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Ensaio de Teologia Contemporanea Actualizado

O documento discute a história do desenvolvimento da ortodoxia cristã para enfrentar heresias. A ortodoxia surgiu de debates teológicos para defender verdades centrais como a divindade e humanidade de Cristo. Ao longo dos séculos, a ortodoxia continuou a se defender contra movimentos como o racionalismo e o iluminismo.

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Ensaio de Teologia Contemporanea Actualizado

O documento discute a história do desenvolvimento da ortodoxia cristã para enfrentar heresias. A ortodoxia surgiu de debates teológicos para defender verdades centrais como a divindade e humanidade de Cristo. Ao longo dos séculos, a ortodoxia continuou a se defender contra movimentos como o racionalismo e o iluminismo.

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Indice

Introdução 1
Os teólogos da ortodoxia… 2
O crescimento da ortodoxia 3
Ameaça contra a ortodoxia 4
A defesa da ortodoxia 5
Referências bibliográficas 6
Introdução

A ortodoxia se desenvolveu levando em conta a maneira de viver produzida pelas básicas


convicções da fé, a teologia Cristã não é um sistema filosófico que tivesse provindo de longa
reflexão por determinados indivíduos privilegiados e de estudos, pelo contrário, a teologia surgiu
no entrechoque de muitas lutas, através da atuação de homens que jamais desertaram a linha de
fogo sustentada pela Igreja, todas as peças que passaram a constituir a plataforma da ortodoxia
ali foram postas, tendo-se em vista alguma heresia que ameaçava transtornar os conceitos sobre a
natureza do cristianismo e destruir a fé que lhe era substancial, enfrentando os argumentos da
heresia, os cristãos cada vez mais se sentiam forçados a pensar mais demoradamente nas
implicações dos enunciados da fé, pelo fato de que as doutrinas do cristianismo surgiram das
experiências da vida e não de discussões filosóficas, mantidas em ambiente acadêmico, as
doutrinas podem ser devidamente entendidas, sim, por pessoas que de fato participam das
exigências da vida Cristã, que se predispõem a enfrentar, como o fizeram os formuladores da
ortodoxia, os perigos próprios à linha de fogo onde a vida cristã exige coerência, de modo a
enfrentar as heresias.

A primeira heresia de vulto, o Gnosticismo, surgiu nos séculos segundo e terceiro, foi um
movimento que se constituiu em séria ameaça dentro do cristianismo, na ocasião quando os
imperadores romanos o estavam ameaçando externamente, das duas ameaças, os gnósticos eram
os inimigos mais perigosos, a Roma imperial não podia matar o cristianismo de maneira
nenhuma, mas o gnosticismo, caso tivesse conseguido impor-se, o teria pervertido.

Os gnósticos eram filósofos que insistiam em produzir uma mistura de todas as religiões
existentes no mundo, aproveitando-se do que cada uma pudesse oferecer algo de melhor, não
passou muito tempo até que um bom número deles conseguisse penetrar na comunidade dos
crentes, começaram por estabelecer conexões entre algumas de suas ideias e as do cristianismo,
mas, ao fazê-lo, tinham de introduzir mudanças no cristianismo, de modo que este se
enquadrasse no esquema das ideias que traziam consigo.

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Os teólogos da ortodoxia

Stenly Gundry faz referência as respostas de teólogos evangélicos e ortodoxos enfatizando que
existe uma corrente interrupta de teólogos ortodoxos nas grandes tradições protestantes desde os
tempos da grande ortodoxia do seculo XVII ate ao presente por mais incomodo que seja para os
teólogos liberais confessar este facto, havia esforços especiais no seculo XIX no sentido de
fortalecer a ortodoxia um destes movimentos dento do anglicanismo e conhecido como o
Movimento de Oxford ou o Movimento Tractariano, seu líder foi John Heny Newman (1801-
1890) em 1845 passou para a Igreja Católica Romana e deixou o seu testemunho ortodoxo dentro
da Igreja anglicana que o passou a homens como E. B. Pusey (1800-1890), cujos comentários
eram modelos de erudição Bíblica Britânica, seu assistente, H. P. Liddon (1829-1890), publicou
uma das melhores defesas da Divindade de Cristo na totalidade da literatura teológica.

Na Holanda uma nova Escola ortodoxa foi inspirada por Abraham Kuyper (1837-1920),
descobriu que somente os membros ortodoxos realmente sabiam em que acreditavam e porque
acreditavam, defendia sua versão do Calvinismo por meio de livros e panfletos eruditos, e por
décadas de editar jornais religiosos.

