ensaio;
* Literatura; Música; Poesia; Romance
SIMÕES JÚNIOR, Antônio. Capítulo do romance Notas de resumo:
"Retalhos da vida cotidiana" (inédito). Sul, v.6, Notas do cenário artístico-literário nacional e
n°.19, mar. 1953, p.26- internacional, por Italino Perufo, Geraldo Sobral,
Vocabulário controlado: FICÇÃO Antônio da Silva Filho, Augusto dos Santos
Palavras-Chave: Literatura; Romance Abranches, Walmor Cardoso da Silva.
Notas de resumo: Autores Citados: ANDRADE, Carlos Drummond
Capítulo do romance "Retalhos da vida cotidiana" de; ANDRADE, Mário de; CRUZ, Oswaldo;
(inédito), de Antônio Simões Júnior. DISNEY, Walter Elias; ELUARD, Paul; GIDE,
Iconografias: André; LAWRENCE, D. H.; MANSFIELD,
Ilustração: Desenho de Bertina Lopes. Katherine; MAUPASSANT, Guy de; NAMORA,
* Fernando; PROKOFIEV, Sergei; RILKE, Rainer
DUARTE, José Afranio Moreira. O Quimono. Sul, Maria; STEINER, Max;
v.6, n°.19, mar. 1953, p.31-34. Iconografias:
Vocabulário controlado: FICÇÃO Publicidade: Cartaz para o I Festival de Arte e
Palavras-Chave: Conto; Literatura
122

Música de Bento Gonçalves *


* SIMÕES JÚNIOR, Antônio. Breves notas sobre
SUL. . Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, p.0. literatura Algarvia. A propósito dos dois últimos
Vocabulário controlado: CAPA livros de A. Vicente
Iconografias: Campinas. Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, p.9-11.
Ilustração: "Tipo popular das feiras da Bahia", Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
desenho de Alberto Ramagem Palavras-Chave: Crítica; Literatura
* Notas de resumo:
SUL. (sem título). Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, p.1. As terras do sul de Portugal, os Algarves, último
Vocabulário controlado: EDITORIAL reduto do reino árabe, são erroneamente conhecidas
Palavras-Chave: Editor por sua exígua literatura como terras de sonho e
Notas de resumo: lendas, resíduos do paraíso islamita perdido para os
Editorial sobre a sinceridade da revista, que segundo reis mouros. Não obstante essa realidade desoladora,
o editor não é vaidosa, nem modesta; e sobre o o Algarve oferece os mais acentuados contrastes de
alcance que as edições vêm tendo, nacional e paisagem humana e miséria social, onde tanto o
internacionalmente, ainda que em pequenas escritor como o poeta podem se inspirar para a
proporções. feição de sua obra.
* Autores Citados: ALEIXO, Antonio; ALGARVE,
MIGUEL, Salim. Literatura hispano-americana. Marcos; BRANDÃO, Raul; CAMPINAS, A.
Apontamentos para um estudo. Sul, v.6, n°.20, ago. Vicente; GOMES, Teixeira; GUERREIRO,
1953, p.3-5. Cândido; KEIL, Maria; LÚCIO, João;
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura NASCIMENTO, Manuel; NERUDA, Pablo;
Palavras-Chave: América Latina; Literatura; PASSOS,
Romance *
Notas de resumo: SILVA, Ody Fraga e. Chaplin e a saga do Homem.
A literatura hispano-americana é pouco ou nada Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, p.12-14.
conhecvida no Brasil, segundo Salim Miguel, que Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
apresenta e faz uma breve análise dos livros "El rio Nome pessoal como assunto: CHAPLIN, Charles
oscuro" (Varela), "Los aventados" (Manaúta), Palavras-Chave: Cinema; Crítica
"Fronteras al viento" (Gravina), "Huasipungo" Notas de resumo:
(Icaza), "O cavalo e a sombra dele" (Amorim), Os valores estéticos de Chaplin estabelecem uma
"Grande e estranho é o mundo" (Alegria), "Doña linguagem cinematográfica funcional. Mantém uma
Barbara" (Gallegos), "La sangre y la esperanza" unidade, superando o academismo e as pesquisas
(Guzman). modernas. Dificilmente poderá deixar escola, pois
Autores Citados: ALEGRIA, Ciro; AMADO, Jorge; sua obra não pode ser desprendida da sua
AMORIM, Enrique; GALLEGOS, Rómulo; personalidade. É político e revolucionário como
GRAVINA, Alfredo D.; GUZMAN, Nicomedes; todo artista de boa estirpe. Não é partidário; é
ICAZA, Jorge; MANAÚTA, Juan José; político porque politizante.
QUEIRÓS, Eça de; RAMOS, Graciliano; REGO, Autores Citados: SICA, Vittorio de;
José Lins do; REBELO, Marques; VARELA, *
Alfredo; SILVA FILHO, Antônio. O cangaceiro. Sul, v.6,
* n°.20, ago. 1953, p.15-16.
ABRANCHES, Augusto dos Santos. Motivo e Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
circunstância da poesia. Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, Nome pessoal como assunto: BARRETO, Lima
p.6-8. Palavras-Chave: Cinema; Crítica
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura Notas de resumo:
Nome pessoal como assunto: MALHEIROS, Eglê Premiado no Festival de Cannes como o melhor
Palavras-Chave: Crítica; Literatura; Poesia filme de aventura e com menção especial para a
Notas de resumo: trilha sonora, "O Cangaceiro", produção da
Poesia é uma forma, um meio de tomarposição e Companhia Vera Cruz, dirigido por Lima Barreto
adquirir sentido, como qualquer outro. A poética da que também é autor da história e do roteiro, tomou
condutibilidade intelectual e sempre humana é o que uma posição destacada entre as películas nacionais
realiza a poesia de Eglê Malheiros, em seu livro recentemente lançadas.
"Manhã". Autores Citados: ALENCAR, José de; BARRETO,
123

Lima; CUNHA, Euclides da; FOWLE, Chick; Notas de resumo:


MIGLIORI, Gabriel; ORICO, Vanja; QUEIROZ, No Brasil, como em todos os demais países do
Rachel de; RIBEIRO, Milton; RUSCHELL, mundo, são contadas muitas histórias de coragem e
Alberto; de valentia. Casos individuais e coletivos, verídicos
* ou fictícios. Em quase todos os Estados, cidades e
MALHEIROS, Eglê; MELLO, Máximus de; lugarejos do Brasil houve época em que
NEVES, Lycio; PALADINO, Antônio; PIRES, predominavam as rivalidades sempre constantes.
Aníbal Nunes; RODRIGUES, Luiz Gonzaga; Em Pernambuco, notadamente no Recife de 40 anos
SILVA, Walmor Cardoso da; SOUZA, Noêmia de; passados, as rivalidades eram muitas e os valentões
VIERA, Blanca Terra. Poesia. Sul, v.6, n°.20, ago. não eram menos.
1953, p.17-26. Autores Citados: BARRETO, Dantas;
Vocabulário controlado: POEMA(S) Iconografias:
Palavras-Chave: Poesia Reprodução: "A farinhada" - painel de Matinho de
Iconografias: Haro
Reprodução: "Trabalhadores dirigindo-se à escola *
noturna", xilogravura de Khu Yuan (coleção novos ABRANCHES, Augusto dos Santos; MELO
gravadores chineses) FILHO, Osvaldo Ferreira de; MIGUEL, Salim;
* NEVES, Lycio. Notas & comentários. Sul, v.6,
BOOS JR., Adolfo. Teodora. Sul, v.6, n°.20, ago. n°.20, ago. 1953, p.52-61.
1953, p.27-28. Vocabulário controlado: INFORME
Vocabulário controlado: FICÇÃO Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura; Teatro
Palavras-Chave: Conto Notas de resumo:
* Notas sobre Literatura e Artes em geral, abrangendo
SOUZA, J.P. Silveira de. Negócio. Sul, v.6, n°.20, desde Florianópolis até Portugal e Moçambique,
ago. 1953, p.29-30. passando por vários Estados do Nordeste.
Vocabulário controlado: FICÇÃO Autores Citados: BENEVIDES, Artur Eduardo;
Palavras-Chave: Conto CAVALCANTI, Alberto; CARNÉ, Marcel;
* DUVIVIER, Julien; GORKI, Máximo;
PENHA, Silveira da. Descrença. Sul, v.6, n°.20, EISENSTEIN, Sergei M.; GRACIANO, Clovis;
ago. 1953, p.31-35. KATZ, Renina; MARTINS, Manuel; PUDOVKIN,
Vocabulário controlado: FICÇÃO V. I.; REDOL, Alves; VERLAINE, Paul;
Palavras-Chave: Conto Iconografias:
* Ilustração: O escultor Bruno Giorgi num desenho de
MATTOS, Wânio José de. Pacífico. Sul, v.6, n°.20, Nereu Góss
ago. 1953, p.36-37. Reprodução: "Perto de Santos", linoleogravura de
Vocabulário controlado: FICÇÃO Itajahy Martins
Palavras-Chave: Conto *
* . A inauguração do jardim de infância Murilo Braga.
SOBRAL, Geraldo. Nem a madrugada nos pertence. Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, p.65-67.
para Geni. Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, p.38-40. Vocabulário controlado: INFORME
Vocabulário controlado: FICÇÃO Palavras-Chave: Publicidade
Palavras-Chave: Conto Notas de resumo:
* Empreendimento oferecido pelo SESC a filhos de
CABRAL, Alexandre. Terra quente. Trecho de comerciários.
novela. Sul, v.6, n°.20, ago. 1953, p.41-45. *
Vocabulário controlado: FICÇÃO SUL. . Sul, v.6, n°.21, dez. 1953, p.0.
Palavras-Chave: Conto Vocabulário controlado: CAPA
* Iconografias:
SOARES, Doralécio. Fatos da História popular do Ilustração: Desenho de Martinho de Haro
Recife. (Valentes e valentões). Sul, v.6, n°.20, ago. *
1953, p.46-51. SILVA, Ody Fraga e. A Ilha, a ponte e o continente.
Vocabulário controlado: ENSAIO - Antropologia Sul, v.6, n°.21, dez. 1953, p.1-3.
Palavras-Chave: Antropologia; Folclore; História Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
*
124

MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Há uma Ferreira de; MIGNONE, Francisco; RAMOS,
Literatura Catarinense?. Sul, v.6, n°.21, dez. 1953, Graciliano; RAMOS, Péricles Eugênio da Silva;
p.3-5. *
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura SILVA FILHO, Antônio. Luzes da ribalta. Sul, v.6,
Palavras-Chave: Literatura n°.21, dez. 1953, p.15-16.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
A partir da leitura do livro de ensaios de Nereu Nome pessoal como assunto: CHAPLIN, Charles
Corrêa "Temas de nosso tempo", Melo Filho reflete Palavras-Chave: Cinema; Crítica
sobre a existência ou não e uma identidade Notas de resumo:
catarinense, resgatando outros documentos como O filme Luzes da Ribalta, de Chaplin, não se insere
uma crônica de H. Muniz no jornal riosulense Nova num gênero de vanguarda nem neo-realista.
Era. Entretanto, representa ainda a simplicidade e o
Autores Citados: CARVALHO, Tito; CORRÊA, gênio da maior figura de cinema da época, e o qual é
Nereu; DELFINO, Luís; FIGUEIREDO, Araújo; capaz de penetrar em todos os meios sociais.
PIAZZA, Valter; SOUZA, Cruz e; VÁRZEA, Autores Citados: COCTEAU, Jean; MILLE, Cecil
Virgílio; B. de De;
* *
ORNELLAS, Manoelito de. "Federico, nuestro NOBRE, Roberto. As "Luzes da ribalta" vistas dos
Federico...". (Fragmentos de um estudo). Sul, v.6, bastidores. Sul, v.6, n°.21, dez. 1953, p.17-19.
n°.21, dez. 1953, p.5-7. Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Vocabulário controlado: REPORTAGEM - Nome pessoal como assunto: CHAPLIN, Charles
Literatura Palavras-Chave: Cinema
Palavras-Chave: Crônica Notas de resumo:
Notas de resumo: A última película de Charlie Chaplin surpreendeu a
Crônica sobre a vida do poeta Federico Garcia crítica em todo o mundo. A hipótese dela representar
Lorca na cidade rural de Fuente Vaqueros, onde ele uma nova atitude estética do grande artista perante o
nasceu. O autor Manoelito Ornellas visitou a cidade cinema, plena de renúncia e transigência, deixou os
para escrever o texto. seus admiradores, os mais sinceros e incondicionais,
Autores Citados: LORCA, Federico García; verdadeiramente perplexos.
* Autores Citados: DIDEROT, Denis;
SIMÕES JÚNIOR, Antônio. Ligeiras divagações *
sobre a obra de Henrique Amorim. Sul, v.6, n°.21, ABRANCHES, Augusto dos Santos; AGUSTINI,
dez. 1953, p.8-11. Delmira; BURNETT, Lago; ESCOBAR, Décio
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Frota; MALHEIROS, Eglê; MAMEDE, Zila;
Nome pessoal como assunto: AMORIM, Enrique OVIEDO, Nélida Aurora; PEIXOTO, Lina Tâmega;
Palavras-Chave: Conto; Crítica; Poesia; Romance PIRES, Aníbal Nunes; SILVA, Walmor Cardoso da;
Notas de resumo: XAVIER, Ermelinda Pereira. Poesia. Sul, v.6,
Resenha sobre a obra do poeta, contista e n°.21, dez. 1953, p.20-32.
romancista argentino Enrique Amorim. Vocabulário controlado: POEMA(S)
Autores Citados: AGOSTI, Hector; GUIRALDES, Palavras-Chave: Poesia
Ricardo; GUTIÉRREZ, Eduardo; *
* RIERJO. Meu amigo Werner. Sul, v.6, n°.21, dez.
SUL. SOUZA, J.P. Silveira de. Teatro infantil. Sul, 1953, p.33-43.
v.6, n°.21, dez. 1953, p.12-15. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura Palavras-Chave: Conto
Palavras-Chave: Literatura; Teatro *
Notas de resumo: MIGUEL, Salim. Serapião. Sul, v.6, n°.21, dez.
A problemática da literatura infantil no Brasil, em 1953, p.44-50.
particular o teatro infantil, gênero quase Vocabulário controlado: FICÇÃO
inexplorado. As contribuições de Palavras-Chave: Conto
Oswald de Andrade Filho para o debate e sua peça *
"O Rei Floquinhos". SASSI, Guido Wilmar. Calor. Sul, v.6, n°.21, dez.
Autores Citados: ANDRADE FILHO, Oswald de; 1953, p.51-59.
LOBATO, Monteiro; MELO FILHO, Osvaldo Vocabulário controlado: FICÇÃO
125

Palavras-Chave: Conto n°.22, jul. 1954, p.7-12.


* Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
SOARES, Doralécio. E eu fui crescendo.... Sul, v.6, Palavras-Chave: Conto; Crítica; Literatura;
n°.21, dez. 1953, p.60-67. Romance; Rússia
Vocabulário controlado: FICÇÃO Notas de resumo:
Palavras-Chave: Conto Salim Miguel apresenta "Piá", o livro de estreia de
* Guido Wilmar Sassi (Edições Sul, 1953); assinala a
ABRANCHES, Augusto dos Santos. O grande passagem do aniversário de 50 anos de morte de
momento. Sul, v.6, n°.21, dez. 1953, p.68-73. Anton Chekov, relembrando suas obras; e o
Vocabulário controlado: FICÇÃO centenário de publicação do romance "Memórias de
Palavras-Chave: Conto um Sargento de Milícias".
* Autores Citados: ALMEIDA, Manuel Antônio de;
CAMPOFIORITO, Quirino; CORRÊA, Glauco CHEKOV, Anton Pavlovich; FLAUBERT, Gustave;
Rodrigues; D'ESPAUX, Matilde; MALHEIROS, GORKI, Máximo; MANSFIELD, Katherine;
Eglê; MENDONÇA, Aluísio F. de; SASSI, Guido MAUGHAM, Somerset; MAUPASSANT, Guy de;
Wilmar. Notas & comentários. Sul, v.6, n°.21, dez. SASSI, Guido Wilmar; STENDHAL; TOLSTÓI,
1953, p.75-87. Leon;
Vocabulário controlado: VARIEDADES *
Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura; CORRÊA, Glauco Rodrigues. Os filmes
Música; Teatro carnavalescos. Sul, v.7, n°.22, jul. 1954, p.13-15.
* Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
SUL. . Sul, v.7, n°.22, jul. 1954, p.0. Palavras-Chave: Cinema; Crítica
Vocabulário controlado: CAPA Notas de resumo:
Filmes carnavalescos constituem uma fonte de renda
Iconografias:
considerável para os produtores e exibidores, mas
Ilustração: "Mastros", desenho de Orlando Ferreira
não deixam de ser obras cinematográficas.
de Melo
* Autores Citados: CAVALCANTI, Alberto;
PIRES, Aníbal Nunes. Lição de Neruda. Sul, v.7, ELIACHAR, Leon; GONZAGA, Adhemar; ILELI,
n°.22, jul. 1954, p.1. Jorge; MACEDO, Watson; ORTIZ, Carlos;
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura OSCARITO; OTELO, Grande; VIANY, Alex;
Nome pessoal como assunto: NERUDA, Pablo *
Notas de resumo: SILVA FILHO, Antônio. Ainda "Luzes da Ribalta".
Editorial-crônica sobre Pablo Neruda. Sul, v.7, n°.22, jul. 1954, p.16-17.
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
*
Nome pessoal como assunto: CHAPLIN, Charles
CORRÊA, Nereu. Introdução. Sul, v.7, n°.22, jul.
Palavras-Chave: Cinema; Crítica
1954, p.3-6.
Notas de resumo:
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
O resenhista aponta as muitas críticas sofridas pelo
Palavras-Chave: Crítica; Literatura
filme "Luzes da Ribalta", de Chaplin, e as rebate,
Notas de resumo:
comparando Carlitos, Calvero e Monsieur Verdoux
Introdução de Nereu Corrêa ao volume "Contistas
aos personagens de Shakespeare.
novos de Santa Catarina", das Edições Sul, 1954.
Para ele dois aspectos são fundamentais na Autores Citados: AUTANT-LARA, Claude;
produção "desses jovens catarinenses": a essência de CAVALCANTI, Alberto; PARSONS, Lowella;
ficionistas e o caráter circunstancial ou histórico, SHAKESPEARE, William; WISE, Robert;
porque reflete a sensibilidade e uma época e sua *
influência nas novas gerações. PALADINO, Antônio; SILVA, Walmor Cardoso da.
Autores Citados: AMÉRICO, José; FONTES, Poesia. Sul, v.7, n°.22, jul. 1954, p.18-22.
Amando; FREYRE, Gilberto; MELO FILHO, Vocabulário controlado: POEMA(S)
Osvaldo Ferreira de; MIGUEL, Salim; PIRES, Palavras-Chave: Poesia
Aníbal Nunes; QUEIROZ, Rachel de; RAMOS, *
Graciliano; REGO, José Lins do; SASSI, FERREIRA, Luiz Eugênio. Bairro miserável. Sul,
v.7, n°.22, jul. 1954, p.23-26.
*
Vocabulário controlado: FICÇÃO
MIGUEL, Salim. Três apontamentos. Sul, v.7,
Palavras-Chave: Conto
126

* MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Cultura e


MIGUEL, Salim. Caderno do Congresso. Sul, v.7, folclore. As ciências sociais. Sul, v.7, n°.23, dez.
n°.22, jul. 1954, p.27-74. 1954, p.11-12.
Vocabulário controlado: INFORME Vocabulário controlado: RESENHA - Antropologia
* Palavras-Chave: Folclore
MALHEIROS, Eglê; TEIXEIRA, Maria de Notas de resumo:
Lourdes; VELLINHO, Moisés; VIERA, Blanca Oswaldo Rodrigues Cabral foi um escritor
Terra. Notas & Comentários. Sul, v.7, n°.22, jul. catarinense com larga projeção conseguida com seus
1954, p.75-78. livros que versam sobre história, medicina e
Vocabulário controlado: VARIEDADES folclore, trouxe uma valiosa colaboração para o
Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura; trabalho de expor metodologicamente as bases da
Música; Pintura; Teatro ciência a que consdagrou toda a sua vida.
Notas de resumo: Autores Citados: BASTIDE, Roger; BOOTH,
Lançamento dos livros de Guido Wilmar Sassi e de Charles; BOAS, Franz; CABRAL, Oswaldo;
Nereu Corrêa; cinquenta anos de Pablo Neruda; COMTE, Auguste; DURKHEIM, Emmile;
poeta José Ferreira Monte; Associação de Escritores GENNEP, A. Van; RAMOS, Arthur; RATZEL,
Portugueses; novos prêmios iterários. Frederic; SAINTYVES, P.; SMITH, Adam;
Autores Citados: CORRÊA, Nereu; NERUDA, VARAGNAC, André;
Pablo; SASSI, Guido Wilmar; *
* NASCIMENTO, Esdras do. A condição humana.
SUL. . Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.0. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.13-15.
Vocabulário controlado: CAPA Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Nome pessoal como assunto: MALRAUX, André
Iconografias: Palavras-Chave: Crítica; Filosofia; Literatura;
Reprodução: "Voiza", linoleogravura de Carlos Romance
Mancuso Notas de resumo:
* Romance prondamente marcado pelo tragicismo e
BALLSTAEDT, Élio. A "Ideia Nova". De Cruz e pela unitilidade das soluções humanas, "A condição
Sousa e Virgílio Vársea. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, humana" de Malraux deixa-nos profunda impressão
p.1-10. pelo muito que encerra de humanidade e desespero.
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura Não é sem certa deseperança que se termina de lê-
Palavras-Chave: História; Literatura; Poesia lo.
Notas de resumo:
Em 1883, Desterro tinha 9 mil habitantes e vivia em *
meio a violentas discussões políticas puxadas perlos ABRANCHES, Augusto dos Santos. Os caminhos
jornais da cidade. Esses periódicos, "A da ficção. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.15-17.
regerneração", "Jornal do Comércio" e "Correio da Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Tarde", eram também veículo para a produção Nome pessoal como assunto: MIGUEL, Salim
literária de Virgílio várzea, Cruz e Souza, Santos Palavras-Chave: Crítica; Ficção
Lostada e Edfuardo Nunes Pires. Notas de resumo:
Por mais que se enalteça a inter-relacionalidade da
Autores Citados: ASSIS, Machado de; AZEVEDO, arte para com a vida, se procure a unidade de sua
Aluísio; BOCAGE; CHAGAS, Pinheiro das; gênese criacionista, a verdade é que a vida ainda se
COMTE, Auguste; COURBET, Gustave; mostra como o maior limite e o mais complexo
DARWIN, Charles; DIAS, Gonçalves; objetivo da arte. Fonte de todas as contradições, ela
FIGUEIREDO, Araújo; GARRETT, Almeida; é, igualmente, o seu maior impulso. Todos esses
HERÁCLITO; HOMERO; HUGO, Victor; problemas nos são levantados no livro de Salim
LAMARTINE; LOSTADA, Santos; MALLARMÉ, Miguel, "Alguma gente" (1953)
Stéphane; MANET, Edouard; PARMÊNIDES;
PIRON, Alexis; PLATÃO; PROUDHON, Pierre- Autores Citados: DOSTOYEVSKY, Fyodor
Joseph; QUEIROZ, Eça de; RIMBAUD, Arthur; Mikhailovitch; MIGUEL, Salim; PINTO, Fernão
ROMERO, Silvio; SÓCRATES; SOUZA, Cruz e; Mendes; STENDHAL;
TALES; VÁRZEA, Virgílio; WAGNER, Richard; *
ZENÃO; ZOLA, Émile; SIMÕES JÚNIOR, Antônio. Raul Larra, escritor
social da Argentina. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954,
* p.18-20.
127

Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura VALE, Antonio;


Nome pessoal como assunto: LARRA, *
Palavras-Chave: Crítica; Literatura COSTA, H. Alves. Cinema brasileiro. Sul, v.7,
Notas de resumo: n°.23, dez. 1954, p.28-30.
Segundo Neruda, existem na América Latina duas Vocabulário controlado: REPORTAGEM
classes de escritores realistas, aqueles que Palavras-Chave: Cinema
retrataram a miséria e aqueles que a modificaram na Notas de resumo:
fo0rma de emancipação social. Entre os escritortes Apresentação do filme "O cangaceiro" e do cinema
do segundo grupo, que ensaiam um realismo brasileiro feita pelo periodista e crítico Henrique
socialista, renovador, cujo principal fim é o de Alves Costa, Presidente da Direção do Cine-Clube
libertar o homem das dortes do velho mundo e do Pôrto, quando da exibição no cinema "Júlio
prepará-lo para a realidade da vida futura, encontra- Diniz" do filme de Lima Barreto, promovida pelo
se o argentino Raul Larra. Grupo de Estudos Brasileiros do Pôrto.
Autores Citados: NERUDA, Pablo; VARELA, Autores Citados: BARRETO, Lima; BARROS,
Alfredo; Leitão de; BENEDETTI, Paulo; CAVALCANTI,
* Alberto; FERNANDEZ, Emílio; MARANHÃO,
D'ESPAUX, Matilde. Maria Eugenia Vaz Ferreira. Luiz; GONZAGA, Adhemar; MAURO, Humberto;
Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.21-22. MEDINA, José; PEIXOTO, Mário; RIBEIRO,
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Milton; SANTOS, Carmen;
Palavras-Chave: Poesia; Uruguai *
Notas de resumo: CAMPINAS, A. Vicente; FRANÇA, Myrian;
Maria Eugenia Vaz Ferreira nasceu em 1875 e GALLOTTI, Elizabeth; MARTINS, Albano;
morreu em 1924 em Montevidéo. Publicou seu MOELLMANN, Leatrice; MOURA, Clóvis;
primeiro livro de poesia aos 18 anos. Era irmã do SALDANHA, Heitor; SILVA, Agostinho da;
conhecido filósofo Carlos Vaz Ferreira. SILVA, Walmor Cardoso da; TERRA, José;
Autores Citados: CHOPIN; FERREIRA, Carlos VIERA, Blanca Terra. Poesia. Sul, v.7, n°.23, dez.
Vaz; WAGNER, Richard; 1954, p.31-45.
* Vocabulário controlado: POEMA(S)
CORRÊA, Glauco Rodrigues. Nilton Nascimento e Palavras-Chave: Poesia
o cinema do Sul. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.23- *
24. MIGUEL, Salim. Exposição de Gravuras
Vocabulário controlado: REPORTAGEM Brasileiras. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.46-50.
Palavras-Chave: Cinema Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Notas de resumo: Palavras-Chave: Arte; Brasil
Nilton Nascimento iniciou sua carreira Notas de resumo:
cinematográfica em Porto Alegre e trabalhou em Organizada pelo Clube de Gravura de Porto Alegre
estyúdios do Rio de Janeiro e São Paulo. No e pela Revista Sul, com a participação dos Clubes de
momento da entrevista realizava documentários Gravura de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife,
sobre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. esteve à mostra no salão do Lux Hotel, de 24 a 31
* de outubro, a exposição de Gravuras Braileiras,
ROSA, Vitoriano. Breve apontamento sobre o trazidas e esta capital por Carlos Scliar.
Cinema e o mundo do nosso tempo. Sul, v.7, n°.23, Paralelamente à exposição, o próprio Carlos
dez. 1954, p.25-27. ministrou para os interessados um curso rápido de
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura gravura.
Palavras-Chave: Cinema; Guerra
Autores Citados: BIANCHETTI, Glênio;
Notas de resumo:
GONÇALVES, Danúbio; KATZ, Renina; KOETZ,
O autor compara as guerras retratadas nas telas de
Edgard; PRADO, Vasco; MILLIET, Sérgio;
cinema com as guerras travadas por artistas e
RODRIGUES, Glauco; SCLIAR, Carlos;
cineastas, uns na trincheira da "arte pura" e outros,
menos conservadores, na trincheira da "arte social", *
para em seguida apreciar o gênero cinematográfico MALHEIROS, Eglê. Entrevista com Carlos Scliar.
de guerra. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.51-54.
Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Autores Citados: CAYATTE, André; PAIVA, Nome pessoal como assunto: SCLIAR, Carlos
Salvyano Cavalcanti de; SADOUL, Georges;
Palavras-Chave: Artes plásticas
128

