Ficha Exerc Preparação 3º Teste 10ºA.C
Ficha Exerc Preparação 3º Teste 10ºA.C
I
O Inselberg de Monsanto
Um inselberg, também designado de “monte-ilha”, é um relevo residual que se destaca numa superfície aplanada.
O inselberg granítico de Monsanto (Idanha-a-Nova) eleva-se a mais de 300 metros de altitude e é litologicamente
distinto da superfície de aplanação que o envolve. Nesta superfície é possível encontrar xistos e grauvaques (rocha
com origem sedimentar, detrítica, levemente metamorfizada).
A instalação deste granito ocorreu durante a formação da cadeia montanhosa Varisca, há cerca de 310 milhões de
anos (Era Paleozoica), aquando do arrefecimento de um magma rico em sílica. Mais tarde, e como resultado da
exposição a um clima tropical durante a era Mesozoica, terá ocorrido uma alteração do granito em profundidade.
Esta alteração será a consequência da circulação de fluídos provenientes das águas das chuvas pelas fraturas
existentes nas rochas. Posteriormente, já na era Cenozoica, no período árido do Paleogénico e início do
Neogénico, os xistos e os grauvaques que envolviam o granito alteraram-se ainda mais rapidamente, o que levou à
remoção do manto de alteração e à exposição do relevo granítico. A partir dessa fase, os granitos sofreram uma
alteração química e física que conduziu à formação, ao longo dos tempos, de blocos de tamanhos e configuração
variados, caoticamente amontoados.
Adaptado de “Granitos de Monsanto – história da sua vida”, Naturtejo – GeoPark e Carvalho, C. (2004). “O Parque Geomorfológico de
Monsanto através do seu percurso pedestre. As pedras para além do sagrado”. Geonovas.
A B
Figura 1. (A) Formação de um inselberg de Monsanto; (B) Esquema de evolução de superfícies de aplanamento.
Adaptado de Clamote, V. (2011). “O desnivelamento entre a superfície da Meseta e as superfícies abatidas da
Beira Baixa. Compreensão geomorfológica da sua evolução”. – Tese de Mestrado, FLUC.
2. No segundo parágrafo do texto, as expressões “os xistos e grauvaques que envolviam o granito alteraram-se
ainda mais rapidamente” e “ levou à remoção do manto de alteração” referem-se, respetivamente, a
(A) meteorização e erosão.
(B) erosão e meteorização.
(C) meteorização e transporte.
(D) erosão e transporte.
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3. As marcas do clima tropical existentes na zona onde atualmente se localiza o inselberg de Monsanto sugerem
uma interação ______, decorrente da ______durante o Mesozoico e o Cenozoico.
(A) biosfera - geosfera (…) aproximação dessa zona ao continente sul-americano
(B) hidrosfera - atmosfera aproximação dessa zona ao continente norte-americano
(C) hidrosfera-geosfera (…) migração dessa zona para regiões mais afastadas do equador
(D) hidrosfera-geosfera (…) migração dessa zona para regiões mais próximas do equador
6. Numa representação do perfil geológico da região descrita no texto, a disposição dos xistos e grauvaques por
baixo da intrusão magmática que originou o granito de Monsanto_____ o princípio da interseção, pois são litologias
mais _____ que esta rocha.
(A) contraria (…) recentes
(B)contraria (…) antigas
(C)não contraria (…) recentes
(D)não contraria (…) antigas
7. Explique as limitações da datação absoluta de uma amostra de grauvaque retirada da região referida no texto.
Como o grauvaque é uma rocha sedimentar, a proveniência dos grãos dos sedimentos de outros tipos de rochas
dificulta esta datação. Se aplicassemos datação nestas rochas estariamos a fazer datação de sedimentos de
outras rochas.
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II
Da Deriva dos continentes à Tectónica de Placas
Rodínia é o nome dado a um supercontinente existente durante o Pré-Câmbrico, há aproximadamente 1000 M.a.
De acordo com um dos vários modelos propostos para a reconstituição das posições paleogeográficas dos
escudos e dos terrenos tectónicos pré-câmbricos, a Rodínia ter-se-á formado por acreção e colisão de fragmentos
de placas litosféricas, essencialmente resultantes das massas continentais constituintes de um supercontinente
ainda mais antigo, a Colúmbia. A Rodínia fragmentou-se nos finais do Pré-Câmbrico e os blocos continentais
juntaram-se, há 300 M.a., no supercontinente Pangeia.
2. A identificação das posições paleogeográficas das massas continentais durante o Pré-Câmbrico é dificultada
pela
(A) inatividade das margens continentais ao longo do Paleozóico.
