Identidade Brasileira
Identidade Brasileira
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.a Daianna Marques dos Santos
SA237g
ISBN 978-85-515-0381-2
CDD 641.5981
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, na Unidade 1 da disciplina de Gastronomia Brasileira
apresentaremos a identidade da gastronomia do Brasil, formada através da
contribuição de diversos povos, sendo os principais: índios, portugueses e
africanos. Destacaremos o que cada povo trouxe de suas terras de origem e
que acrescentou tanto na cultura, nas tradições e na gastronomia do Brasil.
III
Para concluir, falaremos sobre a cozinha brasileira contemporânea e
como ela se desenvolveu, vem se destacando e ganhando força.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES
E A COZINHA DA REGIÃO SUL.................................................................................1
VII
2.1 COZINHA BAIANA...................................................................................................................... 114
2.2 COZINHA DE PERNAMBUCO................................................................................................... 121
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 128
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 130
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 227
VIII
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, a cozinha brasileira possui uma identidade única, a qual
iremos apresentar neste Tópico 1, formada por meio da contribuição de diversos
povos, dentre eles, principalmente, os índios, os portugueses e os africanos. Cada
povo que, no Brasil chegou, trouxe consigo a sua cultura. Essa diversidade enriqueceu
ainda mais a gastronomia do país, da mesma forma exerceu influências nas demais
tradições, nos costumes e nos simbolismos que podemos encontrar em todo o país.
2 CONTRIBUIÇÕES CULTURAIS
Estudar a gastronomia brasileira é remeter-se à diversidade de cultura, é
descobrir sabores, ingredientes, texturas, aromas, formas de preparo e encantar-
se com o regionalismo e a tipicidade que abriga cada canto desse país com
dimensão continental.
3
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
INDÍGENAS
PORTUGUESES AFRICANOS
FONTE: <https://www.revistaprosaversoearte.com/content/uploads/2017/03/Povo-Brasileiro-
Natureza-Mesti%C3%A7a-2-292x300.jpg>. Acesso em: 19 fev. 2019.
4
TÓPICO 1 | A IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA
2.1.1 Indígenas
No Brasil indígena, as comunidades praticavam o cultivo intensivo de
raízes, como a mandioca, que se tornou base de tantos pratos. Além da mandioca,
comiam palmitos, batata-doce, milho, amendoim e cará. Dedicavam-se à caça e à
pesca. Colhiam as muitas frutas nativas existentes.
5
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
2.1.2 Portugueses
Os portugueses contribuíram com diversos tipos de alimentos, técnicas
de cultivo, preparo e criação. Consumos de carnes e laticínios, técnicas de
cocção para o preparo dos alimentos, fabricação de bebidas, doces, entre outros
produtos, inclusive a introdução do sal e do açúcar. Importaram produtos
oriundos da Europa e do Oriente, como as especiarias e temperos, produtos antes
desconhecidos pelos ameríndios.
6
TÓPICO 1 | A IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA
7
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FONTE: <https://www.viladonpatto.com.br/blog/a-origem-de-uma-deliciosa-tradicao-docaria-
conventual-portuguesa-7e83>. Acesso em: 12 jun. 2019.
E
IMPORTANT
Dizem os registros que a histórica doçaria conventual portuguesa tem sua origem
nos conventos e mosteiros portugueses. Como o próprio nome indica — Conventual —, se
deve ao fato de a categoria de receitas ter sido criada por freiras que viviam nos conventos
portugueses há muitos séculos.
Portugal tem uma larga tradição e história nesta categoria de receitas, que
engrandeceu a gastronomia e cuja fama se estendeu além-mar. A Doçaria Conventual
tem como ingredientes de eleição o açúcar, as gemas de ovos e a amêndoa.
Esses doces conventuais sempre estiveram presentes nas refeições que eram
servidas nos conventos. Contudo, apenas a partir do século XV, com a divulgação e a
expansão do açúcar, atingiram notoriedade. O açúcar possibilitava obter vários pontos
de calda pelas mãos sábias que trabalhavam vezes sem conta, essencialmente por
mulheres que naquela época não tinham optado pela ida para os conventos, mas sim
por imposição social. Como passatempo, elas começaram a aprimorar essas preciosas
receitas amadurecidas com o passar dos séculos.
8
TÓPICO 1 | A IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA
Entre os séculos XVIII e XIX, Portugal era o maior produtor de ovos da Europa.
Curioso que as claras dos ovos eram exportadas e usadas como elemento purificador na
produção de vinho branco e para engomar roupas elegantes de homens ricos por toda
a Europa Ocidental. A quantidade excedentária de gemas era inicialmente colocada no
lixo ou dada a animais. Até que, com a chegada em larga escala de açúcar das colônias
portuguesas, um novo destino foi dado para as gemas: a inspiração mandou juntar com o
açúcar e iniciar aquilo que hoje se denomina de Doçaria Conventual. Os nomes dos doces
conventuais derivam da fé católica e da vida no interior dos conventos.
A partir de meados do século XVIII, quando foi decretada a extinção das Ordens
Religiosas em Portugal, as freiras e monges foram confrontados com a necessidade
dinheiro para seu sustento. A venda de doces conventuais foi uma das formas encontradas
para minimização da sua situação financeira. Por isso, transmitiam, já fora dos conventos,
receitas às mulheres que acolhiam. Passando de geração em geração, as deliciosas
receitas de doces conventuais portugueses permanecem vivas até os dias atuais. A arte
conventual traz às terras brasileiras a tradição dos conventos. Cada doce desperta o
paladar, resgatando o valor dos tempos.
2.1.3 Africanos
Vários povos africanos foram trazidos ao Brasil, daí os diversos
conhecimentos culinários introduzidos em nossa cozinha. A cozinha afro-
brasileira, que tem sua sede inconfundível na Bahia (Salvador e Recôncavo).
Contudo, em todo o país observa-se a herança negra representada em seus pratos.
9
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
E
IMPORTANT
FONTE: <http://f.i.uol.com.br/fotografia/2011/05/23/58971-970x600-1.jpeg>.
Acesso em: 12 jun. 2019.
10
TÓPICO 1 | A IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA
DICAS
E
IMPORTANT
Marina Ribeiro
11
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
O Baile da Ilha Fiscal não apenas marcou o fim de um regime (político, vale frisar).
Foi o ápice da gastronomia imperial. O gosto por comer bem veio junto com a Corte
Portuguesa, em 1808, quando desembarcaram cozinheiros e literatura específica sobre
culinária em forma de livros de receitas. Desde então, os hábitos à mesa se europeizaram, os
ideais alimentares e de paladar se tornaram cada vez mais semelhantes aos franceses, berço
da gastronomia que conhecemos hoje. Mas não era uma prática cultivada no cotidiano do
imperador. Para ele, comida sofisticada era algo reservado a ocasiões especiais.
As receitas elaboradas, que vieram com dom João VI, se ampliaram com a
independência, em 1822. Para negar a dominação colonial portuguesa, passou-se a
buscar apoio na cultura francesa. Os estrangeiros que viviam no Rio de Janeiro forçaram
a criação de um mercado que absorvesse produtos da Europa, como conservas, doces,
frutos processados, salsichas, presuntos, manteiga, queijo, chá e temperos.
12
TÓPICO 1 | A IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA
Permitindo uma reprodução da culinária degustada nos palácios, o que pode ser
comprovado nos cardápios impressos, predominantemente em francês, com alimentos
típicos dessas ocasiões. "No século 19, não era mais necessário ter berço para usufruir de
itens de luxo, como os banquetes", afirma Wanessa Asfora Nadler, professora do curso de
pós-graduação de Gastronomia do Senac. "A classe alta precisava marcar posição social.
Por isso, além das artes e moda, eles prestavam atenção na comida".
A CANJA DO IMPERADOR
"A canja hoje é barata, trivial, mas no século 19 era diferente. Não era comida de
povão, era sofisticada", diz André Boccato, autor do livro Os Banquetes do Imperador. Após
analisar a coleção de cardápios da família real, nota-se a preferência pela repetição do prato
em banquetes servidos ao monarca.
Ainda que apreciasse uma boa sopa de galinha, Dom Pedro II não gostava dos
grandes banquetes. No Baile da Ilha Fiscal, ficou pouco e passou a maior parte do tempo
sentado. Tampouco era chegado às grandes refeições da época — um jantar cotidiano podia
durar cerca de três horas. Ele gostava de comer sozinho e rapidamente.
Com tal temperamento, não é de espantar que Dom Pedro II tenha financiado
apenas dois banquetes em todo o seu reinado de 58 anos. Um em 1852, sobre o qual não
há muitos registros, e em 1889, justamente o da Ilha Fiscal.
Se nem conseguiu manter o trono na mão da dinastia Bragança, Dom Pedro II foi
bem-sucedido em criar uma identidade nacional. O historiador alemão Tim Wätzold afirma
que a culinária foi um dos meios utilizados para atingir a ideia de nação. E o ponto de partida
para o nascimento de uma cozinha brasileira foi o livro de receitas Cozinheiro Imperial, o
primeiro do gênero impresso no país, em 1840. "Nenhum livro de culinária portuguesa tinha
o nome de nação ou a caracterização nacional", afirma Wätzold.
13
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FONTE: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/legacy/2018/07/31/
gastronomia-1103847.png>. Acesso em; 5 jul. 2019.
Mesmo sem se importar tanto com o que comia ou em organizar banquetes para
a nobreza, a gastronomia teria sido utilizada por Dom Pedro II, de acordo com Wätzold,
para gerar um sentido de unidade no país. Os livros de receitas estimulariam a nobreza e
os ricos a acrescentarem cada vez mais ingredientes e pratos nacionais em suas festas.
FONTE: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-gastronomia-
brasileira.phtml>. Acesso em: 14 jun. 2019.
14
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cada imigrante que aqui chegou trazia, de suas origens — ao lado de suas
ambições, seus planos e projetos de vida —, seu modo de falar, de vestir, suas
crenças religiosas e, naturalmente, suas preferências alimentares.
15
• Os africanos, ao desembarcarem em nossos portos, não traziam nada consigo,
a não ser as marcas dos maus-tratos sofridos durante a viagem. Possuíam,
porém, uma arrigada tradição cultural, que transmitiram ao restante da
população. Dela faziam parte as suas crenças religiosas. Foi justamente através
do candomblé que influenciaram a nossa culinária, pois os deuses dessa religião
são apreciadores da boa mesa.
16
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Azeite de oliva.
b) ( ) Tapioca.
c) ( ) Azeite de Dendê.
d) ( ) Óleo de soja.
e) ( ) Pimenta-do-reino.
a) ( ) Carne de sol.
b) ( ) Melado.
c) ( ) Doces de frutas nativas.
d) ( ) Farinha de mandioca.
e) ( ) Sal e Açúcar.
17
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, o Tópico 2 desta unidade vem retratar os principais
produtos e ingredientes da cozinha brasileira, mostrando que a nossa terra é rica.
19
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FONTE: <http://blog.sc.senac.br/wp-content/uploads/2014/06/123.png>.
Acesso em: 25 jun. 2019.
20
TÓPICO 2 | PRODUTOS E INGREDIENTES DA COZINHA BRASILEIRA
E
IMPORTANT
Poucas comidas são tão brasileiras quanto a mandioca. Principal uso da raiz, sua
farinha era consumida pelos nativos antes do descobrimento. Rica em variedades, continua
presente nas melhores cozinhas do país.
FONTE: <https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Comida/Reportagens/Comida/
noticia/2013/05/rainha-das-farinhas.html>. Acesso em: 5 jul. 2019.
1- Farinha de beiju
2- Farinha-d’água
Também conhecida como de puba, é feita com a massa da mandioca fermentada
(ou pubada) e peneirada. Seca, crocante e ácida, é usada em bolos, bolinhos, cuscuz, pirão
e para acompanhar moquecas. No Norte, come-se de manhã com açaí.
3- Farinha gomada
Ideal para pirões, é fina, com boa quantidade de polvilho (amido da mandioca).
No Sul, tem granulação finíssima e é comida com o barreado (ensopado de carne típico
do Paraná) e usada nos pirões catarinenses.
21
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
4- Farinha seca
“O termo remete ao modo de fazer, é usado para farinhas que não amolecem na
água”, diz o sociólogo Carlos Alberto Dória. Tem diversas granulações. É a farinha comum,
de mesa, também conhecida como de raspa, usada para fazer farofa.
5- Farinha de copioba
Seca e fina, é feita na Serra de Copioba, Bahia. Branca ou amarela, é usada como
farinha de mesa.
FONTE: <https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Comida/Reportagens/Comida/
noticia/2013/05/rainha-das-farinhas.html>. Acesso em: 27 jun. 2019.
FIGURA 6 – TUCUPI
FONTE: <https://aprovinciadopara.com.br/wp-content/uploads/2018/10/1-1-904x600.png>.
Acesso em: 2 jul. 2019.
22
TÓPICO 2 | PRODUTOS E INGREDIENTES DA COZINHA BRASILEIRA
E
IMPORTANT
Jambu
FONTE: <http://www.slowfoodbrasil.com/arca-do-gosto/produtos-do-brasil/1123-jambu>.
Acesso em: 1 jul. 2019.
23
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FONTE: <https://www.mundoboaforma.com.br/wp-content/uploads/2017/05/jambu-620x330.jpg>.
Acesso em: 1 jul. 2019.
Ainda existem dois frutos que ganharam todo o Brasil e já são destaque pelo
mundo, e que têm a cara da região Norte, são o queridíssimo açaí e o famoso guaraná.
FONTE: <https://http2.mlstatic.com/guarana-com-acai-18-potes-D_NQ_NP_620182-
MLB27565702866_062018-O.jpg>. Acesso em: 1 jul. 2019.
24
TÓPICO 2 | PRODUTOS E INGREDIENTES DA COZINHA BRASILEIRA
FIGURA 9 – BODE
FONTE: <https://www.embrapa.br/image/journal/article?img_id=1500795&t=1395686215963>.
Acesso em: 2 jul. 2019.
A mandioca, assim como nas demais regiões do país, também está presente
em alguns dos pratos típicos do Centro-Oeste, no entanto, o milho também ganha
destaque nas preparações, como: pamonhas, sopa paraguaia, locro etc.
25
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FIGURA 10 – PINTADO
FONTE: <http://pesqueirojauru.com.br/wp-content/uploads/2015/08/pintado-1.jpg>.
Acesso em: 2 jul. 2019.
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/ae/f7/97/aef7977979587d43354216dec80a21d4.jpg>.
Acesso em: 2 jul. 2019.
26
TÓPICO 2 | PRODUTOS E INGREDIENTES DA COZINHA BRASILEIRA
A região Sul é dividida entre três estados (Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná), cada qual com suas tradições e tipicidades tanto no folclore
como na culinária.
27
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
E
IMPORTANT
Conhecer a cozinha brasileira é ir além dos pratos, é como realizar uma verdadeira
viagem que nos leva ao conhecimento profundo das culturas e raízes do Brasil. Isso
porque cada região tem suas características, uma mistura que reúne tradição, ingredientes
e alimentos introduzidos pelos povos indígenas e imigrantes. Com toda essa crescente
popularidade, aumenta a busca por restaurantes de cozinha brasileira que possam levar
essas experiências gastronômicas a todas as pessoas nos quatro cantos do país. Por isso,
para quem pretende empreender no segmento, apresentaremos, a seguir, alguns pratos
típicos de cada região, assim como seus ingredientes e características.
28
TÓPICO 2 | PRODUTOS E INGREDIENTES DA COZINHA BRASILEIRA
Com forte influência das colônias europeias ali instaladas, os pratos do Sul misturam
referências italianas, alemãs, portuguesas e espanholas. No Rio Grande do Sul o churrasco é o
prato principal, os demais estados contam ainda com massas, polentas, frangos, raízes e grãos.
29
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cada região do Brasil possui sua identidade gastronômica local, mas é certo que
o arroz e o feijão fazem parte do cotidiano do brasileiro de Norte a Sul do país.
• A região Norte utiliza muitas ervas frescas em suas preparações, como o jambu,
a chicória, o coentro, as folhas da mandioca brava (que dá origem à maniçoba),
a vinagreira, o mastruz, a alfavaca etc. Há muito consumo de peixe de água
doce e frutos da região.
30
• Na região Nordeste come-se: o feijão-verde, as favas, o jabá, a carne de sol,
o queijo coalho, a manteiga de garrafa, a rapadura, o melado, a farinha de
mandioca, a cachaça, o dendê, o coentro, o caju e a castanha-de-caju, o quiabo,
a pimenta-de-cheiro, o coco, o leite de coco, o inhame, a batata-doce, a galinha
d’Angola (capote), os frutos e os peixes do mar, o umbu, o jerimum, a macaxeira,
o maxixe, o feijão-de-corda etc.
• A região Sul é dividida em três estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná)
e cada um com suas tradições e tipicidades tanto no folclore como na culinária.
31
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://cdn.levty.com/camil/prd/arquivo_uniao/l25pdf/volta_mundo_120_receitas_
vol2.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019.
2 (ENADE, 2015)
A cozinha brasileira é bastante diversificada, o que faz com que
existam diversas cozinhas brasileiras espalhadas pelo território.
O feijão é uma categoria alimentar que afirma a unicidade da
dieta nacional, mas, em cada lugar, ele se materializa como um
produto botânico distinto, pois cada um come o tipo de feijão que
é particular do lugar onde vive.
32
d) ( ) O feijão-azuqui, variedade característica da região Sul do Brasil,
acompanha o arroz carreteiro, prato típico da região. Ainda, misturam-
se arroz, charque, tomate e temperos.
e) ( ) O feijão-fradinho, também chamado de feijão-de-corda, variedade
característica da região Centro-Oeste, é muito utilizado para o preparo
de saladas e de feijão-tropeiro, prato típico dessa região. São misturados,
ao feijão, farinha de mandioca, torresmo, linguiça, ovos e temperos.
33
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, este tópico traz para você mais conhecimento sobre a
cultura e as influências na cozinha da região Sul do país.
Passaremos pelos três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná,
será fácil observar a riqueza encontrada em cada um deles e a diversidade cultural
que resulta em um cardápio bastante variado.
35
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FONTE: <http://clubetilico.blogspot.com/2011/10/oktoberfest-maior-festa-da-cerveja-no.html>.
Acesso em: 2 jul. 2019.
NOTA
História da Oktoberfest
FONTE: <http://s2.glbimg.com/8HpVstJeeflJrpJs7GEQKxDITQg=/0x0:620x329/620x329/s.
glbimg.com/po/ek/f/original/2014/11/06/vaqueiro_no_sul.png>. Acesso em: 4 jul. 2019.
