(© ROMANCE COMO EFOFEIA BURGUESA
cv en807 cos enable tery)
solide
1 Asyiciastudes da teoria do romance
0 romance lteirio ¢o género'maistipic da sociedsde hus-
gues. Emboranasliterataras do Oriente antigo, da Antiguidage eda
‘dade Média exstam obras ob multosiaspectos ais ao romance, o&
‘wacostipicos do romance aparecem somente depois qu eesetornow
1 forma de expresgo da vociedade burguess. Por outro lado, € no ”
romance que todas a contradiges espctficas desta sociedade sio
figuradas do modo mais tpico¢ adequado. Ao conterio das outa,
formas artisticas (por exemplo, o drama), que a Iterstura burgers
sssimilaeremodela em funslo de seus proprios objetivos;as formas
-arratvas da literatura antiga soleram no romanecmidificagtes tio
profundas que, neste exo, pode-e falar de ima forms artstica
substancalmente nova
‘Allei universal da desigualdade do desenvolvimento espiitul
‘cm rela ao progresso material, etabelecida por Marx, manifesta
~ sedemodo aro também ne destin da teoria do romancs. Cm base
«ermnoss dfinigzo geal do romance seria posivel supor que ateoris
esta nova eespecfca forma ltersria foi elaborada de modo com-
pleto na etiica urguesa. Mas no fo iso 0 que aconteceu: 0 pri-
relrostedricos burgueses ocuparam-se quase exclusvameste dos
shneroslitedciostujos prinipis estticos podiam sr reclhidos da
antiga literatura, como o drama, ¢epopciasitra ete. O romance se
desemvolve de modo quae intcraments independent date
Ga literatura, que ndo o toma em consderapio eno infu sobre ele
(ecorde-se, nos séculos XVI e XVI, Bollea, Lessing, Diderot ete).
As primeira alusbesstrias a uma toria do romancelencontram-se
em observacoesdispersa feta pelos prdprios romancistas, que de
stonstram elaborar este novo gnero de modo intiramente cons
lente, ainda que, em suas generalizagdestedrcas, nzo superem 0
que éabsolutamentenecesisio para sua prépria ciao.
eee yeaaannnnes © nowance como EOWA RURGUESA #195,
Decerto, eta falta de aengto pars 0 que €cpecifamente romance, ainds que nfo tanto de carder teéxco-sseafio, mas |
_ nova no desenvolvimento Durgues da arte nfo & canta Open dobre denature jornalticy voltage para qustes de asl
“mento eric daburgusia nascent emtodssasquetesdu een dade A desigusldade do desenvolvimento fr com qu xa teratu-
€ da cular, tina forosamente dest manter © mais proxina
oie de senjmodelo antigo, no qual encontrar sma poderoa
ama idelgca em sua lta pla clr burgvesa contra clare
as ligaste, 00 mesmo tempo, A fundamentaco teévica do natura
Tso: o romance foi separac das grandes tradigbes ¢conguista da
época revolucionslaclisicale a forma do romance se dissolves sob
medieval. Esta tendéncia se reforgou ainda mais no periodo absolu- | ¢ | oefeito da decadéncia gral da ideologia burgues. j {
vninneetariueiamavessva ss prices esdoseudesen- [7 Pormaisntressanisquesejam sts toa do omanes para)
‘wolvimento, Todas s formas de criagio arttica que haviam crescido ‘6 conbecimento das,aspiragSes arusticas da burguesia depois. da)
*T organicamente da cultura medieval, assumindo um aspecto popular
até mesmo plebeu ~e que, portant, nko corespondiain sos mo.
Aelosansigs -, foram ignoradas pela tori e feequeatemente te.
1%» hacadss como “no atstcas (como, porexemplo,o deama shakes
“°” peaian)-E, como se abe, o romance ~em sets princes pei
representantes lignse deta eorganicamente aida que womesmo
[tempo de modo polemico, & arte narrativa medievalia forma do "2"
\ metade do século XIX, elas no podem resolver os problemas fun |"
+ damentais do romance, ou sj, nfo podem nem fundamentar a
ymomiia do romance como género litedeio parteularjno sio de
|
‘ulras formas de/narragio pica, nem especiicar as caracteistins
‘espeificas deste gener, 08 principios que diferenciam da lteratay
que tem como objetivo o puro divertimento.
) Tomanee urged dsoluco da naratia medieval, como produtode. 2. popes eromance |
“sua uansformagioplebels ¢burguess - aan |
Somente na loti clssic alm & que suger a primeine _Ateori macs do rrnneaideve part, portant ainda que |
{enttias de crar uns fora esttic geal doromancee de incalo crticamente ds ideas elaboradas sobre este enero lero pela |
Srzinicamente nim sstama de formas extéias. Ao mesmo tempo, | _etticaclsrca lem. Aestéia do iealismo casio fo a primeira ;
z+ também as formulagbes do grandes romancits sobre eu préprio spina plane dos priacipis.a questo dateoria do romance co faz i
(is, fable geoham ample profndidde (Water Scot, Goth, °°! de modo snltancamente iemdic Mtn. Quando Hegel
{co Bae Porasto.orprincpisdateoriabargesdoromanestoram "Shama gvomunee de epopea burguse’ poe uma questo questo “(||
¢_stabelecids neste perodo. . mesmo tempo este esti: ele considera ofomancelcomoa iv" |
2° sas uma iteratura mas abundantesobrea tora do romance atneroTteriio que,na época burgues,corresponde epopei.O |
‘elo’ lursomentena segunda metae do deo XIX Poi nestacpoca Fomance, por umlado, tem ascaracteristiaesttcas ges dt grande
he 0 romance confemow defnitivamente sua predominincia co-_ 2 _garratva piace, por outro, sofas modfcagis razidas pela paca
maloma de expend pc d.conscénca tga 2c burg 0 qe spa sonia Com no em peo |
‘As entativas de faze tenace a epopcia antiga com base na clza- "7° juga € determinado 0 Inga do romance n0 sistema dos gineros
