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Catecismo de Perseveranca - Tomo 03

1) O documento descreve a preparação do Messias através de eventos históricos que ocorreram antes de seu nascimento; 2) Isso incluiu manter a verdadeira religião entre o povo judeu e levá-los a cair e se arrepender da idolatria para retornar a Deus; 3) As grandes monarquias predizidas por Daniel, como o império assírio, tiveram a missão de castigar e converter o povo judeu à religião verdadeira.

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Catecismo de Perseveranca - Tomo 03

1) O documento descreve a preparação do Messias através de eventos históricos que ocorreram antes de seu nascimento; 2) Isso incluiu manter a verdadeira religião entre o povo judeu e levá-los a cair e se arrepender da idolatria para retornar a Deus; 3) As grandes monarquias predizidas por Daniel, como o império assírio, tiveram a missão de castigar e converter o povo judeu à religião verdadeira.

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CATECISMO


DE

PERSEVERANcA.
III.
CATECISII●
DE

PERLEWnRANc量 。
OU

uxnoslq:{,o HIsroRIcA, DoGMATICA ,


MoRAI. ,
TITURGICA, AP0L0GF'TICA,
PHILOSOPHICA E SOCIAL.

IDA B,EI/fGiIf,,Or
IDesde a origenn do rrnunrlo at6 rrossos dlas
lp*o lpolre g.6oumr,
TIGARIO €EnAL DA DIOCESE DE NEVERS, CAYALLETRO rlA OBDEU rlE 6. EILYESTRE,
- lEuBRo DA ACADEUIA DA RELIetio ceruollcA DE RouA, ETc.

TRADUZID0 DA 6.' BDIgaO DB PARIZ


PETO

4l ru. ./ 9o /*o.
Jθ s″ sCん rお ′s乃 ″′肋 ″
,ゎ 8`
θ
′Jη s″ θ′
α.“Hebr.Xlll, 8.

聯卜絆撤
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:0:
1点 1鎧
Dι 夕
ιs θ
力αr″ s θs′ 。1.Joan.IV,8.
Deus O a carldade.

TOMO III.

P●RT08
TYP. DE FRANCISCO PEREIRA D'AZEVED0
■ Jα s Jiθ ″′s,。 0 95。
/ ““ “
■038●
CATECISMO

p職 n轡盪W殴 殴鳳ЩOよ 。

PRIMEIRA PARTE,

´ XLV.・ LIc10

0「IESSIAS PREPARAD● .

O qrra se deve entender por preparagilo do Messias. - Todos os guc0es'


.sos anteriores d vinda do Messias coneorrem para o estabelecimento do
l

i
i
seu rcino. As quatro graudes monarchias preditas Por Dauiel. -
-
Missf,o dos Assyrios, - Historia de Holophernes. ,

Yr*o* nas ligdes precedentes que tudo o que Deus queria revelar
aos homens {cerca do uascimento, acg6es e caracteres tlo }Iessias,
foi promettido, figurado e predito, com a maior minuciositlade por
espaqo de muitos seculos. Os livros de }loises e dos Prophetas ,
,
que conlinham estas preciosas revelag6es guardavam-se religrosa-
mente no templo de Jerusalem I delles havia copias que andavam
entre as familias , e todos 0s Israelitas 0s Iiam assiduamente je,
em particular, jf, na synagoga, trO dia de Sabbado j6r emfim em
,
Jerusalem, aonde se reunia a nagfio inteira ,tres vezcs por anno ,
nas grandes festas da Paschoa, Pentecostes e Tabernaculos. D'est'ar-
︲ 1 ,lJ

´
6 c五 士
Bc薇 蠅
菌o
te elia impossivel que se perdcs,em ou alterassem os IIvro3. O re・
trato do Messias, bem como o tempo o lugar do seu nascimOnto
estavam pois revelados,e publicados por todo o povo.Que resta_
va ainda quc a PFOVidencia flzesse? E' o que vamos wol。 .

QuandO■ m grande rei,ternamente amado de seu povo,impa―


cientemente esperado, teln de fazer sua entrada enl a capital do setl
reⅢ O,10dOS se aね digam eIIl lhe aplanaF O, Caminhos, abrir to(las
as portas, preparar em8m todos os espiliitos para o rocel〕 or. Da
mesma sorte,o Verbo eter■ o,o Rcl immol・ lal dos Seculo3, o Dese―
iadO das Na96es,estando prestes a fazer sua elltrada no mllndO,
seu Etel・ ■o Pai aplana-lhe`todos os caIIlinhos, abre― llle todas as por二
tas, prepara‐ lhe os anilnos para o l・ eceber, e faz convergir to(los os
successos ao cstabelecimento do sou l・ eino eternoo Admil・ avel pro―
para05o que passaremos agora a dcsenvolver.
Primeiramente, que 6 a prcparaclo do Messias?¨ 二 E' a diroc―
910 0 00ncurso de todos os successos para a g101・ ia do 〕 iessias.
D'estes, uns teem po10 1lm conservar no mundo a vcrdadelra noli_
gilo, isto 6, a Religi5o do llessias; outFOS, fazer quc elle nasca
em Bethlom; outros, emalll, ねcilitar a rapida propaga9讚 o (lo E―
vangclho,ou dO reino do Messias em toda a toFra. De so「 le(lue
tQdOs os successos que se roalizatrl entre os Judeos ou entre as na…
9o es infieis antes de Jesu― Christo, lodo o goveFnO dO mun(lo, elll―
lm, resullle― se em tres palavras: Tudo palυ l o BIessias, 9 Messias
palta o homom, o homem para Deus. D'est'arte a Religilo 6 o
col〕 tro a quo tudo tende, e por clla a creacao toda se reFerc
a Deus.
Ora estava decretado de toda a cternitlatle, 1.° quo o povo
Judaico veria sahir o BIessias da sua pl・ ogenie;qllo elle seria o de,o‐
sital・ io d′ esta gran(lo promessa, por consoquellcia, o guarda lel
tla vel'datleil・ a Rcligi瓢 o; 2.° qlle o ]Iessias nascieria deste povo, na
Judea, da llinilia de David; 3.° que o reino do llessias, o■ o E―
vangolho, se propagaria com rapidoz d'unla extFelllidado do lllllnd0
a outra;4.° quo o BIessias ailintaria sob o mesmo sceptro lodos os
povos do 01'iente e Occidonte,ullldos pela communi(lade de cren―
ca e amor em um povo d'irmlos; b.° , emttm, que nasceria em Be―
thlelll, quando o Podcl° SOl)elヽ ano llouvesso salli(lo da titibu de Juda.
DE PERSEVERAN9A. 7
A prova d'Cstas verdadeS, deparamol― a a cada pagina dos Prophe‐
tas,cuios oracu10S deixamOs registradose Resta― ■os pois mostrar
como todos os successos do mundo anteriores ao Messias concorre‐
Faln para o ctlmprHnento destes decretos eternos da Providencia.
Estabelece o prilneiro■ o povo Judaico coII10 depositario da gran‐
de promessa do Messias, o guarda, por oonsOquencia, da verdadei‐
Fa Religiloo Cumpria pois quo o Povo Judaico conhecesse e con‐
sewasse esta propessa sagrada,com muita mais idelidade quo os
outros povos. D'aqui vem o ser ena tantas vezes repetida aos pa`
tl・ iarchas; d'aqui, a inflnita variedade de figllras, que tambeIIl a
seu modo a repetem polo quatro mil an■ os; d'aqui, em lm,todos
estes Proplletas que, por lnais de dez seculos, nao cessaram de a
rocordaF,deSenhando oom a maioF ttdelidade as fei∞ es‐ e Caracte‐
res do Messiase
Cumpria sobre tudo quo o povo Judaico ostivesse rodeado de
mil barroiFaS, quo obstasseIIl a que nlo cablsse na idolatFia. D'a―
qui as leis, disposi06es, o illnllmeFaVeiS praticas, ostabelecidas por
Mois6s seu legislador;raqui,as terriveis ameaoas,promessas ma‐
gnincas, e todas as apparatosas ceremonias que, separando este po‐
70 daS tlemais na96es, oomo que levantavam em redor delie uma
espessa muralha, inaccessivel e impenetravel ao erro; d'aqui tam‐
bem a arca da allianOa,trependo monumento da pFeSen9a contic
nua e sensivel de Deus,■ o meio d'Israel。 (1)
Culnpria alenl disso que, so o povo Judaioo, n:o obstante tudo
isto, cllegasse a cabir na idolatria, nao perseverasse n'ena, mas fOs_
se restituido por for" ao culio do veFdadeiro Deus, poF huIIlilha―
96es, castigos e calamidades publicaso D'aqui vem a longa serie
de sanguinolentas derrotas, o vergonhosas servid6os, que sao a ll・ a_
ma geral cla sua historia, renovada tantas vezes, quantas a preva―
ricaO霞 o; e prolongada tanto tellnpo, quanto o necessario para qlle che‐
gasse o arrependimento, e se conlertessem ao・ verdadeil・ o Deus. E'
eSte paFtiCularmente o designio da providencia lla eleva9ao dO inl_
perio dos Assyrios ou de Babylonia. Este imperio 6 o primeil・ o dos

(1)ISaias,VII c IX.
8 cATEcrsilo

quatro, que Daniel predisse haveria attles tla vinda do llessias , e


cujo fim providencial era preparar 0 seu reiuo oterno. Ora , esta
formidavel monarchia estabeleceu-a Deus erpressamente para casti-
:
gar o povo Judaico, logo que cahisse na idolatria e convertel-o ,
por esle salutar castigo, a Religiflo verdadeira. Tal era a missf,o
deste impcrio. Isaias nol-o diz expressamente' c< O Senhor chama=
.
a rf, com um assobio, trB enxame cl'Ass,vrios . . . porque Assur e
( a yara e o bastdo clo meu furor ; eu fiz da sua casa 0 inslrumen-
( [o da rninha colera .,.. trIas, accrescenta o Propheta , logo que o
q Senhor liver purificado Jerusn[grn , vrsitara o orgulho insolente do
;
-( rei d'Assyria , 0 o soberba de sous altaneiros olhos porque, nfro
< sendo mais que um instrumento -na minha mflo , gloriou-se do seu
a bom successo, e ullrapasson minhas ortlens ; eu lhe tinha man,la-
( do corrigir o meu poyo , e elle quiz destruil-0. ) (1) 0' meq
Oeus ! tyuanlo sois grande, e com quanta razfro vos chamaes 0
Bei dos reis, e Senhor dos senhores ! 0 soberbo Nabuchodonosor',
rei d'Assyria, terror do Oriente, nf,o era seufo um ministro subal-
terno., unr servo, mandado por seu amo , uma yara e uu bastflo
Da m6o do 0mnipotcnle !
Obstar a que 0 p0y0 Judaico se nf,o esquega da grande pro-
uressa do liberlador, entregando-se a0 culto dos iclolos castigal-o ;
severamenle toda a vez que tlahir eSte nobre dever ;
tal e,tra, c0m0
vimos, a missflo da grande monarchia dos Assvrios: sua mesma a
historia 0 pro\ra; por quanto, logo quc os Judeos prevaricavam ,
Assur, sempre vigilaute, sempre com as armas na mf,o , transpOe
a$ fronteiras da Judea , e fdrga os culpados a quebrar os itlolos , e
recorrer ao Deug de seus pais.
l[as Assur quer tambem [ranspor as ordens do amo que o rlan:
da i nflo contente cour punir 0 p0v0 Judaico, cuida em o extermi.
nar. Ainda rnais, em lugar de o conserval' fiel ao verdacleiro Deus,
G 6 sua gr4nde prome$sa, quer um clia tornal:o prevaricador , 0 fl:

cons.ervar divina-pro.me!!a. do il{essias, rg a grantle idea quc


-__,,(l)e l.ustifica aa.legrslagfro
explica de Mois6s, e dd urna iluportancla in'fi-
nrta a certas observaucias , que pareceu minuciosas a espiritos
ficra es. ' --r-" --- super-
DE PERSEVERANg▲ 。 9
pagar dc sua memoria a lembltanOa dosta pro面 bssa,unica esperan‐
ca do genero humano,abolindo a neligi5。 voFdadeiltao Nlo sabes
tu, Assur, que nlo ha poder nem sabedoloia contra o Senho「 i Ora
esl)era,que elle te val il ensinar a humilhares teu ol'gulho,ser宙 n‐

(lo― se para issO do instl`umento nlais f:・ aco.


A s6de do imporio(la Assyria, que depols se flxou elll Baby‐
lonia,era ainda em Niniveo Nabuc1lodonosor l。 °, successoF dO Rei
que fez pellitencia i voz de Jonas,ensobelibecido com suas vlctorias
c conquisias, resolveu suieitar tOdo o Oriente ao seu imperioo At6
lhe pareceu que era pouco tcr subditos, se lhe faltavallll adorado‐
res. Com este designiO sacrilego, envia embaixadores a todos os
po▼ os visillhos, e ainda as lla96es que flcavaln aleIIl do Jord証 o at6
JCrllsalem.Levavam ol'dem pal'a exigir intelra submis壺 o aos manda‐
dos do roi da Assyria. Os povos,indignados,receberam os embai‐
Iadores com o desprczo que meFeCiam;0, em lugaF daS Submissoes
quo esperavam,reen宙 aram― ■os para Ninive Carregados d'opprobl。 los.
Abrazava― se Nabuchodo■ osolt cm COlera;rOmpeu em teltriveis amea‐
9as contra todos os povos onde seus embaixadores 15o re00beram
bOmenagens.Jurou por seu throno o impeltio que til'aria dclles
vinganOa digna da sua magestade ultraiada・
Para este flm convocou um grande conselLo ■o seu palacio de
Ninive,ontle declarou publicimellte a resolucao que tinha de vin,
garTseP cOmpllnha― so o oo■ selho de todos os velhos senholtes da sua
corte, de todos os generaos e OfFiciaes dos seus exercitoso Eu que?
rO,lhes disse abel'tamente, submetter toda a terra aO meu impe,
rioo Todos universalmente applaudiraln,o o seu prleCtO, elogiado
por tantOs ュ dlla10res, loou ti40 ittmediatattente′ como、 resolu9瓢 Q
tomada.
Chamou pois lolophernes, general em Chfe dos seus exerc1los,
e lbe disse:Vai, Holopherlles,submetter― me todos os reinos do Oc,
cidente; pune sobre tlldo aquelles que desprezal・ am IIlinha5 ordens,
E malldou-lhe tambeln que exterminasse todos os deuses das Da96eS,
0 3bOliSSe toda a especie de culio e relig,0,a nm de que nlo ado.
mssem outro Dcus senlo a elle em loda a extensao das suas con‐
quistas.
Ⅱ010pherneS julgou utt devOr・ Sell β
unoprir 律00nlmissao que seu
10 CATECIS10

amo acabava de lhc confiar. Brn bt'eve reunio um cxercito dc cen-


to e vinte nril home,ns de pe e doze mil archeiros a cavallo. IIan-
dou adiante as bagag.ens , {uc por toda a parte incutiam terror.
Bram uma tr'emencla nrultidflo de camellos, carregados com totlas as
provisdes necessarias t,f,o s6 para as precisdes , e0tn0 ate para as
delicias cl'um exercito. Seguiam-se ittnumeraveis rebanhos de bois
e carneiros , e grandc quantidade de carros , {u0 Ievavam immen-
sas sommas d'ouro e prata , que 0 tirara a vontade clos cofres de
seu amo. Quanto f, provisflo de frigo, tlnha rl'ado ordem que o cbm-
prassem na Assvria , donde o tomaria cm sua passagem.
Ilolophernes seguia de perto as bagagens. Yinha i frenle de
suas [ropas com seus carros , cavallaria e archeiros. A face da
terra inunrlava-se tle soldados , que pareciam uma daquellas nutrens
de galanhotos , que ollscurecem o sol. Tudo o que ousava resistir
era aniquilado ; as cirlades fortificaclas eraul tonradas tl'assrlto , e
seus habitan'tes passatlos ao fio da espada. Em brcve assomou 0,
terrivel conquistador as ferteis carnpinas de Damasco. Era 0 ternpo
da ceifa. flolophernes poz fogo ils searas ; e nrantlou cortar as ar-
vores e as vinhas de que aquclle povo lirava a sua subsistencia.
Depois de ter feito correr rios de lagrimas e tle sangue , e enchi-
do todos os paizes visinhos de terror, acampou alli por alguns dias,
para colher em socego os fructos de tantas victorias.
Nf,o tardaranr em apresentar-lh'os. A consternagf,o era tam
geral, que 0s principes e soberanos d'aquellas provincias nrandaram
seus embaixatlores, que vieram pedir sua graQa, offerecentlo-lhe seus
servigos e as coroas tle seus amos. Holophernes escolheu entre to-
dos estes poyos os mancebos oapazes de pegar em armas ? e 0s
constrangeu a acompanhal-o durante o resto tla sua expedigf,o. D'cs-
t'arte, e proporgf,o que avangava , engrossava seu cxercito corno a
torrente, W0 rompendo os diques leva a0 longe a desolagflo e o
estrago.
O terror do nome d'Holophernes era jri tam grande em todos
os habitantes d'aquellas terras que apeilas o vencedor se aproxima-
va a uma cidade, sahianrlhe ao encontro os principes, os magistra-
dos e a populagdo inteira. FazianrJhe eutradas magnificas ,
reee-
biam-uo a0 som dos tambores e das flautas ;preparayam-lhe illu-
DE 'Ё nStvinANcA。 11
mlna95es;coToavam― se de lores e levavam fachos acesoso Ao ver
osto alvoroOo,julgar― se― hia que festttaVam O melhor dos principes;
Inas apenas enil'ava IIolophel` nes, conhecia― se, pelos IIlais odiosos
aclos, qllo tinllalll l・ ecebido uin tyrannoo N籠 o havia maneil・ a de do‐
Illar a sua ft・「ocidade.As cidades eram destFuidaS,e sobrotudo der‐
1'iba(los os altal・ esi
porqllo o inlpio ntto se osquecia que aos douses,
ainda nlais qub aos holncns, tl・ azia oFdeln de declarar a guerl・ a.
_ E【 clicendO tacs Grueldades, tyrannisando a conQcienCia dos pO_
VOS, ChesOll ell1lm Δtcl'ra de Gabaa, occupada pelos ldomeos, o
a conquistou, colllo as mais, lomalldo d'assa1lo to(las as pracas
fol・ tes. AIli nlantlou Ⅱolophornes l・ ounil。 lo(las as suas tropas, e
passou trillla tlias acalllpado a refl・ escal・ o seu exel・ cito, anleacando
d'arluella inoxpllgnavel posig洒 o os reinos de Samaliia e tla Judea.
A esta lloticia licaram os Judeos tranzidos de medo e de ter‐
01'. Teillialu que Jel・ usalem tivesse a sol・ tc clas outras capitaes, o
1・

malo「 lllonte qlle o telnl)lo soIFltesse uma segunda proね na95o: todo o
l)OVO(lava grilos e vozes para o Ceo. IIomens e mullleres, humi―
lhava■ l― sc pC10S nlais rigo「 osos jttuns;OS SacelodoteS VeStiam― se de
sacco;todos,a16 os mosnlos meninos, obieCtO dig■ o por sua in■ o‐
cencia da nlalor colnpaix証 o de Deus, se prosternaValn (liante do
telllplo do Sclllloro CobriO― se de cilicio o altaF dO Deus wivo; n餞 o
se ollvianl po10 toda a parte sen5o estas palavras, sahidas de cora―
cOes contrictos c hurllilhados: Senhor! nlo ■os entregueis nas II15os
de nossos inimigos. O sumllllo sacerdote Eliachim, animado pelas
santas disposi96eS que excitara em Jei・ usalenl , percO「 ria as outras
cidatles,para nellas inSpirar igual fervor. Por loda a parlo as suas
exborta9oes tinham efFeito: nlo cessavaIIl d'orar.
A tanto fervor aiulltOu O・ Summo Pontinco os seus cuidados:
despedio ordens para toda a parte, a lm que seIIl demora se apo‐
dorassem de todas as elninencias, e se preparassem para uma v】 gorosa
resistencia. Os llhos d'Israel obedeceram com docilidade tts ordens
de Eliachiln; e, cheios de con「 lanca no Senhor, pozeralln― se por
toda a parte em bom estado de defeza.
IIolophernes, sabelldo destes preparativos, enftreceu― se ellll ex―

tremo; e mandOu chaIIlar os principes de Moab, o os ,hefes dos


Alunlollitas, que trouxera comsigo para a guerlta. QuCm ё pois,
12 CATECISM0

lhes pergunta e1lo,o,te povo quo occupa as montanhas? Que ci‐


dades slo ostas? Quaes as suas for9as? Qucln 6 seu chefe? PoF“
que motivo, de todos os povos do Oriente, 6 este o unico quo ou‐
sa resistir二 me? Achior,chefe dos Ammonitas, respondeu‐ lhei Se・
Ilhor, ■ou dizer‐ vos a verdade; o povo que se.prepara para vos
resistir, adora・ O Deus lnico, que 6 o Deus do CeOo Este Deuspr9‐
tego os Judoos toda a vez que enes lhe slo leiso Antes de os ata‐
car,informai― vos cuidadosamente se commetteram algum crime con‐
ヽtFa elle; de soFte que lhes tenha attrabido a sua colerao Sb as・
sim for,ide3 o Senhor vol‐ os entregari nas m10s. Mas, se estam
in■ ocentes, se nlo orenderam ao seu Deus, nao tentemOs provar
contra O:los,na0 1hes I・ esistiremose O discurso d'AchioF eFa
fo「 9as

prudente, mas'■ lo lisolgeiro, Apenas acabo■ pois de fallar,le‐


vanto4-se na tenda de Ⅱolophernes um geral murmurio dos ge‐
neraes e cOmmandantes quc alli estavam。O mesnlo ⅡolopheFneS
rOmpeu em amea“ s contra Achior, c em blasphemeas contra o
Deus dos Judoo3。 Ainda fez mais,nlandou a Achio「 que se reu,
nisse aOS ISraditas, a ntt de ser decepado oom lles, quand6 os
ё
ASsyrios os passassem i espada。 Os guardas d'Ⅱ o16phernes agaFra‐
ram pols■ o ge■ Oral Ammollita,o o oonduziraln a Bethulia. Era a
cidade que prilneiro devia ser tomada.
Nlo foi tam facil apFOXimarem― sO desta cidade como imaginara
o general」 いSyriOo Tinha ido a sua gente com o prisioneiro ao
lo■ 3o da pltticie;mas quando chegaram a montanha,sahio■ hes um
tr000 de b6steiros, quo os fzera■l IIludaF de planoo ToFnaraⅡl por
outro caminho,e rodeando a montanha,誠 aram Achior de maos
e p6s a uma arvore, o, deiiando_o naque1lo ostado, fugiram precipi・
tadamente。 Os lsraditas,testemunlas deSte espectaculo, desceram
da cidade, e foram buscar o prisioneiroo Ⅱavendo¨ o desatado:,oon嗜
duziram‐ no para dentro da praga, o o povo todo apinhava・ ・
se eЩ
redor delle, para lho ouwir contaF a Sua avOntura,
り0
DE P■■SEVERAN9A.

ORAC■0●

O, meu Deus ! que sois totlo amor r


0[ vos dou graqas pelo
semnumerodemilagrescomqueTosso.poderesabedoriainfinita
do mundo para a gloria do
tem feito cgncgrrer tidos os *uf..*ro,
Redemptor ; como o tinham
predito
Messias, yosso Filho e mel
havieis tleterminado desde toda a
os vossos Prophetas , e v6s ;
gternidatle. An proxtmo
^ a0 nr
'a as cousas , e
Eu protesto amar Deus sobre todas
comoamimmesmoporamortleDeusio,emtestemunhotleste
da Prouitlencia'
sem nturmu,ragd,o aos d'e*etos
am,r , Swieitar-me-hei

XLVI." Uqao.

o MESSIAS PREPARADO.

coma prepa'
Illissdo dos aSSyrios. - Bistoila de Juilith' - sua relagflo
Judith' sua
-
ragflo ao ruessias, Holopherues
p6e cerco_ a Bethulia. -
vida, suas 0rag6es. o chega uo oirpo
d'Hotopher[cs. - Morte deste
general.

Ao ,orper do dia, depois da partida dAchior ,.ordenou fltonher-


e marchasse contra Bethu-
nes a0 seu exercito qo. l*ountasse campo
de cento
lia, investindo-a por todos os latlos. Bstava elle f, frente de tropar
e vinte mit homens de P6, e vinte e tlous mil
cavalleiros
dostrangeiros que tinha
regulares, nf,o contando o immenso numero

14 CATECISI10
recrutado entre as na9des vencidas, O cOnstrangidO a seguir suas
armase
raga,ctta f01・ oa cOnsislia na mon‐
;por esta mesma raz額 O era muiね _


帯l灘hW鞘 薦

A∝ ぃ Ю
dObmttm器
visla Omcttli∬
face em terra,001ljurava o Dell:
rasgo cla sua nlisel・ icOrdia.
Tttit胤 ゝ
:罵 s11』
Era sem du宙 da to auxili0 do Ceo que fundavam unicamonte

lTT慰現∫
亀 面
gttλ 叩 ぬ de de b“ 器
n鮮 。 , e p6r ao menOs da sua parte
;mas mm‐


alguns esfor00s, at6 que chegass0 0 mOmen10 1111al・
cadO para supl)1・ ir
i[lIV:鮮 l■
littetillll:s Arl::lは ∬r∬ ぎ
:::tul:樹 │:I

lophel・ nes rOdOOu a montanlla vi_


'III
‖ :sallil嶋 ∫ 甘 ll'猟 :lllli

脚FTWli品 ∬ょ
nttdw:lぶ 電lI:罪 s:ultts∬ ∬ i ttf
mzl:Tahi精 熙職。
聞 Cis電
leL譜 ∫ ∬ 跳 I壕 写 魔 概 ll,∫ :
rar, c assentaram entregar―
se cincO dias depois, se o sOnhor nlo
manibstasse a sua misericOrdia:entre tanto res01veram passar em
penitencia estes cinco diase

rag目 o l ultima extremidade,fez en‐

露腎 此履
∫1脳 ig‰ 胤
1。
)tencia do seu bra9oo Assilll pois,
1

oomo se tralava de humilhar o lllais orgulhoso dOs hOmens, OscO_


lheu uma mulher, para instrlllllento de sua obra。


ぶ鷺I猟 吼tle蹴 ∬ 患
a器 脂Wa山 Ⅷll胸
dIン
DE PERSEVERム NoA. 13

lue nlo louve iamaiS q■ Om diSSesse mal della. Tal era a liberta‐
dOra(llill
織 l° III:llillI『 ∫
ξfilaplllldo a resolu91o・ le entre/‐

:rTlざ :淋 ∫sIT翼語盤1鯛 鷺
鶴1:肌 :ゝ 脚職
∫ 。驚 lじ

envlara. ・
朧ぶ atti漁
鶯構 徽i瀞
%器 嫌

:=9胤 鵠∬ 。Ъ おう

憔,TlgnlettScぶ露 W‰ :
16 CATECISM0
me pergunteis nrais ; porque a ninguem confiarei o fir0u segredo. Ide
em paz, .lhe responde.u 0zias , governador da cidade, nds esperi-
II10S que nos haveis de livrar.

ボ盤鮮Wa鱗 。
鼎lぷ撫1椰聯
Ⅲ cnitt10ttlel:lu∬ 器
lFv:」 ∫:為 胤守
Dep6:略 hSざ │∵ :。 _∬ :li
quisito, arOmas. Penteam-lhe o cabello om iranOas; aiustam_llle

品ぷ溜鵠:li群 ;∬ t乳 ぶr蹴 鶴1驚 :縦 lltth:


l鷺
tご
anneis : n50 quer que falte nada ao seu tOucado.
Ainda mais;como a vontado de Deus,c a mais pul'a virtuJo,・
eram ・os III10tiVos destes curiosos cuidados e que a vaidade d'agradar
commummente Snggere ls pessoas dO seu sexo, n憲 o se contentou o
Senhor oom conservar na sua serva as bellezas natu:・ aes, mas dteu二
lhe novos attract市 os, que a lztttam brilhar aos ol1los de todos cOm
incomparavel formusura. Tudo ostava prompto; Ju(lith pal'tio, di→
e宙 山 %側 h山 面 し
器 sttrl∬ 電鵠 絆 ∫蝋 誂織 ∫
Chegaram onde Ozias a esperava e mais os anci5os, cOlno ti4
nham aiustadO. Seln ousaF faZe卜 lhe nenhuma pe■ gunta, oontenta‐
ram― se com dizer-lhe:O Deus de nossos pais vos acompanhe, e au_
xilie, com o poder do seu bFaoO,a generosidade de ‐70SSOS prQieCtOS;
O VOSSO nOme,illustre pelo livramento de vosso pOVO, stta inSCri_
plo para selnpre no livro dos justos e dos santos。
Continuou Judith seu cattinhO acompanhada de slla serva; e,
sempre unida ao Senhor comお rvo「 osa ora9aO,desce a alpestre moΠ ‐
:anhao Ao romper do dia, encontra― se com as avangadas dos As―
syriosi quc a descobrem e prelldem. Quem sOiS W6s,lhe dizem,
e aonde ides? Sou, respondeu ella SeIIl pel・ tllrbar― se, uma fllha
dos Ⅱebreoso Fugi de slla cidade, porque preveio que wOs nao loc嘲
sistirao muitO― tempo;e disse comigo: irei ter com o 31・ ande Ⅱo‐
lophernes, o lhe ensinarei o segredo d'acabar em potlco tempo a
'‐ ヽ
1

DE PERSEVERANoA。 17.

p喘 lⅧ
:ヽ 1評 lil冨 :le∬ lTttd:1』 胤 ∬ :L濯 ぶ l
do aos Seus qlle a levantassem: Nada telnas, lhe disse, expli―
ca― nos soIIlente porque lnotivo sahiste de Bethulia,o o que te move
a la■ 9aresLte CIII minhas maos.Judith respondeu a tudo oom pre‐

淋 ま 榊 ヽattI鮒 I聾 l‖ ‖ [撫 獅 1鮮

猟粧榊Ⅲ ∫ NW樅ま
脚:町‖
Tudo aCeitou Judith, me■ os o alirllento quc lhe destinavalll. N16

軍 H輔鮮
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鮮難輔榊l灘聴 ∬ ;WS槻 胤滞出
鷲織翼 1:ユ 1漁 T緊 ‰
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dades■ os fossem rereridas, talvez lustlFlcassem scln outra prova,e a nos‐


arttatttiム
Xsp艦 :IT摺 LLrlぶ i』 :l:胤 l∫ 槻ぶ‖:
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鳳昭 ぬ∫ぬ17iuva“ Btthd離

18 cATECISM0
Anles d'entrar na tenda, que lbe tinhaln preparada, pedlo Ju‐
dith quee durante a noute e antes d'aurora, lhe perIIliltissem sahil・
,

para fazer ao Selthor a´ sua costumada ora9五 oo Esta libOrdade el'a


essencial ao seu prttec10,0ね cllmente a obteve.Ⅱ olophernes man‐
dou aos orlciaes de sua calllaFa quC em llada a consil・ angesscin, o
a deixassem entraF e Sahir duFante ti・ es dias, para adora:r seu lDeus,
a qualquer hora que fosse.
A santa.viuva tirou bom partido desta perlllissloe Cada noute
descia ao valle de Bethalia, onde se lavava em uma fonie, para se
purincar do oommercio oom os inleis. ■ogo ontrava em sua tonda,
onde,assim purincada,passava o dia em ora910 0 jttum alё i tal・ _
de; lomando enほ o algum alimenlo mui frugal. Na talide do qual・ lo
dia, mandou Ⅱolophernes preparar um grande banquete para todOs
os seus omciaes; e convidou tanlbeIII Judith para assistir a e1loo Con"
fada lla protecttO de Dous,aceitou sem lletttar;e adornada de
seus enfeites, appresentou― se diallte d'Holophernes, o qual lhe disse:
Come e bebe, porqne achaste graga「 pel・ ante minl. Assim o farei,
respondou Judith; mas benl sabeis, SenhoF, que neIIL 10daS as vian‐
das me slo permittidas:eu mandei trazer o que me cOnvemo E ella
comeu o bebeu enl sua presenga do que sua serva lhe tinha pre―
parado。
Ⅱolophernes, que tocava quasi o termo da sui vida, entlte‐
gou― se como oostuり am faZer os peccadores,a uma alegria insensata e
brutal. Bebeu tam desregradamente,o levou tam 10nge a illtem‐
peranOa que foi plieciso quo o tirassem da mesa ebriO, o sem accoト
do, o o pozessem na cama, onde cahio logo■ o mais profundo som‐
■oo D'ahi a um instante, retiraram― se seus ofrlciaes, cada um para
sua tenda,pouco mais ou menos no mesIIllo eStado que seu genec
ralo Judith icou s6 na barraca d'IIIolophernes; tendo cuidado de
recolnlnendar i sua serva que se nao,retirasse para longe, e exprei・・
tasso o que se passava f6ra.
Era chegado o momento decisivo; Ou pereceF, Ou aCabar ooln
o inilltigoo Judith,om p6 diante′ do leito d'Ilolophernes,dirige‐ se
ao Senhor, o di2‐ ll10 com terllura e chorando: Senhor Deus d'Is‐
rael, valei―llle nesto momenlo.Dito islo, chega― se i columna
quo se cl'3uia da cabeceira do lcito, loma a espada do general cluc
4ュ
nu
DE PERSEWERANgA.

d'ali pendia , e
agarrando em Holophernes' pelos cabellos, e
dizendo : Senhor meu Deus , auxiliai-ms, descarrega-lhe cgm
toda
' a forga clous grandes golpes , com que lhe decepou a cabega ; de-
pois, desatandi clas columnas 0 sobreceo do leito, neile envolveu 0 c0rp0
nutilatlo.
Immediatamente sahe, e entrega 6 sua serYa a cabega dlEolo-
phernes , dizendolhe: lllette-a no sacco que [rouxeste I e' logo se re-
iiruru* sem dar signal algum de perturbag'il0. 0s guardas as dei-
xam passar, imaginando que iam orar como costumavam. Assim atraves-
saram totlo o tr*po I e, rodeando o Valle, chegaram trauquillamente fr
porta de Belhulia.
Era tempo qtte chegassem,' pois ia amanhecer o dia destinado
para entregar a praga, e a paciencia dos habilantes cgmeqaYa a esgg..
iur-ru. Aplnas luOitn chegou a distancia que-a ouvissem, ehamou
os guarfluj quu vigiavam ngs muros, dizendo : Abri as port'as ; o Se'
nhor 6 comnosco; elle acaba d'estender sobre Israel o poder de seu braqo.
Os guardas, conhecencl.o a sua \oz aprcssaram-se a abrir,
, e em
lreve espaqg estava reunido toclo o poYo. Entio Judith , subindo-se
a uma pequena imminencia, disse-lhes: Louvai ao SenhorNossoDeus,
que nao aiantlonou aquelles que pozeram nelle a sua con{ianga: e
Iogo abrindo 0 sacc6: eis-aqui , fliz ella a cabeqa d'Holophernes !
, ,
toUo 0 p0y0 , 0D um transporte dlalegria , ajun[ou a sua Yoz f, de
Jutlith para bemdizer ao Senhor. &"
Bm qnanto isto se passava em Bethulia, o campoffis Assyrios
tlormia a s0mn0 solto ; Judith mandou que 0 atacassem desde o
rgmper tla aurora, e pozessem a cabega d'Ilolophernes no mais alto
dos muros. os Assyrios, ventlo 0s Israelitas aYanQar em ordem
cle batalha , correram f, tencla de seu general ; mas nf,o ousavam
entrar ; porque era prohrhido perl,urbarJhe o somno; por fim, aYetr-
turou-se um criado a entrar ; e 00m0 ndo ouvisse nenhum ruido ,
levantou a cortina, e vio um tronco sem caboga, A isto, dando um
grande grito tornou pam os ofliciaes e lhes disse : lde Yer , ide
,
ver' !

Um panico se apodera dos chefes, e em breve de todo o 0K0r-


cito. Ninguem cuicla senilo em fugir. 0s Israelitas chegam, e expul-
sam os ipimigos sem desembainhar a espada ; a victoria foi c0rl'
∫器 littLil:1出 :laTeW犠 。Tl群 苺 v:ll『 掟 :n端 雌
entrou logo na sua obscuridade, e continuou atё a morte a sua vida
d'ol'aglo o penitencia。
01。 S::mil.p躍
deDttinT誂 ピlittrtts£ 嚇 rポ :elal∬
sim, pois, a hisioria de Ju(lith,tam bella de si mOsma, lol・ na― st
gran(liosa, quando entra como uma paFte eSSencial ■O plano goral

::n:i:IiletllidlalllllSiI『 1鷲 . a課 1lllIIlliLl:l::tetll:[
tamente tt preparaglo do Messias,ё uma brilhante prova desta ver・
dade fundamental, que todos os factos anteriores ao nasciIIlento do

esll― Ch面 sto Oxplicam― se ett tFOS palavras f tudo para o chrislo,o
Chloisto para o holllcILl,O hOmelll para Deus.

E-=*=--

orBaqf,o.

O' meu Deus ! que sois todo amor, cu vos dou gragas por [er-
des conseryado a lembranga do Redemptor com. tanta sollicitude :
fazei Senhor, Qre nos aproveitemos de seus meritos"
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas , e a0 pro-
ximo como a mim mesmo por amor de Deus; e , em testemunho
deste amor ? reclrrerei a Dews em tod,os 0s mr;us perigos.
DE PERSEVERANCA, 21

XLVH.a LIC10.

0 11ESSIAS PREPARADO.

llistoria de Tobias Fim Providencial na dispersf;o das dez tribus,


e sua longa estada entre as nagdes infieis. - Nascimento de Tobias.
E' Ievado cru captiveiro. - Seu procerlimento em Ninive. - Perde
-a vista. Y0-se na hora da ntortc.
- Conselho quc dri a scu {ilho.
Yiagern do joven Tobias. - Scu casamento com Sara. - Torna
-para seu pai. Illorte do Tobias , o pai. Abengoa Dcus a sua
faurilia.
-

Arrr*, tliz o Senhor, 6 a vara cla minha colera. Com effeito ,


temos visto que a grancle monarchia dos Assyrios foi o instrumen-
to de que o Senhor se servio para castigar o reino do Jutla tocla ,
a vez que este quiz esquecer a grande promessa do Redemptor e
entregar-se a0 culto dos idolos. Para punir o reino d'Israel 0D- ,
pregou Deus 0 mesmo imperio. Salmanazar Ievou em captiveiro as
dez tribus culpadas d'idolatria ; mas o Senhor, que sabe tirar o bem
tlo mal, fazia servir o castigo d'elles a0 cumprimento do seu gran-
de designio.
E' verdade que nf,o era 6s dez tribus separadas, que Deus ti-
nha confiado o deposito das suas promessas ; comtudo deviam con-
correr para preparar o reino do Messias ; e 0s Assyrios , sem o
saberem, os ajudaram a cumprir esla missf,o providencial. Cuida-
vam elles nf,o levar a Ninive mais que um povo de caplivos , e le
varam um poyo de missionarios ; porque era para divulgar pelas
nagdes do Oriente, e despertar n'ellas a lembranga e conhecimento
do Libertador futuro, que Deus permittiu a dispersdo e longa esla-
da das dez tribus etttre 0s Assynos.
F

22 CATECIS10
0 flln da Providencia 6 expressamonte consignadb nOs li17r03
santos. Um dos captivos de Ninivci i・ IIspiFadO dO Dous, dizia ■
seus irnlaos:《 Filhos・ d'Israel 1 lo■ val o dai gloria ao Sonhor, emi
《presenOal das lla96es; elle wos dispersou entioo os infleis, quo o
《nlo oonheciam, a liln que narrasseis suas nlalヽ avilhas, e lhe´
《lzesseis saber que nlo ha outro Deus s創 〕 lo dle.》 (1)
O Propheta que nos revela tam clal・ amonte o designio do Se―
nhOF 6 0 Santo Tobias,que fol um dos lllais zelosos pr6gadores
da gloria de Deus entre os Assylヽ los, Prё gado「 E,angelico, oontri‐
buio olle,_Ⅱxlis pela belleza do stlas virtudes qlle ain(la de seus
discursos,paFa lheS ctar a conhecer a verdadeira Religiao, cui0
primeiro artigo era a espectat市 a do Messiase Escutomos,oom gran―
de deslo de nOS aproveitarlllos rella,a sua interessante mstoria.
EFa TObias da tribu de Nephtali, oriun(lo da cidade do mesmo`
noIIle, situada lla parte superiol・ da alta Galilea. PeFdeu ainda me一
nino seus piedosos pais;mas com quan19 fosse o mais ioVen chob‐
de familia de toda a sIEa tribu,foi oi unico que sc nlo inttctou
da COFrupば O geral.Em tanto que seus co馴 patriotas iaIIl em chlls―
ma adorar os bezerros d'ouro, que JeroboalIL Inalldara levantar ellll
Dan e Bethel, foi Olle para Jerusalettl adol■ 「 o Deus de sous pais,
Passou a infancia e d IIlocidade no co■ stante exercicio de todas as
宙rtudes. Chegado a idado mais madura, esposou uma iowen da
sua trib■ , chalnada Anna; e della teve um fllllo, a quem poz seu:
■ome,o quo,lornando― so o可 ectO de sua ternura,ainda o foi mais
de seus cuidados e vigilancia. Ellsinou― lhe desde a infancia a te‐
mer a Deus,o fugir a toda a especie do peccado。
EIIl breve deu sobre lsrael o exeFCitO de SalIInnazarし rei d'As―
syria,e assolou o reino d6 Sallnriao Envol宙 do o santo homem na
desgra9a geral da sua na91o, foi captivo para Ninive, oom sua es‐
_posa e fllhooAlli contin■ o■ Tobias a ser o que tinha SidO om ls―
rael; os exomplos de seus iFm10S n10 0 tinhaln setluzido, os dos
estranhos nao poderaln mais para o oOrromper。 Os outFOS ISFaelitas,
ha muilo acostumados a violar a lei de Deus, oomiam oom indire‐

(1)TObo XH10

04
90
わE IPERSEVERANQA.


II辟 萄]殿liWW憾 1椰事 、
seus desventurados compatltiotas os esca∬ os bens q■ e podera traZer


霊黒T・ 詭 mぬ 面 い umh eh面 d_
"Ъ nttt∬
器 ∬ ι淵
To da coroa, ■lo herdou de seu pai a alFabilidade palta os Hebreos,
antes os abolTecia. Esta disposi,lo do■ ovo rei fez que Tobias re‐
:dobrasse seus cuidados. Todos os dias visitava seus paFenteS, quo
se deFlnhavam e■ l Ninive; consolava― os, partia com enes Os poucos

榊捕聯準 輔囃
j鷲 ∫ Ⅷ》渉
鷺[
mandou matar um grande numero,oom oFdem dO os deixaF Sem
SCPultura.
Tobias soube desta probibi9瓢 o, e conhecia o perigo que corria;
mas llada descoroOoou seu piedoso cora9aO, e cOntinuou a entcrrar
Os corpos dos que matavam. Constanclo isto a Senacherib, deu-lhe
o de tOdOS os seus bens.
senten9a do morte, o oonflsca。 な O santo
ho31em vio― se fo「 9ado a fllgir,c esconder‐ se com sua mulher e l‐
9,L carncrsuo
Iho. Entretanto , sendo assassinado 0 perseguidor, lornou Tobias
para Ninive, e recebeu do novo rei 0s seus bens conliscados , e a
sua antiga libertlacle. Para Iogo tornaran a comegar as suas libe-
ralidades.
Parece que cincoenta annos d'uma vida passada em boas obras
e virtudes, demantlavam recompensas mas 0s caminhos do Senhor,
;
para com scus santos, sflo bem alheios aos Suizos dos homens. De-
pois de mil provas, generosamente supportadas, em lugar dos favo-
res que esperariamos ver, destina-lhe Deus nov0s combates,para enrique-
cer sua coroa com mais fino ouro de virtudes. Tinha sido feritlo
o santo Tobias em seus bens e liberdade, nfro o tinha sido porem
em sua pessoa ; faltavaJhe esta ullirua sirnilhanga com 0s antigos
heroes que imitava.
conlinuava o santo homem, segundo o cspirito da Iei , a tlar cm
sua casa honestas ceas nas grantles solemnidades , nas quaes 0s
convidados, com religioso juhilo, testemunhavam seu reconhecimento
ao senhor, e os pobres levavam sempre a melhor parte. Foi n'uma
destas festas que Tobias, tendo preparado o seu usual banquete ,
mandou chamar seu lilho , e disselhe : Yai, meu filho, convida mais
alguns de nossos irmflos [ementes a Deus , {u0 venham comer con-
nosco. Executou o joven Tobias as ordens de seu pai, e quando
voltou , annunciouJhe que um lilho d'Israel acabava de ser morto.
Tobias, ouvindo isto, levanla-se cla mesa, corre ao lugar aonde
estava o c0rp0, toma-o sobre 0s hombros , e leva-o occultamente
para srla casa , a fim de o enterrar depois do sol posto. Tornando
para seus amigos , come alguns bocados molhados em lagrimas.
Representaramlhe 0s perigos que elle corria, mas 0 caridoso To-
Ilias, temendo a Deus mais que a0 rei, nflo desistia cla sua obra cle
misericortlia; Um dia, extremarnente fatigado d'enterrar 0s corpos
dos Israelitas, voltou para casa o venerando velho tam exhausto de
forgas, que se encostou a uma parede e alli {icou adormecido: A-
qui o esperava a divina Providencia. Cahiram d'um ninho d'ando-
rinhas excrementos recentes destes passaros, cujo calor e acrimonia
0 cegaram n0 mcsmo instante. Illodelo de temor de Deus tlesde a
infancia. agora o foi de paciencia na adversidado.
Os parentes de Tobias, similhantes aos reis amigos de Job, que
D主 ゴ
=isittiARoA. 23
insullavanl Jo lnbl'lunio o illustFO atLibulado,levaram a crueldatie
a ponto de zombal・ da regtllaridade de sua vida, e da vaidade― tle
suas osperangas. Tobias poreIIl, a exemplo de Job γbuscava collsO‐
la91o ■os gi・ andes ponsamonlos_da stla fё ; e colllentava‐ se conl FeS・・
pondor:NIo falleis dessa maneira; ■6s somOs os il1los dOs santos,
e esperamos a benlaventuranOa quo o SOnhor prolnetteu aos qlle per“
sevel・ am flels.
Pobl・ o, abandonado, ce8o,jl ll瓢 O vivia senlo dO que Anna,
sua esposa, podia grangealじ p010 1rabal1lo de suas m50s. LTIn dia
deram-lhe em salario・ um cabloitinho,que levou palta casac TObias.
ouvindo balar oste anilnal, qlle elle sabia n=o lhe pertcllcel。
, disse
para sua mulhor: 01ha li, nlo clltltasse este cabritinhO pal'a nossa
casa, restitue‐ o a seu donOo N履 o se p6de、 ler a espOsa de TObias.
oonl a escrupulosa delicadoza de seu maridO: assomou‐ se cOntra el_
le, c atё contra a Providencia. Tobias, qual outi30 JOb, submetti_
(lo i lllesIIla prova, entloressou― se chol・ ando ao Deus de toda a cOn・
solaOao,e cOntentou― se com.dizel':Justo sOis,Senhor,c vOssOS iui‐

zOs saO cheios d'equidade.
Julgando― se d'ora'vante inutil para seus irmaOs, Oroll TObias ao
Senhor, pedindo-lhe quo o chamasso pal'a si, e teve a consolagao
de ser ou宙 do. Com csta esperanOa, mandOu chamaF Seu nl110, 。
fa1lou‐ lhe como deveriam fallar n'aquella hora 10dOs Os pais chitistaOs.
Escuta,llleu llbo,lhe disse,as derradeiras palavras de teu pai;
sqam eHas a regra das tllas ac9oese Qualldo Deus tlvё lt recebido
a minha alma, enterlta o meu co13PO. IOnra tua mtti tOt10s Os dias
da ttla vi(la; nlo esqlle,as quantos perigOs O dOltes lhe tens cusia‐
dO・ Quand0 1市 er acabado os seus dias na terra, tu a inhuIIITis
,untO de lllilne
r驚

織マ
ン樹 ∬ ly哺 轟:琢 臨∫ll∫ l胤 ど

n∬ l∫
h脂 os olhos dO senhoF Se n10 des‐

│lllllllI∫ llliJ{蜘
d,Oa h面 mt亜 面叫
∫ ItllI[llilaI‖lll溝
0サ l‖

甲e ttsttli卜 謂∵k轟 電 :
26 CATECISM0
sふ tas quo limais a soberba te doIIline, pol・ que a sobel・ ba 6 o prin=

cipiQ de toda a perdi91o; nlo fa9as a outi・ em o que nJo qllererias

『∬器∬留篭
肌鷺鵠:F誌摺∬稲aT:S槻 瑞 d脱
teus canlinhos.
D'est'arte,o santo velho pOe em parallelo o no pFilneil'o lugar
todos os grandes deveres como todos os gi・ andos interesses de seu
niho;s6por im lhe diz n'outro sentido:QuandO ainda estavas■ o
ber9o,emprestei a Cabelo dez talentos de prata. Elle mora em Ra・


電臨輩tVttL鮮ぽ
u:sЪ
霧∴胤
訛sTi。 鵠よ 1翼
sua cau91oo Nada temasi meu filho;somos pobres,mas assas tolte・
l

mos se temel・ mo二 a Deus,evilarmos o peccado,e praticarnlos boas



obltas.
Farei,mcu pal,respondeu o joven Tobias,tudo o quo me len・
des mandado; mas nlo sei como poderei recebor esso dinheiroo Ga・
belo■ 五o me conhece,nem eu a elle, nem ainda sei o camin1lo de
Ot∬
m『 1。 1:Ll脆 ξ
t淵 :si誂 91:19:ltL¶ ∬‰。ttC:R
id'鵡
l∵ や
t∬ Tttleぱ 1器 ∬ 『』
Tミ 磁 彗
1l m。 0。 bOm

caminho de Rag“ ,cidade dos MedOS? =Conhe00 pel'feitamente,


ヽ︲■⋮
DE PERSEVERANcA. 27
daO da nOssa velllice; prouvel・ a l Dells que nlo possuisses aquelle
dinheiro que ttndaste buscar! Durante este tempo,o,ovCn TObias,
conduzido p01o Anio,cada vOz se alongava luais. Seu c晨 o o tinha
seguido. No prinlciFO dia, chegal・ am is nla:・ gens do Tigre, ■o qual
Tobias quiz lavar os p6s; IIlas de l・ epente um monstl・ lloso peiXe in‐
veste com elle para o devolPal・ . O joven viajante grila espavolti(lo:
Senho「 ,eil― o que me engole。 O Anio o animOu,o lhe disse que
aferrasso o peixe pelas barbatanas e o aFraStasse paFa a pFala.
Assim o fez,trouxe o peixe para teFra,que ncou lalttandO a
seus pё s.O Alljo disse-lhe:Abre― o, tira-lhe o coltacao, o fel e 0
lgado,que te ser宙 面o unl dia parta Oporar uma culia.Depois,
assando nas brazas uma palite do peixe, leval'am― ■o oomsigo e sal―
garam o resto, que bastou para scu alilnento at6 ao lormo da
jOFnada.
Depois de ter andado muilo, avistaram uma cidado da Medea.
Ondc queres que vanlos ncaF?pel・ guntoll TObias。 - O Anjo res―
pondell: Aqui ha llm teu proximo paFente, cllamado Ragueli tem
llola fi‖ la unica, chamatla Sara, qlle o Sonhor te destilla じ
oln toda
a sua ftllヽ lunao Pede― a a sell pai, que t'a nao roclisar表 。Tobias

disse― lle:Eu soi quc clla tem casado sete vezos,e todos os seus

nlaridos teem sitlo rllol'los polo demonio; receio nle nlo succeda o
■lesmo′ e meus pais,do quelu so■ o unico ami)aro, n瓢 o morFam
de pezar.Nada lleceies,llle disse o Anjo, esses maridos foral■
Fl101・ 10S pelo delllonio, po:・ qlle as suas inton06es n5o eram santas;

tu porem nlo tenhas medoメ vive elll innocencia o ora9額 o, quo ne,
nhum imperio lelti o demonio sobre ti. r
Apenas o Anjo acabou deね llar,entraram em casa de Raguel.
Era um lsFaelita muito honrado, sincel'o e roligioso, allligo e pro―
ximo l)arcnte do velho Tobias, a quelll na sua IIlocida(le conhece―
ra muito belllo Recebeu com alvo「 oOo os 110Spedes, selll comtudo
os conhocer mais qlle por viaiantes da sua naglo; mas, tendo re‐
parado em Tobias,disse em segl・ edo para slla mulher: Como este
lnancebo se parece com meu priino Tobias! Depois, voltando‐ se
para os宙 崎antes,accrescentou:D'onde sois,mells irm5os? ― Da
tribu Nephtali, do numel'o dos captivos。 一 COnhece:s Tobias lnou
priino?“
“ ― Conheccmos, 一 Raguel cδ 11lo9ou aね zer-lhe um elogio.

28 CATECISM0
qlg∬
m』 電
麗』憮,V∬ 罵aloⅧ Li謂器誌
lbllyaM:l
llho. lho diz, o Senhor te aben9oo, que 6s fllho d'uIIl grande ho,
mem de bem. Anna e Sara, que el・ am testelllunhas deste esi〕 octa‐
culo,estavam tanlbem enterneCidas e debulhavanl‐ se em lagitirllas,
Depois destes pFimeirOS transportes,nasci(los d'unla amizade torna
.e FeCiproca, oFdena Raguel que preparelll o banquete. Estando lll―
do pl・ omplo, oonwida― os para a mcsa. Nada aceitarei, lhe disse
O ipVen TObiaSf em quanto lne nlo oollcederdes por esposa a vossa
fllha Sara.
Um casamenlo destinado do Ceo, o lralado poF um Anio,bre_
ve so conclue na teritao Raguel comtudo, conlo aterrado,hositava。
O Anio o anin10u,e entao deu seu consentinlel1loo Assentaram― so
depois O,cOnVidados a uma mesa frugal e innocente;onde nao ces_
saran de bemdizer a misellico10dia do Sen1loF, de quem itecebialn
tatt sensiveis provas,
Ao outito dia assignou Raguel uma escFiptura authentica, pela
qual dava ao joven Tobias a metadO de todos os seus bens; estipu,
lando,alom disso, que por sua morto e dc sua lllulher, a outral
lnetade devolveria toda para elle como seu unioo hel・ deiFO. Tanta
amizade, tam genorosas doaOoes paltece que lancalDiam TObias na
ilnpossibilidade de resistiF aS inStancias de seu sogro, quo o oo可 u‐

rava a demoFa卜 Se em sua casa mais duas semanas.IIas por oulra


le, se muito devia a Raguel, mais ainda a seu pai e a sua lnai; a
pal・

quem a llle■ or taFdanoa causaFia mO「 taes inquieta00es. PaFa Obe■


decele a suas ordens, cumpria proseguiF Sua 10rnada atё Rag6s da
VedOa a lm de cobrar os dez talentos empК stados a Cabelo。
O Seu guia a que fosse elle mesmo a
Nesta inCel・ leza, oo可 urO■
nag6s, apreSentaF a Gabelo sua obrisa01o de divida, o lhe rogasse
para viF tOnlar parte nas festas de suas■ upciaso Foi o A可 o, re‐
cebcu o dinheiFO, e tFOuXe Comsigo a Gabelo. Ao ver o fllho de
seu bomfeilor,ehtel・ necido Gabelo,exclamou com as lagriIIlas ■ os

olhOs: C)Deus d'Isl'ael encha de suas ben9五 os o fllho d'una grande
homem de beln。 Oxali chegues a veF teuS ilhos, o os fllhos de
teus llhos,at6 1 1eliceira gera91o. Aben9oada soia a tua pOSteri‐
dade, e favoreCida do Dells d'Israel, clue roina pelos socu10S dos
DE PERSEVERANC▲ . 29

soculos! Todos OS assistelles lヽ espo■ deraIIl: Assinl stta。 ObSequia‐


raln Gabelo, rcnoval'anl toda a alegria das bodas, alegria sempro
contida no temor de Deus,do qllein todo3 0S COnvidados el・ am ado‐
rad01DeS flels. , '
Cllegado emlm o molnenlo da parlida,quizeram reter o ioven
Tobiasメ elle porem respondeu:Sei que meu pal e minha mtti estam a cOn‐
tal・ os dias o as horas con gran(lo inquiolagloo Eniao Ragud lhe
entregou sua fllha, e com ella a metade de tudo o que possuia em
servos e sel・ vas,rel〕 anhos,vacas,came1los,o3rande somma de di‐
nlleiro. O pai e a mtti de Sara abracaram― na teFnamente, dizell(lo‐
lhe: IIonra a lou padrasto o madrasta, ama te■ esposo, educa tua
falllilia,govelina tlla casa,sё irreprehensivcl.
Foi longa a jornada; oonduziam rebanllos numerosos, que nao
ṕodiam ir senao lentanlente.Enほ o disse o A可 o a Tobias: Bem
sabcs em qlle ostado Acaram teu pal e mai; se quetts,tomomos a
dianteira;・ llla esposa, e domestico町 os l・ ebanbos e cargas, il・ 餞o de‐
pois; e n6s anllunciaremos a sua chegadao Trazo o que te resta do
fel do peixo, poFquO te ha de selt preciso. Tobias aceitou seln he‐
sitar o parecer do seu guia, e partiram adiante.
Sua (liligencia colllludo ■ 襲o obstou a quc o velho Tobias e sua
mulher nlo soff:` ossem gl'andes inqllietaっ Oes. Pelas suas contasii seu
fil1lo dovia telo chegado, e ninguenl lhes dava noticias d'ellee Sem‐
pre sublrlisso 6s disposi96es da PFOVidencia,oo■ tentava‐ se
Tobias com
dizer de quando em quando a Auna sua esposa: Po「 que _te parece
flue meu filho tarda tanto? E os dous velhos en′ travam a chorare
Mas nada socegava a IIlai do Tobias:Ai de mim卜 dizia ella,dobu―
lhada em lagrimas;meu cllaro filho l porque te enviantos n6s tam
longe? Tu que eras a luz de nossos olhos,° o amparo da nossa ve‐
lhice, a ullica consolaO履 o da nossa vida l lnconsolavel, sabia de
casa todos os dias; olhava para todos os ladOs; ia i entrada de
lodos os caminhos,a ver se o avistava.
Entretanto apFOXimava,Se Tobias com o seu guia., que lbe ensi‐
IIou coIIlo haVia de fazeF paFa CuraF Seu pal. Estava Anna coIIlo
costuIIlava i beira do caminhO, Om lugar alto, d'onde a宙 stava ao
longe.、 Os olhos d'■ ma lllai cOnhecem um llho a grande distancia:
assilll Anlla o vlo,e cOrrell a casa dizer a seu nlarido: Ahi vem
30 cATECISl10
teu Fllho. Entao o 。
籠0, que os acol■ panhaFa, Chegou tod0 0sbafori‐
do; e, oomo se trouxesse a noticia da chegada, testenlunhava sua
alegria pelo fesittal・ da cauda e o alvoro00 de suas caricias。 0
pai de TObias, cego oomo` estava,levantOu― se, e come9ou a colreF
tropecando a cada passo; e dando a m領 O a unl criado, foi ao en―
oontro de seu filho; e, recebendo― o em seu peilo, o abraOou , e sua
mai O abra90u tambem,e ambOs enti・ aratt a c1lorar d'alegria.
Depois de tereIIl ado「 ado e lo■ va(lo a Deus, assentaralll‐ se, o o
joven Tobias,tomando o fel(lo pei、 o, esioe3ou os olhos de aeu paie
No cabo de meia hora cahlo-lhe dos olhos ulna pellicula bl・ anca, e
Tobias reQuperou a vistao Entao deu aO sonhor as mais vivas ac―
9oens do gracas, e seu rllhO l!le contou, bein como a sua luai,tu_
do que na iornada O Sen1lor izera enl seuね vol・ .

PaSSadOS Sete dias,chogou Sal・ a com perfeita saude, assim co,


mo tudo o que a acolllpanhavao NIo era l〕 al・ a telller que tam vili“
tuosa Falllilia fallasse ao sag:・ ado dever da gltatidao. Depois dOs san―
10S FegOsiJos, oOIll que colebraram tarll prosperos successos,challlo■
Tobias a seu fllho e disse― Ihe: Qlle havenlos de ofFerecer a este
santo hoIIlem, que te servio de gllia? Tudo o que p()(lessemos dar‐
lhe,tornou 9 1lho, ёnada elll compara9江 o dos ser宙 Oos qlle lne fez;
mas eu vos suIり !icO,uleu pai,pergllniai-lhe se levaria a beЩ acei,
tar a metade de tudo que eu trouxo.
Chamaram o Anjo i parte,e luuilo de vontade lhe nzeram es,
te olbrecimento. Foi enilo quo o Anjo se deu a conheceF aO Ve―
lho Tobias:QuandO lu Oravas com lagioimas, e entol・ ravas os mor―
tos, o paFa iSSO te levantavas da lllesa, e escontlias os corpos de
dia para os sepullaros tt noute, oll oIFtarecla a llla ora91o ao Senhor;
pol・ que eu sou Raphael,ulll dos sete Anjos qllo estam senlpre de
p6 diante do Sellho「 。
′A estas palavras, o l)al o o fllho se pl・ ostOr―
naratt c6m a face cln terね : A paz stta comVOSCO,lhe disse o An―
jo;nlo temais nada,ё tempo q■ e eu volle para aquelle que me
01暑
緊 柵 lailsi認 1餞 a乱 記
d中 田
耐れ
蠍 l℃ L∫
Tobias viveu ainfla largos an■ os, e vill seu filho o seus netos
caminhar na vereda da justica. Depois da nlol・ te de sou pal, toF・
nou o joven Toblas com sua esposa para casa dc nagllel, e fl)i sua
90
llE PERSEVERAN9A.

consolaclo ■OS dias da sua velbice: elle meSmo, na idade de hovell‐


ta annos, foi luntar_sO coln seu pal,deixando ap6s de si uma nume―
rosa posterida〔 lo, tam agi・ adavel a Deus comO aos homens,pelas vlr‐
tudes de que davatt COnstantemente bellissiIIlos exemplos.
A bistol・ ia de Tol〕 ias,℃ omo a de JI(lith, tomada separadamen―
ros,an‐
te. 6 sem contradiccao um dos maiS bellos episodios dos l市
tOso Mas se a encararmos em suas rcla96es com a prepara91o do
Messias, avulta de repentO , 00111prehende‐ se mclhOr, admira―
se
o plano go‐
mais; porque Se vё coll10 011a OCCul〕 a uIIla parte essencial■
1'al da Providencia. Ta1 6 0 pontO de wista por que a conSidera―
mos,aSSitrl como a d9 Ju(lith.Ol■ esmo seri COm a dO Esther, que
passamos a reた I° ir

=_
OB,Aqf,.O.
..
meu Deus ! que sois todo amgr' eu vos dou graqas pgr ter-

0'

s 

tirado o bem do mal, fazendo que 0 castigo tlos Israelitas e a




u.

dispersflo entre os Gentros servisse a preparar o reino do lles-


Eu protesto amar a fleus sobre todas as cousas , e ao Proximo


como a mim mesmo Por amor de Deus ; e, em testemunho tleste arlor,
tratarci corn summo respeito a mou, pai e mcii.
\--/

32 CATECISM0

XLYIII.' LtqaO.

0:MESSIAS PREPARADOび

Missf;o dos Pcrsas flistoria de Esthcr. Sua exaltageo.


-
descoberta por lllardocheo,
- - Conspiragf,o
- Aman ,
valido d'Assuero quer qu. se
,
lhe deern honras drvinas. Illardocheo rccusa flazet-o. -- Ainan protesta
-
pcrdel-o e a todos os Judeos com elle. Itlardochco dA partc tlisto
-
a Ester. Yai ella ter com o rei. Tnumpho dc 1llardoclreo, Hurni-
- - -
llragfio d'Aman.- -
Sua morte. Salva.cdo dos Judeos.

Jl' indicamos quatro grantles clisposigdes da Provideucia, relatrvas


a do llessias. Deus determinou que 0 p0v0 Judaico ,
preparagflo
de quem nasceria o Redemptor do mundo, fosse o insobornavel de-
positario desta grande promessa ; e por consequencia, o guarcla {iel
da verdaderra Religifro. A ligdo precedente mostr.ou claramente a
execuglo deste primeiro decreto.
o seguntlo estabelece que 0 trfessias nasceria do povo Judaico,
na Judea , e da farnilia de David. Illostremos ainda como a prn-
videncia faz concorrer para o cumprimento tleste n0v0 decreto to-
dos os factos assim da historia ludaica c0m0 das demais nag6es. Foi
para esto fim que Deus chamou Abraham do fundo da Mezopotamia,
dous mil annos antes da vinda do Messias ; e lhe mantlou que se
estabelecesse na Judea , chamada entdo terra de Chanaan. E' para
este fim que se obriga por juraruento a dar-lhe aquelle paiz a elle
DE PERSEYER.T!{9A. 33

e a sua posteritlade. E' para este {im que revolve o Ceo e a lerra,
quatrocentos annos tlepois , para tirar do Bgl"plo os descendentes do
Sanlo Patriarcha, e conduzil-os f, Terra promettida. B' para este fim
que exterflrina as sete poderosas nagdes, que a occupayam; e sus-
,
tenta seu p0v0 na posse della quinhentos annos apezar dos esfor-
gos reiterados clas nagdes visinhas, desejosas sempl'e de a reconquis-
tar. B' para este fim que determina, quando os Israelitas sflo levados
em captiveiro, quo fiquem alguns para guardar a terra sagrada ,
sem permittir que outro povo tome posso della. B' para este firu
que entre tanlas cidades incendiadas e destruidas em conlinuas guer-
,
ras a pequena cidade de Bethlem subsista incolume. E' para este
fim , em summa , {u0 esta cidade cahio em partilha { tribu de
Juda, e se tornou depois a heranga da familia de David , de quem
o }fessias tlevia nascer. Isto 6 pclo que toea particularmente a0
p0v0 judaico ; porque nos demais ve-se o m0sm0 dcsignio, e 0 mesmo
cOncurso de sucticssos. E' para a execugf,o deste decrelo que a poderosa
monarchia dos Persas, a segunda clos quatro grandes imperios prctlitos
por Daniel , foi tirada do nada, c triumphou e absorveu o imperio
dc Babylonia.
De facto , segundo 0s Prophetas , o llfessias havia de nascer
na Judea , da posteridade d'Abraham , e tla tribu de Juda. Br.a
pois nccessario conseryar o povo judaico na Judea ; ou reslituil-o
a este paiz, se delle houvesse sahido. De mais , o Messias clcvia
nascer da tribu de Juda na cidade de Bethlem , cl'uma Yir.gern da
fanrilia de Davitl. Bra esta sua origem um clos signaes por ontle cle-
vcriam reconhecel-0. Cunrpria pois manter entre os Judeos a dis-
tincgflo das tribus e familias.
Ora, c0m0 temos nolado, os Assyrios nutr'iam outras inteng6es,.
pretendiam nada menos que exterminar este povo , {ue llres era odi-
0s0. Sessenla c tlous annos havia , que 0 tinham captivo em Ba-
hylonia. Um captiveiro mais clemoraclo , se o nflo fizesse perecer,
tel-o-hia exposto a confundir-se com aquellos com quem vivia. para
o conseryar pois , e impedir que se nio confundisse corn uma nagdo
cstranha, suscitou-lhe Deus um Libertador, que o conduzro ir Jltlea.
Assim como se servio tlos principes Assvrios para a execugtio clas
suas vingallgas , selvio-se dos rcis tla Persia como ministlos tle sua
III
34 cATECISM0
bondade paFa COm a na。 瓢
o santao Cyro, ftindador deste segurldo
ilnpeloio, foi pois o destinado para libertaF OS fllhos d'Isl・ ael.
OuOm nOS instruO deste nm pFO宙 dencial da segull(la lllonarchla
6 o mesmo lsaiase Admiravel cousa! O propllcta nonloa` Cyro por
seu nome, duzentos an■ os antes do nascilllenlo d∝ te prillcipe; re‐
presenta o Todo PodeFOS0 10mando‐ pela mao, canlinhando adiante
o、

dello, conduzindo… o de provincia ein provincia, dorribando oIII sua


passagem os muros das cidades, dalldo-lhe todos os sells thesouros
e riquezas, e tutlo isto paFa puniF Babylonia e libeFtar Juda。 、
Prestemos atlenO=o a este nlagnifico vaticinio:《 Eis o que cu,
( que sou o SenlloF, digO a Cyro, meu CbFiS10, a■ uorll escolhi
《para oxecutaF O mOn designio; ell le lewarei pela mao para tc su“
《iCitar as na96es, desarrnar os reis teus inimigos,abFirぬ tua
( chegada as poFtaS das ci(lades,sem que nenhuma so fecho diallte
《 de ti. Eu aplanarci os teus caminhos, quebFarei as portas de
《bronzo, o oS ferrolhos de feri'o; dar― te‐ hei os thesouros escon(li―
《dos, afim quo saibas que eu sou o Senhor, o Deus d'Isi・ ael,(Iuc
《 desdo ii te Chama por teu nOme; eu o fa9o por aIILClr de Jacob,
《 que 6 meu servo, e de lsrael, quo 6 meu eleito; afim quo des―
《 (lo o Oriente ao Occidente, saibam todas as na95es um dia que
《nlo ha outro Deus senao ou. siIIl, e■ 6 que suscitarei a Cyro,
《 para fazer iⅡ sti9a; eu 6 que aplanarei todos os caminhos diallte
《delleo E1le reedirlcaFa a Citlade qlle me 6 consagrada, c inviar農
《 l市 res os meus capt市 os,sem receber por elles resgat∝ ou pre・
《sentes,diz o SenhoF,Deus dos exercitos.》 (1).
E' pois evidente qlle a nlisslo dos Persas ё loda de protec05o
o benevoloncia para com os Judeos.Cumpriram― Da elles nelmente,de‐
venlo,dizel― o om seu elogioo Louvores slam aOs chefes desta nova
monarchia; pois que poF Seu auxilio 6 que se reediflcou a cidade e
o templo de JerusaleIIl; debaixo da sua protec91o 6 quo os Judeos
▼oltaram para a Judea,e alli se conservaram com sua distinccao
de tribus e familias,a16 a cllegada do Messias.E'volidade que al―
3uns ministros teve a corte da Persia, ambiciosos e cegos,com0

(1)ISalas,XLV.
DE PERSEVEBANQA. 35

teem totlas as cortes destes que nflo deiram pedra por moYer
; '
para metter seus amgs em caminhos errados , e accelerar assim a
quecla cle seu imperio . langando-os em- opposiqflo coln os designios
do Altissimo. Destes teve pois a corte da Persia , {tre se esforqa-
ram rnui[as vezes pgr converter cstes poderosos monarc'has, de pro-
tectores que eram , em tirannos, e ainda exterminatlores dos Judeos.
Aman , ralido d'Assuero , foi o primeiro clestes perversos o crimi-
nosos ministros.
i\Ias a Provirlencia, de cuja mf,o'pendem as retleas dos impe-
rios, que encaminha aos seus fins as v0ntades e paixoes tlos ho-
mens converleu as intrigas clo orgulhoso ministro , em mais prom-
,
pto meio de realizar seus tlesignios. Tinha Deus empregado o debil
ilrugo d'uma mulher, para supplantar o soberbo Holophernes; pelo mesmo
n odo vai elle agora destruir os projeclos cl'Aman. A historia tl'Esther
vincula-se pois, como a de JuCith, &o plano geral da Redempgflo
do mundo. Bstas cluas heroinas , {iguras d'aquella que ha'de es-
magar a cabega da serpente, salvaram igualmente o povo Judaico ,
depositario da grantle promessa tlo Libertatlor.
Entre os Judeos oaptivos em Babylonia, havia um chamado llfar-
docheo, cla tribu de Benrjamin. Tinha elle uma sobt'inha, chamada Bs-
l,her, orphfl de pai e mfit desde a mais [enra infancia. Adoptada
po, ,oo iio , ,ivia na innocencia e pratica fiel da lei do Senhor' As-
,ouoo , {U0 reinava entflo em l}abylonia , depois de ganhar
grandes

rictortasl quiz dar, na sua voha a capital , festas dignas do mais


poderoso monarcha do Oriente. Convidou todos os o{liciaes do seu
exere,ito , e torlos 0s s1trapas 0u governadores das cento o vinto o
Se[e provincias , de que se compunha 0 seu dilataclo imperio'
uo septimo clia clas festas , tleu-lhe na vontade moslrar a t0'
da a eorte a rainha Yasthi , sua esposa , pal'a que totlos prestas-
sem homenagem peregrina
-e
a sua belleza. Yasthi rccusou mostrar-se. As-
suero despeiiaclo rniaivecido,' repudeou-a; e ortlenou logo que lhe trou-
xessem as mais bellas virgens dos Judeos , que se encOntrassem
no

seu re.itto , para escolher uma esposa : Esther foi uma das escolhi-
clas. A humilcle Iilha de Jutla nada pedio para seu errfeite,' conten-
tou-se com o que lhe quizeram dar ; appareceu com a modestia
e
36 CATECISMo
S】 IIlplicidade que lhe Ora natural; o l・ oi a prefeloio a todas, cinglo.
lhe o(liadema,c a fez sOntal・ ■o tllrono de vastlli.
Vendo_se rainha, e cheia de podOr, nem por issO perdeu EstlleF
a antiga simplicidade e in■ Ocencia de scus costulnes.No llleio d'uma
corte soberba c ambic )losa,nestes sumptuosos palacios, tal ora Es.
tller,qual o tinha sidO na casa hulllilde de seu lio, entl・
e as mais
lsraelitas da sua idade, Ilao se occupando sOn5o da ora950 0 1110r
dila9晨 o da lei dO senhor. observava ella, cOm submiss巨
0 0 dO=
cilidade,os cOnselhOs que lhe dava MardOcheo,a quem seIIlpre hOn‐
ou como seu pai,nas difbrentes coniuncturas em que se achou。
1・

prillcipal cuidado doste virtuoso hOmem era reco「


0
(lar i joven rainha,
que n=O para clla, IIlas para seu povO, a oxaltal・
a Deus ao lbrono
(la Persia.
Tudo o que se passava na corte elltrava nos designiOs da pl.。
.
vidё ncia,
e a mesma assiduidade, oo■ l quo Mardocheo fltequentava
o paOo, sO beIIl n5o tinha outro motivO, que a ternura coln que
anlava Esther,era comtudo um me10 necessario para a salvaclo da
na9aO santa, O por℃ 01sequencia para a conservacao da grande pro,
messa dO LibertadOr. Ei,o facto ilnmenso, em qu0 0 111esmo As_
suorO, O poclerosO Persa, nao era mais que um actor suballernO。
Um dia, quc Mardocheo estava s6,cOmo costuIInva, o■ 宙00s
dous officiaes da pOrta do palaciO, que fallavam em segredo para
assassinaF O rei. Apl)licalldo mais o ouvido pOde descObrir tOd0 0
flo da 9olspiragIQ. Logo que se convencen da verdade dO facto,
buscou meios d'a宙 sar Esther,c a raillha,sem perder tempo,infoト
騨01 0 1tei seu esposO dO perigo quo o amea9ava, accrescenlando
queお ra Mardocheo quem a informOu(:e tudo. Pre4os os OFlciaes,
cpnfessaram o crime e foram condemnadOs i mO「 te.
Segundo o oostuIIle de Seus predecessOres, IlllandOu Assuero es.
CFeVer O factO nOs arcniVOs do reino;mas quiz Deus que lhe esque=
cesso nomear seu liberia(10re Mardocheo apenas recobeo alguns
peque1los presenies, pedindo‐ so‐ lhe coIIltudo qu9 eslivesse semprc
nO intelう 10r do palacio.
Ellll quanto Assuel・ o lratava com tallta indiffere119a este fel sor‐
vidor, que lhe salvara 4 Vi`1, 9
響es■ O prlnclpe, pOr ouF
tra permiSSIo da Providencia, entregava seu illlperio llas maos de
DE PERSEVERANgA. 37
um homem,que depois´ oonheceu ser o mais perigoso de seus ini‐

じIReJiml:icodl ttOl:器
∫ ‖
SItrf‖
alii撫 nIIl:口 lilidiC∵lei懇
e scnhor do reinoo Maidou-lhe Assuero levantar um thl・ ono,pouco
inた ior ao seu; e por sua ordcm,quando assomava tt pol・ ta do pa“
1・

SL∬
FlL」 よ
爛」
鼻:Ψ oCI轟 :「 TЪ ∬itl『 ,° 1ド:%e靴 1‰ l

m卜 o.
Deね cto,Aman pretendia que estas hon13as lhe fossem dadas
° Fle諸 J:::│ト
como a uln deus. Os outFOS COrtezaos e O pOvo estiveram por tu_

dLTi轟 黒
出 吼
》q鵠 ∬鮮事 ぷ1ふ ぽ :鮒
dor dO Verdadeiro Dcus; llao era elle que lho dava mostras de res―

lildrl∫ 枇∬
蹴ldr:ぶ ∬∫ ,1思 ldrd∫ ‰淵]Odl

Mardoclleo,muitas vezes lhe perguntavam, se nlo temia ocahir na

よH掛 穐 ∬椰L露}r[1憮 I‖ l∫


―ZaF aS hOnras d市 inas,mas tambem por ter descobelヽ lo a ultima cons‐

『l∬ 蹴:0鮮 ad驚 :Th∫ 尊h∬ :lt:STel:li『 機


淋 :

° 。lalC孵 Olalpru雷 驚 苦話ぱ


∝Jtte出 乱漢FWer鳳 ド
rebeldes as ordens do soberano, iniIIligos dos deusos, e dos costumes
nacionaes. Quo o sOCegO publico exigia se acabasse quanlo antes

‖ト
脚哺Ⅷ鷲biギiu柵 ゞ
静 ボ
por Alllan,annue sem dcmoFa,aSSigna― se o decrelo de lllorte,pro‐
潔驚電 ‐
Ю
温∬:pl,c expedemse corrdo%para o puЫ ttar em

鮮囃 椰‖ 轍 l悸 :‖ itthI訛
Cttl品

mm肥 ¶:器‖
:総 胤謂 1:iluよ aTh∬ l:° 》 il諸

Respondel dandO aO o「lcial llm exemplar do decreto, pedind01110


:胤 ガ :

qlle o enIFegaSSe l l・ ainha, e lhe supplicasse da sua parte que fosse


SIi」
胤 lllll」 :」 lli.│口 1)11:l:iliё │:Ili[:籠 liOl∴ ││:::h£ ll!:Ilall
]1lle::Illlihlil:Iよ
::illinled:li露 │:lelll:d:証 til:l ilet∬ llnll。 l
pressamente chamado? Vai, disse ella ao o麟 cial,peligunia a Mal・ ‐

掛 騰爆j恵 《∬
li鼻 魯還領‖ギ
聯1齢

見1器 計
ゝ£ ulTλ 彎
:DttuJlle∬ Ч :鵬
bitttFttTT「
出 :
se ella tambem em oraO顧 o,jttuOu tres dias, c tendo― se recomlnen,
dado a Deus coⅡ l lagrinlas, vololl― se i Salva9証 o do seu povo。
Tres dlas depois,tomou Esther os seus vestidos lヽ eaos, e fol
apresenlar.se ao reio Acompanhavam― na duas de suas damas; uma
levava sua longa cauda, outra lbe dava o bra9o om que se reclina―
va. Chegando defronte da sala do rei, parou; o qllando se abrio a
DE PEnsEvEBANga. 39

pgrta , Assuero appareceu em seu throno, reveslido dos mantos reaes,


* toAo rulillante d'ottro e pedrarias. Ao ver alli Bsthcr sem sua
orclcm , encheu-se de indignagdo, e seus olhos fuzilaram de colera.
Esfher, espavorida, perde os sentidos nos brag'os de sua dama' Seu
beilo rlosro , desfalleciclo e immovel, revestio-se da palhdez da nor-
te. Assim o permittio Deus para mudar o coragiio d'Assuero. En'
ternecido , perturbado, desce do seu lhrono arrebatadamente , cgrre
a Esthcr, toma-a nos bragos, e nada poupa para a fazer tornar a
si. Que [ens, Bslhcr ? lhe diz elle , eu sou teu irmf,o , nao receies
na6a.- Ndo , nflo morreris , a ler que condemna a todos os demais nf,o
se ententle comtigo. Aproxirna-te e p6e a mf,o em rneu sceptro.
Bsther nflo tornaia a si ; o rei lhe pde o sceptro d'ouro n0 collo e
lhc diz : falla-me.- A estas palavras, a rainha recupera um p0uc0
os sentidos, apro.rima-se e heija a extremidade do sceptro ,' depois,
Ievantantlo os olhos para Assuero, diz-lhe balbuciente : Senhor , ofi-
gurou-se-me que ereis o Anjo de Deus , ufo pude supportar a Yos-
ia vista ; e dlto isto, tornou a desmaiar nos braggs de suas damas.
0 rei ria-se ent extrema perturbagdo, nada poupavA para soc-
c0rrer sua esposa , que p0r Iim recuperou perfeitamente os seni,idos.
Assuero, apenas a vio reslabelecida, rlisse-lhe : Bsther, W0 deselas?
que queres de mim ? Ainda quantlo peq,as a metade do meu reino ,
se [e-dara. Contentou-se ella cgm respontler : Se apraz ao rei , eu
Ihe peqo que venha hoje corn Aman lomar parte n'um banquete que
tenho clisposto. Foi logo acceile o conrite , e o rei se apresentou
com seu minislro_ no banquete cla raiuha. No meio da mesa , QUO
foi magnifica , pei'guntou outra vcz Assuero a Eslher se ella tinha
alguma cousa a pedirJhe. Bsther respondeu : Bu supplico ao rei
que venha aincla amanhfl com Aman lomar parte no meu banquete,
e eu farei entf,o a minha Petiqf,o.
Desvanecido com a honra que acabava de receber,voltou Aman para
sua casa, e a0 passar pela porta do palacio, alli lio aindalllardocheo,
que ficou sentado quando elle passava , sem fazer o menor movi-
mento. Foi pois contar a sua mulher e a seus amigos o fJue aca-
bava de lhe acontecer. A rainha. disse elle , convidou-ne para 0
seu banquete , a mim so e ao rei ; e amanltf hei de comer ainda
cqm elles ; mas tuclo isto e nflda em quauto eu vir aquelle Judeo,
40 CATECISI10
quo se nlo digna levantar― se, quando cu passOo sua llllilher e seus
amig05 rOSpOnderam_lhe: Manda fazer unla forca, d'altura de cin・
ooenta covadOs, O manda‐ o levantar nellao Agi・ adou o cOnselho a

:I:inieflililiSll(llllrca' 9 1980

0 0utro dia havia de ser Mardo・

Entretanto AssueFO,naO pOdendO pregar olL0 0m:0(la a noute,


conleOou a ler os annaes dos ullilnos an■ os dO seu reinadO. che‐
30u ao logar aonde MalodOclleo tinha descoberto a cOnspira9五 o inten‐

諸l(1)l:ILf[:lllaユミ
lll lal:::u::I11(lTrecompensa liecebera a`
Senho「 ,responderam seus OfFiciaes, O rei lhe mandou dar al‐
guns presollles no momenlo da inquielaclo publica,
■las foi tam
pouca cousa que iulgaram nao a〔 level・ escrevel。 .

Mal linhatt acabado de dizeF iS10, qualldo O rei, Ouvindo paレ


SOS, peFgun10u r Quem entrOu na antecamara? cOm efFeilo eniloava
AI;:nt』
llilldI:I::。 :helilllltlllliF perIIlisslo
nciaramフ de mandar enfOrcar
o 0 1・ ei o nlandoll entrar。
Chegando i prcsen9a d'Asslloro,este lhe disse: Que se deveね
zer
a um hOnlem, a quem O rei quer honraF d'uln n1010 especial? A‐

難 01at棚 :T犠 :∵ ltittl::撫


hil∬
1。 1輩
'謂 °
憮 i
OS Vossos mantos l・ eaes,montar o mesmo cava1lo, em qu0 0 rei
sahe nas solemnidades, p6r a coroa na cabeca, o O pri1110iro dOs
principes cla vossa corle, tirand0 0 cava1lo l redea, cOnduzira o
VOSSO valido polo meio da cidadO, clamando om alla voz: A∬
im
solti honrado aquelle, a quem O rei quizer hollrar. POis bem!res‐
ponde Assuero,apressa,te;tollla os llleus habitOs reaes, 0 0 meu
cavaHo lnimoso, e faze toda essa honra a MardOcheo, a esse Ju―
deo que esti a porta do palacioo NIo OIllittas cousa ncnhuma d0
que me aconselhaste.
E'facil cIつ er que a mOrlo custaria IIlenos a Aman do quc esia
o10flemo Mas era preciso appFOVar a delibera9瓢 o, 1・ ecalcar no cOra―

鶏ll∬ l『 :缶 ∫
1lw∬ Ъ
∬讐br穀 ‖
bicど 胤 ulal: n∴
cava1lo dO rei, cingio-lhe o diadcma, O tiloando O cavallo a redea,
clamava em alta voz pelas ruas:Assim seri honrado aquelle a quem o
DB PEASEVERANQA. il
rei.qulzer honrar. Quando Mardocheo tornou para a porta do pa-
Iaciol Aman [ratou tl'ir para sua casa com a cabeqa coberta, e cho'
rundo tle raiva. Beferio a sua mulher o amigos todo o succedido ,
e aincla bem nflo tinha acabado quando os officiaes do rei lhe vieram pe-
dir que cgmparecesse sem demoi:a n0 banquete da ralnha. Bntrou
ir presenga do rei, e com elle foi para 0 aposento cla rainha.
Bra a fesla magnifica? como a antecedente I e no fim da mesa,
Assuero , entleregando-se a Esther, disselhe : Que desejas pois do
mirn ? Quando fosse a metarle clo meu reino , obte[-a-hias.' Bsther
responcleu : Se achei graqa perante vds , 6 rei, nflo vos peQo mais
qu; a propria vida e a do meu p0Y0. Porque n6s estamos, eu e
meu poyo, votados f, morte , ie condemnados e proscriptos. Prou-
*ora i Deus que se contetttassem com nos vender , homens e mu-
ih.rer , c0m0 escravos I Poder-se-hia supportar o mal ; e eu me con-
tentaria com o chorar em segredo ; mas [anta crueldade , da parte
de nosso inimigo, recahe sobre 0 rei. Quem 6 esse inimigo ? per-
guntou Assuero espantado, e qual 6 seu poder, para que ouse fazer
iaes cousas ? Esther respondeu : Esl,e tam barbaro inimigo e Aman !
A estas palavras, {icou Aman estupefacto. Assuero, nfro podendo con-
ter-se , iahiu d'alli por um instante. Aman entretanto cahe ao$ p6s
tla rainha, supplicandoJhe que lhe obtivesse a vida. 0 rei entra,
e' seus ofliciaes Cobrem com um veo O rosto d'Aman, para tirar este
odioso objecto da vista de seu amo. Um d'en[re elles disse em alta
vgz : IIa em casa d'Aman uma forca, d'allura de cincoenta covados,
que elle tinha mandado preparar para Mardocheo, que salvou a vi-
da do rei. Ide, enforcai-o nella , disse Assuero. A ordem execu-
tou-se, e o rei satisfez sua Colera. Tal foi a sorte d'Aman; sorte di'
gna d'un) impio, que levott a sua vaidade a ponto de se julgar uma
diuindad* ! A morte d'Aman 6 tambem um exemplo terrivel da jus-
tiqa 6e Deus , contra 0s perseguitlores da innocenoia ; e um illustre
monurnento cla sua bondade para com seus adoradores, quando, nO
ueig dos perigos , se lembram que elle 6 seu Pai, e con[iam em sua
protec-cfl0.
Todavia era isto apenas o proemio de seus favores. A' grali-
ddo de seu poYo, que cantaYa publicamente os seus louvores, tro
meio d'uma cidade itlolatra, e sobreludo a virtude d'Esther que , ?

UI
I

&z carECIsro.
ssn reseryar nada para si, referia a0 senhor gloria de tantas
a
{
maravilhas , moveu-o a pdr o remate sua bondade, pelos mais as:
signalados beneficios. Assuero deu ir rainha todos or brn, d,Aman,
e nomeou a Mardoeheo seu primeiro minislro, Eslher, da sua parte,
confiou a seu tio a superintendencia de sua casa oepois, Iangando-
;
se aos p6s do rei, supplicou-lhe com lusiir;; a revogagf,o do de-
creto contra os Judeos, o que n0 mesmo instante lhe foi concedido.
Por um segun{l_o decreto, publicado em todas as provincias, nflo s6
se pozeram 0s Judeos a coberto de todo o insulto, mas at6 os
[e-
miam e respeitavam em todo o imperio r por causa tl,Esther etle
Mardocheo.
Eis como a Providencia curava de seu poyo, e conduzia a mo-
narchia tla Persia ao desempenho da sua missdo. Tudo isto se fa-
zia em attengf,o ao Messias, que devia nascer do povo cl,Israel. Bis
c0m0 todos os successos, ainda os que parecem m-enos importantes,
se-tornam magnificos em suas relag-0., ,o^ o plano geral do Al-
tissimo, ua reparagf,o do genero humauo I
Peaetrados de- gratidf,o por tantos beneficios , consagraram os
Judeos, por uma festa perpetua, a memoria de seu livra-mento. A
vigilia desle dia era de jejum geral , effi rembranga da morte com
que foram ameagados. o dia da festafassava-se 0m cantar 0s psal-
uos, e em fazer seus honestos banquetes , d,onde mandavam uns
aos outros og mimos que tinham preparados. Havia sobretudo gran-
de cuidado em dar aos pobres da nagflo pequenos presentes, pem
que podessem ter parte na festa. Terno exemplo de charidade quo
,
observavam litteralmeute os christflos dos primeiros seculos, mas
que nem sempre seus filhos imil,am !

'

oBaqf,o.
-oa--t--

O' meu Deus ! que sois todo amor, eu vos dou graqas por [er-
des conservado milagrosamente o vosso povo, e preparado desta sor-
te o reino do Messias; fazei poir que tenhamos em v6s como Es-
,
DE PEAsEVEnANga. &3

ther e Mardocheo , inteira conlianga nos perigos, e profunda grati-


dfio nos beneficios.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas, e ao proximo
comg a mim mesmg por amgr de Deus; e, em testemunho deste amor,
repsl;rr; mwitas uezei esta orapdo : 0' ods que sots tnqnso e hu,mil'
d; ile corogdl, Ine'ut doce tresws, tende piedade de mim.

XLIX.' LIqa0.

O■■71ESSIAS PREPARADO.

Terceira monarchia predita por Daniel. - A monarchia dos gregos. -


Sua missdo. - Proprgagdo da lingut grega por todo o mundo. - Pas'
sagem d'Alexandre ao Oriente. : Jura exterminar os juder$.
r- Deus
lh; muda o
corag[0. A monarchia grega attraho os judeus a todas
-
as parles do mundo. DA a couhecer os IiVTOS 5antos.
- Assegura
-
sua authenticidade. - Missflo tlos Romanos.

As liqOes precedeutes nos lizeram vOr cono se cumpriranr as duas


primeiras intengOes da Providencia ,
relativas f, preparaQfio do ltles-
iias ; isto ,
6 que o poYo Judaico seria o depositario privrlegiado da
grande promessa do Libertador e da Rehgifio Santa ; que o ]llessias
nasceria deste poyo na Judea e na familia de Davitl.
Tambem estava determinado nos conselhos do Altissimo que O
reino do Messias , isto 6 , 0 Evangelho , se propagaria rapidamento
d'uma a outra extremidade do mundo. lllostraremos agora cle que
maneira os successos particulares do poYo judaico, bem como o ter-
ceiro imperio preclito por Daniel , concorreram para a execugflo des-
to terceiro decreto do Todo Poderoso
CATECISM0
`こ
Tinha Deus suscitado o impel・ io da persia palta livrar scu 10v0
do capliveiro dO Babylonia, e restabelecel― o na posse da Ju(lea. Os
reis Persas, qlligi seln Oも aberomち 'tinham lelmento cumploidO a
oonllniss10 dO:sOberanO senhOr de todas as cOusas. Esiava a Judea
de nOvO povoa(la pOr stus antigos habitantes, reedincada Jerusalem
o o temploo A' soIIlblia da monarchia peFSiCa, multiplicaltam― se os
Jndeas,cOnsolidaranl― se e llzeram― se uma nacao fOli19, 1'iCa, o10‐
rescente. Tendo assim cuIIllprido a sua missao, entregou Dous o im―
perio da Persia nas maos dOs Gregoso Esta nova l・ evolu9額 o til〕 ha
aillda por fIIIl a futul・ a obra do llessias, preparando de longe o ca―
minho・ ao EvangelhO。
Temos a p130va aSsim na proた cia de Daniel como na histoltia de
Alexandi・ e e seus successores。 O que distingue,na vista do Pl・ Oplle―
nll11latim:″ p‖
1;:′ lite勝 ‖
:l甘 ↓ ;;Rel」:u:2ι iloeり ;1霧 :;esi,││lini
Jθ α tι タ
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θOf,α ″′θ , ・
9γ θ `Oη λα αθが″3α Jθ sグ タ2`α ι夕ο αZα S θθπ O αs Jθ
lι 鶴″αSSα rο : ι
伽んαθs′ θα ぼ%α ′92ι α ′rο cα ろ αs, θο″θ ″θ
r′ んθ/OJ
Jα ′θ。(1)MaiS adiante continua Daniel a descrever A!exandro, e

expriIIle― se dosie modO: FsJα υ α θ α′ ιθ
κ′θ αο ク θυ′ tι α, 71ι α θυθ Jθ

′θ θθ θグル "θごθ
2協 bο ごθ∫ Jθ tt α ι r夕・
'3′
θbrθ α ル θ θ α,θ ηαO α ―
"`θ
θαυα θ θη〕θ s ″あ。rθ r“ θ θs′ θ ら
θ ″θ θ ″θ
″′ ttα θ′ θ ′″α θ, `θ θ ,

み αυ θあ cFθ sθ ,α brθ "_sθ sθ sθ α


ダ鶴 ル ο
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s, oO′“
"―
夕θ cθ r“ θ αごο
′ s ′αrα θ S g“ α ″
′ο υθ η′ θ∫ ごο
cco. (2)
Nestes dous caracleres cle rapidez e extensilo estfi designatla a
naluresa e missdo providencial clo imperio dos Gregos. A historia
nos vai explicar isto claramenle , e confirrna[ com os factos a pre-
digflo do Propheta.
a
7.o monarchia tlos Gregos aplanou o eaminho ao Evangelho,
,
vulgarisando no oricnte a Iingua grega isto d a lingua em que
,
o Bvangelho havia de ser annunciado. Por este mcio preparaya Deus

(1)
I)an. YI[, 0.
(2)
Id. YIII, 5, 8.
- cumpre v0r nos Padres e interpretes com que
admiravel cxactidlo todas estas feigOcs conveem a Alexandre e ao impe-
rid dos Grcgos, de quc c o fundrrdor. Corn. a Lapul . in Dun.
DE 'ERSEVERANoA. b


盤:i群 稔:Tr棚 ::∵ 1lsCit器
Vede cOIll10 Sa nlanihsta daram( hllicilll'Pividl‖illlelI
humanOS Calculos,a passa゛ md'AlexandFe a0 0riente deveria tranS‐
41:‖
∬∫
覇 lllllil:ξ l∫ Pよ :::i RIl∫ lel:: llZ∬a」lilざ esIIiel::
d蹴 S朧
滞 露l∬ L汎 1¶
鐸 撫 ∬ :職[撫 嶋ndo p6r corcO
a, tanl grande el'a a
a TyF∝ h01ゝ
tocar a terl・

eSI:z::Ⅷ Fttdtr:∬ 蔵ade.


1宙 Dosde o fundo do SuaS mu‐
乱 lll『 ∬
alllas enViO■ O terloiVc1 0onquistador seus elllissarios, para intilllar
]・
―lhe soccOrrOS.
os Jutleos a Subnletter― se ao seu donlinio, e cllvial・

Ilrllll°「 ::│:罰 :ltl‖ ::


:leIIll:Sf313:lliST:IIndlil∫ :111al qI:Fill1111。
xantlre. lllal qlle reduZiu Tyro, marcholl cOntra JcFuSalem, ltesOluto
idade.
a daF alli urll Seguntlo exemp10 da sua sevelう
QualldO avanoafa para cXterminar a na91o sallta, o Summo
PontiliCe JadllS rCCOfl・ eu ao soccOl°
rO de Deus; ordellou ora96es pu‐
blicas, 0 0fftDrecetl saCrirlciOs, pal・
a implorar seu auxiliOo Deus ve‐
omessa
lava na co■ servagtto dO seu povO, e no cumpriIIlento da pl・
do lleSSias, que delle haVia do nascer. Appareceu em SOnho ao
0‰ a精
l:Wl鵬 驚 s° I!T:胤 lhll∬ is∬ 1蝋 :Tλ 還 織 ::

suas vestes pOnti「 lCaes, ao encOntro d'Aloxandre, senl nada tOmer

職 榊 f駆 [・ む
SaCFiflCadores e mais lllinistros, 靖
[維 請 憮

cidade at6 uln logal・ elevado, donde se doscobria a cidade e O telll‐


plo de Jerusalem,こ d'ani esperaram a ChOま da dё Alexandr争
QuandO SOuberaIIl que se aproxiinava, lodo O poV0 1hO foi ao
O■ contro, oOm a pompa e maghincencia q■ e diSSemos: IInpressio‐
■Ou― se Alexalldre conl a vista do SummO POntifiCe,cingido dO seu 6phod,
oom sua theaFa na Cabe,a, e ■o peitO a lalllina d'ouFO, Onde esta‐

va escriplo o llome de Dё usi Chelo de respeilo,inolino■ so o oonquista‐

{6 err,Ecrsilo
dor diante tlo Pontil'rce e sautlou-o com religiosa veneragf,o.
Ndo,ise p6cle
dizer qual foi 0 pasmo de todos 0s crrcumstantes
; nrio podiam 66r o que
viam, nem achavam rasflo de tflo inesperada mutlanga, parmenio
un dos confidentes do principe, perguntou-lhe, c0rn0 aclorava o sum-,
mo Pontifice , elle que e'a adorado de lodo munclo
o ! Nfro 6 o
summo Pontifice que eu acroro , respondeu Arerancrie, mas
o Deus
de quem 6 ministro. Quantro eu estava na Macecronia
,
do na conquista da Persia , este mesm, homem c,m estes mesm.s
meditan-

hahitos , D0 appareceu em sonho e me assegurou que


,
, o seu Deus
iria comigo , e me faria victorioso tlos Pelsas. ttesie que avistei
este sacertlote, reconheci-o pelas suas vcstes, e feig6es de
seu rosto.
Niio posso pois duvidar que esta guerra nflo tenha siclo emprehen4i-
da pelas ordens e sob a tlirecqdo tlo Deus , que elle adora. B, po,
isso que lhe rendo hornenagem na pessoa dc seu pontifice.
Depois d'isto abraqou Alexanclre Jadus e enlrou enr Jerusalem,
,
e n0 templo , onde offereceu sacrificios a Deus , do moclo que o
Suntmo Pontifice lhe inclicou. Illostrararn-lhe as prophecias de Da-
niel, gu'e annunciavam que o inrperio clos Persas seria flestruido por
um rei da Grecia. Alexandre , transportatlo tl'alegr.ia e admiragio
,
concedeu aos Judeos tudo que Ihe pediram.
o imperio d'Alexandre , cujo fin era facilitar a pregagf,o do
Evangelho , divulgantlo e dilatantlo o conhecimento da lingui dr.gr,
eslcndeu-se por c.onsequencia nruito mais que 0 dos persas. Al6m
d'uma grancle parte tla Africa, comprehendia elle tudo 0 .clue fica
entle o Ganges e o lllar Adriatico. A providencia, que tinha es-
colhido Alexantlre para instrumento de seus clesignios, acabada gue
foi sua missflo , tirou-o do mundo. Estava predito que se dividiria
o seu imperio ; e de seus restos se formariam quatro imperios n0-
yos : tudo isto se cumpriu sem discrepancia
alguma.
2.o A monarchia dos Gregos aplanou o caminho ao Evangelho
attrahindo os Judeos a todas as partes do muntlo. Ji porque muitos
se alistaram no exercito d'Alexanclre , e o seguiriam .* ,rm con-
quistas ; ja porque no reinado de seus successores isto 6 pOr es-
, ,
palo de quasi duzentos annos , os Jucleos'se disseminara* po. todo
o 0r'iente, Ievados das promessas , favores , e vantajosos empregos,
que por toda a parte lhes faziaru os principes Gregos poi causa
;

DE PEnSEVIIRANqa. L7

de sua inviolavel fideliclade a seus soberanos. Dest'arte se estabe-


leceram em toda a extensfio {o grande imperio ; e 6 claro que ndo
foi sem designio notorio da Providencia , {u0 os Jutleos , tam afer'
rados antes 6 sua patria, se dispersaram assim por ql.ti todas as
provincias clo Oriente. Novos missionarios, prdgavam elles o verda-
deiro Deus a estes differentes p0v0s, e assim os preparavam tle
longe para receber um dia a luz do Evangelho. O que ainda admi-
ru irrit e, -que 0 cgmmercio clas na96cs, que outr'ora lhes era tam
perigoso , agora os lornava l,anto mais zelosos pelo verdadeiro
culto,
u ,uir aferiaclos i sua lei. Por este modo dispunha a Proviclencia todas
as cousas para facilitar a execugf,o da grande obra da RedemPgfo
tlo muntlo.
3." A monarchia dos Gregos aplanou 0 caminho ao Evangelho,
is-
tornando celebres e conhecidos das naq6es os livros dos Judeos,
to 6, llloises e os Prophetas. Bis aqui de que modo se realisou esle

facto cla prinreira importancia. Ptolomeu Philadelpho, rei d'um tlos


qual,ro ,oino* formacios dos restos do imperio de Alexandre, acabava
.iu subir ao lhrono. Pertenciam a sua corda , entre outras provin-
cias, o Eglpto, de que Alexanclria era a capital. T_*tu .principe '
amador dai sciencias e litteratura , estabeleceu n'aquella cidade
uma
rica bibli6theca , aoncle cleposit6u , trazidos de todas as parl'es do
mundo, os mais rar0s e curiosos livros que ent6o existiam; e logo
se tornou esta bibliotheca o ponto tle reuniflo dos sabios do ori
ente e do Occidente. Constando pois a Ptolomeo que os Judeos tinham
Iivros, que cunlinham as leis de 1]Iois6s, e a historia d'aquelle povo,
concebeu o designio os mandar traduzir tlo hebraico em grego '
-a de
para enriquecer sua biblio[heca. Bnderegou-se a0 Summo Ponti-
hce Bleazir , que tinha succedido a Jadus. Partiram 0s embaixa-
. dores para a Judea, portadores d'uma obsequiosa carta e magnifr-
cos presentes. Forarn recebidos com as maiores honras , e obtiveram
sem difficuldade o que o rei Pedia.
Bntregou-lhes Bleazar uma copia exacta da lei de Mois6s, 0s-
cripta em letras d'ouro, 0 0 fez acompanhar de seis ancif,os tle ca-
da tribu, para a traduzir em grego. Ptolomeo encheu estes setenta
e dous interpretes d'obsequiosos signaes d'amizade ; mandouJhes pre-
pal'ar uma gasa, e prgYel-ot de tudo 0 que precisassem' llletteram

48 CATECISM0
elles m瓢 os贔 obra,o om pouco tempo a concluiram: esta 6 a cba‐
madaル rsα ο′θs Sθ ′
θη′
α.Foi lida e appro、rada eln presenOa do
rei, quc adlllirou sobre tudo a profunda sabedoria das Leis de MOi‐
s6s, e despodio os interpretes conl ricos preselltes, para elles e pa―
ra o lelnplo de Jerusalem。
4.° A monarchia dos Gregos aplano■ o caminho ao EvangelhO,
lornanclo incOntestavel a antiguidade, e authenticidade das p130pheCias
e mais livros sagrados.
Deduz― se esta proposi9履 o da traduc95o dos livl・ Os que acabamos
de referir. E'cel・ lo que,no reinado de Ptolomeo, muito antes d0
nascilnento do Jesu― Chrisio, fe2-Se nO Egyplo unla velis=o gltegi dOs
Livros Santos: esia verslo ainda a possuilllos. TOdaS as prophecias
que nella se cOntelll, e que acinla citamos, a liespeito dO IIessias,
S10 pOr tanto incontcstavelmente anteriol・ es ao Evangellloo NIo s6
a sua existencia,oomO tambem a sua publici(lade, preCOderam mui―
los seclllos os successos de que sao O覇 ectOo Dolllais,an(lando nas
mlos das na96es pagas a tFaduCoao dOs livrOs santos, el・ a il■ pOssi_
vel aos Judeos alterar o Antigo Testamento, ou apagar dene o que
respeilava a0 11essias. .
D'est'al・ le o resultado da Versao dos selenta foi tornaF inCOncus‐
sas a authenticidade e publicidade do livro divino, do qual ca(la pa―
gina annuncia o PIe,sias; e este 6 um dos nlais preciOsos beneli_
cios da terceira monarchia predita por Danid.Quem n5o vё da―
ramellte que era este o principal designlo cle Deus, entregando aos
Gregos todo 0 0riente, o oo■ servando‐ os cIII slla pOsse nao obstan_
te suas dissidencias? Comprellende‐ se logo serll custo, qual´ fo1 0
mot市 o por quo O imperio dos Persas cedeu ao dos Gregos,cuja lin―
gua se vulgarizou entre aquelles povos suttugadOS; este lnoliv0 6
ovidentemente a prepara9履 o para a prё gacao do Evangelho, que se
tornava facil por este lado; e estlDeitar, por esta corllllllini(!ade de lin‐
gua, a unlao de tantos povos em a mesma sOcicdade, a mesnla dou‐
tFina 0 0 mesmo o■ 110。 (1)

(t)
m u

S. Jof;o Chrysostomo, Bomil. Iy, Genes. , considera como


ed

um dos maiores milagres da providencia,


um rei barbaro, estranho


{ verdadeira Behgifro, inimigo da yerdade


povo de Deus , nrandas-


DE PEBsEvERANga. {9
Quando a monarchia Grega acabou a sua missf,o , Detis a sub-
mergio n0 occeano immenso do imperio Romano.
Bis o ul[irno e mais lerrivcl dos quatro imperios entrevislos por
Daniel desde o fundo dos seculos. Qual sera a sua missfio ? Bsta-
va predito que o reino do lllessias se estabeleqeria rapitlamente por
totla a terra , e que 0 mesmo 1llessias nasceria em Bethlem, quando
o poder soberano sahisse definitivamente da tribu de Juda. O im-
perio Bomano 6 o encarregado do cumprir este decreto nas suas duas
partes.
Quanto f, prirneira, nf,o baslava que 0s Judeos, preparadores
evangclicos , depois da passagem cl'Alexandt'e , se espalhassern pclo
Oriente e Occidente ; que a Iluropa , Afi'ica, e Asia , entendendo a
lingua grega, potlessem ser instruidas sem difficuldarie por estes mes-
mos lromens ; rmportava ainda facilitar aos Apostolos da Boa Nova
uma livre circulagfo d'uma a ottlra extremidade tlo mundo ; releva-
ya por ultimo que o genero humano formasse unl sd c0rp0 , para,
que fosse promptamente animado d'um s6 e mesrno espirito.
0r'a, abrir por toda a parte espagosas estradas, apagar [odas as
nacionaliclades, derribar todos 0s mtlt:os do separ:agf,o que tlividiam
os di{ferentes p0y0s, nivelar o solo , formar de toelas as nag0es uula

se trartuzir a ltrscriptura em Grego, e assim divulgasse o conhecimento


da verdadc por todas as nag6es do ntundo. S Agostinho diz o mesmo.
De Doctr, christ. lih. II , c. 15, e SeTm.XLYIII in Joan. "'OsJurleos,
diz elle, por invela ou escrupulo, uiio queriam contmunicar aos cslran-
geiros as Escripturas Santas ; serrlo-se Deus d'urn rei idolatra , parft
grangcar esta vautngent aos povos genl,ios. ,, Libri qu08 gens iuduc
caterds populis wl religione, ael tnttirlio , prodere nolebant creddturi,s
per }omi,num gentr,bus, ministra reqis Ptolemoei potestate tanlo ante
gtraditi suttt. " Que faltarir 6 auctoridade dcsla Yersiio, dis S. Hilario,
tlilar. in Psalnr. II; vitle e[ Euscb. Prepart. lib. XIII, c. 1. - que foi
feita antes da vinda de Jesu-Christo, crn temp0 que os lratluctorcs sfio
insuspeitos dc ter querido Iisongear aquelle, que uestes livros 6 annun-
ciado ; nem podem accusar-se d'ignorancia, scndo como cram priocipes e
doutorcs da Synagoga , instruidos na mais prolunda dcutrina do l[essias,
e rcvcstitlos de totla a austoridadc que c.onvcnLl aos doutores cl'Isracl ? ,,
30 cATECiS血 0
unidade matorial, reunindo― as sOb um scepl10o unico,cstabelecor em
lm uma paz univeltsal,que permittisse peltcol・ reF Sem Obstaculo a

務ぷ
∬続i鷲磁
舷踊勁ガ場粥1哨罐
:I鶴 『‰∫
窯 減毬¶
『∬盤‖朧甘
織鰐蹴`孵 :海
D D D

II, 40。

VII,7.