* literário "Mário de Andrade"; Cadernos de Portugal


BOOS JR., Adolfo. Centro de Saúde. Sul, v.7, e de Espanha por Manoelito Ornelas; Decreto de
n°.23, dez. 1954, p.55-56. funcionamento da faculdade d eFilosofia, dezembro
Vocabulário controlado: FICÇÃO 1954.
Palavras-Chave: Conto *
* . Concurso Miss Santa Catarina 1955. Sul, v.7,
OLIVEIRA, Osvaldo Marques de. O rio. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.80-88.
n°.23, dez. 1954, p.57-60. Vocabulário controlado: INFORME
Vocabulário controlado: FICÇÃO *
Palavras-Chave: Conto SUL. . Sul, v.8, n°.24, maio. 1955, p.0.
* Vocabulário controlado: CAPA
CABRAL, Alexandre. Malta Brava. Sul, v.7, n°.23,
Iconografias:
dez. 1954, p.61-70.
Ilustração: Desenho de Ernesto Meyer Filho sobre
Vocabulário controlado: FICÇÃO
um tema da cerâmica popular catarinense.
Palavras-Chave: Conto
*
* SUL. Problema do livro. Sul, v.8, n°.24, maio.
SOARES, Doralécio. A exposição de motivos 1955, p.1-2,79.
folclóricos do Professor Franklin Cascaes. Sul, v.7, Vocabulário controlado: EDITORIAL
n°.23, dez. 1954, p.71-74. Palavras-Chave: Literatura
Vocabulário controlado: REPORTAGEM *
Nome pessoal como assunto: CASCAES, Franklin MIGUEL, Salim. Mário de Andrade e a "Semana"
Palavras-Chave: Folclore de 22. Sul, v.8, n°.24, maio. 1955, p.3-12.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura
Em dezembro de 1953 foi inaugurada no salão do Nome pessoal como assunto: ANDRADE, Mário de
Instituto de Educação Dias Velho a exposição de Palavras-Chave: Arte; Década de 20; Literatura;
motivos folclóricos, levada pelo professor Franklin Modernismo; São Paulo
Cascaes da Escola Industrial de Florianópolis. Notas de resumo:
* Um balanço sobre a importância da Semana de 22
. Correspondência. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, em retrospecto, tendo como parâmetro a conferência
p.75-76. de Mário de Andrade no Itamaraty em 1942.
Vocabulário controlado: CORRESPONDÊNCIA(S) Autores Citados: ASSIS, Machado de; BARBOSA,
Palavras-Chave: Cartas Francisco de Assis; COELHO NETO, Henrique;
* RAMOS, Graciliano; SALGADO, Plínio;
SOARES, Doralécio. Pascoal Carlos Magno em *
Florianópolis. Sul, v.7, n°.23, dez. 1954, p.77-78. SIMÕES JÚNIOR, Antônio. Antonio Machado,
Vocabulário controlado: REPORTAGEM poeta civil e cidadão espanhol. Sul, v.8, n°.24,
Nome pessoal como assunto: MAGNO, Paschoal maio. 1955, p.13-20.
Carlos Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura
Palavras-Chave: Teatro Nome pessoal como assunto: MACHADO, Antonio
Notas de resumo: Palavras-Chave: Espanha; Filosofia; História;
O teatrólogo e romancista Pascoal Carlos Magno Literatura; Poesia
esteve em Florianópolis com o intuito de entrar em Notas de resumo:
entendimentos com as autortidades públicas para se Ensaio sobre o poeta de Sevilha Antonio Machado,
fazer representar no primeiro Festival de Arte da da chamada "geração de 98". O autor de "Campos
Juventude Brasilweira. de Castilla" teve educação em Madri. Suas viagens a
* Paris tiveram impacto sobre sua obra, tanto quanto
SUL. Notas & Comentários. Sul, v.7, n°.23, dez. suas leituras de Heidegger, Kierkegaard e
1954, p.79. Dostoiévski.
Vocabulário controlado: VARIEDADES Autores Citados: AZORIN; BARCA, Calderón de
Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura; Música la; BAROJA, Pio; BERGSON, Henri;
Notas de resumo: CERNUDA, Luis; GUILLÉN, Nicolas;
Notas sobre menção honrosa concedida a Neusa HEIDEGGER, Martin; GURVITCH, Georges;
Amélia Mattos por escultura no VI Salão da LOEWITH, Karl; KIERKEGAARD, Soren;
Associação Riograndense de Artes Plásticas; Prêmio LORCA, Federico García; MOREAS, Jean;
129

SCHOPENHAUER, Arthur; TORRE, Guillermo; A arte primitiva se inspira em ideias religiosas e


UNAMUNO, Miguel de; WILDE, Oscar; experiências espirituais, em parte porque é uma arte
* normal, não possui truques que possam ser
ABRANCHES, Augusto dos Santos. Ferreira de adquiridos por indignos de cultivá-la e nem recursos
Castro e o seu último livro. Sul, v.8, n°.24, maio. técnicos que possam disfarçá-la de obras inspiradas.
1955, p.21-23. *
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura AYALA, Walmir; FERREIRA, Luiz Eugênio;
Nome pessoal como assunto: CASTRO, Ferreira de GALLOTTI, Elizabeth; MALHEIROS, Eglê;
Palavras-Chave: Ficção; Literatura; Portugal; PACHECO, Fernando Assis; PAVIA, Cristovam;
Romance RIPOLI, Lila; SILVA, Agostinho da; SILVA,
Notas de resumo: Walmor Cardoso da. Poesia. Sul, v.8, n°.24, maio.
Apreciação do então recentemente publicado livro 1955, p.39-54.
"A missão", contendo três novelas do português Vocabulário controlado: POEMA(S)
Ferreira de Castro: "A missão", "A experiência" e Palavras-Chave: Poesia
"O Senhor dos Navegantes". *
* PIRES, Aníbal Nunes. José da Vó. Sul, v.8, n°.24,
MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Carlos Gomes maio. 1955, p.55-57.
na História da Música Brasileira. Sul, v.8, n°.24, Vocabulário controlado: FICÇÃO
maio. 1955, p.24-28. Palavras-Chave: Conto
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura *
Nome pessoal como assunto: GOMES, Carlos PENHA, Silveira da. O Bairro. Sul, v.8, n°.24,
Palavras-Chave: Brasil; Itália; Música erudita maio. 1955, p.58-62.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: FICÇÃO
O autor discute a noção corrente na crítica da Palavras-Chave: Conto
primeira metade do século vinte de que a obra de
*
Carlos Gomes seria mera continuação do
FARIAS, Marcos de. Boi-de-mamão. Sul, v.8,
Romantismo italiano.
n°.24, maio. 1955, p.63-71.
Autores Citados: ARANHA, Graça; CHOPIN; Vocabulário controlado: FICÇÃO
ROSSINI, Gioacchino; VERDI, Giuseppe; Palavras-Chave: Conto
VILLA-LOBOS, Heitor; WAGNER, Richard;
*
* SOARES, Doralécio. Ele era um poeta. Sul, v.8,
SILVA, Ody Fraga e. Imagem, som e cafiaspirina.... n°.24, maio. 1955, p.72-78.
Sul, v.8, n°.24, maio. 1955, p.29-33. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura Palavras-Chave: Conto
Palavras-Chave: Arte; Cinema; Música;
*
Vanguarda
SUL. SILVA, Walmor Cardoso da. Notas &
Notas de resumo:
Comentários. Sul, v.8, n°.24, maio. 1955, p.80-82.
O artigo é dividido em três partes: o cinema como
Vocabulário controlado: VARIEDADES
prática educativa; o período do avant-garde (1924-
Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura; Música
28); o primeiro período do cinema falado, de uma
Notas de resumo:
"mediocridade generalizada"; e a dificuldade de
Atividades do Museu de Arte Moderna de
resolver a dualidade entre capacidade técnica e a
Florianópolis; Instituto de Estudos Portugueses;
gramática estética.
Congresso Nacional de Trovadores; reprodução de
Autores Citados: CHAPLIN, Charles; CLAIR, matéria de Adonias Filho no Jornal de Letras sobre
René; DEBUSSY, Claude Achille; DISNEY, os críticos Nereu Corrêa e Haroldo Bruno.
Walter Elias; DULAC, Germaine; LEGER,
*
Fernand; PAINLEVÉ, P.; PICABIA, Francis;
. Concurso Miss Santa Catarina 1955. Sul, v.8,
PICASSO, Pablo; SATIE, Erik;
n°.24, maio. 1955, p.93-96.
*
Vocabulário controlado: INFORME
JORGE, Edmond. Arte primitiva. Sul, v.8, n°.24,
maio. 1955, p.34-38. Palavras-Chave: Publicidade
Vocabulário controlado: ENSAIO - Antropologia *
Palavras-Chave: Arte; Ensaio; Religião SUL. . Sul, v.8, n°.25, ago. 1955, p.0.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: CAPA
130

Iconografias: Clouzot, Akira Kurosawa, Claude Autant-Lara e


Reprodução: "Adolescente II", linoleogravura de outros.
Aldo Nunes Autores Citados: AUTANT-LARA, Claude;
* BECKER, Jacques; CLOUZOT, Henri-Georges;
SILVA, Walmor Cardoso da. Os "rapazes" de Sul. COCTEAU, Jean; FORD, John; REED, Carol;
Sul, v.8, n°.25, ago. 1955, p.1-2. RENOIR, Jean; ROSSELINI, Roberto; ZOLA,
Vocabulário controlado: EDITORIAL Émile;
Palavras-Chave: Literatura *
* GALLOTTI, Elizabeth; PIRES, Aníbal Nunes;
MOURA, Clóvis. Laurindo Rabelo: o "poeta RIPOLI, Lila; SILVA, Walmor Cardoso da;
lagartixa". Sul, v.8, n°.25, ago. 1955, p.3-8. SOUSA, Noêmia de. Poesia. Sul, v.8, n°.25, ago.
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura 1955, p.17-24.
Nome pessoal como assunto: RABELO, Laurindo Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Brasil; Poesia; Século XIX Palavras-Chave: Poesia
Notas de resumo: *
Laurindo Rabelo (1826-1864) é um poeta esquecido JORGE, Edmond. O símbolo religioso na arte
do século XIX brasileiro, tendo sendo reconhecido primitiva. Sul, v.8, n°.25, ago. 1955, p.25-29.
por poucos, inclusive Silvio Romero. Sua obra Vocabulário controlado: ENSAIO - Antropologia
poética se divide em lírica, elegíaca e satírica. Palavras-Chave: Arte; Cultura; Religião
Autores Citados: ROMERO, Silvio; Notas de resumo:
* Grandemente usados pelas antigas religiões, os
CORRÊA, Glauco Rodrigues. Alguns aspectos do símbolos, muitas vezes erroneamente classificados
Jornal Cinematográfico. Sul, v.8, n°.25, ago. 1955, como arte, sem que se lhes dê o verdadeiro valor de
p.9-12. representação visível da divindade, são os
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura responsáveis pela profusão de desenhos e
Palavras-Chave: Cinema; Jornalismo decorações de objetos oriundos de culturas
Notas de resumo: primitivas.
Diferente do documentário, o jornal cinematográfico Autores Citados: BOAS, Franz; ORTIZ, Fernando;
é no entanto um documento de época, por mostrar *
os fatos e comentá-los dentro do princípio da SUL. Vida de um Clube de Gravura. O Clube de
verdade. Gravura do Rio de Janeiro. Sul, v.8, n°.25, ago.
Autores Citados: LUMIÈRE; SADOUL, Georges; 1955, p.30-34.
* Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
CARVALHO, Ilmar. Calvero. Sul, v.8, n°.25, ago. Palavras-Chave: Arte
1955, p.13-14. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Informe sobre o funcionamento do Clube de
Nome pessoal como assunto: CHAPLIN, Charles Gravura do Rio de Janeiro.
Palavras-Chave: Cinema
*
Notas de resumo:
VILLANUEVA y S., Etelvina. Alma y canción de
Meio século de cinema estão exrteriorizados, em sua
Andres Eloy Blanco. Sul, v.8, n°.25, ago. 1955,
forma e conteúdo mais sublimes, como arte
p.35-37.
substancial, em "Luzes da Ribalta". A película não
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
tem visrtuosismo técnico nenhum, porém,
Nome pessoal como assunto: BLANCO, Andrés
formalmente, também nada deixa a desejar.
Eloy
* Palavras-Chave: Literatura; Poesia
SILVA FILHO, Antônio. A poesia no cinema. Sul, Notas de resumo:
v.8, n°.25, ago. 1955, p.15-16. Apresentação do poeta venezuelano Andrés Eloy
Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura Blanco (1897-1955).
Palavras-Chave: Cinema; Poesia *
Notas de resumo: BRAGA, Rubem. Poeta. Sul, v.8, n°.25, ago. 1955,
São poucos os leitores de livros de versos. Em p.37-38.
compensação, o cinema com tema poética tem Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
muitos admiradores, dos filmes de Charles Walters, Nome pessoal como assunto: BLANCO, Andrés
Roberto Rosselini, Jacques Becker, Henri George Eloy
131

