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Negociacao Colectiva (Trabalho)

Este documento discute a negociação colectiva e os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho em Moçambique. Aborda os conceitos de negociação colectiva, convenções e acordos colectivos, tipos de convenções, requisitos para elaboração, conteúdo obrigatório e interpretação dos instrumentos de regulamentação colectiva. PALAVRAS-CHAVE: negociação colectiva, convenções colectivas, direito do trabalho

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Negociacao Colectiva (Trabalho)

Este documento discute a negociação colectiva e os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho em Moçambique. Aborda os conceitos de negociação colectiva, convenções e acordos colectivos, tipos de convenções, requisitos para elaboração, conteúdo obrigatório e interpretação dos instrumentos de regulamentação colectiva. PALAVRAS-CHAVE: negociação colectiva, convenções colectivas, direito do trabalho

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Walter José Jemuce

Negociação Colectiva

Licenciatura em Direito

Universidade Licungo
Extensão da Beira
2019
Walter José Jemuce

Negociação Colectiva

Licenciatura em Direito

Trabalho investigativo a ser entregue na


Faculdade de ciências socias e filosóficas, a
Ser apresentado no curso de direito para fins
Avaliativo.

Docente: Dr. Ermelindo Cossa

Universidade Licungo
Extensão da Beira
2019
Índice
Resumo...................................................................................................................................................3
Introdução..................................................................................................................................................5
CAPITULO I: Negociação colectiva........................................................................................................6
CAPITULO II: Convenções e acordo colectivo.......................................................................................6
Tipos de convenção colectivas...............................................................................................................7
CAPITULO III: Elaboração e requisito..................................................................................................7
Filiação pós-eficaz..................................................................................................................................8
Filiação posterior...................................................................................................................................8
Filiação transmitida...............................................................................................................................8
CAPITULO IV: Requisitos ou conteúdo.................................................................................................8
Cláusulas de conteúdo obrigacional.....................................................................................................9
Cláusulas de conteúdo regulativo.........................................................................................................9
Cláusulas de aplicação imediata e cláusulas que carecem de concretização futura.........................9
CAPITULO V: Execução das condições negociáveis............................................................................10
CAPITULO VI: Interpretação, revisão, extinção das convenções e acordos colectivos.....................10
Interpretação.......................................................................................................................................10
Revisão.................................................................................................................................................11
Extinção................................................................................................................................................11
Conclusão.............................................................................................................................................12
Bibliografia..........................................................................................................................................13
Resumo
Negociação colectiva vai ser um processo de união e pressão exercidas por grupos com o objetivo comum de regular
uma relação social, ou como um conjunto de convenções coletivas de trabalho, alcançados através de uma estrutura
composta por regras predeterminadas em lei ou pelas próprias partes negociadoras, para composição dos sujeitos, do
objeto, do procedimento e da estrutura da negociação coletiva. Os instrumentos de regulamentação colectiva de
trabalho encere-se entre as fontes colectivas de direito de trabalho que surge como fonte do direito, regras produtos
da auto-regulaҫão de interesses. Enquanto acordo colectivo vai ser um acordo celebrado por uma organização
sindical e uma pluralidade de empregadores para várias empresas. Já o contrato colectivo é a convenção colectiva
celebrada entre sindicatos e associações de empregadores. E o acordo de empresa é também uma convenção
colectiva, mas celebrada entre sindicatos e um empregador para vigorar numa determinada empresa. Assim a
elaboração da negociação de uma convenção colectiva de trabalho deverá ser feita por quem tenha capacidade para a
celebrar, Cabendo às pessoas individuais. Legítimos representantes dessas entidades, sindicatos, associações de
empregadores. Na filiação pós-eficaz basta que o respectivo sujeito estejam filiados nas associações signatária no
início do processo negocial. Filiação transmitida faz conservar a convenção colectiva, o que implica a sua extenҫão
ao adquirente desse estabelecimento mesmo que ele não a tenha celebrado nem esteja filiado numa associação
outorgante. no conteúdo obrigacional de convenção colectiva respeita às regras que disciplinam as relações entre as
partes signatárias. Já as cláusulas de cariz regulativo correspondem às normas típicas das convenções colectivas.
Sendo sua interpretação e integração das convenções colectivas seguem as regras gerais.

