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Português
As indústrias culturais, e mais especificamente a do cinema, criaram uma nova figura, “mágica”, absolutamente moderna: a estrela. Depressa ela
desempenhou um papel importante no sucesso de massa que o cinema alcançou. E isso continua. Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela
grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo,
da televisão, do show business. Mas alguns sinais já demonstravam que o sistema estava prestes a se espalhar e a invadir todos os domínios: imagens
como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de fotos a pôsteres, no mundo inteiro, anunciavam a planetarização de um sistema que o capitalismo de
hiperconsumo hoje vê triunfar.
O que caracteriza o star-system em uma era hiper-moderna é, de fato, sua expansão para todos os domínios. Em todo o domínio da cultura, na política, na
religião, na ciência, na arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, até na cozinha, tem-se uma economia do estrelato, um mercado do nome e do
renome. A própria literatura consagra escritores no mercado internacional, os quais negociam seus direitos por intermédio de agentes, segundo o sistema que
prevalece nas indústrias do espetáculo. Todas as áreas da cultura valem-se de paradas de sucesso (hit-parades), dos mais vendidos (best-sellers), de
prêmios e listas dos mais populares, assim como de recordes de venda, de frequência e de audiência destes últimos.
A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação − da figura pura da estrela, trazendo consigo uma
imagem de eternidade, chega-se à vedete do momento, à figura fugidia da celebridade do dia; do ícone único e insubstituível, passase a uma
comunidade internacional de pessoas conhecidas, “celebrizadas”, das quais revistas especializadas divulgam as fotos, contam os segredos,
perseguem a intimidade. Da glória, própria dos homens ilustres da Antiguidade e que era como o horizonte resplandecente da grande cultura
clássica, passou-se às estrelas − forma ainda heroicizada pela sublimação de que eram portadoras − , depois, com a rapidez de duas ou três décadas de
hipermodernidade, às pessoas célebres, às personalidades conhecidas, às “pessoas”. Deslocamento progressivo que não é mais que o sinal de um novo
triunfo da formamoda, conseguindo tornar efêmeras e consumíveis as próprias estrelas da notoriedade.
(Adap. de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy. Uma cultura de celebridades: a universalização do estrelato. In A cultura – mundo:
resposta a uma sociedade desorientada. Trad: Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia
das Letras, 2011, p.81 a 83)
Gabarito: B
No livro “Viagens de Gulliver”, do grande romancista inglês Jonathan Swift, sobre um dos locais visitados pelo personagem,
aparece o seguinte texto:
“Passamos então a outra parte da Academia que se destinava mais às pesquisas especulativas, e onde fomos encontrar três
profissionais reunidos discutindo sobre o melhoramento da língua. O primeiro projeto consistia em abreviar o discurso, reduzindo
os polissílabos a monossílabos, deixando de lado os verbos e particípios, uma vez que todas as coisas imagináveis não passam de
substantivos”.
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“O primeiro projeto consistia em abreviar o discurso, reduzindo os polissílabos a monossílabos, deixando de lado os verbos e
particípios,...”
Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito
crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque , que passou
recentemente por aqui.
Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo.
Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de
estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem.
Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm sido tão destrutivos e desagregadores.
Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai,
muito citada, que traduz essa noção singular do tempo. Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro
lançou a pergunta: “Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?” Chou En-Lai respondeu: “É cedo
para dizer”.
Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido. Com os percalços da interpretação, Chou
En-Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à revolta estudantil francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda.
Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que para os chineses o tempo tem outra dimensão. Para
uma civilização de quatro mil anos ou mais, uma década tem sabor de 15 minutos.
(O Globo, 15/9/2017)
A palavra abaixo, retirada do texto, que apresenta um processo de formação distinto dos demais é:
a) chineses;
b) recentemente;
c) milenar;
d) desagregadores;
e) imediatismo.
Gabarito: D
Em 5 de outubro de 1988, com meridiana clareza, ao ser outorgada uma nova carta política à nação, o constituinte
determinou que seu guardião seria o Supremo Tribunal Federal (artigo 102, caput).
A Constituição, que rege os destinos do Estado democrático de Direito, portanto, sedia no pretório excelso se u elemento
de estabilização.
Compreende-se, pois, que, entre os constitucionalistas, tenha-se por assentado que, no capítulo destinado ao Poder
Judiciário em sua competência de atribuições (artigos 92 a 126), caiba aos juízos monocráticos e aos tribunais de segundo grau a
missão de administrar a Justiça e, aos tribunais superiores (STF, STJ, TST, TSE e STM), dar estabilidade às instituições, exercendo
o papel mais relevante, entre eles, a Suprema Corte.
É exatamente isso o que tem ocorrido, nos últimos tempos, no que diz respeito ao direito de maior importância em uma
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Todos os cidadãos dignos, que constituem a esmagadora maioria da nação, são contra a impunidade, a corrupção, o
peculato. Há de convir, todavia, que, na busca dos fins legítimos de combate à impunidade, não se pode admitir a utilização d e
meios ilegítimos, risco de se nivelarem os bons e os maus no desrespeito à ordem jurídica e à lei suprema.
Ora, o simples fato de o país ter percebido, estupefato, que houve 409.000 interceptações telefônicas autorizadas pela
Justiça, em 2007, seguido de declarações do ministro da Justiça de que todos devem admitir que podem estar sendo
grampeados, ou do ministro chefe do serviço de inteligência de que a melhor forma de não ser grampeado é fechar a boca, está
a demonstrar a existência de excessos, com a conseqüente violação desse direito, o que se tornou mais claro na operação da
Polícia Federal de maior visibilidade (Satiagraha).
Nada mais natural, portanto, que a Suprema Corte, por imposição constitucional, interviesse - como, efetivamente,
interveio - para recolocar em seus devidos termos o direito de investigar e acusar, assim como o direito de defesa, cabendo ao
Poder Judiciário julgar, sem preferências ou preconceitos, as questões que lhe são submetidas.
No instante em que foram diagnosticados abusos reais, a corte máxima, de imediato, deflagrou um saudável processo de
conscientização de cidadãos e governantes de que tanto os crimes quanto os abusos devem ser coibidos, dando início a processo
que desaguará em adequada legislação, necessária ao equilíbrio do contencioso, além, naturalmente, à busca da verdade, com a
intervenção judiciária, isenta e justa, dentro da lei.
E, por força dessa tomada de consciência, não só o Conselho Nacional de Justiça impôs regras às autorizações judiciais
como o Poder Legislativo examina projeto de lei objetivando evitar tais desvios. Essas medidas permitirão que as águas, que
saíram do leito do rio, para ele voltem, com firmeza e serenidade.
Há de realçar, todavia, nos episódios que levaram, novamente, o país a conviver com o primado do Direito -
especialmente com a valorização do direito de defesa, garantidor, numa democracia, da certeza de que o cidadão não sofrerá
arbítrios -, a figura do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, hoje, indiscutivelmente, um dos maiores
constitucionalistas do país, com merecido reconhecimento internacional (é doutor em direito pela Universidade de Münster, na
Alemanha, com tese sobre o controle concentrado de constitucionalidade).
Graças à firmeza com que agiu, foi possível não só diagnosticar as violações como deflagrar todo o processo que está
levando ao aperfeiçoamento das instituições, em que o combate à corrupção, legítimo, deve, todavia, ser realizado dentro da lei.
Conhecendo e admirando o eminente magistrado há quase 30 anos, a firmeza na condução de assuntos polêmicos, na
procura das soluções adequadas e jurídicas, seu perfil de admirável jurista e sua preocupação com a " Justiça justa", tenho a
certeza de que não poderia ter sido melhor para o país do que vê-lo dirigir o pretório excelso nesta quadra delicada.
Prova inequívoca da correção de sua atuação é ter contado com o apoio incondicional dos demais ministros, quanto às
medidas que tomou, durante a crise.
Parodiando a lenda do moleiro - que não quis ceder suas terras a Frederico da Prússia, dizendo que as defenderia,
porque "ainda havia juízes em Berlim" -, posso afirmar: há juízes em Brasília, e dos bons!
a) lentidão - lento
b) inércia - inercial
c) arma - inerme
d) perfil - perfilhado
e) obcecação - obcecado
Gabarito: D
Deu no Datafolha: para 62% dos brasileiros, a democracia “é sempre melhor que qualquer outra forma de governo”. Folgo em saber que
a imagem da democracia vai bem, mas a frase é verdadeira?
Eu não faria uma afirmação tão forte. Como Churchill, acho melhor limitar a comparação ao universo do conhecido. "Ninguém
pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem‐se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as
demais que têm sido experimentadas de tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.
Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num valor religioso. Ela deve ser defendida por suas virtudes
práticas. Para descobri‐las, precisamos listar seus defeitos.
Já desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto mais avançamos no conhecimento do cérebro e da
psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras de influenciar os eleitores, que usam muito mais a emoção do que a
razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender‐se, mas, de modo geral,
são os marqueteiros que têm a vantagem.
Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas
situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente nos assuntos em que vieses
cognitivos estão em operação, como é o caso da fixação de políticos e eleitores por criar empregos, mesmo que eles reduzam a
eficiência econômica.
Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de
promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder de
forma institucionalizada e pouco violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, iss o
não é pouco.
Assinale a opção que apresenta a frase em que a nominalização da forma verbal é realizada de forma adequada.
a) “...acho melhor limitar a comparação...” / acho melhor o limite da comparação...
b) “...os cidadãos aprendem a defender‐se...” / os cidadãos aprendem autodefesa...
c) “...como é o caso da fixação de políticos e eleitores por criar empregos...” / como é o caso da fixação de políticos e eleitores pela
criatividade de empregos...
d) “Bem, além de promover a moderação...” / Bem, além de provocação da moderação...
e) “...precisamos listar seus defeitos...” / precisamos do alistamento de seus defeitos...
Gabarito: B
Gabarito: C
Questão 9: FGV - ADP (DPE RO)/DPE RO/Analista em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda/2015
Assunto: Adjetivo
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TEXTO 2 - O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda largamente ignorada em suas
medidas de proteção e promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à internação, há uma série
de outras menos severas, como a advertência, a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que são
frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade, mesmo em casos em que isso não se justifica. Os
poderes públicos, inclusive o Judiciário, estão em dívida com a sociedade por conta da inobservância do estatuto em sua
integralidade.
Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais,
educação, prevenção, assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população jovem, terão o condão,
efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de
proteção e promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à internação, há uma série de outras
menos severas, como a advertência, a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que são frequentemente
ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade, mesmo em casos em que isso não se justifica”.
O adjetivo que, por sua tipologia, mostra um tipo diferente dos demais é:
a) ignorada;
b) previstas;
c) severas;
d) justa;
e) generosa.
Gabarito: B
Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera,
talvez bruscamente, encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e, ainda, por uma expansão
acelerada das chamadas “economias emergentes”. Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.
Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas taxas de crescimento ou, como nos casos extremos
da Rússia e do Brasil, profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos estrangeiros mudam de direção,
trocando os “emergentes” pelos Estados Unidos. No longo “ciclo das commodities”, desenvolveu -se a tese de que os Brics
constituiriam um polo econômico e político capaz de contrabalançar o poder dos Estados Uni dos. Tal tese é uma vítima ilustre da
transição global que está em curso.
(Mundo, outubro de
2015)
Há uma série de adjetivos em língua portuguesa, chamados adjetivos de relação, que se caracterizam, entre outras marcas, por
não poderem receber variação de grau. O adjetivo abaixo que está nesse caso é:
a) economia mundial;
b) longo ciclo;
c) expansão acelerada;
d) nova paisagem;
e) baixas taxas.
Gabarito: A
Deu no Datafolha: para 62% dos brasileiros, a democracia “é sempre melhor que qualquer outra forma de governo”. Folgo em saber que
a imagem da democracia vai bem, mas a frase é verdadeira?
Eu não faria uma afirmação tão forte. Como Churchill, acho melhor limitar a comparação ao universo do conhecido. "Ninguém
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pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem‐se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as
demais que têm sido experimentadas de tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.
Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num valor religioso. Ela deve ser defendida por suas virtudes
práticas. Para descobri‐las, precisamos listar seus defeitos.
Já desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto mais avançamos no conhecimento do cérebro e da
psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras de influenciar os eleitores, que usam muito mais a emoção do que a
razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender‐se, mas, de modo geral,
são os marqueteiros que têm a vantagem.
Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas
situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente nos assuntos em que vieses
cognitivos estão em operação, como é o caso da fixação de políticos e eleitores por criar emprego s, mesmo que eles reduzam a
eficiência econômica.
Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de
promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder de
forma institucionalizada e pouco violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, iss o
não é pouco.
Gabarito: B
Assinale a alternativa correta quanto à conjugação e/ou à correlação entre os tempos verbais.
a) Se Caetano dispusesse de livros é porque sua família adquire cultura.
b) Se a cidade tivesse livrarias, as pessoas obteriam mais conhecimento.
c) Como não entrassem livros nas casas, as pessoas não expandirão o conhecimento.
d) Quando as cidades dispuserem livros a todos, ninguém mais permaneceu na escuridão.
e) Por mais que se obtenham livros, as cidades não adquiririam cultura.
Gabarito: B
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Minador do Negrão, no interior de Alagoas, está acostumada a conviver com o drama da seca. A recente estiagem secou os
reservatórios de água, comeu o verde das pastagens e dizimou 20% do gado. A planície avermelhada, pontuada por mandacarus
e palmas, é a mesma de 50 anos atrás, quando o município serviu de cenário para o longa-metragem Vidas Secas, inspirado no
romance de Graciliano Ramos. Apesar da paisagem desoladora, o comércio local prospera como em nenhum outro momento de
sua história. Muitos moradores atribuem o feito ao Bolsa Família, programa de transferência de renda do governo federal. “As
pessoas aqui sobrevivem da agricultura. Se não chove, não tem nada. Agora, a mulher recebe o benefício, faz uma feirinha na
cidade e alimenta a economia”, afirma a prefeita. Os repasses federais contemplam 872 famílias na cidade, mais de dois terços da
população. “Não fosse essa renda, muita gente teria morrido de fome”.
O programa atende atualmente 13,8 milhões de famílias brasileiras, o equivalente a um quarto da população. O valor médio do
benefício é de 152 reais. Para 2013, o orçamento previsto chega a 24 bilhões de reais. O elevado investimento tem retorno. Cada
real transferido pelo governo gera 2,4 reais no consumo final das famílias, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no dia 15. O efeito multiplicador não para por aí. Cada real gasto pelo programa resulta no
incremento de 1,78 real no PIB. “Ao garantir uma renda mínima aos mais pobres, há um aumento do consumo que faz a
economia prosperar”, afirma o economista Marcelo Neri, presidente do Ipea.
No período – “Não fosse essa renda, muita gente teria morrido de fome”. –, sem que haja mudança do modo e do tempo verbal, o tempo
verbal composto “teria morrido” pode ser substituído por
a) morreria.
b) morreu.
c) morria.
d) morrera.
e) morrerá.
Gabarito: A
Apontamentos literários
Às vezes sentimos [nós, os escritores] vontade de dizer à crítica: meus defeitos não são os que apontas. São outros e aqui estão. Como, também, de advertir-
lhe: o que julgas qualidades em mim não são qualidades, mas defeitos dissimulados, defeitos de que ainda não consegui desfazer-me.
Nossa força e nossa fraqueza permanecem, assim, não identificadas, à espera de que a famosa lucidez dos cinquenta-anos-depois possa reconhecer uma e
outra. É, porém, mais do que provável que não haja cinquenta-anos-depois. Isto esclarece por que muitos autores organizam eles mesmos a
posteridade, explicando-se, confessando-se, coroando-se.
Resta a indagação: que fazer de nossos possíveis dons literários, entregues à nossa própria polícia e julgamento? O público não nos decifra: apoia ou
despreza, simplesmente. A bolsa de valores intelectuais é emotiva e calculista, como todas as bolsas. Hoje temos talento; amanhã não. Éramos bons poetas
na circunstância tal, mas já agora estamos com o papo cheio de vento; somos demasiado herméticos; demasiado vulgares; nosso individualismo nos perde;
ou nosso socialismo; chegamos a dois passos da Igreja; o que nos falta é o sentimento de Deus; nossa prosa é lírica, nossos versos são prosaicos.
Penso em um rapaz que de repente sinta vontade de escrever − essa vontade explosiva, incontrolável, que pode ser o primeiro signo da vocação, ou
somente um falso alarma − e vejo-o oferecendo seu escrito ao paladar dos colegas, dos mais velhos, de todos a quem encontre. Que lição recolherá de
tantas, emaranhadas e contraditórias? Que lhe permitirá ver claro em si mesmo? Antes de definir-se, ou enquanto isso, a vocação tem de lutar contra o
próximo, que tradicionalmente a ignora. Tem de achar-se a si mesma, na confusão dos modelos, estáticos ou insinuantes, que constituem o museu da
literatura. E por todo o sempre continuará, solitária, a interrogar-se e a corrigir-se, não esperando que lhe venha conforto exterior.
Caso o autor do texto tivesse optado pela 2 a pessoa do plural, em vez do singular, as frases meus defeitos não são os que apontas e o
que julgas qualidades em mim passariam a ter as seguintes formas verbais que lhes correspondem:
a) aponteis e julgueis.
b) apontardes e julgardes.
c) apontem e julguem.
d) apontais e julgais.
e) apontáveis e julgásseis.
Gabarito: D
Está hoje presente, segundo defende, uma espécie de “racismo sem raça” que mobiliza a religião e a cultura no quadro da luta contra o
terrorismo. Pode aprofundar esta questão? Depois do 11 de Setembro, o mundo entrou num momento muito específico, que pode ser chamado
de “estado de sítio”: uma série de garantias jurídicas fundamentais que permitiam assegurar a nossa segurança e a nossa liberdade foi posta em causa, de
forma explícita ou indireta. A exceção tornou- se norma. A detenção de pessoas que supõem tratar-se de inimigos vulgarizou-se, as prisões sem julgamento
também, a tortura com o objetivo de extrair à força informações e a submissão das populações de todo o mundo a sistemas de vigilância sem
contrapontos legais tornaram-se comuns. Tudo isso resulta numa “re-balcanização” do mundo sobre um fundo de duas formas obscuras de desejo que
afligem as sociedades contemporâneas: o apartheid (cada um quer viver apenas com os seus) e o sonho, funesto no meu ponto de vista, de uma
comunidade sem estrangeiros.
O presidente francês, François Hollande ensaiou a ideia de retirar a palavra “raça” da constituição francesa para lutar contra o racismo.
Como encara esta atitude? Absolutamente inacreditável! Porque isso pressupõe que se nos confrontamos com um problema, basta eliminar o
vocábulo que o define. Se os países africanos suprimirem a palavra “pobreza”, ela desaparece? Há qualquer coisa de estranho neste tipo de raciocínio. Creio
que o presidente faria melhor se refletisse sobre as novas formas de racismo em França e buscasse métodos para as combater.
O que pensa dos que denunciam um aumento do racismo antibranco? (Risos) Não devemos brincar. Não quero dizer que os não brancos não são
capazes de atitudes racistas. Porém, o racismo tal como se desenvolveu no mundo moderno, implica a existência de mecanismos institucionais coercivos
na atribuição de uma identidade. Neste momento, na correlação de forças mundial, desculpe, mas o mundo africano em particular não dispõe de
recursos suscetíveis de estigmatizar pessoas de origem europeia.
(Adaptado de: Entrevista de Achille Mbembe a Séverine Kodjo-Grandvaux. Trad. de C.F., Novo Jornal, 17 jan. 2014, p. 7)
Em Se os países africanos suprimirem a palavra “pobreza”, ela desaparece?, mantêm-se a adequada correlação entre os verbos substituindo-os
respectivamente por:
a) tenham suprimido − desaparecera
b) suprimam − desapareça
c) tem suprimido − tinha desaparecido
d) teriam suprimido − há de desaparecer
e) suprimissem − desapareceria
Gabarito: E
A grave crise econômica que, de um modo ou de outro, todos os países vêm atravessando pôs a nu a fragilidade desse deus moderno, o todo-poderoso
Mercado – até então incensado como o centro ativo e exclusivo de todas as operações econômicas. Atribuíram-lhe não apenas “racionalidade própria”
como um temperamento sensível: quantas vezes não se ouviu dizer que “o mercado anda nervoso”? Pois essa entidade divinizada, deixada a saciar
livremente seu apetite, acabou devorando as próprias entranhas.
E o mocinho, quem diria, teve de ser socorrido pelo vilão dos mercadólatras, o Estado. Governos de vários países viram-se obrigados a abrir os cofres
públicos e injetar somas astronômicas em bancos e empresas privadas, para evitar que o grande desastre chegasse a hecatombe. A lição é dura,
mas pode ser proveitosa: se é essencial a função do mercado no desenvolvimento da economia, não menos essencial é o papel do Estado na
definição dos rumos e das prioridades a que devem atender os investimentos financeiros e a produção de riquezas. O equacionamento entre os
interesses do capital e as necessidades sociais é um desafio permanente. Mercado e Estado, num sistema capitalista civilizado, devem assumir a
responsabilidade de satisfazerem, em conjunto, as demandas da ordem social.
A gestão desse equacionamento, no regime democrático, é delegada ao poder político, a quem cabe formular as metas de desenvolvimento. Em alguns
países desenvolvidos, como a França, em que é historicamente viva a consciência dos direitos da
sociedade, as reivindicações e os protestos são enérgicos, multidões saem à rua tão logo se configure uma crise, para chamar o Estado à responsabilidade
de gestor maior das políticas públicas.
A presente crise global tornou urgente uma nova arquitetura das macropolíticas econômicas, para cuja formulação e controle o poder público deve atuar
como agente decisivo. Ficou claro, sobretudo com o exemplo da situação norteamericana, que capitais voláteis e ganhos fictícios envenenam o próprio
mercado, cujas “leis” não podem obstar a busca de justiça social.
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Em atraso nas grandes reformas da Previdência Social e do sistema de impostos, o Brasil tem obtido avanços em uma agenda
que(C, tomada em seu conjunto, mostra-se igualmente essencial – a da melhora do ambiente de negócios.
Trata-se de objetivos tão diferentes quanto facilitar a criação de empresas, reduzir o custo de licenças ou ampliar o acesso ao
crédito. Grande parte dessas providências não depende de votações no Congresso, mas sim do combate persistente a empecilhos
burocráticos e ineficiências do setor público.
A boa notícia é que o país subiu 16 posições no mais conhecido ranking dessa modalidade, divulgado a cada ano pelo Banco
Mundial. A má é que a 109a colocação, num total de 190 nações consideradas, permanece vergonhosa.
O progresso ocorreu, basicamente, em quatro indicadores (D – fornecimento de energia elétrica, prazo para abertura de
empresa com registro eletrônico, acesso à informação de crédito e certificação eletrônica de origem para importações.
Pela primeira vez em 16 anos de publicação do relatório, o desempenho brasileiro se destacou na América Latina. Os países mais
bem posicionados da região, casos de México (54º lugar), Chile (56o) e Colômbia (65o), apresentaram pouca ou nenhuma
melhora.
Numa perspectiva mais ampla, o ambiente de negócios vai se tornando mais amigável na maior parte do mundo(A. A edição
mais recente do ranking catalogou número recorde de 314 reformas realizadas em 128 economias desenvolvidas e emergentes
no período 2017/2018.
Fica claro, no documento, que o maior atraso relativo do Brasil se dá no pagamento de impostos, dados a carga elevada e o
emaranhado de regras dos tributos incidentes sobre o consumo. Nesse quesito em particular, o país ocupa um trágico 184º lugar
no ranking(E.
O caminho óbvio a seguir nesse caso é uma reforma ambiciosa (B, que racionalize essa modalidade de taxação. Mesmo que não
seja possível abrir mão de receitas, a simplificação já traria ganhos substanciais em eficiência ao setor produtivo.
Assinale a alternativa em que as formas destacadas expressam, correta e respectivamente, ideia de progressão e de hipótese.
a) ... o ambiente de negócios vai se tornando mais amigável na maior parte do mundo. / ... a simplificação já traria
ganhos substanciais em eficiência ao setor produtivo.
b) O caminho óbvio a seguir nesse caso é uma reforma ambiciosa... / Os países mais bem posicionados da região [...]
apresentaram pouca ou nenhuma melhora.
c) ... o Brasil tem obtido avanços em uma agenda que... / Trata-se de objetivos tão diferentes quanto facilitar a criação de
empresas...
d) O progresso ocorreu, basicamente, em quatro indicadores... / ... o maior atraso relativo do Brasil se dá no pagamento de
impostos...
e) Nesse quesito em particular, o país ocupa um trágico 184º lugar no ranking. / Grande parte dessas providências não
depende de votações no Congresso...
Gabarito: A
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Questão 18: FCC - ANE (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Inspeção Escolar/2012
Assunto: Questões Variadas de Verbo
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
No fim do século XIV, Portugal, vitimado por uma sucessão de administrações perdulárias, se convertera em um reino endividado. Sem alternativas para
produzir riquezas em seu território, a coroa voltou os olhos para o mar. Essa epopeia em busca de riquezas é narrada pelo jornalista mineiro Lucas Figueiredo
em Boa Ventura!. Calcada sobre um minucioso levantamento histórico, a obra traça um quadro desolador da penúria em que então vivia Portugal e retrata
as adversidades que enfrentou para achar uma solução: a chamada Corrida do Ouro brasileira, que se deu entre os anos de 1697 e 1810.
Foi o sonho dourado português que levou dom Manuel a ordenar, em março de 1500, a viagem de Pedro Álvares Cabral ao desconhecido. Depois de
atingir o arquipélago de Cabo Verde, o jovem navegador voltou a proa de sua caravela para o Ocidente, com a missão de salvar a coroa da falência. O rei
apostou nas terras ermas e inexploradas do Novo Mundo. Para ele, poderia estar ali a fonte rápida e repleta de riquezas que guindariam Portugal à
fartura.
A pressão de Lisboa levou o governador-geral Tomé de Sousa a organizar a primeira expedição oficial em busca do metal, seduzido pelos rumores
sobre a existência de uma montanha dourada margeada por um lago também de ouro − local fantástico que os nativos chamavam de Sabarabuçu. A
comitiva partiu de Pernambuco em 5 de novembro de 1550, e os homens que se embrenharam na floresta nunca mais foram vistos. Mas o mito de
Sabarabuçu levaria à organização de outras dezenas de expedições no decorrer dos 121 anos seguintes − todas fracassadas.
Em 1671, o paulista Fernão Dias, uma das maiores fortunas da região, aceitou o pedido de Lisboa para empreender mais uma missão em busca de
Sabarabuçu. Ao contrário de seus antecessores, porém, o bandeirante não partiu sem antes analisar os erros daqueles que haviam perecido na floresta,
devorados por animais ferozes ou índios e mortos eles próprios pela fome e pelas adversidades naturais. Os preparativos levaram três anos. Ciente de que
era impossível que centenas de homens sobrevivessem sem uma linha de abastecimento, Dias ordenou que, à medida que se embrenhassem na floresta, os
pioneiros providenciassem a plantação de lavouras e a criação de animais. Ao longo de toda a rota que interligava a vila de São Paulo ao que hoje é o Estado
de Minas Gerais, Dias montou a infraestrutura necessária para o que seria a primeira experiência bem sucedida dos portugueses na busca de riquezas. Em
sete anos de trabalhos, ele percorreu 900 quilômetros entre São Paulo e Minas. Morreu no caminho de volta para casa, sem jamais ter alcançado a lendária
Sabarabuçu. Mas fizera algo ainda mais extraordinário: havia inaugurado a primeira via de interligação entre o litoral e o interior do país em um terreno
antes intransponível.
Doze anos depois da morte de Fernão Dias, surgiram as primeiras notícias dando conta da localização de ouro onde hoje é Minas Gerais. Com a descoberta de
novas lavras, o sonho de ouro continuava a mover os aventureiros. Em 1700, o bandeirante Borba Gato deu as boas novas ao governador: havia
encontrado Sabarabuçu. Festas e missas foram celebradas para comemorar a "providência divina".
Localizada onde hoje é a cidade de Sabará, a terra batizada com o nome mítico por Borba Gato incendiou a imaginação dos europeus. Dessa forma, a
corrida do ouro levou um dos lugares mais hostis de que se tinha notícia a abrigar o embrião do que viria a ser o estado de governança no Brasil.
Para ele, poderia estar ali a fonte rápida e repleta de riquezas que guindariam Portugal à fartura. (2º parágrafo) É correto
Gabarito: D
As cidades representam o duplo desafio com o qual a União Europeia se depara atualmente: aumentar a competitividade
satisfazendo simultaneamente determinados requisitos de ordem social e ambiental.
As cidades são os centros da atividade econômica da Europa, assim como da inovação e do emprego. Mas também elas se
debatem com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência para a suburbanização, a concentração da pobreza e do
desemprego em zonas urbanas e os problemas resultantes de um crescente congestionamento. Problemas tão complexos como
esses requerem imediatamente respostas integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego, bem como
respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e de coesão europeias têm como objetivo fazer face a estes
desafios.
Foram afetados cerca de 21,1 mil milhões de euros ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013, o que
representa 6,1% do orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante, 3,4 mil milhões de euros destinam‐se à
reabilitação de sítios industriais e terrenos contaminados, 9,8 mil milhões de euros a projetos de regeneração urbana e rural, 7
mil milhões de euros a transportes urbanos limpos e 917 milhões de euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura
nos domínios da investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da saúde e da cultura têm também um
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(Comissão Europeia)
Os advérbios terminados pelo sufixo –mente são formados a partir da forma feminina dos adjetivos; no texto aparecem quatro
desses advérbios: atualmente, simultaneamente, nomeadamente e imediatamente.
Gabarito: E
Os porquês da diversidade
Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre o futuro. De forma
contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação
dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares. Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino
inovador pode surgir a partir de práticas consideradas tradicionais e que uma roda de conversa na escola pode ser tão ou ma is
revolucionária quanto qualquer aplicativo educacional. Percebo que o que torna o aluno socialmente engajado é a reflexão
constante, a troca de experiências, a diversidade de conhecimentos e opiniões que ele aplica e vê aplicarem a um objeto de
estudo, de forma digital ou analógica. [. ]
É disso que trata a educação: formar indivíduos engajados uns com os outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí
também a grande diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos pares. A escola nos permite entrar em
contato de forma sistemática com outros mundos, outros olhares, outros saberes, opiniões diferentes das nossas, culturas até
então desconhecidas. É o convívio com professores e colegas que nos dá suporte para refletir sobre nossas pos ições, sermos
questionados sobre opiniões divergentes e, assim, pensarmos num projeto de vida de forma plena.
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença na frase por uma exigência de um termo anterior.
a) “minha memória traz os tempos de estudo”.
b) “meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos”.
c) “tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir”.
d) “uma roda de conversa na escola”.
e) “nos permite entrar em contato de forma sistemática”.
Gabarito: C
Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua origem um defeito que as condenava. A primeira,
que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas Morus em 1516. Dizem
que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade
ideal, que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo antigo. Na Utopia de Morus o direito à
educação e à saúde seria universal, a diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo seria
exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão
simples que dispensariam a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia dois escravos para
cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as
mulheres tinham menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita da palavra grega para “lugar
nenhum”, o que de saída já significava que ela só poderia existir mesmo na sua imaginação.
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Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes. Nem ele nem os
outros filósofos gregos da sua época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade escravocrata. Em “Candide”,
Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos uma
visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana. Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro
redentor em que a emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O sonho acabou no totalitarismo
soviético e na sua demolição. Até John Lennon, na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre outros
atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam
a religiões e se matam por elas.
Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível. No futuro previsto os carros ofereceriam
transporte rápido e lazer inédito em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros não voassem,
ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio
à sua negação, em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que só aumenta, sem solução à vista.
Mais uma vez, deu distopia.
Gabarito: B
Texto I
Texto II
Junto às fantasias prometidas pela tecnologia, vieram os efeitos colaterais. No fim de 2016, a American Academy of Pediatrics
divulgou um estudo bem amplo sobre os efeitos das mídias digitais (frequentemente difundidas por meio de smartphones) sobre
crianças e adolescentes.
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Na longa lista de problemas, velhos conhecidos de pais e mães: efeitos negativos sobre o sono, a atenção e o aprendizado;
relação preocupante com a obesidade e a depressão; exposição a conteúdos inadequados; e riscos relacionados à privacidade.
Em um ensaio de grande repercussão veiculado na revista The Atlantic em 2017, Jean M. Twenge, professora de psicologia na
Universidade Estadual de San Diego, alertou sobre o risco de uma crise mental iminente afetando crianças e adolescentes. (...)
Para adultos no mundo do trabalho, os efeitos começam a ser estudados e analisados. A conectividade 24/7 (24 horas por dia, 7
dias por semana) já existia antes dos smartphones, porém foi intensificada com os novos aplicativos de troca de mensagens. A
disponibilidade permanente gera ansiedade e estresse ou tecnoestresse, outra invenção da época. (...)
No trabalho, percebe-se facilmente o efeito negativo dos aparelhinhos sobre a produtividade. Faltava, entretanto, comprovação
científica. O estudo, conduzido com 262 voluntários, comprova que há relação entre o vício em smartphone e a percepção de
perda de produtividade.
Diversos outros estudos revelam que o uso dos smartphones rouba horas do dia de trabalho. Seus sinais visuais e sonoros
constantes interrompem fluxos de raciocínio e prolongam desnecessariamente o tempo de realização de atividades.
O uso mal administrado de smartphones ajuda a criar um ambiente de emergência permanente, transforma problemas
gerenciáveis em incêndios ameaçadores e faz com que todos se sintam como bombeiros sem equipamentos, frustrados e
impotentes, diante de circunstâncias supostamente avassaladoras.
De forma geral, o entendimento científico sobre os efeitos colaterais dos smartphones ainda está engatinhando. Vários efeitos e
fenômenos correlatos precisam ser estudados e compreendidos. (...)
Realizar mais estudos científicos é importante para contrapor à propaganda avassaladora dos fabri cantes de smartphones,
coligados e inocentes úteis da mídia. Não se trata de combater, tal qual luditas, a tecnologia. Os pequenos computadores
pessoais constituem avanço importante. É preciso, entretanto, conhecer melhor seus efeitos colaterais e desenvol ver antídotos.
Em “A conectividade 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana) já existia antes d os smartphones, porém foi intensificada com
os novos aplicativos de troca de mensagens.”; “Seus sinais visuais e sonoros constantes interrompem fluxos de raciocínio e
prolongam desnecessariamente o tempo de realização de atividades.”, as conjunções em dest aque indicam, respectivamente,
ideias de
a) concessão e conformidade.
b) adição e consequência.
c) contraste e justificativa.
d) oposição e adição.
Gabarito: D
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Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito com giz branco gritava:
“Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas
moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz escreveu outro conceito. Colocou o pedaço de madeira aos pés
do cego e foi embora.
Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Seu boné, agora, e stava cheio de notas e
moedas. O cego reconheceu as pegadas do publicitário e perguntou se havia sido ele quem reescrevera o cartaz, sobretudo
querendo saber o que ele havia escrito.
O publicitário respondeu: “Nada que não esteja de acordo com o conceito original, mas com outras palavras”. E, sorrindo,
continuou o seu caminho. O cego nunca soube o que estava escrito, mas seu novo cartaz dizia: “Hoje é primavera em Paris e eu
não posso vê-la”.
“Por favor, ajude-me. Sou cego”; reescrevendo as duas frases em uma só, de forma correta e respeitando-se o sentido original, a
estrutura adequada é:
a) Embora seja cego, por favor, ajude-me;
b) Me ajude, por favor, pois sou cego;
c) Ajude-me já que sou cego, por favor;
d) Por favor, ainda que seja cego, ajude-me;
e) Ajude-me, por favor, contanto que sou cego.
Gabarito: C
Gabarito: B
Chicungunha
Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo mesmo mosquito.
No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro, número que saltou para 824 em duas semanas,
distribuídos principalmente entre Oiapoque, no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia.
A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à distribuição dos mosquitos-vetores capazes de
transmitir o vírus: Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos da dengue.
O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de “homem que anda arqueado”, referência às dores
articulares da enfermidade.
Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do comportamento humano. O aquecimento e a
seca que assolaram o norte da África há 5 000 anos forçaram espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se
ambientes os homens armazenavam água.
O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de disseminação na Bahia e no Amapá.
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Leia as frases:
Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do comportamento humano. (5º parágrafo)
O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de disseminação na Bahia e no Amapá. (7º parágrafo)
Considerando-se os sentidos expressos pelas frases no primeiro quadrinho, elas podem ser agrupadas corretamente em um único
período com a seguinte redação:
a) Estou cheio de contas, embora terei que comprar uma ração um pouco mais barata.
b) Estou cheio de contas, porque terei que comprar uma ração um pouco mais barata.
c) Estou cheio de contas, enquanto terei que comprar uma ração um pouco mais barata.
d) Estou cheio de contas, portanto terei que comprar uma ração um pouco mais barata.
e) Estou cheio de contas, entretanto terei que comprar uma ração um pouco mais barata.
Gabarito: D
O LIVRO
Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacular é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensões de seu corpo. O microscópio, o
telescópio, são extensões de sua visão; o telefone é a extensão de sua voz; em seguida, temos o arado e a espada, extensões de seu braço. O livro, porém, é
outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.
Dediquei parte de minha vida às letras, e creio que uma forma de felicidade é a leitura. Outra forma de felicidade − menor − é a criação poética, ou o que
chamamos de criação, mistura de esquecimento e lembrança do que lemos.
Devemos tanto às letras. Sempre reli mais do que li. Creio que reler é mais importante do que ler, embora para se reler seja necessário já haver lido.
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Tenho esse culto pelo livro. É possível que eu o diga de um modo que provavelmente pareça patético. E não quero que seja patético; quero que seja uma
confidência que faço a cada um de vocês; não a todos, mas a cada um, porque “todos” é uma abstração, enquanto “cada um” é algo verdadeiro.
Continuo imaginando não ser cego; continuo comprando livros; continuo enchendo minha casa de livros. Há poucos dias fui presenteado com uma
edição de 1966 da Enciclopédia Brockhaus. Senti sua presença em minha casa − eu a senti como uma espécie de felicidade. Ali estavam os vinte e tantos
volumes com uma letra gótica que não posso ler, com mapas e gravuras que não posso ver. E, no entanto, o livro estava ali. Eu sentia como que uma
gravitação amistosa partindo do livro. Penso que o livro é uma felicidade de que dispomos, nós, os homens.
Nos trechos O livro, porém, é outra coisa (do primeiro parágrafo) e reler é mais importante do que ler, embora para se reler seja necessário já
haver lido (do terceiro), as conjunções, no contexto dos parágrafos, estabelecem, respectivamente, relação de
a) causa e condição.
b) consequência e finalidade.
c) adição e temporalidade.
d) oposição e concessão.
e) proporção e contraste.
Gabarito: D
A ética da fila
SÃO PAULO – Escritórios da avenida Faria Lima, em São Paulo, estão contratando flanelinhas para estacionar os carros de seus
profissionais nas ruas das imediações. O custo mensal fica bem abaixo do de um estacionamento regular. Imaginando que os
guardadores não violem nenhuma lei nem regra de trânsito, utilizar seus serviços seria o equivalente de pagar alguém para fic ar
na fila em seu lugar. Isso é ético?
Como não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejo grandes problemas nesse tipo de acerto. Ele não prejudica ninguém e deixa
pelo menos duas pessoas mais felizes (quem evitou a espera e o sujeito que recebeu para ficar parado). Mas é claro que nem
todo o mundo pensa assim.
Michael Sandel, em “O que o Dinheiro Não Compra”, levanta bons argumentos contra a prática. Para o professor de Harvard,
dublês de fila, ao forçar que o critério de distribuição de vagas deixe de ser a ordem de chegada para tornar -se monetário,
acabam corrompendo as instituições.
Diferentes bens são repartidos segundo diferentes regras. Num leilão, o que vale é o maior lance, mas no cinema prepondera a
fila. Universidades tendem a oferecer vagas com base no mérito, já prontos-socorros ordenam tudo pela gravidade. O problema
com o dinheiro é que ele é eficiente demais. Sempre que entra por alguma fresta, logo se sobrepõe a critérios alternativos e o
resultado final é uma sociedade na qual as diferenças entre ricos e pobres se tornam cada vez mais acentuadas.
Não discordo do diagnóstico, mas vejo dificuldades. Para começar, os argumentos de Sandel também recomendam a proibição da
prostituição e da barriga de aluguel, por exemplo, que me parecem atividades legítimas. Mais importante, para opor -se à
destruição de valores ocasionada pela monetização, em muitos casos é preciso eleger um padrão universal a ser preservado, o
que exige a criação de uma espécie de moral oficial – e isso é para lá de problemático.
No período – Como não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejo grandes problemas nesse tipo de acerto. –, a conjunção
Como estabelece a mesma relação e o mesmo sentido da conjunção destacada no trecho adaptado de IstoÉ (26.04.2013) em:
a) Se medidas como essa estivessem em vigor, o universitário Victor não teria cruzado com o jovem criminoso que o matou
na porta de casa.
b) Victor foi morto por um criminoso que já tinha passagem pela Fundação Casa, onde havia cumprido apenas 45 dias por
outro roubo. Estava na rua, armado, porque não pode receber uma pena maior.
c) Mas será que um jovem de 16 anos em 2013 tem o mesmo amadurecimento e acesso à informação que tinha um
adolescente da mesma idade em 1940?
d) Desde 1940, quando a legislação brasileira estipulou a maioridade penal, qualquer jovem com idade inferior a 18 anos é
considerado “incapaz”.
e) No Brasil, eles também podem trabalhar com carteira registrada e, com autorização dos pais, casar e ser emancipados.
Gabarito: B
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Questão 30: FCC - AJ (TJ RJ)/TJ RJ/Comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso/2012
Assunto: Conjunção
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Minha última consideração é sobre o negro no samba. E uma vez mais, há que bendizer os poetas. Cartola diz: "Habitada por gente simples e tão pobre,
que só tem o sol que a todos cobre, como podes Mangueira cantar?"
A indagação vai além da Mangueira. Como podem os do morro fazer com que cantem os do asfalto? Amplie-se a indagação. Como puderam os negros,
ao longo de séculos de tanto sofrimento, construir uma cultura poderosa, da qual somos todos herdeiros? Amplie-se a indagação para o país. Como uma
história como a nossa – tão dura e, por tanto tempo, tão brutal – pôde construir uma cultura tão rica?
É nisso que temos muito a aprender com as Escolas. A começar pelo senso de disciplina e de organização que as leva a realizar, no Rio de Janeiro, o maior
espetáculo de arte popular do mundo. Além da disciplina e da organização, a maior beleza das Escolas, creio, é a alegria e o orgulho de serem o que são.
Alegria e orgulho que expressam nas cores que adotam e no toque das baterias que elevam o tambor ancestral a extrema sofisticação. Pelo rufar dos
tambores e o som dos tamborins, o povo identifica a Escola, antes mesmo que possa vê-la.
Ninguém se surpreenda, portanto, se, ao cantar sua Escola, o poeta invocar os céus, os santos e os orixás. Se invocar a "graça divina". Se disser de sua
Escola que "vista assim do alto mais parece um céu no chão". Se discorrer sobre os grandes temas da história, se cantar o nome de Joaquim José da Silva
Xavier e os grandes heróis da pátria. Ninguém se surpreenda se o poeta disser que as cores da sua Escola são como o manto azul de Nossa Senhora
Aparecida, abrindo a "procissão do samba".
As Escolas afirmam suas raízes e sua identidade e, ao fazê-lo, afirmam também as raízes e a identidade do Brasil. Nascidas do povo mais humilde do
Brasil, as Escolas afirmam a vocação dos brasileiros, de todos os brasileiros, para a grandeza. E o fazem com a dignidade e a elegância de quem oferece
ao mundo um belo exemplo de humanidade.
(Trecho do discurso de Francisco Weffort, na entrega da Ordem do Mérito Cultural, 07 de novembro de 2001. TAM. Almanaque
Brasil de Cultura Popular. São Paulo: Andreato, fevereiro de
2002. p. 17)
Nascidas do povo mais humilde do Brasil, as Escolas afirmam a vocação dos brasileiros, de todos os brasileiros, para a grandeza.
A oração grifada acima tem sentido ........ e, ao reescrevê-la com o emprego da conjunção adequada, a oração resultante deverá
iniciar-se por ...... .
Gabarito: C
Nunca havia acontecido antes. Pela primeira vez na história da economia moderna, três crises de grande amplitude – financeira,
energética e alimentar – estão em conjunção, confluindo e combinando-se. Cada uma delas interage sobre as demais, agravando,
de modo exponencial, a deterioração da economia real.
Por mais que as autoridades se esforcem em minimizar a gravidade do momento, o certo é que nos encontramos diante de um
sismo econômico de magnitude inédita, cujos efeitos sociais, que mal começaram a se fazer sentir, explodirão nos próximos
meses com toda a brutalidade. A numerologia não é uma ciência exata e o pior não costuma ser previsto, mas 2009 pode muito
bem se parecer com o nefasto ano de 1929...
Como temíamos, a crise financeira continua aprofundando-se. Aos descalabros de prestigiosos bancos norte-americanos, como o
Bear Stearns, o Merrill Lynch e o gigante Citigroup, somou-se o recente desastre do Lehman Brothers, quarto maior banco de
negócios, que anunciou, em 9 de junho, um prejuízo trimestral de 2,8 bilhões de dólares. Como foi a primeira perda desde o
lançamento de suas ações na Bolsa, em 1994, o resultado teve efeito de um terremoto financeiro, nos já violentamente
traumatizados EUA.
A cada dia difundem-se notícias sobre novas quebras. Até agora, as entidades mais afetadas admitem prejuízos de quase 330
bilhões de dólares, e o Fundo Monetário Internacional estima que, para escapar da catástrofe, o sistema necessitará de cerca de
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Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheir o
nos mercados. E agora o maior temor de alguns é uma crise sistêmica – ou seja, que o conjunto do sistema econômico mundial
entre em colapso.
Da esfera financeira, o problema passou para o conjunto da atividade econômica. De um momento para outro, as economias dos
países desenvolvidos sofreram um desaquecimento. A Europa encontra-se em franca desaceleração e os Estados Unidos estão à
beira da recessão.
O setor imobiliário é onde melhor aparece a dureza desse ajuste. Durante o primeiro trimestre de 2008, o número de vendas de
moradias na Espanha caiu 29%! Cerca de dois milhões de apartamentos e casas estão sem compradores. O preço das
propriedades continua a desmoronar. O aumento dos juros hipotecários e os temores de uma recessão lançaram o setor numa
espiral infernal, com ferozes efeitos em todas as frentes da imensa indústria da construção. Todas as empresas desses setores
estão agora no olho do furacão. E assistem, impotentes, à destruição de dezenas de milhares de empregos.
Da crise financeira passamos à crise social. E políticas autoritárias voltaram a surgir. O Parlamento Europeu aprovou, em 18 de
junho passado, a infame “diretiva retorno”. Imediatamente, as autoridades espanholas declararam sua disposição em favorecer a
saída da Espanha de um milhão de trabalhadores estrangeiros...
Em meio a essa situação de espanto, ocorre o terceiro choque do petróleo, com o preço do barril em torno de US$ 140. Um
aumento irracional (há dez anos o barril custava menos de US$ 10) devido não apenas a uma demanda despropositada mas,
especialmente, à ação de muitos especuladores, que apostam no aumento contínuo de um combustível em vias de extinção.
Retirando-se da bolha imobiliária, que desinfla, os investidores alocam somas colossais em contratos para entrega futura de
petróleo, o que pode levar o preço do barril a algo em torno de US$ 200. Ou seja: está ocorrendo uma “financeirizacão” do
petróleo, com conseqüências como formidáveis aumentos de preços da gasolina, em muitos países, e a ira de pescadores,
caminhoneiros, agricultores, taxistas e todos os profissionais mais afetados. Em muitos casos, eles exigem de seus governos
ajudas, subsídios ou reduções dos impostos, com grandes manifestações e enfrentamentos.
Como se todo esse contexto não fosse bastante sombrio, a crise alimentar agravou-se repentinamente e chega para nos lembrar
que o espectro da fome continua ameaçando quase um bilhão de pessoas. Em cerca de 40 países, a carência de alimentos
provocou levantes e revoltas populares. A reunião de cúpula da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
(FAO), foi incapaz, em 5 de junho, em Roma, de chegar a um consenso para retomar a produção de alimentos no mundo. Aqui
também os especuladores, fugindo do desastre financeiro, têm parte de responsabilidade – porque apostam num preço elevado
das futuras colheitas. Até mesmo a agricultura está se “financeirizando”.
Este é o saldo deplorável de 25 anos de neoliberalismo: três venenosas crises entrelaçadas. Já está na hora de os cidadãos
gritarem: “Basta!”.
“Como foi a primeira perda desde o lançamento de suas ações na Bolsa, em 1994, o resultado teve efeito de um terremoto
financeiro, nos já violentamente traumatizados EUA.” (L.10-11) Assinale a alternativa em que o termo indicado não poderia
substituir o termo destacado no trecho acima sob pena de provocar alteração gramatical e semântica.
a) Já que
b) Uma vez que
c) Por que
d) Dado que
e) Visto que
Gabarito: C
No texto, o segmento “ideia revolucionária” poderia ter trocado a ordem de suas palavras (revolucionária ideia) sem que isso
modificasse suas classes gramaticais; a opção abaixo em que isso também ocorre é:
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a) nova escultura;
b) jovem professora;
c) imigrante trabalhador;
d) velho pescador;
e) fanático marxista.
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabam-se os homens de serem hábeis planejadores. E somos. Mas não queiramos exclusividade absoluta. A natureza é a rainha dos planejamentos.
Aprendemos com ela a identificar para cada necessidade seu melhor atendimento. Mas fomos além: chegamos a criar carências só pelo prazer de
atendê-las.
Exemplo? Ouve-se a toda hora: não sei o que seria de mim sem meu celular. Foram necessários milhares de anos para o homem finalmente descobrir o que
lhe é vital: um smartphone. “Com ele planejo meu dia, me oriento, me situo na vida” − dirá um contemporâneo. De fato, o planejamento, como
ferramenta da previsão e da organização do trabalho eficaz e necessário, muitas vezes revela-se indispensável. Mas quando quero me certificar da vantagem
de um planejamento, observo a natureza, em algum plano que ela traçou para manter vivas suas leis essenciais. E alguém duvida de que ela tenha
suas próprias razões de planejamento?
Gabarito: C
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Ocorreu um fato no final de 2012, em Navarra, Espanha. Em uma corrida, o queniano Abel Mutai, medalha de ouro nos três mil
metros com obstáculos em Londres, estava a pouca distância da linha de chegada e, confuso com a sinalização, parou para posar
para fotos pensando que já havia cumprido a prova. Logo atrás vinha outro corredor, o espanhol Iván Fernández Anaya, que
começou a gritar para que o queniano ficasse atento, mas este não entendia que não havia ai nda cruzado a linha de chegada. O
espanhol, então, o empurrou em direção à vitória.
Com a imprensa inteira ali presente, um jornalista, aproximando o microfone do corredor espanhol, perguntou: “Por que o senhor
fez isso?”. O espanhol replicou: “Isso o quê?”. Ele não havia entendido a pergunta — e quem sabe um dia possamos ter um tipo
de vida comunitária em que a pergunta feita pelo jornalista não seja mesmo entendida —, pois o espanhol não pensou que
houvesse outra coisa a ser feita que não aquilo que ele fez. O jornalista insistiu: “Mas por que o senhor fez isso? Por que o senhor
deixou o queniano ganhar?”. “Eu não o deixei ganhar. Ele ia ganhar”. O jornalista continuou: “Mas o senhor podia ter ganhado!
Estava na regra, ele não notou...”. “Mas qual seria o mérito da minha vitória, qual seria a honra do meu título se eu deixasse que
ele perdesse?”. E continuou, então, dizendo uma coisa bonita que envolve a questão da ética do cotidiano: “Se eu ganhasse
desse jeito, o que ia falar para a minha mãe?”. Como mãe é matriz de vida, fonte de vida, ela é a última pessoa que se quer
envergonhar. Porque ética tem a ver com vergonha na cara, com decência, e, repito, a última pessoa que se quer envergonhar é
a mãe.
É curioso, mas até bandido pode ser prova disso. Por exemplo, já houve situações de assalto a banco com reféns em que o
sujeito, mesmo com a polícia toda em volta fazendo o cerco, não se rende. Aí a polícia chama a mãe dele. Ela chega, com a
bolsinha no braço, e diz: “Sai daí, menino!”. E ele sai. É por isso que considero essa ideia da matriz do desavergonhar uma coisa
extremamente inspiradora para que jamais venhamos a adotar isso a que me referi como ética da conveniência.
A cada dia que passa, amplia-se o cerco do sistema político sobre o aparato de Justiça. O mais recente movimento veio com a
inclusão, na reforma política, de um limite de dez anos para o mandato dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O objetivo é
reduzir o poder do tribunal, tornando os ministros mais dependentes do poder político e cautelosos ao tomar decisões que afetem
interesses dos poderosos.
A reação do corpo político contra o protagonismo assumido pelo sistema de Justiça nos últimos anos não deve causar surpresa.
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Esse é o padrão observado em países como a Rússia, África do Sul, Colômbia, ou mesmo Itália, onde a ambição da Justiça de
controlar a corrupção e o arbítrio foi duramente punida pelas forças políticas.
Nesse cenário, não surpreende que muitas pessoas estejam cada vez mais céticas de que a Justiça irá levar a cabo a sua
função de aplicar a lei de forma imparcial a todos. O grande desafio do sistema de Justiça neste momento é não capitular.
(Oscar Vilhena Vieira. “O desafio da Justiça é não capitular às pressões dos demais Poderes”. Em: Folha de S.Paulo,
19.08.2017. Adaptado)
Na passagem do segundo parágrafo “A reação do corpo político contra o protagonismo assumido pelo sistema de Justiça...”, o
termo em destaque significa
a) segundo plano.
b) postura populista.
c) papel central.
d) posição auxiliar.
e) condição de espectador.
Gabarito: C
Após as eleições municipais, velhos clichês voltaram à tona, como que o povo brasileiro não sabe votar porque é ignorante e
manipulado. A coisa fica mais complexa quando vemos que essa fórmula, em tese, não se aplicaria para o eleitorado do país mais
rico do mundo que votou em Donald Trump, nem para a classe trabalhadora britânica, que virou pró-Brexit.
Tal como no início do século XX, a onda conservadora é uma reação global às diversas insurgências de massas por mudanças
radicais que caracterizaram o século XXI.
O quadro piora quando pensamos que as esquerdas e o campo progressista de um mo do geral estão muito mais fragmentados
hoje, em comparação com a onda fascista do século passado.
O cenário do século XXI, portanto, não é uma cópia do século XX. Da China ao Brasil, passando pelas potências do norte global, o
neoliberalismo atual se caracteriza justamente pelo esvaziamento da vontade política e democrática em meio ao pleno desmonte
da classe trabalhadora.
O capitalismo se transformou e atua agora de forma muito mais molecular e inteligente do que no passado. O resultado disso é
que a subjetividade política é substituída pelo niilismo político e a aversão à política institucional.
Essa revolução subjetiva, em curso no mundo todo, é o que precisamos entender, pois ela esvazia o senso de coletivo e aniquila a
identidade de classe trabalhadora. […]
(<http://www.cartacapital.com.br/internacional/o-que-a-vitoria-de-donald-trump-pode-ensinar-a-esquerda-global>. Acessado em
10/01/2017.)
No trecho “é uma reação global às diversas insurgências de massas por mudanças radicais”, o vocábulo insurgências poderia ser
substituído por:
a) revoltas.
b) surgimentos.
c) aglomerações.
d) reuniões.
e) exigências.
Gabarito: A
O senhor ao meu lado, aguardando o avião, começou a me contar como é prático usar o iPhone para saber onde seus filhos
estão, já que carregam sempre o aparelho consigo. “Mas melhor mesmo será quando pudermos implantar um chip no cérebro.
Além de saber onde todos estão, eu não precisarei mais carregar esse telefone o tempo todo. Você que é neurocientista: não
seria ótimo? Quanto tempo até podermos implantar chips e melhorar o cérebro da gente?”
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Olhei o telefone que ele manipulava – um de dois aparelhos, com números diferentes: um pessoal, outro do trabalho, o qual ele
acabara de perder e achar. Perguntei-lhe de quanto em quanto tempo ele trocava os aparelhos. “Todo ano”, ele disse. A
tecnologia rapidamente se torna obsoleta, sobretudo com as atualizações do sistema operacional que exigem cada vez mais do
hardware.
Pois é. Imagine investir alguns milhares de dólares para implantar um chip em seu cérebro – um procedimento invasivo, sempre
com risco de infecção – só para descobrir, em não mais que dois anos, que ele já está obsoleto, gerações atrás do mais novo
modelo, e que aliás nem consegue mais receber a mais recente versão do sistema operacional? Só aqui em casa o número de
aparelhos celulares obsoletos já está nas dezenas, esquecidos pelas gavetas.
Por outro lado, lembrei-lhe, o hardware que ele leva naturalmente na cabeça não fica obsoleto nunca – porque é capaz de se
atualizar e se modificar conforme o uso, aprendendo ao longo do caminho. Mesmo quando envelhece, e não tem como ser
trocado, ele se mantém atualizável e altamente customizado: é o seu hardware, personalizado a cada instante da vida, ajustado e
otimizado para aquelas funções que de fato lhe são imprescindíveis.
Certo, o sistema operacional de alguns parece continuar na Idade Média, querendo impor seus gostos e neuras pessoais à vida
dos outros – mas é em grande parte por uma questão de escolha pessoal. Até esses sistemas mais renitentes podem ser
atualizados.
Infinitamente mais prático, e sensato, é continuar aproveitando essas extensões tecnológicas do nosso hardware como os
periféricos que são, conectados ao cérebro via dedos e sentidos. Se o periférico fica obsoleto, é trocado. Nosso hardware mental
ainda não tem competição à altura. Muito mais proveitoso do que sonhar com o dia em que poderemos incorporar metais inertes
ao nosso cérebro é investir nele como ele já é.
Certo, o sistema operacional de alguns parece continuar na Idade Média, querendo impor seus gostos e neuras pessoais à vida
dos outros – mas é em grande parte por uma questão de escolha pessoal. Até esses sistemas mais renitentes podem ser
atualizados.
Brasil escola
Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no
espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado
das cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os
inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil
acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões
ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os loc ais onde trabalham,
uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários.
Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes
não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades:
a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que
possui terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que esses se
tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de lixo, mato
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PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-
ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm.
“Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no
espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado
das cidades”.
Os dois elementos ligados pela conjunção E são fatores bastante diferentes; o pensamento abaixo em que os termos ligados por
essa conjunção podem ser considerados sinônimos é:
a) “A Academia Francesa é como a Universidade: uma e outra eram necessárias num tempo de ignorância e de mau gosto;
hoje são ridículas” (Voltaire);
b) “A agulha é pequena e delgada; no entanto sustenta uma família toda” (Steinberg);
c) “O amor e a amizade excluem-se mutuamente” (La Bruyère);
d) “A amizade de alguns homens é mais funesta e danosa do que o seu ódio ou aversão” (Marquês de Maricá);
e) “Todo bajulador tem de ser forçosamente um malévolo e um ingrato” (Nestor Vítor).
Gabarito: D
Questão 42: FCC - Prof B (SEDU ES)/SEDU ES/Sociologia/2016
Assunto: Sinônimos e Antônimos
Medo da eternidade
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou
bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
− Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
− E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
− Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que
você perca, eu já perdi vários.
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem
parar.
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
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− Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
− Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não
engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.
06 de junho de 1970
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)
Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. (7º parágrafo)
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9º parágrafo)
As palavras grifadas nessas frases assumem no texto, respectivamente, o sentido de:
a) atônita – figurava – cerimônia
b) inerme – transcendia – liturgia
c) atônita – simbolizava – périplo
d) desorientada – figurava – imolação
e) assustada – transcendia – périplo
Gabarito: A
Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua origem um defeito que as condenava. A primeira,
que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas Morus em 1516. Dizem
que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade
ideal, que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo antigo. Na Utopia de Morus o direito à
educação e à saúde seria universal, a diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo seria
exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão
simples que dispensariam a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia dois escravos para
cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as
mulheres tinham menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita da palavra grega para “lugar
nenhum”, o que de saída já significava que ela só poderia existir mesmo na sua imaginação.
Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes. Nem ele nem os
outros filósofos gregos da sua época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade escravocrata. Em “Candide”,
Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos uma
visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana. Marx e Engels e outros pensadores pr eviram um futuro
redentor em que a emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O sonho acabou no totalitarismo
soviético e na sua demolição. Até John Lennon, na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre o utros
atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam
a religiões e se matam por elas.
Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível. No futuro previsto os carros ofereceriam
transporte rápido e lazer inédito em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros não voassem,
ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio
à sua negação, em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que só aumenta, sem solução à vista.
Mais uma vez, deu distopia.
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Gabarito: C
Adeus, caligrafia
O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.
Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma “boa letra” – já dada como anacronismo. O fim do ensino da letra cursiva
nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A escrita mecanizada
priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se, há
quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do
indivíduo”. Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de escrever.
Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês
cerca de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses novos
hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para meninos e a costura para as meninas.
As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns
estudiosos. A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A prática do desenho de letras favoreceria a atividade
cerebral em regiões ligadas ao processamento visual.
Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos
com movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área
do cérebro”, afirmou. Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de fundo biológico. “Será interessante para a
humanidade não saber mais escrever a mão?” – indaga. O tempo dirá.
a) As lamúrias têm um precedente ilustre (1o parágrafo) = os lamentos têm um nobre antecedente
b) o currículo que desobriga os estudantes (1o parágrafo) = a grade escolar que sanciona os alunos
c) pagarão um certo custo cognitivo (3o parágrafo) = demandarão prejuízo da percepção
d) por meio da percussão de teclas (4o parágrafo) = na prática rítmica do teclado
e) implicações culturais da mudança (4o parágrafo) = inclusões da altercação cultural
Gabarito: A
Constituição à brasileira
Vinte anos. Congresso superlotado, emoção quase palpável, o presidente da Constituinte, deputado Ulysses Guimarães,
71, muito à vontade, no auge da glória, expressão de felicidade no rosto altivo, termina vigoroso discurso. De pé, ergue os longos
braços para exibir um livro de 292 páginas, capa verde-amarela, 245 artigos e 70 disposições transitórias, que chama de
Constituição Cidadã, porque acha que recuperará como cidadãos milhões de brasileiros. "Mudar para vencer! Muda, Brasil!", grita
entusiasmado.
Foram 20 meses de muito poder, palco iluminado, pressão, choques, trabalho extenuante, abertura à participação
popular. Esperava muito da Carta, seu maior feito. E também a Presidência da República.
De outubro a dezembro de 1988, em ambiente nacional de sinistrose e medo de hiperinflação, funcionou o chamado
"pacto social", reunindo governo, empresários, trabalhadores e, no fim, políticos. Espaço de diálogo e negociação. Deu certo. Os
entendimentos foram essenciais para amenizar o impacto inicial da Constituição.
A convocação da Assembléia Nacional Constituinte ganhara força na reta final da ditadura. Tancredo Neves, candidato a
presidente, prometera fazê-lo. Hábil, usava o compromisso para se desvencilhar de questões embaraçosas. Seu eventual mandato
seria de quatro, cinco ou seis anos? "Será o que a Constituinte fixar." Um dia, na intimidade, perguntei: "Seis anos, doutor
Tancredo?". "Muito", respondeu. "Quatro?". "Pouco." Indispensável, mas também fonte de i nstabilidade, a Constituinte podia
quase tudo. Quando foi instalada, fevereiro de 1987, o presidente Sarney me disse que, apesar de tema conjuntural, a duração
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de seu mandato ocuparia o centro das atenções. Tinha certeza de que iam politizar o assunto. Coi sas da política, do poder e da
paixão. Havia forte enxame de moscas azuis no Congresso Nacional, muitos presidenciáveis. Difícil governar com inflação alta,
economia em baixa e um suprapoder em cima.
No Palácio do Planalto, inesgotável romaria de parlamentares, parte de nariz empinado, salto 15 ou mais, exalando poder
e importância.
A questão do mandato realmente pegou fogo. Em 15/11/1987, um domingo, a Comissão de Sistematização votou quatro
anos para Sarney. A terra tremeu no Plano Piloto. Final da manhã, telefonema do general Ivan de Souza Mendes, ministro-chefe
do SNI. Está ansioso e preocupado. Pede que eu vá depressa ao Palácio da Alvorada, residência presidencial.
Meia hora depois, encontro lá o presidente Sarney, os ministros militares e muitos civis. Dia tenso, perigoso. Grande
atividade, agitação, nervosismo. O presidente ouvia muito e falava pouco. Agüentou firme. Não arredou pé do compromisso
democrático. Começo da noite, li nota à imprensa, em que ele reafirmava o respeito a todas as decisões que viessem a ser
adotadas pela Constituinte. Inclusive eleições em 1988.
No final do processo, acirrada disputa da duração do mandato e do sistema de governo. Deu presidencialismo e cinco
anos. Mas a alma parlamentarista ficou, como mostra, por exemplo, o instituto das medidas provisórias, inspirado no
parlamentarismo italiano. Abundante remessa de matérias polêmicas para a legislação infraconstitucional permitiu aprovar o texto
definitivo em 23/9/1988. Conforme pesquisa do jurista Saulo Ramos, precisava de 289 leis de concreção, sendo 41
complementares.
A nova Carta serviu bem ao país? Críticos dizem que é irrealista, rica em contradições e ambigüidades, economicamente
desequilibrada e anacrônica, excessiva em matérias e detalhamentos, mas repleta de lacunas. Que provocou o maior desastre
fiscal da história brasileira, induzindo a disparada do déficit público, da dívida interna e da carga tributária.
Afirmam que as imperfeições sufocaram o Congresso. Citam o advento de 56 emendas, 69 leis complementares, além de
milhares de propostas de emenda rejeitadas ou em tramitação.
Aspas para Sarney: "Logo, logo se viu que a Constituição Cidadã criava mais direitos que obrigações, mais despesas que
fontes de recursos. Um dos efeitos danosos foi a necessidade de emendá-la continuamente. A cada emenda, o governo se torna
refém da parte menos nobre do Congresso."
Ela fez bem à nação? Politicamente, sim. Completou a transição, é profundamente democrática, assegurou o Estado de
Direito. Tem muitas virtudes. A mais abrangente de todas, trouxe avanços notáveis em campos como o dos direitos e das
garantias individuais, liberdades públicas, meio ambiente, fortalecimento do Ministério Público, regras de administração pública,
planejamento e Orçamento, nas cláusulas pétreas.
a) inexorável
b) imitigável
c) alhanável
d) inclemente
e) ferrenho
Gabarito: C
Questão 46: FCC - AJ (TJ RJ)/TJ RJ/Comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso/2012
Assunto: Homônimos e Parônimos
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Minha última consideração é sobre o negro no samba. E uma vez mais, há que bendizer os poetas. Cartola diz: "Habitada por gente simples e tão pobre,
que só tem o sol que a todos cobre, como podes Mangueira cantar?"
A indagação vai além da Mangueira. Como podem os do morro fazer com que cantem os do asfalto? Amplie-se a indagação. Como puderam os negros,
ao longo de séculos de tanto sofrimento, construir uma cultura poderosa, da qual somos todos herdeiros? Amplie-se a indagação para o país. Como uma
história como a nossa – tão dura e, por tanto tempo, tão brutal – pôde construir uma cultura tão rica?
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É nisso que temos muito a aprender com as Escolas. A começar pelo senso de disciplina e de organização que as leva a realizar, no Rio de Janeiro, o maior
espetáculo de arte popular do mundo. Além da disciplina e da organização, a maior beleza das Escolas, creio, é a alegria e o orgulho de serem o que são.
Alegria e orgulho que expressam nas cores que adotam e no toque das baterias que elevam o tambor ancestral a extrema sofisticação. Pelo rufar dos
tambores e o som dos tamborins, o povo identifica a Escola, antes mesmo que possa vê-la.
Ninguém se surpreenda, portanto, se, ao cantar sua Escola, o poeta invocar os céus, os santos e os orixás. Se invocar a "graça divina". Se disser de sua
Escola que "vista assim do alto mais parece um céu no chão". Se discorrer sobre os grandes temas da história, se cantar o nome de Joaquim José da Silva
Xavier e os grandes heróis da pátria. Ninguém se surpreenda se o poeta disser que as cores da sua Escola são como o manto azul de Nossa Senhora
Aparecida, abrindo a "procissão do samba".
As Escolas afirmam suas raízes e sua identidade e, ao fazê-lo, afirmam também as raízes e a identidade do Brasil. Nascidas do povo mais humilde do
Brasil, as Escolas afirmam a vocação dos brasileiros, de todos os brasileiros, para a grandeza. E o fazem com a dignidade e a elegância de quem oferece
ao mundo um belo exemplo de humanidade.
III. manto: veste feminina, larga, comprida e sem mangas, usada por cima do vestido.
manto: por extensão, o que cobre, revestimento.
Gabarito: B
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Nos versos – Mas a lua furando nosso zinco / Salpicava de estrelas nosso chão – observa-se o emprego de linguagem figurada, o que ocorre
também em:
a) A lua é nova quando está visível, voltada para a Terra, e não recebe nenhuma luz do Sol.
b) Se a lua nasce por detrás da verde mata / Mais parece um sol de prata, prateando a solidão.
c) Cheia, minguante, nova e crescente são as quatro fases da Lua; o planeta Terra possui apenas um satélite natural: a Lua.
d) Como único satélite natural da Terra, a Lua nos acompanha desde sempre; o intervalo de tempo entre duas sucessivas
fases de lua nova é de 29 dias.
e) A Nova Lua é úmida, tem água, gelo e orvalho, mas antes a pesquisa mostrava que não havia nenhum sinal do líquido em
nosso satélite.
Gabarito: B
Gabarito: C
Questão 50: FGV - Prof (Boa Vista)/Pref Boa Vista/Licenciado em Educação Física/2018
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
“Aborígine é a maneira pejorativa com que os conquistadores chamam os donos da propriedade”. (Millôr Fernandes)
Essa frase mostra a possibilidade linguística de designarmos uma realidade qualquer de forma neutra/positiva ou negativa; a
opção a seguir em que os dois vocábulos podem ser considerados comparativamente de valor negativo é:
a) revolucionário / subversivo;
b) furtar / roubar;
c) impeachment / golpe;
d) denunciar / dedurar;
e) deficiente / aleijado.
Gabarito: B
Na charge, a personagem está machucada, porque seguiu a sugestão de “chutar o balde” em sentido literal. Em sentido figurado,
a expressão pode ser interpretada, no contexto, como
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Gabarito: A
Mais de 700 processos aguardam fim do mensalão para serem julgados pelo STF
Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília
Mais de 700 processos estão na fila da pauta do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) para serem julgados assim que o
julgamento do mensalão acabar, o que ainda não tem data prevista para ocorrer.
Destes processos, 23 terão prioridade, segundo decisão dos ministros. São os chamados recursos de repercussão geral, vindos de
instâncias inferiores do Judiciário para serem analisados na Suprema Corte. Esses recursos chegam ao STF depois de passar por
uma “peneira” no tribunal de origem. Eles são filtrados de acordo com critérios de maior relevância jurídica, política, social ou
econômica.
Dessa forma, a decisão no Supremo referente a um determinado recurso pode ser aplicada a outros casos idênticos. A medida
visa diminuir o número de processos enviados à Suprema Corte. Enquanto isso, 260 mil processos nas instâncias inferiores
aguardam a decisão do Supremo, de acordo com o ministro Marco Aurélio de Mello.