XI, こ1,
-1

DE PERSEVERANoA. 51

Bethlem.
Faltava cumprir a segullda parte do decreto divino, em virtude

rを勒職∫ 欄酔 繊T榊囃
熙v胞 響椰∫
響 l頸 藷
i欄熱 iI}構
椰疑:W憫翼 ∬嶋∬11騨 秘
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rlettllT'elePrwan彙 CilWFttalont孟
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ain(la encarl・egado de verllcar esta ullima circurnstancia. Joseph e
Mal・ ia, habitam clll Nazaltetho Sua pobreza, o rigor da estacao, a
l駐SLI彙 dltrv:°
tlllldttellaξ ::rti∫ 、Qll1011pσ Ъelslmlifr∬ 1::


b2 CATECISMo
paiXOes dbs Lomens pal・ a cul.priF SeuS designios, apFOVeita―
so d'u lll
caprich0 0u fuulo de vaidade e cObiga d'Augusto,pari dar a llllima
・ Cl° dwOni
li『 覗 llaC罵 :∫ ∬ 胤 1:S∬ ‖ 慧 密 eFllT∫ ell胤
lnlporlo, a apresentar― se no lugar ol・ igillario de sua casa,para ahi
se fazel・ em inscrever nOs registros publicos. JOseph e.Mal'ia partenl
paFa Bethlem,Os Oraculos culnpl・ em― se,e Augusto, som osaber,fOi,
oOmo NabuchOdOnosOr,Cyro O AlcKlndl・ e,o ministro 、 subalterno, 0
humilde servO dO To(10 POdcrosO. Eis cOmo Deus faz collC01treF OS
suQcessos o Os impeloios I〕 ara a」 ol・ ia dO Messias e estabelecilnenlo d0
seu reino olerno。
Terlninerl10s a hisloria clesta prepara910 eval〕 gclica tam cheia
de grantleza c Hlagestade, por unla reflex=O propria a nos e10vaF 0
espirito e ellcher‐ nos o 00Fa9瓢 O dO devoO瓢 0 0 pledadoo os alllilol・ es
prophanos teem atti・ ibuido O nascilnento O qlleda tlas monarchias,
as mais poderosas que se conhcceram nO mundO, l habilidade, cO_
rageIIl,Ou defeitos pessoaes de seus illlperadorese Nisto n額
0 ねzem
mais que perceber a causa apparente;mas os Prophetas levaram
mais longe as suas wistas: vil'am o grando Deus que reina no lllais
alto dos ceos, sustentando na m瓢 o as redeas de todOs Os iFllpel・
ios,
e servindo― se das paixoes, virtudeS e viciOs dOs reis e dOs pOvOs,・
pal・ a efFectuaF O Seu grande dcsigniO, a salva91o (lo gelloro hllnta‐

■0,″ θ
′θθ
∫′αbθ ′
θθグ
鶴θ竹 dO rcino de Jesu― ChloistO。 0:・ a, Deus ainda
nlo abdlcOu ; 6 elle ainda
`θ que dirige todos os sucOessos, 10das as
revol口 9oes queた licitaIIl ou sllbvortem o mundo, Oxallam 6u derri―
bam os cOnquistadores, para o seu gl・ ande dcsigniO, a salvaO履 O d0
ρθ
′αθ
θηsθ ″
υααθ θ ″rOpα ′α
′ βα9 dO reino dO seu
cilill.1lulllano,

{tscBAqf,o.
O' meu Dcus ! que sois todo amor, eu vos dou gragas por,
tudo 0 que tendes feito para minha salvaqflo. E' pois r.ertlade 6
,
DE PERSEVERANCA。 b3

meu Dclls,que dOsde o principio do mundo,「 :udo se faz poF amOF


de Josu― Christo,meu Salvadol・ ;mas este mesmo SalvadoF 6 para
mim,e eu para vos.
Eu protesto amaFユ .Deus sobFe tOdas as ooFsas, C ao pl・ oximo
001110 a mirn llles■ ol)Or amol。 (le Deus; o, em tcstemunho deste amol。 ,

4`7σ ′・
'α夕θ
J θ ′
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s stι θθ∫ OSSα ′
Sθ S α υ lio′ P″ θυ
グ ,lθ 滋
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'Pι "α

I`.R LIC10。

O bIESSIAS PREPARADO.

Provagdes destinadas a pur:ificar os Judeos e a lhes fazerdese,.;ar e reeorrhe-


'a-coutotlo
cer 0 Itlessias. -- Ileleodoro de varas, Annuncia elle o
poder do verdadeiro Deus. - O santo vclho
-
Eleazar ; seu martyrto.
-
Ilisl,oria dos $lachabeos, seu marlyrio.

Errooo feita no Oriente a preparagf,o cvangclica ,


pelas clifferentes
;
dispers6es dos Judeos em Ninive e Babilonia tlepois n0 mundo l,o-
do, pelas conquistas d'Alexandre. Por todos estes successos tornara-
se geral o conhecimcnto do Meisias. 0ra, para que se uf,o enfra-
quecesse entre as nagdes, mas antes se fizesse mais lucido e uni-
versal , permittio a Provideqcia que ,
durante os tres seculos que
precederam a vinda do grande Libertador, estivessem os Gentros
por toda a parte em conlacto com 0s Judeos da Palestina. Daqui
vem as guerras continuas intentatlas contra este povo jA pelos
, ,
successores d'Alexandre,' ji
pelo impcrio Romano.
Nos tlesignios de Deus, ainda tinham estas guerras outro fim.
Dispunlram ellas os Judeos para a proxirna vinda do Messias; eram
pr'ovas cluras e arduas , destinadas a purificar cada vez mais o p0-
ro Jutlaico, dando-lhes a santidade convenienle f, digna recepgfio tlo
54 carucrsuo
Messias, e as necessarias luzes para reconhecerem este Dcsejado tlas
Nagoes. B' certo que os coragOes puros veem mais claramente a
verdade, {u0 aquelles aoude se condensam as trevas clo vicio e 6
isto para os homens virtuosos um glorioso privilegio
;
, QUo faz desde
esta vida uma parte da sua recompensa,
Demais, es[as guerras injustas e Oontinuas, estas nf,o interrgm-
pidas vexagOcs , tendiam maravilhosamente a excitar nos animos
o ancioso e vivo desejo do libertarlor. Trazentlo a terra a verflatle
e a jusliga , devia 0 verdadc,iro Salomlio banir com 0 tempo a tr-
rannia e a injustiga , e fazw tle todos os homens um sd p0v0 d'ir-
mdos. A desgraqa foi que os Phariscos, cegos pelo orgulho, falsea-
ram as Prophecias, 0 entenderam a g'loria, potler , e triumphos tlo
Christo em um senlido carnal e grosseiro. A Providcncia nada ti-
nha esquecitlo para prevenir este funesto erro , nem foram victimas
delle os Judeos humildes e doceis. Dando As prophecias sua ycr,-
dadeira significagf,o, recouheceram pelo trIessias, promettido a0 ggne-
ro humano, o humilde menino de Bethlem.
Como nos nfro e possivel referir toda a historia tlestes ultirnos
seculos do mundo anligo, limitar-nos-hemos a alguns factos que.nos
mostram claramente a continuagflo da actividade tlivina , assim nos
Judeos como nos Gentios, para 0s dispor ao proximo arlvenlo do Re-
demptor do mundo.
o primeiro destes factos e o de Ileleodoro. Que cousa mais
apta que a notoria punigfo deste profanador e seu testemunho pes-
soal, para recordar 6s nagOes a existencia do Deus d'Israel , e a
verdade da sua Religido, cujo artigo fundamental era a espectaq,flo
do Illessias ?
seleuco , rei da svria, resolvera empolgar os thesouros do [em-
plo de Jerusalem. Para levar a cabo esta sacrilega empreza? elegeu
'
Heliodoro , inteudente de suas tinanqas. Partio elle, na execug[o das
ordens de seu amo . apparentarido nfio ter outro desiguio que 0 de
visitar o governo da Judea.. . Chegando a Jerusalem , o summo Sa-
cerdote Onias, tam respectuoso com o seu rei c0m0 fiel ao seu f)eus,
fez que o recebessem com toda a sorte d'honras e obsequios. 0 mi-
nistro porem n6o tartlou a se explicar dcerca da commissflo que tra-
Dt PERSEVEBANQA. 55

,ta; e tleclarou que viuha da parle do rei exigir a entrega dos the‐
Eouros do templo.
Onias repliesentou-lhe quo o dinheiFO que Se guardava na casa
do Senbor el・ am depositos consagrados a subslstencia de orphaos e
viuvase Commovel'am pouco a Ⅱeleodoro estas observa96es do Pon―
jAce,e dando a vonttde do rd o hgar da raslo o dai酬 a,asSi‐
gnou-lhe dia Pal・ a se apltoselltar no temp!o. Espalhando― Se por Je‐

rusalem a nova desta sacrilega tentativa, n5o se ouvia poF tOda a
palite sonlo gritos e pavol・ oSOS alaridos. Os sacerdotes, FeVeSti(los
das vestes sacerdotaes, prosternam― se ao pё do altar, e nesta humiト
de posiOao, d晨 O vOzes ao Senhor qlle se digne soccorrer o seu tenl‐
plo。 Os ci(ladaos igtlalIIlcnte a∬ lictos , e unidos ■o ardor dos
mesmos votos,マ lo em mullid6es coniurar O SenhoF,que livre sua
santa lnorada cle sacrilegos desacalos. As mulheres, vestilldo aspe―
ros cilicios,andam em tulobas pelas ruas;as mesmas wirgens,reclト
sas no :。 ecinto do templo, creem ter obriga95o de sahiF; umaS diri‐
gem― se ao summo Pontilice,outras correm as muralhas;as mais ti―
lllidas contentalll― se COm 0111ar, desdo o seu retiro,qual sera o exit。
deste succosso? Todos em lm,oom as mlos erguidas palia o Ceo,
dirigem ao Scnhol・ seus gemidos e oracOes. No meio da geral ooll―
如slo,o Sullamo Pontilice mostra ulll rosto tam consternado que se
l1lo podo ver sem profunda lllagoa.
Entretanto, apertava Ⅱeleodoro conl a sua exigenciac Ji estava
a porta do thesoul・ o, cercado d'uma multid5o de salelites, que se dis―
punham para Ю aFr6mbar. QuandO porem tu(lo parecia senl remedio,
ostento■ o SenhoF OS reCursos da sua omnipotencia。 Os indignos es―
cravos que se prestaralrl a coadり uvaF O inlpio designio de seu che‐
fe,た ridos rel〕 entinamente da mao de Deus,cahem sem accordo uns
por cima dos outros, ou dlo em fugir espavoridose Viralll appare“
cer-lhes umた ro cavallo,Illagnilcamente adereoadO, em que mo■ ta―
va um cavalleiro de temeroso aspecto,e cuias armas, tam deslum―
rantes eloam que pareciam d'ouFO refulgentee O cava1lo, alohndo
1〕

impetuosamellto contra Ⅱ eleodo「 o,fel・ e― o oom as,alas e o derriba


em tel・ rao Entlo tlous nlallcebos, de.magestosa presbl19a, resplande‐
cendo (le gloria e ricamente vestidos, chegam― se ao profanador, ar―
mados d'a9outes,c seln piedade o azorragame Ⅱeloodoro, ooberto
36 GATECISMo
tle feridas, e envolvido em espessas trevas , d estendido sobr.e uma
mesa e levatlo para fora tlo sagrado recinto. onclc muito tenrpo este-
ve c0m0 morlo , scm dar accordo lrcm sigual de rida. Atlmirarel
juizo cle Deus , {u0 ordena que 0 lemerario , que enlrou sua mora-
da santa com apparato de triurnpho , della saia cheio de confu-
sf,o , sem que ninguem o livre dos golpes do omnipotente
, sacri-
legamente insultado; ligflo tamliem importante a0s profanatlores e
validos dos reis, que a uns ensina que respeito devem as cousas
saulas ; a outros , que obrigagflo teem dc resistir com resperto , nas
invencivel liberdade, a clecretos sacrilegos , e impios manclatos.
Ern quanto Ileleodoro desfallecia no rnisero estaclo a que 0 re-
duzira sua rrnpiedade, passaram os Judeos tle repente. da mais pro-
funda tlor ao cumulo da maior alegria : reluurbava 0 ternplo com
hymnos e cauticos em acgf,o de graqas. Davam-se pDrem 0s anii-
gos de lleleodoro a outros cuidatlos ; por quaillo, niio aclianilo renrc-
dio algunr a um nral que viera do Ceo, supplicararu a Gnias , qrre
intercedesse com o Senhor, para que se dignasse corlscr.yar a vida
aquelle que estava proximo a exhalar o ultimo suspiro.
Onias consitlet'ando, que se lleleodor0 urortesse, nlo deixaria o
rei tle suspeitar nralisia da parte dos Judeos, e imputar-lhes a mor-
te dc seu euviado, olfereceu a0 Senhor , pela sautle do moribundc ,
uura hostia de propiciaq,[0. Importava tambem , t]cs designios da
Provrdencia, que 0s Gentios conhecesscm cada \ez mais 0 Deus
d'lsrael , experimenlando o valor de suas ail]eagas e de suas promes-
sas , das quaes o Liber[ador do mundo era a primeira e a mais es-
sencial. Que cousa nais conforme a este divino plano, do que 0
dar tcslenrunho 0 mesmo Ileleodoro, tle todas estas couqas , e da
omuipotencia do Deus d'Israel , depois de a ler provado por dous
rnilagres incontes[aveis, taes como os do seu casligo e cla sua cura ?
Accedeu pois o Senhor is supplicas do Pontifice ; mas nflo quiz
gue o culpado ignorasse a quem tlevia sua salvagiro. Agradece a
Onias, disseram os mesmos Anjos a Ilelcodoro ; por causa deile e
que 0 Senhor te concede a vitla. Pela tua par'te , casligado por 0r-
dem do verdadeiro Deus, niro te esqucqas d'annun.ciar, mesmo no
meio clas nagdes idolatras, qual 6 o seu poder , a sua verdade , e
todos 0s seus prodigios, Luminssas palavras, {ue nos mostram
-
n

DE PERSEVERANoA. 07
oomo o succOsso de IIeliodoro esti vinculado ao plano goral da pre‐
parac瓢 o evangelica l i
IIavendo assim fallado,desapparecemm os Aniosメ e Heliodol・ o,

apl・ oveitando― se de tam sel・ ia li01o, ofFereceu um sacrilcio cm ac‐

1lo de gracas, acompanhado de gralldes votos e promessas,点 quclle


Deus soberanO, de quem acabava diexperimentar a lusti9a e a lllise,
1・ icolodiar Depois d'agFadeCeF aO SObα ・ano Pontiflce, tol・ nou oom
sua conlitiva para o rei seu amo; e sem se envergollhar d'appaloe―
cer feilo Apostolo da verdadelra neligilo, aonde qlleF que Chega‐
Ta, publicava aquellas nlaravilhas , que tinha presenciado ool■
sous olhos e oxpcrimentado em sua mesma pessoa. Um dia, entre
outros, porguntou-lho o Fei: Quenl te parece idoneo para se encar‐
regar d'uma nova tentativa sobro Jerusalem? Respondeu-lhe: Se
Vossa Magestade tem algum inimigo,algulll consPirador, de qucm
pliecise dtlsfazer‐ se. encarl・ eguc-lhe essa nlisslo, asseguro― lhe qlle
o hade pagaF COm 0 0orpo, sc n籠 o foF COm a` vida. E' uma gran‐
de vel・ dadequo o templo dos Judeos esti clleio da magostade divina.
Aquolle quc habita no.Ceo alli reside, e se declara seu gual・ da o
prolector; e quem entltar nellc com animo do o pro魚 nar,oonte co■l
os acoutes ou com a morte.
Se Deus cuidava tanto erll preparar os Gentios, para o rcino do
BIessias, valendo― se de todas as occasi6es de lhes dar a conhecer a
neligi10 verda〔 leira, ■lo andava menos sollicito, no quc tocava aos
Judeos. Nada poupou pal'a os pllriflcar e desapegar Clas cousas ter‐
1・ enas. Jamais se viram entre elles tantos e tam be1los l・ asgos de
unla virtudo, quo jtt poderamos dizer christ瓢 . Parece qlle o sol da
iuStioa,proxiino a despontar no lllundo,ね zia sentiF maiS V市 amend
te sua dlvina influoncia. NIo s6 a Jutlea nao adOrOu mais idolos,
nlas tambem teve seus martyres de todas as idades e condi00es.
Antiocho Epipbanio, rei da Syria, foi o instrumenlo de que o
SenhOF Se Servio para acrisolal・ seu povoo Esto principe, inlpio c
cruel, emprehcndeu abolir na Judea o culto do verdadeil'o Deus.IIIn
breve correu o sangue dos fleis poF tOda a extensao da Palestina.
No maioF Ca10r da persegui9霞 o vivia em Jerusaiem um santo ho‐
mem,cilamado,Elottal・ :quC era llma das primciras dignidades en“
■o∝ 鳳釧∝ ab・ 訃 a um岬 ■劇 o dhtFtta F∝ 鋤 9aト


38 ,cATECIS10
ねvol e magoslosa inspirava conlanOa,c impu五 ha rospoiloo A raiVa
collllnlaz dos rlerseguidoFeS flloll nene os olllos; e lan9ando― Hlo as
n1los,i viva fol・ Oa aquelles malvados llle abriram a booa,e qucrialnl
ibl'Cal― o a comer viantlas prohibidaso Sua generosa ttesistellcia met
receu-lhe agloria dO Inarivrio. Preferindo uma 81o「 iosa nlol・ le
a uma wida deshonrada pelo crillle, lan9ou‐ se Eleazar adiante dos
algozos, e caminhou′ para o sllppliciol
QuandO ia alegremente para o cadafalso,um de ttus allligos,
apro対 mando― se a elle,com climinOsa compaixlo,disse-lhe ao ouvi・
lo: Consenie que lllandemos vir wiandas, cle que ёpermittido cO_
mer, flnge que as provas, para quo se cuido quo obedeces. E' os‐
te um meio seguro, c ao mestlo teml)o innocente, de te sllbtralli‐
1・ es ao supl)licio. Em quanto Eleazar ouvia estas sollicitacoes pol・ 「l‐
das, mil pensamentos■ obres o generosos lhe l'olavam no cspiri―
to: reproselllava― se-lhe a nobreza de sua velhice,a sua cncanecida fron‐
te; a vida saЫ a o wirtuosa que vivia desde a infancia; a itlsti9a
e magestade das santas leis do Altissimo; e cheio destes ■obr“
pensamOnlos: Gonduzam― me ao supplicio, exclama elle,nao 6 pl,0_
pl・ io da minha idade llsar dissil■ Ⅱlac6es;seria atl・ aiOoaF OS mancebos,a
quem parocelつ ia que Eleazal。 , velho (le novollta an■ os, passara da
Religilo de seus pais is supersli06es d'esti・ anhos; e se deixaloial■ se‐
duzir, a llleu oxenlpl。 , pOF all10F de dOus fllgazes dias. As‐
sim attralliria eu sobl・ e mim uma eterna ignominia, o Totaria a mi‐
lllla velbice i execra9ao de tOdOs Os seculos. DeFIlaiS, quando lne
拗loa facil eК apaF aOS Supplicios dos homens, podcria eu subtFahilt‐
me na vitia e na morte ao bFaCO irado do Todo Poderoso? Pelo
IIle― hei digno da
oontralilo, desprezando nobremonte a vi(la, mostrar‐
nlinha idade, e deixarei unl exerllplo aos mancebos que llle con‐
tenlplant. _
Estas poucas palavras, pronunciadas com dignitlade, foraln to‐
madas por arrogancia, 6 espertaram a fllriosa crueldade dos
algozes. Cheganl emlm ao lugar da execu01o; despem o ve‐
11lo,estiram― no,ligam‐ no,fel・ eln sem picdade nem descanOoo No
IIleio de tantas dores,o maFtyr eXclama gemendo: Bem sabeis, 6
Sen110F, que podcndo el evitar esta morto crllel, preferi os tol=lllentOS
(luc sllpporlo; sabcis que v01untariamentc os sofFl・ o, pelo tem9r do

DE PEPLSEVERANCA. b9

vos ser odioso. Taes foltam as ullimas palavras do marlyre De4


pois do qde, deixando em sua morte um raio oxemplo de valor e
o S6 i mocidade Judaica,como i n則 聾o inteil` a, fol
l(lelidade,■ 説
repousar no selo d'Abraham, esperando a recompensa da sua 艶 `

O exemplo de sua molite, longe d'esfriar o zelo dos vel・ dadeiros


hraelitas, servio a acendel‐ o cada vez nlais: O sanguc (1'E―
leaZaF fOi um ttrmento de martyrese Ap63 0S COmbates do magna―
ninlo ancilo,viram― se entitar na liga,d'um lado,uma lerna maicOm
鍵te llhos,lodos na flor da idade;do outro,o llleSmO Antiocho oom
o sequito dos perseguidores da f6: digno emprego d'uⅡ l grande pl・ in‐

cipei p10ovar a crtleldade de seu peito contra uma mulher e sete


GrianCas!
Manda elle que lh'os apresentemフ o ordena-lhes que comam
no ■lesIIlo inStante, e sem ltetorquir, das wiandas probibidas pela
Loio Como recusassem, ordena quo os dispam dianto delle, e lhes
rasguom as carnes com azorragues e nervos de boi. O mais velho
tlos sete iFIIlttos, sem se espalltaF deSte ti・ atamento, lovanta a voz
e diz ao liran■ o: Que pretendes de n6s, que resposta esperas?
Queren30s antes morrer do quc wiolar as leis que Deus outorgou a
l10SSOS pals`
Ao ver esta illtrepidez, acende“ se Antiotho em nova liaiva;man‐
da pOr elll braza flDigideiras e cal(leiras do bronze: obedeceram lo‐
goo Entretanto, retalham a lingua ao,oven martyr, arrancam-llle
a pelle da cabeOa, cortam-lhe os dedos dos p6s e das mlos, tudo
islo em presenOa de sua mai e irmIOso Assim mulilado,manda-lhe
applicar o fo3o is ft・ ri(las;e depois deste cltuel tol)mento, lanOa‐ o
wivo n'uma frigidcira calllente, onde o vё queimar sem piedade. A
Inal e Os irmaos do heFOe, enl lugar de lastimaF Sua SOrte, nao pen―
sam senao em teF animO。 O SenhoF,diZiam li comsigo, attendel・ 1
点just“ a da causa que defendemos; elle nos consolari segulldo as,
suas promessas.
Ett quanto so fortincavam pOr∝ te ttodo,oxpirou o mais velho,
som que sua lllorle abl'andasse a cruel(lade do tiranno. Accomlnetle
o segundo,oo ねz aproximar― se para o insultal・ com sarcasmos, Os
algozes arrancam-lhe da cabe9a a pelle com os cabe1los, e pel・ gun―

lalllJlle se elle quer obedeccF,antOs que lhe despedacem a golpes


0 ・

60 cATECISM0
lodos os membros.‐ NIo quero,respOndou o joven malう :丁 ro conJc―
lnlo― ■
■ o ao mesmo supが iCiO de seu irmloo QuandO ji nlo tinha
mais que um sOpro de vida,diz ao rei, oom uma forOa qlle s6
Deus podia dar-lhe: Malvado principe, tu nos alo「 III10ntaS agolta;lllas
o rei do mundo llos l・ eStitui「 嵐i
vida com uma gloria oterna.
Morlo aquelle, passaltam ao tel'ceiro.Os algozes lhe pediram
a lingua,estondOu― a; as mlos,apresentou― as. Do Ceo reccbi estes
membros,disse ello colll sOguranOa, entrego― os de bom grado;por―
que Deus sabel■ restitui卜 m'os. O til'anno o os algozos nao sabiam
de si, vendo llesta ida(le tanto desprezo oos lnais ho:。 riveis torIIlenios.
Comilldo,mais irititado que pasmado, continua Antiocbo sua barba―
1'a oxecucaOo Expiram com a mesma coFagem e nos ntesmostormen―
los o quarto, o quinio e sexlo daquelles geneFOSos meninos.
A Intti, dul・ ante seu martyrio, inflnitamente supeFiOF a tOdOs os
elogios, digna da eterna memoria de lodos os bons, via, sem colll_
1110Ver― Se, passal・ seus sete fllhos ulll ap6s outro, pelos mais horren―
dos supplicios. Ett vez de lhes oreК ceF peltigosas lagrimas, ani‐
Illava‐ os e fol・ lalecia― os com palavltas capazes de lhes asseguFar a Vi―
ctoriao Todavia, 11lo tillham acabado aillda as suas illquietagoes.
Restava o mais■ Ovo, e mais IIlenino. Tenta o tiFan■ O Scdu―
」1-o,pro血 ettendolhe atё com jul・ amentO de o fazer rico oね liz,to‐
mando‐ o por seu allllgoo Estas wis lisonias bem mal cabiam ma bO_
ca do bal・ baro,para com um mcninO: que acabava de ▼ el・
フpo,sua
ordem,queiIIlar a sous seis irlnlos.O ioVOn martyr pagou-lh'as
COm iuS10 dCsprezo,pois nem se dignou responder-lheo VendO que eltam
inuteis suas l)1・ Omessas, Antioc1lo manda aproximal'sua m5i, o lhe
pede que salve a seu fllho da morte. P:・ omette-lhe ella que exhoFta“
ri se■ 1lhoo Com ofFeito,oomeca a exhOrtar, com tOdas as suas
fo「 cas, este precioso roslo do sou sangue;mas d'um modo ben difFe‐

renlo d'aquello que o liran■ o cuidavao Zombando do despota, e


inclinando― se para scu fllho, disse-lhe em sualingua, paFa que Anfio―
cho a n5o entendesse: Meu fllho, teln piedade do lniIIIl, que nove
mezes to trouxe em meu ventre.01ha,eu to coniurO,01ha ao Ceo
o i terra; slo obras do Deus quc adoras; a todas til'oll do nada,
assim coll10 aOS ilolnells, Animc― te a sua vista, o ensine_te a nlo
DE PfiSlや E■ AiC▲ 。 61

l algoz.Digno de teus irlllttos,recebe a mortecom


telller estO crlЮ
Va10F, a flm qlle cu te ache coln enes ■O repouso etorno。
Apenas lnha a mtti acab・ado,o oo颯
dens do l'el,
do― se l)al'a Alltiocho:Que queres tj? Eu n5o "SO
obedeOo ls ol・
menino exdama,voltan‐
Inas A loi qlle Deus■ os deu pol・ ]Ioisё s. A estas palavras,o tiranno nao
foi nlais scnhol・ dc si. Vol・ 3o■ 1loso de se ver vencido por um menino,des‐
carrega na innocente宙 ctinla todo o impeto da sua raiva。 Ojoven marty‐
osgota,ainda mais que seus irm50s,a exquisita cI・ ucldade dos al‐
30Zes; e conscrva at6 o fllll, tam flcl como oHes, a pureza de sua
艶,e a conianca nas promessas do Altissimo.
A mtti s6,victorlosa,■ O Illeio dos cadaveres dilacげ ados de seus
fllhos, aguardava agora O Illarty:。 io; anhclava a mesma gloFia, pa―
ra iF unir― se a elleS◆ Antiocho, selllpre o mesmO, Vergonhoso dc
ceder,incapaz de perdoar,ordo■ 9u,COm efrt・ itO,que iuntaSSem a
ILlai aOs lilhos, Depois distO retiro■

se desesperado e coberlo de con‐
fus額 o。
Assim foi extincta,e cortada pela raiz, uma illustre familia,
dostinada a l・ econciliaF O Sellhor oom o seu povo, o preparar os
lh∞ a conhecer
・Gentios para o proximo adVento do Messias,dando‐
a verda(le e o podel・ do Deus d'Abl・ abam:familia que, votando‐ se
i mol・ te,mais hO■ rosamente se co■ servou na memoria dos homens,
que se todOS os que a compunham houvessem empunhado scoptros,
oll cingido coroas.

ORA9二 ●●
O' meu Deus ! que sois tttdo amgri eu vos dou gragas p6r ter-
tles preparado o mundo para 0 aclvento do lllessias por tam atknira-
vcis meios I dai-nos o valor para soffrer tudo , antes do que pel'-
cler-vos.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas, e ao proximo
c0m0 a mim mesmo por amor de Deusf e, 0m testemurhO deste amor,
terei o maior respeito cis cotts(ts santas,
02 CATECiS10

LI.2 LICÅ 01

UNIDADE I)A RELIGIAO E DA IGREJA.

A Religiao ёuma em sOu ant1lo「 ,enl scl:d03nlai om sua mOral,cm scu cul二
to o obicctO.― A Igrcia ёuma cin sua RIndag5o, cin scu dcstino,,
em sua coIIstituigao, cIII stlaS provagOcs c victorias.

Poo*r*o* , deixar o mundo antigo, paremos um instante, para fla-


zer um ligeiro esbogo da historia da Religiflo antes de Jesu-Christo,
e da sociedade que della 6 clepositaria: na fronte irnnrortal d'umil
e d'outra vereis sciutillar, c0m0dous preciosos rubius, a unidade e a per-
petuidatle ; caracteres estes que drstinguen a Religiflo e a Igreji dc
Deus das religides profanas , e das mit seitas que as paixoes criam
e 0s seculos extinguem. A Religif,o 6 qual um magnilico painel-,
comegado por Deus desde a orige.m do mundo, debuxaclo por instr.umen-
to dos Prophetas , aperfeigoado por Mois6s, e acabatlo por Jesu-Clrristo.
D'est'arte, supposto nflo [ivesse sempre a lnesma luciclez e clesenvcl-
vimento, nem por isso a Religifro deixa cle ser uma sempre e sem-
pre a mesma. (1)
I. um,a e a rnesm,a, e?n seu, auth,or. Revelada por Deus no pr.i-
melro dia do mundo ; fundatla nas relagdes necessarias e immuclaveis
que existem entre .Dcus Creador , p&i, fim ultimo clo homem e 0
,
homem creatura, filho tle Deus , gratuitamente clestinado para o

(l) Ycjam-se os [extos citarlos na Iutroilucgfio e nas lig0cs xlx,


XX desta primeira parl,e.
DE TERSEVERANgA. 63

■cr hce aね ce nO C00,a teligほ o,1lo Antigo Tcstmento,rOrellia_se


loda a Jes■ ―
Chl・ Isto ventu10o, vincl1lo misteloioso 0 11ecessario da alli―

■ ca entre Deus e o llomem; assiln conlo em lo Novo Testamenlo,


1〕

esu― Ch減 sto telu


elli se rebre toda a Jesu― Christo vindoo A ft em」
si(lo em todos os seCu10s o fundalnento da Religi5o。 O Judeo,Para seli iuS―

°qullfrll]労 (主
′ αO
)llat♭l∫:iπ α 。 αθ ln dos tompos
Dcsde a ori(夢 〕

crOo a Religほ o o qlle hoio CI° ёe ensina,o que ha de clter e ensi‐
■ar at6 i COnsumma91o dos scculos. No tempo dos PatriaFChaS e
de RIoisё s, creo:

°
講ぼ
驚 奪
∫》 £:│:││1驚 IItteili:l[Illil
:l灘 l」
ti::1乳
1腕

de se unha■ lostrado a Ablaaham,1la ngura de ttts Anios; a quem


diWh,Llぶ
思は
れ ≧
電耀 胤‰ siほ 1。 胤WWЪ
(1) Ncc intcr Judaos ct Chlistianos,ul!■ m aliud esse certam℃ n nisi
hoc:ut culll ini nosque credamus Christum Dci Filium repromissum 2
et ca qua sunt futura sub Christo,a nobis ″PIθ ′
θ ″F:θ ηαα
α, ab illis θ
・ れ れ0・ yr Jθ ・
dicanturo fr'`r.Prα ル′ 夕
θ筋.
(2)Status noVa legis lnedius cst intcr statuln voteris legis.… .ct

intcr statum gloria. Lex vctus est via ad legem novam,sicut lcx■ ■ ol・

ad c∝ lcstcm Ecclesian〕 ,scu ad c∝ lcstcm hierarcllialDe D.Th. Passj働 .

fり A doutrina da Trindadc cra la uma ё rcD9a na antiga synagoga,


Jこ CATECISH0
2.p Cr∞ mo lЩ tterio da lncarna9和 ,signincado aOs patriarchas
即s direrentes apptti06cs de Dcus em forma llumana;e pOlas quaes
o Filho de iDeuS pteludiava, se■ os permittem a exI)ressao, a slla
lllil‖

[illil::llr爆
騒 :tilil‖eilttlelLelli´ ∬
ド地還
、 ::殿

Sto 6, Dolls cOinnOsco, Dclls―


1寵il°
il∬

I10‐
:
nlem;qlle seri simultaneanlente llhO de Dous e ll110 de Da宙 d。
3.° CК o no nlistel・ io da ledcmpOaoo Abrabal■
O sigllincou l10
sacrincio d'Isaac,tocante lgura dO FilhO de Deus, entreguo pol・ scu
_Pai,e ilnmOlado por n6s sObre.uina mOntanlla.Este l■ isterio sacltallloll‐
lavase em iOd(爵 os sacrinciOs da Lei antiga,(lue nlo eralll mais
que rel)]・ ∝Onta96∝ (lo saCrincio ullico da lei da graga.Depois o
proclamaram all:llllente os P:。 Oplletas, clizendo quo o Messias apaga`
rla pOF s,a mOFte OS peccadOS do mun{10.
°
4。 Cileo ino Espiloito do Son1lol・ , Espil・ ilo 011lnipotente, pl'cs‐
Crulador dOs segrcdos 〔lo cOl・ aclo e dO polivili; Espillito de luz, de
charidade, de verdade e de vitla. As provas desta crenOa estam
eSCl,plas em cada pagina dos■ OssOs Livros Sanloso Devolnos po‐
rem lembrar― ■os que estes mistelti∝ n5o l10s fOram revclados cOm
inteiFa eVidencia,senlo por Jestl― Chrislo, a qucm unicamente esta‐
va resel'vado levantal・o v00 que os occullava alllcs da sua vintia。
Foi olle que,instituindo o baptお lllo,■ os enSI1lou claramente,qu0 0
vordadeil・ o Deus,um e in(livisivcl cm sua essencia, 6 comludo Pai,
Fllho,e Espirito Santo. Assim quO,O Pai,O Fi11lo o O■ piri10 San‐
10., utt s6 Dous cm tres ipessoas, mais Obscuramenio indicado aos
Patriarcllas.e discipulos de Mois6s, 6 claltamonte l・ Ovelado llo Evan‐
gelhoo A digOl・ enpa, pois,sobl・ e este pontop entre o ■1ltigo 0
o Novo Testamento 6 que um mOsil'a 嵐‐
luz dO dia o quo o Outro occtllla‐
va cin sombltas.
b.° ■ θ
sf9θ
,・
j"ご ο んθη o creo q口
2θ P,υ e 6ft・ itO a illlagem e sini_
lllanOa de Deus;conlposto de colpo C alma; qlle a alma 6 esPiri‐
tual, c cOmo llm assopl・ o da boca tle Dcus; quc 6.livre, capaz de
fazer a seu arbitrio o bem ou o malo As ameagas e prOmessas, os
castitOios e recolllpensas, cle que falla【 n constantenlente OS livros san‐

r・
los,slo outras talllas provas da lil〕 ordade da lallnao Croo quc a
´
alIIla 6 imin01ヽ tal.os antigos Patloiarchas chamavanl i ll10ric ulu




_

DE 'Ё nSllvЁ RANoA.



・ 0こ

sonlno:(1)01'a,O sOmnO n頷 0 6 uma aniquila9霞 0; o d01'mir sup‐


1)。
e O despertar. 」ηι
θrrcimθ ,disse Jacob, κθJ“ π彿′
οα'Abrα みα脅3
θlsα αθ; depois ondercOando― se a Deus, accrescenta: F,′ θ
″α″
θらSθ ‐
■力οr,θ 』 ルsstts 9彿 οんαυ θ脅 ″θ れ″。(2)Assim o dogma da ilnmOFe

talidade esti bOravado no tumulo dOs Patriarchaso Deparamol― o es_
:cripto em cada pagina dos livros dos Prophetas:
五θ 観ら″αttυ θs′ ουοs_
sο CTθ α′θ
r, ηο
s JOα s ′θυο
ssα θθ
グJα 」θ,(lizia SalomaO, α総′ θ
s g“ θ
cλ θ′鶴θ ο ttο ttθ θπ αttθ οJり び“
υθ′
υθr乙 乙 ′ θF夕・α `J'ο 夕
み θ Sα λグθ , θ ο
夕 "`O rα ″θ
″乙 tts.9得 θ οみθJθ ル.(3)Elias, querendo re‐
`『


`Sfllir・
`O br%α “
suscitar urII menino,disso a Deus:Sθ ηんθr,ル gθ グ θαα ′
鶴αJθ s′ θ
9“
/2θ η
・ Jη O ι
θr“ θ″α θ
rα sθ

等,ο O A nscriptura accrescenta,que a al‐
llla do menino lornou para sell corpo, o que elle resuscitou。 (4)
6.O Ensinava quo o homem, crea(lo em in■ ocenda e felicidade,
Se peFdera poF deSObedecer a Deus; qtle desta flesobediencia vieram
lodos os males que affligem a humanidade; poFqu0 0 pltimeiro ho‐
mem ttansnlittio o poccado a seus descendentes, o por isso nascc‐
■os todos culpados. o“ θ 協 びFtrrθ Jグ αηJθ Jθ υ び s,Sθ λθ
r 2 PeFgun‐
ta o santo Job, 0 10go respOnde:η ttJ%θ η
ち ηθ720 0 “
πθ
ηれθ J'%η 〕α jα

(b)A Religi籠 O ellsinava lambem que Deus naO tinha abandonado o
llomem,mas que lhe promettera uIII Redemplol・ . Esta promessa c
especta91o d'um SalvadoF enChia todo o mundo anti3o, e era a baロ

1110 Chamava a Dcus a 」η



α
′θ僻お′
θr,osα o Alguns Rabinos exprimem“
sc, a respe1lo desta grande verdade da Religiao,d'um mOdo tam orthodo・
xo, que o theologo catholicο , o l■ .nis escrupu!oso nos termos,mada acha―
ri nclles que censurar。 Ontl・ os raHam mOnos clara e cxactalllentc; Inas
egtlalnlentc o oxprinlem por melo d'uIIla linguagem embaracada e caba‐
Iお lca.り οJ`lorε jο れ αttπ ασo pOr M.Drach,p.12。
θ Os Padres da
rgreia FaHam■ o mcsmo sentido. Eis entr'outros o que diz S.EPiphanio:
``‐ Una Trinitas semper nuntiata, creditaque ab illis cst qui ca)teris an‐

toce!luerunt, cuiusmodi PrOpheta atque eximia sanctitate pr“ diti 1lolni"


nes fuero." Adv.Hares.lib。 10 haeres.5。
(1)Geno XLII,30.
(2)Ido XLⅡ ,30。
(3)Ecclc.XII。
(4)HI Rcgo XVII。
(3)JObo XIV,こ .

9
66 CATECIS10
se da antiga allial10a. Accrescentava alnda, quo o bomelll carecia da
g:・ aOa para pperalt a sua Salvaclo; que a graga se obtem pela ora‐
050, 0 'acriflcio o as boas Ob:tas j que a graca l1lo destrllia o liTre
arbitrio, mas quo o apeFfeloOavao Nlo ha livro ■o Antigo Tcsta‐
mento que naO dё ibstenlunho destas verdades.
° a:S力 θ %o sθ ′ ,d20
「 lsinava quo o homem resuscita面
7。

Patriarcha 01S dOres:ο ttθ tt Rθ Jθ πノθ グ


″υυθ メ θ "フ
θ υ 力 ο Jtt str,・ Jι P〕

j
″θ α α′ θrra;θ ιοr"α ″
θ グαυ θsι ″ α働 れλαθ α “
r"θ ,θ α∫ 鶴 π夕 ・
θJ αο
′ Sグ

π θ ″ θ se FsJα θΨ θrα ttβ α rψ θ Sα θ


tι 脅〕θ ρθ O, θ αS COr′ αS Jι

“ "〕

│ル α Jθ Sθ θrα θ θθπ む O αθ J彿 鶴 彿Jθ 。 (1)
“s,彿
′θ π θ%θ
8.° Ensinava que no lm dos tempos wiria Deus julgaF tOdOS os
homens, o daria recol■ pensas eternas aos bons, e supplicios eter■ os
aos mios.々 t,鈴 ι 〔″θ s Pο υ
j′ oJο s ο θ∫ 01%′ Jθ Jθ 力sψ ん α′,diZ 0
Senhor pela boca do PropLota Jool, θ“ α グ 佃 θ αssθ ″θグ
J′θ% ,2θ
ο″αα" '2`α
′ σθ
んrθ ο, ′αrα ノ♯J′ αr Jθ ′αs as ,3α β S 夕彿θJ′ sθ ″ θ
こηJrα θJθ ι
ι

″ar`θ・ (2) Falll 10S Signaes precursores do dia ultimo nos mesmos
terinos quo Nosso Senhor. Que seri dOs mios depois deste Juizo?
OuOamos:Jtt αθθκαJ,diz o Senhor a Mois6s,lι 協 /0′ θ α πJπ んα″α∫
Sθ ‐ θ s rθ 6θ α
Jθ ″
θ
θ′′θarJθ rtt θ α oル 賀 Jθ α θれ rη θ ′ 力α “θ
ル (3)lbr― s
g%θ θrθ υ
∫ οα θ
rα π θ,3″ α鶴
J′ グ`び θ
協メθsθ υrttθ θttθ rrθ r乙oι


,O sθ tι
ル‐
j鈴
θο ttα O Sθ θ〃′ ′%ケ 乙。 (4)O SalVadOF,fallando dos Ioeprobos,ap‐
plica‐ lヽ es estas mesmas palavras. QuantO aOs juslos, que se nos
diz dell∝ ? πυ
θrα οθ
′″
θπαθ
η′θメ α″
θθθ θSα Sθ・
ttЮ夕
ιノ%η ′
θα
Sυ 19θ

(b)″ θ θJ'“ αJθ rrθ ttθ ′


bθ rα θごθ
ルし “ θ
めs, θ α '"″
s,'3α れ
"s.
/ご θ″θls
"ι "ι

(1ノ JOb,XHI,15。 A antiga Synagoga, assim colno a moderna,


ねzia o quO faz a lgreia;n50S6orava pelol ■ortos, mas tambem re‐
corria a intercessao d'lquclles quC Cram tldo,po「 Santos;e tambcm po―
dia csta graga aos Anlos bons. フIssθ rr. αι θrθ α ′α υ οιαfα 9 S S“ ‐
Pλ・ Cぬ T's,。 1。 XlV
′Os "α Sソ αク. por Mo Drache Attη αθ s αθ ′lj:osο `η “

p. 422. “
P)JOd,II,III,l e seg.
(3)Dcut.XXXVHI.22。

周酬iけ I126.
DE PЁ RSEVERAN9A. 67

でθ
θ∫escJα ク θ
ra。 (1)Eis aqui a respeito do hOmem o quc a ReliJ

d° g略
i.動 αθα 侃 鶴α θ
m Sり L ttθ F″ .A Rd聯 o mandOu senl‐

receram sacriaciOs; desde Moisё S at6 Jesu― Chrislo,as oFa∞ eS e sa‐

rlノ PSal.XXXVち 9。

sθ tambem Dο dioorc'o“ αSyη αgo p.11。



63 CATECIS10


ICttfi織雷
Htttll:深
曜燥Ⅷ °
l:。 ::ξ ,吼 。
:Ll器 監

gem aO da lgreJa Judaica_

1‰ ♂撫‖
おTl∬ I腑 ぶl∬n:li税 出認linttill.TI
R酬 ∴訛 J熙irttr%艦『
:∫〔 L搬 蹴 mれ ツ 露Is常 ,。
teLnpO, a lin do o unir a Deus aillda mais esilteHamente na elel'ni―

難碑濶惑群撫 誇
撥1燃雌 l導

Ъ

蹴∫ ′
ve躙 i瞥 ゾ微
″ υ
ιお
擁Ъ
脚彎 °
lλ ttθ

瑞ё 胤 │‰ 嘱∬酬1」 Iを aゝ mi盤 謝
°
IICh∫ :∬
"諾
lI棚 :'脳 Tr謂 批 dl器 11ぶ tlit驚 点雷鳳織
riノ Galat. Iv.19. _
DE PERSEVERAN9■ 。 69

se ao primeiro dia do mundo,assim oomO dttce ao Om dos secu“


los. Qual uma arvore magestosa,plantada na origem 4os tempos
o■ ―
pela m五 o do mesmo Deus, a pouco O pouco fOi engrossando seu tl・
Oo robllsto, e dcSenvolvendo seus fFOndOSos ramos;nutrindo conl seus
fFuCtOS salntiferos,e abloigando cOm Sua folhagem immOrtal todas
as geltac6es que paSSaraln, que passam, e h10 de passaF pela face
da tcrra.
Pois quc a Religilo tem sempre sidO uma c a mesma desde a
igem do mundo, seguc― se que a soCiedade ou a lgreia, que 6 a
o:。

sua personilicagao, a stla depositaria e intol・ prete, te■


l Sempre sido
uma e a mesma, de sorte que nlo tem havido nunCa nem haveri
o houve nem
ianlaiS Senlo uma s6 1greia verdadeiFa;aSSim como n瓢
haveri iaIILais sonlo uma so Relig五 o vordadetrao A IgFeia 6 CathO‐
lica,ool■ o a Religi履 o lnesma;um dOS Signaes da sua diVindade 6
o abl・ a,ar ella todos OS tempos e lugares. Assim a Relig面
o o a
lgraa tto duas irmtts gemeas,que iuntas∞ desenvolVem e wivem,
ooin a mesnla allernativa,as mesmas wiCissitudes. Desenhemos um
breve quadド o das adIIli:・ aveis rela96es que ha eitre a lgreia anteS
de Jesu=Chi・ isto e a lgreia(lepOiS de Jesu― Christo。
Pel'petuada antes dO Diluvio na posteridade de Scth, represen―
tada depois dO Dilu宙 o pelas familias patriarchat・ sd'Abrabam,Isaac
e racob, a Religilo cra uma peregrilla no 回LulldO; eSperava a ter―

ra da pFOmiSSao, onde estabeleceria um reino duravol l Mii teFna
c esclarecida, ■lo Ogerecia a seus fllhos outro alimento sOnao o lei―
te, preparando― Os para receber mais tardo o aliIIlento solidoo Seu
ensi3o OCCultava― se em svmbolos e imagens,linguagem que as mais
costllmaIIl fallar aos fllhos. CFuelIIlente perseguida no Egypto, sahe
por flIIl triumphante desta longa proval餞 o; e,00nduzida por Mois6s,
caminha em meio de prodigios,destruindo em sua passagem as nト
quis‐
96es pa」 s,cOm seus templos e ldo10s,at6 repousar na terra co■
tada, onde desenvolve sua co■ stituiO五 o magnilica.
Tem ella seus livros, aonde se、 registram as suas leis, descidas
do Ceo,c escriptas pela m5o dO mesmo Deus; tem um Soberano
PontiFlce, ooHI sOuS anCi瓢 os Ou Svnagoga, encarregados do os ex―
plicar. Todos os SeuS llhos slo obrigados a suleitar‐ se i decis五 o
deste augusto tribunal. Tem sua ieraFChia SacerdOtal; um SummQ
70 。
.TECISM0
Sacertloto, 馳vestido db podelt sOberano, cOm seus Patlros, levi“
°
1謎sTI:II::

l(││‖ ‖
I‖ l,lllキIII::IilllTirixa111:l誤
:r∫
stancia cm distancia,para dissipar
as trevas da ignorancia e do errO。
No melo della esほ O seu Deus,ropltesenlado pela Arca da aト
lianOa. Tem seus sacriFlcios, que ofFel・ ece exclusivarlleIIte ao Senho「
,
pal'a adorar, 10uvar, oxpialt e depl・ ecaF. Tom Cada semana seu dia
santo, e suas gioandes solenlnidades, a PascbOa, O Pcntecostes e
os Tabernacu10s, nas quaes todos seus fll110s ve■ l alegres a Jcru‐
salem,para 01・ ar e dar gracas。
Ainda que senhora da Ter:。 a prometti(la, depois da ruilla das
na95es idOlatras, nao goza cOlllludo senaO curtos interwaHos (10 paz
e tranquillidadee Ora面 o Os est:。 angeiros,que a atacam; Oloa seus
prOpltiOs llhos,que aね zem cholη r amargamOnte cOm seus escan‐
dalos,ou lhe despedattm as ontranllas com suas divisoes. Um gran―
de scisma a coblte de luctO. Dez tribus a abandonam, e l・ ecllsanl
reconhecer sua auctoridadee Afrlige_a O senhor, porellll nao a des_
ampalta:guerreada sempre,iamais seri destrui(!ao Envia― lhe gran―
des Prophetas para a consOlar, e conservar a velidade enl seu gl・ enliO。
Todos os successos que passaIIIl poF e1la, c elll torno della,os gFan―
des imperios, quo olta se levantam, ora baqueam, tudo contribue
patt scu bem, palta sua gloFia, e pal・ a o cumpl・ ilnento c10 gran(le
dё signio oom que Deus a tinha formado,o estabelecimentO dO rei―
no do Christo, que ha de repaltar as cOnsequencias dO peccado,
FeCOnCiliar o homem coln Deus.e restabelecer a ordem primit市 a
cln toda a sua perftti01o。
Taes sao os tra00s salientes ■o quadro bistorico da lgrela, ou
sociedade depositaltia da veFdadei:。 a Religi5o, antes de Jesu― ChI・isto。
Ora,lodOs estes tFaoOS,sobresahem com■ ovo brilho na lgrla Ou
sociodacle depositaria da verdadeil・ a Religi江 o , depois de Jesu‐
Chi・ isto。

Represewiacla ao sahir dO cenaculo pel・ os Apostolos e um peque“


no numero de fleis, a lgreia de Jesu_Christo anda a principio como
peregrina e vagabunda na teFrao Supposto lhe esttta prOmettida a
posse do mundo,para crear ne1lo um estabelecimenlo immortal,
DE PERSEVEItANoA. 71

osse lllundo se tolina para ena um Outro Egyplo, aollde por muitos
secnlos esli exposta tt mais cruel perseguiO履 o. Sahe por lm tri‐
umphante flas Cataculubas, o,oonduzida por seu divino chefe,sobe,
em melo de coIIlbates e milagres,ao throno dos Cesares.
Victol・ losa entaO do IDulldo idolatFa, repousa eIIl paz na terl'a
COnqliStada, e desenvolve sua constituiOao magniflca i face do uni―
v el'so inteiroo Aos livros antigos, escriplos no ciIIlo do Sinai pela
mlo do mesmo Deus,acl・ escenta outro mais peffeilo, escripto com
O sallgue do Nlessias, ■o ciino do Calval・ ioo Seus Pontifloos e Con‐
oiliOs Sao os encarregados d'explicar o sagrado codigo; e seus l■
lllos slo obrigados a submetter― se as decisoes deste tl・ ibunal augus,
lo. Tem sua jerarchia sacertlotal,■ m SulIImo PontiOce,revestido
do poder soberano,depois os Bispos,Padres Ъmillistros inferiores;
os quaes, espalhados pelo meio dos seus fllhos, sao o sα θ
′Jα ′r夕・
α,
destinado a perservar da corrup9額 o a todo o Oorpo; o os luzeiros,
oo1locados de distancia eln distancia,para dissゃ ar aS trevas do er,
ro;ou iユ tambem s瓢 o vigilantes pastores, que devem apascentar
as ovelhas e expulsar os lobos do aploisco.
No meio della est盗 o seu Deus, reainlente presente no Taber‐
naculo. Telll seu sacrincio, que incessantemente ofFerece do Oriente
ao Occidente,para adorar, louvar, expiar, e deprecare Cada sema‐
na tem seu(lia santo; e suas grandes solemnida(les do Natal,Pasc
choa, Pelltecostes e muitas outras, eⅡl que todos os seuS f1lhos,
accorrem alegres ao templo, para orar e dar graOase
Supposto saa senhora do mundo, desde a ruina da idolalria,
oolntudo nlo 80za do paz e tranquillidade senlo a cul。 los interva1los.
a sao os estrangciros que a atacam; ora seus propFiOS fllhos,
01・

que a fazem choltar amargamente com 'seus escandalos, ou lbe des‐


peda9am as entranhas com suas divis6ese llllll grande scisma a cu‐
brio tambeIIll de lucto;separa― se della o lDFiente,recusa reconhecer sua au‐
ctoHdade;o os o「 gulhosos Gregos cahem,oomO as dez tribus scis‐
maticas, debaixo d'um iugO de ferroo Se o Senhor amige a lgrla,
oomtudo面 o a desampara:guorrttda sempre,jamtts seri destruiぃ
da. Grandes sant.os, illustres dOutores lhe 面o enViadoS, paloa a
consolar, e conservar a verdade eIIl seu greIIlioo Todos os successos
que pasSam por ella′ e em redor della,os gFandeS ilnpeFiOS, que
72 cATECiS重 0
Xllilll1111lLCtil・ illin::rad:sifll嘱
:群 aSi鯖 器 Fp:l∫ :,°

que Deus a foFmOu,a conserva9証 o o propaga95o dO reino dO Chitis‐


lo, quc ha de reparar as c01lsequoncias do peccado , recOllsiliar 0
homem com Deus,e restabelecer ulll dia a ol'dem primitiva em to‐
da a sua pe:ヽ foig5o。
Taes sお Os tra9os salientes■ o quadro historico da lgrla,o■
sooiedade deposital・ ia da verdadeiloa Religi5o, depois dc 」
osu― Chrisio;

taes as maravilhosas confOrnlidades, que nol― a dlo a conhecel。 , a
travez dos seculos,como a gual・ da inlmortal e sempre a IIlesma
da Religi江 o,desde a origem do nlundo.
aょ
Lぶ ‖ 凛 訛 乳』鵠 胤 l躍 'vlttaleLl棚 utt「 施
m五 i, velo assentar― se, desde o prillcipio dOs soculos, i sombl'a an‐
tiga c ProteCtOra da Religi50. Cualoda flel, oIFerece com uma das
lnaOs O fl・ ucto da vi(!a is gera96es que desceIIl pal'a a tumulo; com
a outra, empunhado o tFemendo gladio,fere os temeraFiOS, quo ou“
zam atacar sOu tl・ Onco robuslo,ou cortar algum de seus vi9osos rト
mos. Guarda insubornavel, tem vislo immovel passalt a seus I〕 ёs a
torrente dos seculos; e quando a ultima bol・ a do mllndo houver so・
ado; qllando for alorebatada ao Ceo a salutifera arvore; a candida
Virgem, a casta Esposa do Chrislo, tl・ anspondo os umblヽ aes ctelinos,
acompanhada de todas as gera9o‐ es vivirlca(las em seu seio, ilヽ a as・
senta卜 se para sempre, excelsa c immortal,no lbrono de scu ce‐
leste Esposo。
QuC admiraveis caltactel・ es d'unidade,pel・ petuidade,e divinda“
de refulgem pOr toda a parte na lgrtta e na Religi瓢 o Christユ ! Que
todo grandioso nesta Religiao santa,de quem temos a felicidade do
ser fllhos! Tam antiga como o mundo, tudo o que precedeo,acOHl‐
panha e seguc a sell clivino author, collcOrre a demonstrar sua cer‐
teza e excellenciao Jesu・ Christo,promettido desde os primeiros dias
da crea91o,bi esperaф anCiOSamonte;mostrado de longe aos secu‐
los; annunciado elll quatro IIlil aonos, por uma longa serie de pro・・
phetas. Expiraram os Patriarchaし , anhelando vor o seuttdia; com
輌te anhelo v市 eram e morreram os iustOS. OS personagens da his‐
loria santa foram o esb。 9o deste Salvador divinoo Sua hisloria foi
DE PEnsEvEnaNga. 18

d'antemilo escripta, e offerecitla a todos. E esse livro sagrado 6 Ii-


do e reyerenciarlo por clous p0Y0s inimigos , entre 0s quaes se nflo
pode suspeitar colligagflo. 0' grande Deus ! 6 Senhor , que sois o
ruelhor d-os Pais I a quem lodas as linguas chamam Deus de hon-
datle ! permittirieis v6s que 0 erro vestisse todos os trajes
da luz
e da verdade? Se o que n6s cremos,pgr motivo de tantas pr6vas,tam uni-
vcrsaes e convincenfes, podesse ser um erro, oh I entf,o
jf, nf,o se-
jus[iga,
rieis um Deus tle bonflade , pois que poderiamos dizer com
que fostes v6s mesmo que nos enganastes'

OR,Aqf'O.

0' ulert DeUs ! quo sois todo amgr , 0U vos dotr glagas
de todo o meu coragf,o p6r ngs haverdes dado a Religif,o, e nos ter-
des feito nascer no grenrio da vercladeira lgreja. Fazei, Senhor,
que

sejamos sempre filhos respeclosos e doceis desla divina


mdi'
Eu protesto amar a D*ot sobre todas as Cgusas e
, ao proximo
c0mo a minr mesmo por amor de Deus ; e, em testemUnho desto amor,
orarei muitas wles ltel,as nr;cesll,dades da lgreia'

10
7lt CATECISMo

LH。
O LIC10.

INFLUEhTCIA DA RELIGI■ 0.

0 anligo povo deveo i influencia da Rcligirio toda fl sua supcrioridatlc.


Em a familia. Em a sociedade ciril e politica.
-de Religiosa. - - ErL a socieda-

Pror*-rr-Nos-ura fazer uma seria accusagfro , sc , ap6s de ler offe-


recido a Religiflo ao espirito, e esbo.c,acro 0s *agrllicos caracteres
de verdade que a distinguem , a n[o offerecessomos a0 coragflo
,
mostranclo quanto influio para a felicidadc cla nagflo que viveo de
suas crengas. Demais, c0m0 os beneficios da Religif,o nfio sfro a
menor prova da sua verdade, 6 lambenc n0ss0 clever mostrar a sua
benefica influencia no antigo povo de Deus.
Com muita rasfio se clisse : Sem Religifro nf,o ha sociedatle pos-
sivel ; e pode accrescentar-se , {u0 a sociecrarJe vive tanto mais
tranquilla , florente e feliz , quanto a mais conhecida e observa-
tla a Beligiflo : A nagflo Judaic,a off'erece-nos um memoravel' exem-
plo, e uma incontestavel prova desta verdade.
se os christfios, depois da vinda clo lllessias , sflo 0 p0v0 n0-
dOlo , tambem os Israelitas , entre as nagdes da antiguidade, foram
o p0y0 mod0lo , isto 6, o mais esclarecido , moral , 0 , para dizer
tudo, o mais feliz. 0ra, este glorioso privilegio, i Religifio 0 de-
veram. Com effeito, a maior parte das nagOes antigas eram mais
consideraveis, ricas e poderosas que a nagio Judaica toclavia eram
;
muito menos moraes ; sua legislagfio nruito menos completa e sabia;
muilo menos nobres suas icleas ; muito menos puros scus coslumes"
o menino , a mulher, o escrayo , 0 pobre, isio e, as tres rluarlas
partes cla humariidade , ;aziam n'uma alrjecgiro c D'gru scr.vilis-
DE PERSEWERANQA. 75

mo muitO mais profundo. Donde nascia tam grande infe‐


1・ loridade? E' qlle lhes faltava o oOnheciinellto da Religilo santa,

::淵 1:Wttrll『 増 躙 li躍 1薔 淵 :静 ‖ 露



esti sempre cln prol)or9ao COm a seiva da verdade quo o di・
Inenta。
an諜
cげ お :脚:淵電 l篭 謂 驚 窓譜 nttrttd席嚇lt耀 磁s訛 lぶ
ll肌。!,p∬ :rl∬ :謂 ‰ふiH辟 ∫鵬 ,盤 ∬
m∝
Ta'脚 tChλ 渕 ∵ 電aねmma a btte d∝ Rnd∝ ,quO n霞 o
slo mais que um aggregado'・de faIIlilias;mas nlo ha familia sem
auctoridade patel'na:ora, importa muito que esta auctOridade seia
lilome,sabia e bem regFada. Tal era entre os Judeos a auctorida‐
tT・ Юttmm∝ 戸 Sa d o曲 山 0
m∬ ∬ 腑 ltth」 e樵
憔∫鯰
耀


淵椰憾 鵠 i∬ lo
lξ a um principio de diFeitO.. En“

tre os Judeos, nlo tinham os pais e mais auctol・


idade d'expor ou
ll肝 0柵
lnttaSttλ 濯 a」 lttlS∫ aⅧ Tttl乱 胤 語:
dos nlagistrados. Dopois resgoladas todas as cOFreC06es dOmOstiCas,
1:朧
llllal∫ ぷ :dFl∫ l:∴ feuFttvLlrIX露 │:鷺
│‖ irll

:rLIIfdil:1鷺 idal:SILIIf'1:│:ll∫
,1撫
O receio d'CxcitaF a COlera de seu
nliss霞 o e no respeito. Esta exce11

11lTT増 │li{‖ i:
1idava sobremaneira a soCiedade.
o
Custa a cioer quanto o enfl・ aqueciinenlo,Ou antes a aniquilaO霞
do poder palerno,6 funesta para os Estados. Vё de O que se pas‐
sa entre n6s! Po「 IIluito loVen que sela um ilhO,apenas Se caSa,
et鴨 Ъ
ev島
継棚 iよ 電轟
腑∬ 10咄 ∬ 『 hl鵬 。ぶ
76 cATECISM0

駆‖
ll批 《
al誂


yttI‖ia indepen(lencia
aattnl謂
tltaa cOIllsigo,
dr肌

ё
summamente funesia ao Esiado「
響elo Seculo de revolu90es O teelll
assaslnente dat10 a conhecOr.
Da auctOridade paterna dil■ ana a allctOri(lade dos vclhOsi era
grando esta auc10ridade entro os lsl・
aOlitas.Dos ancilos 6 qlle se
tiravam os Jllizes e conselheil・ os d'Estado. Lo3o quo os nebreos se
C01lStituiram em cO「 po de nagaO,f01・ anl governados pelos velhos; e
em loda a serie da Escriptura,ent se fallalldo d'assembleas e l10_
l槻 減mdЮ httr∝ a“ 燎∝
1請 謂 :∬ 粽 ::lttFIe品 ∫
,

Nada ha lnais ulil que esta auctOridade palerna, para enireF


ter a pazュ a familia,o a boa olidom no Estado.A mOcidade `
apta paFa O mOVimento O aColo; a velhicO para instruir, aconselllar
e mandare A n100idade 6 impaciente e illlpru(lollle, abOrrece_lhe a
Fegra,agrada,lhe a luudanOa;a vdhice temporisa cOm previdcncia;
estende a0 1onge suas vistas; calllillha com preca■
91o;obra pol'pl・ in=
Cip10S solidos;e宙 la toda a in■ Ova91o temeraria.


ぶ濡i樹寺
鰹h‖ 椰卜

nha aquelles quarenta e dOlls meninOs,dOvoitados poF dOuS ursos,
:

p01■ ue zOIIlbaliam dO PI・ Opheta Eliseu, qlle era vclhO e calvo。


Longe dp temer a mlllti〔 1lo dOs ilhOs,Os pais e mais a pedi履

veres i:〕
輔: ‖
porque as mliS I】 額
珈職。
鋼 )o prillleiro e mais suave dos der
posiOs ao hopem. QnaSi comegava desde O nascimento;
o se eximiam,001nO enire n6s,de crealo a seus
pei10s O fltucto das suas en:ranilas,
Loge que o menino andava, o articulava palavras, rebllster
ciaII‐ nO pelo trabalho e O Oxercicio,0 0 culliVavarn pelas letras e a nlll,
sicat O pal acosillmava seu lilhO a correr, levaniar pesos, aliltalo ao
,rpO o lattar pedras colll a ftlllda;a istp accFesoentavam exercicЮ β
■■■■■
DE PERSEVERANcA. 7

111ilitaleese Da m∝ ma sorte llles ensinavam tod0 0 tbcante A agri‐


CllltuFa,aSSim pela theoria como pela pratica; por tal forma qte
ulll IIlallcebo, ao Sahil・ da casa palerna, Sabla grangear por sl lnes・
mo todas as cousas necessarias i vida. A IIlal ensinava sua llha a
dirigir to(lo O meneio fla casa, COSeF O paO, cozinhaF, lar, oostu―
lllo o oOrpo ao tl・ abalh6,nao
ral。 , tecer ostofos e teaS. Acosttlmando―
se esquecia tle lhe formar o cora05o na vil'1■ de i dando-lhe li960s
cOm as quaes nada ha COmparavol entre as nacOes idolatraso Se
nde
nos lembl・ al・ mos cllle 6 da boa educa910 da nlocidade qlle depё
o bem estar da familia,oomo duvidareIIlos da paz e felicidade do‐
mestica dos lsraelitas?
― 《A IIlulher prudente, dizia a 面ai a slla fllha, Cuidaclosa de sua
casa,e do governo della,faz a alegria de seu marido;6 mais pro`
ciosa que o ouFO e aS perolas, que se tra2em daS extremidados do
IIlundoo Nella desCan9a o oora1lo de seu marido, O em sua casa
havera abundancla.
《Proculti la e linho o habilmente o pOe em obra; levant卜 se
´
antes do FonlpeF C10 dia, e dishoibuo o alilllonto a seus domesticos.
IIetle os bltaOos aoS trabalhos mais pesados; 6 1ogO qub 6s acaba,
seus dedos lorllam a moneal・ o fuso。

《 Abre a m五 O ao indigonte, estende― a paFa SOCCorreF O pObre;


n瓢 oha que temelo eln sua casa o fFi0 0u a nevo, pOrque todos Os
sous domesticos estam bem vestidOS. E‖ a mesma fabrica Seus tape‐
tcs, e se cobre de linho e purpul・ a; nao profore palavras deshones_
tas, a doOura c a clemencia governarlll sua lingua.
《Seus olhos devassaIIl tudo qtle se passa em casa, neⅡ l come
o seu plo om ociosida(lo;seus ilhos publicam que ella 6 feliz, e
nlo cansa seu mal'idO de lhe fazer elogios. 》
TaeS eFam aS Sabias maximas com que as miis foFmaVam o es‐
pirito o o oorac10 de suas fllhas, c eranl estas t licOes tanlo lllais
auctorizadas,quanlo eFam aCOmpanhadas do exemplo que as mesmas
malsclavam a suas chaFaS educandas.
As maximas quo os pais ensinavam a seus Olhos nlo eram me―
■OS SOlidaS. 《 ⅣIcu rllhO, diziam incessantemente, sO diligente em
aprendeF deSde a infancla, c adquirir uma prudencia que possas con.
servar a16 i単 ortee O princlpio da sabcdoria 6 o temor de Deus.
78 carncrsuo .
Teme pois ao seuhor de [odo o teu coragdo, acata e yenera
0s seus
sacerdotes. Ndo digas nunca : Pequei, e que mal me foi. Illeu cha-
ro {ilho, o Altissimo 6 demorado em punir.
< Quando entrares na casa do Senhor repara onde trillras
, ,
aproxima-te para ouvir o que 0 senhor te ordena porque
; a obe-
diencia vale mais que 0s samificios. Lembra-te rempie qru a ben-
gfio do Senhor esld sobre a cabega do justo.
< N[o se acostume tua boca a proferir juramenlos, porque ju-
rando offendes a Deus por muitos moclos.
a se vires um homem prudente , .choga-te para elle descle o a-
manhecer, e piza muitas vezes a soleira ,i* sua porta.
Nflo
consultes o homem sem Eeligif,o, D0 que toca i piedade
; o injusto,
n0 gue pertence ijustiqa;o limido, n0 concernentl a guerra
i0 c0m-
merciante, n0 que respeita 0 seu negocio; mas procura a um homem
de- bem, cujas inteng,Oes se conformem com as [uas. consulta
a pro-
pria consciencia, porque nfo ha mais fiel conselheiro.
< Nfro digas nunca, tratarei a este c0m0 n)e tratou [em cui-
:
dado, nflo fagas aos outros o que nro quererias que te fizessenr. se
9 lun inimigo tem fome , d{-llre cle co*e. ; se tem sede , cle
beber.
( De esmo-la pelo modo que pocleres. se tens muito, d{ mui-
to ; se pouco, df, de coragdo do pouco que tens.
Quem tem pieda-
de do pobre, empresta ao senhor a juro. Nflo voltes as costas a0
pobre, ainda que te imporlune , e nfio dOs motivo aos que te pe-
'fado de te amaldigoar por de tris. D[ ouvidos a0 pobrre sem en-
clem
, responde-lhe ,ornr* e favoraveJmente.
<r Nf,o sejas em lua casa c0m0 um leflo no seu antro
, terrivel
com teus domcsticos , mallratanrlo 0s que te estaur sujeitos.
< Escuta feu pai a quem deves a vida ; e n6o clerpreres tua
mdi, quando eskl na velhice. Qucm honra a pai e mfii recebei.a con-
solagflo de seus filhos. soccorre teu pai na velhice: ndo lhe causes
tristeza em sua vida. se seu espirito se enfraquece, presta-lhe au-
xilio, e nflo o desprezes i conta do que lhe 6; *,rpeiior porquo
;
a charidade que tiveres com teu pai niio licar.a no eicuto ,' e Deus
te recompensard por tercs supportado os defeitos e enfermrdades de
tna mfri, I
DE PEnSEYEBANqA. 79

Tal era a moral dos Israelitas. Procurai quanto quizerdes entre


as tlemais nag,6es claquelle tempo (folgamos de o repetir);
procurai,
c jamais achareis cousa que se ltre compare'
Alem destas iuslrucgOes, tinham os pais e mdts obr{gaqf,o de
ensiuar a seus {ilhos as grantles cgusas que Deus havia feilo
pgr
elles e seus antepassados : a lei 0s encarl'egava de lhes explicar a
origem clas festai quc celebravam. e treremonias que observavAut'
NaJ tintram elles escholas publicas ; a maior palte da instrucAflo re-
cebia-se uas praticas e collversaqOes dos pais e ancidos. Para me-
l[or se fazer entender de seus discipulos, nf,o s6 empregaYam ilar-
ragdes simples, c0m0 tambem proverbios , enigmas o allegorias.
0 firn principal destes tliscursos figurados era associar as maximas
tla moral a imagens agradaveis e naluraes , a lim que 0$ mance-
bos mais facilmente as r]ecorassem. Uma parte da educagflo consis-
tia em apr.entler de cor 0s canticos de 1\Iois6s, e dos mais Prophe-
tas , e lr** assim os psalmos de David. Como estas divinas poc-
sias eram cantaclas , necessariamente aprcndiam alguma cousa de
urusica.
D'es['arte, em lanto que en[re os pagflos, as mf,rc e amas en-
sinavam tlestle o berg,o as orianqas as fabulas dos seus deuses , isto
6, contos obscenos e ridiculos , que sd tendiam a0 desprezo da di-
vinclacle e corrupgflo dos costttmes (1) , eram 0s Israelitas os unicos
que ensinayam aos meninos vertlades capazes de inspirar-lhes o te-
mgr e amor de Deus, e inclinal-os f, virtude. Todas as suas tra-
tligoes eranr vercladeiras, nobres, e uteis. Dc que lado estaYa a su-
pcrioridade ?

II. Em a societlade ltolitica e ciuil. Esta vanlagem que 0s


Judeos levavam as outras e menos notavel na soci'edade
na-cOes nflo
politica e civil. Ahrindo os Livros de 1llois6s, ahi temos um codi-
go tle leis, que tendetn nf,o s6 a conservar a Beligif,o , e o culto
tlo verdadeiro Deus, senflo ainda a formar 0s costumes para um es-
tatlo feliz e tranquillo. A itlolalria, o luxo, a intemperanf.fl, a li-
ccnciosidade, os viCios lotlos, em sumna, que perturbam a ordem

(1) Fleury. Coslumcs dos Israeli(as.


00
nU
CATECISM0
sooial, alli 0s vem0s seyeramente condemnados,. os deveres de pais e
mfris, amos e servos , alli estam sabiamente decretados. yemos re*
gulamentos somptuarios em favor da modestia e frugalitlafle.
Turlo
previo e decrelou 0 supremo Legislador de quem I]loises era o iu-
,
lerprete e ministro.
ora, neste cotligo tam atlmiravel e completo , havia, entre 0u-
tras, duas Ieis tanr sabias e tocantes, que nfio podemos deixar de as
mencionar : fallamos da lei do auuo sabbatico, e da Iei do Ju-
bileo.
Cada Israelita'tinha sua propriedade para cultivar e era a mes-
,
ma que receberarn seus antepassados n0 tempo tle Josu6. Nenhum
podia mudar de lugar, nem clesbaratar seus bens, nem enriquecer-se
exclusivamente : a lei do anno sabbatico e a tlo Jubileo obsla-
Tam a islo.
Pela primeira, ordenava-se que as terras cstivesseri em pousio
de sete em sele annos em honra do Senhor. Neste setimo anno
,
que as terras clescangavam, nflo se podia semear o campo nem p0.
dar a vinha ou as arrores. N[o se ceifava, nem se fazia vinclima,
nem se colhiam os fructos e 0s pfles ; o que a'terra procluzia por
si rlesma pertencia aos pobres e estrangeiros. Os proprietarios fa-
ziam provisdes durante 0 sexto anno ; e se tinham precizfio cle D0-
vos fructos , podiam colhel-os da producg.flo espontanea tle suas ter-
ras, mas com moderagfro , e sem defraudal aquellos quc, por sua in-
digencia , linham elireito a elles.
Pela Iei do Jubileo, santificava-se do mesmo modo o anno quin-
quagesimo. Publicava-se entflo uma libertlatle geral , pela qual os
Ilebreos , a quem a miseria constrangera a se fazerem escravos de
seus irmfros , Iicavam forros , e recuperavaur todos os privilegios ci-
vis. AIem disso, 0s gue tinham enrpenhado ou vendido seus bens
entravam quiles e desembaracados na posse delles. Era prohibido ,
no arno do Jubileo, e u0 anno sabbatico, exigir o pagamento do di-
ridas ; ate muitas vezes se perdoavam aos pobres. Esta tlifficulda-
de d'obrigar a0 pagamento, e mais a impossibilitlade de fazer acqui-
sigdes duraveis , diflicultava os emprestimos, tornava mais raras as
vendas , cor[ava pela raiz a ambigdo, e accumulagf,o da proplieda-
cle, e diminuia por consequencia as occasides d'empobrccer e eahir
attFl∬
llr脳 譜
:∵ ttta∬ :lcぶ ,the∬ Ъ
tti盟 [VttriSl

all■ oEd:sIIttle::
Ⅱ ebreos eFam tamsomente usufructuarios de su,s

熙 ∬
Si∫
0∬
a£
ゝ鷲ニ 『
s穏lr鳳 賞attr謡
rTttuttph」

m∝
漱糖胤lalLЧ T° la b叩 皿側に
ittrmT鳥 ∴

(1)Ⅱ OStiS apud ntalores dicitur queu nunc peregrioum Yocqmus.


Cicer. .
(2)Dcut.XXH, 6.
11
82 cATECISIo
6 este o unico pOv0 0m Ouia hiStOrla vemos Os vencidOs immOladOs
sem piedade pelos venCedorOs; abl・ i os annaes dOs G:・ egos e Roma二
■os, nacOes que tall10 gabaos e ellcal・ eceis, que tecidO de mOrti‐
cinios, que contilllladi fer00idade! Em segund0 1lgar, se Os ls_
raelitas destruillam os Challaneos, llislo obedoceram 1 0rdem fOrmal
do Altissil■ 0, que tinha repFOVadO estas nac6es idOlatras. E por‐
que os tinha elle repFOVadO? POrque nao aprelldel・ alll nenl com 0
castigo de SodOma, nem cOm os exemp10s quo os Patrial・
chas lhes
tinham dado; 6 porque naO abriam os OlhOs is maravilhas Opeltadas
em suas fronteiras, por espaOo de 40ヽ an■ os, em favOr dos llhos

pOr tellll11lStod♀ dezll::i:ll‖ :SI巌 :l:alldl」 1li(:fII11::


n ll」
direito de dizer a Deus: Nlo
VOS l da〔 10 punir os culpadOs? Ora,o pOvO d'Israel era o illstru‐
menio de suaき vinganOas.
O que nos peza agora 6 n履 o pOder demorar‐ ■os a exanlittar a
lesislaO願 o hebraica;seF‐ nOS― hia tam agradavel como facil prOvar i
ewidencia a vantageⅡ : quo o povo de Deus lcvava tts delllais lla―
9σ eSO Mas,este seFi0 0xame,homens sabiOs o teem feito(1), e no
lm de1lo,os L市 ros de MOis6s causam― nos a mais pFOfunda admira‐
ewleξ ‖
eWi肝 劇 %‰ ∫‰ 棚 認 LieF騒 監
胤 盤』
IⅡ . Eπ αsθ θ α
′θrθJむ あ∫
lia′ α. Qudm se i50 enver8onharia
de p6r em parallelo a Religitto dOs JudeOs cOm a idOlatioia que rei_


uli::∫ ξ
nteCIIni l‖ l ‖
m」 :III:∫ 1lniほ 謂 1111:liitillllI°
3 1evam aos paglos jamais fOi Ob_
jecto de difFiculdade; porquo o quc havia de verdadeiro O‐
bOllll no
paganismo ■lo era mais qu0 0 clell[1:irao dl revela9aO prilniliva,
dё quo os Judoos possuialll a plen

{1) Yeta-se a Defcza da Legislagilo ite Moi,sis pelo professor Bruna-



dc Brgssc; M. Fr0re , o homem conheaiilo peio \ooelagdo; Bibha



  ハ︶

Yeuce, pref. do Deuter.


83
DE PEnsEYERANga'
era pernrittido offere-
Ilaria um so templo, um s6 altar , onde
eer sacriticios e divinilacle : era este
um signal sensivel da unidade
soberania, nflo s6 o edi-
de Deus. Para representar sua magestosa
ficio sagraclo era o'mais grandioso Ol toOo
o reino t c0m0 tambem
uma das maravilhas do mundo' , r- -
AlenrclotemplodeJerusalem,havianasoutrascidadesedificios6,
isto
qus se chamavam synagogas,
consagrados ao serviqo divrno,
.uru*",l,Arru*blea. b serviqo Ou Synagoga consistia em oragOes ,
povo se juntava nellas tres
eitura das Escripirrut , e preclicagflo. O
6e- festa e jejum' Haviaern
6ias pgl. ,.*uri,-nao'contan4o o* ,liu*
encarregados dos exerci-
cada synagoga certo numero de.ministros
cios religiosos, oou nella se faziam : a maior
parle eram sacerclotes
os velhos mais venerandos
ou levitas. Na falta destes, escolhiam-se
i)or sua idade e vtrlucles'
Tres vezcs catla anno, nas solemnidades da
Pascoa, Pentecostes
a cgmpayecer em
e Tabernaculos , totlos os homens eram obrigados
mulheres 0 irem alli' Em ou-
Jerusalem; tambem era pernittido 6s
se eelebravam' (1)
tra parte fallanos destas festas, e do modo. c0m0
Estas grandes so-
Accrescentenros somente algunas minuciositlacles.
seguntlo dia da festa da Pascoa'
lcmnitlafles fluravam sete clias. No
n0v0 , primicias da ceifa'
levavam ao templo uma pavea de trigo
offerenda eram cheias cle
As ceremoniu*lu. acornpanhavam esta
para ir colher a paYea'
misterios. neputavaln ot loir.t tres homens
perguntavam tres vezes a
no territorio de Jerusalem. os Deputados
multidf,o ,uooiO*, se j{ o sol estavi
posto.; e tres vezes respondiam
Yezes permissito de cortar a pavea
no. sim. Depois petliam tres em tres differeu-
'
i-tr., vezes lh'u ,*retliam. Em fim colhiam-na
tes cantpos , com tres clifferentes fouces ,l
e mettiarn as espigas em
o trigo,debulha-
tres bocctinhas para as lrazer ao templo. Chegaclo
que , tomatam tres me'
ram-n. em o airio , e do gr'[o produzia
Depois dc. o terem
didas de meia canatla p0ttco mais 0u lnenos.
joeirado muito bem, assaclo, e moido, botayam-lhe
p6r cima tlllla
ccrta quantidade d'oleo , ao qual juntaYalu um
punhado d'inQens0'

(l) Pri$qire Parte, liglo XXIX'


1等 Ti11lT∬

‖ポ
。‖島

ltlギ
ll鷺 it鴬
q:‖ =‖

lltilポ ││[
)unla clara pilltura c10 incl・ uenio
as quati・ O parles dO nlllndo. Esia
ols qlle se poz o s01 cle JustiOa, is_
r;o O seu o覇 eCt0 6 oOnservar sua
IIlenloria. Emfll1 0 numerO de tres,numeЮ
misteriOsO, lantas vc_
zes l・ epetidO, indica visivelinente a operag5o tlas tl・
es pessoas da Sall_
tissilna T:'in(lade na g:つ and0 0bra fla Redempc10 do lnundO。
Selo dias depOis d'ofFerecida a nova pavea, ce10bFaVa―
誠"0胸 SO a Festa

田ト
llttllwllh品 l∬ “dam ao SenhOr dOus pa∝

d∝ ∝ャ
Кゎ sdo mn%dewavattll ttic:°
durava sete dias cOmo as pl℃ cOde
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um FrJ.EFa O飢 O o unttO dh
誌 lttl11lall∬ ∵ 霧 駐 ∬ £ 11け e:lT::。 alilar絶 ,lml:ll
faZOF a eXpiaglo dOs pectados de 品 。 .lllEi∫
ciosida(les desta cel・ emonia:

艦∬曰
鳳∫賓鰐 卜鮮 ∫ 胤 l惟
=脱 alilI:
os pelDfumes no fOgO, para qllo o fふ
:aliles∫ leilI:ll・ lhよ
coptasse a vista da Arca da allianga. Depois mOHlandO a extrellli“
dade dO dedo nO sangue da victillla, aspergia sele vezes O prOpicia―
lorio quc cObltia a AFCa.

dユ 牌 胤 :‖ &∬ 鮮 :‖ L¶ :LWC腑 ∫lttru乳 ,!:al弯 よ距


te;aqllelle erll qlle callisse el'a imlnOlado. T011〕
ava O POntince o
sallgue desle bode, O cOm ellё aspergia o santuario, tOd0 0 TabeF‐
1laculo, 0 0 allar dOs Ⅱ010caustos, palta puriflcaF 0 1u3ar santo e 0
Jlar de 10das,as impurezas dos lli9s d'Israelo o胸
recia a Deus 0
oull・ o bOdO vivO; e pondo―
Hle as n150s sObre a cabeOa, cOnfcssava
OS I〕 eCC猟 10s dO povO, cOm os quaOs cncalirogava,GOIn illlprccac瓢
o)

DE PEBSEYEBANgA.
85

ao tleserto', de
o animal figuratiro. Depois disto, ntandava-o -lanqar
maneira que nf,o tornasse a apparecel' : chamava-se-lhe
0 bode
emisscu'io,
Estes dous bodes representavam o sacrificio unico do Salvador ;
emissario , fot
que, encarregaclo dos peccadrt do povo, c0m0 o botle
lanqado fora {e Jerusaiem ; e immolado como o
outro bode, para ngs
puri{icar pela aspersto do seu sangue'
os Israelitas, c0m0 ja vimos, nfio elam mais que 0s rcndeiros
tle Deus ; elle *'o era o direito senhor da Palestina. Para reco-
nhecer este soberatto tlominio, tinha o p0Y0 obrigagdo
de lhe offere-
ccr uma parte de suas colheitas. Faziam-se estas offerendas antes

de tocar nas seal'as, em nome de todo o po\'o'


fallamos ; de-
compunham-se cla paYea e do pfio tle que acima
pois fla ceifa . os par[iculares faziam iguaes offerendas , antes
qus
primicias'
hr**ru* uso tlos no"o* fructos; chamavam a isto as
Nlo havia [ernpo fixo para as primicias dos particulares , nem
se lhes determinava quanticladc. Reuniam-se em bandos
de oitenta
porrou*, para levareni estas offerendas pomposamenle ao templo' Ca-

,tu banrlo trazia na frente um boi tlestinado a0 sacrilicio . coroado


d'olivcira, e douradas as pontas. Cada um trazia em um ces[o
as

primicias clas suas terras ; os ricos tiuham cestos d'ouro 0u prata ;


com solemnidade, entoando canti-
os pobres 6e vimes. Carninhavam
cos ; e quando chegavam i montanha do lemplo,
lotlos [omavam 0s
cestos aos hombros , sem erceptuar o mestho rei , se alli estava ; e
os levavam at6 ao alrio, onde os sacerdotes os recebiam cOm
ora-
g0es analogas a este acto de piedade'
o que fazia a offorta dizia : Iloie reconhego peranle o senhor que
enlt ei na Terra promcttid,a a nossos pais; i
|itor isso qua offeryo as Ttri-

micias ilos fruitos tlo ter"ro que 0 Senlrcr me deo. (1) Feita esta
oragflo pouzaYa o cesto Sobre o allar , prosternaYa-se e ia-se em-
,
bora.
ortlenava mais a lei aos Hebreos o consagrar a0 seuhor 0s
primogenitos tle seus filhos, e de seus a[imaes domesticos. Os n-

(1) Deut. XXIX, 10,


86 carncrsilo
lhos primogenitos eram rc'sgatatlos a clinheiro. Tam5em se potliani
resgatar os primogenilos tlos animaes inpuros mas eranl sacrrfica-
;
dos os auimaes puros, e seu sangue tlerranrado em lorno do altar.
Queimavam-lhes a gordrtra, e a carne, bem como as clemars offeren-
das, pertencia aos sacertlotes : assim o senhor o tinha ordenado.
Se os Islaelitas tinham dias tle fesla , tambem tinham clias 6e
jejum. A lei s6 inrpunha um tlia cle jejum geral , gue era a dez do
setimo mez, na festa das expiagdes; mas havia outros extror.flinar.ios,
c0m0 nas calamidatles publicas, e mais afflicgoes particulares. Tam-
bem se jejuava por simples tlevog[0.
0 jejum nfro consistia sd em comer mais tarde; mas em morti-
ficar-se de toda a uaneira. Passavam o clia irrteiro sem comer nem
bebcr at,r! i noule. Assirn 0 praticam aintla nflo s6 os Jucleos, c0-
m0 tambem os Itlqhomolanos, quc 0 imitam dclles e clos primciros
chrislfios. Os jejuns publicos eram annunciaclos c0m0 as festas ao
som clas trombetas. Todo o p0y0 tltr Jerusalem se reunia no templo;
o das outras citlades nas pragas publicas. Fazia-se leitura 4a lei , e
os velhos mais venerandos exhortavarn 0 p0v0 a reconhecer seus pec-
cados e fazer penitencia. Neste dia loclos estavarn em silencio na
,
cinza e n0 cilicio. Trajavam vestirlos gujos e rotos , 0u saccos isto
,
6, habitos eslreitos e sem dobras, e por consequencia desagradaveis.
Tambem lhe chamavam cilicios porque eran fcilos cle estofo asperg
e grosseiro c0m0 borel. Tinham os p6s clescalgos , a calleca desco-
ber'[a, mas coberto o rosto,' ate algumas vezes se envolviam em um
veo para nf,o verem a luz. Os Prophetas cuidavam muito em Ihes
advertir que todos estes signaes externos cle penitencia nlo basta-
vam se nf,o eram acompanhatlos de contricgflo sincera.
Comparai agora este culto dos Ilebreos lam tocante , variado e
grandioso, com as festas jir ridiculas, ji obscenas dos Gregos e Ro-
man0s ; confrontai as iniciagdes dos mislerios de Cercs 0u os cla deu-
sa Yenus com as insirucgOes das grandes solemniclades da Pascoa
'
Pentecostes e Tabernaculos ; nfio yos esqueQa que d a Religif,o que
,

inspira as nagoes, e forma seus costumes , e dizei-nos clepois, com a


mlo na consciencia, se houve na antiguidade algum p0v0, que possa
equiparar-se a0 p0\'0 Judaico ? D comtudo , estc. poyo nada tinha
que 0 podesse elevar a uma nagio de prirneira ordcm , ncm por seu
DE PERSEVERANoA. 87
nem pot
caracter, nem por seus estudos , nem'por 'suas
riquezas
': Por
,uu po,terio. Prestai pois hometragem a Religif,o, e
dizei sua

salutar influencia, foi b poro Judaico, de todas as


naqdes antigas,
o mais esclarecido, *o*ui e feliz. Mas a lleligif,o nflo lles podia
procurar todas estas vantagens , senflo porque era boa ; nf,o era boa
senf,o porque era verdadeira ; nflo era vertladeira ,
senflo porque vi-
nha cle Deus. Louvor e Yeneraqfio tle todo o meu
amgr e de totla a
rninha fe, a esta Religif,o Judaica, que e 0 mais bello plesente que
o Ceo tenha feito a i*.tu , tlepois da Religif,o christi, do
que tenho
a dita de ser filho ; ou antes louvor e veneraqflo a Beligif,o
unica,

qoe existio sob os Pal,riarchas, sob a Lei 0-e tr[ois6's , e continua a


scculos. (1)
existir uo Evangelho para reinar pelos seculos tlos

ortAqf,.o.

gra,as por
O'meuDeus!quesoistodoamor,euvosdott
terdes dado a Beligiflo aos homens; e por todos os bens de que ella 6
o manancial perenne. Fazei pois, Senhor, que sejamos docels as

suas sanlas leis.


,e ao proxlmo
Eu protesto amaf a Deus sobre totlas as cousas
de Deus ; e, em testemunho deste amor,
como a mim mesmo por amor
*iiprttonei profwnilq, e sinceramente todus 0,8 ceremonaas da 力 げα
・ ,・

S Jos ISraθ αs, O Filassier. Fr“ s`θ ,


(1)Veia‐ Se Fleury= σOSι 鶴慣θ
;j′

t.1。

FIM DA PRIMEIRA PARTE,


CATECISMO
DE

pttnspwttn鳳 職QA.
´

SEGUNDA PARTE. =

I.a.LIo10.

ぶ T▲ DO D● PIUN■ O NA VIHD▲
DO FIIESSIAS●

Estado po!ittco e religi,so doS Genlos。 _Dolninag証 o Romana. _Idola“ │


tria。 一 Estado politico e religioso dos Judeos.―
DivisaO dO seu terri―
torio。 一 Depcndさ hcia dos Ronlanos.― Seitas:Phariseos, Essenianos,

Sadduceos,Ⅱ erodianose

・ ■ovo,
AcABAMOS de sahir do mundo antigo, para entrar no mundo
■o qual devem cumprir― se, verincar_se, Oompletar― se, as proIIles‐ 1
sas,lguras,,prophedas,o hstruc90es,cuja histo五 a por tanto tem‐
po ■os tem oocupado o ospirito e coⅡ IIIlovid0 0 0oraO五 o. Antes po‐
rem de passarlnos adlante, trateIIlos de conhecer este mundo ■ovo,
testemunha de tantas lnaravilhas.
・ 0 1mperio Roma■ o que, segulldo a prophecia de Daniel, d併
マia derribar e absorver a todos os mais, tocava o zenith da sua
gloria; e abrangia em seuヤ asto recinto quasi todas as na96es entaO I

oonhecldas. Depois d'uma longa e sanguinolenta lucta, vencedor

l terra e mar″ seuS numerosos rivaes, sentili Se Augusto tran=
90 calucrsilo
quillo n0 throno innperial dos cesares : rcporrsaya em paz 0 mundo
lodo, se tal nome podemos dar fquelle repouso momenlaneo em que
o escravo dorme embrutecido e carregado cle ferros. -
"Dc facto, todas as nag6es, conquistadas e tributarias dos Ro-
manos, gemiam sob a mais dura escraviclfro que jamais pesou s0-
bre a terra. Todos os povos , i excepgf,o doi Jurieos, uriuru* ,o-
pultados nas trevas da idolatria : o universo nf,o era mais que
unr
lmmenso calabougo, e um vasto templo d,idolos jamais ,o ,ii,
; tr*
pt'ofunda e universal corrrrpgflo. Iiflo c,ravam 0s homens
cl,offere-
cer incenso fis mais ridiculas e infames divinclatles. Aqui a6oravam
o sol ou a lua; alli a terra, a aguae ofogo; alem prosternavam_se
diante dos bois , gatos , crocodilos , serpenles e ito dianle dos
,
Iegumes, qrre gernninavam nas hortas. I{fl0 se contentavam
com
transformar bestas eul deuses , melamorphoseavam 0s cleuses
em
bestas ; pois que lhes attribuim as mais bestiaes e immundas
pai-
x0es. Era povoado o olympo com [am abomrnaveis habita,tes, que
os puniriam neste mundo c0m0 a execrandos malvados. seus ex-
emplos, Ionge cle persuadirem a virtude, olfereoiam por quaclro
da
felicitlade suprema 0 commetter todas as atrocitlades e rrrir.
toclos
os vicios. Nfro diremos com que ceremonias honravam os dilferen-
tes p0v0s a seus deuses immortaes,-nfio 0 diremos; toda a gente
honesta sabe pelo que.
a gravitlade romana ndo tratava a religiflo com mais serieda-
tle; p,r uma parte , c.nsagrava i honra dos deuses as impurezas do
theatro e 0s sangrentos especlaculos dos glacliatlores, isto 6, futlo qlan-
lo possa irnaginar-se de mais lrarharo e corruptor ; por.jbutra parte,
adoptava torlas as divindatles das nagOes que seus capitf,es agrilho-
avam ao seu caruo triumplral. Iiflo havia idolo por infame
por absurdo, a que a rainha do ruundo nf,o abriise um asylo
, culto
sorle que chegou a contar oitenta collegios de sacerclotes e sacerdo-
; de
tizas , e lrinta mil deuses. os sabios, e 0s philosophos ndo tinham
-
forga para arrancar 0s poyos tleste profunclo abysmo ; as nrais das
vezes eram aifida complices de seus erros e de,sordens. N6o ha um
sb destes homens tam gabatlos, que ndo professasse suas maximas, que
ninguem poderia referir sem corar cle vergonha.
Tinha chegado 0 genero humano , diz Bossuet, a ponto de nf,o
DE PERSEVERANC▲ . 91
eililllhttSalilirゝ
plleri〕
::lrlllaTtRel歯 ユ::(罵樹 塩

deuses, era logo obrigado a desdiz
Oomo irllpio. Toda a teFra eStava posSuida do mcsII10 errO: a ver―
dade nao o■ sava appaFeCer, e o Deus Creador do五
undo nao tinha
ten〕 plo nenl Cu1lo senlo em Jel・
usalem.
Tal era o estadO das na00cs no nlomento em que Deus ia cum―
prir a pronleSSa talltas vezes reiferada d'unl Reparador, que devia
tirar os hOmens das trevas do erro, e do loda9al dos viCios。
QuantO aO pOvo Judaico, uFliCO que conservava o oonheciIIlenlo
e cultO dO Veldadeiro Deus,tambeln ii estava em extltema penuria
se
do Messias. Dosde muito terlllpo,oOme,ara elle, nlo a eSquecer―
do Deus de seus paiS, nlas a enxel・ lar na ■eligi五 o Supersti96es inl
dignas della. Ⅱavia cIII Israel quatro seitas principaes: os Phari“
seos,OS Sadduceos,oS Essenianos,oS Ierodianos.90mO Se falla
descrevel― os,
delleS Inuitas vezes na vida de Nosso Senho「 , Vamos`
6 pr護
esde o tenlpoo de
:Si』llliCl::Sil::I」 llll,llnlprehender Jonatas, fllho de
Ewangelho.
llatathias, collneoOu entre Os Judeos a seita dos Phariseos. Preton‐
diam elles que Deus tinha accrcsccntado i Lei, dada no Sinai,gran―
de numero dc ritos e dogmas, quc MOiS6s tinha feito passar i pos‐
adi‐
teridado sem OS OScrever. Juntavam pols ao texto da Lei as ti・
ra.Assim,sus―
06es doS antigos,que se tinham conservado sem escriptⅡ
tentando o fundo da boa doutrilla,misturavam-lhe comtudo muitas su―
persti96es,e as inculcavanl ao povo polosua auctoridade. Vi17ianl os Pha二
riseos no meio do mundo,muito unidos entre si,Illostrando exteriormente
tueeram dm」 iCes e austё ros,masna m」 or parte are・ rrados a sous in‐

teresses, ambiciosos, Orgulhosos, c avarentos. Faziam tiIIlbre d'eX‐


trema exactidao na pratica exterlor da Lcio PabOavaFr1 0S diziIIlos
n10s6 dos flouctos graudos, corllo tambem das mais pequenas ller‐

vas, do COminho, da horteltt e do milho nlindo。 Obsel'va、 am o
Sabbado COm tal escrupulo que criminavam a Nosso Sen1lor por ter
molhado uma pouca de teFra C01n a ponta do dedo, para curar um
cego no dia de Sabbado; e a Seus diSCipulos, por terem arrancaclo
de passagem algulllas esPigas,para comer o ll・ igo.Jquavama miu_
a.
doメ alguns attduas vezes por semana, na segunda e sexta feil・
92 CATECISMo

eⅧ
alittal淵

∬ 罵露
‰脳電
tT。

‖ 鳴ⅧI電 h距 l∴ 9£

rar sua hypocrisia, tambem naO teve mais rancol・ osOs e mOrtaOs
lnlln】 gos,
a::Tttarllaぎ

in∫
valポ i淵 :6∬ Lig篇 ∫ l lMri盤 :[

rlノ VCia‐ θο ο
sr“ PllFs αs ls,'α θ s.
:jι α 、
`C Tlcury,
DE PERSEVERAN91。 93

pla que tomavam e intOrprotavam a seu Sabor.Jteconhociam que


00u O nlundo por Seu poder, o 0 30VOrna por sua Providen‐
l)eus cl・

cia;que operara em favor dOS Judeos um sem numero de prodigios,


)pensas;
0.que para os 80Vernar tillha estabeleci(lo Castigos e reco■
lilas clilam que eram umaS e outras puramente temporaeso P9r OS‐
talidade da alma;
te modo negavam a reSurrei9襲 O futura,e a lrllmol・
nlb serviam a Deus sen10 00Fn a mira ■OS bens do mundo; e da‐
vam largas is paix6oS e plヽ azel'es dos sentidos.
Tinham l)ouCa uniaO entro si, e menoS auctoridade entre o po‐
da nac籠 o,′ e at6 al‐
vO:nlo eram muitoS,mas eram os principaes
guns d'entre OS SaCl° ificadoreso Nosso Senhor OS COnfundiO fazendo―
lhes urlla pel・ gunta, a que n10 poderam respondero ElS aqui o sen‐
o ObStanto negais
tido do que lhes disSe: Credos na Escltiptura, e n瓢
a inlmOrtalidade das almas. COmo succede poiS que Deus se chama
na Escriptura o Dous d'Abraham, d'Isac e de Jacob, muito tempo
lk。 °
ll:° 1餞 lel【
1:llatrililTl。 1:H:ulallel lilialh∫ ∫ eよ lli ::

lodo mortos;porque Deus n10 6 o Deus dOS moFtOS, mas dos


VIVOS.
ⅡO■ ravam a MOiSё S GO‐
A terceiFa Seita era a dOS Essenianos.
■os por
mo prirFreirO IJegislador;OS que dissessem mal delle,tinham―
se aos Phariseos,
blasphemos 0 0S COndemnaVaIIl a morte. oppunhaln―
po「 que regeitavam as tradi96eS; e aos Sadduceos; poFque Crianl na
am negaF a reSur‐
immortali(lade da almao Seus principaes erros el`
rei01o dOS Corpos,e considel・ aF a alma COmo uma materia extrema―
mente sublil, que, attrabida ao 00rpO por um encanto natural,nel―
le estava fcchada como em uma priS10。
Os Sadduceos S6 viviaHl pal・ a o 00rpo; OS Essenianos,, pelo
oontrario, crendo que tudO quo liSOngeava 0 00rpO augmentava a
servidlo da alllla, professavam ulna l■ oral eitrenlamente risPida.
Fugiam das grandes Cidades,tinham seus benS em cOnlmum, sua me―
o o meditaO氣 o da
sa era muito frugale Davam muito tempo a ora9履
Leio Sua maneira de viVeF pareCia― sO muito COm a dos Propbetase
Taes llavia que guardavaⅡ I COntinencia e ViVialn uma vida toda
contemplativa。
ome se co“
A quarta seita era a dOS ⅡOrOdianos. Logo pe10■

9L carEcrslro
uhece que cOmeqaram a apparecer clepois tlo reinaclo d'Ilerodes.
Cr6-
ss que era gente parcial d'aquelle principe; talvez soldados, officiaes,
0 cortezflos seus. Andavam unidos aos phariseos; I)orque apparecem
semprc junlos no__Evangelho; e professavam uma moral muiio pcri-
gosa , pois que Nosso Senhor julgou neoessario precayer
seus disci-
pulos contra seu fermenl,o. (l)
os Phariseos, sackluceos, Essenianos, e Herodianos eram pois as
quatro seitas que enfeccionavam os Jude.os quando chegou o Iuessias;
e que falseavam a Religirio de sorte
, Qre o ru,, vercladeiro espir.ito
estava a ponto de extinguir-se tolalmente. por outra parte,
a ver-
dade, agonizante no meio cras nagoes, acabaria p,r clehnhar-se
Deus nfro viesse logo em seu soccorro : jamais houve no rnundo
, se
maior
necessidade d'uma noya revelagflo. Ndo se fez espcrar muito ternpo;
naquella hora suprema desceu do alto clas eternas montanhas,
ra6io-
so de luz, o Desejado de lodas as nagdes '
.
Havia ainda entre os Judeos outras especies d'homens de que
muitas vezes se faz menqlo no Bvangelho. ['alla,ros dos
scr.ibas.
chamavam-se assim os homens instr.uiclos
, 0s doutorcs cla Lei, cujo
officio era copiar 0u explicar os livros santos. . Alguns attribuem
a
o'igem destes scribas ao tempo de llloises, ,utros ao cle David
tros ao de Bsdras , depois clo captiveiro. Eram estes doutores mui-
, 0u-

to estimados dos Judeos, e tinharn a mesma clignidade dos sacerclotes


e sacrificadores , supposto fossem differentes as suas funcgdes.
Ilavia tres especies clistinctas : os Ser/r as da Lei cujas cleci-
sdes eram tidas em grande conta ; os scribas d,o poal, qu.
,
eram
nragistrados ; emfim os Sribas clmmwns, que eram 0s notarios
pu-
bhcos ou secr.etarios do Sanhedrio.
Ao conhccimento dos homens, no meio dos quaes devia o Filho
de Deus passar sua vir]a mortal , accrescentemos algumas minuciosi-
dades icerca tlo paiz que ia ser santi{icaclo por sua divina pre-
senga.
Quando nasceu o llfessias, estava tlividiclo em tres provincias
o territorio da Palestina : a samaria, a Galilea e a Judea propriamente

(1) Yela-se Pluquet, Dicc. das flerl;s. disc. prelim.