0 moderna bastante funds nos sul XVITe XVII (Milton, /°" $s anttios ele dea de serum ginero “inferior” qu torn evita com
+ Noliate, Klopstoc), desaparecem neste petiodo. Alm dissovnos “" r!” toberba, seado plenamentereconhecido seu eardter pico domi-
riots palteseuropeus, hi jéalgum tempo havia se enecrrado 0 nante n literatura moderna. Em segundo lugar, Hegel deriva prec-
Panto culminaate(dodesenvovimento do deams. E assim natural samente da oposci histricalentee a época antiga ostempos mo- -
‘que suyja também (mais ou menos na epoca da publicsio dos dernoso cardtre a problemstia expeificos do romance. A pro-
stigstebrico-polémicos de Zola) urna mas amplaliteraturesobreo fundidade desta formlagio do problema manfesta-seno fato de que4196 $ Gronor Lurkes © rownvce couo eropsia nuaauEsA #197
Hegel, seguindo o desenvolvimento geal do idealismo clisico ale cxtero, privaco de qualquer atvidade deste tip. Bsa degradasio 0°"
| imo a partir de Schiller, sublinha enfaticamente a hostilidade Aarte ,£ | ft” dest ofterreno objetivo/para o florescimento daipocsia, que €
da moderna sociedade burgucs: cle constr sin teoria do romance “-7" | suplantada pela prosa rarteizl pela banaidads! tal degradagio,0. =
precsamente com base na contraposicao entre o carster pottico:do Se" |r (> homean ndo pode se submiter sem resistencia, Diz Hegel:
1 mundo antigo eo carstr prosaico(da eviizacto modema, use. da 2"! © rn eansvadd de ann tosdase intvid 1
sociedade burguess efesvae de na autonemiaautatica nfo nos abandons
Como jé bem antes dele o fzera Vico, Hegel~ ainda que cer, Ho jmas, enio podem not abandons, por als que © *
tamente sem indicar 0s seus fondamentos econdmicosobjetivos —" Fe ‘ksenvolvnots Soren na vis ce polis madre
tiga a eriagto da epopeiald fase primitiva de desenvelvimento da {ou eo deenratvimento bugis] sa por nd tecoahe-
‘humanidade, o periodo dos “her6i, ou sea, a0 perlodo em que a ‘lo come (ema « raconal
v» vida socal ainda nfo era domainada, como'9 seria na sociedade Embora Hegel consideteimpossveleliminar estaiconteadigto fs"
‘burguesa, plas forsassociis que adquirram avtonomiae indepen- entre poesia eivilizapio, ele pensa ser posivel mitigg-la sta fangao.
“ dincia em face dos indviduos. OcarSter potics da época “hero {encaroada plo romance, que desempenha nasociedade burguesao
‘que se expressa de modo tpico nos poemas homérios,repouss aa __*, mesmo papel desempenado pela epopeia na sociedade antiga En
autonomia ena atividade espontinea dos individuosso que significa, f""_ quanto "epopela burgues’oromancesteve, segundo Hegel, conciian.
como dia Hegel, ques individulidade nto se separa do todo ticoa as exigtncias da prosa/com os diteitos da pocsine encontrar uma
‘que pertence tem conscénci des somente em sua unidadesubs- “médi" entre ees
tancial com este todo" O cardter prosaicd da época burguesa consis ‘Na realidade que se tornou prosaica, 0 romance deve, sempre *
te, para Hegel, na inevitivelaboigio tanto destantivdade espontines ¢--%-.] segundo Hegel, “devolver& poesia nos limites em que isso € possivel }
_guanto da igaco imedita entre oindividuoe a sociedade. Diz ee: “os nasituago dada,o direitigue ela perde Masiso deve er eto n30
“No atual Extad de iret, os poderes pablicos nfo tém em si mes tna forma de uma coatraposigio romantcamente ctistalzads eatre
‘mos uma figura individual, maslo universal enquanto tal rina em no, poetiae prosa, mas mediantela iguracso detoda a ralidade prosaica
_,_suaniversaldade na qualo crite viodo individo ou éremovido Poe dalutacontsa ea. Bsa lata encontra sua realzagio
‘ou aparece como secundérioeindifeente’: Portanto, os homens mo- rf Ree aa a a
~ dernos, ae contrrio dos homens do mundo antigo, "tm seus obje- vain em opodtie tardem do anit apeeten! nosoy
tivos econdigdes pessoais eparadas dos objetivo do todos 0 que oin- nheert nea.o atintca ¢ 0 sebetanil,reconcliando-se
dlividuo fax com suas pr6priasforgaso faz somente para she, por isso, ones relies © ela ipgresando de mado so; ma,
reounde pens ors eons eno pss doo sas ene eee
Eapcakopmaseneronprene: ol ee ae ee
realdade que ve fom amigs da bles e da arte.
stall, que regula a vida da sociedade burguesa, €reconhecida an oa
{ncondicionalmente por Hegel com resultado hstorcamentene- Na teoxi do romancé de Hegel encontearam sa mais mi
‘cesito do desenvolvimento da huinasidade e como wn progresso nose exprestio todas as grandes vrtudes do idealismo cssco, mas
absolut, em relagio ao primitvimo da época “heroes”. Mas este 0 mesmo tempo, também as suas inevitveslimitagbes. Por ter se
rogress tem também uma série de laos negtivos:o homem perde sptoximado ainda qe deforms ass cidealisa, da compreenso de,
_, sua anterior atividadeespontineae a submisio a0 modemo Estado ‘uma contadieo stencil d sociedadeburgues on sia, dofato de
buroerdtico,vvida como a submisto a um organism coeriva case nea o progresio tecnico material €alangado ao prego de um198 ¢ Groner Lueics
febuixamento de miitos asp
tae tos decisvos da atividade'espiritual © |
co) ptr da ante eda psn secede
cons ria una se de oraaies dhe eee
titwem alrazbo de sua permanente grandera. Em primeira
tomou evento eenta eo
(apres
4 ‘Brande signit
cnr
Ts
mega ronan pepe
liao ered ao fo equ too ons!