E
IMPORTANT
O que é o Pampa? O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde
ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a
2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies,
de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à
37
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Até hoje ainda existe a figura do peão gaúcho, nas extensas planícies
do Rio Grande do Sul. Enquanto pastoreia as boiadas a caminho das
minas e ouro, o gaúcho se aquece ao lado da brasa, onde pendura uma
manta de carne para assar e ferver água para preparar a infusão do
mate nativo. Assim, nasceram o churrasco, que se transformou em
comida nacional, e uma bebida famosa do local, o chimarrão (RECINE;
RADAELLI, 2008, p. 26).
FONTE: <https://radioaratiba.com.br/wp-content/uploads/2018/04/churrasco-e-chimarrao.jpg>.
Acesso em: 4 jul. 2019.
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
ARROZ CARRETEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Charque Dessalgado e 200g
cozido
Óleo 15ml
Arroz parboilizado 150g
38
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
NOTA
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
GALETO NA BRASA
INGREDIENTES QUANTIDADE
Galeto 4 unidades
Alho Purê 4 dentes
Sálvia 4 folhas
Óleo 100ml
Vinho Branco 250ml
Sal QB*
39
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Pimenta QB*
Modo de preparo
1- Abra os galetos pelas costas em 2 metades.
2- Tempere sobre a pele com sal, pimenta-do-reino, alho e sálvia. Regue óleo e
vinho. Deixe marinar na geladeira.
3- Coloque no espeto e asse na brasa, pincelando sempre com a marinada dos
temperos.
4- Inicie o cozimento em fogo brando pelo lado do osso. Finalize o cozimento
em fogo alto pelo lado da pele até que fique dourada e crocante.
*Quanto Baste
FONTE: Adaptado de Chaves e Freixa (2007)
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
TORTEI DE ABÓBORA
INGREDIENTES QUANTIDADE
PARA A MASSA
Farinha de trigo 280g
Semolina de trigo 120g
Ovos 4 unidades
Ovos para pincelar QB*
Água temperada com sal grosso
para o cozimento
PARA O RECHEIO
Cebola Brunoise 150g
Óleo 60ml
Azeite 50ml
Alho Purê 20g
Abóbora japonesa Assada 400g
Pão de forma branco Moído 50g
Salsinha Picada 5g
Parmesão Ralado 50g
Sal QB*
Pimenta QB*
Noz moscada QB*
40
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
Modo de preparo
MASSA
1- Misture bem as duas farinhas e faça um “vulcão” com elas. Bata os ovos apenas
para misturá-los e coloque no meio do “vulcão”. Incorpore delicadamente a
farinha e amasse bem para fazer uma massa homogênea e lisa.
2- Deixe de 10 a 15 minutos envolvida em papel filme. Abra a massa com rolo
ou máquina.
RECHEIO
1- Retire as sementes da abóbora envolva em papel alumínio e asse em forno
médio. Reserve.
2- Refogue a cebola no óleo e no azeite. Doure o alho. Junte a polpa da abóbora
até desgrudar do fundo da panela.
3- Aos poucos acrescente o pão moído até dar ponto firme e seco.
Tempere com sal, pimenta, noz moscada, salsa e parmesão.
FINALIZAÇÃO
1- Abra a massa em tiras de 12cm e espessura de 2mm.
2- Na parte interior coloque o recheio a cada 5cm.
3- Pincele ovos nas bordas sem recheio. Dobre a metade superior sobre a
inferior. Corte com aro na forma desejada.
4- Cozinhe al dente em água fervente temperada com sal grosso. Escorra bem e
sirva em travessa com molho de tomate e parmesão ralado.
*Quanto Baste
FONTE: Adaptado de Chaves e Freixa (2007)
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
PAPOS DE ANJO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Gema de ovo 5 unidades
Manteiga Untar QB*
Água 300ml
Açúcar 200g
Cravos 4 unidades
41
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Modo de preparo
1- Em uma batedeira, bata as gemas até que fiquem claras e espumosas.
2- Despeje em forminhas de empada, untadas com manteiga. Não encha muito,
pois elas crescem. Coloque até a metade da forma.
3- Asse em forno a 170°C por 20 minutos, ou até que elas cresçam bem. Não
devem dourar.
4- Prepare uma calda com o açúcar, cravo e a água.
5- Coloque os papos de anjo na calda fervente, em fogo baixo, deixando por 5
minutos. Desligue o fogo.
6- Sirva frio.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FONTE: <https://cdn.receitas360.com.br/wp-content/uploads/2015/11/papo-de-anjo-610x300.jpg>.
Acesso em: 2 jul. 2019.
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
AMBROSIA
INGREDIENTES QUANTIDADE
Leite Tipo C 200ml
Açúcar refinado 150g
Cravo QB*
Canela em pau QB*
Ovos 2
Gemas 1
42
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
Modo de preparo
1- Misture o açúcar com 0,3 de litro de água numa panela grossa e leve ao fogo.
2- Depois de ferver por 5 minutos, adicione a canela e alguns cravos-da-índia e
retire do fogo.
3- Coloque os ovos, o limão e a gema numa tigela. Bata com um garfo.
4- Acrescente o leite e bata um pouco, só para homogeneizar.
5- Passe essa mistura por uma peneira e despeje na panela com a calda.
6- Leve de volta ao fogo e ferve até o ponto desejado.
7- Observação: ao mexer a Ambrosia, tome cuidado para não desmanchar as
bolinhas que ser formam.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
NOTA
43
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
CALDEIRADA DE FRUTOS DO MAR – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Azeite de oliva 30ml
Cebola Rodelas 200g
Alho Purê 2 dentes
Badejo ou cação Postas 200g
Lula Anéis 100g
Mexilhões Sem casca 100g
Pimentão Rodelas 60g
Tomates Rodelas 350g
Sal QB*
Pimenta QB*
Caldo de peixe 200ml
Camarão rosa Limpo 150g
Salsinha Chiffonade 20g
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
PEIXADA CATARINENSE – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Robalo Postas 1kg
Limão Suco 2 unidades
Cebola Brunoise 150g
Dente de alho Purê 2 dentes
44
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
TAINHA NA TELHA – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Tainha com ova Inteira 1,5kg
Limão Suco 2 unidade
Farinha de rosca 300g
Cebola Emincé 50g
Azeite de oliva 100g
Sal QB*
Pimenta do reino QB*
Tempero verde Picado 50g
Telha côncava
45
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Folha de bananeira
Linha e agulha
Modo de preparo
1- Temperar a tainha com limão e sal e reservar;
2- Para o recheio, refogar a cebola, a ova desmanchada e o azeite de oliva.
Incorporar a farinha de rosca até ficar uma massa homogênea e temperar
com sal, pimenta e tempero verde.
3- Rechear a tainha e costurar.
4- Envolver em uma folha de bananeira, colocar sobre a telha e tampar com
outra telha;
5- Assar a 200°C por aproximadamente 35 minutos.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSqtN4bfjZRjN97N-
vZOvm4QXos7tSTrCJli92kxtG3j-GP83clYA>. Acesso em: 2 jul. 2019.
46
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
FIGURA 17 – STOLEN
FONTE: <http://blog.mapadosabor.com/wp-content/uploads/2012/11/Stolen-Mapa-do-Sabor-
Goi%C3%A2nia.jpg>. Acesso em: 2 jul. 2019.
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
BATATA RECHEADA (Gefüllte Kartoffeln) – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Batata Grande Inteira 2 unidades
Bacon Brunoise 150g
Linguiça Blumenau Picada 100g
Requeijão cremoso 300g
Cebola roxa Brunoise 1 unidade
Salsa 50g
Queijo muçarela Ralado QB*
Modo de preparo
1- Lavar bem as batatas e levar ao forno para assar envolta em papel alumínio.
2- Quando estiver ao dente retirar.
3- Em uma panela, fritar bem o bacon em cubos e à parte refogar a linguiça com
a cebola brunoise.
4- Cortar a batata ao meio, colocar requeijão, linguiça, o bacon e o queijo para
gratinar.
5- Finalizar com salsa.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
47
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
BISTECA AO MOLHO DE PÁPRICA (Schnitzel) – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Bisteca suína (fina) 400g
Limão Suco ½ unidade
Sal QB*
Manteiga 30g
MOLHO
Cebola Brounoise 30g
Salsinha Picada 20g
Manteiga clarificada 20g
Óleo de soja 10ml
Páprica defumada QB*
Páprica picante QB*
Creme de leite fresco 150ml
Modo de preparo
1- Temperar as bistecas com limão e sal.
2- Em uma frigideira selar as bistecas em manteiga clarificada, reservar.
3- Na mesma frigideira, refogar a cebola cortada em brunoise na manteiga,
juntar as pápricas, acrescentar o creme de leite fresco e misturar bem, deixar
encorpar um pouco.
4- Voltar às bistecas ao molho e deixar cozinhar por alguns minutos. Corrigir os
temperos e salpicar salsinha.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
CHUCRUTE (SauerKraut) – SC
Referência:
Época: Tempo de Preparo:
Rendimento da Receita: 4
porções Rendimento da Porção:
INGREDIENTES QUANTIDADE
Repolho Chiffonade ½ unidade
48
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
Sal QB*
Açúcar QB*
Vinagre branco QB*
Cebola Brunoise 30g
Sementes de zimbro 2 unidades
Vidros de conserva 1 unidade
Modo de Preparo
1- Corte o repolho e a cebola Chiffonade e tempere-os com sal, açúcar e vinagre.
Use o zimbro com parcimônia. Deixe marinando por, no mínimo, 3 horas em
local refrigerado, prensado com um peso.
2- Esterilize os vidros na água fervente e deixe secar, borrife álcool.
3- Coloque camadas em pequenas porções de repolho no vidro com um soquete
de pilão prensando vigorosamente até preencher o recipiente.
4- Quanto mais curtido, melhor.
5- Escorrer e usar refogado com bacon, acompanhando salsichas, carnes ou
batatas.
6- Se for usado 2 dias depois, por exemplo, lavar antes para retirar o excesso da
acidez.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
MARRECO RECHEADO (Geffüllte Ente) – SC
Referência:
Época: Tempo de Preparo:
Rendimento da Receita: 4
porções Rendimento da Porção:
INGREDIENTES QUANTIDADE
Marreco com miúdos 1 unidade
Miúdos de galinha (moela Picado bem
e coração) miúdo 200g
Patinho bovino Moído 250g
Limão Suco 1unidade
Pão francês 1 unidade
Cebola Brunoise 1 unidade
Pimentão vermelho Brunoise 40g
Salsinha Picada 20g
49
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
PURÊ DE MAÇÃ (Acompanhamento para o Marreco Recheado) – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Maçã Fuji Sem casca em cubos 4 unidades
Água 100ml
Açúcar 30g
50
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
REPOLHO (Rotkohl – Acompanhamento para o Marreco Recheado) – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Repolho roxo médio Chiffonade 1 unidade
Açúcar 20g
Sal QB*
Vinho Tinto seco 100ml
Vinho do porto 50ml
Cravo da índia 6 unidades
Vinagre 10 ml
Manteiga 20g
Folha de Louro 1 unidade
Canela pau 1 pedaço
Modo de preparo
1- Cortar o repolho chiffonade e acrescentar o restante dos ingredientes.
2- Em uma panela, leve para cozinhar por aproximadamente 40 minutos em
fogo baixo até restar pouco de líquido.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
51
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
SPÄTZLE (TIPO MACARRÃO CASEIRO) – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Farinha de trigo 250g
Ovos caipira 2 unidades
Água 120ml
Noz moscada QB*
Sal QB*
PARA SALTEAR:
Manteiga 30g
Modo de Preparo
1- Misturar e bater os ovos com sal e noz moscada.
2- Incorporar delicadamente com a farinha de trigo e a água aos poucos.
3- A massa deve ficar cremosa, mas não muito firme.
4- Cozinhar pingando a massa em água fervente e depois saltear na manteiga quente.
5- Observação: o cozimento é parecido com o cozimento de nhoque.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
JOELHO DE PORCO (Eisbein) – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Joelho de porco 1 unidade
Louro 2 unidades
Pimenta do reino em grão 4 unidades
Salsa Picada 60g
Cebolinha Picada 40g
Alho-poró Picado 1 unidade
Cortada em
Cebola 4 pedaços 2 unidades
Cortados ao
Dente de alho meio 4 unidades
Zimbro QB*
Sementes de mostarda QB*
52
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
Modo de Preparo
1- Cortar as cebolas em 4 pedaços cada, os dentes de alho ao meio, a cebolinha
e salsa chiffonade, colocar o joelho de porco juntamente com o restante dos
ingredientes em uma panela e cobrir com 10cm de água.
2- Quando começar a ferver, baixar o fogo e tampar a panela, deixando cozinhar,
cerca de uma hora e meia, até que a carne fique macia (se necessário, colocar
mais água).
3- Retire do caldo e deixe escorrer até o momento de finalizar.
4- Para finalizar, assar ou fritar sob imersão.
5- Observação: sirva com chucrute e spätzle.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
APFELSTRUDEL – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
MASSA:
Farinha de trigo 250g
Sal 10g
Manteiga sem sal derretida 30g
Ovo 1 unidade
Água morna 700ml
RECHEIO:
Maças Em fatias 1kg
Açúcar 120g
Nozes picadas Picadas 100g
Uvas passas brancas 50g
Canela em pó QB*
53
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Modo de Preparo
MASSA
1- Peneire a farinha sobre uma tigela, adicione o sal faça um buraco entre a farinha
e em seguida, acrescente a manteiga derretida, o ovo e vá incorporando a
água morna aos poucos até ficar macia e lisa.
2- Envolva com filme plástico e deixe descansar durante 1 a 2 horas.
3- Transfira a massa para mesa, abra-a com o rolo e continue com as mãos,
puxando do centro para fora. Cuidado para não rasgar a massa, que deverá
ficar bem fina.
RECHEIO
1- Descasque as maçãs corte ao meio em fatias bem finas misture o açúcar, a
canela, o suco de limão, as uvas passas e as nozes picadas.
MONTAGEM
1- Espalhe o recheio sobre a massa e comece a enrolar como rocambole. Dobre
as extremidades para dentro. Coloque o strudel sobre uma forma untada
com manteiga para que a massa não grude durante o cozimento.
2- Leve ao forno aproximadamente 50 minutos a 180ºC até que adquira uma cor
dourada intensa.
3- Pode ser servido morno ou frio acompanhado de creme de leite fresco batido.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
TORTA DE QUEIJO – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
MASSA:
Farinha de trigo 125g
Manteiga 70g
Ovo 1 unidade
Canela em pó 5g
Açúcar refinado 70g
Fermento químico 3g
RECHEIO:
Gemas 1 unidade
Queijo branco colonial 250g
fresco
Raspas de limão ½ unidade
Açúcar refinado 150g
54
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
FINALIZAÇÃO:
Leite condensado 100g
Raspas de Limão Suco e raspas 1 unidade
Modo de preparo
MASSA
1- Bata na batedeira o açúcar, ovo e a manteiga.
2- Peneire a farinha e o fermento e misture delicadamente à mistura anterior.
3- Com a massa forre uma forma de fundo falso 28 cm de diâmetro. Reserve.
RECHEIO
1- Bata no liquidificador os ingredientes do recheio, exceto as claras.
2- Bata as claras em neve e envolva no recheio.
3- Disponha o recheio sobre a massa crua.
4- Asse por aproximadamente 50 minutos à 160°C.
FINALIZAÇÃO
1- Retire as raspas do limão. Reserve.
2- Misture o leite condensado e o suco de limão com o auxílio de um fuet.
3- Espalhe o leite condensado sobre a torta e espalhe as raspas reservadas por
cima da torta para finalizar.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
CUCA DE BANANA COM FAROFA – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
MASSA:
Farinha 300g
Açúcar 50g
Ovo 1 unidades
Manteiga 50g
Fermento biológico fresco 35g
Limão Raspas 1 unidades
55
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Leite 50ml
Água QB*
Baunilha QB*
Canela QB*
Sal QB*
RECHEIO:
Banana Em rodelas 4 unidades
Açúcar QB*
Canela QB*
FAROFA:
Farinha 300g
Açúcar 160g
Manteiga 160g
Sal QB*
Modo de preparo
MASSA
1- Misture todos os ingredientes da massa, exceto a água.
2- Misture sovando como pão e vá acrescentando água até que forme uma
massa lisa e com textura mole.
3- Espalhe a massa em uma forma retangular untada com óleo, a massa deve
ficar com 1,5 cm de espessura.
4- Deixe descansar até dobrar de volume.
RECHEIO
1- Corte as bananas e espalhe por cima da massa já crescida, salpique açúcar e
canela.
2- Por cima das bananas, espalhe a farofa.
3- Leve para assar em forno pré-aquecido, a 180°C, por aproximadamente 35
minutos, ou até que esteja dourada.
PARA A FAROFA
1- Prepare a farofa misturando todos os ingredientes com as pontas dos dedos,
até obter uma textura de farofa grossa. Reserve.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FONTE: <https://cantinhomineiro.com/wp-content/uploads/2017/08/receita-entrevero-de-
pinhao-439x400.jpg>. Acesso em: 2 Jul. 2019.
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
ENTREVERO – SC
INGREDIENTES QUANTIDADE
Cozido e
Pinhão 150g
descascado
Óleo 15ml
Pimentão verde Cubo médio 50g
Pimentão vermelho Cubo médio 50g
Cebola Cubo médio 100g
Linguiça calabresa Rodela média 100g
Entrecot Cubos 100g
médios
Bacon Cubos 60g
médios
Sal QB*
Pimenta QB*
Salsinha Chiffonade 10g
Cebolinha Chiffonade 10g
57
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Modo de preparo
1- Colocar óleo em uma panela e dourar bem o bacon.
2- Acrescentar o entrecot e deixar fritar também.
3- Em seguida coloque a calabresa e deixe fritar mais um pouco.
4- Juntar a cebola e os pimentões e deixar refogar.
5- Adicionar o pinhão e corrigir o sal e a pimenta.
6- Finalizar com a salsinha e cebolinha.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
2.3 PARANÁ
Embora os pratos da cozinha paranaense sejam uma interação entre a cultura
portuguesa e a indígena, esta possui uma forte influência da imigração europeia no
estado, somada à presença dos tropeiros, que circulavam pelo estado.
• Barreado.
• Carneiro no Buraco.
• Quirera Lapiana.
• Pierogi.
• Frango com Polenta.
• Croquete de Pinhão.
• Porco no Rolete.
• Boi no Rolete.