Palavras-Chave: Crônica; Poesia SUL. Novo ano, nono ano!. Sul, v.9, n°.26, fev.
Notas de resumo: 1956, p.1.
Apresentação do poeta venezuelano Andrés Eloy Vocabulário controlado: EDITORIAL
Blanco (1897-1955). Palavras-Chave: Editor
* *
BOOS JR., Adolfo. O dia do Juízo. Sul, v.8, n°.25, SUL. Novo chefe do Executivo catarinense. Sul,
ago. 1955, p.39-43. v.9, n°.26, fev. 1956, p.2.
Vocabulário controlado: FICÇÃO Vocabulário controlado: INFORME
Palavras-Chave: Conto Nome pessoal como assunto: LACERDA, Jorge
* Palavras-Chave: Política
SASSI, Guido Wilmar. O prodígio. Sul, v.8, n°.25, *
ago. 1955, p.44-50. JORGE, Edmond. Símbolo, mito e religião. Sul,
Vocabulário controlado: FICÇÃO v.9, n°.26, fev. 1956, p.3-12.
Palavras-Chave: Conto Vocabulário controlado: ENSAIO - Antropologia
* Palavras-Chave: Antropologia; Cultura; Mito;
MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Beto. Sul, v.8, Religião
n°.25, ago. 1955, p.51-54. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: FICÇÃO As dificuldades de e eswtudo e análise do mito e da
Palavras-Chave: Conto religião, dois assuntos que muitas vezes
* confundedem-se num só, sendo ambos relacionados
SOARES, Doralécio. A solitária companheira. Sul, também com o conceito de símbolo.
v.8, n°.25, ago. 1955, p.55-59. Autores Citados: BOAS, Franz; CASSIRER,
Vocabulário controlado: FICÇÃO Ernest; KANT, Immanuel; MALINOWSKI,
Palavras-Chave: Conto Bronislaw; ORTIZ, Fernando;
* *
SILVA, Ody Fraga e. A visita. Sul, v.8, n°.25, ago. MARIZ, Vasco. Edino Krieger. Sul, v.9, n°.26, fev.
1955, p.60-73. 1956, p.13-17.
Vocabulário controlado: FICÇÃO Vocabulário controlado: ENSAIO - Cultura
Palavras-Chave: Conto Nome pessoal como assunto: KRIEGER, Edino
* Palavras-Chave: Brasil; Crítica; Música erudita
SUL. Notas. Sul, v.8, n°.25, ago. 1955, p.74-75. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: VARIEDADES Vida e obra do compositor brusquense Edino
Krieger, que segundo o autor é um dos poucos
Palavras-Chave: Arte; Literatura
nomes relevantes no que chama de "crise da música
Notas de resumo:
brasileira".
Reprodução de matéria de Carlos Reverbel para
suplemento de Correio do Povo, Porto Alegre; nota Autores Citados: ANDRADE, Mário de;
de falecimento: Thomas Mann CATUNDA, Eunice; GUARNIERI, Mozart
Camargo; LACERDA, Osvaldo; PEIXE, Guerra;
*
SANTORO, Claudio; SCHOENBERG, Arnold;
. Prêmios literários. Sul, v.8, n°.25, ago. 1955,
TAVARES, Mario;
p.80-82.
Vocabulário controlado: INFORME *
SILVA, Agostinho da. O Padre Carlos de Foucauld.
Palavras-Chave: Literatura
Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.18-22.
* Vocabulário controlado: ENSAIO - Antropologia
. Turismo em Santa Catarina. Sul, v.8, n°.25, ago.
Nome pessoal como assunto: FOUCAULD, Charles
1955, p.83-89. de
Vocabulário controlado: INFORME
Palavras-Chave: Arte; Cultura; Filosofia; Religião
Palavras-Chave: Publicidade Notas de resumo:
* Ex-oficial da cavalaria, ex-visconde, Charles de
SUL. . Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.0. Foucauld converteu-se dramaticamente ao
Vocabulário controlado: CAPA catolicismo e elegeu o deserto como local de
Iconografias: peregrinação e, eventualmente, de martírio.
Ilustração: "Tipo popular", desenho de Dimas Rosa *
* SUL. Conversa com Paulo Dantas. Sul, v.9, n°.26,
132

fev. 1956, p.23-26. DAUMIER; DÜRER, Albrecht; GONÇALVES,


Vocabulário controlado: REPORTAGEM - Danúbio; KOETZ, Edgard; KOLLWITZ, Kathe;
Literatura MEYER, Augusto; PRADO, Vasco; RODRIGUES,
Nome pessoal como assunto: DANTAS, Paulo Glauco; SCLIAR, Carlos; VINCI, Leonardo Da;
Palavras-Chave: Literatura; Romance *
Notas de resumo: CAMPINAS, A. Vicente; ESCOBAR, Décio Frota;
O romancista nordestino Paulo Dantas cede GALLOTTI, Elizabeth; MALHEIROS, Eglê;
entrevista a Ruy Apocalipse, colaborador de SUL. MOURA, Clóvis; PIRES, Aníbal Nunes; RIPOLI,
Autores Citados: LOBATO, Monteiro; Lila; SALDANHA, Heitor; SILVA, José Tito;
* SILVA, Walmor Cardoso da; VIERA, Blanca Terra;
ABRANCHES, Augusto dos Santos. Notas de WALTER, Manoel. Poesia. Sul, v.9, n°.26, fev.
leitura. Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.27-31. 1956, p.45-68.
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Conto; Crítica; Ensaio; Poesia Palavras-Chave: Poesia
Notas de resumo: *
A seção é formada por dois textos independentes: PENHA, Silveira da. Reminiscências. A Fazenda do
"Sugestões dum ensaio sobre poesia primitiva", Seu Totó. Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.69-72.
sobre as escassas opções no mercado brasileiro de Vocabulário controlado: FICÇÃO
traduções de poesia contemporânea; e "O conto, Palavras-Chave: Conto
forma romanesca da infância", resenha do recém-
*
lançado volume "Piá", de Guido Wilmar Sassi.
CARVALHO, Ilmar. O amigo do peito. Sul, v.9,
Autores Citados: CAMACHO, Fernando; n°.26, fev. 1956, p.73-75.
MONTEIRO, Casais; QUINTELA, Paulo; SASSI, Vocabulário controlado: FICÇÃO
Guido Wilmar; SENA, Jorge de; Palavras-Chave: Conto
* *
FERREIRA, Luiz Eugênio. Caminhos da poesia. FARIAS, Marcos de. D. Júlia morreu. Sul, v.9,
Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.32-34. n°.26, fev. 1956, p.76-80.
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Crítica; Poesia Palavras-Chave: Conto
Notas de resumo: *
O desinteresse da poesia na sociedade moderna. Os OLIVEIRA, Osvaldo Marques de. Histórias do
motivos prováveis. Definição de poesia. Sertão. Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.81-85.
Hermetismo da poesia moderna. Vocabulário controlado: FICÇÃO
Autores Citados: ARAGON, Louis; ELUARD, Palavras-Chave: Conto
Paul; FERREIRA, José Gomes; LORCA, Federico *
García; NERUDA, Pablo; SCHMIDT, Afonso; PESSOA, Celso Amorim. Tempo aprisionado. Sul,
* v.9, n°.26, fev. 1956, p.86-91.
SILVA FILHO, Antônio. André Cayatte. Sul, v.9, Vocabulário controlado: FICÇÃO
n°.26, fev. 1956, p.35-36.
Palavras-Chave: Conto
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Nome pessoal como assunto: CAYATTE, André *
Palavras-Chave: Cinema SOARES, Doralécio. Ela está morta. Sul, v.9,
Notas de resumo: n°.26, fev. 1956, p.92-95.
André Cayatte é diretor, cenarizador e argumentador Vocabulário controlado: FICÇÃO
francês. Palavras-Chave: Conto
*
Autores Citados: CLAIR, René; CLOUZOT, Henri-
. Trabalha o Legislativo catarinense. Sul, v.9,
Georges; DELLANOY, Jean; DUVIVIER, Julien;
n°.26, fev. 1956, p.96-99.
RENOIR, Jean; SPAAK, Charles;
Vocabulário controlado: INFORME
* Palavras-Chave: Política
MIGUEL, Salim. Clube de Gravura de Porto Alegre.
*
Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.37-44.
. IV Exposição de motivos folclóricos do prof.
Vocabulário controlado: REPORTAGEM
Franklin Cascaes. Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.100-
Palavras-Chave: Arte
103.
Autores Citados: BIANCHETTI, Glênio;
133

Vocabulário controlado: INFORME Salim Miguel.


