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Fases Do Desenvolvimento Nas Teorias Motora, Cognitiva, Afetiva e Socia

O documento resume as principais teorias do desenvolvimento humano de Freud, Erikson e Piaget, descrevendo os estágios e desafios em cada uma. Também discute características gerais do desenvolvimento como ser multifatorial, ao longo da vida e influenciado pelo contexto.

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Helenildo Junior
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Fases Do Desenvolvimento Nas Teorias Motora, Cognitiva, Afetiva e Socia

O documento resume as principais teorias do desenvolvimento humano de Freud, Erikson e Piaget, descrevendo os estágios e desafios em cada uma. Também discute características gerais do desenvolvimento como ser multifatorial, ao longo da vida e influenciado pelo contexto.

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

FICHAMENTO/CITAÇÃO

Faculdade Centro Universitário Dom Pedro II


Curso Licenciatura em história
Disciplina Teorias do Desenvolvimento Semestre/Turma
Docente Júlio Cézar Barbosa Data: 14 /06/21 Nota:
Discente Helenildo Martins dos Santos Junior

ATIVIDADE AVALIATIVA DE APRENDIZAGEM


FICHAMENTO

Assunto: Fases do desenvolvimento nas teorias motora, cognitiva, afetiva e social (p.


1-22).

Fonte: Gonçalves, Patrick da Silveira. Crescimento e desenvolvimento humano e


aprendizagem motora. Sagah.

“[...] Teoria do desenvolvimento psicossexual — Freud [...] ainda que suas teorias não
tenham se centrado especificamente nos processos de desenvolvimento, mas sim em
aspectos relacionados à formação da personalidade e dos funcionamentos psíquicos
anormais, Freud propôs que os seres humanos passam por estágios psicossexuais
cujas bases são as atividades motoras e as sensações físicas. A teoria freudiana
apresenta a formação da personalidade a partir de três dimensões do aparelho
psíquico: o id, uma fonte inconsciente de busca de prazer, de motivos, de desejos e
paixões; o ego, que busca realizar uma adequação permanente entre o que os instintos
almejam e aquilo que é eticamente correto; e o superego, uma forma contrária ao id,
que produz a internalização dos pensamentos éticos e morais. A partir dessa tríade,
Freud propõe que os estágios psicossexuais se apresentem a partir de conflitos e
experiências que os sujeitos vão vivenciando, que os permitem seguir e fundamentam a
fase seguinte. Com isso, Freud aborda que o desenvolvimento ocorre nos estágios oral,
anal, fálico, latente e genital (COUTO, 2017). [...] o estágio oral, que se estende até o
primeiro ano de vida, a boca é a principal zona erógena, uma vez que as fontes de
prazer estão no ato de mamar e de se alimentar. O principal conflito é o desmame, em
que os indivíduos devem se afastar do contato contínuo de suas fontes de prazer. Já no
estágio anal, de 1 a 3 anos, o foco da libido se encontra na bexiga e na evacuação. O
principal desafio é o controle das necessidades corporais, formadoras das sensações
de controle e independência. O estágio fálico, aproximadamente entre os 3 e 6 anos,
tem o foco da libido nos órgãos genitais, é quando a criança começa a perceber a
presença do “falo” (pênis). Freud expunha que o principal desafio nessa fase era lidar
com o medo da castração para os meninos e o desejo de possuir um pênis e, para as
meninas, o desejo em adquiri-lo (COUTO, 2017). No estágio latente, que dura até a
puberdade, o ego e o superego mais desenvolvidos contribuem para uma inibição da
libido. A energia sexual é transferida paras as atividades socializadoras e intelectuais.
Trata-se, portanto, de uma pausa para a transição do desenvolvimento psicossexual.
Por último, no estágio genital, as funções da libido atendem a um caráter reprodutivo.
Nesse momento, o grande desafio é a desvinculação dos pais e a busca por um objeto
de amor do mundo externo.” (p. 3-4).