DE PERSEVERANcA. 9b

tlita. Jir vimos que a naqlo Hebraica, eomposta de doze [ribu9', se


tintra dividido em dous reinos , no tempo de Jerobof,o, filho de' Sa-
lomf;o. As dez tribus scismaticas lomaram 0 llome de reino d'Israel,
tlo qtral Samaria foi a capital. Em castigo de sua irlolatria , vie-
ram os reis d'Assyria ? que assolaram cste paiz , e o recluziram a
lum fleserto. Em lugar clos antigos habitartes? levados captivos pa-
ra Ninife , mandou Salmanasar colonos estrangeiros estabelecer-se
alli. Estes llgvos habitantes, tendo levado seus itlolos para a Ter-
ra santa , foram quasi inteiramente devorados pgr ledes.
Tendo noticia desta calastrophe Assaradflo , rei de Ninive , en-
viou um Paclre Judeo , com lloYa colonia, para estabelecer alli o
culto flos Samaritanos. Bsta colonia abragou a Beligif,o judaica , o
os no\,6s Samaritanos se appellidaram 0s pt'oselytos dos leAes, P0t-
que 0 teruor destes animaes 0s convenceu a seguir a Religiflo dos
iutleos ; tla qual, ndo obsl,ante , discrepavam em tres pontos funda-
mentaes : 1.. De tocla a Bscriptura santa somente recebiam os cin-
co livros fle }loises; 2." regeitavam as tradicg6es dos dotttores he-
breos , e atinham-se unicamente a palavra escripta ; 3.0 sustentavam
que se tlevia render o culto a Deus na coroa do monte Garisin, on-
oiu o* Patr.iarchas o tinham adorado ; em quanto que os Judeos que-
riam, e cgm rasf,o , {u0 se lhe nlo offerecessem sacrificios senflo no
tenrplo tle Jerusalem
Os Jufleos por tanto consideravam-l)os a lodos scismaticos , e-
era tal o otlio que lhes tinham , QUg se julgavam contaminaclos s6
com embarrar por elles : na sua lingua, o nome de Samaritano Ya-
lia uma grancle injuria. Taes eram estes n0Y0s habitantes do an-
tigo reino d'lsrael.
A seguntla provincia da Palestina, no tempo do lllessias era
a Galilea. Perto da metade das dez tribus captivas em Ninive va-
leram-se de certas circumstancras para regressar sttccessivamente e
em bantlos a uma parte das terras clo reino d'Israel , que antes ha-
bitavam. Alli reedificaram muitas cidades, e a terra que occupa-
vam , na qual estaya a pequena cidade de Nazareth, chamava-se a
alta e baixa Galilca. Tambem chamavam Galilea das Nag0es iquel-
la parle que confinaya com Decapole ou Syria tle Damasco ; por-
96 cATECISM0
que os lsraelilas alli viviaIIl juntos com os GentiOs, em soOiedade
c市 il, supposto que separados em lnaleFia de Religilo.
A terceira provincia da Palestina era a Jutlea proprialnonte di_
ta,isto 6,o territorio(las duas iribus de Juda〕 e Benjamin,occupa―
do pelos restos que wieram do capliveil,o de Babylonia。 Os tteコ
breos que habitavaln esta parie da Palestina, c estavanl senhOres
de Jerusalem e do templo, cllamavam― se propriamento Os JudeOse
Seus Sulninos Sacerdotes tiveram successivamente o ■Ome de che‐
fes da na91o santa, a16 quo os Ronlanos, oonquisiando a Palestina,
obrigaram os Judeos a receber um principe nomeado pelos conqllis‐
tadores.
Foi ent履 o que a Judea flcou l・ e(luzicla a uma provincia sob 0
dominio d'Augusto o seus succossores, o os mesmos Judeos,rOcOnhe‐
cendo os Cesaros por seus soboranos, perdel・ aln o direitO de lllandar
iuSti9ar Os crilllinosos,que condemnavam i morte, sem licenOa e
pololniOs五 o do iIIlperador ou do presidente que governava em seu

nome. Nada inculca melhol・ quo o sceptro de Juda lhe Lavia cabi_
do das maoso os llhos de Jacob,lernbrados da celebre pl・ edi95o de
seu pai moribundo,comprehenderam entlo quo o l・ d■ O do Messhs

響 ::° 。

itill:l朧 daleFemOS na seguinte li91o como a sua espectati‐
r=@----

oBAqf,o.
o' meu Deus ! que sois todo amor, eu vos dou gragas por ter-
des vindo pessoalmente em auxilio da verdade, que perecia por {oda
a terra; e nos haverdes tirado das trevas do paganismo , esclarecen-
do-nos com a luz admiravel clo Evangelho. Permitti, pois, 6 divino
Bedemptor do mundo; que nflo sigamos jamais a outro mestre senfro
a v6s.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas, e ao proximo
c0m0 a mim mesmo por amor de Deus; e, em testemunho deste amor,
estwdarei, clm gr&nde applicagdo esta segwtda parte clo Cqtecismo.
DE PERSEVERANoA. 97

II。
2 LIc10

NASCIMENTO DO MESSIAS.

Entre os Jutleos, Gltre os Gontios , - DQ Orien-


Espectagf,o geral.- -
te e Occidente. - Decreto do Imperador Augusto' - Joruadq a- Bcth-
lem. - Nascimento tlo Messias. - Circumcisf,o. -. Adoragf;o dos Magos'

ilCtttilittp飢 O que∝ summ“ 蹴∝


DEP01S que Alexandl'o paSSOu ao OFiente, estiveraIII oS Judeos su‐
do"s
盤 :ria∬ 肝T鷺 ∬ ёde chefes da nagloo Estes reis

°
estranhos tinhaln sidO il avarentOs,ia crueis,jtt impios, ii perSe‐
.穏 mメ %郡 SOllttam o対 n%PЮ ‐
:ば 臨fa∬謝
農 Ltt11° :ld°
口 “
ppliciaram o Santo velho EleazaF,
a mtti dOS Machabeos e seuS Sete nthos. Em lm os Romanos, nao
c.ontentes COm extOrquir d'este povo, poF natureza livre, um pesado
tributo,impozeram― lhe de mais a mais a seu despotismo soberano。
os Phariseos, 0 0 povo, que s6attendiam ao Seu amor pro―

欄‖lttl:鱗騰楡灘轟
輔鮮《弩撫鮮 補
nem OuVir mais que as qlle annu
戚鮭 。s
rentes comtudo dOS que elles queriaIII: foi este O erFO fatal qu。
conduzlo ao delcldio.
Nlo esque9喘 oS quc esta cegucira 6 mais lIIl pr° Wa a favor
98 CAIECISilO

das prophecias ; por quanto , estava predito, expressamente predito.


que o poyo escolhido seria inliel , ingrato, incredulo
; que negaria
o Christo ; que lhe daria a morle ; que em consequencia disto os
Jutleos seriam reprovados ; que andariam errantes
, sem Rei, sern
Sacrificio, sem Altar, sem Propheta I esperanclo a salvaQflo s€rtr
0r-
contral-a. (1)

軋職ぶ 』
鰊 ゝ
£穐
Ⅷ 叩

(難 榊雌 mhi説

器 alI量 :lte:れ )s::サl:tttu:き 、


elliS1llb:∴ II:::ll° ll::Sirl乳::::
om uma facilidade de que nao ha―
via exemplo.(2)A histOria nos assegura quo O priicipal motiv0


li∫ Iil講 ‖ 1:灘 ‖ │ゝil{織 聯 ii
i墨 lll1111;』
Esta espectativa da proxilna ,hegada dO Messias n10 era parti。
cular e exclusiva dos Judeos: tOdas as na9o es do mundO a parti_
lhavam. Assim Gumpria que fOsse;poltque d'oulra sOrte, oOmo te‐
rianl os PrOphetas chaIIlado aO Messias ο″θ
δげαごο ″θ ′
θ′αs α∫"α _
′σθS? OS GentiOs deviam este cOnllecimento dO RedemptO「 fllillro
ji a tradigaO primit市 a, ji ao cOInlnel'cio cOm os Judeos, desdo
muitOs seculos espalhados Om grandc Parte dO mundo.《 IIavia uma
gθrα ′persuasao, diz Tacito, quo os alltigOs Livros dOs sacel・
dotes
annunciavaIIl, que nesta epocha o Oriente prevaleceria, c que da
Judea sabiriam homens que se tornaltialn senhores dO mundo.》
(4)
Toda a Asia estava agitada. U面 grave e celebre histOriador
do imperio Romano, Suetonio, que viveu n'aquelles terllpos, attesta

・rlノ Dan.IX, 26;Osoas.III.


(2)Act.V,36,37,otc.
(3)JOSephO,′ θ ″ θ71o JI`Jα jι
o, l.VI.c.V.n。 こ.

(4)Pluribus persuasio inorat,antiquis sacerdotum iltteris cOn:ineri,


oo ipsO tempore fore, ut valcsccl'et Oricns, proFectiquc Jud“ a rerunl po―
ti「 entur. J,s′ οrj″ 1. v′ n.13.
99
DE PEiSEVERANoAc

舗爵 I理
eT:∬
%11∬ l∬ ll:£ 1:出 ∬∫
∬幣ゝ :櫛 fetti
cha, segund0 0S decretos dO destino, a Judea daria senhOres aO uni‐
verso。 》は)_
No OCCidente, O mais be1lo genlo do imperio Romano, Virgilio,
gFt∬
He螺 犠 言饉 胤 IttLi恩 :淋 Ttta∬ 淵 :
na terra,apagar o crlme,e fazeF pereCer a serpente.(2)Em suIIl―
se em tOdOS OS
ma, eSta viva e gel'al espectativa do Messias achava―

Ftta精 紺 訛 etti憲 l嚇 ‖ l』 ISi心 ツ lg稔 謙


器織 。

das dOS PatriarchaS e diffllndidas pOr tod0 0 0riente, cOncernentes
a queda do homem e pFOmeSSa d'■ m MediadOr futuro, lZeram com
que tOdOS OS pOVOS pajttos,pelo tempO da vinda de Jesu,ChristO,estives‐
(4)
鍵In esperando pela appari910 d'um personagem inustre e sagrado.》

StanS Opinlo,esse in fatist


Flノ Percrebuorat OriOllte toto VetuS et cO■ yθ sPα s・ n.4.
ut cO tempore Judaa profecti rerulll potirentur. r“
(2)Virgilio.na sua qualta Ecloga,nao Fez maiS que reVestir das
eiallas da l)oesia 0 0raCulo da Sibylla de Cumcso N=o 6por illinξ
VCntura cou―
SILblilulI‖
│:II::Sl::Iよ laI∫i工lVヽ :∫│:ll∫ lllI:│ド
よ lhl° l

leitura destes oraCuloS aos pagttos, a lim de os preparar para os IIliStcrios


Sげ α
αO das nagOes,
do ChriStianisinoo A'mcdida que Se aproximava o'θ
derramaTa― se peiO mundo ullla cXtraOrdinaria luzo EFaln OS prilnciros
clal'6es da CStrena de Jacob, que ostava prestes a surgir cntre n6s. e
CicerO allnuncia uma lei eterna, uniVersal, lei de todaS as nacOes e de
todos os tempos:Um s6 senhor COmmum.que Seria O mesmO Deus,Cu‐
olna,alla Athenis, alla nunc,
,O reinO ia comegaro Nec erit alia lex■

d mmm面 s ∞
alia posthac; sed omncs gCntcs, et omni tempore una lex Ot Sempiterna
mmmRIuttraltttド

PlltlL。
°■
1ギ
continelDit,musque前

_Feulei∫ llllLθ ::」 〕 ;


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θ ε 0, etce etc. “ "0, pOr SChmidt;
Jθ s“ ―θλ risι O pθ raπ O Sβ 2,′

s S“ aS■ 0′ αS SObrθ α βib:`o,1.° εαP3ι l::ο ′0″ :`・


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Drach。

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100 0ATECIsMo

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logicas dos tempos anteriOres a r
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ilな llよ llllili:lisili:│││[

lЪ 掘:slmttt:器 鼻 la器 :

謂亀 s漑 :忠 thll「 '柵

Fa誡 ∫WtaTSvTttLLIttI
〕 Judeos, 00nSignada no Tallllud e
mero de GentiOs se apresentaram

sa de Jacob。
(2)
L出 器∬吼盤:闇 ySTt∫
POF tant0 6 um fac10 cerlo o aveFiguado,tam claro oOmo a lllz
do s01, que antes da vinda (le NossO senhor, nlo s6 0s JudeOs,

∬1#痙 ll鼈0椰 │

鰹:ぶ sぶ TⅧ 工i柵肌留
Ora, O mundo estava nesta roligiOsa espectativa, silencioso O at‐

熱爛囃 紺載 祟l 樹脳 l
Icttall幌 棚糧
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,pr mmeゐ ctta tt D餌 _

::L謂 踏
l貯
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喘乱l山 ギ 艶
n“ r6∞ m"ν ,

"a,「
1 助

Yolnby, As Buinas, ch. XXII, n. 13.


Talmud, cap. 11,
101
DE PE■ SEWE■ ANoへ .

AestaspalavrastloAnio,Mariaturva-se'Q'emsua'humil-
saudagf,o tam respecluo'
datle, pr.cura comprehentlei a rasflo d'uma
graqa diante de
Sa. Nfo temas, ltu.ia, lhe tlisse o Anjo, achaste
Deus. Concebei'fls e paririrs um lilho , a quem
porirs 9 10.*t de
virtude do Altissimo
Jesus. o Espirito santo clescerir sobre ti, e a
por oxcellencia ; que
te assombrara toda. E' por isso que o-Santo
nascera de ti, sera o Fil-ho de Deus' O
Senhor o assentarf, no thro-
casa tle Jacob , e o
no tle Davi{ ,*o Pui ; reinara eternamente na
seu reino nflo ter.a fim. A humilde Yirgem responde
: Eis .a escra-
va do Scnhor; faEa-se em mim segundo a *-ua palavra'- - Santo
Bntdo o
Anjo desapparece,'e o Homem-Deui e formad,
pel' Bspirito
no casto seio de lllaria.
Tal e a simplicitlade sublime, com que o Evangelho
refere o
seculos do mundo
maior dos misterios. Fim supremo dos quarenta
de partrtla de toclos 0s se-
antigo , a Incarna-cio do Yerbo 6 o ponto
culos modernos atl I eterniclade. Nesle facto
culminante encontra-
se a explicag,fr.o cle todos 0s success0s , a rasdo
da elovagf,o e rui-
palaYra da acgflo
na dos imperios do Oriente e Qccidente , a ultima
tle Deus sobre o gerero humano'
Dissemos que a Santa Yirgem e S. Joseph habitavam
em Naza-
reth ; comtudo estava escripto que 0 lllessias nasceria em
Bethlem:
o seu nascimento na cidatle de Davitl era um signal por. oncle de-
dd
viam reconhecel-0. Deus, que faz coucorrer a0 cumprimento seus

designios as mesmas paix6es dos homens , serviu-se


tla vaidade e
un*r.ru do imperailor Augusto, para conduzir a [ethlem Maria e Jo-
seph. D'est'arte o orgulhoso imperaclor fo], sem o saber, o humilde
ministro clo grande nei , {u0 do alto do Ceo Soverna o mundo
pela

sua Providencia.
De faeto, appareceu n'aquelle lempo um edicto de Cesar Au-
gusto, mandantlo- farer o arrolamento de totlos os halitantes da ter-
rr ; u* virtude do qual todos os subditos do imperio Bomano foram
inscrever-se cacla um Da cidatle de que era oriundo. Como Joseph
era da casa e familia tle Davicl , passgu da Galilea f, Judea, da ci-
dacle de Nazareth f, de David, que se chamava Bethlem ; pal'a se
fazer inscrever com ll{aria sua esposa. Chegados il patria de selrs
Ards, percgrreram todas as ruas bu$gandq gnde se aloi1ssem. Jul-
102 CATECISIo
gaes sem du宙 da,que n'uma cidade onde tinham tantOs parenies
achariam sonl custo uma generOsa hospitalidade? Ah! nao succO_


焦 1lSlherT留 1辮 ‰ 導 投 蹴 ∴℃‖li品 鳳
entloar no mundO。
。Ⅷ e∴
Maloia e JOseph tiveram de sahil・
da cldade, e prOcllrar azy10
■o campo. EncOntl・ aram uma g:・ uta que servia de cur:・
al aos rO_
banhOs, e a‖ i resolveram passar a noute. El・
a, segundo a era vul‐
gar, nO an■ o dO mund0 4:Oo4, Inil annos dOpois da dedica9霞
O d0
temp10 de Sa10mao, 752 an■ os depois da fundaO顧
O de Roma, aos
vinte cillco dias dO mez de dezembl・ o, pela h01・ a da meia noute:
estavaIIIl prehenchldOs Os tempOs, tinha sOadO a 1101ta da Redemp9額
0
do genero humano, 0 0 vel・ bO Elerno, incarnado
■O sOio da Vir_
geIIl purissima,fez sua entrada no mundO.(1)

(1)O CeO e a terra estavam de nlttos dadas para annunciar, cada


um Cl sua linglla,a plenit,de dOs tOnlpos c a hora para senlpFC Solc_
mne da nossa Redenlpgao.A'voz dos Prophelas e das tra`ig6es Jllnta,
Vn― se a υοz dOs astroso No seu Sy"3わ οFjι ο ごοs sο
ηヵοs M.schllberr,prO_
ressoli em 1711lnich,cstabe:ecetl por uma multi(150 dc ca!culos astronoini_
cos, que os astrOs predizlam a seu modO a vinda dc Nosso SenhO「
Jestl_
Chr:stO; quo O anno SabbaticO, anno dc perd50 e rcnovag50, estava cal‐
culado sObre suas revO!u9oes; quo os astrOs renovavam O seu ctlrso cada
vez quc a terra se renovava para a penitenciao MOstra cHe que tOdOs
os povOs da antiguidade cOnhecianl esta linguagem dOs astrOs, e sabianl
o grande succossO, a grandO recOncilia950, que annunciavam. `` Mas,
diz e‖ e, todas estas harlnonias partlcularos tendiam para uma harmonia
nlais cOmplcta c sublilne no mOvilnento de uranO, 0 1uais e10vado, c re―
mOto dos planetas. No anno dO nascilnentO de Nosso senhOr JesuoChris―
to, Urano, culo telnpo de rotacao ao redor dO s01 abraga e contOin o de
todOs os outros planctas,c9mpletava a sua quinquagesi:na revolug晨
0。 ora,pOde
considerar‐ se
com ras=6 0 anno de UranO cOmo o unico real e cOmpleto
do systema p!anetario,pOis que cntaO ё
quc tOdos os astrosi, ainda Os
lnais remotos, cOmocam de nOvo O seu culヽ sO.
Pois fOi precisamente nesta epOcha,em que tOd0 0 systema planeta―
riO FCllnido colebrou o seu prirneirO annO dc reparag層
O c reconciliacaO,
que lodas as Prophecias se cumpriam,0 0s Anjos do Cco O os habitan“
DE PEIRSEVERANoA. 103

Logo que nasceu, lllaria sanlrssima, sua u[i,


0 envolveu' enr
Todavia o Filho de Deus
mantilhas e o deitou sobre o presepio.
aos homens, para 0s
ndo quiz que o seu nascimento ficasse occulto
e a,s pobres,
quu.r tinh; e\e ilesciilo ilos Ceos ; mas foi aos simples
manifestar-sc' Ha-
antes que aos sabios e ricos, Que lhe aprouve
rebanhos' De
via n,aquelles arredorcs pastores que guardavam ssus
repenteo,r,nlodoSenhorlhesappareceu:umarepen[inaluzse
Mas o An-
em torno delles e {icaiam muito assustados'
clerramou ,
ih;;;tsse ,N[o tenhaes receio, p.rque veuho annunciar-v's Ho-
uma
r :
motivo de :
nova que sera para totlo o poYo um grande lubilo
je vos nasceu um salvaclor na cidade de David. E', 0 christo , o
"senlror,
e eis os signaes por onde o reconhecereis : achareis um me-
-deitaclo
nino enfaixado e elm um presepio. B logo uma nume-
com o Ailjo a louvar a
rosa multidfo tla celestial milicia comeqou
Deus e a dizer: < Gloria seja a Deus uas
alturas, e na terra paz
aos homens de boa vonlade. > 0h
I sim, a Deus a gloria , aos lto-
o. divino menino. eis o fim
mens a Paz ; cis o finr para que nasce
para o conseguir , que nos cump-re fazer ?
de todo o christianismo.-
Nflo carecemos riquezas , nem sciencia , basta-nos a boa von-

tatle.

harmoniosos daS espheras:


tes da terra cant{lvam untsonos com oS Coros
,, gloria seja a Deus nas alturas, e nA [erra paz aos homens de boa vou-
" tatle. ,,
sabhatico , Do
Esta epocha coiucidia com o fim da semana tlo aDno
qual, segundo uma antiga predi.o6o, I)eus havta de firmar
a sua allianga
com os scur!.
grande relogio do universo , cuJo destioo primitivo
D'cst'arle, neste "l,odas
era rDarcar o tempo , as rodas , todas as molas particulares , esta-
yam , desdc o prinripio, de tal sgrte tlispostas e collocadas pelo mesrlo
Crcador, que todas sL referianr 6 grande hora em
que Deus havra tle
faz.er amanhecer o dia delcluinado de toda a eternidadc ,
e celebrar o
grandc anno dir renovagflo e perdtio. Totto o -universo , nas
grandes pro'

lrorgOesda s*a coordenagiio e das suas rtisposrgdes interiores, annunciava


pois, .on,o o livro da revelag[o , acluellc por quem e para quem fora
fei-
to o estelilero Cco.
104 CATECIS10
Logo quo os Alos deSappareceFaFn, 00mecaram Os pastOres a
dizer uns para o3 0utr08: VamOs a Beth!em, e veJamOs O que suc‐
cedoo Foralll a toda a pFeSsa,c acharalII IIaria, e Josepl1 00m o mellino
deitado no presepioo Ent晨 0 0stes past01・ es, prilllleiros apost010s dO ltecem‐
nascidO Jesus, publical'aIIl os prodigios que tillhali presenceadoe TOdOs
aquclles quo Os Ouviam lcavam sumlllamenie maltavilllados,em qllant0
quc a Santissitta VirgeIIll nada perdia de todas estas cOusasi e aS medita‐
va cm seu coraglo. Assilll se passou esta noute palta sempre me‐
moravel.
Ao lan do OitO dias, fOi O menino cil・ cuFllCidado; pOrque a
circumcisaO fazia― se oitO dias depois dO nascimento dO meninoo Nes‐
ta circllmcisao, del・ ramando as prinlicias de seu divino sangue, 1・
0_
cebeu O Messias o ■Ome de Jesus, qlle quer dizer SalvadOl。
. Nome
misteriosO,.que lhe foFa dadO pelo Anjo,aillda antes dO scr cOn‐
cebido no soiO da Santissinla Vil・ gem; 110111e adOi・
avel, anle o qual
dobram o jOdho O ceo,a lerra,o Os inた rnos;nOme incOmmunica‐
vel, que ninguem senao O Messias veltif100u em 10da a sua ex‐
tellsao.
E' verdade que dOus hOmens celebites da histOltia santa, JOsuё
,
successOl・ de Mois6s, O Jesus, lilhO do JOsedech, tinhaln tido este
nome;mas que immensa distancia entre aquelles salvadores ngurali_
VOS, 0 0 que representavam! cOmo a Terra pl・ omotti(la, na qual
Josu6 introduzio os MOabitas,era apenas a impclヽ feila image苗
dO ceo;
o o restabeleciinento das Observallcias legaes pelo fllbo de Jose(:ech,
na volta do captiveiro,era s6 uma sombra da pel・ fei9餞 O Evangoli_
ca, o da adora910 0m espirit0 0 verdade ; assiln o nplne de Jeslls,
dado lqueⅡ es gFandeS hOmens, nlo era lnais que unl symbolo d0
omnipotente nome, pelo qual devialllos ser reCOnciliados cOm Deus
e FeStabeleci(los na heral10a dos santos.
I JOSeph e Maria estavam ainda em Bethlem, quando Deus, que‐
rendo mostrar que seu FilbO era, sogunc10 as predi96es dOs Prophe_
tas, o DeSttadO das na9oes e Salvador de todos Os homens, fez bri‐
lhar■ o ceo uma estltella extraOrdinariae Este milagl・ OsO astro tinha
sido annunciado aos Gentios mais de doze secu10s antes, pelo ■Ome
de estrella de Jacob. Appal℃ ceu ena no oriente; Os Magos a re‐
conheceltam,c entenderaIIl que era nascid0 0 BIossiasDesttadO. Utta
DE PERSEVERANoA. 10b
tl・ adicao conslantc nos asse311Fa qu0 0s Magos eraIFl l・ eis;e que ёltalll
em nllmel'o de ll・ es: o nOine de Magds quer dizer sabios. ApenaS
descobloiram a estrella,nao resistiram a graga, mas p()zoram― se a
canlinho para a JudOa.
Cm山 バ
山脚ad∝ 絶騨
ね,席
「 ¶懲sII:麗 :rd:。 1盤 日
do l'ei Ⅱerodes. Onde esti O Rei
perguntaralll elles;pOrque n6s vimos a sua estrella no Orienlo e viemos
para o adorar. A esta nova, peFtuFbOu― Se Ⅱerodes, e toda Jerllsa`
leln 00m elle, e tend0 00nvOca(lo Os Pl・ incipes dos sacerdoles e Os
Escltibas da na05o,pergunlo■ -llles on(le detta nascer o chFiSiO?Ins‐
truidos pelas prophecias, naO hesitaFam um mOmento, e disseralll‐
llle:Em Bothlem de Juda;po「 que esm escripto:F′ %,3θ ′ 力′θ 用ごθ
Jt`′ α′"α θ σ s α πθ ,2θ r Jα ∫
Prが πθ
ψ αθS θグ
″ α′θs ごθJι α, ″οお fra rJ
sα ん ・
グタ乙 οθ θ θ ′θ″ごο θ ου θJS″ αθ ′
。 (1) `′

"Jtι "〕 "″


Enほ o Ⅱ erodes,que juntava a crueldado dO ligre l(lissil■ ula…
0証 O Cla lヽ apOsa, resolveu desfazel・ ―so desto nOv0 1・ eio Fa1loll elll sc_
gi・ etlo aos Magos, sOllbe O tempo cm que tinham vistO apparccel・
a
osil・ ella, o os enviou a Belllloln (lizendo― lhes: Ide, procllliai clli_
da(losainente o menino,e quand0 0 achaF(leS, awisai‐ me para ql10
ou vi tanlbem a(loral― o。

Ⅱel・ odesね zia este raciOcinio:se a indagaO瓢 o se lzσ r em ntcu


nonle e pclos meus, a descollfianga fari escOnder o menino; qlland0


‖咄 λ£1∬ 10rub駆 ガ l憮
1i〉 獣 I静 鷲 lw悩 緞 等 degolac5o dos in■ ocenloso cOIIl
efreit。 ,este moltticinib el・ a inulil se O Messias l10 fOSSo nascldO;

se o fosse,Deus,qu0 0 tinha prolnetlido ao mllndo, ■50 podia pel・ ‐

Ta鳳 喘 nel'FtttF器 :
lmi懺 淵 I[缶 搬 i駐
c画 me quo 0 10rnou execravel a tiSe,sOm nenibum prOveito
)dos Os seculose seu,um
SabiOs e POderO_
sos(lo ■11lndo, cOIno sois parvos e llliseraヤ cis fluando l)ltclell(lois
―vOS aOS(lesigniOs de Dells!
ol)pol・

(1)Matl),II,6.
1/4
106 GATECIS10

Entretanto, ouvindo os Magos O que lhe diZia ⅡeFOdeS, paliti`


ram sem desconlar de nada,o antes bem dispostOs a Satishzer Seu pe‐
dido。 Ora,a eStrella,q■ o tinham wisto no Oriente,tol・ nou a apl)a‐

reCeF― lheS, o Caminhava adiante delles, at6 que parou no lugar o■
ia,
de estava o menino. Ao velt a estFella, foi grande a slla alegl・
c entrando■ a Casa,acharam o menino oom MaFia Sua nlai,c PFOS―
ternando… se o adoraram.Depdsr abrindo SOus thё Souros: 0飩 reCe‐
ram‐ lhe presentcs d'Ouro,incenso,o myrrha.Assim se cnIIlpriraln
θs 夕・お ごθ
θ
■o menino de Bethlem o que disseram os Prophetas:
θα
rθ θ οPrθ Sθ η
′s, じ
θ ιθ
′s ιんθ′αrα θθ
rん α s θ
r∫ ′ θ ′
Jθ Sα b`ι ん 9メ
ttrθ
'・

′'■ グαb′ α.(1)


EFam eSteS presentes misteriosos: polo outl・ o FOCO■
heciam oS
Magos a realeza de Jesu‐ Christo; pelo incenso, a diVindade;pela
mVrrha, que Servia a embalSalllar os cOl° pOS, a humallidade passi‐
e―
vel e mOrtal. N6s os imitaremoS, diz unl Padre da lgrla, oIFel・

cendO a Deus o ouro da charidade, O illConso da ora910, e a myl。
rha da mortinca910。 os Magos foralll as nossas prinlicias;por el―
a()1・ (lillaria
les comeOou a VOCa9五 o dOs Gentios, e d'aqui vem a exil・

鰍 絣
divindado OS SOfF:・ imentos, humilhi 憔
O ViFalno E'― me preciso um Salvador, diZ Bossuet,que, por scll

Adallliola埋 I: illaltt lewlllド li llligiIISalllimllllSel


com ereitO, para colllprehe,1

Ⅷ 鸞1lⅧ‖
al腑 臨 。
[押 ゝl』《
∬ tr脚
my‖

SalvadOr para apagar o peCCado ,
Dells,Satisね zer i lustioa de seu Pai.e curar o genero llumano(los

撚鷺 ‖ギI脳血Wlh爵 輛嚇i就1織ギヤ
(1)Ps,7:。
ヽ 、
PERSEvEf,ANqa. 107
DE

tla nfio 6 mais que uma tlor prolongada ; emlim ,


nasce n0 prese-
pio e morro na crllz.
sf,o a lgno-
As consequencias do peccado em relag,flo ao homem
ou 0 amor cego , des-
rancia clo que deve amar, a conoupiscencia
rusruOo , tirannico das creaturas. Para
o livrar destas consequen-
todas as c0usas do
cias , deve o llessias ensinar-lhe a clesprezar
n",rn,lo, e referir o seu hmor a Deus , ags
bens eternos ; eis por-
as riquezas, 0s prazeres ; eis pgrque
[,,* .tiu calca aos p6s as honras, e nas humilhagdes. E', !9', este
nascc, vive e *or* na pobreza
titulo que se mostra o virdadeiro medico do homem ' o
decahitlo

seu verdatleiro Salvaclor,

ORA9風 0●

108 CATECISMo

III.a IJIClo.

VII)A PRIv=ゝ DA D0

[urilicagrig. .q- 0 velho Sirneflq.


- Eugrda para o Egvpto. - ilIortirrinio
dos Innocentel. Regresso a Nozarsth.
- - JQsus no tenrplo.

EsPERAVA Ⅱ創Юdes a vdh dOs IIagos;e,cOmO cOnhva cttn dに s


para seus flns, pal・ ece que naO tirOu O口
tras illf01・ ma96es icerca f10
■Ovo rei dos Jll(leOs. Enll・ etanto Os IIagos, sendo avisados elll sO_
1¨ Sa na。 1。 Fnar a lratr cOm aqueⅡ e peridO,vdtaranl para a sua
terra 101lando po「 OutrO caminhO.Josepl1 0 11al'ia aprOVeitalヽ am a

WiⅧ 盤 im8∬ :露 :IЪ llodas 号
CumplF dOuS■ qlle t市 essem(la―
as lllulheres
d9嵐 luZ um nlh。 ,que fOsseIIl purincar_se aO Temp10 depOis d'um ceri0
Ov∝ a面 g∝ da

111■ 01・ O de dia,;Illandava o outro,que tod0 0 11110 primogeni10 fOs_


so oIFerecldO ao SOnhor.

山鋭
「 撫F馳 醜蝋航‖電

鴨 山ぶ‖猟臨淵1 )hunlildade e obcdiencia, quc llos

V淵[掛釧 朧lT幌 ∫略詳 胸


ms∬
駐 l― llois6s, quo
1鳳
nlandaや a ofrereceF
ao Sen110r todos os prilnOgelli10s` TOdavia quiz submettel・
t道

―so 嵐loi
COInmum,e foi levado a JeruzalenL quaFOnta dias depOis dO seu nas_
cinlentO; 00bliocou― se, pelas maos de seus pais, a seu divi1lo Pai,
o llle apresentoll, pela l)1。 inleilta vez, em seu Temp10, ullla hostia
b quc csta suЫ ime o胸 Fenda ncasse oc_
llli.Dous mO pOrmi‖
DE PERSEVERANoA。 109

IIa宙 a neste tempo em Jerusalom ulll sanlo ve!ho, chamado Si‐


nle=oo El・ a uin 1lomem iustO,que espel・ ava com ansiedade o Co■ ―
solado:・ d'Israel. Tinha-lhe sido l・ ewelado que nio moFl・ eria senl vor
o Chrisio do Senhore Conduzido poF uma inspiFa910 divina, velo
elle ao Templo, quando o pai c a 11li do nlenino Jesus o levavarll
alli, pal・ a cuIIlpl・ ir a seu reSpeito o que era costume segundo a lei,
o tlepois dalldo‐ lhe cin―
islo ё , para oOlerecel― o ao SenhoF, e reSgalal―
co ciclos de prala, como oFdenaVa 0 1lVro dOS llunlcros; pol'que a
o'
o∬erenda do oortleiro, ou das rolas era sonlente pela puriflcaO五
da lnai。
O santo velho lllo teve s6 a fortuna(le ver o Redbmptor dO
mundo,Illas a de o 10maF Om Seus braOos. Entao transportado
d'uma santa alegria,e animado dO espiFitO dOS Prophetas,(leu gFa―
cas a Deus,e pliedisse os filturos triuml)hOS deste divin9 menino:
《 A30ra pois,SenhoF,eXClallla elle, deixaFeiS mOrrer elu paz o voss0
SCliVO, SCgull(lo a vossa palavra; pOrquo viranl: os meus olhos a
Salvaglo qlle nos enviaes, o・ que havieis preparado i vista de todas
マOS〔 Ю ‐pOv0
as nac6es, Para ser a luz dos CentiOS, c a gloria dO
1sracl. 》
Enl quanto a Santissima Vilogeln c S. Joseph estavam admiliados
do que dizia o santo velho,qve lhesね llava dos futuFOS deStinos
do divino BIenino, e da espa(la ou dor agndissillla que trespassaloia
O oora9議 o da lltti, voiO tambeIIl ao templo uma santa viuva, cha―
mada Anna, VeFdadeira fllha de Jacob, anhelava ella a vinda do
BIessias. Villva aos sete an■ os (le casada, tinha passado a vida
atё aos oitenta em ittunS 0 01` a96eS: o TeIIllplo era sua ordinaFia
Residencia. Apenas conlleceu o Salvador, iull1lou a sul voz a de
Silnelo, e testemunhou eFn Canticos e louvoFeS a Slla alegFia e
gratidlo。

Quan10 ёbello ver estes dolls veneFandOS vel1los, unioos co■
fldentes com Joseph e ]Waria do nascimento dO RodemptoF, dandO
testemunho da sua divindade, e morrondo sem pezaF, pOF terem ・
visto a〔 luelle quc 6 a Resur!・ e101o e a vidal Dig■ os fllhos. d'Abra― .

ham,nlais felizes que vosso pai, pois wistes com vOSSos.plヽ opFiOS
ol1los Aquelle,cuiO dia,o■ tre宙 sto.desde tant∝ seculos, fez exul‐
ねr de lubi10 a vosso illustre av6 1 Depois diSlo nada nlais quereis
110 CATECISI10

Ver, O FaS晨 O telldest Depols de vel, a Jesll― Chrislo, que IIlais ha


que ver? E n6s Christ五 Os, que nOs resta a desttar, depOis que,
mais felizes dO qllo Anna e Simeao, ltecebemos, nao tantO 1los bra―
90S,mas■ o cOloa9瓢 o,O DosttadO das na95es,a glol・ ia d'Israel?Qlle
cantico devel・ a ltesoaF ■O santuario (le nossa allna , sen五 o o daquel―
le salllo velho: Agora pois, Senhol。 , ine(leiKaloeis mol'rcr em paz;
assas宙 宙 :estam saciados Os meus olhos!
Ⅱa宙 a pelo menOs quarellta dias quo o爵 Iessias nasceita;e Ⅱe‐
■odes, vendo quo os plagOs nlo vollavaln, ltesolveu , aceso em ira,
destr,iF a tOdO o clls10 aquelle menino quo o as,ombrava, e aIFo―
gal‐ o no bbF90 ein um mar de sangueo Mas qne s50 cO■ lra Deus
os conselhos dos holnens ! O Al〕 jo do Senhor appareceu eFn SOnh0
a Joseph e(lisse-lhe: Levanta‐ te, 10■ la o menino e sua mai, frJge
plra o Egyplo,e nlo vOltes atё qlle ell te aviSe; porque ⅡeFOdeS
vai l)rocurar o menino para o iatar.Levantoll― se JOseph, e sem
mais delllora, lomando o menino e a mtti, partio para o Egyplo。
O pl・ ocedor dO So JOseph,nesla co1ljunctuFa, fOi selllpre consi_
derado oOalo o modelo d'uma rθ ″ /bjι αObediencia。 (1)Foi ella siFll―
ples e senl raciOcinag6es; n晨 O allega S. Joseph que, para gllardar
seu Filho do furo:3d'Ⅱ Odes,tinlla Deus uma in6nidade de meiOs,
el・

mllito menos penosos para o menino, para a mal,e para elle mes_
mo;pelo oOntrario,obedece pFOmpta e imme(liatainente.A宙 sado de no■ _
te,■ lo esperou pelo 「Omper do (liao Foi obediencia generosa e cheia
de conFlanca na PI・ ovldencia (livina; po「 qlle partio sem preparati_
vos nem provis6es. Era ene pobl・ o, cal・ eciflo de tlldO; mas, pOs_
suindo Jesus e Maria, quanto elヽ a rico l Chegou a santa falnilia
relizlnente ao Egyplo, c ani ncou enl quanto apl・ ouve a Dells doi‐
XaF a Seu Ⅱho nesh especb d'exmOo o)
Ⅱerodes,quo o fazia ainda enl Bcthlerll ou por aquelles arredo_
FOS, nlo se esqueceu, pela conta do lempo em qlle a esti・ ella ap‐

' (1)VeJa_so S.chrysostomo Jη


Mt′ ん。c.II.
(2) O Evangelho naO refere minuciosidade alguma dcerca da lloOra“
da da Sacra Famllia no Egyptoo Ha uma tradig層 o que diz, quc no mo‐
■lento que o Filho de Deus poz pO n・ aquc‖ a tcrra id01atra, baquearaln
DE PERSEVERAN9▲ . 111
paliecera aos卜 Iagos, que o meniIIo que ella annunciava poderia teF
cerca tle dous an■ os. Feito esto calculo, reunio suf「 lciente nulner0
(le soldados, o os lnandou a Bethicrll com or(lem de degolar n'aquel―
la cidade o seus arredoltes todos os meninos de idade de dOus an―
■os e d'ahi para baixo。
Executou― se a o「 (lem do novo Phara6, o o sangue dos in■ ocen―
teS COrFeu a 10FrOS nO terrilorio de Belblemo Feriam o ar os gri―
tos e lamclllagoes(las desoladas mais; mas as lagrimas nlo lhes
restituiam os queridos(ll1los, in1locentes victirnas d'um barbaro rei,
quo os sacriflcava i sua emlllacaoo Estavaln inconsolaveis; e en―
1霞 o se cumpril・ am as palavras quじ o Senhor pronunciara pela bOca
do Pl・ opllola Jcremias: Ouvio‐ se uma voz em Rama, gioandes la‐
lllenta96oS, grandes gi`itos;ё Rachel que chora poF SeuS filhos, e
que ntto pode consolaF― Se,pois que ia l〕 10 existem.(1)
Entl・ etanto nada lucrou IIeFOdeS em derramar rios de sangue,
sen五 o foi acendeF a COlera do Ceo,e merecer a execracaO da terra.
Pouoo dop6is tlesta balibaloa cxecl191o, I〕 eltdcu com a vitla o thFOnO,
quo a lanto custo pelolen〔 lia conserva:。 .

Apen3S(leSceu ao tulnulo,al)pareceu o Anjo dO Senhor a Jo‐


soph elll sollhOS, e(lisse― lile: Toma collltigo o menino e sua lnai
e volla pal・ a a tel・ :。 a cl'Isi・ ael; po:。 qlle saO inOl。 los os qlle procuravam
o lllho de 》Iaria l)ara o lllatar. Joseph, sem pelideF tenlpo, dispOz_
se a obedecer. ToI1lou conlsigo a Jesus e Maloia, e fleixando O E‐
gyplo, poz― se a calllinho para a lerl・ a de seus pais,cumprin(lo assiln a
palaviヽ a do Propheta Osoas,icel'ca do llessias i Ftt σλαπθ
グ αttθ

eln icrra to(10s os idOlos. S. Brigida,cuias reVel。 96cs nos dizcm os sOr
beranos Pontinccs qlle so po{loin crcr piamantc, assogll'a― l16s quc Deus
lllc revolara,qllc n Sacra llanlilia ll〕 uitas Tczcs p〔 lSSara ani fome c neces― .

sida(lc dc pao. Oh, coino nos cntcrneco este pcnsamento!


'oll ta:11 1ongo os seus hal・ haros crime,,qlle envolveu
(1)IICrO(lcs ic、
no morticinlo a um do scus prop面 os AIぃ os。 乃 θs′ αοθra∫ ′αο二dた
1lac:・ o:)lo, autho,PagaO′
クθοj“ P′ 夕 'α ご '20r
Or ■ Jlls′
lιοθ rα far7α ttθ η
′θご
'″ ヽ
ゞθ:71ι ′α んr′ s9“ θ ・ 夕ο“ PO,'ι ο α θ ′oJθ s 91′ θ αο"クοル′ 力 οメα′ ′″ ―
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θOs′ g"θ ん
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Porθ ο

うSaturnal.
c,IV. ` “
112 cATECISH0

θo Mas com soubesse que Archelao rdnava n Ju.


F″ んοブσ ″′″ ′
dea,em lugar d'Ⅱ erodes seu pal, 1・ eceiou ir para a1lio Por ■nl
iovo aviso do Ceo retil・ o■ ■e paFa Galilea, o esiabeleceu sua lヽ esi‐

dencia em NazaFeth, a rlm de cllmpriF 0 0raCulo do PIoopheta, pe―


lo qual o Filho de Deus devia chaina!・ ‐se o Nazareno: palavl・ a que
ao mOsmo tempo exploime a santiclade, e porfeita consagl・ aO頷 o do Sal―
VadOF, beIII como o lugar onde pattu a malor parte da stla vida
mortal.
UIn dit havia Jestls d'abantlonar a cidadc de Nazarcth, pol・ a
entl・ al「 Ila extonstto da sua IIllisslo, o lanOar, pol・ seus trabalhos, os
fllndamenlos da sua lgrtta. Entl・ etanto,imporiava que alli estivesse
occu1lo, oll polo menos se n額 o distinguiss・ e nlais qllo por seu cara‐
cter manso, sua subFniSS5o, e aqlleHa singular(locilida(le, cluo 0 10「 ―
na um llho mais amavel quo o oommum dos homens,senl que pol'
isso demostro que elle ёo Filho(le Dous.
A(lmiravel disposic額 o da Providencia,queね z da mesma inac‐
lo do Messias urll espectaculo divino! A hullli!fle habitaO頷
。 o que
enCel° FaVa tOdo3 0S thesollros do Ceo, parecia aos olhos dos homells
a'pob:・ e casa d'urrl al・ lilice, aonde so via Feinar a paz, a sirDplici―
dado o o amor do trabalhoo NIo bavia que procurar alli estesras―
gos dOSlumbl・ antes que enri(Iuecenl as historias dos heroes profanos.
Mas 6 d'est'aFte que se pl・ eparava 0 1ヽ eino(lo Redcmpto「 ; 6 deste
modo que b FilhO de Deus continuava as sllas li95es d'humil(lade e
pObFOZa, que comecara a dar― ■os no Pl・ esepio;C assim que se mos‐
ll・ava verda(leiramente o SalvadoF dO nlundo, expiando, po「 suas llu―

nlilha00os voluntarias, o ultnge qlle a orgulhosa revolta do pcccado


lizel・ a a seu Pai; e cuFandO, pelo solenlne desI〕 IooZO das l・ iquczas e

gralldezas do mundo, o homem eivado do amor de sous falsos


bons.
]Duranto o reinatlo d'メ Ll'cllelio, fllbo de IIero(les, 6 provavel qlle
Joseph e Maloia n瓢 o levassem a Jel・ usaleIII o Filho de Deus, palia ce―

翼 高 tlヽ lal襦 讐 1∫lelttTidelFλ ∫嘆 ∬ ir鼠 1軍 TIW乳 1:



nenino, a quem podel・ ialll oonheceli na capital, tanlo nlais porquc a
sua apl・ osenlagaO tinha dado brado entre alguns rleis。
Passados cel'ca de dez allnos, foi Archelio deposio pelos Ro‐
DE PERSEVERANoA。 113

mtanos,o o imperatlor Auguslo adiudiCOu a si a co「 oa da Jidea。


Desde esta epocha, o governo da provincia foi cO■ lado pelos Cesa暉

】℃s a um prosidente de sua noIIleacaO. A Gahlca ncou sob O do‐


nlinio d'Herodes Antipas,irm5o d'Al・ chelioo Este Ⅱerodes 6 o mes―
mo que mandou d,301aF Se J01o Baptista,e a quem o Salvador foi
enviado por Pilatos,■ O tempO de sua Paix履 o。 (1)

A mudanOa de principes moderou o receio Om que wivia a San‐


la faniilill de Nazareth. JOseph aproveitou a situa01o paciflca da
Judea para conduziF tOdOS os annos de Nazareth a Jerusalem Jesus
e Maria sua mai, a lm de sOlemnisaF na CaSa de Deus a hsta da
Pascoa.Em uma destas iornadas,quiZ O menino Deus comeOar,de
um mOdO prop9rcionado i sua idade., o OXercicio da sua IIlissao.
Tinha enほ o doze annOs,c havia ido a Jerusalem oom MaFia e JO‐
関pb, pal'a celebnr a Pascoa d'aquelle an■ o.
Acabada a solemnidade, que durava sete dias, ■os quaeS n霞 o
ora permittido oomer sen霞 O plo asmo, ■ollaram para Nazareth Jo‐
soph e llariao Ntto duvidavam quo o meni1lo Jesus, que nunca os

° 胸Wstt
tinha abandonado,vicSse altt pertO delles, porque iam em ban(los


朧t胤 ド n』 TЮ v撤 謂撚 Wettst
allllgos.
Causa admiraclo que nzessem uma‐ jornada inteira sem suspei‐
tar a ausencia de seu caro Filho, ou antes llada inculca melhor a
∞nlanga que tinhalrl de sua prudencia e obediencia. Todavia, ao
resto da tarde, procuraram por elle entre os pal・ entes e mais pes‐
soas de seu conhecimento. Foi em v餞 o;ninguem lhe dava ioticias
o
dolle;e pode iulgar_se qual seloia o oxcesso de sua afflic95oo N五
esperando GOnSOla96es de ninguem, resolveram tornar de madruga‐
da a Jerusalem, aonde suppozeram quo o menino teria rlcad。 .

o Baptista
(1)Deus vingou nestc perverso pHncipe a morte de Jo瓢
c as il'1'isOes feitas a Nosso Senhoro Accusado de querer exCitar FeVOltas
na Judea, e nao po(lendO lllstifiCar‐ se dianto de Caligula, que de mais a
nais nao gostava d'ellc,foi destcrrado para Leao oom HcrOdiada,ao・ ndo
Eorrerau ambos miseravelmente.
15
11/■ CATECIS10

Que lugal・ tinha oscolllido Jesus I)ara seu retiro? Que sOccOト
ros tinha achaclo para subsistir dous dias, quc esteve separaclo de
Joseph e 〕 Iaria? E' o que se nlo sabe. Feliz o lsraelita flel, que
liecolheu ein slla casa o nleni1lo Dells, durallte este cur10 interva1lo,
Se ` CeFiO que hon「 ou cOm sua presenOa alguns dOs habitantes de
usalern! O Filho de Deus llao estava isento de precis6es,polique
Jel・

por sua l市 re volltade se quiz suieitar i■ Ossa condicaO;mas podia


comtudo dispensar os auxilios que nOs sao necessarios′ desde a
■lais ionra idade tudo o que pedisse a seu Pai seria inilllivelrnente
C01lCedidO a dignida(le de sua pessoa. Foi no terceiro dia depois da
Pascoa que a Santissima Virgem e S. JOseph, entrando nO Teml〕 10,
achaltam seu bem amado Filho, clla auSencia lhes fOi tam dO―
lorosa.
EI・ a costume antigo que em certos dias os mestres em lsrael,os
Escitibas e Doutores da lei,so reuniam eln alguns dOs vestibu10s e■ ―
teltiores do Temp10 de Jerusalem. AHi, assentados eIIl cadoiras al―
tas, fol・ lllaVam uma especic de selni― circulo, em cuJo centl・ O Se col‐

locavalll aquelles que queriam ouvir seutt discursos, e as explitaOo‐ es


que faziam das d市 inas Escripturas.
Escolheu Jesus este dia d'Assemblea Religiosa, o quiz metler― se
elltre os lnais, pal・ a assistiF a inStruc9a0 0rdinal'ia. Tinha elll額 0
apenas doze an■ os; mas todos os thesouros da gra9a, da pru(len‐
cia e da sciencia estavam encerrados nelle, desde o pltilneiro ills―
tante tla sua conceiOao: s01nente n10 0stentava sona0 0 qlle convi_
1lha a sua idade;se aヒ umaS Wezes ia mais longe, era s6 quanto
bastasse palta altrahir sobre si a atten9証 o dos Jlldeos, c clisp01-os
pal'a os flヽ uctos do seu Evangelhoo Assim se hOuve na importante
occasilo (le que vamos fallando。
Mostre e doutor de todos os hOmons, escutava oom doOura og
orgulhosos mestres,cuja llypocIヽ isia e ignorancia havia de desmas―
Cal・ aF e COnfundir(1'ahi a alguns an■ os. Entretanto,pOis,que naO ensi_
nava com uma auctoridado bem di∬ el・ ellte daquella,com que se irLl―
pavesavanl os Escribas c Phariseos,apl・ oveitou― se da permispao que
tinham Os Ollvintes d'interrogaF OS meSti・ es.
A sabedoria divina assiIIl brilhava nas sllas porguntas como nas
suas resposlas. Nunca se vira,em tanl verdes annos, tanta madu‐
DE PERSEVERANoA. 115

誌 ilξ ,・ :Iゝ │:teal‖ lialrllビ 1:■


zareth. A SantisSima Virgem e S. 1l11lillil‖ 1胸ili「 │‖ [
bemf:attllllill#I:::llelill:l11‖
lllTeillallキ
lalelli:l::u∫ leil

認。eⅧЪ
queixar amorOSahellte ao SalVador
Sぷ
riぶ iluyttl棚
comnoscO?
ell。
1∬
淋:Wt欝
Eis que te procuralno(
(1) PO「 que m, prOcuraマ
eis? lhes respondeu Jesus; nao sabieis
l

器 ∬ 島 ∬ TlegЪ 認 ゝ ISel:蝋
lal:「

‖Il:封 lli1lli[齢 ili 1誌

lllinI:llldillllalξ l::lllミ l‖
pw蹴
ltrg跳 躍
si:gピ
resposta do Salvador, qui9嵐 O usol
lnti│:p蕊

esta tOirande li9履 0.


θ′
んθ
Tendo depois partido oOm elles, tO「 ■Ou para Nazareth,
s



θαStι b2'oJssο .

Estas quatro palavras encerraIIl trinta an■ os da Vida de Jesll・


Christo. Estar submissO a duas de suas creaturas, 6 este pois tOdo
o empl・ ego dO Filho do Deus, do SalvadoF dO mundO? E sublllislo
em que? Nos nlais humildes exercicioS, na pratica d'utta arte me―
chanica l(2)Onde eStaln aquelles que se qucixam,quando seus en‐
g::ょ a胤
藍 鷺 8W雹 lf∬ ll黒 凛 五:Lど T:iぶ ROl'ql:

o era,Sθ σ ttJο ● ca,・


tι , pai
(1)POrque lhO Chama pai? JoSepll n瓢 "θ
dc Jesus, que n五 o tem ontrO Pai senao Dcus; lllas Dens transmittiO Seus
direitoS a Joseph; 6 elle que faz as vezcs de pai dC Jesu‐ Christo; `
enc O encarregado do O Criar, e alimentar na sua infanciao Coino esposo
dc Maria,tetn mais um titulo, mais um direito(lc se chamar phi deste
bcm amado filho; poiS que partilha com a Santissima Virgem os Cuida‐
dos e auctoridade patcrna. 、 ‐
XX,
r" Filius hominis non vcnit lDini.Strari, sed ministrareo Math。
28。 一 Nemo alllbigat Dominum Jesum cum ad huc in puerili csset ata‐

to, obscquia prastitiSse llari(Dl ipsique Joscphoo S. Laur. JuStine dθ



116 CATECISIo
murmuram con:ra a Obediench? Que venham a Nazare曲
,qtre entrom
em casa de JOscph e de Maria,e vttam ahi O Filho de Deus! o'
soberba, exclama BOssuet, arrebenta diante deste espectaculo! 爵
Ias
dil・ eis v6s, nlo tendo mais qlle trinta e tres annos a viver na teFl・
a,
para instFuir O genero humano, e fllndar llnla Religi5o; 0 1)assar
trillla no silentio 0 0bscuri(lado! Onde esti aqui a sabedoria clivina?
Pois eu respOndo que a sabedoria d市 ina fulgura tantO na vida pl・ i_
Tada do RedemptOrァ quanto nella nos ensina o Filho de Deus com a mes―
ma eloquencia que na sua vida publicao SOndai o IIlisterioメ lelnbl・ aiL
vos d'unla vez para sempre que a sOberba foi a origem de 10dOs os
males; que 6 a paixaO nlais difFicil de desarreibOar‐ se; e vereis logo que
trinta all■ Os d'Obediencia e humildade,da parte de Deus,■ 10 fOi de
IIlais para curar o vicio da soberba.
Alem dissO, nao vedes que esla dopendellcia, esia pobreza, esto
trabalho obscuro e penosO,preparaIIl a espantosa revolu9霞 o,cllle■ lu(lou
as ideas o sentinlentos dO universo?que fez clal・ is dignidades o l10‐
nle de θ
αィクθ
S?que ensinou aos superiores que elles slo os ploinleiros sOr―
vidoros de seus stlbditos? que santifloou O irabalho o en■ obl・ ecell a seus
olhos Os mercellarios e artirlces? isto 6,as tros qual・ tas parios do genero
humano, mOsirand。 _lhes uIIL Deus feitO seu cOnlpanheil・ o, ganhand0
o plo oOm o suOr do rostO, o supportando seⅡ l queixumo o can‐
sa9o O a fadiga? NIo reparaes tambem cOm que exactidlo cunl―
pre O llllenino de Bethlem, o arlince de Nazareth, em sua pessoa,
OS OFaCu10s dOs PrOphetas GOnCernentes ao RIessias? POderia elle pl・

var melhOr a sua (livindade, c alcanOar a f6 univOrsal, base da
slla Relig遍 o?
NIo vё des elnlm que em Nazaretb, 00m0110 Calva‐
rio,O Messias desempenha a■ liss10 d'expiad9F? NIo sabeis qu0 0s
seus tl・ abalhOs e suores, seus soIFrimentos, e seu sangue, teem um
peso egual na balanOa da iustioa; porque uns e olltros slo d'uln pre‐
Oo infinito? POnsai belll nisio, o, 1)elletraclos de gratidao , adIIli_
1'areis cOmO Jesu― Cbristo se mostra, assim na sua wida privada,c9‐
nlo na publica, o Redemptor e Salvador do genero huma1lo.

obeil. c. YIII.
bajnlat
- sapc focum, crebroque cibum parat ofliciosus, vas&
ll.bnr_, uudam de fonte, nuucque tlomum scopit. Gcrs. in loseph
rib. III.
DE PERSEVERANo▲ .
117

ORA9二 0・
graQas por
o'nlcu Deus! qllo sOiS tOdo amOr, Cu vos dOu
nos terdes dadO pm vOSSO「 ilhO um tam perfeito m9delo
das virtu-
des da nossa ida(le.
Eu proteStO amar a Deus sobre todas as COusas,o ao proximo
tleste amor,
oomo a mim meSII10 1)Oramor de Deus;e,em tostemunhO
′ J′ θ
π αrθ づα οわ ね
′脅ηθ Jθ ttθ 酵s%s.
θ」
"れ

IV.a L1010。

VIDA PUBLICA DO:MESSIAS.

PRIMEIRO ANNO。


Prdgac=O de S.Jo:o Baptista.― Baptismo dc Nosso Scnhor.― “
Scu re―
‐Nupcias dc Cani。 ―Os Vendi―

o no dCSCrto.―
til・
Suas tentagOcs.―
lhOcs cXpulsos do Tcmplo。

Norro Senhor, QUe nascera para expiar os peccatlos do mundo , o


deslruir ,ra, .nnr*quencias , trabalhava ha trinta ann6s em reprimir
as paixdes clo homem, praticando, para ins[ruc96o de todos os se-
culos , a mais perfeita humildade, obediencia e pobreza ; tal era ,
na obscuta cati,l* Nazareth ? a sua occupag,fio constante' Chegou

118 CATECISMo
em [im o tempo em que Deus seu pai havia de 0 rnanifestar as
mundo : acompanhemol-o neste noyo theatro clo seu Apostolatlo.
s. Jof,o Baptista , seu precursor , vivia no deserto descle a in-
fancia, para onde linha iclo por inspiraqf,o divina. Destinatlo ao
ntais sublime ministerio de que porre honrar-se um morlal prepara-
,
va-se para elle o Baptista pelo retiro e austeridatle de rua vida.
Yestia s. Jofro uma pelle cle camelo ; cingia-lhe os lomhos uma cin-
tura de couro, e seu alimento eram gafanhotos e mel silvestr.e. (l)
Assim aguardava , e accelerava sem cluvrda, p.r suas ,r.aqoes, o tiia
da sua propria manifestagfro , que clevia ser c0m0 a aur,ra do gran-
de sol que estava prestes a esclarcccr 0 mundo : chegou emfim es-
te tam desejatlo momento.
No decimo quinto anno tlo reinarlo de Tiberio, successgr d,Au-
gusto, quando a Judea, entf,o provincia clo inrperio roulano, era
administrada em il,me do cesar p.r. urn presidente r,man, cha-
mado Poucio Pilatos , senclo Ilerodos tetrarcha cla Galilea
,
, e no
Pontiticado clos dous Sumnos Sacerdotes Annas e Caiphas (2) te,clo Je-
,
sus chegado aos trinta arlnos , ouvio-se n0 deserto a yoz cle Deus
que fallou a Jofro, filho de zaoharias ortlenanclo-lhe que sahisse
,
,
logo do seu retiro a fim de preparar 0 p0v0 par.a 0 Evangelho
,
{
exhortanclo-o penitencia. Assim se cumprio esia palavra. do pro-
pheta Isaias: Bis que eu envio o meu Anjo diante da tua face, a
fim de preparar 0 caminho diante de ti.
o n0v0 Blias cheio do ,
espirito de Deus , caminhou par.a as margens do Jordf,o, e ahi c0-
meqou as suas predicagoes. Nflo fallava senflo em conversflo e pe-
nitencia ; pois e pela reforma do coragf,o que se abre a porta f6 {
e ao Bvangelho.
Pela fama de suas primeiras pregagdes, acudiram os peccado-
rrs erh multidf,o ; e, confessanclo seus peccaclos baptizaou-or o pre-
,
(1) Plinio, e outros authores antigos, fallam d'unra especic de gafa-
nhotos dc que se sustentava o poyo miudo entre os Oricntaes. Teenr e!-
Ies talvez quatro pollegadas de comprido, e um dedo de grossura pouco
mais ou n)enos.
(2) Nore-se com quc exactiddo o Evangelista apouta as datas : nflo
6 csta, por certo, a tatica dos impostorcs.
DE PERSEVERANoA. 119

cursor no rio J01・ dlo。 O mesmo poVO, deslulllbrado do esplendor


de suas vil` tudes, queria persuadir― se qlle Jo霞
o era o Messias, e to‐
dos estavalll nesta idea.
Para os tiralt d'um erro que podia vir a ser perigoso, fallou―
lhes o huFnilde Baptista nestes ter興 os:Em verdade, eu vOS dou a
todos um baptiSmo d'agua,a lm qte fagaes penitencia; mas aquel―

椰untte撫
fogo.
嚇attt鮒
爆囃
i∬ 嚇

Este baplisIIlo 6 o SacramentO da regeneracao, que O salvador
havia d'instituir depoiS; este fo80 6 aque1le quo (lesceu gobre os
AposloloS■ O dia do PentecoStes; o o mesmo pe10 qua1 0 Espirito
Sanlo cOntintla a puriflcar o cora91o dos verdadeiros fleis. A gran―
de hunlildade de J010 Baptista nao obstava a que Suspirasse por ver
o MeSsias,que annunciawa com tanta magnincencia; e cuio roSt0


ainda n顧 o havia tido a felicidade(le cOntemplar: nlo Se difFeriram

鳳糧::詭 帯∬げT:誂 h cerca degar,vh絶


p創
I∬ hguas dos
o baptizar. 0
desertos da Judea, Onde Jo10 0ontinuaVa a prё
d市 11lo Sahador,que nlo C01lhecia peccado,mas que poF amOr d,
■6s se nzera o peCCado mesmo, lolllando sobFe Si tOda a sua divi‐

:i`stgllli::!1:ntiFilllil:I:│:lI°
o baplizasse; mas 0 1llho de Zacl lill:il:│││││lil[li3椰 llalll[

:leilTl rit:│:rr:sI∬ :11111(ll ぶ:ifai[161ぶ II(l:lsilrlgi.∫ iCtミ:


importa que Se cuIIllpra tOda a lustiCa. oh! sim, impol・ lava que,
palia curar o hOnlelll e eXpiar O peccado, oontilluasse o SalvadoF d0
mundo a dar todOS Os exemp10S da mais profunda bumildade; e
que, por um 鵠10 SOlelllne e publico, se declaloasse o grande peni―
tente do mundo.Entao Jo瓢 o naO resistio mais ao dese10 de seu di‐
vino Senhol・ , e baptizou a Jesus nas aguas do JOrd議 o.
Sallindo Jesus da agua, a tempo qlle fazia sua oraO瓢 o, os Ceos
, e o Espirito Santo, na flgura wisivel d'uma pomba,
se abl・ iral■
desceu e se flxou 3obFe ene, 。uvindo‐ se ao meslno teIDpo uma voz
120 CATECISM0

do a1lo, que dizia: Este 6 o meu llho bem amado, em quem te“
nho posto toda a ■linha ool■ placencia. Jo晨 o Baptista e todOs Os quo
estavaln presentos viran descer o Espirito Santo, o Ouviralll a voz
celeste;porque para elles se fa2ia tudo is10。 A Santissima Trinda―
de comeOava a declarar― se mais distinctamente, o os anilllos estavanl
prel)arados para os grandes misteliOs que Jesu― ChristO ia cILl bl・ eve
revelar ao mundo。 O bapliSmO que Jesu― Chrisio acabava de liece‐
ber,nao era para elle ullla ceremonia inutil,mas sim llma publica
proflss履 o tle penitencia;por issO quiz exercer ett si tOdOs os ri30res della,
e mostrar d'antemlo i sua lgrtta comO a tlevia prescrever a seus
ilhos, cIIIl tOdOs os fllturos seculos.
Sahio pois do Jordao,cheiO do Espirilo Santo, cuja illlpu13履 0
o conduzio ao desel・ lo, onde esteve quarenta dias e qualoOnta llou"
tes. Em todo este tempo foi sua Occupa9憲 o uma olta959 cOntinua c
um tam loigorosO jqum,que naO tOmOui nenhullla sorte(1'alilnel〕 10。
Morreria desfallecido,a nao ser p01・ u■ l milagre da OmllipOtencia
de Dcus;mas o quo O sOberano Senho「 tinha nluitas vezes feitO por
allllor de seus servos, e por elbi10 de sua pura nlisericOrdia, naO era
para temer o recusasse i dignidade da pessOa, e merilo (la obedi_
encia de seu bem amadO Filho。
No flnn dos quarenta dlas c10 seu iQjuln, quiz o Salvaclor expe‐
rimelltar a fome,e resolveu conccder i naturoza o alimen:O quo por
tanto tempo lhe recusava; porem nlo tinha chegado ainda o termo
de suas provase Depois de tel'domado a fome,careceu de conlba―
ter o demonio. Mo(lelo de todOs Os hOmells, dignou‐ se o Salvado「
provar todas as nossas llisel・ ias e tenta96es, a inl cle nos ensinaF
a supporlar ulllas e triumphar d'outras. Ora, as ■ossas tentac6es
reduzem― se a tres, assim como lodas as paix6es que se nutrem em
n6s: o amor do prazer, o orgulho, c a aIIlbi91o. Foi poF eSteS
es lados quo o demo■ lo atacou Nosso Senhor.
tl・

°Pelo aIIlor do prazer.― ―O tentador,aproxinlando―


1。 se,disse‐ lhe:
Se es o Filho de Deus,manda que estas pedras se cOnverlam em
ploo Jesus se contentOu cOm responder ao seducibr: Esti escripto:
N5o6s6de pao que viv0 0 hOmem;IIlas de 10da a palavra, que
sahe da boca de Dells; isto 6, de tudo que lhe apraz dar ao hOmeIIl,
para seu sustentoo lstO nos ensina que, longe de sacriflcar ■ossa
DE PEBSTYERAN9a. 12L

alma aos prazeres , e ainda {s necessitlades do corpo , Cumpl'o Cgn-


Iiar na Proviclcncia e esperar tudo da sua bondatle.
23 Pela soberba. Ir{f,0 se deu Sc-tanaz por vencido n0 re-
-
con[ro ; mas antes depois d'atacar 0 Salvador pela parte que lhe
pareceu mais fraea ; isto 6, pela fome que entf,o soffria accommet-
'
i*-o ugora pela parte mais forte,' isto 6, pela sua confianqa em Deus-
Esforq,a-se por fazel-a degene_rar em orgulhosa presumpqflo. Haven'-
clo-o lr'ansportalo f, cidado Santa ,collocou-o sobre 0 pinaculo do
Tenrplo . e ,li*telhe : SO es o Filho de Deus, precipi[a-te d'ahiabai-
x0 ; porque esta escripto : Blle encarregou a seus Anjos do cuida-
do dtt tua pessoa r, para que velem na tua conservaqflo, e elles te
ievarfio nas mf,os, Pot modo que nf,o tiopeces em alguma pedrA.
Tambem estfi escripto , t4. disse Jesus : Nfio tentar{s ao Senhor
teu Dcus.
3.o Depois desta resposta,
Pela ambigf,o. julgou
Sdtanaz que
-
devia jogar as ultimas. Transportou Jesus ao cimo d'uma'montanha
muito alta , e n0 mesmo instante lhe fez ver toclos os reinos do mun-
tlo , com tocla a sua gloria, e disselhe : Bu te darei todas egtas
cgusas, s0, prostrantlo-te diante de mim, me adorares.
A blasplremea era horrivel, e a proposta digna do principe dos
tlemonios. O Salvador por tanto, lomando o tom em que importa
respontler fr proilosta cl'um crime, respondeu-lhe : ,
Yai-l,e Satanaz ,
polque esti escripto: Ao Senhor teu Deus adorar{s, e a elle s6 ser-
lilas. Bntfio , acabadas todas as lentagOes, ausentoU-se o diabo;
(i) o immediatamento vieram os Anjos, e chegando a0 Salvador o
serviam e lhe ministravam alimentos.

(1) ium dicrtur Dcus homo, vel in excelsum montcm, vel in san-
ctam eivitatcrn a diabolo
assumptus, ntetts refugit, humana hoc aUdire
aures expavcscunt. Qui tamen non esse incredibilia ista cognoscimus ,
si in illo et alia facta pensamus. Ccrte iniquorum omniuro caput diabo-
lus cst, e[ hu3us capitis membra sunt omnesiniqui. An nondiaboli mem-
brum furt Pilatus ? an non diqboli mernbra Judmi persequentes et nilites
,
crucifigentes Christum fuerunt ? Quid ergo mirum si ah illo permisit in
montenr duci, qui se pertulit ctiam a membris illius clucifigi ? notr est
orgo indiguum Bedemptori nostro quod teutari ,.,iii qui veneral ocoidi'

122 CATECISl10

Foi pa:'a lossa instrucolo quo o Salvador quiz ser tentadO. Ve・
mos pois que ol10 se pl・ eparou contra as tenta00 es pela ol'a9=0, 0
jttum e O rOtiro;e quando chegaltam, repelliO_as pela艶
, sOccOr‐
en(lo‐ se logo a Deus. E■ 6s,fliacOs cOnlo somos, esperal・ cl■ Os ven‐
1ヽ

cor as ■ossas tenta96es, nlo telldo para oppor ao lllais viOlcnto e


manhoso de todos os inimigos,mais que・ urlla alllla dissipada, 1lma

carne nlilllosa, um coragao desvanecidO, um espiltito sobeltbo,ani‐
es ruins, c esquecidO das verclades da salva010? E【 n
IIla(lo de paixσ
lm, por aque1lo misierioso banquete,servidO pe10s AnjOs, mOs_
tra‐ se― ■os a alegria que a tentaglo procura i alina, que a sabe
TOnCeF; beIIl como a corte celeste, que presencea a lucta e a
victoria.
Era chegado o tenlpo eln que Jesus, segullt10 a volllade de seu
Pai, ia consagrar― se inteiramente a prё gacao dO Evan。OolhO, c en‐
tregar― se sem reserva is cOnti・ adic06es illseparaveis d'uma tal Hliss10。
A obra de quc estava encarregado era gl・ ando e di3icil: a Judea,
Galilea, Samaloia, lodas as pro宙 ncias da Palestina, carecia“ (la
cultura evangelica. Era o campo que lhe destinava o Pai dQね mi_
lia; a terra ingFata, quc a seus cuidados e suoros cOFreSpO■ (leria
com espinhos e abrol,os; Onde carecia senlear mui10, palヽ a c01heF
pOuCOメ grangear a herdade cOm suⅡ IIIla fadiga, e ll=O tcr a consO‐
la91o de veF COm Seus proprios Olhos os fructos sasonadOs. Denlais,
o tompo ora curto; pois que para esta laboriosa empreza, cll_
jo termo era uma cruz illfame,nlo se lhe concedia mais que tres
an■ os.
N瓢 o o assusiaram os trabalhos; o os alllargos fruciOs, quc ha‐

vian de ser a recompensa,lollge de o desanimarenl,10rnaram― se ob_
jecto de seus v010s. Via elle na successao dOs secl110s Deus,seu
Pai,dignaIIlente honl'ado,O homem salvo′ o mundo chrisほ 0。 sua
vida, at6 entao Obscura e paciflca, tornOu― se uma contillua seriO de
tubalhos,fadigas e sofFrimenlos, que torminou a1lm pe10s hOrrores
do CalvariO.

Justum quippe erat r ut sic t0ntationes nostras suis tentationibus vince-


tret, sicut mortem nostrau yencrat sua morte $uperare. fireg. homil. in
Natth.

DE PERSEVERAN9A. 123
Ao sallir do dcsel` lo, lornou Jcsus ぬ
s margens do Jord5o; on‐
do o Baptista continuava a prё gT a penitellcia,e a proxima mani“
festac5o dO Messias. E'neste momento que,a宙 stando‐ o ao longe,
.e indigitandQ_O na presenOa de todo.O povo, o santO PrecwsOr ex_
clama l Eis o COIttleiro de Deus, quo apaga os peccados d0
mundo!
N9sta memOravel occasi瓢 o, chamou o Senhor os seus primeiros
discipl1loS:Andl・ 6 com Simlo Pedro,seu irlllao, c Philippe,lodOs

鳳∫
Ъ離常
gポ :糀 It。 1計 織∬l慌 出品l淵 鑑
de Galilea.
Pouco dcpois que chegaltalll a csta cidade,houvo alli uⅡ las bo‐
das.A dlaS asdStio a hntissima Virgem;cuia maneira de wivOr,
humil〔 le, simples c II10deSta, nada tinha comtudo de singular. Ro‐
garaHL― na pal・ a
assistir i celebragao dO casamento, ёdig1lou― se acei‐
tar o convite.Jesus foi tambem oon宙 dado oom seus discipulos,Foi
sobl・ e tudo ,or amOr delles, e para sallliFlcar as nupcias por sua pre‐
senOa, que o Salvador se dignou assistiF a uma festa que,quanlo aO lllais,
el'a pel・ feilamollle
honesta e legitimao A Religiao■ 瓢
o00ndemnaria esta
sortc de l)razelDeS,Se n50 excedessem os seus justos limites.Mas a
desgraga 6 que os 1lomens nao sabeln nloderaF― SO, e talvez im‐
porla cortaF pe10S usos, para prevenir os abusos.
Estes, oomilldo,n証 o de宙 am temor― se n'um banquete a que as‐
sistiaIII Jeslls e Maria;mas a alogria quo os de宙 a acompanhar Os_
teVi。 °
1。 :° lF』:alerllキ 111‐ llilttults需 l:ミleqII‖ Inlell「
qllcto,comeOou a faltar o viniloo Maria Santissima conheceu o enl_
誂1:ll
bara9o om que cstavam, e sol■ esperar que recorrossem i sua mO_
diaclo,v01tan(lo― se pai・ a Joslls diSse‐ lhe:Nao teem mais vinhoo Mll_
lhor, 1lle llespondou o Salvador, cluc ha de co■ llnum entro tll e ell P
Ainda nlo chegou a minha hora。 (1)Londo esta curta resposta de

(1) Segundo o textogrcgo, podem estaspalavrasdo Salvadorofferecer


, qus nos parecc prefcrircl. Mulher, que lcm isso cotntigo
outro sertrdo
c couigo'! O'vos que sois a mulher por excellcncia, [t[i seru dcixar dc
124 CATECIS10

Jesus a sua Mai Santissima,talvez■ os preoccupemos do sua appat


rente sevelヽ idade; porquo o Salvador pelo geSto, pelo toFll de Voz,
podia adoOar o que nos parece duro om suas palavras. Nem quizo‐
ra o mais ter■ o dos Filhos aⅢ igir a mais querida c amada de todas
as mais;quereria sim,ensinal。 ,naO a Maria quo O ■
=O ignorava,
mas a seus discipulos e parentes,que nao faria Olle ttilagres por
consldera90os de carne e de sallgue. 3elll oonheceu Mal` la, que sell
Fllho lhe concedia o quo pedira,c assim disse aos que ser宙 am a
mesa: Fazei tudo o que vos ene tlisser.
Estavttln alli seis urnas de pedra, destinadas para as purinca_
90es dos Judeos,as quaes levavam cada uma duas ou tres IIledidas、 .

Jelus lhes disse:Enchei as urnas de agua. 助 cheram― nas atё cima.


Depois accitescentou r Agora tiral o liquido, e levai― o ao di:。 ectoF d0
banquetec Assim lzeram. Logo quc este pl・ o寺 ou a agua quc ha宙 a
sido mudada em vinho, como nlo soubesse donde tirllla villflo, cha.
mou o noivo o disse-lhe: Todos costumanl dal・ o nlelbor willho no
principio, e depois quo os convidados teein bebi(lo bastante ontao so
serve o que nao 6 tam bom;porelIL V6s guardastes o melho「 palla
esta hora′ Fez Jests este primeiro‐ milagre em Canl, na Galilea;
e por o1lo palenteou o seu poder, o oonlirlnou a seus discipulos lla
艶 que tinham ne1lo.
Depols foi com sua llnal e sous(liscipulos a Ca!)1larnaum,onde
poucos dias se demoraramo N'esta opulenta e pop・dlosa ci(lade,6 que
6 Salvador fez d'ora em diante a slla nlaior residencia j ella foi co゛

mo qlle o centro das sllas IIlissOes. Esta、 a Situada nos confllls claS
tlヽ ibus de ZabO1lo o Nophtall, aonde o JoFdttO desagua no mar d■
Galilea, ou de Tiberiadese

ser Virgem, quc ttos impo「 1轟, a V6s c a nti:n,quc n薇 o lonham mais vi‐
nho? Sabcis quc este excitador das paixOcs nlo 6 neCCSsario para a unir
■ r7α "α O ε ‐
ca gerenglo, quc se:a digna de Deu■ , de V6s e do mim. /tθ


Ol1 0 ttLjル んα λo,・ al ainda qlle a hora dO razcr lnilagrcs nao chcgOu ainda
para milll,collltudO W6s fallastos c isso mc basta; eu a anticiparci clll
considcracao dc nlinha nlai。 ■ssiln, na pFinleira parte da reSposta, ro‐
vela o Salvador a sul)hmc dignidade de Maria; na scgllnda, prcSta llc‐
mcnagcm ao scu valilucnto c podcr Omnipotcntc.
DE PERSEVERANCA. 123
Fol passeando i beiloa deste mar, ou antes deste grande lago,
quo Jesus chal1lou mais(lous I)iscipulos, Thiago o Jolo, fl‖ los de
Zebedeo, que eram pescadores de prolsslo, oomo Pedro O Andr6。
Vinde e segui― mo, lhcs disso o Salvador. E deixando logo seu pai
e suas 13edeS,foram com elle.Que exOmplo de ndelidade aos im"
pulsOs(la gi・ aca! D'alli partio Josus, acompanhado de seus disじ i―

'poucos dias antes tla festa de


plllos, para Jerusaleln′ aonde chego■
Pascoa, ooΠ l inton9洒 o de a celebrar com os Judoosi e dar― ■os lllais
ulll exomplo (lo obedioncia i !ei e i auctOridade legitiIIla. Logo em
Se notavel por uma acclo,quc altrahio sobl'e elle
cllegan(lo lornou―
todas as atten95os. Entrando no templo oom seus Discipulos,irri"
tou― se d'um abuso ia antigO,Ou antes d'uma escandalosa proね na9履 o,
que acendeu o seu zelo。 Os inteltesseiros iudooS faziam no l・ ccinto
tla casa de Deus uma cspecie de feil'a, onde nlo temianl vender
bols,cal・ ncil・ os, e pombas,para osi sacrinciOs. ´
N展 o pOde soI「 I・ er o Salvador um tal escalldalo。 0 1ugar santo,
que assim pl'o魚 naVam tam indecentelllentc, era a llabitaglo de seu
Fai;culnplヽ ia-lhe wingar a irl・ everencia de seus adora(loros. Armolト
so d'um azolirague de cor(las,o muito nlais daquelle ar d'auctorica"
de, que COStuma tOmaF um amO indignado contra ilisolentcs escl・ a―
vos; e (lando ■os profanadores, os lanOou f6ra a todos do tenlp!o,
oom as ovclhas e os bois, deFltibOu as mesas dos cainbistas, e lhes
al・ rojou l)Or tel・ :ta o dinheiro. Tirai isto d'aqui, disse olle aos quc
vendialn pottbas,e nloね 9aes da casa de meu Pal uma casa de

traflco。

O grando milagre desta ac9五 o, foi o ねz゛ ―a JeSus sem a pro‐


Parar poF algum Ⅱ
lilagreo Como siccedeu que do talltos 1lomollま
intolie,sadOS, que nlo o conhecialln, nenhul■ ousou resistiF― lllC, ou
abril・ a boca para doronder_se? E' evidente qLle a presenga da di―
vin(lade illlpressionou os pl・ ofana(lores. E de lhcto, qllal naO seria
sell suslo o pavo「 ,ao ver este homem desconhecitit),(luo OS tracla_
va com tal auctoridade, chamando 嵐 GaSa de Deus a casa do
seu pal?
Esia acclo estrondosa ensind-nos gue respcit0 clevcmos ter 6s
nossas lgrttas,■ luitO mais santas que o tenrplo cle Jerusalem; e mos-
a― nos qual ёa charidade do Salvador
tl・
, ainda no meio do mais abra-

126 earEclsuo

sado artlor do seu zelo. hlandou ellc aos que vencliam pombas ,
que as tirassem d'alli ; pois se os tratasse c0m0 aos mais , voariam,
e ficariam seus donos sem ellas. Jesus , quet'enilo amedrontal-os a
totlos, a nenhum pretendia prejurticar ; pois assim cumpre que o ze-
Io seja lemperado pela prudencia s moderado pela charidade.
Ficou Nosso Senhor algum lempo em Jerusalem
-
e na Judea;
converteu ainda um sabio doutor da Synagoga , chamado Nicotle-
mos , a quem explicou, em conversaqflo particular, totlo o sistema
do Christianismo. A fama de setts feitos em breve o obrigou a re-
tirar-se da oapital. Partio pois para a Galilea com seus Discipulosn
indo por Samaria I a seguinte ligdo nos informara desta joruada.

GBAqfl@.
O' meu Deus ! que sois todo amgr , eu rgs dou gragas p6r
nos terdes enviatlo um Salvador tam compassivo , que quiz experi-
mentar totlas as nossas tentaqdes , a {im de nos ensinar a vencel-
as ; permitti pois, Senhor, que lhes resistamos promplamente, siga-
ntos c0m0 os Apostolos a nossa vocage0 , e tenhanros na Igreja o
l:espcito devido i
vossa casa.
Bu protcsto amar a Deus sobre todas as cousas, e ao proximo
00m0 a mim mesmo por amor dc Deus; e, em testemuuho desle amotrt
resistbei Ttromqttamafie ds tentagdes do demonio"

´ bE PEК ЁVERANCA. 127

V.a LIC10.

VIDA PUBLICA DO:MESSIAS.


PRIMEIRO ANNO。

A iamaritana. - condescendencia do Salvador. rlgua da grflga. -


Annunciagf,o da lei noya. -
cura d'um possesso,
-
Poder dc perdoar os peccados.
- d'um paratytico.
- - Escolha dos doze Apostolos.

HAVIA O SalVador partido da Judea n'uma estaOま o muilo callnOsa;


canlinbou a p6 toda a manha, e pela hOra do meio dia che80u aos
suburbios d'uma cidade de Samaria, chaIIlada SichaF: Fatigado d0
cammhO,sentou― se na borda d'um poOo,cllamadp a rO"′ θ′θヵ θ θら .

Separaram― se delle seus discipulos,e foram todos cOmprar pro宙 soes

淵』


i ci(lade.

:qI:ポ 鱗 sh淵 憾ギ ,Wぷ p:l肌 1


)lle era Judeo, cOmo me pedis de
beber, sendo v6s Judeo o eu Samaltitana? Porqu0 0s Jutleos tinham
horror aos Samaritanos, a quem olhavaln e tratavam por cOrru.n
ptores da lei de Mois6s.
O bom Pastor,que tinha attrahido para junto de si esta des_
garrada ovelha, c intentava ganhal―
a, ■5o quiz entrar nesta、 cOntes‐
oo Se conhecesscs, lhe disse eHo, o dOm de Deus, se sOubes‐
:af衰

ses quem 6 aquelle que te diz: D6卜 me agua para bebeF, p6de ,ser
que elle te desse ullna agua viva e viヤ iflcadora, que te nao leloia
ecusado. O SalvadOr cntendia fallar‐ lhe da agua da gra9a, e das
]ヽ

luzes do Evangelho。
4ニ
9 ︹
00
CATECISI10

A ntulher de Sichiil・ 1瓢 o COIDprehcndoti, ou rlngi。 ■


10 comprё ニ
hendel・ que agua era esta. Sellhor, lhe disse olla, v6s nao tendes
com qlle tirar a agua, o o poOo 6 fllndo: onde tendes pois essa
aglla viva? PoF Ventura sereis maior que nosso pai Jacob, que nos
deu esto poOo dontle bebeu, 911e, seus ,lhOS, e seus rebanhos?
Jesus,que quol・ ia condu2ir esta pobrO estrangeil・ a gra(lualmente
ao oonhecilnento do EvangelhO, tevo com ella uma extltema contles‐
cendencia, e seIIl tocar no que dissera da supeltioridade de Jacob:
Nlo 6 verdade, lhe disse Olle, que quem bebe da aglla doste po9o
tem ainda sede,e nlo nca saciado para sempl・ o? Ao oontrario, a
agua de que te fa1lo 6 tal, que aquelle a quem eu a del・ , e beber
della, n5o lo10nari a ter sede.
parece que a Sanlaltitana teve tt nё sta palavra, era O primeiニ
ro passo para a sua conversao; mas nao oomprehelldendo alnda
qual era a natureza〔 lesta agua lnilagrosa: Senhol。 , disse olla,(lai‐
me dessa agua,pal・ a que eu nlo tenhtt nlaiS Sede,llem precise lor‐
nar aqui tiltal― a. Antes de te satisfazer, tornou o Salva〔 lor, vai a
Sicllar chalnaF teu marido, e tl・ aze― o aquio Eu,lornoll ella,ll額 o te」
nho IIlarido. PoF eSta Conlisslo estava Jesus esperando; a miseri‐
cordia,se se nos permitte a express5o,tinha― lhe alimado este laOoご
Dizes benl,1・ eplicou Jesus, tu n瓢 o tens marido;porque itt tOns tido
cinoo, o aquelle coIIl quem vives agora na0 6 teu marido legitimo.
N履 o podias pois fallar coin mais veFdade do que dizendo que nlo
tens marido. ′
Se eSta mulher n5o ora natul'almente boa, tinha ao menos a
bondade de nlo disputar. EIIn vez de deslrlcntir a Jesus, oomo
muitas terialll feito, com tanta mais ousadia, quanlo a repreben‐
91o era mais bem fundada,disse― llle com uma admira91o misturada
de p可 0:Senho「 , pelo que v可 o soiS PrOpheta.
‐A simplicidado des“ dito a diSpoz ao perdio;,loda宙 a,ainda a
。 Procurou pois deト
ovelha estrebuchava nos braOos do bom Pasto「
wiar a cOnvers101o d'uIIl obieCtO que naturalIIlente lhe nlo agradavaタ
e 17eiO 10go fallando da controversia que separava os Judeos dos Sa“
maritanoso Nossos paiS, disse ella ao Salvador, adoFaram na mon―
tanlla de Garizim,e W6s outros dizt・ is,que se deve adorar no TeIIIl―
plo dc Je「 usalem。
DE PERSEVERANg▲ 。 129
Fo,se qual fosse o motivo,est'outra quesほ o fez ainda cabir a
Samaritana em outro laOo da miseriool・ dia.Da sua resposta tirou o
Salvadol・ occasiao de a instruir no culiQ perfeito, quo winha estabO“
lecer sobre as l・ uinas de lodos os alltigos cultos; senl exceptuar 0
111esmo culto Judaico, que, supposto verdadeiro, o era conllud0
■五
nlais quc ullla pltepara9五 o do culto Evangelico。
llulher, llle disse_elle, crё ■O qlle le digo, eis o tempo enl qlle
n瓢 0101・ naris a adoraF O Pai nom sobre essa montanha,nem el■ Je―

rusalem; mas vem o tempo,e ji 6 vindo,em quo os verdadoil・ Os


adoradol・ es adorarlo o Pai em esI)iFit0 0 Verdatle. Penctrada da
crcnca ent五 o universal, de quo os telnpos estavarrl prehenchidos, a
mulher lhe rospondeu: EI sei qllo o Messias esti pl・ oximo a clle―
gar; quanclo el!e vieF, elle nos instl・ uiri de to(las as cousas.Esse
Messias, lhe disse Jesus, quo os dous povos esperalll, que vos ha de
instruir de toclas as cotsas, c quc aceitacs po「 juiz de vossas cOn・
tendas,esse Messias,sou cu,o mesmo que teね lla.
Assiln,oom maravilhosa arle,tinha o SalvadoF COnduzido esta
mulhCF at6 aO ponto de dizeF quC eSperaria pela decislo do Messias.
Faltava s6 uma palavra, c esta palavra victoriosa, o Senhor a diz
tanto a tempo, que apenas acaba de a prOnullciar, chegam .seuζ
discipulos e interrollnpem a convel・ sa9=o, como para tirar i Sallla“
1・ itana,li COlllII10宙 da,a tenta95o de disputar ainda′ e dar‐ lhe tem‐
po de pensar e reflectiF ellll silenciob
CoIIll efFeito, quando Jesus acabava de dizeF a eSta mulher:
Eu 6 qle SOu 0 11essias,voltal・ am da cidade com as provisoes os
qual130 discipulos que deixaram seu Mesti・ e lunto ao poOo de Jacob.
Ficaranl muito adrllirados de ver Jesus, oontra seu costuIIle,conver―
sando con1 1lllla nlulher. Todavia era tal o respeito quc tinhaIIIl a
seu divino Mestre, qlle nenhum ousou dlzer-lhe? Que pretendeis
desta lllulheF de Samaria, e porque motivo lhe perIIlittis que vos
fane? PoF Outra paiote a Samarilana, animada do divino fogo, qlle
a co■ versa91o de Jesus acendeu em sua alma, foi communicar aos
habitantes da cidado o que se tinha passado. Vinde ver uIIl homent,
lhes dizia ella, que me disse tudo o que eu tenbo foito; n10 seloi
pOF Ventura o Christo? Os Samaritanos de Sichar estavam tam
persuadidos qlle ll tempOS d° llossias erallll prelilChid° S' que bas‐
130 mTECIS10
lou a palavra da sua patioicia para sabirenl da cldade eln mullid霞 o;
e virem teF COm Jesus,pedindo-lhe que flcasse com elles. Deixou―
se conduzir Jesus para Sicjhar, onde gastou doze dias a instruil_os
e conlrmal― os na fё o Continuou depois o Salvador a sua jOrnada
para a Galilea, cujos habitantes o receberam com alvol・ oOo, pOrque
tinham vislo o que ё lle flzera clll Jerusalem durante a festao N5o
seね llava senlo delle por tOdO o paiz,e acudiam em lllul,tidoes tts
synagogas onde ensinava. Enl quanlo lodos publicavaIII seus lou‐
vores, oontinuava ene sem descanOo ■o deselllpenho da sua lnisslo.
Aonde houvesse algullla miseria para soccorrer, ahi se apresen―
tavao E' certo quo o espil・ ito, o cora91o o o G01` pO do homcIIIl eS‐
tavam igualmente feridos dひ peccado。 01'a, lodos os discursos,pas‐
sos e lllilagres de Nosso Senhor tinham por im curar estas tres paト
tes do homem. Ainda mais, o horllem, sendo escravo do peccado,
tambem o era do demonio,a qucln voluntariamente aceitou por se‐
nhor, lo80 que antes quiz Obedecer a eHe que naO.a Deus. 0 1lrn
da vinda do llessias era pois livrar― nos do jugo ignobil deste cruel
tiranno。 lLi6 parece que ■os dias da prё ga9aO de Jesu― Christo,per―
mittio Deus um pOder mais amplo ao inimigO dO genero hulnano,
Para dar campo lllais laFgO is wictorias de seu Filho。
Unl dia de sabbado, entrou Jesus lla synagoga, onde estavam
reunidos os doutores e o povo; e eis que de repente o deIIlolliO gri―
tou com voz horrenda, pela boca d'um possesso: Deixa‐ me tloan―
quillo, Jesus de Nazareth, nlo me、 perturbes na lninha possess5o;
que telllos que VeF COIIltig0 2 Acaso nlo viestO ao mundo senao
para nos fazcr gueFra, e aniquilar o poder que exeltcelllos nos ho‐
mens? Bein sei quem es,tu es o Santo de Deuso Nao ё do pai
da・ mentira que a veFdade Se deve ospel・ ar;pelo que Jesus, toman―
do um tom amea9ador,disse s6 duas palavras ao ospirito maligno:
Cala― te,e sahe do oorpo desse homem.
Importava a gloria de Deus que a possessaO n10 fosse duvido‐
sao Pal・ a tornar o milagre incontestavel,perIIliltio Jesus ao demo‐
nlo que patenteasse, poF alguns lllomentOs, o seu despeito e deses‐
pera91o, ao infeliz que era forOado a deixar, O infernal espirilo,
sahindo com horriveis gloitos, causava― lhe torturas violentas e llledo‐
nhas convulsoes;atirou com elle ao melo do povo,mas nao conse_
DE PERSEVERANoA. 131
dl∬ j鳳 p:Wl∴ ex
ilRTl選 IW肥 Tl払 蹴 :。 r∫ 鷲


Ъ mhreb μ髄 ∞ e hm評 面 騨 軋 mtt N∝ Ю 艶血 餌 o
tinha Feito tam tranquillamonte,mostrando― se antes e depois do suc―
cesso tam seguro e senhor de si, que isto causava muito nlaior
pasmo quo o prodigio mesmoo Todos estavam tanto IIlais maFaVilha‐
d° S tilll:。
ⅧIIres acompanhavam osdiscur‐
sos do SalvadoF, O que lhe naO GuStaVa mais fazer―
'p:::lcII::l:(llyI∫ se obedecer do
inferno,do quo mostrar aos homens o caminho do Ceo,conceberam
dene um respectuoso receio. Que queF diZer tudo isto que verllos?

憮alll∬ 蹴ll∴ 選
鮮Ⅷ猟鮮 曹 隠,即 磁 acぶ
,al∫ e∫

mo ponto lhe Obedecem?


A fama do livramento do possossO,0 0 admiravel caracteF de
Jesus, ol■ breve se divulgoll poF tOda a citlade de Capharnaum,
c alё pelas mais obscuras aldeas da Galileao Nao podia resultar da‐
q電 eledttTЪ
l増 ∬ f‖ mr調 詭般 !1:le∴ itts∬ 淵 出
que fez Ocar em completa inac01o ainda os mais appressurldoS・ Taes
eram os escrupulos quo os Phariseos tinhaln incutido n'aquella
gente.
O Sabbado comeOava i tarde, c acabava na meSma hOra do dia
soguintet Logo que passou, agital・ aIIl― se toclas as familias onde ha‐
via enfermoso Doentes ou achaca(los de toda a especie, endemoni‐
nhados ou possessos, a,OdOS Conduziam a Jeslls, o■ os pllnhalll a
seus p6s. El・ a talll gitattde o tumu1lo, qie toda a citlade pal・ ecia es‐
tar reullida i porta da casa onde pousava. O Salvador os curou a
todos, sellll excep01o。 Os doentes o bemdizial■ como seu libertador,
o os demonios, expulsos dos espiritos e dos corpos, gritawaln quall‐
do sahiaIIl: Tu es o Filho de Deus!
E)'est'arte culilpria o Salvador estas palavras do Propheta lsaias:
Elle se encarFegOu do nossas enfcl・ midades, e tomou sobre si as■ os―
sas tloengas i quer dizer: O Messias n瓢 o s6 recebeu poder de puri“
flcar nossas almas da macula do peccado,mas tambem de curar as
132 CATECIS10
enfermiclades do nosso c0r'p0 ;
porque se encarregou de pagar a
Deus seu Pai, pela effusf,o do seu proprio saague toclas uu penas,
ji ,
eternas , j[ temporaes , cleviclas a0 peccaclo ; entre as quaes de-
vemos contar as enfermidades da vida a necessiclade da niortc
, r ,
e
as violencias do demonio.
Jesus nf,o se contentava com curar 0s corpos
, Iivrantlo-os tlo
demonio e das enfermrdades, [rabalhava tambem na cura das almas,
dissipando as [revas do erro e da,ignorancia, que sdo as consequcn-
cias do peccado. Estabelecendo a sua divinclatie por estronclosos nri-
Iagres , preparaya 0 p0y.0 privilegiarlo para cl.er na locagto
de lodos os p0y0s, e entrar n'uma Religifio QUe, ern lugar. tle cir-
cumscrever-se nos- limrtes da Palestina , devia dilatar-se por todo o
nundo. Assentando-se, pois, elnsinaya e pregava Jesus esta doutr.i-
na {quella immensa nrultid6o.
Ora, estavam alli a ouvil-o Phariseos, Bscribas e Doutor.es tla
lei , vindos de tocla a Galilea, Judea e Jerusalem, l,alvez com clesi-
gnio d'examinar suas palavras e espiar suas acgOes. 0 credito que
elle tinha adquirido ja lhes clava muito cuidado ; e procuravam dcs-
de logo occasif,o de o desacreditar ou perder , de sorte que potle
considerar-se este dia c0m0 0 principio da guerra cruel e incessan-
te que fizeram i sua pessoa, doulrina, e discipulos , at6 a inteira
destruigio clo povo Judaico. Estes perversos, pois , es'tavarn assen-
tados na synag0g& , a esculal-o com uma attenqfio maligna, quan-
clo seu discurso foi intcrrompido por um caso singular , que attra-
hio os olhos de todos os espectadores.
Quatro homcns que traziam um paralitico deitado em seu leito,
para o apresentar ao Salvador , tendo podido ronrper por entre a.
multidflo, Iembraram-se d'igar o doente ao tecto cla casa , QUe , se-
gundo o costume da terra , era um terrado descoberto. Depois fi-
zeram no telhado uma grande abertura , pela qual desceram o pa-
ralitico , deitado c0m0 estava em seu leito , aos pes clo Salvador,
e a0 meio da Assemblea. Iif,o pdde Jesus deirar de commover-se
a0 yer a fe viva do doente , que iurplorava seu soccorro , e a
charidade inclustriosa d'aquelles que lh'o apresentaranr. Era opti-
ma occasifro para socc.orrer um desgragado, confuntlir os incretlulos,
procurar a gloria de seu Pai , e auctorisar a" sua missto. IIeu fi-
DE PERSEVERANcA. 133

lho, tlisse elle ao paralitico tem animo, 0s teus peccados te sdo


,
perdoados. Palavras profundas, {u0 nos revelam que as enfermida-:
hes tlo c0t'p0 sdo muitas Yeze$ o effeito das doenqas da alma I
Ao ouvil-as, comegaram os Bscribas e Phat'iseos a raciocinar e
dizer comsigo mesrnos : Como pdcle este homem fallar deste modo ?
Blasphema f pois arroga a si um p6der que nf,o tem. Quem
p6de

percloar os peccados senlo somente Deus ? Jesus. lendo-lhes, n0 c0-


raq6o estes pensamentos , tlisse-lhes : Porque formais interiorntente
mas suspeilas contra mim ? Qual 6 mais facil de dizer a um para-
litico: 0s teus peccados [e sfio perdoados, ou dizer-lhe: Levanta-
t0 , lonta o teu leito e caminha ? 0ra, para que saibqes que o Fi-
lho clo llomem tem sobre a lerra o potler de perdoar os peccados,
escutai o quc you dizer, e v0de qual serf, a eflicacia das minhas
paltrvras. Oltrarrdo entdo para 0 paralitico : Levanta-te, lhe disse ,
roo eu que t'0 orcleno , tomA 0 teu leito , e vai pala tua casa.
No mesmo instante levanta-se o doente, POe 0 leito {s costas , e
volta pal.a sua casa , publicando os louvores tle Deus.
,ts acqoes cle gragas do paralitico, ajuntavam-se as acclama-
gdes tlos assistentes. Jamais se vio , diziant elles , que o Senhor
op.rurt, entre o seu povo tarn grandets maravilhas ; e todos engran'
cllciam a Deus, por ter comrnunicatlo ao homem um poder tatn di-
Vino, c0m0 0 de Berdoar 0s peccados. Com e{feito , o poder de
perdoar 0s peccados , ainda mais que O de cular 0s doentes , era
o nro Aa Incarnagflo do Filho de Deus, o mais necessario c0m0 0
mais precioso de todos os bens , que elle clevia procurar f, nature-
za humana. D'aqui o assombro, a admiraqflo., a alegria do povo ,
vendo que Deus se dignara communicar aos homens aquelle direi-
to , que parecia o ,nais incommunicavel dos direitos da divin-
"dade.Depois tleste milagre, sahio d'alli Jesus. Todo 0 poYo 0 se-
gnio, e elle o ia instruindo c0m0 costumava. Nflo era sern designio
,1u* o Salvador tinha emprehendido esta especie de passeio. I\Iedi-
tava elle uma conquista tanto mais gloriosa 6r virtucle da graqa, quan-
to menos clisposto parecia o sugeito para seguir as .suas impressOes.
Passantlo pelo Telonio, ou casa onde se pagavam as contribui-
g0es imposlas { nagfo, vio a um homem , chamatlo ['[atheos, {uB
134 CATECIsHo
estava asselllado ao 00ntadol・ e dissc_lhe: Segne― Illeo Matheos, la10_
,‐

gando 10go tudO, levantOu‐ se e fOi cOnl olle. E' esto lnesmO que,
prilneil'o discipulo, depois Aposto10, d'alli historiadol・
de seu lresire,
nos refere minuciosalnente o faclo. A fin de honraF a naturoza hu‐

Wt鯖 視 I諜£ i:‰ 1蹴 L∫ wittwT¶ λ


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dores na obra da RedempO額 O dO ■ lundo。


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胤ど1電 疑息富∫ ゝλ :el SWrc:lelF瞥『ltth
ttZ:》 :1肥
os;mas impo「
preparat市 tava que deSse o exol■ plo i sua lgraa,que・
Se CFё ObFigada a imital_O rOligiosanlente,coll10 Venlos pelos i(luns e
orac6es,que sempreね z precoder i escollla e consagFa910(le seus
minisi「 Os.
Logo quё amanlleceu, chamou todos os seus disciplllos, elltl・
e
os quaes esc01heu dOze, para esialtem conl elle, 0 0s preparar pa‐
ra a futura prё ga91o dO Evangelhoo Ⅱonrou― os cOm O■ olllc d'Apos―
lolos, que signiflca enviados, e lhes cOncedeu o podeF de Curir Os
doentos, e expulsar os demonios.
Eis aqui os nomes dos doze Aposlolos: Sill1lo, a queIIl deu 0
sobrenome de Pedro; Tiago, 1lhO de Zebedeo; J01o, irmao de Tia_
go;Andr6, Filippe,Bartholomeu,Mathoos, o PublicanO; ThOmё
,

Tiago,1lhO d'Alpheo; e Judas, seu irm5o,chamado Thadeo, Si_


m五 o o cananeo,oOgnominado o Zeladori e Judas lscarioles,que foi
O que o entregou. .