(B) abundância do registo fóssil.
(C) reciclagem dos materiais da crusta ao longo do Paleozoico.
(D) não ter ocorrido fenómenos de meteorização.
3. Um dado relacionado com o estudo dos fósseis, em África e na América do Sul, favorável ao mobilismo é
(A) a inexistência de fósseis em comum.
(B) a existência de fósseis comuns com mais de 250 M.a nos dois continentes.
(C) a existência de fósseis comuns com menos de 50 M.a. nos dois continentes.
(D) inexistência de fósseis comuns com mais de 250 M.a. nos dois continentes.
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5. A atividade vulcânica durante a fragmentação da Rodínia impediu que a Terra se transformasse de forma
permanente numa “bola de gelo”, pois
(A) as poeiras finas libertadas reduziram a passagem de radiação solar.
(B) o dióxido de carbono libertado pelos vulcões aumentou o efeito de estufa.
(C) as poeiras finas libertadas aumentaram a passagem de radiação solar.
(D) o dióxido de carbono libertado pelos vulcões diminuiu o efeito de estufa.
5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que, no ciclo
das rochas, podem conduzir à formação das lavas basálticas, formadas no vale do rifte, a partir da deposição de
sedimentos detríticos.
Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
D-A-C-EB
6. Na reconstituição da Rodínia e da Pangeia não foram usados dados relativos a rochas do fundo oceânico por
ausência destas.
Relacione este facto com as características das rochas do fundo oceânico e com a tectónica de placas.
As principais rochas dos fundos oceanicos resultam da solidificação de magma emitido ao nivel dos riftes. Estas
rochas são destruidas nos limites convergentes em especial nas zonas de subducção por serem mais densas. Por
isso a maioria das rochas do fundo oceanico é recente não sendo usadas para reconstituir continentes tão antigos
como a Rodinia e a Pangeia.
III
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(A) a curiosidade humana.
(A)a possibilidade de encontrar “marcianos”.
(B)um maior conhecimento do passado, presente e futuro da Terra.
(C) a colocação de um magnetómetro em Marte.
3. A planetologia e a astrogeologia são métodos _____para o estudo da Terra enquanto _____ são métodos
______.
(A) indiretos (…) as sondagens (…) diretos
(B) indiretos (…) as análises sísmicas (…) diretos
(C) diretos (…) as análises sísmicas (…) indiretos
(D) diretos (…) as análises de piroclastos (…) indiretos
4. O maior vulcão do Sistema Solar, o Monte Olimpo, localiza-se em Marte e emitiu lavas com cerca de 44% de
sílica que se caracterizam por serem _____ e terem uma _____ fração volátil.
(A) ácidas (… ) abundante
(B) ácidas (…) reduzida
(C) ultrabásicas (…) abundante
(D) ultrabásicas (…) reduzida
7. Relacione a penúltima frase do texto (escrita em negrito) com a opinião defendida por alguns especialistas
de introdução de uma nova época na Escala do Tempo Geológico – o Antropocénico.
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O objetivo principal desta missão é aprofundar o conhecimento de Marte para avaliar a possibilidade de explorar
este planeta como alternativa ao nosso/ compreensão melhor do nosso (atendendo à origem comum de tudo o que
existe no Sistema Solar).
Devido aos impactes da atividade humana, têm existido muitas alterações na Terra que levam à proposta de
introdução da nova época na Escala do Tempo Geológico.
IV
1. A diferença da intensidade do sismo de 1969 em Peniche e em Cascais poderá estar relacionada com
(A) a distância daquelas localidades ao epicentro.
(B) a grande magnitude do sismo.
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(C) a profundidade do hipocentro.
(D) a diferença das litologias nas duas regiões.
2. O sismo de Benavente, de 1909, pode ser considerado _______ e a sua intensidade na zona do epicentro
poderá ser justificada pela _____.
(A) intraplaca... existência de rochas consolidadas na região
(B) intraplaca... mistura dos sedimentos com a água contida nos seus poros
(C) interplaca … reduzida amplitude das ondas L no leito de cheia do rio Tejo
(D) interplaca … a propagação das ondas S nas águas do rio Tejo
4. Explique, com base no mecanismo que gerou o sismo de 1969, os acontecimentos testemunhados pelo piloto
da embarcação de pesca, no momento em que aquele sismo ocorreu.
A formação das ondas ocorreu devido a um movimento brusco vertical dos blocos que ascendeu
também na vertical uma coluna de água formando ondas. A água ficou castanha e espessa pois as
ondas podem ter trazido sedimentos que alteraram a agua
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