es ificagdo tende epopeia, ainda que de modo contraditério
| psraon-<¢peciumete ne tnd joe eee
aes grande potca spd as oe
‘eoria burguess cldssica do romance reside na tomada de consciéncia >”
- dudlersvahistccataves pope naigrcoromance creenn ed
2 conpresnto dommes an un nse mts pene OE
‘novo, ete
Nio temo a
qui espago para falar detalhadamente da teoria
‘eral da epopeia na ilosofiaclissic, ainda que esta dtm tenha ite
‘ito paratim conhecimenta tedtico da cornpos
‘homéricos (por exemplo: a significado dos momentor,
‘popeia em contraposio com a progressio dos motives no drama
‘nutonomis das partes singulares, fungio do_acaso etc.). Estas tesey
serais sto de extruordindria importincia para entender ¢ fora
fomanesc, gu ec os principe pots formals gaya
_ S28 qusiso romance, como antes dees epopeia, pode dar um que
‘completo do mundo, um qusdro de sua epoca, ote
Gorthe formula do seguinte modo a oposigio ent
am =puinte modo a oposigfo entre romance e
10 dos poemas
regresivos na
No romance, deem
se representa sobsetado iia €
uy OMe 20 drama. perenegen eft 0 conace
er melt ni So proiint deen
feturdr a evolugo demacndamente sp a
+) [61 0 het do romance deve enon
ce deve ser parvo, ou, pelo meson
io extsvamente atv! No" OP
f
ses de natureza formal: ela €necessrie a fim de que,
poss se desenvolver, em toda asus amplitude total
apse do eid romance exgda po considers
emtomo del, *\"
lidade do mundo,
No dratsa a0 contririo,o protagonista encarna a totaidade de ung"
ontradigao social levads a seu limite exten,
© nowniece cone rropsta nonawnsn # 199
Nesta teoria do romance’se expressa, ao mesmo tempo,
frequentemente sem que os prépros tebrcos o pereebam, um eariter
«speifico do ramance burgués: 2 sua impossibilidade del
fepresentar/um “herbi postivo” Decerto, 2 flosofia cl
i borda plenamente este problema, jf que ela tende conscientemente
4 aleangar im impossvel estado médio entre as tendéncias contea-
postas eem luta no seo do capitalism: nto por acaso ela omacaroo
‘modelo o Wilhelm Meister de Goethe, romance que se prop6e'cons-
~ cientemente figurar este “estado médio”.Todaviz, a flosofa clisi-
> ca eaclareceu até certo ponto a diferenca entre
te
_ Gu, como vermos, consti ctusa principal de dies soy
do romanceiquando comparado & epopeie 0 mes-
‘mo tempo, também uma série de vantagens. O romance abre cami-
abo para um novo florescimento da épica, de di ‘
-serando com iso pouade anncas mow ue ea
etn igor nee
Scheling tem toda rato quando sah
stb uma to grande
ortncia frmado romance. Byron que, dese
forma veraeads excreeu com teu Dom uc romance eg
‘uma epopela - formulou enfaticamente, desde os primeirosiversos, a
‘posicfo catre epopeise romance sob 0 ponto de vstadaforma, Ele“,
i
‘quer romper co
-omposio épica, com o inkcio jin media cs
Bole que contra bografa de set ex desde comego, Comoe, go".
Byron aponta efetivamente para uma caractristicaespcifica esc
‘ial da forma romanesca. Como a epopeia opera com um her6i que,
‘Por toda sua psicologia, cresceu sem problemasino seio da sociedade
em que vive, ¢figurasto épica/nio carece de nenhtuma espécie de
eplicagso genética; por conseguinte, ela pode ter seu comeco no
onto maisfavorével ao desenrolar dos eventos épicos. Anarragio do
asada serve somente sos interesses do relat, dexplicitagao da ima.
daepocahergieanesepopen dens > |
|
(0 romance como rroMBiARUKGUHSA #203,
jye7* bem do mundo, 2. tensto,épia etcn'mas nfo tem ein vista ara
“5 explicagio do carter do her ede sua rlagio com a sociedade. No
Ge romance, ocorre precisamente 0 contrario: 0 passado’é absoluta-
{i mente nee parenplcargentamente 0 presents 0 die
‘elvimento ulterior do peronagem. Mas Byroujaboréao problema
Job um aspectolfonmal le exige a forma bigriica como forma do
romance. Or, bese que grande parte dos omances sion ado=
{am eta forma bog; ms sera inci no formaliso Gece
H1~%, da necetsdadepars.o romance do principle duexpliasfo genética
s(28 concusto de quea forma bogie igualmente ecessin Balse,
{'3°"gorexemplo,orante mest do desenvolvimento genetic, pe ex
si presamente a exigtncia de comesar o romance em ualgser PON
fo desenvavimento do here uliza amber eta variant d gy
co rapflem aa pre radar
Comovimos, ocore una contro entee erie prin
Aesenalvimento do romanes, gue ¢ mans no staso da toe
om clo pritca da criagoromanesca. sso se podera cone
‘te, yar a consropto da teria do romancejeom sus patil
des especies podria serve como msterial somerte a obs
doy grandes omancista. Contd, oad a tora por aim diner
“fica dos grande pocase pensadores o period revelcionsrn
) da burguesi
dal manifest mais do que em sun teria propiamente dita Jo
mance. una ous clara comprensi das contadigesfndamen
tts da sociedad burgess.
‘Wjamos um cremplo ina Feomenaaga do Spirit, Kegel
Indicou oposigio enteoperodo heroico «0 perfodo prosic da
pelt
Dbarguesi, ou sta, a oposigf entre aatividade humana expontinea)
cls dominagso de forcat socials abstatas Esa indica serve para
oiaminarocaminho que leva da epopelae da tragédia gegasa0 mun
do da prosa (Roma). Mas os leitores atentos da Penomenologia cer-
\tasnente observaram que esta passagem aparece duas vezes, inicial-
_mente nos capttulos que tratam da transiqto a sociedade burguesa
moderna, ou sje, nos capituos sobre o zeino humano espiritual”€
sobre “o expiito alienado de si mesmé, a cultura” Estes capitulos
ostram uma aividade espontinea e uma autonomia do homer,
‘enconttamos neles também umalteois “esotrica, na
fe
i
ca
age)30 ¢ Gronor Lnscs
mas w atividade espontinea/tornada alienada de si mesma, defor-
‘mante e deformads, propria do(periodo de asscimento do capita
lismo, 0 da acumaulacio peimitiv Em tas eapitalos, Hegel nada diz
sobre a poesia, em particular sobreio romance e seus problemas
formais, mas nio € certamente por acaso que, num momento de:
sisivo de suas considerasbesycle cite O sobrinko de Rameau de Diderot
‘eextrala da estrutira e da forma desta obra-prima importantes
condlusbes:
(© que no mundo da clara se experiments ¢ gue nlp
tim vedadelnem as cde eens do poder e 6 riquer,
hem stus oncetordstrminados, bem e mul, ou 4 cont
inca do bem edo mals conscitci tbe es consctncla
vil sendo que todos estes momentar ae invertem, ante
1. no out, e cade um é 0 cotrro de msm.