• Pudim de Pinhão.
58
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
BARREADO - PR
INGREDIENTES QUANTIDADE
Cubos
Coxão mole 2 kg
médios
Cubos
Bacon 300g
pequenos
Cebola Brunoise 350g
Alho Purê 5 unidades
Cominho em pó QB*
Louro Folha 2 unidades
Sal QB*
Pimenta QB*
Vinagre de vinho tinto 80ml
Óleo 30ml
Água Fervente 2 litros
Salsinha Chiffonade 30g
Cebolinha Chiffonade 30g
Farinha de mandioca QB*
Banana 8 unidades
Modo de preparo
1- Em um bowl, juntar a carne, o bacon, as cebolas, os dentes de alho, o cominho,
o vinagre, o sal e a pimenta do reino.
2- Misturar tudo muito bem e deixar descansando por uma hora.
3- Adicionar o óleo em uma panela de barro, untando-a por dentro e levar ao
fogo brando.
4- Quando o óleo estiver bem quente, acrescentar a carne temperada e mexer
bem durante cinco minutos.
5- Acrescentar a água fervente.
6- Tampar a panela e barrear a tampa com pirão de farinha de mandioca.
7- Deixar cozinhando por cinco horas.
8- Abrir a panela e verificar o nível da água (2cm acima da carne) e o sal. Se
necessário, completar com mais água.
9- Acrescentar as folhas de louro.
10- Tampar e barrear novamente a panela e deixar cozinhando por mais quatro
horas.
11- Após esse tempo, abrir a panela com cuidado e servir com farinha de
mandioca branca e banana.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
59
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
QUIRERA LAPIANA – PR
INGREDIENTES QUANTIDADE
Bacon Brunoise 50g
Costelinha suína fresca Com osso 200g
Calabresa Em rodela 80g
Óleo 15ml
Caldo de carne ou água QB*
Alho Purê 2 dentes
Cebola Brunoise 150g
Tomate Brunoise 150g
Quirera 180g
Manjerona Chiffonade QB*
Salsinha Chiffonade QB*
Cebolinha Chiffonade QB*
Sal e Pimenta QB*
60
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
Modo de preparo
1- Frite o bacon no azeite. Doure a costelinha fresca nessa gordura.
2- Adicione o alho.
3- Cozinhe pingando a água, ou o caldo, até cozinhar e dourar a costelinha.
4- Adicione a calabresa e refogue por mais um tempo.
5- Em seguida, acrescente a cebola até que comece a dourar.
6- Junte o tomate, a manjerona e tempere com um pouco de sal e pimenta.
7- Lave a quirera e coloque no refogado.
8- Acrescente água ou caldo de carne até cobrir a quirera.
9- Deixe cozinhar, mexendo e colocando mais líquido se necessário.
10- Após cozido, acerte o sal e pimenta.
11- Adicione a salsinha e a cebolinha, e sirva.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
ATENCAO
“A quirera veio com os tropeiros que iam em mulas do Sul para São Paulo. É um
milho quebrado, uma polenta com granulação um pouco mais grossa”. O termo “lapiano”
vem da cidade de Lapa, que servia de pouso para os tropeiros.
FONTE: <https://www.farturabrasil.com.br/blog-receitas/quirera-lapiana-com-cracovia-pa-
rana/>. Acesso em 2 jul. 2019.
FICHA TÉCNICA
Nome da receita:
PUDIM DE PINHÃO – PR (TAMBÉM ENCONTRADO EM SC)
INGREDIENTES QUANTIDADE
PARA O PINHÃO:
Ovos Batidos 3 unidades
Gemas 2 unidades
61
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
Leite 400ml
Açúcar 100g
Cozido e em
Pinhão 300g
purê
PARA A CALDA DE
CARAMELO:
Açúcar 400g
Leite 500ml
Creme de leite fresco 500ml
PARA A CALDA DO
PINHÃO:
Pinhão Cozido e 150g
laminado
Calda de caramelo 300ml
Modo de preparo
PARA O PINHÃO
1- Bata ligeiramente os ovos e as gemas, misture ao leite, em seguida o açúcar
e por fim o purê de pinhão. Misture bem com o fouet, formando um creme,
cuidar para não espumar demais.
2- Pincele a calda de caramelo na forma e despeje o creme. Asse em banho-
maria no forno médio (cerca de 40 minutos). Deixe esfriar.
3- Retire da forma e sirva com a calda de pinhão.
PARA A CALDA DE CARAMELO
1- Derreta o açúcar, junte o leite e deixe ferver.
2- Por último acrescente o creme de leite e peneire. Deixe ficar bem frio.
PARA A CALDA DE PINHÃO
1- Afervente o pinhão cozido e laminado na calda de caramelo, adicione um fio
de água se necessário.
FONTE: Adaptado de Chaves e Freixa (2007)
62
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
LEITURA COMPLEMENTAR
Joana Coccarelli
A culinária dos estados que formam a Região Sul do país possui forte
influência dos povos que ali se estabeleceram, notadamente de alemães, italianos,
poloneses, ucranianos e holandeses. No entanto, alguns itens típicos do cardápio
do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também possuem origens
indígenas, como é o caso do chimarrão, feito de erva-mate.
63
UNIDADE 1 | IDENTIDADE DA COZINHA BRASILEIRA, PRODUTOS, INGREDIENTES E A COZINHA DA REGIÃO SUL
64
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO SUL
Lages também recebeu influência dos Tropeiros. Além das cozinhas alemães,
italianas e de suas vinícolas, muitos lugares servem arroz de carreteiro, feijão tropeiro,
chimarrão e muito churrasco. O pinhão também é um ingrediente forte.
65
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A região Sul é formada por três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina
e Paraná.
• A região também recebeu influências dos países que fazem fronteira com
os estados, como Uruguai, Argentina e Paraguaia, o churrasco é uma das
principais preparações derivadas da aproximação com esses países.
• Uva e maçã também são frutos bastante cultivados na região, e são utilizados
na produção de doces, cucas, sucos e vinhos.
• Na região Sul também tem uma farta produção de vinhos e cervejas artesanais.
66
AUTOATIVIDADE
67
68
UNIDADE 2
COZINHA DO SUDESTE
E NORDESTE BRASILEIRO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
69
70
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste Tópico 1, da Unidade 2, da disciplina de Cozinha
Brasileira, iremos abordar a Região Sudeste do Brasil. Mostraremos seus
principais ingredientes, sua cultura e a identidade gastronômica da região.
Ainda, disponibilizaremos algumas preparações da Região Sudeste, difundidas
em cada um dos estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas
Gerais. Assim, será possível identificar produtos típicos, sabores e a cultura
alimentar da região aqui estudada.
71
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
FONTE: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/imagens/f6058.jpg>.
Acesso em: 2 ago. 2019.
E
IMPORTANT
FONTE: <http://s3.amazonaws.com/qualimovelwordpress/noticias/wp-content/
uploads/2017/05/09022129/Comida-di-Buteco.jpg>. Acesso em: 2 ago. 2019.
72
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
O boteco teria sua origem no Rio de Janeiro e em São Paulo, no início do século
XX, no florescer da industrialização, sendo uma opção que oferecia alimentação barata aos
operários, já sem tempo de refeição em casa. Mais tarde, passou a ser um lugar descontraído,
muito frequentado pelas pessoas no final da tarde, depois do trabalho, com o propósito de
bebericar, jogar conversa fora e petiscar (coxinha de frango, bolinho de bacalhau ou de carne
e pasteizinhos). Em Belo Horizonte existe até o “Festival de Comida di Buteco”, realizado
entre abril e maio e que envolve grande parte dos habitantes da cidade, que participa da
votação do melhor tira-gosto.
FONTE: CHAVES, G.; FREIXA, D. Larousse da cozinha brasileira: raízes culturais da nossa
terra. São Paulo: Larousse do Brasil, 2007, p.108.
• Sanduíche de Mortadela.
• Farofa de Banana.
• Cuscuz à paulista.
• Virado à Paulista.
• Bauru (sanduíche de rosbife, queijo, tomate e picles — o sanduíche possui
variações de ingredientes em diferentes localidades do Brasil, porém, essa é a
receita original).
• Pasteis de feira.
• Pizzas e massas.
• Camarão à paulista.
• Picadinho de carne.
73
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
FONTE: <http://entrepratosecopos.xpg.com.br/storage/receitas/imagem1_6648.jpg>.
Acesso em: 2 ago. 2019.
FONTE: <https://www.baressp.com.br/eventos/fotos/SanduicheMortadela_12112013101613.JPG>.
Acesso em: 2 ago. 2019.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Azeite de oliva 15ml
Cebola Brunoise 80g
Alho Purê 1 dente
Tomate Concassé 100g
Pimentão verde Brunoise 50g
Camarão médio limpo 100g
Molho de tomate 80g
Sardinha em óleo ½ lata
Palmito Brunoise 60g
74
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
DECORAÇÃO:
Azeite de oliva Untar a forma QB*
Camarões médios 5 unidades
Azeitonas verdes QB*
Ovo cozido 1 unidade
Palmito Em rodelas 2 unidades
Procedimento:
1- Numa panela, aqueça o azeite e refogue a cebola, o alho e o colorau. Acrescente
o tomate e deixe refogar.
2- Junte os pimentões, o camarão e o molho de tomate. Deixe refogar por mais
alguns minutos.
3- Acrescente a sardinha em lata sem espinhas e desfeita em pedaços, o palmito,
a ervilha, a azeitona, o louro e água quente.
4- Tempere com sal e pimenta‑do-reino.
5- Deixe cozinhar por uns minutos. Junte a salsa e a cebolinha. Ferva novamente.
6- Sobre a panela, vá jogando com as mãos uma mistura de farinha de milho e
farinha de mandioca (desfaça bem os flocos da farinha de milho), de maneira
que se consiga produzir um creme espesso que solte da panela.
Decoração:
Unte uma fôrma com azeite e decore-a com os camarões médios salteados no
azeite, as azeitonas, o palmito e o ovo em rodelas, ou como queira. Despeje o
cuscuz na fôrma preparada, tomando o cuidado de distribuir bem a massa.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
75
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
FONTE: <https://panelinha-sitenovo.s3-sa-east-1.amazonaws.com/receita/953607600000-
Cuscuz-paulista.jpg>. Acesso em: 2 ago. 2019.
E
IMPORTANT
Virado à paulista
76
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Ingredientes – Bisteca
1- Em uma tigela, misture 1 colher (sopa) de azeite, o suco de limão, o sal e metade das
raspas de limão, as bistecas e deixe marinando por 30 minutos, na geladeira.
2- Em uma frigideira grande, coloque o azeite restante e leve ao fogo alto para aquecer.
Aos poucos, coloque as bistecas e frite por 2 minutos (cada lado) ou até dourarem.
3- Retire do fogo, salpique as raspas de limão restantes e sirva com o virado e couve
refogada.
• 1 fio de óleo
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 1/4 cebola picada
• 1/2 colher (sopa) de alho picado
• 2 xícaras (chá) de farinha de mandioca crua
1- Em uma frigideira, aqueça 1 fio de óleo com 1 colher (sopa) de manteiga. Depois, doure
¼ de cebola picada com ½ colher (sopa) de alho picado e salpique rapidamente. Então,
2 xícaras (chá) de farinha de mandioca. Mexa e desligue o fogo.
• 1 maço de couve
• 1 dente de alho picado
• 2 colheres (sopa) de azeite
• Sal a gosto
1- Retire os talos das folhas e empilhe uma folha sobre a outra. Enrole as folhas, apertando
bem, como se estivesse fazendo um charuto. Coloque o charuto de couve sobre uma
tábua e corte, com uma faca afiada, em fatias bem fininhas.
2- Em uma frigideira grande (de preferência antiaderente), aqueça o azeite e refogue, por
2 minutos, a cebola e o alho - em fogo baixo.
3- Em seguida, coloque toda a couve picada na frigideira e refogue por 2 minutos, sem
parar de mexer, ou até que a couve comece a murchar. Tempere com sal e misture
bem. Retire a couve da frigideira e sirva a seguir.
77
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
E
IMPORTANT
FONTE: <https://lojasaraiva.vteximg.com.br/arquivos/ids/328664-287-426/1002202511.
jpg?v=636965909699670000>. Acesso em: 5 set. 2019.
Para conhecer melhor sobre as PANC, faça a leitura do livro Plantas Alimentícias
Não Convencionais (PANC) no Brasil, de Harri Lorenzi e Valdely Kinupp.
78
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Peixes de rio, queijos de variados tipos, fubá de milho e feijão são produtos
muito utilizados.
O pão de queijo é destaque na cozinha mineira. Ele está presente nas fartas
mesas de quitandas, que são servidas com café, normalmente durante a tarde.
É difícil um visitante sair da casa mineira sem antes ter tomado pelo
menos um cafezinho da roça. Ainda, é muitas vezes passado no coador
de pano. Dessas paragens também são bem típicos o pão de queijo e a
canjiquinha com costelinha de porco. No cardápio mineiro não pode
faltar o frango com quiabo, a galinha acompanhada de ora-pro-nóbis,
o leitão assado à pururuca e a vaca atolada (um cozido com mandioca
e costela de carne bovina). O tutu de feijão com couve e torresmo se
aproxima do virado à paulista, também herança dos tropeiros. O angu
de fubá é acompanhamento usual. Entre os muitos doces estão também
o doce de leite, a ambrosia e o doce de limãozinho taiti, verdadeira
iguaria mineira (CHAVES; FREIXA, p.106)
FONTE: <https://www.cuecasnacozinha.com.br/wp-content/uploads/2014/03/frango-com-
quiabo_foto-Luna-Garcia.jpg>. Acesso em: 2 ago. 2019.
79
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
• Feijão tropeiro.
• Frango com quiabo.
• Jiló com fígado (tradicional no mercado municipal de BH).
• Farofa de jiló.
• Frango ao molho pardo.
• Angu (semelhante à polenta, porém, sem tempero).
• Leitão à pururuca.
• Vaca atolada.
• Canjiquinha com costelinha de porco.
• Tutu de feijão.
• Galinhada.
• Bambá de couve.
• Pão de queijo.
• Cigarrete.
• Compotas de frutas.
• Doce de leite.
• Amor em pedaços.
• Ambrosia.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Frango Em pedaços 500g
Alho Purê 10g
Limão Suco 10ml
Colorau QB*
Açúcar 10g
Óleo ou gordura de porco 20ml
Cebola Brunoise 300g
Tomate Brunoise 400g
Sal QB*
Pimenta QB*
Caldo de frango 500ml
Quiabo Pedaços de 2 a 350g
3cm
80
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Procedimento:
1- Tempere o frango com o purê de alho, sal, colorau e o limão. Reserve.
2- Em uma panela, aqueça o óleo juntamente com o açúcar, até que o açúcar
fique bem caramelizado.
3- Em seguida, acrescente o frango temperado na panela com óleo e açúcar
caramelizado e refogue o frango até que seque todo o líquido e comece
a dourar.
4- Quando o frango estiver dourado, acrescente a cebola e deixe dourar.
5- Na sequência, acrescente o tomate e continue refogando.
6- Aos poucos, vá acrescentando o caldo de frango.
7- Deixe cozinhar até encorpar o caldo.
8- Enquanto o frango cozinha, pegue uma frigideira antiaderente e leve ao fogo
até aquecer. Quando estiver bem quente, saltear o quiabo até que desapareça
toda a viscosidade do quiabo. (Não colocar nada junto com o quiabo, nem sal
e nem óleo). Reserve.
9- Assim que o caldo do frango encorpar, acrescente o quiabo que foi salteado
na frigideira. Se julgar necessário, acrescentar mais um pouco de caldo de
frango.
10- Deixe ferver por uns 5 minutos.
11- Finalize com sal e pimenta.
12- Sirva com angu.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Frango Em pedaços 500g
Alho Purê 10g
Limão 10ml
Colorau QB*
Açúcar 10g
Óleo ou gordura de porco 20ml
Cebola Brunoise 300g
Tomate Brunoise 400g
Sal QB*
Pimenta QB*
Caldo de frango 500ml
Ora-pro-nóbis Chiffonade 200g
81
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
Procedimento:
1- Tempere o frango com o purê de alho, sal, colorau e o limão. Reserve.
2- Em uma panela, aqueça o óleo juntamente com o açúcar, até que o açúcar
fique bem caramelizado.
3- Em seguida, acrescente o frango temperado na panela com óleo e açúcar
caramelizado e refogue o frango até que seque todo o líquido e comece
a dourar.
4- Quando o frango estiver dourado, acrescente a cebola e deixe dourar.
5- Na sequência, acrescente o tomate e continue refogando.
6- Aos poucos, vá acrescentando o caldo de frango.
7- Deixe cozinhar até encorpar o caldo.
8- Assim que o caldo de frango encorpar, acrescente o ora-pro-nóbis e deixe
ferver por mais ou menos 3 minutos.
9- Finalize com sal e pimenta.
10- Sirva com angu.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Fubá fino Torrado 200g
Jiló Cortado em 4 8 unidades
Alho Purê 20 gramas
Gordura de porco ou óleo 10g
Cebola Brunoise 150 gramas
Salsinha Chiffonade 10 gramas
Cebolinha Julienne 15 gramas
Ovos 3 unidades
Cebola Emincè 150 gramas
Colorau QB*
Sal QB*
Pimenta QB*
82
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Procedimento:
1- Em uma frigideira, leve o fubá ao fogo e vá mexendo até que fique torrado.
Reserve.
2- Descasque os jilós e corte em 4 pedaços.
3- Em uma panela, aqueça a gordura, junte a cebola e o alho e refogue até
começar a dourar, em seguida, junte o jiló e deixe cozinhar.
4- Tempere o jiló com sal e pimenta e finalize com salsinha e cebolinha após
cozido. Reserve.
5- À parte, em uma frigideira, aqueça um pouco de óleo ou gordura e faça um
mexido com os ovos. Assim que os ovos estiverem cozidos, acrescente a cebola
cortada em emincè, o colorau e refogue. Assim, tempere com sal e pimenta.
6- Junte os ovos ao fubá torrado e mexa até que tudo fique bem solto.
7- Finalize a farofa acrescentando o jiló à mistura.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Higienizado
Coração/Umbigo de banana e cortado em 5 unidades
Chiffonade
Limão Suco 6 unidades
Gordura de porco 20 gramas
Linguiça de pernil suíno Cubos 300 gramas
Alho Purê 20g
Cebola Julienne 350 gramas
Colorau QB*
Tomate Cubos 300 gramas
Caldo de carne Se necessário 200ml
Salsinha Chiffonade 15 gramas
Cebolinha Chiffonade 20 gramas
Sal QB*
Pimenta QB*
83
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
Procedimento:
1- Higienize os corações/umbigos de banana, retirando as folhas mais firmes e
deixando apenas as mais claras e macias.