PALAVRA-CHAVE: Negociação colectiva, Convenções e acordo colectivo


Introdução
No presente trabalho, irá preocupar em saber sobre o regime da negociação colectiva, sabendo
que esta constitui uma das fontes do direito do trabalho, que visa a regulação das relações
colectivas de trabalho, no que diz respeito aos direitos e deveres dos trabalhadores e dos
empregadores vinculados a uma determinada associação de trabalhador ou de empregador, de
modo a perceber como será feita a resolução de conflito que poderão surgir com a celebração ou
revisão da convenção colectiva de trabalho, quem pode celebrar os instrumento de regulação
colectiva, quais os procedimentos de negocicao colectiva, ademais a lei impõe que os
instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho deve ser regulada com conteúdo já
estabelecido por lei, que torna relevante saber a sua vigência e eficácia.
CAPITULO I: Negociação colectiva
Tem-se inicialmente, que, do conceito “negociação coletiva”, é possível extrair duas vertentes:
ora como sendo um processo de união e pressão exercidas por grupos com o objetivo comum de
regular uma relação social; ou como conjunto de convenções coletivas de trabalho, alcançados
através de uma estrutura composta por regras predeterminadas em lei ou pelas próprias partes
negociadoras, para composição dos sujeitos, do objeto, do procedimento e da estrutura da
negociação coletiva.1

CAPITULO II: Convenções e acordo colectivo


Os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho encere-se entre as fontes colectivas de
direito de trabalho que surge como fonte do direito, regras produtos da auto-regulaҫão de
interesses. Destingindo-se em negociáveis em que há uma típica auto-regulaҫão de interesses e
não negociáveis, que pressupõe a intervenção governamental.2

A convenção colectiva de trabalho pode definir-se como um contrato celebrado entre sindicatos e
associações de empregadores ou empregadores com vista a estabelecer regras relativas às
condições de trabalho de uma determinada profissão ou conjunto de profissões análoga ou com
determinadas interligações.3 Enquanto acordo colectivo vai ser um acordo celebrado por uma
organização sindical e uma pluralidade de empregadores para varias empresas, vide alínea b no
seu n.ᵒ 3 do art. 15 da lei do trabalho.

Importa referir que devido ao direito de livre escolha de se associar, art. 137/1 4 as convenções
colectivas de trabalho só encontram aplicação relativamente aos associados nas entidades
signatárias, isto é aos trabalhadores filiados ao sindicato e aos empregadores inscritos nas
associações de empregadores que celebram a convenção colectiva.

1
DARIO, Francislaine, Negociação colectiva e crise apud. Sussekind, Arnaldo, a negociação trabalhista e a lei.
Disponível em: https//eg.uc.pt/litstream/10316/43061/1/francislaine dario.pdf
2
MARTINEZ, Pedro Romano, Direito de Trabalho. 3ª Edição junho, 2006 pp. 1091
3
Ibidem pag. 1097
4
Lei do trabalho
Tipos de convenção colectivas
Nos termos do art. 15 n.ᵒ 3.5 As convenções colectiva revesti-se de três formas: o contrato
colectivo. o acordo colectivo e o acordo de empresa . O contrato colectivo é a convenção
colectiva celebrada entre sindicatos e associações de empregadores. Constituindo uma forma de
contratação colectiva generalizada em razão da pulverização das pequenas e médias empresas.
No acordo colectivo são partes as associações sindicais e vários empregadores individualmente
considerados, O acordos de empresa é também uma convenção colectiva, mas celebrada entre
sindicatos e um empregador para vigorar numa determinada empresa. Corresponde a uma forma
de contratação colectiva frequente no domínio das grandes empresas.6

CAPITULO III: Elaboração e requisito


A negociação de uma convenção colectiva de trabalho deverá ser feita por quem tenha
capacidade para a celebrar. Como já foi indicado a propósito dos sujeitos. Têm capacidade para
celebrar convenções colectivas de trabalho as associações sindicais, os empregadores e a
associações de empregadores todavia. A negociação e celebração de convenções colectivas não
será feita diretamente por estas entidades, pois são pessoas colectivas. Cabendo às pessoas
individuais. Legítimos representantes dessas entidades, sindicatos, associações de empregadores
e empregadores de acordo com o nr.ᵒ 2 do art.166 da LT.