‘Mas a linguagem do dilaceramento € a Iinguagem periia
0 verdad espito exstente de todo erte mando da
cal
5 principios desta'teoria
conttm também os prinepioe da postica“esotérica” de Balate, que,
nna maioria das vees, ele enuncia pela boca de seus personagens (e,
portant, na forma atenuada da iron). Assim, em Ilusbes perdidas,
Blondet diz
‘Tudo ¢ bisteral no domino do pensamente...O que
fax Molise ¢ Comeileserem grandes no € a faculdade de
fazer Alcste dizer sine Pinte, Ovi Cinna diate
aa, Rossen, nx Nova Tobia ereveu mn cast x fae
Yor outta contra o duel. Vet teria coraem de define
snatsl ea a vetdadera opinito dele! Qual de nds podela ys"
liga ene Carice Lovelace ente HetoreAqules? Qual!
hers de Homero? Qual fla iatengio de Richardson?
Do ponto de vista prtico esta potticanio leva Balese (nem 0
Hegel do pertodo da Fenomenologia) « ump cevicismo miilists. Hla
significa apenas que Balzac, em sua obra, desenvalve até fando a¢
vetiv, que prestupae naturlmente tums profunda e conereta pe-*
neteagio nos problemas socials, os grandes naeradores podem car206 © Groncr Luescs
malrepresentaci global de sua sociedad, partic da qual ~
diz Engels de Balzac ~ € possivel,
es como\
"mesmo no que respeita aos
Pormenores econdmicoe’, aprender mals do que “em todos os livros
Ae historiadoreseconomistas eprofissionais da estatistien depo
-Ascondigdes em que surge esta arto, seu conteido e ua forma
#0 determinados pelo grau de desenvolvimento da economia ¢ de
7 lta de classes no momento em questo, Mats epopeia co romance
‘resolve este problema central que thes ¢ cormugn de modo|diame, *"
x tralmente oposto. Para ambos os géneros, é necesito tornar ebidente
1 pecullardades essencias de urna determinada sociedac por mete
ae destinos indviduais, das agoes e dos softimentos de inividuos
‘concrets. B nas relagdes do individua com a sociedade, expressas
através de um destino individual que se manifestam as careterstiens
«ssencnis dolserhistrico-conereto de wma forma social dada, Engels
descrevea grande dame como figura principal dos romsences de Baleac
¢ firma que, “em tormo deste quadro central, [ele] pinta tode «
histévia da sociedade francese”?
"Mas, no estégio superior da barbizie, no period homérico,«
‘ociedade ainds era relativamente tnida. O iadividuo siteado po
_ centro da narragdo podia ser tpico
‘mental de tods a sociedade,& nfo acontrudisaotpiea no interion dy
tociedade. A releza, “xo lado do conselho eda assembleia do pove,
significa epenas a democracia guerreira” (Mars)
=e Homero nie
‘ast nenhum eo plo quale pro (uma pede pve) pes
Prépria vontade, A acio da epopeia’ ee
"ser obrigadoa fazer algo contra a
hhomérica €a luts de uma sociedade relativamente unida, de una
sociedade enquanto coletividade, contra uminimigo extern.
Com a desagregagio da sociedade tribal, desoparcce dh arte
artativa esta forma de fgurara act, jé que ela desaparccen também
«vida rel da sociedade. As caracteristias, a agbes ou a stuasoes
Los individuos ado podem mais representar toda asciedade,ou sje,
info podem se tornar/tpicos de toda a sociedade, Cada individue ‘innie~
‘epresenta agora uma das classes em lita. Eso a profundiade e
juste com as quais € compreendida uma dada luta de classes em
seus gspectos essenciais que permitem resolver 0 problema da
Upcidade dos homens e de seus destnos.Aunidade davida do pore,
Ved atic =a pelceuie
‘xpresiaretendéncia finda *
be
°
3
__fiel os momentos centrais
ve
© rowascx como sorta woncusss © 207
‘que se tomou contraditéria, pode ser representada apenas por meio
daapreensio corsta das oposiges que constituem, ou sea, comoa
— sunidade destas oposigoes. As tentativas posteriores de renovarlos le
‘entos formals da antign poesia épicaestio condenadas, na medi-
de en que nascem num nivel de desenvolvimento mais elewado das
‘oposgBes de clase, a representar a sociedade de um ponto de vst
texroneo, especulativo, como se esta fos ainda ‘um sueito unitéio
i ves surgi a sociedade de cass, grande are aera 6
ee a yrandeza épica da profundidade ¢ tipicidade das
DE, pode extrsirson grandes £0 ide dat
700" eontadiges de cate em sa tolalade dint. Na Sigur
J tardio, a aparéncia'de que o tema principal seria a oposiclo entre 0
fs personagens ¢ 0s destinos dos homens refieem dle modo tipico e
Sa ee ee
arco ea beeen ee eee
ee eee
nce na moe na el, ie
‘Longo), 40 contrario, sio idilios separados do conjunto da vida so-
clots poh ee
See
Se es
a et area ass oe
Se ee ee
forma arttica, ou seja, 0 problema da. agao, 0.»1208 + Gronox Lutes
peswoal naprensvel pla naract poles (deerto,Hegejshavia
hotado exe fat, mas sem compreender sus cas economia 6,
prtanto, de modo incomplete). Em segundo liga, esta natures faz
‘com quea realidad burgucs cotgiana frequentemente no favoreen
‘uma tomada dle consiéncia medias e clara das cntradighes socials
fundamentais:e isto porque, na sociedade burgues, dominada por
foryas espontineas elementares,ninguém ¢ capaz de tomar fo”
consctncia do impacto de suas agdesn0s demas indviduos eo "e ,
choque de interesesadguire muitas venea um eater inpesoal. 3"!