Em audiência pública realizada na última sexta-feira (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou preocupado e afirmou que tem
receio de que o julgamento do mensalão não termine até o final do ano. “As discussões tomaram espaço de tempo substancial e
elas se mostraram praticamente sem balizas. Nós precisamos racionalizar o trabalho e deixar que os demais integrantes se
pronunciem”.
(Disponível em http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2012/08/26/mais-de-700-processos-aguardam-fim-do-mensalao-para-serem-
julgados-pelo-stf.htm. Acesso em: 26.08.2012. Com cortes)
No segundo parágrafo, sem que o sentido seja alterado, pode-se substituir uma “peneira” por
a) uma seleção.
b) um esforço.
c) um pronunciamento.
d) uma justificativa.
e) uma discussão.
Gabarito: A
A expressão “colocar-se no lugar do outro” é antes um clichê da boa conduta que uma prática efetivamente assumida. É mais fácil repetir a fórmula desse
pré-requisito para uma discussão consequente do que levar a efeito o que esta implica. Quem, de fato, é capaz de se colocar no lugar do outro para bem
discernir um ponto de vista alheio ao seu? Qualquer pessoa que, por exemplo, frequente as redes sociais, sabe que, numa discussão, os argumentos
de um contendor não levam em conta a argumentação do outro. Em vez de se contraporem ideias em movimento, batem-se posições já cristalizadas. A
rigor, não há propriamente confronto: cada um olha apenas para si mesmo.
Há a convicção de que aceitar a razão do outro é perder a própria. Por que não avaliar que o exame dos argumentos alheios pode ser uma forma de fortalecer
os nossos? E se os nossos forem de fato mais fracos, por que não abdicar deles, acolher a verdade que está do outro lado e fortalecer-nos com ela? A
dinâmica de um debate deve admitir o pensamento crítico, que é, e deve ser sempre, um pensamento disposto à crise. A vida não para de nos
mostrar que é com os momentos críticos que mais aprendemos. Colocar-se no lugar do outro inclui a possibilidade de querer ficar nele: por que não
admitir que a razão pode estar do outro lado? Negar o outro é condenar-nos à imobilidade – essa irmã gêmea da morte.
Quanto ao sentido que constituem no primeiro parágrafo do texto, há uma relação de oposição entre estes dois segmentos:
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Gabarito: D
Ópera é um tipo de teatro no qual a maioria ou todos os personagens cantam durante a maior parte do tempo ou o tempo todo. Nesse sentido, é muito
óbvio que ela não seja realística, e com frequência, no decorrer de seus mais de quatrocentos anos de história, tem sido considerada exótica e estranha.
Além disso, é quase sempre bastante cara de se encenar e de se assistir. Em nenhum momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu sustentar
facilmente os custos exorbitantes da ópera. Por que, então, tanta gente gosta dela de maneira tão profunda? Por que dedicam suas vidas a apresentá-la,
escrever sobre ela, assistir a ela? Por que alguns fãs de ópera atravessam o mundo para ver uma nova produção ou ouvir um cantor favorito, pagando
imensas quantias por esse fugaz privilégio? E por que a ópera é a única forma de música erudita que ainda desenvolve de modo significativo novas
audiências, apesar de que, no último século ou por volta disso, o fluxo de novas obras, que uma vez foi seu sangue vital, secou até se reduzir a um débil
gotejar?
Essas perguntas são mais sobre a ópera tal como ela é hoje em dia: sobre aquilo em que a ópera se tornou no início do século
XXI. No que se segue teremos muito a dizer sobre a história de nosso tema, sobre as maneiras em que a ópera se desenvolveu durante sua jornada de
quatrocentos anos até nós; mas nossa ênfase será sempre no presente, no efeito que a ópera continua a ter sobre as audiências no mundo inteiro. Nosso
objetivo é lidar com uma forma de arte cujas obras mais populares e duradouras foram quase sempre escritas num distante passado europeu, [...] mas cuja
influência em muitos de nós – e cuja significância em nossa vida hoje em dia – é ainda palpável. A ópera pode nos transformar: física, emocional e
intelectualmente. Queremos investigar por quê.
Gabarito: A
Por mais que em nosso discurso nós, os mais velhos, afirmemos que a tal da educação para a cidadania “supõe a boa convivência no espaço público, entre
outras coisas", não temos conseguido praticar tal ensinamento com os mais novos, sobretudo porque não sabemos como fazer isso. Há muitas escolas
com boa vontade nesse sentido, mas sem saber o que fazer para evitar que seus alunos se confrontem com grosseria e que aprendam a compartilhar
respeitosamente o espaço comum. O instrumento mais utilizado pela escola ainda é a punição, em suas várias formas. Ações afirmativas nesse sentido são
difíceis de ser encontradas no espaço escolar.
Não sabemos ensinar às crianças a boa convivência no espaço público porque não a praticamos. Ora, como ensinar o que não sabemos, como esperar
algo diferente dos mais novos, se eles não mais têm exemplos de comportamento adulto que os orientem?
Gabarito: A
A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema de saúde brasileiro. Em linhas gerais, sua concepção de prática
centrada na assistência odontológica ao indivíduo doente, realizada com exclusividade por um sujeito individual no restrito
ambiente clínico-cirúrgico, não apenas predomina no setor privado, como segue exercendo poderosa influência so bre os serviços
públicos. A essência da odontologia de mercado está na base biológica e individual sobre a qual constrói seu fazer clínico e em
sua organicidade ao modo de produção capitalista, com a transformação dos cuidados de saúde em mercadorias, sola pando a
saúde como bem comum sem valor de troca, e impondo-lhes as deformações mercantilistas e éticas sobejamente conhecidas.
Neste início do século XXI, a maioria dos serviços públicos odontológicos brasileiros reproduz, mecânica e acriticamente, os
elementos nucleares do modelo de prática odontológica do setor privado de prestação de serviços.
(NARVAI, P.C. "Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade". Com adaptações. Revista de Saúde Pública, v. 40, São
Paulo, ago. 2006. Disponível em: www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf)
Assinale a alternativa em que a frase contém informações em conformidade com o sentido do texto.
a) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado, apesar de não continuar exercendo
poderosa influência sobre os serviços públicos.
b) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setor privado, mas continua exercendo poderosa
influência sobre os serviços públicos.
c) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setor privado nem continua exercendo poderosa
influência sobre os serviços públicos.
d) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado, porque continua exercendo poderosa
influência sobre os serviços públicos.
e) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado e continua exercendo poderosa influência
sobre os serviços públicos.
Gabarito: E
As discussões sobre a liberdade assentam necessariamente e em princípio na negação de suas próprias bases possibilitadoras. Quero
dizer que o único pressuposto histórico viável para que se possa instaurar a inteireza do entendimento da questão está na ausência de liberdade. Mas isso não
no sentido preconizado por um Fichte que, sem estar totalmente desprovido de razão, jogava com a oposição entre o livre e o não-livre, no sentido de que a
liberdade se faz a partir do elemento não-livre, da presença de um obstáculo sem o qual nem se poderia conceber o surgimento da liberdade. A tese de
Fichte, entretanto, se move dentro do âmbito de uma teoria geral do exercício da liberdade, válida para todos os tempos e todos os lugares, enraizada na
existência de um eu puro. Nosso ponto de partida é bem outro; claro que a educação para a liberdade deve pressupor a freqüentação de elementos não-
livres vistos como o solo em que medra o desenvolvimento da liberdade. Mas entendemos que a tese nada tem a ver com um suposto eu puro, pois ela se
mostra essencialmente e antes de tudo em seu caráter histórico: não existe algo como uma liberdade constitutiva da natureza humana considerada em si
mesma. Para nós, longe disso, a liberdade revela-se histórica de ponta a ponta, e já no sentido de que o homem em suas origens nada ostenta que
poderia insinuar a presença da liberdade. Um eu puro - mas o que poderia ser isso? Não existe esse eu à espera de sua eclosão a ser provocada por coisas
que lhe seriam totalmente estranhas, determinadas por uma exterioridade cega. Portanto, já nesse ponto de partida histórico, parece evidente que as
origens situam-se em três níveis principais: um, de ordem propriamente biológica, a confundir- se em suas primícias com os enredos da evolução das
espécies; já o segundo aferra-se aos contextos sociais, e a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosa conquista. Certamente cabe asseverar
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que aquele elemento biológico integra-se a seu modo nos processos de sociabilização política do homem. E é por aí que deve surgir também, em
terceiro lugar, a lenta especificação das concordâncias psicológicas. Por tais caminhos, nem há liberdade, mas liberdades que se vão fazendo; não
existe a história de uma liberdade única, e sim a grande diversidade, as histórias das liberdades, sempre no plural.
alemão. (Gerd Bornheim, "As medidas da liberdade", In O avesso da liberdade. Adauto Novaes (Org.). São Paulo: Companhia
das Letras, 2002. p. 41-42) Considere as linhas finais do texto, em vermelho, o contexto e as afirmações que seguem.
I. O segmento já nesse ponto de partida histórico expressa uma hipótese que, caso fosse acatada pelo autor, permitiria o
entendimento do período iniciado com Portanto como uma conclusão, fato que não ocorre, como o comprova o uso de parece.
II. Dos três níveis principais citados pelo autor, apenas um é caracterizado como de natureza essencialmente individual, tornando
inadmissível qualquer possibilidade de vínculo entre ele e os demais.
III. A frase a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosa conquista expressa noção de conseqüência.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Gabarito: C
A literatura mineira se desenvolveu ainda no século 18, quando Vila Rica, atual Ouro Preto, tornou-se centro econômico e político
da então Colônia Portuguesa, formando a primeira geração literária brasileira. Na época do ouro, os poetas árcades, como Tomás
Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa, se inspiravam na paisagem local e em ideais bucólicos. Mas
alguns deles acabaram se envolvendo na questão política da região que eclodiu na Inconfidência Mineira, no fim do século.
Já no século 19, no Romantismo e, depois, no Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo Guimarães e Alphonsus de
Guimaraens, respectivamente.
O século 20, desde seu início, é marcado pela volta de Minas ao cenário literário nacional com grande projeção. Um dos grande s
marcos é a produção literária de Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, no ano de 1902. Formado em farmácia − por
insistência da família − o escritor se uniu a outros autores, entre eles Emílio Moura, e fundou A Revista para divulgar o
Modernismo no Brasil. Uma das principais temáticas do autor é sua terra natal. Só mineiros sabem. E não dizem nem a si mesmos
o irrevelável segredo chamado Minas.
No trecho “Já no século 19, no Romantismo e, depois, no Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo Guimarães e
Alphonsus de Guimaraens, respectivamente.” o sujeito é
a) simples.
b) composto.
c) elíptico.
d) indeterminado.
e) inexistente.
Gabarito: A
Dialética da mudança
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Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações co - mo verdades
indiscutíveis e até mesmo a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natural que isso aconteça, quando mais não seja
porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés.
No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase totalidade das pessoas, poucos eram os que os
questionavam, mesmo porque, dependendo da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo. Com o desenvolvimento do
pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo modo de
lidar com elas e com os valores. Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e
inevitável, dando-se início a uma nova época da sociedade humana. Introduziu-se o conceito não só de evolução como o de
revolução.
Naturalmente, essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem tampouco se impuseram à maioria da sociedade. O que
ocorreu foi um processo difícil e conflituado em que, pouco a pouco, a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que
isso, conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir na formação de novas gerações, menos resistentes a visões
questionadoras.
A certa altura desse processo, os defensores das mudanças acreditavam-se senhores de novas verdades, mais consistentes
porque eram fundadas no conhecimento objetivo das leis que governam o mundo material e social. Em outras palavras, bastaria
apresentar-se como inovador para estar certo. Será isso verdade? Os fatos demonstram que tanto pode ser sim como não.
Mas também pode estar errado quem defende os valores consagrados e aceitos. Só que, em muitos casos, não há alternativa
senão defendê-los. E sabem por quê? Pela simples razão de que toda sociedade é, por definição, conservadora, uma vez que,
sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível o convívio social. Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a
cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável.
(Transcrição de trechos do artigo de Ferreira Gullar. Folha de S. Paulo, E10 Ilustrada, 6 de
maio de 2012)
... no conhecimento objetivo das leis que governam o mundo material e social. (4° parágrafo) A mesma
relação entre verbo e complemento assinalada na frase acima se repete em:
Gabarito: E
No Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo constitucional para responsabilização penal das pessoas jurídicas em
casos de crimes ambientais (artigo 225, parágrafo 3º), é certo que a adoção, na prática, dessa possibilidade(e) vem se dando
de forma bastante tímida, muito em razão das inúmeras deficiências de técnica legislativa encontradas na Lei 9.605, de 1998,
que a tornam quase que inaplicável neste âmbito.
A partir de uma perspectiva que tem como ponto de partida os debates travados no âmbito doutrinário nacional,
insuflados pelos também acalorados debates em plano internacional sobre o tema e pela crescente aceita ção da possibilidade da
responsabilização penal da pessoa jurídica em legislações de países de importância central na atividade econômica globalizada , é
possível vislumbrar que, em breve, discussões sobre a ampliação legal do rol das possibilidades desse t ipo de responsabilização
penal ganhem cada vez mais espaço no Brasil.
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das empresas - principalmente, as transnacionais -,
decorrerá também de ajustamentos(b) de postura administrativa decorrentes da adoção(d) de critérios de responsabilização
penal da pessoa jurídica em seus países de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas
administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz.
Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal - que atende diretivas da União Europeia sobre o
tema - trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica (por de litos que sejam
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cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de
como essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função da inoperância d e controles
empresariais, sobre atividades desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A vigência na
nova norma penal já trouxe efeitos práticos no cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, naquele país, ciclos de debates
acerca dos instrumentos de controle da administração empresarial, promovidos por empresas que pretendem implementar, o
quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de qualquer tipo de responsabilidade penal.
Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela se pode inferir, ganham importância, no espectro de
preocupação não só das empresas estrangeiras situadas no Brasil, mas também das próprias empresas nacionais, as práticas de
criminal compliance.
Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a diversas obrigações(c) impostas às empresas
privadas, por meio da implementação de políticas e procedimentos gerenciais adequados, com a finalidade de detectar e gerir os
riscos da atividade da empresa.
Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próxima do direito administrativo, isto é, vêm -se
incriminando, cada vez mais, os descumprimentos das normas regulatórias estatais, como forma de reforçar a necessidade de
prevenção de riscos a bens juridicamente tutelados. Muitas vezes, o mero descumprimento doloso dessas normas e diretivas
administrativas estatais pode conduzir à responsabilização penal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria
responsabilização da pessoa jurídica, quando houver previsão legal para tanto.
Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como prática sistemática de controles internos com vistas a dar
cumprimento às normas e deveres ínsitos a cada atividade econômica, objetivando prevenir possibilidades de responsabilização
penal decorrente da prática dos atos normais de gestão empresarial.
No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstas na Lei dos Crimes de Lavagem de Dinheiro - Lei
9.613, de 3 de março de 1998 - que sujeitam as pessoas físicas e jurídicas que tenham como atividade principal ou acessória a
captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros, compra e venda de moeda estrangeira ou ouro ou títulos ou valores
mobiliários, à obrigação de comunicar aos órgãos oficiais sobre as operações tidas como "suspeitas", sob pena de serem
responsabilizadas penal e administrativamente.
Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresa s
transnacionais que aqui operam sujeitas às normas(a) de seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem
o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia. Trata-se, portanto, de um assunto de
relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais
especializados na área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. (...)
(Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. 29/03/2011 - com adaptações)
a) às normas
b) de ajustamentos
c) a diversas obrigações
d) da adoção
e) dessa possibilidade
Gabarito: B
A recente confirmação da descoberta, anunciada inicialmente em 2006, de reservas expressivas de petróleo leve de boa qualidade e gás na Bacia de Santos é
uma notícia auspiciosa para todos os brasileiros. A possibilidade técnica de extrair petróleo a mais de
6 mil metros de profundidade eleva o prestígio que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube das megaempresas mundiais
de petróleo e energia, onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã. [...]
O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por dois motivos. Mais do que com dificuldades de exploração e de extração, o mundo sofre com a falta de
capacidade de refino moderno, para produzir derivados com baixos teores de enxofre e aromáticos. Ao mesmo tempo, confirma-se em nosso hemisfério a
cruel realidade de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se estão esgotando. Isso sem contar o natural aumento da demanda
argentina por gás. Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de resinas termoplásticas para toda a região, sendo cerca de um terço
delas destinado ao Brasil. A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando estes dois fantasmas
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nos assombram, abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é úmido e rico em etano,
excelente matéria-prima para a petroquímica. Queimá-lo em usinas térmicas para gerar eletricidade ou para uso veicular seria um enorme desperdício.
Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. O mundo está sedento por gasolina e diesel especiais, mais limpos,
menos poluentes. O maior foco desta demanda são os Estados Unidos, que consomem 46% de toda a gasolina do planeta, mas esta é uma tendência que
se vem espalhando como fogo em palha. O Brasil ainda tem a felicidade de dispor de etanol de biomassa produzido de forma competitiva, que pode somar-se
aos derivados de petróleo para gerar produtos de alto valor ambiental.
(Adaptado de Plínio Mario Nastari. O Estado de S. Paulo, Economia, B2, 28 de dezembro de 2007)
... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ... (3o parágrafo)
O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:
a) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ...
b) ... e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora ...
c) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino.
d) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha.
e) ... para gerar produtos de alto valor ambiental.
Gabarito: E
Ao Estado, a realidade mais ativa da estrutura social, coube o papel de intermediar o impacto estrangeiro, reduzindo-o à temperatura e à velocidade
nativas. A engrenagem de acomodação e amortecimento poderia e deveria, se homogêneas as economias e coerentes as concepções sobre estas, ser
a obra dos comerciantes estrangeiros, nas filiais brasileiras ligadas à metrópole. Poderiam esses quistos comerciais, ainda, submeter a política financeira
aos seus interesses, segundo o velho padrão colonial, que viriam substituir sem mudar a substância do vínculo.
Na verdade, evitada a prematura bravata nacionalista, diga-se, desde logo, que a dependência da economia brasileira é inegável, mas não será, entretanto,
uma dependência colonial, nem se afirmará no prolongamento da atividade metropolitana, passivamente aceita. Será uma dependência por via do
Estado, sob a vigilância, desconfiada muitas vezes, entusiástica outras, de uma camada social, apta a participar das vantagens do intercâmbio, preocupada,
não raro, em desviar-lhe o rumo submisso. A manipulação legal e financeira apressa ou retarda a integração, enquanto nas ruas o sentimento nativista,
antiluso nas suas origens, ressente-se do invasor europeu, no qual identifica a arrogância colonialista.
O núcleo diretor da intermediação situa-se na estrutura financeira do país. Sua fraqueza, bem como seus episódicos impulsos, dão a tonalidade à
necessária passagem da maré estrangeira por um filtro nacional. O Tesouro, ao tempo que reflete a realidade econômica, a ordena e a dirige, na ânsia,
depois de 1850 acentuada, de erguer o país do marasmo, de adequá-lo ao mundo moderno e de impor-lhe maior ritmo de progresso. Ele expressa, no
contexto do aparelhamento estatal, a face da dependência e, na preocupação de desenvolvimento, a fisionomia larvarmente autonomista.
(FAORO, Raymundo. Estado dependente, sob a orientação do Tesouro. Os donos do poder: formação do patronato político
brasileiro. v. 2, 10. ed. São Paulo: Globo; Publifolha, 2000. Grandes nomes do pensamento brasileiro. p. 3 e 4)
Ao Estado, a realidade mais ativa da estrutura social, coube o papel de intermediar o impacto estrangeiro, reduzindo-o à temperatura e à
velocidade nativas.
Gabarito: C
Ao assumir a direção de um carro, o pacato e humilde senhor Andante se transforma no terrível senhor Volante, modelo de
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arrogância e violência. Protagonizada pelo personagem Pateta, a cena do desenho clássico da Disney (1950) ilustra uma situação
comum até hoje no trânsito, onde os motoristas descarregam toda sorte de frustrações. São condutores que não usam as luzes
indicadoras de direção (conhecidas como piscas ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para os pedestres que lhes
chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as faixas de
pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou amortecedores vencidos.
Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos acidentes. Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os
desastres ou pelo menos minimizar suas consequências. De acordo com o professor Adilson Lombardo, especialista em segurança
no trânsito, a direção defensiva passa por uma série de comportamentos ligados à inteligência emocional e ao raciocínio lógico. “É
preciso avaliar o risco, analisar as possibilidades, reduzir a velocidade perto de escolas ou em dias de chuva, não fazer
ultrapassagens perigosas”, ensina. Na prática, são medidas simples, que podem ser resumidas em duas: bom senso e respeito às
normas.
Para o especialista, um trânsito mais seguro depende do comportamento mais inteligente não apenas do condutor de veículo
automotor, mas também do pedestre e do ciclista. Assim como o motorista tem de respeitar a preferência do pedestre na faixa de
segurança nos casos em que não há semáforo, o pedestre precisa atravessar na faixa e respeitar a sinalização luminosa, quando
houver. Bicicletas, por sua vez, não devem trafegar em pistas exclusivas de ônibus, e cabe ao ciclista usar os equipamentos de
segurança obrigatórios, como o capacete.
Lombardo lembra que as pessoas costumam transferir muitos de seus comportamentos para o trânsito. “O carro não é uma
extensão do corpo”, adverte. “O motorista deve seguir as regras e respeitar o próximo, demonstrando gentileza e educação.”
“Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os desastres ou pelo menos minimizar suas consequências”.
Assinale a opção que apresenta a forma de reescrever esse período do texto de modo a manter o sentido original, a correção e o
paralelismo na construção.
a) Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres ou pelo menos a minimização de suas consequências.
b) Dirigir defensivamente é essencial para que se previnam os desastres ou pelo menos a minimização de suas
consequências.
c) Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres ou pelo menos para que minimizem suas
consequências.
d) Dirigir defensivamente é essencial para que se previna os desastres ou pelo menos se minimize as suas consequências.
e) Dirigir defensivamente é essencial para que seja prevenido os desastres ou pelo menos sejam minimizadas as suas
consequências.
Gabarito: A
Vou falar da palavra pessoa, que persona lembra. Acho que aprendi o que vou contar com meu pai. Quando elogiavam demais
alguém, ele resumia sóbrio e calmo: é, ele é uma pessoa. Até hoje digo, como se fosse o máximo que se pode dizer de alguém
que venceu numa luta, e digo com o coração orgulhoso de pertencer à humanidade: ele, ele é um homem.
Persona. Tenho pouca memória, por isso já não sei se era no antigo teatro grego que os atores, antes de entrar em cena,
pregavam ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir.
Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações sensíveis de seu rosto, e que a máscara as esconde. Por que
então me agrada tanto a ideia de atores entrarem no palco sem rosto próprio? Quem sabe, eu acho que a máscara é um dar -se
tão importante quanto o dar-se pela dor do rosto. Inclusive os adolescentes, estes que são puro rosto, à medida que vão vivendo
fabricam a própria máscara. E com muita dor. Porque saber que de então em diante se vai passar a representar um papel é uma
surpresa amedrontadora. É a liberdade horrível de não ser. E a hora da escolha.
Mesmo sem ser atriz nem ter pertencido ao teatro grego – uso uma máscara. Aquela mesma que nos partos de adolescência se
escolhe para não se ficar desnudo para o resto da luta. Não, não é que se faça mal em deixar o próprio rosto exposto à
sensibilidade. Mas é que esse rosto que estava nu poderia, ao ferir-se, fechar-se sozinho em súbita máscara involuntária e
terrível. É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. Escolher a própria máscara é o pr imeiro gesto involuntário
humano. E solitário. Mas quando enfim se afivela a máscara daquilo que se escolheu para representar o mundo, o corpo ganha
uma nova firmeza, a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. A pessoa é.
Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar.
É que depois de anos de verdadeiro sucesso com a máscara, de repente – ah, menos que de repente, por causa de um olhar
passageiro ou uma palavra ouvida – de repente a máscara de guerra de vida cresta-se toda no rosto como lama seca, e os
pedaços irregulares caem com um ruído oco no chão. Eis o rosto agora nu, maduro, sensível quando já não era mais para ser. E
ele chora em silêncio para não morrer. Pois nessa certeza sou implacável: este ser morrerá. A menos que renasça até que dele se
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I ..... a máscara de guerra de vida cresta-se toda no rosto como lama seca, e os pedaços irregulares caem com um ruído oco
no chão. (último parágrafo)
A vírgula colocada após lama seca justifica-se pelo fato de separar duas orações de sujeitos diferentes.
II. Escolher a própria máscara é o primeiro gesto involuntário humano. E solitário. (4° parágrafo)
O ponto final imediatamente após humano, embora possa ser substituído corretamente por uma vírgula, presta -se a dar
ênfase ao segmento posterior.
III ..... à medida que vão vivendo fabricam a própria máscara. (3° parágrafo)
Pode-se acrescentar uma vírgula após o segmento vão vivendo, sem prejuízo da correção e do sentido da frase.
A sucoterapia é a alimentação por meio de sucos que promete contribuir para a melhora da saúde das pessoas modernas. A
alimentação do ser humano de hoje não completa a necessidade que seu organismo exige. Os alimentos ingeridos diariamente
devem possuir elementos necessários para que as reações físico-químicas das células ocorram.
O quadro de alimentos pode ser classificado em três categorias: de energia (carboidratos e gorduras); de edificação ou
construção (proteínas), e de alimentos reguladores (vitaminas, minerais e enzimas).
A categoria dos alimentos reguladores é hoje a mais ausente na alimentação. O que prejudica a ingestão dos elementos
presentes nesses alimentos é que eles estão em alimentos que, em sua maioria, são ingeridos cozidos. O problema é que a alta
temperatura (entre 40 e 50 graus centígrados) faz com que eles percam as enzimas e a quantidade de vitaminas e minerais
presentes diminua.
Para resolver essa questão, um novo método está sendo colocado em prática, a Alimentoterapia. Esse método consiste em uma
harmonização entre todas essas categorias citadas. Faz parte dela a Sucoterapia, que pretende resolver o problema da falta dos
alimentos reguladores, com uma atuação mais imediata no caso de um organismo mais necessitado. Para isso, todos os alimentos
utilizados devem estar crus. São utilizados também componentes considerados hoje como medicamentosos, que se encontram
presentes na célula vegetal, como o aminoácidos, a cartotenoides e em especial a Clorofila.
Um desses sucos é o de folhas de Alfafa. Essa leguminosa tem como função recuperar pessoas em estado debilitado, estressadas
e com intensa atividade física ou intelectual, pois repõem nutrientes. Outro alimento muito utilizado na Sucoterapia é o que
contém a Clorofila. Esta é extraída dos vegetais de cor verde e folhosos. Atua junto a alterações cardiovasculares e também n a
normalização da pressão arterial, melhora a digestão, combatendo as fermentações. Apesar de ser uma técnica nova dentro das
terapias, já é possível observar resultados obtidos com a aplicação da Sucoterapia em pessoas que tinham falta de vitaminas n o
organismo.
A prevenção de doenças como diabetes, osteoporose, anemia e bronquite pode estar na feira. Quem já aderiu à “sucoterapia”
não se arrepende. Especialistas garantem que os sucos naturais são uma excelente fonte de nutrientes, capazes de recuperar a
saúde e regular o organismo. Para isso, recomendam a ingestão diária de alimentos crus, associados a frutas centrifugadas e
água filtrada. Saudáveis e ótimos protetores do sistema imunológico, os sucos de frutas naturais atuam prevenindo o organismo
de vários males.
Em “Para resolver essa questão, um novo método está sendo colocado em prática”, a vírgula foi empregada
a) inadequadamente.
b) para separar a oração adverbial e oração principal.
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Gabarito: B
Questão 67: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Sistemas/Tecnologia da Informação e afins/2014
Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc)
Qualidade na educação: o DNA das escolas Segredo de uma rede de qualidade não é padronizar, mas atender
fatores distintos – pois algumas escolas têm mais problemas e desafios do que outras
[...] A exemplo do que ocorre no Brasil, na maioria dos países desenvolvidos os pais matriculam seus filhos na escola púbica mais
próxima de sua casa. A grande diferença é que, na maior parte das nações, as escolas de diferentes bairros são semelhantes:
elas se parecem muito entre si, no que fazem e nos resultados. No Brasil as escolas se parecem mais com os bairros onde estão
localizadas. Elas têm, portanto, a cara do bairro.
Sabemos como fazer uma escola de qualidade, uma escola boa. Há inclusive escolas públicas assim no Brasil, algumas centenas
delas, ou talvez poucos milhares. São escolas de prestígio, de alto padrão, onde o ensino é de qualidade, os alunos estudam e
aprendem e os resultados são elevados. São escolas militares, colégios de aplicação e unidades estaduais ou municipais aqui e ali
que possuem as mesmas características. Mas essas escolas são poucas – uma pequena fração entre as mais de 120.000 unidades
urbanas de ensino fundamental.
Nunca aprendemos a fazer aquilo que os países desenvolvidos sempre fizeram: manter um padrão. E quando o nível cai, há
mecanismos para trazer a escola de volta. Resultado: embora sejam obrigados a matricular seus filhos na escola do bairro, os
pais sabem que o ensino oferecido ali é semelhante ao proporcionado por unidades de outros bairros. E sabem que se seus filhos
se esforçarem também obterão bons resultados.
As estatísticas produzidas pela OCDE ilustram esse fenômeno de maneira muito clara. Nos países dese nvolvidos, a diferença da
média das notas das escolas é relativamente pequena – raramente ultrapassa os 30%. Essa diferença é enorme no Brasil.
Manter uma rede de escolas de padrão não significa que todas as unidades são idênticas, que recebem os mesmos r ecursos, que
são 100% padronizadas. Ao contrário, para ter resultados semelhantes, as escolas precisam de recursos distintos – pois algumas
têm mais problemas e desafios do que outras. Para promover a igualdade é necessário tratar desigualmente os desiguais. Escolas
que caem no desempenho recebem ajuda extra; escolas com maior número de alunos com dificuldade de aprendizado recebem
mais e melhores recursos, e assim por diante.
A exemplo do fator que nos faz semelhantes como seres humanos, há uma DNA a tornar parecido o desempenho das escolas. O
segredo de uma rede de qualidade está na maneira como se forma o DNA da escola, os fatores que asseguram que todas as
unidades da rede possam funcionar e atingir níveis de desempenho semelhantes.
O que torna uma rede de escolas boa não é muito diferente do que torna uma escola boa. Mas criar uma rede boa é muito
diferente de criar uma escola boa.
Considerando a norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma.
a) Em “Elas têm, portanto, a cara do bairro.”, o termo destacado pode ser substituído por “tem” sem que ocorra prejuízo
gramatical.
b) Em “...os fatores que asseguram que todas as unidades da rede possam funcionar...”, o termo destacado deve ser
substituído por “possa” para que haja concordância com o termo rede.
c) Em “No Brasil as escolas se parecem mais com os bairros...”, é necessário emprego de vírgula após “No Brasil”.
d) Em “Elas têm, portanto, a cara do bairro.”, as vírgulas utilizadas podem ser retiradas sem que haja prejuízo gramatical.
e) Em “Essa diferença é enorme no Brasil.”, é obrigatório o emprego de vírgula antes da expressão “no Brasil”.
Gabarito: C
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a) Antecipando o destino que aquela relação amorosa conheceria − o convívio harmônico sempre celebrado −, os pais da
jovem serenamente abençoaram a união.
b) Identificados, os documentos originalmente dispersos, nas pastas, passou-se a catalogá-los; o que se fez no prazo mais
curto, que as circunstâncias permitiram.
c) A conferência que o autor pronunciou na Sorbonne, foi traduzida e publicada no Brasil, mas não, na íntegra.
d) Tanto os trajes masculinos quanto os femininos, foram incorporados aos bens da companhia, vendidos todos, a preço
muito inferior ao de mercado.
e) A promessa inicial feita a si mesmo e à irmã, cumpriu-se quando tinham ainda pouca idade mas ao que tudo indica,
conseguiram mantê-la em segredo por décadas.
Gabarito: A
Voltado para os problemas políticos específicos que viviam os pequenos principados italianos, quase todos submetidos a princípios tirânicos, Nicolau Maquiavel
(1469-1527) escreveu O Príncipe, obra considerada basilar da ciência política. Não espanta que esse pequeno tratado, concebido na Renascença, venha
até hoje servindo de inspiração para políticos de todas as inclinações e ideologias. Injustamente reconhecido como um texto de caráter maligno e cínico
– qualidades que perduram no emprego do adjetivo maquiavélico – O Príncipe é, na verdade, um conjunto de argutas análises do exercício concreto
do poder. Tem, também, um caráter prescritivo: dedicado ao jovem príncipe Lorenzo de Medicis, reúne inúmeros aconselhamentos pragmáticos,
apresentados como lições de sabedoria política.
Uma das contribuições desse tratado foi o deslocamento do conceito de virtude, que Maquiavel passa a compreender não mais em seu sentido moral, mas
como discernimento político, qualidade indispensável para um bom governante. Vale dizer: o pensador italiano evitou confundir Religião e Estado; separou
essas duas instâncias e dedicou-se a uma análise inteiramente objetiva dos mecanismos práticos que tanto permitem chegar ao poder como mantê-lo.
O leitor de Maquiavel acaba encontrando nesse texto admirável uma série de análises e revelações que permitem desmascarar os
habituais embustes das ideologias mais abstratas, dessas que se apegam a supostos princípios de validade universal para melhor encobrirem práticas de
proveito particular. Ou seja: além de ser útil aos "príncipes", essa obra continua sendo valiosa para todo aquele que queira se inteirar da lógica que
comanda as ações de quem deseja alcançar o poder e nele se manter.
(Dorival Santino)
(www.jornaldenegocios.pt. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) na ... à ... à ... às
b) com a ... da ... a ... à
c) na ... com a ... o ... das
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Gabarito: D
1 – Está correta quanto à regência verbal a seguinte frase: “Os alunos obedeceram às instruções da prova e responderam
ao questionário”.
2 – As duas frases a seguir, mantendo o mesmo sentido, estão corretas quanto à regência: “A enfermeira assistiu o médico
na operação” / “A enfermeira assistiu ao médico na operação”.
3 – “Banhou-se, barbeou-se e foi-se embora.” Nesta frase, temos exemplo de verbo pronominal.
4 – Na frase “Feijoada, o prato que todos os brasileiros gostam”, o verbo “gostar” é transitivo direto e, por isso, não é
precedido de preposição.
De fato, isso é um fenômeno nacional. Do 1º ao 5º ano, há uma melhoria mais acelerada, e do 6º ao 9º, com menos potência.
Há dois fenômenos. Um é interno: do 6º ao 9º ano muita coisa muda para a criança. Está passando para a adolescência e deixa
de ter uma professora para ter dez. E a escola não tem uma metodologia bem articulada para que todos os conhecimentos ali
passados façam sentido.
Há também uma questão externa. Adultos e crianças hoje são muito afetados por tecnologia, redes sociais, trocas de informação.
O mundo está muito dispersivo, e a aprendizagem exige foco e concentração.
É um desafio adicional para a escola. Além do desenvolvimento acadêmico e cognitivo – ler, escrever, fazer contas, interpretar
história –, a escola terá que se preocupar com o desenvolvimento de competências socioemocionais: metodologia para que as
crianças aprendam a administrar suas emoções, trabalhar em equipe, ter foco, persistência, resiliência.
O governo capixaba coordenou pesquisa para descobrir por que jovens de 14 a 29 anos deixaram a escola. Que política esse diagnóstico inspirou?
Esses jovens foram alunos de nossas escolas públicas e as abandonaram porque precisavam trabalhar, engravidaram, não
gostavam de estudar ou achavam a escola chata.
O que mais temos discutido é como envolver o jovem com a escola. Recentemente introduzimos o líder de turma, escolhido pelos
colegas para discutir soluções pela ótica dos alunos.
Por que projetos-piloto nem sempre dão os mesmos resultados na sala de aula?
Falta de treinamento é um motivo. O professor é absolutamente estratégico. É fundamental capacitar de um pon to de vista bem
operacional como ele trabalha com o aluno. O mundo mudou muito, as exigências são outras.
O trabalho do professor hoje é totalmente diferente, e as instituições formadoras ainda trabalham de forma tradicional. Fazem os
pesquisa e estamos gastando muita energia para definir a formação do professor do século 21.
Não nos cabe achar que hoje está pior ou melhor que no passado, mas nos programarmos para atender a criança no mundo de
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hoje, diverso, em que tudo é muito rápido, em que nada se sustenta, com profissões que nem existem mais e outras que a gente
nem imagina.
Como motivar se falamos de coisas de antigamente? É um desafio diferente. Os professores precisam ser capazes de ler o mundo
desses alunos.
(Ana Estela de Sousa Pinto e Érica Fraga. Folha de S.Paulo, 09.12.2017. Adaptado)
No mundo atual, há profissões de que não mais, e há outras com que nem .
Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectivamente, por:
a) necessitamos … sonhamos
b) praticamos … acreditamos
c) valorizamos … supomos
d) dependemos … pensamos
e) aceitamos … conjeturamos
Gabarito: A
CONTRATEMPOS
Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. Sempre faltou
tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música, faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite
para tanto filme, faltou ano para tanta vida.
Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com mais tempo que coisas para fazer com o
tempo.
As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica verde, e ficam em pé no avião esperando a
porta se abrir, e empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros
que você tem que ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.
Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa querendo saber onde é a próxima, e
chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando
chega a casa já está na hora de ir para o trabalho.
Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por isso sempre leu romances longos, e passou
tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando
tempo demais para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que nem sabiam que
estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a
chuva, ou comentar “e esse calor dos infernos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de
tempo, porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.
Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e
ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos pe rceberam
que a felicidade é uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante para perceber
que essa felicidade não faz o menor sentido.
A alternativa que apresenta, nos parênteses, regência verbal de acordo com a norma-padrão, em substituição à expressão
destacada no trecho do texto, é:
a) ... empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem (pisoteiam nas outras).
b) ...quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho. (dirigir-se no trabalho).
c) passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” (assistindo pela milésima
vez à segunda temporada).
d) ...e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo (conscientizaram-se que a felicidade).
e) ...se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo (dispusesse a tanto tempo).
Gabarito: C
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O rio Paraíba corria bem próximo ao cercado. Chamavam-no "o rio". E era tudo. Em tempos antigos fora muito mais estreito. Os marizeiros e as ingazeiras
apertavam as duas margens e as águas corriam em leito mais fundo. Agora era largo e, quando descia nas grandes enchentes, fazia medo. Contava-se o
tempo pelas eras das cheias. Isto se deu na cheia de 93, aquilo se fez depois da cheia de 68. Para nós meninos, o rio era mesmo a nossa serventia nos
tempos de verão, quando as águas partiam e se retinham nos poços. Os moleques saíam para lavar os cavalos e íamos com eles. Havia o Poço das Pedras,
lá para as bandas da Paciência. Punham-se os animais dentro d’água e ficávamos nos banhos, nos cangapés. Os aruás cobriam os lajedos, botando gosma
pelo casco. Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. O leito do rio cobria-se de junco e faziam-se plantações de batata-doce pelas
vazantes. Era o bom rio da seca a pagar o que fizera de mau nas cheias devastadoras. E quando ainda não partia a corrente, o povo grande do engenho
armava banheiros de palha para o banho das moças. As minhas tias desciam para a água fria do Paraíba que ainda não cortava sabão.
O rio para mim seria um ponto de contato com o mundo. Quando estava ele de barreira a barreira, no marizeiro maior, amarravam a canoa que
Zé Guedes manobrava.
Vinham cargueiros do outro lado pedindo passagem. Tiravam as cangalhas dos cavalos e, enquanto os canoeiros remavam a toda a força, os animais, com as
cabeças agarradas pelo cabresto, seguiam nadando ao lado da embarcação. Ouvia então a conversa dos estranhos. Quase sempre eram aguardenteiros
contrabandistas que atravessavam, vindos dos engenhos de Itambé com destino ao sertão. Falavam do outro lado do mundo, de terras que não eram de
meu avô. Os grandes do engenho não gostavam de me ver metido com aquela gente. Às vezes o meu avô aparecia para dar gritos. Escondia-me no fundo
da canoa até que ele fosse para longe. Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos na beira do rio e não havia ninguém. O Paraíba dava somente um nado e
corria no manso, sem correnteza forte. Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa comigo, e quando procurou manobrar era impossível. A canoa foi descendo
de rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força que pudesse contê-la. Pus-me a chorar alto, senti-me arrastado para o fim da terra. Mas Zé Guedes,
vendo a canoa solta, correu pela beira do rio e foi nos pegar quase que no Poço das Pedras. Ricardo nem tomara conhecimento do desastre. Estava
sentado na popa. Zé Guedes porém deu-lhe umas lapadas de cinturão e gritou para mim:
I. Na frase Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos na beira do rio e não havia ninguém (3º parágrafo), pode-se substituir "na"
por "à", mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido da frase.
II. Em ... enquanto os canoeiros remavam a toda a força... (3º parágrafo), pode-se acrescentar crase em "à toda a força", sem
prejuízo para a correção da frase.
III. No segmento As minhas tias desciam para a água fria do Paraíba... (1º parágrafo), pode-se substituir "para a" por "à", sem
prejuízo para a correção e, em linhas gerais, o sentido da frase.
Meu pai nunca entendeu que eu e minha irmã não tínhamos a mesma idade que ele. Isso não se restringia nós
nem mudou com o tempo: até hoje ele conversa com uma criança de três anos de igual para igual, o que faz com que elas o
adorem, como se o tom as promovesse a outro patamar. Quando você é filho, no entanto, a coisa é um pouco mais complicada.
Considerando-se a regência do verbo restringir, em destaque, a lacuna do trecho deve ser preenchida, de acordo com a norma -
padrão da língua portuguesa, com
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a) a
b) de
c) em
d) por
e) com
Gabarito: A
SÃO PAULO - Pesquisa da Faculdade de Educação da USP mostrou que quase metade dos alunos que in gressam nos cursos de
licenciatura em física e matemática da universidade não está disposta a se tornar professor. O detalhe inquietante é que
licenciaturas foram criadas exatamente para formar docentes.
A dificuldade é que, se os estudantes não querem virar professores, fica difícil conseguir bons profissionais e, sem eles, o sistema
de ensino brasileiro seguirá colecionando fracassos.
Embora exista muita polêmica sobre o que funciona ou não em educação, não há dúvida (1) a qualidade do professor é
fundamental. Trabalho de 2007 da consultoria McKinsey comparou sistemas de educação de todo o mundo e concluiu
(2) o elemento de maior
destaque nas redes de excelência era a capacidade de "escolher as melhores pessoas para se tornarem professores".
Na Coreia do Sul, por exemplo, os futuros mestres são recrutados entre os 5% de alunos com notas mais altas no equivalente ao
vestibular. Na Finlândia, os docentes são selecionados entre os "top ten". Por aqui, segundo levantamento de 2008 da Fundação
Lemann, apenas 5% dos melhores alunos do ensino médio pensam em abraçar o magistério. Ser professor no Brasil se tornou a
opção dos que não têm melhores opções.
Resolver essa encrenca é o desafio. Salários são por certo uma parte importante do problema, mas outros elementos, como
estabilidade na carreira e prestígio social, também influem. O tratamento quase reverencial que a socieda de coreana dispensa a
seus mestres ajuda a explicar o sucesso educacional do país.
Essas considerações tornam difícil a situação do Brasil, (3) precisa transitar de um modelo (4) os piores alunos
viram docentes para um que prime pela excelência. E, como o déficit de professores já é enorme (200 mil só na área de exatas),
teremos de achar um jeito de trocar o pneu com o carro em movimento.
Os cientistas familiarizados com a obra do historiador inglês marxista Eric Hobsbawm, falecido no ano passado, bem que poderiam tomar emprestado
o título de seu livro dedicado às transformações político-econômicas do século XX e empregá-lo para descrever o cenário climático previsto para o Brasil das
próximas décadas. Se o assunto são as mudanças climáticas, a era dos extremos (nome do livro de Hobsbawm) apenas se iniciou e, segundo os
pesquisadores, veio para ficar por um bom tempo. Em razão do aumento progressivo da concentração de gases de efeito estufa e de alterações na ocupação
do uso do solo, o clima no Brasil do final do século XXI será provavelmente bem diferente do atual, a exemplo do que deverá ocorrer em outras partes do
planeta.
As projeções constantes do primeiro relatório de avaliação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), apresentado no início de setembro, indicam
que a temperatura média em todas as grandes regiões do país, sem exceção, será de 3º a 6 ºC mais elevada em 2100 do que no final do século XX, a
depender do padrão futuro de emissões de gases de efeito estufa. As chuvas devem apresentar um quadro mais complexo. Em biomas como a
Amazônia e a caatinga, a quantidade estimada de chuvas poderá ser 40% menor. Há indícios de que poderá chover significativamente mais nas
porções de mata atlântica do Sul e do Sudeste e menos na do Nordeste, no cerrado, na caatinga e no pantanal. Os efeitos da citada diminuição se farão sentir
na vazão total das grandes bacias hidrográficas. A do rio São Francisco e a do rio Parnaíba, por exemplo, poderão ter seu caudal reduzido
significativamente.
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José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais − INPE, que trabalha com projeções futuras a partir de modelos regionais do clima, diz: “A
sensação é de que as estações estão meio ‘loucas’, com manifestações mais frequentes de extremos climáticos”. A expressão significa que os brasileiros
vão conviver mais tanto com períodos de seca prolongada, como com períodos de chuva forte, às vezes um após o outro.
Um dos setores mais vulneráveis a essas transformações, se de fato ocorrerem, é a agropecuária. Culturas como soja, café e feijão veriam sua
produtividade regredir. No pior cenário, poderia haver perdas de até R$ 7 bilhões ao ano.
Tais predições não são infalíveis, mas, à medida que o conhecimento avança, as incertezas se reduzem − e não há sinais de que o consenso científico se
afaste da convicção de que o aquecimento em curso é provocado pelo homem.
Por outro lado, encontra-se quase estagnada a negociação internacional para redução das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil diminuiu bastante as
suas, com a queda drástica do desmatamento, mas o efeito disso sobre o clima mundial é ínfimo.
Parece ocioso, nesse contexto, perpetuar a discussão sobre o quinhão de responsabilidade humana na mudança do clima. Se ela é real, cabe dar prioridade
para a adaptação da economia aos efeitos sobre os quais houver grau razoável de segurança.
(Adaptado de: PIVETTA, Marcos. Pesquisa FAPESP, Agosto de 2013; e de "Choque térmico". Editorial da Folha de S. Paulo,
13/09/2013, p. 2
A)
... e não há sinais de que o consenso científico se afaste da convicção de que o aquecimento em curso é provocado pelo homem.
Tendo como parâmetro a modalidade escrita formal, observa-se que, na frase acima, os segmentos destacados estão
apropriadamente empregados, como ocorre com ambos os elementos sublinhados em:
a) Incumbiram-no a revisão de muitos documentos e mesmo assim ele não incorreu em atraso.
b) Assegurou-lhe de que seria o próximo a receber promoção, mas não tinha tanta certeza de que pudesse cumprir a
promessa.
c) Ele é perito a analisar pinturas do século XVI, por isso é sempre recomendado aos que buscam por uma avaliação séria.
d) Procurado pela estudiosa, o filho do escultor dispôs-lhe acesso às cartas do pai recém-falecido.
e) A sua sensatez de seguir a constituição a risca faz dele um juiz dos mais competentes.
Gabarito: D
Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões pela pura sonoridade. Menino
pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse não saber, dei a deixa:
“Tão longe, de mim distante, Ondirá, Ondirá, teu pensamento?” Ganhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat
King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila. Neila
Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal?
Gabarito: B
Vizinho,
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Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor
reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua
veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é
explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao r epouso
noturno e é impossível repousar no 903, quando há vozes, passos e música no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir, quando
o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números
empilhados entre dezenas de outros. Eu, o 1003, me limito, a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao S ul pelo Oceano Atlântico,
ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e
silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apena s nos
agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em
diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se
retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará
até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser
tolerada, quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-
lhe desculpas – e prometo silêncio.
... Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do ou tro e dissesse:
"Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou." E o outro respondesse: "Entra, vizinho, e come de
meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bel a."
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a
Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente, as expressões em destaque nas frases:
a) ... o senhor opunha-se ao barulho em meu apartamento.../ Quem trabalha o dia inteiro faz jus ao repouso noturno.../ ...
bramimos em consonância com a maré, com os ventos e com a lua.
b) ... o senhor opunha-se ao barulho em meu apartamento.../ Quem trabalha o dia inteiro faz jus do repouso noturno.../ ...
bramimos em consonância a maré, os ventos e a lua.
c) ... o senhor opunha-se o barulho em meu apartamento.../ Quem trabalha o dia inteiro faz jus ao repouso noturno.../ ...
bramimos em consonância da maré, dos ventos e da lua.
d) ... o senhor opunha-se contra o barulho em meu apartamento.../ Quem trabalha o dia inteiro faz jus do repouso noturno.../
... bramimos em consonância com a maré, os ventos e a lua.
e) ... o senhor opunha-se o barulho em meu apartamento.../ Quem trabalha o dia inteiro faz jus o repouso noturno.../ ...
bramimos em consonância com à maré, os ventos e à lua.
Gabarito: A
A propagação de notícias falsas já mostrou seu poder de influenciar eleições e dividir sociedades, potencializando preconceit os e
ódios. Que efeito terá em crianças e jovens que não receberam uma formação para a leitura de notícias?
Sem entender o que se passa ao redor, as crianças não se sentem parte da sociedade. Elas ouvem, principalmente pela televisão,
e leem na internet o que está circulando no momento. Percebem quando algo de grave ocorre, até porque podem viver em casa
o problema estampado nas manchetes dos jornais, como o desemprego dos pais.
Já ouviram falar de fake news, mas não sabem em quem confiar nem como identificar a credibilidade de uma informação, além
de que diferenciar informação de opinião é difícil para elas.
Como muitos adultos também se mostram incapazes de detectar uma notícia falsa, as crianças acabam muitas vezes sem
orientação, ficam à margem do debate.
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Encontra-se aí um grave problema: se elas não tiverem formação para ler notícias e não exercitarem o senso crítico para se
protegerem de informações mentirosas, iremos perder uma geração inteira que poderia (e deveria) promover as mudanças que
tanto queremos.
As crianças são curiosas por natureza e querem se informar. Além disso, têm o direito de acesso às mídias e de participação n o
debate público assegurado pela Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.
A experiência mostra que, tendo acesso a notícias adequadas aos seus repertórios e contextualizadas, sentem-se parte da
sociedade e tornam-se mais autônomas.
Em várias ocasiões, impressionei-me com o protagonismo dos leitores mirins. Crianças de uma região carente do interior de São
Paulo, que leram os textos sobre a crise dos refugiados sírios, organizaram um brechó com suas próprias roupas e entregaram o
dinheiro a algumas famílias de refugiados que estão no Brasil.
Outras, tendo lido sobre o problema da obesidade infantil no Brasil, mobilizaram-se para organizar uma olimpíada. Algumas
explicaram a seus pais o que significa impeachment.
O problema das fake news é mais grave do que se imagina. Caso não seja combatido desde a base, teremos crianças e jovens
deixando de ler ou descrentes até de veículos com credibilidade.
Isso os deixará paralisados, sem saber como agir e vulneráveis a toda espécie de manipulação.
Jovens e crianças bem informados entendem o que se passa ao redor, formam as próprias opiniões e se tornam cidadãos críticos
e ativos.
Não há maneira de controlar o que nossos filhos leem ou veem, mas podemos incluí-los no debate, compartilhar e discutir notícias
com eles, ensinando-os a buscar fontes confiáveis e a exercitar o senso crítico.
Se perdermos essa geração para as fake news, que líderes teremos e o que eles farão pelo Brasil daqui a 20 anos?
(Stéphanie Habrich, diretora executiva do jornal “Joca”, voltado para jovens e crianças. Folha de S.Paulo,
19.02.2018. Adaptado)
Sem entender o que ocorre no mundo, crianças e jovens são levados uma atitude de passividade, pois, sem as ferramentas
para analisar os fatos criteriosamente, não chegarão ser cidadãos ativos. Não podemos perder essa nova geração,
qual atribuímos o futuro do país.
Em conformidade com as regras de emprego do sinal indicativo de crase, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, por:
a) à…a…à
b) à…à…à
c) à…à…a
d) a…a…à
e) a…à…a
Gabarito: D
O diabo-da-tasmânia está em risco de extinção, juntamente com grande parte da incomparável vida selvagem que faz da
Austrália um lugar tão único e enigmático. No entanto, as pressões da vida moderna não atinge m apenas a fauna local.
Embora a Austrália seja famosa em todo o mundo por sua biodiversidade, para o professor de linguística Ghil’ad Zuckermann, o
país gera outro fascínio: suas línguas. Antes da chegada dos colonizadores europeus, a Austrália costumava ser uma das áreas
com maior diversidade linguística do mundo, com cerca de 250 línguas diferentes.
Devido, em parte, ao longo isolamento geográfico, muitas delas desenvolveram estruturas gramaticais e conceitos completamente
diferentes quando comparadas com outras ao redor do mundo. Uma dessas línguas, a Guugu Yimithirr, a qual é falada no norte
do Estado de Queensland, deu ao mundo a palavra “canguru”.
Mas, de acordo com o Censo australiano de 2016, o Guugu Yimithirr tem apenas 775 falantes nativos vivo s atualmente – e esse
número está caindo. Das 250 línguas faladas antes da chegada dos colonos, todas, com exceção de 13, são consideradas de “alto
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risco de extinção” nos dias de hoje, e pouca gente presta atenção nisso.
“Acredito que a maioria das pessoas se preocupa mais com os animais em risco de extinção do que com línguas em risco de
extinção”, explica Zuckerman. “A razão para isso é que os animais são tangíveis e, assim, as pessoas conseguem entender a
importância da biodiversidade muito mais do que a importância da diversidade linguística.”
Zuckermann sustenta que preservar essa diversidade linguística é extremamente importante. Para comunidades indígenas na
Austrália e no mundo, que ainda estão lutando contra o legado da colonização, ser capaz de falar sua língua ancestral é, portanto,
uma questão de empoderamento e recuperação da identidade.
Quanto ao emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa cuja frase está redigida conforme a norma-padrão da
língua portuguesa.
a) Algumas línguas chegam à ser completamente extintas, por falta de alguém que as registre.
b) O diabo-da-tasmânia é um mamífero que tem uma dieta à base de carniça, frutos e plantas que encontra.
c) A busca por falantes de línguas ancestrais se deve à uma necessidade de preservar essas línguas.
d) Ghil’ad Zuckermann é um professor que gosta de falar à respeito de línguas como a Guugu Yimithirr.
e) Conscientizar o próprio falante de uma língua em risco de extinção abre os horizontes à novas possibilidades.
Gabarito: B
Felicidade
Felicidade é pássaro irrequieto concebido para a liberdade. Mal pousa em nosso espírito, já bate as asas. Contra todas as
evidências, no entanto, vivemos na ilusão de um dia aprisioná-lo.
Na infância, a felicidade faz visitas mais demoradas. É a única fase em que conseguimos acordar, passar o dia inteiro e ir para a
cama felizes, por dias consecutivos. A primeira da qual tenho lembrança aconteceu aos 7 anos. Nasci num bairro cinzento em que
o apito das fábricas marcava a rotina das famílias. Para avistar uma árvore, era preciso andar até o largo na frente da Igreja de
Santo Antônio, a vários quarteirões de distância. Naquelas férias de janeiro, meus tios me levaram com meu irmão para uma
fazenda a muitas horas de São Paulo, na companhia de seis primos com idades próximas às nossas. Pela primeira vez montei
num cavalo, nadei em riacho, senti nos ombros o impacto de uma cachoeira, chupei manga trepado na árvore e joguei bola num
gramado.
Como as memórias carregadas de emoção ficam impregnadas nas profundezas da consciência, tendemos a esquecer experiências
que trouxeram prazer, para dar prioridade às que nos fizeram sofrer. Lembro de detalhes do dia da morte de minha mãe, com
mais nitidez do que da viagem a trabalho que fiz ao Acre, três semanas atrás.
Na vida adulta, a felicidade costuma nos visitar em situações que veem ao encontro de expectativas íntimas. A duração da visi ta
dependerá da intensidade do desejo, do esforço para atingir aquele objetivo, do valor dado a ele e da ansiedade com que
aguardávamos o desfecho. Nos adultos, a felicidade chega em ondas de cristas à meia altura, contidas pelo entulho das
contradições mesquinhas do cotidiano. Explosões que levam às fronteiras com a loucura, só conhecem os que vivem uma paixão
amorosa ou situações excepcionais como a do nascimento de um filho, de uma neta ou a do jogador que faz o gol da vitória na
final do campeonato.
A maturidade, no entanto, não me fez desistir de correr atrás da felicidade suprema, embora saiba que ela será episódica e fugaz,
fatalmente turvada por pensamentos invasores e pela maldita insatisfação humana, até acabar confinada ao quarto de despejo do
subconsciente.
No trecho “... tendemos a esquecer experiências que trouxeram prazer, para dar prioridade às que nos fizeram sofrer.” (3º
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parágrafo) a expressão destacada encontra substituto correto, quanto à regência da norma-padrão da língua, em:
a) priorizar das.
b) priorizar às.
c) priorizar nas.
d) priorizar as.
e) priorizar para as.
Gabarito: D
É fácil entender por que os advogados estão aprimorando suas técnicas de júri. Enquanto um juiz julga com base no código legal,
o júri segue convicções pessoais. “Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por ciência”, diz Mauro Otávio
Nacif, criminalista que já trabalhou na defesa de 800 casos, como o de Suzane von Richthofen, condenada em 2006 pelo
assassinato dos pais. Por isso, advogados têm de atingir a razão e também o coração dos jurados. Nos EUA, uma indústria se
formou só para pesquisar como os jurados absorvem explicações e que tecnologias dariam mais credibilidade aos argumentos de
advogados. Lá, processos envolvendo empresas também podem ir a júri, e uma decisão passional pode custar indenizações
milionárias ao réu. Com dinheiro em jogo, os americanos trataram de criar armas sofisticadas para influenciar os jurados.
Considerando-se o emprego do acento indicativo da crase, no trecho – … e uma decisão passional pode custar indenizações
milionárias ao réu. – a expressão ao réu pode ser corretamente substituída por
a) à um condenado pela lei.
b) à quem for condenado.
c) à uma pessoa que for condenada.
d) àquele que for condenado.
e) à alguém que seja condenado.
Gabarito: D
Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de
habilidades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas por empregadores, de acordo
com lista do LinkedIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. Esse cenário descrito pela
pesquisa é um retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas não viram isso acontecer”, diz
Leandro Herrera, fundador da Tera.
O vocábulo chave, em destaque no primeiro parágrafo, tem substituto correto quanto à concordância e adequado ao significado,
no contexto, em
a) “essenciais”, e está empregado com sentido figurado.
b) “importante”, e está empregado com sentido próprio.
c) “excessivo”, e está empregado com sentido figurado.
d) “requeridos”, e está empregado com sentido próprio.
e) “novidade”, e está empregado com sentido próprio.
Gabarito: A
“A saúde não é um brinquedo político, ela deve ser usada para promover o bem-estar e a qualidade de vida. E isso só vai
acontecer quando nos comprometermos a fazer da atenção primária à saúde a base da assistência universal.”
A afirmação é do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a assinatura
nesta quinta (25/10/2018) de um acordo internacional em Astana, capital do Cazaquistão, em que 194 países membros da OMS,
incluindo o Brasil, comprometeram-se a fortalecer a atenção primária.
Chamado de “Declaração de Astana”, o acordo também comemora o 40º aniversário da histórica Declaração d e Alma Alta, que
exortou o mundo a fazer dos cuidados primários de saúde o pilar da cobertura universal de saúde em 1978.
Ocorre que, embora nos últimos 40 anos a expectativa de vida tenha aumentado e a mortalidade infantil, caído pela metade, por
exemplo, o progresso em saúde tem sido desigual e injusto entre países e dentro dos países.
“Devemos reconhecer que não alcançamos esse objetivo [saúde para todos]. Em vez de saúde para todos, conseguimos saúde
para alguns. Temos ficado muito focados em combater doenças específicas, muito focados no tratamento, em detrimento da
prevenção de doenças”, disse Ghebreyesus.
Quase metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde e, segundo a OMS, 100 milhões de pessoas
são empurradas para a pobreza a cada ano por causa de gastos catastróficos em saúde. A atenção primária à saúde pode
fornecer de 80% a 90% das necessidades de saúde de uma pessoa durante sua vida.
A Declaração de Astana aponta a necessidade de uma ação multissetorial que inclua tecnologia, conhecimento científico e
tradicional, juntamente com profissionais de saúde bem treinados e remunerados, e participação das pessoas e da comunidade
para que seja alcançada a tão sonhada saúde para todos com qualidade.
• A Declaração de Alma Alta e a Declaração de Astana preocupação em fortalecer a atenção primária à saúde.
• As ações em saúde ficado muito em combater doenças específicas, em detrimento da prevenção de doenças.
• De acordo com a Declaração de Astana, uma ação multissetorial que inclua tecnologia, conhecimento científico e
tradicional.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas dos enunciados devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) revela ... têm ... focadas ... é necessária
b) revelam ... tem ... focados ... é necessário
c) revelam ... têm ... focadas ... é necessária
d) revela ... tem ... focado ... é necessário
e) revelam ... têm ... focado ... é necessário
Gabarito: C
Ciência e esoterismo
Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê da irresistível atração que tantas pessoas têm pelo esoterismo, pelo que
está além do que chamamos de fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. Por trás desse fascínio
encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a
atração pelo esoterismo força as pessoas a uma autorreflexão que pode ser muito importante como veículo de
autoconhecimento.
Mas como físico cabe a mim fazer o papel de chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos esotéricos no
mundo natural. O fato é que as “provas” que costumam ser oferecidas, nesses casos, misteriosamente se recusam a sobreviver
quando testadas no laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada. Os cientistas n ão
precisam “acreditar” nos resultados de outro cientista: basta repetir o experimento em seu próprio laboratório, em co ndições
idênticas, e os mesmos resultados devem ser encontrados.
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(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. Retalhos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras,
1999, p. 43-44)
Sou um animal político ou apenas gostaria de ser? Estou preparado? Posso entrar na militância sem me engajar num partido? Nunca pertencerei a um
partido, isto eu já decidi. Resta o problema da ação política com bases individualistas, como pretende a minha natureza. Há uma contradição insolúvel
entre minhas ideias ou o que suponho minhas ideias, e talvez sejam apenas utopias consoladoras, e minha inaptidão para o sacrifício do ser particular,
crítico e sensível, em proveito de uma verdade geral, impessoal, às vezes dura, senão impiedosa. Não quero ser um energúmeno, um sectário, um passional
ou um frio domesticado, conduzido por palavras de ordem. Como posso convencer a outros se não me convenço a mim mesmo? Se a inexorabilidade, a
malícia, a crueza, o oportunismo da ação política me desagradam, e eu, no fundo, quero ser um intelectual político sem experimentar as
impurezas da ação política?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. O observador no escritório. Rio de Janeiro: Record, 1985, p. 31)
O verbo entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na seguinte frase:
a) Nas contradições insolúveis configuram-se os dilemas que (incitar) a nossa capacidade de reflexão e de escolha.
b) Aos indivíduos que vivem de utopias (restar) avaliar o peso que pode advir de muitas frustrações.
c) Àqueles que alimentam convicções partidárias (cumprir) seguir linhas de ação já definidas.
d) Manifestam-se para o poeta dilemas que (aturdir) todo indivíduo que não renuncia às convicções mais pessoais.
e) Às linhas de ação mais rigorosas de um partido (costumar) opor-se a inclinação individualista do artista.
Gabarito: E
Não é que ele seja superficial. Fellini também é um superficial e substitui as ideias pelo barroquismo de imagem. Está certo, a
imagem inteligente é uma das formas que o cinema tem de ser profundo. Truffaut não se interessa em ser profundo. A primeira
mágica do cinema, o fato do cinema em si, já basta como fascínio. Nada de muito extraordinário acontece em A noite americana,
e a grande homenagem de Truffaut ao cinema é transformar o fato corriqueiro de um filme sendo feito num espetáculo
extraordinário. Truffaut, como todos da sua geração, começou no cinema pelo deslumbramento. A diferença entre ele e o resto é
que ele continua deslumbrado. Durante as quase duas horas de A Noite americana, o cinema reina e nos emociona.
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O verbo que se flexionará no plural para concordar corretamente com o sujeito da oração está entre colchetes em:
a) Entre os maiores ícones da história do cinema do século 20, [estar] o parisiense François Truffaut.
b) Algumas das temáticas mais abordadas na obra de Truffaut [ser] a infância, a paixão e as mulheres.
c) A obra de grande parte dos cineastas contemporâneos [conter] referências ao trabalho de Truffaut.
d) A noite americana [vencer] diversos prêmios em 1974, incluindo o Oscar de melhor filme estrangeiro.
e) [Ter] participações nos filmes de François Truffaut a premiada atriz francesa Catherine Deneuve.
Gabarito: B
Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata a inferioridade que o brasileiro voluntariamente se impõe perante o resto do
mundo. Para o cronista, esse complexo teria sido superado com o título mundial de 1958. Isso ao menos entre as quatro linhas,
onde construímos um futebol único e nos tornamos os maiores e os melhores.
Tínhamos o patrimônio do futebol-arte, remédio para qualquer problema de autoestima. Mas sofremos um duro golpe narcísico
com uma nova derrota em casa na última Copa. O “futebol-totem”, a verdade em torno da qual nos aglutinávamos reforçando
uma identidade nacional, ruiu. Ainda somos os melhores?
É como se andássemos carregando uma coroa oxidada. No íntimo ferido, a necessidade da autoafirmação, “somos os melhores”.
Ao mesmo tempo, na superfície, a mágoa e o rancor ao nos afirmarmos profundamente inferiores.
Aprisionados nessa conflituosa ambiguidade, inferiorizar o futebol brasileiro parece ser o mote das críticas e cobranças de b oa
parte da mídia. Carecendo de novas verdades, “profetas” anunciam caminhos, vendem verdades que pouco servem à evolução de
nosso futebol. Aplaudem mais as medidas e o futebol de outros países, como se o autoelogio ou o reconhecimento do Brasil
fosse uma espécie de tabu.
É verdade que a globalização misturou estilos e fez o futebol crescer pelo mundo. Devemos ver o que de bom é produzido lá fora
e descobrir como podemos aproveitar. Mas o aplauso ao outro, por vezes, não soa simplesmente como a admiração ao belo e ao
sublime produzido no futebol. No fundo, para o narciso ferido, aponta para uma falta, como se a afirmação do outro fosse a sua
própria negação. Retomamos, então, o “Narciso às avessas” de Nelson, que cospe na própria imagem, afirmando que aqui nada
presta e que o que é produzido lá fora é o ideal.
Falamos da ativação de um complexo que acaba por desvalorizar elementos tradicionalmente brasileiros, favorecendo uma
paulatina descaracterização de nosso futebol. É de se perguntar: se Garrincha fizesse seu dri ble hoje, quão execrado pela mídia
ele poderia ser pela falta de objetividade e menosprezo ao adversário? Críticas como essas possuem suas raízes em um modo
europeu de se analisar o futebol. Estranhamos essas críticas — desrespeitosas, por sinal — a uma geração de jogadores
brasileiros que fazem parte da maioria estrangeira no campeonato de clubes mais valorizados.
Questão 90: VUNESP - Ana (Pref SP)/Pref SP/Planejamento e Desenvolvimento Organizacional/Tecnologia da Informação e
Comunicação/2015
Assunto: Concordância (Verbal e Nominal)
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A atual falta de água em São Paulo já virou motivo de piada. Charges, montagens e até samba (“Saudade dos tempos de
enchente”) foram criados para chamar a atenção sobre o tema. É, “a coisa tá feia... mas, se você quer chorar, chora lá na
Cantareira”, brincam os autores do samba. Você sabia que, já no início do século 20, o humor também foi usado para retratar o
mesmo problema? O choque da urbanização da cidade, o aumento da população com a vinda dos imigrantes, o crescimento
desordenado e a falta de estrutura local em uma grande crise hídrica. A Cantareira, recursos
ficam cada vez mais escassos, não deu conta de abastecer parte da população naquela época.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) resultaram ... cujos
b) resultou ... cujo os
c) resultaram ... aonde os
d) resultou ... onde os
e) resultou ... que os
Gabarito: A
Embora o meu vocabulário seja voluntariamente pobre – uma espécie de Brasileiro Básico – a única leitura que jamais me cansa é a dos dicionários. Variados,
sugestivos, atraentes, não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada* do começo ao fim. Meu trato com eles é puramente
desinteressado, um modo disperso de estar atento... E esse meu vício é, antes de tudo, inócuo para o leitor.
Na minha adolescência, todo e qualquer escritor se presumia de estilista, e isso, na época, significava riqueza vocabular... Imagine-se o mal que deve
ter causado a autores novos e inocentes o grande estilista Coelho Neto: grande infanticida, isto é o que ele foi.
Orgulhávamo-nos, como das nossas riquezas naturais, da opulência verbal de Rui Barbosa. O seu fraco, ou o seu forte, eram os sinônimos. (...)
Gabarito: E
Campo e cidade
“Campo” e “cidade” são palavras muito poderosas, e isso não é de estranhar, se aquilatarmos o quanto elas representam na vivência das comunidades
humanas. O termo inglês country pode significar tanto “país” quanto “campo”; the country pode ser toda a sociedade ou só a parte rural. Na longa história
das comunidades humanas, sempre esteve bem evidente essa ligação entre a terra da qual todos nós, direta ou indiretamente, extraímos nossa
subsistência, e as realizações da sociedade humana. E uma dessas realizações é a cidade: a capital, a cidade grande, uma forma distinta de civilização.
Em torno das comunidades existentes, historicamente bastante variadas, cristalizaram-se e generalizaram-se atitudes emocionais poderosas. O campo
passou a ser associado a uma forma natural de vida – de paz, inocência e virtudes simples. À cidade associou-se a ideia de centro de realizações – de
saber, de comunicações, de progresso. Também constelaram-se poderosas associações negativas: a cidade como lugar de barulho, mundanidade e
ambição; o campo como lugar de atraso, ignorância e limitação. Além disso, em nosso próprio mundo, entre os tradicionais extremos de campo e cidade
existe uma ampla gama de concentrações humanas: subúrbio, cidade dormitório, favela, complexo industrial, centro tecnológico etc.
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A visão que se pode ter do campo ou da cidade pode variar conforme a perspectiva pessoal. Vejam-se estes versos do poeta inglês Wordsworth, do século
XIX, vindo do campo e chegando a Londres pela manhã, compostos a partir de sua primeira visão da cidade:
É bem verdade que se trata de uma visão da cidade antes da azáfama e do barulho do dia de trabalho; porém não há como não reconhecer esse
sentimento de entusiasmo diante de um grande aglomerado de metas e destinos humanos.
Ao flexionar-se, o verbo indicado entre parênteses deve concordar com o elemento sublinhado na seguinte frase:
a) Não (ser) de estranhar que haja tantas opiniões contraditórias acerca da vida na cidade ou no campo.
b) É difícil evitar que se (constelar), em torno da cidade, muitas associações negativas.
c) Em nossa época se (cristalizar) juízos mais favoráveis à vida no campo do que à da cidade.
d) Não (propiciar) uma visão harmônica da cidade os vários ritmos impostos pelo progresso.
e) (Ressaltar) nos versos do poeta Wordsworth sua admiração pelos ícones arquitetônicos de Londres.
