100%(1)100% acharam este documento útil (1 voto) 147 visualizações85 páginasJohn Ankerberg, John Weldon - OS FATOS SOBRE Criação e Evolução PDF
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e Alsuns Cientistas Creem na Criacao?
© Qual a Evidéncia a Favor da Evolucdo?
e A Evolucao e Compativel com a Biblia?
Ankerberg
e(CHIGECO
@ Evaltcco
¢ Alguns Cientistas Créem na Criagado?
* Qual a Evidéncia a Favor da Evolugao?
¢ A Evolucdo é Compativel com a Biblia?
John Ankerberg
e John Weldon
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“The Facts on Creation vs. Evolution”,
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The Ankerberg Theological Research Institute
publicado por
Harvest House Publishers
Eugene, Oregon 97402
EUA
Traducdo: Neyd Siqueira
Revisdo: Ingo Haake
Ingrid Hund Lucas Beitze
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Eis 0 noivo! sai ao seu encontro” (Mt 25.6).
A “Obra Missionaria Chamada da Meia-Noite”
@ uma missdo sem fins lucrativos, que cré em
toda a Biblia como infalivel e eterna Palavra de
Deus (2 Pe 1.21). Sua tarefa é alcangar todo o
mundo com a mensagem de salvagdo em
Jesus Cristo e aprofundar os cristdios no conhe-
cimento da Palavra de Deus, preparando-os
para a volta do Senhor.10.
‘Tt
Indice
Introdug¢ao Pagina
. Por que o tema criagao/evolugao é importante? 7
. Quao influente é a teoria da evolugao 8
Primeira Parte
Evolu¢ado e Ciéncia
. O que é ciéncia? A teoria da evolugdo é realmente
cientifica? . wen 18
. A evolugao deveria ser proclamada como um fato
cientifico comprovado?......... nore 16
. Os cientistas sao sempre objetivos? ... 19
. Por que os cientistas materialistas aceitam a
evolugao? ....
. Como é wossivel q que tantos cientistas estejam
errados em sua crenga na evolugao?..
. O que a teoria das probabilidades diz sobre a
evolugao — e isso torna a evolugao um milagre
“maior” do que a criacao? ....
. O que os fatores de planejamento e exatidao
35
ensinam sobre a evolugao?..
Existem cientistas que acreditam que a evolugdo
prejudicou a causa da ciéncia? ...
A evolucao exige tanta fé quanto o criacionismo? ..... 42Sequnda Parte
Ciéncia e Criacionismo
42. Qual o verdadeiro problema em relagao a uma
abordagem materialista da ciéncia? Por que o
criacionismo pode ser boa ciéncia?
143. O criacionismo é apenas religioso?
14. Existem cientistas evolucionistas que afirmam
que a evidéncia favorece a criagdo especial? ............ 53
- 45
Terceira Parte
As Conseqiiéncias e Implicagoes
da Teoria Evolucionista
15. De que forma a evolugao influenciou a crenga em
Deus? ..........
16. Quais sao algumas das implicagées filosoficas
pessoais da evolugado materialista? . 59
17. Que conseqiéncias sociais e politicas recentes
podem ser atribuidas @ crenga evolucionista? ........... 63
18. Como a evolugao influenciou a interpretagao da
Biblia? O que a Biblia ensina sobre as origens?........ 68
Conclusao e Palavra Pessoal _71
Glossario .... . 73
. 74
Sobre os Autores... . 82InTROducAO
1. Por que o tema criacao/evolu¢do
é importante?
O tema criagio/evolugaéo* 6 importante porque, no fi-
nal, 0 assunto das origens nos diz quem somos. Somos
produto das forgas impessoais da matéria, do acaso e do
tempo — com tudo o que isso implica? Ou o resultado
de uma criagao especial, por parte de um Deus infinito e
pessoal — com tudo o que isso implica? Em vista de
suas implicagdes mais amplas em dreas tais como cién-
cia, religiao, sociedade, e moralidade, assim como suas
implicag6es pessoais para a identidade individual e o
significado na vida, ninguém pode negar a relevancia
desse assunto.
Podemos compreender também a importancia do te-
ma se examinarmos brevemente a influéncia da teo-
ria evolutiva no Ultimo século. Teorias ou ideologias
poderosas podem, algumas vezes, estender-se e afe-
tar a vida de milhares. Elas podem influenciar a fi-
losofia pessoal, alterar as instituigdes sociais e polf-
ticas, e até dirigir o curso das nagdes. Considere,
por exemplo, as ideologias do marxismo e do isla-
* O termo evolugo 6 usado em referéncia a teoria geral de que to-
da a vida na Terra evoluiu de matéria inorganica e progrediu para
formas mais complexas com o tempo; portanto, “macroevolugao” e
nao “microevolugaéo” ou mudangas menores entre as espécies ilus-
tradas no cruzamento de ragas (por exemplo, variedades de caes).
7mismo. A teoria da evolug&o é uma dessas ideolo-
gias materialistas que afetou dramaticamente 0 mun-
do em que vivemos.
Mas, se for confirmado que a evolucio é errada, entdo
tudo o que ela influenciou poderd ter sido afetado de
maneira prejudicial, ou até danosa.
2. Quao influente é a teoria
da evolu¢ao?
Na histéria da humanidade, poucas teorias tém tido 0
impacto causado pela evolugao. O famoso zodlogo evo-
lucionista Ernst Mayr da Universidade de Harvard ob-
servou em 1972 que a evolucio estava chegando ao
ponto de ser considerada como “talvez a mais funda-
mental de todas as revolug6es intelectuais na historia da
humanidade”.' A biografia moderna e definitiva escrita
por James Moore, Darwin: The Life of a Tormented
Evolutionist (Darwin — A Vida de um Evolucionista
Atormentado), indica que Darwin, “mais do que qual-
quer outro pensador moderno — até mais que Freud ou
Marx... transformou a maneira como nos vemos a nds
mesmos no planeta”.? Wendell R. Bird é um conhecido
advogado de Atlanta (Gedrgia/EUA), diplomado pela
Faculdade de Direito de Yale, que defendeu a causa da
criago vs. evolugao diante da Suprema Corte dos EUA.
Em sua critica impressionate da teoria evolucionista,
The Origin of Species Revisited (A Origem das Espécies
Revisitada), ele observa sobre A Origem das Espécies:
“Esse Unico volume teve enorme influéncia nao s6 so-
bre as ciéncias, que esto sendo cada vez mais baseadas
nas suposigdes evolucionistas, como também nas areas
3
de humanidades, teologia e governo”.
8Em sua obra Mankind Evolving (EvolugGo da Huma-
nidade), © eminente geneticista Theodosius Dobz-
hansky, considerado como estando entre os maiores
evolucionistas do mundo, afirma que a publicagio do
livro de Darwin em 1859 “marcou um ponto critico
na historia intelectual da humanidade” e “introduziu
um novo conhecimento do homem e do seu lugar no
Universo”. Ele reflete que mesmo cem anos depois
de Darwin “a idéia da evolugio esta se tornando par-
te integrante da imagem que o homem faz de si mes-
mo. A idéia ultrapassou circulos muito mais amplos
do que os dos bidlogos e até dos cientistas; com-
preendida ou nao, ela faz parte da cultura de mas-
sa”?
O bidlogo molecular Michael Denton ressalta a dra-
mitica influéncia dessa teoria cada vez mais predomi-
nante em outras disciplinas além das ciéncias natu-
rais:
O século vinte seria incompreensivel sem a revolugdo
darwiniana. As correntes sociais e politicas que varreram
© mundo nos Ultimos oitenta anos teriam sido impossiveis
sem a sua sang@o intelectual... A influéncia da teoria evo-
lutiva sobre campos bem distantes da biologia é um dos
exemplos mais espetaculares na histdéria de como uma
idéia especulativa, para a qual nao ha praticamente ne-
nhuma evidéncia cientifica, pode vir a moldar o pensa-
mento de uma sociedade inteira e dominar a perspectiva
de uma era.®
Hoje em dia, a viséo darwiniana da natureza é talvez,
mais do que qualquer outra, responsdvel pela viséo ag-
néstica e cética do século vinte... Trata-se de uma teoria
que mudou literalmente o mundo...’De fato, a maneira como o individuo considera a sua
origem, seu comego basico, ¢ que condiciona em gran-
de parte sua visdo de mundo, as decisdes que toma, e
até o seu estilo de vida em geral.
Assim sendo, Julian Huxley observou que a evolugio é
muito mais que uma teoria cientifica: “Nosso conheci-
mento presente nos forga a considerar que a evolugao é
a realidade suprema — um processo tinico de autotrans-
formacio”.* Foi por essa razao que Dobzhansky péde
enfatizar: “A evolucio abrange todos os estdgios do de-
senvolvimento do Universo: césmico, biolégico, e hu-
mano ou cultural. Tentativas de restringir 0 conceito de
evolugao a biologia sdo gratuitas. A vida é produto da
evolugio da natureza inorganica, e o homem é produto
da evolugio da vida”. Escrevendo na publicago Scien-
tific American, Ernst Mayr observou que “a visio de
mundo do homem de hoje € dominada pela [evolu-
¢io]...”"” Do mesmo modo, o renomado ecologista Rene
Dubois observou na American Scientist: “Os conceitos
evolucionistas so aplicados também as instituigdes so-
ciais e As artes. De fato, a maioria dos partidos politi-
cos, assim como escolas de teologia, sociologia, histé-
ria, ou artes, ensinam esses conceitos e fazem deles a
base das suas doutrinas”."*
Como se para simbolizar essa influéncia universal da
evoluciio, a propria O. N. U. vem sendo dominada por
uma perspectiva evolucionista. Por exemplo, Sir Julian
Huxley foi o primeiro Diretor-Geral da UNESCO. Em
seus anos formativos, a filosofia basica da UNESCO
também orientava a O. N. U. Com relacao a isso, Hux-
ley observou no The Humanist: “E essencial que a
UNESCO adote uma abordagem evolucionista... A filo-
sofia geral da UNESCO deve, ao que parece, ser um bu-
10manismo cientifico mundial, global em extensdo e evo-
lucionista em seu contexto... Assim sendo, a luta pela
existéncia que sublinha a selegio natural é cada vez
mais substituida pela selecdo consciente, a luta entre as
idéias e a consciéncia”.’ Nas palavras do Secretario-
Geral Adjunto da O. N. U., Robert Muller, promotor de
certos ideais da Nova Era em todo 0 mundo: “Acredito
que a coisa mais fundamental que podemos fazer hoje é
crer na evolugao”.*
Mas, e se a evolugaio for provada como sendo falsa?
Mais ainda, como discutiremos em detalhes mais tarde,
a crenga na evolugao pode ter conseqtiéncias inespera-
das. Isso aconteceu com Darwin. Poucas pessoas sabem
até que ponto Darwin tinha dtividas sobre a sua teoria, a
qual ele confessou ser “penosamente hipotética”."* En-
quanto lutava com as conseqiiéncias do teismo versus
materialismo, ele sofreu fisica, mental e espiritualmen-
te. Até o fim da sua vida, sua tentativa de escapar de
Deus defendendo o que certa vez chamou de “evange-
tho do diabo”, produziu uma guerra interior que resul-
tou em sofrimento e angtistia para Darwin, tornando-o,
as vezes, até mesmo irracional.’*
Isso nao é de se surpreender. Darwin estava defendendo
a incrivel idéia de que a vida universal originou-se in-
teiramente da matéria inorgdnica ou, pelo menos, de al-
gum germe primitivo. Unicamente por acaso. Todavia,
até ele admitia nado conseguir encontrar qualquer evi-
déncia real para a sua teoria.”’ E a maioria dos cientistas
da sua época no podia aceitar a sua teoria em bases
cientfficas.'’ A evolugao ganhou estatura no espago de
trinta anos, nado por causa de evidéncia convincente a
seu favor, mas porque o clima intelectual americano ja
havia sido preparado para uma mudanga do teismo e so-
11brenaturalismo para 0 humanismo e naturalismo.” De
fato, o mundo recebeu Darwin de bragos abertos por es-
tar pronto para ele.
Significativamente, nos 140 anos subseqiientes, desde
que Darwin formulou a sua teoria, os cientistas evolu-
cionistas modernos ainda nao responderam com sucesso
aos seus criticos. O registro fossil permanece inteira-
mente deficiente de elos intermedidrios provados, nao
existe ainda tempo suficiente para a evolugao ocorrer,
nao foi ainda apresentado nenhum mecanismo de trans-
formagao evolucionista digno de crédito, e as probabili-
dades matemiaticas e leis cientfficas, tais como as que
tratam da biogénese, termodinamica, e ciéncia de infor-
magio, tornam a evolugao por acaso uma impossibilida-
de.” Conforme observa 0 bidlogo molecular Michael
Denton: “Nenhum dos dois axiomas fundamentais da
teoria macroevolucionista de Darwin [i. e., (1) a conti-
nuidade evolucionista da natureza ligando todas as for-
mas de vida num continuo que volta 4 origem primal, e
(2) o planejamento ajustavel da vida como resultante de
processos cegos, aleatérios] foram validados por uma
tinica descoberta empirica ou avanco cientifico desde
1859”,"!
Por que a evolucao foi ent&o aceita, afinal? Nas paginas
seguintes, buscaremos uma resposta para essa pergunta,
assim como determinaremos a credibilidade dessa teo-
ria e algumas das razGes para a sua influéncia.
12Primeira Parte
Evolu¢ao e
Ciencia
3. O que é ciéncia? A teoria da
evolugdo é realmente cientifica?
Existem muitas interpretagdes populares erréneas com
relagao & natureza da ciéncia. O fildsofo e cientista Dr.
J. P. Moreland discute alguns desses mal-entendidos e
observa que “até os cientistas hoje em dia, em contras-
te com seus colegas de geragGes anteriores, estao fre-
qiientemente despreparados para definir a ciéncia, des-
de que tal projeto é de natureza filoséfica”.” De fato,
Moreland cita varias definigdes padronizadas da cién-
cia dadas em textos como College Physics (Fisica Uni-
versitdria), Biological Science (Ciéncia Bioldgica),
Webster’s New Collegiate Dictionary (Novo Diciondrio
Universitario Webster), assim como a definigao de cién-
cia do juiz William R. Overton na decis&o contra 0 cria-
cionismo no famoso julgamento da ciéncia da criagao
em Little Rock (Arkansas/EUA), em dezembro de
1981. Ele observa que nenhuma dessas definigdes é
adequada.*
A interagio entre a ciéncia e a filosofia € complexa.