Palavras-Chave: Folclore Autores Citados: CORRÊA, Nereu; FIGUEIREDO,
* Araújo; MIGUEL, Salim; MULLER, Fritz;
CARNEIRO, Cecílio J.; CARVALHO, Ilmar; VÁRZEA, Virgílio;
CORRÊA, Glauco Rodrigues; FERREIRA, Luiz VERÍSSIMO, José;
Eugênio; MOTA, Mauro. Notas & comentártios. *
Sul, v.9, n°.26, fev. 1956, p.104-110. PIRES, Aníbal Nunes. Uma estreia e um marco na
Vocabulário controlado: VARIEDADES literatura catarinense. Sul, v.9, n°.27, maio. 1956,
Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura; p.19-22.
Música; Teatro Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Notas de resumo: Nome pessoal como assunto: MIGUEL, Salim
Modificações na Revista; Nilton Nascimento na Palavras-Chave: Crítica; Ficção; Literatura;
Cine Produções; livro de poemas "O Sacristão", de Romance
Lício Neves, Recife; lançamento de "Contistas Notas de resumo:
Novos de santa Catarina", matéria de Cecílio Para o autor da resenha, o colega de grupo Aníbal
Carneiro reproduzida de "A Gazeta", SP, ago.55; Nunes Pires, Salim escreve com arte, aquela
coleção autores portugueses "Tempo Presente", pelo impregnada das condições e conflitos modernos;
Centro Bibliográfico. com compreensão e lirismo, não artificioso, mas
* pleno de ternura quando se trata das coisas mais
simples e naturais da vida, quando se refere, por
. De parabéns Santa Catarina. Sul, v.9, n°.26, fev.
1956, p.111-115. exemplo, aos pobres pescadores.
Vocabulário controlado: VARIEDADES *
Palavras-Chave: Publicidade AMARAL, Henrique do. Um jovem poeta
* português: Alexandre O'Neill. Sul, v.9, n°.27,
SUL. . Sul, v.9, n°.27, maio. 1956, p.0. maio. 1956, p.23-26.
Vocabulário controlado: CAPA Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Nome pessoal como assunto: O'NEILL, Alexander
Iconografias: Palavras-Chave: Crítica; Poesia; Portugal;
Ilustração: Desenho de Aldo Nunes Surrealismo
* Notas de resumo:
SUL. Sul opina. Sul, v.9, n°.27, maio. 1956, p.1-6. Resenha do lançamento da primeira coletânea de
Vocabulário controlado: EDITORIAL - Literatura poemas de Alexandre O'Neill, "Tempo de
Palavras-Chave: Literatura fantasmas". O livro abrange diferentes fases do
Notas de resumo: início de carreira do poeta: o poema-susrpresa, o
Editorial onde a revista justifica o aumento do surrealismo, até os últimos poemas, mostrando uma
preço, expõe o plano de edições e fazem um apelo evolução entre progressos e recuos.
aos leitores para que a revista possa se manter.
Também noticiam o 1º Congresso Brasileiro de Autores Citados: ARAGON, Louis; ELUARD,
Contistas, a passagem do o 23º aniversário da Paul; NERUDA, Pablo; PESSOA, Fernando;
publicação de "Oscarina", livro de estreia de TZARA, Tristan;
Marques Rebelo, e o retorno do quinzenário *
"Paratodos", com direção de Jorge Amado. . Jesús Lara, romancista boliviano. Sul, v.9, n°.27,
maio. 1956, p.27-34.
* Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Introdução à Nome pessoal como assunto: LARA, Jesús
História da Literatura Catarinense. Sul, v.9, n°.27, Palavras-Chave: América Latina; História;
maio. 1956, p.7-18. Literatura; Romance
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura Notas de resumo:
Palavras-Chave: Crítica; História; Literatura A resenha discute o que é e como se define a
Notas de resumo: "nacionalidade espiritual" de um escritor, analisando
Há uma literatura catarinense? Um conjunto literário o caso Jesus Lara, boliviano mais por sua obra do
com características próprias e capazes de isolá-lo do que pelo nascimento.
corpo unitário da literatura brasileira? O autor Observação: o arquivo digitalizado não possui a
pondera que não, baseando-se em ensaio de Nereu página 33, a qual é a penúltima deste artigo, onde
Corrêa e apoiando-se em abordagem semelhante de constava o nome do autor.
134

Autores Citados: ALEGRIA, Ciro; GUZMÁN, GALLOTTI, Elizabeth; PINTO, Manuel; PIRES,
Augusto; ICAZA, Jorge; Aníbal Nunes; SILVA, Walmor Cardoso da. Poesia.
Iconografias: Sul, v.9, n°.27, maio. 1956, p.46-54.
Ilustração: "Menino dormindo", xilogravura de Vocabulário controlado: POEMA(S)
Hugo Mund Jr. Palavras-Chave: Poesia
* *
MIGUEL, Salim. Rio, 40 graus. Sul, v.9, n°.27, VIERA, Blanca Terra. Carta a Maurice Utrillo. Sul,
maio. 1956, p.35-38. v.9, n°.27, maio. 1956, p.55-56.
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Cinema; Cinema Novo; Rio de Palavras-Chave: Conto
Janeiro Iconografias:
Notas de resumo: Ilustração: "Tomando chimarrão" - xilogravura de
Resenha com mpressões pessoais de Salim Miguel Glauco Rodrigues
sobre "Rio 40 graus" de Nélson Pereira dos Santos. *
Salim aponta no filme a influência do moderno PEREIRA, Francisco José. No último ensaio. Sul,
realismo italiano e sente falta de uma linguagem v.9, n°.27, maio. 1956, p.57-65.
nacional. Mesmo assim considera-o "a nossa melhor Vocabulário controlado: FICÇÃO
obra cinematográfica".
Palavras-Chave: Conto
Autores Citados: ALMEIDA, Manuel Antônio de; Iconografias:
BARRETO, Lima; EMMER, Luciano; REBELO, Ilustração: "Escola de Samba", por D. Figueiredo
Marques; SANTOS, Nelson Pereira dos; VIANY, *
Alex; VINCI, Leonardo da; CABRAL, Alexandre. Kandot era o boy do Senhor
Iconografias: Hiebler. Sul, v.9, n°.27, maio. 1956, p.66-74.
Reprodução: tela de E. Meyer Filho Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Conto
BOOS JR., Adolfo. Música eterna. Sul, v.9, n°.27, Iconografias:
maio. 1956, p.39-40. Ilustração: "Paisagem africana", linoleogravura de
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Augusto Santos Abranches
Palavras-Chave: História; Jazz; Música; Música *
popular GUADALUPE, Mateus Maria. Macaco-prego.
Notas de resumo: Lembrança sul-americana. Sul, v.9, n°.27, maio.
Pequena introdução à História do Jazz, das suas 1956, p.75-101.
orgiens em New Orleans como ragtime, este um Vocabulário controlado: FICÇÃO
estilo musical oriundo das wok songs, spirituals e Palavras-Chave: Conto; Romance
blues. Em 1915 em Chicago é que o jazz começa a
*
ser conhecido.
MIGUEL, Salim. Notas & comentários. Sul, v.9,
Autores Citados: MORAES, Vinícius de; PORTO, n°.27, maio. 1956, p.102-112.
Sérgio (ver Stanislaw Ponte Preta); Vocabulário controlado: VARIEDADES
* Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura;
BRANDÃO, Arnaldo. Ouro Preto, Djanira e eu. Sul, Música; Teatro
v.9, n°.27, maio. 1956, p.41-45. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO "O vendedor de pinhões", contos de Arnaldo
Palavras-Chave: Crônica Brandão; Edino Krieger, músico catarinense;
Notas de resumo: notícias da vida cultural em Tchecoslováquia;
Diário de viagem escrito em forma literária. Faculdade Catarinense de Filosofia; Associação de
Observação: o arquivo digitalizado repete a página Cultura Franco-brasileira; notícias do Teatro
45. Catarinense de Comédia.
Autores Citados: GONZAGA, Tomás Antônio;
*
MIGUEL, Salim;
BARBOSA, Renato. Aviação e turismo. Sul, v.9,
Iconografias:
n°.27, maio. 1956, p.113-115.
Ilustração: "Igreja de Ouro Preto", desenho de Luiz
Vocabulário controlado: INFORME
Erasmo de Moreira
Palavras-Chave: Publicidade
*
*
BLASI, Alberto Oscar; MALHEIROS, Eglê;
. Alguns aspectos da reforma do ensino no Estado.
135

Sul, v.9, n°.27, maio. 1956, p.116-120. Palavras-Chave: Cinema; Crítica; Japão
Vocabulário controlado: INFORME Notas de resumo:
Palavras-Chave: Educação; Política; Publicidade As películas que chegavam ao circuito
* cinematográfico do Brasil eram na maior parte
SUL. . Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, p.0. norte-americanas, com a exceção de pouquíssimas
Vocabulário controlado: CAPA produções francesas e italianas. O autor da resenha
* apresenta o cinema japonês, a princípio
SUL. Opina. Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, p.1. comparando-o com o estadunidense: os filmes de
Vocabulário controlado: EDITORIAL aventura e samurais apresenta semelhanças com o
faroeste e o policial americanos. As histórias sobre
Palavras-Chave: Editor
as guerras feudais no Japão também possui certa
Notas de resumo:
semelhança com o Velho Oeste americano.
Agradecimentos e felicitações.
* Autores Citados: CHAPLIN, Charles; CLAIR,
SUL. Cincoentenário de Marques Rebelo. Sul, v.9, René; HITCHCOCK, Alfred; KUROSAWA, Akira;
n°.28, dez. 1956, p.2. SADOUL, Georges; SHINDO, Kaneto; WILDER,
Vocabulário controlado: INFORME Billy;
Nome pessoal como assunto: REBELO, Marques *
Palavras-Chave: Literatura BONFIM, Paulo; GALLOTTI, Elizabeth;
Notas de resumo: MALHEIROS, Eglê. Poesia. Sul, v.9, n°.28, dez.
Nota comemorativa e de felicitação. 1956, p.26-37.
Vocabulário controlado: POEMA(S)
* Palavras-Chave: Poesia
CABRAL, Oswaldo. Quatro Vates e um defunto. Os
*
mais antigos poetas de Santa Catarina. Sul, v.9,
AGUIRRE, Raúl Gustavo; ALONSO, Rodolfo;
n°.28, dez. 1956, p.3-
BAYLEY, Edgard; BONDONI, Osmar Luis;
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
MADARIAGA, Francisco; URONDO, Francisco.
Palavras-Chave: Crítica; Ensaio; História; Poesia;
Seis poetas argentinos contemporâneos. Sul, v.9,
Século XIX; Século XVIII
n°.28, dez. 1956, p.38-44.
Notas de resumo:
A partir de alguns sonetos e outras poemas Vocabulário controlado: POEMA(S)
encontrados, todos eles escritos na Desterro dos Palavras-Chave: América Latina; Argentina; Poesia
séculos XVIII-XIX, o autor (historiador Oswaldo *
Cabral) procede a uma análise literária e FARIAS, Marcos. O carro novo. Sul, v.9, n°.28,
historiográfica, onde a própria Desterro é uma dez. 1956, p.45-52.
personagem. Os poetas são: Ovídio Saraiva de Vocabulário controlado: FICÇÃO
Carvalho e Silva, João Presete Barreto da Fontoura, Palavras-Chave: Conto
Diogo Duarte Silva e Antônio Francisco da Costa. *
Autores Citados: MELO FILHO, Osvaldo Ferreira SALINAS, Lopes. La raya. Sul, v.9, n°.28, dez.
de; 1956, p.53-58.
* Vocabulário controlado: FICÇÃO
MALHEIROS, Eglê. Terra fraca. Sul, v.9, n°.28, Palavras-Chave: Conto
dez. 1956, p.19-20. *
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura . Santa Rosa. Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, p.59-60.
Nome pessoal como assunto: PIRES, Aníbal Nunes Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Palavras-Chave: Crítica; Literatura; Poesia Palavras-Chave: Arte; Pintura
Notas de resumo: Notas de resumo:
Crítica impressiva sobre o caderno de poemas de Nota de falecimento de Tomás Santa Rosa Júnior.
Aníbal Nunes Pires, feita por sua colega de grupo *
Eglê Malheiros. Ela salienta que não se trata de um SOARES, Doralécio. Terceira Conferência Nacional
estudo crítico. de Jornalistas. Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, p.61-68.
* Vocabulário controlado: REPORTAGEM
CORRÊA, Glauco Rodrigues. Panorama do Cinema Palavras-Chave: Imprensa
japonês. Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, p.21-25. Notas de resumo:
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Relato formal da Terceira Conferência Nacional de
136

Jornalistas. reconhece que vem se tornando velha e acadêmica.


