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Trabalho de Psicologia Geral

O documento descreve a evolução histórica da psicologia do desenvolvimento em 4 fases: (1) 1920-1939 focada no estudo da criança; (2) 1940-1959 influenciada por guerras e usando métodos correlacionais; (3) 1960-1989 influenciada por behaviorismo e cognitivismo e usando experimentos; (4) 1990-atual interdisciplinar e focada no ciclo de vida com abordagens contextuais.
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Trabalho de Psicologia Geral

O documento descreve a evolução histórica da psicologia do desenvolvimento em 4 fases: (1) 1920-1939 focada no estudo da criança; (2) 1940-1959 influenciada por guerras e usando métodos correlacionais; (3) 1960-1989 influenciada por behaviorismo e cognitivismo e usando experimentos; (4) 1990-atual interdisciplinar e focada no ciclo de vida com abordagens contextuais.
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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia

Trabalho de primeira cessão

Evolução histórica da Psicologia do Desenvolvimento

Mostalina Feliciano Semente, Código: Código: 708200131


Curso: Ensino de Geografia
Disciplina: Psicologia Geral
Ano de Frequência: 1o ano

Nampula, Abril, 2020


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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia

Evolução histórica da Psicologia do Desenvolvimento

Mostalina Feliciano Semente, Código: 708200131

Curso: Ensino de Geografia

Disciplina: Psicologia Geral

Ano de Frequência: 1o ano

Nome do Docente: Dr. Estefânia Kalate

Nampula, Abril, 2020


3

Índice
Introdução................................................................................................................................4

Evolução histórica da Psicologia do Desenvolvimento..........................................................5

Primeira fase (1920-1939 aproximadamente).........................................................................5

Segunda fase (1940 – 1959 aproximadamente)......................................................................5

Terceira fase (1960-1989aproximadamente)..........................................................................6

Quarta fase (1990- dias atuais)................................................................................................6

Componentes do Sistema Nervoso Periférico.........................................................................7

Método Introspectivo..............................................................................................................8

Experimental...........................................................................................................................8

Modelo básico de investigação experimental..........................................................................9

Estudo de Grupos....................................................................................................................9

Etapas do Método Experimental...........................................................................................10

Método Clínico......................................................................................................................10

Método Psicanalítico.............................................................................................................10

Conclusão..............................................................................................................................11

Bibliografia............................................................................................................................12
4

Introdução
Embora seja uma ciência recente, a psicologia é constituída de uma história bastante
extensa, uma vez que a investigação de aspectos pertinentes ao homem, objeto de estudo desta
ciência, dá-se de longa data. Assim, ao considerar a psicologia como uma ciência
independente faz-se necessário, primeiramente, avaliar a história das práticas e dos
conhecimentos produzidos a partir da busca de compreensão do homem e de suas relações
entre si e com o ambiente que o cerca. Um ponto a ser considerado nesse resgate histórico é o
conhecimento filosófico, uma vez que não se pode compreender a psicologia, sem a análise
das indagações filosóficas sobre o homem e o mundo. Keller ressalta a importância do olhar
atento ao pensamento filosófico na compreensão da evolução da ciência psicológica ao
afirmar:
Muito antes que a psicologia viesse a ser tratada como ciência experimental havia
homens interessados nestes assuntos que hoje seriam chamados de psicológicos. A influência
destes homens sobre as gerações posteriores foi bem grande e não é demais que se deva
abordar a questão de definir a psicologia moderna pela menção de suas opiniões e
descobertas. (KELLER, 1974, p. 3) Os pensamentos acerca do que Keller chama de “assuntos
que hoje seriam chamados psicológicos” são encontrados na análise detalhada das discussões
tanto dos filósofos antigos, quanto dos contemporâneos.

Estrutura do trabalho:

Índice
Introdução
Desenvolvimento do trabalho
Conclusão
Referencias Bibliográficas

Metodologia
Para a realização do presente trabalho a autora do trabalhou usou a pesquisa
bibliográfica, usei as obras de: (ANDERY,1988, BOCK, 2005, KELLER -1988, RUBANO,
1988 ).
5