2- Prepare um bowl com 2 litros de água e suco de 3 limões.
3- Corte em chiffonade os corações/umbigos de banana e coloque diretamente
na solução de água e limão. Reserve na solução por uns 10 minutos.
4- Prepare, em uma panela, mais 3 litros de água com o suco de 2 a 3 limões e
leve para aquecer.
5- Retire o coração de banana da primeira solução de água e limão e passe por
água corrente.
6- De imediato, leve para cozinhar na panela que já está aquecendo com água
e limão.
7- Cozinhe até haja maciez. É bom mexer de tempo em tempo para que o
coração de banana fique por cima. Escorra e reserve.
8- Leve ao fogo uma outra panela com a gordura de porco e a linguiça. Deixe
a linguiça fritar até dourar.
9- Acrescente o colorau e a cebola e deixe refogar até que a cebola caramelize.
10- Coloque o alho, refogue mais um pouco e, em seguida, junte o tomate.
11- Quando achar necessário, acrescente aos poucos o caldo de carne.
12- Refogar tudo até que forme um molho denso.
13- Em seguida, sobrepor o coração de banana e cozinhar por mais alguns
minutos.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Taioba Rasgada 10 folhas
Gordura de porco 15 gramas
Alho Purê 15 gramas
Sal QB*
Pimenta QB*
Procedimento:
1- Higienize as folhas de taioba e rasgue com as mãos como demonstração em aula.
2- Em uma panela, aqueça a gordura de porco e, em seguida, acrescente o alho
e deixe dourar.
3- Coloque a taioba na panela e refogue até que murche e fique bem macia.
4- Sirva com angu.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
84
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
INGREDIENTES QUANTIDADE
Polvilho azedo 200g
Água 30ml
Leite 30ml
Óleo de soja ou gordura de porco 20ml
Sal QB*
Ovo Pequeno 1 unidade
Metade
ralado,
Queijo padrão 200g
metade em
Brunoise.
Procedimento:
1- Coloque o polvilho em uma vasilha grande, resistente ao calor.
2- Em uma panela, aqueça a água, leite e óleo. Quando iniciar fervura, junte o
sal e retire do fogo.
3- Despeje a mistura sobre o polvilho e mexa ligeiramente com uma colher.
Deixe esfriar um pouco e, assim que conseguir, sove a massa com as mãos.
Acrescente o ovo e continue misturando.
4- Por último, junte o queijo e misture bem.
5- Pré-aqueça o forno.
6- Unte as mãos com óleo, pegue pequenos pedaços da massa e enrole.
7- Asse em forma untada a 180 °C até que cresça e comece a dourar.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Costela de boi magra Em pedaços 300g
Mandioca Cubos de 5 cm 200g
Cebola Brunoise 100g
Pimentão verde Brunoise 30g
Tomate Brunoise 80g
Alho Purê 2 dentes
Óleo 10ml
Salsinha Chiffonade 15g
Cebolinha Chiffonade 15g
Sal QB*
Pimenta malagueta QB*
85
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Feijão carioquinha - cozido e sem
Al dente 200g
caldo
Cubos
Bacon 80g
pequenos
Óleo 10ml
Linguiça suína fresca Rodelas 100g
Linguiça calabresa Rodelas 80g
Alho Purê 2 dentes
Cebola Brunoise 80g
Ovos Unidade 2
Couve refogada em alho Chiffonade 4 folhas
Farinha de mandioca QB
Sal QB
Pimenta QB
TORRESMO:
Toucinho de barriga Cubos médios 400g
Óleo 100ml
Sal QB
86
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Procedimento:
1- Em uma panela, frite o bacon no óleo e, em seguida, acrescente a linguiça
fresca, deixando dourar.
2- Logo após, adicione a calabresa, a cebola e o alho e refogue por mais um
tempo.
3- Leve os ingredientes para as laterais da panela e quebre no meio os ovos, mexa
como ovo mexido e depois envolva com os demais ingredientes da panela.
4- Junte os grãos de feijão e mexa.
5- Desligue o fogo e acrescente a couve refogada, o sal e a pimenta.
6- Aos poucos, vá acrescentando a farinha, até formar uma “farofa” úmida (não
pode ficar muito seca).
7- Acerte o sal e a pimenta.
8- Sirva com o torresmo por cima.
Torresmo:
1- Tempere o toucinho com o sal e deixe descansar por uns 15 minutos.
2- Coloque o óleo numa panela e, quando estiver quente, coloque os cubos do
torresmo.
3- Tampe a panela e deixe fritar.
4- Mexa de vez em quando (com muito cuidado) para não grudar um torresmo
no outro.
5- Eles vão soltar mais gordura ainda e quando estiverem opacos, com aparência
de fritos, desligue o fogo, retire daquela gordura e coloque-os na geladeira
para esfriar.
6- Reserve a gordura.
7- Quando os torresmos estiverem frios, aqueça bem a gordura e coloque os
torresmos de volta.
8- Vá mexendo até eles pururucarem.
9- Após retirar os torresmos pururucados, coloque-os em um recipiente com
papel-toalha.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
MASSA:
Manteiga 150g
Açúcar 100g
Ovo 1 unidade
Fermento químico 10g
Farinha de trigo 300g (aproximadamente)
RECHEIO:
87
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
Em cubos
Abacaxi 1 unidade
pequenos
Coco ralado fresco 250g
Açúcar 250g
Manteiga 20g
Ovo 1 unidade
Gemas 4 unidades
*Quanto Baste
FONTE: A autora
QUADRO 11 – CIGARRETE – MG
INGREDIENTES QUANTIDADE
MASSA:
Ovo 1 unidade
Farinha de trigo 350g
Sal QB*
Óleo 15ml
150ml (aproximadamente –
Água Morna
até o ponto)
Fermento biológico 5g
RECHEIO:
Queijo padrão Batonnet 300g
EMPANAR:
88
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Ovos 2 unidades
Leite QB*
Farinha de rosca QB*
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Linguiça Paio Rodelas finas 100g
Cebola Brunoise 80g
Alho Purê 1 dente
Óleo QB*
Caldo de carne 500ml
Fubá fino 80g
Ovo 1 unidade
Couve manteiga Chiffonade 4 a 5 folhas
Sal e pimenta QB*
Procedimento:
1- Frite o paio com um pouco de óleo até dourar.
2- Junte a cebola e o alho, e doure também. Reserve.
3- Coloque o caldo em uma caçarola e deixe ferver.
4- Dissolva o fubá em um pouco de água e junte devagar ao caldo para que engrosse um
pouco. Cuidado para não formar grumos.
5- Adicione o paio com a cebola e cozinhe, mexendo, sempre, por 10 minutos.
6- Acrescente o ovo e continue mexendo sem parar.
7- Junte a couve, corrija o sal e a pimenta.
8- Sirva quente.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
89
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Linguiça Paio Rodelas finas 100g
Cebola Brunoise 80g
Alho Purê 1 dente
Óleo QB*
Caldo de carne 500ml
Fubá fino 80g
Ovo 1 unidade
Couve manteiga Chiffonade 4 a 5 folhas
Sal e pimenta QB*
Procedimento:
1- Frite o paio com um pouco de óleo até dourar.
2- Junte a cebola e o alho e doure também. Reserve.
3- Coloque o caldo em uma caçarola e deixe ferver.
4- Dissolva o fubá em um pouco de água e junte devagar ao caldo para que engrosse um pouco.
Cuidado para não formar grumos.
5- Adicione o paio com a cebola e cozinhe, mexendo, sempre, por 10 minutos.
6- Acrescente o ovo e continue mexendo sem parar.
7- Junte a couve, corrija o sal e a pimenta.
8- Sirva quente.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Espiga de milho 4 unidades
Leite 500ml
Açúcar 90g
Manteiga 10g
Sal 1 pitada
Canela em pó QB*
Procedimento:
1- Retire a casca e os “cabelos” das espigas de milho. Lave e corte os grãos do milho bem rente
ao sabugo.
2- Em um liquidificador, bata os grãos com a metade do leite por 2 minutos. Coe em uma peneira
fina.
3- Leve o preparado para uma panela e acrescente o açúcar, a manteiga e o restante do leite.
4- Cozinhe em fogo alto, sempre mexendo. Assim que engrossar, junte o sal e abaixe o fogo.
Cozinhe por cerca de 15 minutos, mexendo sempre.
5- Despeje o creme em um refratário e pulverize com canela em pó.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
90
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Com o passar dos anos, sofreu forte influência da cozinha dos outros
estados brasileiros, como Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.
E
IMPORTANT
FONTE: ELIAS, R. Feijoada: breve história de uma instituição comestível. Revista Textos do
Brasil, Brasília, n. 13, p. 33-39, 2004, p. 38.
FONTE: <https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/23/2015/10/09/bife-a-cavalo-
1444431108285_1500x1000.jpg>. Acesso em: 2 ago. 2019.
91
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
FAROFA:
Manteiga 15g
Cebola Brunoise 20g
Farinha de mandioca branca 60g
Sal QB*
FILÉ:
Filé mignon Kg 200g
Manteiga 15g
Alho Laminado 1 dente
Sal QB*
Pimenta QB*
BATATA:
Batata Asterix Batonette 250g
Óleo Fritura QB*
Sal QB*
92
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Procedimento:
Farofa:
1- Coloque manteiga em uma frigideira, aqueça em fogo alto, junte cebola, frite
até dourar.
2- Acrescente farinha de mandioca aos poucos, mexendo sempre, até ficar
tostada. Tire do fogo e mantenha aquecida.
Filés:
1- Tempere os filés com sal a gosto, coloque na chapa bem quente e grelhe
ambos os lados até ficarem dourados.
2- Enquanto isso, coloque manteiga junto com o alho em uma frigideira, aqueça
em fogo médio, frite até dourar e tire do fogo.
3- Coloque os bifes em um prato de servir, regue com a manteiga de alho e leve
imediatamente à mesa, com farofa, arroz branco e batata frita.
Batata:
1- Aqueça o óleo a 106 °C.
2- Mergulhe as batatas no óleo por 5-6 minutos. Retire e resfrie.
3- Depois de frias, repita a operação.
4- Despeje as batatas em papel-toalha, salpique o sal e sirva.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Pedaços de
Rabada bovina 500g
5cm
Caldo de Carne 300ml (aproximadamente)
Batata Cubos médios 200g
Cenoura Cubos médios 100g
Tomate Concassé 150g
Pimentão Brunoise 50g
Cebola Brunoise 150g
Alho Purê 2 dentes
Agrião 1/2 maço
Sal QB*
Pimenta QB*
93
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
Procedimento:
1- Temperar a rabada com sal, alho e um pouco de pimenta, deixar descansando
pelo menos meia hora antes do preparo.
2- Colocar um pouco de óleo na panela de pressão e refogar a cebola.
3- Em seguida, colocar a rabada e refogar.
4- Logo após, colocar o tomate e o caldo de carne.
5- Deixar na pressão por, aproximadamente, 30 min. (cuidando para não
queimar).
6- Abrir a panela (sem a pressão) e adicionar os demais ingredientes, exceto o
agrião. Cozinhar por mais 15 min.
7- Após abrir a panela, colocar o agrião e deixar cozinhar sem pressão por mais
5 min.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Feijão Preto 2 kg
Cubos
Carne-seca magra grandes, 700g
dessalgada
Cubos
Bacon 600g
grandes
Dessalgado,
Rabo de porco cortado em 2 3 unidades
pedaços
Dessalgada,
Orelha de porco cortada em 3 3 unidades
pedaços
Dessalgado,
Pé de porco cortado em 4 2 unidades
pedaços
Músculo bovino Cubos médios 400g
Alcatra bovina Cubos médios 400g
Rodelas
Linguiça Paio 600g
médias
Rodelas
Linguiça calabresa 600g
médias
94
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Aferventada e
Linguiça fresca 400g
cortada ao meio
Lombinho defumado Em cubos 500g
Costelinha suína defumada Em cubos 400g
Costelinha suína fresca temperada
Pedaços de 5cm 700g
com cebola e alho
Óleo 50ml
Cebola Brunoise 600g
Alho Purê 3 dentes
Louro 2 folhas
Pimenta-do-reino e sal QB*
Procedimento:
1- De véspera, escolha o feijão, lave bem, coloque em uma tigela, cubra com água fria e
deixe de molho durante a noite.
2- Lave a carne-seca, rabos, orelhas. Coloque em um bolw grande, cubra com bastante
água fria e deixe de molho durante a noite.
3- No dia seguinte, troque a água do feijão, coloque-o em uma panela grande, leve ao fogo
alto, deixe ferver, abaixe o fogo, acrescente o rabo de porco, a orelha de porco, o pé de
porco e o músculo bovino, tampe a panela e continue o cozimento até o feijão começar a
ficar macio, juntando mais água quente, se necessário.
4- Depois dos primeiros 40 minutos de cozimento, junte a carne e continue cozinhando.
5- Em outra panela grande, junte a alcatra, o bacon, o lombo defumado e a costelinha
defumada e cubra com água fria, leve ao fogo alto, assim que ferver, abaixe o fogo,
tampe a panela e cozinhe até as carnes ficarem macias (durante o cozimento, mexa
de vez em quando com uma colher e junte mais água, se necessário, para as carnes
não grudarem no fundo da panela). No fim, passe as carnes com o seu caldo para a
panela de feijão.
6- Numa outra panela, aqueça um pouco de óleo e refogue bem a costelinha fresca
temperada com alho e cebola, até que fique bem dourada e macia, vá pingando água
quando necessário. Reserve.
7- Quando o feijão já estiver bem cozido, assim como as carnes que estiverem cozinhando,
acrescente todas as linguiças e junte a costela fresca refogada e continue o cozimento
em fogo baixo.
8- Enquanto há cozimento, em uma frigideira, coloque óleo, aqueça ligeiramente, junte
a cebola, o alho, frite, mexendo de vez em quando, até a cebola ficar levemente
dourada. Retire 2 a 3 conchas de feijão do caldeirão, coloque na frigideira com os
temperos e com as costas da concha. Amasse bem os grãos.
9- Despeje a mistura no caldeirão, junte as folhas de louro, mexa bem, prove para verificar o
tempero, acrescente sal e pimenta-do-reino a gosto e continue o cozimento até as carnes e o
feijão ficarem bem macios (se necessário, junte mais água). Se quiser engrossar o caldo, vá
amassando o feijão com as costas da concha.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
95
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Cebola Brunoise 300g
Tomate Sem semente 400g
Salsinha Chiffonade QB*
Cebolinha Chiffonade QB*
Limão Suco 1 unidade
Pimenta dedo-de-moça Mini Brunoise 5g
Caldo de feijoada QB*
Procedimento:
1- Em uma tigela pequena, coloque todos os ingredientes (exceto o caldo de
feijão), misture bem e reserve.
2- Na hora de servir, junte o caldo quente, misture e leve à mesa.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Couve Chiffonade 5 maços
Manteiga 80g
Sal QB*
Procedimento:
1- Higienize e corte as folhas de couve finamente.
2- Em uma panela, aqueça bem a manteiga até que comece a dourar.
3- Em seguida, coloque a couve e refogue até que todas as folhas fiquem bem
cozidas.
4- Tempere com sal.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Bacon sem pele Brunoise 400g
Manteiga 200g
96
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Cortadas ao
Banana 5 unidades
meio
Ovo 3 unidades
Farinha de trigo QB
Farinha de rosca QB
Sal 1 pitada
Óleo QB*
Procedimento:
1- Corte as bananas e passe pela farinha de trigo.
2- Bata os ovos com uma pitada de sal e passe as bananas enfarinhadas.
3- Finalize passando pela farinha de rosca.
4- Aqueça bem o óleo e frite as bananas.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
Até o século XIX, o Espírito Santo era uma das províncias de pouco
destaque. O panorama começou a mudar com a chegada dos imigrantes
italianos e alemães e dos brasileiros de outros estados. A condição de
ilha fez que a capital, Vitória, mantivesse sua identidade culinária, da
qual fazem parte centenárias receitas indígenas e europeias. Enquanto
nas cidades litorâneas prevalece a culinária de origem indígena, na
região serrana mudam o clima (mais frio) e a cozinha (CHAVES;
FREIXA, 2007, p.107)
97
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
• Moqueca capixaba.
• Muma de siri.
• Caranguejada.
• Frango ao molho pardo.
• Torta capixaba.
• Pirão de peixe capixaba.
• Frango com quiabo capixaba.
• Arroz de polvo.
• Risoto capixaba.
• Torta de palmito pupunha com bacalhau.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Cação ou badejo Em postas 300g
Tomate Cubos médios 80g
Cebola Cubos médios 80g
Pimentão amarelo Cubos médios 50g
Coentro Chiffonade 20g
Cebolinha Chiffonade 20g
Alho Purê 1 dente
Semente de urucum 10g
Óleo 20ml
Limão Suco QB*
Sal QB*
Pimenta QB*
Caldo de peixe 100ml
98
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Procedimento:
1- Prepare a tintura aquecendo o óleo juntamente com as sementes de urucum.
2- Aqueça a tintura em uma panela de barro e doure o alho.
3- Acrescente o tomate, a cebola e o pimentão. Divida em duas partes e reserve
uma.
4- Tempere as postas de peixe com sal e limão e coloque na panela de barro.
5- Cubra as postas com a segunda parte do tomate, da cebola e do pimentão.
6- Acrescente o coentro e o caldo de peixe.
7- Deixe cozinhar por, aproximadamente, 10 a 15 minutos sem mexer.
8- Verifique se o peixe está cozido e verifique a necessidade de sal e pimenta.
9- Deixe cozinhar por mais uns 4-5 minutos.
10- Acrescente algumas gotas de limão antes de servir.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Dessalgado e
Bacalhau 50g
desfiado
Filé de peixe branco fresco 50g
Siri ou caranguejo Desfiado 50g
Ostras 3 unidades
Sururu ou mexilhão 50g
Camarões 7 barbas Limpo 50g
Palmito Brunoise 150g
Azeitonas verdes Sem caroço 20g
Azeite de oliva 20ml
Cebola Brunoise 50g
Tomate Concassé 50g
Alho Purê 1 dente
Coentro Picado 20g
Ovos 2 unidades
Prepare
a tintura
aquecendo
Tintura de urucum o óleo
5ml
juntamente
com as
sementes de
urucum.