●RA9二 0.
O' meu Deus ! que sois todo amor, eu vos dou gragas por
nos terdes enviado um'salvador, que ao mesmo tempo cura 0 n0ss0


ヽ   ,,

DE PEISEWERANo■ 。 13b

osplrito, csClarecendb‐ o; o nosso ooracao, plllliflcando‐ o; o O ■OSSO


col・ po, livrando― o d'enferIIllidadeso Dai― Ilos pois, Senhor, a luz ne・
cossal・ ia para comprehender as suas li95eS; e a wirtude, para as p6r


cln pratica.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas,e ao proximo
como a mim mesmo por amor de Deus;e,em testemunho deste amort
rθ zα rθ 9′
a′ θ
′λ θθ9 Pα r`グ θgr ′′s Pθ θ
θ θα π rttο Se
ο s θθ
′ rθ /θ

vI.3 LIc10.

VIDA PUBLICA DO MESSIAS.

PRIMEIRO ANNO。

Serruf,o da montanha : divide-se eln duas partes. - Fundamentos da so-


cie{ade: as oito llcmaventurangas. Deveres dos Apostolos e Padres.
- : ,
pureza d'inteugfro ora.cf,o,
-Deveres communs aos Padres e Fieis
jejunr., csurola, contiauga illimitada na ProVideucia.- ,O leproso cuta-
do, o setYo do Ceuturi[o curado.

Tr*ro o Salvador escolhido seus Aposlolos, desceu da montanha'


com elles e seus outros discipulos. Bsperava-o na planicie uma in-
finita multid6o cle povo de toda a Judea , de Jerusalem , e do paiz
maritimo cle Tyro , e Sydonia, que tinham lindo para o ouvir, e
serem curatlos de suas enfermidades. A todos consolou o'Salvador.
Depois cle os curar n0 c0rp0 , julgou que era tempo de trabalhar
na salvaglo de suas almas. Subindo-se pois a0 alto , assen[ou-se
D0 meio cle seus discipulos , e pronunciott com voz forte, para que
todo o poyo ouvisse, o admiravel discurso que se chama o Sermdo
da montanha : aproximemo-nos para escutar as palavras de luz e sal'
rT
136 carEcrsuo

vagdo que vilo sahir de sua divina boca ; pois foi tamben para n6s
que elle as pronunciou.
o discurso do Filho de Deus podc clividir-se em rJuas partes.
A primeira diz especial respoito aos Apostolos ? e serrs success6res
no ministerio Bvaugelico; a segunda dirige-se a totlo 0 p0v0 presen-
le e a todos 0s p0v0s Christfros n0 decurso dos seculos. Funrla4or
tl'uma Socieclacle nova , 0u antes restauraclor cla Socieclacle humana,
depravada pelo peccado , Ianga Jesu-Christo os fundamentos cla
noya ordem de cousas que quer estabelecer' , e depois assigna aos
padres e fieis seus respectivos deveres.
o salvador, c0m0 principe da paz , quer que ella reine no coia-cflo
do horrlem, para que rcine tambem na Sociedarle universal, nes[a catholi-
cidade que elle vai fundar. I[as o corag6o do homem e um urar tormento-
s0, por nf,o saber onde procurar a paz e a felicitlade para que foi cre-
ado. o Salvador lh'o vai ensinar, e derribar a0 mesmo lerupo to-
tlas as icleas que a rasflo depravada, a philosophia , e 0 mesmo Ju-
daismo, tinha concebitlo a este respeito , nfo iruaginanclo outra feli-
cidade mais que a das riquezas, honras e prazeres clo mundo.
Eis pois 0 que diz o divino precepl,or do genero humano :
<c Bemaventurados 0s pobres d'espirito, porque delles 6 o Reino
dos
Ceos. ) Entende-se por'pobres d'espirito 0s que deixam tuclo para
seguir a Jesu-Christo ; os que, no meio das riquezas , teem o espi-
rito desapegado dos bens da terra; os que nascem e viveur na p0-
breza , sem murmuragflo nem impaciencia. A estes pois pertence a
felicidadc eterna , coru o magestoso titulo de Reino clos Ceos.
< Bemaveuturados os mansos : porque elles possuirflo a terra.
< Bemaventurados o$ que choram : por_que ellcs serf,o c0ns0-
Iados.
c Bemaventurados os que teem fome e sede de justiga: porque
elles serfro fartos.
< Bemaventurados os misericordiosos : porque elles alcaugarf;o
misericordia.
< Bemaven[urados os limpos de coragfio : porque elles ver.do a
Deus.
< Bemaventurados os pacificos : porque elles serilo clramados fi-
lhos de Deus.
DE PERSEVERANoA. 137

《Bemiventurados os qlle padeceln persegゴ 9霞 o por amor de


iuS19a:pO「 que ddles 6 o reino dos Ceos.Bemttenturados sois,
quando voS ininrial'em,o perseguirem,e disserem todo o mal con‐
lra v6s montindo, 1)or lneu rcspeito: AlegFai― VOs, O exullai; por‐
quc 6 grande a recompensa que tereis■ o Ceo. Pois tambem assi皿
pel'seglliFam OS Pi・ Ophetas, quo loram alllos de v6s. 》
O desprezo, c ainda o receio das ri(luezas, honras o prazoresメ
o amor da poblteza,das humilha96es e solfrimenlos; o dcs可 o ar‐
dente,sincel・ o e efrlcaz de todas as virtudes;eiS O fundamento do
Christianismoっ e as condi00es da BemaventuranOa. Pratiquenl todos
os 1lomens estas divinas illstFuCo6Cs, e para logo a sociedade dei“
Ixal・ l de ser uma arena sangrellta, onde as paix6es desenfreadas se
disputam os bcns sensiveis: para logo o Ceo descer嵐 a terra; o o

mundo Seri regenerado:6 a intonclo do Salvador.
2.° Assigna aos Padres seus deveres. Totlas estas verdades,
tam allas colllo arduas ao homein dopravad9, pr6gava― as na Judea
o mesmo Filbo de Deus, o dcllas dava o oKelllplo. ApOs dello,
haviam esttt mesmas verdades de ser annunciadas poF tOd0 0 uni=
ve閲 oo Quam leiS naO devem ser aquelles, a quem incutnbe talll
augusto ministerio;para que n五 o omittam um s6 jota ao codigo re‐
generador l llas sobre tudo, que santidade nlo devenl ter; pois
quo o exemplo dos prё gadores 6 o Evangelho do povo, c a sanc‐
c3o da doutrina l Assim o di宙 no Mestre se apressa a recommend
dal― a aos Apostolos, o na pessoa denes a tOdos Os seus stlc“
cessores.

《V6s sois a luz do mundo,lhes diz elle; v6s sois o sal da
teltra, soiS qual uma cidade situada sobre um monte, a vista do
un市 erso.Assim htta tal Santidade em v6s, que todoS que vos
virem‐ g10rllquem a vosso Pai,que esti no Ceoo A ReligiaO de
que sois ministros e defensores,nlo 6 uma religilo ■ova′ mas siln
o oolnplelllenlo da lel antiga. 》 Olia,se a santidade se exigia aos
ministros da lei de Mois6s, oom muita mais rasao 6 ella´ um de‐
ver nos mlnistros do Evangelh。 ; 。o Salvador lhes foi logo、 Inos"
trando quanto a lei da gFaga 6 Superior i lei do tomor; quallto 6
111ais exteisa o obrigatoria.
3。
° Designa aos fleis seus deveres. ImpOstlirSObrigaQ6espard
18
138 CATECISM0

ticulares da nova sociedado,prescreve Nosso SenhoF OS deVeres cOm‐


muns a todos os Chl・ istこ os,aos hastOres e is Ovelhas, insiste so‐
bre tudo ncste pollt0 0ssencial, que 6 o resumo dO EvangcH10, 0 0
heroismo〔 la virtude l o amor dO pro対 mo e dos inimigos.
《 Eis o que vos teem ensil〕 ado,diz o d市 ino Legislat:OF:Ama‐
ris ao tell prOxiIIl10 e abori・ ecel・ is ao tou inimigoo POis eu vos di_
go: Arllai a vOssos inimigos, fazei bem aos que vos teelu Odio,
bemdlzei aos que vOs amaui90am, 。lDai pelos que vOs perseguem o
calumniam;a lm que slaeS OS llhos de vosso Pai Celeste, que
faz nascer o s01 para os bol13 o os maos,e cair a chuva para osjustOs
e inJustoso Porque se n履 o amaes sen瓢 o os que vos amanl, que re―
oompensa merecereis? Nlo fazem os publicanos tambem O mesmO?
nT:L:llllililllis∫ XIllrl:ll[1。
│:L?Ei:。 TS:: II::::'I q::d∫ :
oomo tambem vOssO Pai Celeste 6 perfeito。
Ta1 6 a perfe19ao・ a qu0 0 Christianismo nos chama, e que nos
di a Jesus coll10 modelo , ■10 para nos igualarmOs a elle, por quan¨
b quem 6 perfei10 como Deus? IIas para nos esforOarmos por ad―
quirir a virtude e augmental― a incessantemente; por issO Ineslllo que
nlo podemos chegar i summa pel・ fei01oo Para que nOs aproveite―
Il10S de tudo O que nos pode conduzir a esta perfei95o sublirlle, re_
commenda‐ ■os sobl・ e tudo o d市 ino Mestre a pureza c'inten9証 0,que
di is mais pequenas obras um pre9o inflnito.
Porom como alcancaremos esta pureza d'inten9=o,base necessa―
Fla de todus as verdadeiFaS Virtudes, bem como esia perね iOao divi_
na a que somos obrigados? N霞 0 6 issp evidontemente superior a
todas as■ ossas forOas? O SalvadoF,que plte宙 aao闘 eco10,aplDeS‐
m‐ se a responde卜 lhec Com aquella ternllra quo O caracteriza, of‐
feFeCe― ■os um lllelo infall市 ol de chegar ao lm sublime a que nos
chama;este melo 6 a orag履 o。

(1)ChamavarD‐ so pllblicanos entre os Judeos aque1los que recobialn


es impOstOs. Eram IIluito o(liosos aos Judcos que,iulgandO_so l市 res por
serem dcsccndcntes(1'Abrallam, quasl os nao consideFaVam Senao oO■ 10
ladlう cs publicos. Pode sc「 o fosseln dlcs occュ 1los.
DE PERSEヽ rERANoA。
139

< Nflo vos assusteis, diz elle, pedi e ser-vos-ha datlo;


procurai,
qual de r16s, se
e achareis; batei , W0 se yos abriia. Com effeito,
seu {ilho lhe pecle pao, lhe dara uma petlra ? ou ,
so lhe pede um

p;;-; , lhe clara uma serpente ? Se l6s pois , apesar d'insensatos ,


filhos, quan-
imperfeitos, e mios comg sois, sabeis dar bens a v6ssgs
que lhe
to mais v0ss0 Pai que eslir no Ceo 0s nflo darir $rquelles
peclem ? Qra, eis como lhe .peclireis ; dizei-lhe
: Patlre n0ss0 ' quo
bstaes n0 Ceo, santificatlo seja 0 v0$s0 nome etc.
))

o clivino Legislador quer que ajuntemos a oragf,o o jejumc0m0 ea


fere ,
esmola. D'aqui t-ira occa*ieo cle combater a avareza , e
costuma, esta paixflo na sua raiz , isto e , ilO ooragilo humano :
< Niro ancleis sollicitos em amontoar [hesorlros na terra, 0ur0 , pra-
ta, ricos vestidos. A ferrugem c0nsome os metaes , a traqa
roe 0s

esiofos , os ladrdes, que sabem introtluzir-se por toda


a parte , 0t-
rebatam uns e outros. Ponde vgssgs thesouros no Ceo , tro r1resmo
seio cle vosso Pai celeste. As boas obras que alli depositardes
es-

larflo em seguranga; alli, nem estardo 0s vossgs thesouros


0Kp0S'

tos I co[iga dos ladr6es, nem a0 estrago tla ferrugetn nem aos
'
buracos tla traqa. Nflo tendo nafla sen6o n0 Ceo , tornar-vos-heis
homcns celostes , pol'que cacla um 6 attrahido, e c0m0
que possui-
clo por aquillo que possue : onde tiverdcs o thesouro , ahi tereis o
coragdo
< N6o vos pareqa que poflereis partir-\r6s neste p6nto , mais quo
em outros, e *e*rir clous,senhoyes a0 mesmg tempo: Deus, e o
demonio tla riqueza. E' por isso que Yos prohibo que ,vos inquie-
tels icerca dos alimentos para river, e clos vestidos para Yos c0-
brirtles. Nflo e a vida mais preciosa que 0 alimento ? B 0 c0rp0
mais que os ves[iclos ? como pois deixara de vos dar vestido e
alimenio aquelle que vo-s deu a vida e o co.rpo ? r>
( Olhai para 0s passaros do Ceo : elles nfo semeiam nem c0-
Jhern ; ndo teetn celleiros , nem provisdes ; mas Y0ss0 Pai
que est6'
nos Ceos, {u0 6 seu Creatlor, mas ndo seu Pai, cuida comtudo ern

os mauter. N[o sois v6s mais do que elles ? Demais, de que ser-
vira o inquietar-vos ? Qual de v6s pocle accrescentar um covado 6.
sua estatgra ? o que yos digo {o alimento, entendei-o tambem dos
vestidos.
140 CATECIsMo


》倅厳皿
齢 ::拠 IMtti∬
cl・ esce na tel・ 1・
聯飾 p鮮
a, e amanhl se lan‐
lo n10 teri de v6s, 6 hOlllells dO
pouca艶 ?
《 NIo queiraes pOis alormenta卜 vOs cOm estes cuida(los,nem vi‐
vaes com inqlliOtagao o(lesconfianca〔 lizcnd0 1i no c01,agao: onde
achalicll10S de beber O cOlllel)?
Quem 1los fo「 neceri O vestidO?Es‐
unm:Ftttyt甑
摺謂 謂 ぉd∬0祐 ∴wettc》
ec∬

総 wヽ 』
1.淵溜Itlmulゝ l蠍 鳳
Lu『 鵠Ъ
∫ ∫
l∬ t
EvitemOs poren1 0 1evar a excesso as palavl・
as do d市 ino Mesll・ e.
Aquelle que nOs prollibe s011icitudes, 01・
■os O tl'abalhO;aquel―
dena‐
lo que nOs cOnsura a descOnnanca nas necessidades da vida, man―

llよ li選 l鷲│∫ ‖


‖ ‖}lキ
#‖lif‖
g10 0 13rovidenciar para aquelles
i≒
llll:llillili:

l榊│:llilill[:liliIIlll:ち 二
:糧 lI:l::]1醤 1::lll::挽rittlel醤

retcn〔 !ia olle pois n'aqllella esI〕
ecie d'
excessO flue descObrilllos na letl・ a das suas palavras?El・
a fazer― ■os selltir
o nlonstruoso excesso cOm que nOs al〕 eganlos aos bens da tel'1・
a,que nos
力Z esqueceF` Os cuidados da PrO宙 dencia;a‖ el〕 or nossas nccessida,

ぱ WttettP艦
蜂 押 勲 燃 │:誓 1棚
lantas vezes challlalnos nossO Pai。
、Elle queF que pl・ Ocuremos manter― ■Os na condiO10 0m que olle nos
col10cOu; mas selll nos fazcrmOs adol・ adOres do idOlo das riquezas:
consento que grallgeclnos O sustent0 0 01henlos is necessi(lafles de
nossas pessoas e fanlilia,mas sem dar a estas cOusas uma atten‐

ttぶ Fttsfaptt「 T論 lililり 空w‰ :‖


器翼l:器 ゝ a∫
DE PERSEVERANoA. 141

co apebOo, quo nas conlunctul・ as em que a gloria do seu nome, o


SOCC01・ O dO pl・ oximo, o progFeSSO do Evangelho, demandam de nos
1・

grandes sacriflcios, saibamos abnegar― nos, e se ё precisO sacri‐


licar― ■os.

O despre20 da terra, o aIIlor do Ceo, e do que conduz ao


Ceo, slo as bases divinas sobre as quaes Nosso Senhor estabelece
a sua Religiao; cl'est'arte col・ ta pela raiz, ■o oora01o do homem 9 o
amor desordenado das riquezas, honi・ as e prazeres; a vlnganca, o
odio, e to(las as paix6es nlis; funesloS fFuCtOS do pecca(lo, e cau“
sas(le todos os IIlaleS do mulldo;dosta sorte, chamando o homeIIl
i slla pcrfei01o primiliva, assegura sua felicidade, IIlesmo desde es‐
ta vitla, e lnostra― se seu vordadeiro Salvado「 。
Por isso o Filho de Dcus concluo o seu adiniliavol discurso por
c・ stas a(lⅡ liFaVeiS Aquelle quo osCutar o que acabo de
palavras:《
dizer,e regular a sua vlda pela minha doutrina, seri comparado
ao homcnl l)Fudente,qlle edificou sua casa sobl・ eal・ oclla. Cahiram
alu os ventos, tudo se
as chuvas, lresbordara11l as toltrentes, sopltal・
COnin「 Oll para derribaF O edilicio;mas clle nlo callio,porque esta・ ・
wa ftin(lado sobre a pedra. Aqllelle,pol` ern, quo 9uVe as mlnhas
palavras som se al)「 oveilar dellas,nem as praticar, 6 similllante ao
insensato, que etliflca sua casa sobre a aliea. Vem a chuva,tresbor…
dam as tol'1・ entes, sopram os ventos, c a casa desaba; ё as louinas
disIDel・ sas annunciam aos passageil・ os a loucura de sell dollo。 》

Depois deste discllrso, o mais be1lo que iaIIlals ou宙 ram os ho‐
■lens, os quo o escutavam exclanlavam chelos d'admiloac5o e enthu―
siaslllo: Cerlo, que os nossos Doutores e Escl'ibas nlo slo nada,em
COnll)araOao do Mestre que nos acaba de fallare
O Salvador, pela sua parte, que, para consolaglo d'aquelles
qlle o esclitavanl, costumaVa acompanhaF SeuS discursos com algum
successo extl・ aordinallio, quc era como a oonclus五 o o prova da sua
´
mol・ al; tillha de tal sorte disposlo as cousas, que a sua nleslna
pl'ё ga91o lhe deu occasilo aね zer um milagre. Apenas dcsceu da
nlontallba, achou― so cercado d'unla innunleravel multidlo de povo,
quo o csperava。 (1)

(1)T,mOsマ iSt0 0′ Salvador orar a五 tes do prё gar, o o vcmos con‐


142 0
CATECIS〕 【

Ao mesmo tempo veio ter com eile um leproso , q!0 0 adorotr


e lhe disse prosternado em terra : Se v6s quereis, Seuhor, bem me
podeis curar. Jesus leve compairfro deilo , e estentlendo a nrflo, to-
c0u-0 e lhe disse: Eu o quer'o, s0 curacro. Apcnas fallou, desap-
pareceu a lepra deste homem , e licou sdo. Jesus 0 manclou rcti-
rar logo, e lhc disse : N[o tligas nada disto a ninguem.
Talvez nos pergunteis porque motivo exigia o salvador algumas
?
vezes o segreclo tlos nrilagres. que operaya De nuitas rasoes qrre
nos dflo , a que nos parece ter algunia prohabilidarle, 6 que preten-
dia ensinar a seus discipulos e a lotlos aqueiles a quem havia tle
communicar o dom dos milagres, qrre 0s occullassem tanto quanto
podessem, para evilar os applausos dos honrens, e 0s perigosos fu-
mos da vaitlade. Quanto. ao nrais , basta-nos saber que elle 0s fa-
zia sempre d'um modo bem tligno rla sua sabeiloria, tirantlo-os clas
,
circumstancias do lempo, do lugar e das pessoas.
\rai somente mostrar-te aos sacerdotes, continuou Jesus ciirigin-
do-se a0 leproso . e faze a offerta exigicla na lei de liloisds , em pro-
Ya da tua cut'a. 0 Salvatlor obrigou-o a este proceclimento por cle-
i
ferencia lei ; porque elle mesmo cumprio a lei tle Illoises em to-
-dos os pontos que lhc eram concernentes.
um pobre doente, subitamente livre de suas dores e d'uma
humiliantc confusfo , custa-lhe muilo calar-se , e nf,o divulgar 0s
louvores de seu libertaclor. 0 leproso estava lam transporlado cte
alegria QUC, 0u nf,o entendeu a ortlem dc Jesus , 0u nf,o se creo
obrigado a obetlecer-lhe. E' verdade que sahio da presenga do Sal-
vatlor ; mas contava 0 caso aonde quer que chegava, e engrancle-
cia a Deus publicamente : de sorte que a sua imprudencia 0u gra-
tidfio causava a Nosso Senhor maior pena. Cada yez a multiclfro
o. apertava mais, e poupava-o [am pouco, que, nflo podendo ji mos-
trar-se na cidade , era obrigado a esconcler-se, para orar nos luga-
res desertos. Sua lerna charidatle porcm o forgou em breve a sa-

firntar sua doutrina dcpois de prdgada por obras milagrosas. Achnmos


esta mesma economia em todo o decurso da sua vida publica. Que cx-
cnrplo este para os amos e superiorcs !
DE PEnSEYEBA!{q,I. 113
hir do seu retiro e vol[ar aos lugares que evitava com lanto cuida-
do. Yeio pois a Capharnaum, onde achou o que a sua iontlafle alli
vinha procurar.
IJm centurifro, isto 6, um official que commantlava cem solda-
dos, veio implorar o auxilio de Jesus. Portou-se este centurifro co-
mo soltlado que era , cheio de piedade e f6 i mas com aquelle rl0-
do simples e franco , que penJrora o coragf,o dos homens , e assegu-
ra diante de Deus o bom exito da oragfio Senhor, disse elle a Je-
-
sus? tenho em minha casa um domestico paralilieo , {u0 nf,o podo
sahir da cama , e soffre violentas dores. Pois bem ! Ihe disse 0
Salvador, cu irei cural-0.
Ah ! senhor, tornou confundido o centurif,o, eu nf,o sou digno
de que entreis em minha casa. Sem sahir do lugar oude estaes,
dizei somente uma palavra, (r) e o doente seri curado. Bu sei
que os males, por mais pertinazes que sejam, vos obedecem, como
os sqltlados a0 seu commandante. Ora, eu nflo sou mais que um
official subalterno, sujeito ao mando. d'outros ; apenas tenho cem ho-
mens as nrinhas ordens. Ndo obstante, os meus soldatlos tle tal sor-
te dependem da minha von[ade , {u0 nflo carego mais quo de fal-
Iar para os fazer obedecer. se eu disser a un : Yai a tal lugar,
eille vai ; se disser a outro : Yem para aqui, elle vem ; se eu dis-
ser ao meu domestico : Faze isto, elle o faz. Quanto mais v6s, cu-
jo poder e soberano e independente, vos n6o fareis obedecer de to-
das as creaturas , por uma s6 de vossas ordens I
Esta profissflo de f6, nobre e francamente feita por uma com-

(1) A traducgf,o litteral tlestas palavras: Dic tantum verbo, etc ,


offerece um sentido admiravel e inteiramente d'accordo com o que o Cen.,
turifro dirii hrevemente : Dic tantum vcrbo, dizei somente a yossa palavra,
tlespedi-a dos labios ; e, sirnilhante a um mensageiro fiel e omnipotenlc,
ellairi cumprir a vossa commisstro, e curard o meu domestico: porque
v6s sois omnipotentc , e aquellc que pode tndo opera o que quer fallan- ,
do , sem embargo das difficuldades ou da drstancia. Nihil cnim
,rJiz s,
Agostinho, medium es[ inter opus Dei atque praceptum quia in pra-
,
ccpto cst opus,.. quia voluntas Dei potcstas est. Homil. in Luc. lib.
Y, n, 1.
144 CATECISM0

paraQf,omilitar, tinha nf;o sei que tocante e admiravel na boca d'um


gentio. 0'salvador, sem se maravilhar, porque cle nada poclia ma-
ravilhar-se, quiz coml,udo testemunhar a admiraqfio que lhe causaYa,
aproveitantlo-se deste ensejo para dar aos Judeos uma util ligf,o.
Asseguro-vos en verdade , lhe disse elle , que desdc que pr6go
entre v6s ainda ttdo vi lam grande fe em Israel. Assim virfio do
Oriente e Occitlente multid0es de Gentios , QUe serflo admittidos a0
Reino dos Ceos , onde se assentarflo ao eterno banquete com Abra-
ham, Isaac e Jacob, como legitimos fiihos clestes santos Patt'iarclras ,
cuja fe imitaram. Quanto aos filhos do reino , isto 6, os lsraelitas,
filhos dos Patritrchas segttndo a carne, e destinatlos a ser 0s pt'i-
meiros subditos da Igreja , serflo entregues {s lrevas da sua incre-
dulidade , clonde sahirflo para as trevas etcrnas ; alli sera o prauto
e o ranger dos tlentes. Yai, disse depois ao Centuriflo , faga-se sc-
gundo a tua fe: tto mesmo ,momento em que Jesus fallou , 0 serYo
foi curado.

OR,AqflO. '

0' meu .Deus ! que sois todo amor, eu vos dou. gragas por
nos terdes enviado um Salvador, para nos ensinar, e curar das cott-
sequencias do peccado. Permitli, Senhor, que tenhamos as virtucles
que elle nos prescreye , amando a pobreza, as humiliagOes , os sof-
fi'imentos ; dai-nos [ambem o espirito cl'orag'io , a firn de chegarmos
ii perfeiqflo que requereis de nds.
Bu protesto amar a Deus sobre todas as cousas , e a0 proximo
qono a mim mesmo por amor de Deus ; e, em testemuuho deste amor,
rararei por aqwelles qwo nte fizerem rnal,
DE lERSEVERAN9A. 14b

vH.2 LIc10。

VIDA PUBLICA DO MESSIAS.

SEGUNDO ANNO。

競 °
i:irilll:!IIIII)曇 lllll:lllllil∫ 1111‖
― TranSfiguragao0

lllll∫ illl∫ lla猟
1こ 6 cATECISNo

聯餐
雌sittllttFT琥 載爵
帯胸 l蔦
velll,Os mortos rcsuscitam, os pobltes saO evangelizadoso Feliz a‐
:
DE PIRSEVERANoA. 147

qnelie que se nilo escandalizar em mim !


Esta resposta dirige-se a
pa-
Jo[0, porque a pergunta vinha em seu nome ; mas de facto era
'disciptrlos' clo sat-
ra os que {izeram a pergun[a. Qra, a resposta
vador nfio tem t*ptir* ; pgl'que 0 Propheta Isaias predisse , Qtre
quanflo o lllessias viesse, os cegos veriam , os stlrdos ouviriam,
0s

c0x0s saltariam c0m0 veados , e aos iluclos se soltaria


a lingua'
Bem se deixa ver que Nosso Senhor alludia a cstas palavras
'
0 quc'
fei-
.ru pup os discipuios de Jof,o uma tluplice prgYa, os milagres
tos, e as profecias cumPridas-
Logo que parliram, tomou Jesus a oecasi6o tle sua embaixada
que o tem-
para faze* io ,eo precursor um magnifico elogio. Disse
que tle-
po das prgmessa* iinht tlurado at6 a vinda de Joflo Baptista;
pois da sua pr[gagf,o, a realiclade succede {s prgmessas ,
a verda-
tle 6rs figuras ; q;; se 0s Jucleos conhecessem bem a Jo[o Baptista,
veriam {ue elie e o tlerradeiro orgflo da Lei ; e que era chegatlo
o

Beino do }Iessias.
Itlas rif,o, acclescenta o Salvador, v6s 1il0 0 conheceis
mais a
discursos e ex-
elle do que a urim ; nf,o lucraes r11ais cgm 0s seus
emplos que coln 0s metls. Jofio Baptisla tnostrou-se austero
e mor-
tificado, e v6s dissestes, v6s outros Phariseos : Est'f, possesso
clo de-

nonio. O Filho do Ilomem, pelo conlrario , veio comendo e beben-

tlo, viventlo uma vida commum , e vds tlissestes : GOsta de levar

boa vida, e amigo dos Publicanos e peccadores'


Por isso cle qualquer maneira que a sabedoria se lhes mostras'
se, buscavam os Judeos ras6es para a nf,o seguir. 0h ! quantos ha
Judeos entre os christf,os ! o salvador concluio por estas tocantes
palavras : Yinde pois a mim, v6s loclos que gemeis sob 0 peso da
miseria , qo. ,nri podeis resistir is incrlagOes da concupiscencia ;
vinde, e eu vos claiei forqa conlra as Ygssas fraquezas ; e Yos farei
le,ve o trabalho, e YOs restabelecerei clas vossas quedas' Tomai
s0-

brc vis o meu jugo, e aprendei de mim qtle sou manso e hunrilde
de corag,f,o ; e achareis descanqo para vossas almas ; porflue 0 meu
peso 6leve, e suaYe o meu iugo.
Logo depois foi dcgolaclo o Baptista , por ordehr d'Herodes. En-
lfio o Salvador passou a Capharnaum , ontle esteve alguns dias. Atra-
yessou 0 mar de Tiberiades, e entrou, aconrpanhado de seus Apos-
148 CATECISMo
湖∝がum ⅧЮdmЮ .o pl110肥
3os, procultava meiOs de la ir ter
e oblor a cura de seus IIlalese
i讐 aWilluttuli9歴 :
Foi eIIl recompellsa de sua rldelidade, o para pFOVer is suas
nefeSSidades,que Jesus multiplicou milagrosal■ ente cincO pttos e d01ls
pelxes, cOm que fartOu a cinco nlil holnens, nao 00ntando as IIlu嗚

1:機
lhel・ es e cI・ ianOase

eliVl常
が。
鷺 鵠ボ ,肥 L∵ ∴雅eFlber‰ 】
量 I

ndttil∬
Ⅲ 器∫ °
T略 i淵 i°
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dnJ亘 a a coЮ a ttmpト
1鮒 ), desappal` eceu Jesus c10 111eio del_
los e fugi0 1)ara uma montallha, onde passou toda a noute s6 e enI
ora9aO。
Nosie tempo, navogavam os Aposto10s cOIn muitO custo l)e10
mar de Tiberiades; e eis que de l・ epellle se levantou uIIla gi・
ande
tempestadc,qlle amea9ava submergil_Os.COmll10宙 do de sua afflic_
91o,desceu O senhor da montal〕 hl ao rOlllpel・
idO dia, e veiO ter
com_elles,caminhandO pOF SObre as Ondase Ao ver is10, tiveralll
tal medO que romperam em gritos. Jesus Os animou dizelldO: Ten‐

認 亀 WT』 t濯 酬 枇
椰 椰 1滋 伽 掘 榊 t a seu divino llestre, bradandO_
lhe: senhor, se sois v6s, Ordenai que eu vi ter cOmvOscO, canli―
nhandO por sobre as aguas. O Salvador lhe disse:Vem! E Pe“
o veio a elle calllinhando sobre as aguas.
Ъ
dl・

tts∝ hs劇 響ちem五 ow擦 m簿


eranl apenas o plteludiO d'Outro ■
11 al鳴 謂
」│∬
FaVilhosa mulliplica9履 o, quizera o Filho (le Deus plteparaF OS eSpiri…
箇∫
驚 l

los palta b grandO prOdigiO (la Eucharistia; e n'aqllella mesma tar―


do, vOltando de Capharnaunl, ご
nnunciOu ao povo cluo o Veio escu‐
tar, em lnaio「 mullid10 que na vospel'a, que llles daria urll pao
mel110r que aqllello cOm quo os fal・ laFa, um p五 O mais celesto que
o mann盗 ,00111 que sous pais se alimentanlll■ o desorio.
Soll eu, lhes clisse, o p証 O vivo, quo desceu do Ceo` VOssos
pais conleralll σ manni no deserio,e ll10「 rOramo Mas o pao desci.
149
DE PERSEWERANoA。

do do Cco, Op五 o de que vos fa1lo,6 tal, quc quem o GOmer n5o
■10rFerio SO■ eu, torno a diZer― VOS, SOu e■
o plo viVO, que desceu
do Ceo;quelll comer cste p5o reCeberi O gormen da imll10rtalidadc,
o o ponhol da vida na bemaventuranca eterna. Este p50, que a
seu tompo voS hei de dar,6 a minha carne, que Sera immOlada
pola vida do lllundo.
se,CO平 ‐
Os JudCOS,alias tam grOSSeiltos e difFiceis de peFSuadir―
prellenderalll muitO bem qlle O Salvador pl・ Olllottia a Sua mesma Car―
nO, para scr l・ eal e weltcladeil・ amente cOlllicla. So houve diSSidencias,
nlo foi na intcrpretaclo da prOmessl,mas s6 na lnaneira Como se‐
ria vel・ iiCada, Disputavam pois entre si dizelldo: Colllo pOde este
homelll Clar… 1los a colner a slla carne? Longe poreln de os (lesen―
ganaF d'urll cri・ o, nlo l・ espol〕 deu o Salvadoit ao seu erllbaliaco senao
po「 uma nova C01101・ maclo da mcsma doutrilla.Em vordade, diSSe
clle, clu verdade vos digo, que se nlo 00merd`)s a Carne f10 Filho
do Ⅱomem, e l110 beberdes o seu sangue,■ 50 tereis a wida elu v6s.
Pelb contl,ario,o que come a nlinha carne o bebe o meu sangue,
esse tcl° 嵐a vida etol・ na;tertt enl si O penhOf 0 0 germen desta
vida, c eu o reSuscitarei no ultinlo dia, para lhe dar a pOSSe d'u―
Ina BemaventuranOa que n履 o acabara iamaiS;pO「 que a minha car―

lle e werdadellia cOnllda, o o meu sanguo Verdadel:・ a bebida. 0
que come a minha carne, o bebe o meu sangue permanece eln
lllim e eu nelleo E assiIIl coll10 meu Pal,quo 6 o Deus vivo, me
enviou ao mundO, O eu vivo por IIleu Pai; assilll aquelle que se
nutre de lnim,esse nlesmo viVeri por mim. Eu vos torno a dizer:
aqui esti O plo que descell dO Ceo. Nlo 6 este como o de vossos
pais, que colneram o manni no deserto o morreram; o que come
este paσ viveri Oterlamente.
Assiln annunciou Jesus o grande lnisterio do nossos altares,que
tem tam grande parte no plano da Redemp9五 oe Com effeito, qual
era o flm da lncarnaclo? se nlo o de lornar a unir o bomerll
com Deus,poF um Vinculo intimo e pormanente.Ora, cis o modo
adllliravel colllo se cumpre lla Eucharistia esta uni額 o deiflca。
A wida reside em Deus como em sua ol・ igem;da1li ella se dera
rallla na llumallidadc sacrosania de Jesu― Christo, que lhe esll uni‐
do. A hllmanidade dc Jesll― Christo na SSo Ellchaloistia une‐ se aos
130 CATECISMo

鮮:濾 鮮i鮒 穐
撫F轍1ls対Ⅲ
em nada o sclllidO de suas palavI・ as. ´Pl・ olllette dar― nos a cOnlcr a

S∬ -1。
aSillll職 ユ lirisc:翼 ::〕 '::::lll
di:ial肌 │::Iざ lliinill:iSal:・

郡Wittitta憮 掛鮮W戚
lll:ぶm∫llli:CI
]liilillll敬11iIIIliellillCITlt:il∫

° °
肌 llu:s組 謂 鳴 :ξ 」TI° n£ 槻 Tt卜 ∫?品 ∬ ,a蹴 1蹴 t
Filho do HOmenl estara tres dias e tres noutes no selo da terra.Jo―
n as, sahindo vivO do ventl・ e da balea, fOi para os de Ninive talll

iFTLttWL'。 写 i」 TЪ ∬ ettasIIWiO° ぷ ITtttnIW諄
DE PERSETERANoA。 131

pois da sua mOrte, seri o grande lnilagre reServado para esta gera―
15°

'N: ::l」
llel及
°
[:∫ l:IIII∫ lli:lalosenhor a Pe(lro a IIlagni‐

∬挽l椒 ill胤 1潔Ъ l器 よI‖ 』


鵠∬∬税sれ ∫ er翼
Ⅱomem? Seus discipulog
lolos:Que diZern os hOmens do Filho do

:li::!dill:lia『 lヽ ∫│〔 ::QqI:efllild::IIIil:。 響


き :hcll∫ r:si::lll
doo E v6s, oolltinuou elle, quen dizeis que eu sou? Sim5o Podro,
levantando a VOZ, respondeu sem hesitar: V6s sois o Christo,Filho
do Deus wivOo JCsus lhe respondeu: Bemaventurado es, Simao, fl‐
lbo de JO五 0; pOrque nao foi a carne nclll o sangue que t'o revelou,
mas sim meu Pal,que esti no Ceo。
Depois, t01・ nalldo― lhe,para assim dizer,testeIILunho por testelnu"
nho, e queliendo infOrmal― o do que elle mesmo era,o seria sempre,
em seus successoresI E cu, accrescentou Jesus, digo― te que tu es

備鮮
ru犠善
sel・
肌[銹犠鮮曲
i ligado no Ceo, c tu(lo o que desligares na terra `sera desliga‐
do■ o Ceo。
Annullciou dopois aos Apostolos a sua paix,o; os oppl'obltios i
Os indignos ultrages, a morte emOm, que devia brewelll19nte SOrrer.
E'celヽ lo〔 lue a ilnmortalidado promettida i lgraa,a despeito do in■
艶rno e das humanas paix6es coniuradaS COntra ella, iunta aO culll―
prinlento visivel desta promessa ha desoito seculos, 6 para n6s ou‐
tros n】 ais que sllriciente prova da divindade do Salvador, e molivo
seguro para nos llao escandalizarmos da sua cruz; Inas os Apostolos
nlo haviam de ser testemunhas deste milagre. Pal'a fortalecer pois

(1)As portas muitas vozes significam na Escriptura o podcr; e a



ゞasao 6 que a, pOrtas das antigas ci〔 ladcs 6 quo os anci5os, os inagistra―
dos, erll summa,os princiPcs Ou chcres da cidadc, se aluntavam I)ara
adruinistrar iustica. D'aqui vem lomar― sc o nome de porta pelo dc po“
dere
132 CATECISM0

sua tt conil・ a o escandalo de suas humilia9σ esl prO宙 denciou o salら


va(lor outro prodigio,c可 0 1m era provar i e宙 dencia que elle olta
Fealmente o Filho de Dous,Dous dO si mesmo, e que se padecia cIDa
muito por slla voniade. Passados pois seis dias,ostava o clivino]Ⅵ cs‐
.tre com seus discipulos ao p6 d'uma alla montanha, cercado da llllul_
tid5o do povo, a quem explicava como costllmava as verdades da
salva9証 oo Acabado o discurso, subio l montanha para oraF, aCOm‐
panhado(lc Pedro e seus dOis irm橿 os Tiago, e Jo証 o filhO dO zebe‐
deOo Quiz clle quo os tres discipulos, qlle d'antemao elegera palih
testemunhas do desalentO, dO temor e tristeza da sua agonia no Jar‐
dim das Oliveiras,na vespera de sua morte, fossem tambem os
unicos espectadores ga sua gloria, ni montanha aolldo Os cOn‐
du2ia.
EFa ella mui alla e desel` ta;e chegttndo ao cilllLO, pOz― se Jesus
em oraQlo:Pedro e seus dOus companheiros adormeceram ねtigadOs
do caminhoo Em quanlo o SalvadoF VelaVa e os discipulos dorlnialn,
a flgura do Mestre appareceu inteiramente demudacla. Seu rosto bri・
lhava como o sol; resplandeciam suas roupas collllo a neveo NIo
poderia o mais habil piSoeiro produziF O brilho de tam bello o01ori‐
doo De repente appareceram dous homens, que ,conversavanl com
Jesus icerca do que de宙 a sofFrer em Jerusalelll.
Entretanto despertaram os disё ipulos e viFam a gloria de Jesus
O os dous personagens que com elle estavamo Era Moiζ ё s e Elias;
Os quaes, oomo ianl a retirar― se, encantados da glol・ ia de seu Mes・
tFe, O SaboFeandO iま uIIla parie do jubilo, de quc ella colllpenetFa
os santos quc a veem eIIl todo o seu esplendo「 , Pedro disse paFa
Je`us:Mestre,6 bom estarmos aquio Se quereis levantaremos aqui
tres telldas: uma para v6s, outra parar Mois6s, o outra para Elias.
O Salvador l1lo lho respondeu; mas, em quanto Pedro fanava ainda,
uma nuvem lulllinosa, sirnilhante a um pavilhaO celesto, os cobrio
com sua luz:entao MOis6s e Elias se mergulharam em a nuvem e des‐
apparecel・ am. A este espoctaculo tiveram os Apostolos grande medo;
O cis que do seio da nuveIII sahio uma voz celeste, que dizia: Este
6 o IIleu Filho anlado, em quem ponho toda a minha coIIlplacencia,
ouvi‐ oo No monlento om que a voz fallava,nao cstava alli senao
DE PERSEVERANoA。 153

Jesus somente, a nm de que se nlo duvidasse que delle s6 6 que


se tratava.
Ao ou宙 r isto, os Apostolos,quc at6 alli haviam estado de p6,
cahiram tremendo oom a face em terl・ a;mas Jesus,apro対 malldo― se

t:1器 1肌 1棚 嚇
lttle総 Ⅷ 柑 la。 品 ∫雌 憮 :

tl・ al・

se era seu estado natural; e n瓢 0 0Stevo o IIlilagre eIIl appare‐
Clisp:Ll:I::nII:Ifll:lt‖
:Flll」 翼
llltQ∫ :‖ :itlnIIsll。 樹ニ
potencia,c impedil― a de ferir e deslumlrar a vista dos homens.

ORA,■ 0●
o' mou Deus! que sois todo amor,cu vos dou gFagaS por
■os tert!es enviado um Salvador que, nao oOntente com nos curar de
todas as misorias,dignou‐ se communicar‐ nos uma vida divina,dane

lli‖
「 III:]lillillill‖ Ii(1:lsillal‖ ill&罷 111群 1軋
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20
154 CATECIS10

vHI.8 LIC10。

VIDA PUBLICA DO MESSIAS‐

SEGUNDO ANNO.

Pogsesso curado,.- Parabola do devedor. - Exemplo c ligdo dc dogura


e.charidadc. - o unico necessario. - o cego de nascimento eurado.

Dr*rro o Salvador da montanha, onde se havia transfigurado, pra-


ticando com os seus tres Apostolos {cerca das circumstancias da sua
Paixflo. Chegando f, planicie, achou os oul,ros nove discipulos cerca-
dos d'um povo immenso que, apenas o avistaram, correram para el-
le testemunhando quanto se alegravam da sua vinda.
Ninguem o desejava mais ardentemente que um pai afflicto, cu-
jo filho, possesso do demonio , nflo poderam 0s noye Apostolos curar.
Era grande o alvorogo do pai, nas parece que ndo correspondia ao
artlor de seus clesejos a vivacidade de sua f6. Cr0s tu, Ihe pergun-
tou o Salvador , {u0 eu lenha o poder de fazer 0 que me pedes ?
Nada e impossivel ao que crO. Sim , meu Senhor, Ihe respotdeu
elle, creio ; mas pego-vos fortifiqueis a minha pouca f6. Espirito
immundo, disse entf,o o Salvador, sahe do c0rp0 deste menino, e nf,o
ouses. mais entrar nelle. A estas palavras ficou o menino livre.
Entflo partio Nosso Senhor com seus doze tliscipulos, e percor-
reu uma parte da alta Galilea, dirigindo-se para Jerusalem. B' no
decurso desta jornada que elle pagou o tributo a Cesar, e deu a seus
Apostolos admiraveis instrucg6es sobre a humildatle , o escandalo e
a charitlade.
DE PERSEVERANoA◆ ibb

Para lhes fazOr sentir quanto 6 indigno o proceder daquelle que


nlo pel・ dOa, disse― lhCs a parabola
o homem alguma cousa siIIlilhante
a e aquelles subditos, a qucln
teri・

seu Eraloio. Entrando pois no exa


urn quo lhe devia dez IIlil talel1los i e n五 O tinha por onde pagare
prendam‐ ■o,diSSo o principe,e vendam‐ ■o, COm sua mulher, 1-

lhos e bens, e dO prOducto pabOue― se a diVidao Ah l Senhor,1'espo■

蝋 翻 i∬
榊 ∬ t
do seus COmpanheiros, que lhe dC
se
quantia em cOmpara91o da quo lllt tinham perdoado l aFreme9ou―
ao tleSgioacado, o agarrando-lhe pclo pescooO, CSganava,o dizendo:
Paga― me o que me deWes. O pobro servo lanOaido― se-lhe aos p6s
dizia― lhe: Tende paciencia, que eu pagal・ el tudo o quo vos 6 devi―
do。 llas o olltl・ O nao estove por isso, e mettendO―
o 10go na cadeia,
ordcnou qlle li O tivesseIIl at6 pagar a divida。 │
Saben(lo dOsta deshumanida(le, foram os Outl・ os servos, profun―
danlente contristadoS, dar pal=10 a seu amO dO que se pasSava. Entlo

L∫ 脚 eⅧ dtttttSI静
distc te pel'doei toda a tua divida 盛 鰊 !掘 鮮 l

鮮 l[lJII::器 〉 帯

ul[1lb∬ :鮮 :輔
│1患 l

o entioegassem aos algozes at6 paivador, se v6s, a quem elle peF―


1・ i nleu Pai coleste, ooncluio o S〔
doou e perdoa tantos poccados, nlo perdoardcs de bOIIl grado as
orcnsas qlle tiVerdes de vOSSos irmlos.
Eln quanto durava esta instrucOao e muitas lnais, oontinllava o
Salvador a caIIlinhar para Jerusalem. Chegando aos conAns da Sa―
lllaria, mandou adiante alguns de seus I)iscipulos, ao lugar aonde
quoria pousar, para quc an■ unclasselll a sua vindao Chegaranl os
ellviados a uIIla cidade dos Samaritanos, cuioS habitantcs recusaram
136 cATECISMo ′

dar‐ lhe hospitalidado, s6 porque elle ia a Jerusalemo Seus discipu‐


los indiglladOs, v01taram para sou MOstre e llle disseram: Senhor,
quereis que fagamos cahir sObre elles O fOgO dO ceo?
Nosso amavel Salvador,voltan(lo― se para elles, ol1lou― os com ar
severo, o reprehendeu‐ os dizendo l lde― vos, que lllo sabeis de quo
espiritO deveis ser animados. o Filho do Ⅱomem n瓢 o ve10 ao mull_
do para perder as almas,mas para salval,as. Assim Nosso Senho「
recebeu a afrronta seFll quOixar‐ se, o procurou oull'o asylo. Nao
pOdO duvidar― se que islo lhe nlo pezou muitO, menos por elle quo
por seus Discipulos, de cuiaS precis6es curava oom matelヽ nal amorQ
O Papa Se Clemente, discipulo de S. Pedro, refere em seus escri_
ptos, que aquelle Aposto10 gostava muitO de citar nas suas oonve:D咆
sa06es os ras8os patheticos da bondade de sOu divino IIOstiヽ e, dll_
rante a sua vida mortalo Contava pol・ elll oom especial albclo, quo
o divino Salvador,■ as iOl・ nadas que fazia oOm sells Discipulos,pe‐
las aldeas e cidades da Judea,muitas vozes os visitava de nollle,
oom uma sollicitude quasi paternal,palta veF SO eStavanl bem cO_
bertos,O agazalhados do fltio;o, se estavam mal acooEllmOdatlos,
nada poupava para allivial― os, privandO― se a si mesmo dO repouso
o passando a nOute inteil・ a a lhes pl・ ocuraF Seu COnllnodoo Foi tlu電
rante a iornada de que iamos fallando,que elle en宙 ou os seus setenta
e dous Discipulos a pr6gar na Galilea.
Entretanto,nao estava elle ocioso. Um dia teve o di宙 no Mes‐
tre do 00nfundir a lllaligilidade d'um celミ lo Escriba, o■ (:Outor da
lei, que se lnettell em cab00a caloular at6 0nt!o chOgattia a capaci"
dado d'aque1lo homem,cuia repllta9江 o dava lanto bra(lo em 10da a
Palestina. Velo l)ois lo10 oom elle e disso― llle:]IOstl・ e,(lue dovO ell
ねzer para obler a vida oleFna? A pergunta ora mui vaga, oo併
cultava uIIl laOo na sua grando univel・ sali(la(le; Hlas hi !a9o eFll qu0
cahio o IIlesmo quo o aFmaVao N5o tens lido a lei? Respon(leu o
Salvado「 Q Que te ensina ella acerca das cousas nece∬ arias i sal電
vacao 2

Respondeu o doutor: A loi pode Fetlllzil・ ・se loda a tlous granq
des preceitos,que abrangem os oull・ os, o lheS Servem de fundamen"
to, a saber: A/P22α raS αθsθ ,2λ θ
″Jθ )θ tts Jθ Jθ ごο οJθ θοraβ αθ, J0
"ガ “ 6θ ηι αηια dS
Jθ ″α α ι α α′
η〕α θcθ η αs αs`tι αs/0″ αS, θ αSSJ密 ,Pι ?・

“ `0′ `α
DE PERSEVERANoA. 157

ao lett pr\Mmo clmo a ti mesmo. Respondeste hem, lhe tornoU o


Senhor, faze pois isso e teras a vitla eterna'
D'esl,'arte . toda a Beligitio consiste em amar a Deus e ao
pro-
ximo. Quenr ousarf, dizer que ella e impraticavel ?
Itepois desta grande ligflo, continuou o salvador seu eaminho
para Jerusalem, e chegou pela tarde a Bethania , aldea visinha tla
tapital. Alli ficou, e recebeu hospitalidade d'uma fanrilia que sem-
pri tn* teve uma affeigf,o sincera. Bra a familia de Lazaro , e de
suas duas irm6s l\Iartha e l\Iaria.
Maria, que era a mais nova, sentou-se aos p6s do Salvador pa-
ra ouvir ruai dirinas ligoes. lllar[ha pelo contrario audava loda afa-
digada a preparar a comicla que Jesus se dignava totnar com aquel-
la santa fimilia ; e c0m0 nf,o podesse s6 com o trabalho, veio ler
com o Salvador e disselho : Senhor nflo leparaes que minha irmf,
me cleixa s6, carregada com toclo o serviqlo , dizei-lhe , eu vol-o pe-
g0 , que venha ajutlar-me. 0 divino I\lestre , {tre
jamais tlcixava
de'reierir tis couils tlo Ceo os mais communs e ordinarios tliscttrsos,
aproveitou o ensejo para nos clar a todos , r8 pessoa . de lllartha,
uma insh'ucgflo tinto mais ulil, quanto sua applicagdo e *11t quo-
tigiana , ainda para as almas de grande zelo 0 vir[ude.
lllartha ,
hlartha , tt u tlisse Jesus , inquietas-le rnuito ; divides o espirito para
mil cousas ; lembra-te, quando as fazes , que unta s6 6 necessat'ia'

Jllaria tua irurfl escolheu a melhor parle, e essa lhe nflo serf,
tirada.
Jesus fallava clo negocio da salvag[o , e o isto o que elle chamava

a unica cgusa necessaria. A acgf,o e os cuitlados de l\Iartha cram


bons em si mesmgs , mas tenrliam me00s clilectamente e salvagf,o
que a occupaqflo de i\Iaria, at[enta a palavra tle Dcus : por isso
disse que ella escolhera a melhor parte'
Ao out,r',0 dia , sahio o Salvaclor para Jerusalem , o assim que
chegou viO-se cercatlo por llma lmmensa multitlfio ' que escutava
seus

tlisJursos. Os principes tlos Sacerflotes, invejosos ds sua reputaq[0,


resolveratn apo{erar-se delle ; mas falhou a empreza : ainda nfio era
chegatla a hora flo Filho do Homem. Jesus pregou ale muitas Y0'
zes n0 templo. Debalcle se esforgavam seus inirnigos pala o apa-
nlrar em suas palavras , foram forgados a clizer como o p0v0: Ja-
mais homem fiUou assim. Illas, 6 nriseria ! esta magni[ica homeua-
138 CATEclslo
gom fic0u sem fructo , nfio se converteram. O Salvador
annuncia-
va-lhes eutlo 0s tremendos castigos que a sua incretlulidade
chama-
ya sobre elles ; mas tudo foi balclado. por
,
isso apenas acabou
festa dos Tabernaculos , sahio o Salvador d'aquetta ciOaOe enclureci-
a

da e sequiosa do seu sangue.


Quem nfio descobriri aqui uma notor.ia simiihanga entre 0s sa-
bios de Jcrusalem e os sabios dos noss,s dras ?
Quantos homens ha
entre n6s, que teenr senlpre na boca os louvore,s tlo christianismo
,
que 0 admiram em sua moral, em suas instruc.q6es, em suas
altes,
mas pouco se lhes d[ de conformar suas acqoes com suas leis
! Em-
bora lhes diganros, que [aes louvores sem ac-coes, tal adniiraqlo sem
fructos, nflo os poderi livrar clos castigos
, com que Deus arnea-ca
os desprezadores de sua santa vontarle, riem-se de nossas palavras.
Que nos rcsta pois ? senfro orar pclos cegos de vontacle , que teem
olhos e nlo yeem , ouvidos e nrio ouvem ?
sahia o salvarlor do templo, e se retirava c,m seus Apostolos,
senl que seus ininrigos o scguisscm, quando encerntrou n0 camiriho
um cego de nascimento, no qual fiiou os olhos: Ilestrc, Ihe pergun-
taram os Aposlolos , porgue 6 esle homem oego tle nascimento ? aca-
s0 e pessoalmente culpado , ou e punitlo pelos peceados de seus pais?
Respondeu Jesus : -i\ein 6 pelos peccaclos ireste iro,nu*
de seus pais, que Dcus permrltio que eile nascessc ceg.o.
, nern pelos
Yerdatle e, que as doengas, as adversi.Jades , e a morte nfo en-
traram no mundo senio pelo peccado ; mas Deus, que clellas se ser-
ye , quantlo lhe apl'az, para castigar os peccadores,
[ambem as em-
prega muitas yezes , para aperfeigoar os justos, e manifestar sua glo-
ria. Or'a, e unicamente para sua gloria, accrescentou o salvador ,
que Deus pernritlio a enfermiclacle cleste homem; elle o deslinou pa-
ra patentear as maravilhas do seu poder. Dito isto, cuspio em ler-
ril , e molhando a poeira com a saliva , fez uma massa com que es-
fregou os olhos do cego , e depois disse-lhe : yai : lava-te no tan-
que cle Siloe. obedeceu 0 cego, lavou os olhos recebeu a vista, e
,
tornou para casa saltando de contente.
Jamais houve milagre tam rigor.osamente examinado, eparabem
o foi. Apenas voltou o cego , divurgou-se a fama cle sua cura e
,
corria o povo de tode,s os canlos da cidade para 0 ver, e certificar-
DE PERSEVERANCA. 139
se do que ouviam. Os visinhos, e mais 0s que o tinham visto cen-
tos tle yezes
a pedir esmola, diziam uns para os outros : Nflo 6 es-
te o cego, {u0 se ia assentar pelas encruziltradas , e mencligaya a6s
que passavam ? B' elle mesmo, asseveravatrr uns r. ndo . diziam ou-
tros , e algum gue se parece com elle ; tal nfio ha, acudia o cego
,
sou eu mesmo. Esta duvida sobre a itlentidade da pessoa, termi-
nou em brcve.
Pelo que toca 6 cura , ndo podiam julgar pelos olhos , era pre-
cizo saber de que maneira se tinha operado ,. e eil-os a perguntar :
Como se te abriram os olhos ? :
o cego respondeu Aquelle homem
que se chama Jesus molhou [erra com a sua saiiva, esfregou-me com
ella os olhos , e depois disse-me : Yai ao tanque de Siloe e lava-te.
!'ui, Iavei-me, evi. Mas, tornavam os assistentes, onde estf, o ho-
mem que te deu essa ordem ? ,
Eu n6o sei lornou o cego.
Acabadas estas primeiras pesquizas, nfo se julgaram dispensa-
dos de tirar novas informagdes, e consultar pessoas tle abalizafla re-
putagfro , a ver 0 clue rleveriam crer e concluir do milagre. Condu-
,
ziram pois o homem que tinha sido cego aos Phariseos i, os quaes
o interrogaram dc novo , e suppondo pelo testemunho publico, que
de veras tinha sido cego, perguntavamJhe s6 como recuperara a vis-
ta. A innocencia e sirnplicidade nflo arreceia perguntas: Aquelle a
quem devo a vista, respondeu elle, poz-me l6do nos olhos, Iivei-me
por sua ortlem no lanque de Siloe, e, vejo. A candura desta decla-
ragfro causou divisdo nos juiz.es. Totlos.queriam evitar as consequen-
cias do milagre, que proyava tam vigorosamente 0 divino poder do
quem o fizera ; mas nf,o concordavam nos meios ele o recusar: eis
aqui o miseravel recurso de que langaram m[0.
Foi em dia de sabbado que Jesus fez o lodo com a sua saliva,
e a poeira da terra: foi en dia de Sabbado que mandou o cego ao
tanque de silo6. Nestas duas acgOes nada havia coutrario lei,. to-
i
davia disseram alguns: Como quer que seja da cura do cego, um
homem que ndo guarda o Sabbado nflo pode ser enviatlo d; Deus.
oqt-ros porem diziam: Pois se este homem 6 peccador violador do
,
Sabbado, logo nfio pode operar um prodigio tam estupendo. Todos
estes raciociuios n6o concluiam nada, nem satisfaziam 0s bons Is-
raelitas.

160 CATECISH0

Desconcertados os PhaFiSeOS,lzeram ao cego uma pergunta que


mostrava tanto O Seu embara9o oomo a discordancia enl q■ o esta・
vam. E tu,lhe perguntaram elles, quo lizeS desse homem, quo
te abrio o3 01hOS? Eu digo quo 6 uln Propheta,.1・ espondel o ce・
300 Desespeloados com ist9,pOZeram‐ so os PhaFiSeOS a negar que
aqu911e homem:fosse ialnais cego,c a dizer que alli,andava con‐
loio ou tramoiao Mandaram pois chamar o pai e a mコ i. r este
O VOSSO fllho? lhes perguntaram elles; nasceu eHe ce80 P Se assi【 n
6,oomo■ O olle agora d'ambos os olhos? O que n6s sabemos,res‐
ponderam os pais, 6 que esse 6 o ■ossO fllho; e tambem sabemos
que era c,go desde que nascou; mas como 6 que agora vё ′disso
■頷o sabemos uada,nem tam pouoo qmem 6 b bomem que lhe deu
vista. Interrogai ao■ osso llho,que ia tem idade para rosponder.
Bem sabiam os pais do cego de que modo se lzera o IIlilagre,
mas n10 tinham aniIIlo do o dizer;porquo os Judeos de Jerusalem,
isto ё,os PhaFiSeOS o o,principes do povO,ia tinham oombinado
em expulsar da SyllagOga, oomo excOⅡ IInungado, todo,aquelle que
lzesse proFlsslo de crer que Jesus era o ChFiStO. Por isso 6 que
O,pai,ca興 五i do cego lanOavam sobre elle o perigo da resPosta,
quando diziam aos Pharisoos, que elle tinha idade paral responder`
Os Phariseos, por tanlo, lornaraIIl a chama卜 o, o vestindo um
ar de aucbridade religiosa: RepaFa,lhe diSSeram, repara bemゴ o
q撫
‰∬ 鮮ょ 棚評lLSl棚quioLIIれ
::ソ :F#∫ ∴∬温 電 燎 '。

o cego oom muito de"


peccadoro Se J,SuS 6 peccador,‐ reto「

embara9o, isso 6 que eu ntto Sei, O que sei 6 que eu Cta cego,
agora v可 o. Que fez e1lo,_pOiS, para te dar vista? Eu ia ■。卜0
disse, tornou o cego; porque me perguntaes isso outra vez? acaso
querereis ser seus diSCipulos? Sい o tu,lhe disSeram os Phari譴
enfurecidos,o Carreぃ nd6‐ o de mald“ eS;quanto a n6s,somes d歯・
"
clpulos de Mois6s. N6s sibemo,quc Deus Fallou a Mo薗 ,cm quana
to quc esse homem,chanaco JesuS,■ お sabemos donde`叫 “ i dondl
velo,Se da parte de peus,,Ou da parte do demOnlo. _
Eis_ahi na,erdade,velsponde■ o cego,o que 6 muilo singu“
hr;pdsマ ,qte v∝ p劇 ∝dl¶ 五 disヽ 雷

velo este homem, que teve pod祀 亀∫:譜 選覧墨

DE PllSEvElANCA. 161

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para ra da pOrtao SOubo o Salv
C認

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w電 ‖
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para quc eu fa9a a IIlinha pl'oflssa
curei,eu que te fa1lo,lhe disse o
cego com transporte, ou o creio;


dOr, prosternou‐ se dianlo delle e o adOFOu.

e:li' 11:l:

gelhigillillll[:ililillllllllllilLillallirn10:」
dmpm山 山ぬma艶 ,租 br e rttlal宵 鵠謂れ ittλ '戚
ea

ORA,■ 0.
0'meu Deus!que sds bdO 11:rれ
∬ 1。 IIざ 6d乳 電
:鳳 u驚
撫 ill「 lil‖∬[IIiSIIIIサ 1lPTIL∫ 富ギ


ad:rea tOrnura de

滅蒻 几
ぷ憂
W繊l期 勒 鮮
162 C▲ TECISM0

Ix.3 LIC10。

VIDA PUBLICA DO IIESSIASα

TERCEIRO ANNO。

o filho prodigo. 0s meuinos abengoftdos. *


a -
ovelha desgarrada.
Annunciagio da Paix[0.- Zacheo convertido'

A REDEMPo10 dO hOnlem eFa O fIIII cOnstante das palavras, IIlila‐

o homem tinha universalmente de Deus. Tudo nelle dizia: NIo te―

倫 I螺
:}:il° Illllli,111i熱
lll‖ i(illl」
:‖
lllFi::ll∫ lell
‐163
DE PERSLVERAN9▲ .

ef犠
肌 sI』 青 ∬ 就 :計 lirillhTl∫ ll譜 ℃ :ll講 Tli聰
d。 `arninh。 . E chegando a casa, ajunta solls alnigos e visinhos, o
tliz-lhes: Congratulai― voS colnigo, que achei l ovelha que se havia
p湖
呪縄 6面 町 cOnCl鵬 0田 Ⅶ山 ち 甲 e憾 ち V∝

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0螂 hЮ 粋 山
T社 1.蠍 鵠T電 盤
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zar seus cuidados e ternura aos peCじ adores: UIn homeΠ l, lhes disse
登 _

‖ [樅 幾 胤 式 iiawギ 甦 楡 争 漁 雌
lhe tocava.
Um mancebo, oom grandes bens e demttiada liberdade, oo're
scipre grandes riscos: eSte nao tardou a experimental― os.Pouco
tompo depois desta partilha, 可untandO tudo o que era seu, dOilou
seu pal, c ausentou― s6para■ m paiz remoto。
Vendo― se livl・ e de toda a inspec05o, sem ninguenl quo o repre‐

hondesse, dissipo■ o mancebo・ em pouco tempo todos os seus bens


vivendo dissolutamenteo Para cunlulo de desgraca, depois qlle nao
teve mais nada, sobreveio uma grande fome na terra onde estava,
de sorte quc sO wiofIIl eXtFema indigencia. QuO partido tomaria el―
lo,t crrEcr$uo
le para grangear seu pflo ? poz-se a servir um habitante d,aquella
terra, QUe o mandou para um casal seu a guarclar 0s porcos. Eis
ahi vendida a liberdade, pela quar sacudira o amavel joso da au-
ctoridade pa[erna ! Bil-0, o filho indocil, que deixou seu" pai para
se impor um amo ; que sahio d'uma boa casa par.a guardar porios !
Nobre mancebo, a que estatlo te reduziste !
Tantos sacrificios porem nf,o bastaram a grangearlhe o neccssa-
rio ; soffria grande fome e invejava aos porcos o alimen[o que vil
comiam , mas nflo lh'o davam. Bntflo o filho prodigo, lendo
en-
trado em si, disse suspirando : Quantos jornaleirbs hi 'em casa de
meu pai, que teem plo em abundancia, e eu aqui eslou morrendo
de fome ! Irei buscar a meu pai, e dir-lhe-hei : Meu pai pequei
,
contra o Ceo e contra v6s ; ,ao merego chamar-nre vosso filho ;
recebei-me em o numero de yossos jor.naleiros.
llas como se atreveri a appareeer a seu pai, depois tle o haver
tam indignamente abandonado ?' como se mosirari ; seu irmflo e
f,s pessoas da casa no triste estacro a que esti reduzido ? c Be-
presenta-se-me, diz um piedoso auclor, v6l-o c0m0 um mendigo
, ed-
caveirado , desligurado, espoliaclo da pobreza , com o c0rp0 meio nu,
meio coberto de farrapos, esmolando, com importunagOes, um tris-
te bocado de pflo , para nf,o perecer 6 fome. Ah I i,reo'seria au-
gmentar a colera de seu pai o apparecer-lhe em tal desolagflo
? Nlo
seria expor-se a nfro o conhecer ? >
. Nada porem o deteve. Bil-o a caminho para a casa paterna.
ainda estava hem distanle, quando seu pai o avistou. Ntio podern
os andrajos, nem a miseria des{igurar assaz um filho aos olhos de
seu pai I as entranhas se lhe commoyem; cor.re a0 seu enconlro toma*-
;
o los bragos. llleu pai, Ilre diz elle , confuso e enlernecidq, pequei
contra o Ceo e coutra vds , nio morego chamar-me yosso ritno.
Mas o pai, exultando de jubilo , sem responcler-lhe, sem Ihe
dirigir uma reprehengflo, sem me$mo lhe crar lempo de fallar, cha-
ma por toda a gente da casa : Trazei depressa, cliz elle, o primei-
ro vestido de meu {ilho , , vesti-lh'0, rnettei-lhe um annel no detlo,
e 0s Qapatos nos p6s. Trazoi lambem um vitello bem gordo e pro-
parai um grande hanquete ; alegremo-nos lodos porque meu lilho
,
;
eslava morto e reviveu, estava perdido e outra yez 0 possuimos-
DE PEaSEVETAI(QA. 165

'Depois disto assentaram-se e mesa , chamaram musiCgs, e entre-


garam-se {r mais viva alegria.
Entretanto o filho mais velho ;
andava no campo e como vies-
Ee para casa, ouvio a harmonia do concerto. Chamou
um criado ,
e pelguntou-lhe a causa tl'aquella inexperada festa ; o serv6 respon-

Aeu-ttre: E, Yosso irm6o que chegou ; e vosso pai


cheio de alegria

mandou matar o novilho mais gordo, por tornar a


achar seu filho
mais velho, in'
a quem nflo e$perava de ver mais. Bntflo aquelle filho
dignatlo , nlo quiz enirar em casa ; 0 que senflo dito a seu Pai ,
ve]o ter cotn elie e pedirJhe para ir assistir 6 festa e pdr assitu
o

cumulo f; sua alegrii.. Que ! respondeu o .lilho , cgmo


quem estra-
nhava aquelle procedimento de seu pai, pois ha tantos annos que
vos sirvo sem l)unca desobedecer a nenhuma de vossas ordens , e
ainila me nlo offerecestes um cabritinho para me regalar com
0s

neus anrigos , e agora est'outro filho , que dissipou em devassiddes


ma-
todos 0s sctls bens, volta miseravel e estragado, e logo mandais
tar o melhor uovilho , e nf,g sabeis mais que lhe fareis ! llleu n-
lho, torna brantlamente o bom do pai, tu estirs sempre comigo, sao
teus [odos 0s meus bens , tens liberdatle de dispor delles ; em com-
paraqf,o d'uma amizade tam liberal e constante, quo 6 uma festa mo-
mentanea, exigida pelas circumstancias ? Bem era que fizessemos
um banquete extraorclinario , e dessemos alguma cousa ao contenta-
mento de toda a ngssa casa. Teu irmflo estava morto ' e aggra re-
- viveu; tu e eu 0 tinhamos perdido, e agora otornamosaachar'
Onde acharemos uma parabola mais tocante e fecunda em mo-
tivos de consolaqfio para 0s peccadores penitentes, e uteis reflex6es
para os justos presunquosos ? O Salvador anima os primeiros , P&-
e ani-
ienteandolhes a misericordiosa bondade clo Pai que os espera,
mando-os a rehabilitar-se pelo arrependimento , qualquer que seja

o seu estad0 ; porque o arrependimento 6 irmdo da innocencia. Aos


oulros, ensina o Oivino ll{estre a charidade, a humildade e a ercel-
lencia dos continu6s beneficios que recebem em seu servigo , e de
que nem sempre se mostram assaz agradecidos'
' Depois tliste discurso , tam tligno daquelle que veio ao mundo
para sailar os que pereciam, praticou '0 Salvador uma acgfro que
166 cATECISIIo
demostra quall10 ёgrande a bOndadc e amabilidado de sell diliino
coracao。
Um tlia que estava instruindO a seus discipulos, quo o escula,

de p』 :elIIllllIIlll:‖
‖ i「 li!甘 ilililj:s‖ │llill[le]lllil廿
llinllen::'Illlllllll:ll駐
│::6器 :sti:i :llilよ
::lttelllilefil」 II

留 鷲鵬ittS宵 鳳脚肝
鷹よ l10。
響:Ъ 踪
:な :T「 ∬
総富
撫lla‖ 憶° Ii榊 ‖
翼幣撫Л
ボ li榊
Ⅷ 翼謝難d∬ 1拙 吼ぶ,1課 11艦
静犠鮮1鮮 ぶ
L Jesu― Cllristo esta alllavel vilitude
'de occasiaO de a e10giar e lヽ
ecom.
o Evangel10, E' desgraca nOssa
do espiri10 dO divino Mcstre: 0

響 9S S,1° SilDpliceS,Ou para melhOl


somos na velidade insensatos.
O Salvador pOis chamou a si tOdos aquellcs meninOs i abl・
a9oll.
OS VnS ap6s oull'os, illlpoz-lhes as nlaOs, 0

s despcdiO cheios dO
Suas be119薇 os, Palta p6r a sui ill■
Ocellcia para sempre fOra dO alcance
do∝ mndJ%ゎ mou aqude tt de朦 n::縄 a胤
e deClarOu que so algucIIl escanllal
::Tlぎ i∬
melhor lhe ttra ser precipitado nO mar,com unla atafOna alada ao pes_
ぶよ
o respeito, a prolecO瓢 0, Os dis.
rescen10u: EIIl verdade vOs digO,
leninos que slo meus irlnaos, 6
D'cst'al・ le O Reparador univer.
167

DE PIRSEVERANoA.
Ch,
驚私
謂電 ∫ Lttgrada;ahね
「 │ふ a i morte,itt i COr“


島∬l亀鷲稔鷲 )m piedade no altar VergonhosO de divind辞
des infames.
Enti・ etanto a Vida ll10rtal dO Filbo de Deus loCava o seu terIIlo.
A vontade de seI Pai O Chamava― a Jerusalem. Partio elle, pois,
oom seus Apost010S, Semedndo pe10 CaIIlin1lo O trigo salutar da Sua
palavl・ a,oOnlrmada pe10S milagres da sua OmnipOtenciao COntando
deste dia da paFtida, n10 1he restaVaIII mais q lue quinze dias para
viver,atё i cOnsulnnlaclo do sOu saCl・
inciOo Vamos a Jerusalem,
disse elle a seus Aposto10S,la Se cumprira0 10dos os Oraculos,an‐
ⅡOmem, e elle scri
nunciados pelos Proplletas acerca do FilhO do
entreguc aos Principes doS SaCerdotes, aos Escribas e Ancilos dO
pOvO. Li scra c。 1ldemnado i morte, abandonadO aos gentios, CO‐
belito d'Opprobltios, insultado pOl・ tOdOS OS mOdOS, Illles lbe Cuspi―
1。 lo■ O roslo,0 0 flagollarlo,e suspender50 em uma cruZ;elle mor‐
rel■, e resurgiri ao terceiro dia: I)iZendo iSt0 9 estava sereno o
clleio d'alcgloia. IndO de calninho, Curou o 01)gulho dos fllhOS de
Zebedeo,que ambicionavam as primeiras dignidades dO Seu Reino,
e restituio a ViSta a um cego。
Pelo・ resto da tarde chegaraIIl aos arredores de Jeric6, Onde o
aram um
Salvador ncou tres diasi Foi alli que Martha C Maria eh宙
COl・ 1'e10 a dalt― lhe parte da doenOa de seu irmlo Laza'o, o I)edir‐

lhe que viesse cural-03 Vai, respolldeu JeSus aO enviado, diZe da


m10■ 10
nlinha pal・ te a llartha c a llaria que esta doenca dO Seu il・
6 paloa elle lll101・ rer,maS para patentear a gloria de Dous o a di―
indade de sell Filho.
Lazaro eXpiFOu algumas horas clepois da partida do 00rreio;
porem mao lgnol・ ava isto O di宙 no Mestre.Differindo a sua ida,
bem sabia a que prOva punha a f6 e COnflanca das dllas il'mas. A's
maiOres afflic‐
almas nlals bem amadas 6 quo o SalVadOr FeSerVa a卜
epara elle as maiorcs gliaOas, Por ou―
06CS; pois que para ellas pl・
tra pal` te,rcS01ve■ 魚zer,na resurre10額
o de Lazaro,mesmo as por_
tis de Jerusalenl(porquC Bethania nlo estava・ a mais d'uma legoa
d'aquella cida(le),um milagre tam estupendO, que cOnfundisse ao
ia rcnder‐ Se a
menos a incredulidade da SynagOga,itt que ella nao quel・
168
caTECrsilo
'Terdade. Assim se
ficou pois dous clias no mesmo lugar
antlo a visitar com seus Apostolos r continu.
a terra de Jeric6, iu*'trurlniio
como d'antes.

槻榊義i帯暴
:♂
∫ 淵ド 路r宙 艦
撫除 i‖
fu挽
tilW選
iよ

li
111F‖ ‖ ilil:l燎
egli〔 l° de gl・ ande multid10 dO po―


砒鮎Л
eseJava veF O grande PrOpheta,

w ttwi l
三 W計ll淵メ
i中 ll∫ lll

:attc♂ 格
lattlurTun艦
11出 。
鵬 ,1鵠 1ガ l‖ :証 :〔
lo, por ver i sua lllesa o christ0
va9aO d'Israel. Na(la mais ediacal
a avers10 que Os JudOOs tillham a(
embargo da presenOa do mesmo sa
pOr teF ido pOllsar a casa tl'u田
ιI
estas duas palavras tOInavam_se in
Jesus nada respondell a esias rOpFehenooes, que tantas vezes ti“
nha supportadO aos Escribas c PhariseOs; porenh Zacheo n五
O s6se ca―
lou tambem, mas cOnfundi0 0s mul・ muradores por suas obras.MOstrOu‐
lhes que um Publicano humilde e de boa tt merecia,da parte de Deus,
eram indignOs aquelles sObeFbOS
'oximando_se pois dO sal'ador,c es,

1柵
ll∫ l∬ 犠電認
se me da mais das minllas riqllezas」 desde esie mOmenio, douTl記
aos

DE PEESEVER▲ NoA. 169

1 椰
椰識:鯖
Zacheo,COmo wё dOs,■ 10 pl・ Om 1士 ‖
鷲淵
欄哺 隣 競鷲

wam dC Ser testemunhas do Seus s


職職lilL∫ illl:lλ :liciel° 1° 111∫ Э‖
rll::1曹 り
cbmO o Filho dO HOmom Veio bu │‖ │‖lilli鳶


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::u llle_sc que o talvador sa∬ Clilrflitililll tth::l:

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li11。

:蹴 u艇 .m驚 認
ぶ :ll∬ 』 awss∬
腎 罵 導

猟l織 鞠為‖鮮 鷲
l,dょ l::.』
Ll。 .n。

鮮i靴‖織
fallava da morte do Lazaro;e co
disse-lhes claramente:Lazal`o esti morto;C,po「
vossa CauSa,mul‐
: valnos
to estimO n10 ter estado la, para que VOS fOrtale9ais na艶
teF COm elle.
No caminhO CuFOu O Salva(loF dOuS Cogos; porquo os infelizes

淵lm 棋 謂軋TR職lTttlillttlaLI∫ le‖‖


laξ
i‖ I:
]ボ
露:翼 棚ar鴨 :uli鯖 嶋
∬ aalllaaloW詣

‖ni淵 I盤

∬儡驚■
撒補織卜1朧XsiWa鑑 詠
mente Sente a morte 10 parente Ou do amigo。
1縄

Apenas ouvio Martha pronunciar o■ ome de Jesus, coFFeu a0


■lo mor‐
seu encOntroo SenboF, lhe disse ella, se estivesseis aqui,
reria meu irII110; mas eu sei que,mesmo agora, tudo o que pediト
des a Deus vos se13i cOnCedidOo Era isto sOllicitaF O maiOr dos pFO‐
digios Por uma maneiFa tam forte como reSpectuosa.

170 CATECISMo
O Salvador respondeu poF lima Verdad9 geral, que deixava en‐
tFeVer suas boas inten9σ es, serll cOmtudo as palentear inteiramen‐
i器
鳳職 ilttiC胤 缶
』混
de todos Os mol・ :Oso TalllbeIIl〔

躙忠器 Ⅷri揃 ∫‖ 盤
ell sou a resurreicao e a vida.

t∬
flssaO de crer que sOis O chl,ist(
1『 1翼
為 鷺
rT樹 lth‖ Ylls∫
a:1'e:::│:l:l TF■
leldiaS:;譜 ::1比 ,Sl:
perguntou pOF tit
Nao espel,。 u mais a fervOrOsa Maria i esc00u_se imme(lialamenle
do meio de seus cOmmO宙 〔
10s amigos,O cOrren(10 para Josts O`ll_
.■
contitO■ O lllgal・ Onde sua irnll o deixarao o salvador na0 1i11lla
dado ulll passo para o lado da llTatil:SL:::I: IttarI: :Ii:III
los i eni:・ ada da pOvOagaO, no si
alⅧ V鼈
撫掘 器品。 器 肥
it‖ 鮮〕鶴
i』
i∫
atifllllul。 uellitlllilllll
:l亀 li13道:「 1la∫ lrtal踏 iI・ 1lii∬
IIlii‖
MaFia pOrem n10 vieぬ ter cOin O mo「 :0,mas sim cOm o十 er.
):譜
lal詭Ili∫ :luhlues::h:Iti° l:
│]:││::alil11‖ ││││)iSillCillll∫
meu irrll証 0。 Dizendo isiO,cOme‐
9ou a choral。 ,e os mesn10s Judeos que vieram colll ella lllo pOde‐
ram repltilnir,as lagl・ imas.
Este espectacu10 enterllecou O salvadOF, que experiIIlentou um

msT鵡 躙 &isT「 畔
e vё de. chcgando aO p6 do luml
vttJel∬ l幾lL革
′nas lagl・ imas. Queria ensinar‐ nos que,se na morte d'um aIIligo de―

rTttill:品 :S∫ s綿 肥町
1:SIttlrettfiど 跳
d脳 '0ょ
:::
171・
DE PERSEYERANqA.
de,diZiam uns,oomo elle o ama‐
tO pranlo tam dignO de sua atteno10: Vё
va l Este homem de milagres, diziam OutroS, que abriO os Olhos
que seu amigo ■Orres―
a um Cego de nascimento,■ 五〇 podia evital・
se? Jcsus tornou a bramlr em si mCSmo, 0 0hegou,se para o
lulnu10,
Era clle n'uma cavorna, tapada por ullla grOSSa pedlao Tillai
a campa, disse elle. Ah, Senllo「 l gritou llartha, ha quatro dias
que nlcu irll110 morreu;o CO「 pO ii Cheira lnal.Martha,lhe res_
10 te disso eu i贔 ,que Se tiveres tt veris a
1)ondeu O SalVador,■
gloria de Deus P TiraltaIIl poiS a pedra,que fechava a Ontrada do
Pai l.dis―
sepulchl・ oo
′ Ent瓢 o Jesus,Tevantando oS 01hos para o Ceo:´
se enc, cu vos dOu gi・ a9as por l■ e terdes conCedido O que voS
petlia occullalllellte, ■O fundo do meu cOra01o, BOm Sabia eu quc
耳)dea,
seIIlpl・ e me OuvIS; mas digo iStO para este povo, que me‐

palta quc conheOa qlle soiS V6s que me enviaStes. EntretantO abri‐
ram o Seplllchro;e WittSe desde a entFada O mOlitO de quatro dias,
estelldidO ■O Clllo, o O Cadavor exhalava llm cheiro sepulchral,
atravez das mortalllas que o ehV01宙 am,
Entlo o Salvador, leValltando a wOZ, pronunciou distinctamonto
,as:Lazaro,levanta― te,e sahe do tumulo。 .Imme‐
estas tres palavュ
diatamente Lazaro Se levanta, tendo os p6s e as maOs ligadas cOIIl
do
atadul'as,coberio o rosto COm um sudario 0 10dO o 00rpo onvol宙
o
om ull len9ol. Desatai― o,disse Jesus aos ciroumstantes, o deixai―
ir. Obedccel・ am i e Lazaro veio reunir― se aos mais paFa COnduZir o
Salvador i sua casa de Bethania, Qnem poderia exprimir OS Sen‐
mas,a con_
tillllentos deste hOmom resuSCitado,a alegria das duas il・
o! QuantO aOS
lrmagao dc sua fё , o OS tFanSpOrtes le Sua gralid瓢
Judeos de Jel・ usalem, cOnsohdores de Martha e de Maria, fOi para
muilos uma preciosa gl・ aca o baverenl Sido testenlunhas de Si―
milllante prodigioメ pois creram em Jesu― Christo 00mo■ O Filh9
de Deus annunciado pe10S PrOpllet,se Alguns delles Chegaram
mesmo a persuadir― se que tinham por eSte milagre um peio de
forcar a crer a malS ObStinada incredulidadё ; e nesta persuaslo
o foraln annunciar aos Phariseos , Oolno para os Obrigar a conven‐
cer― se.
Nlo se convence porenl quem nlo quer convenceF― Se; e csia
172 CATECISHo
forga de luz nf,o servio sendo de irritar mais
aqueiles invejosos,
determinados pero interesse e peras suas paixdes
a nfio crer neile ,
nem admittir prova alguma concludente
guem resolveram perder' Sabendo pois
.,
favor cl,um homem a ,
do nrilagre, e assuslados de suas
conseguencias, reuniram-se 0s poniifices
e phiriseos em um grande
concelho, no qual resorveram dar a morte
a Jesu-christo. 1n. fa-
,
zemos n6s em que pensamos ?disseram uns para 0s outros. Este
homem faz um sem numer, de mitagres
I
e eis que leva comsigo a
todo o mundo. o :
que creviam concruir era logo devemos
crer
nelle mas nf,o, a paixf,o raciocina scmpre- nral
- :
se o deixarnros,
,
continua'am elles [oda a gente viri a c.e,.
nelte ,
o p0\,0 o esc,-
Ihera para seu rei, e 0s Ilomanos inclignados
vir.fio coutra n6s, e cles-
truirEo a cidade e a nag[0.
Malvados ! Nflo era o intere.ssc pubrico que
lhes importava ;
mas sim o descredito em que cahiam pela reputagfio
e milagres do
salvador ; e como nf,o ousaisem confessir
este sorulido rnotivo , pr0-
curavam encobril-o c,apa do benr p,blico : erraram p.rem
-rotfoi.apor ter reconhcciclo
calculo ; pois que nf,o
n0
o seu ver.clatleiro Bei,
mas por se obstinarenr em n[o^ o reconhecer, que
se viram oppri-
midos de todos os males que lingiam temer. um
dos chefes do
concelho , que era caiphas, summo sacerdote
naquelle ann, , (I)
adoptando aquelle falso raciocinio, tomou a palavra
e opinou nestes
lermos : nazf,o lendes: nf,o vOdes que e oorro interesse 'que
um s6
homem morra pelo p0v0, p.r mecro que ndo peregam
[odos ? As_
sim conlirmava caiphas o que acabavim de clizer, e o que
quize_
ram fazer temer da vinganga dos r,man,s. Esie prru.u.
teve o
suffr'agio de todos , e assenl,aram unanimemente em
dar a morto a

(l) Para entendcr estas paravras do Escriptor sagratro, porq,e


eile
era.pontifice aquelle.aino,
.
6 preciso saber qu. lrnoJ caipr,o, eram.
arubos suurmos Pontifrces , e quc o foram por toda vida
a ; mas exerciam
este cargo alternadameute. Aquelle que e,itraoa no santo
dos srrirrl
na fesla da Expiagdo, era o pontifice d'aquelle anno, de
sortc quc og
consideravam como dous pontifrces altcrnados ufio quanto
,
gue ndo pordiam nunca, ,,as quanto 6s fuucaOes que .exerciam
6 dignidarre ,
ora um
ora outro,
DE PE■ 8EVERANgA. 173
Josus de Nazareth. Dizendo que convinha que um sd homem per€-
cesse para salvar todo o povo, proferia Caiphas , sem o saber, uma
prophecia, QUe annunciava que o Filho de Deus, ferto homem, de-
via ser immolado em lugar de'todos os homens. Todavia, a senten-
ga pronuriciada pelos membros do concelho ndo era menos injusta,
por isso que estava prophetisada ; e aquelles corruptos e cegos jui-
zes nf,o cuidaram em mais que em aocelerar a sua execugfl0.

①RA9鳳 0.
0'meu Deus! que sois todO amor, cu vos dou gracas por
nos terdes enviado um Salvador, cuja bondade se estende a todas
as idades e precisOes do homem; cOnserval em mim a candura
o in■ ocencia da infancia, ou, so pol・ desgraca a tiver perdido,
recebei colll bondade, 6 111eu terno Pastor, a vossa ovelha des‐
garrada.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas, e ao proxim0
oomoa mim mesmo poramor de Deus;e,em tostemunho deste amo「 ,

Frθ ttθ ο θ
υF′ αグ ごθ ο g“ θ′ο
SSα Jα r θ
scα ηαα′
οαο
δ 0“ 物θ
s。

`′ `‖ `脇

174 CATECIsMo

X.・ LIc10.

VIDA PUBLICA DO MESSIAS.


TERCEIRO ANNO.

Cumprirnento das prophecias. - O balsamo derrarnatlo. lllurmuragf,o


-
de Judas, - Entrada em Jerusalent. Inveja dos Phaliseos. -- Lagri-
-
mas do Salvador.
- Predigfio dcerca de Jcrttsalem. - A esmola da
Yiuva. - Pureza d'intcng{0. Novas murmuragOes de Judas.
- -Sua
trai96o.

O aonrrrru, que acabava tle condemnar a Jesus de Nazareth, com-


punha-se de todos os homens abalizados e doutos de Jerttsalem ; por
;
isso eram tanto mais criminosos mas a mesma nagfio era indescul-
pavel em se deixar arrastrar cegamente por seus Pontifices e pelos
furores da caduca Synagoga. Acin:a da sua auctoridade havia outra
muito mais grave , cuja vontade era impossivel ignorar :
esta au-
ctoridadc eram as obras de Jesus, testemunho divino, ao qual todos
os espiritos deviam sujeitar-se. Demais, segundo os mesmos 0t0,cu-
los dos Prophetas, deviam crer que o Christo. seria tlesconhecido dos
Principes do seu povo, e condemnado a morto pelo Senado cla tra-
Qf,o. As violencias da Synagoga contra o seu verdadeiro Rei, pre'
vistas e predictas , como um dos seus signaes caracteristicos , ndo
podiam por tanto ser causa de se duviclar da missf,o de Jesu-
Christo.
Demais, Deus nada tinha poupado para tornar a missf,o de seu
DE PERSEWERANoA. 175


りeW蹴 ・
絆聰ぎ 」
鵠∫ld:》 鷲
鮮 艦lmttLぷ glFi:
謝 vIII:lifllI:llielnII:hilil:::I GOmO predisseram os Prophetas.

:srtTL∬ 蹴
ulle誂
塩ギ:p肌鼎
ど Irt:d::u:salrt』 滞

heげ am∞ 剛К∝。い
t6do Christo,por sua doutrina, Santidade,milagres,e litteral cum‐

1譜 増 :鵬 Fゝ ∬
:0壌 tlllali鳥 彎 te divino modelo, ainda nao se
havia conslinllnadO esta prova que a resurrFei910 de Lazaro acabava
de levar a tam alto grao de evidencia.
O signal decisiVO era a meSma lnorte de Jesu― Christo na cruz,
ordenada pela Synagoga, executadll:llettril101。 (lilp:器
f` :1[:lll
circumstancias preditas, Seguida ao
surrei910, e COroada por Sua as,ens10 1 dextra de seu Pai. Era
este o Signal do PrOpheta Jonas, para onde O Salvador mandava
sempre os inCredulos da sua na91o. Porque emlm, se depois d'um
nascimenlo tal com0 0 de Josus,seguido de tam miraculosa misslo;
se depOiS d'uma vida do tl° inta e tres annos tam santa e beln sus―
tentada,este Jesus br cruciacad0 0 morto,exactamonte do modo
que elle lllesmo o annunciOu, por tantos o tanl antigos braculos;
se depoiS da sua morte, clle resuscitaF nO dia cluひ 11■ Ou publiCamen=
te;,Or mais que diga o■ fa9a a incredulidade,seri imposs市 el que
Jesus nao sla o que elle mesmo diz que 6: o Christo o o Filho de

Deus.
Assim se dispunham as cousas para esta demonstra9=o a que se
nlo poderia replicaF. Depois da resurreitao de Lazaro, sahio o Sal―
vador de Bethania e se retiFOu para a cidade de Ephrem, distante
de Jeltusale伍 cerca de oito bOras deヽ calninho. Era no tempo da
Pascoa, o vinham as multid6es dc to(la a paloto da Judea para assis‐
tir iqueua solemnidade. Jesus dirigi■ ‐
se tambem para essa Jerusa‐
lem, que em breve se ennegl・ eceloia polD llm deicidio, e deFi° amaria
pela terra o sangue dO Seu Rei, do seu Chrisio o do seu Dells.Pas―
sou outra vez por Betllania c se delnoro■ em casa do Lazaro. Cons―
tando da sua vinda, vieralll do Jerusalem gi・ ande llumero de JudoOs,
176 CATECIsM0

°
‐L翼 需ごTC‖ 躙 窮
島 拙 熱 li』 〉鮮 欄
Drnamente o amava. Logo que Je―

袢撒T軸 椰驀理撫l脚 撫T∫∬



L田 ∫
T撚 ¶織 搬lil》 諸∵
∫∬盤t猟 :t庶 ソ脱
sI」
T
surou muito esta piedosa liberalidade de lllaria. POrque se nao ven_
deu,disse elle,este preciOsO balsamO? POdera dar tresentos dinhei‐
ros,que ser宙 ssem para sOccOrrer os pObres.


sll獄 躍盤 椰押
L哺 Ⅷ驀
L》 押
I∬ leC∬ :r:li謂 ,ね 習
IsdT品
es cOm O que podia serviF para re‐
mediar a indigencia.

h穏 ,篭 F∬ telulFЪ 胤 』:0。 1lp路


謬 t:ど ∬ :rT濯 I施
a bolsa das esmolas quo O salvadOr recebia para sua subsistencia c
a de seus DiscipdOso Beln sabia Jesus que por este motiv0 6 que
9胤 atti‖ al濯 ‖ Cil∫
岳鍔 鵠 蝋 :Sぷ 瀾 '£
‰ xl_fl電 織 :

選燕:胤 TぷI軍 lttab'p品 :電 ∴


llぎ tl牌
拠 ぶ
0為


L肥 篤ti愧:職1∴ ∬
tu:礁 i:1:鵠 ∫
:∫ ¶
:i de L"

(1}COmO a mOrte do Jlsus estava prOxima,Maria, ungindo‐ o com


este balsamO,cumprin d'antemao um dcrer, que a piedade o o uso nlan‐
dava que se cumprisse coEn os mOrtOs,antes de os sepultaF. Assim Ma‐
o poderia cuno―
PlrClepOI:.entaO este gevcr, cOmo se prcvttsc quo o n籠
DE PERSEVERANCA. 177
, alli vieram em multidiio, e creram nelle. Entf;o 0s principes
f,trro
dos sacerdotcs , desesperados dos progressos cta fe dcter.minaram
,
cor'tar-lhe tl'um golpe todas as raizes. pareceu-lhes que Lazaro
,
mostrancto-sc resuscitado , alli na cara 6elles, a quem o queria
ver,
eIa urna testemuuha de grande pes0 , para cony.encer e persuadir.
Resolveram pois desfazer-se de Lazaro, assim co*'o tin6am ji resol-
vido desfazer-se de Jesrrs.
Tam Yiolenlas resolugdes annuncialam um successo decisivo.
Je se nlo guardavam mellntlres nem contemplagOes. a poder.osa
cabala , que dominava enl Jcrusarem 0s nscribas . phariscos,
Dou-
tores da lei, Pontifices e Principes dos Sacercloles, n1o poclia cleirar
de conseguir em breve 0s seus {ins ; a menos que Jcsu-ct,rirro por
algum milagre, lhes nfo burlasse os concertacloi planos. Faoil lhe
,
era 0 fazel-o ; mas estava longe de o querer ; o que elle quiz foi
provar-lhes s6, que se um dia Ihes cahisse nas maoi, era muito por
sua vontade.
Desclc que chegou a Bethania, como s6 lhe restavam cinco (li-
as para viyer na terra, resolveu ir mostrar-se publicamente na ca-
pital ; e ate quiz ent.ar em triumpho , com um esplendor tam cipaz
d'augmentar a coragem de seus Distripulos como cle confundir. e
en-
vergonhar seus inimigos. De sorte que o mais eslupendo milagre
,
quc entlo fez, e em que talvez se tenha fcito menos reparo
, foi cgn-
servar Jesus, n0 meio cle tantos furores, otlios e lramas
berdade, intlependencia e auctoriclatre publica
, a sua Ii-
, fallanclo , obraudo ,
da,do ordens, conjurando a tempestade , e suspendendo-a sobre sua
cabega, ate 9 momenlo precizo eln que seu pai o quer.ia abandonar
{s
potencias das trevas.
r\a primeira feria , {ue corrosponde entre n6s ao Domingo, par-
tio Jesus de Bethania, acompanrrado de totlos os seus A'post"olos e
veio para uma poyoagflo chamada Bethphag6, situada no tleclive, clo
monte das oliveiias , proximo a Jerusalinr.- chegado alli
clous tle seus Discipulos e lhes clisse : [de iquella
, chamou
alclea que est6
clef.onte tle vds : Ia achareis, 6. entrada, ,,na
3o*enta com sua cr.ia,
que ainda nfio foi montada; clesprendei-a e traiei-m,a.
se vos clis-
sercnr alguma c,usa, r'esponclei : o trIestrc prccisa della
ousarf r)ppor-se-vos.
; e nilguem
23
178 caTEclsuo

D'esfaite, ainda nas mais pequenas cousas , mostrava-se Jesus


o verdadeiro Filho de Deus, senhor de dispor dos corag6es , o co-
nhecedor de suas resolugoes livres e futuras. Foram os
dous disci-
pulos aquella aldea, e acharam a jumenta com o seu
jumentinho ,

.oroo Jesus lhes tinha annunciatlo. Desataram-os sem dizer nada

a ningueffi, 0 todtis se aclmiralam muito d'uma acqdo tam extt'aordi-


naria , f*itu publicamente pgr homens que parecianr prudtrntes, o
obravam a sangue frio.
Para que desprencleis este burrinho ? perguntaram scus donos.
Os dous Apostoloj responderam ingenuamente : B' porque o hlestrc
precisa delle. Ouvindo isto, deixaram-os fazer ; e elles levarant a
Salvador, sem comprehender para que
iumenta com o seu burrinho ao
era tudo aquillo.
O divirio Mestre, poremt natla fazia sem grantles motivos. Co-
m0 o l\Iessias qoe eri, devia cumprir em sua pessga todas as Es-
cripturas. Fez pois aquillo para verilicar' 0 que tinha annunciatlo
delie o propheta Zacharias : Dizei i lilha dc Silo : Bis 0 teu
rei
montado em um bun'inho.
lue te visita em espirito de mansidfi0,
0s Apostolos, pois, langaram seus vestidos sobre o jumentinho e
Jesus montou nelle.
gran-
Naquelte paiz montavam indiffercntemente deste motlo os
des e oi pequenos ; pelo que neste triumpho tlo Salvador nem hou-

ve baixeza nem soberba ; queria elle neste dia fazer-se reconhecer


do seu povo como um rei pacitico, e entrar na sua capital a manei-
ra dos intigos juizes ? ou contluclores d'lst'ael'
Apenas tin[am andado alguns ptssgs para Jerttsalem ,
qttantlo

a multidflo , quc estava esperaudo. ja na cidade , jir nos arredores.


pe,la
-ao
grande solemnidadc cla Pascoa. veio ao encontro de Jesus. Foi
deicer a montanha das Oliveiras que comeqou, para assim dizer,
a marcha triumphal. Uns clespiam seus vestitk-rs e os estendiam tlian-
le delle ; outros cortavam ramos d'arvores com 'que juncavam o
caminho. Toclos entoavam louvores a Deus , e feriam os ares com
estas acclamaqdes : llonra, gloria, e benglo ao Filho de
DaYid ; lou-
vor, honra e gloria ao Deus Altissimo !
A, vis[a dlste triumpho e do universal enthusiasmo do p0v0' c0-
megaran 0s Phariseos a dizer uns pala os outros : Eis
que nito

11樵「 鵬°
∬L
DE PERSEVERANoA. 179

蠍‖
職 胤撤壌
ギ亀
ra∬ em
%Cc鮒
nas hrbas;e ettes'verallgTλ ttettSdlule電
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° 。 stisTh
mesIIlo Salvador, diZendo― lhe: Mestre, manda a teus Discipulos que
e&LⅧ
aF塁 :T° 回
露 :1悧 erttflur∬ 躍Lぶ 諸
OInomento lttLi:IITlr∫
c・ ipulos se Callaran,■
abandollado por elles, ent額 o aS pec∬:L』 :::│ l選 ll」

publicaram com esta sllblime eloquencia a diVin(lade do Filho d0


Homemo Entretanlo,10nge de se moderarem, augmentavam as ac“
clanla9oos cada vez mais;e aquelles inVeJOSOS■ 10 tiveram rOlnedio
senlo sofFl・ er a morti6caO五 o。

ersal?
Que faZia porem Nosso Senhor■ o meio desta alegria un市
Clloravao Siln, o diVino tFiumphado「 Inistul・ ava seus suSpiros a es‐
ta alegioia publica, e regava com suas lagl・ iinas as f10res conl que
llle luncaram a terra poF Onde passava. QuandO Se aViStou Jeru―
salelll, pondo OS olhOS n'aquella grande cidade, que al■
ava COmo a
anthiluilll」
∫llll[:││li1liSilill‖ 』 li
la1101讐 ll里 llltil∫
│‖
o cumu10 aos seus cFimOS,pela l
seu Messias. Dopois,n'um poliviF maiS remoto, 宙a todas as cala―
se a uln
Elidades cahir sobFe ella, e a llainha das cidades reduzir―
montaO de cillzas, diluidas no sangue de seus fllhOS.
CommO宙 dO poF tantOs males, disse suspirando: Ah! se ao
menos‐ hOie,que 6 ainda palta ti um dia de gra9a,cOnhecesses as
Slぶ alay胤
樹 p黒 ザ 亀
』lZ島 ∴
bttafle∬ %lttslTttri
11ln tempo funesto para ti, ■O qual teus inilnigos levantal・
5o um
muro em redoF de teuS muros, e te apertal・ 10 de todas as partes。
E te deFribaF=O pOr terra a ti, e aOS teus fllhOS que tens enl teu
seio, e n五 o deiXarao om ti pedra sobre pedra: por quallto nlo oo"
nheceste o tempo enl que foste visitada。
Telir市 el
pFediolo,acompanhada das iagrimas de um Deus′ que
se cumprio em menos de quarcnta annos cOm a mais rigorosa exa‐
ctidlo。

180 CATECIsMo
Acabava deね Ilar O salvadol・
, luando ell1100u 011l JOl・ usalelll.
Toda a ci(lacle estava alvOrotada.


dIS蹴 鵠Ftrtt lilttAg跳
蹴ポi胸lilF° 糊 I
a16 o tenlpl。 ,e alli cll「 0■ Os Cel
gos 0 0s c010S que se lhe apliescntaram.
Em quanto instl・ uia a lllultid19,e pedia a sou Pai,quc sO glorinT
casse nello pOr suas ilumilhacσ es e sttas dOres,ullla vOz se Ou宙
o dO

舞百 貨l脚 1牌 ¶uL∬ t』 llei l£ 撃


1tti魔
lllTttaが 配
l
di:nCia que mO tells presぃ (lo;e Ou O Serei ainda mais, pcla que

山』 talli懸
:暴 轟鞘 ‰
善 Littl∬ 漁
T hI:LarⅣ
lo a Josus. o SalvadO「 Iヽ espon―
las poli alllol。(le V6s qllo Osta voz
o do muildO se aproxillla; O Pl,in―
Estas divillas palavltas allnun―

Ao cahir(:a noule sabiO Josus de Jerusalcm c velo Ocar om‐


Sottl鷹
脱 l醜 謂 糧 p礼皿 :∬ TtttettpF糧 :s電 Hぽ
incl・ edulitね de; annul10iO■ Outra vez 1 1・ llilla de Jerusalelll; dOl〕
OiS

senian(10_,e dc10nte do ll10sOurO,reparava cOll10 0 pOvO`
bOtava ani
岬 山 ■器.0喝 mjhSぃ mscwゝ
pOr9:n chegOu upa poblte vitva,
轟 1貯 attu亀 魔ll論

Iillilltilli [iflililiIIISIlili:
90u nlais qlle 19(10S OS 01lti・ oζ : Qualllo val,pOiS, 6 111eu Dells, a
pul・ cza d'intOn950, C a charidade l

StOlll:ぜ
llil]lllPII宙
lSi
i」 lli11° :│││[ilLliC:::uVttelfl「
m os nlales qu0 0s ameacavam.


lよ1:。 ;1:1露lin:II:脱 lellislllll:'111:lllli`lillII::ξ
rcceben10sI Tendo del)ois sahidO d
,警
DE PEIISEVERANCA. 181
sentou-se no tleclive tla ntontanha das Oliveiras, doncle se avis[ava
a cr{acle e o tenrplo, cuja ruina annunciou de n0v0, bem como o
Iim do mundo, e as circumstancias do juizo final ; clepois animou
seus discipulos conh'a as perseguiqdes quc havianr dr soffrer ; e ter-
minou dizendolires : Y6s sabcis qus d'aqui a dous dias ha cle cele-
hlar-se a festa da Pascoa , e o ltilho do Ilomem serfi entregue nas
mios dos gentios , para ser cruci{icado.
Ao outro tlia um habitantc de Bethania , chamado simflo , por
sol:renomc o Leproso, convirlou 0 Salvador a comer com elle. Em
quanto estava a niesa, aprorimou-se urna mulher ,
QUe trazia unl
yaso d'alabastro cheio de balsamo ft,ito da espiga rJo nardo
, rle
granclc preQo e cxcelhntc perfume, e o derramou sobre a cabcga
do Salvador. Ja linha Judas, em outla occasifi0, dado um mao ex-
emlllc, que agora foi seguido por outros Apostolos. para que 6 es-
[c rlespcrdioio ? tlisseram elles. O Salvatlor dcu-lhes a mesma res-
posta quc antes, tr sotnente accrescentou csta expressfio proplretica:
Ern ve rtlircle vos drgo, aonde qucr que se pr6gar 0 meu Evangelho,
que sera por torlo o mundo, publicar-se-ha tambem com elogio a
acqio que esta mulher fcz. Cumprio-se a prophecia : ninguem l0 no
nundo a historia da Paixio dc Jesus, que nlio approve a0 mesmo
tempo a religiosa prodigalitlade da mulher de Bethania , na casa 4e
Siruflo o Leproso.
Estava a mesa Jutlas Iscariotes, juntamente com os mais disci-
pulos, e todos ouviram csta prophecia de Jesus. Forem Judas nflo
,se contentou cem a resposta, pois via fugir-lhe as occasioes de
sa-
ciar aquella sordida cuhiga que 0 clevorava ; e 00mo sabia com quc
ardor os Pontifices clos Saccrtlotes e Principes do p0v0 dese,javam ha-
ver Jesus is infros , julgou que nfio teria uur meio mais expeclito e
seguro dc se enriquecer do que pdr o seu ministerio ao r*r.vigo d,a-
quelleq malvados.
Tam criminosa cubiga deu entratla ao demonio, r{ue se lhe apo-
derou do coragfro ; e s;rbindo d'alli foi direito para Jeiusalem. Apre-
sentou-se aos Plincipes dos sacerdotes para ajustar com elles o
moclo de lhcs entregar seu ilfestre.'
Quanto me haveis cle dar, Ihes
disse elle , e eu vol-o entregarei ? A proposta tle Judas era .tam
horrcnda n'um lromem clo seu caractei quc a nito podiam crer, rua$
189 cArECIsuo

os interessados nada arriscavam em aceital-a. e assim a receberam


com grandes demonstragOes d'alegria. Dar-vos-hemos trinta dinheiiros
de prata , responderam elles. Era bem pequena a quantia ; por es-
te prego se reputava, segundo a lei, a vida d'ttm escravo : todavia ,
Judas aceitou, e tornou para Bethania possuitlo do seu demonio , mas
tam tranquillo na apparencia c0m0 se ndo tivesse feito cousa re-
prehensivel. Bntretanto nf,o pensava senfio em consummar a trai-
g[0 , e para 0 conseguir espiava o momento em que Jesus , estan-
do retirado do povo, que o honrava cono enviado de Deus , ndo [i-
yessc quem 0 defendesse tle seus inimigos.
O lllestre e os Discipulos passaram jtrntos a maior parte d'aquel-
le dia, sem que o Salvador , {u0 via junto de si um miseravel col-
ligado contra elle ccm a Synagoga , desse a dentoslrar a mel)or sus-
peita da sua infarne intriga ; nem o traidor se perturbasse com a
presenqa d'aquelle llestre,a quem ventlera por um prego vil,e do qual nflo
ignorava as luzes e a tremcnda justiga. trIas ah ! quando se commet-
tem os grandes crimes com esta audacia , que lugar sensivel se of-
fercce arnda e graqa do arrependimento ?