Gabarito: B
Questão 93: FCC - AJ (TJ RJ)/TJ RJ/Comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso/2012
Assunto: Concordância (Verbal e Nominal)
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Ao contrário do que se pensa, a carreira de Clarice Lispector não foi uma sucessão de facilidades. Já o seu livro de estreia, Perto do coração selvagem,
esbarrou na incompreensão de alguns críticos e foi recusado por mais de uma editora.
A voz nova e solitária em seguida iria encontrar obstáculos na publicação de seus outros livros. O lustre levou anos até aparecer. Clarice se encontrava no
exterior e os amigos aqui no Rio tentavam encontrar um editor de boa vontade. Fernando Sabino, que costumava ser invencível nessa matéria, ainda não
tinha a experiência que só depois viria a ter, e fazia as vezes de agente literário da amiga, nem sempre bem-sucedido. O nome de Clarice,
prejudicado pela sua ausência, tinha aqui pequena repercussão.
Quem sabe das dificuldades que Clarice enfrentou vê com alegria o reconhecimento que seu nome alcança e sua irradiação pelo mundo. Personalíssima na
dicção brasileira, a universalidade de sua obra vai ampliando o clube de seus devotos. No Canadá, Claire Varin aprendeu português para lê-la no original.
E descobriu a idade da escritora, que nasceu em 1920 e não em 1925, como está dito por toda parte. Se foi Clarice que mudou a data, já não faz sentido
manter o erro por simples respeito a uma faceirice momentânea.
Gabarito: E
A recente confirmação da descoberta, anunciada inicialmente em 2006, de reservas expressivas de petróleo leve de boa qualidade e gás na Bacia de Santos é
uma notícia auspiciosa para todos os brasileiros. A possibilidade técnica de extrair petróleo a mais de
6 mil metros de profundidade eleva o prestígio que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube das megaempresas mundiais
de petróleo e energia, onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã. [...]
O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por dois motivos. Mais do que com dificuldades de exploração e de extração, o mundo sofre com a falta de
capacidade de refino moderno, para produzir derivados com baixos teores de enxofre e aromáticos. Ao mesmo tempo, confirma-se em nosso hemisfério a
cruel realidade de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se estão esgotando. Isso sem contar o natural aumento da demanda
argentina por gás. Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de resinas termoplásticas para toda a região, sendo cerca de um terço
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delas destinado ao Brasil. A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando estes dois fantasmas
nos assombram, abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é úmido e rico em etano,
excelente matéria-prima para a petroquímica. Queimá-lo em usinas térmicas para gerar eletricidade ou para uso veicular seria um enorme desperdício.
Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. O mundo está sedento por gasolina e diesel especiais, mais limpos,
menos poluentes. O maior foco desta demanda são os Estados Unidos, que consomem 46% de toda a gasolina do planeta, mas esta é uma tendência que
se vem espalhando como fogo em palha. O Brasil ainda tem a felicidade de dispor de etanol de biomassa produzido de forma competitiva, que pode somar-se
aos derivados de petróleo para gerar produtos de alto valor ambiental.
(Adaptado de Plínio Mario Nastari. O Estado de S. Paulo, Economia, B2, 28 de dezembro de 2007)
O termo grifado que poderia ser corretamente empregado na forma de feminino plural, sem alteração do sentido original, é:
a) A recente confirmação da descoberta, anunciada inicialmente em 2006 ...
b) ... é uma notícia auspiciosa para todos os brasileiros.
c) A possibilidade técnica de extrair petróleo a mais de 6 mil metros de profundidade ...
d) ... sendo cerca de um terço delas destinado ao Brasil.
e) ... de dispor de etanol de biomassa produzido de forma competitiva ...
Gabarito: D
Já pelos meus dez anos ocupava eu um posto na Secretaria da Fazenda. A ocupação era informal, não implicava proventos ou tempo para a
aposentadoria, mas o serviço era regular: acompanhava meu pai, que era fiscal de rendas, em suas visitas rotineiras aos comerciantes da cidade. Cada
passada dele exigia duas das minhas, e eu ainda fazia questão de carregar sua pasta, pesada de processos. Tanto esforço tinha suas compensações: nos bares
ou padarias, o proprietário lembrava-se de me agradar com doce, salgado ou refrigerante - o que configurava, como se vê, uma espécie de pacto
entre interesseiros. Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda que vagamente, da sombra da autoridade que emana de um fiscal de rendas.
Para fazer justiça: autoridade mesmo meu pai só mostrava diante desses grandes proprietários arrogantes, que se julgam acima do bem, do mal e do fisco. E
ai de quem se atrevesse a sugerir um "arranjo", por conta da sonegação evidente...
Gostava daquele fiscal. Duro no trato com os filhos e com a mulher, intempestivo e por vezes injusto ao julgar os outros, revelava-se um coração
mole diante de um comerciante pobre e em débito com o governo. Nessas situações, condescendia no prazo de regularização do imposto e instruía o pobre-
diabo acerca da melhor maneira de proceder. Ao dono de um botequim da zona rural - homem viúvo, carregado de filhos pequenos, em situação quase
falimentar - ajudou com dinheiro do próprio bolso, para a quitação da dívida fiscal.
Meu estágio em tal ocupação também aumentou meu vocabulário: conheci palavras como sisa, sonegação, guarda-livros, estampilha, mora e outras
tantas. A intimidade com esses termos não implicava que lhes conhecesse o sentido; na verdade, muitos deles continuam obscuros para mim até hoje. De
qualquer modo, não posso dizer que nunca me interessou a profissão de fiscal de rendas.
Uma outra redação correta do que se afirma na frase Cada passada dele exigia duas das minhas é:
Gabarito: A
Numa coluna publicada na Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari evocava o drama recente de um navio de crianças escravas errando ao largo
da costa do Benin. Ao ler o texto - que era inspirado -, o navio tornava-se uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva, mistura de leprosário
com campo de extermínio e reserva de mão-de-obra para migrações desesperadas.
Elio Gaspari propunha um termo para designar esse povo móvel e desesperado: "os cidadãos descartáveis". "Massas de homens e mulheres são
arrancados de seus meios de subsistência e jogados no mercado de trabalho como proletários livres, desprotegidos e sem direitos." São palavras de Marx,
quando ele descreve a "acumulação primitiva", ou seja, o processo que, no século XVI, criou as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.
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Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem, à força, expropriados do
pedacinho de terra que podiam cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram, assim, paradoxalmente livres da servidão, mas
obrigadas a vender seu trabalho para sobreviver.
Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não deveria ter acabado? Ao que parece, o século XX pediu uma espécie de segunda
rodada, um ajuste: a criação de sujeitos descartáveis globais para um capitalismo enfim global.
Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma diferença - pequena, mas substancial - entre as massas do século XVI e os migrantes da
globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os segundos são expropriados de seu lugar pela violência da fome, por exemplo,
mas quase sempre eles recebem em troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus: sonhos
de posse, de bem-estar e de ascensão social.
As condições para que o capitalismo invente sua versão neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna essa passagem possível é
psicológica: necessita que sejamos arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência, mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para
sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipoteticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e serviços. Arrancados de nós mesmos,
deveremos querer ardentemente ser algo além do que somos.
Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho, a "acumulação primitiva" do neoliberalismo nos oferece a liberdade de mudar e
subir na vida, ou seja, de cultivar visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso. E, desde o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A
partir dos anos 60, a televisão forneceu os sonhos para que o campo não só devesse, mas quisesse, ir para a cidade.
O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de
alimentar um sonho infinito de perfectibilidade e, portanto, uma insatisfação radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e vender objetos e serviços
por eles serem indispensáveis para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda
satisfação conclusiva permaneça impossível.
Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração; é alimentar nele sonhos de
elegância perfeita, casa perfeita e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o sentimento de nossa inadequação e garantem, assim, que ele seja parte
inalterável, definidora, da personalidade contemporânea.
Provavelmente seria uma catástrofe se pudéssemos, de repente, acalmar nossa insatisfação. Aconteceria uma queda total do índice de
confiança dos consumidores. Bolsas e economias iriam para o brejo. Desemprego, crise, etc.
Melhor deixar como está. No entanto, a coisa não fica bem. Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que o permanente sentimento
de inadequação faz do sujeito neoliberal uma espécie de sonhador descartável, que corre atrás da miragem de sua felicidade como um trem
descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por inércia - até que os trilhos não agüentem mais.
Nota: O autor desse texto, Contardo Calligaris, é psicanalista e foi professor de estudos culturais na New School de Nova York. Faz
parte do corpo docente do Institute for the Study of Violence, em Boston. É também colunista da Folha de S. Paulo.
Na proposta de uma nova redação para uma frase do texto, cometeu-se um deslize quanto à concordância verbal em:
a) Não teriam sido suficientes quatro ou cinco séculos para que se extinguissem de vez as manifestações de violência
principiadas no século XVI?
b) Fez-se necessária não só a criação, mas também a multiplicação de sujeitos descartáveis para que se caracterizassem as
condições de um capitalismo globalizado.
c) Vendam-se os mesmos sabonetes ou filmes para todos, o principal requisito dos procedimentos neoliberais vai além disso, e
atende a exigências que são de alta sofisticação.
d) Devem-se notar, comparando-se as massas do século XVI e os migrantes da globalização, um quadro de semelhanças que
não exclui uma importante diferença.
e) Ao nos agraciar com sonhos de perfectibilidade, a máquina liberal inclui entre seus segredos estratégicos o sentimento da
insatisfação radical.
Gabarito: D
Assinale a alternativa em que os versos, reescritos, estão corretos quanto à concordância verbal:
Gabarito: E
Mundo arriscado
O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno. Dúvidas sobre a continuidade do
crescimento do Produto Interno Bruto global, juros em alta nos EUA, riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo de capitais
para países emergentes são apenas alguns dos itens de um cardápio de problemas potenciais.
Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as fragilidades domésticas, em especial o rombo das
contas públicas. Não tardará até que investidores hoje aparentemente otimistas comecem a cobrar resultados concretos.
As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos meses. O Fundo Monetário Internacional cortou sua
previsão para 2018 e 2019 em 0,2 ponto percentual – 3,7% em ambos os anos – e apontou um cenário de
menor sincronia entre os principais motores regionais.
Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora acumulam-se decepções nos dois últimos
casos.
Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer mais que 1,5% neste ano. Há crescente insegurança no
âmbito político, neste momento centrada na Itália e seu governo de direita populista, que propõe expansão do déficit de um setor
público já endividado em excesso.
Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de rejeitar a proposta orçamentária da administração
italiana. Embora o país ainda conserve o selo de bom pagador, os juros cobrados no mercado para financiar sua dívida
dispararam.
Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades precisam tomar decisões difíceis entre conter as dívidas já
exageradas e estimular o crescimento.
O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o governo americano ameaça impor uma terceira
rodada de tarifas, desta vez sobre os US$ 270 bilhões em vendas anuais chinesas que ainda não foram taxadas.
Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, já leva parte do mercado a temer uma
desaceleração abrupta do PIB em 2019.
A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa inflação e, portanto, espaço para uma retomada mais
forte.
Transpostas para a voz passiva, as passagens “O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno.”
(1º parágrafo) e “Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor...” (4º parágrafo) assumem a seguinte
redação:
a) Um ambiente econômico internacional sereno não poderá ser encontrado pelo próximo governo. / Se sinais de vigor deram
EUA, Europa e China até o início deste ano...
b) O próximo governo não terá encontrado um ambiente econômico internacional sereno. / Se foram dados sinais de vigor
por EUA, Europa e China até o início deste ano...
c) Um ambiente econômico internacional sereno não terá sido encontrado pelo próximo governo. / Se se deram sinais de
vigor, até o início deste ano, por EUA, Europa e China...
d) Não será encontrado um ambiente econômico internacional sereno pelo próximo governo. / Se sinais de vigor eram dados
por EUA, Europa e China até o início deste ano...
e) Não se encontrará um ambiente econômico internacional sereno no próximo governo. / Se EUA, Europa e China tinham
dado sinais de vigor até o início deste ano...
Gabarito: D
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Entre as tantas reflexões sábias que o filósofo estoico Sêneca nos deixou encontra-se esta: “Deve-se misturar e alternar a solidão e a comunicação. Aquela nos
incutirá o desejo do convívio social, esta, o desejo de nós mesmos; e uma será o remédio da outra: a solidão curará nossa aversão à multidão, a multidão,
nosso tédio à solidão”. É uma proposta admirável de equilíbrio, válida tanto para o século I, na pujança do Império Romano em que Sêneca viveu, como
para o nosso, em que precisamos viver. É próprio, aliás, dos grandes pensadores, formular verdades que não envelhecem.
Nesse seu preciso aconselhamento, Sêneca encontra a possibilidade de harmonização entre duas necessidades opostas e aparentemente
inconciliáveis. O decidido amor à solidão ou a necessidade ingente de convívio com os outros excluem-se, a princípio, e marcariam personalidades
radicalmente distintas. Mas Sêneca sabe que ambas podem ser insatisfatórias em si mesmas: a natureza humana comporta impulsos contraditórios.
Por isso está no sistema filosófico dos estoicos a noção de equilíbrio como princípio inescapável para o que consideram, como o melhor dos nossos
destinos, a “tranquilidade da alma”.
Esse equilíbrio supõe aceitarmos as tensões polarizadas de nossa natureza dividida e aproveitar de cada polaridade o que ela tenha de melhor: a solidão
nos impulsiona para o reconhecimento de nós mesmos, para a nossa identidade íntima, para a diferença que nos identifica entre todos; a companhia
nos faz reconhecer a identidade do outro, movida pela mesma força que constitui a nossa. Sêneca, ao reconhecer que somos unos em nós mesmos, lembra
que essa mesma instância de unidade está em todos nós, e tem um nome: humanidade.
Gabarito: C
A maioria das pessoas pensa que vai se aposentar cedo e desfrutar da vida, mas um estudo sugere que estamos fadados a nos aposentar cada vez mais
tarde se quisermos manter um padrão de vida razoável.
Em 2009, pesquisadores publicaram um estudo na revista Lancet e afirmaram que metade das pessoas nascidas após o ano 2000 vai viver mais de 100 anos
e três quartos vão comemorar seus 75 anos.
Até 2007 acreditávamos que a expectativa de vida das pessoas não passaria de 85 anos. Foi quando os japoneses ultrapassaram a expectativa para 86 anos.
Na verdade, a expectativa de vida nos países desenvolvidos sobe linearmente desde 1840, indicando que ainda não atingimos um limite para o tempo de
vida máximo para um ser humano.
No início do século XX, as melhorias no controle das doenças infecciosas promoveram um aumento na sobrevida dos humanos, principalmente das
crianças. E, depois da Segunda Guerra Mundial, os avanços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer promoveram um
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ganho para os adultos. Em 1950, a chance de alguém sobreviver dos 80 aos 90 anos era de 10%; atualmente excede os 50%.
O que agora vai promover uma sobrevida mais longa e com mais qualidade será a mudança de hábitos. A Dinamarca era em 1950 um dos países com a
mais longa expectativa de vida. Porém, em 1980 havia despencado para a 20ª posição, devido ao tabagismo.
O controle da ingestão de sal e açúcar, e a redução dos vícios como cigarro e álcool, além de atividade física, vão determinar uma nova onda do aumento de
expectativa de vida. A própria qualidade de vida, medida por anos de saúde plena, deve mudar para melhor nas próximas décadas.
O próximo problema a ser enfrentado é a falta de dinheiro para as últimas décadas de vida: estamos nos aposentando muito cedo e o que juntamos não será o
suficiente. Precisamos guardar 10% do salário anual e nos aposentar aos 80 anos para que a independência econômica acompanhe a
independência física na aposentadoria.
Os pesquisadores propõem que a idade de aposentadoria seja alongada e que os sexagenários mudem seu raciocínio: em vez de pensar na aposentadoria,
que passem a mirar uma promoção.
E, depois da Segunda Guerra Mundial, os avanços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer promoveram um
ganho para os adultos. (4º parágrafo)
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) são promovidos.
b) era promovido.
c) promovem-se
d) foi promovido.
e) foram promovidos
Gabarito: D
Questão 102: FCC - ATE (SEFAZ PI)/SEFAZ PI/2015
Assunto: Vozes (voz passiva e voz ativa)
Instrução: A questão refere-se ao texto seguinte.
Filosofia de borracharia
O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele.
Estava apenas um bocado murcho.
− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e enorme simpatia.
O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro
periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele
emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. Soubemos que estávamos no norte, no sótão da
Itália, vendo um providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato.
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul – para
dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível
espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos companheiros de
viagem, me pus a teorizar.
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí fui,
inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto
carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento para o corpo, quem sabe para a alma.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86)
Se numa transformação da frase O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora atribuirmos aos termos
sublinhados a função de sujeito, as formas verbais que lhes correspondem deverão ser, na ordem dada:
a) havia coçado − tinha proferido
b) coçara − proferira
c) tinha coçado − teria proferido
d) estava sendo coçada − tinha sido proferida
e) foi coçada − foi proferida
Gabarito: E
Nas unidades de internação de menores infratores reproduzem-se as mesmas mazelas dos presídios para adultos:
superpopulação, maus-tratos, desprezo por ações de educação, leniência com iniciativas que visem à correição, falhas graves nos
procedimentos de reinclusão social etc. Um levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público mostra que, em 17 estados,
o número de internos nos centros para jovens delinquentes supera o total de vagas disponíveis; conservação e higiene são peças
de ficção em 39% das unidades e, em 70% delas, não se separam os adolescentes pelo porte físico, porta aberta para a violência
sexual.
Assim como os presídios, os centros não regeneram. Muitos são, de fato, e também a exemplo das carceragens para adultos,
locais que pavimentam a entrada de réus primários no mundo da criminalidade. Esta é uma questão que precisa ser tratada no
âmbito de uma reforma geral da política penitenciária, aí incluída a melhoria das condições das unidades socioeducativas para os
menores de idade. Nunca, no entanto, como argumento para combater a adequação da legislação penal a uma realidade em que
a violência juvenil se impõe cada vez mais como ameaça à segurança da sociedade.
O raciocínio segundo o qual as más condições dos presídios desaconselham a redução da maioridade penal consagra, mais do que
uma impropriedade, uma hipocrisia. Parte de um princípio correto – a necessidade de melhorar o sistema penitenciário do país,
uma unanimidade – para uma conclusão que dele se dissocia: seria contraproducente enviar jovens delinquentes, supostamente
ainda sem formação criminal consolidada, a presídios onde, ali sim, estariam expostos ao assédio das facções.
Falso. A realidade mostra que ações para melhorar as condições de detentos e internos são indistintamente inexistentes. A
hipocrisia está em obscurecer que, se o sistema penitenciário tem problemas, a rede de “proteção” ao menor consagrada no
Estatuto da Criança e do Adolescente também os tem. E numa dimensão que implica dar anteparo a jovens envolvidos em atos
violentos, não raro crimes hediondos, cientes do que estão fazendo e de que, graças a uma legislação paternalista, estão a salvo
de serem punidos pelas ações que praticam.
Preservar o paternalismo e a esquizofrenia do ECA equivale a ficar paralisado diante de um falso impasse. As condições dos
presídios (bem como dos centros de internação) e a violência de jovens delinquentes são questões distintas, e pedem, cada uma
em seu âmbito específico, soluções apropriadas. No caso da criminalidade juvenil, o correto é assegurar a redução do limite d a
inimputabilidade, sem prejuízo de melhorar o sistema penitenciário e a rede de instituições do ECA. Uma ação não invalida a
outra. Na verdade, as duas são necessárias e imprescindíveis.
Em algumas passagens do texto 1 o autor emprega construções com voz passiva, o que traz a vantagem de omitir-se o agente
da ação; a frase abaixo que NÃO exemplifica essa estratégia, por não estar na voz passiva, é:
a) “...graças a uma legislação paternalista, estão a salvo de serem punidos pelas ações que praticam”;
b) “...em 70% delas, não se separam os adolescentes pelo porte físico, porta aberta para a violência sexual”;
c) “Nas unidades de internação de menores infratores reproduzem-se as mesmas mazelas dos presídios...”;
d) “A realidade mostra que as ações para melhorar as condições de detentos e internos são indistintamente inexistentes”;
e) “Esta é uma questão que precisa ser tratada no âmbito de uma reforma geral da política penitenciária...”.
Gabarito: D
Apontamentos literários
Às vezes sentimos [nós, os escritores] vontade de dizer à crítica: meus defeitos não são os que apontas. São outros e aqui estão. Como, também, de advertir-
lhe: o que julgas qualidades em mim não são qualidades, mas defeitos dissimulados, defeitos de que ainda não consegui desfazer-me.
Nossa força e nossa fraqueza permanecem, assim, não identificadas, à espera de que a famosa lucidez dos cinquenta-anos-depois possa reconhecer uma e
outra. É, porém, mais do que provável que não haja cinquenta-anos-depois. Isto esclarece por que muitos autores organizam eles mesmos a
posteridade, explicando-se, confessando-se, coroando-se.
Resta a indagação: que fazer de nossos possíveis dons literários, entregues à nossa própria polícia e julgamento? O público não nos decifra: apoia ou
despreza, simplesmente. A bolsa de valores intelectuais é emotiva e calculista, como todas as bolsas. Hoje temos talento; amanhã não. Éramos bons poetas
na circunstância tal, mas já agora estamos com o papo cheio de vento; somos demasiado herméticos; demasiado vulgares; nosso individualismo nos perde;
ou nosso socialismo; chegamos a dois passos da Igreja; o que nos falta é o sentimento de Deus; nossa prosa é lírica, nossos versos são prosaicos.
Penso em um rapaz que de repente sinta vontade de escrever − essa vontade explosiva, incontrolável, que pode ser o primeiro signo da vocação, ou
somente um falso alarma − e vejo-o oferecendo seu escrito ao paladar dos colegas, dos mais velhos, de todos a quem encontre. Que lição recolherá de
tantas, emaranhadas e contraditórias? Que lhe permitirá ver claro em si mesmo? Antes de definir-se, ou enquanto isso, a vocação tem de lutar contra o
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próximo, que tradicionalmente a ignora. Tem de achar-se a si mesma, na confusão dos modelos, estáticos ou insinuantes, que constituem o museu da
literatura. E por todo o sempre continuará, solitária, a interrogar-se e a corrigir-se, não esperando que lhe venha conforto exterior.
Transpondo-se para a voz passiva os segmentos Esse público não nos decifra e Que lição o escritor recolherá?, resultam,
respectivamente, as seguintes formas verbais:
a) não nos deciframos e terá sido recolhida
b) não somos decifrados e será recolhida
c) não nos tem decifrado e virá a recolher
d) não temos decifrado e há de ser recolhida
e) não temos sido decifrados e seria recolhida
Gabarito: B
Quando mercados começaram a trocar as sacolinhas plásticas descartáveis por opções feitas de materiais que se degradam no
meio ambiente, muitos comemoraram. [...] Mas um novo estudo mostra que, por mais benéficas que pareçam, as substitutas que
se dizem ecológicas não são, de fato, sustentáveis. Pesquisadores da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, submeteram os
tipos mais comuns de saquinhos biodegradáveis, encontrados por lá em qualquer esquina, a testes rigorosos de resistência. E a
conclusão foi preocupante — elas resistem mais do que deveriam. [...] “Eu fiquei realmente impressionada que, depois de três
anos, as sacolas ainda pudessem aguentar um monte de compras, principalmente por serem biodegradáveis”, diz Imogen
Napper, principal autora do estudo.
[...]
O experimento consistiu em averiguar como cada categoria de bioplástico se comportava quando “descartada” ao ar livre,
enterrada no solo ou submersa na água do oceano. Além da perda da área de superfície e da desintegração ao longo do tempo,
os pesquisadores britânicos também avaliaram resistência, textura e estrutura química. Só ao ar livre as sacolas tiveram um fim
satisfatório, fragmentando-se em apenas nove meses. Já na terra e na água, o resultado foi péssimo. Oxobiodegradáveis,
biodegradáveis e as sacolinhas convencionais permaneceram inteiras depois de passarem três anos enterradas e submersas. De
tão intactas, ainda aguentavam compras de supermercado. Só as compostáveis se salvaram: desapareceram do ambiente
aquático em três meses e se quebraram um pouco na terra, onde ainda assim os fragmentos perduraram por 27 meses.
[...]
Ou seja, não adianta cobrar alguns centavos pela sacolinha de plástico para desestimular seu uso, como o Reino Unido e até o
Brasil têm feito. É preciso oferecer também opções verdadeiramente sustentáveis ao consumidor, para que ele possa comprar
com a consciência limpa se, por algum motivo, estiver sem sua sacola reutilizável.
As ideias defendidas no Texto 5 são encadeadas pelo uso de diferentes operadores argumentativos. A esse respeito, informe se é
verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Em “Mas um novo estudo mostra que [...]”, o operador argumentativo “mas” deixa subentendida a existência de uma
escala com outros argumentos mais fortes.
( ) Em “Além da perda da área de superfície e da desintegração ao longo do tempo [...]”, o operador argumentativo “além
da” introduz argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou opostas.
( ) Em “[...] elas resistem mais do que deveriam.”, o operador argumentativo “mais do que” estabelece relação de
comparação entre elementos, visando a uma determinada conclusão.
( ) Em “[...] como o Reino Unido e até o Brasil têm feito.”, o operador “até” introduz uma justificativa ou explicação
relativamente ao enunciado anterior.
a) V – V – F – V.
b) F – F – V – F.
c) V – F – F – V.
d) F – F – V – V.
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Gabarito: B
Há 28 anos um grupo de pessoas se reúne semanalmente na sede da ONG (organização não governamental) Anjos da Noite, em
um sobrado no bairro de Artur Alvim, na Zona Leste de São Paulo. Os voluntários dedicam-se a aplacar as carências dos
moradores de rua. Além de entregar cobertores e roupas, o grupo tem como principal incumbência a distribuição de refeições.
Aos sábados, os colaboradores se organizam para preparar 200 quilos de comida. A distribuição de 800 marmitas tem início ao
cair da noite. Anteriormente, os voluntários rodavam quatro horas pelas ruas da região central até entregar a última quentinha.
Hoje, o trabalho é feito em menos de uma hora. Basta estacionar o carro, e um grupo de pessoas carentes faz fila para ganhar o
alimento.
A experiência dos Anjos da Noite confirma a percepção que tem qualquer cidadão dos maiores centros urbanos brasileiros: o
número de pessoas que vivem nas ruas elevou-se, e muito, nos últimos anos. As estatísticas são esporádicas e, por isso, não é
fácil saber com exatidão a proporção desse crescimento.
(I) Basta estacionar o carro, (II) e um grupo de pessoas carentes faz fila (III) para ganhar o alimento.
Quanto às relações de sentido que se estabelecem entre esses trechos, é correto afirmar que
a) II expressa condição em relação a I; III exprime finalidade em relação a I e II.
b) I expressa tempo em relação a II, que, por sua vez, exprime causa em relação a III.
c) I expressa condição em relação a II; III expressa modo em relação a II.
d) entre I e II a ideia é de concessão; II expressa meio para a realização de III.
e) II exprime consequência em relação a I; III exprime finalidade em relação a II.
Gabarito: E
Conhecido mais por suas pinturas e por suas polêmicas experiências artísticas, pouco se fala de sua produção no campo da arquitetura. Após concluir o
curso superior em Engenharia Civil em Newcastle, norte da Inglaterra, Flávio retornou ao Brasil em 1922 e passou a trabalhar no escritório Ramos de
Azevedo até 1926, quando abriu seu próprio escritório no centro da cidade de São Paulo.
Se foi Gregori Warchavchick (1896-1972) quem publicou no Brasil o primeiro manifesto a favor da arquitetura moderna, em 1925, Flávio de Carvalho é quem
realiza, em 1927, aquele que é considerado o primeiro projeto de arquitetura moderna no país. Sob o pseudônimo de Eficácia, o projeto excêntrico é feito
para o concurso do Palácio do Governo do Estado de São Paulo. Embora derrotado, seu trabalho gera polêmica e produz discussões, ao apresentar
inovações estilísticas e estéticas para o período, rendendo três artigos de Mário de Andrade com elogios e críticas, publicados no jornal Diário
Nacional.
Seus projetos de arquitetura moderna, entretanto, só se concretizaram quando realizados em terras da família e construídos com verbas próprias. Em 1936,
iniciou a construção da Vila Modernista, concluída em 1938: um conjunto de 17 casas de aluguel localizadas no atual bairro Jardim Paulista (São Paulo-
SP), na esquina da Alameda Lorena com a Rua Rocha de Azevedo. Elas vinham com uma “bula”, folheto informativo explicando os modos de uso que
potencializariam sua habitação, que destacava: “Casas frias no verão e quentes no inverno”.
Em 1938, Flávio de Carvalho construiu a Casa Modernista da Fazenda Capuava, na cidade de Valinhos–SP. De acordo com Flávio, em entrevista concedida a
Dulce Carneiro, sua casa é concebida “(...) dentro de uma visão poética, é produto de pura imaginação, tentando criar uma maneira ideal de
viver”.
Com a conclusão da casa, Flávio passou a viver nela, que além de moradia funcionava como ateliê, onde vivenciava sua maneira ideal de viver. A casa era
“(...) um misto de templo e aeronave, (...) uma aposta na continuidade do fazer artístico no espaço da existência (...). A reunião de materiais improváveis
como o alumínio e a madeira, a escala dos espaços, a preocupação com detalhes como o tipo e a forma das maçanetas e armários, a policromia dos tetos,
paredes e colunas, a conexão entre portas e janelas nas quinas de alguns cômodos, a integração entre espaços internos e externos, o paisagismo,
enfim, a totalidade arquitetônica foi dimensionada cuidadosamente por Flávio de Carvalho. Mais do que uma máquina de morar, ele conseguiu um ninho
ao mesmo tempo primitivo e futurista”.
(Adaptado de: STEVOLO, Pedro Luiz, “A Casa Modernista de Flávio de Carvalho”. Disponível em: www.revistas.usp.br)
Seus projetos de arquitetura moderna, entretanto, só se concretizaram quando realizados em terras da família e construídos com verbas próprias.
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Uma redação alternativa para a frase acima, em que se mantêm a coerência e a correção, encontra-se em:
a) Contando com dinheiro próprio e em terras familiares, os projetos de arquitetura moderna de Flávio de Carvalho podia se
realizar.
b) Os projetos de arquitetura moderna de Flávio de Carvalho, entretanto, eram realizados exceto com dinheiro próprio e em
terras de família.
c) Todavia, as suas custas e com terras de família que foram realizados os projetos de arquitetura moderna de Flávio de
Carvalho.
d) Assim se realizava, apenas nas terras da família de Flávio de Carvalho, e com dinheiro próprio, os projetos de arquitetura
moderna.
e) No entanto, apenas se realizados em terras de sua família e às suas próprias custas é que os projetos de arquitetura
moderna de Flávio de Carvalho se concretizavam.
Gabarito: E
Gabarito: C
Pretende-se discutir aqui alguns aspectos da obra de Gilberto Freyre focalizando seu livro de estreia, Casa-grande & senzala,
cuja publicação em 1933 levanta questões até hoje importantes para o entendimento do passado brasileiro.
Cabe observar, antes de prosseguir, que o debate intelectual sobre os destinos do país estava, naquele momento(a), profundamente marcado
pelo tema da mestiçagem. Mas a mestiçagem, isto é, o contato sexual entre grupos étnicos distintos, costumava ser apresentada como um problema:
ora implicava esterilidade − biológica e cultural −, inviabilizando assim o desenvolvimento nacional, ora retardava o completo domínio da raça branca,
dificultando o acesso do Brasil aos valores da civilização ocidental.
O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que(b) aprofundava a contribuição pioneira de alguns outros autores como Manuel Quirino, Lima
Barreto e Manoel Bomfim, concorreu para alterar essa avaliação(c), ao enfatizar não só o valor específico das influências indígenas e africanas, como
também a dignidade da híbrida e instável articulação de tradições que(d) teria caracterizado a colonização portuguesa. Isso(e) só foi possível, segundo
o próprio Gilberto, pelo seu vínculo com a antropologia americana e com a orientação relativista de Franz Boas − ele obteve um título de mestre em
Columbia, em 1922 − que lhe teria permitido separar a noção de raça da de cultura e conferir a esta última primazia na análise da vida social.
(ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. "Chuvas de verão. 'Antagonismos em equilíbrio' em Casa-grande & senzala de Gilberto Freyre. In: Um enigma chamado
Brasil: 29 intérpretes e um país. André Botelho e Lilia Moritz Schwarcz (oganizadores). São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 200)
Associam-se corretamente um segmento do texto e o trecho que ele retoma, precisamente demarcado, em:
a) naquele momento / do passado brasileiro.
b) que / impacto.
c) essa avaliação / o acesso do Brasil aos valores da civilização ocidental.
d) que / a híbrida e instável articulação de tradições.
e) Isso / a colonização portuguesa.
Gabarito: D
A áspera controvérsia sobre a importância da liberdade política é bem capaz de ocultar o essencial nessa matéria, ou seja, a liberdade existe como um
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valor ético em si mesmo, independentemente dos benefícios concretos que a sua fruição pode trazer aos homens. [...]
A liberdade tem sido, em todos os tempos, a causa das maiores conquistas do ser humano. E, efetivamente, que valor teriam a descoberta da verdade, a
criação da beleza, a invenção das utilidades ou a realização da justiça, se os homens não tivessem a possibilidade de escolher livremente o contrário de
tudo isso?
Heródoto foi um dos primeiros a sublinhar que o estado de liberdade torna os povos fortes, na guerra e na paz. Ao relatar a estupenda vitória que os
atenienses, sob o comando de Cleômenes, conquistaram contra os calcídeos e os beócios, ele comenta: "Aliás, verifica-se, sempre e em todo lugar, que a
igualdade entre os cidadãos é uma vantagem preciosa: submetidos aos tiranos, os atenienses não tinham mais valor na guerra que seus vizinhos; livres,
porém, da tirania, sua superioridade foi manifesta. Por aí se vê que na servidão eles se recusavam a manifestar seu valor, pois labutavam para um senhor; ao
passo que, uma vez livres, cada um no seu próprio interesse colaborava, por todas as maneiras, para o triunfo do empreendimento coletivo".
O mesmo fenômeno de súbita libertação de energias e de multiplicação surpreendente de forças humanas voltou a repetir-se vinte e quatro séculos
depois, com a Revolução Francesa. Pela primeira vez na história moderna, as forças armadas de um país não eram compostas de mercenários, nem
combatiam por um príncipe, sob o comando de nobres, mas eram formadas de homens livres e iguais, comandados por generais plebeus, sendo
todos movidos tão só pelo amor à pátria.
(COMPARATO, Fábio Konder. A liberdade como valor ético. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras,
2006, p. 546-547)
Gabarito: C
Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou seja, alguma coisa que,
ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a alcançar a sabedoria mas que, de qualquer modo,
é resultado de viver.
Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso
nem convidá-lo a repensar suas ideias. São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas
tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente.
C.D.A.
(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record,
2007, p. 3)
Respeitando a situação em que foi empregada a frase acima, a ÚNICA reformulação INCORRETA para o segmento destacado é:
TEXTO
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WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas
nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira.
Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas
nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar −- e não impedir −- que o país obtenha essa capacidade.
(http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010 /11/16/eua-dizem-que-um-ataque-ao-ira-uniria-o-pais-hoje-
dividido.jhtm?action=print,
em 16/11/2010)
Com base SOMENTE no título, descontextualizado, é possível inferir que o ataque uniria
I. os EUA.
II. o Irã.
III. o Brasil.
Manuel Bandeira
b) concessivo.
c) conclusivo.
d) condicional.
e) temporal.
Gabarito: B
O crescimento dos índices de violência e a dramática transformação do crime manifestados nas grandes metrópoles são
alarmantes, sobretudo, na cidade do Rio de Janeiro, sendo as favelas as mais afetadas nesse processo.
“A violência está o cúmulo do absurdo. É geral, não é? É geral, não tem, não está distinguindo raça, cor, dinheiro, com dinheiro,
sem dinheiro, tá de pessoa para pessoa, não interessa se eu te conheço ou se eu não te conheço. Me irritou na rua eu te dou um
tiro. É assim mesmo que está, e é irritante, o ser humano está em um estado de nervos que ele não está mais se controlando, aí
junta a falta de dinheiro, junta falta de tudo, e quem tem mais tá querendo mais, e quem tem menos tá querendo alguma coisa e
vai descontar em cima de quem tem mais, e tá uma rivalidade, uma violência que não tem mais tamanho, tá uma coisa
insuportável.” (moradora da Rocinha.)
A recente escalada da violência no país está relacionada ao processo de globalização que se verifica, inclusive, ao nível das redes
de criminalidade. A comunicação entre as redes internacionais ligadas ao crime organizado são realizadas para negociar armas e
drogas. Por outro lado, verifica-se hoje, com as CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaladas, ligações entre atores
presentes em instituições estatais e redes do narcotráfico.
Nesse contexto, as camadas populares e seus bairros/favelas são crescentemente objeto de estigmatização, percebidos como
causa da desordem social o que contribui para aprofundar a segregação nesses espaços. No outro polo, verifica-se um
crescimento da autossegregação, especialmente por parte das elites que se encastelam nos enclaves fortificados na tentativa d e
se proteger da violência. (Maria de Fátima Cabral Marques Gomes, Scripta Nova.)
“A violência está o cúmulo do absurdo. É geral, não é? É geral, não tem, não está distinguindo raça, cor, dinheiro, com dinhe iro,
sem dinheiro, tá de pessoa para pessoa, não interessa se eu te conheço ou se eu não te conheço. Me irritou na rua eu te dou um
tiro”.
A fala da moradora da Rocinha mostra certas características distintas da variedade padrão de linguagem; a única característic a
que NÃO está comprovada pelo exemplo dado é:
a) segmentos desconexos: “não tem”;
b) formas reduzidas: “tá de pessoa para pessoa”;
c) explicações desnecessárias: “com dinheiro, sem dinheiro”;
d) mistura de tratamento: “se eu te conheço ou se eu não te conheço”;
e) erros gramaticais: “me irritou na rua”.
Gabarito: D
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem me divertiu este trechinho de crônica do escritor mineiro Humberto
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Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês, às vezes me pega desprevenido.
− Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar a um total ignorante, traduz:
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino. Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a
conversa para impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que chamei de ruibarbosismo: o uso de
palavreado rebarbativo como forma de, numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
No contexto, as frases Meu cabelo está pendoando e pode alcançar-me uma côdea desse pão constituem casos de
a) usos opostos de linguagem, já que a completa informalidade da primeira contrasta com a formalidade da segunda.
b) usos similares de linguagem, pois em ambas o intento é valorizar o emprego de vocabulário pouco usual.
c) intenção didática, já que ambas são utilizadas para exemplificar o que seja uma má construção gramatical.
d) usos similares de linguagem, pois predomina em ambas o interesse pela exatidão e objetividade da comunicação.
e) usos opostos de linguagem, pois a perfeita correção gramatical de uma contrasta com os deslizes da outra.
Gabarito: B
De princípio a interessou o nome da aeronave: não “zepelim” nem dirigível; o grande fuso de metal brilhante chamava -se
modernissimamente blimp. Pequeno como um brinquedo, independente, amável. A algumas centenas de m etros da sua casa
ficava a base aérea dos soldados americanos e o poste de amarração dos dirigíveis. E de vez em quando eles deixavam o poste e
davam uma volta, como pássaros mansos que abandonassem o poleiro num ensaio de voo. Assim, aos olhos da menina, o
blimp1 existia como um animal de vida própria; fascinava-a como prodígio mecânico que era, e principalmente ela o achava
lindo, todo feito de prata, librando − se2 majestosamente pouco abaixo das nuvens. Não pensara nunca em entrar nele; não
pensara sequer
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que pudesse alguém andar dentro dele. Verdade que via lá dentro umas cabecinhas espiando, mas tão minúsculas que não
davam impressão de realidade.
O seu primeiro contato com a tripulação do dirigível começou de maneira puramente ocasional. Acabara o ca fé da manhã; a
menina tirara a mesa e fora à porta que dá para o laranjal, sacudir da toalha as migalhas de pão. Lá de cima um tripulante
avistou aquele pano branco tremulando entre as árvores espalhadas e a areia, e o seu coração solitário comoveu -se. Vivia
naquela base como um frade no seu convento – sozinho entre soldados e exortações patrióticas. E ali estava, juntinho ao oitão da
casa, sacudindo um pano, uma mocinha de cabelo ruivo. O marinheiro agitou-se todo com aquele adeus. Várias vezes já
sobrevoara aquela casa, vira gente entrando e saindo; e pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens, quão
indiferentes passam entre si, cada um trancado na sua vida. Ele estava voando por cima das pessoas, vendo -as e, se algumas
erguiam os olhos, nenhuma pensava no navegador que ia dentro; queriam só ver a beleza prateada vogando3 pelo céu.
Mas agora aquela menina tinha para ele um pensamento, agitava no ar um pano, como uma bandeira; decerto era bonita – o sol
lhe tirava fulgurações de fogo do cabelo. Seu coração atirou-se para a menina num grande impulso agradecido; debruçou-se à
janela, agitou os braços, gritou: “Amigo!, amigo!” – embora soubesse que o vento, a distância, o ruído do motor não deixariam
ouvir-se nada. Gostaria de lhe atirar uma flor, um mimo. Mas que podia haver dentro de um dirigível da Marinha que servisse
para ser oferecido a uma pequena? O objeto mais delicado que encontrou foi uma grande caneca de louça branca, pesada como
uma bala de canhão. E foi aquela caneca que o navegante atirou; atirou, não: deixou cair a uma distância prudente da figurinha
iluminada, num gesto delicado, procurando abrandar a força da gravidade, a fim de que o objeto não chegasse sibilante como
um projétil, mas suavemente, como uma dádiva.
1. blimp: dirigível
2. librando-se: flutuando, equilibrando-se
3. vogando: flutuando
O termo que, em destaque nas frases, contribui para expressar ideia de consequência na alternativa:
a) ... como pássaros mansos que abandonassem o poleiro num ensaio de voo. (1º parágrafo)
b) ... fascinava-a como prodígio mecânico que era... (1º parágrafo)
c) ... cabecinhas espiando, mas tão minúsculas que não davam impressão de realidade. (1º parágrafo)
d) ... a menina tirara a mesa e fora à porta que dá para o laranjal... (2º parágrafo)
e) ... embora soubesse que o vento, a distância, o ruído do motor não deixariam ouvir-se nada. (3º parágrafo)
Gabarito: C
As certezas sensíveis dão cor e concretude ao presente vivido. Na verdade, porém, o presente vivido é fruto de uma sofisticada mediação. O real tem um
quê de ilusório e virtual.
Os órgãos sensoriais que nos ligam ao mundo são altamente seletivos naquilo que acolhem e transmitem ao cérebro. O olho humano, por exemplo, não é
capaz de captar todo o espectro de energia eletromagnética existente. Os raios ultravioleta, situados fora do espectro visível do olho humano, são, no
entanto, captados pelas abelhas.
Seletividade análoga preside a operação dos demais sentidos: cada um atua dentro de sua faixa de registro, ainda que o grau de sensibilidade dos indivíduos
varie de acordo com idade, herança genética, treino e educação. Há mais coisas entre o céu e a terra do que nossos cinco sentidos − e todos os aparelhos
científicos que lhes prestam serviços − são capazes de detectar.
Aquilo de que o nosso aparelho perceptivo nos faz cientes não passa, portanto, de uma fração diminuta do que há. Mas o que aconteceria se tivéssemos
de passar a lidar subitamente com uma gama extra e uma carga torrencial de percepções sensoriais (visuais, auditivas, táteis etc.) com as quais não estamos
habituados? Suponha que uma mutação genética reduza drasticamente a seletividade natural dos nossos sentidos. O ganho de sensibilidade seria patente.
“Se as portas da percepção se depurassem”, sugeria William Blake, “tudo se revelaria ao homem tal qual é, infinito”.
O grande problema é saber se estaríamos aptos a assimilar o formidável acréscimo de informação sensível que isso acarretaria. O mais provável é que essa
súbita mutação − a desobstrução das portas e órgãos da percepção − produzisse não a revelação mística imaginada por Blake, mas um terrível
engarrafamento cerebral: uma sobrecarga de informações acompanhada de um estado de aguda confusão e perplexidade do qual apenas lentamente
conseguiríamos nos recuperar. As informações sensíveis a que temos acesso, embora restritas, não comprometeram nossa sobrevivência no laboratório
da vida. Longe disso. É a brutal seletividade dos nossos sentidos que nos protege da infinita complexidade do Universo. Se o muro desaba, o caos impera.
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(Adaptado de: Eduardo Gianetti, O valor do amanhã, São Paulo, Cia. das Letras, 2010. p. 139-143)
A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a reprodução é um imperativo, fazendo parte de
várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da história. A paternidade também encerra dimensões culturais,
econômicas e emocionais.
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho doméstico, colaborando para
o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para os pais.
Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer contribuições econômicas. Como
observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de ser um bem privado para tornar -se um bem público.
Embora a paternidade possa trazer recompensas emocionais, do ponto de vista estritamente econômico, ela favorece a sociedade
como um todo, enquanto a maior parte dos custos recai sobre os genitores.
E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian Simon, riqueza são pessoas. Quanto
mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias (além de consumir produtos) e são as novas ideias que vêm
assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos nos últimos 200 anos.
E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a sustentabilidade da exploração dos
recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou até reduzir a população. Só que fazê -lo é uma espécie de suicídio
econômico, já que ficaria muito difícil manter taxas positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência e a té
democracia representativa podem entrar em colapso.
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Já houve muita discussão sobre a autenticidade de uma das fotos mais famosas de todos os tempos: Lunch atop a skyscraper
(algo como Almoço no topo de um arranha-céu). A teoria mais escandalosa é que a foto seria uma montagem. Não é. Nos anos 30,
quando foi tirada, não havia tecnologia para forjar os personagens num fundo falso. O negativo é de vidro e encontra -se nos
cofres da Agência Corbis.
Outra teoria: os onze operários estariam ali protegidos por redes. Não. Estão correndo risco, ainda que tenham topado posar para
a foto. Ou seja, não apareceu um fotógrafo do nada ao meio-dia de 20 de setembro de 1932 e simplesmente flagrou o almoço da
rapaziada. Até porque fotógrafos e modelos estão a quase 250 m de altura, na estrutura de um edifício na Rua 48, em Nova York.
Naquele dia, três fotógrafos estiveram na construção, segundo Ken Johnston, diretor de fotos históricas da Corbis.
A foto, hoje atribuída a Charles C. Ebbets, foi publicada no dia 2 de outubro de 1932, no jornal The New York Herald Tribune, e trazia
a legenda: “Enquanto milhares de nova-iorquinos se apressam em restaurantes e lanchonetes fervilhantes de clientes, esses
trabalhadores intrépidos obtêm todo o ar e liberdade que querem almoçando sobre uma viga de aço”.
De acordo com as informações do texto, duas hipóteses descartadas a respeito da foto são:
a) os operários, a princípio, recusaram-se a posar para a foto; cenários falsos em fotos eram inviáveis tecnologicamente.
b) a Agência Corbis selecionou os três profissionais que tiraram a foto; a foto foi publicada com fins publicitários.
c) os operários foram fotografados à frente de um fundo falso; a segurança dos operários estava garantida por redes.
d) o objetivo de Ebbets era captar uma situação inusitada; a autoria da imagem gerou desavenças entre os três fotógrafos.
e) a qualidade do negativo feito de vidro estava comprometida; o trabalho era uma adulteração fotográfica da cena.
Gabarito: C
A arte mostra-se presente na história da humanidade desde os tempos mais remotos. Sem dúvida, ela pode ser considerada
como sendo uma necessidade de expressão do ser humano, surgindo como fruto da relação homem/mundo. Por meio da arte a
humanidade expressa suas necessidades, crenças, desejos, sonhos. Todos têm uma história, que pode ser individual ou coletiva.
As representações artísticas nos oferecem elementos que facilitam a compreensão da história dos povos em cada período.
(Rosane K. Biesdorf e Marli F. Wandscheer. Arte, uma necessidade humana: função social e educativa. Itinerarius
reflectionis.)
e) o principal modo de uma geração acessar registros históricos da geração que a antecede.
Gabarito: C
De princípio a interessou o nome da aeronave: não “zepelim” nem dirigível; o grande fuso de metal brilhante chamava-se
modernissimamente blimp. Pequeno como um brinquedo, independente, amável. A algumas centenas de metros da sua casa
ficava a base aérea dos soldados americanos e o poste de amarração dos dirigíveis. E de vez em quando eles deixavam o poste e
davam uma volta, como pássaros mansos que abandonassem o poleiro num ensaio de voo. Assim, aos olhos da menina, o
blimp1 existia como um animal de vida própria; fascinava-a como prodígio mecânico que era, e principalmente ela o achava
lindo, todo feito de prata, librando − se2 majestosamente pouco abaixo das nuvens. Não pensara nunca em entrar nele; não
pensara sequer
que pudesse alguém andar dentro dele. Verdade que via lá dentro umas cabecinhas espiando, mas tão minúsculas que não
davam impressão de realidade.
O seu primeiro contato com a tripulação do dirigível começou de maneira puramente ocasional. Acabara o café da man hã; a
menina tirara a mesa e fora à porta que dá para o laranjal, sacudir da toalha as migalhas de pão. Lá de cima um tripulante
avistou aquele pano branco tremulando entre as árvores espalhadas e a areia, e o seu coração solitário comoveu -se. Vivia
naquela base como um frade no seu convento – sozinho entre soldados e exortações patrióticas. E ali estava, juntinho ao oitão da
casa, sacudindo um pano, uma mocinha de cabelo ruivo. O marinheiro agitou-se todo com aquele adeus. Várias vezes já
sobrevoara aquela casa, vira gente entrando e saindo; e pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens, quão
indiferentes passam entre si, cada um trancado na sua vida. Ele estava voando por cima das pessoas, vendo -as e, se algumas
erguiam os olhos, nenhuma pensava no navegador que ia dentro; queriam só ver a beleza prateada vogando3 pelo céu.
Mas agora aquela menina tinha para ele um pensamento, agitava no ar um pano, como uma bandeira; decerto era bonita – o sol
lhe tirava fulgurações de fogo do cabelo. Seu coração atirou-se para a menina num grande impulso agradecido; debruçou-se à
janela, agitou os braços, gritou: “Amigo!, amigo!” – embora soubesse que o vento, a distância, o ruído do motor não deixariam
ouvir-se nada. Gostaria de lhe atirar uma flor, um mimo. Mas que podia haver dentro de um dirigível da Marinha que servisse
para ser oferecido a uma pequena? O objeto mais delicado que encontrou foi uma grande caneca de louça branca, pesada como
uma bala de canhão. E foi aquela caneca que o navegante atirou; atirou, não: deixou cair a uma distância prudente da figurinha
iluminada, num gesto delicado, procurando abrandar a força da gravidade, a fim de que o objeto não chegasse sibilante como
um projétil, mas suavemente, como uma dádiva.
(Os cem melhores contos brasileiros do
século. Org. Italo Moriconi – Objetiva,
2001. Adaptado)
1. blimp: dirigível
2. librando-se: flutuando, equilibrando-se
3. vogando: flutuando
“Plantar florestas. A madeira que serve de matéria-prima para nosso papel vem de plantio renovável, ou seja, não é fruto de desmatamento. Essa
prática gera milhares de empregos para agricultores e ajuda a recuperar áreas ambientais degradadas.”
Gabarito: B
Questão 125: FCC - Prof (SEC BA)/SEC BA/Padrão P/Linguagem, com ênfase em Língua Portuguesa/2018
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Segue um fragmento do primeiro texto do livro Sobre pessoas, de Antônio Torres.
Para começar
Quereria um começo com a delicadeza de Fernando Sabino, em A última crônica, que cada vez que releio mais me encanta. E
agora a ela retorno, em busca de ensinamentos. (...)
Foi em tais circunstâncias, a confabular consigo mesmo pelas ruas do Rio, que Fernando Sabino acabou por nos legar uma
pequena obra-prima. (...)
Este aqui de vez em quando batia perna ao lado do mestre, nos calçadões à beira-mar, Copacabana-Ipanema-Leblon. Numa
dessas vezes, ele perguntou:
Por essa eu não esperava. Uma pedra no meio do caminho. Sinuca de bico. Cul-de-sac.
Persignando-me mentalmente diante da imagem de Nossa Senhora do Amparo, a padroeira do Junco, onde nasci, e dizendo -me
“Nas horas de Deus e da Virgem Maria, amém”, criei coragem e respondi que Zélia, uma paixão era o único livro dele que eu
jamais leria. (...)
Como bom mineiro, ficou em silêncio, remoendo a sua falha trágica ao declarar: “Zélia sou eu”. No calor da hora, a sua
brincadeira não teve graça.
Levaram-na a sério demais. Como se ele acreditasse, verdadeiramente, que a personagem que causara um terremoto na
economia dos cidadãos, na era Collor, tivesse o mesmo status literário da heroína de Gustave Flaubert, Madame Bovary. (...)
Mas por que, e para que o chatear ainda mais, quando privava de sua camaradagem, durante uma caminhada para desenferrujar
as pernas, desanuviar a mente, e suar todas as tristezas? – eu me perguntava. Ora, ora, quem mandou Fernando Sabino tocar no
assunto? Pensei que ele ia ficar zangado, a ponto de cortar a nossa relação, para sempre.
Disse:
– Acordei hoje com vontade de ligar para o Mário de Andrade, o Rubem Braga, o Paulo Mendes Campos, o Otto Lara Resende e o
Hélio Pellegrino. Como nenhum deles pode atender...
Foi um começo de conversa e tanto. Ao final, convidou-me para um drinque em sua casa.
– Ih! Amanhã não dá. Ao descobrirem que fiz oitenta anos, me empurraram para os exames médicos. Assim que me livrar dessas
chateações, telefono para combinar.
Não telefonou mais. Só iria voltar a vê-lo já embalado para a última viagem, no cemitério São João Batista.
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a) As duas primeiras frases do texto “escondem” o foco narrativo em primeira pessoa. Essas frases, em princípio não trazem
marcas do narrador-personagem, como acontece na última frase do texto, onde figura implicitamente o dêitico “eu”.
b) A recriação da língua oral (em discurso direto) aparece no texto em diferentes momentos. Primeiro num diálogo face a
face entre as personagens; e depois na conversa telefônica; em ambos os casos há a reprodução em discurso direto das vozes
dos dois interlocutores, em situação de relativa serenidade.
c) No texto, registram-se situações linguísticas de menor ou maior formalidade. Observam-se marcas coloquiais como os usos
de termos obscenos e vulgares (Cul-de-sac.) e expressões típicas populares (batia perna, sinuca de bico, desenferrujar as pernas,
desanuviar a mente e suar todas as tristezas).
d) Quando menciona a declaração histórica de Sabino, “Zélia sou eu”, associando-a à famosa frase de Gustave Flaubert,
"Madame Bovary sou eu", o narrador tem a intenção de demonstrar o quanto Sabino, assim como Flaubert, identificava-se com a
sua personagem e partilhava dos seus sentimentos.
e) Assim como costuma ocorrer em sua ficção, nesse texto, Torres faz largo uso das intertextualidades. Em “Nas horas de
Deus e da Virgem Maria, amém”, fundem-se à narrativa fragmentos híbridos da liturgia católica. No segmento “a padroeira do
Junco, onde nasci”, há indícios da biografia do próprio autor.
Gabarito: E
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” oferecidos nesta sexta -feira não passa de
manipulações até meio infantis de preços, com o objetivo de iludir o consumidor.
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os consumidores não desejam ser enganados.
E há motivos para acreditar que pelo menos uma parte deles queira.
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um experimento natural que mostra que
pessoas podem optar por ser “ludibriadas” voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido.
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus preços na lua para depois oferecer
descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas o s
truques utilizados proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom negócio, o que lhes
dava prazer.
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de modernização, resolveu acabar com a
ginástica de remarcações e descontos e adotar uma política de preços “justa e transparente”.
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem emprego. Logo em seguida, a
JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 60% para voltar a praticar os descontos irresistí veis. Como
escrevem Ariely e Kreisler, “os clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”.
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se dediquem a vender -lhe as fantasias que
deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas com um clique de computador.
* Jornal Folha de São Paulo
Segundo as informações do texto, a afirmação de que parte dos consumidores agem como se desejassem ser enganados é
a) contestável, pois o experimento comprovou que esses consumidores são vítimas de uma política obscura de maquiagem de
preços pelas empresas.
b) justificável, já que ficou comprovado que alguns consumidores não resistem ao prazer experimentado nessas situações de
desconto aparente.
c) procedente, mas o experimento mostrou que os consumidores deixam de comprar quando as lojas tentam fazer os
descontos parecerem grandes demais.
d) controversa, pois a política de remarcações de preços para forjar descontos trouxe grande prejuízo a uma loja de
departamentos nos EUA.
e) falsa, já que ficou demonstrado que os consumidores tendem a preferir situações em que os preços são apresentados de
forma transparente.
Gabarito: B
Leia o trecho da entrevista da professora Magda Soares à Pesquisa Fapesp para responder à questão.
O sociólogo Pierre Bourdieu foi meu grande guru. Ele mostrou como a linguagem é usada como instrumento de poder na
sociedade. Portanto, é importante dar às pessoas esse instrumento. As camadas populares têm que lutar muito contra a
discriminação e a injustiça, e a linguagem é um instrumento fundamental. Alfabetização e letramento têm esse objetivo: dar às
pessoas o domínio da língua como instrumento de inserção na sociedade e de luta por direitos fundamentais. Em relação à língua
escrita, a criança tem que aprender duas coisas. Uma é o sistema de representação, que é o sistema alfabético. Esse é um
processo que trabalha determinadas operações cognitivas e tem que levar em conta as características do sistema alfabético, é
saber decodificar o que está escrito, ou codificar o que deseja escrever. Mas isso deve ser feito em contexto de letramento, com
textos reais, não com o clássico exemplo "Eva viu a uva". Que Eva? Que uva? Tradicionalmente a alfabetização se resumia a
codificar e decodificar, porque o foco era a criança aprender apenas o código. Mas a questão é que a criança precisa aprender o
código sabendo para o que ele serve.
A escrita é uma tecnologia como outras. É importante aprender a escrever, conhecer a relação fonema -letra, saber que se
escreve de cima para baixo, da esquerda para a direita, aprender as convenções da escrita. Mas essa tecnologia, como toda
tecnologia, só tem sentido para ser usada: para saber interpretar textos, fazer inferências, ler diferentes gêneros, o que significa
outra coisa e exige outras habilidades e competências. Aprender o sistema de escrita é alfabetização. Aprender os usos sociais do
sistema de escrita é letramento.
(http://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado)
Gabarito: E
Paisagens e riquezas
Se pudéssemos viajar por diferentes estradas do país, e em diferentes épocas, ficaríamos espantados com a variedade de
plantações com que nos depararíamos. Ao longo de algumas poucas incursões minhas pelo interior de minha região, fui
encontrando mares de cana, de algodão, de laranjeiras, de café, de soja, de milho e sei lá quantos mais cultivos, espelhando
ciclos econômicos os mais variados. Com frequência, essas paisagens vegetais faziam parceria com instalações industriais,
deixando clara a proeminência do agronegócio em nosso país.
Como sou sentimental, não me rejo apenas pelo aspecto econômico dos bons negócios; deixo-me envolver pela sedução
poética que os quadros exercem sobre mim. Lembro-me, por exemplo, da melancolia com que vi desaparecem os algodoais, que
regularmente floresciam com suas vestes brancas, para darem lugar ao verdor da cana mais prosaica, que viraria álcool. “O Brasil
se dá ao luxo de plantar seu combustível”, diziam, não sem razão, os nacionalistas mais entusiasmados.
O fato é que nosso país está habilitado a explorar e produzir uma inimaginável gama de riquezas, a partir da diversidade de
suas terras, de seus climas, de seus relevos. Por conta dessas variações, são múltiplas também as atividades pecuárias e as
industriais, que a elas se atrelam. O lugar-comum de que o Brasil é um país generosamente atendido em suas formações naturais
confirma-se com as paisagens tão variadas que desfilam diante do viajante. É desafio nosso cultivar, processar e distribuir com
empenho os produtos dessa riqueza disponível.
(Percival de Holanda, inédito)
A pluralidade das plantações que se oferecem a um viajante nos diferentes espaços e épocas do nosso país tem sua razão de ser
indicada no seguinte segmento do texto:
a) essas paisagens vegetais faziam parceria com instalações industriais (1° parágrafo)
b) deixando clara a proeminência do agronegócio em nosso país (1° parágrafo)
c) espelhando ciclos econômicos os mais variados. (1° parágrafo)
d) não me rejo apenas pelo aspecto econômico dos bons negócios (2° parágrafo)
e) O Brasil se dá ao luxo de plantar seu combustível (2° parágrafo)
Gabarito: C
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Questão 129: FCC - Ana Leg (ALESE)/ALESE/Apoio Técnico ao Processo Legislativo/Processo Legislativo/2018
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte − parte do prefácio de um livro de sociologia em que o autor se dedicou ao
estudo da cultura popular.
[Linguagens e culturas]
Este livro estuda as modificações que se deram na cultura das classes populares ao longo das últimas décadas, de modo especial aquelas que podem ser
atribuídas à influência das publicações de massa. Creio que obteríamos resultados muito semelhantes caso tomássemos como exemplos algumas outras
formas de comunicação, como o cinema, o rádio ou a televisão.
Penso que tenho sempre tentado dirigir-me principalmente ao “leitor comum” sério ou “leigo inteligente” de qualquer classe social. Não significa isto
que eu tenha tentado adotar qualquer tom de voz específico, ou que tenha evitado o uso de quaisquer termos técnicos, para só empregar expressões
banais. Escrevi tão claramente quanto o permitiu a minha compreensão do assunto, e apenas usei termos técnicos quando me pareceram
susceptíveis de se tornarem úteis e sugestivos.
O “leigo inteligente” é uma figura vaga, e a popularização uma tarefa perigosa; mas parece-me que aqueles de nós que consideram uma urgente
necessidade escrever para ele devem continuar a tentá-lo. Porque um dos mais nefastos aspectos da nossa condição cultural é a divisão entre a linguagem
dos peritos e o nível extraordinariamente baixo daquela utilizada nos órgãos de comunicação de massa.
Ao introduzir um livro no qual estudará o efeito das publicações de massa sobre a cultura das classes populares, o autor
preocupa-se, inicialmente, com
a) a complexidade do tema, cuja importância pode até mesmo ser menosprezada por algum leitor preconceituoso, algum
“leigo inteligente”.
b) a complexidade da linguagem a utilizar, uma vez que buscará evitar tanto uma terminologia técnica como expressões
excessivamente simplificadoras.
c) as controvérsias envolvidas na discussão do tema, divididas entre referendar ou negar o fenômeno de uma cultura de
massa que seja autêntica.
d) as controvérsias decorrentes de uma posição política extremada, pela qual se nega qualquer influência entre diferentes
áreas da cultura.
e) as polêmicas que levantará, entre leitores leigos, uma linguagem fatalmente limitada pelo apuro de uma terminologia
técnica.
Gabarito: B
O que há de mais evidente nas atitudes dos brasileiros diante do “preconceito de cor” é a tendência a considerá-lo como algo ultrajante (para quem o
sofre) e degradante (para quem o pratique).
Contudo, na situação imperante nos últimos 40 anos (de 1927 até hoje), tem prevalecido uma considerável ambiguidade axiológica. Os valores
vinculados à ordem social tradicionalista são antes condenados no plano ideal que repelidos no plano da ação concreta e direta. Daí uma confusa
combinação de atitudes e verbalizações ideais que nada têm a ver com as disposições efetivas de atuação social. Tudo se passa como se o “branco”
assumisse maior consciência parcial de sua responsabilidade na degradação do “negro” e do “mulato” como pessoa mas, ao mesmo tempo, encontrasse
sérias dificuldades em vencer-se a si próprio.
O lado curioso dessa ambígua situação de transição aparece na saída espontânea que se deu a esse drama de consciência. Sem nenhuma espécie de
farisaísmo consciente, tende-se a uma acomodação contraditória. O “preconceito de cor” é condenado sem reservas, como se constituísse um mal em si
mesmo, mais degradante para quem o pratique do que para quem seja sua vítima. A liberdade de preservar os antigos ajustamentos discriminatórios e
preconceituosos, porém, é tida como intocável, desde que se mantenha o decoro e suas manifestações possam ser encobertas ou dissimuladas.
Do ponto de vista e em termos de posição sociocultural do “branco”, o que ganha o centro do palco não é o “preconceito de cor”, mas uma realidade moral
reativa, que bem poderia ser designada como o “preconceito de não ter preconceito”.
(Adaptado de: FLORESTAN, Fernandes. O Negro no Mundo dos Brancos. São Paulo: Difel, 1972, pp. 23-25)
Os ditadores sempre quiseram que a arte expressasse seu ideal de “povo”, de preferência em momentos de devoção ou entusiasmo pelo regime.
Para isso, os ditadores pretenderam imobilizar o passado nacional em seu benefício, dando-lhe dimensões de mito ou inventando-o quando
necessário. Para o fascismo italiano, o ponto de referência era a Roma antiga, imperial; para a Alemanha de Hitler, uma combinação de bárbaros
radicalmente puros das florestas teutônicas com nobreza medieval; para a Espanha de Franco, a era dos triunfantes governantes católicos que expulsaram
os infiéis e resistiram a Lutero. A União Soviética teve mais dificuldade para adotar o legado dos czares que a Revolução tinha sido feita, afinal de contas,
para destruir, mas Stálin acabou achando conveniente mobilizá-lo.
O que ficou da arte do poder nesses países? Surpreendentemente, pouco na Alemanha, mais na Itália, talvez mais ainda na Rússia. Só uma coisa todos
perderam: o poder de mobilizar a arte e o povo como teatro público. Isso, o mais sério impacto do poder na arte entre 1930 e 1945, desapareceu com os
regimes que tinham garantido sua sobrevivência através da repetição regular de rituais públicos. Desapareceram para sempre, juntamente com
aquele poder.
(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. Trad. Berilo Vargas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 276)
Para o autor do texto, a tarefa assumida pelos ditadores em relação ao passado histórico nacional consiste em
a) valorizar nele uma mitologia adequada para figurar uma nova representação nacionalista, identificada com o projeto
ditatorial.
b) recuperar dos velhos mitos os que se formalizam numa estética que possa representar pela arte os interesses
legitimamente populares.
c) adulterar a narrativa convencional dos feitos do passado, acusando-os como fracassos que podem ser redimidos pelo novo
regime.
d) rever as conquistas épicas de um povo, para submetê-las a uma nova apreciação crítica que identifique a razão de seu
esquecimento.
e) esvaziar o sentido objetivo das antigas conquistas, para que elas percam o valor numa comparação ostensiva com as
conquistas do presente.
Gabarito: A
Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar detalhadamente o que nos cerca. Por outro lado, somos
tão bombardeados por imagens e por estímulos visuais que, para nos proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que
está em volta, aprendemos a nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva. Os produtos precisam, a
qualquer custo, chamar a atenção do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem olhar”. Ou seja, mesmo sem
estarmos interessados, não podemos escapar de perceber uma imagem de propaganda.
Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que não é preciso fazer nenhum esforço, pois a propaganda e as
imagens se encarregam de nos invadir.
Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira habilidade que precisamos renovar, estimular e desenvolver é
a observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa, voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da
forma que quero, quando quero observar.
Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de meia-idade: ou então ser bem
específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem
cabelos escuros, encaracolados, curtos, olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e cerca de 40 anos.
Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a
partir dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais facilidade.
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Desprezível é a alma obcecada pelo futuro, a que é infeliz antes da infelicidade. Não terá descanso, e a necessidade de querer conhecer o futuro lhe fará
deixar de lado o presente que poderia ser melhor desfrutado. Tal criatura sofre o mesmo na espera e nas suas desgraças, aflige-se mais do que é preciso e
antes do necessário. A mesma fraqueza que faz com que veja a aflição faz com que não saiba avaliá-la. O mesmo descomedimento com que aguarda a
felicidade absoluta faz com que esqueça que o fio sobre o qual o gênero humano oscila nada mais nos promete do que o imprevisto.
(Adaptado de: SÊNECA. Aprendendo a viver. Porto Alegre: L&PM, 2010, p. 100-101)
Entende-se que o específico sentimento de infelicidade de que trata o texto prende-se, essencialmente, ao fato de que uma
criatura
a) se ilude quanto às experiências passadas, imaginando que elas poderão alicerçar sua felicidade num futuro bastante
longínquo.
b) sente, equivocadamente, que já são muito prazerosos os momentos em que anseia pela felicidade absoluta que o futuro
lhe reserva.
c) imagina que está sendo bastante infeliz no presente quando, na verdade, não tem ideia de quanto ainda sofrerá nos dias
vindouros.
d) antecipa, por força das obsessivas expectativas quanto ao futuro, o sofrimento que poderá atravessar nas experiências que
terá.
e) deixa de aprender com a infelicidade do presente as lições que lhe poderiam ser úteis para evitar os sofrimentos do futuro.
Gabarito: D
Ciência e religião
A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de
capa, a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e
microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de
DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.
Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras
impostas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas
pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.
Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso
equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é
o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve
seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de
nossa existência.
Com a frase A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva o autor do texto
a) entra em contradição com sua tese principal, ao admitir que a subjetividade é intrínseca ao método científico.
b) revela sua intolerância com o teor emocional que condiciona o trabalho dos cientistas mais inspirados.
c) dá força ao argumento que se expressará adiante, no segmento só a fé pode iluminar certas trevas.
d) acaba contradizendo o que adiante afirmará no segmento O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha.
e) lembra que um cientista pode ser originalmente motivado, em sua profissão, por um impulso íntimo.
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Gabarito: E
Para Bourdieu, no social tudo é relacional. As implicações desse postulado teórico da sociologia bourdiana têm sido valiosas, na
medida em que coloca o pesquisador em condições de perceber com maior rigor as características específicas dos objetos de
estudo. Nessa lógica, o enquadramento do objeto é produzido de forma a permitir perceber a sua posição relativa no conjunto de
objetos semelhantes, o que possibilita avaliar, de forma mais acurada, o seu sentido (valor, significado, pertinência) em uma
determinada configuração do social.
A proposta bourdiana de pôr em jogo as coisas teóricas, por sua vez, obriga o pesquisador a o perar com os conceitos, ou seja,
usá-los como ferramentas de construção dos fenômenos empíricos que constituem o foco da investigação. É, portanto, o avesso
de uma prática acadêmica ainda frequente, em que discursos teóricos antecedem e se articulam a obje tos de estudo pré-
construídos. O resultado mais comum da sobre-valoração das referências teóricas é o “efeito teoria” (Bourdieu, 1989, p. 47) que
leva o pesquisador a enxergar o que já se predispunha a encontrar, ou seja, torna-se a antítese da atividade de pesquisa que se
propõe problemas e questões a serem verdadeiramente pesquisados. A recorrência dos quadros teóricos que antecediam as
pesquisas — tão comum no início da pós-graduação no Brasil — e impunham-se sobre os objetos de pesquisa foi uma expressão
bastante comum desse equívoco. No texto “Teoria como hipótese” (Brandão, 2002), a autora desenvolve essa reflexão referindo-
se à pesquisa, entre nós, e explicita o significado operacional das teorias numa perspectiva bastante próxima da proposta por
Bourdieu.
A recusa dos monismos metodológicos é, a meu ver, uma proposta profundamente adequada ao caráter sempre provisório das
pesquisas em decorrência da complexidade dos objetos sociais. As oposições quantitativo x qualitativo, estrutura x história,
questionários x entrevistas, micro x macro são falsas e respondem muito mais pela “arrogância da ignorância” (Bourdieu, 1989, p.
25) do que pela adequação teórico-metodológica ao problema sob investigação [...].
