Frame Relay
Frame Relay
Frame Relay
Universidade Licungo
Quelimane
Abril de 2019
III Grupo:
Frame Relay
Universidade Licungo
Quelimane
Abril de 2019
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 1
3. Conclusão ......................................................................................................................... 13
1.1. Objectivos
Geral:
Apresentar uma visão geral sobre a tecnologia Frame Relay
Específicos:
Apresentar os diferentes padrões, características, arquitectura e funcionamento da
tecnologia Frame Relay;
Apresentar a estrutura dos quadros, fluxo de informações, técnicas de controle de
congestionamento;
Apresentar o conceito de Circuitos virtuais em redes de computadores, suas aplicações,
vantagens e desvantagens.
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2. O Frame Relay
O Frame Relay é uma tecnologia de comunicação de dados de alta velocidade que é usada em
redes de computadores ao redor do mundo para interligar aplicações do tipo LAN, SNA,
Internet e Voz. Pode-se dizer que a tecnologia Frame Relay fornece um meio para enviar
informações através de uma rede de dados, dividindo essas informações em frames (quadros)
ou packets (pacotes). Cada frame carrega um endereço que é usado pelos equipamentos da rede
para determinar o seu destino.
A tecnologia Frame Relay utiliza uma forma simplificada de chaveamento de pacotes, que é
adequada para computadores, estações de trabalho e servidores de alta performance que operam
com protocolos inteligentes, tais como SNA e TCP/IP. Isto permite que uma grande variedade
de aplicações utilize essa tecnologia, aproveitando-se de sua confiabilidade e eficiência no uso
de banda.
2.1. Padronização
A tecnologia Frame Relay é constituída por dois padrões, o ITU-T (União Internacional de
Telecomunicações – Sector de Telecomunicações) e o ANSI (Instituto Americano de
Normalização).
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A conversão dos dados para o protocolo Frame Relay é feita pelos equipamentos de acesso. Os
frames gerados são enviados aos equipamentos de rede, cuja função é basicamente transportar
esse frames até o seu destino, usando os procedimentos de chaveamento ou roteamento próprios
do protocolo. A rede Frame Relay é sempre representada por uma nuvem, já que ela não é uma
simples conexão física entre 2 pontos distintos. A conexão entre esses pontos é feita através de
um circuito virtual (virtual circuit) configurado com uma determinada banda. A alocação de
banda física na rede é feita pacote a pacote, quando da transmissão dos dados.
O principal objectivo de uma rede Frame Relay é fornecer ao usuário final, uma rede virtual
privativa (VPN) capaz de suportar aplicações que demandam altas taxas de transmissão.
Quando implementado o Frame Relay, pode se utilizar a tecnologia tanto para prover acesso,
como para o transporte das informações. Quando foi concebida, na década de 1980, a tecnologia
era considerada de alta velocidade. Entretanto, a percepção do que seja uma alta ou baixa
velocidade de transmissão muda com o tempo, e hoje, ainda é uma opção interessante para
redes de acesso, pois existem grandes restrições ao uso do Frame Relay na implementação de
backbones.
Na figura que abaixo, temos uma arquitectura típica no processo de formação de redes
corporativas utilizando frame relay no acesso.
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2.2.1. Funcionamento
O FR utiliza frames para o transporte das informações. O frame é composto de cinco partes
como mostra a figura abaixo:
Frame Relay Header (FRH) - é uma parte mais complexa, com diversos campos
utilizados para controle do protocolo.
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FCS (Frame Check Sequence) - é um CRC (Cyclic Redundat Check) de 16 bits
utilizado para detecção de erros no receptor, ou seja, caso ocorra algum erro entre a
transmissão e a recepção do frame, é com este campo que o protocolo verifica a
integridade do quadro.
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A rede Frame Relay não executa a correcção de erros, pois ela considera que o protocolo
da aplicação de usuário executa a recuperação de falhas através da solicitação de
retransmissão dos frames perdidos;
A recuperação de falhas executada pelo protocolo da aplicação, embora confiável,
apresenta como resultado o aumento do atraso (delay), do processamento de frames e
do uso de banda, o que torna imprescindível que a rede minimize o descarte de frames;
A rede Frame Relay requer circuitos da rede de transmissão com baixas taxas de erros
e falhas para apresentar boa eficiência;
Em redes de transmissão de boa qualidade, o congestionamento é de longe a causa mais
frequente de descarte de frames, demandando da rede Frame Relay a habilidade de
evitar e reagir rapidamente ao congestionamento como forma de determinar a sua
eficiência.
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Figura 4 - Interligação de 3 LANs por meio do Frame Relay
O Switched Virtual Circuit (SVC), geralmente traduzido para CVC – Circuito Virtual
Comutado, é criado de forma automática, sob demanda, fazendo a conexão permanente entre
dois pontos quando necessário para atender uma aplicação que exija um circuito temporário.
Um exemplo de aplicação para este tipo de circuito é o uso em chamadas de voz onde a conexão
só precisa estar feita no período de duração da chamada. O protocolo de sinalização do SVC é
especificado na norma ITU-T Q.933.