=3&€---

oI3Aqf,.o.

0' meu Deus ! que sois todo amgr r eu r6s dou graQas por
ngs terdes enviaclo um Salvador, que derramava lagrimas de compaixflo
por aquella ingrata Jerusalem,quo em brcvc lhe havia de dar a morte. Pois
que tanta 6 sua bondade pelos peccadores, permit,[i, Senhor, que eu
mesmo chore pelos meus peccados.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas, e ao proximo
Como a mim mesmo por amor de Deus; e, em testemunho deste amor,
farai todas as minhas ac,odes cotn grancle pwreza cl'intenpdo,
4ュ
00
●0
DE PEnSEVERAN9▲ .

xI.3 LIC10。

VIDA PUBLICA DO MESSIASe

TERCEIRO ANNO。

a traigdo
Fcsta da pascoa. - Jesus comc o cordciro pascal. - Annuncia
de Judas. - Instrucgiio solire a humrldade. -' O lava
pes' Institui-
gflo da Eucharistia. sahida de Judas. - Despedida do salrador. -
i'artitlt para o Jardim das Oliveiras'

O o* o Salvador tlevia aos filhos de Jacob, c6mo doutor singular-


mente enviado para 0s preparar para o reino tle Deus , ,abundante-
mente o cu*prira em tres annos de miss6es evapgelicas
na Judea ,
Samaria , Gaiilea e totlo o anligo terrilorio do
p0v0 escolhitlo :
estavam terminarlas as suas pregagoes publicas' O lim tlo mun-
do foi asua ultima prophecia , e a charidado a sua ligflo der-
ratlcira.
trIas se Jesus era em partir:ular, e por algum [empo somente,
o Paslor das ovelhas tlesgarraclas da casa d'Israel, otl o Apostolo da
mun-
Palestina, era porem para sempre e sem distincgf,o a victima do
,
tlo, o Salvadoi ,tu todos os homens. Por este titulo devia mgrret
para merecer a todos, pela effus6o de seu clivino sangue, fls gragas
:
{a salvaq,flo e a gloria da aclopqflo tle filhos restavam aincla dous
dias para que islo se consummasse.
iuOas , tinha vendido setl lllestre aquella noute , volla-
QUg
ra de manhfl para junto delle, e espreitava a occasif,o de o entre-

184 CATECIslo
gar. Pelas tFeS hOras da tal・ de daquelle dia cOmecava em Jerllsalom
a resta da PascOa; pOis ella para lod0 0 povlli:l]::'よ
aslllos. os sacerdOtes,dOsde aquella bOra al
:│]llllili
vam― se em mataF e preparal。
,■ O recinto da casa de Deus, Os cOr‐

縦∬ I囃 軍Ъ器 品 Sdtti尾 1lS∬ 雪La器 1.Ⅷe,


,qlleIIl:ll。 ∫
disse elle a Pedr0 0 flil。 lfl:rar a PascOa P Iざ
l que a cO_
ascoa′ a fl■
nlamos. P01・ em,sen1lol・
, 101'naram elles,Ondo quol・ Ois quC a prepa―
remos? Elle lhes dissO: Ide i cida〔 le; quan(10 0ntral・
des ellcOntra_
rcis um homem cOm unla calltara d'aguao Se3ul―
o, O na casa aon_
de entrar direis ao pai〔 10ね nlilia:Eis O qlle diz O BIesll・
e: 0 1neu
tempO esti pro対 ll10;csCOlhi a ttla casa para cclcbrar a PascOa cOm
meus discipu10s;mOstrai_IIle o lugar Onde a lleide cOnler cOm elles;
c elle vos lnostitari unla casa tOda mObila(lao Alli pois pFeparaloeig lu―
do d que ёprcclsO.
S6um Ⅱ Omem Deus,SenhOr dOs cOrac6es,c01lbocedOr d0 1ll11_
ro oomo do presente, ,Odia dali taes Ordens,`
e asseguFar taes reslll_
tados. Partiralll pois os discipulos, c ao cnil・
alo na cidade tud0 1hes
succedou cOmO Jeslls lhes tinila di10。
Ten〔 10 ji llma sala mObiladaァ
os dolls enviados nao cuidaliarn mais que eril prepaloar as Ollll・
as co11_
sas necessarias, que eram urll c01。 deirO pattal, leilugas, paes asmOs
e vin110, benl cOmO lllandaF aSSar o cOrdeiro; O que.tudo Osiava
pro■ lpto, qualld0 0 salvador chegou acolllpanhado dOs nlais I)isci“
pl1los.

Devia de ser pelas sele horas da tarde;pol・


que a lei lllandava
que a cereIIlonia cOIlleO〔 追se unla 1101・
a depois dO p6F do sol. As―
sentou― se Jesus i mesa cOIII scuS Discipu10s,e cclebrou―
se cOm tO_
dos os cOstumados Ioi10s a cё a legal, em qlle de宙
a cOme卜 se o 00f"
deiroo Ji sabeII10s que Jesus, desde a slda entra(la nO mulldO, se
tillha obrigado sOlemnelllente a observalヽ
a lei cOin a mais l・ estricta
exactidaoo Por iss0 6 quc (lisse a seus Discipu10s: Eu tinha extre_
nlo des10 de comer Osta PascOa comvoscO antes dO padecer;poFquC
vos digo que a ll10 10rnaroi a cOrller at6 quc eHa stta cumprida no
Reino do Deus. Dava a entender quc as figuras lam cessal。
manduca9晨 O d0 00rdeil・ 0,Ordenadゝ pOr l10isё , c a
s,om breve seria subト
DE PERSEVERANoA. 183

tituida pelo verdatleiro Cordeiro de Deus, immolatlo pela salvagio do


mundo.
Entflo o Salvador lomou o ef,lix, deu gragas a seu Pai , e offc-
r.ecenclo-o a seus Discipulos, disse-lhes : Tomai, e bebei delle totlos ;
pgrque yos digo aincla que nflo lornarei a beber c0mY0sc0 deste fru-
tm hu vicle, at6 que seja chegado o Beino de Deus. Ainda isto ndo
era mais que a manducagflo do cordoiro pascal, e o vinho de que
falla aqui o Salvatlor nflo era 0 que elle converteu em seu sangue.
Chegava pgrem o momento d'operar este grande prodigio. A
vista tlo per{ido que o havia d'entregar a seus . inimigos commovet1
ent6o profuntlamcnte o divino Redemptor. Olhando para totlos os
seus Disciprtlos , e ventlo-os conlristados, disse-lhes : Em verdado ,
em verdariu oot digo, que um de v6s me ha de entregar. Ao ou-
vir isto ficaram todos consternatlos , e perguntavam-lhe um apds ou'
Iro : Senhor, sotl etl ? 0 Salvador nlo quiz declarar o culpado :
Aquelle que me ha de entregar estf, comigo a mesa , e mcrtte &
m6o n0 mesmo prato. Eis vai o Filho do [Iomem , c0m0 as Es-
cripturas o annunctam ; mas ai d'aquelle por quenl 0 Filho do IIo-
mem sera entregue ! Itlelhor lhe fdra nfro ter nascido.
A estas palavras de Jesus redobtaram os cuiclados e inquieta-
qdes clos Apostolos, QUe perguntavann aneiosos qual era 0 que com-
metteria tal crime, Judas supportou a provagilo com 0 ruaior des-
caro, e ate 0us0u, inclinando-se para o Salvador , perguntarJhe enr
yoz baixa : llestre, sou eu ? Sim, 6s tu; lhe respondeu Jesus ; mas
de modo que o nflo ouviram.
O que era mais cleploravel , 6 que os onze Discipulos que es-
tavam isentos tl'intidelidade nfro o estavam cl'ambiqdo. Acabavam tl'ott-
rir diftr a Jesus que em breve se estabeleceria o Beino de Deus ;
e julgando que seu l\'Iestre subiria logo ao throuo , conegaram a dis-
putar na sua presenga, para saber qual teria 0 primeiro lugar n0
novo imperio. Ndo se indignou o Salvador com aquella fraqueza.
delles, sabendo como em breve seriam purificados pelo fogo divino,
que consumiria em seus corag,Oes os tlerradeiros germens das prelen-
gOes humanas ; mas em quanlo lhes nflo alcanqava este merito , e
lhes nfio enviava o Espirito Apostolico desde o throno da sua 8lo-
●4
f儡
186 CATECISM0
ria,titalava‐ os cOIl10 a CrlanOas, a quem desde a inぬ ncla so df0
ulcis li90 es e salutares exemplos.
Os rcis das nac60s, lhes disse elle, 30▼ rillfeliF£
c ao mesmo tempo chamam_se seu
sol〕 1lores,、

lylis:° :l:
rogam titulos pompOsOs;nao ねreis v6s assimo o que fOF nlaiO「
entre v6s considere― se o nlais pequonpo o qu0 0ccupa o priIDeil・
0
lugalo stta O Servo dOs Outros, e comO primeiro ploevina e allcnda
is precisoes de lodos.
Ta1 6 a admil'aVei n0910 c10 podeF, que nOs tli o divinO Rc‐
parado「 : eis a destl・ ui9,o dO despotislllo e fla escravid50; a Origerll
de todas as dedicacoes heroicas, que fLllguranl na hisiOria dOs povos
cllristaoso POrquanto,dizei― me, cOntinua o FilbO de Deus, qtlal `
o maior e mais distincto,O que serve i mesa,011 0 que eSli as―
sontado? Sem duvi(la 6 o que esti assentado para sOr sel,vi(10。
E
todavia eu qlle sou vosso SenhOr, e vossO RIest:・ e, por ventul・
a nlo
eslou entre v6s cOmo aqllelle ql10 sOrve?
Depois desta liglo d'llumildade,fal10u-lhes o sOl〕 hOr das grall‐
dezas divinas que nO ccO gOzariamメ unicas gFandeZas clignas da
nossa ambi95o, Illas que se naO alcancam sen晨 O pela modOstia, 0
as humiliaOoes. Taes eram as divillas IIlaximas que Nosso Senhor
queria gravar d'llllll lDOdo in(lelevel nO espil・ itO de seus Iゝ
pos101os e
llhos.Para as inlprimir mais pFOfundamente em seus c01・ ag6os,jun‐
lo■ 嵐ellel・ gia do suas palavras a fol・ 9a senll〕 lbe sllpeltio「 (l'1l n】
3Fall(10
exenlploo Estan(lo o banquelc qllasi acabado, de ltepOllle se levan‐
ta da lnesa o Salva〔 101・
, depo o Os seuS Testi(!os, cHlgOrSe cOlll uma
toalha, toma agua em uina bacia, e colnle9a a lavar Os p6s a seus
Disc・ iplllos, e a enxugal‐ os cOln a toalha cOrll que estava cingido.

O Filho de Deus aos pes de seus Discipu10s! Aos pes de Jlldas


O'prodigio! 6 exemplo d'hunlildadc!
,Chegando pois a Sinllo Pedl・ o, este, cOnfuncli(Io pOF tan10 aba“
timenlo:Qne,Senhor l lhe disse, v6s me lavaes Os pes?l Jesus
lllo respondeu:O qlle cuね 90, n10 0 COmprehen(les agora, mas
depois o sabcl'ls. Ntinca v6s me lavareis Os pё s, lhe tiisse pe(11・ 0。

Se eu te nlo laval。 , tornou Jcsus, naO tel,ム s paFte COIIligo; que:ヽ ia


dizor, seris eternamentc separado dO lllilll, p01'que desobc(leces ao
que tc ol・ deno. Ah! Scnholも , 101● nou o ferv01'osO Aposto10, al・ dendo
DE PERSEVERANcA. 187

mc nao S6
■o dcs晰 o de eStar sempre com seu bOm Senhor, lavai―


:l∫ va(ITs6∬ l∬ll∫ lll!19::l::SII:l甲
O lneSmo sucCede coIIvOSCO: Esta(
1111‖ ilitllill
elle sabia qual ora o que O havia de entregar; poF iSSO CliSSe: NOlln
10dOS estaes pul・ os. ms′
θ α′ο
ごO Jα υ αr θ
αrθ cθ αθJα υ
,sび θ
s
Estas palavraS:■ 9場 θ
JJθ 91ι θι

:『 ti1811ぜ
liギell::ll::ifF‖
l10S p!・ eparamos pal・
lllellle quando'P:l電
:lei:lill‖ ││lllull‖ [
a
■o uso da vida
devem03 deSprezaF aS men01tes maculas, cOntrahidas
hⅢ ona,e dg面 Acadtt aq面 pdO留
Tel・ nlinada a cel・ emonia, lal・ g( tttvadoF a tOalha,К wttb
seus habitos, e toFnandO paloa a mesa corlll seus I)iSCipulos, diSse“
lllcs:ViStes O que acabo de fazer por amor dc V6s.OFa, Se V6s
nle chamais IIestre e Sen110r, e dizeiS bem,pol・
quc eu O SOll; e se
eu scndO IIe3il'C e SenlloF VOS lavel os「 Jё S, tambenl v6s deveis la―
TaF OS peS llns aos outros; pO「 quO eu vos dei o eXCIII110, a flln
iade vos di3o, nao 6 o servo maior
ldo que aquelle quc O envia. Se
)s plう aticando― o. Para lhe suavi―

livino Salvador acCl・ CSCenlou, que


se uns
longo de se aViltarem aos 011los dos homenS, huIIlilhando‐
ria l・ es―
aos outros,a110nl・ a que tinham sendO Seus Apostolos OSね
peilar oomo a Clle mesmo. EFll lel・ daden em verdade VOS di30,
quelll recebe o llleu enviado, a mim recebe; e queln nle ltecebe,
1ヽ ocebe aqllelle que me en宙 ou a nlinl mesmo。
Estas divinas li06es d'hlll■ 1ldade pl・ ofunda, pureza porfeita, e
charidade lDeSpeCtuosa, displlnham os Aposlolos palta o celestial ban―
qllete, qlle o Salvador qllel・ ia institllil・ . Ia clle dOiXar―
■os ■O Sa‐
cranlenlo de scu corpo o de seu Sanguo O maior tle seus dons, c
substiluir aos antigos sacrirlcios O sacIヽ iflcio ullico O perfcito.
Era noute; e foi aq■ ella noute funesia para a vida(10
ⅡOmem
lgos,
Dells, aquclla mesma hora, em qu0 0 entrcgavam a seus lnll■
(luc elle tornou Celebre pela instittictto do seu SacramentOo No ox―
■ollle mais excellenlo para
00SSO dO Seu a■10F quiZ lornaF aqllella

188 CATECIsMo 、
O lllllndO, quo O mais be110 de setls dias: eis aqui cOmO ist。
se passoll.
Ain〔 la
cOntinualldO a coa, tOm011 0 salvado「
O p証 0, tal cOmo
se cOnlia n'a'qllOlle dia,asm0 01l sem fcrmell10, O tendo―
lllaOs adOraveis, deu gi・ acas a Deus sell Pai, pelo pO〔
o Om suas
ler qllo llle tit
nlla dadO sObre tOda a nalЧ reza,paloa mudar―
lhe as ieis i stla vOn.
tadoメ POder de que n江 O 10ria l〕 recisaO, se nio hOuvessO de d()i,
xar i sua rgl・
可a mais do que sylllbO10s vasios dO rOalidade.De.
pois, aben900u o p証 0, partiO_O e dell_O a seus Discipu10s dizen(10:
Tomal e comoit este 6 0 meu corpO, que va
i ser pOr v6s eniltegue
i mOrte. Palavltas adOraveis e OmnipOtentOs! em virtude(las quaes
nlo perlllaneceram nlais que as apparOncias d
O l〕 10, SOb as quaos
bハ
::Li∬ 跳出∬ l:視 l選
que aquelle que pode tudo,ol)el・
::,町 た
:lu::猶
1° S'para sOr dcpds
1胃)a mesnla c01lsa;p01・
=
a o que quer fallando; assiln l10

lrl冒 犠出

und° pronundou Deus as pahvras,ど α
αα
β ′

g,e
,sθ

Alё eni50 0rerecianl a Deus victinlas illsufFicientes, hOstias II=


guralivas; d'Ora avante seri O cO:・
po dO Salva〔 101t a victima 〔 lo sa.
cloiflciO; pOrque eslo sacriaciO
■。vo dllraloi Onl quanlo dul・ ar o nlun.
qIふ °quレ bgo cmmuntar aos Apo飢
0,
鷺 ,:‰ 猟 sム 』lS SdVad例
a todos Os padres. O poder d'OpOl・
ar 0
prOdigio quO cl10 nlesmo acal〕
ava d'Operar. TOdas as vezes, lhes
disse elle,quc immOlaFdeS eSta hOstia, em vil・
lllde dO po〔 ler q110 eu
VOS COnlito, v6sOね rels em lllem01・ ia de mim; recolヽ dar― vOs_hも is da
騨01・ le qlle vou sOfrlier pOF amOr de T6st
O quO JOsus acabava deね zer para lransubsianciaF O Plo em
sell corpo, del〕 ois O fじ
z para lllll(lal・ a substancia dO vinhO Onl seu
sangue. T01■ Ou pois O calix,clell gi・
Seusヽ Apost010s
acas,aben9oOu―
dizendo: Bebei(lolle todOs; porque este 6 0 111eu
o,0 01Felteceu― oa
sanglle, O sallglle da nOva anianga, que seri dcrramadO por v6s
e por muitos, em remiss50 dOs pecca(los. o que me vё
des fa=
Zer,accrescentou O salvador,v6sOね reis em mOInol・
ia de llllim;
qller dizeち y6sOね reis cOInO en,ぬ reis O que eu ね
。 00。Tal o a
g】andeza dO sell anlor, quo nOs deixOll para sempre a slla carne e
ρSCll Saη glle p01・ alimcllo o bebida. Magnifica helta119a d'lllll Deus

DE PERSEVERANCA。 189
PrOXill10 a morrol。 ! Que nOs lega a todos, por testamento, o seu
COFp0 0 0 seu sanglle,a nm que sttamOS Outros colno elle,outl・ os
como Jesll― Cillisto。
Na opinilo mais commum, Judas commungou como os demais
Apostoloso Tam ncgro cl'ime excitou na a!ma do・ divino llestiDe
llllla Cm09瓢 o que elle manifesiOu exiel・ ioFl■ ente: Em velodado, em
verdade,disse elle a seus Discipulos, um do v6s me ha de cnire―
gaF. A estas palavl'as, olharam outita vez os Apostolos uns pal・ a os
oolros, como interl・ ogan(lo― se do qualね 1lava o Mestre? Pedl・ o im―
paciontou‐ secom tam cruel incerteza. TodOs sabom a que ponlo
amava seu Mostre; comtudo n5o ousOu interrogal― o. Fez porem
signal a JoaO,O disciplllo bem amado, que estava assentado junto
do Salvador, palつ a quc lhe perglllllasse de qllem fallavao Compro―
llende■ ―o Jo5o; o rcc!i.nando― se no soio clo Salvador, dissc-lhe em
VOZ baiKa: Qllem 6, sen1lor! JOsus respondou: E' aquelle a quom
oll dor l)瓢 o m01hado;e,mOlhalldo o p額 o,den― o a Judas lscariolcs,
11lho de Sim5o.
Com oste bocado ntal,assonhOreo■ ―
se o demonio da alma do per_
ldoo Jll(las n5o se pe!・ tulヽ bou: fOi esse o cunlulo da slla desg:・ aga.
Se nlo fosso olle o mais(losaforado 4e lo(10s Os malva(10s,n履 O 10_
ia sido um impenitcnte som remedio. Entretanto, o.Salva〔 lor llle
1・

disse:O qlle l・ esolvostcね zeF,faZe― o sein demora.Por esta cor可 o‐


sa palavra docla:ヽ ava-lhe comO lhe lia no fundo do coragtto suas lle―
gras machinac6es, c como nem temia a traiclo nem o traidor: Ju_
das foi insensivel a 9ste ullimO a宙 soo Sabio,sem que nenhum dOs
Discipulos suspeitasse aonde ia。Oh, desgita9a! onde pOderia ir um
sacrilego, um tltai(Ior,vm avaltentO? Ia consummar o seu horl・ en―
do cl'ime, clispoF aS COusas e buscar os nleios paFa a Sua oxe_
cllcao.
Lo8o qll,JudaS Sahio, deu o Sa!vador to(la a liberdade is ef―
fusOes dO sOu terno amoF.・ EHe fthz a seus Al〕 os1010S este admil'avel
discllrso, nO qual se l・ elFata COmpletamollle a sua b611a alma, e se
sollle realmente O amoF immenso d'um Deus:6 comO o seu testa―
mento de mol・ te, a sua dcspedida supl・ ema, 6 a expressao das suas
tltimas vontades. cOme9a porね llaF da Sua Paix5o oOm transpol・ les
d'alegria,nao a encarando neste momento senlo pelo lado da inl‐
190 CATECIS10

nila gloria , que por ella daria a setl Pai e a si mesnto. Agora ,
diz elle , 6 que 0 Filho do Ilomem vai set' glorificado , e Deus glo-
ilficado n'elle. Ilcus filhinhos , n5o lenho pala e'star C0mv0sc0 se-
niro algumas horas, r6s nflo podeis seguir-me aonde eu vou. Amai-
Tos uns aos outros : todos Conhecer{o quc sois meus Discipulos se
Yos amardes uns aos outros.
Pedro ndo pdtle sem amargura ouvir dizer a seu Mestre que ia
scparar-se delles. Pois aonde ides, Senhor ? ttrc disse elle ;o Sal-
vador rcsptlndeu: Nlo podeis seguir-me aonde eu vou agora,' lnas
um dia me soguireis. Senhor, tornou Pctlro porque nlo podemos
,
seguir-vos 0g0r'a? IIu estott prompto a morrer pot' r'6s. Jcsus lhc
respontlcu: Iist{s prornpto a morrer pol' minr ! Pois em vet{dade te
tligo, que aintla hoje, antcs que 0 gallo cantc duAs vezes, lrcs me
teras [u negado.
;
Cuiclou Petlro morrer de dor mas consiclt'rou sem tlttvirla as
palavras de seu Il{esh'e c0m0 ameaga dc precaugfl0, feiia de propo-
sito, para quc se acautclasse: tanto clle confiala l)& sua pl'opria in-
trepidez. Bern o previo o Salvaclor , rnas tleixantlo-o lisongeat'-se do
seu zelo, continuou 0 seu tliscurso dizendo a seus Apostolos , QUe
nada temessem que elle ia preparar-lhes um ltr.gar n0 Reino tle
,
,
seu Pai e que viria buscal-os ; que enlretanto lhes concedcria [u-
clo o que lhe petlissem que lhes enviat'ia o Espirito Santo
; , pal'a
Qs consolar em sua ausencia ; que os nflo deixaria orphflos. Recom-
mendou-lhes sobre tuclo que permanecessem estreitamenle unidos a
elle, e se amassem uns aos outros; annuttcioulhes que o muntlo os
perseguiria, mas que nada temessenr que um dia a sua trisle-
;
i.a se mudaria uni julrilo, e suas pel'seguiqoes em coroas intmor-
tacs. Ndo [emais nacla disse elle ainda out,ra \ez eu Yerci-
, ,
o mundo.
A estas palavras o Salvaclor levantou 0s olhos para o Ceo ; ia
orAr a Deus por seus Discipulos e por n6s': eram os ultinros votos
d'um Pai e d'um amigo. E' impossivel deparar cousa mais bella ,
sublirne , e pathetica. Jesus entra r'uma espec,ie de extasi ; tu-
do nelle respira respeito , confianqa e amor. Endereqando-se a
seu Pai, testemunha da sua submissflo e remunerador de seus
191
DE PERSEWERANoA.

lllcritos, rOga-lhe que tOtlas as naCOes o rec6nheOam por seu Saト


vador`
Meu Pai,diZ elle,6 Chegada a hOra;JOrinca a teu Filho,pa‐

rゃ 鋭
‖藻翼
s6 vcrdadeil'o Deus a ti, e a Jesu

tcabando a obra, de quo me en―
30ra,6 Pal,oOm aquella gloria
vessc Mundo.
aeslno, Orou O Salvador pOr sells
lsse a cbaltidade, C a santidade.
a esteS hOmenS qu, me dё ste,

dllllnl:1キ ldlleFllldll ttletsililillil alillllllliill]淵 :


t頭 o no munt10. Padl・ e Santo, gual
les que nle d6ste, para que enes
somos ll:■ .QtlandO eu estava cOm elles,9u OS guardava em teu
nomc: lllas agora vou eu para ti. Eu nlo peoO qu0 0S tires do
nlundo, mas siI■ quo os guardes dO mal ; quo os Santirlques na
vcrdade.
NIo parou aqui O Salvatlor: a sua ternulta nlo esqueceu a ne‐
1lllllm de seus illhOS. Dcpois de ter 01tado por seus Apostolos,Orou
p° 1:1ll:llll「 S2kll電 i:il)iQllililillllil‖
11:lt:よ
lliali‖[
lDem por lo(10S aqllelles que h10
1avra dcnos: para que sttam todOS unl, oOII10 tu, Pai,o es em
miln e eu em ti: pal・ a quc elles saam um, COmO n6s so―

胤:Lig∫ lt∴ lttnlleWal:s糖 :qピ .Tdi∬ :11昔 哨


∬鳳驚 :

da g10ria que me pertence, e que eu recebi de ti : p01'que nle a‐


maste antes da crcacttO dO mundOo Pai justo,O mundo nlo te co‐
nllecell;maS Ou cOnhё ci― to:e estes conheceram que tu mo enVlas‐
te. Eu ibcs「 lz cOnhecer o teu nome, C lh'O farei conhecer ainda:
para quo o arllor com que me tcns amado estla nelles,C Cu esttta
talubolll ncllcs。
192 CATECISMo

ぷ警悩 職
欄│
l'ava sell Pai as prilnicias dO seu
)us Discipu10s, alli o buttara腱

ORA,■ o。
0'meu Dmsl que tts hdOaT:│∫


nd:lettpttn∬
画 面
箇 d,ll:
eD120SP a h ttσ

譜 酬 胸 蜘 l聯 輔 。1血
Eu p:・ otesto amar a Deus sObre 10das as cOusas, e ao prOxiIIlσ
Como a IIlliln mesmO por amoF(le D「
Or)
′rο 21eグ ′
θ′F(7α rα ′
t解 θε
θflt s“ 鶴η l〕 ;Jf)θ ;:途。:Щ
〕 αliSI;11):ll稔

DE PERSEVERANoA. 193

xII.3 LIc10。

PAIXAO DO MESSIAS.

Rcflexilo sobre a Pair[0. Oragdes.


- - Agonia.
0s Apostolos ador-
Cumprimento das prophecias.
nrecidos. Clregatla tle Judas.
- - Je-
-
E' conduzido a casa d'Auaz e depois a Cai-
sus trahido e cntreguc. -
phas. Primeiro inl,emogatorio. Ultrages fcitos a Jesus duraute a
-
-
noutc. - Abluragiio de S. Pedro.

TЁ Hos visto atё aqui o Fiessias encLendo as cida(les o os campos


do fructo de suas li96es, da edincacao de suas wiFtudeS,e do esplen―
dor de seus milagres. ASSistimos ao seu nascimento, is suas obl・ as,
as suas prё ga00es e insIFuCoOCs como Ⅱolnem― Deus. Restao■ os vё o l―

padecer e morrer conlo Deus, provando a sua divindade mais in―


wencivelmente poF Sua mOrte que ainda Ⅱlesmo por sua vida. Es‐
pania‐ se a incrodulidade pelo que temos narrado da sua entFada n0
mundo, e do exercicio (lo seu nlinisterio; confunde‐ se poltem o des‐
espera― se com o que wamos referlF da Sua cruz e das suas hllⅡ li‐

liacOes.
No theatro de suas dores, sobF0 0 allar do seu sacriflcio, Ilos
releva pois estudaF eSte homem,que se diz o Filho o o Enviado do
Deus. Para aqui citamos o flel e o incredlllo i aquelle,para se com―
movel・ ; este, paFa COnVence卜 se. Mostrar―lhes‐ hemos sim uma wicti―
ma,que soffFe e mOrre; mas que sofFlto o moltre em melo de tam
divinos pFOdiglos, de tam paslnosas circumstancias, qlle o Christ5o
quo adoloa, ahi achari a base mais flrIIle da slla fё ; o o incredlllo
que blasphema,o ultimo recurso da sua convers五 o,o■ o ultimo nlo‐
tivo da sua condemnagf,o eterna.
/

25
194 CATECISM0

鮮 ギ榊 鮒 講∫略 P蹴 ,WT淵 :ぽ 嶋£
)(Fuln ■ovO cullo, fun〔 la〔 10 na
divindade de sua pessOa, e no mel・ ito de sell sacI・ ificiO. Alё esie
momenlo,Jesu― Christo nao tein feilo mais quoマ eloincar urlla parle
das prophocias conc701・ nen:es a sua vi〔 la mol・ :al, agol・ a vai elle acabar
de cumpril― as em lo(la a sua plenitudo.
Com efFeito,tudo se dttpoe para este inttiro cump面 mon Ю
,jま
da pal`lo lo Elerno Pal,quO csperava, ha quall・ O mil an1los, uina
victima digna do si;j嵐 (la l)alile de s,u FilhO unigenitO, que se
oIFerccera, desde a stla entrada no lllllndo, elll lugar dOs 11010caus!os
illsuflicientcs da loi do MOis6s;ji da partO dO generO humanO,quo
suspirava por aqllelle RedolnptoF, tantas vezes pronleltidO, prodito,
ligurado,pFOpal'ado,clljo sangue devia reconciliar O ceo conl a teF―
ra;jl linalmente da palite do lnacsmo inft・ rno, se assin〕 pOdemos
diZeF, quC tinha desOncadeado cOni:・ a o Chioisto 10(la a sua rul・ ia c
astucia; loda a sua baleloia infernal.

Era pois chegadO o momell:o solemne。
′ Acompanhado de seus Onze discipt110s,f01 o SalvadOF aO]ardiin
de Cethsemanio Era um lugar solitariO,situado llo declive da l■ On―
tanha das Ouveiras, sepal'ado unicanlellte do Jol・ usalom pe10 valle
de Josaphat, ■o fundo dO qual deslizava a tol・ rente dO ce〔 li'on ; o,
001110 apenas(listava mil passOs da cida(le, podia― so, sem cOntra^
vei19江 o da lei,ね zcl・ aquella pequena jornada no dia do SabbadO,
e llas ttstas solemnese A aldoa do Ccthsolllani, On〔 le estava o jar―
dinl, era tambeIII situada no declive da n10ntanlla,(londe sO avista‐
va a cidade e o tenlplo`
Ora,Judas,o lraidorブ sabia qtle Jesus cosiulnlava ir de nollie
ol・ ar naquolle sitio; e por este modo o Filho de Deus, 10nge do
llle fugir,sahia― lhe ao encontroo CoIIlo se aproxilllatta O Ⅱ10mcnlo
do colnbate, disso pois Jeslls para sells Discipu10s: Ficai aqui, enl
qllanto voll ora「 ; o:・ ai v6s talllbem,para que n瓢 o entreis em ienta―
0五 o. Depois aね stol卜 se um pouoo, levando s6 comsigo a Pedroず
Tiago o J010; o elll se velldo s6 conl ellos, para que lhe ntto faltas‐
seⅡ l cstas prilllicias(lo sou sacI・ ilicio, deixou― 賞 8POdeltar dos horrores

DE PERSEIERAICA。 19b

:l∫ 露よ:1∬ 織 1批 :∴ ∬鶏 ∬ 1ぶ 11猟 葛 l」 嶋 Ltta謂 ∫1:∫ 盟


tancia d'日 in tiro do podra, poz― se de ioelhOS, o orava, dizendo: Pal,
se ёdo teu agrado,transttre do IIlim este calis: mas faga‐ se a tua
voI】 lado, o n螢 o a ■linha. ・
D'aqui se vё que contraltios a蚤 )ctos luctavam em seu magilani‐
nlo coragloo SeF a inllocencia mesma, o Filho unigonito de Deus,
o Rei do universo, e supportaF tan10s ultrages, morreF em uma
cruz inhme,que llumilhaC5o,que ignominial Mas por outra par―
te,quam gralldo, quam glorioso satisfazer tt justi9a eterna, salvar
os homens seus irl■ loζ , 130sgatal― os a preOo do seu sanguel
Tendo pois ol'ado, alevantou― se, o tornando para seus I)iscipulos
os ac1lou adormecidos. Ent5o disse brandamente a pedro: Irmlo,
tu〔 lormes? NIo podeste velaF uma hOra comigo? Velai,o orai,
para que nao entFeiS em teltaO氣 o: o eSpiFit0 6 Valeroso, mas a
carne enfernla. RetiFOu― Se segunda vez, e fez a mesma Ora91o: Pai,
se a tua vontadeo E vollando
se n江 o posso evildF eSte Calis, faca‐
outra vez para seus IIscipulos, ainda os achou doFmindO: Ah,
quenl pode contar.com os homens na hora da afnic9餞 。! Del■ ou"
os pois Josus, e foi terceira llez oraro Enttto foi laln grande a sua
agonia,que de seu corpo sallio um copioso suor le Sallguo, que
banllo■ a terFa;ulll Anio baiXOu do ceo tl fortincal_0; Jesus aceita
o calis, de〔lica― se ao sacrinciO, decide― se a salvag5o do mundo。
Taes sao as cOnsOla06es quo o ceo nos envia na bol・ a da hesitaclo;
ollas nlo vem (lespeda9aF a nOSSa crtlz, mas dar_■ o3 0 Va10r para
aceital― a. Assim pois, desde este momento,em que a sentenca pro―
nunciada pelo Pai ёac(〕 ite pelo Filho, n瓢 o se vё nelle sonao intre_
pidez e coragom;mas col・ agem modesta, c intFepidez tranquilla。
TOFnOu pOis Jesus para seus Discipulos, e disse-lhes: Dormi
agora, o descancai:eis a hora om que o Filho do Ⅱomem sera en_
tregue nas m襲 os dos peccadolや es. Levantai― vos; aquclle que me en―
troga aproxlma― se:vamo,ao seu oncontro. .
Ainfla bem` nao tinha acabado, quanclo so ouvio no nlelo (las
trevas o molinl dos quadrilbeiros, conduzidos por Judas. Tinila o
perndO pOdido aQs Summos SacerdotesI Anciaos, Phal・ iseos c Esclti,
*
196 CATECISHo

bas,unla colnpallhia de soldados e um ofrlcial pal・ a os coIIlmandaド ρ


05 011efes dos,sacel・ doles,os principcs do povo, os magistltatlos do
Templo,nlo se enveFgOnllaran de se juntaF i quadrillla; a qual
eloa ainda acompanhada d'uma chusilla de clteados, titazcndo uns
lanlcrnas e alochotes, outros espadas e val・ apaos. ora , tudO is10
succedia para curnprir o Oraculo do Pl・ opheta quo clizia, fanalld。
do Mossias: Ene seri tratado 00111o oS iadl・ 6es o criminosOs.
Tinha o traidor dado-lhes ulu sigllal dizendo: Aquolle a quenl
eu der um Oscu10,esse 6 0 tal, l〕 rendei― o e scgurai‐ O bem― _ 0
signal e o cOnselho cra digno de Judas. Apenas chegou,pois, adi,
antou_se para Jesusi e disse― llle l llestre, eu vos saudo ; e lhe(leu
o osculo。 O Cordeiro de Deus nlo ltOcuSOll este osculo, quc lhO
cllsiou mais que todas as crueldades que sofFl・ eu em sua Paix瓢 0,
Porem, longe de tralar o pel。 ldo cOmo merecia, colllmovi〔 lo antcs
da sua perda due do seu crinle,e rnais pelo salvar que confundil,,
disso― llle com bondade:Meu amigo, com que designio viOste aqui?
Jll(las,6 60m um Osculo que entl・ egas o Filho do Ⅱomem?
Estas palavloas podel・ iam abltandar um tigl・ o, e cOnvertel・ qualquol,
malvado;mas um Apostolo peltverso e sacloilego nao pOdia seF Se,
■額o o mais obdurado dos homens. EntretaI】 lo nao tillllam ainda
l)rendido o SalvadOrメ pois n5o convinlla que o flzessem por sul・ pre―
sa, sonlo porquo clle mesmo O qllizesse. Apl・ oxil■ ou‐ se pois Jesus
da quadrilha, o lhcs disse: A quem buscaes? Responderam: A
Jeslls de Nazareth: Eu o sou, lhes torno■ Jesus. Ora, quando 0
SalTador disse aquellas Palavras: Eu o sou, cahiloaIIL unS SObl・ e os
oull・ os,ofrlciaes e s01dados,cltiadOS e senhol・ es, o traidoF e SeuS
fautorcs.
Depois d'uma prova lam evidttte dO podcr de Jesus, nlo dc‐
voriam levantal・ ‐
se senao pal・ a illlplorar o perdlo de sou allentado;
]nas ha uma epOcha, em quo os peccadores, abandonados de Deus,
pel。 (lem tod0 0 uso da rasloo Aquelle pois, quo os derribara, per―
nlittio― Hles se levantassem, e perguntOu― lhes segunda vez: A quem
buscaes?A Jesus dc Nazal=oth,disseram elles. Com uma de suas
palavras flzelta sentir a seus inilnigos, que ene so o seIIl arnlas,el・ a
inais forte quc uma multid頷 O d′ homens armados; depois desta pro,
I■ (la sua omnipotoncia,permittio-lhOS colllloa sua pessoa o que la・


DE PERSEVERANoA. 197

mais illC Seria possIVel sem tal peFmiSS五 o. En籠 o se alercmessaram


a elle e′ O pFCndOranl.
Entretanlo oS Aposlolos, Vendo o qlle haVia de acontecer, diS‐
aln para Jesus i SOnhor, feriFemOS COm a espada? E sem ospe―
sol・
a,
rar resposta,Sim五 0´ PedFO, que tinha uma espada, desembainl10u―
o Sacel・ dote, COrtou‐
o doscarl・ egando um golpe no servo do sunll■
llle a orellla direita l este servo chamava― se Malcoo POrem Jesus
.

efぶ
iho(lisso i Suspende, PedFO l e tOcando a Oltelha do servo, o CllrO■


椰iボ IⅢよ1轟 悩 警押l

dcl・ , como so Clln】 PloiriO as Escripturas,que dizelll quc estas collsas
(le■ em acontecolさ ? Ent5o os Judeos lancal・
am mlo dO Salvadol・ o0
1lgaralll;a OStO tempo ia os Apostolos tinham fugitloo PrimeiFamen―
a Suln―
te lcvaram― nO a casa d'Annaz, padrasto de CaiphaS, que CI・
l1lo Sacel・ 4ote a(Iuelle an■ oo Annaz oontentando― se com esta dofe‐
1・ encia, enviOll Jesls sem o interloogar ao ll° ibunal de Cail)has, Pa―
lta perpotrar um grando cHme,e COnsummar uma grande ittusu9a,
ziFam pOis a
bem pOdia e1le contaF COm Seu genro. D'alli o COn(1■
casa de Caipllas, aonde se tinhaIII Feunido os Sacelidoles, EscFibaS
e Ancilos dO I)ovo.
Ora, Sill1lo Pedro, envergonhando― se da stla fugida, e tornando
ge com outro
uIIl pOuco em si` do susto, foi seguindo Jesus de 10■
Discip■ loo Este DIscipulo quc era Conhecido dO summo Pontin∝ ,

entrou na casa em quanto oonduzialn o Mestl・ e i sala do conselho。


Pedro loOu foFa da pOrta; o outro Discipulo sahio, e fallando oom
o pol・ teiro,た Z entrar Pedro■ o paleo do summo Pontince. uma
nlultid5o tunlultuosa de soldados, Cria(los e of「 lciaes, estavanl alli
aquontando‐ se a uma fogueiFa, pOrque fazia fltio. Pedro, poF Sua
deSgFa9a, foi tanlbeⅡ 卜selltar― sc e aquecer― se coIIl os Outros, atё ver
no que aqui1lo paFaVa,
Entl・ etanto, tinha entFad0 0 Salvador na sala aonde lodos os sells
inillligos se reuniFam para o julgaFo A sua morte estava decidida;
nlas llenbuma ac91o da sua vida podia seF mOtiVo para o, conde―
nlDarem。 O Summo POntiloo,pois,o interro30u acerca de seus
Discipulos e de sua doutrina. Eu fallei ao mundo abertamente,H10
“ ■

198 CATECIsMo
rcspondeu Jesus; sempre ensinei na synagoga e n0 Tempro
se ajuntavam os Jucreos, e narja tenho" diio "occurtamenre., aondo
que me irrterrogaes ? Interlogai aquelles que til por_
rnc leem ouvitlo ; al-
guns aqui eslfr0 que sabem o que
eu teniro tlito.
Esta resposta, cheia de br.andura e modcstia,
era digna da sa_
bedoria mesma que a proferia. E' inaclmissiver
que 0 accusado de_
ponha em seu favor ; e se o crimc cle que
0 accusaru era publico ,
cumpria que 0 pr,vassem com lestemunlias : mas
nflo valeu razocs
contra. juizes apaixonados. por rogo que deu aquerta rcsposta,
-isso,
um criado que estava prorimo creu-rhe u*u'bofetada, rrizencro : As-
'sim_e que responcles ao summo pontifice? ,se
eu clisse mal , res_
pondcu tranquillamentc o uomem-Deus, mostr.a-m.
u*-quu'j--*0, s0
disse bem, p'rque me feres ? E' assim que
a innoccnc,ia se sustem;
a humildade nada lhe tira de sua fir.meza , e scr! tleixar cle su
res_,
pectuosa,6 nobre e intrepicla.
o criado do summ, pontifice mei.ocia ser sevcr.amente punirro,
porque 6 de summa inrportancia, para o bem
publico, ,1u* 'o* ac_
cusaclos lenham a libertratre necessar.ia a sua prena justificagiio
os juizes approvaram, a0 menos p.r seu siltncio, ; uas
aquella ac:g6o bru-
tal. o que o Salvaclor tinrra trito era comtutro {am rasoaver, que se
julgaram obrigados a p,occder contra eile pcro
modo qru .iru ,,CS:
nro lhes indicara. Buscaram pois os pr.incip'es dos saccrclotes
da a Assemblea algunras testemunhas-falsas, para o conrlemnar
e to-
a
morle ; mas com quanto viessem muitas depor
,
ve que dtisse a0 menos apparencias de vertlade. Emfim vieram
nenhuma hou_

duas testemunhas falsas , Qu. tlisseram : N6s mesm,s lhe


ouvi_
mos dizer : Qucro destruir 0 Ten:plo tle Deus, e reedifical-o
em
tres dias.
Bra falsa a deposiqio ; porque interpolava as palavras do sal--

(1J Illuitas vezes ensinou Jesus a scus Discipulos em particular


;
conttrtdo podia tlizer com vcrtlade que n,rcla tinha eusinarlo ociu,ltamettte;
p0rquc a doutrina que ensinava ertt partrcutar ern no esscncial
a mcsm1
quc prdgava em puhlico; dizemos no cssencial, porque nas praticas
fa-
miliares com scus Apostolos, era ella cle certo mais-dcscnvotr.itla.
﹂ l

DE PERSEVERANoA. 199

,adol。 ;invelotia‐ lbes o'Sentido natural,mas SObretudO nada depunham


conira o accusado. Tinha elle ditO, fallando de seu co'po, c an‐
llllnciando sua morte e ltesultre191o: Eu posso destl・
uiF eS10 templo
O reedincal_O em tres diase Se cl'eram que fallava do Templo de
Jcrusalem,O nlais quo podiam,ia quO o■ aO conheciam, elta ac‐
cusal― o de presumpO晨 0. ls testelxlunhas, e at6 tornado‐
se
Tinha― Se es3otado o recurso dE
so a ouヤ iF taFnbem

∫ SuIIImo Pontinco,e
::rF:::lalll・ 1:∫ l:&lCieiillき :alfalSas,expunhaln― para o e宙 ―
tar,levantando― se no meiO da Assemblea,interrogou Jesus dizendo:
Ouvos as accusa95cs que te fazem, e n10 respondes nada? Jesus
e nada l・ espondeuo Pois bcm l accresconto■
callou― se
o Summo
Pontinco, elll ■ome(10 Deus v市 o, 0■ i0 1ugar aqui occupo,
olヽ deno― te que nos digas se tl1 6S O Christo , Filho do Deus
TIVO?
A3ora a pergunta 6 precisa e decisiva. O divino Messias espe―
1,ava a(luella occasilo, para confcssaF altamente a verdade: havia
sim do llle custar a vida,c ello o sabia;mas de宙 a ser elle o pri―
nleil'o nlartyF da Sua Rcligi晨 o, e dar o oxemplo a seus Discipulos,
c a nlill16es do lllartyrcs. Respondeu pois sem hesitari Sim, eu
st)u o Christo, Filho unico de Deus, c ainda vos digo mais: E皿
brcvc vel・ eis o Filho do Homem,sentado a dextra do Deus Omni‐
potenlo,Vil・ soblte as nuvens do Ceo. Entao o suIIIII10 Pontiflce,
Occultando a sua alegria,com a mascara d'uma dor bypocrita, o
ve3tindo o ar d'um 1lomem zeloso da ho■ ra do Deus, despedaOou
scus vestidos exclamando: Blasphemou, quo mais testemunhas que―
1'enlos?Acabais d'Ouvir a blasphemea, que dizeis a isto? Todos
Ioospondel'am:E' reo de morte. Ouvio o SalvadoF a Sentenca tam
ti・ anqui1lo, quanto depois a・ sorl・ eu cOra]oso.
Era o Summo Pontince um grande malvado;mas ainda assim
nos entinou j quo os Judeos, quando ouviam blasphemar,rasgavam
scus vesti(los; O n6s vomos ahi Christaos, qu。 Ouveln sem ernoO証 o
as blaspllerllcas dos impios. Ji nlo quero f・ allar dos quo os ap―
os.
1)laudom, quc osses itt n10 Slo_chrisほ
Estava a SynagOga tam scdenta do sangue do IIossias, qlle de
boarllcnlo l)assal・ la logo da sentenca i exccu91o;mas nlo o quel'ia
200 CATECISΠ o
Deus asdm.Para acabar tt cunlprir aS prOIDlleclS,permil1lo qHc
os principes dos sacerdOles,c as auctol・ idad6s de Jel・
usalom repa‐
rassem que, dependentes cOmo estavaIIIl do nlagistradO Romano, era
pl・ eciso Obler o seu consOtttil猟 〕
ntO,Om caso de senlenca de morie.
Cumploia alem disso trazor O povo ao soll pal・ lido, irrilando-0 00nil'a
Jesus,cOmo blasphellla(10r e impiO. TudO istO(lenlandava tOmpO;
e como era pFeCiSO fa麓 1‐ 0,antes que chegagso a pl、 。xima solemni‐
dade da Pascoa, naO pOdiallll perd帆 / 1m moinelltoo Assentaram pOr―
talllo(le ir dOrrllir algumag h01・ as, c abrir olltra vez a sessao a0
romp.er do dh.sahiram pOis da sala do 00nsdhO,e Jesus bi cO■ _
liado i guarda 〔
los cl'iadOs e domesticOs。
eceu a estes servis, que n額 O flcaloiam sous alIIOs cOntentes,
Pal・

se se cOntentassem elles cOm gilalidar pacincamente o presO;Onten―


deram que era sell dever ultrajal― o,c assim lh0 1zeram sOIFrer tu‐
do o que uma relё baixa e vil cOstuma lmaginar de mais ati・
oz e
atteCtO. Uns diziam chuね s; Outros inlproporios; estes cuspiam― ll10
no l・osto; aquenes, mais sacrilegos e iIIlpios, vendaram― lhe os OlhOs,
e dando― Ihe bofetadas, escarneciam de suas augustas qualidades de
Propheta, e Rei, dizendo― lhe: PropllelizP, cbl'isto; dizc― nos qllom
te deu? Bem podera Jesus fazel‐ o,c esnlagal― os s6 com Os i10nlear;
pore,m a cegueira delles mais o mortincava do qu0 0s tl・
actos qllo
soIF「 la。

Durou loda a noute tta hol・ rilei scOlla: jalllais discil)■ lo do


Salva(Ior passOu alguma tam cruel? O que pOz O cumulo ao sofFlti―
mento do ⅡOmem― Deus, o que foi pal・ a elle O mais dolol・ oso de lo_
dos os ulirages, 6 quc em quanto estava assilll i mercё de seus
mais Ol・ ueis inimigos,O prillleil・ o o mais favoltecido dO seus Discipu_
los,Rd「 o,O prhcle〔 賦 Apostdos,atturava,e negava seu
Mestre.
Ettava elle no pateO, cOmo ji dissemos,aquentandO_se cOm os
soldadOs e offlciaes do palacio, quanclo uma criada clo Sulllll10 Pon‐
tiflce, vendo― o alli sentado, depois de ter reparado Delle, disse-lhc:
Tu lambem estavas cOm Jesus de Nazareth. Mas ene o negou, di_
ante de todOs, flizendo i cl' llnu‖ 絶r, cu nenl o 00nh00o; nerlll sei o
quc tu queres dizer. Depois querend0 0vitar nova inter「 oga95o, 1・
e―
ti:'oulse palea o vestibu10, o O gallo calliou. IIas outra criada,acer―
PENSEYERAN9A.
DB 2OI
tando de o ver, disse tambem aos que alli eslavam : Aquelle e dos
de Jesus Nazareno ; e logo clepois, ainda outra lhe disse : Tu tam-
bem es dos taes,
o pavor de Pedro augmentava com o perigo, e com o pa\,or 0
mime; sua primeira abjuragfo f6ra uma meniira ; na r.guodu ac-
crescentou o perjurio ; porquc Degou a segunda yez com;uramento,
dizendo : Eu ndo conhego tal pareceram crer n0 que jura-
,homem.
va , e Ihe tleram tregoas por'uma hora. Devia elle aproverial-a pa-
ra evadir-se ; mas Pedro ainda amava aquelle que renunciara , e
nflo lhe soffria o coragf,o separar-se para longe. Entretanto, um dos
criados clo Summo Pontifice. parente daquelle a quem Pedro tinha
corlado a orclha , disse-lhe : Nflo [e vi eu com eile no jardim ? B
logo os que alli estavam no pateo rodearam a peclro, e lhe clisse-
ram : Nfro ha duvida, que tambem es clos taes, porque es Galileo
a tua lingoagem te di a conhecer. Apertado ,te todos 0s lados,;
Pedro perdeu a rasfo ; comeQou a fazcr imprecagOes, 0 a dizer com
;uramento : Eu nflo conhego tal homem.
O' Pedro ! 6 assim que fallas ? O, escrayos tle respeitos hunra-
nos, eis o que .v6s sois !
Pedro fallava ainda,.quando o gallo cantou pela segunda yez
,
e o salvatlor, que para o vestibulo, voltan4o-sle para seu
-c.onduzianl
Discipulo, {itou lelle os olhos; e logo peclro se lembrou do que l'e
dissera Jesus : Anles que o gallo cante duas vezes 'tres me
,
tu negado. Entf,o, sahindo d'alli, chorou pedro amargamente e s6
lerds

a morte lhe euchugou o pranto. s. Jeronimo diz, q,iu as faces de


;
Pedro tinham 0s sulcos das lagrimas que chorava.
N.{o bastava aos grandes cle Jerusalem haver atormenlado
o in-
nocentc pclas mf,os da rele abjecta, cujo furor atigavam. Apenas
rompeu o dia , apresentaram-se lo conselho para acabar
frio a obra das trevas , que tinham comegada.
, a sangue
Para oslentar porem, diante clo povo, um ar de mocleragflo
e
prudencia, fizeram repetir ao pretendido culpado a oonfissflo
da n,u-
le precedeule. Perguntaram-lhe outra vez : Dize-nos se
tu es o Chris-
to ? Jesus lhes respondeu : se vol-o digo ndo me
,
perguntar quaes-sflo os signaes por ontle, segunclo
crecles,. s0 v's
as Escripturas,
se tleve reconhecer o christo . nfo ----- me responclereis EY'- me
nem
' ' --""-" '{v cleixa-
96 lI[-
202 CATECiSM0

rels em liberdade, Por isso o Filho do homem estara d'ora'avante


assentado no Ceo, i dextra de Deus todo Poderosoo Logo os tu o
Filho de Deus, lhe tornaraIIl elles? Jesus respondeu: Sitn, cu o
sOu. Enほ o lodOS exclamaram, como Caipllas: Que necessidado
temos d'outFO teStemullho, se n6s mesmos lh'o ou宙 mos de sua
boca?
PFOnunCiada a sentensa de morte, ■lo se cuidou lnais que enl
leval― a_i execu。 こ
o。 Oondemnado o Salvador colllo sacloilego o usllr‐
pador da divindade, esta culpa, alias taIIl grave para uma multidlo
o ■o ani‐
illudida, nlo o era coHltudo, pal・ a fazer grande ilnpress晨
mo d'um magistrado Romanoo Resolveram pois daF Outra cOF iS
accusa00es, qualldo o apFeSentasseIIl a Pilatos. Dizentlo Jesus que
era o llessias, Filho de Deus, consideliava― se por consequencia rei
dos Judoos, c emulo de Cesar. Foi por esta face odiosl que as―
sentaraln de apresentaF aO ministro do impel・ ador a, pretcndidas

bla,phemeas de Jesus; e levantando― se toda a Assemblea, lovaral■
■o sё m peFda de tempo, o o entregaram amarrado ao governado「
romano。
Entao Judas,vendo quo o condemnavam a IIlorte, teve remor‐
sOs; mas, por sua desgraga,■ lo sentio, nem comprehendou assas,
que aos 01hOs d'um Deus, que wai morrer pela remiss証 o dos poc‐
cados,o maior dos crimes nao 6 trahil‐ o, mas sim desco■ lar da
sua misericordiao Aperiado pois do rernoFSO, 10rnou a entregar os
trinta dinheiros aos principes doS sacelodotos e aFICiユ Os do povo,
dizendo: Pequei, entregando o sanguo do justo. Elles I)ol・ em,
com aquella cl・ uel indi“ erenOa, oom quo os maiores malvados costu‐
Blam tratar aquelles,de cuioS CHines se serverLl, reSpondelialn-lhe:
Que nOS importa?isso 6 1i copligo. Esta resposta secca c desde‐
nhosa acabou do O deSesperar; arremessou o dinheiro pelo pavinlen"
to do Templo, e sahindo d'alli enfcDl'cou― se.
Restava saber que uso farilm d'aquelle dinheiro: os malvados
s瓢 o talVez escrupulosos ■O qllo toca l decencia e decoro; estes pois,
apanhando o dinhoil・ o, disseram : Nlo nos 6 1icito lancal― o ■o the‐

souro,porque 6 plteOo de sangll,。 COmpl'aFam O Campo d'日 m olei―

1'0,(lue destillaltalll pal・ a cel■ itel。 lo d'estrangeiFos. Teve depois cs‐


θ
te calllpo o oome dc rα θJ″ α ,(lue quor dizer `θ
IP27α r,。 αθsα ′
:Jttθ ,


DE PERSEYEBANqa. 203

e0m0 se os Jucleos pretendessem perpetuar a


memoria de seu dei-
;ili;;";;; u*or tinha ourrcs aeiignios. Queria cumprir aquellas
putaurar tlo Propheta: Receberam trinta dinheiros
de prata, sgmma
d'Israel poseram a pre-
pela qual foi entregue aguelte que os {ilhos
go , assim com, o Senhoi m'o fiz ver na mtnha
visf,o. (1)

oBAqf,.o IE PR,OTESIAQfl'O,

o' meu Deus que sois totlo amor , agora vejo quanto me
!
tendes amado ; eu, piotesto amur-a1s de todo o coragdo,
d Deu'y qwe
soffreis por rnim /

(1) Ainda hoje se est6 curnprindo a prophecia; pois que-a impera-


triz Sanla Helena, mandou vir para Roma a tcrra do Campo de Sangue,
a qual serve de cemiterio aos percgrinos. Eltl situado este cemiterio
per'

to ite S. Pedro, por tras das casas do S' Ofiicio'


204 CATECIslo

XIII.- IICAO.

PAIXAO DO }TESSIAS.

Jebus diante de piratos.


rodes. - E' dectarado innocente.
-
- Tornarn com elle a pilalos. _ E, agoutaclo,
conduzcm-n' 0 Hc-
Condemnarto
6 mortc, - conduzido ao carvario, crucificado. -- ora po, scus
algozes. : os sordados deitam sorles- sobre
sua tunica.
inqultam.
- Cumprimento das prophecias. Jesus converle - 0s Judeos o
Iadrflo.
o 5orn
- Horrc uo meio de prodigios.

Jo 'i*0s con00 os Sacerdotes e Escribas, e toda a mullitldo reuni-


da em casa de eaiphas , tinham d'aili sahiclo para
conduzir Jesus
a0 Pretorio, ou casa do governador romano. Este governatlor
0u
presitleute, que goyernaya 0s Judeos pelo impcraclor
Tiberio , cha-
mava-se Poncio-pilatos. Ainda bem nio era dia quando
chegaram
ao palacio ; mas u*r escrupulo os' deteve i enlracla
da porta. A lei
prohibia-lhes sim o homic,iclio tlo innocente
, mas ndo lhes defendia
que entrassem cm casa d'um Gentio. Todavia, que
santa gente ! _
nf,o quizcram' entrar no pretorio , por mgcro que se uflo
macurassem,
e depois nflo podessem comer a piscoa !
sahio pois ?ilatos fora, e perguntou-lhes : De que
aecusaes .a
esle hornem ? Besponcreram : su urte nf,o fosse
um marfeitor nflo
yol-o entregariamos. Bra 0 odio_que fallava ; pilatos o comprehen-
deu e por isso lhes disse : Tomai-o vds outr.os e jurgai-o
-logo,
gundo a vossa lei. Illas 0s Jutleos responderam , se-
: Nflo no, 6 per_
mittido mandar matar ninguem. De facto, os Bomanos
lhes tinham
tirado este direito ; e pela confissfro que faziam, rec,nheciam
que o
sceptro tinha sahido de Juda. Deveriim reconhecer,
por consequen_
cia, que aguelle que havia de ser enviado, o Desejado das
nag6es,


DE PERSEVERANoA. 20b

llcria ter vindo; mas a paixflo os tresloucava , e nf,o tiam


0 que
por sua con{issflo se tornava mais visivel do que nunca.
Acceclendo pois a scus clamores, determinou
Pilatos julgar o
salvatlor. Assim o permittio Deus , para que o Mcssias mgl'resse
na

cl,uz c0rn0 estava p.udito ; p0rque, segundo a lei , nfo podiam 0s

Jutlcos contlemnal-o sen6o a ser apedrejado , e elles


queriam que

fosse cruci[icado. Comegaram pois a accusal-o , dizendo N6s


: acha-

r]gs que este homem amotinava o p0v0 , prohibia {ru j*.,pagasse 0


lriltuto a Cesar, e se attribuia o nome de Christo e Eei. Pilatos ,
c0m0 ourio fallar em Rei, entrou no Pretorio , onde
guardavam o
Jesus peran-
Salvaclor, e ortlenou que lh'o trouxessem. Cornpareceu
le o governaclor, o qrui lhe perguntou : E's tu o Bei dos Judeos ? Je-

sls rrcspondeu : Dizes tu isso de ti mesmo , 0u foram outros que


t'0 suggeriraul ? Pilatos replicou : Por ventura sotl eu Judeo , pala
qou * importe cOm 0 christo ou Bei dos Judeos ? Foi a tua na-
..ao , o, teus Pontifices, Qug
[c entregal'am em minhas milos , QUg
ir*rtu tu ? Eutlo Jesus lhe clisse , {u0 era sim Rei, mas que o
seu reino nfio era nenhutn Es{aclo politico, c0m0 sf,o 0s irnperios tla
terra. Se tal fosse o meu reino , accrescentou elle, 0s lneus soltla-
dos e exercitns combateriam por mim, para que eu nflo fosse entrc-
gue aos Jutleos ; mas o metl rcino nflo 6 deste mundo. Es pois rei ?
io.ooo Pilatos. Jesus respondeu : Sim, eu 0 sou ; foi para reinar
que eu vim ao mundo , e para dar testemunho da verdade. Aqnel-
le que ama a verdatle guve a rninha palavra. Que 6 a vertlacle ?
perguntou Pilatos, e sem esperar resposta, tornou para os Judeos, e
dos Saccrclotes, e lhes disse : Bu ndo acho nelle molivo
'Priricipes

para ; conclemuar.
Nf,o parece que devia antcs dizerJhes que 0 achava culpaclo ,
pois que iutot co,,festara que era Rei , c0m0 o tinham accusado ?
ila* Pilatos comprehendeu que o seu reino nfr.o era,de natureza que
assombrasse as potencias da terra.
Bnff,0 os Judeos, c0m0 costumam fazer os calumniadores, Yen-
clo que lhes podia fugir a presa, comeqaram a clamar e a dizer :
Blle e um sedicioso , uD amo[inador do p0v0. O Salvador nada
respondia; pois nilo era a elle, mas sim a Pilatos , QUe competia
dizer-lhes , NAo basta accusar , cgmpre proYar. Todavia para ufio
°
206 cATECISIo
DE PERSEVERAN9▲ . 207

um tolo,um visionario,ou quando muito um rel de comedia; e,


desta sOrte o reenviou a Pilatos.

恵 轟 [鳶 職 鮮 驚 1棚 鱗 1鮮 賦 掛 l
nho interrogado enl vOSsa presenOa seIIl lhe achaF Causa para o col‐
demnar. Iel・ odes tambem lh'a llao achou; por isso o deixarei ir,

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鶴∫‖
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∬常翼嵐∫ 稚磁Ⅷ魔 L∬ ゝ鯖Ч l l「 :。


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『驚:l雷 llalぶ『 1肌 :H器 猟t Teh為 麟 :raVl£ Ta露 律

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TSf11li° IIs∫ :ilv「 Υ lFdijII阜 llaq」 II∫ lIIllir」 illi(1

1織 Wl。 lr獣 ::llellゝ 柵 lh:Ⅷ‖ :l面 辮 :qtttleel距


208 carucrsuo
tremettas n0 que respeita a esle justo porque soffri muito
tO em sonhos por sua causa.
, esta nou_

Bnviando este sonho fi mulher de Pilatos, quizera Deus suscitar


mais uma testemunha da innocencia do salvador a
,
e dar pilatos
uma nova graga para o suster is bordas do abysmo aon-
de ia precipitar-sc. Demais, pretentlia o senhor salvar aquella mu-
Iher, que lhe era mais chara que a propria vida ; pois se cr6 que
a mulher de Pilatos se salvou. Auctores antiquissimos lhe chamam
claudia Procula; assim tarnbem rhe chamam os Grtrgos ro seu me-
nologio, onde a inscreveram entre 0 nlrmero tlos sanlos.
Em quanto Pilatos attendia ao enviatlo tle sua mulher, os prin-
cipes dos sacerdotes e os Auciflos trataram de irritar 0 p0v0 e per-
suadir-lhes que pedissem a soltura de Barrabaz
, e a condemnagflo
de Jesus. Por isso guando pilatos propoz qual tlos dous q*eriim
que lhes entregasse, gritararn de chusma : Nflo queremos Jesus 0r-
,
lrega-nos Barrahaz. Espantado Pilatos, e clesejantlo serilpre salvar
a
Jesus, disse-lhes pela seguntla \ez : Que quer.eis pois qou eu faga
cle Jesus , o Christo, o Rei clos Jutleos ? IIas eiles comeoar,am a
clamar com redobrada furia : crucifica-o ! Disse-lhe-q terceira \ez i
illas que mal fez elle ? Bu nflo tenho causa para o conclemnar. yorr
mandal-o agoutar com varas, e pdl-o en riberclade. A eslas pala-
vras recresce a raiva, redobram os alaritlos , nfro se ouye senfro o
grito funeslo e lumultuoso : Crucifica-o ! cruci{ica-o }
A sedigf;o lornava-se ameagaclora , 0 0 cobartle governador ndo
se julgou seguro. Yendo pois que tudo era inutil , e que o tumul-
to catla vez se augmentava mais , mandou que lhe trouxessem ag0a,
e lavando as mfros diante do p0v0 , clisseJhes : Bu lavo as r1[os clo
sanguc deste justo. Quanto a vds, pensai bem no gue fazeis. Ifas
todo o p0v0 respondeu : o seu sangue caia sobre n6s e sobre nos-
sos filhos. O Eterno ouvio esta horrivel imprecagf,o , e a ratificou.
fla mais de desoito seculos que este sangue pesa como uma rnakligf,o
sobre a posleridade deste desgragado p0y0. E' um facto que tem
o universo por testemunha.
Depois da vf, ceremonia de lavar as mf,os , ou antes depois de
ter darlo contra si mesmo urn publico testemunho cla injustiga que
ia commetter ; qucrcndo nflo obstante contenlar 0 p0v0 , disse-lhes
DE PCiSEVERANoA. 209

pilatos que lhes concetlia o que petliam ; e logo mandou sohar Bar-
rabaz. Quanto a Jesus, orclenou que o agOtttassem , 0u
fosse para

copmover o p0\r0 com -est,a especie de supplicio , a


Yer sc com elle
ordenAva nas leis romanas, qtlo
-antes se
Se contentavam , ou fosse porque
o padecente fosse aqoutaclo cle crucificado. Este cruel suppli-
cl'ou-
cio, que levaram ao ultimo excesso, foi seguido immediatamente
tro, suggendo pela raiva dos Judeos, ou inventatlo pela brutalidade
rlos *okla,lot. Ndo pode ler-se sem verter lagrimas'
os soltlarl0s n0meados para crucificar o salvador , tendo-o leva-
do ao pateo tlo Pretorio , ajuntar'am em redor delle toda a cohorte:
e havendo-lhe tlespido seus vesticlos, cobriram-no com um farrapo
tle purpura , a laia cle manto real, e o alaram a uma columna' Depols,
e apresentaram-
tecendo uma c0r0a cle espinhos, pozeram-lh'a na cabega;
lhe uma cana p.r rrufitro. B chegantlo-se um il uD , punham o
joelho em tcrra , clizentlo por mofa : Salve, Rei dos Judeos' Apds
iiuto tiravam-lhe a cana cla mfro , e com ella lhe descarregavam ri-
que lhe enterravam os espinhos pela car-
;os golpcs na cabega, com
n0, e a0 mesmo tempo lhe cospiam. n0 rosto e lhe davam bofe-
l,arlas.
soffr.eu tudo o salvaclor sem se queixar, para expiar especial-
nrgnte os peccados contra a humildade e a modestia. Neste
doloro-
so flagello 6 que o lllessias, segundo as expressfies dos Prophetas ,
foi o homem de dor, cujo corpo, clesde a cabega a[6 0S P6s , nlo
era mais que uma gi'ande chaga.
Depois de lantos tormentos e opprobrios parece que deveriam os
Jutleos fic.ar satisfeil,os ; Pilatos assim o crOo, e por isso sahio tle
n0v0 a {izer-lhes : Ahi yem 0 homem , para que conheqaes bem que
n6o acho nelle causa para o conclemnar. Ainda bem nf,o tinha di-
to isto quando Jesus apparecell , lrazentlo na mf,o a cana ; na ca-
beg,a, a cor0a de espinhos ; nos hombros, 0 farrapo do purpura ;
n0 aspecto , uma doiorosa modestia, uma submissflo geue1gsa. Ert-
tflo Pilatos disse para 0 povo : Eis o homem !
sim , eil-0, qual o pozeram 0s nossos poccados ; els 0 gcnerg
humano , representa,to em Jesu-ehristo, rcvestido de toda a sua mi-
seril ; eis o homcm, lal como sahio cl'Adam, tal como seria sempre,

27
210 CATECISI10
sc o Redenrptor nf;o lomasse sobre si, para 0 livrar,
0s seus cr.i-
mes, as suas ignominias , o seu supplicio.
A este espectacuro, immudec*o'b p0y0.; parece 'que comegava
a enternecer-se ; mas os principes dos -Sacelldoies e
gritaram logo que o viram : ciuxi{ica-o ! cruxilica-o
*r, *,,rrstr.os
!
Pilatos, a est'oulro dcsengano , disse-lhes enfurecitlo
vds mesmos, e cruxiticai-o ; puta minha parte, nfro
: Tornai-o
acho nelle moti-
Y0 para 0 condemnar. Os Jucleos responderarn : I{drs
ltimos uma lei,
e segundo a lei merece a morte, porque sc chamou a si mesno
o
Filho de Deus.
A esta palavra Filho cle Deus. {icou Pilatos assonrbraclo. Tu-
do lhe pareceu lam -grande, tanr maravirhoso em seu prisioneiro
,
que temeu de attrahir sobre si a colera do Ceo se o
condemr)asse.
Bntrou bruscamente no pretorio, e tlissc para Jesus : D,onde
es [u ?
Illas Jesus nada lhe respondeu. Nf,o ro* i*rpondes ? lornou pilatos
;
nf,o sabes gue tenho poder tle [e cr.ucificar 0u cle te pdr
enl Ii-
berdade ? Nada poderias contra mim lhe disse o salvador
,
poder [e nIo fdra dado Ii de cima ; por isso aquelle que me
, se o
enlre-
gou em luas mflos 6 mais criminoso : fallava Jesus de seus
iucar.ni-
gados accusadored.
A tranquillidade e firmeza desta resposta perturbou ainda ruais
o governador. ouvia elle dize' por um Iado que Jesus se allresen-
lava perante a sua nagflo c0m0 ]'ilho cle Deus p.r. outro lailo, via
;
{lue este mesmo homem, longe de repellir a accusagfro , nada dizia
que nfro contribuisse para confirmal-a. Bntio redobr.ou seus esfor.-
gos para 0 Iivrar , mas 0s Judeos com0garam a dizer. ern
altos gr.i-
los: se o deixas ir, ndo es amigo tle cesar; porque todo aquelle
que se affoga a realeza declara-se ininrigo tle cesar.
Ao nome de Cesar, ao ver 0s Pontifices dispostos a converter a
sua clemencia em crime d'Estado , nfro tcve *air animo pa'a resis_
lir- Assentou-se no lribunal , algado sobre um pavirneuto de for-
nosas pedras, chamatlo em grego Lithostrotos, e em hebraico Gab-
batha. Mandou trazer Jesus e disse aos Jutleos : Ers o y0ss0 Rei !
lllas elles clamaram : Tira-o ! Tira-o ! Cruciiica-o ! Como assirn !
erclamou Pilatos , crucificar o v0ss0 Rei ! E esta foi a ultima pa-
Iavra d'agonia pa.a a sua justiga mor.ibunda. Nosso ltei I respon-


DE PERSEVERANCA. 211

(leram con insoJencia os Principes dos Sacerdobes , n6s nf,o temds


outro Rci senlo Cesar. Entflo Pilatos lhes entregou Jesus, para del-
le fazerem 0 que quizessem ; isto e, entregou-o nas mEos delles , P0-
ra ser crurificaclo : Bis a sentenga que pronunciou, depois de o ter
tantas vezes declaratlo innocente. (l)
E eis tambem por onde aca-
ba o Cltristflo {r0, dcixanclo-se Yencer da tentag,do, consente no
peccatlo mortal. Foi pelas nove horas da manhfl que se pronunciou
a sentenga. Logo que Jesus foi condemnado , os soltladosencarre-
gados da execugflo se apoderaram delle, e lhe fizeram quatrtos des-
acatos quizeram. Tiraram-lhe o ignobil lnanto de purpula, com que
insultaram sua realeza; pozeram-lhe tle novo 0s seus vestidos, e o
conduzilam fora da citlade ? para o cruxi[icarem. Jesu-Christo le- ,
vanclo a sua cruz, caminhou para 0 lugar chamado Calvario 0[ ,
hebraico Golgotha. Era uma pequena montanha proxima Jerusa- a
lcm , e para la chegar era preciso atravessar a cidade. Assim os
Judeos, que desde a noute antecedenl,e perseguiam o Salvaclor, como
um bando de sanguisedentos lobos a um innocente_ cordeiro , ainda
tiveram a satisfagflo de 0 ver caminhar ao supplicio com a cruz f,s
costas. trtas Jesus, ja exhatrsto de forgas e de sangue, effi breve
succumbio a0 peso da cruz , e o verdadeiro Isaac se vio sem forqas,
para can'egal' com a lenha do sacrificio ate o alto tla montanha.
Como a sua falta de forgas poderia arrebatal-o ao derradeiro suppli"
cio, ou retardar pelo menos 0 momento que seus inimigos tanto deseja-
vam , apenaram um passageiro , Israelita de religiflo , oriundo de

(1) Pouco lucrou Pilatos em sacrificar o Innocente 6 sua ambigf,o.


PassaCo um auuo depois da morte do Salvador, conlo tirassc o dinheiro
do thesouro sagrado, pflra As despczas d'um arluedttcto, sublevou-se o pO-
y0 e Prtalos su{locou a sedigdo cotn grandes violencias e atrocidades.
,
Aintla porern aS exerceu maiores com 0s Samaritanos, que se queixaram
a Tibcrio. Em consequencia disto, senrlo charuado a Roma , onde chegou
no anno 37 de Jesu-Christo , no principio do reinatlo de Caligtrla , foi
desterrado para Pavia , ou segundo outros, para Yienna Do Delphinado,
onrle passados dous annos se matou a si mesmo. Assim pereceraln pclo
suicidio Jurlas, e Pilatos; o traidor quc o entrcgou, e o Juiz quc0con'
dcmnou rt mortc.
212 CATECISM0

Syrene na Libia, chaIIlado Sinlao, ql10 vil〕 ha do campo, o o collS・


trangoram a lovar, ap6s de Josus, o pesado lenho, que ncin o
IIlesIIlo Filho de Dcus podia arl・ astt・ ar. Chlヽ istio que lё s islo, nao 6
ver(lade quc invttas ao eStilangoil・
o Judeo aquclle holュ 1'oso cal'30?
Consola― te; que ainda o tcmOs em lossOs dias: ninguem ha que,1lo
decurso da vida, nao tenha rntlitas vezes occasilo dc levaF a Cl・ uz de
seu Mestre,e do o seguir at6 0 Calvario.
O Salvado「 , atlxiliado por Silnlo SyFeneO, p6de continllal・ seu
doloroso transito at6 ao cume da montallha. Um povO immenso o
scguia, e algumas mulhel・ eS batendo llos peitOs, com profun(los ge=
Inidos O lastimava鴫 . Josus I)Orem,voltando― so para ellas,(lisse― lhes:
Filhas de Jerusalem,■ こO chOl・ eis por milll, mas po「 v6s e por
VOSSOS ilhOs; po「 que se aproxinla o tempo erll qlle se dili:
Folizes as estereis! dilosas as entranhas qlle nlo gel・ al・ alll Al1los!
Entao diF五 O eHes aos a1los nlontes:Cahi sobre n6s;e aos ollleil'os:
Escondei― ■os,sel)ullai-1los em十 ossas ruinas;pol・ que se assilu ёtrar
tad0 0 1Cplo Verde,que sel・ 農do lenho soccO? quel・ dizer, se v6s
tralaes assim o ln■ ocente e o Santo,que develう 瓢o osperar os sous as,
sassilos?.D'est'alite,eSquecido de si,e s6 attigindo― se pelos males
de seu powo, Jesus, chegado ao cillllo do Calvaloio, elliregou‐ se nas
コnao, 4e seuS algozes, para ser cruじ i「lcado。
Acompalllavalll=■ o dous cl・ iminosos, palia sorem tambem cruci‐
lcadoso Assim o dispoz a Pl・ o宙 dencia, paFa que ll憲 o fallasse cir‐
cumstancia alguma daS propheciaS que ねllavanl das suas igno,
minias.
Logo que alli chego1 4oram― lhe a beber vinho tempel・ ado com
myriha, e luistul'adO Com fel;assim costtlmavam fazeF pal・ a d'al,
gtlma sorto adol・ nlentalo 1lo padecento o sentimento de suas dol・ os.
O Salvacol,que deS:inava aS Suas a gloria(le seu Pal e sttlva950 d0
nlulldo,quiZ C01lservar para Si tO(lo o l・ igor d'ollaso Tendo prova‐
do aqllolle vinho , para sentili Sua amargura, reCISOll bebel― o, por
nlo tcr O alliviO que poderia tl・ azer-lhe.
FOi Onほ O quO o CorddFo do Deus,ofFerecendo― se por si mos,
rllo eln SaciliOclo,se estelldeu sobre a sua cruzo QuatrO soldados
llio encravatt os pOs e as nlaos, levantanl a cruz ao alto e logo
3 deixatt callir dcsanlparadamcntc; corl` e o ,angue a jorrOS Ce
DE PERSEVERAN9A. 213

5uas cllagas. AO nleslllo lempo crucincaram a soll lado os dous


ladlヽ 6cs, unl tt dilteila, outro i osquerda, flcantlo Joslls no nlelo.
Estava consumlllado o deicidio;faltava s6 willgal‐ o. Jesus nlo
carccia mais que de fallar;c at6 1)arece que bastaria Calar― so, pa‐
ra clue o raio aniquilasse os allthores e executores de tam enornle
ュttenta〔lo. I)irieis clue alё elle o teIIlia, pelo que so ap:・ essou a sus―
pendcr― llle o successo. Apcnas a10ado na cruz,pronunciou aquella ter―
llissillla orao証 o: Pail pordoa-lbes,porque nlo sabem o queね ZOIn.

Tal fOi a primeil'a das sele mel■ oraveis palavras de Jesu― Christo
lla ciitlz。

Apellas acabaram os Soldados sua barbara execu9瓢 o, n瓢 o cuida―

ram nlais que em dividiF OS deSI〕 oloS dO Salvador, 1lzeram o Seu


llabilo em qllatro partes,o ca(!a soldado lcou com a sua; llisto
COllSiStiam os seus bens; sirn, ainda restava a sua tunica, que l輛 o
tinha costura, tecida toda,C incOIISulilo E′ pena loasgal― a, disse_
ram os soldados, til・ emol― a i so「 le, Assim ilzeram, cllmprindo liト
tel'almcnte a pl・ opllecia do Da宙 d: dividiltarn os meus vestidos,e lan‐ ´
9arain sortes sobre a minha tuniCa. Em quanto os soldados pag5os
Se entFetinham colll isto. os oligulbosos Judeos occupavam― se em
cousa mais conftbrme ao seu genioo Tinha Pilatos escFiptO,■ o a1lo
(la cruz, a causa da condemnagao de Jesus, por estaS palavras:
JESUS NAZARENO,REI DOS JUDEOS. 0∬ enderam― se com iS10 0s
Principes dos Sacel・ dotes,e disseram a Pilatos:NIo escFeVaS Reidos
Judeos,mas sim que elle se chamawa a si Rei(:os Judeos. Pilalos
liespondeu:O que escre宙 ,escrovi; e com istO os deSpedio bl.us‐
caIIlente.
Deus havia dictado o quc Pilatos escreveu,e lhe deteve a mlo
para nao apagar O quc havia escriplo. Eita pela cl'■ z quooIIomem‐
Deus devia reinar; crucincandO_0, cO110Caram― ■o em seu thro■ o,
110S01iO da sua realezao CumpFia agOra proclaIIlal― o Rei,c Pilalos,
o Gelltio,o fez iuri(liCamente, apesar da OppOSiOao e indigna91o do
povo Judaicoo Figul・ a admiFaVCl do que 1080 depois succedeu,quan_
do,obstinando‐se aquelles bO理 iCidas ett n50 quererem que Jesus
reinasse sObre elles,todos os povos da gentilidade o reconiloceltam
plo s6 por seu Roi,mas poP seu Deus e Salvador。
Rcpellidos por Pila10S,foralll os Judeos vingar― se em Jcsus, e
214 CATECIS10
fazerlhe pagar bem caro o litulo de Rei, que eram forgatlos a tloi-
xar-lhe. Destle aquelle momento , o Dcus crucificado nflo ouvio
em torno de sua cruz mais que atrozes injurias , amargos sar-
casm0s ? e impias blasphemeas. Passavam e repassavam por ,

tiiante delle, c olhavam c0m0 soffr'ia , com um prazer proprio dc ca-


nibaes, ou antes com aquella satisfagflo tla vinganqa, que faz dos [ro-
nlens peiores que'feras
Uns acenayam com a cabcga, dizendo : Tu, que destroes o Tem-
plo de Deus e o reedificas em lres clias, salva-te a ti mesmo ; se es
o Filho de Deus, desce da cruz. Illas o que excetle tudo quanto po-
de imaginar-se 6 que os Principes dos Sacerclotes , 0s doutorcs da
lei, r'elhos encanecitlos, aproximando-se delle , com ar de lriurnpho ,
recreavam-se a ver c0m0 estava atormentado, e misturando seus in-
sultos com os da pletre, diziam-lhe : Iille, quc salvou os oulros, nio
pode salvar-se a si ? se e 0 Rei d'lsrael, quc dr:sga agora da cruz ,
para o reconhecermos. Elle confiou em Deus , pois se Deus 0 ama
que o livre agora.
Tal e a linguagem dos lresloucados impios. Desgragados ! E
quam estupidarnente discursavam ! Era sobre a cruz que um Israe-
Iita fiel e instruido devia reconhecer 0 seu llessias ; et'a na morle
que 0 devia esperar. Se elle descesse tla cruz, tornar-se-hia tlcsco-
nhecido ; as prophecias nf,o se cumpririam em sua pcssoa , e
um tal milagre ndo faria mais que tlesnentir e aniquilar totlos 0s
milagres. , *
Illas o mais admiravel 6 que ao mesmo tempo que lhe pediam
um milagre contraditorio, eram elles mesmos 0s instrunrentos clo mi-
Iagre que se operava a seus olhos, e que provava s6 de per si a
divindade de Jesus. E' 0 caso, que as suasblasllhemeas,sarcasmos,
e acenos dc cabeqa tinham sido predrtos por David. e elles sem o
cuidarem cumpriam a prophecia. Ao verem-n.re. dizia o Santo Rei,
pontlo estas palavras na boca do futuro l\fessias : Ao verem-me, ace-
naram com a cabega , e disseram : Blle confiou em o Senhor, pois
venha agora o Senhor em seu auxilio, se 6 certo que se interessa
por elle ; e livre-o das m6os tle seus inimigos. Ao ver isto, dirieis
que arluelles miseraveis tinham de proposito estudado o papel r e cle-


DE PERSEVERANoA` 215

eorado as palavras da prophecia , para representalem melhor o


drama.
A este nrilagre se ajuntou logo oulro, nflo menos proplio para
proyaf o tlivino poder tl'aquelle, gue ultrajavam lam indignamente.
,
Os latlroes crucificatios ao lado de Jesus uniam-se aos soldados e
Judeos para o insultar ; mas de repente, em quanto um d'aquellm
nralfeitores o blaslthemava, 0 outro o reprehendeu dizendo : Nf,o te
nes a l)eus, estanclo lant proximo a morrer ?
Pela nossa partc, nf,o
6 sem causa que penamos ? 'nenhum
pois soffremos a ,pena devida a nossos
crinres ; mas elle e que nf,o fez mal. Depois, vollantlo-se pa-
ra o Salvador, disselhe : Senhor, Iembrai-vos de mim quando en-
trardes no Yosso reino. (1)
Esta protissflo de f0 era bem corajosa e tocante ; a salvagf,o do
malfeitor foi sua recompensa , desde logo asseguratla : Em verdade
le digo , lhe respondeu o Salvador, que hojc mesmo entraris comi-
go rlo Paraizo. (2)
Outro objecto ainda mais interessante chamou a altengflo de Je-
sus , e lhe cleu occasiiro de cumprir um dos' primeiros devercs que
a nalureza prescreve r a firn de nos ensinar que nf,o veio elle des-
ti'url-a , mfls apcrfeigoal-a. I\Iaria, a quem a mais violenta afflic-
giio que tenha havido uo mundo nflo estorvou queaccompanhassescu
Irilho ate 0 ultimo supplicio; Ilaria, a Bainha tlos lllartyres , &c-
conrpanhada de S. Jof,o, de sua cunhada, mulher de Cheophas , e de
Ilaria llagdalena, estava em pe junto i cruz. Jesus , pois , rendo
alli sua ILii e o seu Discipulo amado, disse para lllaria : Itlulher ,
eis ahi teu F'ilho ; depois disse ao Discipulo : Eis ahi tua nIAi.

(1) A tradigrio di ao bom ladrrio o nome de Dimas,' mrritas igre-


Jas se dcdicaram corn a sua invocagf,o, e sua virla foi publicada corn estc
: Re.flessiand isloriche sil, la aita del glorrcso san Dima, .Iz - 8." ,
titulo
Napali, 17ltt.
(2) O Paraizo dc que fatla aqui o Salvador 6 o seio rl'Abraham
ou o Lirnho ; quc cra o lugar de repouso para os justos inteiramente pu-
rilicados, c podia consirlcrar-se como utn principio tle bemavcnturanga.
Dcscendo alli, Nosso Senhor derratnou nelle a Bcmaventuranga esscncial.
″…
216 CATЁ CISIo

A , taes despetlidas responduam a oberliencja e as lagrimas"


Maria adoptou a Jotio por seu filho, e em sua pessoa a todos os
Chrisldos ; Jofro adoptou a lllaria , 0 0 honrou como sua Mfli. As-
sim.se cumprio o testamento do Salvador.
Era pela hora sexta (ao meio dia) quando espessas trevas se es-
tenderam por [oda a tcrra, ate a hota nona. Obscureceu-se o sol ,
para que a Natureza toda tomasse lucto por seu Author.
Na hora nona, Jcsus bradou com voz alta e firme : Eloi, Eloi,
lamma sabacthani, quer drzer : illeu Deus, meu Deus , porque me
atrandonastes ? Eslava predito que 0 llessias pronunciaria eslas pa-
Iavras. Alguns dos que alli estavam e as ouviram , diziam : Eil-o
que chama por Elias. Depois, sabendo que todos os oraculos esta-
vam cumpridos em sua pessoa, excepto uma hgeira circumstancia ,
que a sua. infinita penetragflo tliscernia na multidfio das prophecias
que fallavam da sua Parxf,o ; a lim de que as Bscripturas se cum-
prissem , sem que Ihe faltassc uma s6 letra, Jesus disse : Tenho sc-
de. 0r'a, estava ali um vaso cheio de vinagre ; e um dos especta-
dores, correntlo immediatamente a ernbeber nelle urna esponja , e
atando-a c0m0 hyssope i extremitlarle d'uma cana , chegou-lh'a i bo-
c3. para que bebesse. Assim se cumprio aquella palavra ilc David,
fazendo fallar o futuro Messias : Quando tive sede deram-me a be-
ber vinagre.
Tendo Jesus bebido, e conheeendo, por uma reflexf,o ultima ,
quc. nada mais faltava a0 seu sacri{ic.io, nem a0 cumprimento das
.
prophecias, nem a0 seu amor para mm os hornens disse Tudo :
esla consummado !
Entf,o levantando a yoz, c0rn0 um homem cheio
de saude e de vigor, senhor de conservar ou deixar a vida, exclantou
!
com forga : Pai em tuas mf,os entrego o meu espirilo. Depois ,
abaixando a cabega, expirou.
l\Iorreu I
lllorreu o nosso Deus , o nosso Salvatlor, o nosso Pai,
0 n0ss0 amigo, o nosso irmflo.
- Illorreu, e porque ? tlorreu ! e
por(luc motivo ?


DE PERSEVERAN9A。 217

ORA9■ O Ё RESOLU9二 ●

0' meu Deus ! que sois lodo amor, 6 chorando a0 p6 da vossa


cruz que tle todo o coragfio renovo a resoluqf,o de vos amar sobre
todas as cousas , e a0 proximo como a mim mesmo por amor
de vds.

xlv.', LIqAO.

sEpuLTURA B RESURBEIqiO DO I\IEtsSIAS.

trgvas universaes. - Yeo do Templo rasgado. - -


Mortos resuscitados.
O -
centurido convertido. Cumprimento das prophecias. Joseph e
- O lrmbo. - As santas mulhcrcs. .Apparigilo a Maria
Nicodenrus. -
Procedimento dos guardas, e dos chefes da Synagoga.
-
Iflogdalena.
Provas da Bcsurreigfi0.

A.nrooo Jesus de expirar tta cruz, pondo assim o cumulo it glo-


ria que Deus queria tirar dos soffr'imentos e humilhaqdes do Redem-
pl.or. Illas o seu ultimo susprro, exhalado no exercicio da mais ri-
gorosa obediencia , devia de ser tambem, segundo as promessas de
Deus , o comego das honras divinas, que esle Filho tam querido e
tam profundamenle aniquilado tinha direito , a esperar -ila justiga e
oontentamento tle seu Pai.
Cumpritlas as condigdes , realisaram-se as promessas. No m0-
mento que Jesus expirava , e compraya a preqo de seu sangue o ti-
tulo tle Salvador, Juiz, e Soberano de todos 0s honens , abalou-se
a natureza toda, j[ para reconhecer o seu Bei, ja para chorar sua
morte, jf, emfim para preparar o seu triumpho.
- tII
28
218 carEcrsilo
Dissiparam-sc as trevas , QUe assontbraram por tres horas
a face da - tcrra. (1) O yeo do Templo , isto. 6 , 0 veo qre

(1) A opinido mais commnm 6 que as trcvns se derramaranr effe"


lerra. Citarenos somente as seguintes lesteuiu-
ctivarnent0 pol' toda a
nhas. A primeira 6 S. Dionysio o Areopagit;r. Aproveitanros [nrnhem
esla occasiflo de rehabilitar, quanto em nos cahc, as obras dcste granric
santo. Dom Cahuet pretendeu que ellas eram d'um Grego desconhecido,
do. quinto ou scxto seculo, que quiz inculcar os seus cscriptos com aqucl-
le nome illustre , a fint de lhes conciliar crcdito c reputagiro. Conseguirt
o Ecu intento, contrnua Donr Calmcl, ati o seculo decimo setimo, ytois qae
loem sirlo liilos , conhecitlos e citailos pelos Gregos e Latinos, eomo obras
de S. Uionysio o lrreopagita. Drssertlgiio solrre as tre\as Biblia de Yen-
ce, i. XX, p. 108. Glande numer0 de escriptores rnorlernos repctiranr
a assergf,o sub a palavra do lllcslre. Por dcsgraga de Donr Calnrel e de
scus copistas, Origencs I que viveu no segundo scculo , cita as ohras rle
S. Dionysio o Areopagita. Eis aqui as srr0s palavras : r, E' cnt f)cus'=,
como diz uma boca divina, que tenros a virla, o movintenl,o e o ser : o
ser de [odos 6 a supcr-essencia e a diviudatle, segundo a exprcssrio rlo
grandc Dionysio Areopagita. u llouril. 9, t. II, p. 277. Etirgiio de Pariz ,
ffi|l. Notrremos alem drsso: 1.o que seria muito para athnirar quc por
nrais de mil annos, urn falsiticadcr qualquer podcsse fazer passar seus
proprios cscriplos corn o noms d'un persollagem tatu cclcbre na Igrela ;
scm quo os eruditos, os homens de gcnio, que floreceram cm lant lou-
go espago de tenrpo, descobrissem a fraude, apezar de conheccrcm aquel-
las obras e as cilarem coru elogio , coruo srio, entre os latinos S I'honraz,
S. Boaventura, o Hugues de Saiol-Yictor, Scot Eligene , os quacs sc
inspiraram pcla leitura destes livros; 9.o que estas ol.rras fosscm ttrm es-
tiruadas na Igreja Latrnt e Grega, nnl,es e depois do schisnra; que merc-
ccssem a seu author os mais honrt'rsos titlrlos, coruo sio o dc celeberri,-
mo interytrete dos dr,ainos rnisteri,os, como lhe charna Anastacro Sianitii ;
e S. Gregorio o Granrlc, lhe dti o nome de Padre ontiqa e teneronclo;
e S. Jo[o Damasceno chama-lhe o tlrcino, o mui str,nto, e mui eloquente
ilionysio, facundo e profimdo n&s co?rsrts dioinds. Finalrttente, o segunrlo
Concrlio dc Nicea, selimo Concilio geral, lhe df, o titulo dc muito qrnn-
ile, e todos os auctores qlre acabluros dc citar se seryem tle scus cr,'i'i-
plos , para contitmar os dogmas tla fri. Ycja-se a traducgiio das obras tle
S. Diolysio pelo Padrc Darboy, cnt 3.o
DE PERSEVERANoA. 219
separaya a partc do Templo chamada o Saptg tla parte chama-
0 Santo dos sautos se rasgou d'allo a baixo ; a [erra tre-
:r
Ora, eis e0m0 S. Dionysio Areopagita se exprimc icerea das trcyas
milagrosas, quc obscureceram a terra na morLe de Nosso Senhor. Bscre-
vettdo a S. Policarpo, para responder e censura que lhc fazia .Apol-
lophano t seu antigo amigo , d'emprcgar d'um modo pouco sineero o tes-
tenrunho dos Pagfios, para converter o Paganismo, diz estas palavras:
c Deve lemhrar-sc Apollopbano do quc nos succedeu no Egypto. [sta-
ramos perto da cidatle d'Elropolis, quando de repente vimos a lua quq
se veio reunir ao sol , supposto nIo era o tempo da conjuncglo, e cau-
sou um grande eclipse, e depois peta hora Bona, viruol-a oul,ra ycz sa-
hir dc c{rante do sol , para ir collocar-se no lug,ar opposto do diametro
.... 6 isto o que podereis dizu-lhe. E tu, Apollophano, desmente-me se
tg atreves a isso ; tu, quc presenceaste o lacto , que o viste e admiras-
[e cornigo. Finahnentc, quando isto succedeu , Apolloplrano , como f6ra
de si , exclanrou, dirigintlo-se a mim, conlo se adivinhara o quc se pas-
sflva : Meu caro Dionysio, isto sIo mudangas de cousas divinas. r Dio-
nys. Arcopag. lib. II, p. 7, ep. 91.
Dionvsio, pcla sua parte, exclamou; Ou o author dqnaturezasofflre,
ou a rnachina do uuiverso sc arruina I Nfro adrnira que S. Dionysio ,
apezar de ser pag[0, pensasse quc o author da nalureza soffria , basta-
va-lhe ter lido o que diz Platlo dos soflrimcntos do Deus que o muutlo
esperaYa.
Se as [reras foram cfleito d'um eclipse, nem por isso sf,o menos
milagrosas i pcrque a Pascoa tlos Judeos,' que 6 o tempo em quc Jesu-
Clrristo soffreu a morte, nf,o se fazia senlo na lua cheia. OrA , totlo o
mundo sabe que n[o ha eclypses de sol na lua cheia. Nio serd tambem
por um conhecirrrento yago, u)as tradicioual das trevas que houve
,
na nt0rtc do Salvador , que os paglos scmpre se al,terraYam ao yer os
eclypses ?
Em outra carta escripta ao mesmo .Appollophano , ja convertido ao
Christianismo, falla s. Diouysio nesl,es termos: < Quero recordar-vos do
que nos succedeu quando estavamos ambos em llcliopolis do Egypto.
Tinlra eu entfro vinl,e e cinco annos, e [u eras pouco mais otr nreuos da
mesnla idade. Yimos dc repente, n'uma scxta feira, pela lrora da sexla,
ou do meio dia, que a lua veio collocar-se diante do sol , cAusando um
eclypse quc nos attcrrou. Entdo yos perguntei o quc vos parccia aquel-
220 CATECISM0

meu:(1)este ultimo prodigio prcparou outro,qllo aconteceu ao


terceiro dia.Muitos santos que tinham lnorrido rOSusCitaram; e
tendo sabido dos tumulos depois da resurreicao dO salvador, vieranl
a cidade santa,e se mostraFam en】 pllblico。

O exemplo das creaturas insensiveis produzlo seu e“ eitoo Pl・ i―


meiramento o Centuri餞 oo■ official romano, que pltesi(lio a cl・ ucili_

xaO, vend0 0 que sc PaSSava′ e que.Jesus tillha exPilladO dando unl

le prodigio;e respondcstcs_me estas palavras, que nunca mc hao de


esqueccr:Meu charo Dionysio, lsto sao mudangas dc cousas d市 inas,
Tomei nota exactamente do tcn〕 po e anllo(laqucne prodig10, e coinl)i“
llando tudo com o quc Pau!o me ensinollrdepois,convcnci― nゝ e da verdade,

de que tu pesmo tam felizmente tc convenccste.》 In vita Dlonyso apud Ccr―


der, t. II, p. 273. ,
Citarcmos tallbbcm o testemunho de Phlё gon, libcrto do imperador
■(lriano. Este auctor era pagao; escrevcu a Historia das Olylllpia(!as
ein dbzcseis ilvros, desde a sua origem at6 o anno do Christo(lc 140,
Ora,dil elle que no quarto anno da CCH,a01ympiada,que de宙 a tcrmi‐
nar pclo meado do anno 33 da era vulgar, qllc 6 o mcsmo elll que pa‐
dcceu Jesu― ChFiStO,houvo um eclypse do sol, o■ laior que iamaiS SO
vio,e que a obscuridade foi tal quc as estre1las se viram na hora do
melo dia. Accrescenta ainda quc houve entao um gran(le ti・ etI〕 or dc tcr―
ra na Bythinia,quc destruio a malor Parte da cidadc dc Nicca. Apud
Eusobo Chronic.. p. 188, edicao Scalig。
Thallus,historitidor gro3o, faHa como,Phllgono Nao se sabc aO cor,
lo cm que tempo vivcu cste Thallus; mas coI■ oS.Justino.e TcrtuHian0
o citam9 6 de crer que rossc conteinparaneo(le PI〕 lё gol,ou talvez ainda
mais antigo. Parece quc oranl os livros destcs dolls auctores quc Tcro
tulliano e o martir S, Luciano do Antiochia mandavam lor aos Pag5os,
para ne‖ es acharcm a prova da taln milagrosa obscuridadc, que houVe
na :■ orte do Salvador。 `

(1)No meio da praca qlle estA ndiante da cathedral de Pouzzolos,


vinlos n6s o celcbro peclestal de marmorc branco ornado de qllatorae li―
guras, quc rcprcsentam as quatorze cidadcs da Asia nlenor destl'uidtts
pe!o trenlor de teFra que succcdeu na lllorte dc Nosso Scnhol。 , e re c‐
difica(las por Tibcrioo D'cst'arte o nlontlllllCntO prophano dc Pouzzolcs 6
m tcstclllunhO Palpavcl da Vcrdadc da narrag5o evangclica,

221
DE Pコ RSEVERANoA.

捕場
i鼈柿夢
00m que o SalVa(loF OXpirou era po 1
tompo um milagre e o CumpFiIIllent? d'uma pl・
forOa na llltil■


Ophecia.MilagiDe de
a fraqlloza j e curllpriinonlo litteral desta palavra do
′η′
πο θ υθ α,ザαπθ働′θ.(1)Da mesma
nlesmo Jesu― ChFiStO: F“ ?° ,・

“ , Vendo o tremor do
sol・ to oS S01datlos,que guardavam O SalVadOl・
tOrrat e as cousas qt10 Se passavarll, flC7altain clle10S de llledo e eK‐
clamavam:Este homenl era veFdadeiramente Filho de Deus. Tan‐
O ti―
los l■ ilagFeS COnVeFteFarll ainda aquelles espectadores, que n瓢

:摺 la∬ 1憮 ,CiI∫ 1:m.話 :∫ ,Oir:器吼:allF Ilete∫ 1縦


tavalll d'ani atteri・ ados e balendo 110S pCitOs.
A multi(1履 0, poiS,que desde l 110ra seXta enchia O Calvario,a

ll∫ :iiliaI」 :if肛


llI」 it:;p:litiealiliFIIITlind11:11::ド
:li'i∫
cede,quando Sallimos(lo Sacrilci

翼 ,欄:hil」 ll『 iurllilallll:lale11。 I:li∫


ObiCCtO,que nles el・ a tam charO。
llilllliliallll:││[

terllos Seu exemp10,lquemos tan

l:n:lallitrl。 :::liflli:∬ 1,II:lS10.ao auguslo SaCrl1071o, quo 6 a


10
Os Judeos, em todOs OS Seus attontados contFa O Salvador,■
lzel・ am mais que cumpriF OS deCrelos da OmnipotenCia de Deus:jト


mais poderam llltFapaSSaF OS Seus limites. Ora, con10 Deus nlo que―

1:a胤 lT:::鮒 蹴Tr思 胤 調器fT∬:‰鵠電


Tr:ょ ∬ ::

11)JO=OX・
222 DE PERSEVERANCA.
pois da r_ul morte. Ainda nesta occasif,o fingiram que
obravam por
zelo da t ei ; a qual ordenava que os gue eram mortos
rle crue fos-
sem descidos della antes do fim do dia pelo que,
;
tempo se lhes passava, foranr a toda a preira peai,
vendo que o
a piratos gr(l
mandasse quebrar as pernas a,s tres *uci{icados
da
,. e descel-os
cruz.
Yieram pois os soldados por ordem de Pilatos e tlepois cle que-
- ,
b.rarem as pernas a's dous ladr0es chegando a Jesus, ,endo
, e
ja estava morto, nflo lhe quebraram as pernas mas um dos gtre
;
Ihe abrio o lado com uma ranga, e immediatamen[e sahio sangue
sordacros
e
agua. Tuclo era divino nestes acontecimentos. Os soldados nfro ti-
nham ordem da fazer distincclo enh'e Jesus e os tlous companheiros
do supplicio ; e se bem Lstivesse morto
_seu , podiam nlo obstanre
quebrar-lhe os ,ssos ; mas a Bscriptura devia cumprir-se.
trIoises
tinha dito, fallando do Cordeiro Pascal : l{do ltte
fuebrareis 0r,r0 ;
(1) o que 0 senhor quiz assim para que a figura ,u cumprisse n0
christo , verdadeiro cordeiro cle Deus ,
{u0 occultava no fr:agil ves-
tido da natureza humana a Divindade incor.ruptivel como ,J .orp,
,
. os 0ss0s , que sf,o a parte mais solida, se occultam dehaixo da ,r._
ne. Da mesma sorte, foi contra a ordem rle seus superiores , 0u pe-
Io menos transgredinclo-a, que um dos solclados abrio o lado cle Je-
sus cOm uma langa ; mas era preciso que se cumprisse est,outr.a
prophecia : Elles poseram os olhos naquelle que trespisra.aor.
Entretanto era tempo de cuidar na sepultura tlo salvador
tinha expirado havia quasi uma hora. chegou nesle momento um
, QUe
horaem rico , e d'auctoridade , chamaclo Joseph, da cidade d,Arima-
thea, homem justo e virtuoso , quu tambem era discipulo de Jesus,
mas que se nlo manifestava por meclo dos Jucleos. Ndo tinha po-
rem tomaclo parte nas suas maquinag0es , nem n0 crime que com-
metteram , mas antes suspirava em segredo pelo reino de Deus.
Bste honrem, pois. veio corajosamente petrir o c0rp0 de Jesus a pi-
Iatos ; o qual , admirado que elle ja estivesse morto , nranrlou cha-
mar o centurifro, e informando-se da verdacre deu o c0rp0 aJoseph.