Nao existe uma definigao universal e clara do que é a
13ciéncia. Estaremos em terreno mais seguro se definir-
mos a ciéncia de maneira geral, notando a sua meto-
dologia; em outras palavras, 0 método cientifico. Para
nossos propésitos, a definigio de ciéncia do Oxford
American Dictionary (Diciondrio Americano Oxford)
[1982], embora incompleta, é adequada: “Um ramo de
estudo que tem relagdo com um corpo sdlido de ver-
dades demonstradas ow com fatos observados classifi-
cados sistematicamente, mais ou menos ligados e apre-
sentados sob leis gerais, e que inclui métodos confid-
veis para a descoberta de novas verdades em seu
dominio”. O trabalho cientifico envolve coisas como
observagdo, formulagio de uma hipdtese, testes expe-
rimentais para repetir as observagGes, previsibilidade,
controle, etc.:
© método cientifico é aplicado observando e regis-
trando em primeiro lugar certos fendmenos naturais.
A seguir, 0 individuo formula uma generalizagao (hi-
potese cientifica) baseada em suas observagoes. Por
sua vez, essa generalizac&o permite que ele faca pre-
digdes. Testa a seguir a sua hipdtese, conduzindo ex-
periéncias para determinar se o resultado previsto ira
ocorrer, Se as suas predigdes se mostrarem verdadei-
ras, ele ira considerar entéo a sua hipdtese como ve-
rificada. Mediante confirmagao continua das predigdes
(por exemplo, dele mesmo e de outras pessoas), a
hipdtese se tornara uma teoria, e a teoria, com o tem-
po e os testes, ira alcangar a condigdo de lei (cien-
tifica).*
O que essa definicado — geralmente aceita — da ciéncia
e do método cientffico indica é que embora a evolugdo
se utilize do método cientffico, a teoria evolucionista
em si ndo é em tltima andlise cientifica, porque a evo-
14lugdo tem poucas, se é que as tem, “verdades demons-
tradas” ou “fatos observados”. A microevolugio ou mu-
taco estritamente limitada entre as espécies pode ser
demonstrada, mas isso nada tem a ver com a evoluc¢iio
como geralmente compreendida. Depois de citar evo-
lucionistas que confessam que a evolucdo nao pode ser
provada cientificamente, Wysong observa: “A evolugio
nao é uma formulagao do verdadeiro método cientifi-
co. Eles (esses cientistas) compreendem que evolugio
significa a formagao inicial de organismos desconheci-
dos a partir de produtos quimicos desconhecidos numa
atmosfera ou oceano de composigao desconhecida, sob
condigdes desconhecidas, cujos organismos subiram en-
tao uma escada evolucionista desconhecida, mediante
um processo desconhecido, deixando uma evidéncia
desconhecida”.*
Em outras palavras, até o ponto em que a ciéncia depen-
der de verdades demonstradas ou fatos observados, a
teoria da evolugao nao € ciéncia; pelo contrario, é uma
filosofia. A. E. Wilder-Smith, que possui trés doutora-
dos em ciéncia, observa:
Conforme Kerkut mostrou [em sua obra /mplications of
Evolution (Implicagdes da Evolugao)], o pensamento neo-
darwinista ensina sete postulados maiores. Nenhuma
dessas sete teses pode ser provada ou sequer testada
experimentalmente. Se elas nado forem apoiadas por evi-
déncia experimental, toda a teoria dificilmente podera ser
considerada cientifica. Se os sete postulados principais
do neodarwinismo nao forem experimentalmente passi-
veis de teste, entao 0 neodarwinismo deve ser considera-
do uma filosofia e nao uma ciéncia, pois a ciéncia se ocu-
pa apenas da evidéncia que pode ser testada experimen-
talmente.**
154. A evolucdo deveria ser proclamada
como um fato cientifico comprovado?
A evolucgio continua sendo apresentada como um
fato estabelecido pela comunidade cientifica, mas
principalmente por causa do ponto de vista mate-
rialista, naturalista que impregna o mundo cientifi-
co.””
Pierre-Paul Grasse, 0 conhecido zodlogo francés e
ex-presidente da Academia Francesa de Ciéncias, de-
clara em seu livro Evolution of Living Organisms
(Evolucgdo dos Organismos Vivos): “Os zodlogos e
botdnicos sdo quase unanimes em considerar a evo-
lucéo como um fato e nao uma hipdtese. Concordo
com essa posigao e a baseio principalmente em do-
cumentos fornecidos pela paleontologia, i. e., a his-
t6ria (f6ssil) do mundo organico”’.* Theodosius Dobz-
hansky, que, segundo outro evolucionista renomado,
Steven J. Gould de Harvard, é “o maior evolucio-
nista do nosso século”,” afirma em seu texto pre-
miado Mankind Evolving (Evolugdo da Humanida-
de): “As provas da evolucdo sio agora questaéo de
biologia elementar... Na época de Lamarck e Dar-
win, a evolugio era uma hipétese; em nossos dias
est4 provada”.*® O famoso cientista mundial George
Gaylord Simpson, distinto professor de paleontolo-
gia dos vertebrados no Museu de Zoologia Compa-
rativa em Harvard, enfatiza em The Meaning of Evo-
lution (O Significado da Evolugao): “Amplas provas
foram repetidamente apresentadas e se acham 8 dis-
posigao de quem quer que deseje conhecer realmen-
te a verdade... No presente estudo, a verdade fac-
tual da evolugio organica é tida como estabeleci-
da..”°"
16Carl Sagan é um conhecido astrénomo da Universida-
de Cornell, tendo recebido 0 prémio Pulitzer como au-
tor. Ele é talvez melhor conhecido como animador e
co-autor da série Cosmos de televisao, vista em 60 pai-
ses por aproximadamente 3% de toda a populagao mun-
dial. A edigaéo em capa dura do Cosmos esteve na lis-
ta de best-sellers do New York Times durante 70 sema-
nas e pode ser o livro de ciéncias mais vendido na
lingua inglesa no século vinte. Nesse livro, Sagan de-
clara simplesmente: “A evolugao é um fato e nio uma
> 32
teoria”.
Por outro lado, os criacionistas e outros cientistas nio-
evolucionistas argumentam que a evolugao nao pode ser
considerada logicamente factual sem a apresentagao de
qualquer evidéncia genuina: “Todos os dados verifica-
dos nas biociéncias mostram que a evolucéo nao esta
ocorrendo hoje, todos os dados reais nas geociéncias
mostram que ela nao ocorreu no passado, e todos os da-
dos genuinos nas ciéncias que se baseiam em fatos fis
cos mostram que ela nao é absolutamente possivel. Nao
obstante, a evoluc&éo € quase universalmente aceita co-
mo fato em todas as ciéncias naturais”.** S6 podemos
perguntar: “Por qué?” Outra vez, simplesmente porque
a evolugao é mais uma filosofia do que uma ciéncia. O
que isto significa?
Considere os comentarios do erudito canadense Arthur
C. Custance (Ph. D. em antropologia) e autor da obra
em dez volumes Doorway Papers (Documentos Intro-
dutérios) . Ele € membro da Canadian Physiological
Society (Sociedade Canadense de Fisiologia), do Royal
Anthropological Institute (Instituto Antropoldgico Real)
e da Academy of Sciences (Academia de Ciéncias) de
Nova Torque.
17Em “Evolution: An Irrational Faith” (“Evolugio: Uma
Fé Irracional”), ele observa:
Todos os fundamentos da fé evolucionista ortodoxa mos-
traram ter validade extremamente duvidosa ou serem
simplesmente contrdérios aos fatos... Tao basicas sao
essas suposigdes [evolucionistas] erradas que toda a
teoria é hoje largamente mantida a despeito [e com su-
porte] desses erros e nao por causa das evidéncias...
Como resultado, para a grande maioria dos estudantes
e para esse grande e mal-definido grupo, “o publico”,
ela deixou de ser tdpico de debate. Por ser tanto inca-
paz de ser provada como também nao poder ser ques-
tionada, mantém-se virtualmente intocada pelos dados
que de algum modo a desafiam. Ela se tornou irracio-
nal no senso mais estrito... Informagées ou conceitos
que desafiam a teoria quase nunca sao ouvidos impar-
cialmente...*
De fato, na opinido desse considerado erudito: “A filo-
sofia evolucionista se tornou na verdade um estado de
espirito, poder-se-ia quase dizer uma espécie de prisado
mental em vez de uma atitude cientffica... Equacionar
uma interpretagio particular dos dados com os préprios
dados € evidéncia de confusio mental... A teoria da
evolucao... € prejudicial a inteligéncia normal e deforma
o julgamento”.*®
Ele conclui: “Em resumo, as premissas da teoria evolu-
cionista sao tao invdlidas quanto poderiam ser... Se a
teoria evolucionista fosse estritamente cientffica, ela te-
ria sido abandonada hé muito. Mas, por ser mais uma
filosofia do que uma ciéncia, nao é suscetivel ao meca-
nismo de autocorregao que governa todos os outros ra-
mos da investigagiio cientifica’”.**
185. Os cientistas sao sempre objetivos?
Os cientistas sio pessoas. Portanto, a ciéncia tem a sua
dose de ambic4o, supresséo da verdade, preconceito,
cobiga, plagio, manipulagio de dados, etc. Isso é prova-
do pelo professor de urologia da Faculdade de Medicina
de Tel Aviv, Alexander Kohn, em sua obra False Pro-
phets: Fraud and Error in Science and Medicine (Fal-
sos Profetas: Fraude e Erro na Ciéncia e na Medicina)
[1986] e por Broad e Wade em Betrayers of Truth:
Fraud and Deceit in the Halls of Science (Traidores da
Verdade: Fraude e Dolo nos Corredores da Ciéncia)
[1982].
Os preconceitos que muitos cientistas tém contra 0 cria-
cionismo cientifico podem ser vistos através de exem-
plos contemporaneos.
Quando um dos maiores pensadores dos tempos mo-
dernos, Mortimer J. Adler da Universidade de Chi-
cago, se referiu 4 evolugio como um “mito popu-
lar’, Martin Gardner o incluiu em seu estudo de
charlaties e fraudes em Fads and Fallacies in the
Name of Science (Modismos e Mentiras em Nome
da Ciéncia).” Como filésofo e historiador, o Dr. Rou-
sas Rushdoony observa: “Questionar 0 mito ou exi-
gir provas € ser considerado como herege moderno
e louco”.*
Considere 0 caso do Dr. A. E. Wilder-Smith. Smith ob-
teve trés doutorados em ciéncias. Sua carreira académi-
ca notavel estende-se por 40 anos, incluindo a publica-
cao de mais de 100 artigos cientificos e mais de 40 li-
vros editados em 17 idiomas. Antes de discutir seu
proprio caso, ele ilustra com dois outros em que cientis-
19tas eminentes foram silenciados por terem ousado duvi-
dar da teoria evolucionista:
Além disso, a situag&o é tal hoje, que qualquer cien-
tista que expresse dUvidas sobre a teoria evolucionis-
ta é rapidamente silenciado. Sir Fred Hoyle, 0 famo-
so astrénomo, estava bem cotado para receber o Pré-
mio Nobel. Todavia, depois de terem aparecido seus
livros expressando duvidas matematicamente apoia-
das sobre o darwinismo, ele foi logo eliminado. Seus
livros tiveram uma critica negativa e ninguém mais
falou do seu Prémio Nobel. O caso dos métodos de
datacgao pela halo desenvolvidos por Robert V. Gentry
contam a mesma historia. Gentry apresentou boa evi-
déncia de que a idade da terra, quando medida pe-
lo método de radiagao do halo, usando polénio, po-
dia nao ser tao grande quanto se pensara quando
medida por métodos mais convencionais. Um postu-
lado desse tipo teria roubado ao darwinismo a sua
principal arma, a saber, os longos periodos de tem-
po. Gentry perdeu seus subsidios para pesquisa e 0
emprego de uma so vez.
Mediante métodos desse tipo, quase sempre chegando
as raias do psicoterror, 6 que a moderna teoria do flogisti-
co (neodarwinismo) continua ainda sendo incluida em
quase todas as publicagdes cientificas de nossos dias.
Eu mesmo fiz a palestra memorial de Huxley na Oxford
Union da Universidade de Oxford, em 14 de fevereiro de
1986. Minhas teses foram bem recebidas até pelos meus
oponentes no debate que se seguiu a palestra. Mas, até
hoje nao consegui persuadir nenhum jornal cientifico bem
conceituado a publicar o manuscrito. A resposta 6 sem-
pre que 0 texto nao se ajusta ao seu esquema de publica-
goes.
20Recentemente (dezembro de 1986) recebi um pedido de
informagées da Radcliffe Science Library, de Oxford, per-
guntando se realmente fizera a palestra memorial de
Huxley em 14 de fevereiro de 1986. Nenhum registro des-
sa palestra como parte do debate da Oxford Union fora
encontrado em qualquer biblioteca, nem o contetido do
mesmo tinha sido oficialmente registrado. Nenhum jornal,
radio ou emissora de televisdo dissera nada a respeito. A
censura 6, portanto, total sobre qualquer critica efetiva a
respeito da ciéncia do neodarwinismo e sobre qualquer
alternativa genuina.”
Como documentado pelo Dr. Jerry Bergman e outros,
existem milhares de casos de discriminag&o contra os
criacionistas — professores de ciéncias competentes sen-
do demitidos por ensinarem uma “abordagem de dois
modelos” sobre as origens; professores de ciéncias alta-
mente qualificados que nao conseguem estabilidade por
se recusarem a declarar a sua fé na evolucio; teses de
estudantes de ciéncias para o doutorado serem rejeita-
das simplesmente por apoiarem a criagdo; estudantes
serem expulsos da classe por desafiarem a idéia de que
a evolucao é um fato.”
O proeminente advogado Wendell R. Bird, autor da
obra The Origin of Species Revisited (A Origem das Es-
pécies Revisitada), observa que “‘a maior parte da edu-
cagao superior € dogmatica e irracionalmente compro-
metida em afirmar a evolugao e suprimir a ciéncia da
criagdo, nao com base na evidéncia cientifica, mas ape-
sar dessa evidéncia”. Ele se refere corretamente a “into-
lerancia’, “histeria” e “injustiga” do estabelecimento
evolucionista e as “intoleraveis rejeigdes de estabilida-
de, negativas de promogao, de renovagao de contratos,
de titulos merecidos, de admissdo em programas de
21pos- graduagao, e outras discriminagdes contra aquela
minoria que discorda do dogmatismo predominante e
ousa confirmar aciéncia da criago...