1. Evolução histórica da Psicologia do Desenvolvimento


Biaggio e Monteiro (1998) estudando a evolução histórica da psicologia do
desenvolvimento humano sistematizam o estudo do desenvolvimento humano em fases, cada
fase englobando um período demais ou menos dez anos. Propomos a seguir uma atualização
desta divisão acrescentando também uma análise do período formativo da psicologia do
desenvolvimento (Cairns,1983).
Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão, é considerado o verdadeiro pai da
psicologia. Chegou a estudar as diferenças entre a razão, percepção e sensação. Diverge de
seu mestre, Platão, ao postular que corpo e alma são elementos indissociáveis.
A Psicologia que nasce a partir dos estudos da alma realizados pelos grandes
filósofos passa a ser uma ciência “sem alma” (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 2005, p.
43),

Primeira fase (1920-1939 aproximadamente)


Este foi um período de grande investimento no estudo do desenvolvimento da criança,
embora tenha se publicado os primeiros estudos sobre envelhecimento (Hall, 1922 citado por
Cairns, 1983) e adolescência (Hall, 1904 citado por Cairns,1983).Observa-se a contínua
institucionalização da psicologia do desenvolvimento, mas ainda muito focada no estudo da
criança. Até hoje influente a“ Society for Research in Child Development ” foi fundada em
1933 (Cairns,1983).
Os principais interesses de estudo nesta época foram: o desenvolvimento intelectual,
maturação e crescimento. Começa-se a criticar os métodos existentes de pesquisa na área do
desenvolvimento humano. Sendo que a maioria das pesquisas ainda usa métodos descritivos e
normativos. Há um aumento do interesse por estudos longitudinais e começa-se discutir a
importância do uso deste tipo de metodologia para o estudo do desenvolvimento. Na prática o
interesse por esse tipo de delineamento não se concretiza.

Segunda fase (1940 – 1959 aproximadamente)


Esta fase foi grandemente influenciada pela depressão de 30 e pelas Guerras que
levam a uma escassez de investimentos em pesquisa. O interesse nesta época ainda se
concentra no estudo da criança, especialmente no estabelecimento de relações entre variáveis
que afetam o desenvolvimento (Cairns, 1983). Desta forma os principais métodos de pesquisa
utilizados nesta fase foram os métodos correlacionais. Os avanços teóricos ficam limitados,
pois como todos sabem métodos correlacionais não permitem que se estabeleçam relações de
causa e efeito entre variáveis (Biaggio, 1978).
6

Terceira fase (1960-1989aproximadamente)


Cairns (1983) afirma que nesta fase verificou-se uma reemergência das pesquisas no
campo do desenvolvimento. Até meados da década de 60 a psicologia do desenvolvimento
sofre grande influência da Teoria Behaviorista e dos conceitos de Aprendizagem Social.
Observa-se também are-emergência da Teoria Piagetiana como arcabouço teórico das
pesquisas neste campo o conhecimento (Biaggio & Monteiro,1998).A Revolução Cognitiva
atinge a psicologia do desenvolvimento.
Vários aspectos da cognição são investigados dentro da Abordagem do processamento
de informação. Há um crescente interesse pela psicobiologia e pelas bases biológicas do
comportamento. No que diz respeito à metodologia de pesquisa utilizada nesta fase busca-se o
estabelecimento das causas do desenvolvimento. Há um aumento da utilização do método
experimental e do uso de técnicas correlacionais associadas a estudos longitudinais.

Quarta fase (1990- dias atuais)


Novos paradigmas na psicologia do desenvolvimento emergem. O caráter
interdisciplinar da disciplina, a importância de se discutir e incorporar nas pesquisas os
diversos contextos em que os indivíduos se desenvolvem, inclusive a dimensão histórica do
desenvolvimento começa a ser discutida (Dessen & Costa Jr, 2006; Seidl de Moura
&Moncorvo, 2006).Cada vez mais o desenvolvimento é estudado ao longo do ciclo vital, ao
invés da tradicional ênfase na infância e adolescência.
Magnusson e Cairns (1996citado por Aspesi, Dessen & Chagas, 2005) propõem que
as mudanças de perspectivas de estudo no desenvolvimento humano constituem uma Ciência
do Desenvolvimento Humano, uma disciplina independente que engloba conhecimentos não
só da psicologia, mas de outras áreas afins. No Brasil funda-se em 1998 a “Sociedade
Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento”. Os objetos de pesquisa anteriores
permanecem, mas observa-se um maior interesse por estudos no curso da vida e por
abordagens contextuais e sistêmicas como a teoria ecológica de Bronfre brenner. Quantoaos
métodos de pesquisa propõem-se novos paradigmas metodológicos, estudos sistêmicos,
longitudinais, transculturais, transgeracionais e multi metodológicos.
Observamos também um aumento no número de grupos na área do desenvolvimento
com a criação de dois novos grupos: desenvolvimento sociocognitivo e da linguagem; e o
grupo psicanálise, infância e educação. A análise dos temas destes GTs mostra ainda uma
concentração no temas tradicionais de estudo do desenvolvimento sobretudo o estudo da
infância, mostram também, no Brasil, a forte interface entre o desenvolvimento e a educação.
7