(l) Exod. XII, &6.


223
DE PERSEYEBTTNQA'

o tcVe elle s6 a」 oria d0 0'se‐


Fol ollo descel― o da cruz;postO qlle n霞
pultar. Parece qu0 0 1101nem Delll reunia em tornO de si,depoiS de
D10rtO, OS que nlo ouSavam aproxilnar―
°I勝 淵∵ 服
se em quantO WiVoo POtlerosa

ll胤 芦8胤 ttT犠 乳 ガ ツ1別 0麻 ec∬ ettFttr、Lグ


0` ∞山
;。

m“ ,mtta∞ u diSCittlぶ

ltaF ■O eSCuro da nOute, tFOuXe
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鳳輩
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LЧ ∫ ldln∬ 鳥:肝 糧 li∬ °p離

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ia comeOar o dia do Sabbado, 0

ぎL諜 盟 器ll押 議≫鮮 f榊 tふ


a


llilll lIIlliliC常 ∫ ∫ tifキ lfil:efosse pFOXiIIlo ao Calvario, pal・

出∫
WЪ tte繰 ∬
卜 淵 脚趣 朧樅 0乱 i∬

a lill:!r肌 盤TIIIli Hl∫ │!rilざ



∴ l.lttL』
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1:iIliillFMi:ミ
,Iポ 静ilI:ll,Si llt」 :lT『 :Si:llial缶 :1lat
_00rpЪ

ぶlto Marh Magdalena,c Ma面 a mtt de Tiago o de Joseph,

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驚 si:lqilI鮮
ねzia csta obscFV3950.
:J瀞
:lttlil情

点‖ル W薇 l::場

224 CATECIsMo
DE PERSEVERANoA. 223

絆ぶ

】o dia;dia para sempre memoltavl
ilguras, prOphecias e prOInessas,


i
cumpria quo o W10Ssias sahisse vi‐
ctorioso d0 1umu10.

:1:。
]linl:│:l∫ :∫
1・ na]11:li(│││llli備 敬silllllll鷲

癬よ電 ¶鮒lttr蹴 鮮:P出 ぶ 蹴
‰Ld鰐 ∫ bi

rcsu ri・ ei01o. Rosul・ gio Seln ruido
do tumulo oOm0 0utr'Ora do seiO de sua Bcmaventul・
ada llai; sem
desloCaF a pedra, mas penetrando_a pela substallcia de seu ool=po
山正
露 tLtttttattatよ 』∬
havendo 00mprado perfumes, parぽ 轍 lttrdlT乳 ∴ rT留 ニ
ralll de madltugada coll1 0S aromas pFeparados, e chegaraln ao so“

#場 lli∫ iblnlI曙 ::∫ll馳


rt:II:│°
鴛撫 01ド
illi llIII
lllllefi∬ lla∫ r:肌 n,urll moolellto tOdaS as difrlcul_
dades.
Sobrevelo uIIl grande e repentino tremor de terra; uln Anio
descell dO Ceo, e aproxilnando‐ se da pedra a derribO■ , e se assen‐
lou sobl` C ella. Brilhava seuヽ rosto cOmo um relampago,e seus ves‐
tidos eram brancos COmo a nove」 OS guardas icaralln de tal sorte
atel'rados que cahiram meios mOrtos. As santas mulheres entraram

lenaS跳│11111・ ljg∬ :hWsilllallllll!∫


le幣
Jesus amava, e disse‐ lheS: Levari le:l::° ∫ lluta聯
o oorreram ao
SabOF00S aOndo O pOZeramo Ao saber isto Pedro o Jo議


p誕 IC:::lellalょ :│∫
pOrCFll, detida p畷
Л ri農
lulelal.lil° llll:lll∫
l鮮l,│‖ li押
9Seu amoF, naO III

/
226 CATECISM0

i
cou chorando entrada do sepulchro. Eslantlo assim eontrislacla
,
inclinou-se para olhar para dentro, e eis que vio dous Anjos vesti-
dos de hranco , sentados no lugar aoncro estivera 0 corpo au Jesus,
:
um fi cabega e outro aos p6s Illulher , lhe disseram eller porque
,
choras ? E' porque levaram o meu senhor, respondeu ella , 'e nfro
sei aonde o pozeram. Depois, tenilo-se voltado, vio alli Jesus mas
nfio o .conheceu. l\Iulher, lhe disse eile porque choras, a quem
;
procuras
,
?
I[agdalena, crentlo que era o horteldo disse-lhs, :
senhor, s0
fostes v6s que 0 levastes , dizei-mc onde 0 pozestes, e eu o irei llrs-
car. Jesus lhe disse : Illaria ella, tornando a olhar, lhe clisse : Rab-
;
boni, isto 6, llestre; e se langou a seus pes para o abragar. N[o
me toques, lhe disse o Salvador, porque ainda nflo subi para meu
Pai ; mas vai procurar meus innflos e dize-lhes : Eu you para neu
Pai, e vosso Pai , para meu Deus, e v0ss0 Deus. Assim a encar-
rega ndo so d'annunciar a sua Resurreigf,o a seus Discipulos coino ,
tambem de lhes ensinar que elle resuscitara para nfio tornar & B]0r.-
rer ; e que pouco tempo lhe restava a demorar-se na terra. Magcla-
lena, transportada d'alegria, part,io immediatarnente.
Apenas so affaslou, oul,ras santas mulheres vieram ao sepulchro.
Um dos Anjos lhes disse : Nfro tcrnais eu sei que buscais a Jesus
,
cle Nazareth, que foi crucificado. Como buscais enlre 0s rnortos o
que esti vivo ?
Elle nfro estf, aqui resuscitou 00m0 tinha dito"
,
Recordai-vos do que elle vos disse , quando estava ainda na Galilea:
Cumpre que o Filho do Ilomem seja entregue nas mdos dos pecca-
dores ; que seja crucificado , e resuscite ao [erceiro dia. vinde vcr
0 lugar onde pozeram o Senhor , e itle logo tlizer a seus Discipulos
e a Petlro {u0 ellc resuscitou, e que vos precede para a Galilea,
,
;
La o vereis, como elle vol-o disse Entflo se recordaram clas pa-
Iavras de Jesus.
sahindo pois logo d'alli , cheias de temor e transportadas d'a-
Iegria, correram a dar a nova aos Discipulos. Nada disseram pelo
caminho , ;
do aterradas que iam mas em breve socegaram seus
ttimorcs , e chegou sua alegria a0 maior auge porque Jesus lhes
;
, :
appareceu de repente e lhes disse Iiu vos saudo. Aproximaram-
sc cllas, e, abragando-o pclos pris , o adoraram.


DE PERSEVERAN9A. 227

Nf,o temais, accrcsceutou o salvatlor,


ide dizer a meus irmdos

qou ,ao para Galilea, que Iil mo hflo de


ver' Annunciaram pois
todas estas .ou*, ,o* onr. Apostolosr e
aos mais Drscipulos ; mas
n0Yo sonho , e nflo deram
elles tomaram o que lhes diziam por um
ererlilo a suas puiur*ur. Maria Itlagclalena uf,o foi mais heu suc-

cedidtr. (1)

pal0 a
{1) Entretanto os Apostolos ohetleceram' e foram a Galilea,
monl,anha outle Jesus lhes rccoutmeudava
expressamente qlg es[ivessem'
in montem ubi constituerat
Unilecim autem Discipuli abierunt in Galilaeam
Aqui se uma difticuldade'
illis Jcsus. Math. XiYttt, 10. - offerece
chamada Galilea que Jesus se mostrou
N[o foi na provincia propriamente
ainda d'ahi
fl seus Discrpulos ; o.* na tarde da sua Besurreigf,o
' nem
a oito clias. Beur longe d'ir naquelles dias
de
para aquella
distaucia,
provincia
osApostolos'
' cuja
durante
fropl,cira estava a mail de tloze legoas
pascoa , nflo se arredara* dos suburbios da caprtal. Alli pas-
a solenrnidatle da
sararn a tarde da Besuireigf,o, e alli
viram Jcsus cgmo lhes tinha pro-
mettido. Alli estavam tamlcm d'ahi a oito dias , e alli
foi que Jesus se
antes quc partissem parA a provincia da
Ilres nrostrou pela segunda vez
Galilea.
Pareee grande a ditficuldade, e custa a co-nciliar a letra do texto com
d'um antigo commen-
a successao dos facl,os. Ttldavia, a feliz descobert'a BS'
sal'rsfactoriamente'
tatlor, Dilpo de Coinrhra, parece-n.s esclarecel-a
difticuldades do texto'
teve elle n'aquelles sitios, eraminou tudo, Sabia as
e eis como se exPlica :
e N[o se tleve crer , diz aquelle auctor, f Soarius episc' conimb'
aputl Baradium, cap. 6. De appaittione Christi
in rnonte Galliree' Lugd'
t'OZe, p. L&g. ) qu; a Galilea,'ionde mandou Jesu-Christo a seus Discipu-
precedeu, para lSes apparecer, seja. a pro-
los que fossem , L aonde os
ao
vincia de Galilea. a Galilea de queaquise falla 6 uma montanhavisinha
nronte das Oliverras; porque, sahindo de Jerusalenr pelo valle de Josa-
phat, encontram-se trcs aitas *ootanhas : a das Oliveiras,
que 6 a mais
que tem
ilfa, estd no cenl.ro; v6-se outra iT direita, e outra 6 esqucrda ,
os Gali-
o Dome de montanha da Galilei. Sobro esta montauha tinham
careciam de
leos edilicado uma ampla habitagdo, onde pousavam quando
vir a Jerusalem ; e iito fcz que lhe chamassem a montanha da Galilea ,
nomg que ainda iroie tem. Foi para alli que Jesus mandou
dizer a seus

/
228 CATECIS10
A incredulitlade dos Apostolos nflo nascia de mi disposigflo ;
autes desejavam com ardor gue seu divino Illestre tivesse rcsuscila=
do ; mas lemiam tanto que assim nlo fosse gue lhe custava
a crer
o que ouviam. Nunca achavam as proyas sufiicientes ; porque dese-
javam persuadir-se bem, e temiam icretritar cle Ieve o 'qu.
6eseja=
yam. lif,o succedeu o mesmo aos chefes da synagoga esscs
duvidaram da Resurreigflo do salvatlor senfro que procuraram €r-
;
ndo
I
durecidos , suffocar a proya e evitar, rluanto pod.rrc*, que 0s 0u-
,
lros cressem 0"que ellcs se viam obrigados a cr.er. Deus, que quo-
ria convencel-os , porque queria salyal-os , enviou-lhes testemunhas
que lhes nf,o podiam ser suspeitas. 'Depois que as santas mulheres
,
parliram do sepulchro alguns dos guartias tlesceram a0 valle e an_
'nunciaram aos principes
dos sacerdotes tutlo o que acabava de acon-
teoer. (1) Immediatamente se reuniram em concelho, par.a delibe=

Disclpu10s, quc elle os precederia, para scrcm testomunhas da vclヽ dade


da sua Rosurreigao.D Vellamise as動 物鶴ο 。″, art,95。 ou,
riα s Ja rrθ υ
tubrO de 1729` “
(1)A prova da Resurreicao pOde forrnular― se deste modO: Jesll‐
Christo o verdadciloarnente o Filho de Dcus, se cOm erfeito resuscitOu
como tinha prcdito;e resusciton verdadeirarDente, se os ApOstolos,crcn,
do, e progandO a sua rcsurreigao,nem sc enganaram a si,ne■ ■OS Cn―
ganaram a n6s,
Om,os ApostO10s n5o se enganaram a si; porque a Resurrcigtto dO
Salvador era unt Facto palpavel; que pertencia ao dolninio dOs sentidOs;
e do qual t市 eram m‖ occasloes dc se certilicar. NIo foi por uma vez
,omente quo o SalvadOr lhos appareceu;Inas siln mtitas vezes; n轟 o fOi
em sonhos,neln furtivamentO que se lhes nlostrou,Inas sil■ em dla cla“
まo,e por quarenta dias successivos. Os Apostolos fa‖ am‐ lhe; veem_■ 0
Com seus Olhos;10cam― no cOm suas mttos;cOmem com elle; estam em
grandc nulllerO,quando lhes apparece; recusam a principio creF.e na0
cedem sen壼 0 6 evidcncia,ou antes,para assim dizer,a Fα J′ α
ゎjJα ル
do factO. Annunclaln pOr todo o mundO quO o ▼lram resuscitado, `′sus・
lentanl sua asscrO=o sem se desmentit・ Jamais; arriscam a 宙 da e mor‐
reIIl por co■ lrlnar scu tcstemunhO. Os ApOstO!Os tiveram pols tOdas as
provas,que podiam desttar,da Rcsurrei9ao de seu Mesirer 1030 nao se
cnganaram a sl mesmos.


´ E PERSEVERANoA。 2°29

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¨鮮難讐
熟 鐵i縁l翼監
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1:lllllsp::‖ lllctlel:厳 謡Iis uma boa solnlna de

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掛聯i曇‖淵樵 輔iム榊胸∬ 鮒獅
de Deus,a sua Religi5o 6 d市 ina;se a sua Religiao 6 divinl,devemos
cr01-a e practical‐ a, sub pena de incOrrermos na condelnnagao ctcrna.

蝋囃i押 lギ 鮮
T鮮 驀i{∬ 覺 :∬ 融
So Chrysostolllo,t`XIV,p.4531 4611483,t・ XV,p.こ 0,67.86.

/
0230
GATECISM0
Discipulos de Jesus O tinham levado, favoreci(los da noute, em
quanto dormiam os guardas, tal foi o ■ltimo recurso 〔 l'um odio
cego: recurso IIliSeravel, que nao serve sentto de confundir os que
o omploegamメ e cuja falsidade 6 tal,que uma crianOa a pode cO―
llhecer. Por quanto l。 0 6 uma cousa inaudita que muitos sOldados,
estando de servi90 a guardaF unl deposito, pelo qua1 6 responsavel
o seu bem estar e a sua vida, se pollham a dorIIIlir, o isso todos
ao mesmo tempO.um facto silnilhante nao se depara nos allnaes
nlilitares de ncnhum povo。
2。
° Supponhamos ainda que todos os soldadOs se pozoraIIl a
dorⅡ llr: como era possivel arl・ ancar e revolver uma pe(lra d'enor―
nle grossula, penetrar llo sepulchro , tirar o GOrpO, o leval― o, e
fazer tu〔 lo isto is escuras, ls apalpadelas, devendo entra:。 nisio lnui―
los hqmens;oOmo era poss市 01,digo, frazer tudo isto sem que ne‐
nhum dos soldados, postados a dous passos de distancia, ntto des―
pertassem do descuidado somno? Unl facto assin destiluido de vc―
rosimilhanga demandaria,oomo ■ota S.Agostillbo, oull・ as testemu‐
nhas que nlo estiVesseln a dorlllir, pois ёna velヽ dade galanto o de‐
poimento de testemunhas a dormil・ 。
3.° Com efFeito, so os guardas estavaIIl a dormiF, こ OmO sou‐
beram que tinilam levado o oorpo,e que tinllam sid9 os I)iSCipu―
los de Jesus? E se nlo ostavam a dormir, coII10 COnScntiraIIl que
elles o levasselll?
4.° Mas quem o teltia levado? Sem duvida os Discipulos;
ora, nenhunl interesse tinham nisto. PoF quanto, ou os discipulos
esperavam veF Seu Mestre resuscitado, como elle o tinha preditO,
Ou O naO esperavamo So o esperavam, de宙 am deixar a seu MOs_
tre o cumprimenlo da predi9ao; nenhuma necossidado linham de
se metteF n'Im nogocio tam arriscado como criminosoo Se o nlo
esperava■ l, nenhum nlotivo ou esperanOa os po(lia persuadiF a le‐
val― o do tumulo,e follaF a fabula da ResurreiOIo; poF iSSO que,
da parte do mundo, tillhaIIl tudo a telnor, o odio, o desprezo, lo‐
dos os castigos reservados aos falsirlcadores, aos profanadores dos
tumulos, aos violadores do sello da auctoridade publica, oom que foi
sellado o tumulo; da parte de Dous, nao podiam esperar scnao Os
CaSti30S reservados aos impostbres, e aos iinpios, por haveren】 quc・

°

DE PERSEVERANoA. 231

riclo inculcar por Deus a um homem que nf,o era Deus , e que os
tinha grosseiramente enganado.
ti.o A prova incontestavel de que os mesmos Judeos , isto 6 ,
os principes dos Sacerdotes, 0 os chefes da Synagoga , udo criam
qrre 0s Apostolos tivessem levado o corpo do Salvatlor, 6 que nun-
ca se atreveram a langar-lhes em r0.ct0 similhante crime. Quando
mandaram prender e agoutar com varas a S. Pedro, S. Io[0, e aos
mais Discipulos ,' quando mataram a S. Tiago e a S. Sirnf,o ., acaso
0s accusaram dc ter roubado o c0rp0 tle Jesu-Christo , 0u tle pu-
blicar falsamente a sua Resurreigflo ? Nflo, nunca : somente 0s ac-
eusam de ter pregado aquelle facto, contra a prohibiqdo quo lhes
tinham feito,
- Esti pois bem provado que este pretendido roubo do corpo de
Jesus 6 uma riclicula e grosseira fabu)a, inventada pela Synagoga ,
para illudir o p0v0 e Sustificar-se da sua incredulidatle , e do scu
tleicidio ; fallula de tal rnorlo absurda, que a mesma Synagoga a des-
prczava. (1)

(1) TerminemOS a historia da vida mortal de Nosso SonhoT pc:o re―


trato quo de sua pessoa e clc sua divindade tragaranl duas maos bcm
difrcrentOs,dous homcns n5o suspcitos:■ oussCan e Napdo晨 o.
c Conた sso,diz o pllilosopho de Genobra,qne a magestade das Es―
cripttlras arrebata― mc: a santidade do Evangelho hHa‐ mc ao corag瓢 o。
VOde os livro5 dos philosophos, com toda a sua pompa_como saO pe_
queninos ao pё disto! Como ёpossivel quc um livro ao mesmo tcmpo
tam sublilne c tam sin〕 Ples seia obra dOS holnens? E'cste o estylo d'u lll
cntilusiasta,ou d'ulll scctario arbiciOsO? Qne d0911ra? Qtlc purcza de
costu mcs? Que tOcante graca d'instrucc6es! QuC elevo05o do nlaximas!
QnC prOfunda sabedoria do(liscursos! Que pl・ esonga d'cspilヽ ito! Quo de_
licadcza e Justcza de rcspostas! QuC inlporio sobre as paixoes!一 〇nde
esta O hOinem, onde o sabio, quc saiba obrar, soffrer c morrer scm
fl'a(lueza nero ostontag5o 2 QuandO P!at籠 o pinta o scu iustO imaginario,
coberto de todo o Opprobrio do crime, o digno dc todo a rcmuneracao
da vilヽ tudo・ a traco por trago pinta a Jostl― Christo. E' tam notoFia a Si―
milhanga que logo a sontiranl todos os Padres da lgrcial e ncln e possi_
vel dcsconhccel― a....
232 CATECISM0

σRA,■ 0。

O' meu Deus ! que sois todo ,*or, e[ vos dou graqas por
nos haverdes enviado um Salvador que nf,o s6 quiz morrer para

Que pre;ulzos, que ceguerra nflo 6 prectza , para ter o arroio de


comparar o filho de Sophronisca ao Filho Ce Maria !?
Que distancia d'um
pnra o outro ! Socrates , morrendo sem dor, sem ignonrinia ,
sustentou
facilmeute o seu caracler atB o f[m ;e se esla facil morle nflo livesse
honrado.sua vida , duvidar-se-hia se por ventura $ocrates, com todo o seu
genio, teria sido nais gue um mero sophista. t

Porem, ondc bebeu Jesug, enl,re os scusf aqnella moral sublinte e


pura de que s6 elle deu as ligdes e o exemplo ?
Do seio do mais fu-
rioso fauatrsmo, fez-se ouvir a mais alta sabedoria, 0 fl simplicidade das
rnais heroicas vtrtudes honrou a um poYo todo material. A morte de So-
crates, philosophando traoquillamente com seus antigos, 6 a mais suavs
qoe poito tlcselar-se ; a de Jesus, expiraido nos tormentos , injuriado ,
escaruecido, maidito d'um povo inteiro, ri a mais horrivel que possa te-
msr-se. Socrates , [omando a enveuenada ta.ca, bemdiz aquclle que lh'a
apreseota ehorando ; Jesus, uo meio d'um horreodo supplicio , ole por
scus incarnigados algoz.es. Certo, que se a vida e a morte de Socrates
sdo d'uut sabio, a vida e a morte tle Jesus sdo d'um Deus. Direnros
acaso quc a historia do Evaugelho 6 inventada a sabor d'alguem ? Oh,
nf,o 6 assim gue se inventa ; e 0s factos de Socrates, dos qufles ninguem
duvida , s6o menos comprorados que os dc Jesu-Christo. Em summa
'
umn tal supposigf,o illude a drfliculdade sem a destruir. Seria mais in-
concebivel que muitos homens conloiados forjassem, este-livro, doque um
s6 lhe fornecesse o assumpl,o. Nuuca os authores judaicos poderiam achar,
1tem aquelle estylo, ncrn aquella moral ; e o Evangellro tem earacteres de
verdade tam grandes , tam notorios, tatn perfeitameutb iuimitavcis , que
o inventor seria mais admiravel que o heroe. r
Escutemos agora o immortal captivo de S[.' Heleua. Um dos gene-
raes de Napotefio discutia uru dia drante delle sobre a dirindade de Nos'
so Senhor, Napolcfio respondeu: t Gcneral, eu cotrhego os homeus e '
DE PEnSEVEEANqA. 233

expiar os Peccatlos do mundo, mas ainda quiz morrer


e resus-
citar para confirmar a nossa f6 : permitti Pois , Senhor, {uo

acham similhan-
digo-vos quc Jesus nflo 6 um homcm. os espiritos superficiaes
d'impertos, entre o llomem-Deus C Os con'
fa'cntre o Christo e os frtndatlores
quistadores ou 0s dcuscs das outras religi6es; mas tal sinrilhanga
nfio existe:
do inlinito'
,u,r. o Christianistno c qualqucr outra religido ha a distancia utn vgf-
a Qualqper hometn courprcheuttera isto, uma Yez gue tenha
dadeir.o conliecirneuto das cousos, 0 fl experieucia
dos homens' Qual de
n6o p0'
n6s, rneu general encarando os differcntes cultos daS na96es,
,
derri dizcr a scus authores cala a cara : Y6s nem sois
deuses' nem agen-

tes tla divintladc. Nio, v6s nlo tendes rutssdo do Ceo. Sois formados do
mesm. limo da lerra como o resto dos morl,aes ; nlo fazeis mais que um
todo corn o gegcrg humano, e com as paix0es e vicios inseparaveis del-.
le; tle sorte quepara yos deificartles foi preciso deiticar comvosco cssas
yossos sacerdotes procla-
paix6cs e esscs vicios. Os vossos templos e os
i,a,n per si ruesmos a vossil o'gem terrena. ftlas essas abominag6es,
essas faSulas , esses idolos rlc madeira, cafcomidos doS Yermest
podererS

acaso comparal-os ao Christianistuo'l


c Pela minha Parl,c, digo que D[o'
r ,
ltrrn Licurgo, Numa , Confucio , lllahomet rejo sim legisladores ,
mas narla descubio que revele a drvindadc ;
ncrn elles tarnbem levaram
tarn lolge 11s suas pretcngdeS. Ttveram a primazia no seu tempo como
nslles entidadc divina. Pelo
'
eu a tive no meul por.* nada annuncia
contrario, ha Dumerosas relagdes entrc elles e eu ; ha muil'as similhan'
gas, fraquczas e crrgs communs, {U0 oS identilicam comigo e com a hu'
ruanidade.
c Ntio succede assim ao Clrristo,' tutlo nelle nre causa adnriragdo ;
scu espirito excede-De, e sua vontade confuudc-me. Entre elle e um
lnorlal ndo ha lermo possivel de comparagflo - 6 um ser ii parte. Seu
nascrnrcnto, l'ida, morte ; a profundidado de Seu dogma, qUC se eleva aO
nivel de todas as difticuldadcs, e de todas 6 a nrais adrniravel solugdo .
a siogularidade deste ser misterioso , o seu poder, a sua marcha victo'
riosa itravez dos seculos e clos imperios ; tudo para ntirlt d um prodigio;
6 nlo sei quc nristerio insondavel, que me lan-oa a mcu pezar D'until
especte de rlelirio ; 6 um misterio que estii ahi diaute de meus olhos, que
n6o posso negar, e ainda mcnos explicar.
q Nada ,uo36qri que seja tlo ltoucm.
IIT
234 CATECISUO

1110「 ramOS cOmo Chrisほ os, para um clia resurgirmos gloriosos conr
ellc.

(( Fallais-mc de cesar, c d'Aleranttrc tle suas


, conquistas , c tlo en-
thusiasmo que souberam accnder no coragfro tlos soldados, por.
o, 0rra.B-
'trar comsigo em avcntureiras expertigdes mas nisto v0-sr
; ,,t* onde chega
o amOr do soldado, a ascendcncia do genio, o c.splentlor das victorias o
e{l'eito natural da disciplioa, e o rcsultado d'um habil cornmando.
,
hlas
quanlos annos tluro.u o imperio de cesar?
Quanto tempo ardcu no c0-
ragiio dos soldatlos b euthttsiasmo tl'Alexantlrel Excrceram o scu presri-
,
gio um dia uma hora, em quanto cornmAuttararn, scgundo as ricissitu-
des da guerra. Se a victoria os abandonassc paro iogo se extingui,ia
,
o enthusiasmo ; e se nIo dizei-og , nio acabou a iullucnr,ia rnilitir de
Alexandre c de Cesar logo que morreram? Prolongou-se-lhcs pgrventura
alem do tumulo ?
c Concebeis um ntorto a lazer conquislas com um exercito fiel, c to-
do dedicado il sua memoria ? Concelleis urn phantasnra gue tcnha sol-
dados sem soldo nern esperan.ca neste nruntro , e que os inspire para
supportar todo o genero de privagOes ? Ainda o corpo de Tuienne cs-
tava tcpitlo e palpitantc, e jA seu exercito desacaurpava tliantc ttc IlIon-
tecuculli ; e eu fui abandonatlo cm rida , esquccirlo rlos ureus excrcitos,
como Annibal dos carthagiuezes ! Eis o podir que l,emos, nos os lro-
nens granrles ! Baqueamos com uma s6 desfleita , perdemos com unr s0
reYcz todos os amigos ! Quantos Judas [enho eu visto ent retlor de nrinr t
c Enrfinr, e esle 6 o meu ultirno argunrenl,o , niro ha Deus no gco
se um honrem potle conceber e execut.ri, corn pleno cxito, o gigantesco
dcsrgnio dc roulrar para si o cul[o suprerno , usurpantlo o ,rerirro norno
de Deus. Jcsus foi o unico que o 0us0u fazer ; e eilc o unico quc disse
claramcnte, que affirnrou imperturbavelmente tle si mcsmo : Ew sau Deus;
o quc e nruito difl'erente d'est'outra allirmaEfio : Iiu sou em }eus. Nfr;
urenciona a lristoria nenhum out,ro intlivrduo, quo a si mesmo se quali-
Iicasse por este titulo dc Deus no sentido absoluto.... como 6 que um
furleo, cuja eristencia esti mais averiguadfl que a de nenhum oul,ro que
virs5ss no seu tcmpo, como 6 que um Judeo, filho tl'uur carpinteiio,
se inculcou senl nrais nem menos pelo mesmo Dcus , peto Ser por ex-
ccllcncia , pelo Creador de todos os scres ? Iille se arroga totlo o gene-
ro d'atloragio; construe o seu culto com as proprias ruiios, nio copl pe-
dras, u)ils coru homens,,.. II couo cxige, por uD prodigio, Q[c excetle
23i;
DE pEnsEvERANqA'
as cousas, e ao Proximo
Eu Protesto amar a Deus sobre todas amort
como a mim mesmo por amor
tl.e Deus; or em tcstemunho tleste

dos hotens ' isto 6' o que ha no


a t0d0 o prorligio, como erige o flmor
rnuutlo nrais rligicil tl'ob[er-se, e
o consegue inrmerliatamente ? D'aqui
cesar, Annibal ' falharanl nesl'e
concluo cu a sua tlrvindatte. Alcxandre,
ponto.Conqrrista,o*omuntlosint,masn[ocouseguiramterunr.amigo.
que amo Annibal , cesar, Alcxan-
Nos nossos rlias eu s'u talvez o uni.o
dre....E,vcrtladc,anlamosauossoslil-hos;Inasquantosfilhoshaingra-
tos I 0, gencral .l os [eus fillros atuam-te
? Tu os amas ' mas acaso tens
ccrtcza que te corrcsp0ndenr?"' ,.
q0(lhristolalla,cparalogoasgeragSesllrepertencemporlagos
sanguc,' pol' uma uniiio mals sa-
mais es[rcitos, mais intimos que os do
gratlir,tnlisi,"p.,*'uquenenlrun,anniloqueseja'...Torlosaqucllcs
com um amor tl,unta ordent
qtle creelll nclle sinccramcnle, amalll.no pelo
superior, cuja ou,ngeo e intensitlarle n{o se limita, nlto sc att,enua
lcrrtpo,pclog,nn.t.dcstrrridortlettrdo.Iiisoquceumaisatlnriro,ett
nisto , e 6 isto 0 que
q*c s'u Napol.;;; porqo* te1h.o meditado nruito
do Christol"'
liroro afrso'itamcntc' a clivintlade
aliuallairroneinrult.irl6esquemorriampormim.Nf,oprazaaDous
quo cu faga conrparagflo algunra entrc
o enthrrsiasmo dos lneus soldados '
tnm difltercntes com0 as causils
e a charitlade ch'ristfl; poii sflo cflcitos
qnc0sprorluzent!Mnsentlim,aminlraprescnga'aelectricitladedos
unta s6 palavra minha ' acendia llgs
mcgs olhos, o nrclal tla tninha voz ,
coragoes o logo sagrado. ccrlo,
eu possuo o segrcdo dest'it potlcrosa nta-
nlo possuo c o segrctlo dc
gir, qrte arrel)ata o espirito; ntas o quc ctl
de ntcus generacs a recebctr ou irni-
. ir ct)lrlr*unicar u"nin!,**; nenhttrn o
O podcr d'etcrnizar Il0S coragdcs
[ou tlc nrirrt; nctn [atn potlco l)Ossuo
IIlCtl nol)lc c o tueu alllor' ncsta rocha I qucnl
c Ilojc, tlue estou citt st.' Ilelen0.... encravado
mittt ? cslrtnt os cor[ezf,os do
cottthate , e conquista irrrpe,'io, 1,*,0 ^Ontlg por alll0r tle
rncu infortunio ? Quern pensa, ern min
? Qtrem se nlove
rninr na Europa ? Quem nre pertuancce
ficl? oude estlnt os metls Anrl-
pgr sua fi'lclitlatlc ' Ygs
gos? Sim, dous ou lres que se irrrntortalizam
,1ut Par[illraes o tnctt exitio ' D
ptrticular rtc nlelancholia ; ttnt
rlqui tonrou o iurpcrador uma cmphase
nrinlta cxisl'ettcia hli-
tolr irttnico, tnas dC pr6ltrnda lristezl: t Sittt ' a tlirge statle tla soitc'
lfiou cotu todo o Csplentlor do tliadoura ,
cont loilit a
236 CATECIsMo
′ 嶋θ
θ ∫
θθθ

府7観 ′

弗∫ “αみ
2脅
‰澪 胤 ,lα
ttθ sθ
ttJお

lomcns,tal fOi O dc cOsar c d'■ 10,

Ii脚 !│[││∫
ll∴ llinilllllli

i選 1凡 弾 識静‖ l・

Golleral gt】 ardava igualinentO si“


lou o imperadOr, qtlc JOsu― Ch:・
istO


Ittifi驚鵜 t指
DE PERSEVERANoA. 237

xY." LIqtr 0.

VIDA GLORIOSA DO MESSIAS,

O Salvattor somcnte sc lnostra a tcstemunhas escolhidas, e polquc mott-


vo. a Srmfio Pedro. - A Tiago o lDenorr - Aos dous
- Apparecc
A Thomc'
Discipulos de Ernmaus , - Aos Apostotos reuntdos,
Explicaglro concefrcnle aos
Dir-lhes a intclligencia das Bscripluras. -
milagrcs. t

Trn*n o Salvadgr prgYado aos Jutleos a sua llesrtrreigflo, retirando


de suas -mflos seu sacrosanlo c0rp0. A esla prova nfio--podiam
el-
cumpria
Ies repliear ; pgr quanto. vislo que estavam senhores delle,
ou mostral o rnorto tlepois do terceiro dia , 0u confcssar que tinha
as testemu-
resuseitado. N[o escapavam a0 clilemma com ensinar
a dormir. Bra preciso Ia-
lhas a dizer que 0 viiam levar estantlo
vrar um auto flo roubo , punir os auctores e os complices porem ;
isto nfo s6 o nf,o lizeram, mas nem 0 tentaram ;
pois bem conhe-
quc para sua propria Toda-
Ju,n que nfio serviria rnais .cotrfusf,o'
via, por esta mesma omissflo provaram a sua mir f6 pois era; seu

dever e setl tnteresse instaurar o processo'


-a 6 q-ru o salvador
so ndo mos-
Agora perguntareis talvez p0l'que
trou ai po"o, f, Synagoga; a ttlda cidade r|e Jerusalem, a fiin de,
p0r sua ilesurreiq[0, confunclir a incredulitlatle tlos Judeos ? Ites-
pondernos 1." qui nao tinha obrigagfio de o fazer. com
effeito, a
qou* se pretentle que o Salvador devia manifestar-se com lanta evi-
dencia ? A esse cobarcle govet'nador' que 0 condemnou
coutra a
sua propria consciencia ? A esse Ilerodes frivolo e devasso , {r0
238 CATECISM0

繊 ‖尋 [ボ
l‖
││‖ 11‖ 1111「 TITTttlllRFrT:』
iOsOs Jlldeos que, cumula―
)SSOS flll・
‖、
]1::° l:.:

ll∬

満淵 Wttg驚 硼『盤 i£ r∫
ull∬
『stte盤 霜 l∬ i
Que meltitos tinllam estes criminosOs, palta l・ cceberem a graga tla
sua apI)alti9証 0。 N江 o tinha Joslls feilo assas para os salwar? IIa
rasIO algllma pal・ a qlle Deus derrame suas gracas cOm tanta mais
ablln(lancia, quanlo Os hOn10ns slo mais indignos dO as :tecebor; O
multipliqu0 0s mot市 Os da tt cOm tanta mlis pl・
Ofu師 0, quanta ntaior
for a malicia cOm qlle!he resistOm? ´

se i鳥 盤Tl点 喘1棋 ,qII:rttell:r‖ 』


」wadi° :1%障

∬ ‖ 懇磯
1榊 竃
l∬ 樗 聯伸I囃11質
meTttq∬
suttdentts;masoque recebⅢ
i∬

::rp:l:IItllle∫ :∬
a: ∬肌O鳳 ∬111:
」:1キI;tisrque o salvador resuscilado nao
apparCeu a loda a cidade(le Jerusal,Ill,i Synagoga, a sOus illimi_
,cr電
織 話 lttT蹴 出『 鶴:『 laltta∬ 慧
tir。


gou O dOti pOr fundamontO da sua Religi江
rei9証 o se ploё
ae‖ c£ │:
o? c nesse
caso n10 acabar=O asi)crgunias.(1)

(t) Pois niio porleriamos diz* ai,da corn Joiio Jaqucs Rousseau :
" IIu , nem ncnhum dos
ui'io conhego csl,e rrrilagrc ou Ir'os , scrrio pelos
horncns. Qucrn este urilagrc ? l'oranr h',rcns.
'io hor,ens entre Queru o annunciou ?
Fora'r hor,ens. scrrrp'c Deus e ruirn ! Nao era rnais sim-
ples r;uc ellc rncsrno rnc fallasse ?
Bcnr pode unl sophista vaicloso c sobcrbo lonrar este tom d'ins,lto
pflra com o Dctts qrrc lhe deu o ser e o talento, tle quc allusa para
blas-
Phcnrar ; mns c0rno conhccia Jo6o Jaques a cxislencil dc cciar
conquistas, scu r,ragico lirn-, senfro pelo [estenrunho tlas gerag6cs
srras ,
intcr-
mcdrarias de dczoito scculos ?
Entre estcs factos c Jofro Jrqulr meltcru-
se muitos homens; ,;ulgar-sc-ha pois dispeusaclo de os sler,
ou an-

\ ._
\

23S
DE PEBSEVEnA:lga.

Besponrlemos 2.o com s. Jolo chrysostomo , {u0


a sua mauifcs-
e quo, Se ls[o houvessg de 0S con.
taq-ao .u,.iu inutit aos Judeos ;
com a Resurrei-
verter Jesus o teria feito mas 0 que
; succedcu
, o contrario. com effeito uffi mi- ,
Qto de Lazar0 proya claramente tlo tumulo um morto
lagre tam estupendo, como o de fazer surgir
, os simptonras tla corrupglo ;
scpultado ha quatro dias cgm toflos
, aincla com as atadttras
fazel-o appareccr diante d'um p0v0 inteiro
queoligavamrelnlugardeosconverter,s6servioaostornar
clar a morte
mais furiosos; pois foi por isso mesmo
que resolYeram
ao salvatlor ; e pois que [anto se irritaram com a resurreiqito tl'ou-
Yertlatlc e que je natla
?
trem , {tr. nis ieria c,m a tlelle proprio
isso deixariam de ten-
poderiarn contra a sua pessoa, mas llem por
aos Apostolos;
tar novo tleicidio, .o*o bem o prgva 0 quc-fizeram
que potleram' Quem
pois os agoutaram c,m vara* u o, matarim
logo

assim tralou ao* Discipulos, que nflo faria


ao illestle ?
Por isso' pa-
rA que 0s exporia Jestts a uln n0v0 attentado
?
Beim graves eram
:
ja os castigos que tinham - merecirlo occultantlo-se a seus olhos '
(1)
usgu o Senhor Lom elles tle grande nriserico-rtlia'
Respondemos 3.o que a dcsurreiglo tlo
Salvador assis se mani-
festou a totlos pelo testentttnho de scus Discipulos ;
poil. que ests
milagres fil-
lestemunho tlos Apostolos, coufiruatlo por estrontlosos '

tes ndo veria qne era um parYo em os niio crer ? Qucria-ttlo Detrs lhe
fallassc , e pgrq;; ; faria a ellc antes
quc a outrcnt ? Cuitlaria que o
aos olhos tl'aquelle'
fogo tla sua intaginag[o era ulll titrrlo dc pre[erencia
que estima uot*r"qoa tutlo a innocencio c a virtrr,le ? Seri. preciso pois
part'iculares, a todos os
quc Deus se manifestasse, por meio dc revelag6es
continuamcnte a 0r-
indiciduos da especic .ltutttana ; transtornilnti0 assitn
in{igito tornAn-
dem nal,ural das cousas , multiplicarttlo os milagres ao ' forga
flo-os diarios e comlDuns-, e tl'csl'arte, porque jri niio tinlram a ncttt

o britho da raritlade , i[ nem seria* tnilogtus Beln


scrviriam tlc nada'
das pretengdes frilolas e orgu-
tsis ahi semple as ultimas consequcncias
conferencia sobre o Resur-
lhosas da falsa philosophia. M. Frayssiuous,
seigd,o.
(1) Chrys. Cur in Peutecost. Acta leguntur. \eia-se M' Guillon '
:

P. 404, c 0rigcnes, t. ll' P. 88,


t. XlY, 89.
240 CATECISIr0
zia uma prova que n30 1inha rep!iё
ao cOm etteito, Os Apost010s,
pol・ seus prOprios milagioes,publicavam a Resul・
1・ eig5o de sell Mes‐
treフ e a punharn, palta assiin dizel・
, diantO dOs olhOs de tOda a naJ
95oo NIo se mOstrava o SalvadoF FeSuSCitado ■O lllle10(10s Judoos
toda a vez que sOus Aposto10s Ope:,avam em sOu 110111el e pelo pO_
der que recebel'am delle, Os adilliraveis pl・
odigiOs qlle nOs cOnsta:ll
da sua hisi01,ia? POr elles 6 que Jesus quiz manift・
star― se aOs lh"
deos; por Olles se manifestOu a 10〔 lo O un市
erso; pOr seu testemu‐
nho.ainda alド avoz(10s secu10s,se manifesia a n6s;por sua auctO_
ridade se convertem 10dos Os povOs; que Fallava pois aOs Judeos
para Os imitar?
Em cOncluslo:O salvadoF manifesiOu a sua Resurre19霞
O pO「 les_
temullhOs irioecusaveis. Estes testeinunhosi n6s Os cOnheCOmOs; l)0「
elles se converte11 0 mundO:que mais
ёpl・ ecisO para prOvar queso‐
mos tam pFudelltes em a nossa crenca, cO:■
O desarrasOatlos na in_
c:tedll1ldade?
Totlavia o salvadol・
, quO deslinava Os seus Aposlo10s para pl・ 6‐
gar elll 10〔 lo o nlllndo a sua Rostll・
1.eiO10, e cO■ lrnlal― a po「 sua
n〕 olヽ te, qlliz cOnvencel_Os plenamente, ll10Stl・
andO― se c entrOgan(10_se
patt assi【 n dizeF ёm Suas n150s;chegando a permittir_1餞
〕s qlle apal‐
passOnl sells nlonlbros sagradOso oFa,f01 gl・
a〔 lualmenie que Jesus,
S驚 ∝ 鮭 岬 御 a
ぜ ‖ぶ ittp肝 mundo inteirO. e a
Ial聯 │‖ 1試 憐 )u prOprro sangueo A prlmelra prOva qllelhes
dcu fOi a nova das santas mulhOres,ca
宙sta de seu lumulo abeト
lo, com a circumstancia da mortalha deixada alli, e do surlaloio dO_
b:'adO ; O que til・ ava tOda a idea d'um raptO fllrtivOo De―
pois , apparecell a alguns em pa:。
llctllar; d夕 abi, aos Onze ro‐
unidOs; e ent洒 O fOi que llles perlnilliO qu0 0 palpassenl, e cOmeu

織∬電 ,見
hilm耀 蹴 rtt ll轟 詭視sttnl拙 19肥 a視 ∬
9ando pdas par,cJares.
Silllao Pcdro foi。 pl・ illleirO quc teve a dila do cOntelllplar scu

(1)1.a cor=Xv,6。
oi PnnsrvERANga. 241

divino illestre resuscitado, (l) no mesmo Domingo da Resurreigdo;


ignora-se porem o momcnto, o lugar e - as circumstancias' A sUA
penitenci a fez esquecer a slla falta , e, longe de ser rejeitado , nflo
ioi por isso menol favorecido, pois que a elle, antes de todos os
que-
Apostolos, se mostrou Nosso Senltor. Deus perdoa como Deus,
rsmgs dizcr, perdoa perfeitamente ; atha e acaricia o peccador peni-
tentc c0m0 se nenhuma oflensa ttvesse recebido. Deduzir desta ap'
parigdo uma verclatle tam consoladora, embora ignoremos as minu-
tiosidades della, 6 colher por certo um fructo tam precloso c0m0 es-
sencial.
Houve tambem uma apparig6o particular a S. Tiago o mengr,
que se chamava o lrmflo tle Senhor ; pois era seu proximo parcnte
segundo a carne. A que vamos referir porem foi- acompanhada de
t:iicumstancias mui notaveis. Natla mais ingenuo e tocante
que a
historia tlesta noYa aPParigilo r
- No mesmo clia da- Resurreigf,o, a0 resto da tarde, iam dous Dis'
cipulos para o Castello cl'Emmaris , distante tle Jerusalem sessenta
esiatlios, ou perto tle duas leguas: iam conversando sobre o.
que

acabava cle se passar. Bm quanto fallavam e arras6aYam ambos,


eis que um eslranho se ajuntou a elles ; cra Nosso Senhor mesmg,
que foi carninhando em sua companhia : mas os olhos dos discipu-
los estavam escureeidos, a fim que o nf,o cgnhecessem.
Iille lhes disse : Qual 6 o objecto em que conversaes ' e qual o
nrotivo porque itles tam tiistes ? um tlelles que se chamava
cleo-
phas , r'esponfleu : Pois que ! Tu s6 6s estranho em Jerusalem ; nflo
sabes 0 que se tem passado estes l,res tlias ? Pois que tem
se pas-

sado, lhe tornou o senhor - Responderam : E' o que succedeu


com
Jesus de Nazareth , que era um Propheta , poderoso em obras e pa-

lavras diante tle Deui , e de totlo o povo. os principes dos sacer-


dotes, e 0s nossos llagistrados o entregaram aos Gentios ,
para set:
condemnado a morte, e o crucificaram. sua morte nos assombrou,
ju-
e consternou pgls esperaYarnos que havia de salvar a Israel do
;

脚Ψ
a .

m 

(1) Tem-se Por certo que a Santissimt Yirgem foi


sitatla por Nosso, Senhor. Yeja-sc Canisius t De lllorio


242 CATECISI10

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causaram grande espanlo, dizendo‐ ■os
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sepulchro, e achara[L SCr Verdade o qlle as mulheres dissel・ am: vi・
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que celitalnente lhes causou espant。

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le nos fanava pelo caIIIlinllo, e nos explicava as Escripluras P


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algllns dos Discipulos, que diziam: O Sen,Or esti verdadeiramente

(1)E'o sentir dc S,Jeronymo,de S.A3ostin110, de TheOphilaCtO,


etc。

Ч
243
DE PERSEWERANoA.
瓢0.En籠 0 00ntaFam Olleslo que lhes
resusCitado,C appareceu a SiIIヽ 0,
tinha succedidO na iOrnada,o COmo 0 00nlleCerallh ao partir dO p餞
Se roconheco 0
Oh l SiIIl, ё ao paFtir dO p10, na Santa mesa, quё

咄器 鮒濡獣
SalvadOr l

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nha verdadeira■ lente re〔


l:│∫ :aょ bibξ l.∫ till:Tし 職 │:llll:lllll°
alldaS
1ir . as qualidades
e appareCeu d0
subi―

tamente no me10 delles. Saudou-OS COm estaS all10FOSaS palavraS:


O tenhaes medo.Reprehendeu‐
A pz sla CO,VOSCO; SOu e■ , n五
I ViSlo resuSCitadO′
lhes o nlo torem cfidO naquenes quo o tinhaΠ
Inas cOm a pel'turba010 6 prazeF COlll quC eStavam, Cuidavam ver
que vls刷
um eSが ⅢЮ ,e JeSus heS′ 山 SSe:Pa■ 寝 鷺 TS乳 ぎ 彙
drontaes? Po「 que VOS acomolcttem eSSes I ettnIF
Sふ

l鷺 1誌
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電ざ:hFeⅧ FttF'qiV∬
dO∝ Dヽ dPJ∝ OS° nhげ ,Ommm ttd∝ ramtぷ a讃
壌 £器
da n5o tiVessem uma tt illabalaVel,O estiVes
? Trouxeram_
Jesus lhes dissc:TendeS ahi alguma cousa de con101・
llle um bocado(le poiXe aSSadO, e um favo de mel. Elle comeu,
iblliu a sellS Discipu10S, 00mo Pai
c tonlando O qlle rOStaFa, O tliSti・
anto Sua vida n101'tal, quando
e llestioeo Assim coSllllnava fazer dul・
Oomia c bCbia cOm elleg。 ■m (10S
Fallava ainda COnvenccr um incredulo; era ThOn16,
doze AposloloS, Cllanlat10 1alllbenl Didyino, que n10 estava alli qllan―
do JeCus velo. OS OutFOS Discipulps lhe disSeram pois: N6S WimOS
o SenhOr, porem ThOIn6 respondeu-lhOSi Se eu naO wir ern suas
lllaOs os buraoos dOS CraVOS,el〕 讚O metter polt elles OS meus dedoS,
elo. Era iStO quc―
e a lllinha maO na chaga do SOu ladO, eu nlo cl・
rer dar a lei a Seu niestl・ e, e ninguem era IIlellos dignO de sirnilhan―
oo Mas Jesus dignou,Se
to favor do quC aqucl10 qu0 0usaVa exigil―
nos alё que pollto Chegam as
attentler s6 a sua bondado, e moStl'ar―
suas adOl・ avels cOndescendenClas.
Oito dias dCpoiS,eStando OS Discipu10S aillda na mcsllla casa,
244 CATECIsMo
e ju,tamenle Thorn6 , entrou Jesus , fecrradas as portas e janeilas
e vindo ao meio crerres , ttirigiu-rhes ,ru ortrinaria saudageo : A paz,
seja comvosco. Depois trisse a
e olha para as minias mf,os; estcnde
Thorne , M;;;;'i,rr"i"l"'il, rrerro,
a tua mflo e mette-a em meu la-
do, e nf,o sejas incretruro, mas fier.
Thom6 excramou : IIeu senhor,
e meu Deus ! Josus rrre rrisse : Thom6,
porque me viste cresle.
Felizes 0s que meram e nf,o viram
Era isto, cle certo modo, Ievar
I (l) "
a'condescentlene.ia a excess,
mas o salvador nf,o jurgou ser cremasiacr; ;
pdr a fe, gue seus
;;ru jrrij'
Apostolos cleviam ter, rr"ra cre
todo o arcancl a. pii, ..rvinha
persuadir e c,nvencer irresistivelmente
uquurru, *ur*,, qBe ha-
de ser pr6gadores e martires da sua
1iam. Resurr.eigf,o, e tornar au_
thentica a vercrade d'um misterio,
sen 0 quar, c,mo nota um ttos
Apostolos, a nossa crenga seria
,a . irtJ*rir* u, n,ssas esper.an-
gas. Para confirmar cada vez mais,
a cer.leza deste miragre, funda-
mento do christianismo, o sarvador
murtiprico* as suas apparigOes
durante os quarenta diis que ,
esreve aincia na terra. provar
Apostolos que eslava mui verdadeiramenle a seus
resuscitatlo, e instmil-os
a fundo na sua doutrina , foram entlo
as suas duas ,'cupagoes at6
o dia da sua Ascengfro. Nro eessou
de lhes apparecer, g[ n bei'a
do mar de Tiberiades, onde thes
pr.,curor ,*n pesca miragrosa,
c,meu com elres ; jrr na montanha e
de Galirea ; j{ u* J*,.,,*-rem j6
emfim na montanrra das oliveiras,
donde subio ao ceo eflr sua pr.e-
;
senga. .Tambem os Apostolos
nflo deixaram pergunta por fazer,
ne,*

(1) Yer e crer sf,o duas cousas urui rristinctas:


v6, n5o se crd o quc se v0. por isso cr0-se o que se nfio
S. ,l,horlc, Qrtc vio, e patpou a Nosso
senhor resuscitado, nf,o [evc, proprinmente
fallantlo, a fc tlc sua resur-
reigfro; mas n6s esta fe oo; qu.
.temos
rcigio de ./esu'christo.
t ,.r"iur'r.irro, crcnros ria resur_
E' nislo que Jesus nos decr,ra quc s0rn,s
felizes gue Thomd, e ainda que todos nlars
os outros A;lostoros, os guats ,i-ro
creram na Resurreigflo do Senhor
senflo pclo tcstenrrnlio rlc scrs
olhos, e de suas mf,os, Thorn6 conrtudo,
fez um aclo dc fc ,rui e.xccr-
lente, confessando a drvindatrc de seu
Mestrc; pois rlue a ,iio via, scn-
a pottia conhecer senf,o, ;r;;;-s. 'r,id,o, pera
il,rrll_J,fr0 rcvcra.ciio r.ro

ヽ、
DE PERSEVERANoA. 245

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salvador, em presen,a de
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1iviOoo Mas estes esiam escrlptOS pl ,・

Ome.
Filho de Dcus,o crendo‐ o, tenhacs a vida em seu■
Jesus pols , Vendo seus I)iSCipulos e Apostolos plenamen‐
lhes ent5o comiustO mO_
te convencidos da sua ResuFreio証 o, rOprehcndeu―
tivo a sua longa illcl・ edulidadeo Nlo 6 iSlo, lhes_diSSe PaiX30,
elle, o qlle
que
eu vos di2ia qualldO estaVa conlvOSco antes da nlinhaら
llllpol・ tava que Se cumprisse i letra tudo O que foi escriplo de lniIII na
lei de MOiS6s, nos Prophotas e nos PSalmos? N五 o osti escril)iO quo
° r£
「 0:
電l柵 LLr∬ 朧
:s∫ TTtFl撃 Ⅷ :li躍 鵠 ‰
da sua resurre10額 o ctlmpl・ e pl。 6gar ein seu nome por iOC10 0 univOl・ “
so a loenlisslo dOs peccadOS, oOglleCando po「
Jerusalcm? V6sl)ois,
eeWilllTIIre鵠 dち mcDl・ te e鶴 譴 rd9詢 ,Stbreis
:よ 遮 llaぶ
LO meSmo‐ tettPo illuminou O esPi―
rito de seus Apostolos, O lhes dcu a intelligencra das Escriptllras. :
De tuc10 0 que temos ditO Claranlollte se infeloe quc a vida do
Salvador,depois da sua resI「 rei9ap,foi bem dittrente da quo teve
pO;n証 0
alё ▲sua l■ orte. EFa iSel110 de lodas as necossidades dO C01・
se mostrou mais aos perversos que o tillllam hitO mol・
rOr,luercndo
assitn ensinar― ■os, comO mO(lc10 do homem em lodas as cousas,qttal
39ao Esta nos‐
deve ser a nossa vida depoiS quo resuscitalllos na gI。
rei9=O deve sor, 00mO a sua , verdadeira, 1)ubliCa e cons‐
sa resul・
tante;e assim a nossa vida sel・ i tambelll col・ oada COmO a delle,po「
uma g10riosa asconslo aQ Ceo.
Pois que a l'esul〕 rei95o do Salva(loF,Cuia hiS10ria aqabamos de
referir,6 o nlalor dOS milagi・ es,o que confiFma tOdos OS mais, o
sel've do flindamol■ o prillcipal da Religi領 o, paloece-1los COnVeniente

(1) Dubitatum est ab illis, ne tlubitarctur a nobis, Ley, serm,77,


qui est il,e Ascensione Dominir T, a. l'
246 CATECISM0

(1) J。 ―Jo Rousscau, σαrrα sご α πOれ ′


α α .

"ん
DE PERSEVERANCA. 247
Chr'isto. O Evangelho tem caracteres de vcrtlade tam grandes , tarn
notorios, tam pcrfeitancnte inimitaveis , que o iuven[or seria mais
para admirar que o heroe. D
L.o Provam os milagres a verdade tla Religif;o em favor da
qual se fazem ? E' incontestavel que sim ; porquc , de facto , s6
Deus p6de fazer rnilagres, e Deus e a verdade mesma; logo nlo p5-
tle fazer milagres para auctorizar a mentira. Ora, Deus tem feito
in[initos milagres para provar a verdatle tla Religifio Christfi ; logo
a Rcligiiro Christf, 6 a verdadeira , a unica verdatleil'a ; pois que s6
ella p6de cilar milagres em seu favor ; Iogo, o unic,o ureio de qual-
quer se salvar 6 crer nella, e pralical-a lielmente.

ORAC鳳 0。 ,

0'meu Deus! que sois todo amor, cu vos dou gracas por
,se
nos tertles enviado unl SalvadoF quOf Para consolitlaF a 110Ssa艶
dignou demol'ar― se quarenta dias na terlヽ a com seus Aposlolos, de―
pois da sua Resu:・ rei010; perIIlitti pois, Senhor) que a nossa resul・ ‐
rei9餞 o
na vida da gra9a stta verdadeira,publiCa e constante;a nm
que mere9amos tambem subir com elle ao Ceo。
Eu pFQteslo amar a Deus sobre todas as cousas, e ao pFOXiin0
oomo a miぶ mesmo por amor de Deus;e,em testelllunhO deste amor,
IJ''θ
mα υ
θ ・
夕 Jθ Jα f α
″α s 922aS Cθ mρ α働ん
ねs.

248 CATECISMQ

XVIoa LIC10。

ゝIESSIAS REPARADOR DO IIUNDO.

Jesus apaga o peccado em relagilo a Deus, ao homem e 6s crealuras.


' - Seus abatinrontos, soffrinrentos, e obcdiencia infinita. - Nccessidatte
da nossa uni[o com Jesu-Christo, o novo Atlanr.

.
Qro*rnrl seculos de promessas, figuras prophecias e preparag6es
Iitteralmente cumpridas, conslituem a magnifica demonstraglio de que
o l[enino tle Bethlem 6 verdadeiramente 0 illessias annunciado ao
genero hunrano, e esperado por todas as nagdes, destle a origem dos
tempos. E' isto o que nas lir;6es precedentes temos visto. A esta
flrova sem replica, ajuntai outro facto incontestavel ,, e nfio menos
dtrcisivo, que consiste em que depois da vinda de Jesu-Christo 1 c€$-
sou em lodos os p0v0s a universal espectativa elo Beparador ; por-
que todos reconheceram cm Jesu-Christo o objeclo de, seus votos e
esperangas ; por onrle dcvemos concluir : ou que todos 0s povo$,
inslruidos pelas prophecias e [radig6es antigas , se enganaram ; 0u
que Nosso Senhor r! realmente o Illessias esperado pelo geuero hu-
mano. Sd os Judeos discortlam desta unanimidade ; mas a sua mes-
:
ma descrenga e outra prova a n0ss0 favor pois estava escripto que
,
haviam de desconhecer o lllesstas ,' pelo que se reconhecessem por
tal a Nosso Senhor Jesu-Christo, nflo seria elle o Messias pronrettido
a seus pais.
A vida, morle, e resurreigfio de fesus jii nos mostraram plena,
e ale superabundantemente , que elle cumprio a grande missflo do
Illessias. Todavia importa explicar mais miudamente este ponto fun-
249
DE PERStVERANoA.

dameilllal da qneSi10. UIn conllCCimento mais profundO e claro da


Religi五 o,e sl)bretu(lo um amor lllais intenso,uma gratid10 mais sin‐
cera ao SalvadOr dO mlndO,Se面
o01・ ucto deste ■OvO estudo.
slo deste gl・ ande LibertadOr, tantas Vezes
Qua1 0ra pOiS a miζ
annunCiatlo, tain magnifiCamente predilo, tam impacientemente es‐


潟:!跳 。:鵠む吼TttT
it占 l・ ril∬ alTll:∬ 糊騨 a119a
cados dO mlllldOo TOdOS OS po,oS tinham cOnServado
・α 覚び a lembl・
S′ ι
ttS θ α′ο θ
ι θ,メ ク s. Eis O dOgma
da culpa prilllitiva:″ θ 'rrづ
terrivel, pl・ 001anlac10 por eXl)ia96es de tod0 0 genero, a ponto de se
dO ol・ bc.Quan‐
sacrincaFem ViCtimas humanas em tOda a cXtensab・
agern , esse Justo por
do aS na00oS Susplravam pOr esse perso■
ο′θ″ ψ こ
θι
S′ ′αlrグ グθ
辮,que de宙 a res―
excellencia,LegisladO「 , Fj:力
tanl・ ar a idade d'0■「
0,que 6 o quc eSperavam, sen16 o restabele‐
cimentO da Ordem subVertida; a reconCilia010 d6 Ceo cOm a terl'a;
O dO mal,iSt0 6i a expia―
O reino(la iuStiOa;em summa,a remiS亜
Oao do peccado, VerdadeiFO mal do mundO, Causa de 10dOs os lrla―
bS?い )
■OS O MeSSias ftl″
Os PrOphetas,di宙 iamellte inspiradOS,pintam―
as por
turo tOmando SObre si as iniquidades dO nlllndo, expiantlo―
seus soffl° ilnenloS, e cI・
eanclo uma soCiedade nova, Onde reinari a
p鵬 飢` enCttgadO de m直 阻 10M面 器 ト


l:ais鳳 ∬ l息 ■os abertamente a Sua nliSSlo: transpor―
)lara―

tado d'alegl` ia, eXClanla ao v心


0: Eお O Cθ・
1‐ 夕 Dθ
Jθ Jrθ Jθ “
"s,
おο9γ θ
θ
θ
S Pθ θαごο St tο れ鶴れごο`(3)Emlm o meSmo.Jesu― ChristO,
甲α ′α ο
θ
resllnlinflo tudo O que nOS tinha eDSinado, revela, pe10 0rgao do Dis‐


霧LttLs諄 ∬嚇 務 :鵬
Z:b胤
;グ ttaΨ 鮒鴛
" O peCCado 0 0S males q́ue delle nasCelllぉ
obras do demOnio? ―
'昭
rtI' de Mais'
(I) Veia-se Esclarecimentos {cerca dos sacrificios,. POr
tre.
(2) Isaias, Passim'
(3) Jofro , I, 29.
(&) ld. ER.UI' III' 8'
250 errEcrsuo
DSs.truir o^ peccado tro mundo, tar 6 pois
a missflo do Messias , mis-
sfro mag,i{ica e uniea digna cl,um Deus.
Agora que sabemos p,r-
gue ruotivo o llessias veio h [err.a, recordem,-n's
provado r {u0 Jesu-christo 6 o Homem
do gue ja ficou
Deus , e vejarnos este amaver
Salvador executando a sua misslio.
Primei.amente, gue e apagar 0s peccacros
do munds ? E, ex-
pial-os , clestruir-os em si nresmos e e,
suas c,nsequencias ; 6 dar
aos homens totlos os rneios de nfro tornar
a peccar ; cle sorte que
aquelles que empregarem esles meios serfro
elernamente livres tlo
peccado e das suas consequencias.
- Ora, o peccatro, em reragf,o a Deus , 6 o urtrage feito { sua so-
berana magestade ; a ira de Deus e 0s seus castigos
quencias tlelle. Em relagfro ao homem o peccado
slo as c,nse-
cia a Deus ; as suas c'nsequencias s6o todos 0s males
d a desobe.ien-
gue porlem
affligir o homorn : em seu espirito, a ignorancia : em
,u, vontade ,
a concupiscencia ; ern seu c0rp0 , &s enfernritlatles, as .dor.es,
a
morte; 0 dcpois da morte a condemnagflo elerna.
Bnr relagfio ao homem e a Deus, as c,nsequencias
do peccacro
s5o a eterna separagflo um do orrtro.
Em relaglo ds creaturas, as c,nsequeneras do peccado
sdo o
estarem'ellas c0mo captivas, servindo as iniquiclades
clts homens. Eis
todos os males, locras as treso*rens quc o ]rlessias
devia reparar ;
examinemos pois se Nosso Senhor Jesu-chr.isto as reparou.
o Messias rlevia apagar 0 peccado em relagao a Dcur, isto 6
,
reparar o ultrage fcito a sila soberana magestade e applacar
ira. , a sua
Como consegttil-o ?
0fferecenclo a Deus numittragoes intinitas
,
e uma victima digna de desarmar a sua colera : porque
,
visto que
o peccado 6 um ultrage que a meatura revoltrda faz a b.u. nfro
ha reparagig possivel sem humilhagoes assim c'nlo nflo ha ,
sf,o sem efl'usfro de sangue.
, remis-
(l)
Por isso Nosso senhor se abateu e c0m0 que sc aniquilou.
Atluelle que e igual a Deu.s, rJiz s. paulo, que tem ilireito
ds mes_
mas adora,cdes gue seu Pai, aniqwilou-se a ponto de tomar
a forma

(t) sine sanguiuis effusioue non frr rcmissio. Ilcbr. IX, gl.
261
DE PEngtsYEnaNga.
(9)
il'escr[ao e faze'r-sa homem (1) a ponto ile fazer-se 'teccado'
;
Unr Deus fazer-se peccado I
Eis a suprema grandeza desct'ndo ao
ISegui o Salvador desde o Pre'sepio at6
f, Cruz '
infinro abatirnento
contittuado' o mais
e vereis pelo dccurso cle tocla a sua vida o mais
repellido'
protligioso abatimento que jamais houve. Desconhecido,
,lurp,*ru,lo, confunditlo c0m 0s pobres e 0s
peccadores.,. sPPareco
em meio de seus rtesm0s cliscipulos c0m0 seu
servo, (3) c0m0 o
co.rrecta'
ultimo de todos os homens ; ou, para usar ltma expressito-
c.mo o aernte tla terra , o ,rroiia ilo p,Do,
(4) Alaso podiam ser

maiores as suas humiliag,oes ? Niro : nio e


possivel abater-se mais'
feito i rnagestado
i5t Assim 6 q.; N,,sso Senhor repara o ultrage
,up,.*udeseuPai.Yejamoscomoelleapplacaasuaira.
baslari uma
Elle sotfre. Pela clignidade intinita de sua pessoa,
o*i s6 gota tle scu sangue, para applacar a
s6 tle suas Iagrimas,
colera tlo Altissinto, e apagar as iniquiclacles de
mil mundos ; (6)
mas isto eriL p0uc0 para 0 seu am0r. Por isso
que elle amava 0s
clo peccaclo , uma gl'all-
homeus, quiz inspi;ar'-lhes um grande temor.
mesmo , uo profundo
de estirua 6e sua alma , [D livo amor a elle
inalteravel nas penas da
respeito a seu eterno-Pai, uma resignaqdo
0 qug
vitla: pgr [oclas estas raz6es, Jesus escolheu a firuz, is[o 6,
para n6s
poclia hrrur. de mais cloloroso para elle, mais meritorio '

(l) in fornta Dci esset arbil'ratus est essc


r non rapinam
Qui eum
re a,1,i.trir., Deo, serl setnetipsum exinanivit [ormant servi accipiens' in
sr*riliiudincru Iomrnunr [actus et Sabitu iuvenIus ut ltonto, Plrilip' I[ '
6' 7'
(2) Et. YerburD cll'o faeturn est' Joan' l' ur'
Butn' qul non noYe-
justitia Dei
r0t peccilturl, pro nobis peccatum fecit, ut, nos eflicerernuy
1n tl Cor. Y, 2l
ipso.
(3) Iigo autern -in mctlio vcstrum sum , sicut qui ministrat. Luc'
xxll , 27.
(() Psal. XXII, 7'
Ipsc se [anturu hunriliavit, ot ullra non possct; propter
quod
(5)
Deus tantum cxaltavit,, ut ultra n0n posset. S. Ansclrn.
(6) Qualbet satisfactro Clrristi snffccisset ad redcmptionem , proptor
intinitam Jignitatenr pcrsoI)4. D. Th. quodlibet II, art. II.
・232 CATECIsMo

:0ぬ magestade dlyina, Para Fazer


ininila,de Seus sOffl・ imenlos, at_
)erguntas.Quo sOtteu dle? Da



fFl・ ou? Ett que qualida(le sOfFl・ eu P
OcI器
ttTWIぽ

Aptti勲 武
'Iulθ
:L認 1:よ
diZり dO,p01'que diz que tO(ね s as

ta∬ 燃柑ざ《
[
eu povO; as pellas intoriOres, as
Dl・ gonila,10da a amargura〔
ille de―

da dc Pedr%O aba劇 OnO de bdO∫ 留 s犠


雲 luttrfalLi:T驚
terna Maijunto i cruz,a per(la de lantOs Peccadores,resgatados colllも
eu

輌‖
‖鮮,椰 騰職
鮮‖欄
lllomento,O salvadOr cOnheceu tH(10 0 que havia de sOIFl・
eF na sua vida

サ り
;l誌Lん :視 i勝 1° ;瞬L;lぷ :J:;lj:湯 :lIS:L::lal:;attll::││:
_明
presOntes tO(Ias as cOusas,cOnlo a Deus(lue e:・
a, sempre a ca(la ins_
tante tillha(liantO de sells 01hOs a ag?nia,as bOfeladas,Os Ospinl〕
os,

■ittMTttlttFl° 1鼎柵
eSmO К劇 山 脚 m mtt rml∝
甲Ⅲ Ю ∝ mo品
麗 L∬ ,°
Da parte de qllenl sOfFl'eu? Da partO d'aqnelles,cuja pe:。
segui―

(1) Viruln d010ru:I). Isai. LIII, 3 ‐


(2)Assutnl鴻 it dolorcin in sttinillo, vitupcratiollclll in suFlln)0.D.
Tll.
' (3)Do10「
inOus in cOnspcctu mcO scIIlpcr, Psalo XXXVH, 18・
2b3
DE PEItSEVERANoA.

e eram tantO mais penosaS quant0


950,ingratid厳 0,abandOno,1卜
轟aior tlireito tinha ao Seu alnOr, 念
s suas adOra96eS e hOmenagens.
n6; dos quaes ha―
Da pal'le dos JudoOS.SCns iFm10S Segundo a cal・
loS. Da pal・ le(le Seus
via culiado os enfel・ llloS,rosusclta(lo OS moi`
paraVel, Olegera d'Ontre
Discipulos,a quem, por um favor incol■
Sph孵 e,tぶ
鮒 TlebrattF塁 品
匙轟 盤 鳳亀
0ざ

or.Es―
do o qu0 0S peccad9res de todOS os SeculoS IllereceSsem SOfFl・
ta■ ltima pena foi a malo「 qllo SOIFeu,e assirn o most:'ouこ m duas
circumstallcias■ OlaveiS: ■O JaF〔 lim das Oliveiras e na cruz. No
Jardirn, estan(lo na agonia, abatidO pela VergOnha, cOberto fl'um
suor de sangue, vё ―
船山
蟷・回0;
Sё ObrigO(10 a orar por largo OSpaOo.

J讐 a∞
Antes da‐

IllTalarri継 ぱ 闊 憾
網∬∬Ъ revostidO(la similllan―

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ocusao Na cruz,Challla seu Pal, que venha enl Sell au対


l・

lho Pai:Meu Deus,meu Deus,diZ ello,por‐


ia nol1l ousa Chamar―
0 1hO FeSp01ldee Ca!a― le,ex,
quo me abandOn,steS? E sell Dcus ll江
a li naO ha nlais
clama BosSuet, CalR― te, cau9五 o dOS pOCCa4ores; pal・
sonlo a mortO。 (1)
Con10 SOIFltet c‖ e? SOfrreu com a nlansidIO d'um cordeiro,
Sa a llllaiS leve compOn―
sem se(lueiKar, sem pF00111・ ar ein Slla dCた
es; SOIFltell tudo qtlanto

〔 た
sac=o das suaS llunlilllac6tts, e das SuaS dOl°

lsttLttF鵠 :eお Ψ艦
驚 1理 ノ
艦Thr鯖 躍 甲 501・ etioahe o COFpO;qualld0 0 accusarll,esti
Quand0 0 1agellanl,■ een宙 am‐ no
como 00n宙 ctoo ⅡOrodes e a Stla COl'tc o escarnocem, 1・
cOnlo llm tloll(lo; elle cala― se, pareCe que conSente. EntFegaln‐
lo
leslno. Seu diVino
aos criados e S01da(los, elle se lhes di por Si I【
rece aOS escar―
rosto,luc arrebalava o C00 0 a terra,agora Se o胸
lhe os CabO1los C a bal・ ba, C
rOs d'atlLlella vil Canalhao Al'rancanl‐

(l) Scrrnfio dl I'aixio.


2bL caTECtSilo
nf,o diz uma s6 palavra 6 uma pobre ovelha
tosquiar.
;
, guo se deira
Bia ! ,
eama.adas dizem
os sordad,s encarregaom tre o
car' eis ahi um toro, que se merteu em cabega crucifi_
que 6 o Rei dos Ju-
deus , coroemor-o c,m uma c0r0a
de espinhos.; Je"-us a r.ecebe.
coroa nfo se segura bem, c preciso A
entLrr.al-a is pauratras; batei
Jesus esti imnrover. Hero,es o vestio ;
tre br.anco c0m0 a um croudo;
mas mudai o escarne, c,m a cdr
escarlale, Iangai-lh'o a,s hornbros
do
'estido , lrazei esse far.rapo
;
D&, d Rei dos Judeos , loma u*)a cana
eil-o que se v,s offerece. To- .

p,r sceptro ; dai-rh,a , fa-


zei delle 0 que quizertres. Ah !.
_Agora ;a
,io e um rudibrio, 6 asentenga
de morte: estencre, 6.Jesus, estendc
n, ,rau, a,s cr.av,s; eir-as,feri. Bm-
lim juntai-vos. 6 Jurteos e Eomanos, grantres
soltlados, esforgai-vos,- murtipricai
e r)equen.s r p0v0 0
ao inri,ito os gor;les, as injurias,
-iniignida,tes
chagas sobre chagas, dores sobro ,ro,'ur,-
dades ; insultai r])esm. na cr*z sua
sobre in4igni-
exlreura' ,nir*,ri, ;"H. eile o
ob.;eclo unic, de v,ssas zombarias,
c0*10 ,* insensato; dc vosso fu_
. r0r c0m0 um faccinoroso : eile. se. vos entrega
'
para soffrer tuclo, ludo 0 que ha tle
todo , esta prorupto
nrais du:.0 e insupportavel em
sarcasmos cructs , effi tormerrtos erquisitos....
Eil-o morto ! nrorto !
E seu ultimo suspi'o foi um suspir.b tre
a.r,r petos hornerrs. (r)
Ao ouvi[-o failar , os p0vos erelarnauam ,
Uingou,, jarnais fallou co-
mo esle honrem : e diziam bem mas
;
deixar d'exclamar tarnbem : Ning*em janrais
ao v6r_o soffLr, nflo p,der*os
soflreu 00010 este ho-
mem !
que qualidadc soffr'eu ?
-dam,Em
represenrando
Soffr.eu na qualida,e .e n0v0
A-
em sua pess,a todo o g.ner, rrumano;
soffreu
c,mo I{omem-r)eu.s, c foi poi irto que apagou
giio a Deos: sentro todos os soffr'imlntos',rium
0 peccarto en rera_
preqc igtinito. satis-
fez Nosso senhor in{i,itamente a Justiga
elerna. p,r tanto, p,r suas
humilhag'es e soffrimenlos, cre gue
ndo ha erempro na historia do
muntlo , repa,ou. Jesus o urtraje, desarm,u
a .;i;,:;; ,;;*il; sum_
na: o peccado do munrlo em r.elaq.tio a l)trus.

(I) Scrnrllo sobre a paixio.


2BB
DE PEBSEVEBANqa'
Devia tamben o llessias apagar o peclado t'|m relagfio a0 ho-

mem. Ora, o peccado, ent t*tu[ao ao homem ' era h


sua desobe-
todos 0S males g,ue
diencia a Deus ; e aS suas Col)sequencias eram
potlem afftigir a humanidatle. No espirito, a ignorancia ;
na vonta-
de , a n0 c0l'p0 , a. enfermidades ,
concupisc.encia ; as tlorcs ,

a morte.
Nosso Senhor rep&rou tudo isto'
Reparou a desobediencia clo homem a Deus
p,rque €ffi sua
; ,
obediente at6 6 morte'
pessga, tornou o homem obecliente a Deus, e
e morte de cruz. por isstt, acresceuta o glanrle Apostolo
Deus ,,
medindo a
gloria ile sew Fitho pela ertensd'o de selus sof frimentos afi- '
altou.o a
tal grdo ile magestaile poder e
qlle ao , Nome,de resus,

todo o joetho ,, na teffa e 'nos infernos. (1) Nos-


dobro no ceo ,
s0senhorapagoupoisopeccatl0emrelagfloaohomern.
Reparou todas rrs suas c0nseqtlencias: 1.o A
ignorancia' No es-
tado tl'innocencia, conhecia o homem a Dcus
a si perfcitarnente ;
peccando , ,npr.o,,-se cle Detts, que 6 a
verdade. No mesmo ponto
0 seu espirito ficou immerso qm treras, c0m0 a terra quando o sol
se esconde. Insensivelrnente foi cahindo
D()s mais grosseiros erros
a respeito tlo Creador tlo mttndo e de si mesmo'
A respeito do creatlor. Totlos sabem quanto 0s
pagdos desfi-
Jttdeos propendiam pa-
guramm r idea cle Deus ; quanto 0s lneslnos
pai-
ra a ulolatriu-; .,o*o se atti'ibuiam ir divin6ade as mais creaturas;
infames

x6es ; c0ul0 se tlava Seu nome afloravel


irs mais igno}eis
era preciso of-
emfin, c0m0 se ohegou a crer que parl o applacar
ferece'r-lhe victimas humanas'
Em relagflo a si mesnto. D',onde vimos n6s
Para onde ra-?
mos ? Porque estamos tta terra Tenros acaso tleveres pera com
?
Deus ? se os lenros quaes s6o ?
Por ventura temos alma al- ?A
. ?
subsiste eternamente 0u perece n0
ma e espiritual ou material
tempo ? A'cerca de [oclas estas questoes , tam claras para o homem

(1) Propter quno et Deus exaltavit illunret rlonavit ilti nomcn quod
esl super omnc oonr*n : ut in nomine Jesu omne genu flectatur celes-
tium, terreslrium e[ infernorum. Philip. l[, I , 10'
236 CATECIS10
antes da sua queda. nf,o achareis a p0ue0 cspago
senfio monsl'ro_
sos err's e internrinar,eis contradicgoes.
Nosso senhor reparod ple_
,
namente esta ignorancia primeira c,Dse([uencia
rlo purar,io do ho-
mem. De facto, ,a sagrada pessoa tre J'esu-christo,'
conheceu o ho-
mem a Deus e a si mesmo perfcitamente.
2.o A segunda consequencia do peccatro do homcm 6.
cupiscencia , isto 6, a vi,lenta rncli,agio
a c0[_
ao mal , 0 amor desregra-
do de si e das creatr'as. Antes de peccar, nfro
pendia 0 homem
senfro para o bem, anlaya a f)eus robr*
todas as c,usas , amava-se
a si em Deus e p,r Deus : loclas as c,usas clescendendo
pa'a elle volviam , pera mecriagiio do coragflo
de l)eus ,
humano. Subverteu o
peccado esta bella orcrenr. o homem
se fez o centro cre [udo, re_
ferio tudo a si, e nada ao mesm' Deus. As
cr.eaturas, isto 6, as
honras , as , os prazeres, foram o unico objecto de suas
'rquezas
affeig0es ; am,u-as apaixonaclamenle, como se quizesr. ao*pnnsar_se
de ter perdido a D_eus-. D'aqui nasceran) totlas as desordens,
[odos
os crimes. I[osso senhorclr',u prenarnente dsta concupiscencia.
(r)
De facto, enl sua sagrada pessga, 0 homem arn,,
cle n0y0 a Deus
perfeitamente, e am,u-se a si e 6s crealuras
em .Deus e pum tl.r*.
3.o A lerceira tlo peccado no homern sio os nla-
.consequercia
Ies lemporaes , isto 6, tudo o que poit. affrigir 0 nomem
prrisico,
com0 a escraviclfro , 0 lromicidio, a expotiaqeo,
3s enfei.rnidides , a
morte. Antcs do peccado , eslava o homem isento de
todos estes
ma-les ; rnas pelo peceado enlrou a morle
no mundo , .oro ;;.;"i;:
gubre cortejo dc clores , enfermidatles e flagellos
chegavam ao seu auge , quairtlo o nlessias iurr*o
; males esles que
e lerra. BIIe 0s
curou plenamenle ;- cm sua sagrarla pessoa, o homem
triumphou cla
escravidfro , das doengas das clores cla nrorte
, ,
pode vulnerar o-seu ser c0rp0r.e0 em sua sagrada^
, de tuclo o que
;
se impassivel , glorioso , inrmortal, triurnphante n,s
pessoa tornou-
cuo, por toda
h eterridade. Nosso senhor, pois, desrruiu totlas as .ooroqr.ncias
-----r-
do peccado do homem

(l ) A plenitude de graga e tle rerdade que havia


nellc por effeito
da rrnif,o hypostatica nfro permittia eslivesse r,iloito d ignorancia
cupiscencia.
e cgp-
257
DE PERSEVERAN9A.

iな 鮒構楡≒
捕訃網ギ
酔 ‖ lo inflnita, eterna, que privaVa a
belnaventuranga; que digo? que

nte com esta separa91o. Deusie



OVO Adam,da maneil'a a mais
O bomom se llniram na pesSOa.do■

°電 OIЪ
mla鵠 ∫
計 面
‖∬ l
ellも zas e utilidades serVia aO hO‐
aF a Deus, 10uval― o o dar― lhe gra‐
lras descendO de Deus, 'olVialn
oom, seu rci,e pontince. o ho―
reaturas outros tantos instrumentos
t violoncia c a dcSordem, que as
i adoro■ ―
なS todas,■ mas apOs d'ou―
In=、

lalitil,1嵐 筒 rdllCIIlllal:r:肛

1燎 補lTI輔 II驚 #li鸞


lti榊 u:l non volons, Sed propter eum qui sub‐ :


・ ギ ‖
vanitt c‖ 1llc淵 :│:ft:l」 ::‖

]lli奪 襦 胤 TII》 1
‖ t職 i∫
258 C▲ TECISШ o

das, contra sua vontade, a ultrajar seu Author. D,aqui


a impa_
cieneia c,m que aguardam o Iledemptor, que as harle'libertar
cla
servirlflo do homem criminoso
- Nosso Senhor acabou inteiramenle com esta desortlem.
Bm sua
pessoa adoravel, o homem usou cle totlas as creaturas, segundo o
designio do creatlor :
por lanto apagou 0 peccado em retagfro {s
crealuras. For oulra parte vimos, que elle destluio o peccado
em
relagf,o a Deus e ao homem; p'rque e rle fe que Nosso
senhor of_
fereceu a Deus uma satisfagdo proporcionarla. 6 off*nsa;
e de fe que
em sua pess,a adoravel -o hourem conheceu, am'u
e sr.rvio a Deus
perfeitarnente,' que nelle estavam toclos 0s
lhesouros da sciencia ,
da charidade, e santidade de Deus; que em Jesu-christo
f)eus e 0
homem estiveram e estam perfeitamenic uniclos e reconciliaclos
na pessoa adoravel de Nosso sentror o homem goza
; que
n0 ceo da glo-
ria eterna, de que se privara pelo peccado. t,ngo 6 cle fc catholi_
ca que Nosso Senhor apagou o peccaclo do *undo em toda
a ex-
;
tensfio da palavra que cumpuo a subllmc missflo gue
a rirsf,o os,
Prophetas, os Judeos c os Genlios assignavam a0 grancle
Liber.tador
do_ mu,dd; que elle 6 o Desejado das Nagdes o Enviado de Deus,
o -salvador espera(lo por todos os seculos qug o
,
;lreceder.am
clo de fe de todos os securos que o seguiiam, e o hf,o de seguir
,otrje-

at6 o fim do munclo ; digno em{im clo rcconhecimento e amor, dos


Anjos e dos Santos, por toda a elernidade.
lllas fui s6 para si que 0 senrror tez tudo isto ?
Quiz elle li-
vrar do peccado e de suas consequencias , santifica. o glorificar so-
mente o c0r'p0 e a alma, isto e. o honrem inclividual a que se
ti-
nha unido ? Pensar assirn seria nfro conrprehenclcr nacla a sua mis-
sio , nada enhnder do {im do Christianismo. Jesu-Christo foi en-
viatlo por amor rte n6s , pOr amor de loclo o goner.o humano
;*a l,o-
dos veio li'rar do rral e de suas c,nsequencias a
ti[icar e gloriticar.
; todos o.ii *.0-

- Trata-se pois de saber c0m0 podemos n6s participar dos fi.uctos


da Rtrdenrpgf,o : eis a questflo funclamental da Retigiao-, questfro que
abrange toda a econornia da sal'acf,o tlos homens ; quem a nio
eomprehende, neo r'omprehentle nada da Retlernpgfro humana. c To-
da a sciencia da Religiflo, diz s. Agostinho, toda a f6 chris[[, con-
2U9
DB PEf,SEYEnaNqa'
siste propriamento no conhecimento do velho
e do n0Y0 adam; o
s0-
qru- f,.r,ianros dn pritneiro, o que recebemos
gratuitamente
-do
g,lnoo. a natureza cahicla em Adam , reparada em
Jesu-Cltristo ,

.i, toda a Religiflo. ) (l)


Ora, o meio tle nos aproveilarntos tla nrissf,o e 'ritla dos met'itos do

salvador, e uniymo-nos a elle. No tlecurso de


stta publiea ,
ensittar estg
cui{ou muito 0 llol'o i\dam ' ngs seus tlisctlrsos, em
nos
e'(llle tnais
importante misler.io ; p0rem nas suas ultirnas tlespetlidas
se esforqou por instruir a seus cliscipulos da intlispensavel nttcessi-

datle d,'sia unien salu[ar tle totlos os hotttons


com ellet Eu' sow a
orrla, lhes disrie, e ads as aaras. NAo pode a: aara
dar frwcto por
si mesnta , -se ndo estd uttida a cepa' Da mesma sorte ads
nada
se nlo estittertles unidos a' mim;
poclereis iiru para,uosso saluag.d,o
'nii*,, e en't, quenx ew esli'oer , produzi'
aquelle yvrenx que estiuer ,*
rd abundantes'fructos. Se nd,o estiuer ent mim,,, i uma aara in'u'til,
q1,e sera t.egeitada clmo um
yamy esteril, seccara e a aiwntardo pa-
,o o fogo ,, onde ard,erd sem se conswnir' (2)
Assim Nosso Senhor estf, no meio clo muntlo como a arYore
da

vitla no Paraizo terreslre. Para viv'er tle sua divina seiva., partici-
'cbm elle
par tle seus meritos e cle sua gloria, relem que estejamos
uniflos c0m0 o ramo cgm o tronCo, para se nutrir e dar fructo'
O

Apostolo S. Pauto descnvolve admiravelmente a doutrina do


Salvador
nestc pottto fundamental. Elle nflo vd nlais que dous homens no

muntlo.' o prinreiro Arlam c 0 Segundg Adam , QUg e Nosso Scnhor

Jesu-Christo. 0 primeiro representa o genero humano clecahido ; o


seguntlo, ref,enel'atl0. A unif,o tla especie humana com o tronco
pri-
niiiiuo e quem a faz culpada e dosgragada ; a unif,o c.gm o segundo
.tronco, u i1u** a lorna justa e bemaventurada. (3) O santo Con-
cilio tle Trento , confirmando o que diz o Apostolo , falla nesles
termos : < Assim como 0s homens, se n[o nascessem pela
propaga-
gio do sangue de Adam, nflo nasceriam injuslos, sentlo que por e6-

(1)Do peccatl origio. p. 915.


(2)J050 XV,′ 1 e seg.
(3)Rome V.7 1.' Cor. XY; Ephes. IY.
260 C▲ TECISIVo

ta propagaglo e que eontrahem a injustiga, pelo s6 facto da concei-


gdo ; assim tambem , se n6o nascessem em Jesu-chr.islo nlnca s€ ,
;ustificariam ; pois e em virtude deste n0v0 nascimeinto que a graga
que 0s justifica se lhes attribue pelo merito da paixflo
, do salva-
dor.(t)
Fica pois bem provado, que nfo s6 l\osso senhor exige absolu-
tamente que nos unamos a elle senf,o que esta uniflo .*pii.u
,
cerra toda a economia clo christianismo. Agora perguntar.emos, qual
e en-

6 o Iim desla unifro do novo Adarn c.m looo, os homens ? ilste


fim e 0 mesmo que o da Incarnagfi0,. 6 a aboliqiio do peccarlo
enl
todos 0s homens, e por consequencia a regeneractlo do gener.o
h,-
mano, 0 0 gloria de Deus. A seguinte ligfro offereceri aigumas mi-
nuciosidades acerca deste mistelio ineffavel
, {u0 mais tarde dcsen-
rolveremos. Agora, das expricagOcs prececlentes concluamos 00m a
f6 catholica , 1.: Que na psss,a cle Jesu-christo for o homem per-
feitameute rehabilitado ; p." Que rereva que cada um de n6s pa.ti-
cipe desta rehabilitagflo , alias o cltristo ntio lhe se,ruird de iada
(2) 3.' Que o meio cle part,icipar desta rehabilitagiio 6 unir-se a;,
elle. Porrlwe , cliz o Apostolo s. _peclro , ndo lm outro ercnte ctebai-
#o do Cea no qual ltossamos Eer salaos. (l)

ORA,二 0.

1∝ ぶd∬ ‰dlelぎ slttd:rluFtta:∬ ヽ


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ギ 霞

(3)Act,IV,12. 、
261
DE PERSEVERANcA.
.to.
do do mundo ; fazei , Seuhor' que nos uDam0s a elle , para que
nhamos Parte na sua BedemPqlo'
Eupro[esloanraraDeussobretodasascousas,eaoproximo
como a mim mesm0 por am0r dc Deus;
e' em testentunho deste amor'
totlas as minltas acgli,s cm tmitio
cont Nosso Senlrcr'
prometto furur

xVII.° LICAO。


o LIESSIAS NOVO ADAM.

― Sua natureza。 一 SCuS moios.


Fitu da noSsa uni5o COm o novo ■dam.―
一 LTni5o
― Connい 10 da doutrina chi・ iStt r“ ,esI)cra n,o, Cllaridadc。
p:lヽ
;li:Tallll:│[:Lllsfileilsilallilllllll[▲
honlcllヽ cOin Nosso Scn1lo「 .― PCC
ililli:│││IIll;:

Forro tle toclos os homens outros elle mesmo , communicando-lhes


*u vitla divina ; vifla de graqa, de vertlacle , de santidade no tem-
p0, de gloria e bernaventuranqa na eternidarle ; tal 6 o primeiro ob-
jotm cla uniito quc o n0v0 Adam quer tlue nr-rs tenhamos com elle'
A esta rrnifo e ilcvicia a nuilanqa protligiosa qrle ttepuis tla vinda
do Itlessias se tem opet'aclo nas ideas ' nos cost,ttmeis , rA-S acgOes
G

sentimentos de toclos 0s p0Y0s christfios. i\ ella 6 tlevida


tambem
a rggeneragfio que se cumplio em cafla ttnt fle n6s, e que se cum-
todo o homem que vem
;lru iir,lu io,los os dias a nossa visla; ent
a este mundo. lllostrenros por faclos ineontestaveis esta verdade con-
solatlora e tam Pouco meditada.
Yergonleas ho velho Atlant, nascem6s todos deprayatlos. Cada
pr.tc flo ttosso set' palticipa tla heranga clas miscrias paternas : uo
262 C▲ TECISIo



n0 c0rp0, a
da graga
I‖ illi帯 lllilinil‖ III1101‖ │││lrtil[: males cura-
nos a uni5o cOll1 0 novo A〔 laln.
°J'α
1。 4i9,30″ α2θ ttα o E'istO tam verdade,que O menino chris‐
15o, qllo sabe a sua cal・ tilha, o sirnp10s resumo da dOutri:la dO
■0_
vo Adam, tem itlcas mais exactas de Dolls e de suas pel・
feic6es,
do hOnlem e fre sous(leveres, dO IntindO, de sua creag洒
O e de sell
u:ll縄 d° Paganた moo Quanb maL viva,
llふ 魔 lユ lelfi精 釧 鷺 ein Jesu― ChristO, qllerelllos (lizel・
,
qlla・ ntO mais se aperfei90a a nOssa ulli5o cOm elle, mais nos l市
m∝ da ttn∝ anciL∞
ver dsta ver(lade em to(la a luz
明umda∬ ::│:nl:,pwlLa∬ l,a_

eTe‖
campo mais aniplo,o loespondel is sogllil〕 les l)eFgllnlas: Qlle era a
ltasao do homerll anles de c:tOr em Jest卜 christO? Q(le 6 ella nos
povos quo aillda ll江 O creenl em Jesu― ChFiStO? Qlle se torna ella
nos hollle1ls e povos, qlle desc:・ eonl(le Jcstl_Ch:・ 、
is10?
2.° ,α rθ ′
′θ:`′ メ
scθ ′ 。E' istO tam vel・ dade,qllo O chl・ is:五 p que

`し
ama a Josu― Cilristo,0 0 qlle clle lllantla,c(10 nlo〔 lo que O man〔
la,
ama mais perbilamcnte ttldO、 o que o hOnlem deve amar, quo Os
mais fallligera(los'sabiOs dO Paganismoo Quanio mais viva,silllples
e llniversa!nlenle alllan10s a Jesu― Christo , queremos dizer, quant0
mais se aperfeiOoa l〕 elo amol'a1lossa uni10 00m elle, mais nos li_
vranlos(la col191lpiscencia, segunda consequencia do peccado. D'a‐
qlli nascenl as stibli:lles vilPtudOs e hel・Oicas(ledicac6es ch:・ istas, que
s5o inalldilas ilos seclllos,Pag晨 os,e qtlasi illcriveis Pal・ a aquelles to‐
mens,qllo n5o vivem do amor dO novO Adam. TambOm pOdeis vё
r
esia velldade olll 10da a lllz da evitlellcia, se(liscol・ lterdeS por aqllel―
las tres perglllltas:Que era O cOl・ aolo(10 1lolnenl an:es da chalヽ
ida‐
de de Jesu― Chrislo? Que 6 olle ainda enttt Os povos qlle nlo tOem
a charidade(le Jesu― Chl・ isto? Que se tOl.na elle nos hOIIlehs e nos
POVOS que pelヽ dein a chdridade de Jesu― Chl・ islo?
°,α η
2ο ・
夕ι
θθJθ ′
3。 οごα
s αs πおθ
rね ∫ αθθ
θrf7ο・ E' istO tam
verdade quo o ChloisI五 o sincel'amente ullido a Jesll― ChristO, mostita
uma :・ esigllac5o, e uln ヤ
alor nOs traba!hos da vida, que espalllaria
os Pag=os e ainda h10 mara宙 lha os hOmens, que se tornam es‐
DE PERSEVERANg▲ 。 263

tranhos i vitla do novo Atlam. Ser-vos-ha facil adquirir a eviden-


cia deste fac[o estudanclo-o em maior escala , e discorrendo
ainda

pgr aquellas perguntas : Qual era a serenitlade, a dignitlade ' man- a

,iOao , neo direi- a ale.gria, nlas a resignagflo do homem


antes de
Jesu-Chrislo? Que e ella ainda entre aquellas Naq0es ' para
qu.em

Jesu-Christo e inutil.? Que vem ella a ser n6s homens e p0t0s pam
quem Jesu-Christo ja nflo serve tle nada ?
Que mais direi? Para o vertladeiro Christfio ,
a mesma morte
se toina desejatla e sabtlrosa. Na lingua materna da Religiflo , 9u€'
de notnc : cha-
6 [arnbem a lingua dos liltros doceis. a morte mudou
ma-selhe somho, passamento ,, porlo Segur,. Ii o lugar, ondc
se de-
quer
positam os restos morlaes rlo homem, charna-se cemiterio, Q[0
,lir..r, dorrnitorio. Esta ultima palavra estii _ahi c0rno um pcrpetuo
nas
morumento tla prodigiosa nrutlanga, quc 0 Christianismo opel'otl
itleas ; p0rque a sua origem e totla christ6. (1) Nes[e
ponto conlo
Yossas medita-
oo* praa.dentes, quereis abrir um vasto campo 2rs
Qdes , e
yer em toda a evitlencia a veltlacle. de que tratamos ? Dis-
correi senlple pelas tres pergutttas que ja lemos feito : Que eril
a

morte na opinifro dos Pagfros ? Que e ella ainda etttre 0s


p0r0s
estranhos i grag,a de Jesu-Ctrrislo ? Que se torna ella n0 cntender
dos homens e tlos p0Y0s, que so sepal'am de Jesu-Christo
?