Ao fazer uma pesquisa para The Criterion, o Dr. Berg-
man entrevistou mais de 100 criacionistas que tinham
pelo menos um doutorado em ciéncias, a maioria com
um titulo de doutor em filosofia — entre eles alguns ga-
nhadores de prémios Nobel e outros com muiltiplos dou-
torados em ciéncias. “Nao obstante, todos, sem exce-
cio, afirmaram ter experimentado alguma discrimina-
cio... alguns casos eram tragicos em relagao a extensdo
das conseqiiéncias da discriminagdo, incluindo até
9042
ameacas de morte.
A hipocrisia em tudo isso parece evidente. O estabeleci-
mento evolucionista exige liberdade de expressdo para
si mesmo, mas a recusa para os seus oponentes. Nas pa-
lavras do Dr. Thomas Dwight de Harvard: “A tirania na
questao da evolucao é esmagadora, a um ponto que nin-
guém de fora faz idéia”.* Em nossas faculdades ¢ uni-
versidades hoje, a f€ cristi pode ser ridicularizada o
tempo todo, a Constituigao criticada, 0 casamento avil-
tado, a moralidade posta em diivida, mas a teoria da
evolugio € de algum modo sacrossanta. O professor
Paul Shoray da Universidade de Chicago observou:
“Nao existe causa téo completamente imune as criticas
em nossos dias como a da evolugao”.*
Até mesmo o chefe do departamento de ciéncias de
uma universidade da Ivy League (as grandes faculda-
des do nordeste dos E. U. A., Harvard, Princeton, Ya-
le, etc. — N. T.) rasgou um artigo na publicagao Syste-
matic Zoology (Zoologia Sistemdtica) por criticar a
selecdo natural. Quando confrontado ele disse: “Nao
22creio em censura, qualquer que seja a sua forma, mas
nao podia suportar a idéia de meus alunos lerem es-
se artigo”."*
6. Por que os cientistas materialistas
aceitam a evolu¢ao?
Existe uma suposicdo tacita de que a ciéncia, até mes-
mo nas questdes referentes as origens, deve ser natura-
lista. Ela é definida desse modo. Depois de uma refle-
x4o individual, os cientistas materialistas de hoje po-
dem achar dificil imaginar que toda a vida na terra se
originou por acaso da matéria inorgdnica, porém, mui-
tos acham a idéia da criagao divina ainda mais dificil.
Para esses cientistas, a evolugdo deve ser aceita como
uma necessidade filos6fica, sem levar em conta a evi-
déncia cientifica.
Mas, até que ponto essa abordagem é sensata? Ideal-
mente, a ciéncia deve envolver uma busca da verdade
de maneira objetiva, onde quer que essa procura possa
levar. Se os fatos cientificos realmente apontarem para a
criacgdo, isso pode ser pelo menos concedido, quer seja
ou nao pessoalmente aceito. Considere os comentarios
do eminente cientista espacial Dr. Wernher von Braun,
inventor do foguete Saturno e o pioneiro por tras do
Onibus espacial. Ele é apenas um dos intimeros cientis-
tas convencidos de que a boa ciéncia e a crenga num
Criador andam de mios dadas:
O v6o espacial tripulado pelo homem é um empreendi-
mento estupendo, mas abriu até agora para a humanida-
de apenas uma pequena porta para que pudesse ver a
imensidao do espago. Olhar através dessa fresta para os
23vastos mistérios do Universo deveria apenas confirmar
nossa crenga na certeza de um Criador.
Acho tao dificil compreender um cientista que nao reco-
nhece a presenga de uma razdo superior por tras da exis-
téncia do Universo, como compreender um tedlogo que
negue os avangos da ciéncia. E nao ha certamente razao
cientifica para Deus nao manter a mesma relevancia em
nosso mundo moderno que possuia antes de comegar-
mos a sondar a Sua criagdo munidos de telescopio, ciclo-
tron, e veiculos espaciais.*
Em Why Scientists Accept Evolution (Porque os Cien-
tistas Aceitam a Evolugao), os Drs. Clark e Bales docu-
mentam que “os homens no geral aceitam a evolugao
porque a tinica alternativa é a criagéo de Deus”.” Em
outras palavras, se a evolugio ndo for verdadeira, os
cientistas materialistas se sentirao pouco 4 vontade com
as implicagGes, pois serao confrontados com evidéncias
da existéncia de Deus. Por nao desejarem aceitar 0 con-
ceito da criag&o divina, “eles estruturam as hipdteses
necessdrias para sustentar a hipdtese da evolugao”.*
Assim sendo, muitos cientistas sinceros confessaram
que as razGes por trés da sua fé na evolugio sao princi-
palmente filosdficas e nao cientificas. Em parte alguma
isso € melhor ilustrado do que citando o bidlogo da
Universidade de Harvard, ganhador do prémio Nobel,
Dr. George Wald, que confessou certa vez: “Basta con-
templar a magnitude dessa tarefa para admitir que a ge-
rag&o esponténea de um organismo vivo é impossivel.
Todavia, aqui estamos nds — como resultado, creio eu,
da gerac&o espontanea”. Mas, um ano antes, o Dr.
Wald declarou o que era evidentemente 0 verdadeiro
problema:
24A idéia razoavel era crer na geracdo espontanea; a unica
alternativa seria crer no ato Unico, primario, da criagao
sobrenatural. Nao ha uma terceira posigao. Por esse mo-
tivo, ha um século, muitos cientistas decidiram considerar
a crenga na geracgao espontanea como sendo uma ne-
cessidade filosdfica... A maioria dos bidlogos modernos,
tendo visto com satisfagaéo a queda da hipdtese da gera-
cdo espontanea, mas, relutando em aceitar a crenga na
criagao especial, ficaram num verdadeiro vacuo.”
Outro cientista, G. Fana, confessou: “Vamos admitir
sem mais preambulos: 0 sucesso alcangado pela teoria
da evolugdo nao é devido principalmente ao seu cardter
auto-evidente, pois até os fatos mais geralmente admiti-
dos nem sempre podem ser reconciliados com ela, mas
sim 4 simpatia do mundo cientifico pelo ‘dogma’ do
materialismo cientifico”.*'
O cientista Louis T. More fez a seguinte confissao:
“Quando, todavia, examinamos essas causas da nossa
crenga [na evolugao], descobrimos que — aceitando o
nosso desejo de eliminar a criag&o especial e, geralmen-
te, o que chamamos de milagroso — a maioria delas po-
de ser considerada apenas como razGes secundarias pa-
3 52
ra confirmar uma teoria jd apresentada”.
7. Como é possivel que tantos
cientistas estejam errados em sua
cren¢a na evolu¢cao?
A histéria da ciéncia revela muitos casos em que a
maioria dos cientistas foi convencida quanto a uma
determinada teoria, estando todavia errados. Além dis-
so, quando se trata de discutir a quest&o da criagao/evo-
a5lugao, muitos cientistas hoje parecem estar simples-
mente com a mente fechada. Por qué? Porque a cién-
cia moderna esté comprometida com a ideologia da
evoluc&o e, sempre que existe um compromisso filo-
s6fico com uma determinada ideologia, surge tipica-
mente certa relutancia em considerar pontos de vista
alternativos.
De fato, existem varias razGes para explicar porque os
cientistas que aceitam a evolugdo podem estar errados.
Entre elas vamos mencionar quatro.
1. Uma teoria falsa pode ser aceita,
assumindo erroneamente que nao ha teorias
legitimas para substitui-la.
O Dr. Wilder-Smith observa que quando o mundo cien-
tifico moderno adere A teoria evolucionista, “nao é cer-
tamente porque a evidéncia experimental encorage 0
mundo cientffico a fazer isso”.* Ele explica que 0 com-
promisso com o materialismo é 0 problema. Portanto:
Nao temos no momento nenhuma outra alternativa pura-
mente cientifica que postule uma base cientifica pura-
mente materialista para a biogénese e a biologia. Repe-
tindo, nao ha no presente qualquer alternativa para Dar-
win. O criacionismo, por ser religioso, tem pouca utilidade
para o pensamento materialista atual. Nao passa de um
assunto irrelevante, digno apenas de ridiculo... Os cien-
tistas cuja educagao é darwiniana e, portanto, naturalis-
ta, nao tém por essa razao qualquer alternativa real pa-
ra o darwinismo. Esta é, talvez, uma das principais ra-
z6es para a vitoria do darwinismo ainda hoje, embora a
evidéncia cumulativa da ciéncia seja firmemente contra
a teoria.*
26Mas, e se houver uma opgao cientifica legitima pa-
ra a evolugdo que nao seja materialista? Por exem-
plo, Wendell R. Bird, diplomado pela Faculdade de
Direito de Yale, documenta solidamente que a teo-
tia do “aparecimento repentino” € inteiramente cien-
tifica, e que tal teoria foi apresentada cientificamen-
te por cientistas de uma época anterior. Além do
mais, cle mostra que a criagéo em si nao é neces-
sariamente religiosa; ela pode ser também inteira-
mente cientifica.*
2. Uma teoria falsa pode ser aceita porque
os fatos cientificos podem ser interpretados
erradamente ou for¢ados a se ajustar a ela.
Os fatos do mundo natural sao conhecidos por todo
cientista, criacionista ou evolucionista. A questéo em
debate € a interpretagéo desses fatos. Todavia, os fatos
cientificos no s6 podem parecer ajustar-se a uma falsa
teoria, como podem tornar-se eles mesmos irrelevantes
por causa do apelo intrinseco de um paradigma especi-
fico cuja preservagio se torne essencial:
Todavia, por mais convincentes que essas refutagdes
[da evolugaéo] possam parecer, sem levar em conta
quao contraditoria e irreal grande parte da estrutura
darwiniana possa parecer agora a quem quer que de-
seje defendé-la, como fildsofos e cientistas do porte
de Thomas Kuhn e Paul Feyerabend salientaram, é
impossivel falsificar teorias mediante referéncias aos
fatos ou, na verdade, mediante qualquer tipo de ar-
gumento racional ou empirico. A historia da ciéncia
corrobora amplamente o que Kuhn chamou de “prio-
ridade do paradigma” e oferece inimeros exemplos
fascinantes dos esforcos extraordinarios que os mem-
27bros da comunidade cientifica estao dispostos a fazer
para defender uma teoria, desde que ela contenha su-
ficiente apelo intrinseco.*
O conceito do flogistico é um exemplo instrutivo. A
teoria do flogistico “admitia que todos os corpos com-
bustiveis, inclusive os metais, continham um material
comum, 0 flogistico, que escapava durante a combus-
tao, mas podia ser facilmente transferido de um para
237
outro corpo” -
Os experimentos cientificos com zinco e fésforo pare-
ceram provar a teoria do flogfstico.* O conceito foi ple-
namente aceito durante cem anos e debatido durante
outros cem antes de ser finalmente refutado. Mas, de
fato, “a teoria era uma deturpagao total da realidade. O
flogistico nem sequer existia; entretanto, a sua existén-
cia foi firmemente tida como verdadeira e a teoria apli-
cada rigidamente por quase cem anos durante 0 sécu-
lo 18”.°
Os fatos embaracosos eram astutamente assimilados,
justificados, ou ignorados; a maneira da ciéncia tratar
com os fatos foi determinada pela prépria teoria falsa.
Os fatos tinham de curvar-se 4 “verdade” do flogistico;
dificilmente alguém se preocupou sequer em considerar
uma teoria alternativa. Assim sendo, conforme o tempo
foi passando e mais descobertas foram sendo feitas, que
tornaram cada vez mais dificil crer no flogistico, a teo-
ria nao foi rejeitada, mas “modificada pela insergaio de
novas suposigGes injustificadas e ad hoc sobre a nature-
za do flogistico”.@
Em seu livro Origins of Modern Science (Origens da
Ciéncia Moderna), o Professor H. Butterfield observa
28como a teoria do flogistico levou na verdade os cientis-
tas a ficarem intelectualmente incapacitados para tratar
com a evidéncia:
--aS duas Ultimas décadas do século 18 d&o uma das
provas mais espetaculares sobre o fato de que homens
capazes que tinham a verdade debaixo do prdprio nariz,
possuiam todos os ingredientes para a solucdo do pro-
blema — justamente aqueles que haviam feito as desco-
bertas estratégicas — ficaram incapacitados pela teoria do
flogistico de compreenderem as implicagdes do seu pré-
prio trabalho."
Denton comenta: “Nao € dificil encontrar inversdes
do senso comum no pensamento evolucionista mo-
derno, as quais lembram surpreendentemente a gi-
nastica mental dos quimicos flogisticos... O darwi-
nista, em lugar de questionar a estrutura ortodoxa
como o bom senso parecia ditar, tenta justificar a
sua posicéo mediante propostas ad hic... que para
os céticos s&o racionalizagdes auto-evidentes para
neutralizar 0 que é, em face disso, evidéncia nega-
39 62
tiva”.° Desse modo, os grandes e espinhosos proble-
mas cientificos relativos 4 moderna teoria da evolu-
¢ao nao constituem uma refutagdo das alegagées dar-
winianas; mas, sim, situagdes que exigem ajustes A
teoria, a fim de que ela possa ser preservada a to-
do custo.
3. Uma falsa teoria pode ser aceita porque
os cientistas supdem que ela é verdadeira s6
por causa do apoio amplo e geral.
No caso da evolucao, ninguém questiona a teoria bdsica
porque todos a aceitam:
29O fato de toda publicagao, debate académico e discus-
sdes populares pressuporem a verdade da teoria dar-
winiana tende a reforgar enormemente a sua credibili-
dade. Isso deve ser assim porque, como os socidlogos
do conhecimento insistem em ressaltar, é pela conver-
sa no sentido mais amplo da palavra que nossos pon-
tos de vista e concepgdes da realidade sao mantidos
e, portanto, a plausibilidade de qualquer teoria ou visao
de mundo depende em grande parte do apoio social
que recebe em vez do seu contetido empirico ou con-
sisténcia racional. Desse modo, toda afirmagao difundi-
da sobre a validade da teoria darwiniana teve o efeito
inevitavel de elevar o seu status até tornar-se um axio-
ma inexpugnavel que nao pode estar de modo algum
errado.*
Vem daf o refrio constante de que a evolugao é um “fa-
to cientifico indiscutivel”. Além disso, toda divergéncia
da visio corrente se torna irracional por definigao. Co-
mo P. Feyerabend argumenta em seu artigo “Problemas
do Empirismo” na obra Beyond the Edge of Certainty
(Além do Limite da Certeza): “O mito, portanto, nao
tem relevancia objetiva, ele continua a existir somente
como resultado do esforco da comunidade de crentes e
de seus lfderes, sejam eles sacerdotes ou ganhadores do
Prémio Nobel. O seu ‘sucesso’ é totalmente fabricado
72 64
pelo homem”
4. Uma teoria falsa pode ser aceita
pelos cientistas porque eles preferem as
suas implicagoes filosdficas.