A respeito da recusa de metodologias que obedecem a uma única abordagem, assinale a alternativa que apresenta uma opinião
da autora.
a) “Nessa lógica, o enquadramento do objeto é produzido de forma a permitir perceber a sua posição relativa no conjunto de
objetos semelhantes [...]”.
b) “A recorrência dos quadros teóricos que antecediam as pesquisas — tão comum no início da pós-graduação no Brasil — e
impunham-se sobre os objetos de pesquisa [...]”.
c) “[...] obriga o pesquisador a operar com os conceitos, ou seja, usá-los como ferramentas de construção dos fenômenos
empíricos [...]”.
d) “[...] a autora desenvolve essa reflexão referindo-se à pesquisa, entre nós, e explicita o significado operacional das teorias
[...]”.
e) “[...] uma proposta profundamente adequada ao caráter sempre provisório das pesquisas em decorrência da complexidade
dos objetos sociais.”.
Gabarito: E
Alguns dias depois, deu-se o evento. Seu Irineu pisou no prego e esvaziou. Apanhou um resfriado, do resfriado passou à
pneumonia, da pneumonia passou ao estado de coma e do estado de coma não passou mais. Levou pau e foi reprovado. Um
médico do SAMDU*, muito a contragosto, compareceu ao local e deu o atestado de óbito.
Tudo que era parente com razoáveis esperanças de herança foi velar o morto.
Tomou-se conhecimento de uma carta que estava cuidadosamente colocada dentro do cofre, sobre o dinheiro deixado por seu
Irineu. E na carta o velho dizia: “Quero ser enterrado junto com a quantia existente nesse cofre, que é tudo o que eu possuo e
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que foi ganho com o suor do meu rosto, sem a ajuda de parente vagabundo nenhum”. E, por baixo, a assinatura com firma
reconhecida para não haver dúvida: Irineu de Carvalho Pinto Boaventura.
Para quê! Nunca se chorou tanto num velório, sem se ligar pro morto. A parentada chorava às pampas, mas não apareceu
ninguém com peito para desrespeitar a vontade do falecido.
Foi quase na hora do corpo sair. Desde o momento em que se tomou conhecimento do que a carta dizia, que Altamirando
imaginava um jeito de passar o morto para trás. Era muita sopa deixar aquele dinheiro ali pro velho gastar com minhoca. Pensou,
pensou e, na hora que iam fechar o caixão, ele deu o grito de “pera aí”. Tirou os sessenta milhões de dentro do caixão, fez um
cheque da mesma importância, jogou lá dentro e disse “fecha”.
“Assim é (se lhe parece.)” é a tradução em português do título de uma peça do dramaturgo italiano Luigi Pirandello. Sobre este escritor disse o ator Rubens
Caribé: “Para ele, não existe uma só verdade, mas diferentes pontos de vista. Não existe um só homem, mas diversas máscaras que vestimos no dia a
dia, desde a hora em que acordamos até a hora em que dormimos. Portanto, não existe uma verdade absoluta”.
O título tem sua malícia: a afirmação taxativa (“assim é”) é logo relativizada pela expressão entre parênteses (“se lhe parece”), do que resulta a insinuação de
que podemos estar muito enganados quando julgamos conhecer efetivamente alguma coisa. O suposto “fato” pode ser apenas uma “opinião”. A visão
de um objeto implica uma perspectiva para ele. Pirandello acredita, de fato, que a chamada “realidade das coisas” é sempre bastante condicionada pelo
ponto de vista a partir do qual vemos o mundo.
E vai ainda mais longe: mesmo dentro de cada um de nós, nenhum olhar se consolida para sempre, uma vez que nossos diferentes interesses podem
mudar nossa visão de um mesmo objeto. Nossa identidade de indivíduos não é sólida como pode parecer: precisamos, ao longo da vida, de máscaras que
encobrem nossas reais necessidades. Viria daí, em boa parte, o prestígio do teatro: vemos encenadas no palco, como expressão de um “fingimento”
artístico trabalhado por atores, nossas emoções secretas, nossos desejos encobertos... e verdadeiros.
Uma discussão de verdade, na qual os interessados pretendam refletir e argumentar, deve sempre levar em conta esse relativismo do “parece que
é”. Aceitar que nossa visão pode estar sendo prejudicada pelo interesse de ver o que nos convém é o primeiro passo para aceitar a possibilidade de nosso
contendor estar certo. A flexibilidade dos diferentes pontos de vista torna qualquer “verdade” mais complexa do que aparenta, e melhor faríamos se
atentássemos antes para o que está implicado em nossa visão do que para o fato consumado em que transformamos o que está sob nossa vista. É o
melhor modo de nos aproximarmos do que somos, em vez de nos contentarmos com o que parecemos ser.
Gabarito: C
A fórmula chinesa A China vai virar uma democracia? Liberais, especialmente os da vertente institucionalista, apostam que ou ela
se transforma numa sociedade aberta ou verá o fim de sua pujança econômica. Pequim, porém, parece empenhada em desmentir
os liberais.
Um resumo rápido do último quinquênio sob a liderança de Xi Jinping é que o dirigente, que acaba de ser escolhido para
permanecer mais cinco anos à frente do Partido Comunista chinês, conseguiu concentrar poderes e sufocar as tímidas tentativas
de abertura, tudo isso sem ameaçar o crescimento.
Os liberais, porém, não precisam, por enquanto, atirar a toalha. Como nunca deram um prazo preciso para que sua profecia se
concretizasse, não foram formalmente contraditados. É até possível que tenham razão e que, em horizontes mais dilatados, a
China ou promova uma abertura ou sofra um apagão econômico.
O pressuposto teórico dessa tese é bastante razoável. A prosperidade sustentável, afinal, depende de um fluxo constante de
inovações e ganhos de produtividade que são coibidos quando indivíduos não podem trocar ideias livremente.
Dá para construir uma boa argumentação mostrando que esse foi um grande problema na antiga URSS e contribuiu para seu
ocaso* econômico.
O ponto central é descobrir se a liberdade é condição necessária para o desenvolvimento científico e econômico ou só um
tempero desejável. Gostaria de acreditar na primeira alternativa, mas receio que ela não passe de um desejo liberal. Não me
parece “a priori” impossível criar um sistema fortemente autoritário na política e suficientemente liberal nas áreas científi cas. A
China pelo menos tem conseguido.
(Hélio Schwartsman. Folha de São Paulo. 27.10.2017.
Adaptado)
* enfraquecimento que leva à destruição; perda de influência, de poder; decadência.
No trecho “Como nunca deram um prazo preciso para que sua profecia se concretizasse, não foram formalmente contraditados.”,
a profecia em questão se refere à afirmação de que
a) a China verá o fim de seu poder econômico, caso não se transforme em uma sociedade aberta.
b) a China desmentiria os críticos ao seu sistema político quanto às suas previsões a respeito da economia do país.
c) o dirigente chinês não continuaria concentrando o poder ante o crescente desejo de abertura política no país.
d) o governo não conseguiria ser eleito pelo Partido Comunista para dirigir o país pelos próximos cinco anos.
e) a falta de abertura permaneceria sem interferir nos altos índices de crescimento econômico registrados no país.
Gabarito: A
Pouca gente nota, mas sou careca. Rasparam meu cabelo quando entrei na faculdade, e de lá pra cá a coisa não melhorou.
Conheço o assunto. Portanto, me surpreendi com essa notícia de os japoneses terem descoberto a cura da calvície com o uso de
células-tronco. A princípio, desconfiei; são poucos os orientais realmente carecas. Perto de 20% da população (segundo o Japan
Times). Então, qual a razão de perder tempo pesquisando? Não é um problema nacional, manja? Segundo a mesma publicação,
41% dos holandeses são carecas – mas eles preferiram inventar uma marca de cerveja do que um remédio para as entradas.
Também prefiro.
De cara, implico com esse termo: “cura”, porque pressupõe que calvície é doença. Me recuso a olhar para esta minha cabeça
redonda, graciosa e útil (sirvo de ponto de referência em qualquer Lollapalooza) e julgá-la como patologia. Chamar calvície de
doença é coisa de quem nunca foi careca, por exemplo, os japoneses.
Ser careca é ótimo. Não tem demérito nenhum. E dá trabalho, sim. Um careca cônscio é vaidoso. Tem que raspar, passar protetor
solar, hidratante e até cera, se a calva estiver opaca.
Tomar banho, por exemplo, é ótimo. O pouca-telha sente a água batucando diretamente na cabeça. Na hora do soninho, o
travesseiro refresca. Até o cafuné rende mais, já que feito diretamente na pele. A gente se arruma mais rápido, o ralo do nosso
banheiro nunca entope.
Aí o cabeludo, em defesa da categoria, argumenta que cabelo é item de beleza superior e charme: dá pra deixar crescer, tingir de
ruivo, fazer trancinha e até coque casal-top model. De fato, carecas não se divertem com o cabelo. Mas usam gorros, de cores
variadas e marcas sofisticadas. Se a natureza não foi pródiga, a moda ajuda. É fato: desde que o Bruce Willis apareceu que
careca é sinônimo de sedução fashion.
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Falei do Bruce, mas posso citar Kelly Slater, Zidane, Stanley Tucci, Guardiola, Jason Statham – e por aí vai. Temos nosso
borogodó. Não somos de jogar fora.
O único problema do careca é querer renegar a raça. É querer virar as costas para os seus. É querer enganar o próximo. O
grande problema do careca é o implante. Ou, Deus nos livre, a peruca. Aí, não. Vamos manter a dignidade. Melhor raspar tudo,
passar um perfuminho, adotar um chapéu-panamá. Dá certo também; tem sempre quem goste. Vai por mim, sou careca desde
que entrei na faculdade.
Pouca gente nota, mas sou careca. Rasparam meu cabelo quando entrei na faculdade, e de lá pra cá a coisa não melhorou.
Conheço o assunto. Portanto, me surpreendi com essa notícia de os japoneses terem descoberto a cura da calvície com o uso de
células-tronco. A princípio, desconfiei; são poucos os orientais realmente carecas. Perto de 20% da população (segundo o Japan
Times). Então, qual a razão de perder tempo pesquisando? Não é um problema nacional, manja? Segundo a mesma publicação,
41% dos holandeses são carecas – mas eles preferiram inventar uma marca de cerveja do que um remédio para as entradas.
Também prefiro.
De cara, implico com esse termo: “cura”, porque pressupõe que calvície é doença. Me recuso a olhar para esta minha cabeça
redonda, graciosa e útil (sirvo de ponto de referência em qualquer Lollapalooza) e julgá-la como patologia. Chamar calvície de
doença é coisa de quem nunca foi careca, por exemplo, os japoneses.
Ser careca é ótimo. Não tem demérito nenhum. E dá trabalho, sim. Um careca cônscio é vaidoso. Tem que raspar, passar protetor
solar, hidratante e até cera, se a calva estiver opaca.
Tomar banho, por exemplo, é ótimo. O pouca-telha sente a água batucando diretamente na cabeça. Na hora do soninho, o
travesseiro refresca. Até o cafuné rende mais, já que feito diretamente na pele. A gente se arruma mais rápido, o ralo do nosso
banheiro nunca entope.
Aí o cabeludo, em defesa da categoria, argumenta que cabelo é item de beleza superior e charme: dá pra deixar crescer, tingir de
ruivo, fazer trancinha e até coque casal-top model. De fato, carecas não se divertem com o cabelo. Mas usam gorros, de cores
variadas e marcas sofisticadas. Se a natureza não foi pródiga, a moda ajuda. É fato: desde que o Bruce Willis apareceu que
careca é sinônimo de sedução fashion.
Falei do Bruce, mas posso citar Kelly Slater, Zidane, Stanley Tucci, Guardiola, Jason Statham – e por aí vai. Temos nosso
borogodó. Não somos de jogar fora.
O único problema do careca é querer renegar a raça. É querer virar as costas para os seus. É querer enganar o próximo. O
grande problema do careca é o implante. Ou, Deus nos livre, a peruca. Aí, não. Vamos manter a dignidade. Melhor raspar tudo,
passar um perfuminho, adotar um chapéu-panamá. Dá certo também; tem sempre quem goste. Vai por mim, sou careca desde
que entrei na faculdade.
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Texto 2.
Grigory Kessel, catedrático de idioma siríaco na Universidade Philipps, em Marburg, na Alemanha, pesquisava textos antigos na
biblioteca de um rico colecionador de Baltimore, nos EUA, quando – ao ver um velho manuscrito incompleto, composto por
páginas de couro milenares – notou certa semelhança com uma única página solta que vira havia três semanas em uma biblioteca
da Universidade de Harvard.
A obra que ele estudava, sem algumas de suas páginas, era nada menos que a mais antiga tradução já encontrada do importante
manuscrito do médico e filósofo greco-romano, Cláudio Galeno – conhecido como Galeno de Pérgamo –, que morreu no ano 200
d.C., intitulado “Das misturas e poderes das drogas simples”.
O achado da primeira página perdida, feito por Kessel, ocorreu em fevereiro de 2013. A partir de então, foi iniciada uma caçada
global às demais seis folhas que faltavam. E elas foram encontradas em diversas instituições mundo afora. Em seguida, iniciou-se
a digitalização de toda a obra, finalizada em maio deste ano.
Agora, especialistas estão começando a explorar os textos, praticamente invisíveis a olho nu. A perspectiva é de que o conteú do
seja totalmente traduzido em um prazo de cinco anos.
O manuscrito é um palimpsesto, ou seja, um texto antigo recoberto por outro escrito. A prática era comum na Idade Média, como
forma de reciclagem. Nesse caso, escribas sírios do século XI rasparam o texto médico de Galeno, que estava no pergaminho, e
escreveram hinos religiosos por cima dele.
Na fase atual, cada página foi fotografada digitalmente em alta resolução, com diferentes cores e configurações de luz,
destacando diversas formas de tintas, sulcos da escrita e o próprio pergaminho, e os algoritmos do computador têm explorado
essas variações de modo a ampliar a visibilidade do texto que ficou por baixo. As imagens resultantes foram disponibilizadas na
internet e podem ser estudadas por acadêmicos para qualquer finalidade não comercial.
Durante séculos, as diversas traduções de “Das misturas e poderes das drogas simples” foram leituras obrigatórias para
aspirantes a médicos, por conter conhecimentos antigos sobre Medicina, cuidados ao paciente e uso de plantas medicinais.
“Esse provavelmente será um texto fundamental assim que for completamente decifrado. Descobriremos coisas com as quais nem
poderíamos sonhar até agora”, entusiasma-se Peter Pormann, especialista em greco-árabe da Universidade de Manchester, que
lidera atualmente os estudos do livro de Galeno.
A descoberta, concordam os pesquisadores, poderá lançar uma nova luz sobre as raízes da Medicina e como ela se espalhou pelo
mundo antigo.
Considerando “Calvície: o melhor remédio é o charme” como texto 1 e “As folhas que faltavam” como texto 2, assinale a
alternativa que traz a afirmação correta.
a) No texto 1, o tema é tratado de forma objetiva pelo autor; a linguagem é informal e predominam expressões em sentido
próprio.
b) No texto 1, o tema é tratado de forma subjetiva pelo autor; a linguagem é formal e estão ausentes expressões em sentido
figurado.
c) No texto 1, o tema é tratado de forma subjetiva pelo autor; a linguagem é informal e estão presentes expressões em
sentido figurado.
d) No texto 2, o tema é tratado de forma objetiva pelo autor; a linguagem é informal e predominam expressões em sentido
figurado.
e) No texto 2, o tema é tratado de forma subjetiva pelo autor; a linguagem é formal e estão ausentes expressões em sentido
próprio.
Gabarito: C
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Gabarito: B
Sabe-se, segundo informa o site da entidade, que “o último trabalho de revisão do Código de Ética da Associação Médica Americana aconteceu em
2007 sobre um documento que vigorava há quase 20 anos”. Sabe-se ainda que, “após quase dois anos de estudos preparatórios, com comissões estaduais e
nacionais multidisciplinares, consulta pública pela internet e cerca de três mil propostas de modificação, quase quatro centenas de médicos, delegados de
toda a Federação, revisaram e atualizaram o Código”.
São, de fato, assuntos importantes – e por vezes melindrosos – os revistos pela Federação. Entre eles, o da terminalidade da vida será talvez o mais polêmico,
por envolver operações como a eutanásia, ou morte assistida, consideradas atos humanitários, por uns, e, por outros, intervenções inaceitáveis da
medicina. Tem-se a impressão de que, com o tempo, a posição mais objetiva e piedosa poderá prevalecer. A medicina não existe para prolongar a dor
do paciente terminal.
(https:/academiamedica.com.br/revisao-do-codigo-de-etica-medica-mudancas-em-favor-da-medicina-e-da-sociedade)
Na última revisão do Código Ético da Associação Médica Americana, promoveu-se uma série de revisões do código anterior,
abrindo-se espaço para questões polêmicas, como a terminalidade da vida, tema esse que
a) só alcança consenso quanto à necessidade de se abreviar a dor do paciente terminal.
b) provoca na maioria dos médicos mais objetivos uma pronta rejeição quanto à eutanásia.
c) abre controvérsias quanto ao que seja um desfecho aceitável da vida de um paciente terminal.
d) implica soluções humanitárias para as quais a medicina ainda não está tecnicamente preparada.
e) faz esquecer os aspectos éticos de operações como a eutanásia ou a morte assistida.
Gabarito: C
Ter trinta e poucos anos significa, entre outras coisas, que é praticamente impossível reunir cinco casais num jantar sem que haja
pelo menos uma grávida. E estar na presença de uma grávida significa, entre outras coisas, que é praticamente impossível falar
de qualquer outro assunto que não daquele rotundo e miraculoso acontecimento, a desenrolar -se do lado de lá do umbigo em
expansão.
Enquanto a conversa gira em torno dos nomes cogitados, da emoção do ultrassom, dos diferentes modelos de carrinho, o clima
costuma ser agradável e os convivas se aprazem diante da vida que se aproxima. Mas eis então que alguém pergunta: “e aí, vai
ser parto normal ou cesárea?”, e toda possível harmonia vai pra cucuia.
Num extremo, estão as mulheres que querem parir de cócoras, ao pé de um abacateiro, sob os cuidados de uma parteira de cem
anos, tendo como anestesia apenas um chá de flor de macaúba e cantigas de roda de 1924. Na outra ponta, estão as que têm
tremedeiras só de pensar em parto normal, pretendem ir direto pra cesárea, tomar uma injeção e acordar algumas horas depois,
tendo no colo um bebê devidamente parido, lavado, escovado, penteado e com aquela pulseirinha vip no braço, já com nome,
número de série e código de barras.
Os dois lados acusam o outro de violência: as naturebas dizem que a cesárea é um choque; as artificialebas alegam que dar as
costas à medicina é uma irresponsabilidade. Eu, que durante meses ouvi calado as discussões, pesei bastante os argumentos e
cheguei, enfim, a uma conclusão: abaixo o nascimento! Viva a gravidez!
Imaginem só a situação: os primeiros grãos de consciência germinam em seu cérebro. Você boia num líquid o morninho – nem a
gravidade, essa pequena e constante chateação, te aborrece. Você recebe alimento pelo umbigo. Você dorme, acorda, dorme,
acorda e jamais tem que cortar as unhas dos pés. Então, de repente, o líquido se vai, as paredes te espremem, a font e seca, a
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luz te cega e, daí pra frente, meu amigo, é só decadência: cólicas, fome, sede, pernilongos, decepções, contas a pagar. Eis u m
resumo de nossa existência: nove meses no paraíso, noventa anos no purgatório.
Freud diz que todo amor que buscamos é um pálido substituto de nosso primeiro, único e grande amor: a mãe. Discordo. A mãe
já é um pálido substituto de nosso primeiro, único e grande amor: a placenta. Tudo, daí pra frente – as religiões, os
relacionamentos amorosos, a música pop, a semiótica* e a novela das oito – é apenas uma busca inútil e desesperada por um
novo cordão umbilical, aquele cabo USB por onde fazíamos, em banda larga, o download da felicidade. Do parto em diante, meu
caro leitor, meu caro companheiro de infortúnio, a vida é conexão discada, wi-fi mequetrefe, e em vão nos arrastamos por aí,
atrás daquela impossível protoconexão.
No próximo jantar, se estiver do lado de uma grávida, jogarei um talher no chão e, ao abaixar para pegá -lo, cochicharei bem
rente à barriga: “te segura, garoto! Quando começar a tremedeira, agarra bem nas paredes, se enrola no cordão, carca os pés na
borda e não sai, mesmo que te cutuquem com um fórceps, te estendam uma mão falsamente amiga, te sussurrem belas cantigas
de roda, de 1924. Te segura, que o negócio aqui é roubada!”.
*semiótica: ciência dos modos de produção, de funcionamento e de recepção dos diferentes sistemas de sinais de comunicação
entre indivíduos ou coletividades.
Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade. Mas é preciso corrigir o tempo do
verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão ainda é uma das maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar mais o
topo da lista como responsável pelo crime não deve ser motivo para esquecermos ou escondermos a infâmia.
Anos atrás, lembro-me de um livro aterrador de Benjamin Skinner que ficou gravado nos meus neurônios. Seu título era A Crime So Monstrous (Um crime tão
monstruoso) e Skinner ocupava-se da escravidão moderna para chegar à conclusão aterradora: existem hoje mais escravos do que em qualquer outra
época da história humana.
Skinner não falava apenas de novas formas de escravidão, como o tráfico de mulheres na Europa ou nos Estados Unidos. A escravidão que denunciava
com dureza era a velha escravidão clássica − a exploração braçal e brutal de milhares ou milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou
pedreiras ao som do chicote. [...]
Pois bem: o livro de Skinner tem novos desenvolvimentos com o maior estudo jamais feito sobre a escravidão atual. Promovido pela Associação Walk Free,
o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa miséria contemporânea. [...]
A Índia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava, continua a espantar o mundo em termos absolutos com um número que hoje oscila entre os 13
milhões e os 14 milhões de escravos. Falamos, na grande maioria, de gente que continua a trabalhar uma vida inteira para pagar as chamadas "dívidas
transgeracionais" em condições semelhantes às dos escravos do Brasil nas roças.
Conclusões principais do estudo? Pessoalmente, interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery Index, é que a escravidão é residual,
para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente branco e "imperialista".
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela. A
escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis comprarem negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua a
existir.
Mas é possível retirar uma segunda conclusão: o ruidoso silêncio que a escravidão moderna merece da intelectualidade progressista. Quem fala,
hoje, dos 30 milhões de escravos que continuam acorrentados na África, na Ásia e até na América Latina? [...]
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O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo algumas vergonhas passadas. Mas confesso que espero pelo dia em que
Hollywood também irá filmar as vergonhas presentes: as vidas anônimas dos infelizes da Mauritânia ou do Haiti que, ao contrário do escravo do filme,
não têm final feliz.
(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. "Os Escravos". Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br)
Poucos artigos sérios usam a palavra “vício” para falar de tecnologia. É comum ver eufemismos como “compulsão” ou “uso
exagerado”. “Vício” é palavra ainda rara. Ou ao menos era. Na edição de janeiro de 2015, a revista Wired (influente publicaçã o
sobre tecnologia) não hesitou em usar a palavra “viciante”, da seguinte forma: “Facebook, Twitter, Instagram. Os produtos
tecnológicos de maior sucesso têm uma coisa em comum: eles são viciantes”.
O texto comenta a obra do consultor Nir Eyal, especializado em aconselhar empresas e designers a tornarem seus produtos mais
viciantes. Eyal é autor do livro Hooked: How to Build Habit-Forming Products (Fisgado: como construir produtos que formam
hábitos) e roda o mundo auxiliando a “fisgar” usuários e não soltá-los mais.
Em seu livro, Eyal cria um sistema a partir de autores polêmicos, como B. Frederic Skinner, inventor da “caixa de Skinner”. Nela é
colocado um pombo que, para se alimentar, precisa puxar uma alavanca. Skinner demonstrou que, se a comida aparece todas as
vezes em que o pombo aciona a alavanca, o bicho se torna preguiçoso e apenas a puxa quando sente fome. Já se a comida
aparecer aleatoriamente, o pombo passa a acionar a alavanca incessantemente, desenvolvendo uma compulsão por ela. Skinner
demonstrou que recompensas esporádicas ligadas a uma ação podem gerar compulsão por repetir a ação (algo visível em
cassinos ou muitos sites na rede).
Aproveitando-se desses modelos, Eyal foi ainda além. Ele explica a dinâmica da criação do vício com quatro elementos: gatilho,
ação, recompensa esporádica e investimento.
O gatilho corresponde aos nossos confortos e desconfortos inevitáveis ao longo do dia. Por exemplo, momentos em que sentimos
tédio, solidão ou ansiedade. Ao passar por um deles, buscamos algo que possa nos distrair.
Daí vem a ação. Por exemplo, tirar o celular do bolso e abrir um aplicativo como o Instagram. Ao fazer isso, a recompensa é
incerta. Podemos achar uma foto interessante ou não. Uma vez que esse comportamento é associado ao gatilho, o vício se forma.
Quando a pessoa se sentir desconfortável novamente, terá vontade de abrir o Instagram.
A última fase do processo é o investimento. Ele acontece quando a pessoa passa a trabalhar para o ciclo. Por exemplo, passa a
postar fotos suas no Instagram, pois sabe que isso irá gerar comentários e curtidas. Nesse momento, a pessoa passa a ter
incentivos adicionais para voltar frequentemente ao aplicativo a fim de conferir a repercussão de sua postagem, e o ciclo
recomeça.
Muitas pessoas ficarão incomodadas com o trabalho de Eyal. Outras vão sair correndo para comprar seu livro. O fato é que sua
obra nos provoca a pensar de que lado da caixa de Skinner estamos neste exato momento.
Segundo o texto, o trabalho de Eyal encontra paralelo com a “caixa de Skinner” no que diz respeito
a) ao fato de vincular o surgimento da compulsão a um comportamento preguiçoso.
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Gabarito: E
“Anúncio: Meu amigo, sente-se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida não vale nada? Acha
permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há mais ética, conceitos estéticos, nenhum objetivo mais
profundo e mais humano a atingir? Sua vista está obnubilada por uma permanente poluição visual? O mundo não passa de uma
comercialização a qualquer preço? Não desespere: Telefone-nos imediatamente e destruiremos logo o seu aparelho de televisão. Já!
Grátis: Sem televisão você será um homem inteiramente novo. Sem televisão você voltará a ver a vida como ela é.”
O texto mostra um posicionamento contrário à televisão; sobre essa posição argumentativa, a estratégia empregada no texto é:
a) discussão sobre pontos de vista contraditórios;
b) refutação de teses opostas;
c) apoio a ideias socialmente dominantes;
d) eliminação de dúvidas sobre o tema;
e) propostas de reflexão com encaminhamento de solução.
Gabarito: E
Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber quem era Miss Dollar. Mas, por outro lado, sem a
apresentação de Miss Dollar seria o autor obrigado a longas digressões, que encheriam o papel sem adiantar a ação. Não há
hesitação possível: vou apresentar-lhes Miss Dollar.
Se o leitor é rapaz e dado ao gênio melancólico, imagina que Miss Dollar é uma inglesa pálida e delgada, escassa de carnes e de
sangue, abrindo à flor do rosto dois grandes olhos azuis e sacudindo ao vento umas longas tranças louras. A moça em questão
deve ser vaporosa e ideal como uma criação de Shakespeare. […]
A figura é poética, mas não é a da heroína do romance. Suponhamos que o leitor não é dado a estes devaneios e melancolias;
nesse caso, imagina uma Miss Dollar totalmente diferente da outra. Desta vez será uma robusta america na, vertendo sangue
pelas faces, formas arredondadas, olhos vivos e ardentes, mulher feita, refeita e perfeita. Amiga da boa mesa e do bom copo,
esta Miss Dollar preferirá um quarto de carneiro a uma página de Longfellow1, coisa naturalíssima quando o estômago reclama, e
nunca chegará a compreender a poesia do pôr do sol. […]
Já não será do mesmo sentir o leitor que tiver passado a segunda mocidade e vir diante de si uma velhice sem recurso. Para
esse, a Miss Dollar verdadeiramente digna de ser contada em algumas páginas, seria uma boa inglesa de cinquenta anos, dotada
com algumas mil libras esterlinas, e que, aportando ao Brasil em procura de assunto para escrever um romance, realizasse um
romance verdadeiro, casando com o leitor aludido, o que seria conveniente para ele. Uma tal Miss Dollar seria incompleta se não
tivesse óculos verdes e um grande cacho de cabelo grisalho em cada fonte. Luvas de renda branca e chapéu de linho seriam a
última demão deste magnífico tipo de ultramar.
Mais esperto que os outros, acode um leitor dizendo que a heroína do romance não é nem foi inglesa, mas brasileira dos quatro
costados2, e que o nome de Miss Dollar quer dizer simplesmente que a rapariga é rica.
A descoberta seria excelente, se fosse exata; infelizmente nem esta nem as outras são exatas. A Miss Dollar do romance não é a
menina romântica, nem a mulher robusta, nem a velha literata, nem a brasileira rica. Falha desta vez a proverbial perspicácia dos
leitores; Miss Dollar é uma cadelinha galga.
Para algumas pessoas, a qualidade da heroína fará perder o interesse do romance. Erro manifesto. Miss Dollar, apesar de não ser
mais que uma cadelinha galga, teve as honras de ver seu nome nos papéis públicos, antes de entrar para este livro.
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“Os Flintstones foram apresentados a você por Winston, o cigarro com filtro mais vendido e mais gostoso da América. Winston é
gostoso, como um cigarro tem que ser!”.
A afirmativa – retirada de uma tese de mestrado sobre a propaganda de cigarros no Brasil – que se refere diretamente a esta
propaganda é:
a) podemos observar que o Programa Nacional de Tabagismo, para atingir seu público alvo – jovem não fumante – se
apropria dos modelos de comunicação de massa utilizada pela indústria do tabaco;
b) as imagens de advertências, em sua evolução utilizam a aversão como estímulo para provocar nos consumidores o efeito
de repulsa ao produto;
c) a perspectiva de resposta para este tipo de propaganda é a diminuição do tabaco, através da exibição das evidências
científicas baseadas na epidemiologia clínica, que mostram os malefícios causados à saúde do indivíduo e da sociedade;
d) há a introdução da aversividade na produção das imagens e frases de advertências como novo elemento das campanhas
de prevenção ao tabagismo no Brasil;
e) a propaganda procura apresentar modelos a imitar, utilizando pessoas de prestígio social e cultural, cujas imagens estejam
ligadas ao sucesso profissional.
Gabarito: A
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Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas, mas acabei me cansando de tê-los e perdê-los; há anos vivo sem nenhum desses abrigos, e também, como
toda gente, sem chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida, me plantado debaixo de muita marquise, mas resistido.
Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três pontos diferentes do bairro. Pedi ao moço de recados, quando veio apanhar a crônica para o
jornal, que me comprasse um chapéu-de-chuva que não fosse vagabundo demais, mas também não muito caro. Ele me comprou um de pouco mais de
trezentos cruzeiros.
Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pendurei o guarda-chuva a um canto e me pus a contemplá-lo. Senti então uma certa simpatia por ele;
meu velho rancor contra os guarda-chuvas cedeu a um estranho carinho, e eu mesmo fiquei curioso de saber qual a origem desse carinho.
Pensando bem, ele talvez derive do fato de ser o guarda-chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. Sou apenas um quarentão, e
praticamente nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva.
O guarda-chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram
de moda. Ele permaneceu austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas.
Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre, essa pequena
barraca ambulante.
Já na minha infância era um objeto de ares antiquados, que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas características era ser muito usado em
enterros. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de
mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou sol, apesar dos motejos alheios; a estes,
respeita. O freguês vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para sumir.
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Coisas antigas. In: 200 Crônicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro: Record,
1998, p.217-9)
Em diversos momentos o autor se vale do humor na composição do texto, como ocorre no segmento:
I. Pensando bem, ele talvez derive do fato de ser o guarda-chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. (4º parágrafo)
II. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram de moda. (5º parágrafo)
III. Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre... (6º
parágrafo)
IV. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de
mudar de dono. (último parágrafo)
Na história da República das Províncias Unidas dos Países Baixos, a independência nacional e a expansão colonial marcharam de mãos dadas no decurso dos
oitenta anos de guerra contra a Espanha (1568-1648). A historiografia tende basicamente a encarar
de duas maneiras, que não são excludentes, as origens do império marítimo que os batavos começaram a edificar em fins do século XVI e que em boa
parte chegou até a Segunda Guerra Mundial e a independência da Indonésia. A primeira maneira, estritamente monocausal, interpreta o surto
ultramarino em função do imperativo de aceder às fontes de comércio e de riqueza que os embargos opostos pela Espanha à navegação da Holanda lhes
negava; a segunda maneira, como uma das facetas do processo pelo qual a Holanda tornou-se, no umbral do seu Século de Ouro, "a primeira economia
moderna" e a principal potência marítima.
Portugal e os Países Baixos tinham uma longa história de relações comerciais quando, em 1580, o Reino uniu-se à monarquia plural dos Habsburgo
madrilenos, na esteira da crise dinástica desencadeada pela morte de d. Sebastião no norte da África. Tais relações não poderiam escapar às consequências
do conflito hispano-neerlandês, a começar pelos sucessivos embargos sofridos por navios batavos em portos da Península, medidas que afetavam o
suprimento de certos produtos indispensáveis à economia das Províncias Unidas, em especial o sal português de que dependia a indústria da pesca,
então uma das vigas mestras da prosperidade holandesa, além de produto crucial ao moeder negotie, isto é, às atividades mercantis da República no
Báltico. Malgrado a guerra com a Espanha, as relações comerciais de Portugal com as Províncias Unidas contavam com a cumplicidade de autoridades e de
homens de negócio lusitanos e com o contrabando capitaneado por testas de ferro estabelecidos em Lisboa, no Porto e em Viana, com o que se atenuaram
os efeitos das medidas restritivas decretadas pela corte de Madri.
Obs.:
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1. A República das Províncias Unidas dos Países Baixos foi estado europeu antecessor dos atuais Países Baixos. Segundo o
organizador da obra de que foi retirado o excerto acima, nela a Holanda, que na realidade era uma das entidades que compunham a antiga
República das Províncias Unidas dos Países Baixos, designa toda a confederação, como já se praticava no século XVII.
2. neerlandês: que ou aquele que é natural ou habitante do Reino dos Países Baixos (Holanda).
("Introdução" a O Brasil holandês (1630-1654). Seleção, introdução e notas de Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Penguin
Classics, 2010, p. 11
e 12)
Observado o tratamento dado ao tema, é correta a seguinte afirmação sobre o que se tem no segundo parágrafo:
a) A união de Portugal com a Espanha é reportada como argumento definitivo em favor da superioridade do poder marítimo
espanhol sobre as demais nações europeias.
b) A morte de d. Sebastião no norte da África é mencionada como uma das relevantes consequências da união entre Portugal
e Espanha em 1580.
c) A referência à longa história de relações comerciais entre Portugal e Países Baixos tem o propósito de comprovar que o
governo português, depois de 1580, honrou os compromissos legais já assumidos.
d) Cita-se o conflito hispano-neerlandês para fundamentar as dificuldades que os Países Baixos passaram a ter em suas
relações comerciais com Portugal a partir de 1580.
e) A alusão à Península (Ibérica), em continuidade à alusão feita ao norte da África, confirma a grande dimensão territorial
atingida pela guerra entre a Espanha e a República das Províncias Unidas dos Países Baixos.
Gabarito: D
Errância Só
porque erro
encontro
o que não se
procura
só porque
erro
invento
o labirinto
a busca a
coisa
a causada
procura
só porque
erro acerto:
me construo
Margem de
erro: margem de
liberdade.
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A festa cristão
A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio espiritual da moderna civilização. A decomposição das
famílias, a violência, a corrupção, as drogas, a dissolução dos costumes e a falta de solidarie dade com os menos afortunados
seriam sintomas de um mundo sem fé.
“Ao lado do racionalismo grego, nada influenciou tanto a história do Ocidente quanto o cristianismo”, registra o filósofo Karl Popper. “O
cristianismo foi o principal ingrediente do pensamento europeu. Mesmo sob ataque, manteve seus críticos em sua órbita. São ainda condenados a
esgrimir com a ética e a moralidade cristã até mesmo os ateus”, observa o historiador Fernand Braudel. Humanistas prisioneiros de métodos
científicos, desamparados pela fé, celebram também com o Papa Francisco “o Natal como anúncio de alegria, esperança e ternura”.
O historiador Paul Johnson argumenta que “a ascensão cristã não foi acidental, mas sim o atendimento de uma ampla, urgente e mal formulada
necessidade de um culto monoteísta no mundo grego. As divindades tribais não forneciam mais explicações satisfatórias para uma sociedade
cosmopolita em expansão, com crescentes padrões de vida e pretensões intelectuais”. Era a versão mediterrânea da globalização derrubando
deuses locais.
O mesmo pode ser dito da contaminação viral das ideias socialistas. A “morte” de Deus e o “desencantamento” do mundo exigiram
uma nova religião secular e universal. O marxismo e suas pretensas bases científicas revelaram‐se não apenas um formidável equívoco
intelectual mas também um trágico experimento político, social e econômico. Mas disseminaram‐se por seu apelo a nossos ancestrais
instintos de solidariedade e altruísmo, heranças da moralidade dos pequenos bandos e das grandes religiões. Pois, afinal, “a
predisposição à crença religiosa é a mais complexa, poderosa e provavelmente irremovível força da natureza humana”, considera o biólogo
Edward Wilson.
Por outro lado, apesar de criticados por sua impessoalidade e incompreendidos pelas massas, os mercados globais formam uma
extensa rede de cooperação social abrangendo bilhões de indivíduos. “Nossas dificuldades resultam de que precisamos ajustar nossas
vidas, pensamentos e emoções a esses dois mundos diferentes”, diagnostica o economista Friedrich von Hayek.
O autor do texto mostra, no primeiro parágrafo, um certo distanciamento do que afirma a Igreja Católica.
Gabarito: A
Ritmo da evolução
A evolução humana está em processo de aceleração ou de desaceleração? A pergunta, que pode parecer de um academicismo
meio bizantino, na verdade encerra uma ácida polêmica que cinde em dois o habitat dos biólogos.
O trabalho da brasileira Carolina Marchetto, que usou células embrionárias reprogramadas para mostrar que o homem está
evoluindo de forma mais lenta do que chimpanzés, dá algum suporte para a hipótese da desaceleração, mas a questão está longe
de resolvida.
Para os cientistas que se perfilam nesse grupo, o advento da cultura, com seus desenvolvimentos sociais e tecnológicos, nos
tornou menos dependentes da genética. O paleontologista Stephen Jay Gould era um campeão dessa teoria. Para ele, não houve
mudança biológica significativa nos últimos 40 mil anos.
Na outra ponta, pesquisadores como os antropólogos Henry Harpending e John Hawks sustentam não só que a evolução genética
continua viva e atuante na humanidade como se acelerou nos últimos 40 milênios, especialmente desde o surgimento da
agricultura, dez mil anos atrás. Essa teoria, embora longe de consensual, tem ganhado a simpatia de pesquisadores de várias
áreas.
As conclusões desse grupo se baseiam principalmente em análises estatísticas de mutações observadas no genoma de diferentes
populações humanas. Em suas contas, 23% de nossos genes estiveram sob pressão seletiva recente. No plano teórico, a ideia é
que a concentração demográfica e a exposição a ambientes mais diversos favorecem a evolução.
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É cedo para cravar quem está certo. Mais trabalhos deverão ser produzidos e, pelo menos em princípio, as evidências podem
resolver a questão. O complicador aqui é político. Evolução recente pode ser interpretada como sinônimo de raça, e este é um
assunto que tende a ser especialmente explosivo na academia.
No texto, tanto os pesquisadores que defendem que os seres humanos estão se desenvolvendo de forma mais lenta quanto os
que consideram que os humanos continuam em franca evolução citam, para corroborar suas teses,
a) estudos em que a genética humana é comparada à de produtos agrícolas.
b) a criatividade humana, resultando em avanços tecnológicos.
c) a análise comparativa, baseada no conceito de raças.
d) evidências obtidas a partir de pesquisas biológicas.
e) a comparação com outras formas de vida.
Gabarito: D
Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias coerentes. Assim, advogados da
infância buscavam promover os interesses das crianças, feministas visavam a afirmar a autonomia das mulheres e militantes dos
direitos de homossexuais tentavam acabar com a discriminação contra gays, mas sem perder de vista teses mais gerais da
esquerda não marxista, que incluíam a ampliação das liberdades e a despenalização do direito.
As coisas mudaram. E para pior, a meu ver. Hoje, os defensores das criancinhas deblateram para que o Congresso mantenha um
mecanismo jurídico que permite mandar para a cadeia o pai que não paga em dia pensão do filho. Pouco importa que a prisão
por dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das reformas de Sólon que facilitou a introdução da democracia em
Atenas foi justamente o fim da servidão por dívidas – e que é quase certo que, encarcerado, o pai da criança terá muito menor
probabilidade de honrar seus compromissos financeiros.
As feministas agora apoiam o acórdão do Supremo Tribunal Federal que retirou das mulheres o direito de decidir se querem ou
não processar companheiros, tornando agressões leves no âmbito do lar um crime de ação pública incondicionada. Pouco importa
que isso torne as mulheres menos livres e introduza uma diferenciação de gênero (na situação inversa, um homem pode decidir
se processa ou não).
Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime referir-se a gays em termos depreciativos ou condenatórios.
Pouco importa que tal medida, se adotada, representaria uma limitação da liberdade de expressão, o mais fundamental dos
princípios democráticos.
É natural que grupos de ativistas se especializem e, ao fazê-lo, percam de vista as grandes questões, mas fico com a impressão
de que estão colocando a parte à frente do todo.
“Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias coerentes”. A frase inicial do texto
tem a função textual de
a) mostrar a contínua evolução das ideologias.
b) indicar o progresso brasileiro na área social.
c) estabelecer uma comparação entre duas épocas.
d) criticar os setores progressistas do passado.
e) elogiar a coerência dos sistemas filosóficos antigos.
Gabarito: C
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
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definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos
limites. Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o outro
aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países em
desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 220)
Gabarito: C
Você já pintou sua casa? Então pinte. É o que há de melhor a fazer, se não podemos pintar de novo o Brasil, por dentro e por
fora. Alegramos nossa área particular, instaurando cores tônicas ou repousantes, e pondo em moda a limpeza. Se cada um
caiasse seu barraco, que brinco não seria este país, pelo menos na parte domiciliar?
O cronista está pintando a casa, e se entretém os leitores com este fato minúsculo é porque dele se pode extrair algum ensino ,
para ilustração geral. É bom pintar casa; melhor do que pintar cabelo. Notei que a melancolia natural se agravara nos últimos
quinze anos, tantos quantos habito esta mansão, e se envinagrava em misantropia, injeções e comprimidos de felicidade não
adiantavam. Um dia descobri: eram as esquadrias negras. O antigo morador assim as pintara, e a negra influência baixara sobre
o espírito, sobre as relações com o mundo exterior, sobre as crônicas, que exageravam a inflação, afinal bem módica, e a
eventual falta d’água, que de longe em longe nos importuna levemente, omitindo por outro lado os aspectos positivos da
conjuntura, como a encantadora risada do Presidente. A velha casa tem enorme pé-direito, e portas e janelas noturnas também
se alastravam pela vida acima, enegrecendo-a. O negro lambri da sala de jantar enchia de treva o próprio arroz, e em poltronas
de treva almas sombrias contemplavam escuras imagens de tevê. Nosso gatinho branco virou preto. E assim por diante.
Gabarito: E
Era sábado e estávamos os dois na redação vazia da revista. Esparramado na cadeira, Guilherme roía o que lhe restava das unhas, levantava-se,
andava de um lado para outro, folheava um jornal velho, suspirava. Aí me veio com esta:
Inveja, por exemplo, da mão leve com que ele ia buscar e punha em palavras as coisas mais incorpóreas e delicadas. Não era com ele, definitivamente, a
simplificação grosseira que o jornalismo tantas vezes se concede, com a desculpa dos espaços e horários curtos, e que acaba fazendo do mundo algo
chapado, previsível, sem graça. Guilherme não aceitava ser um mero recolhedor de aspas, nas entrevistas, nem sair à rua para ajustar os fatos a uma
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pauta. Tinha a capacidade infelizmente rara de se deixar tocar pelas coisas e pessoas sobre as quais ia escrever, sem ideias prontas nem pé atrás. Pois
gostava de coisas e de pessoas, e permitia que elas o surpreendessem. Olhava-as com amorosa curiosidade − donde os detalhes que faziam o singular
encanto de suas matérias. O personagem mais batido se desdobrava em ângulos inéditos quando o repórter era ele. Com suavidade descia ao fundo
da alma de seus entrevistados, sem jamais pendurá-los no pau de arara do jornalismo inquisitorial. Deu forma a textos memoráveis e produziu um título
desde então citado e recitado nas redações paulistanas: “Picasso morreu, se é que Picasso morre”.
(Adaptado de: WERNECK Humberto. Esse inferno vai acabar. Porto Alegre: Arquipélago, 2001. p.45 e 46)
Gabarito: C
Pintor e desenhista, Van Gogh compôs um dos mais renomados conjuntos de obras de arte do acervo da história das artes plásticas mundiais.
Influenciou, direta ou indiretamente, a produção de sucessivas gerações de artistas, e, em razão da tragicidade de sua existência, tornou-se um modelo, uma
espécie de paradigma de personalidade artística criadora.
De vida interior intensa e conturbada, a ele foi impossível uma existência regular, dentro de padrões. Em sua atividade artística, tardia e
extraordinariamente breve (quando morreu, contava apenas 37 anos de idade), Van Gogh encontrou somente a frustração e a indiferença entre seus
contemporâneos. Suas telas, se não eram destruídas ou vilipendiadas, eram guardadas em porões e depósitos como qualquer entulho.
Triste ironia, considerando-se que hoje acompanhamos pelos noticiários internacionais os leilões de suas obras, arrematadas por colecionadores do mundo
todo a preços vultosos.
Dele, como artista, ou mesmo de sua obra, já não se deve falar, visto que ingressaram, indiscutivelmente, no rol dos inquestionáveis tesouros
humanos. No entanto, no interior mesmo do mundo objetivo da cultura, ao qual sua pintura se integra, seu legado poderia ser utilizado, como modelo ou
premissa, para a análise de inúmeras questões − sociais ou estéticas − que envolvem a arte contemporaneamente.
Gabarito: B
Para combater o totalitarismo, basta compreender uma única coisa: o totalitarismo é a negação mais radical da liberdade. No entanto, a negação da
liberdade é comum a todas as tiranias e não é de importância fundamental para compreender a natureza peculiar do totalitarismo. Contudo, quem não se
mobiliza quando a liberdade está sob ameaça jamais se mobilizará por coisa alguma. Mesmo as admoestações morais, os protestos contra crimes sem
precedentes na história, e não previstos nos Dez Mandamentos, serão de pouca valia. A própria existência de movimentos totalitários no mundo não
totalitário, isto é, o apelo que o totalitarismo exerce sobre as pessoas que dispõem de todas as informações e que são alertadas diariamente contra ele, dá
provas eloquentes da falência de toda a estrutura da moralidade, de todo o corpo de mandamentos e proibições que tradicionalmente
traduziam e encarnavam as ideias fundamentais de liberdade e justiça em termos de relações sociais e instituições políticas.
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Mesmo assim, muitos duvidam que essa falência seja real. Essas pessoas costumam achar que aconteceu algum acidente e que agora o dever é restaurar a
ordem antiga, apelar ao antigo conhecimento do certo e do errado, mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança. Rotulam quem fala e pensa de
outra maneira de "profeta da catástrofe", cuja sombra ameaça toldar o sol que se levanta sobre o bem e o mal por toda a eternidade.
O cerne da questão é que os "profetas da catástrofe", os pessimistas históricos do final do século XIX e começo do século XX, de Burckhardt a Splengler,
foram ultrapassados pela concretude de catástrofes de dimensões e horrores jamais previstos. No entanto, alguns desdobramento s poderiam ser e
foram previstos. Embora pouco se tenham feito ouvir no século XIX, essas previsões se encontram no século XVIII, e foram negligenciadas porque
nada poderia justificá-las. Vale a pena saber, por exemplo, o que Kant tinha a dizer, em 1793, sobre o "equilíbrio de poder" como solução para os
conflitos do sistema do Estado nacional europeu: "O chamado equilíbrio dos poderes na Europa é como a casa de Swift, que foi construída numa harmonia
tão perfeita com todas as leis do equilíbrio que, quando um pássaro pousou sobre ela, ruiu imediatamente − um simples fantasma". O equilíbrio alcançado
pelo sistema de Estados nacionais não foi um mero fantasma, mas ruiu exatamente conforme as previsões de Kant. [...]
(Hannah Arendt. "Sobre a natureza do totalitarismo: uma tentativa de compreensão". In: Compreender: formação, exílio e
totalitarismo (ensaios) 1930-54. trad. Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras; Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2008. p. 347-348)
I. É plausível o entendimento de que a autora considera as palavras de Kant expressivo exemplo porque foram confirmadas
posteriormente pelos fatos, mesmo não tendo, talvez, ecoado no momento em que ele as expressou, em função do contexto
europeu.
II. A autora cita Kant como comprovação tanto da existência de previsões no século XVIII, quanto do fato de que as
antecipações do filósofo sobre o equilíbrio dos poderes na Europa não se tenham feito ouvir no século XIX.
III. Com a expressão um simples fantasma, Kant não somente encerra o paralelismo estabelecido entre O chamado equilíbrio dos
poderes na Europa e a casa de Swift, quanto caracteriza ambos os elementos.
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) III, apenas.
Gabarito: D
"Proporcionar a quantidade de calorias é algo factível", diz Joachim von Braun, da Universidade de Bonn. "A grande questão é a nutrição." Nos últimos 30
ou 40 anos, as dietas melhoraram. Hoje, existe proporcionalmente um número menor de pessoas desnutridas no mundo do que antes (embora o número
absoluto seja alto e continue crescendo). Um número menor de pessoas deixa de crescer até a altura e o peso adequados por causa de uma dieta fraca
durante a infância.
Mas, embora a maioria das pessoas consuma calorias suficientes, elas ainda sofrem de imensas deficiências de nutrientes, que trazem consequências de
longo prazo para a sociedade. As crianças que sofrem de tais deficiências não conseguem se concentrar e têm pontuação mais baixa nos testes de habilidade
cognitiva. E parece existir uma ligação entre nutrição na infância e renda na idade adulta.
Em comparação, a epidemia de obesidade nos países ricos representa exatamente o problema oposto. Pela primeira vez na história, mais calorias não
significam saúde melhor. Um grande grupo de pessoas nos países ricos também sofre de deficiência nutricional: os mais velhos. Com o avançar da
idade, eles precisam de mais cálcio e vitaminas e muitos não obtêm esses nutrientes.
A deficiência de nutrientes não é algo fácil de corrigir. Nos países pobres, os suplementos vitamínicos – um recurso comum – alcançam menos da
metade daqueles que mais precisam deles, a população rural pobre.
(Trecho da Reportagem especial de como alimentar o mundo, The Economist. In: CartaCapital, 23 de março de 2011, p. 55,
trad. Ed Sêda)
... que trazem consequências de longo prazo para a sociedade. (2o parágrafo)
c) os nutrientes nem sempre se destinam ao segmento mais necessitado da população, fato que leva a potenciais riscos de
desperdício dos recursos públicos.
d) a melhoria da qualidade da dieta da população pode, eventualmente, reverter em problemas de saúde pública, como ocorre
atualmente com a obesidade.
e) o equilíbrio entre a oferta de nutrientes à população e o risco trazido pelo excesso de calorias nos alimentos dificilmente
será atingido.
Gabarito: B
Acho ótimo que a Igreja Católica tenha escolhido a saúde pública como tema de sua campanha da fraternidade deste ano. Todas as burocracias – e o SUS não
é uma exceção – têm a tendência de acomodar-se e, se não as sacudirmos de vez em quando, caem na abulia. É bom que a Igreja use seu poder de
mobilização para cobrar melhorias.
Tenho dúvidas, porém, de que o foco das ações deva ser o combate ao que dom Odilo Scherer, numa entrevista, chamou de terceirização e
comercialização da saúde. É verdade que colocar um preço em procedimentos médicos nem sempre leva ao melhor dos desfechos, mas é igualmente
claro que consultas, cirurgias e drogas têm custos que precisam ser gerenciados. Ignorar as leis de mercado, como parece sugerir dom Odilo,
provavelmente levaria o sistema ao colapso, prejudicando ainda mais os pobres.
Para o religioso, é “a dignidade do ser humano” que deve servir como critério moral na tomada de decisões relativas a vida e morte. O problema com a
“dignidade” é que ela é subjetiva demais. A pluralidade de crenças e preferências do ser humano é tamanha que o termo pode significar qualquer coisa,
desde noções banais, como não humilhar desnecessariamente o paciente (forçando-o, por exemplo, a usar aqueles horríveis aventais vazados atrás), até
a adesão profunda a um dogma religioso (há confissões que não admitem transfusões de sangue).
Numa sociedade democrática não podemos simplesmente apanhar uma dessas concepções e elevá-la a valor universal. E, se é para operar com todas as
noções possíveis, então já não estamos falando de dignidade, mas, sim, de respeito à autonomia do paciente, conceito que a substitui sem perdas.
Ao mesmo tempo em que reconhece a importância de a Igreja Católica ter escolhido a saúde como tema da campanha da
fraternidade, o autor NÃO aprova que o foco das ações deva ser, como propõe dom Odilo Scherer,
a) o apoio às iniciativas que valorizem sobretudo os serviços terceirizados no campo da saúde.
b) a franca resistência às iniciativas comerciais que subordinam as questões da saúde às leis do mercado.
c) a transferência de responsabilidades na área da saúde, de modo a privilegiar as empresas mais habilitadas.
d) a estatização dos serviços essenciais, a fim de harmonizar o interesse público e as leis do livre mercado.
e) a clara demarcação entre o que compete ao Estado e o que compete à iniciativa privada, na área da saúde.
Gabarito: B
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a) A noção de insegurança é dada, entre outras coisas, pelo arame farpado sobre os muros.
b) A fala do personagem indica, também, a falta de coleta normal de lixo.
c) O tamanho das casas indica local de poucas possibilidades econômicas.
d) As reticências após “segurança pública” indicam reflexão sobre o tema.
e) Os termos do personagem indicam vocabulário militar.
Gabarito: B
Questão 163: FCC - PEB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Anos Iniciais do Ensino Fundamental/2012
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Atenção: A questão baseiam-se no texto apresentado a seguir.
Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da
Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim,
bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo
saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos
radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em
Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor
de sucesso naquele tempo.
Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo
caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio − a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia
de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte
apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no
interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não
encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio,
chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero
edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e
quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por
todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da
pátria amada. [...]
Pois bem − e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca
encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável − nada. A impressão é de que passei
todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]
Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio − a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol.
(3º parágrafo)
TEXTO
Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato(II) que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de
cigarro guardadas por 24 anos.
O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986(I)(II)(IV), quando ele foi morto a
tiros dentro de seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro
encontradas durante a investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os assassinos.
Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de
criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e
será sentenciado em dezembro.
Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha
criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.
"Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York Daily News. "Sempre que investigava um caso no
Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo".
Na entrada de casa
Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu
cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento no
Brooklyn....
DNA
A retomada do caso(III) resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública
pedindo uma nova investigação sobre a morte de Samuel(III).
A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por crimes após
2006, mas que também valia retroativamente para os que estivessem presos ou em liberdade
condicional na época.
Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro encontrada na van mais de 20 anos antes.
...
"A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel(IV) enfrentarem a Justiça e esse dia
finalmente chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do
departamento de polícia, que nunca desistiram de seu comprometimento em prender os homens responsáveis por esse crime terrível(I)".
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8 141,00-Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam
+assassinato.html; 15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04)
I. A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 1986 foi retomada por esse crime terrível.
II. A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 1986 retoma um antigo caso de assassinato.
III. A expressão uma nova investigação sobre a morte de Samuel retoma A retomada do caso.
IV. A expressão os assassinos de Samuel Quentzel foi retomada por os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel.
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TEXTO
A ciência estabelece que funções antes consideradas universais, como "sujeito" e "predicado", são mais arbitrárias do que se imaginava.
Você já deve ter ouvido estas definições muitas vezes: "Sujeito é aquele de quem se diz algo.", "Predicado é aquilo que se diz do sujeito.", "Objeto direto é
aquele que sofre a ação.", "Objeto indireto é aquele que se beneficia da ação."
É possível até que você use essas definições quando bate aquela dúvida sobre concordância ou regência, não é? No entanto, apesar de correntes, elas
não têm fundamento científico, afinal são muito anteriores ao nascimento da ciência da linguagem (mais precisamente, 2 mil anos anteriores!). Além disso, por
remontarem à Grécia antiga, são definições muito mais filosóficas do que linguísticas e absolutamente centradas na língua grega, sem qualquer
consideração pela estrutura de outras línguas.
Pode-se dizer que foram uma tentativa legítima (principalmente considerando-se a época em que foi feita) de explicar fatos linguísticos, mas que está
longe de ter sido bem-sucedida.
O fato é que a análise de línguas empreendida na primeira metade do século 20, aliada à coleta de dados e ao estudo comparado de um número extraordinário
de idiomas de várias partes do mundo, resultou na derrubada de muitos dogmas da gramática.
Um exemplo foi a sintaxe translativa de Lucien Tesnière, publicada em 1959 no livro Éléments de Syntaxe Structurale, a qual demonstrou que o único
termo essencial da oração nas línguas ocidentais é o verbo.
...
Primeiro, nem todo verbo exprime ação. Afinal, que ação é expressa por "ser", "estar", "ter", "dormir"? Em segundo lugar, o sujeito só pratica a ação se
o verbo estiver na voz ativa; na passiva, o sujeito sofre a ação. Aliás, há verbos supostamente ativos que não expressam ação realizada, mas sofrida: é o
bebê que pratica a "ação" de nascer ou é a mãe que pratica a ação de parir? (Não por acaso, em inglês, "nascer" é to be born, literalmente, "ser parido".)
Logo, essa definição de sujeito é, no mínimo,
capenga.
Quanto à ideia de que o sujeito é aquele sobre quem se declara algo, Marcos Bagno, da Universidade de Brasília, questiona: na oração "Nesta sala cabem
trinta pessoas", o sujeito é "trinta pessoas", mas não se declara algo sobre as pessoas e sim sobre a sala.
Tudo isso ocorre porque os conceitos de sujeito e objeto dados pela gramática foram tomados de empréstimo da filosofia: para os gregos, há uma realidade
objetiva (em si, independente de qualquer julgamento) e uma subjetiva (tal qual vista por nós).
Nesse sentido, o objeto é a realidade natural, inerte, impotente e inconsciente, e o sujeito é o ser humano, único capaz de tomar consciência da realidade ao
redor e de agir sobre ela. Daí a ideia de que sujeito é quem pratica ações e objeto, quem as sofre.
...
Em resumo, aquelas funções que aprendemos nas enfadonhas aulas de análise sintática são de natureza meramente convencional. É por isso
que a fala popular simplifica as regências, elimina preposições desnecessárias e diz "assistir televisão", "atender o telefone", "responder a pergunta", "visar
um objetivo", e assim por diante. E também põe na voz passiva verbos que, segundo a gramática normativa, são transitivos indiretos: "O programa foi
assistido por milhares de pessoas", "Todas as perguntas foram respondidas", "O objetivo visado por nós é.".
(Aldo Bizzocchi é doutor em linguística pela USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da
Cultura (Palas
Athena) www.aldobizzocchi.com.br)
Gabarito: A
Os princípios éticos são normas de comportamento social, e não simples ideais de vida, ou premissas doutrinárias. Como normas de comportamento humano,
os princípios éticos distinguem-se nitidamente não só das regras do raciocínio matemático, mas também das leis naturais ou biológicas. Ao contrário do
que sustentaram grandes pensadores, como Hobbes, Leibniz e Espinosa, a vida ética não pode ser interpretada segundo o método geométrico (ordine
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geometrico demonstrata). As normas éticas tampouco podem ser reduzidas a enunciados científicos, fundados na observação e na experimentação,
como se se tratasse de leis zoológicas. Durante boa parte do século XIX, alguns pensadores, impressionados pelo extraordinário progresso alcançado no
campo das ciências exatas, com a produção de certeza e previsibilidade no conhecimento dos dados da natureza, sucumbiram à tentação de explicar a vida
humana segundo parâmetros deterministas.
Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões "científicas".
Somos o único ser que combina, em sua vida social, a necessidade física e biológica com os deveres éticos, a sujeição aos fatos naturais com a autonomia de
ação. Como é passível de comprovação, em toda sociedade o ideário e as estruturas de poder desenvolvem-se dentro dos limites postos por determinados
fatores básicos, como o patrimônio genético, o meio geográfico ou o estado da técnica. Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à
espécie humana. Mas nem por isso devemos tomar esses fatores condicionantes da vida social como seus princípios diretivos.
(Adaptado de COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras,
2006, p. 494-5)
OBS.: Hobbes (1588-1679), Leibniz (1646-1717), Espinosa (1632- 1677) - filósofos
ordine geometrico demonstrata - em tradução livre, "demonstrado segundo a ordem geométrica"
No contexto, a frase do primeiro parágrafo que expressa uma causa é:
a) impressionados pelo extraordinário progresso alcançado no campo das ciências exatas, com a produção de certeza e previsibilidade no
conhecimento dos dados da natureza.
b) os princípios éticos distinguem-se nitidamente não só das regras do raciocínio matemático, mas também das leis naturais ou biológicas.
c) a vida ética não pode ser interpretada segundo o método geométrico (ordine geometrico demonstrata).
d) As normas éticas tampouco podem ser reduzidas a enunciados científicos, fundados na observação e na experimentação.
e) e não simples ideais de vida, ou premissas doutrinárias.
Gabarito: A
Acelerou-se, em outubro, o ritmo dos empréstimos, em especial os contratados pelo setor privado, mas menos do que no mesmo período do ano passado.
Entre setembro e outubro de 2004, os saldos totais dos empréstimos com recursos livres e direcionados, para financiar vendas de fim de ano, cresceram mais
de R$ 12 bilhões. No mesmo período deste ano o valor foi de R$ 9 bilhões, o que é pouco em face da sazonalidade, embora mais do que os R$ 6 bilhões do
bimestre anterior.
O crédito total atingiu 30% do Produto Interno Bruto (PIB), crescimento superior ao de setembro e outubro do ano passado. Trata-se do percentual
mais elevado do período recente, mas inferior à média mundial.
Na nota sobre Política Monetária e Operações de Crédito, distribuída pelo BC, as autoridades reconhecem que a expansão observada até agora na
oferta de crédito não é condizente com as necessidades do último trimestre do ano. É um fator a mais a favor da conveniência de se acelerar a política de
redução dos juros.
O final do século XIX está associado a aspectos que afetaram o nosso tempo. Entre eles, e principalmente, o colapso das velhas maneiras de viver,
enraizadas na era pré-industrial. O tremendo crescimento da capacidade técnica tornou a vida muito mais intrincada do que costumava ser. Se isto é bom
ou mau, não está em questão aqui. Meramente observamos o fato de que as demandas do nosso tempo são enormemente variadas e as exigências da vida
cotidiana muito mais complexas do que antes.
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Tudo isso também se reflete na esfera intelectual. Se em outras épocas fora possível uma única pessoa dominar várias disciplinas, agora se torna
cada vez mais difícil que alguém adquira um conhecimento profundo, até mesmo em um só campo. A fragmentação dos objetivos intelectuais em
compartimentos cada vez mais estreitos provocou, na nossa época, uma verdadeira confusão de idiomas. Esse estado de coisas doentio resulta de certas
mudanças que se impuseram com o crescimento da sociedade tecnológica contemporânea. Em passado não muito distante, prevalecia, não apenas
dentro de um determinado país, mas em grande medida em toda a Europa ocidental, um ambiente comum compartilhado por todos os que alcançavam um
certo nível de educação. Naturalmente, essa educação não era um verniz universal nem igualitário. Em geral era um privilégio, uma exclusividade, que
desde então vem sendo amplamente eliminada; agora o único critério admissível é a competência, privilégio de uma espécie diferente. Essa base comum de
entendimento desapareceu desde então.
(Adaptado de Bertrand Russel. História do pensamento ocidental: a aventura das idéias dos pré-socráticos a Wittgenstein.
Trad. Laura Alves e
Aurélio Rebello. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. p. 411-12)
No primeiro parágrafo,
a) a referência ao século XIX foi feita logo no início porque seus últimos anos constituem o tema central a ser desenvolvido no
texto.
b) o autor vale-se de uma incoerência como recurso retórico: explicita o desejo de ser mero observador dos fatos, mas quebra
sua objetividade ao empregar o adjetivo tremendo.
c) a idéia que o autor defende é a seguinte: os benefícios do progresso só foram atingidos pela superação das velhas técnicas
que caracterizaram a era pré-industrial.
d) o emprego de Meramente, no período final, reforça que o autor deseja dar a seu comentário um tom de constatação,
destituída de qualquer traço de juízo de valor.
e) a complexidade da vida contemporânea é atribuída à permanência, nela, de certos traços da era préindustrial que não
foram suficientemente derrocados.
Gabarito: D
O Iluminismo seria uma tendência transepocal, não limitada a nenhum período específico, que se caracteriza por uma atitude racional e crítica.
Ela combate o mito e o poder, usando a razão como instrumento de dissolução do existente e de construção de uma nova realidade. Chamo de
Ilustração o movimento de idéias que se aglutinou, no século XVIII, em torno dos filósofos enciclopedistas: Diderot, Voltaire, d'Alembert. A Ilustração foi a
mais importante das realizações históricas do Iluminismo, mas não a primeira, nem a última.
(Sergio Paulo Rouanet, "O olhar iluminista". IN: O olhar. Adauto Novaes, et al. 1a reimpressão. São Paulo: Companhia das
Letras, 2003, p. 125)
a) As atitudes racionais e críticas de um filósofo não bastam para que ele seja considerado iluminista; é o caso dos filósofos
Diderot, Voltaire e d'Alembert, que, representativos da Ilustração, o mais importante dos movimentos, têm sua ação associada a
uma época precisa.
b) A atitude racional e crítica que caracteriza movimentos de idéias em várias épocas e países fez da Ilustração a origem do
que se poderia considerar Iluminismo, caracterizado pelo combate às estruturas de poder e do mito no século XVIII.
c) Muitas são as manifestações que poderiam ser rotuladas de Iluminismo, pois as atitudes que as caracterizam vão muito
além de uma época determinada; é por isso que não é adequado designar de Ilustração o modo revolucionário adotado pelos
enciclopedistas.
d) Há aspectos comuns aos distintos Iluminismo e Ilustração: correspondem a movimentos de idéias - baseadas na razão
crítica - cujas conquistas ultrapassam a época em que ocorreram, principalmente no que se refere ao combate aos poderosos e
aos mitos.
e) Pode-se estabelecer distinção entre Ilustração e Iluminismo: a primeira, marcada historicamente, constitui uma, ainda que
a mais significativa, das concretizações do modo de ser do Iluminismo, que faz da razão e da crítica armas de renovação de
estruturas.
Gabarito: E
c) “Aprendi que esparramar as ervilhas no prato dá a impressão de que você comeu mais e, por isso, eu as esparramei”;
d) “Eu cozinho com vinho, às vezes até mesmo acrescento comida a ele”;
e) “A comida era belíssima: folhas verdes com cenouras amarelas, cercadas de carne vermelha e pimentão verde”.
Gabarito: A
Questão 171: FCC - PEB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Língua Portuguesa/2012
Assunto: Tipologia Textual
Instruções: Texto para à questão.
(...) nesses dias descobri que, de todas as ideias que não funcionam, a mais estéril é decidir com antecedência o tema de uma crônica. Crônicas são como
cogumelos, brotam onde querem, espontaneamente, e não convém colhê-las muito antes da hora nem demorar para tirá-las da terra, sob o risco de
secarem e perderem o sabor.
A seguinte consideração acerca do gênero crônica é compatível com a concepção que faz dela o autor do texto:
a) a presença de elementos narrativos é definidora e indispensável.
b) uma tese simples e clara será o núcleo de uma sucinta dissertação.
c) a naturalidade se impõe pela maturação de uma linguagem simples.
d) sem a imperfeição dos improvisos não há como desenvolvê-la.
Gabarito: C
[Sobre a amizade]
Entre parentes, a natureza dispôs com efeito uma espécie de amizade; mas ela não é de uma resistência a toda prova. Assim, a
amizade vale mais que o parentesco, em razão de o parentesco poder se esvaziar de toda afeição, ao passo que a amizade não:
retire-se a afeição, e não haverá mais amizade digna desse nome, mas o parentesco sempre subsiste.
(Adaptado de: CÍCERO. Saber envelhecer. Trad. de Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM,
1997, p. 85)
Mantêm-se, em linhas gerais, a correção e o sentido do texto, caso se substitua o elemento sublinhado por aquele que se indica
entre parênteses em:
a) a natureza dispôs com efeito uma espécie de amizade (efetivamente um tipo).
b) mas ela não é de uma resistência a toda prova (consistente a revelia).
c) a amizade vale mais que o parentesco (mais preferível do que).
d) em razão de o parentesco poder se esvaziar de toda afeição (vier a se debilitar em).
e) retire-se a afeição, e não haverá mais amizade (conquanto não exista).
Gabarito: A
Questão 173: Instituto AOCP - Fis Vig San (SES PE)/SES PE/Enfermeiro/Diarista/2018
Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
LER OU NÃO LER, EIS A QUESTÃO: UMA CRÔNICA SOBRE LIVROS E LEITURA
Há cerca de quatro anos, uma pessoa, ao ouvir uma fala minha em um evento literário no interior de Santa Catarina, interpelou -
me, chateada: “Marcia, eu gostava de você quando você não era política”.
Perguntei a ela por que me dizia essa frase: ela não quis responder. Perguntei, então, se ela costumava ler o que eu escrevia ,
tentando entender o seu “gosto” por mim. Eu perguntei se havia lido algum artigo, algum texto na internet. Ela a penas tinha me
visto na televisão e, de certo modo, isso lhe bastava.
Comentei que, a meu ver, estamos sempre mergulhados em política, mesmo quando não queremos saber dela. Mesmo quando
aparecemos ou vemos televisão, isso é político, pois que a televisão é um meio de poder; não apenas um meio de comunicação,
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mas um meio de comunicação do poder. Que nossos atos, aparentemente “des-políticos” ou “anti-políticos”, servem a algum tipo
de política. Que se nós não sabemos, todavia alguém sempre sabe o que fazer com o nosso desgosto ou falta de interesse em
política. A política abandonada serviu e serve aos poderosos de sempre, sugeri para que ela pensasse. Ela não ficou muito
interessada, mas prometeu, de um modo muito simpático, ler um livro meu.
Não foram poucos os momentos em que estive com pessoas particulares ou grupos diversos nos quais tive que tratar da mesma
questão. E não foi incomum descobrir que muitas pessoas que “gostavam” ou “não gostavam” de mim nunca tivessem lido um
livro meu. Pensar na força da televisão e na impotência do livro nessas horas ainda me deixa triste.
O desinteresse ou desatenção pelo que escrevo não é um problema, evidentemente. Ler é um direito e não ler também.
Preferências de cada um devem ser respeitadas, embora possam significar algo mais. Há tempos atrás, eu soube de um professor
de uma grande universidade que ia às livrarias e escondia meus livros para que ninguém os comprasse. Não sei se os lia ou não,
mas certamente os odiava a ponto de precisar escondê-los. Do mesmo modo, há pessoas que conheço que leram todos os meus
livros, ou vários deles, e até presentearam seus amigos e amores com eles. Eu fico feliz, mas isso é uma questão maior do que eu
mesma, do que meus desleitores ou leitores.