99
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
DECORAÇÂO:
Cebola Rodelas ½ unidade
Azeitonas inteiras sem caroço QB*
Procedimento:
1- Coloque o bacalhau de molho de um dia para o outro. Retire as espinhas e
a pele.
2- Pique bem o peixe, o siri, o bacalhau e o camarão.
3- Corte, separadamente, o palmito.
4- Pique finamente as ostras e os mexilhões.
5- Aqueça 2/3 do azeite numa panela comum e doure o alho.
6- Acrescente a cebola picada e o tomate, refogue os peixes e os mariscos moídos
e picados.
7- Tempere com sal, pimenta-do-reino e vinagre.
8- Acrescente o coentro picado e a tintura de urucum e deixe cozinhar.
9- Acrescente o palmito e as azeitonas picadas.
10- Bata 1 ovo bem batido e acrescente-o no refogado para dar liga.
11- Unte uma panela de barro com o restante do azeite de oliva e deposite o
refogado.
12- Bata a clara do outro ovo em neve e acrescente a gema, formando uma
espuma amarela clara.
13- Cubra o refogado com a espuma de ovo e decore com rodelas de cebola e
azeitonas inteiras, sem caroço.
14- Leve a torta ao forno por 15-20 minutos, numa temperatura de 160 ºC.
15- Depois, salpique com cebolinha picada e sirva com arroz branco e azeite de
oliva à parte.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
100
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
FONTE: <http://www.folhavitoria.com.br/entretenimento/blogs/receitas-do-chef/wp-content/
uploads/2018/03/receita-de-torta-capixaba-1200x800.jpg>. Acesso em: 2 jul. 2019.
101
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
102
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
Minas Gerais é o único estado da região que não tem litoral. Assim, os
principais ingredientes são legumes e verduras, aves, carnes bovina e suína,
além de leite e seus derivados.
Como não podia ser diferente, em cada região do estado prevalecem pratos
diferentes. Apesar disso, alguns deles constituem identidade da culinária mineira.
Não bastassem tantas delícias, Minas Gerais possui dois pratos que são,
literalmente, a cara do estado. Se você pensou no pão de queijo, acertou em
cheio! Mas, além dele, o frango com quiabo não sai da mesa dos mineiros.
103
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
104
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO SUDESTE
• Rabanada, Frango assado de padaria, Caldo verde, Bife com batata frita,
Podrão (cachorro-quente vendido em barraquinhas na rua), Chuvisco,
Bolinho de bacalhau, Sopa Leão Veloso.
105
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A cozinha de São Paulo tem suas raízes ligadas à história dos tropeiros, que
transpunham as fronteiras dos estados em suas viagens. Com isso, adquiriram novos
hábitos alimentares. Na metrópole, há forte influência dos imigrantes italianos,
japoneses, árabes. Já no interior, as tradições e hábitos alimentares são mantidos, e
apresenta-se uma comida típica brasileira, a cozinha caipira. Pratos típicos: sanduíche
de mortadela, farofa de banana, cuscuz à paulista, virado à paulista, bauru, pastéis
de feira, pizzas e massas, camarão à paulista, picadinho de carne.
106
• A cozinha do Espírito Santo é considerada uma das mais autênticas do país,
pois a influência dela vem dos portugueses e índios. O Espírito Santo “era
uma das províncias de pouco destaque. O panorama começou a mudar com a
chegada dos imigrantes italianos e alemães e dos brasileiros de outros estados
(CHAVES; FREIXA, 2007, p. 107)”. Até os dias atuais, a culinária do Espírito
Santo mantém costumes indígenas, miscigenados com a cultura europeia.
Alguns pratos típicos da culinária do Espírito Santo: moqueca capixaba, muma
de siri, caranguejada, frango ao molho pardo, torta capixaba, pirão de peixe
capixaba, frango com quiabo capixaba, arroz de polvo, risoto capixaba.
107
AUTOATIVIDADE
108
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, no Tópico 2 da Unidade 2 da disciplina de Cozinha
Brasileira, iremos abordar a Região Nordeste do Brasil. Mostraremos alguns dos
principais ingredientes, sua cultura e a identidade gastronômica da região.
109
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e9/Brazil_Region_Nordeste_
Subregions.svg/300px-Brazil_Region_Nordeste_Subregions.svg.png>. Acesso em: 15 ago. 2019.
FONTE: <https://i2.wp.com/www.xapuri.info/wp-content/uploads/2017/02/vaqueiro-0011-
imperio-rretro-450x450.jpg?resize=750%2C750>. Acesso em: 15 ago. 2019.
110
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
INGREDIENTES QUANTIDADE
Carne de bode Cubos médios 300g
Sal QB*
Pimenta QB*
Cominho em pó QB*
Óleo 10ml
Cebola Brunoise 100g
Pimentão verde Brunoise 80g
Tomate Concassé 100g
Molho de tomate 80g
Água quente QB*
Salsinha Chiffonade QB*
Coentro Chiffonade QB*
Procedimento:
1- Tempere a carne com sal, pimenta-do-reino e cominho em pó.
2- Doure a carne no óleo e, em seguida, refogue com a cebola, o pimentão, o tomate e o molho
de tomate.
3- Junte água quente para cobrir o preparado e cozinhe, mexendo de vez em quando. Vá juntando
água à medida do necessário para cozinhar.
4- Ao final, acrescente a cebolinha e o coentro.
5- O guisado deverá apresentar uma carne bem macia com um molho levemente espesso.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
111
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
FONTE: <http://agazetadigital.blogspot.com/2014/06/cuscuz-e-cus-cus.html>.
Acesso em: 15 ago. 2019.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Carne-seca Dessalgada 200g
Mandioca amarela Sem os fios 300g
Manteiga 20g
Leite 60ml
Óleo 20ml
Cebola Brunoise 80g
Alho Purê 1 dente
Coentro Chiffonade QB*
Requeijão Cremoso 120g
Queijo Ralado 100g
Sal QB*
Pimenta QB*
112
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
Procedimento:
1- De véspera, dessalgue a carne-seca. Leve-a para cozinhar em panela de
pressão até que fique macia. Escorra a água, reservando-a.
2- Esfrie e desfie a carne grosseiramente, eliminando a gordura.
3- Cozinhe a mandioca picada na água reservada (do cozimento da carne) e
reduza-a em purê, juntando a manteiga e o leite.
4- Faça um refogado da carne desfiada com a cebola picadinha no óleo. No
final, junte coentro fresco picado. Frite a carne, sem deixá-la ressecada.
5- Acerte sal e pimenta do purê e do refogado de carne, caso seja necessário.
6- Em um refratário, coloque em camadas o purê de mandioca, a carne-seca
refogada e, por último, espalhe o requeijão. Por cima, o queijo de coalho ralado.
7- Leve ao forno para gratinar.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Mandioca Crua ralada 500g
Manteiga Derretida 80g
Ovo 2 unidades
Açúcar 250g
Leite de coco 80 ml
Sal 1 pitada
Coco fresco Ralado 125g
Fermento químico 10g
Procedimento:
1- Lavar, ralar e espremer bem o aipim, até que fique bem seco. Descartar o
líquido.
2- Juntar todos os ingredientes e mexer bem.
3- Colocar em uma forma para pudim (com buraco no meio) de 20 cm de
diâmetro, untada.
4- Levar para assar em forno pré-aquecido a 170 °C. Assar por, aproximadamente,
40 minutos.
FONTE: A autora
Nas tradicionais festas de São João, no Nordeste, onde “mesclam tão bem
sua gastronomia, seu folclore e sua religião” (CHAVES; FREIXA, 2007, p. 56), o forró
é o ritmo predominante, as preparações servidas são à base de milho, amendoim,
coco e macaxeira (mandioca/aipim). As barracas de comidas oferecem: canjica,
pamonha, cuscuz, pipoca, curau, mungunzá, paçoca, tapioca, doce de batata-doce,
doce de abóbora, doce de jaca, bolo de aipim, bolo de fubá, quentão de cachaça,
licores de frutas locais, milho assado, milho cozido, amendoim cozido etc.
113
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
FONTE: <https://pm1.narvii.com/6869/a685b1780e72e25a8613b477d5d104a844b3df85r1-1104-
1115v2_hq.jpg>. Acesso em: 20 ago. 2019.
114
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
E
IMPORTANT
FONTE: <http://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2015/11/Baiana-de-
Acaraj%C3%A9.jpg>. Acesso em: 18 ago. 2019.
FONTE: CHAVES, G.; FREIXA, D. Larousse da cozinha brasileira: raízes culturais da nossa
terra. São Paulo: Larousse do Brasil, 2007, p. 71.
115
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
QUADRO 27 – ACARAJÉ – BA
INGREDIENTES QUANTIDADE
Feijão-fradinho 200g
Cebola Brunoise 50g
Alho Brunoise 2g
Sal QB*
Pimenta QB*
Azeite de Dendê Para fritar 500ml
Procedimento:
1- Em uma bacia grande, coloque o feijão-de-corda quebrado, lave várias vezes
até sair toda a casca e deixe de molho em água uma noite.
2- No liquidificador ou processador, coloque o feijão cru já sem a casca, a cebola,
o alho, o sal, a pimenta e bata bem até formar uma pasta.
3- Na hora de fritar, bata manualmente com o auxílio de uma colher até a massa
ficar bem fofinha.
4- Em uma panela grande e fogo alto, coloque o azeite de dendê, deixe esquentar
e, com o auxílio de duas colheres, modele a massa e frite no azeite de dendê.
5- Coloque sobre papel-absorvente.
6- Corte os acarajés ao meio e recheie-os com caruru, vatapá, camarão, salada de
tomate picadinho e molho de pimenta.
*Quanto Baste
FONTE: A autora.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Pimenta-malagueta 4 unidades
Molho de pimenta QB
Camarão seco Triturado 20g
Cebola Brunoise 50g
Azeite de Dendê 100ml
Sal QB*
Procedimento:
1- Triture as pimentas junto com o molho de pimenta.
2- Junte o camarão seco e triture mais um pouco.
3- Numa panela, aqueça o azeite de dendê, junte a cebola e deixe refogar.
4- Adicione a mistura triturada e refogue bem.
5- Sirva frio.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
116
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
QUADRO 29 – CARURU – BA
INGREDIENTES QUANTIDADE
Quiabo Rodela 2cm 100g
Camarão seco Triturado 30g
Alho Purê 1 dente
Tomate Brunoise 50 gramas
Salsinha Chiffonade 10g
Cebolinha Chiffonade 10g
Coentro Chiffonade 10g
Castanha-de-caju 30g
Amendoim torrado 30g
Cebola Brunoise 30g
Pimentão verde Brunoise 50g
Azeite de dendê 30ml
Camarão fresco 60g
Louro 1 folha
Caldo de peixe 50ml
Sal QB*
Filé de pescada 100g
Ovo 1 unidade
Farinha de trigo QB*
Farinha de rosca QB*
Procedimento:
1- Sele o quiabo em uma frigideira antiaderente como demonstração em aula.
2- Triture no liquidificador o alho, tomate, salsinha, cebolinha, coentro, castanha-
de-caju, amendoim, cebola e o pimentão.
3- Aqueça o azeite de dendê e refogue os ingredientes processados.
4- Junte o camarão fresco e mexa bem.
5- Acrescente o quiabo.
6- Se estiver secando, adicione mais azeite de dendê.
7- Junte o louro e o camarão seco triturado. Regue com o caldo de peixe e deixe
cozinhar em fogo baixo por mais alguns minutos até que o quiabo esteja
macio.
8- Corrija o sal.
9- Faça os filés de pescada à milanesa e depois os quebre em lascas.
10- Por último, adicione as lascas de peixe na panela.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
117
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
QUADRO 30 – VATAPÁ – BA
INGREDIENTES QUANTIDADE
Cebola Brunoise 50g
Alho Brunoise 2 dentes
Pimentão vermelho Brunoise 30g
Azeite de oliva 20ml
Azeite de dendê 20ml
Óleo de soja QB
Molho de tomate 150g
Páprica picante QB*
Noz-moscada QB*
Pimenta-calabresa QB*
Pão francês 50g
Leite 50ml
Amendoim torrado Sem pele 30g
Castanha-de-caju 30g
Salsinha QB*
Cebolinha QB*
Camarão médio Limpo 100g
Limão Suco QB*
Leite de coco 100ml
Peixe branco Cubo médio 100g
Caldo de galinha 80ml
Procedimento:
1- Refogar a cebola, o alho e o pimentão em uma mistura de azeite de oliva, óleo de soja e de azeite
de dendê.
2- Adicionar água morna o suficiente para cobrir a mistura e deixar ferver.
3- Juntar o molho de tomate, a páprica, noz-moscada e a pimenta-calabresa moída a gosto.
4- Deixar ferver novamente. Separe em duas partes iguais e reserve.
5- Em outra vasilha, coloque o pão de molho no leite.
6- Depois de um tempo, retire o excesso de leite.
7- Coloque o pão umedecido no liquidificador e bata com um pouco de amendoim, castanha,
salsa e cebolinha até virar um creme.
8- Em uma panela, refogue o camarão (temperado com o limão), junte a pasta de pão e deixe
cozinhar bem.
9- Adicione metade do leite de coco e uma parte do primeiro refogado. Tem que ficar bem grosso.
10- Em uma vasilha, tempere o peixe com limão e um pouco de sal.
11- Refogue o peixe com um pouco de azeite de dendê e o caldo de galinha.
12- Depois que ferver, junte tudo em uma só panela com o restante do leite de coco e um pouco
de pimenta-calabresa e deixe ferver novamente.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
118
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
INGREDIENTES QUANTIDADE
Alho Purê 2 dentes
Sal QB*
Pimenta dedo-de-moça Brunoise QB*
Limão Suco 10ml
Cação ou robalo Postas 300g
Azeite de dendê 25 ml
Cebola Rodela fina 100g
Tomate Rodela fina 200g
Pimentão verde Rodela fina 50g
Pimentão amarelo Rodela fina 80g
Coentro Chiffonade 10g
Caldo de peixe 80ml
Leite de coco 150ml
Procedimento:
1- Tempere as postas de peixe com sal, limão, pimenta dedo-de-moça e o alho e
deixe descansar por 20 minutos.
2- Em uma panela, aqueça metade do azeite de dendê e refogue metade da
cebola.
3- Por cima da cebola, disponha as postas de peixe temperado.
4- Em seguida, sobre o peixe, faça camadas intercaladas de tomates, cebola e
pimentões.
5- Distribua o coentro e regue com o caldo de peixe.
6- Deixe cozinhar por 10 minutos com a panela fechada e sem mexer.
7- Após o cozimento, coloque o leite de coco e deixe cozinhar por mais 5 minutos.
8- Verifique se todos os ingredientes estão cozidos e finalize regando o restante
do azeite de dendê e corrigindo o sal.
9- Sirva com pirão e arroz branco.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
119
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
QUADRO 32 – COCADA – BA
INGREDIENTES QUANTIDADE
Água 70ml
Açúcar refinado 125g
Glucose 50g
Coco ralado grosso 250g
Leite condensado 70g
Procedimento:
1- Numa panela, dissolva o açúcar e a glucose na água, leve ao fogo e faça uma
calda grossa.
2- Adicione o coco e mexa até a calda secar.
3- Acrescente o leite condensado e mexa (sem parar) até soltar do fundo da
panela.
4- Retire da panela, coloque em um mármore bem gelado e mexa até esfriar.
5- Modele em forma de quenelles e deixe gelar.
FONTE: A autora
120
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
Nas festas de São João, assim como nos demais estados nordestinos, a
variedade de pratos à base de milho é imensa, pamonha, canjica, bolo de fubá.
Ainda são servidos bolos de macaxeira, pé-de-moleque, o tão famoso bolo
Souza Leão (receita secreta da família de mesmo nome) e o bolo tradicional de
Pernambuco, o bolo de rolo.
E
IMPORTANT
FONTE: <https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/pernambuco/culinaria-de-pernambuco/>.
Acesso em: 26 ago. 2019.
121
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Água 100ml
Açúcar 165g
Manteiga Sem sal 65g
Sal 1 pitada
Gemas 4 unidades
Farinha de tapioca ou massa
150g
puba
Leite de coco 200ml
Procedimento:
1- Faça uma calda com água e açúcar (ponto fio leve).
2- Assim que retirar do fogo, adicione a manteiga e o sal. Deixe esfriar.
3- Passe as gemas pela peneira fina e acrescente-as à farinha de tapioca ou à
massa puba.
4- Em seguida, adicione o leite de coco aos poucos, misturando bem para
homogeneizar a massa.
5- Acrescente a calda reservada. Passe a mistura por uma peneira bem fina,
descartando o que sobrar.
6- Leve ao forno em uma fôrma untada com manteiga, em forno médio (170 °C),
até que fique levemente dourado.
FONTE: A autora
QUADRO 34 – ARRUMADINHO – PE
INGREDIENTES QUANTIDADE
Feijão-fradinho 100g
Carne de sol Dessalgada 200g
Manteiga 30g
Farinha de mandioca 60g
Sal QB
SALADA:
Cebola Brunoise 50g
Tomate Concassé 100g
Pimentão verde Brunoise 30g
Coentro Chiffonade QB
Sal QB
Vinagre de vinho tinto QB
Óleo QB
122
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FIGURA 12 – ARRUMADINHO
FONTE: <https://cdn.levty.com/camil/prd/imagem/arrumadinho2/Arrumadinho2.jpg>.
Acesso em: 9 ago. 2019.
123
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Temperatura
Manteiga 125g
ambiente
Açúcar refinado 125g
Ovos 125g
Farinha de trigo 125g
Goiabada Em pasta 150g
Açúcar confeiteiro Para polvilhar QB*
Procedimento:
1- Método cremoso: bata a manteiga, o açúcar e as gemas. Retire da batedeira e
acrescente a farinha peneirada e, depois, as claras batidas em neve.
2- Espalhe a massa, em camadas finas, em assadeiras untadas com manteiga e
polvilhadas com farinha de trigo. Asse em forno preaquecido a 160 °C (cerca
de 3 minutos — não deve dourar).
3- Vire a massa assada sobre um guardanapo polvilhado com açúcar e espalhe a
goiabada derretida ainda quente com um pincel em camada bem fina. Enrole
rapidamente com a ajuda de um guardanapo de tecido.
4- Coloque o rocambole sobre uma nova massa coberta de goiabada em pasta
e torne a fazer outro rocambole, e assim sucessivamente até acabar a massa.
Pulverize, no final, com açúcar de confeiteiro.
5- Sirva frio em fatias finas.