2. A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos,


razão) e o comportamento humano. ... Dentro da psicopatologia existem as personalidades
desviantes, com comportamentos inadaptáveis, outro objeto de estudo da psicologia.

3. O sistema nervoso é a parte do organismo que transmite sinais entre as suas diferentes
partes e coordena as suas ações voluntárias e involuntárias. O tecido nervoso surge com
os vermes, cerca de 550 a 600 milhões de anos atrás. Na maioria das espécies animais,
constitui-se de duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso
periférico (SNP). Em anatomia, chama-se sistema nervoso central (SNC), ou neuroeixo, ao
conjunto do encéfalo e da medula espinhal dos vertebrados. O sistema nervoso é um
importante sistema do nosso corpo e está relacionado diretamente com a nossa
sobrevivência. Esse sistema está ligado com a coordenação das diversas atividades do
organismo, sendo responsável também por permitir a interpretação do meio que nos cerca.
Para realizar suas atividades, o sistema nervoso conta com células extremamente
especializadas, os neurônios, que são responsáveis pela transmissão do impulso nervoso.

Sua função é ligar o Sistema Nervoso Central aos outros órgãos do corpo e com isso
realizar o transporte de informações. ... Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula
espinhal; Sistema Nervoso Periférico  (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o
SNC aos órgãos do corpo. O SNP é a parte do sistema nervoso formada pelos nervos e
gânglios. Sua função primordial é levar informações dos órgãos periféricos até o SNC e trazer
as respostas desse sistema novamente para os órgãos. Sendo assim, esse sistema é responsável
por conduzir informações.

Componentes do Sistema Nervoso Periférico


Os nervos podem ser espinhais (ou espinais) ou cranianos. Esses últimos unem-se com
o encéfalo, e os nervos espinhais estão unidos à medula espinhal. Existem doze pares de
nervos cranianos, que são responsáveis por inervar principalmente estruturas da cabeça e do
pescoço. São nervos cranianos: nervo olfatório, nervo óptico, nervo o ciclomotor, nervo
troclear, nervo abducente, nervo trigêmeo, nervo facial, nervo vestíbulo-coclear, nervo
glossofaríngeo, nervo vago, nervo acessório e nervo hipoglosso.

4. Métodos da Psicologia
Nas investigações em psicologia são usados diversos métodos e técnicas. Os métodos
correspondem ao conjunto de procedimentos utilizados na investigação, e as técnicas aos
processos práticos usados em cada método.
8

Algumas correntes da psicologia, como o associacionismo, o behaviorismo ou a


psicanálise estão ligadas a métodos específicos. Este princípio não pode hoje ser generalizado,
dada a diversidade de metodologias a que os psicólogos podem recorrer nos seus trabalhos. A
escolha de um método depende dos objetivos que se tenham em vista atingir, os recursos e o
tempo disponível

Método Introspectivo
Método aplicado  por Wundt como forma de estudar os estados de consciência do
indivíduo submetidos a certas experiências.
 A observação é feita pelo próprio indivíduo que revive a experiência interior
retrospectivamente.
 Não existe separação entre o objeto (o que está a ser observado) e o observador
(aquele que observa). Esta situação coloca o problema da subjetividade desta
metodologia de pesquisa.
Algumas das limitações do método introspectivo: não pode ser aplicado a crianças,
doentes mentais, a pessoas com dificuldades de verbalização, assim como aos animais.

