Roteiro de Leitura: Evans-Pritchard - Antropologia II
Roteiro de leitura: Evans-Pritchard, E.E. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande.
Capítulos II “A noção de bruxaria como explicação de infortúnios”, VIII “O oráculo de
veneno na vida diária” e IX “Problemas suscitados pela consulta ao oráculo de veneno”.
1. Qual a diferença entre Zande e Azande?
- Azande: grupo étnico do norte da África Central
- Zande: substantivo (indivíduo do povo Azande, língua zande) ou adjetivo (relativo ao
Azande > vida zande, crença zande, …)
2. O que é e qual a importância da bruxaria entre os Azande?
Definição:
- Bruxaria é uma “filosofia natural” que explica as relações entre os homens os
infortúnios e fornece um sistema de valores que regulam a conduta humana;
- Na maior parte das vezes, qualquer infortúnio ou insucesso pode ser atribuído à
bruxaria;
- Bruxaria como agente > princípio que explica as infelizes coincidências da vida
(situações particulares, coincidência de eventos independentes), mantém uma relação
de causalidade com os acontecimentos (mas não é a única causa de fenômenos)
Importância:
- desempenha um papel em todas as atividades da vida zande
- “[...] a bruxaria é a causa socialmente relevante, pois é a única que permite
intervenção, determinando comportamento social”
-
3. De que modo a magia e a feitiçaria são definidas pelo autor e a que estão relacionadas?
4. Explique o exemplo do celeiro. O que este caso revela?
5. Qual a relação entre bruxaria e o conhecimento empírico de causa e efeito?
6. Existe uma diferença entre natural e sobrenatural para os Azande?
7. Comente a citação (p. 61): “eles sabem mais o que fazer quando atacados por ela do que
como explicá-la”.
8. Para Evans-Pritchard, como os Azande se portam em relação aos tribunais e códigos
legais que foram impostos pelos colonos europeus?
9. No interior da sociedade zande, quem tem a prerrogativa de consultar o oráculo de
veneno? Para quais fins?
10. Para Evans-Pritchard, por que a consulta ao oráculo de veneno constitui um dos
principais “mecanismos de controle masculino e expressão do antagonismo sexual”? (p.
145)
11. Por que é difícil para um “europeu educado” conseguir compreender e traduzir o uso
ritual do benge e a crença nos oráculos?
12. Por que se trata de noções místicas coerentes, segundo o autor?
13. Por que é possível dizer que o pensamento zande é consistente e que este é um estudo
sobre racionalidade?
14. Este é um trabalho voltado ao problema da cultura. Por que é possível fazer esta
afirmação? O que aparece como cultura neste texto?