*Quanto Baste
FONTE: A autora
FONTE: <https://www.embare.com.br/wp-content/uploads/2017/03/doce.jpg>.
Acesso em: 9 ago. 2019.
124
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
QUADRO 36 – CARTOLA – PE
INGREDIENTES QUANTIDADE
Fatias
Banana-prata 3 unidades
transversais
Manteiga 40g
Queijo 150g
Melado 50g
Açúcar QB*
Canela QB*
*Quanto Baste
FONTE: A autora
125
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
Vale dizer que a Bahia tem orgulho de sua culinária e não se envergonha
dela, como acontece em muitos outros lugares do Brasil. Esse orgulho faz com
mantenhamos a culinária viva, cotidiana e apresentada, sem pudor, a todos os
nossos visitantes, ilustres ou não. Estamos, desse ponto de vista, à frente de
muitos outros estados, que têm feito um enorme esforço em resgatar tradições.
Nossa tradição culinária está viva. Viva!
Alex Atala diz mais ou menos assim: "Gastronomia é a arte de fazer com
que o ingrediente tenha sua melhor expressão". Assim, aqui cabe perguntar:
podemos fazer algo novo e melhor com nossos ingredientes? Devemos criar
pratos com nossos tradicionais ingredientes? A meu ver, evidentemente sim.
"O novo sempre vem", já dizia o poeta. Esse é o desafio aos novos chefs que
estão surgindo na Bahia. Como seria uma nova cozinha baiana?
126
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE I
FONTE: <https://atarde.uol.com.br/gastronomia/noticias/1566820-os-desafios-para-uma-
gastronomia-baiana>. Acesso em: 20 ago. 2019.
127
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• No sertão, há uma preferência pela criação de bodes, por serem mais resistentes
ao clima semiárido do que o boi. Portanto, na cultura alimentar nordestina
existem vários pratos, e o ingrediente principal é a carne de bode.
128
• Conforme a cultura, durante a Semana Santa, por exemplo, o prato encontrado
em Pernambuco vai ser o peixe ou camarão acompanhado de bredo (planta/
tempero, muito utilizado na região), arroz e feijão preparado com leite de coco.
• Nas festas de São João de Pernambuco, assim como nos demais estados
nordestinos, a variedade de pratos à base de milho é imensa, pamonha, canjica,
bolo de fubá etc. Ainda, são servidos bolos de macaxeira, pé-de-moleque, o
famoso bolo Souza Leão (receita secreta da família de mesmo nome) e o bolo
tradicional de Pernambuco, o bolo de rolo.
129
AUTOATIVIDADE
130
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste Tópico 3 da Unidade 2 da disciplina de Cozinha
Brasileira, iremos dar continuidade aos estudos da Região Nordeste do Brasil.
Continuaremos mostrando alguns dos principais ingredientes, cultura e a
identidade gastronômica dos estados de Alagoas, Sergipe, Maranhão, Ceará, Rio
Grande do Norte, Piauí e Paraíba, lembrando que a região Nordeste é composta
por nove estados e dois deles já estudamos no Tópico 2 desta unidade, sendo eles
Bahia e Pernambuco.
2 ALAGOAS
A gastronomia alagoana reserva traços das cozinhas europeia, africana
e indígena, contudo, é muito variada devido às riquezas encontradas no litoral
alagoano.
E
IMPORTANT
Frutas e doces
Caju, cajá, cajarana, pitanga, pitomba, mangaba, seriguela, jaca, abacaxi, graviola,
carambola, pinha (ata), manga, sapoti, acerola e maracujá são algumas das riquezas de
sabores inesquecíveis. Todos muito usados na preparação de sucos, batidas, sorvetes e
doces. Nas regiões do semiárido, são apreciadíssimos os seus doces de leite e tudo o que se
relacione ao leite, pois lá está nossa bacia leiteira com seus maravilhosos queijos do Sertão.
Há também muita comida derivada do milho.
• Feijoada alagoana.
• Sururu de Capote.
• Caldinho de sururu.
• Sururu ensopado.
• Fritada de Sururu e de Siri.
• Pamonha.
• Tapioca.
• Cuscuz.
• Inhame com mel de engenho.
• Umbuzada sertaneja.
132
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
INGREDIENTES QUANTIDADE
Leite de coco 250ml
Ainda dentro
Sururu 1kg
da casca
Sururu Sem casca 500g
Vinho branco seco 200ml
Polpa de tomate 80g
Cebola Brunoise 2 unidades
Azeite de oliva QB*
Bouquet garni 1 unidade
Alho Purê 2 dentes
Limão Suco 1 unidade
Pimentão vermelho Brunoise 80g
Salsa Picada 30g
Cebolinha Picada 30g
Urucum QB*
Farinha de mandioca 50g
Sem sementes
Pimentas dedo-de-moça 2 unidades
e picadas.
Sal QB*
Pimenta-do-reino preta a gosto QB*
133
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
Procedimento:
1- A primeira coisa a fazer é cozinhar os sururus ainda na casca, limpos, com
vinho, água filtrada, sal e o bouquet garni durante 15 minutos.
2- Deixe descansar por, aproximadamente, 10 minutos.
3- Depois separe os sururus do caldo.
4- Pegue uma panela limpa, coloque o azeite e leve ao fogo para aquecer.
Adicione o alho e a cebola para refogar, mexendo sempre, por cerca de 3
minutos.
5- Junte os sururus limpos ao refogado, e depois os com casca já pré-cozidos.
6- Adicione, depois, o suco de limão, 2 xícaras do caldo do cozimento dos
sururus, a polpa de tomate, o pimentão, a pimenta e tempere a gosto com sal
e pimenta-do-reino preta.
7- Deixe no lume até levantar fervura. Assim que ferver, junte o leite de coco, a
cebolinha e a salsa.
8- Pegue outra panela e coloque metade do caldo. Adicione a farinha e o urucum.
9- Tradicionalmente, o sururu de capote é acompanhado de pirão, mas pode
incrementar com pimenta e purê de macaxeira.
*Quanto Baste
FONTE: Adaptado de: <https://www.praiasdemaceio.com/sururu-de-capote/>.
Acesso em: 15 ago. 2019.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Limpo e
Feijão verde ou feijão-de-corda 1kg
escolhido
Cebola Brunoise 200g
Manteiga de garrafa 30ml
Sal QB*
Pimenta QB*
Coentro Picado 40g
Coco seco Sem casca 1 unidade
134
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
Procedimento:
1- Coloque a manteiga de garrafa na panela junto com a cebola picadinha e deixe fritar
um pouco, mas não precisa dourar, só murchar.
2- Acrescente o feijão verde, metade do coentro picado, o sal e complete com água até
cobrir o feijão.
3- Deixe cozinhar com a panela aberta até o feijão mudar de cor e ficar macio. O tempo
varia, mas é mais ou menos 30 minutos (se precisar de um pouquinho mais de água,
vá acrescentando, aos pousos, água morna).
4- Nesse tempo, tire a casca do coco e pique ele dentro do liquidificador com 500ml de
água morna (um leite de coco mais grosso).
5- Bata bem até o coco ficar completamente triturado.
6- Depois que o feijão já estiver macio, passe esse leite de coco pela peneira e coloque
somente o leite dentro da panela de feijão (despreze o bagaço).
7- Volte para o fogo e deixe cozinhar um pouco mais para apurar, mas não deixe ficar
muito seco.
8- Acerte o sal e a pimenta.
9- Sirva quente com o restante do coentro picado polvilhado por cima.
Dicas:
• Dá para usar outra manteiga, mas com a de garrafa fica muito mais gostoso.
• Também dá para fazer com leite de coco de garrafinha, mas com o coco seco fica
saborosíssimo.
• Guarde o bagaço do coco para fazer bolos ou pães.
*Quanto Baste
3 SERGIPE
Os frutos do mar são destaque na cozinha sergipana, uma culinária
rica em sabor e muito farta. Ingredientes encontrados na região são os siris,
os caranguejos, os uçás e os guaiamuns — crustáceo graúdo, de cor azulada,
semelhante ao caranguejo.
135
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
136
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
INGREDIENTES QUANTIDADE
Pitu Limpo 500g
Água 500ml
Sal QB*
Azeite de oliva 20ml
Tomate Brunoise 400g
Cebola Brunoise 200g
Pimentão verde
Brunoise 50g
Para o pirão:
Caldo do pitu pronto 500ml
Farinha de mandioca 75g
Coentro Picado 20g
Procedimento:
1- Em uma panela, coloque os pitus, o sal e a água. Deixe ferver por 10 minutos.
Retire-os da água e reserve.
2- Em outra panela, aqueça o azeite e refogue os tomates, a cebola, o pimentão,
o coentro, a cebolinha, o colorau e o leite de coco.
Para o pirão:
1- Em uma panela, coloque o caldo pitu e, aos poucos, despeje a farinha de
mandioca, mexendo, sempre, por 10 minutos, até engrossar.
2- Em uma tigela, coloque o pirão, arrume os pitus por cima e decore com o
coentro.
*Quanto Baste
FONTE: Adaptado de Coleções Abril (2009a, p. 144)
137
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Carne de sol (boa qualidade) Em fatias 600g
Manteiga de garrafa 30g
Para o pirão:
Farinha de mandioca 75g
Leite 500ml
Sal QB*
Manteiga de garrafa Picada 20g
Em rodelas
(refogadas
na mesma
Cebola 1 unidade
frigideira de
preparo da
carne)
Cebolinha Picada QB*
Procedimento:
1- Limpe e dessalgue a carne e corte em fatias.
2- Em uma frigideira, aqueça a manteiga de garrafa e frite a carne de sol. Reserve.
Para o pirão:
1- Desmanche a farinha de mandioca no leite. Acrescente o sal e a manteiga.
2- Leve a mistura de leite com farinha ao fogo para cozinhar por, aproximadamente,
20 minutos, sem parar de mexer.
3- Por fim, em uma travessa, arrume as fatias de carne, decore com as rodelas de
cebola refogadas e a cebolinha e sirva com o pirão de leite.
*Quanto Baste
FONTE: Adaptado de Coleções Abril (2009a, p. 138)
4 MARANHÃO
O Maranhão é o estado nordestino que mais se aproxima do Norte do país,
portanto, a vegetação e os peixes que predominam são os encontrados na região
amazônica. As frutas comuns também são as mesmas da região amazônica, como
o cupuaçu, o bacuri, o buriti e o murici.
Algumas das preparações que são símbolos do Maranhão são o arroz de cuxá,
a galinha com pirão de parida, a torta de camarão e o famoso arroz Maria Izabel.
138
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/e1/67/89/e167895eaf87d1a8eaf3c3dc1e498ae2.png>.
Acesso em: 15 ago. 2019.
E
IMPORTANT
FONTE: COLEÇÕES ABRIL. Cozinha regional brasileira: Maranhão. São Paulo: Abril, 2009, p. 15.
139
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Cortado nas
Capote (galinha d’Angola) 1 unidade
juntas
Sal QB*
Pimenta QB*
Alho Purê 2 dentes
Azeite 20ml
Pimentão Brunoise 50g
Cebola Brunoise 120g
Tomate Brunoise 150g
Colorau 5g
Arroz cozido 600g
Cebolinha Picada QB*
140
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
Procedimento:
1- Lave e corte o capote.
2- Tempere com sal, pimenta e alho. Reserve.
3- Aqueça o azeite em uma panela, adicione a cebola, depois o pimentão e o
tomate. Refogue por, aproximadamente, 3 minutos.
4- Acrescente os pedaços de capote e o colorífico.
5- Mexa e deixe cozinhar por, aproximadamente, 30 minutos, ou até que a carne
esteja macia.
6- Junte o arroz e deixe no fogo baixo por mais 10 minutos.
7- Acerte o sal e a pimenta e sirva quente salpicado com cebolinha.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Polpa de cupuaçu 300g
Leite condensado 300g
Creme de leite 300g
(Achocolatado
Calda de chocolate + açúcar + água QB*
= redução)
Para decorar:
Cerejas QB*
Hortelã QB*
Procedimento:
1- Bata, no liquidificador, a polpa de cupuaçu, o leite condensado e o creme de
leite por 5 minutos.
2- Decore taças de sobremesa com a calda de chocolate e disponha o creme
dentro.
3- Refrigere. Na hora de servir, decore com cerejas e folhas de hortelã.
*Quanto Baste
FONTE: Adaptado de Coleções Abril (2009c, p. 126)
5 CEARÁ
A cozinha cearense é uma mistura de tudo que se tem no sertão e no mar.
Quando falamos em mar, pode-se dizer que:
141
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
• Baião de dois.
• Escondidinho.
• Peixada cearense.
• Buchada de carneiro (feita com miúdos temperados e refogados, depois
colocados dentro do bucho costurado e cozido).
• Sarrabulho, também conhecido como sarapatel.
• Guisado de carneiro.
• Panelada (cozido de vísceras e mocotó de boi).
• Pirão de ossobuco.
• Camarão no leite de coco.
• Caldeirada ou mariscada.
• Camarão frito.
• Caranguejada.
• Patinhas de caranguejo à milanesa.
• Mungunzá.
• Doce de caju.
• Tapiocas.
142
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
*Quanto Baste
FONTE: A autora.
143
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Caju fresco 10 unidades
Água Para cozinhar 800ml
Açúcar 250g
Limão Suco 30ml
Procedimento:
1- Retire a castanha dos cajus e corte uma fatia de 1 cm da parte inferior.
2- Descasque as frutas e faça pequenos furos na polpa, usando um palito.
3- Esprema-as ligeiramente e reserve.
4- Coloque 800ml de água em uma panela e acrescente os cajus e o suco de
limão. Deixe cozinhar por 10 minutos em fogo alto. Retire e escorra.
5- Em uma outra panela, coloque o açúcar e a água e leve ao fogo alto, mexendo
até que o açúcar dissolva por completo.
6- Junte os cajus e cozinhe até ferver.
7- Abaixe o fogo e cozinhe por, aproximadamente, 1 hora, até que os cajus
fiquem cozidos e a calda fique ligeiramente grossa.
FONTE: Adaptado de Coleções Abril (2009d, p. 128)
Dessa forma, não é surpresa que existam diversas preparações nas quais
o ingrediente principal seja o camarão, não é mesmo? Temos, como exemplo, o
bobó de camarão, o camarão ao creme de milho, camarão no abacaxi, camarão
na manteiga de garrafa, camarão com legumes, camarão com manga e cachaça,
camarão no leite de coco, moqueca de camarão etc.
144
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
FONTE: <https://s2.glbimg.com/7188T8tdne3--PsQyq0H5NuQdvo=/0x0:950x620/984x0/smart/
filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/05/26/4.jpg>. Acesso em: 20 ago. 2019.
145
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
INGREDIENTES QUANTIDADE
Mandioca Cubos médios 150g
Leite de coco 80ml
Caldo de camarão ou caldo de
50ml
peixe
Camarão rosa Limpo 250g
Limão Suco QB*
Pimenta dedo-de-moça Mini Brunoise ½ unidade
Azeite de oliva 15 ml
Azeite de dendê 15 ml
Cebola Brunoise 70g
Alho Brunoise 1 dente
Tomate Concassé 80g
Pimentão vermelho Brunoise 30g
146
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
*Quanto Baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Carne de sol de coxão duro Dessalgada 500g
Manteiga de garrafa 120ml
Cebola roxa Rodelas finas 150g
Leite 250ml
Nata 250g
Procedimento:
1- Coloque a carne de sol inteira dentro de uma panela com água suficiente para cobri-
la. Deixe ferver por 45 minutos.
2- Retire a carne da panela e despreze a água.
3- Em outra panela, esquente a manteiga de garrafa e frite a carne.
4- Retire a carne da panela, coloque em uma tábua e deixe esfriar. Corte em fatias finas
e bata com auxílio de um martelo de bater carne, para que a carne fique macia.
5- Em uma frigideira, aqueça a manteiga usada para fritar a carne e frite a cebola até
ficar macia.
6- Coloque a carne por cima e cubra com o leite a nata fresca.
7- Quando o leite reduzir totalmente, desligue.
8- Sirva bem quente com cuscuz ou mandioca.
FONTE: A autora
147
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
8 PIAUÍ
No Piauí, a cozinha regional é um pouco díspar das demais cozinhas do
Nordeste. “Os temperos são elementos importantes e tornam a cozinha piauiense.
No Piauí, são os temperos verdes e frescos, como a salsinha, o coentro, a cebolinha
verde e a branca e a pimenta-de-cheiro, que dão o sabor às carnes e peixes”
(COLEÇÕES ABRIL, 2009a, p. 22). Ainda, utilizam os seguintes ingredientes:
quiabo, jerimum, macaxeira, maxixe, manteiga de garrafa e nata.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Canjica amarela 250g
Óleo 20ml
148
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
Cubos
Bacon 80g
pequenos
Alho Purê 3 dentes
Cebola Brunoise 200g
Linguiça portuguesa Rodelas 100g
Paio Rodelas 100g
Costelinha de porco Dessalgada 300g
Carne-seca Dessalgada 250g
Sem semente/
Tomates 2 unidades
Brunoise
Pimenta-do-reino QB*
Caldo de carne 20g
Coentro Picado 20g
Cebolinha Picada 20g
Procedimento:
1- Em um recipiente, coloque o mungunzá de molho em água, por cerca de 2 horas,
para que fique macio.
2- Escorra, coloque em uma panela de pressão, adicione um litro e meio de água e leve
ao fogo médio por cerca de 40 minutos, após pegar pressão.
3- Espere sair toda a pressão e reserve em um recipiente à parte (grãos e caldo).
4- Na mesma panela de pressão (já limpa), aqueça o óleo, doure o bacon, junte o alho e
a cebola e deixe refogar.
5- Junte a linguiça, o paio, a costelinha, a carne-seca e os tomates e refogue bem.
6- Acrescente 3 xícaras (chá) de água, tampe a panela e deixe cozinhar por cerca de 30
minutos, após pegar pressão.
7- Desligue o fogo, deixe sair toda a pressão, abra a panela e junte o mungunzá com o
caldo reservado, a pimenta, o caldo de carne, o coentro e a cebolinha verde.
8- Deixe ferver por cerca de 30 minutos, para apurar e tomar gosto. Sirva a seguir.
*Quanto baste
FONTE: Adaptado de <https://www.receitasnestle.com.br/receitas/mungunza-salgado>.
Acesso em: 20 ago. 2019.
9 PARAÍBA
Cheia de heterogeneidade, admirável pelos aromas e por conquistar
inúmeros paladares, a cozinha da Paraíba “repete o binômio mar/sertão, assim
como ocorre em outros Estados da região Nordeste, cuja ocupação portuguesa
deu-se a partir do litoral para o interior” (COLEÇÕES ABRIL, 2009e, p. 15).