A convenção colectiva deve ser objecto de um processo de negociação. O processso de


negociação inicia com apresentação a outra parte de uma proposta de celebração onde a revisão
de um instrumento de regulamentação, de acordo com art. 167 da lei do trabalho, a convenção
colectiva, diz a lei que a proposta deve revestir de forma escrita e devidamente fundamentada e
deve conter a designação da entidade que a subscrevam em nome próprio e em representação de
outras.7

De acordo como princípio de filiação as regras de uma convenção colectiva só tem aplicação
relativamente aos contratos de trabalho cujas partes estejam filiadas nas organizações signatárias.
Assim, é necessário, por um lado, que o empregador seja membro da associação de
empregadores outorgantes ou tenha sido ele próprio outorgante. Por outro, o trabalhador esteja

5
Lei do trabalho
6
MARTINEZ, Pedro Romano, Direito de Trabalho. 3ª edição junho, 2006 pp. 1099
7
CORDEIRO, Menezes. Direito de trabalho, pag 521
filiado na associação sindical, nos termos disposto no n.ᵒ 1 do art. 137 da LT, nesse sentido a
convenção colectiva atua no âmbito pessoal.

O princípio de filiação comporta algumas expҫões que se designam como filiação pós-eficaz,
filiação posterior, filiação transmitida e aplicação da convenção por escolha.8

Filiação pós-eficaz
Na filiação pós-eficaz basta que o respectivo sujeito estejam filiados nas associações singnataria
no início do processo negocial. Assim, se um trabalhador ou empregador estiver inscrito numa
associação outorgante da convenção colectiva no momento em que inicio o processo negocial e
depois de abandonar, a referida associação do acordo estar concluído, a convenção colectiva é-
lhe aplicável como estivesse continuando. Evitando que os filiados abandonem as associações.

Filiação posterior
Nesta filiação as associações outorgantes de convenção colectiva permite a aplicação dessa
convenção aos novos filiados, a partir do momento em que se concretize.

Filiação transmitida
E a quela que resulta de transmissão do estabelecimento fazer conservar a convenção colectiva, o
que implica a sua extenҫão ao adquirente desse estabelecimento mesmo que ele não a tenha
celebrado nem esteja filiado numa associação outorgante.

CAPITULO IV: Requisitos ou conteúdo


No que diz respeito ao conteúdo das convenções colecivas onde a autonomia privada não é
coertada, sendo estabelecida elementos de conteúdo obrigatório pelo legislador que ira inceder
sobre a relação estabelecida pelo empregador e as associações sindicais, de acordo com art.
167/1 e 2 da LT. Sendo elas as cláusulas de conteúdo obrigacional, cláusulas de conteúdo
regulativo e cláusulas de aplicação imediata e clausulas que carecem de concretização futura.9

Cláusulas de conteúdo obrigacional


O conteúdo obrigacional de convenção colectiva respeita às regras que disciplinam as relações
entre as partes signatárias. Neste preceito exemplificam-se situações de conteúdo obrigacional,
8
Ibidem pag. 522 e 523
9
MARTINEZ, Pedro Romano, Direito de Trabalho. 3ª Edição pp. 1105 a 1108
aludindo às cláusulas que respeitam à verificação do cumprimento da convenção, à resolução dos
conflitos derivados da sua aplicação e à revisão da própria convenção colectiva. São regras que
têm por destinatários os outorgantes. Por exemplo, associações sindicais e de empregadores.

Cláusulas de conteúdo regulativo


As cláusulas de cariz regulativo correspondem às normas típicas das convenções colectivas.
Numa convenção colectiva estas são as cláusulas de maior relevância, pois têm em vista regular
as relações individuais de trabalho estabelecidas entre trabalhadores e empregadores filiados nas
associações outorgantes. Estas cláusulas, como se esclarece aplicam-se directamente aos
contratos de trabalho em vigor.