O que me faz contar isso? Sou escritora e penso ser este um lugar de fala legítimo. Mas a meu ver há um problema imenso na
cultura brasileira, um problema que diz respeito ao que o sociólogo francês Pierre Bourdieu, por exemplo, cha mou
de habitus, aquele modo de viver que é introjetado e resulta em um modo de sentir, de pensar e ser.
Ora, há um nexo a ser compreendido entre a “despolitização” ou “antipolitização” da vida e a falta de interesse pelo que há de
mais complexo e mais difícil e que, de um modo geral, faz parte do mundo dos livros e da leitura. Ler e não ler também são atos
políticos. E políticas da leitura e da escrita não podem ser deixadas de lado quando se trata de pensar um mundo melhor para se
viver com pessoas
melhor preparadas subjetivamente.
Entre a política e a leitura há uma analogia que nos ajuda a entender a nossa época. São dois hábitos que exigem esforço e que,
depois de transpostas as dificuldade do hábito, se não definem um novo prazer, pelo menos nos ajudam na expansão de nossas
visões de mundo.
Eu fico triste de ver que telas (sejam de televisão, sejam de computador), suplantem os livros em nossa época. Que tipo de
subjetividade surge desse habitus da não-leitura, em uma época em que a escrita é instrumentalizada de tantas formas, inclusive
na internet, é uma questão para pensar.
Fonte: <https://revistacult.uol.com.br/home/cronica-leitura-politica/>.
Assinale a alternativa em que a expressão em destaque NÃO pode ser substituída por aquela entre parênteses sem que isso
resulte em mudança de significado.
a) “[...] mas prometeu, de um modo muito simpático, ler um livro meu.” (muito simpaticamente).
b) “[...] um evento literário no interior de Santa Catarina [...]” (de literatura).
c) “[...] não apenas um meio de comunicação,mas um meio de comunicação do poder.” (poderoso).
d) “[...] faz parte do mundo dos livros e da leitura.” (universo).
e) “Eu fico triste de ver que telas [...] suplantem os livros em nossa época.” (desgostoso).
Gabarito: C
De todos aqueles ratos de cinemateca que formaram a Nova Onda do cinema francês no final dos anos 60, só Truffaut ficou. Eu
sei que os outros continuam aí, fazendo boas coisas, mas só de Truffaut pode-se dizer que se estabeleceu no ramo do cinema. A
noite americana mostra o porquê. Truffaut nunca pretendeu do cinema nada além do cinema. O mais admirável em A noite
americana é a sua contenção, a sua extrema economia de propósitos. Outro diretor teria aproveitado a oportunidade — um filme
sobre a feitura de um filme — para armar um jogo intelectual qualquer, um truque de espelhos, a fantasia e a realidade, a ar te e
a vida, e olhem só como eu sou engenhoso. Truffaut, não. Faz um filme convencional sobre Truffaut fazendo um filme
convencional. Mas Truffaut faz grandes filmes convencionais.
Não é que ele seja superficial. Fellini também é um superficial e substitui as ideias pelo barroquismo de imagem. Está certo, a
imagem inteligente é uma das formas que o cinema tem de ser profundo. Truffaut não se interessa em ser profundo. A primeira
mágica do cinema, o fato do cinema em si, já basta como fascínio. Nada de muito extraordinário acontece em A noite americana,
e a grande homenagem de Truffaut ao cinema é transformar o fato corriqueiro de um filme sendo feito num espetáculo
extraordinário. Truffaut, como todos da sua geração, começou no cinema pelo deslumbramento. A diferença entre ele e o resto é
que ele continua deslumbrado. Durante as quase duas horas de A Noite americana, o cinema reina e nos emociona.
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Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase a seguir de modo a garantir a coerência com
as informações do texto.
A análise de A noite americana permite compreender Truffaut foi o único de sua geração que se estabeleceu no ramo
do cinema, haver outros que continuam a fazer bons trabalhos.
a) por que … a despeito de
b) por que … em virtude de
c) porque … apesar de
d) porque … no caso de
e) porque … devido a
Gabarito: A
Juízo de valor
Um juízo de valor tem como origem uma percepção individual: alguém julga algo ou outra pessoa tomando por base o que considera um critério ético ou
moral. Isso significa que diversos indivíduos podem emitir diversos juízos de valor para uma mesma situação, ou julgar de diversos modos uma mesma
pessoa. Tais controvérsias são perfeitamente naturais; o difícil é aceitá-las com naturalidade para, em seguida, discuti-las. Tendemos a fazer do nosso
juízo de valor um atestado de realidade: o que dissermos que é, será o que dissermos. Em vez da naturalidade da controvérsia a ser ponderada, optamos
pela prepotência de um juízo de valor dado como exclusivo.
Com o fenômeno da expansão das redes sociais, abertas a todas as manifestações, juízos de valor digladiam-se o tempo todo, na maior parte dos casos sem
proveito algum. Sendo imperativa, a opinião pessoal esquiva-se da controvérsia, pula a etapa da mediação reflexiva e instala-se no posto da convicção
inabalável. À falta de argumentos, contrapõem-se as paixões do ódio, do ressentimento, da calúnia, num triste espetáculo público de intolerância.
Constituem uma extraordinária orientação para nós todos estas palavras do grande historiador Eric Hobsbawm: “A primeira tarefa do historiador não é julgar,
mas compreender, mesmo o que temos mais dificuldade para compreender. O que dificulta a compreensão, no entanto, não são apenas as nossas
convicções apaixonadas, mas também a experiência histórica que as formou.” A advertência de Hobsbawm não deve interessar apenas aos
historiadores, mas a todo aquele que deseja dar consistência e legitimidade ao juízo de valor que venha a emitir.
Está clara, coesa e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Quanto maior o índice de preconceito, revelado numa opinião, o julgamento se torna manifestação de um valor que não
cabe sustentar-se.
b) Embora nem sempre se leve isso em conta, é enorme a distância entre argumentos que se discutam e juízos de valor que
se emitam com paixão.
c) A precedência de uma análise histórica, diante da qual um fato sucedido se subordina, é indiscutível para se avaliá -lo de
modo sério e consequente.
d) As pessoas mais autoritárias tendem a radicalizar suas opiniões, conquanto obtenham logo o aval dos contendores,
quando então afetam alguma condenscendência.
e) Eles não gostam muito de polêmica, acham mais preferível impor seus pontos de vista, em cujos costumam haver traços
de um partidarismo fútil.
Gabarito: B
O senhor ao meu lado, aguardando o avião, começou a me contar como é prático usar o iPhone para saber onde seus filhos
estão, já que carregam sempre o aparelho consigo. “Mas melhor mesmo será quando pudermos implantar um chip no cérebro.
Além de saber onde todos estão, eu não precisarei mais carregar esse telefone o tempo todo. Você que é neurocientista: não
seria ótimo? Quanto tempo até podermos implantar chips e melhorar o cérebro da gente?”
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Olhei o telefone que ele manipulava – um de dois aparelhos, com números diferentes: um pessoal, outro do trabalho, o qual ele
acabara de perder e achar. Perguntei-lhe de quanto em quanto tempo ele trocava os aparelhos. “Todo ano”, ele disse. A
tecnologia rapidamente se torna obsoleta, sobretudo com as atualizações do sistema operacional que exigem cada vez mais do
hardware.
Pois é. Imagine investir alguns milhares de dólares para implantar um chip em seu cérebro – um procedimento invasivo, sempre
com risco de infecção – só para descobrir, em não mais que dois anos, que ele já está obsoleto, gerações atrás do mais novo
modelo, e que aliás nem consegue mais receber a mais recente versão do sistema operacional? Só aqui em casa o número de
aparelhos celulares obsoletos já está nas dezenas, esquecidos pelas gavetas.
Por outro lado, lembrei-lhe, o hardware que ele leva naturalmente na cabeça não fica obsoleto nunca – porque é capaz de se
atualizar e se modificar conforme o uso, aprendendo ao longo do caminho. Mesmo quando envelhece, e não tem como ser
trocado, ele se mantém atualizável e altamente customizado: é o seu hardware, personalizado a cada instante da vida, ajustado e
otimizado para aquelas funções que de fato lhe são imprescindíveis.
Certo, o sistema operacional de alguns parece continuar na Idade Média, querendo impor seus gostos e neuras pessoais à vida
dos outros – mas é em grande parte por uma questão de escolha pessoal. Até esses sistemas mais renitentes podem ser
atualizados.
Infinitamente mais prático, e sensato, é continuar aproveitando essas extensões tecnológicas do nosso hardware como os
periféricos que são, conectados ao cérebro via dedos e sentidos. Se o periférico fica ob soleto, é trocado. Nosso hardware mental
ainda não tem competição à altura. Muito mais proveitoso do que sonhar com o dia em que poderemos incorporar metais inertes
ao nosso cérebro é investir nele como ele já é.
Mesmo quando envelhece, e não tem como ser trocado, ele se mantém atualizável e altamente customizado.
A alternativa que substitui adequadamente o trecho destacado, sem prejuízo do sentido e com correção, é:
a) Contanto que envelheça, e não havendo como substituir- lhe,
b) Embora envelhecendo, e não podendo-se permutar ele,
c) Quando envelhecia, e não tendo como lhe trocar,
d) À medida que envelhece, e não sendo possível o substituir,
e) Apesar de envelhecer, e não ser possível trocá-lo,
Gabarito: E
Logrador
Mantendo-se o sentido original, no verso Por dentro torço por que dentro (1a estrofe), o termo sublinhado pode ser substituído por:
a) pelo que
b) com que
c) de modo que
d) para que
e) visto que
Gabarito: D
Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos num dos centros do comércio internacional, o local conserva uma beleza
secreta; à medida que o barco penetra lentamente por entre as ilhas, experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos. Estamos encerrados num
canal verdejante. Quase podíamos, só com estender a mão, agarrar essas plantas que o Rio ainda mantinha à distância nas suas estufas empoleiradas
lá no alto. Aqui se estabelece, num palco mais modesto, o contato com a paisagem.
O arrabalde de Santos, uma planície inundada, crivada de lagoas e pântanos, entrecortada por riachos estreitos e canais, cujos contornos são
perpetuamente esbatidos por uma bruma nacarada, assemelha-se à própria Terra, emergindo no começo da criação. As plantações de bananeiras que
a cobrem são do verde mais jovem e terno que se possa imaginar: mais agudo que o ouro verde dos campos de juta no delta do Bramaputra, com o qual
gosto de o associar na minha recordação; mas é que a própria fragilidade do matiz, a sua gracilidade inquieta, comparada com a suntuosidade tranquila da
outra, contribuem para criar uma atmosfera primordial.
Durante cerca de meia hora, rolamos por entre bananeiras, mais plantas mastodontes do que árvores anãs, com troncos plenos de seiva que terminam
numa girândola de folhas elásticas por sobre uma mão de 100 dedos que sai de um enorme lótus castanho e rosado. A seguir, a estrada eleva-se até
os 800 metros de altitude, o cume da serra. Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas abruptas protegeram dos ataques do homem essa floresta
virgem tão rica que para encontrarmos igual a ela teríamos de percorrer vários milhares de quilômetros para norte, junto da bacia amazônica.
Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”, de tal modo se sucedem em
espiral, por entre um nevoeiro que imita a alta montanha de outros climas, posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o
meu olhar como espécimes de museu.
(Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. Coimbra, Edições 70, 1979, p. 82-3)
Uma redação alternativa para o segmento ... mas é que a própria fragilidade do matiz, a sua gracilidade inquieta, comparada com a suntuosidade
tranquila da outra, contribuem para criar uma atmosfera primordial, sem prejuízo da correção e do sentido, está em:
a) conquanto seja a fragilidade mesma do colorido, aliada à graciosidade fugaz, em contraposição à riqueza consolidada da
outra, que contribui para a formação de um clima primaz.
b) não obstante a própria instabilidade da coloração, à sua gratuidade pode-se comparar o fausto despreocupado da outra,
que contribui para instaurar um ambiente primevo.
c) todavia, é devido à própria fragilidade do tom − à sua graciosidade irrequieta − posta em paralelo com o fausto inabalável
da outra, que contribui para inventar um ambiente primordial.
d) mas é, no entanto, a própria delicadeza do matiz, sua gratuidade inconstante, que, comparada ao luxo estável da outra,
contribui para a conformação de um meio ambiente ancestral.
e) é, todavia, porque a própria fragilidade da coloração e a sua graciosidade instável, comparada ao fausto tranquilo da outra,
contribuem para conformar uma ambientação primitiva.
Gabarito: E
Há uma explicação para a escultura de Picasso não ter sido reunida com frequência. Picasso, o filho de pintor, treinado como pintor, não se levava a sério
como escultor. Não considerava as esculturas vendáveis ou tema de exposição. Ele as guardava em casa e no estúdio, misturadas aos objetos da decoração.
Depois de sua morte, em 1973, a organização do espólio permitiu que obras fossem adquiridas por outras coleções. Embora as esculturas ficassem longe do
público, elas foram vistas por artistas que visitavam Picasso.
O diálogo do pintor com o escultor é constante. A escultura, diz a curadora Ann Temke, adaptava-se ao temperamento irrequieto de Picasso, que se permitia
improvisação no meio. Na década em que predomina o metal, ela se diverte com a ideia do artista mais rico da história frequentando ferros-velhos em
busca de objetos.
A influência da arte africana sobre a pintura de Pablo Picasso é conhecida. É só admirar as sublimes Demoiselles D’Avignon, que moram no quinto andar do
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MoMA. Mas só quando apreciamos a obra em escultura a conexão fica mais evidente e compreensiva. Ann Temke lembra que a visita de Picasso ao Museu
Etnográfico de Paris, em 1907, por sugestão do amigo e pintor André Derain, foi um divisor de águas. “A noção de fazer um espírito habitar uma figura vem
daí”, diz ela. “Você não olha para a escultura europeia daquele tempo e pensa neste poder mágico.”
A curadora vê na representação erótica das formas femininas uma âncora do diálogo entre o pintor e o escultor. “Ele estava mapeando a renovação de
sua linguagem em duas e três dimensões ao mesmo tempo.”
Uma redação alternativa para um segmento do texto, em que se mantêm a correção e, em linhas gerais, o sentido original está
em:
a) Depois da morte de Picasso, em 1973, a organização do espólio do artista concedeu uma autorização à outras coleções
para que pudessem adquirir obras suas.
b) Expostas no quinto andar do MoMA, a obra as sublimes Demoiselles D’Avignon denunciam a influência da arte africana, na
pintura de Pablo Picasso.
c) A visita de Picasso ao Museu Etnográfico de Paris, conforme lembra Ann Temke, em 1907, sugerido pelo amigo e pintor
André Derain, configura-se um momento marcante.
d) Na representação erótica das formas femininas, ancoram- se o diálogo entre o pintor e o escultor, cuja renovação da
linguagem, ao mesmo tempo, em duas e três dimensões estavam sendo experimentadas.
e) Misturadas aos objetos da decoração, as esculturas não eram expostas por Picasso, que as guardava em casa e no estúdio,
uma vez que as considerava pouco comerciais.
Gabarito: E
“Amazônia", neste início de milênio, é uma das palavras mais bem ou mal ditas no planeta Terra. Sobre ela pesam afirmações como "pulmão do mundo",
"floresta tropical de maior biodiversidade do planeta", "inferno verde", "na Amazônia está quase um
terço da água doce do mundo" etc. São razões suficientes para que se voltem, para essa região, olhares, radares, cobiças e preocupações de povos,
países, organizações mundiais, empresas e cientistas. A Amazônia é tema indispensável desde as casernas mais nacionalistas até os pesquisadores
mais preocupados com o futuro do nosso planeta, que ainda tem uma escora nessa região. Diz-se até que o futuro terá que passar necessariamente
pela Amazônia.
Hoje, o avanço capitalista sobre a Amazônia é como uma fera, quase indomável. Motosserras e tratores fazem parte de programas oficiais de
devastação. As grandes serrarias, que já exauriram o potencial madeireiro em outras regiões do mundo, agora seguem resolutas em direção à Amazônia,
vestidas em peles de cordeiro, com o discurso da "exploração/ devastação sustentável", ostentando diplomas de "certificação verde" e com projetos
de "autossustentabilidade" na Amazônia. Quem vivenciou a devastação em décadas passadas tem razões de sobra para prever novas catástrofes
ambientais.
(Texto adaptado de: Egon Heck, Francisco Loebens e Priscila D. Carvalho. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/
v19n53/24091.pdf)
As grandes serrarias, que já exauriram o potencial madeireiro em outras regiões do mundo, agora seguem resolutas em direção à Amazônia, vestidas em
peles de cordeiro.
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No ano de 1296, ao lançarem a pedra fundamental da Igreja de Santa Maria Del Fiore − a Catedral de Florença −, os governantes da cidade
italiana iniciavam uma empreitada épica que se estenderia por quase 600 anos. Tão grandioso que parece estabelecer uma conexão entre o casario
florentino e o céu, o edifício em questão só seria concluído no século XIX. A obra foi interrompida por surtos de peste que chegaram a dizimar quatro quintos
da população local. Enfrentaram-se contratempos para transportar em barquetas ao longo do Rio Arno enormes quantidades de materiais como o
mármore da vizinha Carrara. A dificuldade mais monumental, contudo, provinha dos desafios técnicos do projeto, como a construção da cúpula da igreja
que ficou sob o comando de Filippo Brunelleschi.
O gênio de Brunelleschi residia em seu domínio da dinâmica dos materiais e da matemática. Ele inventou um guindaste capaz de içar toneladas de material
do chão ao cume da abóbada da Catedral só com a tração de alguns bois. Mas a grande façanha da obra foi embutir ao longo dos oito lados da cúpula nove
anéis circulares horizontais − referência aos círculos que compõem o Paraíso na Divina Comédia de Dante Alighieri. Os anéis neutralizam as forças de
tensão, mantendo a estrutura suspensa. A façanha fez de Brunelleschi a primeira celebridade da arquitetura.
Paranoico com o risco de plágio, ele fazia seus projetos em código. Irascível, foi extremamente rigoroso com pedreiros grevistas. Em outra ocasião, armou
uma farsa para humilhar seu rival, o escultor Lorenzo Ghiberti. Inconformado por ter de dividir com ele o gerenciamento da construção, Brunelleschi teria se
fingido de doente para que ficasse a cargo de Ghiberti a decisão sobre como tocar a obra. Ao expor a inépcia do desafeto, ganhou mais poder e triplicou seu
salário. Diante do milagre de Santa Maria Del Fiore, fica uma certeza: cada florim pago ao genioso arquiteto foi muito bem gasto.
Sem prejuízo para a correção e o sentido, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo indicado entre parênteses em:
a) Irascível, foi extremamente rigoroso... (Dado a encolerizar- se)
b) Ao expor a inépcia do desafeto... (veleidade do famigerado)
c) A obra foi interrompida por surtos de peste... (Interromperam- se o feito)
d) ... iniciavam uma empreitada épica... (uma jornada bélica)
e) Ele inventou um guindaste capaz de içar... (propício)
Gabarito: A
As indústrias culturais, e mais especificamente a do cinema, criaram uma nova figura, “mágica”, absolutamente moderna: a estrela. Depressa ela
desempenhou um papel importante no sucesso de massa que o cinema alcançou. E isso continua. Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela
grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo,
da televisão, do show business. Mas alguns sinais já demonstravam que o sistema estava prestes a se espalhar e a invadir todos os domínios: imagens
como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de fotos a pôsteres, no mundo inteiro, anunciavam a planetarização de um sistema que o capitalismo de
hiperconsumo hoje vê triunfar.
O que caracteriza o star-system em uma era hipermoderna é, de fato, sua expansão para todos os domínios. Em todo o domínio da cultura, na política, na
religião, na ciência, na arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, até na cozinha, tem-se uma economia do estrelato, um mercado do nome e do
renome. A própria literatura consagra escritores no mercado internacional, os quais negociam seus direitos por intermédio de agentes, segundo o sistema que
prevalece nas indústrias do espetáculo. Todas as áreas da cultura valem-se de paradas de sucesso (hit-parades), dos mais vendidos (best-sellers), de
prêmios e listas dos mais populares, assim como de recordes de venda, de frequência e de audiência destes últimos.
A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação − da figura pura da estrela, trazendo consigo uma
imagem de eternidade, chega-se à vedete do momento, à figura fugidia da celebridade do dia; do ícone único e insubstituível, passase a uma
comunidade internacional de pessoas conhecidas, “celebrizadas”, das quais revistas especializadas divulgam as fotos, contam os segredos,
perseguem a intimidade. Da glória, própria dos homens ilustres da Antiguidade e que era como o horizonte resplandecente da grande cultura
clássica, passou-se às estrelas − forma ainda heroicizada pela sublimação de que eram portadoras − , depois, com a rapidez de duas ou três décadas de
hipermodernidade, às pessoas célebres, às personalidades conhecidas, às “pessoas”. Deslocamento progressivo que não é mais que o sinal de um novo
triunfo da formamoda, conseguindo tornar efêmeras e consumíveis as próprias estrelas da notoriedade.
(Adap. de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy. Uma cultura de celebridades: a universalização do estrelato. In A cultura – mundo:
resposta a uma sociedade desorientada. Trad: Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia
das Letras, 2011, p.81 a 83)
A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação − da figura pura da estrela, trazendo consigo uma
imagem de eternidade, chega-se à vedete do momento, à figura fugidia da celebridade do dia; do ícone único e insubstituível, passa-se a uma
comunidade internacional de pessoas conhecidas, “celebrizadas”, das quais revistas especializadas divulgam as fotos, contam os segredos,
perseguem a intimidade.
de sentidos opostos.
e) A substituição de das quais por “cujas” mantém a correção e o sentido originais.
Gabarito: A
Analistas, especialmente vindos da biologia, das ciências da Terra e da cosmologia, nos advertem que o tempo atual se
assemelha muito às épocas de grande ruptura no processo da evolução, épocas caracterizadas por extinções em mas sa.
Efetivamente, a humanidade se encontra diante de uma situação inaudita. Deve decidir se quer continuar a viver ou se escolhe
sua autodestruição.
O risco não vem de alguma ameaça cósmica - o choque de algum meteoro ou asteróide rasante - nem de algum cataclismo
natural produzido pela própria Terra - um terremoto sem proporções ou algum deslocamento fenomenal de placas tectônicas.
Vem da própria atividade humana. O asteróide ameaçador se chama homo sapiens demens, surgido na África há poucos milhões
de anos.
Pela primeira vez no processo conhecido de hominização, o ser humano se deu os instrumentos de sua autodestruição. Criou -se
verdadeiramente um princípio, o de autodestruição, que tem sua contrapartida, o princípio de responsabilidade. De agora em
diante, a existência da biosfera estará à mercê da decisão humana. Para continuar a viver, o ser humano deverá querê -lo. Terá
que garantir as condições de sua sobrevida. Tudo depende de sua própria responsabilidade. O risco pode ser fatal e terminal.
Resumidamente, três são os nós problemáticos que, urgentemente, devem ser desatados: o nó da exaustão dos recursos naturais
não renováveis, o nó da suportabilidade da Terra (quanto de agressão ela pode suportar?) e o nó da injustiça social mundial.
Não pretendemos detalhar tais problemas amplamente conhecidos. Apenas queremos compartilhar e reforçar a convicção de
muitos, segundo a qual a solução para os referidos problemas não se encontra nos recursos da civilização vigente . Pois o eixo
estruturador desta civilização reside na vontade de poder e de dominação. Assujeitar a Terra, espoliar ao máximo seus recursos,
conquistar os povos e apropriar-se de suas riquezas, buscar a prosperidade mesmo à custa da exploração da força do trabalho e
da dilapidação da natureza: eis o sonho maior que mobilizou e continua mobilizando o mundo moderno. Ora, esta vontade de
poder e de dominação está levando a humanidade e a Terra a um impasse fatal. Ou mudamos ou perecemos.
Temos que mudar nossa forma de pensar, de sentir, de avaliar e de agir. Somos urgidos a fazer uma revolução civilizacional. Sob
outra inspiração e a partir de outros princípios mais benevolentes para com a Terra e seus filhos e filhas. Por ela os seres
humanos poderão salvar-se e salvar também o seu belo e radiante planeta Terra.
Mais ainda. Esposamos a idéia de que os sofrimentos atuais possuem uma significação que transcende a crise civilizacional. El es
se ordenam a algo maior. Revelam o trabalho de parto em que estamos, sinalizando o nascimento de um novo patamar de
hominização. Estão surgindo os primeiros rebentos de um novo pacto social entre os povos e de uma nova aliança de paz e de
cooperação com a Terra, nossa casa comum.
Recusamo-nos à idéia de que os 4,5 bilhões de anos de formação da Terra tenham servido à sua destruição. As crises e os
sofrimentos se ordenam a uma grande aurora. Ninguém poderá detê-la. De uma época de mudança passamos à mudança de
época. Estamos deixando para trás um paradigma que plasmou a história nos últimos quinze mil anos.
(Adaptação de BOFF, Leonardo. O despertar da águia: O dia-bólico e o sim-bólico na construção da realidade. Petrópolis/RJ: Vozes, 1998.)
A mudança na ordem entre os elementos das expressões destacadas determina a alteração do significado dessas expressões. O
item em que a mudança de ordem também altera o significado original da frase ou da expressão é:
a) Não pretendemos detalhar tais problemas amplamente conhecidos / Não pretendemos detalhar amplamente tais problemas
conhecidos.
b) Apenas queremos compartilhar e reforçar a convicção de muitos / Queremos, apenas, compartilhar e reforçar a convicção de muitos.
c) sinalizando o nascimento de um novo patamar de hominização / sinalizando o nascimento de um patamar de hominização novo.
d) Assujeitar a Terra, espoliar ao máximo seus recursos / Assujeitar a Terra, espoliar seus recursos ao máximo.
e) a solução para os referidos problemas não se encontra nos recursos da civilização vigente / a solução para os problemas referidos não se
encontra nos recursos da civilização vigente.
Gabarito: A
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a) As pessoas que tomam medicamentos antiinflamatórios e depressivos e nunca lêem a bula acompanhados da ingestão de
álcool, comprometem sua capacidade de reação.
b) Antidepressivos e antiinflamatórios têm sempre uma restrição porque, como o álcool, comprometem a capacidade de
reação das pessoas, embora muitas das pessoas que tomam medicamentos nunca tenham lido a bula.
c) Embora nunca tenham lido a bula, muitas pessoas que tomam medicamentos antidepressivos e antiinflamatórios fazem
restrição ao álcool porque este compromete sua capacidade de reação na direção.
d) As pessoas que ingerem medicamentos como antidepressivos e antiinflamatórios precisam ter sempre restrições, já que
combinados com álcool, esses medicamentos afetam a capacidade de reação das pessoas.
Gabarito: B
Nem só de problemas vive o campo. O agronegócio brasileiro desenvolveu um grau de diversificação que possibilita a coexistência de boas e más notícias.
Enquanto estrelas de primeira grandeza como a soja vergam sob uma conjuntura desfavorável, produtos como o café e o açúcar atravessam um bom
momento. No caso da cana-de-açúcar, a fase é gloriosa. A diminuição de barreiras ao açúcar na Europa e as cotações generosas empolgam os usineiros
- e, apesar disso, eles se dão ao luxo de aumentar a produção de álcool em detrimento do açúcar.
A razão é a alta do petróleo, que torna o álcool um combustível atraente. No Brasil, mais da metade dos automóveis novos vendidos é bicombustível.
No exterior, a demanda é forte, mas não ainda plenamente atendida. Para fazer frente à procura, a produção de cana é crescente e há meia centena de
novas usinas projetadas ou em construção. Planeja-se praticamente dobrar a produção de álcool até 2009.
- e, apesar disso, eles se dão ao luxo de aumentar a produção de álcool em detrimento do açúcar. (final do 1o parágrafo) A frase acima
aparece transcrita, com correção e lógica, mantendo-se o sentido original, da seguinte forma:
a) eles dão preferência com a produção de álcool do que à de açúcar.
b) é sinal de prestígio produzir mais álcool do que em vez de açúcar.
c) com o luxo de obterem-se menos açúcar do que com o aumento da produtividade do álcool.
d) produzir açúcar acaba dando mais lucros do que com a produção de álcool.
e) eles preferem produzir álcool em quantidade maior do que a de açúcar.
Gabarito: E
Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as suas capacidades
digitais, que serão chave no mercado de trabalho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada por Tera,
Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mondays. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados
com a chegada das novas tecnologias no trabalho e 87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.
Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de
habilidades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas por empregadores, de acordo
com lista do LinkedIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. Esse cenário descrito pela
pesquisa é um retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas não viram isso acontecer”, diz
Leandro Herrera, fundador da Tera.
Uma frase condizente com as informações do texto e escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa é:
a) Os brasileiros desconfiam de que adaptarão-se à nova realidade do mercado de trabalho, ainda que estão entusiasmados
com as novas tecnologias.
b) Embora otimistas com os efeitos da revolução digital em suas carreiras, os brasileiros dispõem de capacidades digitais
aquém do que imaginam.
c) De acordo com lista do LinkedIn para 2018, quase metade dos brasileiros desconhecem as habilidades que o mercado mais
necessita.
d) Fazem cinco anos apenas que certas habilidades
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digitais passou a ser requeridas, o que significa que o cenário das empresas mudou muito rápido.
e) Mais de 80% dos entrevistados afirmaram que estão otimistas no que refere-se às novas tecnologias, mas reconhecem
que não as domina.
Gabarito: B
Confiar e desconfiar
Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às
vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e
impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial.
Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não damos o passo, desviamos o olhar.
Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido, por não ousar.
O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que lamentarmos o que deixamos de fazer. Como se vê, a sabedoria
popular também hesita, e se contradiz. Mas nesse capítulo da desconfiança eu arrisco: quando confiar é mais perigoso e mais difícil, parece-me valer a pena.
Falo da confiança marcada pela positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a
confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O desconfiado pode até contar vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas
ao dizer isso, com os pés chumbados no chão da cautela temerosa, o desconfiado lembra apenas a estátua do navegante que foi ao mar e voltou
consagrado. As estátuas, como se sabe, não viajam nunca, apenas podem celebrar os grandes e ousados descobridores.
“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda ganhar abraçando ambas as opções. Confie,
quando for esse o verdadeiro e radical desafio.
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A questão é tanto mais importante na medida em que não é certo que seu contorno tenha o mesmo sentido em todos os meios sociais. Para a burguesia da
Belle Époque1, não há nenhuma dúvida: o “muro da vida privada” separa claramente os domínios. Por trás desse muro protetor, a vida privada e a família
coincidem com bastante exatidão. Esse domínio abrange as fortunas, a saúde, os costumes, a religião: se os pais que querem casar os filhos consultam o
notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a família de um eventual pretendente, é porque a família oculta cuidadosamente ao público o tio
fracassado, o irmão de costumes dissolutos e o montante das rendas. E Jaurès2, respondendo a um deputado socialista que lhe censurava a comunhão
solene da filha: “Meu caro colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu não”, marcava com grande precisão a fronteira entre sua
existência de político e sua vida privada.
Essa separação era organizada por uma densa teia de prescrições. A baronesa Staffe3, por exemplo, cita: “Quanto menos relações mantemos com a
vizinhança, mais merecemos a estima e consideração dos que nos cercam”, “não devemos falar de assuntos íntimos com os parentes ou amigos que
viajam conosco na presença de desconhecidos”. O apartamento ou a casa burguesa, aliás, se caracterizam por uma nítida diferença entre as salas para as
visitas e os demais aposentos. O lugar da família propriamente dita não é o salão: as crianças não entram no aposento quando há visitas e, como explica a
baronesa, as fotos de família ficariam deslocadas nesse recinto. Ademais, as salas de visitas não são abertas a todos. Se toda dama da boa sociedade tem
seu “dia” de receber − em 1907, são 178 em Nevers4 −, a visita à esposa de um figurão supõe uma apresentação prévia. As salas de recepção
estabelecem, portanto, um espaço de transição para a vida privada propriamente dita.
(Adaptado de: PROST, Antoine. Fronteiras e espaços do privado. In: PROST, Antoine; VINCENT, Gérard (orgs.). História da vida privada 5: Da Primeira
Guerra a nossos dias. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 14 e 15.)
Obs.: 1 Período de cultura cosmopolita na história da Europa que vai de fins do século XIX até a eclosão da Primeira
Guerra Mundial. 2 Jean Léon Jaurès (1859-1914): político socialista francês.
3 Pseudônimo de Blanche-Augustine-Angèle Soyer (1843-1911), autora francesa, célebre em seu tempo pela obra Uso do
mundo, sobre como saber viver na sociedade moderna.
4 Região da França, ao sul-sudeste de Paris.
a) No primeiro período, o segmento de valor adjetivo dada desde a origem dos tempos caracteriza A vida privada, estrutura esta última
que exerce a função sintática de sujeito.
b) Em os pais que querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a família de um
eventual pretendente, o isolamento da oração adjetiva por meio de vírgulas não alteraria a relação sintático -semântica que
estabelece originalmente com seu antecedente.
c) As aspas em “dia” sinalizam que a palavra está empregada com traço semântico específico, nem sempre explorado no
emprego da palavra; no contexto de uso, sugerem uma circunstância favorável à exibição de condutas sociais.
d) Com respeito à clareza, à norma-padrão e ao contexto, o modo de reportar o que está em “Quanto menos relações mantemos
com a vizinhança, mais merecemos a estima e consideração dos que nos cercam” é: “A baronesa comenta que, quanto menos pessoas, inclusive
ela, mantiverem relação com a sua vizinhança, mais elas merecem a estima e consideração dos que lhes cercam”.
e) Em “Quanto menos relações mantemos com a vizinhança, mais merecemos a estima e consideração dos que nos cercam”,
os segmentos, demarcados pela vírgula, associam-se estabelecendo correlação diretamente proporcional entre as ideias que
contêm.
Gabarito: C
Todas as Constituições brasileiras foram lacônicas e genéricas ao tratar das relações entre cultura e Estado. Não creio que se deve propriamente
lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior. Ao Estado cumpre realizar uma tarefa social de base cujo vetor é sempre a melhor distribuição da renda nacional.
Na esfera dos bens simbólicos, esse objetivo se alcança, em primeiro e principal lugar, construindo o suporte de um sistema educacional sólido conjugado
com um programa de apoio à pesquisa igualmente coeso e contínuo.
A sociedade brasileira não tem uma “cultura” já determinada. O Brasil é, ao mesmo tempo, um povo mestiço, com raízes indígenas, africanas,
europeias e asiáticas, um país onde o ensino médio e universitário tem alcançado, em alguns setores, níveis internacionais de qualidade e um vasto território
cruzado por uma rede de comunicações de massa portadora de uma indústria cultural cada vez mais presente.
O que se chama, portanto, de “cultura brasileira” nada tem de homogêneo ou de uniforme. A sua forma complexa e mutante resulta de interpenetrações
da cultura erudita, da cultura popular e da cultura de massas. Se algum valor deve presidir à ação do Poder Público no trato com a “cultura”, este não será
outro que o da liberdade e o do respeito pelas manifestações espirituais as mais diversas que se vêm gestando no cotidiano do nosso povo. Em face dessa
corrente de experiências e de significados tão díspares, a nossa Lei Maior deveria abster-se de propor normas incisivas, que soariam estranhas, porque
exteriores à dialética das “culturas” brasileiras. Ao contrário, um certo grau de indeterminação no estilo de seus artigos e parágrafos é, aqui, recomendável.
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Entre a Literatura e a História. São Paulo: Editora 34, 2013, p. 393-394)
Gabarito: B
O Brasil passou por um período de racionamento de energia em 2001. Isso pode se repetir? O que pode ser feito
para evitar um novo racionamento?
O racionamento foi resultado da política de privatização e desregulamentação que não incentivou suficientemente a construção de
novas usinas. O governo também não permitiu que o setor público investisse nessa área. Não planejou nem implementou uma
política para o setor. O problema principal foi esse e não tinha uma carência de energia ou da capacidade de fornecê-la, embora o
volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores.
No futuro, o desafio será adotar uma política energética que estimule o fornecimento de energia, através de eletricidade ou d e
combustíveis, a um custo acessível para os consumidores e as empresas, protegendo inclusive o meio ambiente. É preciso levar
em conta questões econômicas e sociais. No Brasil, há pelo menos 20 milhões de pessoas que vivem em áreas rurais das regiões
Norte e Nordeste, sem acesso à eletricidade. Uma boa política expandiria o fornecimento para essa população.
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Sobre as duas ações citadas nesse segmento do texto, pode-se corretamente afirmar que:
a) a primeira ação depende da segunda;
b) a segunda ação depende da primeira;
c) as duas ações são independentes;
d) as ações são interdependentes;
e) a primeira ação implica obrigatoriamente a segunda.
Gabarito: B
I. VARGAS, em Verbo e práticas discursivas (2011) explica que um fenômeno recente no português é o uso de “construções com o
verbo ir no presente, acompanhado do verbo estar e de uma forma de gerúndio, dando origem ao que se convencionou chamar de
‘gerundismo’”. Para a autora “os usos das formas verbais e suas respectivas marcas de subjetividade, de temporalidade e de
aspectualidade são verdadeiras operações de produção de sentido, que envolvem sujeitos situados nas mais variadas
circunstâncias de interação social”.
II. ABREU (2003) alerta que construções denominadas “gerundismo” envolvendo futuro + gerúndio justificam -se “apenas
quando a ação do verbo apresentar aspecto durativo”.
III. FIORIN (2011) explica que “quando uma forma linguística atende a uma necessidade de comunicação, ela se difunde.
Eis o caso do gerundismo. Os operadores de telemarketing descobriram que era útil. Porque soa como uma forma polida de
falar, tal como o futuro do pretérito é usado por quem quer ser gentil, e dá uma ideia de descompromisso e desobrigação:
‘vou estar enviando’ não é tão afirmativo quanto ‘vou enviar’”.
O enunciado em que o emprego das formas verbais com gerúndio está correto por ter aspecto durativo prolongado é
a) Certamente vou estar denunciando o seu atraso para a chefia.
b) Penso que ela deveria estar fazendo o almoço, quando bateram à porta.
c) Desejaria estar recebendo sua confirmação pelo SMS amanhã.
d) O importante é estar garantindo que ela vai estar aceitando esse convite.
e) O doutor vai estar marcando sua consulta em seguida.
Gabarito: B
Na história da República das Províncias Unidas dos Países Baixos, a independência nacional e a expansão colonial marcharam de mãos dadas no decurso dos
oitenta anos de guerra contra a Espanha (1568-1648). A historiografia tende basicamente a encarar de duas maneiras, que não são excludentes, as origens
do império marítimo que os batavos começaram a edificar em fins do século XVI e que em boa parte chegou até a Segunda Guerra Mundial e a
independência da Indonésia. A primeira maneira, estritamente monocausal, interpreta o surto ultramarino em função do imperativo de aceder às fontes
de comércio e de riqueza que os embargos opostos pela Espanha à navegação da Holanda lhes negava; a segunda maneira, como uma das facetas do
processo pelo qual a Holanda tornou-se, no umbral do seu Século de Ouro, "a primeira economia moderna" e a principal potência marítima.
Portugal e os Países Baixos tinham uma longa história de relações comerciais quando, em 1580, o Reino uniu-se à monarquia plural dos Habsburgo
madrilenos, na esteira da crise dinástica desencadeada pela morte de d. Sebastião no norte da África. Tais relações não poderiam escapar às consequências
do conflito hispano-neerlandês, a começar pelos sucessivos embargos sofridos por navios batavos em portos da Península, medidas que afetavam o
suprimento de certos produtos indispensáveis à economia das Províncias Unidas, em especial o sal português de que dependia a indústria da pesca,
então uma das vigas mestras da prosperidade holandesa, além de produto crucial ao moeder negotie, isto é, às atividades mercantis da República no
Báltico. Malgrado a guerra com a Espanha, as relações comerciais de Portugal com as Províncias Unidas contavam com a cumplicidade de autoridades e de
homens de negócio lusitanos e com o contrabando capitaneado por testas de ferro estabelecidos em Lisboa, no Porto e em Viana, com o que se atenuaram
os efeitos das medidas restritivas decretadas pela corte de Madri.
Obs.:
1. A República das Províncias Unidas dos Países Baixos foi estado europeu antecessor dos atuais Países Baixos. Segundo o
organizador da obra de que foi retirado o excerto acima, nela a Holanda, que na realidade era uma das entidades que compunham
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a antiga República das Províncias Unidas dos Países Baixos, designa toda a confederação, como já se praticava no século XVII.
2. neerlandês: que ou aquele que é natural ou habitante do Reino dos Países Baixos (Holanda).
("Introdução" a O Brasil holandês (1630-1654). Seleção, introdução e notas de Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Penguin
Classics, 2010, p. 11
e 12)
I. No segmento embargos opostos pela Espanha à navegação da Holanda (linhas 5 e 6), o acento indicativo da crase está
corretamente empregado, mas seu uso seria indevido se, em lugar de a navegação, houvesse "aquele tipo de navegação".
II. A palavra então (linha 12) remete ao tempo em que se dão os fatos comentados pelo autor.
III. Na frase inicial do segundo parágrafo, a correlação entre as formas verbais empregadas evidencia que, em um cenário
de ação prolongada, foi fixada uma outra ação, enquadrada em um espaço de tempo determinado.
IV. Em começaram a edificar (linha 3) o verbo auxiliar empresta um matiz semântico ao verbo principal, indicando a iminência
da ação de edificar.
Distorção negligenciada
Embora poucas vezes mencionadas nos debates sobre desigualdades, as doenças negligenciadas demonstram com perfeição a necessidade de haver
mecanismos capazes de corrigir distorções globais.
Em entrevista a esta Folha, Eric Stobbaerts, diretor − executivo da Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês),
lembrou que tais enfermidades ameaçam uma em cada seis pessoas do planeta; não obstante, entre 2000 e 2011, apenas 4% dos 850 novos
medicamentos aprovados no mundo tratavam dessas moléstias.
As listas de moléstias variam de acordo com a agência que tenta capitanear sua causa. Têm em comum o fato de serem endêmicas em regiões
pobres da África, da Ásia e das Américas. Nem sempre fatais, são bastante debilitantes.
Estão nesse grupo, por ordem de prevalência, helmintíase, esquistossomose, filariose, tracoma, oncocercose, leishmaniose, doença de Chagas e
hanseníase. As três últimas e a esquistossomose são as mais relevantes para o Brasil.
A maioria desses distúrbios pode ser prevenida e conta com tratamentos efetivos pelo menos para a fase aguda, mas, por razões econômicas e políticas,
eles nem sempre chegam a quem precisa.
Há, além disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa
poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doenças não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes
se interessam por esse nicho.
Organizações como a DNDi e outras procuram preencher as lacunas. A situação tem melhorado, mas os avanços são insuficientes.
Seria sem dúvida ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à resolução do problema. Seu compromisso primordial é
com seus acionistas − e essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possam fazer parte do esforço.
O desejo de manter boas relações públicas combinado com uma política de estímulos governamentais pode produzir grandes resultados. Também seria
desejável envolver com maior intensidade universidades e laboratórios públicos (onde os há, como é o caso do Brasil).
Mais de 1 bilhão de humanos ainda sofrem, em pleno século 21, com doenças cujo controle é não só possível, mas também relativamente barato − eis
um fato que depõe contra o atual estágio de nossa organização global.
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Seria sem dúvida ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à resolução do problema. Seu compromisso primordial é
com seus acionistas − e essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possam fazer parte do esforço.
Gabarito: E
Distorção negligenciada
Embora poucas vezes mencionadas nos debates sobre desigualdades, as doenças negligenciadas demonstram com perfeição a necessidade de haver
mecanismos capazes de corrigir distorções globais.
Em entrevista a esta Folha, Eric Stobbaerts, diretor − executivo da Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês),
lembrou que tais enfermidades ameaçam uma em cada seis pessoas do planeta; não obstante, entre 2000 e 2011, apenas 4% dos 850 novos
medicamentos aprovados no mundo tratavam dessas moléstias.
As listas de moléstias variam de acordo com a agência que tenta capitanear sua causa. Têm em comum o fato de serem endêmicas em regiões
pobres da África, da Ásia e das Américas. Nem sempre fatais, são bastante debilitantes.
Estão nesse grupo, por ordem de prevalência, helmintíase, esquistossomose, filariose, tracoma, oncocercose, leishmaniose, doença de Chagas e
hanseníase. As três últimas e a esquistossomose são as mais relevantes para o Brasil.
A maioria desses distúrbios pode ser prevenida e conta com tratamentos efetivos pelo menos para a fase aguda, mas, por razões econômicas e políticas,
eles nem sempre chegam a quem precisa.
Há, além disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa
poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doenças não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes
se interessam por esse nicho.
Organizações como a DNDi e outras procuram preencher as lacunas. A situação tem melhorado, mas os avanços são insuficientes.
Seria sem dúvida ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à resolução do problema. Seu compromisso primordial é
com seus acionistas − e essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possam fazer parte do esforço.
O desejo de manter boas relações públicas combinado com uma política de estímulos governamentais pode produzir grandes resultados. Também seria
desejável envolver com maior intensidade universidades e laboratórios públicos (onde os há, como é o caso do Brasil).
Mais de 1 bilhão de humanos ainda sofrem, em pleno século 21, com doenças cujo controle é não só possível, mas também relativamente barato − eis
um fato que depõe contra o atual estágio de nossa organização global.
Na frase acima,
a) a correlação estabelecida por não só... mas também pode ser igualmente estabelecida por "tanto ... quanto também".
b) cujo pode ser substituído, sem prejuízo da correção e do sentido, por "de que seu".
c) o emprego de sofrem, no plural, é a única forma aceitável de concordância, segundo a norma-padrão.
d) a expressão com doenças exprime ideia de "conformidade".
e) o emprego de depõe é que infunde o sentido de negatividade ao segmento final.
Gabarito: A
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Questão 198: FCC - PEB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Língua Portuguesa/2012
Assunto: Questões mescladas de gramática e interpretação de textos
Instruções: Texto para à questão.
O poeta se vale, nesses versos, de um recurso poético que sugere o ritmo e o andamento de uma reza:
a) as metáforas de negras sombras e lavras de ouro.
b) a expressão interjectiva Ai de mim.
c) as anáforas representadas pelas ocorrências de por baixo.
d) a confissão traduzida pela expressão eu sei.
Gabarito: C
O Mario, além de um grande poeta, era um grande humorista. Ele frequentava bastante a nossa casa e era uma presença quieta
e discreta. Minha mãe fazia muito meias de lã para ele. Tantas que um dia ele observou: “Acho que a Mafalda pensa que eu sou
uma centopeia”. Uma vez fui levá-lo na casa do Josué Guimarães, e ele teve alguma dificuldade em sair do banco de trás. Disse:
“Como a gente tem perna, né?” Era um obcecado por jogo e, na vez em que foi atropelado, pediu urgentemente, ainda do chão,
que anotassem o número da placa do carro. Era para jogar na loteria. Nos encontramos no Rio, no Hotel Canadá, na Avenida
Nossa Senhora de Copacabana. E ele nos contou que o que mais gostava no Rio era m os túneis, “porque dentro dos túneis
descansava da paisagem”.
Com base no texto e nas suas relações sintáticas e semânticas, assinale a alternativa correta.
a) O trecho “O Mario, além de um grande poeta, era um grande humorista” (linha 1), pode ser reescrito, sem alteração
sintática e semântica, da seguinte forma: Assim como Mário era um grande poeta, era um grande humorista.
b) A conjunção “e”, empregada duas vezes no segundo período do texto, estabelece a seguinte organização de ideias: a
primeira ocorrência liga dois complementos “bastante a nossa casa” (linha 1) e “era uma presença” (linha 1); a segunda, duas
características: “quieta” e “discreta” (linha 1).
c) As vírgulas empregadas após o vocábulo “Canadá” (linha 5) e antes da conjunção “porque” (linha 6) separam termos que
exercem a mesma função sintática.
d) A conjunção “porque”, na penúltima linha do texto, liga orações coordenadas entre si e estabelece ideia de causa.
e) A colocação proclítica do pronome “Nos” (linha 5) não atende aos preceitos da norma padrão, embora, na oralidade, esse
uso seja recorrente.
Gabarito: E
As discussões sobre a liberdade assentam necessariamente e em princípio na negação de suas próprias bases possibilitadoras. Quero
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dizer que o único pressuposto histórico viável para que se possa instaurar a inteireza do entendimento da questão está na ausência de liberdade. Mas isso não
no sentido preconizado por um Fichte que, sem estar totalmente desprovido de razão, jogava com a oposição entre o livre e o não-livre, no sentido de que a
liberdade se faz a partir do elemento não-livre, da presença de um obstáculo sem o qual nem se poderia conceber o surgimento da liberdade. A tese de
Fichte, entretanto, se move dentro do âmbito de uma teoria geral do exercício da liberdade, válida para todos os tempos e todos os lugares, enraizada na
existência de um eu puro. Nosso ponto de partida é bem outro; claro que a educação para a liberdade deve pressupor a freqüentação de elementos não-
livres vistos como o solo em que medra o desenvolvimento da liberdade. Mas entendemos que a tese nada tem a ver com um suposto eu puro, pois ela se
mostra essencialmente e antes de tudo em seu caráter histórico: não existe algo como uma liberdade constitutiva da natureza humana considerada em si
mesma. Para nós, longe disso, a liberdade revela-se histórica de ponta a ponta, e já no sentido de que o homem em suas origens nada ostenta que
poderia insinuar a presença da liberdade. Um eu puro - mas o que poderia ser isso? Não existe esse eu à espera de sua eclosão a ser provocada por coisas
que lhe seriam totalmente estranhas, determinadas por uma exterioridade cega. Portanto, já nesse ponto de partida histórico, parece evidente que as
origens situam-se em três níveis principais: um, de ordem propriamente biológica, a confundir- se em suas primícias com os enredos da evolução das
espécies; já o segundo aferra-se aos contextos sociais, e a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosa conquista. Certamente cabe asseverar
que aquele elemento biológico integra-se a seu modo nos processos de sociabilização política do homem. E é por aí que deve surgir também, em
terceiro lugar, a lenta especificação das concordâncias psicológicas. Por tais caminhos, nem há liberdade, mas liberdades que se vão fazendo; não
existe a história de uma liberdade única, e sim a grande diversidade, as histórias das liberdades, sempre no plural.
alemão. (Gerd Bornheim, "As medidas da liberdade", In O avesso da liberdade. Adauto Novaes (Org.). São Paulo: Companhia das
Letras, 2002. p. 41-42) Por tais caminhos, nem há liberdade, mas liberdades que se vão fazendo; não existe a história de uma liberdade única, e sim a
grande diversidade, as histórias das liberdades, sempre no plural.
a) o duplo paralelismo estabelecido articula-se por meio do mesmo instrumento, a correlação entre nem e mas.
b) a idéia de "pluralidade" está explicitamente referida, mas está presente, também, na própria composição dos paralelismos.
c) mas foi empregado com o mesmo valor encontrado em "Estou impressionada, mas muito impressionada mesmo!".
d) a substituição de tais por "semelhantes" mantém o sentido original da frase.
e) a substituição de que se vão fazendo por "contínuas" mantém o sentido original da frase.
Gabarito: B
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1
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Estatística
Número de Número de
acertos candidatos
0 8
1 22
2 26
3 32
4 44
5 68
Gabarito: B
b)
c)
d)
2
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e)
Gabarito: B
Sabendo-se que a receita obtida no segmento A superou a receita obtida no segmento B em R$ 64 milhões, é correto
afirmar que a receita obtida no segmento C foi igual a
a) R$ 98 milhões.
b) R$ 96 milhões.
c) R$ 94 milhões.
d) R$ 88 milhões.
e) R$ 86 milhões.
Gabarito: B
3
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Se, ao invés da situação exposta no gráfico, o número de pessoas atendidas por dia tivesse sido sempre igual e mantido o
número total de atendimentos, o número de pessoas que teriam sido atendidas na 5ª feira teria sido inferior ao que consta
no gráfico em
a) 6 unidades.
b) 8 unidades.
c) 7 unidades.
d) 10 unidades.
e) 9 unidades.
Gabarito: E
Banca Nº de
exemplares
A 30
B 24
C x
D x + 10
Sabendo que a média de exemplares entregues por banca foi 25, o número de exemplares entregues na banca
D foi a) 28.
b) 25.
c) 23.
d) 21.
e) 19.
Gabarito: A
Considerando-se o número total de litros comprados, o valor médio do litro de combustível saiu por R$ 3,70. O valor do
litro do diesel era
a) R$ 3,45.
b) R$ 3,50.
c) R$ 3,55.
d) R$ 3,60.
e) R$ 3,65.
Gabarito: B
Número de
Função Salário (R$)
funcionário
s
4
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Diretor 2 16.000,00
Analistas 4 6.000,00
Vendedor 6 X
Escriturário 8 2.000,00
Sabe-se que o salário médio desses funcionários é de R$ 4.650,00. Portanto, o salário X de cada
vendedor é a) R$ 2.500,00.
b) R$ 3.000,00.
c) R$ 3.500,00.
d) R$ 4.000,00.
e) R$ 4.500,00.
Gabarito: C
Questão 8: VUNESP - TCA (Pref Sorocaba)/Pref Sorocaba/2019
Assunto: Média para dados agrupados por valor
A tabela apresenta informações sobre o número de acertos em uma avaliação com 5 questões de múltipla escolha.
Número Número
de de
acertos pessoas
0 3
1 10
2 20
3 10
4 15
5 x
Sabendo-se que média aritmética de acertos nessa avaliação foi de 2,5 questões, o número total de pessoas que fizeram
essa avaliação foi
a) 60.
b) 65.
c) 70.
d) 75.
e) 80.
Gabarito: A
Nº de
relatórios
Segunda- x
feira
Terça-feira 9
Quarta-feira 2x
Quinta-feira 7
Sexta-feira 4
Sabendo-se que a média diária de relatórios preenchidos nesses 5 dias foi igual a 7, então o número de relatórios
preenchidos na quarta-feira foi
a) 6.
b) 8.
c) 10.
d) 12.
e) 14.
5
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Gabarito: C
Número de Salário
funcionários mensal(R$)
4 1.500,00
8 2.500,00
3 X
1 20.000,00
Para que a média salarial mensal de todos os funcionários seja R$ 3.400,00, o salário X
deverá ser a) R$ 4.500,00.
b) R$ 4.200,00.
c) R$ 3.400,00.
d) R$ 3.250,00.
e) R$ 2.800,00.
Gabarito: E
Questão 11: VUNESP - PEBII (Pref Olímpia)/Pref Olímpia/Educação Especial/2019
Assunto: Média para dados agrupados por valor
Na tabela é apresentada a distribuição do número de funcionários de uma empresa para cada um dos salários mensais
praticados.
No de Salário mensal
funcionários (R$)
6 X
10 2.500,00
3 4.500,00
1 20.700,00
O salário mensal médio desses funcionários é de R$ 3.500,00. É correto afirmar que o valor do salário
mensal X é a) R$ 2.300,00.
b) R$ 2.250,00.
c) R$ 2.000,00.
d) R$ 1.900,00.
e) R$ 1.800,00.
Gabarito: E
Quanto à média aritmética do número de filhos desses pacientes, é correto afirmar que ela é de
a) exatamente 1,4.
b) exatamente 1,75.
c) maior ou igual a 1,4.
d) maior ou igual a 1,75.
e) maior que 1,95.
6
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Gabarito: C
Número de
Salários
funcionário
s
4 R$ 1.200,00
2 R$ 1.500,00
3 R$ 1.800,00
1 R$ 2.100,00
Gabarito: D
7
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30 < x ≤ 40 50
40 < x ≤ 50 20
50 < x ≤ 60 10
Total 120
Utilizando o método da interpolação linear, obteve-se o primeiro quartil (Q1) e a mediana (Md) desta distribuição em
anos. A amplitude do intervalo [Q 1, Md] é então igual a
a) 4,0.
b) 6,5.
c) 10,0.
d) 3,5.
e) 7,5.
Gabarito: B
Sabendo-se que, em cada classe a distribuição de salários é uniforme, 30% dos salários mais baixos desse grupo variam
de R$ 900,00 a
a) R$ 1.768,25.
b) R$ 1.779,25.
c) R$ 1.781,25.
d) R$ 1.795,25.
e) R$ 1.801,25.
Gabarito: C
(http://www.policiamilitar.sp.gov.br)
Se uma pesquisa utilizar a média aritmética simples do número de armas apreendidas, mensalmente, no segundo
semestre, pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, e outra pesquisa utilizar a mediana do número de armas apreendidas
no segundo semestre, a diferença entre a mediana e a média será de
a) 30 armas.
b) 21 armas.
c) 12 armas.
d) 10 armas.
e) 08 armas.
Gabarito: C
Número de
Salários
funcionário
s
4 R$ 1.200,00
2 R$ 1.500,00
3 R$ 1.800,00
1 R$ 2.100,00
A mediana dos salários dos funcionários desse escritório é
igual a a) R$ 2.100,00.
b) R$ 1.800,00.
c) R$ 1.700,00.
d) R$ 1.500,00.
e) R$ 1.200,00.
Gabarito: D
Sabe-se que a média aritmética (Me) foi calculada considerando que todos os valores incluídos num certo intervalo de
classe são coincidentes com o ponto médio desse intervalo, que a mediana (Md) foi calculada pelo método da interpolação
linear e que a moda (Mo) foi obtida pela relação de Pearson, ou seja, Mo = 3Md – 2Me. Dado que Me = R$ 7.200,00,
9
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então Mo é igual a
a) R$ 7.350,00.
b) R$ 8.500,00.
c) R$ 7.700,00.
d) R$ 8.100,00.
e) R$ 7.400,00.
Gabarito: D
Número de
Salários
funcionário
s
4 R$ 1.200,00
2 R$ 1.500,00
3 R$ 1.800,00
1 R$ 2.100,00
10
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Não foram fornecidos os números de empregados que ganham R$ 10.000,00 e R$ 15.000,00 (denotados na tabela por x e
y, respectivamente), mas sabe-se que a média aritmética dos salários é igual a R$ 8.400,00. O valor da soma da respectiva
moda e da respectiva mediana desses salários é, em reais, igual a
a) 625y.
b) 1.000y.
c) 750y.
d) 500y.
e) 600y.
Gabarito: A
Número de Quantidade
pessoas de dias
atendidas
0 9
1 q1
2 q2
3 5
4 1
Total 40
Sabendo-se que a mediana correspondente foi igual 1,5, tem-se que a soma da moda e da média aritmética (número de
pessoas atendidas por dia) foi igual a
a) 3,00.
b) 2,80.
c) 3,45.
d) 3,20.
e) 2,95.
Gabarito: C
8 30 5 6 4 8 12 6 13 8
Então, a soma da moda com a mediana e a média é igual
a: a) 22.
b) 24.
c) 26.
d) 28.
e) 30.
Gabarito: C
11
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NÚMERO
DE 0 1 2 3 4 5 TOTAL
PROCESSOS
QUANTIDADE
DE k 14 18 24 14 2 10k
DIAS
Com relação a esta tabela, foram obtidos os respectivos valores da moda (Mo), mediana (Md) e média aritmética (Me),
em número de processos por dia. Verifica-se então que (Mo + Md + Me) é igual a
a) 7,85
b) 6,80
c) 6,30
d) 7,35
e) 6,85
Gabarito: A
Gabarito: B
A respectiva média aritmética (número de processos por mês) está para a mediana assim como
a) 1 está para 16.
b) 2 está para 3.
c) 1 está para 8.
d) 5 está para 6.
12
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e) 4 está para 3.
Gabarito: D
CAFÉ –
MÊS
KILO
CONSUMID
O
Janeiro 16
Fevereiro 18
Março 25
Abril 30
Maio 22
Junho 35
Julho 19
Agosto 26
Setembro 32
Outubro 30
Novembro 33
Dezembro 20
A média, a mediana e a moda desse conjunto relativo ao consumo de pó de café na Prefeitura são,
respectivamente, a) 25; 35; 30.
b) 25,5; 27; 25,5.
c) 25; 27; 30.
d) 26; 27,5; 27.
e) 25,5; 25,5; 30.
Gabarito: E
13
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Gabarito: A
Salários Número de
(s) Funcionários
2<s≤4 2k
4<s≤6 20
6<s≤8 50
8 < s ≤ 10 80
10 < s ≤ 12 8k
Total 40 k
Considere que a média aritmética (Me) foi calculada considerando que todos os valores incluídos num certo intervalo de
classe são coincidentes com o ponto médio deste intervalo, que a mediana (Md) foi calculada pelo método da interpolação
linear e que a moda (Mo) foi obtida pela relação de Pearson, ou seja, Mo = 3 Md − 2 Me. O valor encontrado para Mo, em
R$ 1.000,00, foi igual a
a) 1,76 k.
b) 1,70 k.
c) 1,64 k.
d) 1,60 k.
e) 1,82 k.
Gabarito: E
Questão 37: FCC - Aud Fisc (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/Administração, Finanças e Controle Interno/2019
Assunto: Questões mescladas de medidas de posição
Os números de autos de infração lavrados pelos agentes de um setor de um órgão público, durante 10 meses, foram registrados
mensalmente conforme a tabela abaixo.
Verifica-se que, nesse período, o valor da soma da média aritmética (número de autos por mês) com a mediana é igual ao
valor da moda multiplicado por
a) 2,42.
b) 2,32.
c) 2,12.
d) 2,52.
14
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e) 2,22.
Gabarito: E
Salário
Nº de
mensal (em
funcionários
mínimos)
5 2
20 4
15 5
8 10
2 15
É correto afirmar que o salário mediano e salário médio dos funcionários, em mínimos, são, respectivamente,
iguais a a) 4,0 e 5,5.
b) 4,5 e 5,5.
c) 5,0 e 5,5.
d) 4,0 e 7,2.
e) 4,5 e 7,2.
Gabarito: B
Com relação aos dados desses salários, verifica-se que o resultado da multiplicação da média aritmética pela mediana é
igual ao resultado da multiplicação da moda por
a) 2,750
b) 5,000
c) 3,960
d) 2,475
15
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e) 4,400
Gabarito: C
Pés de Frequência de
alface vendas
0 9
1 10
2 8
3 2
4 1
Nesse caso, quais são o número médio, a mediana e a moda de pés de alface vendidos por dia?
a) 9; 1; 1, respectivamente.
b) 4; 3; 1, respectivamente.
c) 5; 3; 3, respectivamente.
d) 6; 10; 10, respectivamente.
e) 1,2; 1; 1, respectivamente.
Gabarito: E
Valor do Frequência
desconto (nº de
(R$) clientes)
30,00 300
40,00 600
50,00 650
60,00 500
70,00 300
80,00 150
O Banco WYX vendeu um produto bancário a 2.500 clientes e ofereceu um desconto que variava de R$ 30,00 a R$ 80,00,
conforme a tabela apresentada.
Com base nessa tabela e sabendo que um desconto maior ou igual a R$ 50,00 é considerado diferenciado, é correto afirmar que
a) a mediana do valor do desconto é superior à sua moda.
b) a moda do valor do desconto é superior à sua média.
c) a média do valor do desconto não alcança o intervalo de descontos diferenciados.
d) 40% dos clientes não tiveram um desconto diferenciado.
e) a média do valor do desconto é superior à sua mediana.
Gabarito: E
O valor de N é
a) 5.
b) 7.
c) 8.
d) 12.
e) 16.
16
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Gabarito: E
Matemática
A – B tem 7
elementos; A tem 28
elementos;
A união de A e B tem 38 elementos.
Gabarito: D
18
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c) 2 horas.
d) 2 horas e 15 minutos.
e) 3 horas.
Gabarito: C
Secretaria Itens
Educação 210
Fazenda e
168
Patrimônio
Saúde 294
Esse funcionário irá remeter os pedidos, para cada secretaria, no menor número possível de pacotes, todos contendo a
mesma quantidade de itens, independentemente do destino.
Gabarito: E
Gabarito: B
20
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tipo é
a) 35.
b) 32.
c) 30.
d) 27.
e) 25.
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: E
a) 12.
b) 14.
c) 16.
d) 18.
e) 20.
Gabarito: C
21
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e) 3.200.
Gabarito: A
a) 8.
b) 10.
c) 12.
d) 14.
e) 16.
Gabarito: C
a) R$ 149,25.
b) R$ 114,50.
c) R$ 107,25.
d) R$ 121,75.
e) R$ 132,00.
Gabarito: B
a) 14.
b) 16.
c) 18.
d) 20.
e) 22.
Gabarito: B
22
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Gabarito: A
Adaptador 3 R$ 10,00
O valor total gasto por Alfredo nessa compra foi
a) R$ 92,80.
b) R$ 87,50.
c) R$ 83,20.
d) R$ 90,00.
e) R$ 80,00.
Gabarito: D
Questão 76: VUNESP - Sarg (PM SP)/PM SP/CFS - Curso de Formação de Sargentos/2019
Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental da contagem, arranjos, combinações, permutações)
Uma pessoa comprou 2 pares de sapatos, um preto e um marrom, e 5 pares de meias nas cores: preto, branco, marrom,
bege e cinza. Sabendo que essa pessoa nunca usa sapatos pretos com meias brancas, nem sapatos marrons com meias
pretas, então o número de maneiras diferentes de essa pessoa escolher o par de sapatos com o par de meias é
a) 5.
b) 6.
c) 7.
d) 8.
Gabarito: D
Gabarito: A
24
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Gabarito: C
Gabarito: B
O gráfico de setores mostra a distribuição percentual das questões, de acordo com o conteúdo abordado, em uma prova
de Biologia.
Se o número de questões explorando Botânica supera em apenas uma unidade o número de questões envolvendo
Genética, então os conteúdos Parasitoses e Ecologia, juntos, têm um número total de questões igual a
a) 12.
b) 14.
c) 18.
d) 24.
e) 28.
Gabarito: B
(https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/seis- em-cada-dez-brasileiros-dizem-que-a-reforma-da-
previdencia- e-necessaria-
mostra-pesquisa-da-cni/)
Com base na informação, é correto concluir que a diferença entre os números de entrevistados que concordam totalmente e dos
entrevistados que concordam em parte que a reforma da Previdência é necessária é igual a
a) 48.
b) 56.
c) 64.
d) 72.
e) 80.
Gabarito: A
26
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Uma faculdade realizará a Semana da Educação. Veja no gráfico as inscrições que foram realizadas para cada modalidade
oferecida na Semana da Educação.
Gabarito: C
(Fonte: IBGE)
Em cada ano, pode-se obter o número total de matrículas registradas na cidade considerando-se os três níveis de ensino
apresentados na tabela. O gráfico que melhor representa a variação nesse total de matrículas ao longo dos anos
considerados é:
a)
b)
c)
27
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d)
e)
Gabarito: A
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa que contém uma informação necessariamente verdadeira.
a) Em novembro, o valor das vendas realizadas foi igual ao valor das vendas realizadas em outubro.
b) O valor das vendas realizadas por Cássia, em setembro, é metade do valor das vendas realizadas por Luíza, em dezembro.
c)O valor das vendas realizadas por Luíza em dezembro foi menor que o valor das vendas realizadas por ela em setembro.
d) Em outubro, o valor das vendas realizadas por Cássia foi igual à soma dos valores das vendas realizadas pelos
demais vendedores.
e) O valor das vendas realizadas por André, em novembro, foi igual ao valor das vendas que ele realizou em dezembro.
Gabarito: D
Considerando o objetivo de Giovana e apenas os tempos registrados no gráfico, é correto afirmar que
a) seu tempo foi superior a 120 s em 80 % dos dias.
b) seu tempo foi inferior a 118 s em um terço dos dias.
c) ela fez o pior tempo no décimo dia.
d) a média dos três melhores tempos foi 106 s.
28
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Gabarito: D
a) 1
3
b) 1
4
c) 1
5
d) 1
6
e) 1
7
Gabarito: C
permanecer pingando dessa maneira por 5 horas e 20 minutos, o número de litros de água que serão desperdiçados será
a) 8.
b) 9.
c) 10.
d) 11.
e) 12.
Gabarito: E
Gabarito: B
Questão 95: VUNESP - Sarg (PM SP)/PM SP/CFS - Curso de Formação de Sargentos/2019
Assunto: Regra de três simples
Duas máquinas, A e B, produzem peças diferentes. Enquanto a máquina A produz 20 peças, a máquina B, no mesmo
período de tempo, produz 18 peças. Nessas condições, se a máquina A produzir 3 000 peças, a máquina B, nesse mesmo
tempo, irá produzir
a) 2 700 peças.
b) 2 600 peças.
c) 2 500 peças.
d) 2 400 peças.
Gabarito: A
Gabarito: D
30
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Um eletricista comprou 40 m de fio. Cortou 3 pedaços de 150 cm, cada um, e 8 pedaços de 50 cm cada. Sabendo que o
fio restante será totalmente dividido em 9 pedaços iguais, então, a medida de cada pedaço será de
a) 4,2 m.
b) 3,9 m.
c) 3,5 m.
d) 2,8 m.
e) 2,4 m.
Gabarito: C
O comprimento total de corda, em metros, que Ademir precisará para fazer o enfeite é de, no
mínimo, a) 3,5.
b) 4,9.
c) 5,2.
d) 5,7.
e) 6,0.
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: D
e) 2 horas e 50 minutos.
Gabarito: B
Se, no mês passado, foram expedidas 80 carteiras pelo CAU/AC, e o valor arrecadado foi de R$ 2.980,00, é correto
afirmar que foram expedidas
a) mais de 30 carteiras de identificação profissional definitiva.
b) menos de 40 carteiras de identificação profissional provisória.
c) igual número de carteiras de identificação profissional definitiva e de identificação profissional provisória.
d) mais de 50 carteiras de identificação profissional provisória.
e) menos de 26 carteiras de identificação profissional definitiva.
Gabarito: D
32
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Gabarito: A
a) 56.
b) 60.
c) 48.
d) 64.
e) 68.
Gabarito: A
Gabarito: C
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Certo dia, uma quantidade x dessas peças foi encomendada e, se essa quantidade fosse fabricada somente pela máquina
A, ela levaria 6 horas para produzir todas as peças, trabalhando ininterruptamente; se toda a quantidade fosse fabricada
pela máquina B, o serviço seria realizado em 7 horas de trabalho ininterrupto; se toda quantidade fosse realizada pela
máquina C, o serviço seria realizado em 5 horas de trabalho ininterrupto. Levando-se em consideração o custo/benefício
de produção em cada uma das máquinas, optou-se por dividir a produção da seguinte forma: a máquina C trabalhará por 2
horas e 15 minutos, de forma ininterrupta; a máquina A, 3 horas ininterruptas; e, na máquina B, serão fabricadas 2 mil
unidades da peça. Sendo assim, o número de unidades de peças encomendadas é
a) 25 mil.
b) 30 mil.
c) 35 mil.
d) 40 mil.
e) 45 mil.
Gabarito: D
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1
5
b)
1
4
c)
1
3
d)
1
2
e)
5
9
Gabarito: B
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Nº de Comprimento de um
pedaços pedaço
2 1,2 metro
3 1,8 metro
? 80 centímetros
Sabendo que a soma de todos os comprimentos de todos os pedaços foi de 11 metros, então, o número de pedaços com
80 cm cada um foi
a) 5.
b) 4.
c) 3.
d) 2.
e) 1.
Gabarito: B
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Para realizar essa caminhada, até agora, o atleta já caminhou 120 metros. Cada vez que completa um novo triângulo
equilátero ele continua caminhando mais 15 metros, na mesma direção e sentido, e esse lado fica sendo o primeiro lado do
novo triângulo equilátero.
O atleta continua caminhando dessa maneira até completar, exatamente, o sexto triângulo equilátero. A distância total
caminhada pelo atleta foi de
a) 720 metros.
b) 750 metros.
c) 780 metros.
d) 800 metros.
e) 830 metros.