Para o usuário é transparente o uso SVC ou PVC, desde que tudo ocorra bem. Porém, para a
operadora o SVC permite uma maior flexibilidade na conectividade entre os pontos de origem
e destino na rede, resultando em economia no projecto.
2.6. Sinalização
Embora o protocolo Frame Relay tenha sido desenvolvido para ser o mais simples possível, e
a sua premissa básica determinar que os eventuais problemas de erros da rede deveriam ser
resolvidos pelos protocolos dos equipamentos de usuário, surgiram ao longo do tempo
necessidades que levaram os órgãos de padronização a definir mecanismos de sinalização para
três tipos de situações, aviso de congestionamento, estado das conexões e sinalização SVC. A
implementação desses mecanismos é opcional e, embora a rede seja mais eficiente com a sua
adopção, os equipamentos que não os implementam devem atender pelo menos as
recomendações básicas do Frame Relay.
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2.7. Aviso de Congestionamento
A capacidade de transporte da Rede Frame Relay é limitada pela sua banda disponível.
Conforme o tráfego a ser transportado aumenta, a banda vai sendo alocada até o limiar onde
não é possível receber o tráfego adicional. Quando atinge esse limiar, a rede é considerada
congestionada, embora ainda possa transportar todo o tráfego entrante.
Os DLCI's (Data Link Connection Identifier) válidos definidos para uma determinada
porta ou interface;
O estado de cada VC, como por exemplo se ele está congestionado ou não.
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2.9. Aplicações
A interligação das redes LAN de vários escritórios compondo uma rede WAN, é uma aplicação
típica para o uso da tecnologia Frame Relay. O tráfego usual das redes de dados é normalmente
de 2 tipos: interactivo (comando - resposta), ou seja, solicitação de usuários e aplicações clientes
e respostas de aplicações servidoras, e por rajadas (bursty), quando grandes quantidades de
dados são transferidas de forma não contínua.
Além disso, o uso dos circuitos virtuais do Frame Relay para compor a rede permite tempos de
provisionamento muito menores e reconfiguração de rede ou aumento de banda com maior
facilidade.
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2.9.2. Interligação SNA – LAN
A tecnologia Frame Relay possui facilidades de encapsulamento de múltiplos protocolos. O
protocolo da tecnologia SNA pode ser utilizado sobre o Frame Relay para interligar
computadores de grande porte com escritórios, agências bancárias e outras aplicações onde o
acesso a esses computadores de missão crítica se faz de forma remota.
Estas funcionalidades permitem aos roteadores e dispositivos de acesso Frame Relay (FRAD),
que fornecem a conectividade de rede, suportarem o tráfego de sistemas SNA, sensíveis a
atrasos (delays), e de redes LAN simultaneamente com o desempenho adequado.
Considerando dois diferentes planos: controle e usuário. O plano de controle institui e termina
as conexões lógicas e o plano de usuário transfere os dados entre os usuários. Desta forma, os
protocolos do primeiro plano estão intimamente ligados à relação usuário-rede, enquanto os
protocolos do segundo plano fornecem serviços fim a fim.
Para transferência de dados entre os usuários finais, a rede FR utiliza o protocolo Q.922, mas
apenas as suas principais funções são utilizadas, a seguir:
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2.11. Vantagens e Restrições
A tecnologia Frame Relay oferece vários benefícios, quando comparada com outras
tecnologias, são elas:
Custo de propriedade reduzido (equipamentos mais simples);
Padrões estáveis e largamente utilizados, o que possibilita a implementação de
plataformas abertas e plug-and-play;
Overhead reduzido, combinado com alta confiabilidade;
Redes escaláveis, flexíveis e com procedimentos de recuperação bem definidos;
Interoperabilidade com outros protocolos e aplicações, tais como ATM e TCP/IP.
Entretanto, para as vantagens do Frame Relay serem efectivas, 2 requisitos devem ser
atendidos:
Os equipamentos de usuário devem utilizar aplicações com protocolos inteligentes, que
controle o fluxo das informações enviadas e recebidas;
A rede de transporte deve ser virtualmente a prova de falhas.
2.12. Desvantagens
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3. Conclusão
Embora não seja confiável, pois não oferece confirmação de entrega nem possui um mecanismo
de controle de fluxo, o frame relay possui a vantagem de garantir que os frames sejam entregues
na ordem em que são transmitidos. Este serviço, baseado nos dois primeiros níveis do modelo
OSI, transmite quadros, baseado em multiplexação estatística, onde cada quadro possui a
informação de endereçamento necessária para que este seja entregue ao destino final,
possibilitando quadros de tamanho variável, obtendo assim uma utilização mais eficiente da
largura de banda disponível.
Este serviço suporta múltiplos protocolos e aplicações e diversos ambientes de clientes, sobre
uma mesma interface de rede. É muito utilizado para comunicação entre LAN’s ou Internet.
Além disso, o Frame Relay é totalmente digital, o que reduz a chance de erros e oferece taxas
de transmissão excelentes. O Frame Relay opera tipicamente de 64 até 2048 Mbps.
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4. Referências bibliográficas
TORRES, Gabriel. Redes de computadores – Curso completo. Axcel Books. 2001.
ALVES, Luiz, Comunicação de Dados, Makron Books, São Paulo – SP, 1994.
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