Cláusulas de aplicação imediata e cláusulas que carecem de concretização futura


As cláusulas das convenções colectivas que compõem o conteúdo regulativo, também designado
por normativo, podem ser de dois tipos. Na maioria das situações são cláusulas de aplicação
imediata em relação aos contratos individuais de trabalho em vigor. Admite-se uma segunda
situação em que as cláusulas constantes de uma convenção colectiva não sejam de
exequibilidade imediata. Pois necessitam de uma concretização futura a efectuar, em princípio,
pelo empregador. Enquanto não se verificar a concretização não pode ser exigido o seu
cumprimento.

As normas de convenções colectivas mais relevantes são as de aplicação imediata, como, por
exemplo, o estabelecimento de nova tabela salarial, a qual se aplicará a partir do momento em
que a convenção colectiva entre em vigor, muitas vezes, neste caso, com eficácia retroactiva.10

CAPITULO V: Execução das condições negociáveis


Segundo o art. 170 nos seus nr.ᵒ 1, 2 e 3 da LT, as negociações devem ser directas, com inicio ate
ao décimo dia após a recpҫão da resposta, salvo se outro prazo tiver sido convencionado por
escrito, e que os negociadores de ambas partes devam identificar-se, fixando um calendário das

10
Ibidem pp. 1108
negociações e demais regras a que devem obedecer os contactos negociais, as reuniões negociais
devem ser acordadas e fielmente registadas pelas partes, sobre as matérias acordadas e as que
vão ser discutida na reunião seguinte.

Se as negociações chegarem a bom termo ou seja as partes obtiverem acordo aos pontos, os
legítimos representantes dos sindicatos, das associações de empregadores podem celebrar a
convenção colectiva de trabalho11

A convenção colectiva de trablho tem de ser celebrado por escrito e assinada pelos outorgantes,
de acordo com o art. 172/1 e 2 da LT.

CAPITULO VI: Interpretação, revisão, extinção das convenções e acordos colectivos


Interpretação
Quanto à sua interpretação deve recorrer-se ao art. 9.° do CC. Mas é preciso ter em conta que a
convenção colectiva de trabalho se distingue da lei. não tendo as mesmas características; por
outro lado, as normas de uma convenção colectiva provêm de negociações entre sujeitos
privados (associações sindicais e associações de empregadores), não emanando unilateralmente
do poder central ou regional. Por isso, das negociações havidas podem, nalguns casos, retirar-se
elementos importantes para a interpretação das regras constantes da convenção colectiva de
trabalho. A interpretação e a integração das convenções colectivas seguem as regras gerais.12

Revisão
No que toca a resolução de conflito emergentes das convenções colectiva de trabalho estas
podem ser resolvidos através de mecanismo alternativos extrajudiciais, por via da conciliação,
mediação ou arbitragem, podendo as mesma ser efetuadas por entidades publicas ou privadas.
Art. 181/1 e 2 a lei do trabalho.

11
MARTINEZ, Pedro Romano, Direito de Trabalho. 3ª Edição pag. 1103
12
Ibidem pp 1109
Extinção
A convenção colectiva tem um âmbito temporal limitado a qual é fixado pelas partes podendo as
mesma estipular inclusivamente a sua renovação caso a convenção não preveja prazo de vigência
considera-se que a mesma vigora pelo prazo de um ano e renova-se sucessivamente por igual
período.

A convenção colectiva pode cessar mediante revogação por acordo as partes ou por caducidade,
oposição a renovação.

Conclusão
Deste modo os instrumento de regulamentação colectiva, vai ser o instrumento que os
trabalhadores e empregadores irão utilizar para resolver os conflitos emergentes da celebração ou
revisão, podendo estabelecer e fixar o seu conteúdo livremente dentro dos limites da lei, assim o
empregador ou a sua associação ou organismo sindical devem respeitar o processo de negociação
de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho. Fazendo uma proposta de celebração ou
revisão de um instrumento de regulamentação colectiva.

Bibliografia
CORDEIRO, Menezes. Direito de trabalho

DARIO, Francislaine, Negociação colectiva e crise. Disponível em:


https//eg.uc.pt/listream/10316/43061/1/francislaine dario.pdf. Acesso 1: 50 PM
MARTINEZ, Pedro Romano, Direito de Trabalho. 3ª Edição junho, 2006

Legislação interna

Lei de trabalho ( lei n.ᵒ 23/2007)

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