Experimental
 Os psicólogos que aplicaram e desenvolveram este método, como Watson, centram-se
quase exclusivamente no estudo do comportamento humano, em ambientes
laboratoriais, controláveis e modificáveis, seguindo os mesmos princípios
metodológicos usados pelos físicos e químicos no estudo da natureza.
Pretendem estabelecer medidas científicas sobre o comportamento dos seres vivos,
homens ou animais, determinando as suas leis gerais sempre que ocorrem condições idênticas.
Estas leis permitiriam não apenas explicar o comportamento, mas também prevê-lo e
controlá-lo.
 A observação centra-se em dados exteriores ao observador, separando desta forma o
objeto do observador
 Nas observações são selecionados preferencialmente aspetos susceptíveis de serem
traduzidos em termos quantitativos, permitindo desta forma um elevado grau de
objetividade nas descrições

5. Modelo básico de investigação experimental


9

Estudo das variáveis


Os procedimentos seguidos no estudo das relações de causa-efeito na psicologia
experimental são concebidos como uma relação entre variáveis, numa dada situação
controlada. Entende-se por variável uma qualquer propriedade ou característica de um dado
sujeito que pode ser quantificado ou precisado com rigor. Exemplos de variáveis: idade,
altura, peso, sexo, etc.
Denomina-se por variável independente aquela cuja modificação se supõe poder
produzir uma modificação num dado comportamento observável (variável dependente ou
variável de resposta). Exemplos: Determinar a relação entre o número de erros em italiano
(variável dependente) e o número de aulas (variável independente); Determinar o efeito do
álcool sobre os reflexos motores. O objetivo do investigador é comprovar se os efeitos
provocados pela variável independente sobre a variável dependente são aqueles tinham
suposto como hipótese.

Estudo de Grupos
Na maioria do casos os psicólogos experimentais não têm a possibilidade de estudar a
totalidade dos indivíduos. Neste caso optam por estudar um grupo representativo (amostra).Os
procedimentos anteriores são agora aplicados a grupos de indivíduos.
A primeira tarefa consiste em escolher um conjunto de indivíduos que seja representativa da
população a que se pretende generalizar as conclusões (universo). Esta escolha deve ser feita
forma aleatória, de modo a que todos os indivíduos tenham as mesmas hipóteses de serem
escolhidos.
A segunda tarefa consiste em estabelecer dois grupos:
 O Grupo Experimental - o conjunto de indivíduos onde será alterada (manipulada)
uma dada variável.
 O Grupo de Controlo - o conjunto de indivíduos em que não foram alteradas
nenhuma das condições habituais. Este grupo permite ao observador comparar os
efeitos da experiência realizada como grupo em observação (ou experimental).
A comparação entre os dois grupos permite confirmar ou não a causa de determinados
efeitos sempre que se altera uma das variáveis (validação da hipótese). Esta validação dos
resultados está dependente do controlo que tenha sido realizado de todas as variáveis.

Etapas do Método Experimental


a. O método experimental pode ser dividido nas seguintes etapas:
b. Observação, identificação e análise do problema ou situação
10

c. Formulação de uma hipótese explicativa
d. Experimentação -manipulação e controlo das variáveis no grupo em observação
(experimental)

Limitações do método experimental: estão ligadas à complexidade do objeto de estudo - o


comportamento humano. Este método implica frequentemente uma visão reducionista do
mesmo. Por outro lado, as condições laboratoriais em que as experiências são feitas tendem a
produzir respostas falseadas, pois a situação será sempre "artificial" e os participantes das
experiências, sabem em geral que são "experiências" (mais ou menos como os participantes
em simulações de incêndios e sismos, sabem que são "simulações"). Neste sentido, as
generalizações das conclusões obtidas com este método são alvo de grandes críticas.

Método Clínico
O objetivo da psicologia clínica é estudar o indivíduo em profundidade, na sua
singularidade e no caso concreto em que o mesmo se apresenta, ultrapassando as
aproximações parciais da psicologia experimental.
Este método procura compreender a pessoa nas suas relações com o mundo: com os outros,
consigo mesma, na imagem que constrói da sua vida, e com os valores em que assenta a sua
conduta.
 Estudo do indivíduo em várias dimensões ao longo do seu desenvolvimento
 Recurso a umas multiplicidades técnicas: entrevistas  (recolha de dados, análise de
atitudes, etc.); testes psicológicos  (testes de personalidade, aptidão, etc.); anamnese 
(reconstituição da vida do paciente pelo próprio, etc.); observação clínica.