149
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
150
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
INGREDIENTES QUANTIDADE
Caranguejo 12 unidades
Tomates Brunoise 4 unidades
Pimentão Brunoise 1 unidade
Cebola Brunoise 2 unidades
Coentro Picado 40g
Leite de coco 1 litro
Sal QB*
Pimenta QB*
Colorau QB*
Procedimento:
1- Lave os caranguejos em água corrente com a ajuda de uma escova e retire o
excesso de pelos das patas.
2- Coloque em uma vasilha com colorau e sal.
3- Em seguida, leve para uma panela grande e acrescente todos os ingredientes.
4- Deixe cozinhar por 30 minutos. Depois é só servir. Sirva com pirão do próprio
caldo.
*Quanto Baste
FONTE: Adaptado de <http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2016/01/chef-jpb-ensina-receita-
paraibana-de-caranguejada-para-o-verao-2016.html>. Acesso em: 20 ago. 2019.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Bucho, tripas,
Vísceras de um bode QB*
fígados e rins
Limão Suco 4 unidades
Sal QB*
Pimenta-do-reino QB*
Alho Purê 3 dentes
Cebolas Brunoise 4 unidades
Coentro Picado 1 maço
Louro Folhas 2 unidades
Vinagre 240ml
Azeite 30ml
Toucinho fresco Cubos 200g
Sangue de bode Coagulado 500g
Colorau 5g
151
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
Procedimento:
1- Lave o bucho várias vezes e esfregue suco de limão por dentro e por fora.
2- Deixe de molho em uma vasilha com o suco de 1 limão e água suficiente para
cobri-lo por 5 horas. Reserve.
3- Limpe muito bem as tripas, o fígado e os rins e pique em cubos. Tempere-os
com sal, a pimenta, o alho, a cebola, metade da quantidade de coentro e as
folhas de louro.
4- Acrescente o vinagre e deixe marinar por 20 minutos.
5- Aqueça o azeite e frite o toucinho em fogo baixo até formar torresmo. Retire-
os e, na gordura que se formou, refogue as tripas, o fígado e os rins.
6- Corte o sangue coagulado em cubinhos. Adicione-o às vísceras, misture por
2 minutos e retire do fogo.
7- Afervente o bucho em água com limão.
8- Em seguida, coloque o refogado de vísceras no interior do bucho e costure-o
com linha.
9- Leve o bucho ao fogo em uma panela com água suficiente para cobri-lo.
10- Tempere com o restante de coentro e o colorau.
11- Acerte a pimenta e o sal.
12- Cozinhe em fogo brando por, no mínimo 4 horas.
13- Acrescente água quente à medida que for cozinhando.
*Quanto baste
FONTE: Adaptado de Coleções Abril (2009e, p. 50)
152
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
LEITURA COMPLEMENTAR
Cláudia Verardi
153
UNIDADE 2 | COZINHA DO SUDESTE E NORDESTE BRASILEIRO
154
TÓPICO 3 | A COZINHA DA REGIÃO NORDESTE II
155
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O Rio Grande do Norte tem uma região geográfica privilegiada, com grande
extensão às margens do Atlântico, por esse motivo, os pratos típicos do estado
são compostos por produtos da terra e fartos frutos do mar.
156
• O povo natural do Rio Grande do Norte são natos potiguares, que em Tupi
“significa “comedor de camarão”. Além dos camarões, o caranguejo aparece
em destaque em algumas preparações regionais.
157
AUTOATIVIDADE
158
UNIDADE 3
COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO
NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, no Tópico 1 da Unidade 3 da disciplina de Cozinha
Brasileira, iremos abordar a Região Centro-Oeste do Brasil e identificar seus
principais ingredientes, sua cultura e a identidade gastronômica.
161
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Abotoado-Armau 35 cm Barbado 60 cm
Cachara 80 cm Corvina 30 cm
Curimbatá 38 cm Dourado 65 cm
Jaú 95 cm Jurupensém 35 cm
Jurupoca 40 cm Pacu 45 cm
Pati 65 cm Piapara 25 cm
Piau 30 cm Piavuçu 38 cm
Pintado 85 cm Piraputanga 30 cm
FONTE: <http://www.ecoadventures.com.br/pt-br/blog-turismo-det.asp?blog=24>.
Acesso em: 2 out. 2019.
ATENCAO
162
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
desconhecidas, o que já é um incentivo a mais para que você as experimente. Vale muito
a pena desfrutar desses sabores exóticos! Dá uma olhada!
1- Cagaita
Quando falamos sobre as frutas do cerrado, não podemos nos esquecer da cagaita.
Uma das mais conhecidas da região, é famosa por ser bem pequena, com a casca amarela
esverdeada e polpa suculenta e ácida, o que lhe garante um sabor azedinho que é uma
delícia! Rica em vitaminas do complexo B, vitamina C e niacina, pode ser encontrada nos
estados de Goiás, Bahia e Minas Gerais. Pode ser consumida naturalmente, mas a dica que
fica é para que não a coma muito madura se não quiser passar um bom tempo no banheiro.
Essa delícia também pode ser encontrada em forma de geleia, doces, licores e
até mesmo sorvetes. Se você nunca teve a oportunidade de experimentar, não sabe o que
está perdendo.
2- Baru
Foto: Reprodução/SPDM
163
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Seu sabor lembra muito o do amendoim e é uma castanha com alto índice de
proteína e rica em óleos graxos. Assim como diversas castanhas, pode ser consumido de
forma natural, torrada, em forma de paçoca, pé-de-moleque, rapadura e várias outras opções.
3- Buriti
Foto: Reprodução/SPDM
É rico em vitaminas A.B e C, sem contar que ainda é uma excelente fonte de
ferro, cálcio e proteínas. O consumo pode ser feito de forma natural, mas também é
possível encontrar deliciosos doces, picolés, sucos, vinhos, licores e tantos outros preparos
diferentes com a fruta.
4- Coquinho-Azedo
164
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
O fruto amadurece quando sua casca atinge uma tonalidade intensa de amarelo,
normalmente, entre os meses de outubro a janeiro. Sua polpa é rica em vitaminas A e C, óleo
e potássio, alimentando também diversos animais típicos desse tipo de vegetação. Sua polpa
é bastante consumida em geleias, bolos, picolés, sucos, sorvetes e licores. Já suas amêndoas
são bastante utilizadas na fabricação de pães, doces, canjicas, biscoitos e óleos.
5- Mangaba
6- Araticum
165
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
As frutas do Cerrado sempre nos reservam belezas à parte. Quem é que nunca se
encantou com o araticum? Sua casca grossa possui formato e relevos bem particulares, o
que acaba fazendo com que seja praticamente inconfundível.
A árvore pode alcançar entre os 4 a 8 metros de altura, sendo que seu crescimento
costuma ser bem lento. Apenas para que você tenha ideia, é normal que dê frutos somente
depois de alcançar 2 metros de altura. No interior da fruta é possível encontrar uma polpa
deliciosa e docinha, com sementes lisas e pretas que ficam presas por ali. O mais comum é
consumi-la de forma natural, mas ainda é possível encontrá-la em doces, sorvetes e sucos.
7- Bacupari-do-cerrado
Esta é uma das mais apreciadas frutas do cerrado, apesar de ser bem provável que
você sequer conheça. Ela é nativa do Vale do São Francisco, do Pantanal, Planalto Central
e de algumas partes da Mata Atlântica. O destaque vai para sua polpa que é consistente,
mas com um sabor bem adocicado. A árvore pode chegar aos 8 metros de altura, sendo
que os frutos amadurecem entre os meses de novembro e dezembro. O mais comum é
consumi-la naturalmente.
8- Murici
166
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
9- Pequi
E por falar nas frutas do cerrado, aqui está uma das mais famosas: o pequi. Sempre
gerando alguns conflitos, já que parece não haver meio-termo em relação ao gosto sobre
a fruta, é bastante popular nos estados de Goiás e Minas Gerais. De cor amarela, aroma
e sabor bastante característicos, se encontra dentro de uma grande casca verde, se
apresentando em caroços que são revestidos por polpa rica em vitamina C, sendo que por
baixo é possível encontrar espinhos… E é aí que mora o perigo!
10- Pera-do-campo
167
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
11- Cereja-do-cerrado
12- Jatobá-do-cerrado
168
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
13- Gabiroba-do-cerrado
FONTE: <https://diaonline.com.br/2019/01/07/frutas-do-cerrado-13-delicias-que-voce-
precisa-experimentar/?utm_source=Isabela+Gon%C3%A7alves&utm_campaign=diaonline-
author>. Acesso em: 2 out.
169
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
E
IMPORTANT
170
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
FONTE: <https://img-global.cpcdn.com/010_recipes/01f44ab9539018f5/751x532cq70/foto-
principal-da-receita-caldo-de-piranha.jpg>. Acesso em: 2 out. 2019.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Filé de pintado Cubo grande 250g
Cebola Brunoise 70g
Alho Purê 1 dente
Óleo 10ml
Pimentão vermelho Brunoise 30g
Mandioca Cubos grande 300g
Pimenta-malagueta verde Brunoise 1 unidade
Cebolinha Chiffonade QB*
Coentro Chiffonade QB*
Sal QB*
171
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Pimenta QB*
Procedimento:
1- Tempere os cubos de filé de pintado com sal e alho. Reserve.
2- Corte a mandioca do mesmo tamanho do peixe.
3- Em uma panela, aqueça o óleo e frite a cebola, a pimenta-malagueta e o
pimentão vermelho, no final acrescente a mandioca.
4- Adicionar água até cobrir. Tampe a panela e cozinhe até a mandioca ficar bem
macia.
5- Acrescente os cubos de peixe, misture cuidadosamente e cozinhe mais um
pouco.
6- Adicionar o coentro e a cebolinha e volte a cozinhar até que o caldo fique bem
grosso.
7- Deve ficar com consistência bem cremosa.
Finalize acertando o sal e a pimenta da preparação.
*Quanto baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Ovo 2 unidades
Manteiga 15g
Cebola Julienne 100g
Espiga de milho verde Grãos 3 unidades
Leite integral 150ml
Queijo meia cura Cubos de 4 cm 100g
Fubá fino 50g
Sal QB*
Manteiga (para untar) QB*
172
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
Procedimento:
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Ovos 3 unidades
Leite 500ml
Açúcar refinado 250g
Farinha de trigo 25g
Fubá Fino 90g
Manteiga 20g
Queijo parmesão ralado 50g
Fermento em pó 1 colher de sopa (rasa)
Procedimento:
FONTE: A autora
173
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
2.1 GOIÁS
O bioma que predomina no estado de Goiás é o Cerrado, repleto de cores,
sabores e diversidade.
174
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
INGREDIENTES QUANTIDADE
MASSA:
Farinha de trigo 300g
Sal QB*
Banha de porco Gelada 50g
Manteiga Gelada 100g
Gema 1 unidade
Água gelada 30ml
Papel-Manteiga Para assar QB*
Grão de feijão Para assar QB*
RECHEIO:
Cubo
Queijo Minas Padrão 50g
pequeno
Lombo suíno temperado e Cubo
100g
cozido pequeno
Filé de peito de frango Cubo
100g
temperado e cozido pequeno
Linguiça de pernil suíno fresca Rodelas
80g
cozida pequena
175
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Cubo
Palmito Guariroba 150g
pequeno
Ervilha fresca Branqueada 50g
Cubo
Ovo cozido 2 unidades
pequeno
Cubo
Pão francês 50g
pequeno
PINCELAR:
Gema 1 unidade
Sal 1 pitada
Água 10ml
Procedimento:
MASSA
1- Peneire a farinha junto com o sal num bowl.
2- Junte a banha de porco e a manteiga e misture delicadamente os
ingredientes com as pontas dos dedos até obter uma farofa.
3- Acrescente a gema de ovo e misture até começar a dar liga.
4- Adicione a água, aos poucos, apenas se for necessário.
5- Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e trabalhe
com os dedos para incorporar todos os ingredientes.
6- Leve à geladeira por 30 minutos antes de usar.
7- Forre o fundo e as laterais de uma forma funda com aro removível de
aproximadamente 20 cm de diâmetro com metade da massa. Reserve na
geladeira a outra metade.
8- Coloque papel-manteiga sobre a massa da forma e por cima coloque os
grãos de feijão-cru (para a massa não estufar) e asse em forno pré-aquecido
à 180 °C por 10 minutos.
9- Retire o papel e os grãos de feijão e asse por mais 5 minutos.
10- Deixe esfriar dentro da forma e somente depois comece a montagem do
empadão.
176
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
RECHEIO
1- Misture todos os ingredientes e reserve.
2- Acerte o sal e a pimenta se necessário.
MOLHO DO RECHEIO
1- Numa panela, derreta a banha e frigir a cebola e o alho.
2- Juntar o molho de tomate e refogar um pouco mais.
3- Juntar o restante dos ingredientes até que levante fervura e crie consistência.
Reserve.
MONTAGEM
1- Depois da massa pré-assada, coloque o recheio e por cima o molho do
recheio.
2- Abra o restante da massa e feche o empadão.
3- Pincele com a gema (misturar a água e o sal na gema para pincelar).
4- Leve ao forno pré-aquecido à 180 °C por 20-30 minutos ou até que esteja
dourada.
*Quanto baste
FONTE: A autora
INGREDIENTES QUANTIDADE
Pequi Lâminas 50g
Arroz 200g
Cebola Brunoise 150g
Alho Purê 2 dentes
Banha de porco 30g
Pimenta-de-Cheiro Mini brunoise QB*
Pimenta-malagueta Mini brunoise QB*
Salsinha Picada QB*
Cebolinha Picada QB*
Sal QB*
Água fervente 600 600 ml
Cortada em 4
Sobrecoxa sem osso 4 unidades
pedaços
177
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Procedimento:
1- Tempere os pedaços de frango com sal, alho e pimenta-do-reino. Frite os
pedaços de frango até que fiquem crocante e dourados, escorra em papel-
toalha. Reserve.
2- Coloque os pequis em uma panela, junte a banha, o restante do alho, a cebola
e leve ao fogo brando e refogue mexendo sempre, até a cebola e o alho ficarem
dourados.
3- Acrescente o frango frito, o arroz e refogue mais um pouco, junte a água
fervente, tempere com sal, cozinhe até o arroz ficar macio e a água secar,
junte pimenta a gosto e misture delicadamente.
4- Tire do fogo, polvilhe salsinha e cebolinha, mais um pouco de pimenta e leve
à mesa.
*Quanto baste
FONTE: A autora
FONTE: <http://www.saboresajinomoto.com.br/uploads/images/recipes/galinhada-com-pequi.jpg>.
Acesso em: 4 out. 2019.
Além dos pratos já citados preparados com arroz, outras preparações à base
de arroz são bastante apreciadas em Goiás, como o arroz com guariroba, arroz com
galinha e guariroba, arroz com suã, arroz Maria Izabel e arroz de puta rica, este
último, conta a lenda que foi criado por uma cafetina da região, que para diferenciar
sua preparação das demais galinhadas servidas em outros estabelecimentos, resolveu
dar mais sustança à receita acrescentando mais proteínas e temperos.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Azeite de oliva 10ml
Bacon Brunoise 30g
Cebola Brunoise 80g
Alho Purê 1 dente
Sobrecoxa de frango Desossada Cubos de 3cm 100g
178
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
FONTE: A autora
179
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
E
IMPORTANT
Carolina Pimentel
180
TÓPICO 1 | A COZINHA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
Alguns dos principais práticos típicos da região centro-oeste são: arroz com pequi,
o tutu com linguiça, a guariroba, a mojica, pacu assado, peixe na telha, peixe com banana,
carne com banana, costelinha, bolinhos de arroz, pamonha, feijão-tropeiro, carne-seca,
toucinho, sopa paraguaia e caldo de piranha.
Cabe destacar que o pequi, um dos alimentos mais característicos dessa região,
possui como constituintes predominantes, os lipídios, com destaque para os ácidos graxos
oleico e palmítico, tanto na polpa quanto na amêndoa; além disso, na polpa, existe um
alto teor de fibra alimentar e compostos fenólicos e carotenoides totais, associados à
prevenção de estresse oxidativo.
No entanto, para quem mora ou, principalmente, para quem está viajando por
esta região, vale a pena procurar bons restaurantes que oferecem os pratos típicos e
aproveitar para experimentar novos sabores e aromas dessa culinária tão rica.
FONTE: <https://www.carolinapimentel.com.br/alimentos-regionais-no-centro-oeste-quando-
as-caracteristicas-geograficas-influenciam-na-alimentacao/>. Acesso em: 16 set. 2019.
181
RESUMO DO TÓPICO 1
• A região do Cerrado – Goiás — é famosa por seus doces e pelas frutas típicas
como: pequi, jenipapo, guariroba, curriola, cagaita, mangaba etc.
• Foi através da descoberta do ouro que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
começaram a se desenvolver, com a chegada dos vizinhos mineiros, paulistas
e nordestinos.
182
AUTOATIVIDADE
183
184
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, no Tópico 2 da Unidade 3 da disciplina de Cozinha
Brasileira, iremos abordar a região que conserva maiores características nativas
do Brasil, a Região Norte, no entanto, assim como nas regiões já estudadas, iremos
identificar seus principais ingredientes, sua cultura e a identidade gastronômica.
185
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
FONTE: <https://www.tudorondonia.com/uploads/11-12-18-dzmubhu89vo145o.jpg>.
Acesso em: 2 out. 2019.
186
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
FIGURA 5 – TIPITI
FONTE: <https://d1o6h00a1h5k7q.cloudfront.net/imagens/img_m/6439/2697046.jpg>.
Acesso em: 5 out. 2019.
FONTE: <https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/940/0/images.terra.com/2018/02/08/tucupi-e-
folhas-de-jambu.jpg>. Acesso em: 6 out. 2019.
187
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
188
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
2.1 PARÁ
O Pará é um dos estados brasileiros que preservam os sabores de um Brasil
primordial, o Brasil que antecede as descobertas, “aquele Brasil antes mesmo das
caravelas e dos navios negreiros” (COLEÇÕES ABRIL, 2009k, p. 11).