“Teoria do desenvolvimento psicossocial — Erikson [...] se concentrou nas influências


que a sociedade exerce, estabelecendo consequências a partir das influências sociais e
afetivas ocorridas ao longo da vida [...] envolve oito estágios, em que os fatores
ambientais exercem maior influência do que a hereditariedade no ciclo da vida humana,
se apresentando de forma sequencial, conforme o avanço dos estímulos sociais e dos
aspectos referentes às experiências (GALLAHUE; OZMUN, 2013). O equilíbrio entre os
sentimentos experimentados durante as fases da vida é fundamental para o
desenvolvimento. No primeiro estágio, há a experimentação de confiança versus
desconfiança, em que o desenvolvimento se baseia na confiança que a criança adquire
por seus cuidadores. O processo inverso, a desconfiança, pode comprometer a
segurança do indivíduo em se posicionar frente ao mundo. A partir do primeiro ano de
vida, toma forma o estágio de autonomia versus vergonha e dúvida, cujo
desenvolvimento parte do orgulho em conseguir controlar o próprio corpo e fazer coisas
básicas, como se alimentar. O sentimento contrário, quando em excesso, provoca
sensações de inadequação e insegurança. Entre 3 e 5 anos, surge o estágio de
iniciativa versus culpa, no qual as crianças desenvolvem o seu poder de iniciativa junto
a outras crianças, liderando e propondo jogos. Caso esses objetivos não sejam
atingidos, passam por sentimentos de dúvida de si e de falta de iniciativa (GALLAHUE;
OZMUN, 2013). A segunda metade da infância é caracterizada pelo estágio de
produtividade versus inferioridade, que se mostra a partir do orgulho em dominar certas
habilidades e realizar sua exposição para os outros sujeitos. As crianças que recebem
pouco estímulo social passam a se sentir inferiores às demais. A chegada da
adolescência pode ser um tanto confusa, sendo caracterizada pelo estágio de
identidade versus confusão de identidade, que se constitui a partir das descobertas
sobre os próprios interesses e de sua valorização. As pessoas que recebem o estímulo
necessário se tornam seguras de si mesmas e de suas escolhas, mas as que não,
podem apresentar um sentimento de insegurança em relação ao futuro. O início da vida
adulta se dá a partir do estágio de intimidade versus isolamento, no qual o êxito ocorre
a partir do estabelecimento de relações estreitas com outras pessoas, favorecendo as
relações íntimas. No decorrer da vida adulta, ocorre o estágio de generatividade versus
estagnação, em que os sentimentos de contribuição e atividade social devem
prevalecer; caso contrário, os indivíduos adultos são tomados por sentimentos de
improdutividade (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2013). Por último, na velhice, há o
estágio de integridade versus desespero, no qual o sentimento de que a vida valeu a
pena e que muitos objetivos foram alcançados para o bem social devem prevalecer. Os
indivíduos mal sucedidos nessa fase costumam experimentar diversos arrependimentos
e medo de morrer.” (p. 4-5).

“Teoria do marco desenvolvimentista — Piaget [...] o desenvolvimento cognitivo ocorre


em um processo cíclico envolvendo a acomodação, a assimilação e a adaptação [...]
Piaget considera que toda criança já tem conhecimentos cognitivos intrínsecos a ela,
mesmo que sejam básicos reconhecimentos de padrões, os quais são chamados de
esquemas. Considerando a criança em um estágio inicial de aprendizagem, com o
repertório de esquemas cognitivos que possui, podemos dizer que ela está equilibrada.
Por exemplo, ela possui um esquema que, ao identificar um objeto esférico, grande e
de textura de couro, classifica este objeto como uma bola. De repente, o professor de
educação física apresenta à criança um novo objeto, uma bola de futebol americano.
Diante desse novo estímulo, a criança busca uma associação com seus esquemas
prévios e encontra similaridades deste esquema (características que definem uma bola)
com o novo objeto (bola de futebol americano), processo denominado assimilação.
Após esse processo de assimilação, ocorre uma percepção (muitas vezes ocorre com
intermédio de um professor), em que a criança percebe que se trata de um objeto
diferente do que ela conhecia até então, que tem formato, textura e peso diferentes;
logo, o esquema prévio que ela possuía já não é suficiente para compreender esse
novo objeto. A partir da identificação dessas diferenças, ela constrói um novo esquema
cognitivo, que agora possibilita o reconhecimento e a diferenciação de uma bola de
futebol e uma bola de futebol americano. A construção desse esquema é o processo
chamado acomodação, que são os ajustes das respostas atuais a fim de atender
demandas específicas de um objeto. Esses dois processos que atuam em conjunto
(assimilação e acomodação) são as etapas que compõem a adaptação, termo que
posteriormente foi modificado por Piaget para equilibração, e pode ser definido como os
ajustes cognitivos à mudança do ambiente. [...] Na fase sensório-motora, que se
estende até os 2 anos, a criança constrói os significados do seu mundo a partir das
experimentações motoras e sensoriais, que são possíveis com os movimentos. Na fase
do pensamento pré-operacional, que ocorre entre 2 e 7 anos, há uma ligação simbólica
do seu mundo com as palavras e com as imagens. A atividade física é utilizada para
realizar os processos cognitivos. Na fase das operações concretas, entre 7 e 11 anos,
as crianças conseguem raciocinar sobre eventos e objetos concretos, realizando a
classificação e o pareamento com outros eventos, objetos e seres que já conhece. Por
último, a fase das operações formais, que se dá a partir dos 11 anos, o adolescente
consegue deduzir e formular hipóteses abstratas a partir de processos de raciocínio
mais complexos (GALLAHUE; OZMUN, 2013).” (p. 6-8).