Porat, para oe grandes romanctas,o problema da formalconist
em superar esta hostiidade do matecal com que tabalham, inven)”
tando stuaoes as quai Tota resproce ej comers lar, tiie
sem parecer como un chogueforeuito; <6 asim da cesio dest
‘suas pics, pode serconstrulds ina gto épiea realmente » | J
‘Senicativa ele BA
“Personagens tfpcoslem ircnstncasUpias”~ anim Engels ~)
drama. O pathos social antigo, que se manifesta de modo imedisto, "77",
* encontaefevamente na agin sm expres mals adequada © |
pura. Ao contrério,'9 nove “pathos. da vida privads", que softe "4
‘miltiplas mediaedes, 56 pode se manifestar na agfo quando sio
figuradostodososelos de mediasSobab a forma de pessoas concretas
te de situagoes concretas; este pathos, portant, destr6i a forms do
* drama. O cater dramatico da composicdo de alguns romances de
Balzac (e também de Dostoievski)ndo conteadis eta afrmass03 com,
‘efcit, no se pode imaginaram deama que contenfa wma riqueza de
deualhes mediadores tio ramifieads como aquela que tem lugar a0
romance. A debilidade arttica do dramas de grandes romancistas
(alae, Tolsto) ndo é de modo algum casual. Tampouco ¢ caval 0
fato de que a multiplicidade dos personagens contraditérios da vid
Darguesalteaha encontrado sua expressio adequads em toda uma 5
série de grandes romanees, 10 pass que a tntatives de simpliicar €
abreviar esta mulipicidade, submetendo-a&totalidadeintensva do
‘ama, levaram um fracaseo quase generalizado,
en planes on mesied 9
eet ens Sas Bly
Lb canna tn)
(© nowasce como sears suncesa $213
4. Onascimentodo romance (+ elas ms sew
es)
Doponta de vista do conisido, o romance moderna nasces da
Jute ideolgica da burguesia contra o feudalismo. Mas a nitida
oposigio & concepgzo medieval da mundo, que se manifesta na
totaidade dor primeizos romances, alo os impedia de recolher 4
brane da ate narrativa mediral. Hit heranga est lange dese
csgoar nos enredosaventureirs et, que a novo romaac
tem forma saico poplar ieologismenterelaborada.O nova
romance reco da narativa medieval Hberdadee a heterogene
dade da composigio de conjunto;& sua dispersio numa s
ventura singulatesligaday ene si somente pela pertonaidade do
Protagonist principal a relatvaautonomis devas aventura, cada
‘uma das quis se apresenta conto sna novela acaba amplitade
dda mando representado. Deceto, todos estes elementon sto radi
calmenle elaborados, tanto do ponto de vista do conteido quanto
dlaquele da fotma, ent somente nos esos em que edo tated
rmado da para «da stn. Comecam a penetsae na composi
romaneich, com intcnsidede cada ver maior, elementos plebeus.
Heine tem razio quando considera que este momento € decisiva:
| "Cervantes criou 0 romance moderna quando introdusiu no
4 romance decavalara's figural fel das cates subaltcoas eda vids
| popular’
‘Mas onovo material cua apropriaco rtisticlevon ciao
dainova forma romansten nao maseeu apenas desta renovagao de.
moctdtca da tematica de aventaas da velba azzativa) ora apr0-
‘nada vida reat: € agora pro da vide que, x0 mesmo tempo,
ingress no romance modernp. Cervntey/e Rabelais ciadores do
romance moderna, relleem em sias obras este importantissimo
fato, anda que dele extesinm conciades diferentes anton aia.
ctacia de Cervantes quantolo burg de Rabelais serebelam, porn
lado, contra degradacao do homem'na moribunde sociedade fet
Gal por outro, conta 4 sua degradasioins natcente soiedade
vor argues, embors cat um dees vj «seu modo
Wo superar esta dupla degradarao. A unidade dabublimee do ctmico na
7 imagem de Dom Quote ~ uma unidade que jamais volton a ser
*.» aleangada ~€ detecminada precisamente pelo fato de que Cervantes,214 + Groner tenses \
20 clar ct personage lta de nod geil cones carceistes
Principat dedus Goce am ar quae bation
sao mpsto tempo contnobeumdecisaeedlon nas
‘ezzisdesituld de senign ekonta a ater pee doe
‘dade burguesa, que se manifestava clarameate desde seus inicios.
Esta espécie de “luta em duas frentescontém em si o segredo|
(du inigualivel grandeza ese asin permon aos one ee
"aloo fntcodevelpimern grande romance Aigde Med
fo "democracin du otbirade™ rece sos esha
‘amente no perodo de sua dsolaco, un tensce heres
Stopes etemamentercte asad, Nae erode scone ie
4 atvdadsespontnes do homem poem tade se alten ae
"oo retirement le (Hegel contra poiodo von ogee
decom ao ago heroism cxleacoretmans seed ie
Shakespeare com as posibidades que pete Ine Seca). a
road vid urguetno cranes poct als do teen oe
{ue incidia sobre a‘ampla variedade da vida em movimento, uma
Vida plena de maravilhosascoisoet © aventura; a limitayto david
‘individual, a mutilagto do homem pela divsio captaiste do tale
lho sto eram ainda, na época do Renascimento, um fate soy
dominant reas
‘Mas esta Iutasimultnea contra 0 feudalismo e contra aj
anunciada degradarto burguea fornece ao artista multe tai do gee
tum rico material para a criagao. O mundo mulicoloride das forces
-medicvals de vide continua a ser um material rico mesmo quando se
combate com o méximo vigor o seu contetido social, ¢ « nascents
Sociedade burguess, com sua nova ideologa, est ainda marcuda pelo
Pathos da liperagio do homem em face da mortfcagto feudal, da
servidto social e ideolgica, da mediocridade e ds mesavinhes
econdmica poltca da Idade Média. Para Rabelais, a inscrcio oa
Porta principal da abadia de Theme "fags oque bem quiver tem
ainda o pathos letimo e entusiasmante da liberagao da hasan
dade, Este pathos nfo perde sea valorem mesmo aos olhos do leton
contemporineo, pelo fato de que 0 apelo a “fazer 0 que ve quer”
devera ineitavelmente/degenerar em seguida no hipécrita “Iainer
fre. isser ase” da covarde eabjetaburguesia liberal Natopiade
(O nowaxce como urortin wnovnss #215
Rabelais, ainda ecoajo pathos da luta contra toda mutilagso do
desenvolvimento livre e integral do homem, o pathos que inspirou
‘mais tarde a lata heroica dos jacobinose levou Abrihante critica do
‘apitalismo fla pelos socalistasutdpicos em particular por Fourier,
Portanto, também a lata de Rabelais contra a pross da nova vida
Durguesa nio € uma[revolte pequeno-burguess contra 0s “hides
‘maus” da civilzagao (como, mais tard, 0 seialnos adverstios o-
rminticos do capitalismo). A utopia do festado médio’, da reconci-- 2
liags0 dos adversrios em lta, conserva-se uaturalmente como uma
"utopia tamibém em Cervantes ¢ em Rabelais; mas, por vr rtstica-
mente figurada, ela nfo requer uma renticla 2 representagdo das
forgas antagbnicas em toda a sua oposigt.