Por exemplo, existem intimeros cientistas materia-
listas que sao também ateus e, portanto, ficam fe-
lizes em aceitar as implicacGes atefstas da evolugao
30naturalista. Aqui, 0 verdadeiro propésito da evolu-
cao é explicar as coisas sem recorrer a Deus. Os
cientistas nado passam de homens e, se a inclinac&o
naturalista do coragdo humano é uma tentativa de
fugir de Deus, entéo a evolugiéo € certamente uma
teoria atraente.
Muitos cientistas modernos salientaram com aparente
satisfagdo que, tendo em vista a evolugao, nao ha neces-
sidade de levar Deus em consideragao. Isso nos leva a
suspeitar que alguns desses cientistas podem ter moti-
vos ulteriores para desejar que a evolucao seja verdadei-
ra.® Por exemplo, em seu livro Heredity, Race and So-
ciety (Hereditariedade, Raga e Sociedade), Theodosius
Dobzhansky observa: “A maioria das pessoas, porém,
recebeu a prova cientifica desse ponto de vista [i. e., a
evolucao] como uma grande libertagdo da serviddo es-
piritual, e viu nela a promessa de um futuro melhor”.
Aldous Huxley confessou certa vez em seu Ends and
Means (Fins e Meios):
Tive motivos para nao desejar que o mundo tivesse um
significado; conseqiientemente assumi que nao tinha,
nao tendo dificuldade em encontrar raz6es satisfatorias
para essa suposi¢ao... O filésofo que nao encontra sen-
tido no mundo, nao esta preocupado exclusivamente
com um problema de metafisica pura; ele também se
ocupa em provar que n&o existe razao valida para que
n&o possa agir como quer, ou que seus amigos nao
devam apossar-se do poder politico e governar da ma-
neira que achem mais vantajosa para si mesmos. Quan-
to a mim e, sem duvida, para a maioria dos meus con-
temporaneos, a filosofia da falta de significado era es-
sencialmente um instrumento de libertagéo (sexual e
politica)”.”
318. O que a teoria das
probabilidades diz sobre a evolucdao -
e isso torna a evolug¢do um milagre
“maior” do que a criag¢do?
A idéia de que tudo veio do nada é um tanto dificil de
aceitar, até para os cientistas. Em vista da ciéncia mo-
derna descobrir cada vez mais a complexidade indescri-
tivel do mundo organico e deixar simultaneamente de
explicar a natureza da abiogénese (formagao de um or-
ganismo vivo a partir de matéria nado viva), a natureza
milagrosa de todas as teorias das origens parece tornar-
se mais aparente. Num certo sentido, o termo milagre
nao fica especificamente restrito 4 ideologia criacionis-
ta.
O bioquimico Dr. Francis Crick, ganhador do Prémio
Nobel, comentou: “Um homem sincero, armado com
todo o conhecimento de que dispomos agora, s6 pode-
ria afirmar que, num certo sentido, a origem da vida
parece no momento ser quase um milagre, tantas sao
as condigdes que teriam de ser satisfeitas para fazé-la
existir”.*
O companheiro de pesquisas de Hoyle, Chandra Wic-
kramasinge, também notou: “Ao contrario da no¢gao
popular de que s6 o criacionismo se apdia no sobre-
natural, o evolucionismo deve também apoiar-se, des-
de que as probabilidades da formagao da vida ao aca-
so sao téo pequenas que exigem um ‘milagre’ de ge-
rac4o espontanea equivalente a um argumento teold-
gico”.?
Carl Sagan e outros cientistas renomados calcularam a
possibilidade do homem ter evoluido em aproximada-
32mente 1 em 10°". Esse € um ntimero com dois bi-
lhGes de zeros 4 direita e poderia ser escrito em cerca de
20.000 livros do tamanho deste. Segundo a lei de Borel,
isso indica nao haver probabilidade alguma. De fato, es-
sa possibilidade é téo minima que chega a ser inconce-
bivel. Portanto, s6 para argumentar, vamos estudar uma
visdo infinitamente mais favordvel em relacio a proba-
bilidade da evolugao ter ocorrido. E se as chances forem
apenas de 1 em 10'""? Mas, até mesmo esse ntimero es-
ta infinitamente acima da lei das probabilidades de Bo-
rel (1 em 10*) — além da qual os eventos simplesmente
nao ocorrem.”
Assim sendo, em “Algorithms and the Neo-Darwinian
Theory of Evolution” (“Algoritmos e a Teoria Neodar-
winista da Evolugao”), Marcel P. Schutzenberger da
Universidade de Paris, Franga, calculou a probabilidade
da evolucg&o baseado na mutac&o e na selecao natural.
Como muitos outros cientistas, ele também concluiu
que ela era “inconcebivel”, porque a probabilidade de
um processo ao acaso realizar isso € zero: “Nao ha pro-
babilidade (10') de ver esse mecanismo surgir espon-
taneamente e, se surgisse, menos ainda de que se manti-
vesse... Para concluir, cremos que existe uma brecha
considerdvel na Teoria Neodarwinista da evolugio, e
cremos que essa brecha é de natureza tal que nao pode
ser fechada dentro da concepgdo corrente da biolo-
272
gia’.
Os cientistas evolucionistas chamaram apenas uma
chance em 10" de “impossibilidade virtual”.” Desse
modo, como podem crer em algo que tem muito menos
do que uma chance em 10'? Afinal, quaéo pequena é
uma chance em 10"? Ela &é muito pequena — uma
chance em 10” é apenas uma chance em um trilhao.
33Podemos medir também o tamanho de 1 em 10' (um
ntimero com mil zeros) considerando o nimero-teste
10'". Quao grande é esse numero? Primeiro, considere
que o ntimero de Atomos no ponto final desta frase seja
de aproximadamente 3.000 trilhdes. Em 10'” anos, uma
ameba poderia transportar todos os dtomos, um de cada
vez, em 600.000 trilhdes, trilhdes, trilhdes, trilhdes de
universos do tamanho do nosso, de uma para outra ex-
tremidade do Universo (supondo uma distancia de 30
bilhdes de anos-luz), andando numa velocidade terrivel-
mente lenta de 2,54 centfmetros a cada 15 bilhdes de
anos.” Todavia, uma possibilidade em 10!" nao arranha
sequer a superficie de uma possibilidade em 10! — a
“probabilidade” de que a vida pudesse supostamente
evoluir. Perguntamos de novo, quem pode crer em algo
cujas chances sao de 1 em 10° até 1 em 107°?
Se, como argumento ha apenas duas respostas possiveis
4 questo das origens, entdo a refutagao de uma logica-
mente prova a outra. Se A ou B sao as tinicas explica-
des possiveis de um evento, e A é refutada, s6 B pode
ser considerada a causa. Se as probabilidades da evolu-
¢ao forem, por exemplo, uma em 10'*, entdo as proba-
bilidades da criagio ocorrer seriam 0 oposto — isto €
99.9 (seguidos de mais 999 noves). O evolucionista
George Wald, da Universidade de Harvard, declarou
que uma porcentagem de 99.995 é “quase inevitdvel”.”*
Entao, o que dizer de 99.999999999999999 (mais 985
noves) — que € exatamente a “probabilidade” da criagao
ter ocorrido?
Nao 6, portanto, surpreendente ouvir o famoso astréno-
mo Sir Fred Hoyle admitir que a chance de formas su-
periores de vida terem emergido através dos processos
evolucionistas é compardvel 4 de um “tornado varrer
34um depésito de sucata e construir um Boeing 747 com o
material nele contido”.”°
9. O que os fatores de planejamento e
exatiddo ensinam sobre a evolu¢do?
A evidéncia esmagadora a favor do planejamento na
criagao explica porque literalmente milhares de cientis-
tas de primeira linha permanecem estritamente criacio-
nistas ou defstas, aceitando que o Universo sé pode ser
obra de um Criador divino.
Intimeros cientistas rejeitaram 0 argumento de planeja-
mento como “um conceito fundamentalmente metafisi-
co e a priori sendo, portanto, cientificamente falho”.”
Mas essa avaliacao é falsa: “Pelo contrario, a inferéncia
do planejamento é uma indug&o puramente a posteriori
baseada numa aplicag&o inexoravelmente consistente da
légica da analogia. A conclusao pode ter implicacées
religiosas, mas nao depende de pressuposig6es religio-
sas”.”*
De fato, a incrivel complexidade de todo ser vivo ofere-
ce evidéncia obrigatéria de que a vida jamais poderia
ter surgido mediante processos casuais.” Desse modo,
em qualquer lugar que observemos a natureza, a hip6te-
se de que as coisas surgiram por acaso entra em conflito
com tudo que vemos diante de nés:
E a absoluta universalidade da perfeigao, o fato de nos
depararmos com uma elegancia e uma engenhosidade
de qualidade tao transcendental, nado importa por onde
olharmos, nem a que profundidade buscarmos, que entra
em litigio com a idéia do acaso... Em praticamente todos
35os campos da pesquisa bioldgica fundamental, niveis
crescentes de planejamento e complexidade sao revela-
dos numa velocidade cada vez maior... Para os que ainda
afirmam dogmaticamente que toda essa nova realidade
resulta do puro acaso, podemos responder apenas, como
Alice [no Pais das Maravilhas], incrédula em face da ldgi-
ca contraditoria da Rainha Vermelha: “Alice riu. ‘Nao
adianta tentar’, disse ela. ‘Nao se pode crer em coisas
impossiveis’. ‘Ouso dizer que vocé nao teve muita prati-
ca’, respondeu a Rainha. ‘Quando tinha a sua idade fazia
isso meia hora por dia. Algumas vezes acreditei em até
seis coisas impossiveis antes do café’
O contetido de informag&o nas criaturas vivas do mundo
— animal, planta, e homem — esta infinitamente além das
bibliotecas de mil mundos. O DNA de uma tinica ame-
ba tem informagiio suficiente para encher mais de mil
vezes toda a Enciclopédia Britanica."' Todavia, para
sustentar 0 bom nome da ciéncia nos pedem para crer
que tal complexidade surgiu por acaso do nada absolu-
to. E preciso esticar demais a credulidade para deduzir
que as coisas mais complexas da natureza resultaram do
acaso, quando todos os fatos e evidéncia que possuimos
com rela¢4o a objetos feitos pelo homem afirmam que
esses itens muito mais simples tiveram de resultar da
inteligéncia, planejamento e projeto. Em outras pala-
vras, se os itens extremamente “simples” que os ho-
mens fabricam, tais como relégios e computadores, re-
querem e até exigem inteligéncia para a sua produgao,
como entao o mundo muito mais complexo da natureza
surgiu por mero acaso sem qualquer inteligéncia?
Considere uma tinica célula. Em seu livro Evolution: A
Theory in Crisis (Evolugdo: Uma Teoria em Crise), 0
bidlogo molecular Dr. Michael Denton discute uma pe-
36quena fragio da complexidade de uma tinica célula. Ele
afirma: “Em talvez nenhuma outra area da biologia mo-
derna o desafio [4 evolugao] resultante da extrema com-
plexidade e engenho das adaptag6es bioldgicas é mais
aparente do que no novo e fascinante mundo molecular
39 82
da célula”.
Se tivéssemos de expandir uma Unica célula um bilhdo
de vezes até que alcancasse 24 quilémetros de diame-
tro, verfamos entao algo de complexidade inigualavel e
projeto adaptavel.*
Até os componentes mais simples e funcionais da célu-
la, tais como as moléculas de proteina, seriam revelados
como segmentos altamente organizados e tremenda-
mente complexos do mecanismo molecular. Em qual-
quer diregio que olhdssemos, haveria um ntimero in-
contdvel dessas maquinas-rob6. Poderiamos ver que ca-
da molécula era feita de aproximadamente 3.000
Atomos arranjados em conformagées espaciais, tridi-
mensionais e superiormente organizadas. “Ficariamos
ainda mais surpresos ao observar as atividades estranha-
mente deliberadas dessas maquinas moleculares esqui-
sitas, especialmente quando compreendéssemos que,
apesar de todo 0 nosso conhecimento acumulado de fi-
sica e quimica, a tarefa de projetar uma dessas maqui-
nas moleculares — que é uma tinica molécula funcional
de proteina — estaria completamente além da nossa ca-
pacidade”.“ Em outras palavras, até a complexidade e o
contetido de informagao das “simples” moléculas sao
t&o vastos que se tornam praticamente inconcebiveis.
De fato, supor que moléculas assim tao complexas pu-
dessem ter-se originado mediante qualquer esquema de
evolugao bioldégica é inacreditavel: “As moléculas com-
plexas, essenciais a determinados organismos, tém fre-
37qiientemente um contetido tao vasto de informagao
que... tornam a teoria da evolucio efetivamente impos-
sivel”.©
De fato, ao viajar por essa célula gigantesca, o que esta-
tiamos vendo é
um objeto semelhante a uma fabrica automatizada, maior
que uma cidade e realizando tantas fungdes unicas quan-
to todas as atividades de fabricag&o do homem na terra.
Todavia, seria uma fabrica com uma capacidade inatingi-
vel por qualquer das nossas maquinas mais avancadas,
pois seria capaz de reproduzir toda a sua estrutura em
questo de horas. Testemunhar tal ato multiplicado um bi-
Ihdo de vezes seria um espetadculo que provocaria sem
duvida reveréncia.”*
Quando passamos do nivel celular para o do cérebro
humano, o cendrio evolutivo se torna ainda mais im-
plausivel. Quase ninguém negaria que o cérebro huma-
no, pesando apenas 1,3 quilos, é a estrutura mais com-
plexa do Universo. “Neurologistas e outros cientistas
especializados calcularam que um espago de 1.5 x 10°
kw de energia elétrica, 1 x 10” fios, 1 x 10°! tubos-mi-
niatura, e 2 x 10° dolares seriam necessdrios para imi-
tar, mesmo grosseiramente, 0 cérebro humano do ponto
de vista fisiolégico”.”
O cérebro humano consiste de cerca de dez bilhdes de
células nervosas. Cada uma dessas dez bilhdes de célu-
las nervosas compreendem entre dez mil e cem mil fi-
bras interligadas que as capacitam a fazer contato com
outras células nervosas no cérebro. O total de ligagdes
no cérebro humano 6é, portanto, proximo de um quatri-
Ih&o ou 10%.
38Mesmo que apenas uma centésima parte das ligagdes do
cérebro fosse especificamente organizada, isso ainda re-
presentaria um sistema contendo um numero muito maior
de ligagdes especificas do que toda a rede de comunica-
gdes do mundo. Em vista do vasto numero de ligagdes
adaptaveis Unicas, levaria uma eternidade para montar
um objeto remotamente semelhante ao cérebro, mesmo
aplicando as técnicas de engenharia mais sofisticadas.*
A suposi¢&o de que tais complexidades na célula e no
cérebro possam ocorrer inteiramente por acaso tem le-
vado alguns cientistas a se referirem agora 4 evolugao
como sendo um mito e até uma afronta 4 razd4o. O Dr.