“Desenvolvimento humano nas teorias motora, cognitiva, afetiva e social [...] o processo
de desenvolvimento se dá ao longo da existência dos indivíduos, gerando a ideia de
desenvolvimento do ciclo vital. [...] Desenvolvimento depende da história e do contexto:
indivíduos com histórias de vida e localizados em contextos diferentes tendem a
apresentar desenvolvimento desigual. [...] Desenvolvimento é multidimensional e
multidirecional: o desenvolvimento ocorre o tempo todo e em todas as dimensões
humanas e de forma conjunta, ou seja, uma dimensão afeta a outra. Apresenta
momentos de grande aumento, de estabilização e de declínio. [...] Desenvolvimento é
flexível e plástico: muitas das capacidades funcionais são passíveis de modificações e
aperfeiçoamento ao longo da vida dos indivíduos. [...] É importante ressaltar que essas
características são bastante subjetivas, isto é, ainda que haja uma aproximação nas
oito fases etárias geralmente encontradas na literatura, nem sempre indivíduos da
mesma idade apresentarão as mesmas características, pois sofrem influências dos
estímulos aos quais são exposto ao longo da vida.” (p. 9-16).

“Conceitos e características do desenvolvimento afetivo [...] O conceito de afetividade


trabalhado por Wallon se refere à capacidade que qualquer ser humano tem de ser
afetado pelo mundo interno ou externo por meio de sensações agradáveis ou
desagradáveis. [...] O conjunto dos domínios afetivos ocorre por meio das emoções,
dos sentimentos e da paixão; o conjunto de domínio motor oferece as possibilidades de
deslocamento biológicas, possibilitando movimentos que permitem a expressão da
afetividade; o conjunto do domínio do conhecimento, que expressa a cognição,
representa o domínio de símbolos e linguagens que possibilitam a compreensão e a
expressão de eventos passados e presentes, fornecendo subsídios para os eventos
futuros; e o domínio da pessoa indica a integração dos sujeitos em todas as suas
possibilidades. [...] A afetividade evolui em três momentos distintos [...] Emoção: é a
representação corporal e motora da afetividade. Surge no início da vida, por meio dos
espasmos dos bebês recém-nascidos, que causam sensações de bem-estar ou mal-
estar, constituindo a primeira ligação entre o ser orgânico e ser social. As emoções
como medo, alegria, riso, choro sugerem padrões corporais específicos nos sujeitos ao
longo de suas vidas, podendo ser contagiosos, por exemplo, os risos coletivos. A
emoção é importante para o desenvolvimento mental, uma vez que processos
cognitivos são desencadeados para regular as alterações musculares e viscerais que
são exercidas. Sentimento: ao contrário da emoção, o sentimento não se dá de forma
instantânea e corporal, mas como expressões dotadas de motivos e circunstâncias.
Portanto, sua base é psicológica. É introspectivo e representacional, ou seja, os
sentimentos são liberados após a reflexão do sujeito, que o guia de forma a identificar
onde, quando e como deve se expressar. Surge junto com o simbolismo na primeira
infância. Paixão: é caracterizada por formas de expressões individuais, como o ciúmes,
a exclusividade e as exigências, surgindo entre 3 e 6 anos (estágio do personalismo),
quando a criança já adquire algum autocontrole.” (p.16-17).

“Para Wallon, a afetividade se constitui e se expressa por meio da integração


psicomotora das sensibilidades [...] Exteroceptivos: estabilidade emocional, consciência
corporal e desenvolvimento práxico-simbólico; Proprioceptivos: Integração vestibular e
tátil-cinestésica, função postural, segurança gravitacional e emergência do EU:
Interoceptivos Reflexos neonatais, perfeição da motilidade visceral, diálogo tônico mãe-
filho e insuficiência motora. (p. 18).

“Sua teoria está baseada nos papéis que a afetividade exerce em seis estágios da vida:
impulsivo-emocional, sensório- -motor, projetivo, personalismo, categorial e puberdade
e adolescência.” (p.18).

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