Nos Estadas Unidos, a defesa mais incomum da teologia ortodoxa foi feita pela antiga Escola de
Princeton fundada sob a liderança de Archibald Alxander (1772-1851), sustentou por mais de
cem anos a integridade da sua posição teológica na confissão de fé de Westminter, mantendo um
padrão de erudição que não se podia ultrapassar.

P.T. Forsyth, no começo do seculo XX, tem sido chamado de Barht antes de Barht não gostava
nem da opinião liberal nem da fundamentalista na teologia, o impacto dos seus escritos era
defender uma versão evangélica, Cristológica, e experimental do Cristianismo, aceitava uma
versão da cristologia para tomar a encarnação mais crível e procurou dar a doutrina a autoridade
e um caracter mais centralizado no evangelho e mais orientado em direção a experiencia sem
abrir mão da prioridade da palavra Divina, em anos recentes seus esforços pioneiros tem
recebido muita apreciação.

2
O crescimento da ortodoxia

William E. Hordern inicia sua abordagem definindo o cristianismo ortodoxo como aquele que
alcançou obter aprovação da imensa maioria dos cristãos e que é expresso pela maioria das
proclamações oficiais ou por confissões de fé formuladas por grupos de cristãos (p. 19), ele faz
uma apresentação da chamada ortodoxia através da história, iniciando com a igreja primitiva,
passando pelos primeiros concílios da igreja, pais da Igreja e terminando com discussões de
reformadores como Calvino e Lutero, mostrando que a ortodoxia foi se definindo em funções das
heresias que surgiram, logo no início, a ressurreição de Jesus é apresentada como um dos
fundamentos da ortodoxia, ou seja, ser cristão é ser uma pessoa que crê na vitória de Jesus sobre
a morte, de forma literal, porém, a questão do legalismo ganhou uma atenção especial, os
legalistas, já nos dias da igreja primitiva, idealizam que seguindo certas normas e regras se
tornariam dignos de favores Divinos, ou seja, obedecendo uma série de normas poderiam ser
recompensados por Deus por causa de esse viver piedoso.

Os ensinos de Jesus e Paulo não fundamentavam esta proposta, pelo contrário, enfatizavam a
salvação pela graça, mediante a fé, que deve ser entendida, segundo Hordern, da seguinte
maneira: A graça incluía também o necessário poder Espiritual que é dado ao indivíduo para que
se torne capacitado a realizar o que antes lhe era impossível (p. 27).

Outra luta da igreja primitiva foi contra os gnósticos, filósofos que insistiam em produzir uma
mistura de todas as religiões existentes no mundo, aproveitando-se do que cada uma pudesse
oferecer algo de melhor de suas práticas, (p. 29) em resposta as investidas gnósticas, o
cristianismo consolidou a posição ortodoxa por meio do Credo Apostólico, com o passar dos
anos, outras discussões foram surgindo, como por exemplo, a respeito da Trindade, o Credo de
Nicéia estabeleceu que há um só Deus e não três deuses e o Concílio de Calcedônia fez a
consideração ortodoxa afirmando que Jesus era verdadeiramente Divino e também verdadeira e
completamente Humano, mais tarde, surgiu a doutrina de Pelágio, que insistia em afirmar que
todo homem se encontra absolutamente livre para escolher o bem ou o mal em qualquer
momento de sua vida (p. 39), e a resposta surgiu do Bispo de Hipona, Agostinho, que foi um
grande pensador, chamado por alguns de gênio, ele foi quem mais claramente despertou o
pensamento ortodoxo para a conceção do pecado original (p. 39), o que serviu de base para os
pensadores da reforma, a resposta ortodoxa de Agostinho a Pelágio foi que o homem não tem

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condições de fazer escolhas para o bem devido a forte tendência, inclinação para o mal e para a o
pecado, somente a graça de Deus pode reverter esta situação, esta doutrina Agostiniana é
chamada mais tarde de Calvinismo, é uma resposta ortodoxa, mas nunca foi uma doutrina aceita
por todos os ditos ortodoxos mesmo sendo uma doutrina pregada por Lutero e sistematizada por
Calvino nos dias da Reforma, William Hordern faz um bom destaque ao fato que a doutrina da
predestinação foi uma resposta à presunção católica (p. 43) de ganhar salvação por méritos
humanos, enquanto a salvação é pessoal e somente pela graça e não algo que o Homem possa
alcançar por mérito próprio.