Nils Heribert-Nilsson foi um conhecido botanico e ge-
neticista sueco. Quase no final de sua distinta carreira,
ele escreveu sua grande obra Synthetische Artbildung
(Especiagao Sintética) , um tratado completo de mais
de 1.000 paginas que representou uma vida de traba-
lho cientffico e experimentacdo pratica. Seus longos
anos de pesquisas experimentais lhe ensinaram que a
idéia da evolugao era “absolutamente impossivel”, al-
go mais adequado & “Alice no Pais das Maravilhas”.
Ele finalmente concluiu: “Um exame cuidadoso revela
uma impossibilidade empirica inerente 4 idéia da evo-
lugao”.89
Robert E. D. Clark (Ph. D. em quimica organica, Uni-
versidade de Cambridge) comenta em seu The Univer-
se: Plan or Accident? (O Universo: Plano ou Aciden-
te?): “A existéncia de planejamento na natureza é um
fato que deve ser certamente tomado em consideragéo”
porque “em cada ramo principal da ciéncia — fisica,
geoffsica, astronomia, quimica, biologia — nos depara-
mos com o mesmo fato surpreendente... Quase em toda
parte ela [a natureza] mostra os sinais... de algo sobre 0
39qual s6 podemos pensar em termos de engenhosidade e
projeto deliberado”.”
10. Existem cientistas que acreditam
que a evolucdo prejudicou a causa
da ciéncia?
Apesar do seu monopélio sobre 0 mundo cientifico, um
numero significativo de cientistas notdveis sentiu que,
quaisquer que sejam os beneffcios que possa ter, a teo-
ria da evolugao foi também prejudicial 4 causa da cién-
cia.
O Dr. A. E. Wilder-Smith enfatiza que a “mao morta do
darwinismo pesou bastante sobre o progresso [cientifi-
co] por mais de um século”.” J. W. Fairbairn da Univer-
sidade de Londres afirma que 0 pensamento evolucio-
nista teve “um efeito deletério sobre taxonomia prati-
>? 92
ca.
O Dr. W. R. Thompson, renomado entomologista, em
sua introdugao 4 edicao do centendrio do livro de Dar-
win, A Origem das Espécies, observou que o darwinis-
mo teve uma influéncia perniciosa sobre intimeras dis-
ciplinas cientfficas, inclusive genética, biologia, classi-
ficagéo e embriologia.” Ele argumentou que, em vista
da evolucio ter-se tornado um dogma indefensavel a ser
defendido a todo custo, a causa da ciéncia propriamente
dita foi prejudicada:
Essa situagao, em que cientistas se unem em defesa de
uma doutrina que nao podem definir cientificamente e
muito menos demonstrar com rigor cientifico, tentando
manter a sua credibilidade junto ao puiblico suprimindo as
40criticas e eliminando as dificuldades, é anormal e indese-
javel na ciéncia.*
O bioquimico e criacionista soviético Dr. Dmitri Kouz-
netsov, de renome mundial, com trés doutorados em
ciéncia, comentou também sobre as conseqiiéncias ne-
gativas do pensamento evolucionista na ciéncia e em
outros campos. Ele observa que na Riissia os cientistas
geralmente “se tornam criacionistas com base cientiffi-
ca”, notando que “os evolucionistas sao muito subjeti-
vos quanto aos dados que decidem usar como evidéncia
da sua teoria”.’>
Depois de 40 anos de pesquisas cientificas, tentando
provar a validade da teoria da evolugdo, o Dr. Nilsson
concluiu que seu tempo tinha sido completamente des-
perdigado. Ele ficou convencido de que a teoria da evo-
lucao deveria ser inteiramente abandonada como uma
grave obstrucao a pesquisa biolégica:
O resultado final de todas as minhas investigagdes e es-
tudos, a saber, que a idéia da evolugao, testada mediante
experimentos em especiacao e ciéncias afins, sempre le-
va a incriveis contradig6es e conseqliéncias desconcer-
tantes, em vista das quais a teoria da evolugao deve ser
inteiramente abandonada, ira sem duvida enraivecer mui-
tos; e mais ainda a minha conclusao de que a teoria da
evolugao nao pode ser de forma alguma considerada co-
mo uma filosofia natural inécua, mas sim uma grave obs-
trucao a pesquisa bioldgica. Ela impede, como ja foi mos-
trado repetidamente, que se alcancem resultados consis-
tentes, até mesmo de material experimental uniforme.
Pois, em andlise final, tudo deve ser forgado a se adequar
a esta teoria especulativa. Uma biologia exata nao pode
ser, portanto, estabelecida.*
41Isso tudo seja talvez a razao para outro cientista nota-
vel, o Dr. Louis Bounoure, Diretor de Pesquisas do
Centro Nacional de Pesquisas Cientificas na Franga, ter
comentado certa vez: “A evolugio é um conto de fadas
para adultos. A teoria nao ajudou nada no progresso da
ciéncia. Ela é inutil”.”
11. A evolugdo exige tanta fé
quanto o criacionismo?
A evolugio requer fé. E possivel folhear centenas de li-
vros didaticos evolucionistas e notar que, embora quase
todos tenham certeza quanto ao suposto fato da evolu-
¢4o, todos esto igualmente incertos quando se trata de
evidéncia s6lida para os detalhes da evolucio.* O pro-
blema é complexo porque, embora a maioria dos espe-
cialistas talvez conhega bem os problemas em seu pré-
prio dominio, eles pressupdem qué a evidéncia a favor
da evolugao estd bem estabelecida em outras areas. To-
davia, ela nunca esta. Essa conclusao se torna evidente
quando examinamos as dtividas expressas pelos cientis-
tas em suas préprias especialidades quanto a evolugao.”
Assim sendo, a moderna teoria da evolugio, em alguns
aspectos, s6 substituiu uma fé religiosa (criagdo sobre-
natural) por outra fé religiosa (evolugdo materialista).
Poucos podem negar logicamente que ambas as teorias
exigem f€ no miraculoso. A antropdloga Loren Eiseley
observa em seu livro Immense Journey (Jornada Imen-
sa): “Depois de repreender 0 tedlogo por sua confianga
no mito e no milagre, a ciéncia se encontrou na pouco
invejavel condic&o de ter de criar uma mitologia pré-
pria: a saber, a suposig&o de que aquilo que, depois de
longo esforgo, nao pode ser provado como tendo lugar
42hoje, havia, na verdade, tido lugar no passado prime-
vo”.
O que isso significa em Ultima andlise é que a evolugio
exige uma escolha pessoal — fé, se preferir — para crer
nos processos naturais em vez de naquilo que deve ser
logicamente reconhecido como uma op¢ao muito mais
digna de crédito — criagdo por um Arquiteto infinito.
Randy L. Wysong, D. V. M., instrutor de anatomia hu-
mana e fisiologia, argumenta no livro The Creation-
Evolution Controversy (A Controvérsia Criagdo-Evolu-
¢ao):
A evolugao pode ser considerada como uma espécie de
religiaéo magica. A magia é simplesmente um efeito sem
causa, ou pelo menos sem uma causa competente. “Aca-
so’, “tempo”, e “natureza” sao os pequenos deuses man-
tidos nos templos evolucionistas. Esses deuses nao po-
dem, porém, explicar a origem da vida. Eles sao impoten-
tes. Desse modo, a evolugdo fica sem uma causa eficaz e
6, portanto, apenas uma explicagao magica para a exis-
téncia da vida..."
Ele afirma entao que a evolugdo também exige fé:
A evolugao exige bastante fé: uma fé nas proteinas-L (le-
vo-moléculas) que desafiam a formagao por acaso; fé na
formagao de cédigos de DNA que, se fossem gerados es-
pontaneamente, iriam resultar apenas em pandemGnio; fé
num ambiente primitivo que na realidade iria devorar fe-
rozmente quaisquer precursores quimicos da vida; fé em
experiéncias (sobre a origem da vida) que nada provam
senao a necessidade de uma inteligéncia no principio; fé
num oceano primitivo que nao tornasse mais espessos,
43mas dilufsse irremediavelmente os produtos quimicos; fé
nas leis naturais, inclusive as leis da termodinamica e bio-
génese que na verdade negam a possibilidade da gera-
gao espontanea da vida; fé em revelagdes cientificas fu-
turas que, quando compreendidas, sempre parecem
apresentar mais dilemas para os evolucionistas; fé nas
probabilidades que contam traigoeiramente duas histérias
— uma negando a evolugao, a outra confirmando o Cria-
dor; fé em transformacdes que permanecem fixas; fé nas
mutagdes e na selecdo natural que nado passam de uma
dupla negativa da evolugdo; fé nos fosseis que embara-
gosamente revelam fixagao no tempo, e auséncia regular
de formas de transigao; ...f6 num tempo que s6 promove
a degradagao na auséncia de uma mente; e fé no redu-
cionismo que acaba por reduzir os argumentos materia-
listas a zero e reforgar a necessidade de invocar um Cria-
dor sobrenatural.
A religido evolucionista 6 consistentemente inconsistente.
Os cientistas se apdiam sobre a ordem racional do Uni-
verso para as suas realizagées, todavia, os evolucionistas
nos dizem que o Universo racional teve um inicio irracio-
nal do nada. Devido a falta de conhecimento sobre os
mecanismos e estruturas, a ciéncia nao pode sequer criar
um simples graveto. Todavia, a religiéo evolucionista fala
com ousado dogmatismo sobre a origem da vida.'”
44Segunda Parte
Ciéncia e
Criacionismo
12. Qual o verdadeiro problema em
relacdo a uma abordagem materialista
da ciéncia? Por que o criacionismo
pode ser boa ciéncia?
O problema do materialismo est relacionado com as
suas limitagGes inerentes que tendem a distorcer a inter-
pretagao dos dados cientificos. O gracejo espirituoso de
que a evolucao é constituida de “1/10 de ma ciéncia
9/10 de ma filosofia” contém mais verdade do que mui-
tos cientistas est&o dispostos a admitir.
A crenga na evolugao € filosoficamente deficitéria por-
que tenta resolver a questao das origens com base numa
abordagem inadequada. O problema é discutido exclusi-
vamente ao nivel do naturalismo. O fato da teologia pro-
priamente dita ser uma disciplina legitima do conheci-
mento, que deve ser igualmente considerada no debate
sobre as origens, fica esquecido. Abordar a questao das
origens de um modo materialista deixa de esclarecer
muitos problemas importantes sobre os dados; dados es-
ses sobre cuja existéncia todos concordam. Assim sendo,
0 significado ou interpretagao atribuido apenas sob a pre-
45missa do materialismo serd deficiente, porque os dados
nio podem organizar-se unicamente nessa base. Essa a
razao de intimeros cientistas estarem atualmente infelizes
com as particularidades do tema evolucao.
Os componentes da prépria ciéncia — classificacdo, teo-
ria, experimentos, etc. — refletem uma estrutura de con-
ceitos que transcendem os dados cientificos. Todas as
tentativas feitas para explicar ou interpretar sao, até cer-
to ponto, imposigdes sobre os dados. Também 0 sao as
tentativas de refutar ou anular explicagGes alternativas.
Em outras palavras, em vista dos dados da ciéncia nao
se organizarem automaticamente, as estruturas interpre-
tativas que transcendem os dados podem ser impostas a
estes. A questéo é novamente se uma estrutura apenas
materialista pode ser ou nao adequada.
Em nossa opiniaio, uma abordagem que tenta considerar
os dados sem preconceitos contra as implicagdes teol6-
gicas mais amplas é mais produtiva. Nao ha nada de
ndo-cientifico quanto a isso. A visio de mundo do teis-
mo é uma estrutura explicativa tao adequada para os da-
dos cientfficos quanto a viséo do naturalismo. Por
exemplo, os dados da ciéncia (termodinamica, astrono-
mia, etc.) indicam claramente um ponto de origem para
o Universo. Desse modo, “todos os dados observaveis”
produzidos pela astronomia indicam que o Universo foi
criado num ponto do tempo.’ Os dados da ciéncia con-
firmam também um alto grau de complexidade através
de toda a historia da vida e essa complexidade requer
explicagdes que nao sé incluam, mas também vao além
dos processos naturais em si. (Veja Perguntas 8 e 9.)
Além disso, os dados cientificos revelam um grau incri-
velmente elevado de harmonia ou equilibrio na estrutu-
46ra do Universo em todos os niveis. Isso exige também
uma explicagao que transcende os processos naturais e
invoca a necessidade de um Criador sobrenatural.
Em outras palavras, a esséncia da filosofia, da logica e
da propria ciéncia sugere que as leis naturais por si sés
sao lamentavelmente insuficientes para justificar a exis-
téncia do Universo e da vida complexa que habita nele.
Isso se torna especialmente verdadeiro quando conside-
ramos 0 cardter distinto do homem, tal como seus pode-
res de raciocinio abstrato, personalidade complexa, na-
tureza espiritual, etc. Os seres humanos estao tao dis-
tantes do nivel dos animais que simplesmente nao
podemos justifica-los com base em processos puramen-
te naturais (cf., Mortimer Adler, The Difference of Man
and the Difference It Makes [A Diferenca do Homem e
a Diferenga que Isso Faz]).
O valor da ciéncia é inegdvel como parte do quadro
maior que explica o mundo, mas nao pode explicar todo
o quadro. O teismo, em termos de sua possibilidade de
explicar uma escala muito mais ampla de dados, assim
como a integragio dos dados em outras disciplinas, ofe-
rece na verdade um “quadro geral” mais coerente.
Quando a criag4o é, portanto, afirmada no contexto do
tefsmo, ela satisfaz os critérios da boa ciéncia: é passi-
vel de teste, unificada e, num sentido heuristico, muito
produtiva.
13. O criacionismo é apenas religioso?
A ciéncia da criagdo é realmente uma ciéncia? Ou sera
simplesmente uma religido disfargada, astuciosamente
destinada a colocar o Génesis de volta no sistema edu-
47cacional? Embora o criacionismo seja certamente uma
filosofia religiosa, pode ser também uma doutrina cien-
tffica, algo confirmado por inimeros cientistas de reno-
me e especialistas sobre a natureza da relagdo entre a
ciéncia e a religiao. Por exemplo, os livros de Bird, Mo-
reland (ed.), Geisler e Anderson, e Morris e Parker sao
apenas alguns entre os que demonstram que 0 criacio-
nismo pode ser cientifico.""