ste ponto de vista permite queo romance em seu nascimento
2" osama, sm rlagio alguestio do “hers postive’ wa posi intel
ramente diversa daguela que seré porstvl mals tardy. A esténcia das
Seo classes dominantes na sociedade burguess nfo permite que um
sre horse eet ne atin Pos
Tho Mas, no period de nascimento do romance burps, na
pena poss ds oposite oi dave nove fms
Cc iio de berdade edu tide epontnea dow homens,
Peta ao romancita nc na gut do se er aps de
{bins ar cbucroder ices cna ont d en unt
“Poskrdae” No desenrainento ut
hive” do bd desta pea ees pe
om tanto mor inensade uate mato ecsete dominio dt
mei lv una eres da indidade 3 formgyo de
«homens com esta mente burg Eng), Quen as
o romance sc tasforma mum fragt de sociedad burps,
fume cine utcre ciate dvs ocaate tanto alr
) mente s¢ manifesta nele o desespero/snictado no artista peas co
ligdes/ Para ele insoltiveis/ de sua propria sociedade | (Gwiftcomps,
«indo Haba Cenanis)
As pataidades do Rensciment gram amb o el
ere omnes ao la i 0
cs principe tcligicos eed Goce to spreenion¢
‘Cprcsntads pelo oman de odo eis tssst thos
conin e pela sitre‘gurades, os qusis, por meio da heterogines variedade das aventurss,
slo levades pelo artista a5 ages, a uma verdadeira
cexplicitasso de sua esséncis;realista €© modo da esrita, 0 tragado
preciso dos detalhes necessicios em sus ligasSo orginica com a8
srandesforgas sociais,cuja lta se manifesta nestes detalhes, Mas a
histrianarrada éconscientementenforealistao sim, fantstcs. Ete
lemento fantistco nasce neste caso, por um lad, da visio utépica!
das grandes foreas da ¢poen, por outro, dalcomparacto satiica do
velho:myndo em dissolugio edo novo que esténascendo a partir dos
rine ta pela ibertagdo do homem. Como veremas em
Sequida est faptistico!nfo tem anda em a nada de romtntico, pois
-um(dese etaguarda.contr a prosa
4a vida capitalist; ao contririo, ele esti ainda impregnado da alegre
energiarevolucionéra da nova sociedade em gestagfo. Ete fante-
“icon se cantrapde a0 realiema eno constitu algo contréeio, nem
sequer do poato de vista artsticg, a realsmo gral da composisio; 0
contrério, funde-se com ele num todo erginigo: ter sua fonte na
tgrandeza da concepsio de conjunto deste ecritore, em sua capaci-
dade de apreender e gurar de modo justo a caracteristicas verda-
deiramente decisivas de sua époce, sem levar em conta a verossimi-
Thanga exterior das situagbese da combinagao em que eas se mani
festam. A Iuta contra a [dade Média, acompanbada ao mesmo tempo
pela apropriagio de sua heranca temtieae formal, torna posivel a
Cervantes e Rabelais cultivarem esteloi smo fant
“Mesmo os esritores que dedicaram sua atividade uta conta o feu
jaliemo num periodo mais tardio puderam ands, embora de forma
‘stenuadh, proseguir na inka deste realise fantéstico (os romances
dle Voltaire) Ar viagens de Guliver, de Swift, sio una transgSo org
“nal entre 0 tipo rabelaisiano de realismo eaquele que sera proprio de
Defoe do pont de viet formal, hisuma continuidade coma linha de
Rabelais, mas/o eardter puramente satiico do realismo de Swift js
bre uma nova fage no desenvolvimento do romance.
Se ene Betsbed
pon week Bagel ay gules 3 tems See
earn)
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}
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(© nowance como Erorma suncuEsA ¢ 217
5.A conguists da reaidade cotidiana
‘A.visio amarga ¢ pessimista que Swift tem da sociedade
bburguess € quaseinica no séeulo XVII também é ncaa
saUrico-fantitica, que situa fora ds cocrente principal de desenva-
viimento do romance no mafor pals capitalist, Inglaterra, bem co-
smo na Franca. Nao é que os emais excritores mosttem em suas obras
fatos menos negativos, situagdes menos terivas e quadros menos
mo na literatura burguesa da época da Revolucio Francesa, mani-
festa-sea necesidade eqcial que produ a8 tendéncias somata.
Mas of grandes escritores desta época sio grandes precisnmente
porgue nto capitulam, sob 2 aparéncia de uma oposicdo intransi-
‘gente, diante da crescente prosa da vida burguesa, mas buseam
* | descobrie figurar por meio de mila formas, os elementos que
sinda sobrevivem de uma atvidade espoites dos homens. A lsta
=p dexter ecrtores contr a degradasio do homers na ordem capitalist,
consolidada € mais profunda do que a luta dos rorntios preci=
~ samente porque ela & mais vital e evita um pretenso “radicalism”
j Mass tenlencias romintices esto presentes em todos eles enquanto
[notes (ptclament)saperaos Ma percent” bo-
aos grandes esritores realistas do séeulo XIX superem 0 romantis-
smo, na medida em que eua lata ciadora contra.a degradasto do ho-
‘men penetra muito mais profundamente do queofarem os tomtnti-
«os no interior do mundo objetivo, els nio superam inteiramente a
hheranga romantica. Querendo ou nio, eles s80 obrigades, quando
(© womance como morta auacuesa ¢ 225
‘nfo podem derrotar 0 eariterreifeado das formages soca, «
recorter aor meios da esizapo romantica,
“mbes as formas de soperasdo do romantismo, a verdadirae
a aparente, manifetam-eclaramenteem Bale Mas eva ambign=
dade dos grandes escrtores dst perlodo em face do romano
‘manifesase de modo mui diferenciado em cada um dees. Todos
‘dem se critcado or fererem concesies, por ut lado, pros da
‘ida , por outo, x0 subjetivismo romintico. Esta dupa critica do
romance elise jf aparece nos debates sobre o Wilke Meier de
Goethe, Numa cata endereada Goethe, na qua resume sa ine
press final, Shiller exereve que oaparatorotico dete roma
yapesarde tod aildade astca de Goeth, trl efit apenas
de um “jogo teat, de um “procedimento aticioag” enquanto
‘Noval como romaatico core, recuse ext obra de Goethe como
sm Clrdido dirigido contra a poss “Trat-se de uma histeia
doméstiea eburguespoetiads[] O expsto dente lve temo
sto, Ee €construldo com grande abilidade; mas (ato ques
‘buém um ee poo com um materia poten barat
Esta dupiidade/aa Ita dor melhores peneadorese attas
contra # depradagio do homem na ordem captalira ~duplicidade
‘gue resulta, em ultima instal, do fato de questa lta ae teva
ineviaveimente no terreno burgut,enguantoo conhecimento das
auras desta degrada tende a romper com todos os limites,
Durgueses~ determina posgto dos excrtors[na questo do her
ostvo” A exgtncia hegeliana delgue 9 romance edugque 0 kitor
paraa realidad burgest deve evarem ima instnci,eriagt0
dena personalidad postive proposta como modelo. Masesteheréi
positiv, como certa feta a espesou cicamente Hegel, seria nfo
sn he