A'cerca do que deixamos tlito, e eru geral tle todtls 0.s effeitos
cle nossa lnif,o com Jesu-christo , temos a fazer uma
explicag'flo es-
sencial. A obra da Retlempqito nf,o sera completa sendo Ila eter-
nitlade ; l[ somentc prorluzira lodos os fructos que d'ella e-spel'amos,

pois tambetn 0s nflo pt'otluzio para Jgstt-Christo senfio depois da sua


iesurr.eigeo glor.iosa. (2) Esta a t'asflo p0t'que totlas as cgnsequen-
Cias do pua*i,l, no hornem, a ignot'ancia , a concupisceneia,
os ma-
Ies tempot'aes , nflo tlestlppare..ia* inteiramente ttesta vida, tlepois

rla lrrcarnagio. Perguntareis porque motivo nlo gozamos Ttlenamente

(l) Chr,vsost. Serm. tlc Paraseev'


iZj EI nos ipsi prirurtias sltiritus habentes, e[ ipsi intra nos genti-
'arloptionenr
mus filioruur Dei cxltecl,anl,es, rctlcnrptioncru corporis noslri.
g{'
Spe eoirn salvi facti suutus. Rom. YIU' 23,
26こ CATECISH0
Da [erra dos fruclos da Retlenrpqfio ? B' facil a resposta. A nf,o
scr o peccatlo, o genero humauo teria chegado ao Ceo por serenos
o
abengoados dias , sem passar pela obscuriclade da morte
; a sua ex-
istencia na [erra ]eria sido 0 delicioso priricipio cl'uma eter,iclade
ainda mais delic.iosa. Depois do peccado , a trxistencia clo homem na
tcma iirudou cle naturcza. De facto, berri podia Deus tratar o homem
.peccado c0m0 fez aos Anjos rebelcles, a quem a sua jur
depois do
tiga nflo ioncedeu um instante , para se arr.epenrle.u,o, mas nio o
fez assim. Pela sua nrisericordia intinita, e por attengfio cle seu bem
amado Filho, que se clignou ser nossa .rugio , quiz concecler-nos
unla espera, uma. prorogaglo , cOm 0s meios de nos levantarmos da
nossa queda : esta prorogagflo , ri o tempo , e a vrda. Depois
do
peccado, 0 temp6 i pois ,uma espern, conceclirla ao genery llror,rnno
,
em aista dbs meritos de fesu-Christo,
Ttara fazer penitencia e rec1n-
tlttistar o ceo. E' uma prova ; se nos aproveitarmos della sahire-
,
mos purificados c0m0 .0 0rrro do crvsol , 0 0 ceo quc tinhamos per-
dido serh outra rez nossa herang,a eterna ; de, pelo ennlrario
, nos
nlo aproveitarmtls desta prova? iremos pela morte parlicipar ela sor-
tc dos Anjos rebeldes. (1)
Pois que a vida do homem na [erra, depois da sua queda 6
unla prova, cumpfe que ella seja melitoria e por consequencia la_
,
boriosa. Eis porque o Salvatlor nlo quiz dissipar inteiiamente as
c0nseiluettcias do peccado. Se as fizesse desapparecer inteiramente
,
nfio haveria mais combates, nem por conserluencia esforgos neru mo-
rilos. (2)

(1) Discetlite h me, malethcti , in ignem mternum qui paiatus crt


diabolo et angclis ejus. Ma[h. XXV, &1.
(2) Todavia o Sllvador. que uos tinha obtirlo a graga desla prova,
offerecentlo-se a scu Pai no nlesnro momento do pcccado original , quiz,
por sua intinita bondade , tornal-a muito menos penosa e perigosa, por
sua vintla ao utuntlo; e e'sta r0 unra das grandes vanlagens da lci nova.
Diganros uma palavra icerca dcste tocante rnisterio. Nosso Senhor, por
sua vinda , enfraqueceu singulrrmente as consequencias do peccado. J6
vimos o quc elle fez. para curar a ignorancia e a concupisceneia. De-
pois da sua vinda , uma luz maior e ruais viva esclareceu o mundo ; as

DE PmsEvDRANgr. 205
4.o A ttosso witdo com fesu-Christo restitue-nas d grd,pa san-
tificante e a aida. sobrenatural, de que a"cu,lpa do prim,eiro Adant
nos hauia prruado. Isto 6 de-f6, e 6 de si bastante para apreciar-
lll0s A excellencia desta unif,o deifica, cujo fim 6 fazer-nos partici-
par da natureza divlna. 0 effeito desta unifro v6-se ainda nesle mutr-
do por hclos incontestaveis. A quc julgacs sio deviclos os protligios
de dogura , valor, caslidade, charidadc; perdflo , dedicag,fro, peni-
tencia , sanlitlatle, que conslituem a gloria exclusiva do Chr.lslianis-.
mo ? Il para gue nf,o duvideis da realidacle dc tantas virtufles e
da pureza tle 'coragdo que as praticar numerosos milagres, 0u-
thenticos e innegaveis estam ahi, para fazel-as resplanclecer a vista

espessas trevas da idolatria dissiparam-s0 ; heror?as rirtudcs


, inauditas
dos pagf,os, a lrumildade, a castidatle, a charidatte, debaixo de init
diversas formas , foram perfeitamcnte praticadas r pOr nrilh6cs tl'homcns
de Lodas as itlades , condig6es e paizes. dccresceutar a isto as abundan-
tes graEas , quc brotam incessantcmente n0 mundo , pelos setc canaes
que descern do Cco 6 terra, que sdo os sacramentos da lei da grilga"
Quauto aos nrales tcmporaes , Jcsus os diminuio na mesma proporgrio,
nrelltorando a condigiio do honrern physico: 1." Elle substituiu a lei ria
charidarle universal a lei do odio univcrsal , que rcinava antes da sua
vinrla; 2.o nllolio a cscravidfio , a venda, a exposigiio e morliciuio rJas
creangas ; os combates dos.gladiadores ; o que tudo auctorisavam as lcis
pagris; 3.o proscrereu a poligarnia e o diforcio ; que, lazendo da mulhcr
a mats vil creatura , condetnuava rnetade do genero lrumano i ignonrinia
e as lagrimas; 4,.o fez do pobre, do doente, do encarccrado periom sit-
gradas ; 5." inspirou a mais viva charitlade , a ntais tcrna conrpaixao cle
todas as miscrias humanas; o.o combateu todas as paix6es desregradas,
que df,o causa a inlinitas doengas; vertlade funtlamental e ruuito .rqru-
cida, que ./esus ntuitas yezes proclamou, quantlo dizia flo curilr certas
tloengas : Yai, jr{ estas curado ; ndo tornes a peccar
r por medo que te
ndo succeda alguma c0us0 peior 1 1.o fez amar os soffrimentos oancto a
conhecer seu prego ; 8.o cercou a morte 'de consotagdcs e esperangas g.o
;
emlim, communicou a0 uosso corpo o germcn sensivel da rcsurreiglio glo-
riosa , pelo sacrameoto augusto da Eucharistia. Iirigir mais do
to' seria qucrer a etcrnidadc no
[uc r.s-
exilio.
lempo, o ceo na terra , e a patria n0
3ニ
266 CATECIS“ 0

de todos ; para pro,ar a infillencia da graca santiflcante, e da vi(I盆


sobrenatural(los Santos,em quanto estivel・ am na terra, bem como
a slla uni証 o ainda mais intiIIla com Deus na gloria da vida etel'na・
O homem abandonado s6▲ s suas forOas,o homem sem o soccorro
sobrenatural da graca,que′ o hz palolicipar da virtule do meSm0

Deus,6 incapaz,oh!OiZe1 0 que quizcrdes, 6 absolutamcnte inca`
paz do talll lleroicas virtudeso QuOreis ver islo i e宙 dencia? To■
nai a perguntar:Que eram,em seu mot市 o o Qttecto, as yI「 tudes
do 1lomem antes da graca do Jesu― Christo? Que saO ellas entre os
n[010:rllt・
l::9i。 鵬 inl° li∫ │: I:lli::ISt:?gF£ ledleltsill:ilsi∫ :

Eis aqui,eln l・ elaO晨 o ao homo早 ,alguns dos fructos da unilo salu―


tar,quc o■ o▼ O Ad3m quer ter corrDnosco。
QuantO嵐 S Creatui:as,quem as suiei10■ 壼lniquidade, ftbi a no"
sa unho com o velho A(lam; e quem as liborta desta sujei91o 6
a nossa uni瓢 o com Jesll― Christoo QuantO mais perfeita foF a nOSSa
unilo oOm elle l mais liVres se lornam tanlbeln as demais creaturas.
NIo 6 o chl・ Isほ o qlle as tornari a collocar na classe de Deuses.
N瓢 o6por elle que servem i lascivia, i soborba, i satisra9江
0.(le
corruptas inclinac6es; pelo oonilial・ io, enl suas n15os converlom― se
em instrumentos de virtude, こharidade e mortinca950;servem-lhe de
melos para sc clCVar a Deus; e quando Hluitoァ lornam‐ se o島 ectos
de legitimos go20So Se 1louvessentos do naltrar. o nobre ompregoァ
qne fazem daS CFeatllras,tantos Cilrist瓢 os ielmente ullidbs ao■ ovo
Adalll , ser― ■oS― hia plleciso escFeVer a historia cle lodos os Santos,
e d6 to(las essas ol'dens religiosas,IIlagnilicos desprezadores das ri`
quezas,dtt honras e prareres,Ou distribuidores generosos de tod
dos os dons da Pl・ Ovldttncla.
O l市 ramel、 lo das creaturas,bem como O dOS homens, ainda
n10 esti perFeitamenic cumprido, cOmO jtt dissemos,mas comtudo
eaturas,o Ceo,
il eSii COmCca(lo.I10uve teml)o em que todas as cl・
a torra, a agua, o fogQ, o lri3o, o vinho, O az()ite, tudo servia 壺
idolatria, e por iSSO nleslllo a Satanaz. Depois que o Salvador do
mundo disse t F"α ″・ ′αんなθ J ι θα91tグ 鶴,eStas creaturas come9aram
"′
a6car livl・ es da servidlo em que as tinhalII valdbsas sllpersti96es.
O Ceo ji ll晨 O portcnce a Jllpitor,nem a terra a VeSta, nem a

J

DE PЁ RSEVERANCA. 267
agua a Nepluno,lrenil o trigo a Ceres, nem 0 vinhoaBaccho,nem
o azeite a lllinerva ; toclos recuperaram 0s seus titulos de nobreza.
0 mundo , tornando-se christfro, sabe que todas estas cousas foram
creadas pelo Deus Supremo ; todas sflo consagradas a0 seu culto ;
todas se fizeram instrumentos e canaes da gt'aqa : a agua em o ba-
ptismo; o pf,o e o vinho, no mais adoravel dos sacrificios; o azel-
to, nos sacramenlos da Confirmagflo , .Extremauncgfro e 0rdem. Se
j[ pela graqa, estas creaturas sfio [am magrtificamente honradas n0
tempo, que seril na eternidade da gloria ? (1) B' assim que toclas
as cousas, diz S. Paulo, as que estam nos Ceos, e as que estf,o na
terra, foram reeapituladas, resumidas, restabelecidas em Jesu-Chris-
to: porque Deus levc por bem reconciliar por elle e para elle todas
as cousas, pacificando pelo sangue da sua cruz, jf, as cousas que
eslam na terra , jf, as que estam Dos Ceos. (2) Apagar o pec-
cado do homem e das creaturas , rehabilitar [otlas as cousas , tal
6 , como temos visto , o primeiro fim da unif,o que Nosso Seuhor
quer ter comnosco.
O segundo 6 a gloria de Deus.
Fonte de toda a verdade , de toda a justiga, de lodas as p9r-
fergdes c virtudes, e, como tal, unieo adotatlor digno de Deus, o
n0v0 Adam quer unir-se aos homens c0m0 a cabega aos membros ;
alim de lhes communicar a sua vida divina, e operar nelles e por
elles todas as yezes que, por suas acgoes , glorificam a seu Pai ce-
Ieste. Nf,o bastou a Jesu-Christo tomar um c0rp0 n0 seio da San-
tissima Yirgem ; nflo lhe bastou unir-se a uma sd alma ; elle quer
unir-se misticamente a totlos os homens ; para delles se servir c0m0
d'outros tantos instrumentos , para glonficar elle mesmo a seu Pai.
Por isso , em virtude desta unif,o , o n0v0 Adam 6 o Apostolo nos
Apostolos ; o Illartyr nos l\fartyres ; o Confessor nos Confessores ; a
Yirgem nas Yirgcns. EIle proga em mil lugares ; 6 atorrnentado e
derrama seu sangue de mil maneiras ; soffre as nlacerag0es nos pe-
nitentes ; supporta as calumnias nos que sflo perseguidos ; 6 pohro
“ ρ

Da gloaga e da naturoza, por 〃 . 」 力θ


Bο /1rbα θ r, p. 39。
Ephcs.I,P-23;Coloss.I,16-20.
2(i8 carrctsuo
nos pobres, c.enfermo nos enfcrmos ; e elle tudo 0 que uo*o, , a*-
lit em toda a parte aonde estamos , faz tudo 0 quc faz.emos , soffr'e
ludo o que soffr'emos, peia honra c gloria de seu Pai. B' isto taur
verclatle, que elle tem por feito a elle mesmo 0 qlle se faz a seus
nrcmbros ; e isto tam verdade, qtte nflo disse a Patrlo : Porque per-
segues [u os Chr:istfios ? mas sim : Porque me pet'segues ? E' isto
tam verdatle, que nf,o diz : Os pobres liveram fome , etc. ; mas :
Tive fome, live sOtle, e me destes de corner e[c. ; note-se que nfro
rJiz: B destes de comer e dc beber aos pobrcs ; mas diz : B nte
destes a mim. Finalmente, 6 isto tam verdatle QUC , itlenlificando-
se comnosco, diz , fallando dos superiores : Quem vos 0tlv0, a nitn
mesno ouve ,' e qucm ros des;rreza , a mim despreza ,' .e , tallando
dos pequenos e fracos : Ent vertlacle, em verdadc ros tltto , tudo o
que Iizerdes ao mais pequenino destes, a mim mesmo o fazeis. Em sum-
Dfl, nesta unifro, o fim a que se prop0e Jesu-Christo 0 fazer de to-
do 0 genero humano um outro elle , um aclorador unico , do qual
o Pai eterno possa tlizer , contemplando-o do alto do Ceo : Estc e
o meu Fillro bem amatlo, em quem ponho as minhas contplacencias.
Ydde c0m0 esta sublime unifro cumpre admiravelmenle a nrissf,o clo
Illessias , procurando a Deus a maior gloria exterior, que ellc pode
descjar !
A bentaventuranqa do homem e a gloria de Deus, n0 lempo e
na eternidade, tal e pois o fim da unilo misteriosa, que Nosso Seilhor
quer que tenhamos cont elle.
E' pois ternpo tlc a darmos a conhecer na sua natureza e nos
seus meios. A unif,o que o novo Adam contrahe comnosco 6 1.o
uma Uniflo sobrenatural e tlivina, funtlada na participag,6o de seus
mcritos , e mantida pela influencia tla Cabeqa, glorificada em lodos
os membros do seu corpo mislico.
2.o Unido poderosa e ef(icaz, em virlude da qual os homens ,
atloptados em Jesus, e viyenclo tlo seu espiri[0, se tornam mol'almen-
te uma mesma pessoa com elle ; sflo reconhecitlos pelo Pai , como
mentbros do Filho unico I e adquirem, Por titulo de justiga, o di-
reito de participar da sua herang,a.
3.o Unifio pcccssaria e indispensavel ; sem a qual o Pai celes'
[e, que reunio em seu amado Filho todas as suas cotttplacencias ,
DE PERSEVERAN9A, 269
ntlda vO na terra que lllereca O ceo, ou stta dittO de suas re‐
compensasヵ
4.° Ulli5o admiFaVel e milagrosa, que Jesu―
Chrislo,exallado ao
lnais allo dos Ceos, nao cessa de produzir em・ n6s, sem cOmilld0
sahir da IIlorada da sua glolヽ ia. E‖ e a exige de seu Pai em quan―
lo Ⅱomem― Deus,cl19fe O ploimogenitO dOs filhos dOs homens; por―
que a sua llunlaniclide santa Osti pessoahnente uni(la ao ア
ヽerbo de
Deus, o Os meritos desta sua hllmanidatle teem um valor inlnitO na
dignida(le fle sua pessoa; de sOrie que os dol〕 s excellentes das wir―
tudcs,as gl'agas actuaes,a inFlls3o dos llabi10s santincantes,qlle fOト
nlam O caracter dos AlhOs, e fundalnentam o tilulo de cOhel。
(leiros,
Deus os produz■ o hon10m pela opera9額 o de sua Omnipolencia, 10_
go que ostes favores lhO sttO petlidos por seu FiH10: e tOdas as ve‐
zes qlle, ■Os sacramen10s instituidOs pe10 110mem― Deus, elle percebe
os slgnaes ou as express6es da vontade dO Jesus.


da p:1。 1::淵 隠 1誌 ∬ 驚 n出 :s「
TI:is跳 牌 illl詰 町
se as宙 rtu〔 les e boas Obras dO jllstO adopladO, se tOrnam,por ef‐
feito da unittO dOs membros cOm a cabeca, a g10ria e o triump1lo
de Jesu― Christo′ os vicios, pela rasaO COntitaloiが
, c as accoes vergo―
nhosas(10 peccadoF ChriSほ 0, 10rnam― se, em um sentidO qlle nos
holil・ orisa,a confusttO dO Jesu― Christo elll um de Seus meinbl'os; e
mel・ ecem,por consequencia,ulll novo inferno.
Uni=o que,c01lliahida que seJa, 兜m nenhnm de nOssOs
6.°

merilos procedentes,6 tam cOnstante,da parte dO FilhO d9 Deus,


conlo l・ agil da nossa; pois se rOIIlpe ou sustenta, affIヽ
ouxa ou es_
treita,desti・ 00 ou ropara,segun10 0 1el adopladO usa bem ou nlal,
S nleiOS que elle lhe fornece, 0
::Π li::iR∬ q∬ llll:ll謎:la,。 1°meu Deus! quanto o bOmen1 6


鰊繹
grande em Jesu‐ ChristO!


holnonl de peccadoo
l
Parlicipaido :°
lenero humano, submetteu o` sell
ao peccadO, O se tornou um
da sua vida, deste sangue, e des_
ta carne de peccado, 6 que nos tOrnamos herdeiros da sua clllpa,
270 C▲ TECIS10

geu espiri-
e das consequencias tlella. O segundo Adam sujeitou o
t0, o seu coraqeo, o seu c0rp0 a Deus; foi o Homem-Deus: parti-
cipanflo cle sua vida, de seu sangue , do sua carne santa e divina'
e que nos tornarnos hertleiros da sua santidade e divindade'
A unif,o tlo generg httmano cgm 0 primeiro Adam era uma
unif,o completa ; porque a especie humana encerrava-se toda
em

Adam. Por isso 6 que decalrio em [odas as partes do seu ser, n0

espirito,. no corageo e no corpo.


' A unido do genero humano com o segundo Adam devia ser' e
tem com effeito ,i,lo , ,r*a unif;o completa ; unieo d'espirito , de
coragf,o e de corpo. Tem-se verificaclo esta unif,o da inais
excellen-
te rnaneira na pui.oa Divina de Nosso Senhor; assim que, na stla
adoravel pessoa , o homem foi perfeito em todas as
parles do seu
ser; n0 espirito, n0 coraqeo , e no c0rp0'
fazer , pal'a
Postos estes grandes prinoipios , 9u0 nos c,umpre
q, Cu,mp' e responde o grande
,
sermgs regeneraclo's indiviciualnienle
como te-
Apostolo. que tenhantls a.imagem do homem celeste, assim
nio, u im,igem ilo homem lerrestre. (1) Cumpre que nos. faqamos

{ilhos do novo adam , pelr communicagdo clc sua vida.


(2) Assim
com0 o velho Adam , accre*centa S. Bernardo 's0 ,diffundio no h0-
cumpre que Jestt'
mem [odo , e o contaminou todo; assim tambem
Christo obienha o ltomem toclo ; pois que 0 creor
totlo, e 0 remio

todo,eoglorificarf,todo. (3) i A r?unindo-nos


Porem , c0m0 nos faremos filhos do n0v0 Adam a?FB',
a ellc por tres vinculos misteriosos, que se chamam a ES- ,
PERANqa , e a ctIaRIDADB , isto 6, pelo espirito, pelo colaQeo e

pelo corpo.
Estas tres grandes virtudes, como
j[
mostramos com S' Agos-
tinho e S. Thomaz e como mostraremos em todo
o decurso do nos-
'
so Catecismo sdo as tres conclig6es que nos iniciam
na vida de
,
(t) 1.' Cor. XY, &9; 2.^ Cor' III, 18 ; Hebr' II' 14'
(2) Yela-se u ,otu dc S' Thom6s, p' XXXUI da Iotrotl'. .
eL totum
l
og-
igi Sictrt fuit vctus Adam effusus. per totwm_Sominem rs'
cupavit ita. nodo totum obtiueat Christus,
qui toturn crcavii' totum
; n' 2 e 3'
demit totum et glonlicabit' Serm'
, do Ailo'
DE「 ERSEVERANoA. 271
jesu― Chloislo;as tres bases,em que se fun(hmenta lolo O Christia‐
nismo; as tl・ es fontes donde flue e para onde se remo■ ta a Religi5o
toda; porclue slo ellas os trё s actos essonciaes , pelos qllaes coope‐
1・ aFl10S COm a graca。 (1)E'tempo de explicarmos esta economia
da nossa rehabilitaO五 o o bё IIlavellluranca,tam slmples,tam fecunda,
6 1am subhmee Vamos poisね zeF a eXpOd01o Completa da doutrina
chrisほ , exposi01o perhitamento vinculada com a 艶 , esperanOa e
chari(ladeo NIsto seguilnos o Oonselho doS grandes doutores, que
ha pouco citamos,c ain(la mesmo o exemplo〔 lo divino Mestloe, que
escollle■ o interマ allo entFe a Sua ResurreiO瓢 O o Ascも nslo para ins‐
truir a fundo OS Seus Apostolos em lo(10s os mistel・ ios do reino de
l)eus,o■ dO Christianismoo Respondarllos primei「 o a algumas per―
guntas essenciaes icerca da艶 。

ケ θ θ
υ
1.° Que ёa艶 ? Aμ びπ
9oO Jθ れJθ s,彿 mα sο b,・

J"rα J,″ θ′α ′ θraη θsノ rttθ IPOθ θ θ協


η′ 'θ“ο g%θ
Jο οs
`%♂
θηSれ α α
‐ 9t`α

′Pθ rgγ θ」θSθ ノおsθ θθ ′′θび α υ θ `鶴 Jθ
rJα πθ
sttα o Explique‐

々 raJiα

ll10, esta ilDportante“deFlniOtto palavFa pOr palavra。


A 艶 6 um Jο m Jθ 'θ tι sメ queremos dizer, que a naO pO(lomos
tele do n6s lllesmos, s6 pelos recursos do nosso espiFi10, Oll s6 pe‐
los esforOos da nossa vontadeo A tt ёul■ a esmola, uma glta9a,
que naO pOde宙 r senao da hberJmade de nossO P籠 cdesЮ .り )
A艶 6 uma υjr′ %′ θsθ brθ ηαιrα J;queromos dizer, 9ue 6 ullla

disposi9履 o,llm habitO da alma, quc aperfeiOoa a nossa natureza,


que a inclina para o bem, e este bem consiste em creF lrmemente,
senl sombra de hesita91o ou duvida. Po「 uma υ′ rι 鶴ごθsθ brθ ηα 7,

`t`Fα
entondemos, que a tt nos faz cror verdades, que nao podemOs co―
nheccr pela s6 1uz da rasao, e cuiO flIIl ёconduzir― ■os i bemaven…
turanca eterna, a Чue naO tinhamos nenhuin direito.
rttJ。 。91`θ η θS θηSグ αttrr″ α;Sendo infallivel a auctoridade

que nos_ensina as verdades da Reilgi瓢 o, exige a boa ras,o que aS
admittamos todas igualmente,seIIl que nos sla permittido escolher,
ou aceitar umas, e rtteitar Outras. ´


{1)VCia_se― na lntroduccao , (lnido do homem com o nooo Adafl, P.
XXttVI.
(2)C01・ Trido scss,VID a 3.
272 cATECISMo

prOpliZil1311li工t,1‖ IF」 itiよ%:'』 lrqlle s6 1 rgrtta pertenc00


θ

cI露 lili::II:inFlll:f』

rttЪ fI‖ sifダ ::先 v∫ │:lle:警
│ll'Ilulgill:


批 榊神猟 鸞ギ膊拙1

lh::IilFlilllll∫ 選
l串 塊島
lTu」1ld:: 0:le。 lascltI::Sibl∫

h∝ 艶a∝ 呻ト
騨就∫ic鳳 濯WFqげ ∴鳳 ⅧleleΨ L∫
m&鮮 S:b∫
hhtttr嘱 ∫ 貨 鮒 臨∫ :脂 艶 糧
ql:。
:メ Tal‖ :

tl蹴 ullz:lei:lililir‖
Oξ llil it illVagaO dos adullos, qle Sa0
A tt αθれαJ Oonsiste elln exercer actual e formalmente um acto

椰犠榊避零檸
撫 靴i]V恥障電
鮮 1。

(1)JO=O III,18.
DE PERSEVERANoA. 273

3.° ao menos ulna vez cada mez. Mas deveII10s■ otar, que o signal

l‖

cl・ el―
亀肌
‖撚穐胎 晰 鷺 i妥
eL驚
li翼
as e cO■ hecel― as todas tom tt explicita, mas s6 algumas quc

(1) So Alpho ffο 盟o aFosι .te l;Tract,IV, n= 13.


(2) ■Om:X,10-1.
(3) I Core XIII,2.
(こ ) Marce XVI,16.
(b) ncbr.xlぅ 6.・

3b
274 CATECiSMo

no. (1) Con effeito, aquelle que e r0, sujeita a sua rasflo f, palavra de
Jesu-Christo; recebe as verdacles que elle ensina , guarda-as , e del-
Ias faz o fundo tla sua intelligencia. As trevas da ignorancia, que
herdou do primeiro rtdam, dissipam-se por esta luz r QUe brilha em
sua alma. Os seus pensamentos , d'hurnanos, naturaes , incompletos
e falsos que eram, tornatn-se completos, sobrenaturaes , verdacleiros
e divinos. D'esl'arte a sua rasf,o participa tla rasflo do mesmo Deus,
e 0 seu espirito se transforma n0 espirito clo segundo Adam. rts-
sim 6 que 0 menino toma a p0uc0 e p0uc0 as idcas de seu I\Ies-
tre, ouvindo as suas lig0es e crendo na sua palavra. (q) pelo
contrario, aquelle que recusa crer, que recusa p0r isso mesmo su-
jeitar o seu espirito e palavra do Salvador, faz-lhe a peior de lodas
as injurias , pois o considera c0m0 illudido ou illusor (B) , e lica
na ignorancia e nas trel'as do r:elho Adam. -- A rasf,o disto 6 cla-
ra. As veldades da Religif,o, sendo sobrenaturaes, e por isso supe-
riores i luz do n0ss0 espirito decahido , aquelle que recusa crer no
Filho de . Deus. que de proposito clesceu do Ceo e [erra para nos
.\
ensinar ,'a si mesmo se condemna a ignoral-as eternamente. A sua
Iecusa 6 um crime , porque tendo todos os molivos de crer, nenhu-
ma rasdo legitima tem para nfro crer.
A segunda cousa, que resulta das explicagdes precedentes, 6
que nflo basta ao atlulto,' para salvar-se , ler a fe humana , habi-
tual , implicita, interior , ou morta ; deve ter a fe divina, aclual ,
explicila, exterior e viva.
3.o A fe e rasoavcl ? Isto e o mesmo quc perguntar, s0 6
conforme a raslo crer na palavra de Deus que, senrlo c0rr0 6 a
verdade mesma, nem se pode enganar a si, nem enganar-nos a n6p.
]llas, se nto i) rasoavel crer em Deus, entflo em quem sera rasoa-
vel crer ? Cumpre logo duvidar de tudo. Todavia 0s incredulos
!l

(1) Dedit eis potestatern filios Dei fieri , his qui credunt in nominc
ejus. Jof,'o I, 19.
(9) Ut cridatis quia Jesus cst lilius Dei : et ut credentes, vilam
habcatisin nonrine ejus. Id. XX, 3t.
(3) Censores drvinitatir harerici. Tertull. lib, ll contra dllarcior,
27b
DE PERSEVERANoA.
da antiguitlade s6 pela
creem sem hesitar 0s mais remotos factos -'
, testenunho de qualquer ins-
narraqao d'alguns hisloriadores pelo fun-
desarrasoado s0
cripgao ou m0nuinento. B ser{ o christfio e '
verda-
crer nos factos
dando-se no testemunho do mesmo Deus,
sagrados critlas ha , tantos
'
tles attestadas por totlos os escriptores
conlirmadas pelo sangue de tan-
seculos, reconhecidas pelos pagaol ,
de tantos enfermos'
tos milhoes tle martires, pela cura'sobrenatural
pela conversf,o do mundo'inteiro , epfim'por mil testemunhas e mil
prodigios? , ,-.-^ r
Logoanossaf66rasoavel,porquese.fundaem,.motiv0ssuur.
mamente solitlos,. e tamb*o, ,r.oruul
.* outro sentido, e 6 que a
facilidade , e a poucos pas-
rasf,o pode coucebel-a com maravilhosa
privilegio exclusivo do catholi-
sos subir at6 Deus. Mas e este um
rasoavel o que ndo succede
a0
c0 ; o qnal somente [em uma f6 ' para
de provar-se' Tomai
herege ou ,.i*ouii* , o que 0 facillimo
exemplo o* *.oino ,uit otiro , ou
um catholico sinrples e ignorante'
comtantoquesaibaosetlcatecismo,ev0deestaanalysedaf6.
e. catholico ; porque v0 0 Seu
Bste menino e ca[holico , e sabe que
parocho, que lhe ensina o catecismo ;
6 a primetra parte da sua
analyse.Sabequeoensinodoseupa[ochoeomesmodoseuBis-
esta a segunda par-
p0, pois que o latecismo 6 por elle escripto ; o che-
o
te da sua ,nuiyru. Sane puio ,.o cateciimo Q\e llpuentende : que
fe da lgreja, e o rigario de Christo na terra.
Por -isto
e com lodos os Bis-
0 seu Bispo estfi .d rorn*unhf,o com o Papa,
os fieis o clevem iespeitar e obe-
pos sujeitos a uii. , e que todos
decer-lhe : es[a a terceira parte da
sua analyse' D'est'arle ' II0 seu
Bispo , o Papa, todos os Bis-
parocho, v0 o menino cat[olico o seu
Yd a Jesu-
pos clo mundo , eD communttflo com o Papa ;
emfim
' pelo minis-
christo *.r*o , nuu* e flomem verdatleiro ,
ensinando
soberana e infallivel'
terio que estabeleceu, com uma auctoridade
Poremserarasoaveldizer,queavistadoparochoconfirmao
a Igreja ? porque emfim
catholico na auctoridade infallivei de ,toda
o parocho n6o 6 toda a Igreja ,'tem. e ninguem lhe concede a infalli-
Assim 6 ; mas apezar clisso'
bilidade que elle por certo nio '
o caminha direito a0 seu fiur' uma comparagdo
- menino catholico
o meu peusament0'
muito natural jii*fin.ura e iltustrarf, plenamente

276 CATECISMo

1101‖

l‖iitilil:IIII:(Iぎ
∵ :luttlill∫
alF:l111lic瓢

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J tt y面 面 L a dO面 面飢Ю dlattdTSTad1lmi∬

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pr017inCla, lleln O ministFO da faZ

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de suprema。
還 :1.鯖 1licttlattCitttittl101:IrbTttλ ttF
O mesino succOde cOm a analyse da
艶 ■O meninO, Oil do ca_
tllolicO poucO insil・ uido。 `
E' 1lma analyse siFnpleS e directa; mas
nstrativa!? E' um l・ asgO da PFO‐
[:・ a qlle,(leven(10 tOdOs´ 1lnir― sO ao

08ci:」 h:1晋
肌燎:1鳥 1鮮 鷺'11:綿 ょ
職 ::

gem。 i‖ ilc: :ё 1:d::I I:│:p∫


l)'s:lrilir::° 。
itanalllil::
pois n10 vё mais nada; vё sim ramOs, mas rarl10s separadOs d0
troncO・ ; vё um cOrpO, Inas um cOrpo sem cabeOa;vё
nluitOs anneis

∫眠 LplllliFl:澱c£ 聟ll譜lll
ili)│#llI‖ililli[││:lilil湯)nll10 pFOleStallle,poF eXOmp10,,6
0 seu lninisti30 001■ 0 0 cathOlic0 0 seu parochO; mas‐
■瓢
O vO、 IIlais
nada, E'veRlatle que o seu mini、

1:la:l]FII:rlelililS::II:L:Qlal:
quandO s,iba, Se aじ
° ia d'eniendeF
elう

le謂 1鞣 ∫ 『ゝ琺
d:r挽 isI誅 ∫ 胤ォ ;糧 ilul lu:Tr翌 1署
「 脚a艶 。℃
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;quand0 0 sdsmancO。 ge面 0 h創

鵠ム淵 押 I11盈 榊 il[itti∬lt


DE PERSEVERANgA. 277
oonl uma soguridade tal,que nada a possa abalar, nem as obieC‐
coes dos impios, nenl as tentac6es(10 demonio, nem as incertezas
do nosso espirilo. Deve ser immudavel como o mesmo Dous, cuia
palav!・ a lhe serve de fundamenlo.
A univcrqalidade, queremos dizer, que a fё deve abranger todas
as verdades reveladas por Deus,e ilisilladas pOla lgFOia, Sem ex_
cep91o(le nenhuolao Nisto 6 o dizelつ : Ou tudo ou na(lao Com ef―
feito, polざ quc a aucto:。 idade qlle insilla 6 sempre a mesllla, ha
igual nlotivo para adnlittir totlas as verdades que nos prop6e, lan―
to as que comprehendemos como as que nlo oompFeherdemos;tanto
as que nos parecem menos lmpoFlantes, como as qlle nos pal・ ecem
impo「 tantissimas; tanto as que custam mais a pFatiCar, colllo as que
custain menos.
A simplicidade da tt consiste em crel・ , poFqie Deus o disse,
senl estaF COm discussOes nem arrasoados; por quanto, se Deus fal―
lou, a que vem o exame? que tomos n6s com os motivos e rasσ es
(las suas palavras?se elle o diz, elle o sabe. Para ねzermos idea
da simplicidade com que devemos crer na palavra do Deus, tomo■
un dia o D市 ino Salvador a um menino, e pondo― o ■o meio d9
m Sθ η
SeuS DiSClplllos,disseJbes: Oη θ οstり θ
α グ
ιαr αοFυ α η′θ′
λοθ ο
π
α sJ"2′ Jicjご αJθ ′'%π πθηjη O, καO θ Jrα ・
夕乙 ノαttα お ηο ″θ
れοJο θθ θ .


o seri esta palavra a condemna9洒 o de tan‐
(1)IStO diZ tlldo;on五
los, quo ousam cFitiCar e censurar a Religilo, ■o qllo 6 superior i

rasaO humana,mostrando― se mais philosophos que chrisほ os P
わ Quaes slo as vantagens da fe? A pFimeira vantagem da

艶 6 dar― ■os a conheceF aS Verdades da ortleIII sobFenatural; desta


ordeIIl qlle, olevando‐ ■os acilna dos sentidos, o da silnples rasao,
nOS fa2 ViVer na eternidade da vida e da glol・ iao A fё tira― ■os do
espirito a ignorancia em quo o pecCado o submergiraメ dissipa as
tFeVaS do erro, qllo as paix6es se esforOam continuamente por for‐
lllar ao redor de n6s; pOe― nos a cobeFtO de todas as crueis duvi―
das, e vel・ gonhosas extralagancias, em que se precipita a rasao do
homeme Ser― ■os― llialn precisos muitos マolumos,palta referlr as colト

(1)Matho XVHl,3.
278 CATECIS10
tradicgdes , os absurdos de lodos aquelles que, extinguindo em si 0
facho da f6, s6 se guiam pelos clarOes incertos de sua debil ras6o.
Interrogai-os sobre tudo aquillo que mais seriamente nos interessa;
a existencia de Deus, sua Providencia, a natur.eza de nossa alma,
nossos deveres, jf, para com Deus, jA para com n6s mesmos, jA
para com nossos similhantes ;
por unica . resposta nio yos dir.fro
,
as mais das vezes senfio erros, contradicgdes eduvidas. (1)
A fd pois e uma luz collocada pelo salvatlor nas mfios do ho-
mem desgarrado', para o guiar e reconduzir a0 caminho do Ceo
;
_e
um duplice parapeito, que borda o caminho da vida ,
para nos
Iivrar clos desvarios , e resguardar das queclas. Que diremos mais?
A f6 6 para a rasfio o que o telescopio 6 para a vista. o
que jf,
nflo poden]os yer a olho nri o telescopio nol-o flescobre em n0v0s
,
mundos e novas maravilhas. Que responderia 0 aslronomo se lhe
viessem dizer , que o leleseopio e contrario fr visla ?oque elle
responder rcspondemos n6s. Por laulo, Iongc tle ser contrar.ia I ra-
sflo, a fe lhe serve de luz e apoio.
oulra vantagem da f6, 6 0 abaler ella o n0ss0 orgulho. Im-
pondo-nos a obrigaq6o de crer , r
mostrou-se Jesus pOr um nrodo
adrniravel, 0 Salvador do homem. O homem havia pr.evaricado por
orgulho ; e para curar esta impeluosa paixflo, para lhe domar a fu-
ria, submel[eu, refreou, captivou Deus 0 espirito do honrem, im;lon-
do-lhe o jugo da f6 , e obnganclo-o a crer verdades que lhe sfro "in-
corttplehensiveis. Por este motlo, advertindo-nos a cada instante d'uma
extrema fraqueza , colloca-nos n0 caminho da humildade, e a humil-
dade 6 o porto seguro da rasflo. B' alli que Deus a espera , para
se lhe communicar, e atar de novo 0 primeiro linculo , rompido
pela primeira soberba.
6.o Quaes sflo os meios d'obter e conservar a fe ? Ouvimos
todos os dias gentc que diz : Bu bem quizera crer ; mas nfro pos-
s0. Podeis logo responder-lhes : Nflo podeis crer , nflo tendes f6 ?
Que desgraga ! O vosso espirito cahio, pois , d'aquelle mundo d0

(1) Yeja-sc, para prova, Hermias, de irrisione philosophorr(rn.' I


Barrucl, Ilr,luiennes,
DE PERSETERANoA. 279

11lzes e verdades em que W市 eraln os Patriarchas, os Prophetas, os


ApostoloS,Os MaFtireS, os maiores genios de todOS OS seculos?d'a‐
la as unicas
quOno mundo de luzeS e verdades, em que vlvem ain〔
nacOes CiVilizadas dO g10bO? Que? n10 tendes f6, nlo vOS resta
no esPiltito mais que a desoladora duVida? oh, llliSeFia! incerto so―
bre os VOSSOs dOVel'os, Sem COnSOlag五 o l10S reve2eS da Vida, sem
r alem dO tumu―
conforto na perda de parentes e ami80S, Sem por宙
lo, sois COm0 0 baixol impellido das Ondas, sem leme, sem busso‐
la, sem csperanOa l.:。 q■ e? n五 O tendes f6? 6 miseria1 6 crimel
Qtle lZestes pois〔 las liCOes de voSsa mtti l das instruc06es de vossa
?
primeira communh籠 0?que lZestes dellas? quando perdestes a艶
cCalado? quando
Acaso foi quando el・ eis castO,mOdestO, SObFiO, 1・
fugieis iS mふ s COmpanllias?quando cumpltieis cOm os vOSSOS deVe―
0,foi O crime
rOs? N額 o,pelo′ contrario,bi o viCio,bi a devassid額
que vOS precipitou 110 m灘 or doS Crimes! Ntto podeis.crer? n10
ten(les fё ? Oh, po「 Vergonha, calai― vos!
Mas,para remediar talll grande lnal,para expiaF uin tal crime,
00nvertei― voS na sin‐
nlo busqueis l・ aciocillios, buscal a vil・ tude.
ceridade do COlta91o. Uma boa cOnflssll), sera para a vossa intel―
ligencia o quO a opel・ aO額 o tla calarata 6 para os olbOS do CegO: ella′
vbs l・ estituira em um instante a luz da艶 .Se deseiaes plter, em‐
e inhll市 eis; eu vol― OS digo: 0
I)Fegd Os melos,elles s10 Certoξ
1.0 6 a ora9履 oo A艶 6■ m dOm de Deus; 6 a elle e S6 a elle,
que a deveis pedirl e elle vol― a promette, se a vossa ora91o l)r
θθ
θbθ ・
夕台; 2.° O estudo. Nlo se
θ
humiltle e pel・ Severante: Pθ Jグ θ″
pode crer o que se n10 Sabe. Por lanto, procllrai ler obras, quo
vos instruam das verdades da Religiao; Ou interrogai pessoas itlo―

neas, coll10 Se faz em pontOS de dilteito,ou de saude, cOm os j■
risco■ sultose os medicOS;3.° Cumpri com aquelles deveres, que a
Hhesma rasaO vOs prescreve. Antes´ de praticardes todOS OS preceitos
do Evangelho,Oo血 eQai por abster― vOS dos actos, que a ra面 o oon‐

demna; e por fazer o que ella vos aconselha. llas sobre tudo, de―
iamente cOnllecer e pratiCar o que Deus quer que conheOais
Seiai Selヽ

e pratiqueis. Fazel istO,O breve alCanOareis o que deseiaes. Quenl


quer os flns, qller os meios.
QuantO i maneira de conservar a艶 , por uma parte, cumpre
28o c▲ TECIsMo

器 ξ
:甜 留
i盟

:ll:‖ 1。 t器 :F留 :9織 Tl∫ ll冊 』


yeliVI

醜:淵 iW∫獲淵梢為e撫犠 r瑾

(1) Pode consultar-se icerca tlos minlsterios o grande Tractado dc


Religido, de Bergier, t, III, IY e IX e o Padre Crasset, da Fi yi-
;
ctoriosa.
DE P」 nSEVERANCA. 281
tlc seus santos }lestres ,' travaram-lhrls dos lcstidos, e assirn firmes
tleixavqm-se moer as pauladas; e arrostavam c0m as espadas nuas,
com que 0s anleaqavam. Por fim 0s at'rancaram A forga, e levaram
para Carthago ; Das nunca conseguiram seduzir um s6 , nem conl
caricias, ner)l com mios lratos. I]fuito tlepois cla perseguig[0, eram
elltrs aintla a consola-ehg e a gloria da IgreJa d'Africa , estavam na
cidatle de Carthago , sempre unidos na morada , na mesa, e nos can-
ticos em louvor de Deus. Toda a provincia venerava estes cloze me-
ninos c0m0 outros tantos Apostolos Qile, com a Iembranga de sua
inabalavel constancia, ensinavam a todos os {ieis que o verdadeiro
Cbristflo deve sacrificar tudo, tudo soffr'er, antes que trahir a sua fb
e separar-se de seus vercladeiros pastores.
Estes generosos meninos nflo foram 0s unicos QIe delam bri-
lhantes provas de sua affeigdo ir f6, e a seus ministros. O p0v0,
rliz um historiaclor, seguiu os bispos e os padres desterrados , com
sirios acesos ; e as mflis, levando seus lilhos nos bragos , 0s depu-
nham aos pes tlos Confessores, exclamando , com 0s olhos alagados
em lagrrmas : A quem nos deixties , pois nlo poddmos seguir'-vos ?
Quem baptisarir nossos filhos ? Quem nos dar'f, a penitencia, e nos
livrarii de nosscs pcccados , depois clo beneficio da reconciliagdo ?
Quem nos enterrara depois de mortos, e offcrecerf, por nds o divino
sacrificio ? Ah, v6s correis ao martirio, e nds licamos orphf,os. (1)
Nlo admira que 0 p0v0 de Carlhago lestemunhasse tam vivo senti-
mento, por lhe arrebatarem os seus padres c os seus bispos. Quan-

do ha Eeligifro e zelo do llem publico, nada se leme tanto c0m0 a
extincgflo da f6, e a privag,flo dos salulares s0cc0n'0s , QUe nos ella
offerece. Ai do poyo, se assim o nfio senle.

(1) Ilistoria ecclesiastica.

36
282 CATECISM0

0RACAO・ ,

O' nreu Deus ! que sois todo amor, eu vos dou gragis por
nos terdes enviado um Salvador, que se dignou ensinar-nos tirar a
proveito cla sua Retlenrpgflo. E' unindo-nos a este novo Adam pela
iO, pela chalidade , Peh santa comm.unhflo, quc nos' lornamos filhos
e herdeiros de suas virtudes , e .de iua gloria.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas , e a0 proxlmo
como a mim mesmo por amor de Deus ; e, em testemunhO tleste amor,
farei muitas l)ezes actos de fd.

XVHI.a LIc10. ´

DE NOSSA UN110 CON[O NOVO ADAゝ I, PELA FE'。

0bjcct.otlate.-J|Iisteriosemgcral._Tresprincipaesmist,erios.
Signal tlt cruz. Ycrdades para crer eln particular. E*posigflo
tlo -Symbolo.
sumnraria do'S1-mbolo. - Yantagens e sublinlidadc o
Historia. - Explicagilo circurnstanciatln do Symbolo. - 1. artigo :

suas vantflgens. 2.o artigo .' suils vautagens.


-

f,Droo,* de termos tratado tla fd em si mesma , cumpre-nos mos-


trar qual 6 0 seu objecto , isto 6 , quaes as verclades que de'
vem06 crer.
r\f66 a prirneira virtucle theologal , chamada assim, porque o
seu objecto immefliato 6 Deus o as verdatles por elle reveladas, e de-
finidas pela Igreja. Ora, enlre estas verdades alguma$ ha supot'io-

 、
DE PERSEVERANCA. 283
res, e incomprehensiveis 6 nossa rasio, que por isso se chamam
misteries. Serfl rasoavel (talvez vol-o perguntem) crer misterios que
se nf,o comprehendem ? Isto 6 0 mesmo que perguntar' 1. o se
Deus nfro sabe mais que o homem ? e se nflo pode obrigar-nos a crer
verdacles que excedem a capacidade do n0ss0 entendimento ? Quem
sabe unir duas ideas sabe responder a estas cluas perguntat. De-
mais, quantlo cremos nos misterios da fe, sob a palavra de Deus ,
fallando propriamente nf,o sujeitamos a nossa rasdo , o que sujeita-
mos 6 a nossa ignorancia. Qualquer homem de bom siso yos di-
rti que { flaqueza da nossa intelligencia devem prevalecer as provas
invenciveis e positivas da revelaq,[0, da mesma sorte que o telesco-
pio do aslronomo prevalece 6 fraqueza tlos nossos orgflos , para co-
nhecer os mundos superiores, aonde a vista ndo alcanga.
B' pergunlar 2.o se devehtos crer em alguma cousa , seja o que
fdr ; porque de facto, a vida que vivenros 6 um profunclo misterio.
Aoima, abaixo, dentro e fora do homem, 6 misterio tudo :- n6s nflo
comprehcnrlemos o tudo tle nada. Por exemplo , comprehendeis aca-
s0 como e porque e que 0 fogo queima , o ar nos faz viver , a
Iuz. nos allurnia? Comprehendeis como e que um' grflo de trigo ,
langado i terra, se multiplica 2 Sabeis o que e que produz nos ani-
maes 0 nraravilhoso instincto que os go\,erna ? B comtudo succe-
deu-vos algurn tlia, succedeu jamais a algum homem ter a menor
duvida Acerca destes factos ? Credes nelles, supposto 0s niio corn-
prehendais rnelhor clo que eu , ou do que qualquer grande sabio.
Pois logo, 6 pobre soberbo ! que te nfo comprehentles nem a ti ,
nem a essa poeira que pisas com os pes . quem te deu a fiducia
cle nf,o admittir senflo 0 que polles conrprehentler ! Bm toda a na-
tureza ndo ha sendo nisterios ; e accrescentamos que ., se 0s nfo
houvesse nh ReligiSo, ella seria falsa ; porque se a Religiflo e ver-
dadeira , vem de Deus ; mas, se Deus se digna revelar-nos 0 que
elle e em si mesmo,-o quc tem feilo e o que quer fazer de n6s, 6
impossivel que essas vexlatles nflo sejam nistcrios ; porque o ser
intinito nfio pode scr comprehendido pelo ser finito , nem em sua na-
tureza, nem ern seus dect'etos, nern'em seu procedirnento.
Os rnislerios do Christianismo , objecto legitimo da f6 para to-
elo o homem rascavel , rnereecm alias toclo o seu reconhecimenlo e
284 CATECIS110

gralidf,o. Siio iunumeravc.is c inc,essanles seus beneficros, . lanto pa-


ra a sociedade, c0m0 para o individuo:" 1.o refream a vli curiosi-
dade do uosso espirito , pondo a coberto dtr seus cxanles e sophis-
mas as rcrrlatles quc servem de fundamento i rasdo e I nroral.
Olrrigando-nos a crer em certos dogmas, Dcus tliz a0 espirito tlo
Itomem , c0n]0 clisse ao Occeano : Atd ar1u,i chegards, tnas aqu,i que-
braras o orgulho de twas empoladas ondas, (1) Dir-se-ha por
ventura quo e um mal o pOr Deus limites is ontlas do mar 2 As-
sint, revelantlo-nos o misterio d'um Deus irnico , inlinito , inconrpre-
hensivel , creador , e conservador do unil'erso ; inrpondo-lros a obri-
gagflo dc crer nelle , o Christiarrismo tleslerrou da irnaginagfro tlos
p0v0s a multidflo de tlivintlades grutescas , quc se lhe aliguravarn
por toda a nalureza. Ora, dissipantlo o Christianismo a idolatria. dissipou
os vflos terrores, as superslig,Oes , os crimes que nasciam.tlesse culto,
quo ainda hoje slo inseparaveis delle, pois estam sempre promptoi a r.c-
nascer nos animos [imoratos.
2.o 0s misierios do Christianismo servem de base a todas as
virtudes, Yerdade e que nas mais falsas religioes tem havirio ar'rs-
terios, lnas louge dc inclinarem 0s homens A virtutle , serviam tl'a-
limento e modelo a0 crime. 0s nristerios do Christianismo , pclo
conlrario, persuadem a virtude e fundam a moral , suggerirrdo m0-
tivos de amor e gratitllo'para com Deus, de charidade para com
o proximo, tle vigilancia para com n6s mcsnros. Yamos tornar pal-
pavel esta verdade tam pouco conhecida.
O augusto misterio da Santissima Trindade, por exenrplo , 6 o
primeiro olrjecto da fe Catholica. Ora , nada mais effic,az, para ele-
var o espirito , QUC o conhecimento deste dogma fundamental ; r0-
da nrais capaz d'inflammar o coragf,o, que as ligdes d'alta moral ,
que delle fluem. IIa um Deus, nf,o ha senflo um ; e infinito, eter-
Ir0r omnipotente : que creou e governa tudo o que existe ; ha tres
pessoas em Deus, que slio : O Pai, 0 Filho, 'e 0 Espirito Santo ;
todos sfio igualrnente Deus , mas nf,o sf,o mais que um s6 Deus,
lendo lotlos a mesma natureia e a mesma divindatle. O Parlre

(1) Job, XXXYIII, 11.


0283
DE PERSEVE■ ANoA.

Eterno , omnipotente, Creador e conservador do mUndo , n6o pro-


cede tle ninguem.
oFilho,asabedot.iaeterna,0esplendordoPai,procedes6
Santissima Triltla-
do Pai. Este Filho de Deus, seguncla pessoa cla
de, foi o que incarnou e se fez homem. Este Homenr-Deus , que
6 Jesu-christo; tent duas naturezas ; a natureza divina- e a natut'e-
e igualmente duas vontatles, a vontatle tlivina e a
v0n-
za humana ;
tacle humana ; neo ha nelle senf,o uma s6 pessoa ' a. p-ess0a do
rn"as
Filho tle Deus ; da tnesma sorte que em cada
um rle n6s ha cluas
0-c0rp0 e a
1atlr.ezas, a naturer.a corporal e a natureza espiritual ,
alma , e comtuclo nito somos mais que uma
s6 pessga' Jesu-Chyis-
para nos
to soffreu em seu c0[p0, e em sua alma, foi crucificado
remir ; foi morto e sepultado, e resuscitott ao
terceiro dia p6l' slla
g0za do mesmo
p,np,ia vir.tude; subio triumphantc a0 Ceo, oncle
po,ter que o Pai e o Espirito santo, e donde ha de vir no fim dos
ieculos. a julgar os vit'os e os mortos'
O Bspiiito- Santo , terceira pess,a da_.santissinra Tri,dacie,am'r
substancial tlo Pai e do Filho, procetle d'unt e
d'outro' 0 Espi-
rito Santo nlo foi creadg, nem [eratlo ; a fe sd ngs
diz que elle
p,:ocede; e o Santificador, a vitla de nossa alnra; a
qual , St'm0ll0''
poclenios fazer 1ta-
esta no estatlo de ntorte ; sem a sua graqa nacla
ra a nossa salvagflo ; assiste f, Igreja incessantemente.
Tal e o dogma tla fe , n0 que toca ao misterio da Santissima
Trindade e is o[eraqdes attribuiclas a cada uma
das tres divinas
ponto fundanten-
Pessoas. Y6de a importancia e as vantagens deste
tal : se tirarcles a0 Symbolo Catholico 0 do.gma da
Tlinrh& , todo
o edificio da Religifio thrista desaba ; mas fora tlo Christianismo nfro

ha Rpligiao ; Iogo se a"Religifo 6 a base da sociedade ,


devemos

concluir que 0 misterio' da Santissima Trind3de , QUa 6 o funtlamen-


to tla R*ligiflo , 6 tanrbem o eixo do universo.
Alem disso,' esle clogma funclamental tla nossa crenqa nf,o se nos
offcrece c0m0 um arligO it. f* puramen[e especulativa; mas
sint c0-
m0 um objecto d'admiraqdo, am0r e gratidfiq; c0m0 um divino n0-
tlelo da charidatle sublime que deve hever entre nos , e que deve
chegar a produzir a unidaili. Tal e o desej' do Betlemptor
: Que
elles sejarn ltnl entre si , diz ellc, c0m0 as tres divinas Pessoas sao
286 CATECIsMo
η〕enlFe d。 (1)Com efFeito,O mish卜 iO da Trindade mostraぃ nos
“ sen〕 plte
Deus d'acc01・ do 00nlsigo mOsmo, eternamente feliz el■
sua
plヽ oploia felici(lade; e 10davia selllpre allel110 i nossa bemavellluran‐

9a; que c O flln unicO de lot10s Os seus designiOs e de todas as suas


obl・ as.

O Pai creou o ntundo para sua gIOria e nOssa Fclicidade; de


suas innu血 eraveis crealllras, nem uma s6 deixou de submeltelt ao

_ Osso inlperio e destinar aos nossOs usos Ou pl・ azeres. Depois de
a n6sP cOnserva― o O g,Verna=O para n6s, pe‐
ll:llisalllllulllill:・ osa PI・ Ovidenciat

O FilhO,cOnsubstallcial aO Pai, dignO■ _se
ねzer― se cau95o d0
1lomem culpa(10, anm de o subIItahir ao justO castigo qlle tinha

圏 蹴inlstteperd針 &hm軋
hiaゝ
鞘1:ltter裁 !肥
a∬
nossas fl・ aquezas, ha‐
bilar elllre n6s para nOs sclovir de mestite e mOdelo;enll田
,quiZ sllppor‐
talo a mO「 le de cru2._.6 1〕 rodigio de bOn(la(le l_E este di宙
no
Sen110r ainda dOsce dO ceO,e se(li todOs Os dias, sOb a fOrma
d'uln alilllento fal■ iliar, anm de se unir nlais esll・
eitamente a seus
]rmaos! .

O Espil・ i10 santO, amor essencial dO Pa1 0 do F‖
hO, depois de
terね llado aOs hOmens pelos PrOphotas,■ Os fOi Onviado para escla―
recer― nos O instruir― n Os. cOlllmunicandO_se pelos Sac:tamon10s,Ope‐
ra em n6s pela sua graga,e preside ao ensino da lgl・
可a. Estas ideas
slo nlo s6 grandes e sublimes, s瓢 O talllbem tOcantes e cOnsOlado‐
ras; elevam a alma aO mosmO lempO qlle a enternocem. Dells,
gIoan(le com0 6,occupou― se de nliln desde toda a elernidade; 10dO
o seu seli se appropriou, para assiln dizer, aos lneus usOs. suppostO

Seia ell fltaco e peccatlorj sOu cOmludo a sdLs OlhOs um ente pre‐
Cioso. Elle 6 naO s6 mell creador e meu senhor, meu bemfeitOr e
mou Pai na ordem da‐ natureza; 6 tambem meu salvador na 01・
dem
da graca, meu cOnsOlador, allligo intirl10 e inseparavel da lltinha al―
ma, meu ullimo lin, minha recompensa eterna. EHe ine Ordena a
virtudo,mas ajuda‐ me a pratical― a;d嵐 …
mo 0 0xemplo, O mostra‐

rl)s.J。 ざ
。,c,XvII.
DE PERSEVEnINqa.
287

mo dc 10nge a reoompensa:que admira pOiS que tal dOutrina te‐


nha produzidO Santos?
Destas tocantes ideas nascem os Sentimentos d'humanidade, dじ
do ilη perio tlas paixOes, ainda
charidade, de fi・ alernidadeo Apesal・
estes sentimentos resplandecem ■o Christianismoo Foram elles que
:6es uteis, de que nenhullla oll‐
L idea。 O impi。 (1), que per‐
, o A socidade civil, O dOgma cla
Christianismo, dava un〕 a triste
pr° Vldli:ud)慰
、llilli胤 ∫Illll・
Trindade, Illas tambem dO misteric
│││lll11‖ :ril ttR:::1滉 翌
mmm q鵬 o■ omemト
鵠 s器 は ⅧF%hnね ・ 柵 牌電
n tte ttmm cle sctt mmsianlaぜ l器 ∬∝
I:ptttnl胤 :よ l雅


r憚
l鱗 場 ギ
襦J職弩盛ル補選
dos RIahometanos, e dos ldolalFaS.

ora,todOS sabem quo o signttl da cltuz se faz de duas lnanei―
1・ as. A primeira, fazendo COm o dedo polegar uma cruz na testa,
Outra na boca, 0 0uti'a no peito; ёassim quo O fazo Padi・ e,c quC
Os lois o dcVem fazer no augustO Sacrincio da missa, a leitura do
EvangelhO。 O rost0 6 a sё de dO pudOr; c6Fa quandO ha motiv0
de confllSaOo Faz― so o Signal da cruz
■0 「OQtO, para nlostltar que
nos n五 O envcrgonhalnos de ser Chi° istaos, o obrar como Cllristlos.
z― Se o signal da cruz na boca,pa―
A boca 6 alSё de da palavra; fこ ヽ
. E' no
ra mosirar quC estamos prOmplos a cOnた SSar a nossa Fё
z― se o signal da cruZ■ 0
peito que reside a vOntade e o lm°「 ;ね
pelto,para mosTar que cremos sinceialllente e aIIlalnos verdadeira‐
nlente o que COnfessamOs cOm a boca。
A segunda maneilta de fazer o signal da cruz 6 1evar a m5o

Rousseau , Cartas do trIontanha, p' 3{'


Bergier , t. IY, P. 9.
288 。▲TECIslo

欄η
職刑hi∬ ´
鮒曲就uF税 鮮 塊 ,illiliLttnttiall淵 lattL
se fez hOmem;que mOrlteu n'llma
cruz,para nOs romil・ ; qte somos do llumel・
o de sous Discipu10s; 0

1‖ Yl肥 徊淵榊封
confallca.
鴇与iIW
De faclo, O signal da cruz 6 0nlnipotcnte paFa lftlgenta卜
O de‐
C:nilrT£ r蠍
∬r蠍 ∬穏10常‖ 『電ぶご
・ :‖
bl:紫 :l t∫ l]°

ifi。 点
lTSl。
ln認 !‖ ia諜 T胤∬llふ ∬
∬ ∫ q宙
:『
1:『
a lgrtta faz O signal da cruz sobre as cOusas,que quer pul・
incar e
el pregar em seus llsOs. Gira incessanlemenie em redor de n6s esto
b議 o bralnidante; e6poF isso quo Os plimeirOs chrisほ
Os fazialu
talllas vezOs O signal da cruz:《 No ll・ abalho O■ ■O descanOo, diz

概牌鼈胤 。
lF=° 毬
!ldTTia° tr棚 町品
:1電 1ぶ
incessantemente cm nossa fI・ onte o signal da cituz.》
u滉
::‐
(1) Nada mais
d枇 elaFHttss∬

訛 ∫Ⅷ ふ s∬ l籠 野 %讐 脚 :
tudo ao deitar e levantar cla cama, antes de comeraF aCc6es iIIlpQr‐
tantes, nas tenta9σ es e=鼈
nos poriboOso Fazer o sむ llal da crllz cOm
devo01o O piedade, 6 tornar― ■os inviolaveis aos assaltos d0 0orru‐
plor; ou Feparar as bFeChaS, que abl・ io Om ■Ossa alnla, restabele‐
cendo nolla a imagem da Santissima Trindade, i simuhanga da


lllisIIllililillt総 uel:〔 lliSilfmal io,
sObre as creaturas
tam perigOsa 6expulsar
i saucle da al―

(1) COrOa do・ so!dado,c。 3。


DE PE■ SEヤ ERAヽ 9A. 289

鮒l卜 鮒椰憮:‖l
das cousas fllluras.
i桑
IIIn dia, que se entregava a esta stlpersti91o

nhas das victiIIlas os COstumados Signaes; imIIllolaram nOvas, ulas


sem nenhum Proveito.
S. Gregorio Nazianzeno , no seu tljscurso contra Juliano Apos-
tata, refere o seguinte caso : Um dia, descia Juliano a um temPlo
sublerraneo, inaccessivel ao vulgo , e no qual se temia enlrar.

(1) Veja-se Tert,ulliano a.ima citado. Lactancio , Insl'itttl, d'-o' tiu'


lv, ;.'20. ilasilio, Do F,spiri,to Santo, c. 25. Gregorio de Nyssa, \iilode
s. Gregorio Thoumaturgi, t. ll, p. 980. Chrl's_ost. Eomil. LY., sobre
S. Wat[. S. Agostinho-, Cidade de Deus, lia. XXII, c. 8. S. lgnacio
Mattir, Bltistolo aos PIf/rP.
III
290 CATECISMo
Levava elle co:usigo lllll magicoね moso. o imperado「

l#:i∫
,apenas on‐
avぉ `

熟鷲
ξ∫ l(‖ 1』
IlllILIキ #‖ llLilllIIIWiilitT
iliユ

;Iド inま II:ぽ £ 讐 f∫ f(1lllザ [lhi::OIё


:llllallillT:::rr:i):織:
d聯
胤 Ⅷ mT写 記1ぶ「 龍鷲 nPTヽ eA褥 械 為 血
de Julianoo Mas ois um■ ovO milagre.Quer elle cOntinuar suas
sacl'ilegas supersticOesメ 10:・ 1lam os tel・ rores, ltOapparecem Os mons‐
il・ os infcrllaos. Faz outra vez O signal da cruz, 0 0utra vez esPa―
voridos tollllalllヽ a fuga os delllonios。

St∬
mぷ :施 鳴ぷ ls守 椒 t凡 ぶ :よ 糧 ∬ 搬 :織 肌 諄
S0 001・ pO, que o adoravel signal da nossa RedeinpOao tem Oふ nipo‐
tente vilolude. Os Padres da lgrtta fOrnecem― nos pl・ ovas authenti・
cas a este respeilo. utt 1lomem insuspeito de credulidade ou pusi―
lanimidade, S. AgostinhO, cOnta, que celtta mulhel・ ´de Calヽ thago,
chamada ln■ Ocencia, tinha uln cancro, quo Os medicos declaltavam
incuravelt S50 as formacs palavras,conlinua o S.Doulor, dO me‐
dico qlle a tratava,e que lel・ a amigO intimo da lllinha fami!ia.Des_
espeliando dos hOmens,tinha esta mlllFel・ postO em Dells tOda a
rua eSpel・ anga. O Senhor dignou― sc liecompensar slla cOnrlanga e stla
艶.Advertio― a pm son1los que fosso a lgFtta em Vespera de Pas―
ooa; que se apre`eniasse ■O baptisteloiO das IIlulheres, e que pedis_
se a ploimeira que se bal)lizasse, que lhe lzesse o signal da cruz
sobre a ferida.Obe(leceu ella,e log0 1GOu S証 . Qnando veiO o me‐
dico, acholl― a perfeitanlente curada; e pOdill― lhe, oxtremamente ad‐
Iniratlo, qllo lhe dissesse de que remedio tinha usado. Conlou-lho
ella o caso com muita calldura. Eu cllidava, respondeu o medico,
quo me dirieis alguma cousa extl'aol・ dinariao E logo depois accres―
centou:Quo adlllira quo o Christo clll・ asse ulll cancro, clle que
resuscitOu um mor10 de quatro dias?(1)'

(1)Cidadc dc Dctis,liV.XXHI,c.8.
DE PERSEWERANoA.
291

conta・ se na vida de S. Ben10, que alguns malvados, cuiOS


▼lcios e soberba n履 o podia supp01'tar a vilittlde c Santa flrmeza d'a‐
se dellee C01n oSte intenlo
quone servo de Deus, resOIVeliam livrar‐
envenenaranl ul cOpo de vinho, o lh'o apreselltaraIIl, para que be‐
besseo Fiel aos usos e practiCas dOS Verda(lciros chriSt10S,que nun‐
π
ca tomavam alimentOS Sem alltes CS benzcr e dar glta9as (1), ft・
S. Bont0 0 Signal da Cruz SObre O COpo, e no meSmo pOnto se fez
pedaOos.
t S. Antlo, eStando ■O deSertO, SOrria freqllent,S e terriveis ata‐

ques doS demonlos.Estes espiritoS malignos apparecialn-lhe algumas


vezes sOb mil hOFrendas fOrmaS, Ria― so o Santo da impOtencia dol―
les,e para os V,r fugir,■ 10 fazia maiS que mOStraF-lheS o Signal
da cruz.QuandO instruia a seuS diSCipulos dOS me10S maiS efnCa‐
lhes:Afrlan90_voS(lue
zes de repenir as tenta。 6es dO demoniO, diZia‐
Satanaz teme as ora96es, os ieiunS,a pObr6za voluntaria, a mise‐
ricordia c humildade;pOrem o que mais teme 6 o amor ardente de
Jesu‐ Chi° istOc Para o deSarmar e p6r ein fu」 da baSta o Signal da
cruz.
Nada nos seria mais facil dO que amontoar exemplos da efflGa‐
cia do Signal da cFuZ. OS que citanlos bastam paFa fOrtalecer a
iofundo respeilo aO auguStO Signal
nossa“ e inspiltar‐ ■oS O mais pF
da nOSSa salva01oθ Desgraoado dO Christao quo o ntaO faz, oppro‐
brio ao que se envergonha d0 0 faZer。 (2)

POrrO, cum in mensa sOderis, COeperisquo rrangCre panom,ipso


(1〕
λ
α■. Jθ irgitti′ α
υ θ
′....
tor consignatO Signo、 crucis.... gratias age. A′
n.13.
(2)Nc ergo Christi Crucom erubcSCamus, SCd Si quis alius abSCOn‐
dat, tu palam ad frontcm ObSignato, llt da)inones regiulu signum intu―
cnte鴫 F∝ d tthJ耐 馴 a∬
鷲 ,T
"Cm山
bibens, tum scdcns ac cubans, dC 需 。 懇 譜 l器 Is′ ,11!‖
llt senlel dicaln, in omni nogotlo。 .. Non pudCat igitur noS Crucilixum
conntcri, sed in frOnto COnndcntOr signaculum crucis digitis impriinatur,
ct in allis omnibus crux lat:in panibus conledendiS, Ct in poculis bibcn―
gen(lo,
dis, et in cgressu et ingressu, ante sonlnum, rccu:nbcndo et Sul・
enundo et quiesccndo. Magna hac Cuslodia,qua propter paupcrcs gll‐

292 CATECISIo

li 11lllP:lIS:〕 b漁 、 脂現
irttlilllllll「 │
lalrllil瞑
)ouco allloF a JeSu_Chrisib. coIB0
1:o nlo se envOrgonhOu de moF:・
ei・

│[喉 lll[:i響 購i:儡 lttet:熱 典


│:‖
ilillr義
AleFll dos ires gralldes misteFi6s da Trinda(le,Incarnacao e ne,

:棚
増》
lrttx謂 Fl嵐
柵a献 構1鱗
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10, comO o dOs dOgIIlas de que acabamOs de fa‖
art器
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毬記
ド ∬跳 F・ i∫ 鵠eqtte歴
n3 10 0 18。 '
DE PERSEVERAN9▲ 。 293


::ib::::luttle ll:。 l:llld:: llllillil::∫ :「
bem dizer,n=o ha
lξ Rlliよ :Illllillui

Assimち a「

胤認TttΨ ∫
楡』
ёO dos Apostolos, SuppostO Se contam quatro: O Symb010 dos Apos―

ittb輔
祠j驀悩ま
°
centou algumas exPliCa95es, paFa
exemplo, ■O Segundo ar―

需』
温 府躙請 ∫
vanl a diVindade de Nosso Senhoro P01°

胴 ,I胤i爵
1誠 .1比
vel'dadeil'o4o Deus verdadell・
Lよ
0;g(

(1)Ei6 0 que diz Rnflino na sua exposifOO do Symb61o, que sc


aclla nas obras de S.‐ CypHano:《 Syml)o!um dici potCSt etin(licium et cOト
lltio,hoC est quo(l plurcs in unulll confcrunt. Id enim ■
postoli ttce‐

1ヽ unt in l〕 is serl1lonil〕 us, ill untlin conrcrell(lo quod unuSquiSque senscrit:


in(licium atltcn】 per quod agnosceretur inc qui cl、 ri,19m VCre sccunduin
S緊 r¶
躙 鳳 Lぶ だ 嶋 悧 llま ndlll常 。燎 Tnl鵬 el
濯ど ‖ 』
fol・ le de quo dubitarctur, lntcrrogattls syinboluln agnosccretur an esset

hostis an socius:(lucinadmodum svmb01a quadatn Tci sccrcta vcl・ borum .


signa n、 ilitibus ad cOS dignosccndOs tradunttlr.》
similia apud Maximum Taurincnscm in 1lomila Jθ radifiο η
′ ″Pο ‐
θαθθ
si′
jο
ttθ syttbolli.
A'cerca da necossidade(lo Symbo!o, S. Thomas oxprime― so assim:
《 Neccssarium fuit lidci Vcritatem in unum colligl, ut hcilius possct
Omnibtls proponi; ne aliquis I)er ignorantiu11l lidei a Vcritatc dcficerct.
Et ab hulus品 odi Sentcntiarum′ fidei collectione nomen symboli ost accc‐
ptu血 .¨ veritas l(lel in sacra Scripturi diffusc continetur ct Variis mo‐
dis ct in quihusda面 obScurel ita quod ad clicicndum ldci veritatem cx

嵩 鼎ヽ

Ctti∬

器郡獅織》絲榊鮮
ritatem, quOrum pleriquc aliiS ne30
sunt, et ideo necessarium ftlit ut ex Scntentiis sacr“ Scl'iptllra plicluid
manifcstunl summaric co!ligcretllr.quod luidCtu non ёst additu:n sacrお
Scriplllra,sOd Potilis ex sacra Scriptura sumptulll. 0“ αS′ . 1 ′θFli′ ′,
4rt.IX`
294 CATECISIIo
ao Pai; por queIIl llldO fOi feit011:町

鵠 il。 ‰ 濯 T棚 :∴ 織
1::lT‖ 」
普11:[J`憲
111格 :ll
1::legammOEⅢ 亘ゎ sa鵬 %pdo CO品 市0
oonvocado Om 381, quetdiz ■0■ 0■ O artigO:《
Tゴ IIlbem cioomos no
EspiritO sall10, senhor e viviFlcador, que 6 adoradO
ёb0101・ irlcad。
,vras: Qlle prOcede dO Pai e d0

II補
Sil乳
il∫ lelll:∫
lli
erros dOs Manicheos. Mas em tudO is10 n5o ha addiOao, mas tam

somente explicac5o. Emlm o Symbolo de S.五 ′
んακαsあ , que 6 o
蜘 mO t tШ 籠 m山 飢e脚 山 駆 ト
ca admiravelmente Os misterios〔 絆 ‰ ∬ ∫ittia島 ∬ ツ
O SymbO10 00mpOeTse dO dOze ar"gos;e pode,sぬ un(Io alguns

、 S:qL役
記1器 :ttt「 liT胤 勝 鴛認 讐
11‐
Di∫
l品 lul
′θrθ θ″ α ,O que dё voII10S Cre13 dO Espiri10 santO. A obra da cl・ ea‐
o allribue― se ao Pal: θrθ li19 θ
働 ″θ ・
ごrθ;rο rra.」 ごθ
9江
。Jο θθ
trs Pα 夕θ
)。

θ,θ rθ α
_
Jθ夕 οじ Jα f7θ ,7α . A obra da Re(lenlpcao aliribuc‐ se ao Fi―
l1lo: Jθ 協 .乃 s“ _θ ο,“ asび ∫ θ .「 θ,Abssθ Sθ ηヵο r,etc.A
0鶏
電殿
/3P・ lis′

I糧 滋 ぶ :tfTatti肌
lilん

l為 孵 a(la Redemp010;ao Espil・ ito San‐


to,ヽ a da Santinca9=0, 10davia, sao estas Obl・ as communs as tres
pessoas.
Sogundo Oull・ Os theologos,O symbolo d市

"あ
ide― se lamsoIIlenic em
duas ptttes:umL cOmposh dOs f」 mdFOS db a面 gos,endna‐ ■Os
a cohhecer a Deus,Nossθ Pα ′;a outra,cOmposta dos qllatro ulli‐
mos,endna‐ ■
os a conheceF a々 rり α
,ル ss α〃α′

O Symb010 n10 s6 nos di, acerca de Deus e da lgreia, aquel_
b oonhttmmb h絆 O e sublimel紺 Ⅲ
dos povOs christlos; sellao que ta
ao homem, c aO mundo, cOm uma exactidaO,que fari eternamenロ
搬∵
nttFd:11『 I器 臓
te dcsespel・ ar a tOdOs Os fazedores de systenlaso COm ereil。
′。svm‐
bolo ensilla― nos, αrθ ,′ θ
″O Jο んοπθ , que ene foi creado por Deus,
77レ

qllo 6 1ivre nas suas ac950s, por oonsequ encia, quё tem unla altta
DE PERSEVERANoA.
293

espiritual ; que elle peccou ; que Deus


o remio e quo virh no fim
'
que lhe deu para sg ,
flos seculos, tomar eracta conta dos meios
sagrarlos lagob da charidado
approveitar da sua Retlempg,do ; que os
membros d'um s6 e mes-
nos unem e fazem tle todos os christdos
,
m0 cor.po que totlos temos 0s tneios de c0nservar
a nossa unido
; irmilos,' 0u de restabelecer
com o segundo Adam e com n0ssos
, para
. estauni[0, se 0 peccado a romper que todos resuscitaremos
L '
uu , segu'do as ,,0S'
viverrnos etername,te felizes desgragados
sas obras
Aresp:eitodomunilo,ensina-nosoSyrnbolo,Q[0foicreado
universal , suare
por Deus ; que 6 governad0 por uma Plovidencia
e infallivel em suas leis ; e que elle tera fi.m'
' Para apreciar quanto e ,obti*. a simplicidade do symbolo-ca-
tholico, reparai c0m0 descreve a Iargos tragos
a historia do homem
redu.z a p6 um
e tlo muntlo ! notai c0m0 cada un, de seus artigos pa-
pelos philosophos
sem numero ele sistemas absurdos, ruminados
giros , acerca de Deus. tlo homem e do mundo; e resuscitados, com
tampouca,e,gonha,pclosinrpiosmoclernos!Cadapalavra6um do
raio de luz, qrie clissipa uma parte d* lrevas ,
em que a ras6o
original ; e
'a rouniao de
homem ficou submersa depois da queda
todos estes raios divet'sos produz ; sol
da verdade , ante a qual
tlesapparecem todas as trevas, c0mo
as sombras da noute diante
boa f6, que exa-
tlo aslro do dia. Pedimos a toclos os homens de
,rior* o Symbolo catholico com imparcialidade , e que nosutil e
tligam

se 6 possivel haver ahi cousa mais completa ,


veneravel , ,
o as suas cren-
consolidora ? A elle 6 que munclo moderno cleve
0S seus coslumes. Quem dir{r , pois ,
qnc 0s
90S, as suas luzes e
misterios s6o inuteis , 0u contrarios fi rasflo
!

A verdade clo symbolo cal,trolico faz-se de tal modo sentir que,


quando ,or*0, pais na fe o oppunham aos- erros
tlos pag6os, os jui-'
,** , colfuntlidos, nenr j6 ousavam responder ; contentavam-se
com
a sentenga 6e ngr'
empregar a logica tlos iy*unno* ; pronunciavam
te. Um rneniio de sete annos, slndo trazido perante o
--presidente
gs tu ? lhe pergun-
Asclepiatles, perseguidor dos christfios : Quem
rr
tou o juiz. )
Eo"*ou christf,o catholico, respoudeu o meniuo ,
o
' -
logo lhe recitou o symbolo, e o mais que apreudera
na cathechesie'
296 cATECisMo
lrritOu‐ se O tyranno 00m esta ingenua pl・
01ss護 O de艶 ;mas senl dar

i‖ 職
∫〕
詰〉 ill‖ │li111111L戚 ││:l[∫ │[11:
Sileqw
I謝 Itiギ ¶鷺。
T∬

ユddro bel%ね m rduOsO comO ttr‰


q聯 λ
∬蹴 :呪 観
ぶ;F醐 露
:陽肛
│1藤 IIII∫ illllllli「 :ymb。 1。
, cuIIlpFe entendel_0・ Pas_
selnos pois a explicar ζ
eus difForentes artigos; e primOiraIIlentO:

紺 』 富 l滝l穐
S:豊
∬ :mL虞 署
r」
ifi∫
y:T°

ι:pal議 Iを :可
:
llirilξ ttr鴛
膊粽
l∫

朧∬Tuttel鶏 ∴TTi%r譜
た I「 lstillolamente devemos crer. Eis
aqui o primeil・ O artigo:
σ・夕θあθ 解 ″θs Pα ′旬,rθ Jθ _Pθ Jθ ″ο∫ r dゎ ・θθ
θ,(ン ″θ θ θぬ

θ “
rrα o o que dissemOs da obra da cttag証 “ 0,na primeira parte dぎ
CatecismO,dispensa― ゴ
Os de fallaF largamente sObre este artigo.Eis
o‐ que signiFlca:
併θ
li19._crer nao 6 o mesmO que pensal。
, imaginar,conceber
I∬ ∬Ⅷ :,C胤 :『 織 :aLぶ :∬ ‰ :sttLI路
eVポ 乳滞
(1ノ Livro da Prudencia.
21)7
DE P口 RSEVERANoA.

estou promplo a subSCrevel-0。


001n tlilil:I:lillili五
subentendc― se, o deve supprlrise p(
1」 よ ミ
IIlalil∫ _

聰ta s6 palavra, pela qual pro―


FiSOu a idOlatria, O mudOu afa二
)θ IPO'θ tIS,nlo signinca neste lu‐

::rniatu10Tll:‖ 冨 :lil)θ ∫
F.existente; masnerll
i Sua palaVFa; tambom COnlar
acreditar
nellc inteiぬ mente,Sem″ exam9 nem du宙 da,e tender para e1le COm
' :):lli)θ
lUl)F° qill:ialoξ :llinll.lill

3 maise Quan10 6 difFerente da
ltada sOmente pda luz_natural,
uc。 , COIIl b auXilio tlaS CO・ sas e
ongos e penoSOS _trabalhos chega
:ilit滉 ::I:lllisilll16al:llilftl°

LTTヽ 謂鷺
∫ 肌 百
1榊 l覇IW蠍
l:滋1:lL蹴
puro, que se nOS VleSSe dOS rac
│・

humana。 (2)

}re: Credilllus Patllo, Scd non crcdi―


d non CredimuS in Pctrum...= quid
}amctre, cl'edendo diligere, crcden―
Юr10ra三 。 S.Aug.れ Jο α2。 Frα ″ .

ipcre per 鵬Odum{idCi non solum ea



]IN撫

Et` sic non niSi post multum toり pus

認識
脚跳 畷l,WnlaF∫
298 CATECISIo

Tい 認Tr黒 槻 l路 ぷ朧 ∫
胤膳 榊 聯 輔 場
鰐∫
″οびηθS θυ
競 rr胤
グ, ■
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Os_diz a 2ι Ossθ Pα

、 ;:夕 tt TTn留 ,1黒 竃鶴Le協。 f


OS JuStOS, nao por nalureza, lllas pOr a(lop。 こo: ハυ∫ ′
?α θ ″′θθbθ 夕
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S夕 aFFilttc織 物 ttθ ttο
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IⅢ h,0恥 0脱
面山
禦薔器 ∴ le搬
A lercoira raslo 6′ que Deus 6 o i」 :θ

J面伊ぬ 田 山 宙 ,pr岬 0
鶏 Li「 “ “
Quando porem dizemOs,quo o Pai ёa pFimeira PessOa′ 1150 sO
deve julgaF que recOnhecemos, na Santi,sima Trin(Iade, algullla cOu‐
sa primeira ou ullinla,nlaiol・ oll lllenoro N5o pliaza a Deus qlle elト
tre■ o espil・ ito dOs neis silllilllante impiedadQ. A Religi願 O clll・ isほ
ehsilla― nos, que a nlesllla Elernidade, o mesll10 podご r, e a lllesllla
magestacle, cOnvelll is tites Pessoas; e qlle n額 O ha entite ellas a lne―
nor difFerenga ouヽ desigualdadeo A distinccao qlle fazemos dinlana das

■o Dci cogniliOnC fraudaronttir,nisi proponcrcn!llr eis divina pcr modllm


fidei。 3θ r′ propter cortitu(l:netn.Ratio Orim hurnana in robus divinis
′QSt mu:tum dcAcicns
`ο
i cujtls signum est qllia phl!OsOplli do rcbus huma_

1∫『:測榊‖Ⅷ椰taWISttwiぶ ‖ cls pcr lllo(lllnl lidci trnderenι


quasi a Dco dicta qu・ i :ncnliri nOn potcst. olι ω 。11 ′
s′ θα
´
θ
uF,
′ βごθ 7ι
11古

art.IV. `,
(1)Deut.xx:H,6;Malach.H,10.
(2)Ro:no II.10。
(3)JOao III,1;Rom,VIII,17;Hebr,II,11.
299
DE PERSEWERANOA.

de Pesmis e a igualdade na Santisd


Jθ rθ Sθ・ POr esta pala
rθ ″ο
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罵 l『 :l「 1lz:l`■
1:roCII:
so, Ou crOar
cil ; aniquilar o lllllivel・
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ln deixaF de eXiStir, neln enga‐


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猟l講∫

feitalilente is6nto de tudo que repugna com o Ser ininitalnOnte peャ
fdio.

I,1[IIITI:‖ }││{l∫ 11rll[:ibifli∬



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° na onlnipotencia de Deus sa0 1,0
abalピIS。 1lral ll:lienS
lo e destafё
induzir― nos i humildade pe10 sentilllel〕
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da nOssa fliaqlleza. E'assi田 L que,na neligi瓢
0, tudo tende a cllliar
me ao se‐
:ul:『 鶴 詰 l ミ.ISilllencias
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Z賓 dO peccadO, e tornal-O cOnfol・
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dos bcnelcios do Deus。
∫協繁冒"″ 鰍靴Littγ ll(:淵 孟
.Deus seゴ a summamen“ hgrabr Se nお
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9 110menl que medlla na Omllil〕
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as sem alguma lnaleria pree対
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stenie, nem deslraze!― as, sena0 1・
zinc10,as e algunla oullL:Oll:lisj::1詳 e(lu_

alnt∫ :drI:.elll(1:ll l:1


1翼 lililil∬ 』:1: 1ll a reduza a nafla; mas tam sOlnenle reduzil_
a a pedi・ as, a entulhO, e a lenhae
´
S6 Deus se cllama ci・
eadOr, 0
o preciza` de male‐
illill:Ⅱ lll lillnttliisI::q::ri:.Deus 6 que n額
Esta palavra θrθ α′ο
″nao designa s6 o Pai; p01,que a obl・
Crea9晨 0 6 cOmmum as tFeS PeSsOas da santissima c indi宙 a da
sivel Trin_
dadeo cOIn ettitO,se o symbOlo nOs dizヽ
quo o Pai creol1 0 ceo 0
a terra,a Escriptul'a nOs diz lattbem, fallandO dO Filho: o“
θ′
οごα
`

(1)Malth.xvII,19
(2)Jacob.I,6.
(3)Lllc. xII, 5。
{4) Luc.I, 49.
301
DE PERSEWERANcA.

ns cous&,s foram feitas por elle; (1) .-


do Espirito santo igualmen-
sobie as agilas i (2) os
te tliz: 0 Espiri'to ilo- senho, iro'lLuailo e toda
'Ceos se
f'irnta'r'am,
pela Ttalaaru do Senlrcr' diz o Psalmista '
a Eua bellesa d o'effeito ilo sopro ila Eua boca'.
(3)
, Do c,o e da terra. por istas palavras ertende-se ndo s6 o
ha' os mine raes'.
Ceo e a terra, mas tudo 0 quc nelles 9* I*gl'lj:].'
o homem, os Anjos, todas as creaturas visivels e Invl-
os animaes,
siveis. Contenta-se 0 Svmholo cont dizer
: Creatl or do Ceo e tla ter-
part6s principaes do trrun-
,.a ; porque o ceo e a terra s6o as {uT
Anjos ; outra inferior , oncle ha-
tlo ; uma superior , onde mol'am os
bitam os homens. ora. os Aujos . o*
homens sf,o as mais nobres
o bedecem e se refc-
de todas as obras de Deus , poi, que a ellas
Ienriodasascrealulas.,assinr.o*o0sAnjoseoshomenssf,otam-
bem ohrigados a obedecer e referir-se a
Deus'
prinreiro artigo cla nos-
Tat e a .*prrcryeo simples d litteral do
sa.fe.Talvezignor.eisquanto6vaslo,quanto6grandeesrrblime
tudo 0 que elle encerra i Pois sabei que
es[t s6 palavra Um' Deus
"
uttico, creacl"or- e ccnseraador de toilo ; tlniuerso, QUe resplandece

noal[ocloSi,nrbolocat,holico,engmundomoral0que6osoln0
nundo Phisictl.
I os vossos c0-
Povos motlcrnos Que [am soberboS andais com'
nhecinreutos, reparai bem, que e ao
symbolo cal'holico que deveis a
intellectual sobre as nag6es pagfis d'outf'ora
e
, y,ssa superioridade nu Yem tle divintla-
d,hoje. B senflo dizei-nos , quem dissipou essa nostrin-
des absurdas, que recebiam o incenso clos
aviltados.pagfl0s,
ta mil altares da cidacle dos Cesares ? Quem livrou
vos do barbaro

dogma da fataliflacle ; do jugo de feg'o


do cego destino ; que asso-

berbava o, *u**os philosophos da Grecia


e'da ltalia ; que sufftrca-
moral , e os conde-
va em seus gorag6es'o seniimento tla liberclade
horrores da deses-
mnava ou f, irrsensibilidade dos estoicos ,' 0u aos
peragf,o ?
鰤蹄

(1) I,3.
(2) II.
(3) IX.
´

302

£Ⅷぷ 滉
CATECISMo

“ ∬醐蝿ヾ
∫l嚇 鮮


e漁 re胤
inlermillaveis cOsmogonias(la Gr
I
poz termo a essas i)Orpetuls cOlljOcttll・
uλ ね mぬ
as sobre a Oloigem das LOusas,
dad%Om_
:1』 ∬::nttIЪ ‖
e肌 lLittmpO'e com■ ―
VOS, com a hisiOria na lnaO,
v洒
pela

llil「 l:様 ill‖ lililllpifI∫


OaplIFTll.1露 ・
∫imillil讐 驚
l「 :∫
sua l)]・ ilneira palav:・ a o a base das

iIIl ‖キ │lilililIII
'柵 lliⅧ em肝 山 e脚 山 m
腋 n:凛 ∬ T Te嚇 '叩
Lq「 elll dOVeis O dOgma c01lsO!ad01・
宙dencia maternal;・ aliOnta is vOssas oracoes, e senLivel
│:uma Pr。
К飢山decell μほ 輔L鵬
in絆 ll品 ∬ ts〃 l脚 iSLmQttm consoladora: Jッ θ Fα ,7β α? Fo1 0
pl'illleiro al・ :iき o dO SITinbO10 cathOlicO.se duvidaes,lembl・
ai― vOs dOs
povos pagaos da allliguidad9,O daS ti・ ibus id01all・ ls dOs telllpOs n10_
dernos.


meWTttxldl∴ ポ 犠∬胤脚 1。
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1:I:ll:ibl::iizilllllillall鷺 〔
llle」 tr:∬iF101n∫ li(1:ち
〕 (1署
ll1 0 ataCa.
O segundO alili30′ dO Symbo10 6 assinl cOncebido:
% ノθs“ _
ヵ: θ
θんriis′ ο 彿,η sび sθ %F〃 んθ, NOssθ Sθ ηんθr. DizeEIllos i Cl・ eio em Jesuム
ChristO, 00mo dizemos: creio elll Deus Padite; l〕
Orqllo o FilhO(le
Deus, Nosso Selせ [or Jesu― ChioistO, 6 Dells'cOmo seu Pai. POit issO
naO devenlos cOntentar― nos cOIll tor pOr cerio O quc a fё
nos ensina

lhi∬ 蹴
:ふ I諾講
:rrli淵 :leぶ 鋭∬Tim∫ tl柵
p誼

.
ll: :lllei:;:ll:1° liluelitsI:i∬ le nelle, a艶
que pela
,allimada cOrresponda ao amOr
cllhridade,uni‐
303
DE Pf,RgEYEn.{Nga.
viver' da sua
ra o nosso espirito ao do segundo Adam ; fazendo-nos
oi,lr, e partie,iput dos fruct'os da sua Redenrpqdo'
Emlesu,.Christo.Apalavra./estlsquerdizerSalvador.Ndo
homens , {u0 se deu
6 pOr acaso ,, nem por voniadc ou juizo ,iot
yer.bo IncaHrado ; mas sim ordem e disposigf,o do
este liome ao -por trIaria que ella seria
D}eSm0 Detts ; pOrque o Anjo,
a,nunciando a
ttisse-lhe eslas lralavras : Conceberds
em tew centre' e
Itlfli rie Deus,'FilLln,
'.rnrn:n,,
,,* (c qzt,tlt cl'ard's o ttlome de 'Iesus' (1)
notne na Escriptura ' p0rque
Y'erdade a q* ,o,,ito, liveram este
tnas s6 Nosso senhol o veri-
eram liguras do verclatleiro salvador ;
licou ern toda a sua extensto : foi elle
e s6 elle que salvou- o mun-
do tlo peccatlo , tlo tlemonio e da morte
e[erna' o'nome de Jesus'
ft'uslrar toclos os esforqos dos
pronuncitttlo com fe; tem a virtucle de
A* ,,n*ro Salvaqfto' Cumpre pois qu: este
nome Santissimo
inimigos
sejafrequenteemn0ss0*lohi,u,.*,p.'*anen.teen}n0ss0*,0'1::::.
ungido ' otl sagra-
o'no** ie christo, jtrnto ao tle Jcsus' significa
consagrar cOm 0 Santo 0leo
do. Hra lei e coslttme entre os flebreospot' isso se chamavam 0s
os reis, 0s sacerclotes e os prophetas '
Cbristos , ou ungiclos do Se*hori
Esta consagragflo era 0 symbolo
ao Sruqo partictilar, clue Deus lhes cornutttnicava ,
pam exercerem
tlignarnente as suas funcgocs. 0ra,
a missto especial dos padres 6
recommendar o p0Y0 a Deus
por assitluas. oragoes ; offerecer sacri[i-
cios , e ser metliatlores etttte
Deus e os hoinens' 0s reis sfio eII-
carregadosdeg0vel.na|.0S1)0v0S.promulgarefazer.guardaras
Ieis, pr.oteger al vidas clos innocentes ,
e punir os culpados. como
d'a]gum motlo'
estes clous ministerios parecem representar na lerra,
escolhidos para a rea-
u *og.rtua. Ju Deus , pOr isso os que eram
sagratlos c.m o Sanlo3leo'
e o sacertlocio, cleviam ser ungiilos
Ieza =i.;b.,n
e
.ro costume ungir os prophetas porque eram 0s In-
;
iLl- "
terpretes clo neu, inrmot'tal , embaixadores
seus ,
encarregados de
corrigir os coslumes e anuunciat o porvir-
ora ,
uinguem mcrecia

(1) Luc. I, 3l' - Ycja-se no t' YIII, tratando tla Feua ila Cir'
cumcis(to, tlo respcito tlorido ao nome
dc ./esus.
(9) [cv. YIII, 30 ; lil Rcg X, 15.
304 CATECIsMo
mais o nome de Christo que Nosso Senhol・

肌∫ ∽
;pois 6 ao mesmO tel■

_
po Bei, Sacerdote,. e prophefa r o o ul躍
nio 6 uma simples participagflo cla lFittL
lat,ヽ
mesma que habita nelle.
Em primei10 1ugaF 6 Rei, naO s6 comO Deus, mas cOmO hOmem
revestidO de nossa nalurezao E'coII10 Rei que sell Pai O fez an―

i 』正 :1罰

■ullciaF aO munt10: sθ 夕
乙 θttθ J θθ
′・
夕2ο ′α9α sα ″θJbθ θ ら,θ sθ ″θJ“ 02ι


島fTllim:af:un『 1&l es「 hJ e der■ o;cOmoOadO naれ rra,

Em segund0 1ugar, 6 SacerdOtee cOm efFeilo,′ elle ofFol・ ecet llnl


Sacrincio, com o qual nonllllm OllirO se pode collll)arar; 1lm sacri_
lcio, dO qual os da antiga lei eram lodOs a flgul'a; e ene conti"
nua a ofFerecel‐ o, sObro Os altaFeS, 10clos os dias e por tOda a tel・
_
rao Nosso SenhoF,prOpriametteね llandO,6 o unico Sa"rdole; 10_

‖識覇Wi憮1盤彎lLttl丈鼈
receu por suas pl・ Oprias l150s a Deus seu Pai, cln a ultiIIla ceia
n9 sacrarIEntO dO pao ёdo vip・ ho, e da lnesnla sol・ te so OIrerece tOl
dos os dias,` ■O sacitiflcio t10 allaF,_pOlas maos dOs sacerdOtes.
Em terceiro lugar,6 Proが heta. Jesus recebeu de seu Pal a
sciencia de todas as cOutts. TodOs Os que se hOnraram com o nO_
me de Prophetas, naO eram .mais que seus‐ discipu19s, ellviadOs adi‐
ante,_para annuIIciarem aqlelle que havia de dar a∞
hOmbns 0
verdadeil・ ocOnhecinlenlo dOs misteltios de Deus. Demais, elle exeト
ceu a FllncO瓢 o de PrOpheta;mostibOu, cIIl muitas circuIIIstancias,qre
conhecia porfeitamente Os mais‐ Occu1los pensameniOs dO pspirito, 0
os mais lteconditos sentiIIlenlos dO cOra9ao; predisse colll tOda a

(1) Luc. I,33. ´


30b
DE PERSEVERANoA.

cel・ toza suCCessos, quo se verincaram littel'almente,comO fOi a Sua

iliielillilll
ll111niill#││1船lillユ
11:轟 llilil∫ llI〉
l:留 liξ ,lllriTポ llld∝ ∝
h∝ ue船 .e dtt a cada um

Segulllι
t61り iSIlサ :;i Estas palavras lllostram quo o PaiTodO PO‐
Ю
れ鴫山甲
em ttam∝ m ttmttO∬
Filho Vel° lgl縄
Os:Ⅷ
:1品 h‖
dadeiro, um Fitho por n〔

‰ 」咄 TttaWSoⅧ O∫ 跳 見
I』 鮮 i幕 Ⅷ ‖ ∬ 猟 i
tenhamo‐ ■oS d'imaginar o seu nasl
ramoS ゑSeguintc
resiree SO queremoS ter alguma idea d611e,recol・
se vё a um espelhO,immediata‐
mestllo, tam perfeitanlente silni‐
l entre ella c a propl・ ia pcSSOa.
,nlo s6 nas fe190es e nas c6ros,

Tnas tambem llas attitudes e mO宙 mentos. Esta inlagem. tam per‐
feitamente Similhallte,produz― se Seln fadiga,sem inter,3110 de tem・

暮鱗i撫 F置
躙 楡
鮮ポ fボ
iha"ma咤 :


l[
:::::Zぷ 盤織i温 }T器
ξ d劇 e de bdo O鍵 u

lhos. POr aqui vemOS CO■ 10 0



0 o mesl10 Deus cOm Seu Pai;pois que tem a sua lnesma subs‐
■10 6 mais novO quc
tancia` VemOS ainda com0 0 Filho do Deus
o Pai, mas existiO selnpre coll10 Seu Pal, poiS quO fOi gerado pc―
ねz de si nlcSluoメ oontclllPla91o qllc ё
la s6 oontempla01o que Deus
cterna como elle。 (1)

\'/ Bellar..
(l) -" -. Dottr.
ag
c'hrist, P' 92"
tII
306 cATECIsMo
Croiamos pois cOm l:illle艶
,c hO■ remos cOIn pl'0負 da pie(lad`
ll〕
o lllisterio, pelo qual Deus Padi〕
e gera seu FilhO desde 10da a eter‐
Ilidade; lllisteriO que, depOis de 10(!as as sillnilllanOas possiveis, oca
senlpre tanl supel・ iOr i ras10 humana, que nos deve exlasiar cO:■
ao PrOpbeta qlte exclamOu: o:ι 。
θ,P3 ″θ
Jθ ″
α%α ″・
夕α″ αsttα ′θ・
′α αθP
β
(1)RogoslOmO_nOs em cFeF,sob a palavra dO mesmo Deus,qlle o
Filh0 6 da mesma natureza quo O Pai,que tem O mesmo pOder, a
mesma sabed01・ ia,a IIlesma otel・ nida(le, segundO esta explica9額
ConciliO dO Nicoa: ″ θ O d0
tt t乃 ∫_θ ん″lis′ θ
,sθ %π %ヵ θ Fグ′
んο, ,Oα ∫
θttOご θ
Pα グα,3′ θ
s Jθ Jθ グοs θs sθ θ′ θ “ υs fra ″θ
s,,θ

%s, ′t`= ′α ′χ,″ θ
υθ″″ θルοノ・ ο″θ∫υ θrグ α
Jを ″θ
%s Oι

;レ θ ″α

Jθ θ αοルグ ′
ο, θ
θ′ら

θPα グ
α ″ θ s`α o∫ ,3θ Jα ′
,Pθ 9彿 αs αs θθ sα s/0″ α夕
ん“ルグ′
α∫。 “
"O JO″
“ unicO de Deus, pOrque eHe
Jesu‐ ChitistO chaina― se FilhO
ё0
seu unicO FilhO verda(leilЮ o N6s somos llhOs de Deus, mas tam sO_
mente por adopc 15o; queremOs dizeF, pela eleiO瓢
O de Deus, e pela
sua graga; em quaniO Jesu_christ0 6 veFdadeirO FilhO de Deus pol・
natureza, 0 0 unico que 6 Fil110 pO「
naturo2a.
Ab∫ ∫
θsθ ′
:ん οr. JOsu― Christ0 6 NossO senhor, 1.O em quantO ・
Deus; pOrque nOs creOu e nOs cOnserva ; 2.°
em quanto hOIDein;
porque nos renlio pOr grande precQ j e porque seu Pai llle deu 10_ ・
do o pOder no ceo e na lerra」 3.°
em quantO HOmem_Deus; pOr―
quё eζ la ulli=O admiravel da nalureza d市
illa e bulllana el■
PessOa o tOrnaria Nosso senhOr,ainda mesmO que naO tivesse ullla
m01・ s6
_
rido pol。 ■6s; pols sO po「 ・esia ullia0 6 elle O senhOr soberano de
lodas as crea1111'as em geloal, e enl l)articular dOs flels, quo lhe es‐
tam unidOs cOmo Os lllembros cOm a cabe9a, Os flhOs cOm o pai,
os discipulos cOIn O meStre. Assim 6 que de Jesu―
chi・ ist0 10manlos
O■ ome de Chrisほ Os,e nos subIIl1011elllos is suas leis■
O dia dO ba‐
ptismO,juliando― lhe lllla ndelidade'ctelona.
D'est'al・ le
pelilencemOs a Jesu― ChristO llluilo lllais que um seltv0
a seu all110, unl escravO a seu sOllho「
, ulll fllho a seu pal. Tocla‐
via este tanl poderosO senhor tracta_■
Os cOm tanta charidade, que
se digna dar_■ Os、
, nlo o■ Ome de escI'avos′ Inas O d'il・ Ill晨 os e allli‐

(1) Isaias, LI110 8, 、


DE PERSEVERANoA. 307

{{0s. Eis aqui unta das rasdes mais fortes , e at6 n6o sei
se alguma
iiode haver maior , para ngs mgYer a reconhecel-o ,
respeital-o e

honral-o como nosso Senhor.


os clous primeiros artigos clo symbolo ensinam-nos que nds vie-
mos de Deus , e pertencemgs a Deus d'uma maneira toda especial.
A que altas virtudes ndo e pois capaz de nos elevar esta s6 consi-
clcragflo , bem entendicla que seia I Um imperarlor romano
tinha um
veado magnilico, QUe depois cle muito trabalbo conseguio domesticar.
Estc lindo animal , objecto das caricias e affeigOes de seu amo, era
alimentado n0 palacio, aonde vinha todos os dias depois de ter vi-
sitado as florestas visinhas. o imperador i temendo que , nestas
ia6 e I'oltas, o nfo perseguissem , e lhe fizessem algum mal , mari-
pala-
dou-lhc p6r uma colleira d'guro, ontle estavam gravadas eslas
yras : IYd,o nte toqu,eis. ew slu de Cesar. Pois tambem n6s vie-
-
mos cle Detts , p.itunremos a Deus, que nos impriurio a sua ima-
gem , que nos marcou cgm o seu signal ; a nossa alma e suas fa-
cultlades , 0 n0ss0 c0rp0 e seus orgf,os , teem 0 cunho tla
divrnda-
rle,. em summa em todo o n0ss0 ser resplandece esta sagrada ins-
cripqfro : IY(io me toqrteis, eu Elut cl'e Deus. Saibamos
pois respeital-
a n6, *.un 0s, e fazel-a respeitar tlos outros; ndo nos deixeffiOs s0'

duzir, no1n p.ios maos exemplos , nem pelas paixdes , nem pelo de-
monio, {u0 6 o inirnigo de Deus e 0 n0ss0 grande inimigo.
Que, direm6s a80ra das vantagens
quc 0 nundo deve ao segun-
tlo artigo, do Symbolo ? Ainda que s6 as consitlerassemgs n0 que
para
respeita 6 inteliigencia humada, ser-nos-hiam precisos v-olurues
as.exprimir. A esta revelagdo, {u0 Deus nos lez de Jesu-Christo,
6 que as socieclarles Christfls devem as tam exactas nogOes que leen
de'Deus, clo homem, do mundo, das relagOes enl're oS superiores e
inferiores. Jesu-Christo 6 a ullima palavra cla sciencia cle Deus ,
tla sciencia do homem , da sciencia da socicdade o da sciencia do
mundo. fesw-Cltristo ow o Fiiho ile Dews feito hom'em', p&ra saluar
jus-
o gener\ humano, eis aqui cluas palavras qtle nos tlizem mais da
tigu, misericordia e sab;d6r,ia infinita cle Deus ; da alta dignidade
da alma humana; da immensa SraYidatle clo mal ; da queda e-reha-
bilitaqf,b flas creaturas ; que totlos 0s .Prophetas antigos , toclas as
tradic-g,6es clos povos , e toclos os livros dos philosophos. Jesu-chris-
308 CATECIsIIo
to! Eis o stlblillle ltesumo da histOria do mundO, os qual・
onia so―
cl1los quO precoderan〕 a sua vinda, e tO(10s Os que se lhe segllil・ al■
o h証 o de seguil,, convergem pal・ a um pOnlo, qle 6 JOsu―
Clll,isio;
ton(leII1 lodOs a llnl lm, qllo 6 a formaO証 o do seu cOrpO InislicO,
a fo:ヽ maglo da lgl・ 可 a. ム este lm s10 0001ヽ dena(los tOdos Os succeS‐
_ SOS; OS pOvos tOdos cOm suas revOl110oes gl'avitanl ´para ostO centi・ o
como os astrOs palta o sOl. Quem n50 souber istO, nada cOmpre_
hender嵐 ,ji naO(ligo(la historia sagrada,mas nem da llistoria pFO‐
fana. Pelo 00ntrallio, cOm esta noO瓢 0, tam silnples e tanl elevada,
llldo sc exPliCa, o geniO inspira― se b dilata_seo ca(la povO, ca(la
SllCCeSSO vё _se em seu destinO, e classilca,se i sOgundo a illlportan―
cia qup tem no plano geral da Pl・ o宙 dencia.
N証 o nle admira pois Ouvir 0 3ran(le ApOsi010, tatt pl・
Ofllllda―
mente instl・ uido em todas as cOusas, ettclanlal・
com unl san10 cnthlト


LIri盤 難 宮∬静鷲
[∬ :i[
に 法
:む
.a窯

窮赫
」:LllTl腸 写鴨;蹴ツ
littF帥 ,1諭

:0“

oEiaqEo.
O' meu Dcus ! que sois todo am0r ; €tt YOs dou gragas por
l

nos lerdcs envrado um salvador , que nos esclareceu o espirito pe-


las vivas e srrguras luzes da f6. ne quantos erros nos lirou de
quanlas desordcns nos livrou o y0ss0 amado Filho ensinando-nos
,
, a
conh.ecer-vos a v6s, e a n6s nesmos e is crcaturas ! Permitti pois,
,
que nos aproveitemos de [antas luzes pois que muito se pediri
, a
qucm muilo se deu。 _
Eu prote,10 alnar a Deus sobre todas as cousas
,e
a0 proxtmo
como a ttim IIleSmo por amor de Deus e, em testemunho tleste
; ltn0lr
J rο z 4″ θ
ρ24υ ケθ ,Of″ θαS instrucgIes da Catechesls.