O reitor H. Kenyon, professor de biologia e coordena-
dor do programa de biologia geral da Universidade Es-
tadual de San Francisco, é um dos principais cientistas
nao-evolucionistas da América do Norte que fez douto-
rado em biofisica na Universidade de Stanford." Ex-
evolucionista e co-autor do livro Biochemical Predesti-
nation (Predestinagao Bioquimica), obra-padrao sobre
a origem evolutiva da vida, Kenyon acredita agora que a
situaciio atual, em que a maioria considera a ciéncia da
criagao simplesmente uma religido disfargada, “€ la-
mentdvel e mostra estreiteza mental completamente
avessa ao espirito da verdadeira investigagao cienttfi-
ca”.! Kenyon é apenas um dos cientistas proeminentes
que “examinou com todo 0 cuidado a questao cientifica
da criacdo” e a considerou legitima.'”
Por exemplo, ao apresentar a evidéncia cientifica para a
teoria chamada de “aparecimento stibito” (que incorpo-
ra dados relevantes da paleontologia, morfologia, con-
tetido de informagii, probabilidade, genética, desconti-
nuidade comparativa, etc.), Bird observa: “Essas linhas
de evidéncia sdo afirmativas no sentido de que, se fo-
rem verdadeiras, elas apdiam a teoria do aparecimento
stibito. Elas nao sao negativas no sentido de simples-
mente identificarem os pontos fracos da evolugio... A
teoria do aparecimento stbito é cientffica. Ela consiste
48da evidéncia empirica e da interpretagao cientffica que €
o contetido deste capitulo. A teoria do aparecimento sti-
bito também satisfaz as varias definigdes da ciéncia...”!
O Dr. Wilder-Smith apresenta igualmente uma alternati-
va cientifica para o neodarwinismo em seu livro Basis
for a New Biology and Scientific Alternative to Neo-
Darwinian Evolutionary Theory: Information Sources
and Structures (Base para uma Nova Biologia e Alter-
nativa Cientifica para a Teoria Neodarwinista da Evo-
lugdo: Fontes de Informagdo e Estruturas)."° O caso
cientifico para a criagao é também habilmente demons-
trado por cientistas de renome na obra Creation Hypo-
thesis: Scientific Evidence for an Intelligent Designer
(Hipétese da Criagao: Evidéncia Cientifica de um Ar-
quiteto Inteligente) editado por J. P. Moreland.
Se o criacionismo cientifico for na verdade uma religiao
disfargada em ciéncia (isto é, pseudociéncia), e somente
a teoria evolucionista for realmente ciéncia, por que li-
teralmente milhares de cientistas de primeira linha em
todo mundo abandonaram a evolucg4o como teoria cien-
tifica e se tornaram criacionistas cientificos? O fato de
tantos cientistas renomados aceitarem o criacionismo
como legitimamente cientifico significa que os evolu-
cionistas que afirmam ser ele apenas uma religiao de-
vem estar errados.
Além disso, os evolucionistas afirmaram que nenhum
cientista qualificado, possuindo doutorado de institui-
c6es credenciadas, acredita na criacdo. Mas os que ar-
gumentam isso estéo também errados. Milhares de cria-
cionistas tém doutorado em todas as ciéncias, alguns
das universidades mais prestigiadas da América e Euro-
pa. Eles receberam honrarias, cargos e nomeagdes com-
49pardveis aos melhores de seus colegas evolucionistas.
Existem também milhares de cientistas ndo-criacionis-
tas que rejeitam a teoria evolucionista, alguns dos quais
admitiram que 0 criacionismo pode ser cientifico.
Como uma indicagdo da natureza cientifica da criacao,
considere as seguintes comparacées das predicdes da
criacGo e evoluc¢do com os dados cientificos:
Predicdes:
Criacdo: Criador eterno e onipotente;
EvolucGo: matéria eterna [matéria eterna € aceita
por alguns; a maioria dos cientistas aceita agora
que o Universo teve um comec¢o].
Dados: 0 Universo teve um principio; a matéria se
degradou; vida altamente ordenada.
Predicoes:
CriacGo: leis naturais e cardter da matéria imutavel;
Evolucdo: matéria e leis evoluem [aceito por alguns;
a maioria dos cientistas acredita que as leis sejam
constantes].
Dados: leis constantes; matéria constante; nao ha
novas leis.
Predicdes:
Criagdo: tendéncia para a degradacao;
Evolucdo: tendéncia para a ordem.
Dados: a segunda lei da termodinamica [apdia a
predicdo criacionistal.
50Predicdes:
Criacdo: cria¢do da vida, a Gnica possibilidade;
Evolucdo: geracdo espontanea.
Dados: improbabilidades bioquimicas [para a ge-
racdo espontaneal.
Predicdes:
Criacdo: vida, um fendmeno Unico;
Evolucdo: transic¢ao continua entre a vida e a maté-
ria.
Dados: lacuna enire a vida e a matéria; compostos
bioquimicos [nao] formados naturalmente a partir da
matéria inorganica.
Predi¢gdes:
Criacdo: vida eterna;
Evolucdo: a vida teve um principio.
Dados: a lei da biogénese [apdia a predicao cria-
cionista]
Predicdes:
CriacGo: categorias basicas da vida néo-interliga-
das;
EvolucGo: toda a vida é interligada.
Dados: lei da biogénese; possibilidade de reversdo
aos tipos basicos, iniciais; intervalo entre os fésseis;
heterogeneidade; similaridades.
Predicdes
Criacdo: catastrofe mundial;
Evolucdo: uniformitarismo.
Dados: fésseis, estratos sedimentares; dejetos con-
| gelados; uniformitarismo atual.
51PredicSes:
CriacGo: érgados sempre completos
Evolucao: evolucao gradual dos orgdos.
Dados: 6rgaos sempre completamente desenvolvi-
dos; selecdo natural pouco relevante.
PredicGes:
Criagdo: mutagées prejudiciais;
EvolucGo: mutagdes podem melhorar as espécies.
Dados: mutacées sao, via de regra, deletérias; leis
da ciéncia da informagdao.
Predi¢cdes:
CriacGo: linguagem, arte, e civilizagao repentinas;
EvolucGo: surgimento gradual da civilizagao.
Dados: arqueologia e antropologia revelam surgi-
mento repentino da civilizagao.
PredicSes:
Criacdo: o homem é um ser Gnico;
EvolucGo: o homem é meramente um animal.
Dados: semelhancas entre homem e animal; tam-
bém lacunas nas artes, linguagem, religido.
Predic6es:
Criacdo: planejamento evidente;
Evolucdo: naturalismo.
Dados: vida complexa e altamente desenvolvida;
sinteses naturais."°
52As comparagées acima indicam que os fatos cientificos
apdiam mais a teoria da criagdo do que a da evolucao.
Finalmente, se o criacionismo é apenas uma religio,
por que os evolucionistas perdem consistentemente os
seus debates cientificos para os criacionistas?
Isso talvez ajude a explicar porque [nos EUA] as
pesquisas indicam que a maioria das pessoas é a fa-
vor da idéia do ensino da teoria da criagao nas es-
colas além da teoria da evolugdo. Isso inclui a vas-
ta maioria do ptblico nacional (85%), dois-tergos
dos advogados da nag&o (que também consideram
isso constitucional), a maior parte dos presidentes
das universidades seculares, e dois-tergos dos mem-
bros da diretoria das escolas ptibicas. Uma pesqui-
sa indicou que 42% dos professores de biologia fa-
vorecem agora aparentemente-a teoria da criagdo e
nao a da evolucao.'”
14, Existem cientistas evolucionistas
que afirmam que a evidéncia favorece
a cria¢gdo especial?
Alguns evolucionistas sio intelectualmente honestos o
suficiente para admitir que a criag&o especial é na ver-
dade a melhor teoria, seja no todo ou em parte. In-
felizmente, parece que a maioria dos cientistas supde
que a evolugao foi provada em outros campos e€ a sua
especialidade € que esta tendo problemas com isso.
Por exemplo, o botanico E. J. H. Corner da Univer-
sidade de Cambridge acredita que exista evidéncia a
favor da evolugéo em certos campos, embora ele ad-
mita dificuldades para encontrar evidéncia em seu pré-
prio campo:
a3Muita evidéncia pode ser citada a favor da teoria da evo-
lugaio — na biologia, biogeografia e paleontologia, mas
continuo pensando que, para os nao preconceituosos, 0
registro féssil das plantas favorece a criagdo... Sera pos-
sivel imaginar que uma orquidea, uma lentilha d’agua, e
uma palmeira possam ter os mesmos ancestrais, e te-
mos qualquer evidéncia dessa suposigao? Os evolucio-
nistas devem preparar-se para uma resposta, mas creio
que a maioria seria derrotada diante de uma inquisi-
¢ao""'*
Escrevendo no Physics Bulletin (Boletim de Fisica) de
maio de 1980, H. S. Lipson, da Universidade do Institu-
to de Ciéncias e Tecnologia de Manchester e membro
da Royal Society, confessa o seguinte: “Sempre tive
uma leve suspeita sobre a teoria da evolugao por causa
da sua facilidade em justificar qualquer propriedade dos
seres vivos (a girafa de pescogo longo, por exemplo).
Tentei, portanto, verificar se as descobertas bioldgicas
dos tltimos trinta anos ou mais se ajustam a teoria de
Darwin. Nao creio que o fagam”.
A seguir, ele continua: “Nos tiltimos 30 anos, aprende-
mos muito sobre os processos vitais (embora uma par-
cela insignificante do que ha ainda a aprender!) e pare-
ce-me apenas justo verificar como a teoria da evolugao
acomoda a nova evidéncia. Isto €é 0 que devemos exigir
de uma teoria puramente fisica. Para mim, a teoria nao
resiste de modo algum. Vou dar apenas um exemplo —
respiragao”. E ele prossegue, mostrando como nao se
pode justificar a respiragdo nas suposi¢Ges evolucionis-
tas.
Depois de outras discussdes, ele pergunta: “Qual a ori-
gem da matéria orgénica?’ e conclui: “Penso, porém,
54que devemos ir além disto e admitir que a sinica expli-
cacao aceitavel é a criagdo. Sei que isto é andtema para
os naturalistas, assim como o é para mim, mas nfo de-
vemos rejeitar uma teoria que nao aprovamos, se a evi-
déncia experimental a apdia”.!"*
Em seu livro Biology, Zoology, and Genetics: Evolu-
tion Model Versus Creation Model 2 (‘Biologia, Zoo-
logia, e Genética: Modelo da Evolugao Vs. Modelo da
Criagao 2‘), 0 Dr. A. Thompson observa: “Em vez de
apoiar a evolucdo, os intervalos do registro féssil co-
nhecido apdiam a criagéo de grupos principais com a
possibilidade de alguma variagao limitada em cada gru-
po”.!5
O Dr. Austin Clark, curador do departamento de pa-
leontologia da Smithsonian Institution, observou na pu-
blicagao Quarterly Review of Biology: “No que concer-
ne aos grupos principais de animais, os criacionistas pa-
recem ter o melhor argumento”.!"°
Na area da bioquimica comparativa, Bird observa: “Este
argumento do nao-inter-relacionamento comparativo é
uma evidéncia afirmativa da teoria do aparecimento st-
bito, como nado apenas Denton e Sermonti mas também
Zihlman e Lowenstein reconhecem em referéncia a evi-
déncia bioquimica comparativa, dizendo que ‘isto cons-
titui uma espécie de hipdtese da ‘criagao especial”?”!”
Até mesmo cientistas eminentes como Sir Fred Hoyle e
Chandra Wickramasinghe, seu companheiro de pesqui-
sas, ao discutir a “teoria de que a vida foi formada por
uma inteligéncia (superior)”, declaram: “De fato, tal
teoria € 1do 6bvia que ficamos imaginando porque nao é
largamente aceita como auto-evidente. As razdes sio
mais psicoldgicas que cientificas”.'"*
55Terceira Parte
As
Consequéncias
e Implicagoes
da Teoria
Evolucionista
15. De que forma a evolu¢ao
influenciou a cren¢a em Deus?
Mortimer J. Adler € um dos grandes pensadores mo-
dernos. Ele € autor de varios livros interessantes, tais
como Ten Philosophical Mistakes (Dez Erros Filos6-
ficos) ¢ How to Think About God (Como Pensar So-
bre Deus), editor da Enciclopédia Britdnica, e arqui-
teto e editor-chefe da obra The Great Books of the
Western World (Os Grandes Livros do Mundo Ociden-
tal) em 54 volumes. Esse conjunto contém material
escrito pelos maiores e mais influentes intelectuais e
pensadores da historia ocidental — de Aristételes a Sha-
kespeare.
No Volume 1, Great Ideas: A Syntopicon of Great
Books of the Western World (Grandes Idéias: Uma Si-
nopse de Grandes Livros do Mundo Ocidental), Adler
56salienta a importéncia da questo da existéncia de Deus
para os grandes pensadores do mundo ocidental: “No
que se refere 4 quantidade das referéncias, assim como
a sua variedade, este é o maior capitulo. A razdo é evi-
dente. Mais conseqiiéncias para a reflexao e acdo se se-
guem a afirmagao ou negagao de Deus, do que a res-
posta de qualquer outro tema bédsico”.'”
E aqui, talvez, que vemos a maior conseqiiéncia da teo-
ria evolucionista — sua negagio de Deus e os infelizes
resultados que surgiram dessa negativa. Conforme no-
tou certa vez o famoso evolucionista Sir Julian Huxley:
“O darwinismo eliminou toda a idéia de Deus como
Criador dos organismos da esfera da discussio racio-
nal”!
O Dr. Colin Brown recebeu 0 seu doutorado por pesqui-
sas feitas na teologia do século dezenove. No que se re-
fere ao impacto da evolugao sobre o cristianismo, ele
confessa: “‘O fator mais potente até agora que veio des-
truir a crenga na existéncia de Deus nos tempos moder-
nos é a teoria evolucionista de Charles Darwin’”."!
O Dr. Huston Smith, uma autoridade religiosa, observa:
“Uma das raz6es para que a educagao destrua a crenga
[em Deus] é 0 ensino da evolucdo. O afastamento de
Darwin da ortodoxia para 0 agnosticismo foi sintomati-
co. Martin Lings esta provavelmente certo em dizer que
‘mais casos de perda da fé religiosa est&o ligados A teo-
39 122
ria da evolugao... do que a qualquer outra coisa”’.