[oo] um Aiea come os outos (a « mulher, outrora
sSorada como um set ni, comport-se ais ou tense
como todas as tras mulheres o emprego obrign ao tae
bake ¢ ge aborrecimentos, 0 casameato transforma-se
‘num calvirio doméstzo; em suma, © desperar! depots
joven eben”
Deste mado, a realizagto da exigéncis hegeliana levaria
Inevitavelmentebanaldade;e, para realiz-Ia de modo podtico, seria226 © Groxor Losses
Precio por em acto a dilética ironic desta realzago (vero epilogo
de Guerra «paz, de Tsoi). Em gerah por razdes que fé meacion
entio este processo
no ¢umaadaptagao & prosa da vida burguesa, como Hegel exgia do
set ur ‘A¥ romance burgus nas ume lata inessinte que tem como meta 2)"
Perino prolate onsen deat. © dendrimer reorders dohonch usec,
«yh ede oped do ere meré vin «me pre honem, Dien ee epi pln i] >
yee” capaz dekompreender toda calétcs do desenvolvimento captali+ "s"0” ava ext uta deve necestariameate se tornas wm her "postive
‘selena mips, prowegue Marn,‘o aspetosubvrtiv rel [ta nove aproximacio a epopia se tornard ainda mals evidente se f°)
nil +] que port im velba socedade le sabe amber qu ecodarmos 0 segunte nos romances Durgusis até mesmo nos ¢
pitalimo 0 mau indo que suscitao movimente uefa bistéria ao ‘mais bern realizado, os problemas socials objtivos 46 podiam exc
fazer com que o combate smadureg™ presarseindietamente, mediante «iguacto da Ite dos iadiv-
kine Duta pses de de nore sna do pola ye nt lp ven oar no omnes oii fake mk
wiley face das contadigbe da sociedad capitalists, surge pars.o roman Luepresentaao da orgunitagto de dase do proletaviado, da lata 86 ye
I ce atvaves a medias das mudangas emia temic importants. od
“uv Gray poems fotmas Pu oprolcurade, encore panore. Lum cman esse qu saponins du etn d pope a5)"
“Pills mancita socialists a sociedade ado € un mundo “ecabado’ flto fg, que Nguraa a uta de uma frmagzo socal contra outs. ss a
de objetoscrstalizaos alts de case da proletariado se rave arn sigoieado hstrico-univerl de Maxim Gor reside precisamens 7
mundo em que aatiidade exontines dos homens pode 4 tornar terno fata de que cle compreendes ~ «expressrsasena forma ats” ™
heroic. Jé no romance burguts, como vimos, podia brotar ua ticamente acabada~ todas estas nova tendéncas que decorrem da
tens dpca/da uta do homem por sua eitenciaextetior «por sa situatohistrca do proleaiado.
r+ Integidade interns, na medida em que ets hits sada era travada sas peculuridades do desenvolvimento do proleaiadoco-
+ corsonamene contra degradasto feudal capitalisn|0 patios desta
| lta imtensiica no proletrindo, nfo 56 porque a etistéaca do
| tabathador € muito mas insegura no capitalism, mas também
porquela lta copira a eterna ameaga gue pesa sobre + exsténca
‘mo classe encontram sua mixima expressto depois da conqusta do
poder. O proletariado vitorioso que mou em suas préprias mos 9
poder estatal, continua aInta pare extrpar as razes da sociedad de
classe. A conguista do poder estatal, a ditadura do proletariado, a238 © Groxor Luxscs 0 nov
fo soci, Portanto, deve-se entender com carers
‘ransforiatoplanicad da economia, sbolgt das conraigoes ectaseermne ie mens fs et ee
cconémicas prpris do capitalism etc, tudo iss leva tabs no fe caecedal pal eaen cle cant eee sea ee
teteo0 do romance, a uma sire de modifcagbey racy no ny consumado, Pos, co Se
daconteio da forms, 0 socaismo destréia reitcarao aches Se ete os
{as categoria economicase das intituiges socio vanes ve eres dope ne cozomin na cone da me.
utonomia destas timate sua oposiio hot a massa taba 1g ae (San ecient tae dae ooo
doras desaparecem, "0 Estado somos nbs’ como dist Leg hac lamented nd cls ae el
contra degradaao do homem clea-tequaltatvamente seo fan eae de maaan tegen et Oe ee
‘superior, na qual ease orients de modo ativo eantra as cannes Ce ee a
objets deta dearadaso (separagio etre cidade ¢ mp ent lteter ae cdememosnta cone ont ene,
trabalho fisico intelectual et.) cesta Tuta de clase no teen de ee ee Xe
| ys sociedadc.naconsiencia dot homens Detparece weg =| Su oes cee
inseguranga sobre o amanhl ~ ito cia a posldade de ae Bs alge in
despareja as forms de ideologue se desenvoveras con been the seine amet da sna sana
essa inseguranga (a religo). A uta de casss pela destrugao das ee Se
{sss indiocvelnene ao deena de Inmet eae
formas deatvidadeesponsinea/e deur novo herofamo dager Se
Jrabalhaorss.em outraspalavaslige-sehlutaporumnowhomem, _,W2) aoneas eh air tet een ee ea
por um "homem de formacio multilateral” (Lenin), por ob hen beth arden nine tera eeeee
ueniosoti nem prtiipe ata os pasnamentelde auger aon ee ee
dt explorato de outro er humano Ueto da mln kc) Pee Gre cease cieeeotscnae as ee
Todos ete momentos do desenvolvimento germ ro ecamet Se ee
Somenanmiboderomercertcainene ne, Osim tawns _ eee aera ea eee nee
senega Pamene corer necrament das tendecia| | amon ese ines aes
set esenvarient sch Mawcoteaamor a pee| «= ee eee ee
Bectias do desenvolvimento com o proprio desenvolvonee we ats a iqueza ea mali
Misemos apenas as vitris de hoje edeidssemos de lade s lar oon ase Lenin, se «finan
obsdcloe interes eterno; 5, no har de eamintostortcoscn tN cm eal em pry tr
Sn re dnlticachjeia du tadecucreducontrgiosy sei eH dr cme
clin tte na tp are AS conte chee. Wi” ae aes aa
fey reas do camara Sulina rept, por exemplo, do cleds Ee ened eee
como simple forma socialist ques pode ser preencida soon 0 proto da consruso dosocilismo€ ete
nteidosocialitatravs do trabalho deltas ou sobres mad can ‘Aarts do romance no pions const domcilima¢ 1
ico como se eft desaparecimenta do sade ete slows sey de figure concretamente esta riguers eta seach
empo indicagte sobreasrlabesentreromance cepopeia nonce nts hsv, ea tap home novo e pet era de240 Groner Luxacs
‘qualquer forma de degradacio do homem. A literatura do realismo
socaisa lta efetivamente, com tenacidadeelealdade, por este novo
tipo de romance; ¢, nesta lute por uma nova forma artistca, por un
romance que seaprorime damajestade da epopeia, mas conservando
a0 mesmo tempo as caracerstca essenciais do romance, 0 reasmo
socialistajé obtevesignifcativos resultados (Cholokhoy, Fadaiey,
Panferoy, Gladkov ete). ~
‘A nova aide do romance do realismo socialists em face dos
problemas do estilo épico confere um significado inteiramente
particular, nesta fase do desenvolvimento, & questao da herangs, Ema
primeizo lugar, o romance do reslismo socialists se derenvolve
necessariamente a patir dos problemas eslisticos da época atval.