* *
MALHEIROS, Eglê; MIGUEL, Salim. SASSI, Guido Wilmar. Mais um livro de contos.
Conversando com o pintor Israel Pedrosa. Sul, v.9, Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, p.3-5.
n°.28, dez. 1956, p.69-71. Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Vocabulário controlado: ENTREVISTA Nome pessoal como assunto: BOOS JR., Adolfo
Palavras-Chave: Artes plásticas; Pintura Palavras-Chave: Conto; Ficção; Literatura
Notas de resumo: Notas de resumo:
Entrevista com o pintor Israel Pedrosa realizada no Resenha do lançamento do livro Teodora & Cia., de
Rio de Janeiro. Adolfo Boos Jr., de 1956.
Autores Citados: COROT, (Jean Baptiste C.); Autores Citados: RAMOS, Graciliano; SOUZA,
GOGH, Vincent Van; MATISSE, Henri; J.P. Silveira de;
PORTINARI, Candido; SEGALL, Lasar; *
* COSME, Luís. Sobrevivência portuguesa. Sul, v.10,
MIGUEL, Salim. Arte é antes de mais nada emoção. n°.29, jun. 1957, p.6-8.
Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, p.72-76. Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Vocabulário controlado: REPORTAGEM Palavras-Chave: Folclore; História; Literatura;
Palavras-Chave: Arte; Comédia; Teatro Mito; Música
Notas de resumo: Notas de resumo:
Para Salim Miguel, Florianópolis é uma cidade Origem do bumba-meu-boi, os mitos em Gil Vicente
amante do teatro. A função dos grupos amadores é a e as danças dramáticas populares.
de levar o teatro ao povo, como meio de divulgação Autores Citados: ANDRADE, Mário de; MELO,
cultural e artística. Há necessidade de apoio oficial Guilherme de; MEYER, Augusto; VICENTE, Gil;
para o progresso do teatro no Brasil. É preciso *
incentivar o autor nacional. FERREIRA, Luiz Eugênio. A geração de 1870 e
Autores Citados: ALMEIDA, Abílio Pereira de; suas dúvidas. Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, p.9-14.
ANDRADE, Jorge; BLOCH, Pedro; BRASINI, Vocabulário controlado: ENSAIO - História
Mario; Palavras-Chave: Burguesia; Capitalismo;
* Economia; Filosofia; História; Portugal;
SUL. FERREIRA, Luiz Eugênio. Notas & Positivismo; Revolução Francesa; Século XIX;
Comentários. Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, p.77-81. Socialismo
Vocabulário controlado: VARIEDADES Notas de resumo:
Palavras-Chave: Arte; Cinema; Literatura; As consequências da Revolução Francesa e do
Música; Teatro surgimento da burguesia. A filosofia do fim do
* século XIX. A literatura busca seus temas nas teses
. Bento Ribeiro Dantas. Sul, v.9, n°.28, dez. 1956, sociais em evidência.
p.84. Autores Citados: BERGSON, Henri; BRAGA,
Vocabulário controlado: INFORME Teófilo; CROMWELL, Thomas; DARWIN,
Palavras-Chave: Política Charles; DIDEROT, Denis; FEUERBACH,
* Ludwig Andres; GARRETT, Almeida; GUIZOT,
. Em Santa Catarina - Turismo. Sul, v.9, n°.28, dez. François; HEGEL; HOLBACH, Paul Henri-
1956, p.85-88. Dietrich; HERCULANO, Alexandre;
Vocabulário controlado: INFORME JUNQUEIRO, Guerra; KANT, Immanuel; PETTY,
Palavras-Chave: Publicidade W.; PROUDHON, Pierre-Joseph; MARTINS,
* Oliveira; MIGNET; NIETZSCHE, Friedrich;
SUL. . Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, p.0. QUEIROZ, Eça de; QUENTAL, Antero de;
Vocabulário controlado: CAPA RENAN, Joseph Ernest; ROUSSEAU, Jean-
Jacques; SAINT-SIMON, Claude-Henri; SMITH,
* Adam; STORCK; TORQUEMADA, Juan de;
MALHEIROS, Eglê. . Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, VOLTAIRE, François;
p.1.
Vocabulário controlado: EDITORIAL *
SIMÕES JÚNIOR, Antônio. El realismo social en la
Notas de resumo:
ultima obra de Salim Miguel. Sul, v.10, n°.29, jun.
A revista, na representação de Eglê Malheiros,
1957, p.15-16.
137

Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Vocabulário controlado: VARIEDADES


Nome pessoal como assunto: MIGUEL, Salim Palavras-Chave: Cinema; Literatura; Música;
Palavras-Chave: Crítica; Ficção Teatro
Notas de resumo: *
Resenha em espanhol do primeiro romance de Salim MIGUEL, Salim. Insatisfação, fonte do progresso.
Miguel, "Rede". Foca o psicológico, a consciência Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, p.67-69;72.
de classe, a concepção humanitária, com Vocabulário controlado: INFORME
predominância no enfoque psíquico. Palavras-Chave: Publicidade
Autores Citados: DOSTOYEVSKY, Fyodor Notas de resumo:
Mikhailovitch; POE, Edgar Allan; RAMOS, Divulgação da Companhia Aérea Cruzeiro do Sul
Graciliano; (p.67-69). Inclui adendo de L. Miglioli (p.72).
* Autores Citados: DUMONT, Santos; VERNE,
ABRANCHES, Augusto dos Santos; Júlio;
MALHEIROS, Eglê; VIERA, Blanca Terra. Poesia. *
Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, BARBOSA, Renato. Três crônicas de Renato
Vocabulário controlado: POEMA(S) Barbosa. Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, p.70-72.
Palavras-Chave: Poesia Vocabulário controlado: FICÇÃO
* Palavras-Chave: Crônica; Ficção; Literatura
HOLZ, Arno. Poetas alemães contemporâneos. Sul, *
v.10, n°.29, jun. 1957, p.27-32. SUL. CUNHA, Alberto; MIGUEL, Salim;
Vocabulário controlado: POEMA(S) SANTOS, E. Melo. Caderno especial sobre cinema.
Palavras-Chave: Alemanha; Poesia Sul, v.10, n°.29, jun. 1957,
* p.81-95.
SOUZA, J.P. Silveira de. O aviso. Sul, v.10, n°.29, Vocabulário controlado:
jun. 1957, p.33-35. Palavras-Chave: Cinema; Crítica; História
Vocabulário controlado: FICÇÃO Notas de resumo:
Palavras-Chave: Conto O cinema brasileira vivia duas tendências
* antagônicas: a dos teóricos (cineclubistas, críticos,
PEREIRA, Francisco José. Operário na construção. ensaístas) e a dos profissionais. O público se dividia
Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, p.36-38. em pró, contra e indiferente. Com trinta filmes
Vocabulário controlado: FICÇÃO produzidos por ano, o cinema brasileiro vivia uma
Palavras-Chave: Conto hora amarga. O papel de "O preço da ilusão" nesse
* cenário.
IBIAPINA, Fontes. O forrózeiro. Sul, v.10, n°.29, Autores Citados: ALMEIDA, Abílio Pereira de;
jun. 1957, p.39-43. BARRETO, Lima; BARROS, Luis de;
Vocabulário controlado: FICÇÃO CARRERO, Tônia; BURLE, José Carlos;
Palavras-Chave: Conto CAVALCANTI, Alberto; COIMBRA, Carlos;
* DURST, Walter George; FENELON, Moacir;
MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. O boi-de- GONZAGA, Adhemar; HERBERT, John;
mamão no folclore catarinense. Sul, v.10, n°.29, LEWGOY, José; MANGA, Carlos; MAZZAROPI,
jun. 1957, p.45-61. Amácio; MAURO, Humberto; NANNI, Rodolfo;
Vocabulário controlado: ENSAIO - História OSCARITO; PINTO FILHO; RAMOS, Eurides;
Palavras-Chave: Antropologia; Folclore RUSCHELL, Alberto; SANTOS, Nelson Pereira
Notas de resumo: dos; VALE, Roberto do; VIANNY, Alex; VIETRI,
Um dos autos populares tradicionais mais Geraldo; WILMA, Eva;
generalizados do Brasil, o bumba-meu-boi ou boi- *
bumbá é a mesma manifestação folclórica que em SUL. . Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.0.
Santa Catarina, somente, se chama de boi-de- Vocabulário controlado: CAPA
mamão. A origem do nome é pouco conhecida.
*
Autores Citados: RAMOS, Arthur; RIBEIRO, SUL. . Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.1-2.
Joaquim; Vocabulário controlado: EDITORIAL
* Palavras-Chave: Editor
SUL. SOUZA, J.P. Silveira de. Notas & Notas de resumo:
Comentários. Sul, v.10, n°.29, jun. 1957, p.63-66.
138

Editorial de despedida e agradecimentos. Notas de resumo:


* Armindo Pereira é um autor sergipano que começou
NASCIMENTO, Esdras do. A Ilha e a Ponte. Sul, a escrever tardiamente pouco publicou. No
v.10, n°.30, dez. 1957, p.3-7. momento da matéria, em 57, tinha dois romances
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura publicados: "Flagelo" e "Açoite".
Palavras-Chave: Arte; Literatura Autores Citados: BROCA, Brito; MORAES,
Notas de resumo: Vinícius de; QUEIROZ, Eça de; REBELO,
Como surgiu a Revista Sul. Significação do Marques; SALES, Herberto;
movimento. Agitração na província, repercussão no *
país. Ausência de preconceito e de "panelinha". SOUZA, J.P. Silveira de. Guido Sassi e "Amigo
Autores Citados: MIGUEL, Salim; PIRES, Aníbal velho". Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.27-28.
Nunes; SILVA, Ody Fraga e; SILVA, Walmor Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
Cardoso da; Nome pessoal como assunto: SASSI, Guido Wilmar
* Palavras-Chave: Crítica; Ficção; Literatura
PIRES, Aníbal Nunes. In extremis. Sul, v.10, Notas de resumo:
n°.30, dez. 1957, p.8. Sobre o segundo livro de Guido W. Sassi, contendo,
Vocabulário controlado: POEMA(S) segundo o resenhista, a descoberta e a exploração de
Palavras-Chave: Poesia um problema de coletividade humana; a
* compreensão de que os tormentos individuais pouco
. O que dizem da Sul. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, valem e que a grandeza de uma obra se revela no
p.9-12. que ela traga de elucidação ao trabalho e à vida dos
Vocabulário controlado: CORRESPONDÊNCIA(S) homens
Palavras-Chave: Cartas Autores Citados: RAMOS, Graciliano;
Notas de resumo: *
Cartas vindas de publicações nacionais e sul- BRASIL, Assis. Amigo velho. Sul, v.10, n°.30,
americanas entre '948 e 1957. dez. 1957, p.29-30.
* Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Nome pessoal como assunto: SASSI, Guido Wilmar
Desenvolvimento literário em Santa Catarina no Palavras-Chave: Crítica; Ficção; Literatura
século XX. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, Notas de resumo:
p.13-22. "O autor tem as suas vivências fortes,
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura improeessionates, temas dos mais cruéis e por isso
mesmo de grande valor para a ficção, mas ainda
Palavras-Chave: História; Literatura
falta apurar o seu instrumento, apurar a sua
Notas de resumo:
linguagem, limpar o seu estilo de coisas sem
As duas primeiras décadas do século XX passaram
importância para a narrativa".
melancolicamente em branco na vida intelectual do
Estado. O autor elenca várias causas acontecidas no *
século XIX. Em meados dos anos 1920, surge a NASCIMENTO, Esdras do. Viandante novo (e
Sociedade Catarinense de Letras. O marasmo dos exótico) em caminhos velhos (e superados). Sul,
anos 30 e 40. v.10, n°.30, dez. 1957, p.31-
34.
Autores Citados: BALLSTAEDT, Élio; BOITEUX,
Lucas Alexandre; CHEKOV, Anton Pavlovich; Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura
GARD, Roger Martin du; KONDER, Marcos; Nome pessoal como assunto: ROSA, Guimarães
LORCA, Federico García; MALHEIROS, Eglê; Palavras-Chave: Crítica; Ensaio
MIGUEL, Salim; PALADINO, Antônio; Notas de resumo:
PIRANDELLO, Luigi; PIRES, Aníbal Nunes; "Grande Sertão: Veredas", lançado um ano antes, foi
REBELO, Marques; SARTRE, Jean-Paul; SHAW, objeto de culto por toda a crítica, graças ao
Bernard; SILVA, Ody Fraga e; SILVA, Walmor ineditismo da linguagem e à técnica de narração,
Cardoso da; entre outros fatores.
* Autores Citados: LOPES NETO, Simões;
. Depoimento de Armindo Pereira. Sul, v.10, n°.30, MARTINS, Ivan Pedro; SALDANHA, Heitor;
dez. 1957, p.23-26. VERÍSSIMO, Érico; WALTER, Manoel;
Vocabulário controlado: DEPOIMENTO - Literatura *
Palavras-Chave: Conto; Literatura; Romance ABRANCHES, Augusto dos Santos. Posição. Sul,
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v.10, n°.30, dez. 1957, p.35-37. Autores Citados: CARREIRÃO, Armando S.;
Vocabulário controlado: ENSAIO - Literatura LOPES NETO, Simões;
Palavras-Chave: Literatura; Poesia; Romance *
Notas de resumo: MIGUEL, Salim. "O preço da ilusão", película
Ensaio literário sincrético, contendo ficção, não- catarinense. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.50-52.
ficção e poesia. A parte não-ficcional borda temas Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
como as obras de Guimarães Rosa, Raul Bopp e Palavras-Chave: Cinema; História
Mário de Andrade. Notas de resumo:
Autores Citados: ANDRADE, Mário de; BOPP, Relato da pré-produção do longa-metragem
Raul; ROSA, Guimarães; catarinense "O preço da ilusão".
* Autores Citados: CAVALCANTI, Alberto;
SUL. José Lins do Rego. Sul, v.10, n°.30, dez. PEIXOTO, Mário; SANTOS, Nelson Pereira dos;
1957, p.38-39. *
Vocabulário controlado: INFORME - Literatura FARIAS, Marcos de. Stanley Kubrick e a nova
Nome pessoal como assunto: REGO, José Lins do geração de Hollywood. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957,
Palavras-Chave: Literatura p.53-56.
Notas de resumo: Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
Obituário do escritor José Lins do Rego. Contém Nome pessoal como assunto: KUBRICK, Stanley
nota escrita por ele para "O Jornal" (RJ) sobre o Palavras-Chave: América; Cinema; Crítica
Grupo Sul, em 20-01-1950. Notas de resumo:
* Resenha sobre o cinema de Stanley Kubrick, à
SUL. Movimento cultural da Bahia. Sul, v.10, época com o filme "O grande golpe", suas
n°.30, dez. 1957, p.40-41. influências (John Huston, J. Dassin) e repercussão -
Vocabulário controlado: REPORTAGEM - na época já era visto como um cineasta vigoroso e
Literatura ousado, com estilo penetrante, envolvente e pessoal.
Palavras-Chave: Brasil; Cinema; Cultura; Poesia; Autores Citados: ALDRICH, Robert; DOUGLAS,
Teatro Kirk; FLEISCHER, Richard; FULLER, Samuel;
Notas de resumo: HUSTON, John; LAUGHTON, Charles; MANN,
Matéria sobre a vinda a Florianópolis de Nemésio Anthony; RAY, Nicholas; ROSSEN, Robert;
Salles, integrante da Revista Mapa de Salvador. WISE, Robert;
Autores Citados: CALAZANS NETO; CASTRO, *
Fred Souza; GIL, Paulo; MELHOR, Anísio; FARIAS, Marcos de. Jean Vigo - P. E. Sales Gomes.
ROCHA, Glauber; Paris 1957. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.57-58.
* Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura
MIGUEL, Salim. Um escritor português. Sul, v.10, Nome pessoal como assunto: VIGO, Jean
n°.30, dez. 1957, p.41-42. Palavras-Chave: Cinema; França
Vocabulário controlado: RESENHA - Literatura Notas de resumo:
Nome pessoal como assunto: SIMÕES JÚNIOR, Resenha do livro "Jean Vigo" (Ed. Du Sewil, Paris,
Antônio 1957), de Paulo Emílio Sales Gomes.
Palavras-Chave: Ficção; Literatura; Portugal Autores Citados: CLAIR, René; GANCE, Abel;
Notas de resumo: RENOIR, Jean;
Antônio Simões Jr. é um escritor português radicado *
na Argentina. Piblicou contos e ensaios e colaborou SOUZA, J.P. Silveira de. Uma exposição de
frequentemente com jornais e revistas. desenhos. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.59-60.
Autores Citados: CASTRO, Ferreira de; PESSOA, Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS
Fernando; QUEIROZ, Eça de; Palavras-Chave: Arte
* Notas de resumo:
GUSMÃO, Domingos de. História de um filme. Sul, "Ligeiras impressões" sobre exposição de Hassis e
v.10, n°.30, dez. 1957, p.43-49. Meyer Filho no Instituto Brasil-Estados Unidos.
Vocabulário controlado: RESENHA - Cultura Autores Citados: CORRÊA, Hiedy Assis; MEYER
Palavras-Chave: Cinema; História FILHO, Ernesto;
Notas de resumo: *
Relato dos antecedentes e da pré-produção do MIGUEL, Salim. Marcier expôs em Florianópolis.
longa-metragem catarinense "O preço da ilusão". Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.61-63.
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Vocabulário controlado: ARTES PLÁSTICAS


Nome pessoal como assunto: MARCIER,
Palavras-Chave: Arte; Pintura
Notas de resumo:
Marcier apresentou em Florianópolis telas "sóbrias,
sombrias e dramáticas, com poucas e precisas
linhas".
Autores Citados: HARO, Martinho de;
*
BAIRÃO, Reinaldo; LOPES, Manuel;
MALHEIROS, Eglê; MOURA, Clóvis;
SCHMIDT, Carlos A. R.; SILVA, Walmor
Cardoso da. Poesia. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957,
p.65-83.
Vocabulário controlado: POEMA(S)
Palavras-Chave: Poesia
*
SILVA, Ody Fraga e. Amadeu Rodrigues, Jornalista.
Sul, v.10, n°.30, dez. 1957, p.85-95.
Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Conto
*
LAUS, Lausimar. O responso. Sul, v.10, n°.30,
dez. 1957, p.96-100.
Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Conto
*
MARTINS, Ibiapaba. Os trilhos da tempestade. Sul,
v.10, n°.30, dez. 1957, p.101-118.
Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Conto
*
. O homem e a terra. Sul, v.10, n°.30, dez. 1957,
p.119-121.
Vocabulário controlado: FICÇÃO
Palavras-Chave: Conto
*
SUL. Notas, comentários, publicidade. Sul, v.10,
n°.30, dez. 1957, p.122-138.
Vocabulário controlado: VARIEDADES
Palavras-Chave: Arte; Literatura
*
SOARES, Doralécio. Rendas da Ilha de Santa
Catarina. Caderno de SUL. Sul, v.10, n°.30, dez.
1957, p.139-152.
Vocabulário controlado: REPORTAGEM

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