Newman Watts, jornalista londrino, observou: “Ao
compilar 0 meu livro, Britain Without God (A Inglater-
ra Sem Deus), tive de ler bastante literatura anti-reli-
giosa. Duas coisas me impressionaram. Uma delas foi
s7foi a tremenda quantidade de literatura desse tipo dis-
ponfvel, e a outra foi o fato de que cada ataque con-
tra a f€ cristé tem hoje como base a doutrina da evo-
lug&o”."5
Como um testemunho do impacto religioso do pen-
samento evolucionista, considere as conclusdes cui-
dadosamente extraidas do famoso Manifesto Huma-
nista II:
Nao encontramos evidéncia suficiente para a crenga no
sobrenatural; ele é inexpressivo ou irrelevante a questéo
da sobrevivéncia e realizagao da raga humana. Na qua-
lidade de nao-teistas comegamos com os seres huma-
nos e nao com Deus, com a natureza e nao com a di-
vindade... Nao conseguimos descobrir propdsito ou pro-
vidéncia divinos para a espécie humana... Nenhuma
divindade ira salvar-nos; temos de salvar a nos mes-
mos... AS promessas de salvagao imortal ou medo da
condenagao eterna sdo tanto ilusdrias quanto prejudi-
ciais... Pelo contrario, a ciéncia afirma que a espécie hu-
mana emergiu de forgas evolucionistas naturais... Nao
existe evidéncia verossimil de que a vida sobreviva a
morte do corpo... Afirmamos que os valores morais tém
como fonte a experiéncia humana. A ética é aut6noma
e situacionista, nao necessitando de sangao teoldgica ou
ideoldgica.”"*
De acordo com a declaragéo acima, néo devemos sur-
preender-nos ao encontrar uma relag4o ldgica entre a
evolucao naturalista e o ateismo filosdfico/pratico; de
fato, isso se torna evidente através de toda a literatu-
ra ateista.'° Na publicagio, The American Atheist (O
Ateu Americano), Richard Bozarth argumenta o se-
guinte:
58A evolugao destrdi absoluta e completamente a propria
razao pela qual a vida terrena de Jesus foi supostamente
necessaria. Destroi Adao e Eva e o pecado original, e
nos escombros enconiraremos os restos lamentaveis do
filho de deus... Se Jesus nao era o redentor... e é isto que
a evolugao quer dizer, entao o cristianismo nao 6 na-
da..5
Todavia, apesar dos efeitos danosos que o pensamento
evolucionista teve sobre a crenga pessoal em Deus, sao
as novas descobertas sobre a criacao que estao pratica-
mente forgando os cientistas a reconsiderarem Deus.
Como um exemplo, citamos o texto Cosmos, Bios,
Theos, produzido por 60 cientistas de todo o mundo, in-
clusive 24 ganhadores do prémio Nobel. Henry Marge-
nau, co-editor e fisico da Universidade de Yale, resume
a conclusio légica para os cientistas de mente aberta ao
enfrentarem a incrivel complexidade e planejamento do
Universo em que vivem. Margenau argumenta que “sé
ha uma resposta convincente” para explicar a enorme
complexidade e as leis do Universo — a criagdo por um
Deus onisciente e onipotente.'”
16. Quais sao algumas das
implicagces filosdficas pessoais da
evolu¢do materialista?
Na visio de mundo evolucionista ou materialista, 0 ho-
mem nao tem uma posicdo especial, além daquela que
ele decide ocupar. Na condigao de evolucionista reno-
mado, George Gaylord Simpson observa:
No mundo de Darwin, 0 homem... é, no sentido mais am-
plo, parte da natureza e nao separado dela. Ele é paren-
59te, nao figurada mas literalmente, de todo ser vivo, seja
ele uma ameba, uma solitaria, uma alga marinha, um car-
valho, ou um macaco — embora os graus de parentesco
sejam diferentes e possamos sentir menos empatia por
primos em quadragésimo-segundo grau como a solitaria
do que por, falando comparativamente, irm&aos como os
macacos..."”"
Segundo a evolucao naturalista, uma trindade de fatores
basicos criou todo o Universo e tudo 0 que vive nele —
matéria, tempo, e acaso. Jacque Monod, bidlogo vence-
dor do prémio Nobel, repete o sentimento de muitos
quando comenta: “O homem esta sé na imensidao in-
sensfvel do Universo, do qual ele emergiu por aca-
$0.2
O erudito de Cambridge J. W. Burrow escreve em sua
introdugao a A Origem das Espécies:
A natureza, segundo Darwin, é produto do acaso e
do esforgo cegos, e 0 homem uma mutagao solita-
ria e inteligente, lutando com os brutos pelo seu sus-
tento. Para alguns, 0 sentimento de perda foi irrevo-
gavel, como se o cordao umbilical tivesse sido cor-
tado e os homens se descobrissem parte de “um
Universo frio e impassivel”. Ao contrario da nature-
za concebida pelos gregos, pelo iluminismo e pela
tradigao crista racionalista, a natureza darwiniana nao
tinha qualquer indicag&o sobre o comportamento hu-
mano, nenhuma resposta para os dilemas morais hu-
manos."
Portanto, como conclui Monod, para o bem ou para o
mal, “nosso sistema de valores pode ser escolhido livre-
mente por ndés”.'"!
60Num Universo tao imenso e incerto, nao é de se sur-
preender que milhares de homens reflitam sobre o
significado da sua existéncia. Depois de tudo ter si-
do dito e feito, haveria realmente propésito na vida?
Nas palavras de Leslie Paul: “Ninguém sabe em que
momento, embora 0 tempo seja suficientemente bre-
ve de acordo com os relégios astrondmicos, o plane-
ta solitaério vai esfriar, toda a vida morrerd, todas as
mentes cessarao, e tudo sera como se nunca tivesse
acontecido. Esse, para ser sincero, € 0 alvo em dire-
co ao qual a evolugio esté viajando, o fim benevo-
lente da vida violenta e da morte violenta... A vida
nao passa de um fésforo aceso no escuro e novamen-
te apagado. O resultado final... € priva-la completa-
132
mente de significado”.
Qualquer que seja a posigao que adotemos, poucos
afirmariam que as conseqiiéncias sao acidentais. De
fato, nossa resposta 4 questao das origens faz uma
grande diferenga. Por exemplo, considere apenas al-
guns contrastes entre as visGes materialista e judai-
co-crista:
Realidade Final
Visdo materialista: A realidade final é a matéria impes-
soal. Deus nao existe.
Visao crist@: A realidade final é um Deus infinito, pes-
soal, amoroso.
Universo
Visdo_materialista: O Universo foi criado mediante
eventos casuais sem um propésito final.
61Visao_cristé: O Universo foi criado amorosamente por
Deus com um propésito especifico.
Homem
Viséo materialista: O homem € produto do tempo im-
pessoal mais acaso mais matéria. Como resultado, ho-
mem algum tem valor ou dignidade eternos, nem qual-
quer significado além daquele derivado subjetivamente.
Visdo crista: O homem foi criado por Deus a Sua ima-
gem e é amado por Ele. Em vista disso, todos os ho-
mens sao dotados de valor e dignidade eternos. Seu va-
lor final nao tem origem neles mesmos, mas numa fonte
transcendente a eles, o proprio Deus.
Moralidade
Viséo _materialista: A moralidade é definida pelo indi-
viduo de acordo com seus pontos de vista ¢ interesses.
A moralidade, em Ultima andlise, é relativa porque cada
pessoa é a autoridade suprema para si mesma.
Visio _crist@: A moralidade é definida por Deus e imu-
tdvel por ser baseada inerentemente no cardter imutavel
de Deus.
Pés-Vida
Visio materialista: O pés-vida traz a aniquilagao eterna
(extingao pessoal) para todos.
Visdo crist@: O pés-vida envolve seja a vida eterna com
Deus (imortalidade pessoal) ou a separag4o eterna dEle
(juizo pessoal).
62Quem argumentaria que tais diferencas nao tém sen-
tido? Para mostrar que tém, oferecemos um exemplo
a seguir.
17. Que conseqiiéncias sociais e
politicas recentes podem ser atribuidas
a crenga evolucionista?
O filésofo Will Durant notou certa vez: “Ao oferecer
a evolug&o em lugar de Deus como uma causa da his-
téria, Darwin removeu a base teolégica do cédigo mo-
ral da cristandade. No entanto, o cédigo moral que
nao teme a Deus é bastante fragil. Essa é a condic¢ao
em que nos encontramos. Nao penso que o homem
ja seja capaz de lidar com a ordem social e a decén-
cia individual sem temer algum ser sobrenatural que
tenha autoridade sobre ele e possa castigd-lo”."> Po-
demos confirmar em toda parte que a declaragao de
Durant estava correta.
Num Universo que, em Ultima andlise, nao tem razao de
ser, 0 que acontece com a ética individual e social? Por
que os mais poderosos e inteligentes entre nds nao de-
vem manipular os menos inteligentes e menos podero-
SOs para Os propésitos que consideram “bons” e “respei-
taveis”?
Nosso século esta repleto de exemplos. Os tiltimos 75
anos testemunharam alguns dos maiores horrores de to-
da a historia da humanidade — principalmente 0 resulta-
do das atrocidades nazistas e comunistas. A Alemanha
nazista foi hedionda e o comunismo foi responsdvel pe-
la morte de aproximadamente 25 vezes mais pessoas
que as sacrificadas por Hitler!
63Essas ideologias, porém, continuam ainda vivas. Na
Alemanha de hoje, 0 neonazismo se tornou uma pode-
rosa forga social e 0 neofacismo esta crescendo na Italia
— quase inconcebivelmente, sob a lideranga da propria
neta de Mussolini. Apesar do colapso do comunismo na
Europa e na Russia, a teoria marxista continua domi-
nando mais de um bilhfo de pessoas na China e em ou-
tros paises. Ninguém pode ter também certeza de que a
Rtissia e a Europa Oriental vao continuar seu movimen-
to em diregdo a democracia.
O que tudo isso tem a ver com a evolucio naturalista?
Notamos anteriormente que a evolugado esta baseada na
premissa de que 0 tempo mais a matéria impessoal mais
© acaso formaram todos os seres vivos. Em esséncia, 0
homem se torna algo como um acidente trégico, nao
tendo valor final, girando a velocidades vertiginosas
através dos corredores sombrios do espaco.
Visdes filos6ficas moldadas por pensamentos desse ti-
po podem, entretanto, encontrar facilmente expressao
légica na vida didria de milhares de individuos. Isso
foi reconhecido por Sedgwick, um gedlogo de Cam-
bridge e conhecido de Darwin, que achou que Dar-
win havia mostrado a cada criminoso como justificar
seu comportamento. Ele também cria que se os ensi-
nos de Darwin tivessem larga aceitagado, a humanida-
de “iria ser prejudicada a ponto de brutalizar-se e fa-
zer a raca humana mergulhar num grau maior de de-
gradac&o do que qualquer outro em que tivesse caido
desde que os seus registros escritos nos contam a sua
histéria”’.'**
Um dos maiores evolucionistas de épocas recentes foi
© antropdlogo Sir Arthur Keith. Ele dedicou mais tem-
64po ao estudo da ética evolucionista do que talvez qual-
quer de seus contemporaneos. A sua obra Evolution
and Ethics (Evolugdo e Etica) mostra que a ética en-
sinada pelo cristianismo e a da evolugao nao sao com-
pativeis: “O ensinamento cristao esta... em oposigao
direta 4 lei da evolugao” e, “a ética cristé ndo se har-
moniza com a natureza humana e é€ secretamente an-
tagOnica ao esquema de evolugdo e ética da nature-
za” 36
Keith também compreendeu que, se seguirmos a ética
evolucionista até a sua conclusio estrita e légica, deve-
mos “‘abandonar a esperanga de alcangar um dia um sis-
tema universal de ética” porque, “como acabamos de
ver, os caminhos da evolugao nacional, tanto no passa-
do como no presente, sao cruéis, brutais, implacaveis,
impiedosos”.'”
De fato, quando examinamos a influéncia social e poli-
tica da teoria darwiniana sobre a ultima metade do sé-
culo dezenove e todo o século vinte, as conseqiiéncias
morais sio algumas vezes amedrontadoras. O préprio
Keith observa 0 gélido impacto da teoria de Darwin so-
bre a Alemanha:
Vemos Hitler supremamente convencido de que sé a evo-
lugao produz uma base verdadeira para a politica nacio-
nal... Os meios adotados por ele para assegurar o destino
da sua raga e do povo foram matangas organizadas, que
saturaram a Europa de sangue... Tal conduta é altamente
imoral quando medida por qualquer escala de ética, toda-
via a Alemanha a justifica; ela esta de acordo com a mo-
ral tribal ou evolucionista. A Alemanha voltou ao passado
tribal e esta demonstrando ao mundo, em toda a sua nu-
dez, os métodos da evolugao...'*
65Na Alemanha, Hitler viu na teoria evolucionista a justi-
ficagfo “cientffica” de seus pontos de vista pessoais.
“Nao hd dtividas de que a evolugio foi a base de todo 0
pensamento nazista, desde o inicio até o fim. Todavia, €
de fato um fendmeno notavel que tao poucos tivessem
se apercebido disso até hoje”.'”
Uma forma de darwinismo foi também utilizada efeti-
vamente na propagaciio da ideologia comunista. Karl
Marx “sentiu que sua obra era um paralelo exato da de
Darwin” e ficou to grato que quis dedicar uma parte do
livro Das Kapital (O Capital) a Darwin, que declinou a
honra."”
Marx escreveu a Engels com respeito a A Origem das
Espécies, dizendo que 0 livro “contém na hist6ria natu-
ral a base para as nossas opinides da [historia huma-
naJ”."" Em 1861, ele também escreveu: “O livro de
Darwin € muito importante e me serve como base na se-
lecdo natural para a luta de classes na hist6ria...”"”
O Dr. A. E. Wilder-Smith comenta: “A propaganda po-
litica e anti-religiosa publicada desde os dias de Marx
esta eivada do darwinismo mais primitivo”, observando
que “ela brutaliza aqueles a quem domina”."*
A filosofia de Marx, como a de Hitler, refletia a brutali-
dade da natureza. Ele se referia ao “desarmamento da
burguesia... terror revoluciondrio... e criagéo de um
exército revolucionario...” Além disso, 0 governo revo-
luciondrio nao teria “nem tempo nem oportunidade para
a compaixao e 0 remorso. Seu intento era aterrorizar os
oponentes até a sua submissdo. Ele deve desarmar 0 an-
tagonismo mediante execugao, prisdo, trabalho forgado,
controle da imprensa...”!4
66Em vista do impacto de Hitler, Marx e seus associados,
e a ligagao demonstravel de suas filosofias desumanas
com 0 atefsmo evolucionista, os comentarios do fil6sofo
hist6rico John Koster sao pertinentes:
Muitos nomes foram citados além dos de Hitler para expli-
car o Holocausto.