(1) I COr.II, 2.
309
DE 'ERSEVERAヽ 91・

xlx。 ' L10100

1, PELA FE'。
DE NOSSA IIN110 COM[O NOVO ADAヽ

にH° da lncarna9籠 ∝一】


Vhdadc e hu‐

鳳∫∬∬ζ
3.l〕 ‐ 4.・ Arti‐
tt M穐 hor:VantagClll SOCial deSte artlgO.―


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Vantagcm sOCial deSte
Vantagem SOCial deStC
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03.° Arttgo dO Symb010 reSume_se nestas pda'Ftts:O gttα
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dFeS dO p● mdro CO■ db de NteL tt Seu:m parlcdar pdOS Pa“
`linCar,lα

(t) S. Jof,o l, 98"


310
CATECIsFo
Spiritw Sancto en Ilarict lrirgine..-Accrescentemos
est tle
vinha que 0 Filho incarnasse, para grrc con-
que todas as c,usas no ceo e na
resrauradas p,r aqireile, p0;
:ffi"ffif guenr ,o principio rinham
O qu,al foi concebido por graga
do Espirito Santo. Bstas
Iavras exprimem o moro ,rro
u ,irng;.0*"c0m0 se rearisou pa_
carnagfro. o Bspirito santo, que a In-
6 a- terceira pessoa cra Santissima
Trindade' eurnmesrn, Deus
c,m 0 pai e0 Firho, formou,
seu poder infinito, ,o purissimo p,r
.rrgru ,i, ,urtu_ yirgem o perfei-
tissimo c0rp0 cl'um menino no ,
seio a* Ilaria. No mesm, jnslantc
cre,u uma nobilissima arma, gue
unio ao c0rp0 daqueile menino
.o.po u , alrna aeste *urino, ,
o Yerbo divino.unio- ambos, o e
mesma divi,dade; de sorte f, sua
que n,um instante Jesu_chrislo
do Deus e homem ver,areiro, licou sen_
e a santissirua yrrgem ficou tambem
sendo verdadeira e propriamente
mf,i d,um Deus honrem p,rque
mesq' momento concebeu um homern_Deus ; n0
do da sua propria substancia. ; cujo
-Espi,.ito c0rp0 era forma_
nros chamar-rhe pai cre Nosso -forquu
Quanto ao sa,to, niio pocre-
basla fazer uT., c,usa, 6 preciso .senhor , para ser pai , nf,o
fazer'-a',tu'ruu propria substancia.
. Por isso nfro dizemos qr* o pecrreiro 6 p;i da casa gue
p,rque a fez de pedra, p{0, errificou ,
etc., e nfro da sua propria
o 'Espiriro Santo fez, e verciarr. cflrne. ora,
,' o ;;;p;-j; F,ho de Deus ; mas
elle o fez da carne e do sangu:.
propria deile mesm, p,r isso
d. niaria , e ndo da substancia
; Nosso s*no, ndo 6 Filho
do rspiri_
to Santo ; mas, em quanto Deus, 6 Firrro
cre Deus padre, de quem
tem a divindade ; e, em quanto
iomeni. o ritr,o de fiIaria, de
tem a humanidade. quem
Dizendo-se que 0 Firho de
Deus foi' concebitlo por obra
ga do Espirito santo, nf,o
se criz que urm plrroa da santissima
, e gra_
dade foi a uniea que conc,rreu Trin-
para a Incarnag,flo
posto que o Filho s6 6 que tomou ; ,o,.nruu,o ffi:
a natureza humana, todavia as
lres Pessoas divinas tomaiam parte
neste misterio. com ereito,
das regras da f6 christf, 6'que, uma
nas c,usas- que Deus faz fora ,e
mesmo, tudo 6 commum 6s tres pessoas si
gue a outra, ou obre sem a outra. , ru'* que uma faga mais
ora, o misterio da Incarnacfro
e deste genero , pois que 6 um acto
;rlt,.;,. Torravia, cosluma a


DE PERSEVERANoA. 311

Escl・ il)tura attrib■ ir a unla Pessoa elll particular cousas qte slo iguaト
mente cOmmuns iS tros Pessoas;poF eXen〕 plo, ao Pai, o soberano
do■linio de todas as COuSas; ao Filho, a sabedoria; ao ESpirito San‐
10, o alllore Se a Escltiptura pois attribuc a bbra da lncarna91o em

腎冨I∬『T畷 塁 i還 臨 11富
∬11淋 鷲
nF》
a com OS hOmells;elll s(
Deus pal・
cula ou corrupd瓢 o6banida deste misterio,nO qual tudo 6 santo;


乱Ъ二 ll:│£ lalSIIl・ 1:3温 F'd:lilillirlil嵐 6dis:ll::」
甘‖
l111
somblia de pecCa(lo. (2) s concorreralll paFa l lnCarnag瓢
o,
Mas se as tFeS PeSSOas divina
a9額 o,
cOll16 succede que S6 incarnou o Filho? A seguillte compal・
lo:Quan“
de que usam os theologos,■ oS dari uma idea deste mistel三

do unl prillcipe se reveste de sua purpura real,e mais dous o aiЧ
dam a vestil・―se, tres posSOas conoorrem para o actO, e coⅡ ユ tudo

ulna s6 flca vestidao Da mesilla sorte´ as tres Pessoas divinas con―


tribuiraIIl para a lncalonaQlo; mas s6 o Filho・ se vestio da llattlreza
humana。 (3) ・
A segllnda lerdade que nos ensina o teliceiro artigo do Symbo―
lo 6, que o Verbo eterno, assuΠ lindo a natureza humana, a unio

que
natureza divina em uma s6 e mesma pesso,。 Do■ (le reSulta l.°
nesta uni瓢 o ine」 avel, as duas naturezas conservam cada uma as suas
θ
攪::。 1肌 J;缶 :rソ lil朋 腸 id」 :Ъ ;務 ∫
αJJυ れ′α
Jθ . 2。
°
QuC Nosso Seni {││!峰 イ枠 考電 1撫 ♯ li盪
porque esti ne1lo toda a divindade; e ao mesmo tempo verdadeiro
homem,porque tem um coFpO e uma alma cOmo a nossa; e em
tudo■ os 6 silnilhante,OXCepto■ o petcado。 3.9 Quc havendo om
Jesu― Christoduas naturezas,ha talnbem duas vo■ tadesメ a vOntado.
divina e a vontade humana; mas ontre estas duas vontades nao se

σα′
′θ. Jο θO“ θ
iれ O Jθ rrθ ル
`00 te I, p.89, n.90。

Nat.■ lexand.Dθ Syttb。 154.


BcIlart Dottr,cllrist。 29;Nato AlcXand.pe Syttb.162.


312 cATECIsMo
di jamais oplpp19五 o;pol・ que sendO a vOniade llumana perfeila elll
O ■ ovo AdaⅡl, destta e quer seコ
o que quer a vontade divina。 1

誌」
l∬ lttt臨 鵠
::‖ i∬ l
s6Pessoa ein Jesil_Chl・ istO, assim cOmo om■
6s a alnla O_O cO「 po
naO fazem mais que um s6 hOmeme

AItilillillllilliwiri・
』 illlalild‖ ∬‖ l電
ifi:
l lllalernida(loo ora, Maria sall‐
tissillla concebeu em seu ventre a NOssO senhor, FilhO llnico de
Deus: Deus c hOmem verdadeiro, unindO na pessOa dO verbO a
i:llliel#Iil:;illl[lilTt∫ ° SFllご 15よ
l撫艦:│∫ 絆 dll背 'flil:ll
ois el11 0(leu ao lllulldOo Maria 6
por tanto ve:・ dadeiramOllle, 0 0m lod0 0 rigor da palavra,

Fα ググθ
″θ 。NIo porque ella desseぬ luz a divindade,O que 6 tam ab_

陥蹴∵
椰W滞ム‖ Wち が1躙 棚
"∫

‖ ‖∫
de seus fllhos, suppostO nao geramS a° alllltll la略 :贈 l::° (11:p:
mai aquena que concebe e dtt i ll
alma。 (1)Assim a Santissima Vi
porque concebeu e deu ao mundo
homem verdadeirO, fOrmado da su
soalmente a Divindade. Ta1 6 a e

獅シ
鰯軌続穫鮒u濯季
ュ鮮
(1)Nec solius carnis mater cst,sed hominis Dci,sicut alias lnatres
solius corporis genitrices nemo rectc dixerit,quamvis animam■ 0■ parianヒ
concipiunt enim ct pariunt hOnlinem anima cOrpOreque cOnstantcm. s,
Cyril. EP,s′・ad alonach・
3113
DE PЁ nSЁ ャЁLANcA。

SWd盤
∬ ∬ 鵬 F席 t猟 孵雰為
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,・

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〕lnida no Concilio tl'Ephcso, con―
ζ


Dstorio: Se alguenl negar(lne Nos―
30 SCn1lol・ ёverdaddil・ o Deus,e verdadeiro homenl,o(lisser por conse‐
5 RIIi de Deus, stta anathemati―
a mais bem emprOgado; pbrque
rla, 6 negar a unldadO de Pessoa
lapa「 o fulldalnen10 dO Christianis―

m° ;du∬
lFi∫ lisF::1増 1:lul出 r61'1ll
mulber,dlo os Padioes e theologc illlrpllttartt lal尋
deste nlodO quiz Deus rehabilitaF a arllboS OS Sexos, e mostrar〔 luo
° 2.a ё
tinha vindo aO mundO para salvar a um e a outro; a porqlle

convinlla que a mulher,que“ Fa a anthora do lllal,fosse tambem a


autilol・ a do bem。 (b)
2.O A viFgindade pel'petua de llalSia. E'da tt Catholica o Apos―
tolica, que a augusta Mtti dO Dous ё a ViFgem pOr excellencia,
virgem antes dO pal'lo, ■O paloto e depois do parto. A Escloiptulta
′・
e
∝ Padres s江 o unanilnos neSte pOnto.
perder sua virgindado,‐ ёlnis‐
Que uma virgem conCCba,scご
inas aca―
tol。 lo sem du宙 da superior i ltaslo e as leis da nalur,za;、

│:IR:li.II・
―獄ざ品 IF:。 nc。 lmdur EmⅧ uttcぶ
id sanctain VirginCm Dciparalll,gcn 蹴 Ⅲ 淵nfuli,ぼ
│‖
グ ″θ
bよ │
jP.lib・
secundum carnem,anathema sit,一 黎 ― 〃α
Sa canisius,Dθ

HI,c.19;Nat.AlcXand.'θ Syttb.p,162,e
「 todos os thOologosl
(b)So Autt Dc dvcrs・ quast.11;D.Th,Pill,9'31,art.4.、
314 CATECIsMo
s0 neo p'de Deus fazer cousas superiores
' 6 nossa debir rasflo, 0 0
,
estas Ieis naturaes quo eile mesm,
estabcreceu ?
por venlura nf,o
.dizemos_no principio tro symboro : creio
roso? Todavia, a'creagf,o do mundo offerece-n,s
iipadre
rro, Todo pode_
um exempro que
facilita a crenga deste misterio. Bem sabeis
que, seguncro as reis or_
dinarias da natureza, 'a terra nfio produz
trigo' ,ui ,*,. lrrrr,ra ,
semeada, regada cla chuva, e aquecicla
tlo sol f mas nf,o obstante
-
na ,rgem das cousas, quando o t.igo foi procruzicro ,
peta primeira
vez , nfro se lavrou nem seme,u,
, nem reg,u, nem aqueceu a [er-
ra ; eslava ella conrpletamente virgem
* iu,i *oao.' iortuuiu , u
s6 palavra do Deus todo pod.i.o*o pOr
1m_a r virlude d,um s6 man_
dado deste Deus creacror, a terra immediatamente
produziu 0 trigo
e as demais plantas. Pois da mesma sorte o seio
virginal de illaria,
sem nenhum c,ncurs, cras leis ordinarias,
mas s6 pero mancrado 4e
Deus, e obra do Espirito santo, produzio
o precioso pfln do c0rp0
animado do Filho de .Deus. (l)
Do mesmo modo, c0m0 6 que uma yirgem p,ssa dar i Iuz
Iilho, sem perder_a sua virgindide, e outri um
misterio similhante a0
primeiro ; mas nfro mais impossivel'A omnipotencia
de Deus. A na-
tureza mesma nos offerece outros exempros,
rasao a submetter-se a este crogma aa
qr.
obrigam a n,ssa
io. Nf,o vem,s c0m0 [otros
os dias os raios do sor penet,ra* e atr.avessam
,
tlo vidro, sem o quebrai nem prejudicar ? -pois
a substancia sorida
assim lambem, mas
d'um modo infinitamente mais incomprehensiver
nhor cle sua divina lllfi, sem prejod-i.r. de ,
nasceu Nosso se-
nenhum modo a sua
virgindade. E como se ha cre negar o poder de
fazer este miragre
aquelle, que depois sahio do tumur, sem aogo.a.
;;.d;=oru o fe_
chava ;
e entrou, cerradas as portas e janeilas, no logar
oncre esta_ ,
vam seus discipulos ? i
conteslar c nugai omnipotenc"ia de Deus
o
que nf,o comprehe_ndemos 6 para a rasf,o hunana
,
probrio., porque 6 o signal mais caracteristico
o derradeiro op-
da sua extrema fra-
queza. (2)
0 2

Bellar. Dotlr. c.hrist. g6.


< d
> 。

Em outra parte falramos do lugar, do tempo,


h,ra, e circumstau-
parto de Maria.
315
DE PERSEVERANqA.

E'poisamaiorverdadeqrcpodem-osproclamar'comamais
inte-
completa certeza, que Maria t Yirgem
' QUe tem uma
grida6e perfeita na'cgnceigflo
"*ptu
e pario de ,eo clivino Filho' N6s o
expressa autes do suc-
cremos, e esta e a fe constante do universo,
cess6, entre os Judeos, pelo Propheta
Isaias,.o qual annunciouque
, d'uma mdi sempre
o divino Unr*uro.t, o buot homem nasceria
os pagflos, como se proYa
Yirgem ; e 0 mesm0 vaticinio houve entre
tiveram a virgin-
pelo profundo e universal respeito em que sempre
dade,eporaquetlatradicqdogravadau*-o*apedradosDruidas'
recentemente descoberla , na qual se
luuT estas palavras : 0s
e
Drwitlas d Virgei que h,a de parir) lirgini.pa'ritwra-D'rwides; por
por todos 0s doutores e
depois do successo 6 esta f6 pr'oclamarla
disso. de nos fazer no-
lodos os concilio, , qo. n6o deixaram , al6m
na santissima Mfli do
lar a necessiilaile desta virgindade perpetua
Filho cle Deus. (1)
Quantouooo*.de[l[ario,{r0significaaomesmotempose-
em n6s, como as quali-
nhora , rainha ,-iiprnongo , deve eile excitar
os sentimentos do mais pro'
tlatles mesmas da augusia Yirgem , todos
funtlo respeito , juntos a uma'.onhrnga lerna
e filial :6 para n6s
De facto , assim 'c0-.
quo ella e tttaria nossa me] e nosso modelo.
, 6 a segunda Eva:
mo Nosso sunno, 6 o segundo Adam assim , lllaria
Deus tinha dito a Eva :Tu parir$rs com agudas dores' (2) Matia
Incarnado sen trabalho nem
isenta desla t.i, Oe ao mundo o Yerbo '
se unio f, natureza hu-
elor. Do mesmo modO flue o segundo Adam
cumpre que n6s,
mana, nascentlo d,uma maneira tioa sobrenatural ,
pu*u nos unirm0s a elle, e participarmos.
da sua Bedempgdo; e re-
nasqamos tambem , nf,o rlo 'uogou d1 car1e.:-^i*^i:
Deus ;
'**
que vivamos por consequencia como noYas
creaturas, animadas de
e

(|) Nova nativitate genitus est, conceptus a ,


virgine natus ex vir-
tl.oe materna integritatis in-
gine , srne paterna carniJ concupiscentia ,--talis
Salvatorem orLus decebat
' {ui in se
luria : -quia futurum hominum et humana carnis inquinamenta
haberet humana substantia naturau ,
g De symb.
nesciret. s. ico. serm. da Natiu. ; Nat. Alexand.
(e) Gen' IlI, 19'

316
CATECISMO

胤電
せ庶L胤 ピに
i脇 島
∫i鳳 鳳罵ep庶 ギ:rttrn継
:・

Cinlell10 santissill10 dO Fil1lo de Deus.


Este pensament0 110s leva a fallar das vantageliS sOciaes(!σ
ceirO artigO dO syinbolo, 6rttα lelD.
θ
οηθ
θ α,彿 %」 θ
ャαθsα η′ こ ηκ
ル30,.
θ 艶S"es dogmas prOpoJOs,ha dczdb secn. `∫

偽〔IT::r:瑠 鴛:認
mⅢ Q劇 ° 山 腱 hЫ
ぬ ね 酬 h;eWゝ
ぷ ilC鷺 :。 棚 ::.ヤ
'

こら,2α θ
θ′θ′
′″O Sα2θ
α,na qual o hOmem grOssei:・ O O Calinal nlo
lollla pari9 algunla, cis
'2′
aqui a idea mode10,quc trallsfO「
IIIOll todaS
aS ideas icOrca dbs deveres cOl〕
Jugaeso A `Ila se cleve a santida.
S dasね 面
人∬ぷ
講ぼlelh蹴 ::'ボ a∬
l農
S躍
亀£
THC°
da艶・
Has,0
Qllereis a pl。 ,

群墳
∴驚
il111ぶ ∫鰹IIttle憔 ll 劇 ab可 %enll・ e∝ pⅦ s ttbmげ
駒s ms Ю
搬 ∴ 蹴 r誌 ,p:S16籠 entre v6s, na vOssa cara, nessas sOciOdades em―
fami!ias, onde baixaIIl as aguas da vOrdade Chltista? E'10gQ cel・
qu0 0 dOglna da cOnce19瓢 6 :oda espil・ :o
itual d'uln Dclls たito hO■ lem
e n10delo dO hOmem,propOs10 1艶

u肌 univeitsal dO mund。
, ennObro.
0り :λ ‰
棚》」
::鵬 ∫
T‖ 柑 徹1lI精 LttLsnト 11.∫

ち │:isp:::Stよ lp::tI輩
ciedades eね milias,011ご
dizei_nol_0, e lel・ eis col
i: │ ││ lllle

T…Ⅲ咄
pal'te dO terceiro ali:igo dO nossO symbO10。

i椰 糧
o' DeuS feilo Jeni10・ ,


織 鰐 )meuS iFin50s;、 sim,
l infancia;fosies lう s que 17estes desappa―
OCOr o diFeitO bl・ lllal de matar Os fllhOs,
1・
dO os exPo「
queimal。 , vender・
,e ttzcr(lelles estr1lme! _

(:)Joan.I, 13; Rolll, VI,4,


317
DE PERSEVERANoA.

油J驚 1詔 tu庶 ∬
19£
alttp:∬
霧∬;lT鳳 ,li満 :
o Paga―
ahi temos a hiS10ria,para o proWar.Que era a mulber■
6011:cilildat10 Pagalliξ mO IIlodern。
? Quenl a

tll:l° lin:│∫ llellll:。


31n obsta a que ella n10 tOrne a
a器
柵麗 艦Ч讃税L:LlWlttTTielz∬
Siolよ


Ⅷ麗濯 Sll脚
l:ユ

L窮 榊輔嚇輝
:hle常 :

_ O 1lomem estupefactO mudOu as

お,織 雨
嵐 Eva an‐
ideas,0 0S Sellti,entoS a respeito da mulheF. De hctO,
g乳
R∬
lo a mulllel・ el・

輔玉,犠
a santa em Maria,
nel'o hunlano em RIiltia,o hOmOm
fOi mais uma esCrava,■ ma besta de carga; mas sim a nobre COm―

1朧ia渉 彎×肌
lo homem e da SOCiedade. D'ost'aト
le h nlulher,depois de se tranSftDFmar a Si,teve ainda a gloria de
msbrm冨 o mutt E este m:!滞
ic:le糧 』rttill∬ 耽 l瀬

)tereis um oOra91o para nlo amar,


nder l
assim COncebido:Pα Jθ θ
θ%Sθ b θ19θ ―

α S,fOJ θ αJθ , 爛οr`θ θSψ


rt`θ ヴθ
α′θo Ensina―

r Jθ Pθ ηθ Pグ ′
tl′
αθ
"― que`θo Filho de D
■os este artigo

場器
滞sttmeeⅧ e淵 。
uma cr
dos JudoOS;pl・ egadO CIn`
i鸞
lソ101哺i静 T覺#∬靴
羊 撤∫ 鸞 ll
lllll(10 10das as nguras, propheciaS,e saorinciOs,desdo o prin「
ciplo do mundo; termo da tabedOrin, misericordia e omnipo‐
318 CATECIsM0
tencia de Deus. Bis porque o
aFul:
nfio saber senf,o uma s6 cousa :m出 琳鷺
出電留
ficado.
Penetrem,s c.m respeito e lemor neste
pr.ofrndo misterio ; ro_
jamos 1." quem 6 aq,elie que soffreu
?
feito homem por am,r de n-6s. Irlencionam
E, o mesmo Filho de Deus,
0s Apostoros a paixfro
de Nosso senhor logo depois tre ter failado
cro ,., ,o..imento p,r-
que Nosso senhor rasce[ para soffr.er, ;
e soffr.eu sempre, nao so as
privagoes, os lrabarhos e fadigas da
sua infancia , d; sua vida pri_
vada e da sua vida pubrica mas tambem
, as ignominias e 0s tor_
mentos da sua cuja imagem estava incessantemente criante
de seus olhos. l11xao-;
(1) soffreu tocrai sorle cre trores , no mais erevado
grf,o, em seu corpo e em sua alma. .
B, verdacle que nflo padeceu
em quanto Deus , mas em quanto"homem p,rque
nitamente perfeito, nfro pocle paclecer.
; ieur, sentro infi_
fodavia? 0s seus soffr.imcntos
sf,o d'um valor infinito, em rasf,o da natureza
inseparavel da natureza humana.
divina ?, qi,u
1*v o nelle
2.o como soffreu eile? soffreu voruntariamente; p,rque
Deus
podia, sem prejudicar nenhuma de suas perfeigOes
n0 seu peccado ; (2) potlia ainda remil-o por , deixar o homem
mil outros meios ;
taes como a Incarnagfro somente, ou por ,ro
ragrima, ,,nu oragfro
uma gota do sangue adoravel de -l\osio senhor lirto ,
; que cacla uma
destas c,usas, sentro rl'um preg, infinito bastava
,
para satisfazer a juptiga trivina. Emfim, Nosso
e superabun6ava ,
senhor pua*.uo li-
vremente, €rl tanto que elle mesm0 deu a seus
inimigos o poder
d1 o fazer padecer ; sem o que nada poderiam contra
a sua aclora-
vel pessoa.
D'es['arte, todas aqueilas palavras da Bscriptura :
cumpra que
o Filho do homem seja crucificido ; cumpre que 0 Filho
do bomem
'padega muito ; cwmpri,a gue o Christo so{fresse para
entrar na sua
-querem,s
gloria ; nflo exprimem mais que uma necessicradl *o.ui;,

(1) Dolor meus iu consptctu meo semper. ps, xxxyll.


(2) Quis tibi imputabit sr perrerint omnes uatioues
xII, 19,
torre ? sap.
319
DE PERSEVERAN9■ 。
de Deus , {tre tinha escolhido os
dizer, que ellas suppoem o. conselho
patlecimen[os cle rq[t*o Selhor, c0m0
o remedio mais conveniente
aclequatlo para ngs remir , e p6r
ags llgssos males, e 0 melg mais
padeeesse e morresse do modo que
isso curnpria que Nosso seuhor
padeceu e morreu.
S.oPadeceuporamOt..Levandoa0excessoassuasdorese
do peccado , a se-
ignominias , quiz Iieus mostrar-nos a gravitladealma
v"eridade 6a justiqa 6ivina, 0 valor
de n,ssa , e p,r c,nse-
quencia a immensitlade do seu amor, afim
de tambem obter 0 nos-
na etenridade' se se diz
s0 amor , e tornar-nos felizes no tempo e
soffresse' isto se deve
na Escr.iptur u qou cumpria que Nosso senhor
necessid.ade gue- resultava da ac-
entender , ,o*o jf, advertimos, tla
m9io. rle salvar 0 muntlo, e
ceitag6o voluntaria da sua crrz , c'mo
por nenhum modo significa uma necessidade antecedente
e abso-
lut'a' (1) t:l
Senhor ? yaoeceu
so Senhorl
!L.o Porque patleceu Nosso Padeceu para reparar a
o homem, e serYtr-
gloria de seu Pai, expiar 0 peccado, res.gatar
er*ira a charidade para Deus e para
itr. tle modelo. Blle-nos .t-tT
a humitdade, a piedade
com 0 proximo,. a brandura, a pacienr:ia,
filial , o u*0. ,o* proprios inimigos ; em summa , Do sua sagrada
virtudes e adquire to-
mortc e paixflo da-nos o exemplo de todas as '
tlos os tiiulos a0 n0ss0 amgr e f, nossa
gratidfi0.
5.o Por quem soffreu ? Por todos os homens sem excepgf,o; a
toflos sem excepqf,o mereceu as graQas necessarias, para operarem a
'Mu*,
sua salvagf,o. .se Nosso Senhor satisfez por todos os homens'
seatodosmereceuasalvagflo,porque6quetantos-seperdem?
torqu. motivo s0m0s obrigados
a fizer penitencia P Sem duvida ,
Nosso Senhor salisfez por todos os homens,
a todos obteve os meios
a catla
de se salvarem mas cumpre que esta satisfagfio se applique
um de n6s, (2) = 0ra, esta applicagflo faz-se pela fe , pelos sacra'

(1)D.Th. 3,p.9,46,arto WI.


■or‐
(2) Etsi Chl'isttls pro omnibus■ ortuus est,non omnes tamen
tis elus bcnerlciuln recipiunt: Sed ii duntaxat, quibus merituin Passionis
CiuS COmmuniCaturo θοηc.rrt″ 。sFsS.VI,c.3.
320 cATECISIo
menlos, pelas bOas Obl,as, c em pal・ licular pe!a pellilellciao Ctllll_

NoisIX:in留 :rpfIII::::i〔 tir淵


:::eDI:l I::ISte lllilliSt:Ile:11:
demnadOs 6 por nao cumploirem esta colldi9瓢
0. De hctO,pol・ que`

‖ ・
榊 蠍 瀞盤。

,quo nao quorem fa2eF penilencia
)com a lei de Deus, cO■ 0 。s
maos chrisほ Oso Mas nem pOr issO Nosso SenhOr dcixOu de sorrer
por,10(10s, c lnorecer a salvaglo a 10dOs. Uin exeml)10 esclarecel・
i
hlTs∬ 配 ° hOmOL■ e醐 O bb〕 η劇 ∝
r亀 諦 諸 letO鳳 :躍 ∫ξ

uores e fa(ligas, gallbaF dinheil・ 0
bttantt Para pagar bdas as 亜 vり as dOS hablantes Fuma ddadotte
que, pal・ a este lm, depositOu todOs os sells tilesOurOs em uin baFl`
CO,Com 01。 (lem de Os dar a tcitiOs aqllellcs qlle aprescntassem uma
ol・ dem suao E'evidente que este
teFia SatisFeilo a lodas as di宙 das
succeder que muitos perlllanecessor


盤l ittr:lぷ :01艦:IIli
Em poder de quem padeceu? Padeceu sOb o poder dO P01lciO"
Pilaloso Nlo 6 sem muita sabedoloia, quo Os Aposto10s nomeal・
am
lleste artigo o gOvernador romano, que cOndemno■
O salvadOr i
面 rte. lor uma parte,deram uma grande prova(le quO NossO se―
nhor era o Messias;pOis mOri・ eu no mO■ lento em que, segundo a

慧lLdllllLa(lell:dil`llll
l選 Iil!l寸 ‖il11liiI讐 │││‖ llif∬
es, fOrneceriam pOr este mod0
a todo mundo o lneio d0 0s cOnvencer d'imposturao Pcara issO bas‐
tava provaF que POnciO_Pilatos, 30Vernador da Judea, ■証O tinha fei―
lo molil・ er tal homem,chamado Jesus de Nazareth i cOusa esta quc
seliia mllilo´ facil;p01・ que se ConservaVarll em Rolna, ■Os archivOs

(1)BCllare Dottr,christ3 35。


DE PEnsEvERANg,l. 321

do Senado , a relaqdo de todos os successgs que se passavaln nas


ciifferentes provincias do imperio. Pois esta relagf,o de Poncio-Pila-
los e que os primeiros apologistas da Religifo citavam ags pagfios ,
para os persuadir e convencer-
Assim a morte dq Salvador, sob o poder de Poncio-Pilatos , 6
um facto tam certo que Tacito , fallando do incendio de Boma , r0
reinatlo tle Nero-, afdrma positivamente que este imperador imputou
o incen6io aos Christdos, assim chamatlos por causa do Christo, que
fdra morto no reinado de Tiberio , sendo Poncio-Pilatos governadtlr
da Judea. (1) Os primeiros inirnigos da Religifo Christ6 nunca se
atreveram a'pdr em duvida este facto ; prgYa evidente de que o ti-
nham por incontestavel ; alias, estando proximos dos tempos e lgga-
res, tinham todos os meios de provar a sua falsidade.
1\[as ailda temos outras proYas da morl,e de Nosso Senhor so]r
0 poder 6e Poncio-Pilatos. Era costume no imperio roman0, assitn
c0m0 e aintla hoje em lodos os reinos do mundo, enviarem 0s 80-
vernadores 4as provincias ao imperaclor una relaqflo dos aconteci-
mentos notaveis tlas suas provincias, para que o principe e o Scna-
tlo estivessem informatlos de tudo. (2) Ora, Pilatos, ohedecendo f,
lei do inrperio , escreYeu a Tiberio tudo 0 que se linha passatlo a
respeito dt Jesus cle Nazareth. A sua carta depositou-se rOs archi-
,o* ,lo Senado- Romano , c0m0 se pToYa das seguintes les[emunhas.
1.o S. Justino ilIartii, que vivia cem annos depois da morte
de Nosso Senhor, cita estas palavras das aclas enviatlas da Palesti-
na pgr Pilatos a Tiberio : < Pregaraur a Jesus na Cruz com cravos nos
pes e nas mfloS i e, depois tle o crucificar' 0s qtle 0 tin]ram prega-
,to na cruz , Jogaram seus vestidos aos dados , e 0s partilharam en-
tre si.... E' 0 que facilmente podeis saber das actas que se escre-
veram por ordem de Poncio-Pilatos.... Os prophetas desiguaram

(t) Annal. Iib. XY.


(9) E' o reParo que faz Eusebio de Cesarea na sua hist. eccl. hv-
II c. 2. Esta observagflo 6 iustrlicada pelos factos. Assirn vimos que
Phnro, o mogo, escreveu a Trajano 0 que tinha feito na Asia contra o$
Christdos , e[c.
4t
322 GATECISMo
distinchmenie quo O christo curaria toda a sOr16 d0 0nね rmi(lades,
o resuscilaria os morlos′ e podeis cOnvencelヽ ―
vos de que Jeslls O feZ,

跳 辮 胤 鵠『場
la鸞輔
morte e resurrei9瓢
e鮮 蝋 ∫ milagres,
0『
paixao,
Fゝ .bu盤
cOndellln3oaO,
o de Nosso Sellhor; depois cOnclue poF eStaS pa―
I,VraS:《 Pilalos,ji d'alguma sO「 10 chrisほ o na consciencia,escrO_
veu tudO isio, a respeilo de Jesus, ao inlpeltador, que el'a ent50
Tiberio; e desde logo os ilnpel・ a(lores teltiam cl・ ido em Jesu― Chl・ is‐
lo,se nao fossem os Cesares escravos do seculo, ou se os chris―
llos podessem ser Cesares.(2)C97110 quor que saa, o impera‐
dOF Tiberio,em clljO reinado se d市 ulgou pelo mundo O nome Cllris_
t5o, quando recebeu(la Palestina a noticia destes factos, que pro―
vavam a divindade do Christo, propoz aO senado illscFeVer a Jesus
em o numerO dos(leuses,e elle mesmo deu para isso O seu vO_
lo. O Senado.rtteitOu a proposta;mas elle persistio lrllle na sua
opini5o, e ameaOou com a sua colera tO(16S aquelles que accusassem
os Chrisほ os。 》 (3)Depois(, fallando dos milagres quo occOrro―
ram na morte de Nosso Senbor, accrescenia:《 V6s possuis a re_
h9瓢 o Jsb■ os VOSSOS archvos.》 仔)
°Eusebio de Cesarea,celebl・
e histoltiador da lgl・ 輔a, quO vi_
3。

via 1lo terceiro seculo, disse qlie:《 a ResurreiO履 O lllilagrosa, e g10_


1'iosa ascens5o de Nosso Scnhor Jesu― ChristO, tendo‐ se tOrnac10 cele‐
bres,oOmo fosse coも tume antigaIIlente en宙 areln os governadores de
provincia aos ilnperadores uma conta de tu(10 0 quo OccOrl・ ia de
notavel em sou govel・ ■0, para que estivessem os principes beⅡ l in―
formados de tudo, Polcio― Pilalos informOu a Tiberio da Resurreitao
do Salvado「 ,facto que todos sabiam na Palestina; e declarou tam―
bem em sua carta que lhe constava qu,Jesus tinha ttito muitos mi‐

(1) Justo Apol. II, pro Christiane p. 76, 84.


(2) ApO!Ogo c. 21,
(3) Ib. c. b。 一 Po(lcm lcr‐ se sobre csto importantc ttcto lllui cu―
riosas minuciosidadcs cm a nossa obra intitulada As r,,θ s 13o‖ αse
(4)Apolo c.21,
DE PERSEVERANoA. 323
-tlepois sua Resurreigf,o, ja muitos 0 tinham por
'Tiberio, da
; e que,
lagres
un, Deus. inforntado destas cousas , fallou a0 Senado , e
propoz inscrever a Jesu-Christo em o numero dos dettses'
O Sena-
prohibia re-
do oppnr-r. , prelextanclo que havia uma lei antiga, que
ceber alguem na classe dos cleuses, sem ser por decreto do Senado;
mas a verdadeira rasflo desta recusa foi, que a Religilo christfl,
sentlo divina, nfio convinha se estabelecesse por auctoridade
huma-
na. Rejeitando, pois, o Senado a proposta, o imperador p_ersistio na

sua opinieo, e oi6* emprehendeu conl,ra a doutrina de Jesu-Chris-

to. ) (1) Eis o que ,iiriu* aos pagfios estes grandes apologistas
tla Religiflo. se elies tivessem forjado aquelle testemunho de Pila-
tos, ousariam por ventura cital-o c0m0 proYa aos philosophos , e
desalial-os, c0m0 fez S. Justino trIartir, a disputar publicamente
so-

bre a Religif,o christfl , effi presenga do mesmo Senado romano, to-


nrantlo por unica base as actas de Pilatos ? B pelo contrario , t0-
riam oJ paglos recusa.do o desafio , se podessem provar a falsida-
de destas actas ? NfO, mas antes respondcram c0m0 respondem 0s
tyrannos de todos os seculos , mandando matar os defensores clo
ihri*tiunismo. Basta porem de fallar d'utn facto, que ninguem po-
de contestar ; e tempo de tornar f, nossa explicaqf,o'
Foi cruciftcado. Pregaram, pois, a Nosso Senhor na cruz, atra-
vessando-lhe os pes e as mtos com grossos cravos. (2) Escolhcn
elle o. supplicio tla cruz por muitas ras6es , igualmente dignas da
sua sibedoLia.e do seu amor. Uma dellas foi para cumprir as fi-
guras e prophecias que fallavam da sua morl,e, c0m0 era a serpente
Ou bronze ; a segorda, para que a mOrte ,'qtle entrara n0 mundo
pela manducagd.o tlo fructo da arvore prohibida, fosse vencida poI
N..*o Senhor, que 6 o divino fructo da arvore da crilz:, a terceira,
para que sua morte fosse notoria e inconteslavel , e por consequen-
cia o fosse tambem a sua Resurreigf,o , base da nossa fe; a quar-
ta, para que a satisfagdo offerecida a Deus , ftlssc mais abttndante,

>②

Euseb. Hist. eccl.liv. II, c. 6),


Yela-sc Sandini, IIis[,, faurilip sacr&' c. XY'
i*
324 CATECIslr0

o o nosso reconhecilllentO mais vivO, vislo′ que o slpplicio da cruz


6 de todOs O nlais cruel e ignominiOso. _

isto l,θ l′ ttp』 :16pllII∫ iflIIleO llIIn factolllas


o corpo; que naO
todOs cOnhecem,
a separacao
da di宙 ndade, que lcOu sempre unida,nlesmo depois da morte, a0
corpo e i alma de Nosso senhbro A morte dO salvador fOi prOcisa
para cunlpl'iF aS prOphcias, e consumlxlar a Obra da nossa lle.
tlen〕 l〕 9頑 0。

Fs等 ′ Jα ″οo Nosso Senhor fOi env01宙 do Om um lenOol cOlll


)2ι

al'omas,sogund9 0 00Stume dOs Jndeos.Este costullle obsel・


valヽ am―
■o religiOsamenie Os primeiros Chrisほ Os, parlicularmente com Os
martiloes;(1)、
pOseralll‐ ■O em um sepulchrO nOvO, abel・ lo na ro,
cha, ondo nillguclll lillha sido ainda sepultatlo, pal・
a qlle a veloda(le
da sua lesllrrc19=O fOsse depOis incontestavel.Fillalmente, o cOrpo
sacrosanto de Nosso Senhor n10 sOfFlieu a menor soIBbra do cOト
rup91o。
Aclntiremos agora a prodigiosa illfluencia do qual・
lo al・ tigo d0
Sylllb010 0m tOd0 0 nlundO. POssa a nOssa gratidtto prol)ol・
CiOnar‐ se
a tantos bencncios! um Deus sOIFl・ endo O morrelldo na cruz por tO_
dos os hOmens, 0 ■a hol・ a slll)rellla perdoando a seus alぎ Ozes e oran=
do pol・ cl10s! cis O dOgma cterilalllent,bemfazejo,que transf01ヽ mou
todas as l・ olacoes
dOs hOmens para cOm Deus, e d'llns para com os
outros.D'aqui a cOnla119a ein Deus,a esperal191 fundada no per―
daO, a paz da consciotlcia, a cOnsolacaO dOs desgitagadOs nO dbcurs0
da vida, e maiOrnlё nte na morlo. D'aqlli a Cal・ ta das na95es cllris.
tls,a grande 10i da chttida(le universal, lei esげ ipta cOm o san‐
glle d'ul■ Deus, cOnGrmada por sua morto, e tOrnada possivel pela
unccaO da sua cruzo o bOInem creO em um Deus mor10 por aIIIor
Fe tOdOS OS homells;e cis sё lDudo■ O direilo das gentes;、 O es"
lltanhO n30 se col〕 siderou mais comO inimi30,nem o prisioneirO cO、
mo ullla victilna volada i escl・ a宙 dao 9`i morte; aquclla atroz di‐
宙sa:五 グJθ ∫υ
θ′メ
ごθs,cessOu de atterrar as na96es;po:=que a guer‐

(1) Ycja-se a n0s,sa Ilistoria das catacumbas, p. p0-100.


DE PERSEVERANoA. 32b

ra n5o se fez maiS para alcangar despoOos e eSCrtVOヽ : ella perdeu



a sua fcrocida(le para se tornar λ%π α α.
″θ 御οrグ θ 霧 ′θ ′O λοttθ ,ん ; eiS um“modelo sllblimo diante dos
"∫
]teis, pal'a se co■ sagrarem a seus povos; e um exemplo sllblime(li‐
antc dos povos, para obedecorem aos seus principes. As sociedades
chrisほ s,fundadas neste espirito de mutuo sacrincio,prOduziram mi‐
lagres em dedica01o,como os produziram.em dura9瓢 o e forOa.
」θ %∫ 留θ ・
夕・
夕θ ο力θIPIθ 一‐desde que estas palavras soaram
tt f9θ ′ ,P〕

llo nlundo, o odio, a vinganOa, as atrozes maquillacoes do rancor


lnveterado, lo13nararrl― se cIoimes, de wirindes que eraln elltre os pa“
gaOs antigos, c actos honrosos qlle ainda hoie saO nas na00‐ es ido‐
la:ras,bem como elltre os homens que pelidem o senso catholico。
ttθ m_mas nao cOntinuemos; quando fal‐
θ 力ο
,θ tι ∫η rrθ 2θ tι
ρθ

lassemos a lingua dos Anios, Selinos― hia impossivel dizeF tud0 0
quo o lllulldo deve a eslo dogma sallltar: o ooraclo que o sinla.
O b.° artigo do Symbolo exprime― se nestes terlllos: 'θ sθ θ αOS tι

グηルr"ο S;α θ ι θ θ Jづ α ″θs“ 勾 oο αθ∫ r′ θs.O Salvador nao in―


J,`

'tCθ "Oθ
telirompeu um s6 instante a oblta da Redempclo, para a quallinha
vintlo ao mundo. Apenas expirou, querealos dizer, apenas sua al―
ma Se sepaFOu dO Col・ po,lo80 Se fez sentiF nO imperio(la morte a
wil・ tutle repaltadol'a de seu precioso sanguo.´
sθ θ
」θ Por estas palavl・ as, ねzemos proOsslo de creF quC Nos―
t,。

so Sell1lor Jesu― Christo estalMlo morlo,e sou corpo sopullado llo lu―
mulo, sua alma santa foi visitar as almas dos iustOS, que tinham
vivido antes da sua宙 nda.Ainda que durante este tempo,a ttma
do SalvadoF eStiVesse realnlente separadi do seu col・ po, a sua di―
vindade, como il diSSemσs,nunca se separou nem do seu corpo,llem
da sua alIIla.
Aο 。Aqui
ルrttθ ∫ o■ omo d'inferno designa quatro lugares
`づ “a saboF: 1.・ a lpris籠 O
dilierentes; negra e solurna, onde as allnas
dos reprobos sao atOFttLentadas de dia e de noute coll1 0S demonios
por uin fogo que nunCa se extingue. Esta negra l・ egilo, que 6 o
inferno propriamente dilo,tambcIII se chama θθ んθ,2,2α e αbys1200。 2。
°

o Ptι 夕
′α′θrliO, ou lugar em que as almas dos iustOS・ So∬ em porcer‐ 1・

lo tompo, para se pul・ ilcarem inteiramente, antes de entrarcm na


patria celeste,onde nada podeぬ ia■ lais entrar oom nodoa ou ma‐
326 CATECIS10

cula. 3.o o lugar,onde estam as almas dos meninos que morr.eram


sem baptismo , os quaes nfio padecem a pena de fogo , nras tam so-
mente a privaqio da bemaventurang.a eterna. (1) L.o o lugar onde
eram recebidas as almas dos Patriarchas. clos Prophetas e dos ou-
lros santos, que morreram antes da vinda de Nosso Senhor. Este
lugar chama-se vulgarmente o Limbo e n& Escriptura tem 0 nome
de Seio d'Abraltam. Nello entravanr as almas dos justos, Iogo que
partiam deste mundo, se eslavam limpas de-toda a nodoa ; mas , se
nf,o estavam, iam puri{icar-se pelo fogo do purgatorio c0m0 aintla ,
hoje succede com as que teem para pagar algumas dividas de seus
;
peccarlos. Nf,o iam estas almas para 0 Ceo porque este se tinha
fechado a0 genero humano , desde o peccado do prirneiro Adam ; e
porque estava reservado a0 segundo Atlam o entrar alli primeiro ,
e abrir as porlas delle aos homens. Todavia, n0 Limbo as almas ,
dos justos nf,o s6 nf,o soffriam dores; mas gozavam d'um repouso
lranquillo, consolanrlo-se com a esperanqa da sua Redempcflo ; por-
que estavam privatlos do Soberano Bem, tla vis6o intuitiva de Deus.
Foi a estas almas predeslinadas, que 0
Salvador visitou para llres
annunciar o Bvangelho isto e, a Beilempg,flo dellas e a do mundo
;
todo. (2) Foram eslas as prisdes , das quees o Salvador quebrou

(t ) Ilcllar. Dottr. christ 26.


(2) Deus conrlitor ac retlenrptor noster claustra inferni penetrans,
electorum exinde animas eduxit; nos illd ire non patitur, unde jam alios
desccndcndo liberavit. Hi vero qui ante eJus advcnl,um in hunc mun-
dum venerunt, quantamlrbeI justitia virl,ulenr haberent, e corporibus cdu-
ctr in sinu celestis patria statim recipi nullo modo poterant; quia nou-
tlum ille venerat , qui inferni claustra sua tlescensione solvereI et lusto-
rum animas in perpetua jam sede collocaret. Greg. Mag, lib. Xlll. Mo.
ral. m lob, c. &3.
Ornnia etcnim traxit, qui de electrs suis apud inferos nullum reli-
quit. Omnia abstulit, utique clecta ; neque enim lnfidcles quosque et pro
suis miminibus reternis suppliciis deditos, atl veniam Dominus resurgen-
tlo reparavit; sed illos ex inferni claustris rapuit. quos suos in firle et
actibus rccognovrt. Unde etiarn recte per Osee dicit: Ero m,ors tua, o
mors; mo,'sus tuws ero, inferne, ld. flomil. XXII in Eaang
PEnSEYEBANqa.
DE 327

as portas e ferrolhos. Desde este momento o limbo deixou d'exis-


tir; porque havendo l{osso Senhor aberto aos homens a$ portas do
Ceo, e tle fe que para alli vflo, seru demgra , as almas perfeitamen-
te puri[icadas. A presenga do Salvaclor derramou n'aquellas almas

In ultimo per novissimum omncs, qui ab initio Discipuli, emundati,


et abluti quo sunI mortis, in titam ventant Dei... Sicut Jerenlias ait:
Ilememorafus esL Dorninus sanctus Israel mortuorum suorum, Qud pr@'
dormierunt dn terra defossionis, eI descendiI ad eos , ul,i evangelizaret
eis salutare suum ad salvauduu) eos... ['assio ejus expergefactio est dor-
urien[iunr Discipulorum, propter quos et descendit iu inferiora terlp.
Iren. /iD. IV aclo. har. c. 2s).
Prredicavit Dorniuus iis quoque, qut erant apud tnferos... si qui sunt
collocati apud rnl'eros ipsi sunt, qui divinarn audierunt virtutcm et Y0-
cetn ; nam quis san& nrentis, et, justorunr eI peccatorunt animas essc ex.
istiurarcriI io una condernnalione inlustitim , naculam inurens Provlden-
tiae? Quid vcro? fln non sigoificaut, Dominum annuntiasse Evnugelium,
et iis I Pctr. III, 19 et 90, qui perieranI in diluvio, vel potius vincti
[uerant, et iis qui in prmsidio continebantur et custorlia ?... Dominus nul-
la .alia de causa- descendri ad inferos, quflm uI annuntiaret Evangclium...
Anirna ergo Christi auirnabus prodicavit Evangelium. Clen. Alea. Strom.
lib, 6, p. 637.
Ob id porro deificata anima ad inferos descendit, uI quemadmodttm
his, qgi in terra versabantur , lrrslf tiu Sol ortus erat, ita c[ram illis qui
subtus terram in tencbris et urnbra rnortis sedebant, illuceret. Ac sicut
iis qui in terrl crant, pflcetn, caplivis remissionem, cacis visum evange-
liz.averat, atque illis quidem qui crediderant salutis auctor exstiterat; in-
credulos autem infirlelitatis arguerat; sic etiam iis qui in inferno erant.'
ut ipsi omne genu, flecteretur , caleslium, terreslfium et infernorum. Phil.
II, 10. Hoc pacto, solutis illis, qui ab omni avo tenebflntur, ipse rursus
a morte ad vitam rediit, viam nobis ad resurrectionem sternens. Jor,n.
Damas. lib. III , de Fid,e orthod,. c. 29. Id. AuS lib. XX. de Citt. Dei.
Id. Tcrtull. ile Lnirna, c. 55. Id. Justinus, in dicrl. curn Tryhhone ,lw-
ilao, Id. Athanas. in illud : omnia rnihi, ttadita sunt , p. 105. ld. Cy-
ril. Ilieros. Catech. &. Id. Greg. Nyssenus ; orat. l, in Christd reslu,rre-
ctione.Id. Arubro5. de Incarnat, Damini, c. 6, n. &0, et omnes Sancti
Patreg,
328 θ CATECISM0

santas uma alegria inanita, c as fez gozar da bemaventura■ 9a cs‐


sencial, que 6 a visao de Deus. Entao Se veFinCOu aquella pFO―
o:IIげθ πθSmO θs′ αras θ077tゥ 。 ηο Pα rα 魯
Inessa feita ao bom lad面
zο .(1)No dia de sua Ascenslo, levou o Salvadolo comSigO esta

mulli(ほ od'almas, gloriosas primicias do gelleFO bun_lano, ■obres



despoJos arrancados i morte. Por isso ilo S6 os juslos, quc hou―
ve depois da vinda de Jesu― Chloisto, mas tambem os que morlieram
antes, o os que htto de existir depois at6 o fIIn dos seculos, todos
se salvam pelo meltito cla Paixlo de Nosso Senbor. Eis pol・ quo, all‐
tes da sua morte e Resurrei91o,o Ceo se n五 o abrio a ninguem.
Enl todos os outrOS lugares dos infernos se mostroll tambem Nosso
Senhor. Como vencedoF, aterrando os denlonios; coll10 Juiz supre‐
Il10, ameagando os reprobos; como LibeFtadOr, consolando as almas
do Pul・ gatorio: 6 assiln quc unl monarcha algulllas vezes entra nas
pris6es,para as inspeccionar,e fazer graca a quem lhe apraz.(2)
Taes slo os motivos por quc Nosso Senhol・ desccu aos lnfernos. E
quem nlo adlnirara a bondade inflnita do nosso Salvador, e a ex¨
tenslo da Redemp95o humana? Quem se naO malla宙 lha de vel・ o
Filho de Deus, apOs de sorer pO「 n6s uIIla dolol・ osa morte, pene―
ar ainda pelas lllais inamas paries da terra; arlm de tiFar d'alli
tl・

as almas,que elle amava, e conduzil― as comsigo para o Ceo?


■οJθ ″ θ
θ″οJJα ″ θ
stι r′ グ
θ′θs πθ r′ ο
s. Como Nosso Sen1lol・ tinha
vivido entioo os viVOS trinta e tres annos e alguns mezes, talnbelll

出∴drTnF、 肌謂 │ヽ l鳳 ∬
鶴ぶ‖
』鵠:Wa几
resuscitou na manhi de Domingo, o que faz um interva1lo do trin‐
la o ll・ es a lltinta c cinco horas pouco mais ou menos. Alё m dis‐

so, qulz estar no seplllchro tres dias, para veFirlCar a ngura de Jo‐
nas,e cumpriF a prOphecia que elle mesmo fez。 (3)Nlo esteve
pois tres dias completos■ o tumulo; mas, para dizer com verdade
que esteve tres dias, o que resuscitou ao terceiro dia, basta que
わ ら 粉

Luc.XXHI,44.
Bcilar.Dottre christ。
Joao. II.
DF PERSEVERANoA. 329

estivessoum tlia inteiro , e umi parte do dia anteccdeute , e outra


do seguinte. Emfim, para proYar qtio era l)t'us, nflo quiz o Salva-
dor deferir a sua Resurreigdo para o lim clos seculos ; -e para tam-
bem mostrar que era homem, e que realmente tinha niorrido , ttf,6
quiz resuscitar immediatamente depois da sua mot'te ; mas sim a0
terceiro dia ; senrlo este intervallo de tempo sulliciente, ptra provar
que elle estava verdadeiramente morto.
Besurgio dos mortos. Sahintlo lictot'ioso do sepulchro, g0z0u
Nosso Senhor de lotlas as qualitlades de quc n6s meslnos participa-
remos. se tivermos a felieitlade de morrer santamente. 0 sou cor-
p0 et'a impassivel , agil , subtil , luminoso ; porem quiz cotlservar as
croatrizes de suas chagas , conio vemos da historia do r\postolo S.
Thom6. &'a, elle o quiz assim , para consel'var elernamente os si-
gnaFs do seu triumpho ; para provar a seus diseipulos que era elle
;
realmenle , que tinha resuscilado para obter mais efticazmente de
seu Pai 0 que lhe pede, recorclando-lhe 0cruel gencro de morte
que soffreu ; para mostt'ar aos homens porque preQo 0s remio ; erl-
Iim , para fazer vet' aos reprcbos, n0 dia tle Juizo, assim a enormi-
dade da sua ingratidfo , c0m0 a justiga da sua condemnagfi0.
Btsut'gio tlos mortos. JA provamos em oulra parte a Resurrei-
-ciro cle l{osso
Senhor. Fallarernos a80ra tl'alguns motivos , {u0 a
tornavam necessaria. Cumpria que Nosso Selhor resuscitasse para ,
,
que seu c0rp0, que tinha soffrido tanlos lormenlos participasse cla
bemventuranqa e gloria eterna ; para que sua divindade se manifes-
"tasse evidentemente I para que a nossa f6 se tornasse para sempre
; ,
inabalavel emfim para que a esperanga de n6s mesmos resuscitar-
mos atlquirisse uma forqa cap?z cle nos consolar enl todas as nossas
penas , fazer-nos aceitar todos os sacrificios e praticar toclas as
,
I
.virtudes , ainda as mais cttstosas nossa natureza.
Resut.gto dos rnorlos. Quando dizemos que l\osso Senhor re-
suscitou, nflo devemos s6 entencler que resurgio dos mortos c0m0
succedeu a outros ; mas que resuscitou por sua virtude propria o ;
;
que nf,o convem sendo a elle porque 6 contra a ordem tla nature-
Za, e cousa que a ninguetu-se Concetle, o passar tla morte a vida
por virtutle propria ; este poder supremo s6 -a Deus pertence. Conl
effeito, nlo se tentlo separaclo a divintlade nery-_tlo corpo dc Jesu-
L'2 III
330 CATECISM0

christo no sepulchro , nem tle sua alma quando desceu aos infernos,
uma virtude divina permanecia em seu c0rp0, e em sua alma ; tlon-
de se segue que 0 corpo podia reunir-se f, alma, e a alma tornar
para o c0rp0, e Jesu-Christo reviver e resurgir. dos mortos por sua
propria virtude. Resuscitando desta sorte, cunrpria 0 Salvaclor em
sua pessoa, mesmo no tumulo, uma prophecia concernentc ao trIes-
sias,' porque David linha dito : A sua dertra ; o seut sanlo brago
(isto 6 , a sua omnipotencia) d qu,e o saluow.' (l) se algumas ve-
zcs dizemos que Jesu-Christo resuscitou pelo pai , isto *u refero e
sua humanidade, assim c0m0 se refere ir sua divindadc o [er resus-
citado por sua propria virtude. (2)
Cumpre ainda nolar, que a resurreig.f,o de l[osso senhor foi uma
resurreiqf,o perfcita, isenta de toda a necessitlade de morrer, dotada
da vicla immoltal : nosso senhor 6 o prinrciro que resuscilou desta
sorte. Pelo que a Escliptura lhe chama o primogenito cl,entre 0,e
mortos; (3) porque muitos, antes de Jesu-Christo, tinham resusci-
tado ; mas udo iscntos de morrer segunda vez. o Salvador porem,
resuscrtando, yenceu e domou a morte de maneira , que nf,o pode
tornar a morrer. Assim nol-o diz claramente S. paulo : O Cltristo
reswrgido tlos mortos, ttdo torna a ,tnlrrer; a morte.nd,o terd, ne[[e
mais poder. (4) Curnpre notar mais, que a rcsurreiqfio do segun-
do Adam foi o principio da resun'eigf,o de toclos os homens I pelo
que e urua resurreigf,o especial. A morte ueio por um hontem , diz
o Apostolo, e 6 resurreigd,o tlos mortos tambem aeio plr unx lto-
rnern. Assim clmo todos rnarretn em Adatn , assim toilos reaiuem
em lesu-Christo. (5) Cumpre notar em[im, que a resurreigflo do

(l) Ps. XCYII, 1.


(g) in Scripturrs interdum legamus Christum Donri-
Quanrvi.s autenr
nltm a Patre suscitatum esse; hoc ad eum ; ut ad horninem , referen-
dum est ; quernadmodum illa rursus ad eumdem, ut Deum , spectant qui-
bus significatur euu sua virtute resurrexisse. Catech, concil. l, l.
(3) Apoc. I.
(.I) Rom. Y[, 9.
(6) I Cor. XY, 90.
DE PERSEVERAN9A. 331

seguqdg Adam accelera atlmiravelmente a obra da nossa Redempgfio'


o salvador, morrendo, tinha-nos livrado de nossos peccados-; mas
resusc.itanclo , res[itue-nos toclos os bens
que 0 peccado arrebatara'
para que no,tr faitasse f, salvagf,o tlos homcns , era necessario quo
que mgrresse' se
o chrislo resuscitasse, assim como fot necessario
unamo-nos a este se-
queremos , pois, participar da sua resurreiqlo,
gundo Adam, arri* coulo es[amos unidos a0 primeiro ;
creiamos

lelle , amemol-o , vivamos santos c0m0 elle na terra , para viver-


mos gloriosos como elle no Ceo'
Iuzes e vantagens
Faqamos ag0ra algumas reflexoes sobre' as
a.s in-
que esrl artigo"tru, fi iociedatle. A tlescida de Jesu-christo
fernos , islo ti, a unlversalidacle cla sua
Redempqilo , e 0 resurgir
sdo as duas verdades fundamentaes, com que
elle cl'entre os mortos,
o quinto artigo clo Symbolo enriqueceu o mundo'
A primeira destas verdades ensina-nos , que todo* -ot hornens ,

riesde a or.igern clo mundo ate a consummaqflo


dos seculos , sflo ti-
tilulo, Deus 0s ama tanto, que chegou
lhos tle Deus i Que, por este
a derrantar um'*rngo. divino, para lavar seus peccados , e abrir-
lhes as portas da .ido,lu santa. E nf,o e isto
proclarnar a lei da
fraternidade universal ? Nito 6 isto dizer efficazmente
a todos 0s
homens, e a toclos 0s p0Y0s: Amai-vos uns
ags outros , pois que
Deus y,s an'u tanto i Xao u isto publicar
a grantle 1ei da chari-
tlafle ; e mostrar a Jesu-christo, n0ss0 l\Iestre
e modelo , cumprin-
do-a em toda a sua extensio ? Nfio e isto, em sllmma, um raio luminoso

e deslumbrante ; uma resposta sem


replica as objec-o6es do egoisrno ; um
imntenso beneficio social ?

clepois disto, aquellas palavras, desc_eu aos


infernos', revelan-
B
do-nos a
universaliOu,f. da Retlernpgf,o cle Jesu-Christo ,
nilo sflo
prgYa fle que este tlivino Salvador e na vertladc o Desejado das
uma
naq6€; ; o Libertui* urp*rado 6e todos os hometts que pereceram ? Quan-
to importa pois cott{irmar a fd em Jesu-Christo ? Nflo 6 so-
nossa
po-
bre a f6 em Jesu-chrislo que repousa todo o etlificio social dos
vos modernos ?

A segunda verclade contitla no quinto artigo do symbolo , d0


terceirb ilia resttrgto ilos rnortos, confirma tambem , POt
um facto
tam certo c.uo i existencia tlo sol, a f6 ttuiversal em a dirindade
332 CATECISM0
de Jesu-Christo. Sim, moslra_nos este artigo
, QU€ Jesu-Chr,isto 6
realmente o $Iessias promeltitro ao gener, iuorrno
prio na sua pessoa 0s caracleres e factos prophetizados ; pois d;'[;*:
Messias. Assim,
clo futuro
principaes vantagens que tr.az i sociedacre
.a.s esle
quinto arligo, e dilatar a charidade, e .rrtir*a,. a f6, . prru re-
conhecer e apreciar isto, basta perguntar
de qrre vivem as socieda-
des, senfroda fe e do amor?-fre;Je p0v0s,
ricos e pobr.es, cur_
vai o joelho cliante das ve'dacles do symbolo
cathorico ; eile 6 a
fonte de toda a f6 e de totra a charidrdu
principio de todas as acg0es nobres - , e p,r consequencia 0
, g.o.roru, e verdadeiramente
sociaes. soffrcr, m,rrcr, livrar as armis dos
antigos justos, resus-
citar pa'a fortalecer a nossa f6 eis uma parte
,
se consagrou 0 Filho de Deus para ngs
dos tribarhos, a que
, testemunlrar , ,;; amor.
B' possivcl haver arguem que 0 nfro ame ? gue crigo , e possivel
haver homens, {r0 se envergonhem creile?-
A ffiril" rulointe no,
fard s_entir, quanto e indigno um r,ar procedimento.
_ um poeta famoso cro urtimo ,.rulo trevia 0s seus
trias a um
honesto artista ; o qual, com rull suores, privagdes
u ,iJiiirr, rinha
tlado a sou filho uma educag,fio clistinch. b
mancebo c--orrespondia
aos disvelos rle seu terno pai com uma applicacrfro
, profuncla e um
alurado estudo. Brilhantes successos coroaram em
breve seus esfor-
gos, e re'elaram ao munclo 0 seu talento. sobretutlo
composigfio em verso, mereoeu-lhe os applausos
, uma certa
universaes. Desejo_
s0 de conhecer o aulhor' , podio um senhor tla corte ao joven
poe_
[0 , que viesse recitar 0s seus yers,s em uma reunido
correram 0s caracteres mais dislinctos da capital.
, ao,de c'n_
Nf,o se podia re_
cusar tam lisongeiro convite. 0 pai, em attcngdo a seu
lilho, tam-
bem sollicitou e obteve a honra rie sc. admitticlo a esta
assemblea.
conrega o joven poeta a recitar com voz firme; em
.
inlerrompem 0s applausos I conlinua elle
breve o
, e chovemjhe coroas s0-
bre acabega; termina, 0 o fitlargo,
Qre o convidara, corre a abra-
gal-o com enthusiasmo, diante de toclo o illustre c,ncurs,.
No mes-
mo instante, do funtlo rla sala , surge um velho cle cabellos
bran-
cos , trajando os vestitlos d'uma honesta indigeneia
; borbulhavam_
Ihe as lagrimas nos olhos; e 00m 0s bragos iburlor'r. dirigia para
t laureaclo poeta. Esle, p,rem? voltou-lhe o rosto, como se o n6o
DE PEBSEYEAANqa' 333

c,nhecess., e comtudo o vel[0... era setl pai !!1 Ent6o


de todos os
cantos tla sala rebentou uma explosflo de gt'ttos e vozes d'intligna-
qfro ; [odos repetiam estas palavras ignominiosas : Filho ingrato !...
filho desnaturado !..
sim , dizeis bem , [ilho ingrato, filho desnaturado I de
sdo as uni-
seu pai;
Cas palavras, que c,nvem ao fiiho, que se enlergonha
por* clizei*nos que n0me meteoe aquelle, gue se envergonha do
, ,
seu Deus ?

ORAC■ 0・ ,


佃赫 嚇
勝 湖∬耽鮮濡 鳳
翌 bS∬
33ム CATECISM0

XX。
°LIc■ 0.

DE NOSSA UN110 CoM o NOVO ADAII, PELA FE'.

DO PURGATORIO.

Erposrgfio da crenga catholica. provas desta crenga,


Tcslameuto. o
-
Novo Teslamcnto. - o Antigo
-
dicgf,o das sertas separarlas - Tracticgiio da *-' - Tra-
Igreja.
Tradicgiio rlos bagRos.
da rasf,o.
-
Yairtagem social destc dognra.
.drgumento

tos. a
-gloria llotivos
- A justiga. polo, n.,or-
tl'orar
- de Deus. A charidade. -.- irlosso in-
tercsse pessoal,
- -

Vr*,, na liglo precetlente que o purgatorio 6 o lugar onde as al-


mas.dos justos , que sahem deste mundo sem haverem sufficiente-
mente satisfeito por suas culpas, vio acahar de purificar-sc
, antes
de serem admittidas ao goz0 da Bemaventuranga eterna ; porqrre 6
de f6 que nada impuro entrari n0 Ceo. o clogma rlo puigatorio 6
uma das verdades mais consoladoras cla Religiflo. Para nos unirmos
ao segundo Aclam, devemos crel-a c0m0 todas as mais que elle nos
revelou ; mas,ainda quando islo ndo fosse um dever parece que
,
naturalmente nos inclinariamos a admil,til-a, pelo que 6 agrarlavel crer
que os lagos, que nos unem a nossos irm5os, ndo se clissolvem pela
morte , e que podemos ainda serJhes.uteis, mesmo depois que sa-
hiram desta vida. Assim as provas que vamos dar nflo teem por
fim vencer a nossa repugnancia a este respeito , mas famsomente
fortalecer e consolar a nossa f6, mostrando quanto ella e bem
fundada.
DE PEBSEvEnANga. 336

Comeccmos por expor o que devemos crer f,cerca do Pur-


gatorio.
v r n
A lgreja catholica, reunida no concilio de Trento , ensina-nos
sobre isto quatro vertlacles : t primeira 6, que depois da
remissf,o

cla culpa do pec,:ado , e da pena eterna, obtida de Deus no sacra-

mento ila penitencia, ainda resta, geralmente fallando ,


uma pena
tempor.al a soflr.er ; a segtmdu,, QUg, quando neste mundo
se nlo
satiifaz a pena temporal, pode e deve soffrer-se depois da- morte ,
no Pnrgatoiio ; a teiceiro, qile as orag6es , e boas obras dos vivos
poclent ser uteis aos mortos . alliviar e abrcviar Suas penas ; A lluar-
io, era{im, que o sacrilicio da }trissa , c0ln0 propiciatorio, [9o' vir-
tucle rle apagar 0s peccados e satisfazer a justiga divina,
pelos vivos

e pelos mortos. (1) E' pois um arligo de fe que ha um Purgato-

(t) Si quis post acceptam ;ustificatronis gratiam , cuilibet peccal,ori


penitenti , iia cuipanr renrilti e[ reatum alcrna pcne dcleri dixerit,
uI nullus rcmaneat rcatus pmne tenrportlis exsolvenda vel in hoc sccul0,
rel iu futulo in purgatorio , anteqrtanr ad regna Celorum adilus patere
poss!r; anathenra sit. Sess. YI , can. 30'
S; quis dixcrit, totanr pmnarn sinrul curn culpa renritli st"mper a Deo,
qua apprchen-
sal,rsfactioncmquc pmoitcntitltll non esse atiant quam Iidcm,
dunt Chrislum pro cis satisfccisse; anatherna sit. Sass. XIY, can' 12'
Si quis tlixcrit nrissae sacri[icium tanturn csse laurlis, et gratiarum
actionis, auI nurlam corumemorationcm sacrilicii in cruce peracti, non au-
tem propitiatorium ; vcl soli prodcsse sumenti ; neque pro vivis et de-
functis, pro peccatis, poenis, sal,isfactionibus ei aliis necessitatrbus ofierri
debcre ; anaihcma sit. Sess. XXII, can' 3'
Nada mals sabio que estcs demel,os. O Concilio nf,o dccide se O
Purgatorio 6 um tugar particutar , no qual as almas estejam fechados ;
neur de que mancira se purificam, se pelo fogo, se por oulro rnodo ; trem
qual ti o rigor ou cluragf,o de suas penas; nem ate qrre ponto se miti-
[am pclas o]ag6es, petas boas obras dos vivos, ou pclo santo sacrificio
da rrrissa ; ncrn sc este sacrificio opera seu livramento cx opere opcrato'
sc d'oul,ro nrodo; nem se aproveita a todos em gerAl , otr se Somente
riquelles, pOI qucm se offercce eID particular, etc. Os theologos podem
ter cada um sua opinif,o Destes differentes pontos ; luas taes opinides nem
336 CATECIsMo
rlo, o que podemos, por DOSSaS ora96es, por nossas bOas obras e
pelo santo sacrinciO da missa,alliviar as almas qlle nelle acabanl
de purilca卜 se.・ Ora, prOfessando esta tocante verdade, associamos
a nossa fё i de tOdOs Os seculos; pois hOuve selmpre a este rospeito
uma tt invariavol, fundada na mesma palavra de Deus, que
nao varia nelll muda.
I PRIMEIRA PROVA DO PURGATOmO。 一 θ A,0′ θ r“ Jα
″ Rθ 総θ._

Muilos dOs soldados d0 0xercito de Judas lllachabeo, tinham tirado
dos templos de Sanlnia,cOntra a prohibiOao de Deus, cerlos O可
e“
ctos consagrados aos ido10s; e cOmo entrassem em uma batalha, le―
vando― os escondidos〔 lebaixo de seIIs vestidos′
tOdos abs01u:arFlenle
morrerame Descobert0 0 seu cFill10, ■O momento cnl quo Os i50
ollteltral。 , lodOS O COnsideraram cOlno a causa(le sua mol'te;pOrem

Jlldas Machabeo, pOnderando flue talVez aquclles sOldados llao cO_


llhecessem basiantemellte a lei, para collll)rellenderem a gravidade
do crinle, ou que sc havialll al・ rependldo no scll c01'ag10 antes (10
expirar, mandOu fazer uln peditoriO, e enviou para Jeltusalem O di_
nheiro,anm quc alli se ofFerecessem sacrincios pOr seus peccadOs;
θ θηsttθ rα ′
3′ ο ,diz a Escriptura, 7“ θ んαlι ・
′rα ηJθ πおθ 夕ヵθ″J危
θθπ α9佛 θ ′′θ タ 昴θη ι
ο・
夕 協 0 ′θ ″′ θ″θ
''2α

ιs. Pθ お び 彿鶴 sα η′
sタ rθ 210θ
θθ
αr′ θ
sα J彿 ′ ,OSα ttθ 鈴θ θο夕
′ ・α″“″θ ′
θs πθ r′ θ
s,α ′ 9“ θ ∫ げαη ι′ グ
υ・sル
夕θ
Sθ ∫ θ

′θ θ α′θ S・
(1)POrtantO,era de tt entl・ “ e os JudeOs, sel・ uma
cousa santa e salutar o ofFerecer sacriFlcios pelos l110rlos, para se‐
rem´ livres de sells peccados. O histol'iador JOsepho assas■Os di
a elュ tendor, qlle esta crenga ainda vigorava no seu tempo, quand0
nos diz: quo os Judeos na0 0ravaIIl por aquelles, qlle a si IIl10sII10s
so tiravam a vida.(2)Ora,Sem du宙 da, na0 0ravam por aquelles

sor籠 o dogmas do tt d'ama certcza absoluta,ncm por consequencia obloi‐


garaO nin31em a submetter.so a c‖
aso HO!(len dc Fθ sο ι d. lib。 2, c.
o β
6.§ §lo2.Veron,■ θσ 7.β Jo Ccrん
lιο c。 2, §3,n.5,c§ b.BOSSuet,
:。

J″ Pο ごαμ,art,8.Bergler,art.Plrgα r`ο
s。
.

(1)II Macho XII. `θ

(2)Guerra dos Judcos,c.91.一 Mo Drach,α αo,'α fα O Fθ :θ S‖ or′ Os


l“ os JttJθ Ose
`rθ
337
DE PEESEVERANoA.
■10 havia neccSSidade de
que estavaIIl ii nO Seio d'Abrahanl, Onde・
■o lnfCrno, Onde as
ag6由 っnem tam pouCO pelos quC OStivessem
ol・
eum e
orac6es slo inuteis. Logo criam em um estadO mediO enti・
outro;e este estadO medi0 6 o que n6s challlarllos O Purgatorio.
SEGUNDA PROVA. 一 θ ハ「θυο ル S`α η2θ ηι e So o cOStuFne d0 0f―
θ

ferecer sacri「 lclos


o orar pe10S mortOS, que s,ppoe a crenga do Pur‐
galorio, ■霞O era, como pretende Cal宙 ■
0,mais qlo uma inVen9五 o
a esta―
de Satanaz, cOmo suCCede logo que NoSSO SenboF, aChando―
qlelll10 ° Clll

硼 〕
llidaξ el∫ 31ξ il鴇 ::gi::ll〔 l電 srl::l10£
III:Ol」 ∫
peFStiCiosa? Pe10 00ntrario,Sabia el10 muitO belll que todos os
Christaos seguirialn esta crenOa religiosalllente, pe10s Seculos adian―
te; que renoVando tOdOS os dias o sacrirlciO dc seu col'po,e de scu
sangue, pediriam ardentemente que fOSSO applicado pelas alrllas do
qleぶ bポ
ruiFTl淵 認 電缶 露rl濯 躙 鵠 ∫脚 ド

vOu e recommendou eSta pralica a seus Discipu10S; elle mesIIno os


loo UIn dia Jesus lhes(lis―
conlrmou na sua cl・ enga em o Purgatol・
IPo, ″ο
′θrtt θb′ θ
r
S:雷 θ
mα r θ rα θFダ ん
η′ ο′ο んθれθ
α ′」
se: Sθ αJ′ t`θ tt bJα s′ んθ ο

θ ′ 。
(1:1:

Jん 常
′ ;,1'%;θ
fft,;r,31∫ ttθ :#『 │:舅 ttθ

o do
:″ 1修 li。

■o SeCulo futul・ o, alias a express額


iS(1lθ

ha peCCados que Se perdoam


Salvador n50 Signincaria nada。 Ora, como o peccado naO pOde ser
perdoado■ O Seculo futuro, quanto a culpa c i pena eterna, segue‐
se que ahi pode seF perdOadO qualltO i penl tempOral; mas esta
a colll ■0-
rellliss10 11ao pode teF lugaF ■O CeO, onde ninguenl entl・
■O Inferno, ο θ ηαθ/2α ″θ ttliSSα O: 1080 ha
doa de peccado, nem "ご
entro O Ceo o O InferiO um lugaF mediO, Onde se cumpl'e esta re‐
missloo POis a estO lugar mcdio 6 que n6s chamamos o Purgatoltio.
rα J力 βαθ Jα んοJグ θαo
θαι Nosso
TERCmRA PROVA.一 人 ι 々 rり α

Senhor nlo s6 co■ lrmOu cln Seus ApostoloS a tt em o Purgatorio,


los; Se
■議O s6 approvOu e reCOmmendou a pFaliCa d'Orar pelos mol・
gar esta vcrdade, e estabelecer
naO que tambeln lheS mandOu prё

(1)Matth.登 32.
ζ
338 carrcrsuo
esto costume. s* certo que os Apostolos
9 ensinaram a lgreja a
orar pelos mortos, e de necessaria consequencia que
Jesu_chrrsto os
ensinasse , e mandasse pr6gar e estabelecer
este costume. Ora , 6
um facto tam certo c0m0 a existencia do sol que
,
o tempo dos Apostolos, nfro cessou d'offerecer oragoes
a Igreja , descle
pelos seus fieis clefuntos. Levar-nos-hia
e sacri6cios
longe citar aqui to.os 0s
Padres e auclores ecclesiaslicos, que df,o tesiemunho
cli perpetuitla-
de deste tocantc e piecroso costume. Limitar-ncs-hemos
pris a arguns
somente. < Ajuntai-vos, dizem as constituigdes Apostolicas,
cemiterios , fazei ahi a leitura dos rivros sagrados
em 0s
em honra dos martires , e de torlos os ,roio, , cantai psarmos
, . p,r v,ss,s ir-
mf,os que m,rreram em o senhor, e offerecei 'depois
a Eucharis-
tia. D (1)
Tertulliano, que floreceu lanr proximo a,s Apostolos
quentemente , falla fre-
da oraglo peros mortos , e diz que este us, se funcra
na
lradiegdo. (2) c1'priano , ariudindo ds oragoes pelos mortos,
f.
e'stas notaveis paravras : < os Bispos noss,s
criz
,
nham orclenado que nenhum de nossos irmflos
predecessores, jf, ti-
n,measse p,r testa_
mento algum Bcclesiastico para lutor ou
, curador ; e que'se alguem
o fizesse, nf,o se orasse por elle , nem .qe celebrasse 0 sacrificio
pelo
repous, de sua alma. , (3) A decisf,o dos Bispos
anteriores a s.
c.ypriano, suppde a pratica estaberecida d,ora. plro,
mortos, e as_
sim prova que a sua origem 6 apostolica.
ilfas eil-a aqui po. e*tenso em S. chrysostomo :
< Nf,o foi senr
rasfio que os Apostolos ordenaram, que na
cerebragdo dos [remendos
misterios, se {izesse c,mmemorapflo pelos
_clefuntos , pois sabiarn quan_
to islo redunda em utilidade e piou.ito clos mortos. ) (L) s. Agos-
tinho, que compoz um Tratado dos nossos deveres
para 00m 0s mor_
tos, no qual as o'ag6es se em_pregan incessantemente
deste modo : a As honras funebres] o , exprime_se
urpi*aor c,m que se fazem,

(1) Liv. !J, c. 30.


(D De Coron. B.
(e) Episr. IX.
(&) Hornil. LIX , ail popul, Anlioch.
DE PERSEVERAN9ム .
339

aos defuntos
a sumptuosidade flos mausoleos , sem nada . servirem '
dar aos vivos alguma especie.db consolaqdo ; mas 0
il;;'comtutlo as orag6es tla Igreja, o santo sas
lue se nilo deve duvidar, 6 que
crificio, as esmolas, lhes clfio allivio, e fazem
que sgiaq tratado-
porque a Igreja univer-
com maior misericordia clo que meieciam ;
sal . instruida pela tradicgflo de *eu* Padres ,
no lugar do sacri{icio
onde se faz mengdo dos mor[os , oIa por ell_es
e offerece o sacrifi-
c0rp0 de Jesu-
cio pol' todos os'que fallecerain oa cor*unh{o do
o S; Patlre
Christo. )) (l) I,iu *oo ohra contra as heresias,
mesmo
jf,
(2) assim comg tinha fei-
p6e Aerio em 0 numero tloi hereges;
doutrina e tradicqfio
to S. Epiphanio, POr olle ter negatlo, contra a
pelo's mortos ; teste-
de totlos o, t.*po, , a utilidade clas oragdes
que a consideravam na Igre-
munhaud0-nos cleste'modo um e outro
p .o*o uma das verdades reveladas e conhecidas pela tradicgf,o
apostolica.
s.Isicloro diz-nos 0 mesmo por estas palavras
:
cc Por Nso quo
dos fieis defun-
a oblagflo do sacrificio, 0 o otug-flo pelo descango
que foram os Apos-
tos, se faz na igrela por toda a terra, cremgs
que nos a.ixaram por tradicgdo este costume.
ora, a Igreja
tolos
oobservaemtodaaparte;eecerloq9e,jenfioestivessepersua.
peccados , ndo
utl, nr.-.; li;;-poauriu* obter o perdf,d de seus
daria esmolas ffi a[ivio de suas ilt at ,
nem oflereceria a Deus o
sacrificio Por elles. ) (3)
aos fieis a pratica
Bmfim, S. Cyrifro de Jerusalem, explicando
cl,orar pelos ,iorift, diz : < N6s oramos
p,r nossos pais e Bispos'
desta litla, na firme
e enr geral por todos os nossos, {U0 partiram
com as oragdes que p'r
*rpuroigo de que receberf,o grande allivio
sacrificio' ) (4)
elles se offerecem , e com o santo e tremendo
os. chefes da reforma pro-
Seria inutil multipiicar citagdes ,'dopgrque
testante coufessam a cxistencia Purgatorio e a perpetuiclade da

(t) Serm. CTXXU'


(2) Eares. 53, 75'
(3) Liv. dos ofticios' divinos, c' 415'
(0 Catech. Y-
340 CATECIS10

:篇 Ъ
∫‖
│:,w10::∴ 熱∫Tl
《Quanio a nlim′ que crei0 1rm(
lnais, quo sOi que O Purga:OriO e

ul°
lelllitttil螢≧ 』 :nfld:漁re∫
」:(lTl:凛
:│[iS:i‖IIfal嶋
acσ es.》
り )

∬檻i品11『 留電
AsllI:幣
°【
精聰∬
∬潔iSttaЪ c器 現 l°
torianOs dO IIalabar:《 Lembreln(
irinaOs,dos neis que sahiram desie mundo na tt OrthOdoxa; Ore―

鷺 ∴驚 ぶ Ⅷ 胤 ittattf
榊 ]伴 l贔 ∵ 貿 i鮒 maram 00m a vOniade di宙 na.》
A liturgia dos Ncslorianos chaldeol

‖11也 ボ
11掛
獣贈
o os peccados dOs mOrlos;n6s vol.o pedill10s poF VOSSa graga, e
vossas ctcrnas misel・ icOrdias.》
A liturgia dos ArnleniOs tem oragσ es mlli bellas pe10s vivOs 0
defllntos eln geral. o Diaco■ O dirigindo‐ se a todOs Os fleis diz enl
voz alla:《 Pedimos que se faga me■
9=o,neste sacriliciO,de todOs
os leis enl geral, homens e mulheres, ■OvOS e Velhos, que morre,

器 ,nl ln::諄 :』 :r:肌 》TT粛 ‖官 ::咄 :譜 l'濫


(1) Inst. Iiv. III, c. B, ?0.


(2) Disputa ern Lcipsick S, 6 dc Julho de 1519。
(3) Yeja-se Bcrgicr , art. Liturgia.
(4) Liturgia 6 o aggrcgado tle orag0es, ritos e ccrcIIIonias qte cOnl―
poem o culto dilino.
DE PERSETERANoA. 341

:ll漁J;a」 鼈
lofqlF:‖ :II:l:1lsllaII磯
i。 ││∬ i:ii1lli11lll
A liturgia dos Gregos contem

°
O Hvramento da al‐
《 N6s■ os O胸 reCemOs tambem,pelo deSCan9o・

織犠Wゝ :I壌 為 ::ド :ri』 ILirT』 &:ょ 鶴II躍 Tte田


ねce.》
:

Il“ sO Deusl Cm O lugar onde fulgura a luz da vosSa


A hurJa rAbxan山 t OudT帆
蹴l:溜 ギ
欄 ‖酬鸞∫
1電 t鵬 Tew::

鷲鯖1鮮雌l‖
descanOo a suas allllas, ■o Seio d
as ao Parai20 daS deliCias, a essa morada donde slo banidas a dO「
,

a lltisteza, o OS SuSpiFOS dO COracaO; o onde resplandece a luz de


VOSSOS Santos. 》 Os mesmoS V01os, as mesmas OragOes deparamos

鶏 よ
11[│∫ 1‖lilillitililIISial iliisil濯
lilli
attoStam,que desd0 0S tOmpos ap(


Fl翼 :│:lll。 1lT」
(los santos miStelう
1‖
│:I』l]lici:∫ │1榊 jllilil:lill[
iOS.Ora,este last lituFgiaS,supp6e necessariamen‐

肌 LiStti器 Ⅷ llltte蔽 騨 Jmente pr mL面 諄


auctoridade esta mais sagrada aos
se;
IIIibttalII:[j:,° 11:'llelFl:Feia, a que recusaIIl submetter―
se, nem attribuir― se a outra
mas auctoridade que nlo pOde cOnceber―
OFigem,qne nlo Seia O ensino dOS Apostoloso E' pois aO ensino
delles e de seu divino Mestre, que devemos attribuir a pratica uni‐
verSal d'OraF pe10S mOrtoS, a cFen9a da sutt utilidade, e por conse‐
quencia, a da existencia dO PuFgatOrio,

(1) Perpetuidade da [6, t. Y, P' 610. Discussdo amigavel, t. II, P.


257. Morino, Oragdo Pclos Mortos' Hirtoria da Acad. das inscriPgoes
t. II, p. 121.
342 CATECISMo
Qurxr,r pnova. A tradicgdo dos pagdos. 0 Dogma da exis-
-
tencia do Purgatorio 6 uma daqueilas verda"tres
essenciaes, que per-
tencem a revela.gflo primitiva L que a lradicgf,o
, de oorror' primei-
ros pais diffundio por todos 0s p0y0s da terra. platfo
tingue entre os mortos os juslos, que eslam n0 g0z0
(1) dis_
d,uma bema-
venturanga eterna ; os ma,s, qy* solfrem supplicios
lambem eternos;
e os desgragados , cnjos peccados sflo reparaveis, e que nfro
sdo
punidos senfo para s0 tornarem melhores
:
0 qus tudo 6 ,orro.*u
e c*enga dos Jucreos e dos christf,os cathoricos. Achamos
em yir-
gilio esta mesmA cloutrina. (2) 0s anligos pagflos,
com' referem
s. Justino (B) e Tertuiliano (L) offe,"reciam- ru*,iitirios peros
, mor-
los, e empregayam certos ritos expiatorios para os restaberecer
,
sua primeira innocencia. como se nflo sabia
em
a sorle de cada um ,
que partia deste munrlo, orayam geralmente por
totlos ;
tas, que se mandavam para annunciar a *oria d,arguma pessoa,
e nas car-
nflo
deixavam de fazer o elogio deila, afim de m,yer
o reitor a orar p,r
sua alma. (5) Havia uma liturgia de ritos e
orag0es pelos ffi0r.-
tos; e invocavam os santos em seu favor c0m0 se proya
, cras diver_
sas inscripgdes dos lumuros. Bis aqui argumas : <
Armas cerestes ,
vinde em seu auxilio ; os deuses te sejam prrrpicios ! > << Illapes
san-
tissimos, eu v.s rec,mmendo o meu espos,
;
gcntes corn elle. )) (0) Todos 0s povoi pagf,os
dignai-vos ,u, indul-
do Oriente e ocoi_
dente tiveram costumes siruilhantes.
D'est'arte os Pagdos, 0s Judeos e 0s christfros concordam
em
reconhecer 0 dogma do purgatorio : todas as
nagdes tla terra , e
todos os seculos, repetem a seu modo aquellas pilavras cla
,Bscri.
plura : < E' um sauto e salutar pensamento orar pelos
morlos,
para que sejam livres cle seus peccados. ) (7) Agori perguntare*

(1)Em o Gorgias.
(2)Л Ineido liv.vI,V. 33.
(3)Apo!.II.
(4)De Specte c.12.
(3)Ⅱ 腱:.da Acad,_das inscripe t. II.
(6) Idi t, I, p.270, c t. II, p. 124.
(7)II MaChe xH0 46.
DE PERSEVERANqa. 343

mos a0 protestante e ao impio : quen sois v6s, pal'a rejeitar uma


c,renga tam geral e constante ? Que tendes para oppdr ir fO e per-
suasfio do mundo inteiro ?
Snxrn pnovA.
- A rasdo. Se n6o fosse superfluo accrescentar
mais provas a tantas auctoritlades, n6s as tirariamos da idea que a
Dscriptura Dos di da justiga de Deus, quando nos diz que elle re-
tribuir'{ a cada um segundo as suas obras. Perguntariamos se 6
justo que um peccador, que gastou toda a sua vida em deso"rdens,
mas que se converleu 6 hora da morle , e se poz em graqa por uma
penitencia sincera , se um tal peccador, digo , serir tam abuudante-
menle recompensado , e gozarf, tam promplarnente da bemaventuran-
qa elerna, c0m0 um justo, Que perseverasse toda a sua vida na pra-
ticra da virlude , e morresse nos senl,imentos de um perfeito amor de
Deus ? Nunca entrou em cabega bem organizada um similhante pla-
no de justiga divina. (1) Accrescentemos que se o erro nunca deu

`Bergier, arto Plι rgα ′


οriο .
rlノ

Bem pode Deus dar uma tal contricclo ao pcccador, na hora ulti―
ma, que de todo o purifique, e o possa desde lo30 admittir i Bema‐
venturanga;como ao justo,que tcvo uma vida iIlibada, c ulna preciOsa
morto. Deus C absoluto senhor das suas gragas;e nom oiornaleiro′ quc
trabalhou todo o dia, podc increpal― o de dar um sa:ario igual ao que foi
chanlado ao resto da tarde. Mas isto,sim, o podo Deus fazcr por uma
grande nlisericordia,pOr uma graca especialissilna;mas nao po「 J“ s′ .fα ,
e muito menos por um plα π o ordinario o constante deゴ s′ セα; O que,
como diz o nosso auctor, ёabsurdo, e nao entra cm cabega “ bem org4tni‐
zada. Pelo contrario,sabemos que a lustiga ordinaria de Dclls pune o
peccado quanto tt pcna, inda depois do perdoado quanto l culPa (vё ja“
se o que se disse no principlo desta licaO); e a rasao que d1 0 conci"
lio de Trcnlo 6: ``porque a mesma iustiga cxige,quo os que peccaram
SCiam punidos com arg“ 留αsθ υθ
r'α ααθ; para que a Facilidade do perdao
ntto scia inCent市 o do crime." Eis, de mcto,O que Dcus practicou cO興
David, 劇lolsOs, ■aram,a quem impoz a necessidade de expiar uma pe―
na temporal, alias rigorosa e severa: eis a sua Providcncia ordinaria, o
scu F:α ■O αθJ"s′ . Quem■ Os dira agOra que elle muda inteiramente
`fα
344 CATECISM0
utilidade, se s6 a verdade ёutil, ent五 o o dogma do Purgatorio ё
sem duvida ullla grande verdade. Com efFeito, oonfrmando o Sal^
vador este precioso dogma; conservando a lgrtta COnl lanta sollici“
tude e amoF mateFnal a pratica d'orar pelos mol・ los,contribuio mais
do que se pensh, paraヽ inspirar entre os vivos a charida(lo, ol・ igcm
de todas as wiFtudeS e fundamento da paz e pFOSperidade publica.
E' cousa benl notavel, que a charidade, sendo a alllla do Christia‐
nisl阻 o, diminua eniFe OS Wivos i proporOao quO se extillgue para
com os"2θ r′ θ
s′
O oostume d'orar pel∝ llnorlos recorda― ■os com saudade nossos
parentes e bemfeitores; inspiFa― nOS o respeito por suas ullimas von―
tades′ contribue pal・ a a unilo das falllilias,reunindo seus membros
dispersos sobre o tumulo de sells pais; trazendo-lhes ゑ momoria os
factos e as li96es que interessam a sua folicidade; e talvez reconci―
liando‐ os; pOrque n瓢 o estaln iongβ de se anlar aquelles, que cho・
ram iuntamente por um nlot市 o commum. EInlm,esta practica ex‐
tinguo o incendio das paix6es, lembrando― ■os que tudo o qle n50 6
Deus 6 clnza e nada. ResistiF i inClinaoaO mais sagrada da nature:
za,desconhecer o espirito do Chrislianismo,calcar aos p“ a tra―
dic91o mais universal e respeitavol,eis o qlle fazem os ilnpios o
os hereges, destruindo e cOmbatendo este santo o piedbso costume。
MoTlvos D'ORAR PELOS MORTOS.- 1。 ° ■ ′Jarね 議タリ θ .Inte―
"∫
ressa― ■os a glol・ ia de nosso Pai celeste? Doem‐ ■os os uliragos,

conl os ttoribl`“ Jο s? QuCm■ Os


provar4 que para ol:os sお ostt rescrva‐
do todo o perdcto o re!axa9籠 o dc culpa e de pcna2 Sc´ ctsSirn fosse, bcm
podia o peccador ir dircrindO a sua convers=o(por calculo), para a ttο rα
Iι α; ariln dO cscapar i pena lcmpoFa:, a quo n5o oscaparia se o fi―
“ `籠 antcs! NIc havia nada melhor, ou antes, nao havia nada pcior―
zcsse
Mas ral!emOs sorio;a iuS‖ ga de Dcus ntto sc‖ ludc:θ J`θ rθ ′ rづ ら 乙α _

j,・


Jα lι m sθ gt`“ ′ο αs sπ as Oみ rα s、 ; e sc esta iuStiga se n=o cumprio ncsto
mundoo em alguma parte sc hade cumprir. Ora,onde ha dc cllluprir cs‐
ta lustica o peccador quc morreu penitentc? No inferno llao; no ceO,
tambem nao; 10gO hade cumpril― a no Purgatorio.
, (NoTA DO TRADUGTOR。 )
34b
DE PERSEVERANoA.

:∬ 留 ∬肥 讐
1朧 tttsttfullittF£ ∬
aa器
:L駕

樹 IV翻ll鮮
deshOnl・ am tOdOS OS dias, e se
le darlo poF n6s e em■ OSSO no―

temos tirado; COnsolarlo o ■OV0

露 ∴
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1器 lt∬ 鷲理 黒
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eremos acasO duvidar diStO,quan―

°
S6pral:rttelllit履
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1夕 :。

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cterisou;'lavouLos O mesmo sangu


lil]lilII∫
llli::I110,£ l;iII

tincOu_Os a mesma palavita o OS


)s umbraes da Eternidade;mas nem
da meSma lgreia.0 宙nculo Sa―
la a nos unir a ellcS; 6 por isso
,OS SOmOS llbos, OS recommenda

Tl∫ 電Ψ・
%£ llLI::
。肌s∬

iSa:lllllldle:iSloV∫ li翼: :::


│:llilllliallllilttstllli l:∬

de de n6s; w6s ao menOS, que s seriamente a nosSa consciellCia;


° ノ
A 鶴 S′ ″α
・ COnsultemO
3。
e tam
fa9amos a n614mesl阻 OS esta pergunta: POr Jintlra, entl・
3五 6
CATECIsMo
gltande numero(1'almas,nao haveloi algunla, que esttta nO Purga_
tOFiO pOr minha culpa? N5o daria eu mOtivO, 00m Os meus pec―
cados, ls impaciencias, juras, palavras e act?S reprehensiveis, que
meu pai,minha mai,meu irm巨 o, 11,m10u amlgO agOra expialn tam
severamellte? ■embltemO_■ Os de tOdas as lel澪
inais Ou mel10s graves, de nossa vida; e de
mos anilno para issO:N5o,ninguem padece no Pul・
ξ
llllilm:siStinl∬ :l
gatol・ 10 pOr mi‐
Ilha culpa!
爛 ″ma R撫 Jm器 ,甲 e ttam測 ねト
絶 dr16s:鑑 鞘 “
dizendO que tambem havemOs de iF pe10 mes_
mo caminhOo sim, tambem havelll10s de nlorrel・
。Mas, pOr ventu"
ra, teremos n6s ullla piedade tam sOlida, uma chal・
ida(le tam arden‐

i騰 鮮難 T鮒 ‖
難椰弼芋
ravel, que lla ma10r parie poderell10s esperalilsiejleulも


IIキ

:榊 ∬ 聰
llli:∫ │
t詳 100111r∝ tantOS prOte_
欄 》 雌 ド
u蜆
lell::Oξ l∫ £
Tig講 :nill熟.OF凝 1。

:

盤燃鮮 l(静
l∬
3araO tambem a nossa entrada nOs eternos ta嗜

alisI::
VIC10S naO cabem nO ceiS,電 leSl〔
:l rl尋 酷iS'dflcfillil『
Se qlleliemOs, pois, que aque!las aIIlllas santas venham um dia ao

槻獣:淵 器卜
TSSO encontrO,que n9s auXiliem,que nos estendam as maOs vict。 _

鵠lT"‰ ∫ 黒 e肥 犠懺FTialFTa“ 淋
Mestre:Assim cOmo lizerdes aos Outros, assim se vOs fari. Mas
estas allnas n瓢 O esI)el'al・ 50 que passelll10s deSta vida, paFa nOS tOsie‐
mllnhar a sua gratid10。
NIo, em quanlo estivermos no mundO,nas
■ossas tentacσ es , nas ■Ossas penas, na hora da mOlle, Oblel・


_nos_

Sa vendO sahir catla di3



DE PERSEVERANoA. 347

A ora91o pelos mortos,C a coI


s翼 l鞣l‖
《Conheci uln Lutherano quo
da teem lnaior pezar os PrOtestantese


se fez CatholiCO,pOr causa da nOSSa CrenOa em o Purgatorio. Ti‐
dl
ad%■ O mdo da Jetta e d∝


um seu irmao a quem amava terI │∬ :` 1牌 器叱61譜
lembranOa, para seu grande torment6, aque1la preClpitada passagem

lllil∬
::」 lenbl『 1廿 lh∬ 11場La?Tttlililllaal‖
seu cu110 naO achava meiO tOrmo
‐ II1lelIIIl
morraS dO abvsmo, a Sua triSteza o OS Seus rcCelos causavam“
lhe uma affliCQ10 mOrtalo N101 paralla:llⅡ
tudihedille重 :IIlalli
noute ; nlo havia cOusa quo 0

11.a鮮 奮 :lal:: lail, 調lel ′


mir‐ se no mesmo tumu10 de seu i
mo■ m leito de familiao Mandaw
dizia COmsigo: N餞 o terei tempO d
a犠
llWttaれ 1竃 ハぶ∬ Wtt「 h器 穐∬蹴ヽ
a胤 iЪ Ч il上
1:i∫ L∬ Tttb∬ lil「 £ 。
《Seus alnigos iuntaram― Se c鷺 :seu me磁 ∞ ,ch就 Oh飢 ト
ram com elle,quo o iOVen EsOoQez passou ao continente. Vinha eu
no meSmo navi0 00m elle, C elIL breve travamoS COnhecimenlo,quo


passouざ
lllilld:よ illir::11:lal::ド

llll:S。 :::le:l」 :11::llilli
「ギ

:IIil:福£F∫1職。
nsttllポ

ledlil:itetlよ fiよ 11∬ :'13sξ laiII


I disse dle nO dia dOS F脅 お ―
ル働

Our:lll∬
al II::laril:li l:lil ミ_

dos os dias pelo Oterno repouso daquelle quC amei tanto neste mun‐
4
348 CATECISIo
do!... VOsso cu1lo faz quc ainda depois(la morte■
Os pOssamos au,
xiliar mutuamente; as vOssas Oragocs tiraln ao sepulchFO o seu hOr.


]` ivel silenciO;cOnversais ainda c51n aquelles que partil・
am desta vir


:‖
ilf∫ it‖iitQ‖ :││‖

為甲 胤∫
孵Ъ 胤 ;詔 l。
111≒ │1賢 │:

[珊 甲 …》
i

e tt nao u●
器器 gmnlo pd∝
9m「
E ttz― sO

or3A'qfro"
O' meu D.u,,,r t ql* sois todo
_amor ,
eu yos dou graqas por
nos terdes revelado o dogma consoratror tro purgatorio ; aai-nos uma
gmnde compaixfro para Gom as almas,
rifica.
{ue yossa justiga alli pr.
Eu protesto amar a Deus sobre todas as cousas,
e a0 proxrmo
00m0 a mim mesmo por amor de Deus e, em [estemunho
; deste amor,
farei toilos os dias ora,cdo pelas ahnas i/o pwrgatorio,

(t) Festas christds.

FIM DO TERCEIRO VOLUME.


349

INDEX
DAS

IIATERIAS CONTIDAS NO TERCEIRO vOLUME.

XLV.a LIC10。
Pα J.
O llESSlAS PREPARADO,

XLVI.a LIc10。
o MESSIAS P■ EPARADO。

)Judith。 一 Sua relag五 o oOm a

TIiミ

.JII≒ i,iil‖ │IF 13

l LIc五 〇
XLVⅡ 。 1 1
0 MESSlAS PREPARADO,
命乙
350 lNDEX

XLVH138 LIcAo。

O MESsIAS PREPARADO.


′αク .

:乳∬Ъ l瑠 ふ殿 ¶ 露』 heL_Sua exJmcaQ_conト


:「 :hi“

罵cttaliTI露 Ъ∬Tttl乱 』 :

.:‖ :‰ 島 歯鍵 駐「 パ 1lll.… …
::.│。
………… … …¨ …… … 32

XLIXoa LIclo.

O MESSIAS PREPARADO,

iligこ
:r(暑 InIIliλ :::ll鷲 il::

santOs, 一 Assegura sua authentici

L,a LIclo。

Oi lIESsI▲ s P,EPARADO。

Provac39, deStinadas a plFincar Os I,:::ミ


roconhecer O Mё ssias.二 ⅡbleodOrc
:i:'=ミ dillttf

ta:も r彙 :'「

鳳¶
iri∬ ll%i事
ll常 ぷ品b黒 ∬‰r翠 般 TTT 1亀 ..デ 53
‐ LI:a LIclo。 :
: : UNIDADE DA REL101五
o E DA lGREJA.

Ⅷ謝
i脱轟れwi蠍 薔
鮒 162
3bl
DAS MATItlRlAS.

LⅡ oa L10AO.
Pag.
lNFLUENCIA DA ttEL101AO。

° da‐ Rcligl瓢 o■Oda a;sua superiori'


e politica. : Eu
認:T鶴 露llillT留
;'
a soCiedade ciVil
7乙
a sociedade Beligio$a...'

SEG I]T{DA P'ARTE,

, EsrADo D0 MUNDo NA vlNDa Do urssits'


Dominagdo ftomana'
Esta,Jo politico e religioso dos Geutios' --
Divisdo do
Idolatria. - Estad'o politico e religioso dos Judeos. -
seu terri[orio..- Depeodencia dos Romanos. -
r
seitas Phariseos,
ofl
Essenianos, Sadduceos, Herodianos' """"r """" ""' ou
II.' LIqIO.
NASCIIIENTO DO MESSIAS.

Espectagilo geral' Eutre os }udeos' ,;' ss[1e 'os Gentie' - no-0ri-


- Jornada a
cnte e occidente. - Decreto. do lmperador,augusto. -
Bethlem. - Nascinrento do Messias. - circumcisfro. adoragf,o
dos Mag0s........ .. ..... . ..... """""r' 97

HI." tlqfr.o.

purificagfio.
- o velho simedo. - Fugrda para o E_gypto. - Morti- ---
cinio dos InuocenteS, - Regresso a Nazarcth. - Jesus uO templo' 108
IV." [Iq[o.
VIDA ?UBIICA DO MESSIAS. T- PBIIIEINO ANNO.
Seu
Prdgagfio Oe S. Joao fiipiista. Baptismo de Nosso Seuhor.
- Nup-cias dO Can6. Os
-
Suas tentagdes.
retiro no desert6. - - i 't""""""""' llf
venclilhdes crpulsos do Templo.......r.r.,.,,. .....r...."

332 1NDEX

Vea LIcAo。

VlDA PUBLICA DO 醐 ssIAS・ = PRIMEIRO ■NNO。 Pα 夕.


A Samarilaoa. .= Coudescendencia
go.
- Aquunciag5o da lei ,nova. 空認Ial‰
poder de perdoar OS peccados. _Is』 難 1∫ 憮
paralytico.
-
Apostolos. ............ . r.
EscO‖〕
a dOs dOze
● Ⅲ● ● "… "●
..● Ⅲ"● ......・ "- 127
vI.'tlgao.
YIDA PUBLICA DO MEssIAs.
== PRIMEIRO AI{NO.
sermiio da montanha : divide-se em duas partes.
sociedade : as oito llemaventurangas. - Fundamentos da
Deveres dos Apostolos e
Padres. - Dereres commu,s aos padres - e Fieis : pureza
d,inten_
glior oragflo, ieiup , esmola , contianga illimitada
na providencia.
- O leproso curado, o servo do- Ceniuriflo curado. .,..d,
....,...... lBIl
o YII.. IIqAO.
VIDA PUBTICA DO MESSIAS. : SEGUNDO ANXO.

Resurreigdo do filho da viuva de Naim. Discipulos de Jof,o Ba-


ptista. Illulriplicagdo dos pf,es.
-
- Petlro caminhando por sobrs
-
as aguas..- Promessa da Eucharistia, -- Pedro escolhido para
che-
fC da lgreia。 一 TransAguraglo。

・・・
・・・001こ b

VHI.a LIclo.
VIDA PuBLICA DO MESSIAS. 一 sEGЩ DO A圏 0.
Posrrsro curado. parabola do dorvedor. *
gura e charidadc.
- Exemplo e ligdo de do-

lo ctlradO..
-
O unico necossario. O cego di
- nascimen-

・・・"・・
・・・
・・・""・・ 154

IXoa LIc10。

VIDA PUBLICA DO MESSIAS.= TERCEIRO ANNO。

A ovelha desgaFrada. ―‐o filhO prodigo。


-
Os meninos abengoailos.
…‐Annunciagao da Paix=0。 ― Zacheo convgrtido..,'........... 162
3b3
DAS MATERIAS.

X.a LICAO。

unsSils. TEBCEIBO ANNo' Pag'


vin;. pUsLiCA, uO
-
O balsamo tlerramado' - Mttrmu-
Cumprimento tlas prophccias' inveja dos Phariseos'
rogf,o de Jutlas,'-'Eotruda
em ierusalem.-
pttOigeo 6cerca- de Jerusalem' - A
-- Logrimas do Salvador''-
]' porrro o'iuteogao. - Novas Eurmurag6es tle
esmola da yiuva. ' tltl
Judas. - Sua traig6o"""'
.. x[." LIqIo.
V,DA pUBLiCl OO MESSIAS.
,- IEBCEIRO aNNO'

Annuncia a trai-
Festa da Pascoa. - -
Iesus come o cordeiro pascal'
lava p€s'
sotrre a humilda{e' - O
gdo de Judas"- il;;;cgfio
go't'u'i'tio' - Sot'iin de Judas' Despedida
do
InstituigSo Ou 183
putriOo para o Jardim das Oliveiras""- or--r""""'"'
Salvatlor. -

xH.a LIC五 0。

、 P■ 1■ ▲O DO llESSIAS.

1儒 e:濯 ll協 ∴c:∬


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認鳳nldttlr:ぶ ‖
∬ '111i。

1∫ Ilil事 ∫ li澤
lirIIifili」
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xIII.a LIcXO.
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PAIX10 DO MESSIAS,

― COnduZCtn‐ ■0


― E' declaFadO in■ OCente。
JcsuS diante de Pilatos. E'a9outado,一
COn―
一 TOrnam COm elle a PilatoS.一
a HcrodCS。
COttuぷ do ao側 Vario,議
demnadO A m∝ ∫毬 :∵ 霞 ltこ
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3esus COnVざ rteこ lII
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334 lNDЁ ェ ー

XIVel‐ L“ Xo.

SEPULTuRA E■ ESURRE19Ao DO MESsiAS.


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VIDA GLORIOsA DO IIESSi■ s.

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. O MESsIAS REP`lRADoR DO IIuNDO.

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O IIESSIAS Novo ■DAM.

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3bb
DAS UATERIAS.

xY[I.' LIq.[0.
Pα ク
DE NOSSA UNIfiO COM O NOYO AD^III , PELA FE.
.

em

282

' xlx.' LIgaO.

DE Noss-l uNUo cou 0 Novo IDAIu rtrll ut'


'
Divindade e
8.. Artigo do-Symboio. - Misterio _dq Incarnagdo. - artlgo' -
tleste
humanrdade de Nosso senhor ; Yantagem
social
4." Artigo Oo Symnolo. - Misierio da morte
o paix[0, :09 Actas
de S, Justino, de Tertulliano,
de pilatos. - f.rt.rooh,i
-
de Cerareal Yantagen social deste artigo.
$se-
5." Artigo do Sym-
bio : his-
Yantagem social dests artigo' - Trecho
- Resurreiglo :
bolo.
"'-" ' "' 309
torico.
xx.' LIqA0.

uxtlo qoM o NoYo aDAllI' ?Eta ri.': D0 PUBGAT0RI0"


DE N0ssa

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Frandsco Gomes Pinto, rua do Arco.

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