Como observou Lenin, 0 socialismo se consts6i com 0 material
hhumano legado pelo captaismo. Ora, como as questesestlsticas
do presente dependem necescariamente do ser socal, tm aver com @
conscléneia, com este material humana, Portanto, ninguém pode
negligenciar estas quertdes ertiliticas.B precio aubmet®-las 4am
trabalho de ertcae superi-las através da erica. Mas, em segundo
lugar, oestifo do realism socialist exge uma representagio cada vez
ris enérgica da unidade dalédcaenteeoindividusl eo
que singular e 0 que €tipico no homem. As condigdes sociais do
realismo burguts se difeenciam bastante das condicoes do desen-
volvimento do realismo socialist; basta pensar no fato de que os
‘elhos realists lidavam com a base social das contradigdes insoles,
do cepitalismo, a0 passo que o realismo socialists brots de wma
sociedade na qual as conteadisdes socials esto seudolevadas 2 sua
. solugio definitiva, gragas atividade do proletariado e de seu partido
dirigene props
¥ Maa ipedon congue vos rites em seu madads
a je os prablemes consul b rang Kerra ci
Gis glo €ainda mais veradeizo na medida cm quel wat doc
6 16752 alsmo em delnio bicuece edeformos da quests potas
cotGeet pela sida, de modo ae 0 model nar pare ma arte ave
«ee “Fan at ies com cre evan um cnt oa
determinagoes, para um realismo impiedoso/que nao se perde na
representagso de detathes banais, 6 pode ser velho realiemo
re retin Keg nn cose on a
Br fos
E ithe tote: fot rp
(© rontwice como moma noncvesa #241
bbarguds. Naturalmente, ¢ assimilagio da heranga deste grande
realismo deve ser critica: deve implice, antes de mais nada, um
aprofundamento do método criador do realisma artistico.F, final
mente, em terceiro lugar, cabe lembrar que, da necssia tend
‘do desenvolvimento do romance socialists no sentido da epopeis,
Aecorre a exgtncia de que também a vlha epopeia ears extuda tet
rleo/sejam consideredos uma parte importante da assmilagio da
Ineranga cultural, Para literatura do ealismo socialist, foi certa~
mente muito postive ofato de quelgew grande mesteee guia, Maxim,
Gorki sao lo vivo demediagioentreastracigbes
fas perspectivas do realismo socialista, A revolusdo russa, em.
i
*E Engels erigem de fami, de propiedad priada ¢ do Bsa, eo K
Mars ¢F Engel, Olney, Rode Jct, Vin 3, tach a
* Engel cata 4M. Harkness, ed ct, ps 196
" Hegel, Renomenolegie do spirits, ed. cts pate 1p. 218
°K, Mars, «questo judi, Lisbon, Avante! 1997. 89, Modifcamos
2 adapta.
K Mans Difreoya entre flows da natureza em Demdrit «Epica,
bos, Preseng 1972p. 8
" Honoré de Bara, A comdiia humans, Ri de Jncivo-orto Alegre Sto
Pail, Gabo, 188". a
© Restonagen, respecte, de O vemelo « » nero e de Rewuree
* K Mans Coca da lf do dicts de Hagel Sto Paulo, Doieops anos,
P82
"A expresso € de Hegel mt Fonomenclopa do Bp, ed. cit, parte
Pesonagts.respectvamente, de Lesage, eng e Deb
ct, supe, note I
* K Mans 0 18 tuméria de Sats Bonaparte em K. Mare € R.Eng, Oras
cota, od. et 1, 1986. pe
Uhl se rere s0 to de gue, em junho de 1848, no slo do peoceo
revalsioniro ocorrida na Fraga, 0 proetriadg anch prosonee any
{aeurcsto que fo eamapada peat forae burpoems, Ear tebe eee
akics stun neste episbdio © Inia do gue nu chamac de “Hendon
eologea de bungee
2 Victor Hogs, Quere-ing vie peice pate, to lomo WV,
Cindido « uma novela de Yoaite,
* GW. Hegel, dia. A arte clitica « « arte roméntica Lisbon,
Guimaries, 15H, p. 301
* his ca artigo de Lenin, "lst, eptha da revlusS ruts publiada
em Proler,U1 e setembro de 1808,
Gogol se refers peronagns dos romance Alar mora,
2 E Zola Lerman exrimena Par, GuaerHammaron, 179, p. 26-218,
* Lsides deenvove exe argument, ivusve« compacta ene Nand ¢
‘Ane Karésina, em seu esi "Nara ou score dy Enon oe
literature, Rio de Jno, Classe asics, oe, 98
* Cart 43. Van Santen Rol de jo de 186
CO romance como wromin ruRoURSA #265,
A Mace F. gl sped foi So Pal, Beng, 205, p
si en moans
an aunt em K, Mace age A elepi
Te Ma Tes abr Foes tng
Son Ri de J, Cop rae 207
. rans net da “quedo smn en, Oat
athe‘ h tay, Lido cu, Arte Pogei, ty 19