Ameaça contra a ortodoxia

Encontramos indícios de ameaça a ortodoxia a partir da Renascença, que de certa forma,


contribuiu juntamente com a Reforma, pois despertou o interesse das pessoas para os estudos das
línguas originais da Bíblia, porém, a Renascença, devido a forte ênfase colocada sobre o ser
Humano foi se desenvolvendo contra as doutrinas da fé cristã, no século XVIII os principais
ataques contra a ortodoxia vieram através do racionalismo e do iluminismo, seus principais
proponentes defendiam a proposta de que a religião deveria ser limitada ao alcance da razão,
sendo assim, milagres são coisas absurdas, impossíveis de receberem créditos pelo prisma da
razão, bem como a doutrina do pecado original, isto para não falar sobre tantas outras, parecendo
que a ciência sempre tem estado certa e que a religião sempre tenha estado errada (p. 53), mo
entanto este é um pensamento arrogante por parte dos defensores da razão humana, e
praticamente as discussões dos racionalistas e dos iluministas passaram a ser entendidas como
patrimônio de pensadores e intelectuais, mas também de pessoas comuns, definindo a
pensamento religioso como algo inferior, e está é a abordagem ainda existente nos dias atuais em
faculdades e universidades, muitos acadêmicos olham para os que são religiosos como
possuidores de mentes inferiores.

William E. Hordern faz muito bem em seu livro um resumo dos ataques que a ortodoxia recebeu
por meio de pessoas como Karl Marx que disse que a religião ortodoxa era uma inimiga das
esperanças Humanas, outros ataques a ortodoxia vieram por parte do Socinianismo, seguidores
de Fausto Socino, que foram os precursores dos unitaristas e dos teólogos liberais, seus
principais ataques foram: A Bíblia contém erros, por isso muitas narrativas caiam no descrédito,
a doutrina do pecado original era tida como absolutamente irracional (p. 57), a ideia de que Jesus

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pudesse levar sobre ele a punição devida a nossa culpa é imoral e absurda (p. 57), também como
resultado da ênfase na razão humana, surgiu o movimento Deísmo, os deístas não podiam aceitar
nada que se parecesse com uma interferência Divina no mundo, tais como milagres e uma
revelação especial através da Bíblia (p.58-59), no século XIX surgiu o movimento da crítica
Bíblica, que surgiu com a proposta de se encontrar razões plausíveis e científicas a respeito das
Escrituras e não simplesmente aceitar de forma passiva os dogmas da Igreja (p. 60), onde
encontramos a baixa e a alta crítica, a baixa crítica está relacionada aos estudos dos melhores
manuscritos Bíblicos e a alta crítica foca nos significados das palavras, especialmente quem as
escreveu e a quem foram escritas (p. 61), este movimento trouxe como resultados ataques diretos
a ortodoxia, tais como: a afirmação de que Moisés não escreveu o Pentateuco, a afirmação de
que a Bíblia não é infalível, o Jesus dos evangelhos não é o verdadeiro Jesus o chamado Jesus
histórico, ensinos como estes está associado a influências de nomes como Schleiermacher e de
Ritschl serviram de sustentação ao liberalismo teológico americano no final do século XIX.

A defesa da ortodoxia

Ao longo do tópicos anteriores tivemos a oportunidade de expor os fatos relacionados com o


aparecimento da ortodoxia, mesmo no decurso da exposição feita, ficou evidente que nem todos
os cristãos foram sempre ortodoxos, pois a ortodoxia vai se definindo em função das heresias, ao
penetrar na fase moderna dos acontecimentos mundiais, o crente se depara com uma dupla
ameaça à ortodoxia, uma das ameaças vinha de fora do ambiente da Igreja, agindo através das
correntes da filosofia secular, a outra ameaça vinha de dentro mesmo da Igreja, onde se
verificava insatisfação de grande número de cristãos com relação aos enunciados da ortodoxia,
notamos até aqui uma sequência lógica nas abordagens feitas por Hordern, depois dos ataques,
surgiram as defesas, os assuntos mais defendidos contra os ataques dos liberais foram:
Nascimento virginal de Jesus, ressurreição corporal de Cristo, expiação e a infabilidade da
Bíblia, a defesa destes tópicos formou o fundamento da fé cristã, daí o termo fundamentalismo,
porém muitas pessoas ligadas a esta escola teológica de apologia contra o liberalismo preferem o
termo Cristianismo Conservador (p. 75), este é o esboço geral da posição ortodoxa em teologia,
sobre cujas doutrinas os cristãos das mais diversas denominações podem concordar
razoavelmente, trata-se, portanto, desse acervo de pensamentos, com algumas implicações
decorrentes deles, que teremos em mente sempre que nos referirmos ao cristianismo ortodoxo.

5
Referências bibliográficas

STANLEY Gundry. Teologia Contemporânea 1 edição. Associação Religiosa Editora Mundo


Cristão.1983. São Paulo.

HORDERN. William E. Teologia Contemporânea. Tradução de Roque Monteiro de Andrade.


SãoPaulo:Hagnos,2003.

ABRÃO de Almeida. Tratado de Teologia Contemporânea, Editora CPAD. Rio de Janeiro. 2014

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