De modo estranho, 0 de Charles Darwin quase nunca se
encontra entre eles. Todavia... as idéias de Darwin e de
Huxley quanto ao lugar do homem no Universo prepara-
ram o caminho para o Holocausto... Hitler e Stalin assas-
sinaram mais vitimas inocentes do que as que morreram
em todas as guerras religiosas na historia da humanida-
de. Eles nao assassinaram essas vitimas enganados pela
idéia de salvar as suas almas ou punir os seus pecados,
mas por serem competidores na questao do alimento e
obstaculos ao “progresso evolutivo”. Muitos humanitarios,
cristaos, judeus, ou agnosticos compreenderam a relacao
entre as idéias de Nietzsche e as equipes de assassinato
em massa e os crematorios de Hitler. Poucos, porém, vol-
taram um passo atras fazendo a ligagéo com Darwin, o
“cientista” que inspirou diretamente a teoria do super-ho-
mem de Nietzsche e 0 corolario nazista de que alguns in-
dividuos so subumanos. A evidéncia estava toda ali — 0
termo neodarwinismo foi usado abertamente para descre-
ver as teorias raciais nazistas. A expresso “selegao na-
tural”, como aplicada a seres humanos, foi encontrada na
Conferéncia de Wannsee no principal documento do Ho-
locausto...
Podemos ver os eventos na Alemanha de Hitler e na
Russia de Stalin como uma colegéo sem sentido de
atrocidades que tiveram lugar porque os alemaes e
Os russos Sao pessoas perversas, nada parecidas co-
67nosco. Ou podemos compreender que a imposigao
das teorias de Huxley e Darwin, de que a-vida-é-pa-
tologica, de depress&o clinica disfargada em ciéncia,
desempenhou um papel critico na era das atrocida-
des. E que isso nos sirva de aviso. As pessoas tém
de aprender a deixar de pensar em seus semelhan-
tes como se fossem maquinas e aprender a pensar
neles como homens e mulheres possuidores de uma
alma..."
18. Como a evolugao influenciou a
interpretagdo da Biblia? O que a Biblia
ensina sobre as origens?
A evolugio influenciou a Biblia mediante as varias teo-
rias propostas, numa tentativa de harmonizar a teoria da
evolugdo com os ensinamentos biblicos.
Uma dessas teorias € a chamada “evolugao teista”. Es-
sa € a idéia de que Deus supostamente usou o pro-
cesso gradual da evolugao para criar toda espécie de
vida, inclusive 0 homem. Outra idéia é a teoria da
‘Durac&o dos Dias’ (Day Age), onde os dias de Gé-
nesis 1 se tornam vastas eras geoldgicas, geralmente
para inserir a evolugao. Um terceiro ensinamento éa
teoria do “Intervalo” que supde um grande intervalo
cronolégico entre os versiculos 2 e 3 de Génesis 1,
onde bilhdes de anos de progresso evolucionista sao
inseridos. Assim sendo, todas essas idéias aceitam o
fato da evolucao, permitindo bilhGes de anos para que
ela ocorra. Uma quarta teoria é chamada de “criagao
progressiva” e aceita longos periodos de evolugao en-
tremeados por surtos criativos de atividade divina pa-
ra manter 0 processo.
68Estudamos cada uma dessas teorias em detalhe e cre-
mos que todas tém problemas biblicos fatais.“” As ten-
tativas de acomodaciio fracassam porque a crenga evo-
lucionista e 0 ensino biblico s6 sao compativeis em
detrimento da autoridade biblica. Como salienta The
Encylopedia of Philosophy (Enciclopédia da Filoso-
fia): “Quase nao € preciso dizer que o darwinismo €
incompativel com qualquer construgao literal coloca-
da sobre o Antigo ou o Novo Testamentos”.'”
Se mostrarmos porque a evolugdo e o ensino bibli-
co so incompativeis, iremos ver talvez que as teo-
rias que tentam harmoniza-los, por melhor intencio-
nadas que sejam, esto fazendo um desservico. Por
exemplo, se a evolucdo for verdadeira, Moisés esta-
va certamente errado quando escreveu o relato da
criagio de Génesis. Assim sendo, a fim de “acomo-
dar” a evolucao, as teorias de harmonizagao geral-
mente impdem uma interpretagdo figurada ou nao-
literal sobre Génesis 1-2. No entanto, mais do que
uma dtizia de outros livros biblicos também inter-
pretam Génesis de forma literal. Eles sao igualmen-
te implicados em erro por interpretar falsamente o
livro de Génesis."*
E sempre um erro interpretar a Escritura 4 luz de teorias
diibias, sejam elas cientfficas ou nao. Adequadamente
interpretada, a Escritura jamais entrard em conflito com
qualquer fato da ciéncia simplesmente porque Deus € 0
seu autor. Afinal de contas, Deus nao s6 inspirou a Bi-
blia, Ele fez a criagdo.
Nao obstante, considere alguns exemplos de como es-
sas teorias criam mais problemas do que os solucio-
nam.
69Génesis 1-2: Deus criou todo o Universo, sua flora, fau-
na, € nossos primeiros pais em seis dias literais. Con-
sideragdes Iéxicas, gramaticais, contextuais e herme-
néuticas néo permitem razoavelmente que os “dias” de
Génesis 1 sejam periodos vastos de eras geoldgicas, co-
mo indicado, por exemplo, nos comentarios sobre Gé-
nesis de eruditos do Antigo Testamento como Keil, De-
litzsch, Leupold e Young.'’® (Veja Exodo 20.8-11;
31,17.),
Génesis 1.27: Deus criou 0 homem e a mulher direta-
mente no sexto dia da criagio. Mas, se a evolugao for
verdade, Deus criou homens e mulheres indiretamente
depois de bilhGes de anos.
Génesis 1.31: Deus declarou tudo o que foi por Ele
criado, inclusive 0 homem, como sendo “muito bom”.
Mas, se a evolucdo for verdade, Deus pronunciou mi-
IhGes de anos de pecado e morte da humanidade como
“muito bom” (cf. Romanos 6.23; 1 Corfntios 15.26).
Salmo 148.5: A criagao foi pela ordem divina instanta-
nea e nao mediante milhares de anos de evolucdo gra-
dual (cf. Génesis 1.3,11,14,20,24).
Mateus 19.4-5: Jesus ensinou que Deus fez 0 homem.
e a mulher “no principio”. Essa € uma referéncia in-
discutivel a Adao e Eva no Jardim do Eden. Mas, se
a evolugio for verdade, os homens e mulheres apare-
ceram extremamente tarde na escala de tempo evolu-
cionista — e naio “no principio” (cf. Génesis 1.1; 2 Pe-
dro 3.4).
Romanos 5.12-14; 1 Corintios 15.21-22: O pecado e a
morte vieram através de Adio. Mas, se a evolucado for
70verdade, o pecado e a morte também existiram centenas
de milhares de anos antes de Adio (cf. Romanos 6.23).
O préprio Jesus aceitou a criag&o divina (Marcos
13.19); Addo, Eva e Abel (Mateus 19.4-5; Lucas 11.50-
51); e o Diltivio de Noé (Mateus 24.37-39; Lucas
17.26-27). Para os cristaos, pelo menos a autoridade de
Jesus é suprema. O resultado final € este: se a evolugado
for verdade, a Biblia, literalmente interpretada, nao po-
de ser verdadeira e, portanto, nao pode ser considerada
confidvel e, muito menos, ser a Palavra de Deus. De
modo inverso, se a Biblia é a Palavra de Deus, a evolu-
cao é que nao pode ser verdadeira.
Conclusdao e
Palavra Pessoal
De varios modos, nenhuma questéo tem importéncia
mais fundamental do que o tépico das origens. O ho-
mem evoluiu ou € criagio de um Deus pessoal que 0
ama e se interessa por ele? A resposta a essa pergunta
nao determina apenas as escolhas que fazemos nesta vi-
da. Da perspectiva biblica, nada poderia ser pior do que
entrar na eternidade com uma visdo errada da realidade.
As boas-novas s&o que € possivel para vocé conhecer
pessoalmente o Deus Criador (Joao 1.1-3). Vocé pode
fazer isso através de Seu Filho Jesus Cristo, fazendo
sinceramente a seguinte ora¢do:
Deus amado: reconheco o meu pecado e peco que me
perdoes. Reconheco que meus pecados foram apaga-
dos quando Jesus morreu na cruz por mim. Peco que
Jesus entre em minha vida e seja meu Senhor e Salva-
71dor. A partir deste momento, creio em Jesus Cristo que
ressuscitou dentre os mortos e esta vivo agora. Coloco
toda a minha fé nEle para que seja meu Salvador e Se-
nhor e me dé a Sua vida eterna. Ajuda-me agora a
confiar em Ti, viver por Ti, e honrar-Te com a minha
vida, Amém.
Receber Cristo como Salvador é um compromisso
sério. Pedimos que entre em contato com uma igre-
ja local onde Jesus Cristo seja honrado ou com esta
editora, para obter informacao Util sobre como vi-
ver a vida crista.
72GlossArio
A priori — em principio.
A posteriori — posteriormente & experiéncia.
Ad hoc — a propésito de.
Agnosticismo — sistema filoséfico segundo o qual o absoluto
é inacessivel ao espirito humano.
Anatema — maldigao, execracao, reprovacao.
Axioma - afirmacao considerada verdadeira, porém nao de-
monstrada.
Biogénese — lei bioldgica que afirma que “vida provém so-
mente de vida" e que cada ser vivo descende de outro seme-
Ihante a ele.
Dejstas — que créem em um Deus que nao se preocupa com
a sua criagao.
Deletério — prejudicial.
Empirico — experimental.
Estabelecimento — (do inglés establishment). Conjunto de
grupos dominantes dentro de uma sociedade.
Flogistico — principio imaginado por Stahl, quimico do século
XVIII, para explicar os fendmenos calorificos.
Féssil — marcas (ou partes) de animais e plantas que existi-
ram no passado e que foram preservadas alé os nossos dias.
Heuristico — processo em que se encaminha 0 aluno a des-
cobrir a verdade por si mesmo.
Inferéncia — ato ou efeito de chegar a conclusao através do
processo de dedugao.
Paradigma — modelo, padrao.
Segunda lei da termodinamica — lei da Fisica que caracteri-
za 0 fato de que o Universo caminha na diregdo de niveis or-
ganizados para niveis cada vez mais desorganizados. A pre-
senca da primeira lei da termodinamica, que diz respeito a
conservagao da energia no Universo, é indispensavel a essa
conclusao.
Taxonomia — ciéncia que estuda a classificagéo dos seres
vivos.
73a
*6.
10.
W
12.
13.
“15.
14
Notas
* As referéncias com asterisco so leitura recomendada.
. Ernst Mayr, “The Nature of the Darwinian Revolution”, Scien-
ce, Vol. 176 (2 de junho de 1972), 981.
. James Moore, Darwin: The Life of a Tormented Evolutionist
(Nova lorque: Warner, 1991), xxi.
. W. R. Bird, The Origin of Species Revisited: The Theories of
Evolution and of Abrupt Appearance, Vol. 1 (Nova lorque:
Philosophical Library, Inc., 1969). 1.
. Theodosius Dobzhansky, Mankind Evolving: The Evolution of
the Human Species (Nova Yorque: Bantam, 1970) 1.
Ibid., xi.
Michael Denton, Evolution: A Theory in Crisis (Bethesda,
MD: Adler and Adler, 1986), 358.
Ibid.
Em The Long War Against God: The History and Impact of
the Creatin/Evolution Conflict de Henry Morris (Grand Ra-
pids, Ml: Baker, 1989), 112, citando Julius Huxley, “Evolution
and Genetics”, em What Is Science? J. R. Newman, ed. (No-
va lorque: Simon & Schuster, 1955), 278.
Theodosius Dobzhansky, “Changing Man”, Science, Vol. 155
(27 de janeiro de 1967), 409, em The Long War, 20, de Mor-
ris.
Emst Mayr, “Evolution”, Scientific American, Vol. 239 (Set.
1978), 47, em The Long War, 20, de Morris.
Rene Dubois, “Humanistic Biology”, American Scientist, Vol.
53 (marco de 1965), 6, em The Long War, 21, de Mortis.
Julian Huxley, “A New World Vision”, The Humanist (mar-
go/abril de 1979), 35-36,em The Long War, 19, de Morris.
Kristin Murphy, “United Nation's Robert Muller — A Vision of
Global Spirituality”, The Movement Newspaper (setembro de
1983), 10, de ‘The New Myth” de Elliott Miller, Foreword (in-
verno de 1966), 1, em The Long War, 132, de Morris.
Carta a Asa Gray, Nov. 29, 1859, em More Letters of Char-
les Darwin, de Francis Darwin, Vol. 1 (Londres: Murray,
1903), 126, de David L. Hull, Darwin and His Critics: The Re-
ception of Darwin's Theory of Evolution by the Scientific
one (Cambridge, MA: Harvard University Press,
Veja Robert E. D. Clark, Darwin: Before and After (Chicago:
Moody, 1967), passim, e Moore, Darwin, passim.“16.
17.
18.
20.
21.
*22.
23.
"24.
25.
*26.
2%
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
Veja Robert T. Clark, James D. Bales, Why Scientists Accept
Evolution (Grand Rapids, Ml: Baker, 1976), 37-42, 145, ci-
tando “The Devil’s Gospel”, Francis Darwin, The Life and
Letters of Charles Darwin, Vol. 2, 124.
Charles Darwin, J. W. Burrow, ed., The Origin of Species
(Baltimore: Penguin Books, 1974), 205, 230, 123, 227, 292,
453, 315-316, 217, 66, 215; Bird, Origin of Species Revisi-
ted, Vol. 1, 75; Clark e Bales, Why Scientists Accept Evolu-
tion, 36.
Hull, Darwin and His Critics, 3, 6, 14, 157-158, 169, 193,
208-209, 230-231, 263, 267, 275, 302, 338, 340, 343-344,
227, 139-149, 436, 32, e Denton, Evolution, 69; Burrow, ed.,
Origin of Species, |, Carlton J. H. Hayes, A Generation of
Materialism — 1871-1900 (Nova lorque: Harper & Row,
1963); Clark, Darwin Before and After, 63.
. E. g., Cynthia Eagle Russett, Darwin in America: The Intel-
lectual Response 1865-1912) (S&o Francisco: W. H. Free-
man & Co., 1976), 216-217.
Cf., Bird, Origin of Species Revisited, passim.
Denton, Evolution, 345.
J. P. Mooreland, Christianity and the Nature of Science: A
Philosophical Investigation (Grand Rapids, MI: Baker, 1989),
21.
Ibid., 21-42
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