Método Psicanalítico
A psicanálise, enquanto terapia, é um método de exploração do inconsciente.
A hipnose foi a primeira técnica que J. Breuer e depois Freud utilizou. Este último
desenvolveu e aplicou outras técnicas para atingir os mesmos objetivos:
 Associações Livres. Consiste em pedir aos pacientes para dizerem os que lhes ocorre,
sem qualquer constrangimento. O objetivo é que o paciente se autoanálise,
descobrindo as questões que lhe provocam alguma resistência. O psicanalista toma
nota de todas as perturbações em função do encadeamento das associações realizadas
pelo paciente, tentando deste modo identificar os fenómenos inconscientes que estão
na base das neuroses.
11

 Interpretação do Sonhos. Os sonhos são uma das manifestações mais ricas do


inconsciente, ainda que estes se apresentem numa forma simbólica. A sua
interpretação permite a descoberta das causas profundas das situações traumáticas.
 Atos Falhados. Nas mais diversas situações, todos nós somos afetados por certas
pequenas perturbações, nas quais não nos recordamos, por exemplo, de nomes de
pessoas nossas conhecidas, trocamos palavras, ouvimos coisas que não foram ditas,
etc. A análise destes atos falhados é outra das técnicas utilizadas na psicanálise.
 Transferências. Durante o tratamento o paciente estabelece com o psicanalista
relações que lhe permitem reviver situações traumáticas. Nestas, os sentimentos de
amor ou de ódio que em tempos foram experimentados, são transferidos para o
psicanalista. A interpretação destas transferências torna-se assim num dos elementos
fundamentais que pode levar à descoberta das situações traumatizantes.
Estas e outras técnicas utilizadas na Psicanálise devem ser vistas como
complementares, podendo num dado momento umas serem mais usadas que outras.
A psicanálise apesar do lugar incontornável na psicologia, continua a ser alvo de
inúmeras criticas, nomeadamente sobre a precariedade do seu método enquanto método
científico, pois este não é propriamente "objectivo", mas fortemente interpretativo (o que
permite a especulação e a subjectividade).
12

Conclusão
A teoria de Jean Piaget (1896-1980) também se ocupa da interação do organismo-meio
e a aprendizagem decorrente dessa interação. Para Piaget o eixo central da análise é essa
interação, que resulta em dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao
meio. Por meio da assimilação e acomodação, os esquemas de assimilação vão se
modificando e configurando estágios de desenvolvimento. Em suma, ao descrever a história
da psicologia, fica evidente a contribuição dos diversos pensadores acerca do assunto e essa
evolução gradual mostra a Psicologia como uma ciência em desenvolvimento. Evidencia
também que a ciência, e aqui nos referimos a todas as ciências e não só a Psicologia, não
nasce pronta, mas está sempre em transformação, influenciada por novas pesquisas, novas
descobertas.
Assim, ao buscar compreender a psicologia enquanto ciência, torna-se fundamental a
análise dessas diferenças de concepções entre seus pesquisadores. Torna-se fundamental
compreender questões levantadas por Freud e as investigações psicanalíticas; por Watson, e o
estudo do comportamento observado; por Skinner e as investigações sobre condicionamento
operante; por Piaget e seu incremento da investigação experimental do desenvolvimento da
criança e do adolescente; pelos alemães com a psicologia da forma, visando à compreensão de
relações de sentido e a percepção de formas, dentre outros estudiosos.
Conhecer o processo de formação da psicologia enquanto ciência permite-nos uma
visão mais ampla para compreensão do homem, de suas ações e questionamentos. Como
afirmou Aristóteles nada melhor para compreender um tema em sua extensão do que
historizá-lo, assim ao tentar compreender a psicologia como ciência independente vale, sem
dúvida, a análise histórica desta.
13

Bibliografia
ANDERY, Maria Amália Pie Abid; MICHELETTO, Nilza; e SÉRIO, Tereza Maria de
Azevedo Pires. O pensamento exige método, o conhecimento depende dele. Em: ANDERY,
Maria Amália Pie Abid et. al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 4º ed.
Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; e TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13º ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
KELLER, Fred. Simmons. A definição da psicologia: uma introdução aos sistemas
psicológicos. Tradução brasileira de Rodolpho Azzi, São Paulo: EPU, 1974. PEREIRA, Maria
Eliza Mazzilli e GIOIA, Silvia Catarina. Do feudalismo ao capitalismo: uma longa transição.
Em: ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para compreender a ciência: uma perspectiva
histórica. 4º ed. Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.
RUBANO, Denize Rosana e MOROZ, Melania. (A) O conhecimento como ato da
iluminação divina: Santo Agostinho. Em: ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para
compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 4º ed. Rio de Janeiro: Espaço e tempo,
1988.

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