Gabarito: A
37
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Se a área dessa gleba é 0,96 km2 , então a medida do lado AC, indicada por x na figura, é igual a
a) 2,2 km.
b) 2,1 km.
c) 2 km.
d) 1,9 km.
e) 1,8 km.
Gabarito: C
O perímetro do quadrado ABCD é de 40 cm. Nesse caso, o perímetro do triângulo AQB, em cm, é:
a) 10 + 10√2
b) 25√2
c) 50
d) 10 + 5√2
e) 75
Gabarito: A
Uma folha retangular de papel tem 600 cm2 de superfície. Essa folha será totalmente recortada em 150 quadradinhos iguais, não
ocorrendo sobras de papel. O lado de cada quadradinho será de
a) 3,5 cm.
b) 3,0 cm.
c) 2,5 cm.
d) 2,0 cm.
e) 1,5 cm.
Gabarito: D
Sabendo que a área da parte ΙΙ é 3 200 cm2, e que a parte Ι é um quadrado, então o perímetro da folha ABCD é
a) 300 cm.
38
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b) 320 cm.
c) 350 cm.
d) 380 cm.
e) 400 cm.
Gabarito: E
Se para cercar totalmente essa região foram utilizados 48 m de tela, a medida do lado maior é igual a
a) 16 m.
b) 8 m.
c) 10 m.
d) 14 m.
e) 12 m.
Gabarito: D
39
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Um lote retangular possui 17 metros a mais de comprimento do que de largura. Se a área desse lote é igual a 168 m2, a
diagonal do lote, em metros, é igual a
a) 25.
b) 26.
c) 27.
d) 28.
e) 29.
Gabarito: A
Gabarito: B
Sabendo-se que a área da base de B2 é 36 cm2 , e que V2 = 1,5 V1, então a medida da altura de B2, indicada por h na
figura, é igual a
40
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a) 9 cm.
b) 9,5 cm.
c) 10 cm.
d) 10,5 cm.
e) 11 cm.
Gabarito: A
Raciocínio Lógico
Gabarito: C
Gabarito: E
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Gabarito: C
Questão 138: Instituto AOCP - AAd (Pref S Bento S)/Pref S Bento do Sul/Manhã/2019
Assunto: Tabela verdade das proposições compostas
Qual das seguintes proposições é
verdadeira? a) 1/2 = 0,5 e 5+3=7
b) 1/2 = 0,5 ou 5+3=7
c) 5-3 = 1 e 5+4 = 10
d) 5-3 = 1 ou 5+4 = 10
Gabarito: B
I. Se Marcos é auditor fiscal ou Luana é administradora, então Marcos é auditor fiscal e Luana é administradora.
II. Se Marcos é auditor fiscal e Luana é administradora, então Marcos é auditor fiscal se, e somente se, Luana é
administradora.
Gabarito: E
A negação da afirmação condicional “Se Carlos não foi bem no exame, vai ficar em casa” é:
a) Se Carlos for bem no exame, vai ficar em casa.
b) Carlos foi bem no exame e não vai ficar em casa.
c) Carlos não foi bem no exame e vai ficar em casa.
d) Carlos não foi bem no exame e não vai ficar em casa.
e) Se Carlos não foi bem no exame então não vai ficar em casa.
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabarito: E
Gabarito: D
afirmação é equivalente a
a) “Se o DNA estiver na cena do crime, então a digital do culpado não estará.”.
b) “Se a digital do culpado não estiver na cena do crime, então o DNA estará.”.
c) “Se a digital do culpado não estiver na cena do crime, então o não DNA estará.”.
d) “Se o DNA estiver na cena do crime, então a digital do culpado estará.”.
e) “Se o DNA não estiver na cena do crime, então a digital do culpado estará.”.
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: B
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Gabarito: B
Gabarito: B
“Se ele pensa que é impossível, então vamos mostrar que ele está enganado”.
Gabarito: B
Gabarito: C
Questão 156: Instituto AOCP - AC (IBGE)/IBGE/Análise de Sistemas/Desenvolvimento de Aplicações Web Mobile/2019
Assunto: Equivalências lógicas (inclui negação de proposições compostas)
Se não é verdade que, se o carro é um Fiesta, então sua cor não é azul, é correto afirmar que
a) o carro é um Fiesta e sua cor é azul.
b) ou o carro não é um Fiesta ou sua cor não é azul, nunca ambos.
c) se o carro é azul, então ele não é um Fiesta.
d) ou o carro é um Fiesta ou o carro é azul, nunca ambos.
e) o carro não é um Fiesta e sua cor não é azul.
Gabarito: A
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Gabarito: D
Gabarito: E
Gabarito: E
• P1. O juiz de futebol errou a marcação de pênalti e o jogador não fez falta.
• P2. Pedro faz exercícios ou faz caminhada.
• P3. Se o carro funcionar, então haverá aula prática de direção.
Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: A
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Gabarito: C
Sabendo-se que Mauro não é desembargador e que Edmilson não é formado em Administração, é correto afirmar que
a) Neusa não é juíza se, e somente se, Clarice não for delegada.
b) Neusa não é juíza e Clarice não é delegada.
c) Clarice é delegada.
d) Clarice é delegada ou Neusa não é juíza.
e) Neusa é juíza.
Gabarito: D
• Um quadro tem a cor preta se, e somente se, não tem a cor vermelha;
• As cores amarela e verde só podem ser usadas juntas se também for usada a cor vermelha;
• Um quadro sempre tem a cor preta ou a cor verde, mas nunca têm essas duas cores juntas.
Com essas regras, o número de maneiras diferentes de Marília escolher três cores é
a) 5.
b) 4.
c) 3.
d) 2.
e) 1.
Gabarito: D
A partir dessas afirmações e seus respectivos valores lógicos, é correto afirmar que
a) Ana é bonita e Cláudia não é orgulhosa.
b) Beatriz é simpática e Daniela não é arrogante.
c) Ester não é humilde e Ana é bonita.
d) Ana é bonita e Ester é humilde.
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Gabarito: D
III. Se André não chegou em casa, então Francisco não tinha dinheiro.
Gabarito: C
Sabendo-se que eu não me casei e não fiquei feliz, assinale a alternativa correta.
a) O público não aplaudiu.
b) O instrumento não estava afinado.
c) Eu não consegui dinheiro.
d) Eu não toquei bem.
e) Eu não comprei uma bicicleta.
Gabarito: A
Gabarito: A
– Se você não sente algo ao ouvir Bob Marley, então você está morto.
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– Se você está morto, então você não pode escolher o que quer ouvir.
– Você pode escolher o que quer ouvir.
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: C
Se, no último sábado, não jantou fora, então, é verdade que Sabrina
a) acordou cedo e foi ao parque.
b) foi ao parque e ao cinema.
c) acordou cedo e foi ao cinema.
d) não foi ao parque, nem ao cinema.
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Gabarito: A
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: C
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Gabarito: A
II. Se Carlos está fazendo a prova, então ele está concorrendo ao cargo de auditor fiscal.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa que contém uma proposição necessariamente verdadeira.
a) Ana não concorre ao cargo de auditora fiscal e Carlos concorre ao cargo de professor.
b) Carlos não está fazendo a prova e Jorge não concorre ao cargo de professor.
c) Carlos está fazendo a prova ou Jorge concorre ao cargo de professor.
d) Ana concorre ao cargo de professora e Jorge concorre ao cargo de auditor fiscal.
e) Carlos concorre ao cargo de auditor fiscal ou Ana concorre ao cargo de professor.
Gabarito: C
Gabarito: D
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Gabarito: A
Gabarito: E
“O bancário será aprovado no concurso, pois é um candidato estudioso e candidatos estudiosos passam no concurso.”
Gabarito: E
Gabarito: B
Gabarito: C
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Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: C
Gabarito: E
Gabarito: A
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Gabarito: C
Questão 194: NC-UFPR - Fisc (Curitiba)/Pref Curitiba/"Sem Área"/2019
Assunto: Diagramas lógicos, Proposições categóricas, Negação de quantificadores
Considere as seguintes afirmações:
Gabarito: E
Gabarito: B
Gabarito: B
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Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: A
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1
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Informática
Questão 4: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Tec. Inf. Redes/2016
Assunto: Periféricos (Dispositivos de Entrada e Saída)
Acerca dos conhecimentos básicos sobre Hardware, assinale a alternativa que apresenta um periférico que é classificado
simultaneamente como de ENTRADA e SAÍDA (E/S).
a) Mouse.
b) Teclado.
c) Scanner.
d) Impressora Multifuncional.
e) Webcam.
Gabarito: D
comunicação.
Gabarito: D
Assinale a opção que indica os dispositivos que operam exclusivamente na saída de dados.
a) 1 e 2, somente.
b) 1 e 5, somente.
c) 2 e 3, somente.
d) 3 e 4, somente.
e) 4 e 5, somente.
Gabarito: A
Questão 7: IADES - PSI (CRQ 21)/CRQ 21 (ES)/Profissional de Ensino Superior do Sistema CFQ-CRQ/2014
Assunto: Periféricos (Dispositivos de Entrada e Saída)
Até pouco tempo atrás, esse dispositivo do computador era considerado somente de saída; mas, atualmente, com a evolução dos
computadores e a popularização dos tablets, esse recurso passou a ser de entrada e saída de dados.
Assinale a alternativa que indica dois dispositivos que se enquadram nessa categoria.
a) Teclado e plottter.
b) Joystick e câmera digital.
c) Pendrive e mouse óptico.
d) Impressora jato de tinta e scanner.
e) Disco rígido e impressora multifuncional.
Gabarito: E
d) bubble screen.
e) touch screen.
Gabarito: E
Gabarito: C
Objetivo:
Um governo municipal deseja implantar um sistema fisco-tributário que permita o levantamento das contribuições realizadas, a
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apuração do montante de impostos pagos, o "batimento" de contas visando à exatidão dos valores recebidos em impostos contra
as movimentações realizadas em estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de serviços, bem como os impostos
sobre propriedades territoriais (moradias e terrenos) no âmbito de seu município, tudo em meio eletrônico usando a tecnologia
mais avançada de computadores, tais como redes de computadores locais e de longa distância interligando todos os
equipamentos, processamento distribuído entre estações de trabalho e servidores, uso de sistemas operacionais Windows e Linux
(preferencialmente daquele que, processado em uma única estação de trabalho, na interrupção de um programa mantenha o
processamento ininterrupto de todos os demais que estão em funcionamento) e tecnologia internet e intranet, com toda a
segurança física e lógica das informações que garanta autenticidade, sigilo, facilidade de recuperação e proteção contra invasões
e pragas eletrônicas.
§1o - Os cálculos de impostos territoriais mais simples poderão ser feitos em uma planilha eletrônica moder na e atual, com
quatro colunas que venham a registrar o código do contribuinte, a metragem do terreno, o valor do metro quadrado (não
necessariamente igual para cada contribuinte) e o valor a recolher, totalizando este último e elaborando estatística de valor médio
recolhido por metro quadrado. Os cálculos mais complexos deverão ser feitos por meio de sistemas gerenciadores de bancos de
dados modernos e atuais, com consultas que cruzem os contribuintes com suas propriedades territoriais e também com
estabelecimentos comerciais que porventura sejam de sua propriedade, dando informações pontuais tais como identificação do
proprietário, identificação do imóvel e seu tipo, identificação do estabelecimento e tipo de ramo de negócio e valor comercia l,
bem como informações consolidadas sobre contribuintes e propriedades que relacionem:
I. sua identidade com os imóveis e estabelecimentos de sua propriedade, por ordem de contribuinte,
§2o - Avisos eletrônicos via internet deverão ser encaminhados a cada contribuinte.
§3o - Um recolhimento eletrônico de impostos poderá ser aceito, desde que o contribuinte tenha feito um pré -cadastro na Web.
§4o - Os contribuintes também poderão enviar, pela internet, arquivos com dúvidas a esclarecer dirigidos a setores
especializados da prefeitura onde ficarão arquivados em determinada ordem que permita controlar a data de recebimento, a data
de resposta, a identificação do remetente e do funcionário que respondeu.
§5o - Palavras chaves de busca de assuntos da prefeitura serão cadastradas na internet para facilitar a pesquisa dos cidadãos a
assuntos municipais de seu interesse.
§6o - A fim de economizar despesas com papéis, o sistema de trâmite e controle de processos de contribuintes, bem como a
troca de memorandos internos, deverão utilizar a tecnologia WEB em rede exclusiva da prefeitura.
§7o - Objetivando economia de despesas com telefonemas e tempo de deslocamento, os funcionários serão esti mulados a
realizar conversação eletrônica.
§8o - Também pesquisas de assuntos de interesse municipal usando a internet, ao invés de telefones, serão estimuladas
porque as pesquisas eletrônicas devem minimizar as ausências constantes dos funcionários das unidades organizacionais de
origem para procurarem informações em locais internos ou externos.
§9o - É fundamental que todos os documentos impressos contenham o timbre municipal, ou seja, cada documento produzido,
inclusive usando editores eletrônicos de textos modernos e atuais, deve ser impresso com o timbre.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Observe que "É fundamental que todos os documentos impressos contenham o timbre municipal". O processo de digitalização do
timbre proveniente de meio externo, em papel, pode ser feito por meio de
a) scam.
b) acelerador de vídeo.
c) pen drive.
d) fax modem.
e) impressora multifuncional.
Gabarito: E
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Gabarito: D
Gabarito: A
I. Mostrar arquivos que estão na pasta em que o usuário está naquele momento, com informações detalhadas dos arquivos.
II. Mostrar a pasta atual que o usuário está no momento, para auxiliar quando for salvar ou criar arquivos.
No Linux, para executar as ações I, II e III devem ser usados, correta e respectivamente, os comandos
a) rm mv cd
b) ls -l pwd cat
c) cp cal cd
d) cat -s cd -l cal
e) ls rm -s pwd
Gabarito: B
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Gabarito: C
Gabarito: E
Questão 20: Instituto AOCP - Per (ITEP RN)/ITEP RN/Médico Legista/Médico/2018
Assunto: Linux / Unix
Considerando o Sistema Operacional Ubuntu Linux (Versão 16.04, instalação padrão em português), qual é o nome dado ao
gerenciador de arquivos padrão?
a) File Explorer.
b) Ubuntu Explorer.
c) Navigator.
d) Nautilus.
e) Netscape.
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: E
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I. multiusuário e monotarefa;
Para inserir os títulos com tais características, ele acessou a Barra de Menu e utilizou, corretamente,
a) Exibir.
b) Ferramentas.
c) Formatar.
d) Inserir.
e) Estilos.
Gabarito: E
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a) Sublinhado; Tachado.
b) Itálico; Riscado.
c) Riscado; Versalete.
d) Itálico; Tachado.
e) Sublinhado; Versalete.
Gabarito: A
Gabarito: D
Questão 34: FCC - AJ TRE SP/TRE SP/Apoio Especializado/Relações Públicas/2017
Assunto: Writer
Um Analista em TI, utilizando o LibreOffice Writer versão 5.1.5.2 em português, inseriu a numeração de páginas no cabeçalho do
documento e digitou duas páginas de texto. Na terceira página, deseja recomeçar a numeração em 1. Para acessar uma janela
que contém opções para isso, com o cursor após o final do texto da segunda página, ele deverá clicar no menu
a) Formatar e na opção Número da página.
b) Ferramentas e na opção Numeração de páginas.
c) Inserir e na opção Quebra manual.
d) Referências e na opção Numerar páginas.
e) Inserir e na opção Numeração de páginas.
Gabarito: C
§ 1º Policial Civil é a pessoa legalmente investida de cargo público do Grupo Polícia Civil, em provimento efetivo, com denominação, função e
subsídio próprio e número certo.
A inserção do caractere § em um texto criado no LibreOffice Writer 5.3, em português, pode ser feita a partir de um clique no
menu
a) Inserir e na opção Caractere especial.
b) Ferramentas e na opção Símbolos.
c) Inserir e na opção Símbolo de parágrafo.
d) Ferramentas e na opção Caracteres Especiais.
e) Página Inicial e na opção Inserir símbolo.
Gabarito: A
c) Primeiramente, acessar o menu “Inserir → Cabeçalho e rodapé → Cabeçalho → Estilo padrão”. Em seguida, colocar o
cursor do teclado sobre o cabeçalho da página e acessar o menu “Inserir → Campo → Número da página”.
d) Acessar o menu “Formatar → Página → Cabeçalho e Rodapé” e marcar a opção “Inserir número da página”.
e) Acessar o menu “Formatar → Página → Cabeçalho” e marcar a opção “Inserir número da página”.
Gabarito: C
Assinale a alternativa que contém o texto mascarado na figura, que descreve o objetivo da caixa de diálogo apresentada.
a) Ordenar os seguintes objetos por sua legenda:
b) Inserir um novo objeto:
c) Criar uma nova legenda para o objeto:
d) Adicionar legendas automaticamente ao inserir:
e) Editar legendas automaticamente ao inserir:
Gabarito: D
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Assinale a alternativa que contém os nomes das opções de configuração aplicadas entre os dois momentos da figura.
a) Recuo Depois do texto de 5,00 cm e Recuo Primeira linha de 5,00 cm.
b) Recuo Antes do texto de 5,00 cm e Recuo Primeira linha de 5,00 cm.
c) Espaçamento de linhas de 1,5 linhas e Recuo Depois do texto de 5,00 cm.
d) Recuo Primeira linha de 5,00 cm e Espaçamento de linhas de 1,5 linhas.
e) Espaçamento de linhas de 1,5 linhas e Recuo Antes do texto de 5,00 cm.
Gabarito: E
Assinale a alternativa que contém o nome da opção que foi mascarada e indicada pela seta, que permite configurar o Writer par a
adicionar legendas automaticamente ao inserir alguns tipos de objetos, tais como tabelas, figuras e planilhas.
a) Inserir legendas...
b) Mais opções
c) Completar legendas
d) Definir legendas
e) Autolegenda...
Gabarito: E
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Gabarito: D
Gabarito: C
Para aproveitar os dados da planilha e assim evitar o trabalho de digitar cada um dos nomes no documento, o professor Eduardo
deve utilizar o recurso:
a) Galeria;
b) Filtros XML;
c) Tabela Dinâmica;
d) Mala Direta;
e) Objeto OLE.
Gabarito: D
Assinale a alternativa que apresenta o nome do item do menu Ferramentas que pode ser usado para verificar o número de
palavras, o número de caracteres digitados incluindo espaços e também o número de caracteres excluindo espaços.
a) Ortografia e gramática.
b) Caractere especial.
c) Numeração de linhas.
d) Contagem de palavras.
e) Opções.
Gabarito: D
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tabela de 9 colunas e 5 linhas. Após alguns ajustes, o formato da tabela ficou com a aparência con forme imagem a seguir.
Assinale a alternativa que indica em quais linhas existem células que foram mescladas.
a) 1, apenas.
b) 1, 2, 4 e 5, apenas.
c) 1, 2, 3, 4 e 5.
d) 2, 4 e 5, apenas.
e) 3, apenas.
Gabarito: B
Nos principais softwares de edição de textos, como o Word 2007/2010 BR ou Writer do pacote LibreOffice, um mesmo atalho de
teclado é utilizado para imprimir o texto.
Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecen - do-se
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§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré -natal.
Notam-se no trecho alguns símbolos especiais, como § e º. No BrOffice.org Writer versão 3.1 em português esses símbolos,
tradicionalmente usados em textos da área de Direito, podem ser obtidos a partir da opção I contida no menu II .
I II
a)
Símbolo Inserir
b)
Indicador Editar
c)
Símbolo Pagina Inicial
d)
Caractere Inserir
Especial
e)
Caractere
Pagina Inicial
Especial
Gabarito: D
Gabarito: C
I. É possível selecionar um texto com a utilização da tecla SHIFT juntamente com as teclas de movimentação do cursor.
II. Uma das maneiras de converter o texto selecionado em maiúsculas é pela opção Alterar Caixa do menu Ferramentas.
III. É possível copiar o estilo sublinhado de um texto selecionado com o uso do pincel de estilo.
IV. Para aumentar o recuo de um texto é essencial que ele esteja selecionado ou essa operação não poderá ser aplicada.
Gabarito: A
Gabarito: A
Gabarito: A
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Um texto relacionado em um documento do editor BrOffice.org Writer e definido com a opção de rotação a 270 graus será girado
em
a) 60 graus para a direita.
b) 60 graus para a esquerda.
c) 90 graus para a direita.
d) 90 graus para a esquerda.
e) 270 graus para a direita.
Gabarito: C
Item Tarefas
Uma planilha (BrOffice.org 3.1) com as informações
abaixo. A célula contendo o sinal de interrogação
(incógnita) representa um valor obtido por
propagação feita pela alça de preenchimento
originada em A2. HIPÓTESE: O resultado da
I incógnita obtido com essa operação é o mesmo se a
propagação for originada em B1.
A B
1 =42*33 =A1*2
2 =A1/2 ?
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A modificação do caminho para atender ao solicitado em (II) deve obedecer ao seguinte procedimento: acessar Ferramentas
(menu) e escolher, na sequência, Opções (opção), BrOffice.org
a) Writer e Geral.
b) Writer e Configurações.
c) e Carregar/Salvar.
d) e Dados do usuário.
e) e Caminhos.
Gabarito: E
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Assinale a alternativa que indique corretamente o ícone que deve ser clicado, com o ponteiro do mouse, para ativar esse recurso.
a)
b)
c)
d)
e)
Gabarito: C
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Assinale a alternativa que indique corretamente a opção de menu a ser escolhida na barra de ferramentas
a) Exibir.
b) Editar.
c) Inserir.
d) Formatar.
e) Ferramentas.
Gabarito: E
O ícone pertence à barra de desenho do BROffice.org 3.0 Writer. O seu acionamento, por meio do mouse, tem por
objetivo inserir:
a) figura.
b) diagrama.
c) texto explicativo.
d) cor em degradée.
e) objeto do FontWork.
Gabarito: A
No contexto do BROffice.org 3.0 Writer, pressionar, por meio do ponteiro do mouse, o ícone resultará na abertura de
arquivo já criado e salvo no disco rígido, mostrando o texto na tela do software.
Assinale a alternativa que indique corretamente o atalho de teclado que corresponde a essa ação.
a) Ctrl + A.
b) Alt + A.
c) Shift + O.
d) Alt + O.
e) Ctrl + O.
Gabarito: E
I. clicou no ícone para criar um novo arquivo, de modo a dar início à digitação de um texto, posicionando o cursor do
mouse no início da primeira linha;
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III. clicou na tecla <Enter> e inseriu a logomarca da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro;
IV. clicou novamente na tecla <Enter> e executou o atalho de teclado <Ctrl> + F12.
Assinale a alternativa que apresente corretamente o significado do atalho de teclado <Ctrl> + F12.
a) Deletar o parágrafo.
b) Inserir tabela ao texto.
c) Exibir a logomarca em tons de cinza.
d) Aplicar alinhamento justificado ao parágrafo.
e) Formatar as dimensões da logomarca inserida.
Gabarito: B
Gabarito: C
Gabarito: B
O ícone utilizado no software para esse recurso e a denominação pela qual é conhecido são:
a)
e FontWork.
b)
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e FontWork.
c)
e FontArt.
d)
e WordArt.
e)
e WordArt.
Gabarito: A
Gabarito: D
Questão 67: FCC - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Área II - Arquivista/Técnico em Documentação e Informação Legislativa/2007
Assunto: Writer
Instruções: Para responder à questão, considere as ferramentas MS-Office 2007 e BrOffice.org 2, respectivamente, em suas
versões originais e padrão.
Gabarito: D
Caso a fórmula =MAIOR(A1:C4;3) seja inserida na célula D5, o resultado produzido nela será:
a) 3
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b) 7
c) 9
d) 5
e) 8
Gabarito: B
Gabarito: A
MAIOR(A2:C2;2) * MÍNIMO(A1:A3)
a) 150.
b) 200.
c) 300.
d) 400.
e) 800.
Gabarito: C
Para somar na célula B8 os valores do intervalo de A3 a A7, somente quando os valores correspondentes do intervalo de B3 a B7
forem positivos, utiliza-se a fórmula
a) =SE((B3:B7)"<0";SOMA(A3:A7))
b) =SOMASE(B3:B7;">0";A3:A7)
c) =SE((B3:B7)<0;SOMA(A3:A7))
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d) =SOMASE(A3:A7;">0";B3:B7)
e) =SOMASE((A3:A7)>0;B3:B7)
Gabarito: B
A planilha mostra o resultado das eleições em uma cidade, onde o total de votos aparece na célula C13. Os valores que
aparecem nas células da coluna B são resultado de cálculos que utilizam os valores da coluna C para obter o percentual de votos
de cada candidato. Na célula B2 foi digitada uma fórmula que depois foi arrastada até a célula B13, realizando automaticamente
todos os cálculos dessa coluna. A fórmula digitada foi
a) =(C2*100)/C13
b) =PERCENT(C2;C13)
c) =(C2*100)/C$13
d) =PERCENTUAL(C2;C13)
e) =VP(C2;C13)
Gabarito: C
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Assinale a alternativa que contém o nome que aparecerá na célula A6, após os critérios de classificação da caixa de diálogo
Classificar serem aplicados na tabela apresentada, compreendida no intervalo de células A1:D6.
a) Augusto.
b) Daniel.
c) Clara.
d) Pedro.
e) Joana.
Gabarito: C
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Assinale a alternativa que contém o nome que aparecerá na célula A6 após os critérios de classificação da caixa de diálogo
Classificar serem aplicados na tabela apresentada.
a) Augusto
b) Clara
c) Pedro
d) Joana
e) Daniel
Gabarito: C
Sabe-se que o primeiro critério de classificação na tabela é o número de pontos, e que o número de vitórias é um critério de
desempate, do maior para o menor nos dois casos.
Para mostrar os times do primeiro para o último classificado, de cima para baixo, deve-se, no Calc, selecionar a região A2 até C7,
usar a combinação de menus “Dados Classificar” e, na tela que detalha a ordenação, usar como Chaves de Classificação 1, 2 e 3,
respectivamente:
a) Coluna B (decrescente), Coluna C (crescente), (indefinido);
b) (indefinido); Coluna B (decrescente), Coluna C (decrescente);
c) Coluna B (decrescente), Coluna C (decrescente), (indefinido);
d) Coluna B (crescente), Coluna C (decrescente), (indefinido);
e) (indefinido); Coluna C (decrescente), Coluna B (decrescente).
Gabarito: C
Questão 78: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Sistemas/Tecnologia da Informação e afins/2014
Assunto: Calc
Um usuário do Libre Office Calc necessita realçar células que contenham valores. A tecla de atalho que o usuário deve utiliza r
para realizar essa tarefa é
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A figura acima é parte de uma planilha de vendas e foi extraída do BrOffice.org Calc. Na célula C5, formatada com duas casas
decimais e separador de milhar, foi aplicada a seguinte fórmula: =PROCV(B5;A9:B12;2;1).
Com base nessas informações, assinale a alternativa que contém o valor corretamente atribuído à célula C5.
a) 0,25.
b) 0,20.
c) 25%.
d) #N/DISP.
e) 2.000,00.
Gabarito: B
Na célula D3, utilizou a fórmula =(ANO(C3)-ANO(B3))*12+MÊS(C3)-MÊS(B3) para calcular a quantidade aproximada de meses
existentes entre a data contida na célula B3 e a data contida na célula C3. Na célula E3 utilizou a fórmula =D3/12 para calcu lar o
equivalente em meses do valor contido na célula D3. Na célula F3 utilizou uma fórmula que verifica o valor contido na célula E3.
Se esse valor for maior ou igual a 3 é exibida a palavra Liberado, senão, é exibida a palavra Internado.
Gabarito: C
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A questão refere-se às características originais dos produtos, ou seja, não customizadas pelo usuário.
As células A1 até A3 de uma planilha BrOffice (Calc) contêm, respectivamente, os números: 2, 22 e 222. A célula A4 contém a
fórmula =A1*A2+A3 (resultado = 266) que arrastada pela alça de preenchimento para a célula A5 registrará, nesta última, o
resultado (calculado)
a) 510
b) 5150
c) 6074
d) 10736
e) 63936
Gabarito: B
Questão 82: FCC - AJ TRE TO/TRE TO/Administrativa/2011
Assunto: Calc
Considere a planilha abaixo, exibida no primeiro momento, na Figura 1 e no segundo momento, na Figura 2.
Figura 1
A B
1 Tribunal
2 Regional
3 Eleitoral
4
5
Figura 2
A B
1
2 Tribunal Regional
Eleitoral
3
4
5
a) basta selecionar as células A1, A2 e A3 e utilizar o botão Mesclar células no BrOffice.org Calc.
b) basta selecionar as células A1, A2 e A3 e utilizar o botão Mesclar e centralizar no Microsoft Excel.
c) é necessário selecionar as células A1 e A2, utilizar o botão Mesclar células e copiar o conteúdo da célula A3, tanto no
Microsoft Excel quanto no BrOffice.org Calc.
d) basta selecionar as células A1, A2 e A3 e utilizar o botão Mesclar e centralizar, tanto no BrOffice.org Calc quanto no
Microsoft Excel.
e) é necessário mesclar as células A1, A2 e A3 e digitar as palavras Regional e Eleitoral, pois os conteúdos das células A2 e A3
serão perdidos, tanto no BrOffice.org Calc quanto no Microsoft Excel.
Gabarito: A
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Gabarito: B
Item Tarefas
I Uma planilha (BrOffice.org 3.1) com as informações
abaixo. A célula contendo o sinal de interrogação
(incógnita) representa um valor obtido por
propagação feita pela alça de preenchimento
originada em A2. HIPÓTESE: O resultado da
incógnita obtido com essa operação é o mesmo se a
propagação for originada em B1.
A B
1 =42*33 =A1*2
2 =A1/2 ?
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Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: A
https://support.office.com
A estrutura de uma URL é organizada em diversas partes. Assinale a alternativa que melhor representa a parte referente à
palavra sublinhada support.
a) Protocolo.
b) Subdomínio.
c) Esquema.
d) Serviço.
e) Recurso.
Gabarito: B
e) Em um primeiro acesso a um site, o servidor pode enviar informações na sua resposta, as quais são armazenadas na
forma de cookie e podem ser utilizadas em requisições subsequentes.
Gabarito: E
Gabarito: B
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Gabarito: C
Gabarito: E
Questão 94: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Tec. Inf. Redes/2016
Assunto: Conceitos de Internet
Acerca dos conceitos e tecnologias relacionados à Internet, os pequenos arquivos que são armazenados pelo navegador de
Internet no computador, com informações da navegação, recebem o nome de
a) Overclock.
b) Cookies.
c) URL.
d) Browser.
e) Hardware.
Gabarito: B
Gabarito: D
Questão 96: FCC - AJ TRT16/TRT 16/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014
Assunto: Conceitos de Internet
Devido à avançada infraestrutura de comunicação criada por todo o mundo é que as informações da Internet são transmitidas em
quantidades e velocidades cada vez maiores. É correto afirmar que
a) quando um usuário envia um e-mail para uma pessoa, a mensagem sai do seu computador, passa necessariamente pelo
browser e é entregue à operadora de telefonia deste usuário. Em seguida, a operadora entrega os dados em uma rede de
conexões capaz de levar tudo isso até o backbone.
b) a internet funciona como uma grande estrada de cabos telefônicos, que trabalha levando as informações de forma rápida
até um backbone de dados fazendo, assim, com que as mensagens cheguem aos destinos usando as redes de telefonia
instaladas.
c) os backbones cruzam vários países interligando todos os 5 continentes da Terra, incluindo a Antártica. Essa tecnologia de
comunicação de dados atravessa o espaço aéreo de todo o planeta, fazendo com que a troca de informações entre os mais
longínquos países seja rápida e sempre eficiente.
d) a maior parte das transmissões de dados da internet é coberta pelos satélites, uma vez que eles apresentam uma conexão
muito rápida. Dessa forma, os cabos funcionam como um mecanismo adicional, que podem garantir a transmissão das
informações no caso de acontecer algum acidente com os satélites.
e) a infraestrutura de comunicação da internet é composta por milhares de quilômetros de fibra óptica, que respondem pela
maior parte das conexões do planeta. Trafegando em cabos submarinos, contam com uma capacidade enorme de troca de dados.
Gabarito: E
Na padronização da associação que gerencia a internet, o tipo de organização do site acessado por essa URL é de âmbito
a) de editoração.
b) de empreendedorismo.
c) governamental.
d) comercial.
e) educacional.
Gabarito: E
https://www.ggg.com.br
O fragmento: https nessa URL indica o tipo de serviço utilizado para o acesso ao site e, nesse caso, pode-se dizer que
a) a página acessada no site é livre de vírus.
b) o acesso ao site tem o objetivo de buscar um arquivo com dados seguros.
c) a comunicação com o site é feita de forma segura.
d) antes da conexão, há uma verificação de vírus no servidor do site.
e) a versão do navegador utilizado deve ser a mais recente.
Gabarito: C
Gabarito: D
Assinale a alternativa que contém o nome dado aos arquivos descritos no enunciado.
a) Spam.
b) Cookies.
c) Pop-ups.
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d) InPrivate.
e) Spyware.
Gabarito: B
Gabarito: E
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Gabarito: B
A questão refere-se às características originais dos produtos, ou seja, não customizadas pelo usuário.
A operação de transferência de um arquivo gravado no computador pessoal para um computador servidor de um provedor d a
Internet é conhecida por
a) Copy.
b) Download.
c) Upload.
d) Move.
e) Extraction.
Gabarito: C
Gabarito: B
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a) o uso de navegadores.
b) o surgimento de provedores de acesso.
c) o aumento de linhas da rede.
d) o surgimento de provedores de conteúdo.
e) a disponibilização de serviços de banda larga.
Gabarito: A
O Diretor de um certo órgão público incumbiu alguns funcionários das seguintes tarefas:
Item Tarefa
71 Verificar a disponibilidade de um nome de domínio Internet que possa ser usado pelo órgão em seu novo portal.
72 Minimizar o risco de invasão de hackers nos computadores conectados à Internet.
Gravar um DVD no microcomputador, com a apresentação da fala do presidente do órgão, que se encontra gravada em
73 vídeo formato .AVI, no hard disk.
74 Instalar um dispositivo que possa ajudar o processador do micro a gerar gráficos tridimensionais de forma mais eficiente.
75 Garantir que a maior parte dos dados gravados nos computadores não seja perdida em caso de sinistro.
Ao instalar um novo dispositivo, lembrar sempre de utilizar um módulo de software que será responsável por informar ao
76 sistema operacional como controlar aquele determinado componente de hardware.
Sempre que uma planilha de cálculo usar valores que representem dinheiro, os números, em cada célula, deverão ser
77
alinhados à direita e os símbolos “R$” deverão ser alinhados à esquerda (ref. Microsoft Excel 2000).
A planilha de custos, apresentada mensalmente à diretoria, deve conter o gráfico de valores do tipo “Colunas” com os
78
valores correspondentes a cada coluna exibidos na parte superior de cada uma (ref. Microsoft Excel 2000).
79 Em todos os textos editados deverão ser controladas as linhas órfãs/viúvas (ref. Microsoft Word 2000).
Quando uma tabela criada no editor de texto contiver valores em colunas que devam ser totalizados, utilizar a instrução
80 de soma apropriada para isto e cuidar para que, quando um novo valor ou uma modificação for inserida em uma coluna,
seu total seja corrigido(ref. Microsoft Word 2000).
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A Internet constitui uma rede global de telecomunicações à qual se acham conectados milhões de computadores em todo o
mundo.
II. O chamado Backbone Internet é composto por sistemas que, reunidos em cadeia, formam redes organizadas por uma
política de roteamento.
III. Cada dispositivo na Internet (Host) tem um IP único, cuja alocação, em plano internacional, é feita pelo ICANN.
IV. Para facilitar o acesso de clientes a servidores, foram estabelecidos endereços em forma de textos (domínios).
V. Clientes dispõem de ferramentas de multimídia, que incentivam a criação de projetos computacionais a serviço da
comunicação interativa e coletiva.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e V estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
e) se somente a afirmativa III estiver correta.
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: C
I. A Internet pode ser entendida como uma rede mundial de computadores que disponibiliza aos seus usuários páginas e
documentos dos mais variados tipos de informação. O acesso à Internet é realizado através da conexão do computador do
usuário à infra-estrutura tecnológica de um provedor de acesso.
II. O Internet Explorer é um software de correio eletrônico que permite aos usuários da Internet se comunicarem através de
envio e recebimento de mensagens e salas de bate-papo.
III. As páginas da Internet podem ser acessadas através da digitação do endereço de URL (Universal Resource Locator) no
software navegador, como por exemplo, [email protected].
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I. ltfp\\:qualquer\:com.br
II. http://www.qualquer.com
III. [email protected]
Gabarito: C
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c) os conteúdos das páginas não podem incluir mídias como vídeo e música, pois se tratam de sites corporativos.
d) o acesso é realizado apenas pelos computadores localizados no mesmo local físico do servidor de Intranet.
e) a transmissão da informação entre o servidor e o navegador é sempre monitorada para prevenir o vazamento de
informação.
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: D
No texto acima está destacada a palavra intranet, sobre a qual é correto afirmar:
a) Um usuário interage com um sistema através de um navegador web. A rede interna de uma organização, denominada
intranet, é implementada utilizando-se recursos deste navegador.
b) Não há integração entre a internet e a intranet para impedir que um usuário, ao acessar a intranet fora da empresa,
coloque as informações desta empresa em risco.
c) Uma intranet de uma grande empresa requer conectividade com backbones, que são cabos que ligam os computadores da
empresa à internet através de sistema wi-fi.
d) Uma intranet é uma rede organizacional na qual as aplicações e interfaces com o usuário baseiam-se principalmente em
serviços web e seu uso é restrito a usuários autorizados da empresa.
e) Uma empresa como a COPERGÁS pode usar sua intranet, sem conexão com a internet, para realizar operações comer ciais
com fornecedores externos através do acesso por navegador web, de forma totalmente segura.
Gabarito: D
<www.nomedosite.com.br>. Os servidores de aplicação e o banco de dados para esse site foram instalados internamente, na
rede local da empresa, mas podem ser acessados por qualquer usuário por meio da rede mundial de computadores. O site foi
desenvolvido pelos próprios
técnicos da empresa, que também são responsáveis pela atualização de conteúdo.
Considerando a situação hipotética apresentada e com base nos conceitos de internet e intranet, é correto afirmar que esse site é
um modelo de
a) intranet, pois foi desenvolvido pelos próprios técnicos da empresa.
b) internet, pois, embora os servidores estejam instalados na rede local da empresa, podem ser acessados por usuários
externos sem exigência de identificação por login e senha.
c) intranet, pois os servidores estão instalados na rede local da empresa.
d) internet, pois os técnicos que o desenvolveram são terceirizados, contratados de empresa especializada em
desenvolvimento de sites.
e) intranet, pois somente clientes cadastrados na empresa podem ter acesso ao site.
Gabarito: B
Gabarito: D
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c) Ao copiar arquivos da internet para seu computador, o usuário fará um download e, ao transferir arquivos de seu
computador para internet, ele fará um upload.
d) A Intranet permite disponibilizar e visualizar documentos de multimídia, da mesma maneira que na Internet, porém seu
servidor é exclusivo.
e) Na Internet o DNS (Domain Name System) tem a função de traduzir um endereço digitado para o número de IP
correspondente.
Gabarito: A
OBJETIVO:
O Ministério Público do Governo Federal de um país deseja modernizar seu ambiente tecnológico de informática. Para tanto irá adquirir equipamentos de
computação eletrônica avançados e redefinir seus sistemas de computação a fim de agilizar seus processos internos e também melhorar seu
relacionamento com a sociedade.
(Antes de responder às questões, analise cuidadosamente os requisitos a seguir, considerando que estas especificações podem ser adequadas ou não).
§1o - Cadastros recebidos por intermédio de anexos de mensagens eletrônicas deverão ser gravados em arquivos locais e identificados por ordem de
assunto, data de recebimento e emitente, para facilitar sua localização nos computadores.
§2o - Todos os documentos eletrônicos oficiais deverão ser identificados com o timbre federal do Ministério que será capturado de um documento em papel e
convertido para imagem digital.
§3o - A intranet será usada para acesso de toda a sociedade aos dados ministeriais e às pesquisas por palavrachave, bem como os diálogos eletrônicos
serão feitos por ferramentas de chat.
§4o - Os documentos elaborados (digitados) no computador (textos) não podem conter erros de sintaxe ou ortográficos.
§5o - Todas as planilhas eletrônicas produzidas deverão ter as colunas de valores totalizadas de duas formas: total da coluna (somatório) e total
acumulado linha a linha, quando o último valor acumulado deverá corresponder ao somatório da coluna que acumular. Exemplo:
............ A B
1 do mês acumulado
2 3 3
3 18 21
4 4 25
5 2 27
6 27
Quadro 1
I II
adequado inadequado
Quadro 2
a b c
intranet pesquisa por palavra chave chat
Quanto ao uso das especificações dos requisitos, a relação apresentada nos quadros é correta entre
a) I-a - I-b - II-c.
b) I-a - II-b - I-c.
c) II-a - I-b - II-c.
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Gabarito: E
Item 2: O mesmo funcionário é incumbido de elaborar a seguinte planilha, onde os resultados colocados na coluna E representam
o acumulado da coluna D.
A B C D E
1 4 3 2 2
2 1 0 5 7
3 9 8 7 14
4 13 12 11 25
5 Tota is27 23 25
II. não consegue entrar em alguns sites de uso interno e exclusivo de outros órgãos;
III. para acessar e ver quaisquer sites disponíveis ele pode usar um programa interpretador para ver as páginas na tela do
microcomputador.
Item 4: O encarregado do departamento onde trabalha o funcionário sempre dá instruções específicas para:
II. executar sempre programas de verificação de código malicioso nos arquivos ao “baixá -los” da internet ou copiá-los de
outras mídias;
III. contatar e pedir suporte técnico à empresa que lhe viabiliza a “navegação” pela internet bem como a conexão com
outros computadores no mundo, sempre que tiver problemas de acesso aos sites ou problemas de envio/recebimento de e-
mails por responsabilidade dela.
I. Observa que para organizar melhor seus arquivos ele pode criar e usar pastas para guardá-los, identificando-as por nome
e data;
II. Necessita modificar, em suas Opções regionais e de idiomas, o Símbolo da unidade monetária.
O ambiente operacional de computação disponível para realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do MS-Office, das
ferramentas Internet Explorer e de correio eletrônico, comumente escritas em versões do português do Brasil e em seus padrões
originais mais atualmente utilizadas.
Obs.: Entenda-se por mídia removível disquetes, CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada em portas do tipo
USB) e outras funcionalmente semelhantes.
Gabarito: B
I. O provedor é a empresa que fornece acesso aos usuários na Internet, através de recursos de hardware (servidores,
roteadores etc) e software (páginas, links, e-mail etc.).
II. O provedor é a empresa que fornece acesso aos usuários na Internet, cabendo-lhe a responsabilidade de manter
instalados os navegadores e certificar os endereços válidos na Internet, tais como hdtp:\\br.gov.pi.tribunaldecontas.
III. Uma Intranet é uma plataforma de rede independente, conectando os membros de uma organização, utilizando
protocolos padrões de Internet.
IV. Intranet é uma rede de computadores interligados em uma rede local, através de um provedor externo, com as
facilidades da Internet, mas que atende, somente, a empresa ou corporação.
Gabarito: C
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Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: E
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Gabarito: D
Um usuário digitou o termo de pesquisa diretamente na barra de endereços, como se mostra na imagem a seguir.
Assinale a alternativa que indica o resultado correto quando o usuário pressione ALT+ENTER.
a)
b)
c)
d)
e)
Gabarito: A
d) Salvar.
e) Destino.
Gabarito: E
Gabarito: A
Considerando o navegador Google Chrome (Instalação padrão, Versão 59 em Português), a que o enunciado se refere?
a) Java.
b) Temas.
c) Flash.
d) Extensões.
e) Widgets.
Gabarito: D
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Assinale a alternativa que apresenta o atalho por teclado que permite abrir uma janela em modo de navegação anônimo.
a) Ctrl + N
b) Shift + T
c) Shift + N
d) Ctrl + Shift + T
e) Ctrl + Shift + N
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: D
I. Utilizando as teclas de comando Ctrl + Shift + T, é possível abrir novamente a última guia fechada. Obs.: O caractere “+”
foi utilizado apenas para interpretação.
II. A funcionalidade denominada Favoritos realiza o armazenamento de todas as informações que foram acessadas dentro
do navegador, informando o local, data e hora de acesso.
III. A página de inicialização não pode ser redefinida nesse navegador, uma vez que, por padrão, ele vem com o site de
busca próprio, não permitindo que essa página possa ser alterada.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III.
Gabarito: A
Usando o navegador Google Chrome versão 65, em sua configuração original, um usuário acessou o web site da Vunesp, a partir
do endereço www.vunesp.com.br.
Pressionando e sem soltar a tecla CTRL, o usuário clicou com o botão principal do mouse sobre os links Quem Somos, Como
Contratar e, finalmente, Instituições Atendidas. Sempre com a tecla CTRL pressionada. O resultado é ilustrado na imagem a
seguir, onde as páginas foram abertas automaticamente em outras abas.
Assinale a alternativa que indica quais páginas ficaram gravadas no histórico de navegação.
a)
b)
c)
d)
e)
Gabarito: D
Gabarito: D
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Os ícones do cadeado fechado e da estrela servem, respectivamente, para mostrar que o portal do TRT11
a) é seguro e para adicionar este portal aos favoritos.
b) está criptografado e para acessar as configurações do navegador.
c) está bloqueado para acesso e para adicionar este portal aos favoritos.
d) é certificado digitalmente e para acionar o modo de navegação anônima.
e) é seguro e para acessar as configurações do navegador.
Gabarito: A
Sabendo-se que no total existem oito páginas, assinale a alternativa que contém as páginas que serão impressas.
a) 2, 3, 5, 6, 7 e 8.
b) 2, 3, 4, 5, 6 e 7
c) 2, 4, 5, 6 e 7.
d) 2, 3, 4 e 7.
e) 2, 4 e 7.
Gabarito: D
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Assinale a alternativa que descreve o que acontecerá quando o usuário clicar no referido link. Considere que o usuário tem
permissão e todos os aplicativos necessários para executar a ação.
a) A página inicial da Vunesp será aberta em nova guia.
b) Um arquivo será aberto ou baixado pelo navegador.
c) A mesma página será aberta em uma nova janela.
d) Um formulário para inclusão de dados pessoais será aberto em uma nova guia.
e) A página será salva na barra de favoritos.
Gabarito: B
Assinale a alternativa que contém o nome do arquivo que será aberto quando o usuário clicar no referido link.
a) PCCE1401_306_019683.pdf
b) PCCE1401_Edital_de_abertura.pdf
c) PCCE1401_Edital_de_abertura_306_019683.pdf
d) PCCE1401_Edital_de_retificação.pdf
e) PCCE1401_306_019683.doc
Gabarito: A
Gabarito: B
Gabarito: A
Assinale a alternativa que apresenta o atalho por teclado utilizado para abrir a lista de downloads.
a) CTRL + J
b) CTRL + H
c) CTRL + I
d) CTRL + F
e) CTRL + T
Gabarito: A
Gabarito: D
b) Plugins.
c) Downloads.
d) Favoritos.
e) Segurança.
Gabarito: D
O diretor, [email protected], recebe o e-mail e observa as contas de e-mails que também receberam o comunicado, além
dele próprio.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, apenas o(s) e-mail(s) que o diretor observou que também recebeu(ram)
o comunicado recebido por ele.
a) [email protected], [email protected], [email protected]
b) [email protected], [email protected], [email protected]
c) [email protected], [email protected]
d) [email protected]
e) [email protected]
Gabarito: D
DE: [email protected]
PARA: [email protected]
CC: [email protected]
CCO: [email protected]
ASSUNTO: [email protected]
Diversas redes bloqueiam a recepção de mensagens a partir de servidores que tenham sido ou estejam sendo usa dos para envio
de SPAM, fazendo com que usuários do servidor com relay aberto não possam enviar mensagens a usuários dessas redes.
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Para resolver este problema de relay aberto, deve-se configurar estes servidores corretamente. A configuração adequada deve
permitir apenas:
− envio de mensagens com endereço de origem local e endereço de destino local ou externo;
− recepção de mensagens com endereço de origem local ou externo e endereço de destino local.
Tratam-se de servidores:
a) UDP − User Datagram Protocol.
b) ARP − Address Resolution Protocol.
c) SMTP − Simple Mail Transfer Protocol.
d) ICMP − Internet Control Mail Protocol.
e) DNS − Domain Name Service.
Gabarito: C
Paul respondeu a mensagem de Elvis utilizando a opção “Responder para todos” de seu programa de correio eletrônico. O
número de pessoas que recebeu a resposta de Paul foi
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Gabarito: B
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Um professor preparou uma mensagem de correio eletrônico para ser enviada para 40 alunos. Mas, ele deseja evitar que os
alunos comecem a responder para todos, gerando assim uma quantidade muito grande de e-mails para todos. Para evitar isso, de
forma a que cada destinatário responda apenas para o professor, usando o botão Responder ou Responder a todos, o professor deve
colocar a lista de destinatários na mensagem original no seguinte campo:
a) Para
b) Com cópia oculta (Cco)
c) Com cópia (Cc)
d) Assunto
e) Anexo
Gabarito: B
De: [email protected]
Para: [email protected]; [email protected]
Cc: [email protected]
Assunto: Importante! Tarefas pendentes
Ele observou que seu e-mail não estava na lista de destinatários, no campo Para, tampouco no campo Cc. No campo Para, havia
apenas um Ricardo Souza (e-mail [email protected]). Ricardo Silva recebeu a mensagem porque
a) houve um erro no programa de correio eletrônico, que não considerou o ponto no endereço
[email protected] e enviou a mensagem para todos aqueles que começam com “ricardo”.
b) seu endereço de correio eletrônico estava no campo Cco.
c) o usuário [email protected] encaminhou-lhe a mensagem.
d) seu endereço de correio eletrônico estava no corpo da mensagem e, por isso, o programa de correio eletrônico assumiu
que ele deveria receber a mensagem.
e) ele configurou uma regra em seu programa de correio eletrônico, segundo a qual ele receberá todas as mensagens com o
trecho “importante” no assunto, independentemente de quem for o remetente e os destinatários.
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: D
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a) Assunto … Cco
b) Para … Para
c) Para … Cc
d) Para … Assunto
e) Para … Cco
Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: C
De: [email protected]
Para: [email protected]
Cc: [email protected], [email protected]
Cco: [email protected]
Assunto: Reunião com [email protected]
Assinale a alternativa que apresenta corretamente para quantos destinatários a mensagem será enviada.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Gabarito: D
Para: [email protected]
Com cópia: [email protected]
Com cópia oculta: [email protected]
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Assunto: [email protected]
Assinale a alternativa que indica quantas mensagens o email [email protected] receberá quando o envio for efetivado.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: D
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Uma mensagem de e-mail foi editada em um software de e-mail típico e será enviada para [email protected] . Caso se deseje
que a mesma mensagem seja copiada para [email protected], sem que [email protected] saiba sobre a cópia, o endereço
[email protected] deve ser inserido no campo:
a) Cc:
b) Cco:
c) Anexo:
d) Assunto:
e) Para:
Gabarito: B
I. Constitui destaque importante redigir comunicações via e-mail usando-se somente letras maiúsculas.
II. Em comunicações profissionais, fica abolida a formalidade na comunicação por e-mail, podendo-se usar sem
ressalvas formas abreviadas e comuns ao MSN. O que fica vetado é o uso de palavras de baixo calão.
III. Para que todos possam compreender todo o histórico de uma conversa, quando alguém for introduzido como
destinatário do e-mail, deve-se manter visível toda a comunicação anterior dirigida a somente um dos destinatários.
Assinale
a) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se nenhuma afirmativa estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: C
Questão 189: VUNESP - ContJ (TJM SP)/TJM SP/2011
Assunto: Recursos, Campos, Endereçamento (Correio Eletrônico)
A maioria dos programas de correio eletrônico possui a opção de definir a prioridade das mensagens a serem enviadas. A
prioridade visa
a) alertar, ao receptor da mensagem, o grau de importância da mensagem recebida.
b) indicar que a mensagem será excluída 24 horas após seu recebimento.
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Gabarito: A
“Correio eletrônico (também conhecido por e-mail) é um recurso que permite compor, enviar e receber mensagens por meio de
sistemas eletrônicos de comunicação. Um endereço comum de correio eletrônico sempre tem o símbolo para separar
o nome do destinatário e da máquina no endereço de correio eletrônico. É possível também anexar às mensagens.
Um dos softwares que podem ser utilizados para enviar e receber mensagens é o .”
a) ; … pastas … Adobe Acrobat
b) @ … pastas … Microsoft Outlook Express
c) @ … arquivos … Microsoft Outlook Express
d) , … programas … Hyper Terminal
e) @ … mensagens … Firewall
Gabarito: C
OBJETIVO:
O Ministério Público do Governo Federal de um país deseja modernizar seu ambiente tecnológico de informática. Para tanto irá adquirir equipamentos de
computação eletrônica avançados e redefinir seus sistemas de computação a fim de agilizar seus processos internos e também melhorar seu
relacionamento com a sociedade.
(Antes de responder às questões, analise cuidadosamente os requisitos a seguir, considerando que estas especificações podem ser adequadas ou não).
§1o - Cadastros recebidos por intermédio de anexos de mensagens eletrônicas deverão ser gravados em arquivos locais e identificados por ordem de
assunto, data de recebimento e emitente, para facilitar sua localização nos computadores.
§2o - Todos os documentos eletrônicos oficiais deverão ser identificados com o timbre federal do Ministério que será capturado de um documento em papel e
convertido para imagem digital.
§3o - A intranet será usada para acesso de toda a sociedade aos dados ministeriais e às pesquisas por palavrachave, bem como os diálogos eletrônicos
serão feitos por ferramentas de chat.
§4o - Os documentos elaborados (digitados) no computador (textos) não podem conter erros de sintaxe ou ortográficos.
§5o - Todas as planilhas eletrônicas produzidas deverão ter as colunas de valores totalizadas de duas formas: total da coluna (somatório) e total
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acumulado linha a linha, quando o último valor acumulado deverá corresponder ao somatório da coluna que acumular. Exemplo:
............ A B
1 do mês acumulado
2 3 3
3 18 21
4 4 25
5 2 27
6 27
Gabarito: A
Um funcionário de um órgão judiciário é incumbido pelo supervisor, de redigir um texto que contenha aproximadamente 2000 palavras, não podendo
conter erros de sintaxe ou ortográficos. O texto, composto de letras e números, deve receber cálculos feitos em determinadas células de uma planilha
eletrônica, cujos resultados deverão ser preservados na planilha, devendo ser salvo para posterior recuperação. O supervisor solicita, ainda, que todo o
cuidado seja tomado no caso de perda do original e também quanto ao acesso ao texto por pessoas não autorizadas. Após a conclusão, o texto deve ser
encaminhado via correio eletrônico sem identificação dos destinatários. O texto também deve ser publicado em uma página Web interna da organização
mas que seja somente acessado por pessoas autorizadas. Uma parte do texto solicitado deve ser obtido na Web mediante pesquisa de determinadas
palavras-chave fornecidas pela chefia. Após a conclusão deverão ser tiradas vinte cópias do texto em papel timbrado do órgão que serão entregues
pessoalmente pelo supervisor aos destinatários.
O ambiente operacional de computação disponível para realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do MS-Office, das ferramentas Internet
Explorer e de correio eletrônico, em português e em suas versões padrões mais utilizadas atualmente.
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes, CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada em portas
do tipo USB) e outras funcionalmente semelhantes.
Após a conclusão, o texto deve ser encaminhado via correio eletrônico sem identificação dos destinatários.
Gabarito: D
Gabarito: A
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Gabarito: C
TI - Sistemas Operacionais
Questão 197: FCC - Ana (MPE SE)/MPE SE/Informática I/Gestão e Análise de Projeto de Infraestrutura/2010
Assunto: Ubuntu
Para instalar o Ubuntu, com o ambiente desktop padrão, deverá ser instalado o metapacote
a) ubuntu-gnome.
b) ubuntu-desktop.
c) ubuntu-pattern.
d) ubuntu-kde.
e) ubuntu-xfce.
Gabarito: B
Questão 198: FCC - Ana (MPE SE)/MPE SE/Informática I/Gestão e Análise de Projeto de Infraestrutura/2010
Assunto: Ubuntu
O Ubuntu utiliza um sistema de pacotes e uma ferramenta para obter os pacotes denominados, respectivamente,
a) DPKG e APT.
b) Metapacotes e APT.
c) Metapacotes e DPKG.
d) Debian e DPKG.
e) Debian e Metapacotes.
Gabarito: A
Questão 199: FCC - Ana (MPE SE)/MPE SE/Informática I/Gestão e Análise de Projeto de Infraestrutura/2010
Assunto: Ubuntu
NÃO se trata de um repositório oficial, com suporte da comunidade Ubuntu:
a) Source Code.
b) Restricted.
c) Universe.
d) Medibuntu.
e) Multiverse.
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Gabarito: D
Questão 200: FCC - Ana (MPE SE)/MPE SE/Informática I/Gestão e Análise de Projeto de Infraestrutura/2010
Assunto: Ubuntu
Para possibilitar que um usuário possa executar todos os comandos de administração, mantendo a instalação padrão do Ubuntu,
deve ser configurado pelo instalador o comando
a) su.
b) root.
c) sudo.
d) admin.
e) webmin.
Gabarito: C
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Direito Constitucional
Assinale a opção que apresenta um exemplo de exercício da função normativa pelo Poder Executivo.
a) Organização dos serviços internos dos ministérios.
b) Expedição de regulamentos para fiel execução das leis.
c) Elaboração dos regimentos dos tribunais de Justiça.
d) Apreensão de mercadorias ilegais por meio do poder de polícia.
e) Julgamento de irregularidades cometidas por agentes.
Gabarito: B
A separação dos poderes enquanto técnica para a limitação do poder, no Brasil, está configurada a partir da Constituição Fede ral
de 1988, em:
a) Poder Ministerial, Poder Executivo e Poder Legislativo.
b) Poder Executivo, Poder do Ministério Público, Poder da Advocacia Pública.
c) Poder Executivo, Poder da Câmara dos Deputados e Poder do Senado Federal.
d) Poder do Executivo Federal, Poder do Executivo Estadual e Poder do Executivo Municipal.
e) Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário.
Gabarito: E
Gabarito: A
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III. cada um dos Poderes pode organizar livremente seus serviços, observando apenas os preceitos constitucionais e legais.
Gabarito: C
I. A nova ordem constitucional inaugurada em 1988 tratou de consolidar a força normativa e a supremacia da Constituição,
muito embora mantida a centralidade normativo-axiológica do Código Civil no ordenamento jurídico brasileiro.
II. Em que pese parte da doutrina atribuir força normativa à Constituição, ainda predomina, sobretudo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, o entendimento de que a norma constitucional possui natureza apenas programática.
III. No âmbito do Direito Privado, a eficácia entre particulares (ou vertical) dos direitos fundamentais é um exemplo
significativo da força normativa da Constituição e da “constitucionalização” do Direito Civil.
IV. Não obstante a força normativa da Constituição e o novo rol de direitos fundamentais consagrado pela Constituição
Federal de 1988, o ordenamento jurídico brasileiro ainda se encontra assentado normativamente em um paradigma ou
tradição liberal-individualista
V. A “despatrimonialização” do Direito Civil, conforme sustentada por parte da doutrina, é reflexo da centralidade que o
princípio da dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais passam a ocupar no âmbito do Direito Privado,
notadamente após a Constituição Federal de 1988.
d) III e V.
e) V.
Gabarito: E
Questão 8: FGV - CL (SEN)/SEN/Consultoria e Assessoramento Legislativo/Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral e Processo
Legislativo/2012
Assunto: Características (Direitos Fundamentais)
“Essa ‘legalização’ da cultura popular é simultaneamente causa e consequência de nossa crescente tendência de olhar o direito como
expressão e portador dos poucos valores que são amplamente compartilhados na nossa sociedade: liberdade, igualdade e o ideal de
justiça de acordo com o direito.”
I. Os direitos fundamentais aplicam‐se de forma direta nas relações jurídico‐privadas sempre que constatada, entre os
sujeitos, assimetria nas condições econômicas, técnicas e fáticas para fruição da autonomia.
II. A disciplina infraconstitucional, dada aos direitos sociais, não poderá ser derrogada se a legislação superveniente, direta
ou indiretamente, impuser condições mais gravosas ao exercício deles.
III. A ausência de atos administrativos e diplomas legais relacionados à promoção dos direitos sociais, previstos no art. 6º,
da Constituição da República de 1988, não impede que o Poder Judiciário determine a adoção das medidas necessárias para
a fruição máxima desses direitos, em igual medida, por todos os seus titulares, em função da proibição à proteção
insuficiente.
IV. O direito à igualdade não se limita, em seu plano teórico, à vedação de discriminações injustificadas, mas também
abrange a adoção de medidas para redistribuição de bens e para reconhecimento de minorias discriminadas.
Assinale
a) se apenas a afirmativa I é correta.
b) se apenas as afirmativas I e II são corretas.
c) se apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.
d) se apenas a afirmativa IV é correta.
e) se apenas as afirmativas I, II e III são corretas.
Gabarito: D
Gabarito: E
Gabarito: B
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Gabarito: D
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Gabarito: E
A partir de interceptação telefônica, uma das operações realizadas resultou na prisão de três suspeitos, na apreensão de dois mil
comprimidos e de três aparelhos celulares, cujos registros de chamadas, após decisão judicial, foram analisados e levaram à
expedição de dois mandados de busca e apreensão e de dois mandados de prisão.
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Os produtores rurais do Município X organizaram uma associação civil sem fins lucrativos para dinamizar a exploração de
atividade econômica pelos associados, bem como para fins de representá-los nas demandas de caráter administrativo e judicial.
Anderson, proprietário de uma fazenda na região, passa a receber, mensalmente, carnê contendo a cobrança de uma taxa
associativa, embora nunca tivesse manifestado qualquer interesse em ingressar na referida entidade associativa. Em consulta
junto aos órgãos municipais, Anderson descobre que a associação de produtores rurais, embora tenha sido criada na forma da lei,
jamais obteve autorização estatal para funcionar. Diante disso, procura um escritório de advocacia especializado, para pleite ar,
judicialmente, a interrupção da cobrança e a suspensão das atividades associativas. Sobre a questão em comento, assinale a
afirmativa correta.
a) Anderson pode pleitear judicialmente a interrupção da cobrança, a qual revela-se indevida, pois ninguém pode ser
compelido a associar-se ou a permanecer associado, ressaltando-se que a falta de autorização estatal não configura motivo
idôneo para a suspensão das atividades da associação.
b) As associações representativas de classes gozam de proteção absoluta na ordem constitucio nal, de modo que podem ser
instituídas independentemente de autorização estatal e apenas terão suas atividades suspensas quando houver decisão judicial
com trânsito em julgado.
c) A Constituição de 1988 assegura a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedando apenas aquelas de caráter
paramilitar, de modo que Anderson não pode insurgir-se contra a cobrança, vez que desempenha atividade de produção e deve
associar-se compulsoriamente.
d) A liberdade associativa, tendo em vista sua natureza de direito fundamental, não pode ser objeto de qualquer intervenção
do Poder Judiciário, de modo que Anderson apenas poderia pleitear administrativamente a interrupção da cobrança dos valores
que entende indevidos.
Gabarito: A
Gabarito: A
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b) precisa adquirir as áreas, em razão do direito de propriedade constar do rol de direitos individuais, desde que pelo valor
determinado pelos proprietários.
c) depende de autorização do Poder Judiciário para aquisição das áreas, o que, se deferido, viabilizará a compra das áreas ou
a desapropriação das mesmas.
d) pode exigir as propriedades dos particulares somente se estiverem descumprindo sua função social.
e) pode lançar mão da desapropriação, mediante justa e prévia indenização aos proprietários, direito que também consta do
rol de direitos individuais.
Gabarito: E
I. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
II. É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
III. As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
a) A assertiva I reproduz um direito individual e coletivo, inserido nos direitos e garantias fundamentais previstos na
Constituição Federal, enquanto as assertivas II e III se referem a direitos sociais igualmente previstos no texto constitucional.
b) As assertivas I e II reproduzem direitos individuais e coletivos, ambos inseridos nos direitos e garantias fundamentais
elencados na Constituição Federal, enquanto a assertiva III se refere a direitos sociais igualmente previsto no texto
constitucional.
c) As assertivas I e III reproduzem direitos individuais e coletivos, ambos inseridos nos direitos e garantias fundamentais
elencados na Constituição Federal, enquanto a assertiva II se refere a direitos sociais igualmente previsto no texto constitucional.
d) As assertivas II e III reproduzem direitos individuais e coletivos, ambos inseridos nos direitos e garantias fundamentais
elencados na Constituição Federal, enquanto a assertiva I se refere a direitos sociais igualmente previsto no texto constitucional.
e) As assertivas I, II e III reproduzem direitos individuais e coletivos, inseridos nos direitos e garantias fundamentais
elencados na Constituição Federal.
Gabarito: E
I. Provas de autoria de crime hediondo obtidas mediante interceptação telefônica determinada por Delegado de Polícia.
II. Provas de prática de crime obtidas mediante cumprimento, durante o dia, de mandado judicial de busca e apreensão de
documentos, executado pela Polícia Civil, no domicílio de parente do autor do crime.
III. Provas de prática de crime obtidas no âmbito de investigação penal, mediante quebra de sigilo bancário determinada
por ordem judicial.
c) infraconstitucional legal, dependendo de aprovação pelas duas casas do Congresso Nacional pelo quorum mínimo de 3/5
de cada casa.
d) infraconstitucional legal, independentemente de aprovação pelo Congresso Nacional, bastando a assinatura do Presidente
da República.
e) constitucional, independentemente de aprovação pelas duas casas do Congresso Nacional, bastando a assinatura do
Presidente da República.
Gabarito: B
Sobre o direito de reunião previsto no art. 5 o, XVI, da Constituição Federal, é correto afirmar que todos podem reunir-se
pacificamente,
a) em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
b) sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
c) sem armas, em locais abertos ao público, mediante prévia autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
d) sem armas, em locais abertos ou não ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Gabarito: B
Gabarito: D
I. da autoridade policial em escritório de advocacia particular, de dia, sem o consentimen to do responsável, munida de
autorização judicial para realizar busca e apreensão de bens e documentos necessários à investigação de prática de crime
cometido pelo advogado titular da banca, não recaindo a busca e apreensão sobre a esfera de direito de terceiros.
II. da autoridade administrativa de fiscalização tributária na sede de empresa privada, de dia, sem o consentimento do
responsável e sem autorização judicial, para realizar apreensão de livros, documentos e equipamentos necessários à
lavratura de auto de infração e imposição de multa.
III. da autoridade policial em residência familiar, de noite, sem o consentimento do responsável e sem autorização judicial,
para realizar prisão em flagrante delito.
IV. de Oficial de Justiça em residência familiar, de noite, sem o consentimento do morador, munido de autorização judicial
para a realização de penhora e avaliação de bens.
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TÍTULO VII
DO PROCESSO DE MULTAS ADMINISTRATIVAS
...CAPÍTULO II
DOS RECURSOS
Art. 635 − De toda decisão que impuser multa por infração das leis e disposições reguladoras do trabalho, e não havendo forma
especial de processo, caberá recurso para o Diretor-Geral do Departamento ou Serviço do Ministério do Trabalho e Previdência Social
que for competente na matéria. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Parágrafo único. As decisões serão sempre fundamentadas. (Incluído pelo Decreto-lei no 229, de 28.2.1967).
Art. 636. Os recursos devem ser interpostos no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação, perante autoridade
que houver imposto a multa, a qual, depois de os informar, encaminhá-los-á à autoridade de instância superior. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
§ 1º − O recurso só terá seguimento se o interessado o instruir com a prova do depósito da multa. (Incluído pelo Decreto-lei no 229,
de 28.2.1967).
Gabarito: D
Gabarito: C
com o status de
a) emenda constitucional, se aprovados com o mesmo procedimento previsto para essa espécie normativa, mas, se
aprovados com o quorum de maioria simples, terão o status de norma supralegal.
b) norma supralegal, independentemente do quorum com que foram aprovados, mas aqueles aprovados antes da emenda
45/04 terão status de lei ordinária.
c) emenda constitucional, se aprovados com o mesmo procedimento previsto para essa espécie normativa, mas, se
aprovados com o quorum de maioria simples, terão o status de lei ordinária.
d) norma supralegal, se aprovados com o quorum de emenda constitucional, e aqueles aprovados antes da emenda 45/04
terão status de lei complementar.
e) emenda constitucional, se aprovados com o mesmo procedimento previsto para essa espécie normativa, mas, se
aprovados com o quorum de maioria simples, terão o status de lei complementar.
Gabarito: A
Gabarito: A
II. O direito de petição aos Poderes Públicos contra ilegalidade ou abuso de poder.
III. A obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse
pessoal e de terceiros.
IV. A obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos individuais indisponíveis pessoal e de terceiros.
De acordo com a Constituição Federal são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, as hipóteses
indicadas APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e IV.
Gabarito: C
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Certa tarde, um grupo da Associação de Moradores do bairro Y ocupou o local que os participantes da AMA -X habitualmente
utilizavam. O grupo do bairro Y não havia avisado, previamente, a autoridade competente sobre o evento, organizado em espaço
público.
A Sra. Maria da Silva, indignada com a utilização do mesmo espaço, e tendo sido frustrada a reunião de seu grupo, solicitou a os
policiais militares, presentes no local, que tomassem as medidas necessárias para permitir a realização do encontro da AMA-X.
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: E
Questão 49: FCC - ANE (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Inspeção Escolar/2012
Assunto: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5º da CF/1988)
Considere as seguintes assertivas a respeito dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:
I. É a todos assegurada, mediante o pagamento de uma taxa pré-fixada pelo poder público, a obtenção de certidões em
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
II. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
III. É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
profissional.
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2. A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva ou dos membros da unidade familiar.
3. Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
4. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral,
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.
Gabarito: B
a) prova ilícita.
b) isonomia.
c) república.
d) publicidade.
e) juiz natural.
Gabarito: E
a) não podem ser objeto de controle de constitucionalidade concentrado, mas apenas de controle difuso, na medida em que,
se afrontarem a Constituição, suscitarão questões relacionadas à sua recepção e não propriamente à sua constitucionalidade.
b) ingressam no ordenamento jurídico brasileiro com natureza de cláusulas pétreas e, por isso, não poderão ser objeto de
controle de constitucionalidade.
c) equiparam-se à manifestação do Poder Constituinte Derivado Reformador, razão pela qual só poderão ser questionados
quanto à sua constitucionalidade por meio de um poder discricionário de natureza política do Executivo ou do Legislativo.
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d) estão sujeitos a um prazo, contido no próprio texto do tratado ou da convenção, para que possam ser objeto de ações de
controle de constitucionalidade. Findo esse prazo, não mais poderão ser questionados pela via judicial.
e) adquirem status de emenda constitucional e podem ser objeto de controle de constitucionalidade tanto pela via difusa
quanto pela via concentrada.
Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: E
Gabarito: A
I. O exercício lícito da liberdade de reunião em locais abertos ao público pressupõe a existência de autorização prévia por
parte da autoridade competente.
II. A lei pode exigir autorização prévia para a criação de associações, sendo vedada, no entanto, a interferência estatal em
seu funcionamento.
III. As entidades associativas, ainda que não expressamente autorizadas por seus filiados, têm legitimidade para
representá-los em quaisquer procedimentos judiciais.
IV. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano.
V. A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
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Gabarito: D
a) apresenta um rol não taxativo, tendo em vista, sobretudo, o regime e os princípios por ela adotados e os compromissos
decorrentes de tratados internacionais.
b) dota as normas definidoras desses direitos e garantias de aplicabilidade diferida e eficácia contida.
c) proíbe as penas infamantes e degradantes, vedando completamente o banimento, a prisão perpétua e a pena de morte.
d) inclui o direito à moradia, ao lazer, à previdência social, à educação e ao meio ambiente, por se tratarem de direitos que só
podem ser gozados individualmente.
e) equipara o direito de petição e o direito de certidão, já que ambos são oponíveis aos Poderes Públicos, condicionando-os ao
pagamento das taxas respectivas.
Gabarito: A
Gabarito: E
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Gabarito: E
Gabarito: B
a) habeas data.
b) mandado de segurança.
c) mandado de injunção.
d) ação popular.
e) ação direta de inconstitucionalidade.
Gabarito: B
Considerando o conteúdo normativo do Art. 8º, inciso II, da Lei nº 13.300/16 e a teoria acerca da efetividade das normas
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Gabarito: E
I. A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da
autorização destes.
II. Entidades sindicais não possuem legitimidade ativa para a impetração, em favor de seus membros ou associados, de
mandado de injunção coletivo.
III. O Ministério Público possui, em regra, legitimidade para a propositura de ação civil pública que tenha por fundamento a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, operando -se nesta sede controle incidenter
tantum de constitucionalidade.
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: E
II. O aposentado filiado não tem direito de ser votado nas organizações sindicais.
III. O aposentado filiado tem direito a votar nas organizações sindicais.
Segundo as normas preconizadas pela Constituição Federal brasileira, é correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I e II.
c) II e III.
d) I.
e) I e III.
Gabarito: E
Após cumprir todos os requisitos exigidos e ser regularmente inscrito nos quadros da OAB local, Afonso permanece, por 13
(treze) anos ininterruptos, laborando e residindo em Salvador. Com base na hipótese narrada, sobre os direitos políticos e de
nacionalidade de Afonso, assinale a afirmativa correta.
a) Afonso somente poderá se tornar cidadão brasileiro quando completar 15 (quinze) anos ininterruptos de residência na
República Federativa do Brasil, devendo, ainda, demonstrar que não sofreu qualquer conde nação penal e requerer a
nacionalidade brasileira.
b) Uma vez comprovada sua idoneidade moral, Afonso poderá, na forma da lei, adquirir a qualidade de brasileiro naturalizado
e, nessa condição, desde que preenchidos os demais pressupostos legais, candidatar-se ao cargo de prefeito da cidade de
Salvador.
c) Afonso poderá se naturalizar brasileiro caso demonstre ser moralmente idôneo, mas não poderá alistar -se como eleitor ou
exercer quaisquer dos direitos políticos elencados na Constituição da República Federativa do Brasil.
d) Afonso, por ser originário de país de língua portuguesa, adquirirá a qualidade de brasileiro nato ao demonstrar, na forma da
lei, residência ininterrupta por 1 (um) ano em solo pátrio e idoneidade moral.
Gabarito: B
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d) legitimidade ativa.
e) elegibilidade.
Gabarito: B
Gabarito: E
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b) os aqui nascidos, ainda que de pais estrangeiros a serviço do seu país de origem.
c) os nascidos no estrangeiro, de pais brasileiros.
d) os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiros que estejam a serviço do Brasil.
Gabarito: D
Gabarito: C
Questão 88: VUNESP - JE TJSP/TJ SP/2006
Assunto: Espécies de nacionalidade (brasileiros natos e naturalizados)
De acordo com a Constituição Federal, é permitida a dupla nacionalidade nos casos de aquisição de outra nacionalidade pela vi a
a) originária e derivada, segundo a lei estrangeira.
b) derivada, segundo a lei brasileira.
c) originária e derivada, segundo a lei brasileira.
d) derivada, segundo a lei estrangeira.
Gabarito: A
Gabarito: C
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Gabarito: C
Gabarito: C
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sido indiciada em conformidade com a legislação local, o governo norte-americano requereu às autoridades brasileiras sua prisão
para fins de extradição. Neste caso, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, Juliana,
a) poderá ser imediatamente extraditada, uma vez que a perda da nacionalidade brasileira neste caso é automática.
b) não poderá ser extraditada, por continuar sendo brasileira nata, mesmo tendo adquirido nacionalidade norte-americana.
c) poderá ter cassada a nacionalidade brasileira pela autoridade competente e ser extraditada para os Estados Unidos para
ser julgada pelo crime que lhe é imputado.
d) não poderá ser extraditada, pois, ao retornar ao território brasileiro, não poderá ter cassada sua nacionalidade brasileira.
e) não poderá ser extraditada se optar a qualquer momento pela nacionalidade brasileira em detrimento da norte-americana.
Gabarito: C
a) a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização será declarada, por decisão do Ministério da
Justiça, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
b) os cargos de Presidente da Câmara dos Deputados, Ministro do Superior Tribunal de Justiça e de oficial das Forças Armadas
são privativos de brasileiro nato.
c) as normas constitucionais não poderão estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados.
d) o brasileiro não perderá a nacionalidade no caso de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
e) os direitos inerentes aos brasileiros serão atribuídos aos portugueses, independentemente de residirem no Brasil ou no
exterior, como reciprocidade aos laços entre Brasil e Portugal durante o período colonial.
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: E
Gabarito: D
Gabarito: A
I. Para concorrer à reeleição, Eros deveria renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito.
II. Caso Eros exerça o mandato até o fim, Psiquê estará impedida de candidatar-se a cargos eletivos no Município em que o
ex-marido é Prefeito, não obstante tenha se divorciado dele no curso do mandato.
III. A condição de ex-esposa de Eros não impede que Psiquê pleiteie cargos eletivos nas esferas estadual ou federal,
mesmo que ele venha a se reeleger, mas caso Psiquê se eleja, ficará afastada do cargo que ocupa na Administração direta
local.
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Gabarito: E
Gabarito: E
I. plebiscito.
II. referendo.
d) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de trinta dias contados da diplomação, instruída
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
e) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até um ano antes do pleito.
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: D
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Gabarito: E
II. Aprovação, após arguição pública, da escolha de Ministro do Tribunal de Contas da União indicado pelo Presidente da
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República.
Gabarito: E
Gabarito: D
a) processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, os membros do Conselho Nacional do Ministério Público.
b) aprovar previamente, por voto secreto, após argüição, a escolha de Procurador-Geral da República.
c) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados e Municípios.
d) resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional.
e) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse dos Estados e dos Municípios.
Gabarito: D
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Gabarito: D
Gabarito: A
dos Deputados, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada ampla defesa.
d) a licença foi concedida em desacordo com a previsão constitucional autorizativa, estando assim o Deputado Federal sujeito
à perda de mandato, por declaração da Mesa da Câmara dos Deputados, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus
membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
e) a licença foi concedida em desacordo com a previsão constitucional autorizativa, estando assim o Deputado Federal sujeito
à perda de mandato, por decisão da Câmara dos Deputados, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou
de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Gabarito: B
Gabarito: C
Tendo em vista as particularidades da narrativa acima e considerando o que dispõe a Constituição Federal, assinale a afirmati va
correta.
a) Caio da Silva, por estar fora do espaço físico do Congresso Nacional, não é alcançado pela garantia da imunidade material,
respondendo pelos crimes contra a honra que praticou.
b) Caio da Silva, mesmo fora do espaço físico do Congresso Nacional, é alcançado pela garantia da imunidade material, tendo
em vista que as ofensas proferidas estão relacionadas ao exercício da atividade parlamentar.
c) Caio da Silva não está coberto pela garantia da imunidade material, tendo em vista que as ofensas foram proferidas em um
momento de recesso parlamentar, o que afasta qualquer relação com a atividade de Senador.
d) Caio da Silva não está coberto pela garantia da imunidade material, visto que, durante o recesso parlamentar, sequer
estava no território do Estado que representa na condição de Senador.
Gabarito: B
b) beneficia os parlamentares e pessoas que participam dos trabalhos legislativos, mesmo que não exerçam mandato
parlamentar.
c) obriga os Deputados e Senadores a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato.
d) aplica-se a quaisquer opiniões, palavras e votos de Deputados e Senadores, desde que decorram do desempenho das
funções parlamentares.
e) protege o congressista somente em suas manifestações proferidas na Casa Legislativa.
Gabarito: D
Gabarito: B
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I. Será considerado eleito Presidente da República o candidato que obtiver a maioria simples de votos, computados os em
branco e os nulos.
II. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não
tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
III. O Vice-Presidente da República não poderá, sem licença do Senado Federal, ausentar-se do País por período superior a
trinta dias, sob pena de perda do cargo.
IV. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte de candidato a Presidente da República, convocar-se-á, dentre os
remanescentes, o de maior votação.
V. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos dois primeiros anos do mandato, far-se-á eleição
noventa dias depois de aberta a última vaga.
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a) manter relações com Estados estrangeiros mediante prévia análise dos seus representantes diplomáticos, competindo-lhe,
em regra, investigar previamente suas origens e intenções com o fim de garantir a segurança nacional.
b) remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a
situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias.
c) celebrar tratados, convenções e atos internacionais, independentemente do referendo do Congresso Nacional.
d) exercer o comando supremo das Forças Armadas e, após aprovação pelo Senado Federal, promover e nomear os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e os oficiais-generais para os cargos que lhes são privativos.
e) nomear, após aprovação pela Câmara dos Deputados, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando
determinado em lei.
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabarito: C
Gabarito: A
I. A polícia federal, entre outras finalidades, destina-se a apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em
detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se
dispuser em lei.
II. Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser lei complementar.
III. Ressalvada a competência da União, cujas funções de polícia judiciária são exercidas, com exclusividade, pela polícia
federal, incumbem às polícias civis, subordinadas aos Governadores de Estados, Distrito Federal e Territórios e dirigidas por
delegados de polícia de carreira, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
IV. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio
nas vias públicas, compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.
e) poderão ser constituídas pelos Municípios para, entre outros fins, exercer a proteção de seus serviços, conforme dispuser a
lei.
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: E
c) na área da educação, atuar prioritariamente nos ensinos fundamental e médio, aplicando, no mínimo, 18% (dezoito por
cento) da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e no desenvolvimento
do ensino.
d) a obrigação de vincular parcela de sua receita orçamentária de até 5% (cinco por cento) da receita corrente líquida a
entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
e) reconhecer aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as
terras que tradicionalmente ocupam, competindo aos Municípios demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: B
Diante disso, certa aluna cadeirante do 5º ano do ensino fundamental, que desde o início do ciclo frequentava uma unidade que,
embora não adaptada fisicamente, era próxima de sua residência e contava com servidor habilitado a acompanhá -la, tem sua
matrícula transferida para unidade escolar adaptada e com pessoal habilitado, porém distante de sua residência, fazendo -se
necessário que a criança seja conduzida para a escola mediante transporte, o que, no entanto, não foi oferecido pelo Estado. Os
pais da aluna, qualificados para recebimento de assistência jurídica gratuita, pretendem obter ordem judicial para que sua filha
volte a frequentar a unidade escolar em que cursou os anos anteriores do ensino fundamental ou, sucessivamente, que lhe seja
assegurado transporte gratuito para a unidade escolar à qual foi direcionada sua matrícula.
Nessa situação,
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a) não há que se falar em omissão do Estado na prestação do serviço educacional que lhe incumbe, não estando a decisão da
Administração sujeita, no caso, a controle jurisdicional.
b) não há que se falar em omissão do Estado na prestação do serviço educacional que lhe incumbe, embora, em tese, tanto
Ministério Público quanto Defensoria Pública estejam legitimados a promover a defesa em juízo de interesses individuais dessa
natureza.
c) tanto Ministério Público quanto Defensoria Pública estariam legitimados a promover a defesa em juízo dos interesses da
aluna, cabendo ao órgão judicial sopesar os interesses colidentes envolvidos, de modo a assegurar a máxima efetividade ao
direito à educação, integrante do mínimo existencial, assegurado constitucionalmente.
d) apenas a Defensoria Pública estaria legitimada a promover a defesa em juízo dos interesses da aluna, cabendo ao órgão
judicial sopesar os interesses colidentes envolvidos, de modo a assegurar a máxima efetividade ao direito à educação, integrante
do mínimo existencial, assegurado constitucionalmente.
e) apenas o Ministério Público estaria legitimado a promover a defesa em juízo dos interesses da aluna, cabendo ao órgão
judicial sopesar os interesses colidentes envolvidos, de modo a assegurar a máxima efetividade ao direito à educação, integrante
do mínimo existencial, assegurado constitucionalmente.
Gabarito: C
Questão 157: FCC - Prof (Pref Macapá)/Pref Macapá/Anos Iniciais/Educação Infantil, Ensino Fundamental I/2018
Assunto: Da Educação, da Cultura e do Desporto (arts. 205 a 217 da CF/1988)
A redução das desigualdades sociais e regionais e a promoção do bem de todos, previstas na Constituição Federal brasileira, s ão
compromissos a serem perseguidos pelos sistemas de ensino e pelos professores também na Educação Infantil. Em decorrência
disso, os objetivos fundamentais da educação infantil serão efetivados se as creches e pré -escolas cumprirem plenamente sua
função
a) sociopolítica e pedagógica.
b) educativa compensatória.
c) de superar as deficiências emocionais dos alunos.
d) de preparar os alunos para o ensino fundamental.
e) de ensinar efetivamente a leitura e a escrita.
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabarito: E
Diante da indagação de Ana Beatriz sobre a constitucionalidade da cobrança, assinale a afirmativa correta.
a) A cobrança é constitucional, pois se trata de uma política pública de redução das desigualdades.
b) A cobrança é constitucional em razão do princípio da autonomia universitária, previsto na Constituição da República.
c) A cobrança é inconstitucional, uma vez que a taxa de matrícula deveria ser instituída por lei.
d) A cobrança é inconstitucional, uma vez que viola o imperativo de gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais.
Gabarito: D
Alunos que precisam de uma educação especial não estão conseguindo vaga nas escolas. A lei existe, mas na prática tudo é
diferente.
Numa época em que a maioria dos pais está comprando material escolar, uma mãe ainda não conseguiu matricular o filho de
cinco anos. Ele tem a síndrome de Martin e Bell, mais conhecida como síndrome X-frágil, uma doença genética. A causa herdada
mais comum do atraso mental e do autismo.
Por esse motivo, nas escolas, a resposta tem sido sempre igual: não há vagas. “Isso é um problema que precisa ser resolvido,
pois cada um tem suas deficiências, ninguém é perfeito. Quero apenas que meu filho seja aceito, mas as escolas não deixam que
exista essa integração”, disse a mãe.
(http://pe360graus.globo.com/globalaspx/printMaster. aspx?mId=506373&tId=NWS.
Adaptado)
Na sala dos professores de uma escola da rede municipal de Alumínio, os professores comentavam sobre a notícia apresentada. A
partir da contextualização, responda a questão.
Nadir, uma das professoras que participava da conversa, diz que desde 1988, com a publicação da Constituição Federal, passou -
se a adotar no Brasil a educação inclusiva que
a) consiste em uma concepção de inserção parcial, em que a escola prevê serviços educacionais segregados.
b) implica uma seleção prévia dos que estão aptos à inserção, pois nem todos os alunos com deficiência podem estar nas
turmas de ensino regular.
c) propõe um modo de organização dos sistemas educacionais que considerem as necessidades de todos os alunos e que
estejam estruturados em função dessas necessidades.
d) considera que a escola não muda como um todo, mas os alunos têm de mudar para se adaptar às suas exigências.
e) insere as crianças com necessidades especiais nas salas comuns de modo que elas sigam um processo único de
desenvolvimento.
Gabarito: C
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c) contrariam o princípio da igualdade porque o critério de raça não pode ser considerado distinção, já que biologicamente só
existe o ser humano. E tanto isto é verdade que as formas de identificação racial dos programas de ação afirmativa pecam pela
falta de razoabilidade (v.g: auto-identificação)
d) concretizam o princípio da igualdade porque, independentemente da lei não poder estabelecer a igualdade, já que, em
verdade, esta é um fato político, é dever do Estado proporcionar os meios através dos quais os negros poderão, agindo, ascender
a esfera política, e um destes meios é o do acesso diferenciado ao ensino superior.
e) concretizam o direito social fundamental à assistência aos desamparados, face a forte relação da história do povo negro
com a pobreza, devendo, portanto, ser entendida tal política como permanente, na medida em que se reconheça a inviabilidade
de se resgatar a dignidade humana do negro, definitivamente prejudicada por conta das representações culturais desfavoráveis
formuladas a partir da escravidão.
Gabarito: E
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Nesse contexto,
a) o direito à integridade do meio ambiente constitui prerrogativa jurídica de titularidade cole tiva e destina-se somente
àqueles que residam em território nacional.
b) o direito à preservação da integridade do meio ambiente consagra o postulado de solidariedade, diante da necessidade de
impedir que a transgressão a esse direito faça irromper, no seio da coletividade, conflitos intergeracionais.
c) o direito à preservação da integridade do meio ambiente, prerrogativa qualificada por seu caráter de metaindividualidade,
realça o princípio da liberdade e acentua o princípio da igualdade.
d) é facultado ao Estado analisar os riscos, avaliar os custos das medidas de prevenção e executar as ações necessárias,
quando existir incerteza científica sobre a possibilidade de um produto, serviço ou evento desequilibrar o meio ambiente ou atingir
a saúde dos cidadãos.
e) a Constituição Federal condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea
persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa.
Gabarito: B
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de identificação.
c) a prioridade no recebimento da restituição do imposto de renda, qualquer que seja o valor a ser restituído.
d) o direito de exigir alimentos, a sua escolha, de quaisquer dos parentes obrigados, sendo que acordo extrajudicial celebrado
perante o promotor de justiça será considerado título executivo judicial.
Gabarito: C
Direitos Humanos
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Nos termos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é correto afirmar que
a) toda pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.
b) são asseguradas às presidiárias condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação.
c) toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas ou militares.
d) é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
e) ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade, exceto no caso de iminente perigo público.
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: D
revolução francesa nas quais se cunhou a tríade axiológica da liberdade, igualdade e fraternidade.
e) demonstra sua filiação à concepção aristotélico-tomista de dignidade humana como atributo concedido ao homem por
direito divino.
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabarito: D
Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e
o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.
Expressar na internet opiniões com teor de sobreposição ou subposição cultural, social e política por conta de raça, cor, cla sse ou
gênero é um ato
a) suscetível apenas a juízo ético-moral por estar dentro dos aparatos jurídicos nacional e internacional.
b) de legítima liberdade de expressão, garantido por preceitos democráticos contidos na Constituição Federal.
c) decorrente da expansão de acesso da população menos escolarizada a emitir opinião nas mídias digitais.
d) condenado internacionalmente, mas compatível com o Estado Democrático de Direito brasileiro.
e) de incitamento à discriminação, condenado pela legislação internacional com reflexo nas leis brasileiras.
Gabarito: E
Questão 187: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Sistemas/Tecnologia da Informação e afins/2014
Assunto: Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)
Quanto à Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, é INCORRETO afirmar que
a) os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos
direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades.
b) toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
c) toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes
livremente escolhidos.
d) toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela
cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturai s
indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
e) o Estado terá prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada às crianças e adolescentes,
independentemente da manifestação dos pais.
Gabarito: E
Questão 188: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Sistemas/Tecnologia da Informação e afins/2014
Assunto: Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)
Quanto à Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as
corretas.
I. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em
relação umas às outras com espírito de fraternidade.
II. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaraç ão, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social ,
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
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IV. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas
formas.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas I e IV.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II, III e IV.
Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: E
“Os direitos humanos da Declaração de Virgínia e da Declaração Francesa de 1789 são, neste sentido, direitos humanos de primeira
geração, que se baseiam numa clara demarcação entre Estado e não-Estado, fundamentada no contratualismo de inspiração
individualista. São vistos como direitos inerentes ao indivíduo e tidos como direitos naturais, uma vez que precedem o contrato social”
(cf. A reconstrução dos direitos humanos. São Paulo: Companhia das Letras,
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1988, p. 126).
Entre as disposições abaixo, NÃO guarda pertinência com a concepção de direitos humanos acima mencionada:
a) "A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos
são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão."
b) "Um povo tem sempre o direito de rever, de reformar e de mudar a sua constituição: Uma geração não pode sujeitar às
suas leis as gerações futuras."
c) "A lei é a expressão livre e solene da vontade geral; ela é a mesma para todos, quer proteja, quer castigue; ela só pode
ordenar o que é justo e útil à sociedade; ela só pode proibir o que lhe é prejudicial."
d) "Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum."
e) "Nós também concedemos a todos os homens livres do nosso reino, por nós e por nossos herdeiros perpetuamente, todas
as liberdades estatuídas nessa Carta, para que as tenham e as conservem para si e para os seus herdeiros, de nós e dos nossos
herdeiros."
Gabarito: E
Gabarito: B
Gabarito: E
I. Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante, salvo quando suspeito
de ter cometido crime hediondo.
II. Toda pessoa tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei, exceto quando suspeito de envolvimento em
atos lesivos à ordem pública.
III. Toda pessoa acusada de ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente, até que sua culpabilidade venha a ser
provada de acordo com a lei.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
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Gabarito: C
a) o relativismo cultural, a indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos, conferindo primazia ao valor da
solidariedade, como condição ao exercício dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.
b) a universalidade, a indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos, conferindo paridade hierárquica entre
direitos civis e políticos e direitos econômicos, sociais e culturais.
c) a universalidade, a indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos, conferindo primazia aos direitos civis e
políticos, como condição ao exercício dos direitos econômicos, sociais e culturais.
d) o relativismo cultural, a indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos, conferindo primazia aos direitos
econômicos, sociais e culturais, como condição ao exercício dos direitos civis e políticos.
e) a universalidade, a indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos, conferindo primazia aos direitos econômicos,
sociais e culturais, como condição ao exercício dos direitos civis e políticos.
Gabarito: B
Gabarito: B
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d) apresenta força jurídica vinculante, seja por constituir uma interpretação autorizada do artigo 55 da Carta das Nações
Unidas, seja por constituir direito costumeiro internacional, conforme sustenta parte considerável da doutrina, consagrando ainda
a ideia de que, para ser titular de direitos, basta ser pessoa.
e) não apresenta qualquer força jurídica vinculante, consagrando a ideia de que, para ser titular de direitos, basta ser nacional
de um Estado membro da ONU.
Gabarito: D
Gabarito: B
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Direito Administrativo
Gabarito: B
Gabarito: E
Gabarito: B
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I. O princípio da legalidade é certamente a diretriz básica da conduta dos agentes da Administração. Significa que qualquer
atividade administrativa deve ser autorizada por lei.
II. O princípio da moralidade objetiva a igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que
se encontrarem em idêntica situação.
III. O núcleo do princípio da moralidade é a procura de produtividade e economicidade e, ainda mais importante, a
exigência de reduzir desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos com presteza, perfeição
e rendimento funcional.
Gabarito: A
c) impessoalidade.
d) moralidade.
e) universalidade.
Gabarito: B
Questão 9: FCC - AJ TRE PR/TRE PR/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012
Assunto: Princípios expressos, explícitos ou constitucionais
É dever de todo agente público
a) agir em favor do interesse da maioria da população independentemente da lei.
b) evitar qualquer ato que não esteja de acordo com seus princípios morais.
c) agir somente quando expressamente autorizado pela lei.
d) fazer somente aquilo que a lei determina, exceto nos atos discricionários.
e) fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, visando o bem da comunidade.
Gabarito: C
Gabarito: B
e) impede que a Administração anule ou revogue atos que geraram situações favoráveis para o particular, pois tal
desfazimento afetaria direito s adquiridos.
Gabarito: D
Gabarito: D
a) disciplinar.
b) regulamentar.
c) discricionário.
d) de polícia.
e) hierárquico.
Gabarito: B
Gabarito: C
No regular exercício da fiscalização da ocupação do solo urbano, o poder público municipal, observadas as formalidades legais,
valendo-se da prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza-o a restringir o uso e o gozo da liberdade e da
propriedade privada em favor do interesse da coletividade, determinou que Roberto demolisse a parte irregular da obra.
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Gabarito: B
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Gabarito: D
Gabarito: C
Questão 31: FCC - Ana MPU/MPU/Processual/2007
Assunto: Poder de Polícia
a) delegado compreende, dentre outras, a imposição de taxas, diante da possibilidade de transferência do poder de tributar da
entidade estatal.
b) não está sujeito, quando praticado com excesso ou desvio de poder, à invalidação pelo Poder Judiciário, mas tão -somente
pela própria administração pública, diante da sua atividade disciplinar e regulamentar.
c) tem como atributos específicos e peculiares a seu exercício a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade.
d) abrange a anulação do direito de propriedade, do exercício de profissão regulamentada ou de atividade lícita, ainda que
assegurados pela lei.
e) exige, mesmo nos casos que ponham em risco iminente a segurança ou saúde pública e comprovada pelo respectivo auto
de infração, para a validade da sanção imposta, a instauração de processo administrativo com plenitude de defesa, vedada a
aplicação de sanção sumária e sem defesa.
Gabarito: C
passageiros, encontrados em situação irregular, bem como em desacordo com as exigências da respectiva permissão ou
concessão, é
a) constitucional, porque a norma legal versa sobre questão de direito administrativo, na medida em que envolve a
fiscalização da prestação de serviços públicos e, portanto, insere-se no âmbito da competência do Estado-membro da Federação.
b) inconstitucional, porque a fiscalização da prestação do serviço público deve ser realizada por agência reguladora, instituída
para esse fim, e não pelo Poder Executivo.
c) constitucional, porque a fiscalização da prestação do serviço não está inserida no âmbito do exercício do poder de polícia
do Estado, mas, no caso, os Estados-membros da Federação podem legislar sobre transporte intermunicipal, porque, embora se
cuide de matéria de competência privativa da União, existe lei complementar federal vigente, autorizando os Estad os a legislar
sobre questões específicas, na forma prevista na Constituição Federal.
d) inconstitucional, porque o Estado-membro da Federação não tem poder de fiscalização sobre o transporte intermunicipal
de passageiros.
Gabarito: A
Gabarito: D
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c) O poder disciplinar pode ser exercido independentemente de vínculo de natureza especial com a Administração.
d) Regulamentos autônomos são aqueles editados para a fiel execução da lei, não podendo inovar o ordenamento jurídico,
mas somente complementar a lei.
e) A vinculação existente entre os entes da Administração Direta e Indireta, que permite a primeira controlar os atos da
segunda, decorre do poder hierárquico.
Gabarito: B
II. Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.
III. Os Ministérios e as Secretarias de Estado e de Municípios podem ser classificados, quanto à posição estatal, como
órgãos autônomos.
IV. Segundo a teoria eclética, o órgão é formado por dois elementos, quais sejam, o agente e o complexo de atribuições.
a) Apenas I e IV.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas I, III e IV.
e) Apenas II, III e IV.
Gabarito: E
( ) A Administração Pública engloba a Administração direta e indireta. Esta é constituída por órgãos públicos e aquela é
composta por entidades detentoras de personalidade jurídica própria.
( ) Os órgãos públicos são criados por lei para desempenharem atividades-fim do Estado e gerir o interesse público de
acordo com diretrizes traçadas pelo governo.
Gabarito: A
Gabarito: B
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Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: E
Gabarito: A
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Gabarito: B
Gabarito: E
Questão 58: FGV - Anal Jud (TJ GO)/TJ GO/Apoio Judiciário e Administrativo/2014
Assunto: Administração Indireta
São entidades integrantes da Administração Indireta, com personalidade jurídica de direito público, criadas por lei específica para
desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, são próprias e típicas do Estado, as:
a) fundações públicas;
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b) empresas públicas;
c) autarquias;
d) sociedades de economia mista;
e) secretarias e ministérios.
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: D
I. A sociedade de economia mista é composta por capital público, enquanto a empresa pública admite capital privado, desde
que não implique controle acionário.
II. A sociedade de economia mista é composta por capital público e privado, devendo o poder público participar da gestão
da mesma, observando-se a condição de acionista majoritário.
III. Na empresa pública o capital votante é público, admitindo-se no capital a participação de outras pessoas de direito
público interno.
I. O principio da reserva legal é aplicado às mesmas porque somente por meio de previsão legal é possível que umapessoa
jurídica da administração indireta seja criada.
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II. É possível a criação de pessoa jurídica da administração indireta sem a especificação das atividades que a pessoa jurídica
irá desempenhar.
III. Mesmo diante da autonomia existente entre ente criador e pessoa jurídica da administração indireta, essa está
subordinada ao ente criador.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente a afirmativa I estiver correta.
Gabarito: E
Gabarito: A
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Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: B
I. O Estado extinguiu um órgão e aglutinou, junto a um secretário de estado, as atribuições anteriormente exercidas por
esse órgão.
II. O Estado criou uma autarquia para desempenhar as funções anteriormente exercidas por uma secretaria estadual.
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Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, os instrumentos que o Estado utilizou nos casos acima.
a) No primeiro caso ocorreu concentração e no segundo caso descentralização.
b) No primeiro caso ocorreu centralização e no segundo descentralização.
c) No primeiro caso ocorreu concentração e no segundo caso desconcentração.
d) No primeiro caso ocorreu centralização e no segundo desconcentração.
e) Em ambos os casos ocorreu delegação.
Gabarito: A
Uma autarquia que tem a competência de fiscalização e controle de atividade de setor específico da economia é denominada:
a) administrativa;
b) agência executiva;
c) agência reguladora;
d) regional;
e) universitária.
Gabarito: C
Para instituir regulação com tais características, a solução juridicamente mais adequada, entre outras, é
a) criar autarquia, cuja lei de criação discrimine como características de seu regime jurídico a autonomia administrativa,
orçamentária e financeira, porém com dirigentes sem mandato fixo, ocupantes de cargos de livre nomeação e exoneração pelo
Chefe do Executivo, a qual seja incumbida regular com transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade.
b) criar autarquia em regime especial, que poderá ser denominada agência reguladora, cuja lei de criação discrimine como
características desse regime especial o mandato fixo de seus dirigentes, que assim terão maior independência decisória em
relação ao Prefeito, a garantia de autonomia administrativa, orçamentária e financeira e, ainda, a tomada de decisões mediante
processos administrativos balizados pelos valores jurídicos da transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade.
c) investir a empresa pública ou sociedade de economia mista municipal, prestadora de serviços públicos de saneamento, na
atribuição de regulação da prestação de tais serviços públicos, assegurando-se que as decisões tomadas pela empresa estatal
municipal não sejam passíveis de recurso hierárquico impróprio ao Secretário municipal ou ao Prefeito, bem como sejam
resultantes de processos administrativos balizados pelos valores jurídicos da transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade.
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d) delegar, na impossibilidade de oneração do tesouro municipal com os custos de criação de uma entidade reguladora
municipal, o exercício da função reguladora dos serviços públicos municipais de saneamento básico à sociedade de economia
mista pertencente à Administração indireta do Estado-membro da Federação em que situados os Municípios, exigindo-se, no
instrumento de delegação, que as decisões a serem tomadas pela sociedade de economia mista est adual sejam balizadas pelos
valores jurídicos da transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade.
e) criar órgão público municipal especialmente dedicado à regulação dos serviços de saneamento básico, discriminando, em
seu regulamento de criação, que as suas decisões serão tomadas mediante processos administrativos balizados pelos valores
jurídicos da transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade.
Gabarito: B
Gabarito: A
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a) Por receberem contribuições parafiscais, são entidades com personalidade jurídica de direito público.
b) Por serem instituídos por lei, são fundações públicas.
c) São empresas públicas da administração direta.
d) São entidades privadas, com personalidade jurídica de direito privado.
e) São empresas estatais da administração indireta.
Gabarito: D
I. Promoção da Assistência Social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção
gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei.
II. Promoção da segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento eco nômico e social e combate à
pobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção,
comércio, emprego e crédito.
III. Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse
suplementar; promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos
técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Gabarito: E
I. As empresas públicas e sociedades de economia mista não são criadas por lei, mas, a sua instituição depende de
autorização legislativa.
II. Entidades estatais são pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado, mas, não
têm poderes políticos nem administrativos.
III. Órgãos subalternos são os que exercem atribuições de mera execução, sempre subordinados a vários níveis
hierárquicos superiores.
IV. Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, dotados de
personalidade jurídica e de vontade própria.
V. Agentes públicos são todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função
estatal.
Gabarito: D
Nesse caso, pode-se afirmar que a responsabilidade da empresa de transporte coletivo, que é pessoa jurídica de direito privado
concessionária de serviço público, é
a) subjetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço, porque se trata de pessoa jurídica de direito
privado.
b) objetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição
Federal.
c) objetiva em relação aos usuários do serviço e subjetiva em relação aos não usuários, pois apenas os usuários pagam tarifa
beneficiando-se do regime jurídico administrativo.
d) subjetiva se a concessionária for pessoa jurídica de direito privado não pertencente à Administração Pública e objetiva,
quando a concessionária for empresa pública ou sociedade de economia mista, independentemente d e a vítima ser ou não
usuária do serviço.
e) subjetiva apenas se a concessionária for pessoa jurídica de direito privado pertencente à Administração Pública e se a
vítima não for usuária do serviço.
Gabarito: B
Sobre o caso narrado, conforme os princípios inseridos na Carta Magna Estadual, assinale a afirmativa correta.
a) O Município está obrigado a fornecer a medicação, conforme orientação do médico, em virtude de seu dever de proteger a
vida e a saúde dos munícipes.
b) O Município, ao favorecer Manuel, irá contra o princípio da igualdade, já que não somente ele necessita de remédios fora
da lista.
c) O Município só está obrigado a entregar os remédios se houvesse disponibilidade orçamentária, ante o princípio da
preservação da ordem econômica.
d) O Município não está obrigado a atender aos interesses locais porque a entrega de medicação a carentes é um programa
de abrangência nacional.
e) O Município, pelo princípio do controle da Administração Pública, não está obrigado a fornecer a medicação fora da relação
municipal de medicamentos essenciais.
Gabarito: A
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Por não concordar com a desapropriação de seu imóvel, o particular interessado ingressou com ação judicial e comprovou que tal
lei, em verdade, não atendia ao interesse público e que sofreu danos materiais por sua apro vação, por ter perdido oportunidade
de vender o imóvel a terceira pessoa por preço mais elevado.
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Gabarito: A
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Gabarito: D
Gabarito: D
que tinha acabado de usar e, por descuido, acabou ferindo com a agulha Maria, parente de um paciente. Maria sofreu
significativo rasgo em seu braço, tendo que receber imediato atendimento médico, sendo necessários vários pontos para suturar
a lesão. No caso em tela, em tema de indenização em favor de Maria, aplica-se a responsabilidade civil:
a) objetiva do Estado, segundo a qual é imprescindível a comprovação do elemento subjetivo da conduta de Joana;
b) objetiva do Estado e não cabe ação regressiva do Estado contra Joana, pela teoria do risco administrativo;
c) objetiva do Estado, segundo a qual não há necessidade de análise do dolo ou culpa de Joana;
d) subjetiva do Estado, segundo a qual é imprescindível a comprovação do dolo ou culpa de Joana;
e) subjetiva do Estado e cabe ação regressiva do Estado contra Joana, pela teoria do risco administrativo.
Gabarito: C
“Quanto ao mérito, nos termos da jurisprudência do STJ, a responsabilidade civil do Estado para condutas omissivas é subjetiva,
sendo necessário, dessa forma, comprovar negligência na atuação estatal, o dano e o nexo causal entre ambos.
(...)
Com se vê, da análise das razões do acórdão recorrido, observa-se que este delineou a controvérsia dentro do universo fático-
probatório. Caso em que não há como aferir eventual inexistência de nexo de causalidade sem que se abram as provas ao
reexame.”(Min. Rel. Humberto Martins; AgR no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL n o 501.507 − RJ; j. 27.05.2014)
I. Embora a Constituição Federal tenha estabelecido a modalidade objetiva de responsabilidade para o Estado tanto para
atos omissivos, quanto para atos comissivos, a jurisprudência mitigou esse rigor, passando -a a subjetiva em ambas as
hipóteses.
II. O Superior Tribunal de Justiça admite a modalidade subjetiva de responsabilidade para o Estado nos casos de omissão, o
que não afasta a necessidade de demonstração do nexo de causalidade.
III. Para a comprovação da responsabilidade objetiva não é necessária a demonstração de nexo de causalidade e de culpa
do agente público, enquanto que na responsabilidade subjetiva, esses requisitos são indispensáveis.
Questão 101: FGV - Anal Jud (TJ GO)/TJ GO/Apoio Judiciário e Administrativo/2014
Assunto: Responsabilidade Civil do Estado
Maria é servidora pública e trabalha como merendeira na cozinha da Escola Municipal Letras e Artes. Por descuido, Maria deixou
cair um objeto pontiagudo enquanto preparava o lanche dos alunos e o estudante João, de 7 anos, acabou o ingerindo junto com
o sanduíche. João foi levado ao hospital, onde ficou internado por um mês. Em razão dos danos morais e materiais sofridos por
João, caberá indenização baseada na responsabilidade civil:
a) objetiva da Maria, que responde pelos danos que causou a João, sendo imprescindível a comprovação de dolo ou culpa em
sua conduta e cabendo responsabilidade subsidiária do Município no caso de insolvência de Maria;
b) objetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a João, sendo prescindível a
análise do elemento subjetivo e assegurado o direito de regresso contra Maria nos casos de dolo ou culpa;
c) objetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a João, sendo imprescindível a
análise do dolo ou culpa de Maria e assegurado o direito de regresso contra Maria nesses casos;
d) subjetiva da Maria, que responde pelos danos que causou a João, sendo prescindível a comprovação de dolo ou culpa em
sua conduta e cabendo responsabilidade subsidiária do Município no caso de insolvência de Maria;
e) subjetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a João, sendo imprescindível a
análise do elemento subjetivo e assegurado o direito de regresso contra Maria nos casos de dolo ou culpa.
Gabarito: B
b) o poder público não pode ser responsabilizado, tendo em vista que a ocorrência de força-maior supera eventual ocorrência
de negligência nas obras e atividades de prevenção de acidentes.
c) a concessionária poderá demandar o poder público para fins de responsabilidade civil na modalidade objetiva, em razão da
natureza da atividade prestada, relevante e essencial.
d) o poder público poderá ser responsabilizado a indenizar os bens dos particulares caso se demonstre a ocorrência de culpa
do serviço, ou seja, de que o acidente poderia ter sido evitado caso tivessem sido adotadas as prevenções cabíveis.
e) o poder público será responsabilizado pelos prejuízos experimentados pela concessionária, tendo em vista que em se
tratando de força-maior, aplica-se a responsabilidade civil na modalidade objetiva pura.
Gabarito: D
Gabarito: B
Com relação à responsabilidade civil da administração pública, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Apenas as pessoas jurídicas de direito público responderão pelos atos lesivos que seus agentes, nessa qualidade,
provocarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
( ) A responsabilidade civil do Estado e dos prestadores de serviços públicos é objetiva, bastando a relação de causa e efeito
entre a ação ou omissão e o dano, independentemente de culpa.
( ) O dever de indenizar ao terceiro lesado pelos atos lesivos que praticou com dolo ou culpa, desde que não causado por
culpa ou dolo decorrentes, exclusivamente, da pessoa lesada.
A partir do caso descrito, sobre a responsabilidade civil da Administração Pública e da concessionária de serviço público, assinale
a afirmativa correta.
a) Há responsabilidade subjetiva da empresa.
b) Há responsabilidade direta e objetiva do poder concedente.
c) Há responsabilidade apenas do motorista do veículo e será objetiva.
d) Há responsabilidade objetiva da concessionária.
e) Há responsabilidade apenas do motorista do veículo e será subjetiva.
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Gabarito: D
A responsabilidade objetiva, incidente quanto às pessoas de direito público, estende-se, entre outros casos, nos termos da
Constituição Federal,
Gabarito: A
I. As cláusulas contratuais relativas aos direitos e deveres dos usuários para utilização do serviço são consideradas
essenciais.
II. A Lei 8.987/95 possibilita a revisão das tarifas, a fim de manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
III. As concessões podem ser outorgadas por prazo determinado ou indeterminado, desde que seja garantido o
ressarcimento do capital investido.
IV. A retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo de concessão, por motivos de interesse público,
denomina-se encampação.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas incisos II e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: D
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Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: B
No tocante aos aspectos econômicos e tarifários das concessões de serviço público, a Lei n o 8.987/95 dispõe:
a) Na contratação das concessões de serviços públicos, deve haver a repartição objetiva dos riscos entre as partes.
b) O inadimplemento do usuário não é circunstância justificável para a interrupção na prestação dos serviços públicos.
c) A cobrança de pedágios em rodovias públicas somente é possível por meio do oferecimento de via alternativa e gratuita
para o usuário.
d) Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro,
vedada a revisão em período inferior a um ano.
e) A alteração das alíquotas do imposto de renda não é causa que justifique pedido de revisão tarifária pela concessionária.
Gabarito: E
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contraprestação pecuniária do parceiro público, ou (b) a prestação de serviço de que a Administração Pública seja a usuária direta
ou indireta, com ou sem execução de obra e fornecimento e instalação de bens, mediante contraprestação do parceiro público”.
Nesse segundo caso (item b), tem-se:
a) concessão de uso.
b) concessão patrocinada.
c) concessão autorizativa.
d) concessão permissionária.
e) concessão administrativa.
Gabarito: E
Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: A
c) concessão de uso especial para fins de moradia e investimentos, pois é esse o instrumento unilateral e precário adequado
para a preservação dos interesses do particular na amortização dos investimentos realizados.
d) retrocessão, por ser esse o instrumento que permite, de forma gratuita, o uso de bem público por empresas privadas, para
a exploração de atividade econômica de interesse público.
e) autorização de uso de bem público, pois é instrumento bilateral, assinado por prazo determinado, assegurando ao
autorizado direito de indenização em caso de retomada do bem pela Administração.
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: D
Gabarito: C
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c) comportam revisão por autoridades da Administração centralizada nas hipóteses expressamente previstas em lei ou quando
verificado desvio da finalidade institucional da entidade.
d) não comportam qualquer espécie de controle administrativo, sendo passíveis de impugnação apenas pela via judicial.
e) uma vez aperfeiçoados, não mais podem ser revistos pela autoridade prolatora.
Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: D
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II. A Lei n.º 8.666/93 (licitações e contratos administrativos) prevê hipótese de obrigatoriedade da audiência pública.
III. A Lei n.º 10.257/01 (Estatuto da Cidade) contempla, expressamente, a realização de audiências públicas.
Ministro da Defesa.
d) poderá ajuizar arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal Federal, em face da
União Federal, diante da violação direta de direito fundamental de acesso à informação.
e) poderá ajuizar mandado de injunção junto ao Supremo Tribunal Federal, por se tratar de direito fundamental dependente
da edição de norma regulamentadora.
Gabarito: C
Com base na hipótese apresentada, assinale a alternativa que indica a linha de atuação mais apropriada proposta pelo advogado.
a) Impetração de mandado de segurança contra o Decreto, ao argumento de que faltaria ao Município competência normativa
para estabelecer a referida restrição.
b) Ajuizamento de ação de conhecimento com pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional com a finalidade de
suspender os efeitos do Decreto, ao argumento de vício de razoabilidade/proporcionalidade.
c) Impetração de mandado de segurança contra o Decreto, ao argumento de vício de razoabilidade/proporcionalidade.
d) Ajuizamento de ação de conhecimento com pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional com a finalidade de
suspender os efeitos do Decreto, ao argumento de que faltaria ao Município competência normativa para estabelecer a referida
restrição.
Gabarito: B
Gabarito: A
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Gabarito: E
Gabarito: E
Caso a Administração Pública realize um concurso e não nomeie todos os aprovados, segundo a CF, assinale a afirmativa correta .
a) Enquanto o concurso estiver dentro do prazo de validade não poderá ser aberto novo concurso, independentemente de
haver ou não aprovados no certame anterior.
b) Caso haja novo concurso, os aprovados no novo certame não poderão ser convocados enquanto restarem aprovados do
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concurso anterior, desde que esse ainda esteja dentro do prazo de validade.
c) Enquanto restarem aprovados não nomeados, não será possível a abertura de novo concurso, independentemente do prazo
de validade do certame.
d) Enquanto restarem aprovados não nomeados, não será possível a abertura de novo concurso, desde que o certame
anterior esteja no prazo de validade.
e) Havendo aprovados no concurso anterior, é vedada a abertura de novo certame, ainda que o anterior já tenha expirado seu
prazo de validade.
Gabarito: B
Gabarito: C
Gabarito: C
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e) é válida, em razão de se tratar de concurso para provimento de cargo da Administração pública federal indireta, hipótese
em que, desde que haja previsão em edital, é permitida a prestação de serviços gratuitos por período a ser acordado entre as
partes.
Gabarito: C
Gabarito: D
Gabarito: D
mandato eletivo, tendo sido eleito. Segundo as normas constitucionais que regem a matéria, é correto afirmar que Emiliano
a) deverá pedir exoneração do cargo em se tratando de mandato eletivo federal.
b) se eleito para o mandato de Prefeito, será afastado do seu cargo, mas terá a faculdade de optar pela sua remuneração.
c) se eleito para o mandato de Vereador, perderá as vantagens de seu cargo, mas sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo.
d) ao pedir o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, inclusive para promoção por merecimento.
e) poderá acumular as vantagens do seu cargo com a remuneração do cargo eletivo, em se tratando de mandato estadual ou
municipal.
Gabarito: B
Questão 156: FGV - AnaLM (CM Salvador)/CM Salvador/Gestão de Pessoas/Controle Funcional, Administração de
Pessoal, Gestão de Pessoas/2018
Assunto: Mandato Eletivo (art. 38 da CF)
Eduardo, servidor nomeado para cargo em comissão de livre provimento e exoneração na Câmara Municipal de Salvador, também
exerce atividade docente, com jornada de 20 (vinte) horas semanais, em determinada universidade de iniciativa privada. Por ser
muito participativo nas atividades políticas do seu bairro, recentemente foi convidado a concorrer pela candidatura de Veread or
pelo partido pelo qual é filiado.
( ) Nas aposentadorias por invalidez e compulsória não cabe o pagamento de abono de permanência.
( ) A Emenda Constitucional nº 41/2003 extinguiu o abono de permanência, que se encontra previsto, a partir de então,
apenas nas regras de transição aplicáveis aos servidores que ingressaram anteriormente à promulgação da referida
alteração constitucional.
( ) O abono de permanência consiste na restituição de contribuições previdenciárias devidas pelo servidor público que já
possui tempo de contribuição para se aposentar, o que se dá através de mecanismos de compensação tributária previstos na
legislação própria.
Marcos e Luís são servidores públicos efetivos de determinado ente federal. Marcos, que foi aprovado em concurso público com
apenas 25 anos de idade, após 8 anos de sua posse, sofreu um acidente, fora de serviço, e ficou incapacitado para o cargo que
exercia. Luís é servidor público há 30 anos e deseja se aposentar. Com base nessa situação hipotética, analise as afirmativas a
seguir:
I – Por não possuir idade mínima para aposentadoria no serviço público, Marcos não pode ser aposentado.
II – Luís pode se aposentar voluntariamente com proventos proporcionais ao tempo de serviço prestado.
III – Para Marcos é cabível a aposentadoria compulsória, com proventos integrais, seguindo a ideia de paridade, no regime
geral de previdência.
IV – Caso seja constatado em inspeção médica que Marcos tem capacidade para o serviço público em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido, Marcos poderá ser investido por readaptação.
Gabarito: B
Diante da situação acima narrada, deve-se concluir, no tocante aos proventos de Jeferson, que serão
a) proporcionais; calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se deu a aposentadoria; e assegurada a
revisão dos proventos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
atividade.
b) integrais; calculados com base nas remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de
previdência oficial, calculada a média na forma da lei; e assegurado o reajustamento dos proventos para preservar -lhes, em
caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
c) proporcionais; calculados com base nas remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes
de previdência oficial, calculada a média na forma da lei; e assegurada a revisão dos proventos na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
d) integrais; calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se deu a aposentadoria; e assegurado o
reajustamento dos proventos para preservar- lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
e) integrais; calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se deu a aposentadoria; e assegurada a revisão
dos proventos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: D
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Gabarito: B
De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco (Lei Estadual n o 6.123, de 20/07/68 e
alterações posteriores), denomina-se aproveitamento o
a) reingresso no serviço público do servidor aposentado, por interesse e requisição da Administração, respeitada a opção do
servidor.
b) ato pelo qual o funcionário demitido ilegalmente, reingressa no serviço público com o ressarcimento das vantagens ligadas
ao cargo.
c) ato pelo qual o funcionário exonerado ilegalmente, reingressa no serviço público com o ressarcimento das vantagens
ligadas ao cargo.
d) reingresso no serviço público do servidor aposentado, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria, respeitada a
opção do servidor.
e) retorno à atividade do funcionário em disponibilidade, em cargo igual ou equivalente, pela sua natureza e vencimento, ao
anteriormente ocupado.
Gabarito: E
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Gabarito: E
Hermínia, servidora pública do Estado do Maranhão, pretende se aposentar voluntariamente, implementando condições para o
recebimento de proventos proporcionais. Nesse caso, tais proventos
a) somente não poderão ser inferiores à metade da remuneração da atividade.
b) não poderão ser inferiores ao salário mínimo nem à metade da remuneração da atividade.
c) não poderão ser inferiores a 70% da remuneração da atividade.
d) não poderão ser inferiores ao salário mínimo nem a um terço da remuneração da atividade.
e) não poderão ser inferiores a 80% da remuneração da atividade.
Gabarito: D
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Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabarito: B
a) quando em viagem a serviço, pela qual receba indenizações de ajuda de custo e transporte.
b) nomeado para o cargo em comissão da administração direta ou autárquica, ressalvado o direito de opção.
c) à disposição de órgão ou entidade da União, de outro Estado, do Distrito Federal, de Território ou Município, bem como de
outro Poder do Estado ou do Tribunal de Contas.
d) quando afastado para prestar serviço em empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo Poder
Público.
e) durante o desempenho de mandato eletivo.
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: B
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Gabarito: C
Gabarito: E
Por ter praticado a falta funcional narrada, consoante dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos Civis de Salvador, após regular
processo administrativo disciplinar, Cláudio está sujeito à pena de:
a) advertência, que será aplicada por escrito e, caso seja reincidente, à suspensão de até 90 (noventa) dias;
b) suspensão, que terá até 90 (noventa) dias, independentemente de reincidência;
c) advertência e multa, no valor de um mês de seus vencimentos e vantagens;
d) suspensão de até 60 (sessenta) dias e multa no valor de um mês de seus vencimentos e vantagens;
e) demissão, cujo ato de imposição mencionará o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Gabarito: E
suas funções.
e) 90 dias, perdendo, o funcionário, durante o período da suspensão, todos os direitos e vantagens resultantes do exercício
das suas funções.
Gabarito: A
Servidor ocupa cargo efetivo, de caráter técnico, no setor responsável por licitações da Secretaria da Câmara Municipal de Várzea
Paulista e, concomitantemente, ocupa cargo efetivo no Poder Executivo Municipal de Jundiaí, sendo lotado no setor de licitações
de uma Secretaria desse Município. Os horários de trabalho são compatíveis.
Diante do previsto no Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Várzea Paulista, verificada tal situaçã o em processo
administrativo disciplinar,
a) o respectivo expediente deverá ser arquivado, pois a acumulação descrita é lícita, nos termos da Constituição Federal e do
próprio Estatuto.
b) deverá ser aplicada ao servidor sanção administrativa disciplinar de advertência, por se tratar de falta leve.
c) está caracterizada a falta média, cabendo a aplicação da sanção administrativa disciplinar de suspensão de até 15 (quinze)
dias.
d) o servidor deverá optar por um dos cargos, sob pena da aplicação da sanção administrativa disciplinar de demissão.
e) comprova-se falta grave, cabendo a aplicação da sanção administrativa disciplinar de suspensão de até 30 (trinta) dias.
Gabarito: D
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Gabarito: D
Gabarito: E
II. Retirar, modificar ou substituir, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento oficial ou objeto da
repartição.
V. Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou
a seu subordinado.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas III, IV e V estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: E
ressarcimento do dano.
d) a responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo à Fazenda Estadual ou a
terceiros.
e) responderá o funcionário perante a Fazenda Estadual em ação regressiva proposta após transitar em julgado a decisão que
a houver condenado a indenizar o terceiro, no caso de dano causado a terceiro.
Gabarito: B
a) o servidor não poderá deixar de ser representado no processo por advogado constituído ou defensor dativo.
b) a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o afastamento do servidor do exercício do cargo, pelo
prazo de até 60 (sessenta) dias, a fim de que não venha a interferir na apuração da irregularidade, sem prejuízo da remuneração.
c) o prazo para conclusão da sindicância não excederá 60 (sessenta) dias, podendo, ainda, ser prorrogado, uma única vez, a
critério da autoridade superior.
d) o processo será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores, estáveis ou não, designados pela autoridade
competente.
e) para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará como defensor dativo, necessariamente,
ocupante de cargo de nível superior ao do indivíduo.
Gabarito: B
Gabarito: A
Nos termos do artigo 114 do Código de Administração do Município de Marília (Lei Complementar no 11/1991), além do
vencimento e das vantagens previstas nessa lei, são deferidos aos servidores, dentre outros, as seguintes gratificações e
adicionais:
a) adicional pelo exercício de atividades penosas, insalubres ou perigosas; décimo quarto salário e prêmio produtividade.
b) adicional noturno, adicional amamentação e atividades externas.
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Gabarito: D
Gabarito: C
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Direito Penal
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Gabarito: D
a) o resultado.
b) a ação ou a omissão.
c) o dolo ou a culpa.
d) a relação de causalidade.
e) a tipicidade.
Gabarito: C
Gabarito: A
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Gabarito: A
Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto afirmar que, em relação à vítima do atropelamento, Wilson agiu com
a) dolo direto.
b) dolo eventual.
c) culpa consciente.
d) culpa inconsciente.
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: B
Gabarito: A
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Gabarito: A
I. Pode-se afirmar que, na história do Direito Penal Brasileiro, as Ordenações Filipinas foram substituídas pelo Código
Criminal do Império de 1830.
II. A interpretação da lei é autêntica contextual quando o julgador, dentro de um determinado contexto fático, aplica-a.
III. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde
pelo crime tentado.
IV. O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime cu lposo, se
previsto em lei.
Gabarito: D
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Gabarito: C
Gabarito: C
Nesse sentido, com base na teoria da imputação objetiva, assinale a afirmativa correta.
a) Jane não praticou crime, pois agiu no exercício regular de direito.
b) Jane não responderá pelas lesões corporais sofridas por Lorena com base no princípio da intervenção mínima.
c) Jane não pode ser responsabilizada pelo resultado com base no princípio da confiança.
d) Jane praticou delito previsto no Código de Trânsito Brasileiro, mas poderá fazer jus a benefícios penais.
Gabarito: C
A equipe médica, sem observar os devidos cuidados exigidos, ministrou o remédio a Leonardo sem observar que era composto
por substância à qual o paciente informara ser alérgico em sua ficha de internação. Em razão da medicação aplicada, Leonardo
sofreu choque anafilático, evoluindo a óbito, conforme demonstrado em seu laudo de exame cadavérico.
Recebidos os autos do inquérito, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Jonas, imputando -lhe o crime de homicídio
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doloso.
Diante dos fatos acima narrados e considerando o estudo da teoria da equivalência, o(a) advogado(a) de Jonas deverá alegar que
a morte de Leonardo decorreu de causa superveniente
a) absolutamente independente, devendo ocorrer desclassificação para que Jonas responda pelo crime de lesão corporal
seguida de morte.
b) relativamente independente, devendo ocorrer desclassificação para o crime de lesão corporal seguida de morte, já que a
morte teve relação com sua conduta inicial.
c) relativamente independente, que, por si só, causou o resultado, devendo haver desclassificação para o crime de homicídio
culposo.
d) relativamente independente, que, por si só, produziu o resultado, devendo haver desclassificação para o crime de lesão
corporal, não podendo ser imputado o resultado morte.
Gabarito: D
I. preexistente, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado.
II. concomitante, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado.
III. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, situada na mesma linha de
desdobramento físico da conduta do agente, concorrendo para a produção do resultado.
IV. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, sem guardar posição de homogeneidade
em relação à conduta do agente e que, por si só, produziu o resultado.
O resultado lesivo NÃO será imputado a Fernando, que responderá apenas pelos atos praticados, nas situações indicadas em
a) I e III.
b) I e II.
c) II, III e IV.
d) I, II e IV.
e) III e IV.
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: C
IV. o agente suspende a execução do delito em razão da resistência oposta pela vítima.
V. o agente, após ter esgotado os meios de que dispunha para a prática do crime, impede que o resultado se produza.
Gabarito: E
Gabarito: C
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Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: A
e) São requisitos legais do estado de necessidade: perigo atual; ameaça a direito próprio ou alheio; situação não causada
voluntariamente pelo sujeito; inexistência de dever legal de enfrentar o perigo.
Gabarito: E
Gabarito: E
razoável exigir-se.
b) pratica o fato para salvar de perigo iminente ou atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício.
c) exclusivamente em situação de calamidade pública, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
d) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício.
e) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Gabarito: E
Gabarito: D
No estado de necessidade,
Gabarito: C
Questão 42: FCC - AJ TRE RN/TRE RN/Administrativa/"Sem Especialidade"/2005
Assunto: Legítima Defesa
Também são requisitos da legítima defesa e do estado de necessidade
a) um perigo a direito próprio ou alheio e o uso moderado dos meios necessários.
b) o uso moderado dos meios necessários e um bem sacrificado de valoração inferior ou igual ao preservado.
c) a inexistência de dever legal de enfrentar o perigo e a defesa de direito próprio ou alheio.
d) um perigo, atual ou iminente, e uma agressão injusta, atual ou iminente, por parte do agente.
e) um bem sacrificado de valoração inferior ou igual ao bem preservado e uma ação causada dolosamente pelo agente.
Gabarito: B
Gabarito: E
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: B
Diante da situação hipotética, considerando a Parte Geral e Especial do Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária não terá a culpabilidade excluída, mas poderá ter apena perdoada
judicialmente, pelo homicídio culposo da sobrinha.
b) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade excluída. Poderá ser judicialmen te perdoado
do homicídio culposo da sobrinha, mas responderá pelo suicídio tentado.
c) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade excluída, respondendo tanto pela tentativa de
suicídio quanto pelo homicídio da sobrinha.
d) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade excluída, respondendo pelo feminicídio
culposo da sobrinha.
e) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, é isento de pena relativamente ao crime de homicídio que deu causa.
Gabarito: A
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a) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez de ambos decorreu de força maior;
b) Ricardo deverá responder pelo crime praticado, enquanto Bruno é isento de pena;
c) Ricardo e Bruno deverão responder pelos crimes praticados, pois a embriaguez nunca exclui a imputabilidade penal;
d) Ricardo e Bruno, caso sejam denunciados, responderão criminalmente perante a Câmara de Vereadores;
e) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez do primeiro foi culposa e do segundo decorreu de força maior.
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: A
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e) A pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força
maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar -se
de acordo com esse entendimento.
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: B
Gabarito: B
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filho, que, embriagado, arrombou a porta. Na hipótese apresentada, vindo “Z” a falecer em razão dos disparos, “X”
a) será isento de pena, pois agiu em erro de tipo invencível.
b) praticou o crime de homicídio doloso consumado.
c) será isento de pena, pois agiu em erro de tipo causado por outrem.
d) praticou o crime de homicídio culposo consumado.
e) praticou o crime de homicídio culposo tentado.
Gabarito: A
I. desconhecimento da lei.
IV. erro plenamente justificado pelas circunstâncias, que leva à suposição de situação de fato que, se existissem, tornaria a
ação legítima.
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Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: C
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: B
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c) Crimes à distância são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro.
d) O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, isenta de pena; se inevitável, poderá
diminuí-la de um sexto a um terço.
e) É isento de pena o agente que pratica crime sem violência ou grave ameaça à pessoa, desde que, voluntariamente, repare
o dano ou restitua a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa.
Gabarito: C
Gabarito: A
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Gabarito: B
O crime de homicídio é qualificado, nos expressos termos do § 2.º do art. 121 do CP, se cometido
Gabarito: D
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Tratamento Psiquiátrico, onde cumpria a medida de segurança. Frederico acabou morrendo em decorrência de um abcesso
causado por pneumonia. As condutas dos funcionários amoldam-se ao seguinte tipo penal:
a) homicídio culposo porque agiram com imprudência, negligência e perícia.
b) homicídio doloso porque a eles incumbia o dever jurídico de agir para evitar o resultado.
c) conduta atípica, por superveniência de causa absolutamente independente.
d) crime de tortura por submeterem pessoa sujeita a medida de segurança a sofrimento físico e mental, omitindo -se, quando
tinham o dever de evitá-lo.
e) crime de omissão de socorro qualificada pelo resultado.
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: C
Diante dos fatos acima narrados, o(a) advogado(a) de Regina, em alegações finais da primeira fase do procedimento do Tribunal
do Júri, deverá requerer
a) o afastamento da qualificadora, devendo Regina responder pelo crime de homicídio simples com causa de aumento, diante
do erro de tipo.
b) a desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro sobre a pessoa, não podendo ser reconhecida a agravante
pelo fato de quem se pretendia atingir ser descendente da agente.
c) a desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro na execução (aberratio ictus), podendo ser reconhecida a
agravante de o crime ser contra descendente, já que são consideradas as características de quem se pretendia atingir.
d) a desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro sobre a pessoa, podendo ser reconhecida a agravante de o
crime ser contra descendente, já que são consideradas as características de quem se pret endia atingir.
Gabarito: B
Gabarito: D
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pelo crime de “adulteração de sinal identificador de veículo automotor”, Magnus deverá ser punido na modalidade culposa do
delito.
b) Ticius imputa um fato definido como crime a Manassés que imaginava ser verdadeiro quando, na verdade, era falso, tendo
o erro de Ticius decorrido de sua negligência. Neste caso, ao ser responsabilizado pelo crime de calúnia, Ticius deverá ter sua
pena diminuída de um sexto a um terço.
c) Ticius imputa um fato definido como crime a Manassés que imaginava ser verdadeiro quando, na verdade, era falso, tendo
o erro de Ticius decorrido de sua negligência. Neste caso, Ticius deverá ser responsabilizado pelo crime de calúnia na modalidade
culposa.
d) Augustus, agride e provoca lesão corporal em Cassius, pois este segurava o pescoço de Maximus. Imaginava Augustus
estar protegendo Maximus mas, por erro decorrente de sua imprudência, não percebeu que tudo se tratava de uma brincadeira.
Neste caso, na responsabilização penal pelo crime de lesão corporal, Augustus deverá ter sua pena diminuída de um sexto a um
terço.
e) Magnus, policial, adultera, sem autorização legal, sinal identificador de um veículo automotor a fim de que seja utilizado
em investigação criminal, pois imagina, por erro evitável, que nesta hipótese sua conduta seria lícita. Na responsabilização penal
pelo crime de “adulteração de sinal identificador de veículo automotor”, Magnus deverá ter sua pena diminuída de um sexto a um
terço.
Gabarito: E
Gabarito: D
Gabarito: C
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Considerando a situação apresentada, o advogado de Juca deverá esclarecer que a conduta de Carlos configura crime de:
a) injúria, consumado;
b) tentativa de injúria, pois houve arrependimento eficaz, devendo Carlos responder apenas pelos atos já praticados;
c) tentativa de calúnia, pois houve desistência voluntária, devendo Carlos responder apenas pelos atos já praticados;
d) tentativa de calúnia, pois houve arrependimento eficaz, devendo Carlos responder apenas pelos atos já praticados;
e) calúnia, consumado.
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: E
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desse dia, Rama recebeu uma ligação dos amigos, que o chamaram para sair com o objetivo de comemorar o início das férias.
Certo de que não se demoraria, Rama deixou as crianças, ambas com 4 anos, brincando sozinhas no quintal de casa, que era
grande, tinha muitos brinquedos e uma piscina. Ocorre que Rama bebeu demais e acabou perdendo a hora, chegando em casa
tarde da noite, extremamente alcoolizado. As meninas ficaram sem alimentação durante todo o tempo e ainda sofreram com
várias picadas de pernilongos. Com base na situação apresentada, é correto afirmar que Rama praticou crime
a) de lesão corporal leve por meio de omissão imprópria.
b) de perigo para a vida ou saúde de outrem.
c) de abandono de incapaz, com causa de aumento de pena.
d) previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Gabarito: C
Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: B
Considerando o fato narrado, na condição de advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá ser esclarecido aos familiares de
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Gabarito: A
Gabarito: A
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e) De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, é possível aplicar ao delito de furto qualificado pelo concurso de agentes
aumento idêntico ao previsto para o roubo majorado pelo concurso de agentes, visto que mais benéfico.
Gabarito: E
Gabarito: D
Considerando os fatos narrados, o(a) advogado(a) de Lúcio, em entrevista pessoal e reservada, deverá esclarecer que sua
conduta
a) não permite que seja oferecida denúncia pelo Ministério Público, pois o Código Penal adota a Teoria da Ação para definição
do tempo do crime, sendo Lúcio inimputável para fins penais.
b) não permite que seja oferecida denúncia pelo órgão ministerial, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para
definir o tempo do crime, e, sendo este de natureza formal, sua consumação se deu em 05/10/2018.
c) configura fato típico, ilícito e culpável, podendo Lúcio ser responsabilizado, na condição de imputável, pelo crime de
extorsão mediante sequestro qualificado na forma consumada.
d) configura fato típico, ilícito e culpável, podendo Lúcio ser responsabilizado, na condição de imputável, pelo crime de
extorsão mediante sequestro qualificado na forma tentada, já que o crime não se consumou por circunstâncias alheias à sua
vontade, pois não houve obtenção da vantagem indevida.
Gabarito: C
Gabarito: B
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Gabarito: B
Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: C
Tício ingressa em estabelecimento comercial para realizar roubo com emprego de arma de fogo. Já havia subtraído o numerário,
e estava saindo do estabelecimento, quando foi surpreendido por policiais, do lado de fora da loja, que pretendiam prendê-lo.
Retorna, então, para o interior da loja e apanha funcionária como refém, mantendo-a ao seu lado, coagida e com a arma
encostada na cabeça, ameaçando matá-la caso algum policial lá ingressasse. Solicita a presença do Juiz Corregedor da Polícia
Judiciária, que para lá se desloca. Após longas horas de negociação, termina por liberar a refém, que não sofreu ferimentos
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Gabarito: C
Gabarito: C
Gabarito: D
Considerando apenas as informações narradas, no momento do oferecimento da denúncia, o Promotor de Justiça deverá imputar
a Caio a prática do crime de:
a) furto simples;
b) furto qualificado pelo emprego de fraude;
c) apropriação indébita simples;
d) apropriação indébita majorada em razão do emprego;
e) estelionato.
Gabarito: E
b) é isento de pena quem comete furto em prejuízo de ascendente, independentemente da idade da vítima.
c) não incide a agravante de crime praticado contra maior de sessenta anos no caso de estelionato contra idoso.
d) admitem a figura privilegiada os crimes de furto, dano, apropriação indébita, estelionato e receptação.
Gabarito: C
Gabarito: C
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risco iminente de morte, pratica o crime de constrangimento ilegal, previsto no artigo 146 do CP.
e) Mévio, ao manter Tícia, sua vizinha, presa em casa, amarrada à cama, por uma semana, condicionando sua soltura à
entrega da senha do cofre, onde ele sabia existir dólares e joias, pratica o crime de cárcere privado, previsto no artigo 148 do CP.
Gabarito: C
Considerando as situações acima, de acordo com o Código Penal, poderá(ão) ser considerado(s) funcionário(s) público(s) para
fins de responsabilização penal:
a) João, apenas;
b) João e José, apenas;
c) João, José e Márcio;
d) João e Márcio, apenas;
e) José e Márcio, apenas.
Gabarito: C
I. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente exerce cargo, emprego ou
função pública, excetuados aqueles que não percebam qualquer tipo de remuneração.
II. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, mas não quem
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
III. A pena é aumentada da terça parte quando o autor do crime praticado por funcionário público contra a administração
em geral for ocupante de cargo em comissão de órgão da administração direta.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: C
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Assunto: Peculato
“Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em
razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio” é o texto do crime praticado por funcionário público contra a
administração em geral denominado
a) concussão.
b) excesso de exação.
c) corrupção passiva.
d) peculato.
e) prevaricação.
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: B
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Antônio, funcionário público de uma repartição pública da cidade de São Paulo responde a processo por crime de peculato
culposo, após concorrer de forma culposa, para o desvio de R$ 50.000,00 dos cofres públicos perpetrada por outro funcionário da
mesma repartição. Por ser reincidente específico, Antônio não teve direito a qualquer benefício e foi condenado a cumprir pena de
06 (seis) meses de detenção em regime inicial semiaberto. Após a sentença irrecorrível, Antônio, arrependido, resolve reparar
integralmente o dano causado, ressarcindo o prejuízo causado. Neste caso,
a) o Magistrado deverá declarar extinta a sua punibilidade.
b) a pena aplicada a Antônio deverá ser reduzida à metade.
c) a pena aplicada a Antônio deverá ser reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois terços) por estar configurado o arrependimento
posterior.
d) Antônio não terá direito à redução da pena, tendo em vista que a reparação do dano ocorreu após a prolação da sentença.
e) está caracterizada uma circunstância atenuante genérica prevista no Código Penal, que deverá ser considerada pelo
Magistrado que atuar durante a fase de execução de sentença.
Gabarito: B
Gabarito: A
I. Uma pessoa que não exerce função pública auxilia um funcionário público na subtração de bem móvel pertencente à
Administração.
II. O agente induz o executor do furto a cometê-lo de manhã, entretanto o executor decide praticá-lo durante o repouso
noturno.
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Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: C
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e) corrupção passiva.
Gabarito: A
a) tentativa de concussão.
b) corrupção passiva consumada.
c) concussão consumada.
d) tentativa de corrupção passiva.
e) corrupção ativa consumada.
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: E
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Grotius, policial civil regularmente investido no cargo, durante seu horário de folga, surpreendeu Brutus, seu vizinho, na condução
de uma motocicleta sem placa, em desacordo com a legislação de trânsito em vigor. Para tentar eximir-se da responsabilidade
pela infração legal, Brutus ofereceu certa quantia em dinheiro a Grotius, a ser entregue após a liberação do veículo, o que f oi
prontamente aceito por Grotius, embora não houvesse ocorrido a entrega da quantia. Diante do exposto, Grotius
a) responderá pelo crime de Prevaricação.
b) responderá pelo crime de Concussão.
c) responderá pelo crime de Corrupção Ativa.
d) responderá pelo crime de Corrupção Passiva.
e) não responderá por crime algum, por tratar-se de fato atípico, uma vez que não ocorreu a entrega do numerário.
Gabarito: D
Gabarito: B
I. O funcionário público que está afastado de suas funções por férias, licença ou suspensão, não pode ser sujeito ativo do
crime de corrupção passiva.
II. O funcionário público nomeado por concurso público, mas que ainda não assumiu a função pública, mesmo em razão
dela, não pode ser sujeito ativo do crime de corrupção passiva.
III. Para caracterização do delito de corrupção passiva, é irrelevante que a solicitação da vantagem indevida seja feita por
terceira pessoa.
IV. A solicitação de vantagem indevida para a prática de ato legítimo configura o delito de corrupção passiva.
d) corrupção ativa.
e) corrupção passiva.
Gabarito: E
Gabarito: B
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c) impedimento, perturbação ou fraude de concorrência pública não prevê punição para quem se abstém de concorrer ou
licitar em razão de vantagem oferecida.
d) peculato mediante erro de outrem não admite tentativa.
e) emprego irregular de verbas ou rendas públicas caracteriza- se independentemente da ocorrência de dano para a
Administração pública.
Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: C
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Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: B
I. Aquele que oferece ou promete, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público para que pratique,
omita ou retarde ato de sua competência.
II. Funcionário público que retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse econômico ou não.
Gabarito: C
Assunto: Dos crimes praticados por particular contra a administração pública estrangeira
Para efeitos penais, o que se entende por "funcionário público estrangeiro"?
a) Aquele que, de forma sempre remunerada, trabalha em empresas que contratam com a Administração Pública brasileira,
excluindo-se, portanto, os funcionários de ONGS.
b) Aquele que, de forma ainda que transitória e sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função em entidades estatais
ou em representações diplomáticas de país estrangeiro.
c) Aquele que trabalha apenas em representações estrangeiras que possuam relações diplomáticas com o Brasil ou em
órgãos internacionais, como a ONU, FMI, OMS etc.
d) Aquele que presta serviços apenas para empresas estrangeiras controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público do
seu país de origem que mantenha escritório permanente em território nacional.
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: A
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Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: E
Gabarito: B
A cometeu crime de
a) falso testemunho em continuidade delitiva.
b) falso testemunho único, com aumento de pena.
c) falso testemunho em concurso material.
d) falso testemunho em concurso formal.
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: D
I. No delito de comunicação falsa de crime ou contravenção, há indicação expressa de pessoa determinada como
autora da infração.
II. No delito de denunciação caluniosa, não há indicação expressa de determinada pessoa como autora da infração.
III. A vítima de um crime não comete crime de falso testemunho se calar a verdade em processo judicial.
IV. No delito de falso testemunho, o fato deixa de ser punível se o agente se retrata ou declara a verdade até o
trânsito em julgado da sentença ou do acórdão proferido no processo em que ocorreu a falsidade.
Gabarito: A
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: C
Questão 192: FGV - Aud Sub (TCE-RJ)/TCE-RJ/2015
Assunto: Dos crimes contra as finanças públicas
Com relação aos crimes contra as finanças públicas inseridos no Código Penal pela Lei nº 10.028/2000 (artigo 359-A/H), é correto
afirmar que:
a) admite-se, excepcionalmente, a forma culposa;
b) em razão de sua gravidade, não se admite a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos;
c) a tentativa não é admitida em qualquer de suas hipóteses;
d) a suspensão condicional do processo não é cabível em qualquer de suas formas;
e) trata-se de crime próprio, eis que praticado por funcionário público que tenha atribuição legal ou titular de mandato ou
legislatura.
Gabarito: E
Tal conduta
a) cuida-se de crime próprio cujo sujeito ativo somente pode ser o agente público que possui poder e atribuição para ordenar
a despesa.
b) tem como objetividade jurídica a defesa orçamentária da Administração pública direta.
c) objetiva atingir diretamente o Estado, representado pela União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios e
indiretamente os titulares de créditos preferenciais perante a Administração pública.
d) consuma-se quando a ordem é efetivamente executada, ou seja, quando a despesa ordenada é realmente assumida pelo
Poder Público, contrariando previsão legal.
e) exige ação penal condicionada ao controle orçamentário exercido pelo Tribunal de Contas.
Gabarito: A
Gabarito: C
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I. Se o agente público, com atribuições para ordenar operação de crédito, o faz sem prévia autorização legislativa, não
chegando, porém, a se concretizar a contratação por circunstâncias alheias à sua vontade, deverá respon der pelo delito na
forma tentada.
II. O sujeito ativo só pode ser agente público, motivo porque é inadmissível a participação criminosa de pessoa que não
ostente a qualidade de funcionário público.
III. O crime só é punível a título de dolo, não se caracterizando o delito em questão quando a conduta for decorrente de
culpa, em quaisquer de suas modalidades.
Gabarito: A
I. Caracteriza-se o crime de peculato na apropriação ou desvio pelo funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, desde que público, de que tem a posse em razão do cargo, para proveito próprio.
II. Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido ou, quando devido, emprega na
cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, configura-se o crime de excesso de exação.
III. É crime de prevaricação deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso
o acesso a aparelho eletrônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo.
IV. Para os efeitos penais dessa espécie de crimes, considera-se funcionário público quem, embora transitoriamente, mas
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Gabarito: B
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Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: A
O indiciado, então, pretende o arquivamento do inquérito e procura seu advogado para esclarecimentos, informando que deseja
que o inquérito seja imediatamente arquivado.
Questão 9: FCC - Con Tec Leg (CL DF)/CL DF/Inspetor de Polícia Legislativa/2018
Assunto: Inquérito Policial (arts. 4º a 23 do CPP)
Sobre a prisão, o Código de Processo Penal dispõe:
a) As autoridades policiais e seus agentes, bem como qualquer do povo, deverão prender quem quer que seja encontrado em
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flagrante delito.
b) Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão em flagrante, o preso deverá ser posto em liberdade.
c) A custódia preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver indícios da existência do crime e de sua autoria.
d) Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e
se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa.
e) Somente no curso do processo penal caberá a decretação de prisão preventiva pelo juiz, haja vista que, durante o
inquérito policial, somente é possível a prisão em flagrante delito do investigado.
Gabarito: D
Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das investigações, a autoridade policial, para resguardar a
prova, pretende colher material sanguíneo do indiciado Lauro para fins de futuro confronto, além de desejar realizar, com bas e
nas declarações de uma testemunha presencial localizada, uma reprodução simulada dos fatos; no entanto, Lauro se recusa tanto
a participar da reprodução simulada quanto a permitir a colheita de seu material sanguíneo. É, ainda, realizado o reconhecimento
de Lauro por uma testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, sem que fossem colocadas imagens de outros indivíduos
com características semelhantes.
Ao ser informado sobre os fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) advogado(a) de Lauro, sob o ponto de vista técni co,
deverá alegar que
a) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em denúncia anônima isoladamente, sendo exigida a
realização de diligências preliminares para confirmar as informações iniciais.
b) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a autoridade policial, ainda que seja possível
constrangê-lo a participar da reprodução simulada dos fatos, independentemente de sua vontade.
c) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, invalida a ação penal como um todo, ainda que
baseada em outros elementos informativos, e não somente no ato viciado.
d) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, ainda que civilmente identificado, por meio
de processo datiloscópico, mas não poderia fazê-lo por fotografias.
Gabarito: A
Gabarito: B
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Gabarito: B
De acordo com a situação apresentada, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, deverá o advogado esclarecer que
a) diante do caráter inquisivo do inquérito policial, Paulo não poderá ser assistido pelo advogado na delegacia.
b) a presença da defesa técnica, quando da lavratura do auto de prisão em flagrante, é sempre imprescindível, de modo que,
caso não esteja presente, todo o procedimento será considerado nulo.
c) decretado o sigilo do procedimento, o advogado não poderá ter acesso aos elementos informativos nele constantes, ainda
que já documentados no procedimento.
d) a Paulo deve ser garantida, na delegacia, a possibilidade de assistência de advogado, de modo que existe uma faculdade
na contratação de seus serviços para acompanhamento do procedimento em sede policial.
Gabarito: D
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circunstâncias.
d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias, desde que haja expresso
consentimento da vítima ou quem a represente.
e) proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública e haja peritos
oficiais para a realização do laudo pericial.
Gabarito: A
Gabarito: B
Com base nessas informações, acerca do inquérito policial, assinale a alternativa correta.
a) A autoridade policial pode arquivar autos de inquérito policial, conforme o Código de Processo Penal.
b) A ausência do relatório vicia o inquérito policial, pois é parte integrante e imprescindível para a constituição dos elementos
de indiciamento.
c) A condução da linha investigativa, por meio da intervenção nos atos de produção da prova pelo advogado, afeta a
discricionariedade da autoridade policial.
d) A autoridade policial é titular da opinio delicti, portanto, o indiciamento delimita os termos da acusação.
e) O inquérito policial é disponível, portanto, conforme o Código de Processo Penal, a autoridade policial pode arquivá -lo por
iniciativa própria.
Gabarito: C
Gabarito: E
e) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
Gabarito: E
Gabarito: D
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c) a notícia anônima sobre eventual prática criminosa presta-se a embasar procedimentos investigatórios preliminares que
corroborem as informações da fonte anônima, os quais tornam legítima a persecução criminal.
d) a autoridade policial não pode tomar qualquer providência investigatória a partir da notícia anônima.
e) a persecução criminal só poderia ser iniciada se a denúncia anônima estivesse corroborada por interceptação telefônica
autorizada judicialmente.
Gabarito: C
Gabarito: A
I. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências,
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
III. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
IV. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde
aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante
traslado.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I, II e IV.
c) Apenas I, III e IV.
d) Apenas I e III.
e) I, II, III e IV.
Gabarito: C
Gabarito: B
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penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito policial”. Assim, é correto afirmar que
a) sempre que tomar conhecimento da ocorrência de um crime, a autoridade policial deverá, por portaria, instaurar inquérito
policial.
b) por delatio criminis entende-se a autorização formal da vítima para que seja instaurado inquérito policial.
c) o inquérito policial será instaurado pela autoridade policial apenas nas hipóteses de ação penal pública.
d) a notícia de um crime, ainda que anônima, pode, por si só, suscitar a instauração de inquérito policial.
e) é inadmissível o anonimato como causa suficiente para a instauração de inquérito policial na modalidade da delatio criminis,
entretanto, a autoridade policial poderá investigar os fatos de ofício.
Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: E
I. O requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo só será apto para a instauração de inquérito
policial se dele constar a individualização do autor da infração.
II. A requisição do Ministério Público torna obrigatória a instauração do inquérito pela autoridade policial.
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III. Se o Delegado de Polícia verificar, no curso das investigações, que o indiciado é inocente, deverá determinar o
arquivamento do inquérito.
Gabarito: D
Gabarito: A
I. O civilmente identificado, indiciado pela prática de homicídio qualificado, deverá ser criminalmente identificado pela
autoridade policial.
II. A decisão judicial de arquivamento do inquérito policial com fundamento na atipicidade do fato praticado produz
coisa julgada material, impedindo-se a reabertura das investigações preliminares mesmo diante do surgimento de
novas provas.
III. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
IV. Nos termos da orientação já sumulada pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de execução penal a falta de
defesa técnica por defensor no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição Federal.
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Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: E
Gabarito: C
Questão 42: FCC - NeR (TJ AP)/TJ AP/Outorga de Delegações de Serviços de Notas e de Registros/2011
Assunto: Inquérito Policial (arts. 4º a 23 do CPP)
Nos crimes de ação exclusivamente privada, o inquérito policial deverá ser instaurado
a) a requerimento escrito de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato.
b) pela autoridade policial, de ofício.
c) a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) através de requisição do Ministro da Justiça.
e) a requerimento verbal de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato.
Gabarito: C
Gabarito: A
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a) assegurado sem qualquer restrição como garantia constitucional prevista no art. 5 o, inc. LV.
b) limitadamente exercido, apenas com o direito de requerer diligências que serão realizadas ou não a juízo da autoridade.
c) assegurado plenamente, pois a defesa da intimidade não pode se contrapor ao direito à liberdade.
d) limitadamente assegurado, com direito exclusivo à participação na colheita de provas periciais.
e) absolutamente vedado para asseguramento do direito à intimidade da vítima.
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: D
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Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: D
1. O prazo para o oferecimento da queixa será de 6 meses, contado da data em que a vítima vier a saber quem é o autor do
crime.
2. Em relação aos crimes de ação penal de iniciativa privada, a vítima pode requerer a instauração de inquérito policial.
3. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público.
4. Caso o crime tenha sido praticado por mais de uma pessoa, a queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao
processo de todos.
Gabarito: E
Questão 52: Instituto AOCP - Esc Pol (PC ES)/PC ES/2019
Assunto: Da Ação Penal (arts. 24 a 62 do CPP)
Em se tratando de ação penal pública condicionada, assinale a alternativa correta em relação à representação do ofendido.
a) A representação é retratável até a sentença de primeiro grau.
b) Oferecida a denúncia, a representação torna-se irretratável.
c) A representação é retratável em qualquer fase do processo.
d) Uma vez efetivada a representação, não há que se falar em retratação.
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Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: B
as testemunhas e João afirmaram que a relação foi consentida por Maria, razão pela qual, após promoção do Ministério Público
pelo arquivamento por falta de justa causa, o juiz homologou o arquivamento com base no fundamento apresentado. Dois meses
após o arquivamento, uma colega de classe de Maria a procura e diz que teve medo de contar antes a qualquer pessoa, mas em
seu celular havia filmagem do ato sexual entre Maria e João, sendo que no vídeo ficava demonstrado o emprego de grave
ameaça por parte deste. Maria, então, entrega o vídeo ao advogado da família.
Gabarito: A
Gabarito: C
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Silva foi vítima de um crime de ameaça por meio de uma ligação telefônica realizada em 02 de janeiro de 2016. Buscando
identificar o autor, já que nenhum membro de sua família tinha tal informação, requereu, de imediato, junto à companhia
telefônica, o número de origem da ligação, vindo a descobrir, no dia 03 de julho de 2016, que a linha utilizada era de propriedade
do ex-namorado de sua filha, Carlos, razão pela qual foi até a residência deste, onde houve a confissão da prática do crime.
Quando ia ao Ministério Público, na companhia de Marta, sua esposa, para oferecer representação, Silva sofreu um infarto e veio
a falecer. Marta, no dia seguinte, afirmou oralmente, perante o Promotor de Justiça, que tinha interesse em representar em fa ce
do autor do fato, assim como seu falecido marido.
Diante do apelo de sua filha, Marta retorna ao Ministério Público no dia 06 de julho de 2016 e diz que não mais tem interesse na
representação. Ainda assim, considerando que a ação penal é pública condicionada, o Promotor de Justiça ofereceu denúncia, no
dia 07 de julho de 2016, em face de Carlos, pela prática do crime de ameaça.
Considerando a situação narrada, o(a) advogado(a) de Carlos, em resposta à acusação, deverá alegar que
a) ocorreu decadência, pois se passaram mais de 6 meses desde a data dos fatos.
b) a representação não foi válida, pois não foi realizada pelo ofendido.
c) ocorreu retratação válida do direito de representação.
d) a representação não foi válida, pois foi realizada oralmente.
Gabarito: C
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: E
Questão 66: FGV - AJ (TJ RJ)/TJ RJ/Comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso/2014
Assunto: Da Ação Penal (arts. 24 a 62 do CPP)
Oferecida uma denúncia ou queixa em face de determinada pessoa, com sua citação, a relação processual torna -se completa,
passando o denunciado/querelado a figurar como acusado. Sobre o acusado, é correto afirmar que:
a) poderá ser processado sem defensor, caso esteja foragido e tenha sua revelia decretada;
b) será defendido por Defensor Público até o final da ação, caso seu advogado particular renuncie ao mandato,
independentemente de sua prévia manifestação ou concordância;
c) poderá, pela duração razoável, eventualmente estar desassistido em uma audiência específica, caso seu defensor não
compareça, ainda que de maneira justificada;
d) ficará com seu processo suspenso enquanto não for possível obter sua completa qualificação;
e) terá direito, durante seu interrogatório, não somente a permanecer em silêncio como a mentir sobre os fatos que lhe
foram imputados na denúncia.
Gabarito: E
Gabarito: E
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Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: D
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Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: D
Gabarito: E
Gabarito: B
Gabarito: E
a) Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o
querelante deixar de promover o andamento do processo durante 60 dias seguidos.
b) A queixa na ação penal privativa do ofendido não poderá ser aditada pelo Ministério Público.
c) A representação será irretratável após o encerramento do inquérito policial.
d) A aceitação do perdão fora do processo não poderá ser feita por procurador com poderes especiais.
e) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação
penal será pública.
Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: B
I. A mulher casada não poderá exercer o direito de queixa sem consentimento do marido, salvo quando estiver dele
separada ou quando a queixa for contra ele.
II. O direito de ação penal privada subsidiária da publica está previsto na Constituição bem como no Código de Processo
Penal.
III. Se o ofendido for retardado mental e colidirem os interesses dele com os de seu representante legal, o direito de queixa
poderá ser exercido por curador especial, nomeado pelo juiz competente para o processo penal.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: D
a) o Ministério Público não pode repudiá-la por entendê-la inepta, nem oferecer denúncia substitutiva.
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b) a negligência do querelante não causa a perempção, devendo o Ministério Público retomar a ação como parte principal.
c) o Ministério Público não pode produzir prova, nem recorrer da sentença absolutória.
d) é incabível o seu aditamento pelo Ministério Público para acrescentar circunstâncias nela não expressas.
e) ao Ministério Público, não sendo parte, não competirá intervir em todas as fases do processo.
Gabarito: B
Gabarito: A
a) é prevista no Código de Processo Penal e é regida pelos mesmos princípios das demais espécies de ação penal privada, e,
por isso, nela se admite a retratação e o perdão.
b) é prevista na Constituição Federal e é regida pelos princípios da ação penal pública, e, por isso, nela se admite a
desistência do processo pelo Ministério Público em caso de desídia do querelante.
c) é espécie de ação penal privada prevista no Código de Processo Penal e na Constituição Federal em que se admite
acusação privada em crime de ação pública, se o Ministério Público deixa de acusar no prazo legal.
d) é espécie de ação penal privada prevista somente no Código de Processo Penal e não na Constituição Federal em que se
admite acusação privada em ação pública, se o Ministério Público requerer arquivamento do inquérito policial.
e) não é prevista no Código de Processo Penal ou na Constituição Federal, mas tem sido admitida pela jurisprudência para
superar a inércia do Ministério Público em oferecer acusação em crimes de ação pública.
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: D
Considerando apenas as informações constantes na situação hipotética narrada, deverá o funcionário esclarecer que, de acordo
com o Código de Processo Penal, o(s) juízo(s) da(s) Comarca(s) de:
a) Maceió é o competente;
b) Santa Luzia do Norte é o competente;
c) Pilar é competente, tendo em vista que esse é o local de residência do denunciado;
d) Pilar é competente, diante da regra de prevenção aplicável aos processos conexos;
e) Pilar, Santa Luzia do Norte e Maceió são competentes, devendo haver separação dos processos para julgamento.
Gabarito: B
Gabarito: E
Considerando as informações narradas, o(a) advogado(a) deverá esclarecer ao seu cliente que será competente para
processamento e julgamento de eventual ação penal pela prática do crime do Art. 171 do Código Penal, o juízo junto à
a) Vara Criminal Estadual da Comarca do Rio de Janeiro.
b) Vara Criminal Estadual da Comarca de Angra dos Reis.
c) Vara Criminal Federal com competência sobre a cidade do Rio de Janeiro.
d) Vara Criminal Federal com competência sobre a cidade de Angra dos Reis.
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Gabarito: A
Após a subtração do dinheiro, os agentes roubam o carro de Júlia, que trafegava pelo local, e fogem, sendo, porém, presos dias
depois, em decorrência da investigação realizada.
Considerando que a conduta dos agentes configura os crimes de furto qualificado (pena: 2 a 8 anos e multa) e roubo majorado (pena:
4 a 10 anos e multa, com causa de aumento de 1/3 até metade), praticados em conexão, após solicitação de esclarecimentos pelos
envolvidos, o(a) advogado(a) deverá informar que
a) a Justiça Federal será competente para julgamento de ambos os delitos conexos.
b) a Justiça Estadual será competente para julgamento de ambos os delitos conexos.
c) a Justiça Federal será competente para julgamento do crime de furto qualificado e a Justiça Estadual, para julgamento do
crime de roubo majorado, havendo separação dos processos.
d) tanto a Justiça Estadual quanto a Federal serão competentes, considerando que não há relação de especialidade entre
estas, prevalecendo o critério da prevenção.
Gabarito: A
Gabarito: E
Considerando apenas as informações narradas, terá atribuição para oferecimento da denúncia de todos os crimes conexos pelos
quais Renato foi indiciado, o promotor de justiça da comarca de:
a) Niterói;
b) São Gonçalo;
c) Itaboraí;
d) Rio Bonito;
e) Silva Jardim.
Gabarito: B
Questão 103: Instituto AOCP - Per (ITEP RN)/ITEP RN/Médico Legista/Médico Psiquiatra/2018
Assunto: Critério de Fixação de Competência
Assinale a alternativa correta acerca da competência constitucional de Justiças.
a) Compete à justiça federal processar e julgar crime praticado contra empresas públicas e sociedades de economia mista da
União.
b) Compete à justiça estadual processar e julgar todos os crimes ambientais, indistintamente.
c) Em qualquer caso, compete à justiça federal processar e julgar crimes em que indígena figure como autor ou vítima.
d) Compete à justiça estadual processar e julgar crime de estelionato praticado com cédula de dinheiro grosseiramente
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falsificada.
e) Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falsificação de Cédula de identidade Civil emitida pela Secretaria
Estadual de Segurança Pública.
Gabarito: D
Gabarito: B
Diante da situação narrada, é correto afirmar que os órgãos competentes para julgar Jorge, Tício e Maria serão, respectivamen te:
a) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal;
b) Tribunal de Justiça, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal;
c) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Tribunal do Júri do Estado;
d) Tribunal do Júri do Estado, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal;
e) Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça.
Gabarito: A
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Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: D
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Descoberto o fato e denunciado pelo crime de extorsão, assinale a opção que indica o juízo competente para o julgamento.
a) Vara Criminal de Campos.
b) Vara Criminal de Niterói.
c) Vara Criminal de São Gonçalo.
d) Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Gabarito: B
Gabarito: C
Considerando os dados fornecidos, pode-se afirmar que será competente para processo e julgamento
a) a Auditoria da Justiça Militar Estadual, para os dois delitos.
b) o Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, para os dois delitos.
c) a Auditoria da Justiça Militar Estadual, para processar e julgar o delito de incêndio, e o Juizado da Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher, para o delito de lesão grave.
d) a Auditoria da Justiça Militar Estadual, para processar e julgar o delito de lesão grave, e o Juizado da Violência Doméstica e
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Gabarito: D
Diante dessa situação hipotética, o servidor deveria ser processado e julgado perante
a) o Tribunal de Justiça, desde que não aposentado quando do processamento da ação penal.
b) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o STF já se posicionou pela inconstitucionalidade do foro por prerrogativa de
função fixado na Constituição Estadual.
c) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o crime foi praticado por motivos particulares, não tendo sido motivado pela
função que exerce.
d) o Tribunal do Júri, por ser tratar de crime doloso contra a vida.
e) o Tribunal de Justiça, ainda que não mais exercesse a função quando da propositura da ação penal.
Gabarito: D
Gabarito: C
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a) a natureza da infração.
b) a distribuição.
c) o domicílio da vítima.
d) a prevenção.
e) o lugar da infração.
Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: C
Questão 123: FCC - NeR (TJ AP)/TJ AP/Outorga de Delegações de Serviços de Notas e de Registros/2011
Assunto: Critério de Fixação de Competência
Tratando-se de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência
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a) será determinada pelo local em que foi praticado o último ato de execução antes da prisão do agente.
b) será determinada pelo local em que tiver sido praticado o maior número de atos de execução.
c) será determinada pelo local em que ocorreu a consumação.
d) firmar-se-á pela prevenção.
e) será determinada pelo local do domicílio ou residência da vítima.
Gabarito: D
Gabarito: A
I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo
lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar
fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o
crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
III. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração
consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, ou tratando-se de infração continuada ou permanente,
praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: C
No dia seguinte, José viajou para Altamira, local em que utilizou o cartão clonado em caixas eletrônicos, ao longo de três di as,
tendo sacado a importância total de R$ 1.500,00.
Ao perceber a ocorrência dos saques, Maria registrou ocorrência na delegacia de polícia da comarca de Castanhal, local em que
reside e onde está localizada a agência do Banco do Brasil na qual Maria possui conta.
Dias após, José de Souza foi preso em flagrante, em Altamira, quando tentava mais uma vez usar o cartão clonado para efetuar
um saque.
Gabarito: C
Gabarito: C
I. do júri;
II. militar;
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Gabarito: B
d) o exame de corpo de delito somente poderá ser realizado em dias úteis, das seis às vinte horas.
e) no exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante. Havendo, porém, no caso de ação privada,
acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecado.
Gabarito: C
Gabarito: E
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Gabarito: E
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: C
Assunto: Do Exame de Corpo de Delito, da Cadeia de Custódia e das Perícias em Geral (arts. 158 a 184 do CPP)
O exame de corpo de delito
a) é dispensável e pode ser suprido pela confissão do acusado.
b) não pode ser feito entre 22:00 e 6:00 horas.
c) não pode ser feito aos domingos e feriados.
d) pode ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
e) deve ser sempre direto, não podendo jamais ser indireto.
Gabarito: D
Gabarito: A
a) esperado.
b) provocado ou preparado.
c) retardado ou diferido.
d) presumido ou ficto.
e) forjado.
Gabarito: E
Gabarito: B
Gabarito: C
Gabarito: E
Ao realizar a prisão os policiais identificaram Manoela a partir da descrição fornecida pela denúncia anônima.
Gabarito: C
Questão 155: VUNESP - JE TJSP/TJ SP/2007
Assunto: Da Prisão em Flagrante (arts. 301 a 310 do CPP)
Considere a situação a seguir.
Mévio e Tício roubam banco na cidade de Três Corações, no Estado de Minas Gerais. Quando se vêem cercados pela polícia,
mantêm vários reféns no interior do estabelecimento, ameaçando matá-los caso não lhes seja entregue um carro forte para fuga.
A situação se prolonga e, temendo um desate mais grave, a polícia cede e entrega o carro forte com o compromisso da liberação
imediata dos reféns, o que ocorre. Os roubadores são perseguidos por policiais a distância, que recebem contínuas informações
fidedignas sobre o trajeto percorrido na estrada pelos roubadores, em perseguição ininterrupta, após originário contato visual.
Após dois dias de perseguição, o carro forte ingressa no Estado de São Paulo, onde uma barreira policial logra pará -lo, na cidade
de Serra Negra/SP, culminando com a detenção dos infratores.
Gabarito: A
Gabarito: B
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Gabarito: B
I. Em comunidades pacatas, a gravidade em abstrato do crime imputado, quando cometido com violência ou grave ameaça
à pessoa, por ser absolutamente incomum, configura, por si, fundamento idôneo para a decretação da prisão preventiva do
acusado.
II. A aceitação, pelo acusado, da proposta de transação penal formulada pelo Ministério Público não é causa suspensiva ou
interruptiva da fluência da prescrição.
III. A aceitação, pelo acusado, da proposta de suspensão condicional do processo formulada pelo Ministério Público obsta a
fluência prescricional durante o prazo da suspensão.
Gabarito: C
Gabarito: B
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Gabarito: E
Posteriormente, é oferecida e recebida denúncia em face dos três investigados. Na audiência de instrução e julgamento, os doi s
co-réus prestam depoimento e confessam, ao passo que João nega falsamente as acusações, arrolando inclusive testemunhas
que também mentiram em juízo. Todos são condenados, sendo certo que João é mantido preso “por conveniência da instrução
criminal, já que continua se recusando a colaborar com a justiça”, ao passo que os co-réus têm reconhecido o direito de apelar em
liberdade. A pena de João é levemente agravada devido ao fato de ter mentido em juízo e indicado testemunhas que também
mentiram, o que permite avaliar sua personalidade como desviada dos valores morais da sociedade.
I. A prisão preventiva decretada na fase policial e sua manutenção na fase judicial, pelos motivos apresentados, são
corretas.
II. João não pode ser responsabilizado por mentir em juízo, mas pode ser responsabilizado em razão do comportamento das
testemunhas.
III. O aumento de pena pelos motivos apresentados é correto, já que previsto no art. 59 do Código Penal.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se todas as afirmativas estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
Gabarito: A
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Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: A
necessidade.
b) é possível a sua decretação, pelo Tribunal de Justiça, no crime de estupro, pelo prazo de 45 (quarenta e cinco) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
c) não é possível a sua decretação no crime de tortura, pois a legislação que disciplina o assunto estabelece um rol taxativo de
crimes, e a tortura não está contemplada.
d) no crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de
vulnerável, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
e) é possível sua decretação nos crimes dolosos, como regra, com prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período e
nos crimes culposos, como exceção, com prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período; em ambos os casos, é necessário
comprovar a extrema necessidade.
Gabarito: D
Os autos são encaminhados ao Ministério Público, que se manifesta favoravelmente à representação da autoridade policial, mas
deixa de requerer expressamente, por conta própria, a decretação da prisão temporária. Por sua vez, o magistrado, ao receber o
procedimento, decretou a prisão temporária pelo prazo de 10 dias, ressaltando que a lei admite a prorrogação do prazo de 05
dias por igual período. Fez o magistrado constar, ainda, que Jorge não poderia permanecer acautelado junto com outros detentos
que estavam presos em razão de preventivas decretadas.
Considerando apenas as informações narradas, o advogado de Jorge, ao ser constituído, deverá alegar que
a) o prazo fixado para a prisão temporária de Jorge é ilegal.
b) a decisão do magistrado de determinar que Jorge ficasse separado dos demais detentos é ilegal.
c) a prisão temporária decretada é ilegal, tendo em vista que a associação criminosa não está prevista no rol dos crimes
hediondos e nem naquele que admite a decretação dessa espécie de prisão.
d) a decretação da prisão foi ilegal, pelo fato de ter sido decretada de ofício, já que não houve requerimento do Ministério
Público.
Gabarito: A
Gabarito: B
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Gabarito: B
Gabarito: B
interessado.
e) A prisão temporária, não sendo prorrogada, se exaure no prazo legal, enquanto que a prisão preventiva depende de
revogação judicial.
Gabarito: E
Gabarito: B
A Lei no 7.960/89 estabelece, em seu art. 1 o, inciso III, o rol de crimes para os quais é cabível a decretação da prisão
temporária quando imprescindível para as investigações do inquérito policial. Esse rol inclui
a) os crimes contra o sistema financeiro.
b) o crime de estelionato.
c) o crime de furto qualificado.
d) o crime de receptação qualificada.
e) o crime de assédio sexual.
Gabarito: A
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Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: D
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imediatamente posto em liberdade, sob pena de configurar-se o delito de abuso de autoridade (art. 4.º, I, da Lei n.º 4.898/65).
d) Será decretada de ofício pelo juiz ou mediante requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: A
Prisão provisória.
a) Ausentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva poderá o juiz, no curso do processo, decretar a prisão
domiciliar caso o réu esteja extremamente debilitado por motivo de doença grave.
b) Em qualquer fase da investigação policial poderá o juiz decretar, de ofício, a prisão preventiva do indiciado.
c) Em relação à prisão temporária, constata-se o fumus comissi delicti quando presente fundadas razões de autoria ou
participação do indiciado em crimes taxativamente relacionados na Lei federal n o 7.960/89, que disciplina a prisão temporária,
exceto se for autorizada para outros crimes por legislação federal posterior.
d) A publicação de sentença condenatória, que impõe regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena privativa de
liberdade, constitui marco impeditivo para a concessão da liberdade provisória ao condenado.
e) A partir da entrada em vigor da Lei federal no 12.403/11, que reformou parcialmente o Código de Processo Penal, não
mais se admite a decretação da prisão preventiva de acusado pela prática de crime doloso cuja sanção máxima em abstrato não
ultrapasse quatro anos de reclusão.
Gabarito: C
Gabarito: D
I. de ofício;
I. É cabível apenas nos crimes de homicídio, sequestro, roubo, estupro, tráfico de drogas, e nos crimes contra o sistema
financeiro.
II. O despacho que decretá-la deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 5 (cinco) dias.
IV. Terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade.
Gabarito: D
I. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do
Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias. A prorrogação dispensará nova decisão judicial, devendo entretanto a
autoridade policial colocar o preso imediatamente em liberdade findo o prazo da prorrogação.
II. Ao decretar a prisão temporária, o Juiz poderá, de ofício, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar
esclarecimentos da autoridade policial e submeter o preso a exame de corpo de delito.
III. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: D
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Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: E
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De acordo com a Lei n o 7.716/89, é típica a conduta de fabricar bandeiras estampadas com a cruz suástica?
a) Sim, se trata de crime que se processa mediante ação privada.
b) Sim, desde que sem prévia autorização da autoridade competente.
c) Sim, desde que fabricada com o fim de divulgar o nazismo.
d) Sim, mas se trata de crime que se processa mediante ação pública condicionada à representação do ofendido.
e) Não, em atenção ao princípio constitucional da liberdade de expressão.
Gabarito: C
Gabarito: C
A Lei Federal nº 7.716/89 define como crime as condutas de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça,
cor, etnia, religião ou procedência nacional. Quando as condutas são praticadas por intermédio dos meios de comunicação socia l
ou publicação de qualquer natureza, o Juiz poderá determinar
II. a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio.
III. a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de computadores.
IV. o chamamento da vítima da discriminação ou preconceito para integrar a ação penal como amicus curiae.
I. A perda do cargo constitui efeito automático da condenação por crime resultante de preconceito de raça ou de cor
praticado por servidor público.
II. Constitui crime punido com reclusão de dois a cinco anos e multa, fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos,
emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do
nazismo.
III. A suspensão do funcionamento do estabelecimento particular pelo prazo de três meses constitui efeito automático da
condenação por crime resultante de preconceito de raça ou de cor praticado por seu responsável.
Gabarito: C
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a) possibilidade de infiltração de agentes de polícia na internet para a investigação de crimes contra a vida, saúde, honra e
dignidade sexual de criança e de adolescente.
b) responsabilização do provedor de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, quando
se tratar de infração às normas de proteção à criança e ao adolescente.
c) tipificação, como crime, da conduta de corromper menor de 18 anos induzindo-o, por meio do uso de quaisquer meios
eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet, a praticar infração penal.
d) punição, inclusive com suspensão das atividades, de empresa de comércio eletrônico que, sem as cautelas devidas, facilita
a compra, por criança ou adolescente, de produtos cuja aquisição lhes é proibida por lei, tais como fogos de artifício de elevado
potencial lesivo.
e) criação de programas de prevenção e combate a práticas de intimidação na rede mundial de computadores
(cyberbullying), com a punição rigorosa dos agressores e corresponsabilização das empresas que propaguem mensagens ou
imagens cruéis.
Gabarito: C
O Juízo da Infância e da Juventude aplicou a medida socioeducativa de internação para Lara, ressaltando que a adolescente já
sofrera a medida de semiliberdade pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas.
O Juízo Criminal condenou João pelo crime de roubo em concurso com corrupção de menores. João apela da condenação pelo
crime de corrupção de menores, sob o argumento de Lara não ser mais uma criança, bem como alegando que ela já está
corrompida.
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Gabarito: A
Questão 12: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 1/2016
Assunto: Lei nº 8.069/1990 - (Dos Crimes - ECA, arts. 225 ao 244-B)
O adolescente F, 16 anos, filho de Pedro, foi surpreendido por seu pai enquanto falava pela internet com Fábio, 30 anos, que o
induzia à prática de ato tipificado como infração penal. Pedro informou imediatamente o ocorrido à autoridade policial, que
instaurou a persecução penal cabível.
No caso narrado, ao induzir o adolescente F à prática de ato tipificado como infração penal, a conduta de Fábio
a) configura crime nos termos do ECA, ainda que realizada por meio eletrônico e que não venha a ser provada a corrupção do
adolescente, por se tratar de delito formal.
b) não configura crime nos termos do ECA, pois a mera indução sem a prática do ato pelo adolescente configura infração
administrativa, já que se trata de delito material.
c) configura infração penal, tipificada na Lei de Contravenções Penais, mas a materialidade do crime com a prova da
corrupção do adolescente é imprescindível à condenação do réu em observância ao princípio do favor rei.
d) não configura crime nos termos estabelecidos pelo ECA, posto que inexiste tipificação se o ato for praticado por meio
eletrônico, não havendo de se aplicar analogia em malam partem.
Gabarito: A
Considerando a situação exposta, e com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que
a) o registro das imagens simuladas de sexo explícito, sem divulgação, não é crime, entretanto, a mãe deixou de zelar pela
filha e, por isso, incorrerá em pena de multa.
b) Pedro Bernardino incorrerá nas penas de reclusão de 4 a 8 anos e multa, enquanto Margarida dos Anjos terá a pena
aumentada em 1/3, em razão do parentesco.
c) incorrerão nas mesmas penas, de detenção de 6 meses a 2 anos e multa, o produtor das imagens simula das e a mãe que
ofereceu o consentimento.
d) Pedro Bernardino e Margarida dos Anjos não cometeram qualquer crime, uma vez que o filme não retratava cenas de sexo
explícito, apenas uma simulação.
e) a falta de divulgação das imagens simuladas de sexo explícito com a adolescente não isenta o produtor da prática
criminosa, e das penas de detenção de 6 meses a 2 anos e multa; já o consentimento da mãe não é punível.
Gabarito: B
Gabarito: E
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A Força Nacional está atuando legalmente em Salvador. O civil “X”, irmão de um Policial Militar do Estado de São Paulo que
integra a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu em acidente de trânsito sem vítimas, ao abalroar o veícul o do
condutor “Y”. Após se identificar como irmão do Militar do Estado integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por
“Y”, que confessou ter assim agido apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram lesões corporais gravíssimas no
civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime praticado por “Y”
a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio doloso perpetrado contra o Militar
do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza gravíssima, independentemente
da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de natureza gravíssima como crime
hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima apenas por ser irmão de
Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima fosse perpetrado contra o
próprio Militar do Estado em razão de sua função.
Gabarito: D
Gabarito: A
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b) legalidade.
c) proporcionalidade.
d) individualização.
e) culpabilidade.
Gabarito: D
Atento à jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, as alternativas a seguir apresentam crimes que ostentam essa
natureza, à exceção de uma. Assinale‐a.
a) Estupro de vulnerável e tráfico de entorpecentes.
b) Tráfico de entorpecente e extorsão mediante sequestro.
c) Tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico.
d) Latrocínio e tortura.
e) Homicídio qualificado e tortura.
Gabarito: C
Gabarito: E
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Gabarito: D
Gabarito: E
com multa.
d) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena mínima não superior a 1 (um) ano, cumulada ou não com
multa.
Gabarito: A
Gabarito: A
Gabarito: D
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Diante da pena aplicada, o Promotor de Justiça ficou insatisfeito e decidiu recorrer para corrigir integralmente a sentença, já que
a mesma violou regras de direito penal, razão pela qual interpôs recurso:
I – de apelação;
II – em sentido estrito que, pelo princípio da fungibilidade recursal, poderia ser recebido como recurso de apelação;
IV – inominado para suprir uma omissão na sentença e, decidido esse recurso, interpôs recurso de apelação.
Gabarito: A
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I. São princípios que orientam os juizados especiais a oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual,
celeridade e a busca pela conciliação.
II. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito
que exerçam funções na administração da Justiça Criminal.
III. Os atos processuais serão públicos, sendo vedada sua realização em horário noturno.
IV. É possível a aplicação dos institutos da conciliação e da transação no tribunal do júri nas infrações de menor potencial
ofensivo conexas com crimes dolosos contra a vida.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: A
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Questão 39: FCC - AJ (TJ RJ)/TJ RJ/Comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso/2012
Assunto: Da Competência e dos Atos Processuais (arts. 63 a 68 da Lei nº 9.099/1995)
Em relação ao juizado especial, é INCORRETO afirmar:
a) Os atos processuais poderão ser realizados em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização
judiciária.
b) Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais.
c) A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação.
d) A intimação à firma individual, se necessário, poderá ser feita por oficial de justiça, independentemente de mandado.
e) A intimação será feita por correspondência, sem necessidade de aviso de recebimento pessoal.
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: A
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julgado.
b) que o crime foi praticado com violência ou grave ameaça à pessoa.
c) não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias,
ser necessária e suficiente a adoção da medida.
d) ter sido o agente beneficiado anteriormente pela aplicação de pena restritiva ou multa na mesma modalidade de
“transação penal”.
e) ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime ou contravenção, a pena privativa de liberdade, por sentença
definitiva.
Gabarito: C
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Diz o artigo 76, caput, da Lei nº 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais) que “Havendo representação ou tratando-se de crime de ação
penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multa, a ser especificada na proposta”.
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: A
b) Não obtida a composição dos danos civis, poderá o Ministério Público realizar proposta de transação penal, sendo que da
decisão que apreciá-la caberá recurso a ser julgado por turma composta de três juízes em exercício no primeiro grau de
jurisdição.
c) Uma vez aceita e imposta a transação penal, o autor da infração não poderá ser considerado reincidente, mas poderá ser
impedido de obter o mesmo benefício no prazo de cinco anos e, caso não cumpra a transação penal, o ofendido poderá executá-
la no juízo cível.
d) Não aceita a transação penal, o Ministério Público poderá de imediato oferecer denúncia oral, sem necessidade de reduzi-la
a termo e, da decisão que rejeitá-la, caberá recurso a ser julgado por turma composta de três juízes em exercício no primeiro
grau de jurisdição.
Gabarito: B
Gabarito: C
I. No rito processual previsto na Lei 9.099/95, oferecida a denúncia, o juiz deverá dar a palavra ao defensor para responder
à acusação antes de decidir se recebe a inicial.
II. Da sentença que homologa a transação penal cabe apelação no prazo de dez dias.
III. Não se imporá prisão em flagrante nem se exigirá fiança ao autor de infração de menor potencial ofensivo, desde que
após a lavratura do termo ele concorde em comparecer ao juizado especial.
IV. É possível a proposta de transação penal nas infrações de menor potencial ofensivo, mesmo quando o autor do fato já
tiver sido condenado anteriormente, com sentença transitada em julgado, por contravenção penal.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: E
Questão 55: FGV - Insp Pol (PC RJ)/PC RJ/2008
Assunto: Da Fase Preliminar (arts. 69 a 76 da Lei nº 9.099/1995)
Relativamente aos Juizados Especiais Criminais, assinale a afirmativa incorreta.
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a) Nas hipóteses de infração de menor potencial ofensivo, ao autor do fato que, após a lavratura do termo circunstanciado, for
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem
se exigirá fiança.
b) Nos casos de infrações penais de menor potencial ofensivo em que a ação penal é de iniciativa privada ou de ação penal
pública condicionada à representação, o autor do fato e a vítima poderão realizar a composição dos danos, pondo fim ao litígio e
acarretando a renúncia ao direito de queixa ou representação.
c) A composição dos danos civis será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, porá fim ao
processo, devendo, no entanto, a vítima ajuizar ação de conhecimento perante o juízo civil competente.
d) O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e
celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de
liberdade.
e) Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
Gabarito: C
No Juizado Especial Criminal, a composição civil, em ação penal pública condicionada, acarreta .
a) renúncia ao direito de queixa
b) extinção da punibilidade
c) transação penal com aplicação de pena restritiva de direitos ou multa, a ser especificada na proposta
d) perdão judicial
e) absolvição criminal
Gabarito: B
Gabarito: A
c) Não há qualquer vedação na realização de audiências preliminares sem a presença da Defensoria Pública, uma vez que
ainda não há processo penal instaurado.
d) Não há abuso ou ilegalidade na realização de audiência preliminar, ainda que não haja justa causa para a ação.
e) A apelação contra a sentença condenatória deveria ter sido endereçada ao Tribunal de Justiça; por seu turno, a execução
da condenação não poderia ser executada na pendência de recurso.
Gabarito: B
Gabarito: B
conciliação e de oferecimento de transação, quando cabível. Caso não haja conciliação nem transação, o juiz receberá a denúncia
ou queixa e começará a audiência dando a palavra ao defensor para responder à acusação.
e) A lei prevê o cabimento da apelação tanto para a sentença que aplica a pena restritiva de direito ou multa decorrente de
transação, como para a decisão que rejeita a denúncia ou queixa, como também para a sentença que julga o processo no mérito.
Gabarito: E
Gabarito: A
Diante da situação hipotética narrada, é correto afirmar que o advogado de Bárbara, de acordo com a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, deverá pleitear
a) a aplicação do instituto da suspensão condicional do processo.
b) a aplicação da lei anterior mais benéfica, ou seja, a aplicação da pena entre o patamar de 01 a 03 anos de reclusão.
c) o reconhecimento da inimputabilidade da acusada, em razão da idade.
d) o reconhecimento do crime em sua modalidade tentada.
Gabarito: A
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hipótese de estelionato;
c) a suspensão condicional do processo não tem cabimento, já que a continuidade delitiva impõe somatório que eleva de um
ano a pena base;
d) a suspensão condicional do processo somente pode ser oferecida em hipótese de infrações de menor potencial ofensivo;
e) a suspensão condicional do processo é de iniciativa reservada ao juiz, sendo certo dizer que somente poderá advir ao
momento da sentença.
Gabarito: C
Gabarito: B
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Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: C
Considerando as informações narradas, o(a) advogado(a) de Gabriel poderá questionar a interceptação telefônica realizada,
porque
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a) a primeira notícia do crime foi oriunda de denúncia anônima, o que impede que seja instaurada investigação, ainda que a
autoridade policial realize diligências para confirmar a necessidade de iniciar procedimento investigatório.
b) o crime investigado é punido com pena de reclusão que não ultrapassa 04 anos de pena privativa de liberdade.
c) a prova da infração poderia ter sido obtida por outros meios disponíveis.
d) a decisão de prorrogação do prazo da medida utilizou-se de fundamentação per relationem, o que não é admitido no
Processo Penal brasileiro.
Gabarito: C
Gabarito: A
Questão 76: VUNESP - DP RO/DPE RO/2017
Assunto: Lei nº 9.296/1996 - Interceptação Telefônica
Sobre a interceptação telefônica, assinale a alternativa correta.
a) A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, preservado seu sigilo, ocorrerá nos autos de inquérito
policial.
b) A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz de ofício.
c) Não há previsão legal de pedido de interceptação telefônica formulado verbalmente.
d) Admitir-se-á a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração penal,
independentemente do tipo de pena prevista.
e) O pedido de interceptação telefônica poderá ser renovado por uma única vez e por igual tempo, uma vez comprovada a
indispensabilidade do meio de prova.
Gabarito: B
Segundo o disposto na Lei n o 9.296/96 (Interceptação telefônica), a gravação dos áudios decorrente da interceptação telefônica
que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial
a) somente após a instrução processual, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.
b) somente durante a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte
interessada.
c) somente durante a execução da pena imposta na condenação ou após o trânsito em julgado da decisão que absolveu o
acusado.
d) após a instrução processual independentemente de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.
e) durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte
interessada.
Gabarito: E
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De acordo com a situação narrada, a prova oriunda da interceptação deve ser considerada
a) ilícita, pois somente o Ministério Público tem legitimidade para representar pela medida.
b) válida, desde que tenha sido deferida por ordem do juiz competente para ação principal.
c) ilícita, pois o crime investigado é punido com detenção.
d) ilícita, assim como as dela derivadas, ainda que estas pudessem ser obtidas por fonte independente da primeira.
Gabarito: C
Gabarito: E
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Gabarito: C
Questão 83: Instituto AOCP - Per Of Crim (PC ES)/PC ES/Área 8/2019
Assunto: Lei nº 9.455/1997 - Crimes de Tortura
A respeito dos Crimes de Tortura, regulados pela Lei nº 9.455/1997, assinale a alternativa correta.
a) A pena prevista para o crime de tortura consistente em submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo, é de reclusão de dois a cinco anos.
b) A pena prevista para aquele que se omite em face de condutas que caracterizam crimes de tortura, quando tinha o dever
de evitá-las ou apurá-las, é de um a três anos.
c) O agente público que pratica uma das condutas que caracterizam crimes de tortura terá a pena aumentada em dois terços.
d) O agente público condenado por crime de tortura perderá o cargo, função ou emprego público e sofrerá interdição para
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
e) O crime de tortura é insuscetível de fiança ou graça, mas é suscetível de anistia.
Gabarito: D
Descobertos os fatos, foi instaurado inquérito policial. Nele, Zélia foi indiciada pelo crime de tortura com a causa de aumento em
razão da idade da vítima. Após a instrução, confirmada a integralidade dos fatos, a ré foi condenada nos termos da denúncia,
reconhecendo o magistrado, ainda, a presença da agravante em razão da idade de Luiz.
Considerando apenas as informações expostas, a defesa técnica de Zélia, no momento da apresentação da apelação, poderá, sob
o ponto de vista técnico, requerer
a) a absolvição de Zélia do crime imputado, pelo fato de sua conduta não se adequar à figura típica do crime de tortura.
b) a absolvição de Zélia do delito de tortura, com fundamento na causa de exclusão da ilicitude do exercício regular do
direito, em que pese a conduta seja formalmente típica em relação ao crime imputado.
c) o afastamento da causa de aumento de pena em razão da idade da vítima, restando apenas a agravante com o mesmo
fundamento, apesar de não ser possível pugnar pela absolvição em relação ao crime de tortura.
d) o afastamento da agravante em razão da idade da vítima, sob pena de configurar bis in idem, já que não é possível
requerer a absolvição do crime de tortura majorada.
Gabarito: A
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c) a reabilitação atinge os efeitos da condenação, vedada reintegração na situação anterior apenas quando aplicada, em
qualquer crime, pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos.
d) para os crimes de tortura, além da perda do cargo, função ou emprego público, igualmente prevista a interdição de seu
exercício por prazo determinado em lei.
e) nos crimes de licitações, desde que consumados, os autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, estão
sujeitos à perda do cargo, emprego, função ou mandato eletivo.
Gabarito: D
Sobre a Lei no 9.455/97, que dispõe sobre a TORTURA, é correto afirmar que
a) os casos de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa e para provocar
ação ou omissão de natureza criminosa, o crime somente se consuma quando o agente obtém o resultado almejado.
b) o crime de tortura é próprio, uma vez que só pode ser cometido por policiais civis ou militares.
c) privar de alimentos pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade é uma das formas de tortura previstas na lei, na
modalidade “tortura castigo”.
d) se o agente tortura a vítima para com ele praticar um roubo, responderá por crime único, qual seja, o crime de roubo, por
este ter penas maiores.
e) quando o sujeito ativo do crime de tortura for agente público, as penas são aumentadas de um sexto a um terço.
Gabarito: E
Gabarito: D
intenso sofrimento mental como forma de aplicar-lhe medida de caráter preventivo. Segundo a Lei nº 9.455/1997, Otávio
a) cometeu crime de tortura, sujeito a pena de reclusão, de três a nove anos, aumentando-a de um sétimo até dois terços.
b) não cometeu crime de tortura, sendo passível de responsabilidade administrativa e civil.
c) não cometeu crime de tortura, pois estava no exercício da função pública e não pode ser responsabilizado civil ou
criminalmente ou administrativamente.
d) cometeu crime de tortura, sujeito a pena de reclusão de um a seis anos.
e) cometeu crime de tortura, sujeito a pena de reclusão, de dois a oito anos, aumentando-a de um sexto até um terço.
Gabarito: E
Gabarito: E
Gabarito: C
b) com dano potencial para uma ou mais pessoas ou com grande risco de dano patrimonial a terceiros.
c) quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga.
d) se o agente conduz veículo automotor sob influência de substância psicoativa que determine dependência.
e) de transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 20%.
Gabarito: C
Além da penalidade e medidas administrativas, teve a incidência do crime em espécie previsto no Código de Transito Brasileiro
a) os motoristas 2 e 3, apenas.
b) os motoristas 1 e 2, apenas.
c) os motoristas 1 e 3, apenas.
d) os motoristas 1, 2 e 3.
e) o motorista 3, apenas.
Gabarito: E
A velocidade máxima permitida na Rua A é de 50 Km/h. “Y”, conduzindo seu veículo a 120 Km/h pela Rua A, atropela “Z”,
provocando-lhe lesões corporais. Diante do exposto e considerando que “Y” cometeu um crime culposo de trânsito nos termos da
Lei nº 9.503/1997, é correto afirmar que a conduta de “Y” tipifica o crime de
a) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública condicionada e com possibilidade de
aplicação da composição dos danos civis prevista na Lei nº 9.099/95.
b) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública condicionada e com possibilidade de
aplicação da transação penal prevista na Lei nº 9.099/95.
c) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondicionada, não sendo possível a
aplicação da transação penal prevista na Lei nº 9.099/95.
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d) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondicionada e com possibilidade de
aplicação da composição dos danos civis prevista na Lei nº 9.099/95.
e) tentativa de homicídio na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondicionada, não sendo possível a
aplicação da transação penal prevista na Lei nº 9.099/95.
Gabarito: C
a) de trânsito de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n o 9.099/1995.
b) comum de tentativa de homicídio, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei no 9.099/1995.
c) de trânsito de lesão corporal, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da Lei no 9.099/1995.
d) de trânsito de tentativa de homicídio, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da Lei no 9.099/1995.
e) comum de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n o 9.099/1995.
Gabarito: C
diversas. Por ter reservado um camarote numa boate, Rico disse que não queria fazer qualquer tipo de registro policial,
declarando expressamente sua vontade de não representar criminalmente contra Aristharco. Ainda assim, Policiais Militares
conduzem todos à Delegacia de Polícia, onde Rico reitera sua vontade, terminando a autoridad e policial por registrar todo o fato,
encaminhando o procedimento ao Ministério Público. A conduta de Aristharco deve configurar:
a) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e crime de dirigir sem habilitação;
b) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor;
c) crime de dirigir sem habilitação;
d) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, agravada pela ausência de habilitação;
e) crime algum, diante da extinção da punibilidade, pela renúncia à representação, absorvida a direção sem habilitação.
Gabarito: E
Apenas com base nas informações contidas no caso descrito, há possibilidade de “A” ser responsabilizado, penalmente,
a) por crime culposo consumado.
b) por crime doloso consumado e tentado.
c) por um crime doloso consumado e por outro crime culposo tentado.
d) somente por crime tentado.
e) por uma contravenção penal.
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: E
Com base na situação acima e à luz do Código de Trânsito Brasileiro, assinale a alternativa correta.
a) Por se tratar a lesão corporal culposa praticada na direção de veículo automotor de uma infração de menor potencial
ofensivo, Joaquim responderá pelo seu crime no Juizado Especial Criminal.
b) Sem prejuízo da pena de detenção correspondente, Joaquim estará sujeito à suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
c) Pelo fato de Joaquim praticar o fato na condução de veículo automotor sem placas de identificação, o Juiz poderá, caso
entenda necessário, agravar a penalidade do crime.
d) A pena a que Joaquim estará sujeito não se alterará se a lesão corporal culposa for praticada em faixa de pedestres ou
mesmo na calçada.
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: A
d) poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica, sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados à qualidade do meio ambiente.
e) a perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de
prestação de fiança, mas não se presta para fixação do cálculo de multa.
Gabarito: D
Gabarito: C
I. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente nos casos em que a infração seja cometida
por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
II. Nas infrações penais previstas na Lei nº 9.605/98 somente se procede mediante queixa.
III. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de
crime definido na Lei nº 9.605/98, terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do
crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
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a) que a sua personalidade jurídica seja obstáculo à efetiva reparação dos danos causados ao meio ambiente.
b) que o ato típico praticado não esteja compreendido no objeto social da pessoa jurídica, tal como definido em seus atos
constitutivos.
c) que seus representantes legais tenham agido com excesso de poderes, em desacordo com a lei, o estatuto ou o contrato
social.
d) a concomitante responsabilização civil e administrativa, estas duas tidas como pré-condições da responsabilidade penal.
e) que a infração tenha sido cometida por decisão de representante legal ou contratual, ou de órgão colegiado, no interesse
ou benefício da pessoa jurídica.
Gabarito: E
( ) Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará a gravidade do fato, tendo em vista os
motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente.
( ) A imposição e a gradação da penalidade decorrente de crime ambiental prescinde da avaliação da situação econômica do
infrator, em caso de aplicação de multa.
( ) Em crimes ambientais, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de
liberdade não superior a três anos.
( ) À pessoa jurídica infratora poderão ser aplicadas penas de multa, restritivas de direitos e/ou de prestação de serviços à
comunidade.
Com relação às circunstâncias que podem agravar a aplicação da pena de Januário, analise as afirmativas a seguir.
II. A ação foi facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
III. A ação foi praticada por agente com alto grau de instrução ou escolaridade.
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IV. com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão.
V. à noite.
I. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados à qualidade do meio ambiente.
II. É circunstância que agrava a pena o fato de o agente ter cometido crime ambiental em domingos ou feriados.
III. O crime de introduzir espécime animal no país, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade
competente, deve ser apurada e julgada pela justiça comum estadual, já que não há ofensa de bem, serviço ou interesse da
União, de suas entidades autárquicas ou empresas públicas.
IV. Para os efeitos da lei ambiental, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou
capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento
econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: C
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Gabarito: D
Nos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais − Lei Federal n o 9.605/1998, a suspensão condicional da pena pode ser
aplicada nos casos de condenação à pena
a) restritiva de direito não superior a dois anos.
b) privativa de liberdade não superior a dois anos.
c) privativa de liberdade não superior a três anos.
d) privativa de liberdade não superior a um ano.
e) privativa de liberdade ou restritiva de direito não superior a dois anos.
Gabarito: C
Com base nas informações prestadas, assinale a alternativa que apresenta circunstâncias atenuantes d essa pena.
a) Prestação de serviços à comunidade e suspensão parcial ou total de atividades.
b) Interdição temporária de direitos e arrependimento do infrator.
c) Prestação pecuniária e suspensão de atividades.
d) Baixo grau de instrução ou escolaridade do agente e arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação
do dano.
e) Recolhimento domiciliar.
Gabarito: D
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Gabarito: E
Gabarito: D
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Assunto: Da Apreensão do Prod. e do Inst. de Infração Adm. ou Crime (art. 25 da Lei nº 9.605/1998)
Motosserra, madeira e animal silvestre são apreendidos em operação policial para combate a crimes ambientais. Nos estritos
termos do quanto determina o art. 25 da Lei n.º 9.605/98, tais coisas podem, entre outras soluções, respectivamente, ser objeto
de
a) destruição e venda como sucata; avaliação e venda ou doação; entrega a jardim zoológico.
b) reciclagem e venda; avaliação e doação para instituição beneficente; libertação em seu habitat.
c) avaliação e venda; avaliação e venda; avaliação e venda para agentes credenciados pelos órgãos de defesa do meio
ambiente.
d) doação para instituição beneficente; avaliação e venda; libertação em seu habitat.
Gabarito: B
I. Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas,
desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
II. Os produtos perecíveis ou madeiras serão avaliados e vendidos a instituições científicas, hospitalares, penais e outras
com fins comerciais.
III. Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou
educacionais.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente a afirmativa II estiver correta.
e) se somente a afirmativa III estiver correta.
Gabarito: C
Gabarito: B
Gabarito: B
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Ao levar o animal para sua casa, foi abordado pela polícia local.
Nesse contexto, e de acordo com a interpretação gramatical da legislação federal sobre o tema, é correto afirmar que
a) Juarez não cometeu crime, pois, para saciar a fome de sua família, podem ser abatidos inclusive animais silvestres
ameaçados de extinção, por se tratar de estado de necessidade.
b) o fato de o animal caçado ser ameaçado de extinção torna qualificado o crime cometido por Juarez.
c) o crime cometido por Juarez deve ser apurado mediante ação penal pública condicionada a representação.
d) apesar de a conduta ser qualificada como crime, o fato de Juarez ter caçado para sobrevivência de sua família reduzirá a
pena à metade.
e) o crime praticado por Juarez deverá ter sua pena aumentada em 2/3 por ter sido a caça praticada contra espécie ameaçada
de extinção.
Gabarito: A
I. É circunstância que agrava a pena dos delitos ambientais, quando não constitui ou qualifica o crime ter o agente cometido
a infração facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
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II. No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
III. Pescar mediante a utilização de explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante é
crime punido com detenção.
IV. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá -la com
infringência das normas de proteção é crime punido com reclusão.
III. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
IV. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
expressamente autorizado pela autoridade competente.
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Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: A
Gabarito: E
Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido (art. 14 da Lei nº 10.826/03),
em concurso material.
No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que:
a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso material;
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso formal;
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso
permitido em concurso formal;
d) ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos;
e) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando -se o concurso de
delitos.
Gabarito: E
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Gabarito: E
Gabarito: C
Gabarito: E
Gabarito: B
Gabarito: D
Questão 158: FGV - Anal Jud (TJ GO)/TJ GO/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador/2014
Assunto: Dos Crimes e das Penas (arts. 12 ao 21 da Lei nº 10.826/2003)
No dia 1º de abril de 2004, “Fabio Biscoito”, insatisfeito com o tamanho e funcionamento da arma de fogo que possuía, um
revólver Taurus calibre .22, entra em contato com “André Pato”, possuidor de uma pistola Imbel .380, propondo uma permuta,
pois, anteriormente, fora informado que “André Pato” estava praticando artes marciais e havia aderido à ideia de não usar armas.
Mesmo cientes da campanha de desarmamento então em curso e sabedores que nenhuma das armas de fogo tinha o necessário
registro, nem os envolvidos portes de arma, “André Pato” foi até a residência de “Fabio Biscoito”, onde a permuta foi realizada.
Considerando que a Lei nº 10.826 entrou em vigor na data da sua publicação (Diário Oficial da União de 23 de dezembro de
2003), “Fabio Biscoito”:
a) deverá responder por posse de arma de fogo, pois sua conduta não admite regularização perante as autoridades
competentes;
b) deverá responder por propriedade de arma de fogo, pois sua conduta não admite regularização perante as autoridades
competentes;
c) não responderá por posse de arma de fogo, pois a Lei nº 10.826 estabeleceu prazo para que as armas de fogo fossem
regularizadas ou entregues às autoridades competentes;
d) não responderá por propriedade de arma de fogo, pois a Lei nº 10.826 estabeleceu prazo para que as armas de fogo
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Gabarito: D
1. Promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de proteção para
o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados.
2. Integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito.
3. Equivalência entre as atividades de prevenção do uso indevido de substâncias psicoativas, atenção aos usuários de
drogas, punição do tráfico ilícito e apoio às comunidades terapêuticas.
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a) típica e punida com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos, podendo ser reduzida de um sexto a dois terços,
desde que o agente seja primário, de bons antecedentes e não integre organização criminosa.
b) típica e punida com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos.
c) típica e punida, por exemplo, com pena de prestação de serviços à comunidade.
d) típica, mas não punível.
e) atípica.
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: A
Gabarito: B
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e) assim passou a entender pacificamente a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Amapá e do Superior Tribunal de
Justiça.
Gabarito: D
Gabarito: B
Gabarito: A
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Nesse caso hipotético, considerando que Pedro ainda não utilizou efetivamente o maquinário para transformar a droga, é correto
afirmar que ele
a) praticou o crime previsto no artigo 33 da Lei no 11.343/2006, qual seja, tráfico de drogas.
b) praticou o crime previsto no artigo 34 da Lei no 11.343/2006, qual seja, aquisição de maquinário para o fim de fabricar,
preparar, produzir ou transformar drogas, pois a mera aquisição de maquinário constitui um fato típico por si só.
c) praticou o crime previsto no artigo 35 da Lei no 11.343/2006, qual seja, associação criminosa.
d) não praticou crime previsto na Lei no 11.343/2006, pois a ação de adquirir maquinário é um pós-fato impunível.
e) não praticou crime previsto na Lei no 11.343/2006, pois a ação de adquirir maquinário é um antefato impunível.
Gabarito: B
Sobre as previsões da Lei nº 11.343/06 sobre o tema e de acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, é correto
afirmar que:
a) a condenação por tráfico, ainda que privilegiado e com pena inferior a 4 anos, não permite a substituição da pena privativa
de liberdade por restritiva de direitos;
b) o benefício do tráfico privilegiado poderá ser aplicado ainda que o agente seja, também, condenado pelo crime de
associação para o tráfico;
c) a quantidade de drogas poderá ser considerada no momento da aplicação da pena base, mas não a natureza do material
apreendido;
d) o regime inicial de cumprimento de pena, diante do tráfico privilegiado, deverá ser necessariamente o fechado;
e) o tráfico privilegiado poderá ser reconhecido mesmo diante da figura do tráfico majorado.
Gabarito: E
de flagrante
a) legal, pois é uma hipótese de crime permanente.
b) legal, pois é uma hipótese de crime instantâneo.
c) ilegal, pois é imprescindível o mandado de busca e apreensão para ingressar no local do delito.
d) ilegal, pois é um típico caso de flagrante forjado.
e) ilegal, pois é um típico caso de flagrante esperado.
Gabarito: A
Gabarito: C
Questão 176: VUNESP - Esc PC CE/PC CE/2015
Assunto: Disposições Gerais e Dos Crimes (arts. 31 a 47 da Lei nº 11.343/2006)
Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem,
pratica
a) crime, mas que não está sujeito à pena privativa de liberdade.
b) contravenção penal.
c) crime de menor potencial ofensivo.
d) conduta atípica.
e) crime equiparado ao uso de drogas.
Gabarito: C
a) A causa de redução da pena, prevista no § 4o do art. 33 da Lei no 11.343/2006, só será aplicável se o agente for primário
e de bons antecedentes.
b) Responde por delito autônomo ao do tráfico o agente que oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa
de seu relacionamento, para juntos a consumirem.
c) A associação criminosa prevista no art. 35, caput, da Lei no 11.343/2006 exige a constatação da reiteração permanente
da associação de duas ou mais pessoas para prática constante do tráfico.
d) Responde às mesmas penas do crime previsto no art. 33, caput, da Lei n o 11.343/2006 o agente que custeia ou financia
o crime de tráfico.
e) A indução ou a instigação de alguém ao uso indevido de droga não é considerado crime.
Gabarito: B
Gabarito: D
Em relação à Lei Federal n o 11.343/06, que estabelece o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, é correto afirmar
que
a) o comando legal que vedava a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos no crime de tráfico teve
sua execução suspensa por resolução do Senado Federal.
b) a conduta de guardar, para consumo próprio, drogas em desacordo com determinação legal e regulamentar, configura
mera infração administrativa.
c) o informante que colabora com grupo que, sem autorização ou em desacordo com a legislação regulamentar, se dedica à
venda de drogas, responde pelo mesmo tipo pena em que incorrerá o grupo vendedor, visto que sistema penal pátrio adota a
teoria monista.
d) por se tratar de norma penal em branco, a legislação delegou a órgão do Poder Executivo Federal a definição de critério
quantitativo rígido para fins de distinção da conduta do usuário e do traficante.
e) a lei em questão prevê pena privativa de liberdade para aquele que conduz veículo automotor, embarcação ou aeronave
após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.
Gabarito: A
"A" foi denunciado como incurso nas sanções do artigo 12, § 2 o, inciso I, da Lei n o 6.368/76 (antiga Lei de Drogas), pois teria
dolosamente auxiliado um colega a usar entorpecente, dando-lhe carona para que ele adquirisse droga para uso próprio. Anulado
o processo a partir do recebimento da denúncia, por inobservância do rito processual próprio, com o advento da Lei no
11.343/06 (nova Lei de Drogas), do ponto de vista penal, quanto à conduta de "A", ocorreu
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a) Reformatio in mellius.
b) Novatio legis in pejus.
c) Abolitio criminis.
d) Novatio legis in mellius.
e) Reformatio in pejus.
Gabarito: D
I. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar só poderá ser submetido às seguintes penas: advertência sobre
os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo.
II. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal,
de acordo com a legislação em vigor.
III. O juiz, na fixação das penas dos crimes previstos na Lei 11.343/2006, considerará, com preponderância sobre o
previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta
social do agente.
IV. É crime a associação de duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 da Lei 11.343/2006.
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Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: E
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Gabarito: B
Gabarito: C
Gabarito: E
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Gabarito: C
I. Para fins de reconhecimento da materialidade do crime de tráfico, a Lei de Tóxicos preceitua que é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
II. Havendo concurso entre as condutas do art. 28 (posse de entorpecentes) e a figura do art. 33, § 3o (oferecer droga
para o consumo em conjunto, sem objetivo de lucro), ambas da Lei n o 11.343/06, a competência será do Juizado Especial
Criminal.
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III. O acusado será notificado para oferecer defesa prévia no prazo de 10 (dez) dias, podendo arrolar o número máximo de
cinco testemunhas. O juiz, a seu turno, terá o prazo de 05 (cinco) dias para decidir acerca do recebimento da denúncia.
IV. Após o recebimento da denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, e ordenará a
citação pessoal do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
V. No crime de tráfico de drogas, previsto no art. 33, caput, da Lei n o 11.343/06, o réu não poderá apelar da sentença
condenatória sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes.
I – Os crimes da Lei Antidrogas estão sujeitos a dois procedimentos, dependendo da quantidade de pena cominada: os
crimes de porte e cultivo de drogas para consumo pessoal, compartilhamento e pr escrição culposa, por não terem pena
máxima superior a 02 (dois) anos são considerados infrações de menor potencial ofensivo, nos termos da Lei nº 9.099/95,
cuja competência para as medidas despenalizadoras, processo e julgamento é do Juizado Especial Crim inal; os demais
crimes dessa lei, por terem pena máxima superior a 02 (dois) anos, são da competência dos juízos especializados em drogas
(onde houver) ou dos juízos comuns, estando sujeitos ao procedimento especial da Lei nº 11.343/2006.
II – Havendo conexão ou continência de uma infração penal de menor potencial ofensivo prevista na Lei Antidrogas com
outra infração penal, prevista ou não na mesma lei, cujo somatório ou majoração das penas máximas ultrapasse 02 (dois)
anos, será exigida a observância das regras do juízo prevalente estabelecidas no Código de Processo Penal. Atendidos os
regramentos do juízo prevalente, caso a competência para o processo e julgamento dessas infrações penais não seja do
Juizado Especial Criminal, ainda assim, se preenchidos os requisitos legais, será possível no juízo comum ou tribunal do júri
a aplicação das medidas despenalizadoras prevista na Lei nº 9.099/95.
III – Nos crimes da Lei Antidrogas classificados como delitos não transeuntes, para efeito da lavratura do auto de prisão em
flagrante delito será suficiente a existência do laudo de constatação ou até mesmo o laudo de exame toxicológico. No caso
de inquérito policial, por crime não transeunte da Lei Antidrogas, que não foi iniciado por auto de prisão em flagrante delito,
para que seja oferecida a denúncia, a investigação criminal também deverá estar instruída com o laudo de constatação ou
laudo de exame toxicológico. Tendo desaparecidos os vestígios no caso dos crimes de porte para uso próprio, compartilhado
ou tráfico de drogas (substâncias entorpecentes), o exame de corpo de delito poderá ser indireto, através da prova
testemunhal.
IV – O Código de Processo Penal estabelece que em todos os procedimentos penais de primeiro grau devem ser observadas
as regras relativas à defesa preliminar ou resposta à acusação (após o recebimento da denúncia e citação), rejeição liminar
da inicial acusatória e absolvição sumária. Como a Lei Antidrogas prevê a defesa preliminar antes do juízo de admissibilidade
à acusação, a apresentação de duas defesas, uma antes e a outra depois do recebimento da peça acusatória, é
desnecessária, evita que o procedimento sumaríssimo tenha um processo mais moroso e não fere o devido processo legal.
Por outro lado, a absolvição sumária não está restrita ao procedimento comum e ao procedimento do tribunal do júri
aplicando-se, inclusive, ao procedimento especial da Lei Antidrogas.
Gabarito: A
Gabarito: C
I. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos na Lei de Drogas, é permitida a infiltração por
agentes de polícia, em tarefas de investigação, mediante autorização do Ministério Público.
II. O crime de tráfico de drogas (art. 33, da Lei 11.343/2006) é inafiançável, insuscetível de graça, indulto, anistia, liberdade
provisória e livramento condicional.
III. Uma vez encerrado o prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias pendentes de realização, a autoridade
de polícia judiciária relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação d o
delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: C
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