INGREDIENTES QUANTIDADE
Coxa e sobrecoxa de Pato Temperada e 2 unidades
Assada
Azeite de oliva QB*
Alho 1 dente
Tucupi 300ml
Jambu 30g
Chicória/Escarola 20g
189
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Procedimento:
FONTE: A autora
O jambu é uma erva local, “considerada afrodisíaca e que causa uma leve
dormência na boca” (COLEÇÕES ABRIL, 2009k, p. 20). Além do Pato no Tucupi,
ela pode ser encontrada em outros pratos, como: o Tacacá (caldo preparado com
tucupi, goma de tapioca, jambu, camarão seco e pimenta-de-cheiro) e o arroz de
jambu, que serve como acompanhamento de outros pratos.
FIGURA 8 – TACACÁ
FONTE: <https://www.receitasdecomidas.com.br/wp-content/uploads/2013/10/tacaca-2.jpg>.
Acesso em: 6 out. 2019.
190
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
FONTE: <http://brasilagosto.org/wp-content/uploads/2018/05/peixe-com-a%C3%A7a%C3%AD_
CH_3004-1024x683.jpg>. Acesso em: 5 out. 2019.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Castanha-do-Pará 200g
Água quente 70ml
Cebola Brunoise 50g
Alho Purê 1 dente
Azeite de oliva 15ml
Camarão rosa médio Limpo 250g
191
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Manteiga 15g
Tomate Concassé 100g
Pimentão Brunoise 30g
Leite 400ml
Farinha de tapioca 30g
Queijo do reino Ralado (sem 50g
casca)
Sal QB
Salsinha Chiffonade QB
Cebolinha Chiffonade QB
Procedimento:
FONTE: A autora
192
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
2.2 AMAZONAS
Muito parecida com a cultura do Pará, a cozinha amazônica também
preserva características de um Brasil indígena, “graças a uma abundância de
ingredientes locais e ao isolamento em relação a outras regiões brasileiras”
(COLEÇÕES ABRIL, 2009f, p. 14).
INGREDIENTES QUANTIDADE
Pirarucu (lombo) Seco 150g
dessalgado
Azeite de oliva 10ml
Banana-da-Terra 1 unidade
193
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
1- Coloque o pirarucu em uma tigela grande, cubra com bastante água, deixe
de molho por 3 horas no mínimo, escorra e lave.
2- Coloque o peixe em uma panela, cubra com água, leve ao fogo alto, deixe
ferver por 10 minutos para eliminar o excesso de sal, tire do fogo e escorra.
(Pode se repetir essa operação por 2-3 vezes se o peixe ainda estiver
salgado).
3- Coloque 1/3 do azeite em uma frigideira, aqueça em fogo alto, junte o peixe,
frite até ficar macio, tire do fogo, deixe esfriar, desfie em lascas e reserve.
4- Coloque óleo em outra frigideira, aqueça em fogo alto, adicionar a banana,
frite dos dois lados até ficarem douradas, tire do fogo e reserve.
5- Em uma tigela, coloque farinha de mandioca, 1/3 do azeite, o vinagre e
misture bem até obter uma farofa (não é necessário levar ao fogo), reserve.
6- Coloque azeite restante em uma panela, aqueça em fogo alto, junte cebola,
deixe dourar levemente, acrescente tomates e o pimentão, cozinhe até
ficarem macios, junte o leite de coco e tempere com sal a gosto, cozinhe até
o molho ficar levemente espesso.
7- Junte os temperos verdes, metade da azeitona picada, misture e tire do fogo.
8- Pré-aqueça o forno em temperatura bem alta (200 ºC).
9- Em uma forma refratária, coloque metade da farofa, lascas de peixe,
bananas, batatas, molho, formando camadas; repita as camadas com os
ingredientes restantes e finalize com o restante da farofa.
10- Leve ao forno e deixe aquecer bem, por 10-15 minutos ou até a farofa
dourar.
11- Tire do forno, decore com azeitonas restantes, rodelas de ovos e sirva em
seguida.
*Quanto baste
FONTE: A autora
194
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
INGREDIENTES QUANTIDADE
Biscoito Champanhe 80g
Leite Umedecer QB*
biscoito
Castanha-do-Pará Picada 50g
Castanha-do-Pará Lâminas finas 20g
(decoração)
195
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
CREME:
Gema de ovo 1 unidade
Leite condensado 100 g
Leite integral 170ml
Polpa de cupuaçu 80g
Amido de milho 20g
GELEIA:
Polpa de cupuaçu 250g
Açúcar 125g
COBERTURA:
Creme de leite fresco 80ml
Açúcar 10g
Procedimento:
Montagem:
FONTE: A autora
196
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
• Pato no Tucupi.
• Maniçoba.
• Tacacá.
• Tambaqui Recheado.
• Caldeirada de Tucunaré.
• Tartaruga à Moda Karajá.
• Costela de Tambaqui no Tucupi.
• Bolinho de Pirarucu e Batata.
• Farofa de Pirarucu.
• Matrinxã na Brasa.
• Peixe Moqueado.
• Pão francês com Tucumã e Queijo, também chamado de X-caboquinho.
• Tapioca de Tucumã e Queijo.
• Pirarucu de Casaca.
• Parmegiana de Pirarucu.
• Pavê de Cupuaçu.
2.3 ACRE
O Acre também carrega traços da gastronomia amazônica, tornando a
culinária local bem parecida com os demais estados do Norte, “embora tenha uma
maior influência dos imigrantes vindos do Nordeste, que foram para o Estado atraídos
pela riqueza gerada pela extração do látex” (COLEÇÕES ABRIL, 2009f, p. 15).
• Quibe de Arroz.
• Quibe de Macaxeira.
• Saltenhas (original da Bolívia).
• Tambaqui à Moda Acreana.
• Pirarucu de Casaca.
197
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
• Costela de Tambaqui.
• Rabada no Tucupi.
• Feijão ao Leite de Castanha do Brasil.
• Panelada.
• Pato no Tucupi.
• Tabule.
• Esfirra.
• Charutos Mariolas.
• Mingau de Banana e Tapioca.
• Açaí na Tigela.
• Pudins, cremes e sorvetes de frutas típicas (maracujá, cupuaçu, açaí, graviola,
jaca, abacaxi, buriti, beribá, cajá etc.).
• Cocadas.
• Bombom de Cupuaçu.
• Salames de Cupuaçu.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Costelas de tambaqui 2 unidades
Limões Suco 3
Vinagre 2 colheres (sopa)
Sal QB*
Procedimento:
2.4 RORAIMA
Assim como os demais estados do Norte do país, a culinária roraimense
carrega as influências indígenas, utilizando das ervas locais, das raízes, das pimentas,
dos peixes, dos frutos amazônicos e tudo o que essa região pode oferecer.
198
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
QUADRO 12 – PÉ-DE-MOLEQUE – RR
INGREDIENTES QUANTIDADE
Massa de mandioca 500g
Ovos 4 unidades
Açúcar 240g
Coco ralado 20g
Cravos a gosto QB*
Erva-doce seca QB*
Folha de bananeira nova QB*
199
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Procedimento:
1- Lave a folha de bananeira. Passe a folha na chama do fogão até que ela
fique completamente brilhosa. Você vai perceber que as bolhas de ar vão
sumindo e a folha vai selando por completo.
2- Retire o caule central e corte em retângulos de um palmo de largura.
3- Coloque os cravos e a erva-doce em uma frigideira pequena e mexa até
desprender o aroma.
4- Coloque em um pilão e soque até virar pó.
5- Misture a massa da mandioca com os ovos, o açúcar, o coco e a mistura de
cravo com erva-doce.
6- Coloque o recheio bem no meio da folha de bananeira, dobre formando um
envelope, em seguida dobre as extremidades fechando e amarre com um
barbante.
7- Usando uma panela de fundo grosso, preferencialmente de ferro, asse
os pacotinhos em fogo médio até que a casca da bananeira desidrate
completamente.
*Quanto baste
2.5 RONDÔNIA
As preparações da cozinha de Rondônia pouco se diferem das cozinhas
antes citadas, mantêm as mesmas características com base no que oferecem a
região amazônica e seus imensos rios.
• Maniçoba.
• Tacacá.
• Mingaus.
• Tucunaré assado.
• Pirarucu na casaca.
• Caldeirada de Tambaqui.
• Tucunaré com bananas.
• Caruru.
• Tapiocas.
• Pamonha.
200
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
• Bolo de macaxeira.
• Cocada de castanha.
• Picles de palmito.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Folhas de mandioca (a maniva) Triturada 1,5kg
Toucinho branco (não defumado) 500g
Toucinho defumado 500g
Pé de porco salgado Dessalgado 500g
Orelha de porco salgada Dessalgada 500g
Língua de porco salgada Dessalgada 500g
Rabo de porco salgado Dessalgado 500g
Lombo de porco salgado Dessalgado 500g
Costela de porco salgada Dessalgada 500g
Paio Rodelas 350g
Chouriço Rodelas 350g
Linguiça de porco Rodelas 350g
Bucho de boi 800g
Charque Dessalgado 1kg
Procedimento:
201
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
2.6 AMAPÁ
O Amapá é outro estado do Norte que abraça os elementos disponibilizados
pela natureza amazônica. As preparações da cozinha amapaense são marcadas
por ingredientes típicos da região e sabores inigualáveis.
• Maniçoba.
• Rosquinha de Carimã.
• Pirarucu ao leite de castanha.
• Tacacá.
• Camarão ao molho de Tucupi.
• Pato no Tucupi.
• Caldeirada de Tucunaré.
• Tucunaré na brasa.
• Peixe na telha.
• Sopa de caranguejo.
• Unha de caranguejo.
• Coxinha de caranguejo.
• Gengibirra (bebida fermentada feita com frutos, gengibre, açúcar, ácido
tartárico, fermento de pão e água).
• Torta de cupuaçu.
• Suco de açaí e de frutas da região.
• Pudim de açaí.
• Docinho de açaí.
• Sucos e sorvetes feitos com cupuaçu, açaí, pupunha, bucuri, uxi, mari, taperabá,
tucumã, macajá.
202
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
INGREDIENTES QUANTIDADE
Castanha-do-pará 100g
Polpa de açaí 500g
Leite condensado 395g
Creme de leite 100g
Procedimento:
2.7 TOCANTINS
A gastronomia do Tocantins é influenciada por diversas culturas, entre
elas, a cultura indígena, portuguesa, paulista, mineira e africana, assim como a de
Goiás, uma vez que, até 1988, as terras do Tocantins eram a parte norte de Goiás.
Como os rios Araguaia e Tocantins são dois dos rios mais piscosos do Brasil,
pode-se notar que as receitas com peixes estão em evidência na culinária do estado.
• Pamonha.
• Peixe na telha.
• Peixe no leite.
• Peixe assado na folha de bananeira.
• Tigelada de guariroba.
• Doce de banana à moda tocantinense.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Caris Limpos e em 8 unidades
pedaços
Limão Suco ½ unidade
Cheiro-verde
Picado QB*
FONTE: A autora
204
TÓPICO 2 | A COZINHA DA REGIÃO NORTE
E
IMPORTANT
Tanto os índios quanto os negros africanos que vieram como escravos consumiam
pimentas em abundância. Os africanos comiam, também, frutos-do-mar, “galinha de
Angola”, e sobras de carnes cozinhadas no feijão (que resultou na famosa feijoada). Tudo
isso, com muito azeite de dendê.
205
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
206
RESUMO DO TÓPICO 2
• Além de meio de transporte, os rios também são fonte de alimento dos nortistas,
pode-se encontrar diversas espécies de peixes, sendo o mais conhecido o
pirarucu, espécie que pode chegar a pesar cerca de 200 kg.
• A mandioca é a vedete das preparações dos estados do Norte, está presente tanto
como acompanhamento, como ingrediente principal de algumas preparações.
• Em toda região norte, é muito comum o consumo de peixe frito servido com
açaí e farinha.
207
• Outros pratos de origem indígena, são famosos no Pará, um dos principais
é o Pato no Tucupi, preparação que também cruzou fronteiras e pode ser
encontrado em quase toda região Norte.
• O jambu é uma erva local, considerada afrodisíaca e que causa uma leve
dormência na boca, além do Pato no Tucupi, ela pode ser encontrada em outros
pratos, como: o Tacacá.
• Dois dos frutos amazônicos que percorreram todo território nacional e caíram
no gosto da população, foram o guaraná e o açaí.
208
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://docplayer.com.br/106156834-E-book-questoes-do-enade-comentadas.html>.
Acesso em: 2 out. 2019.
I- Pirão.
II- Acarajé.
III- Tucupi.
IV- Tacacá.
209
210
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste Tópico 3 da Unidade 3, da disciplina de Cozinha
Brasileira, falaremos sobre a cozinha brasileira contemporânea e como ela se
desenvolveu, vem se destacando e ganhando força.
2 GASTRONOMIA NO BRASIL
O Brasil é um país tropical, dotado de uma variedade de biomas e de
clima variado, riquíssimo em produtos nativos, cores, sabores e aromas. Essa
diversidade de produtos vem sendo reconhecida por profissionais da gastronomia
cada vez mais, não só no Brasil, mas em um âmbito mundial.
211
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
FONTE: <https://infood.com.br/wp-content/uploads/2018/12/MARA_SALLES_A_COMIDA_
BAIANA-e1544397017249-600x230.jpg>. Acesso em: 10 out. 2019.
FONTE: <http://queensberry.ind.br/en/wp-content/uploads/sites/2/2014/12/IMG_7938_thumb.jpg>.
Acesso em: 10 out. 2019.
213
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
FONTE: <http://domrestaurante.com.br/images/slide-menu/slide-menu3.jpg>.
Acesso em: 11 out. 2019.
214
TÓPICO 3 | COZINHA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
INGREDIENTES QUANTIDADE
Namorado 1kg
Caldo de peixe e camarões 750ml
Pão de forma 500g
Água para molhar o pão QB*
Leite de coco 250ml
Camarões secos 100g
Castanha-de-caju Picadas 120g
Amendoins Picados 120g
Azeite 3 colheres (sopa)
Cebola Brunoise 300g
Alho Picado 20g
Gengibre Ralado 25g
Vieiras Bem frescas 24 unidades
Ovas de vieira 24 unidades
Sal QB*
Pimenta-do-reino QB*
215
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Procedimento:
FONTE: <https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/6i/gm/c2/6igmc2ftz1zf2ka88f9rmqfoi.jpg>.
Acesso em: 11 out. 2019.
216
TÓPICO 3 | COZINHA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
INGREDIENTES QUANTIDADE
PARA O CUPIM:
Cupim 2kg
Alho 1dente
Cebolas 3 unidades
Azeite de oliva 30ml
Louro 1 folha
Água 1,5 litros
Sal e pimenta-do-reino A gosto
Sal maldon Para finalização
PARA O GLACÊ:
Cebolas 2 unidades
Cenoura 1 unidade’
Vinho madeira 150ml
Caldo do cupim 100ml
Demi-glace de carne 100ml
217
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Procedimento:
PARA O CUPIM
1- Tempere o cupim com sal e pimenta de todos os lados.
2- Em uma frigideira bem quente doure-o e coloque-o em uma panela de
pressão juntamente com o alho, as cebolas, o azeite, a folha de louro e a
água. Tampe e leve ao fogo, deixando cozinhar de 1 hora e meia a 2 horas
no fogo baixo, até que fique macio.
3- Retire da panela o cupim e reserve.
4- Retire a gordura do caldo e acerte o sal. Reserve.
PARA O GLACÊ
1- Descasque e corte as cebolas e cenoura em rodelas e doure-as bem em uma
panela.
2- Abaixe o fogo e coloque o vinho madeira. Deixe evaporar por alguns
minutos.
3- Junte o caldo de cupim e o demi-glace. Deixe reduzir em fogo baixo durante
30 minutos. Coe e reserve.
PARA O PURÊ
1- Coloque as batatas para cozinhar até que fiquem macias.
2- Depois de cozidas, descasque-as sem deixar que esfriem.
3- Coloque-as no passador de legumes. Em seguida misture as batatas com o
creme de leite e a manteiga previamente aquecidos. Acerte o sal e bata em
um processador até ficar liso.
4- Em uma panela, conclua o preparo do purê, misturando-o com o óleo de
pequi.
FINALIZAÇÃO
1- Corte o cupim em pedaços (de aproximadamente 50g com 5 cm de largura),
cubra-o com papel alumínio e leve-o ao forno para aquecer a 200 °C por
cerca de 5 minutos.
2- Retire-o do forno e pincele com um pouco do glacê. Leve os pedaços à
salamandra durante 30 segundos.
3- Finalize com um pouco de sal maldon sobre cada pedaço e sirva com o
caldo e o purê de pequi.
FONTE: Adaptado de Chaves e Freixa (2007)
218
TÓPICO 3 | COZINHA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
FONTE: <https://brasil.elpais.com/cultura/imagenes/2014/08/13/
actualidad/1407959171_608490_1407960175_sumario_grande.jpg>. Acesso em: 11 out. 2019.
INGREDIENTES QUANTIDADE
Milho orgânico bem branquinho 3 espigas
Leite integral 20ml
Manteiga sem sal Gelada 3 unidades
Limão 1 unidade
Banana-ouro Madura 6 unidades
Caviar 20g
Sal A gosto
Açúcar QB*
219
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
Procedimento:
CURAU
1- Lave e debulhe o milho.
2- Numa panela pequena, acrescente um pouco de manteiga e o milho debulhado.
3- Junte o leite e uma pitada de sal e açúcar e cozinhe até ficar macio.
4- Leve a mistura ao multiprocessador.
5- Acrescente a manteiga gelada aos poucos e processe ligeiramente.
6- Corrija o tempero e reserve.
PELE DE BANANA
1- Amasse a banana e passe por uma peneira de plástico.
2- Adicione gotinhas de limão para evitar a oxidação muito rápida.
3- Com a ajuda de uma espátula, espalhe finas camadas da mistura numa folha de
silicone (silpat) e asse em forno pré-aquecido a 180 °C por 5 minutos ou até que
esteja bem seco.
4- Retire da folha ainda quente e mantenha em recipiente hermeticamente fechado.
FARINHA DE BANANA
1- Corte a banana em rodelas de aproximadamente 0,5 cm de espessura, coloque-as
lado a outra sobre uma folha de silicone (silpat).
2- Polvilhe cada uma com uma camada fina de açúcar e leve ao forno a uma
temperatura de 130 ºC por aproximadamente 2 ou 3 horas ou até obter pequenas
pastilhas desidratadas de cor marrom escuro.
3- Deixe esfriar e bata no processador até obter um pó semelhante a um café.
4- Reserve em pote hermeticamente fechado.
FINALIZAÇÃO
1- Disponha um pouco de curau morno no fundo do prato, o caviar e a pele de
banana.
2- Polvilhe com a farinha de banana e sirva.
FONTE: Sudbrak (2013, p. 59-60)
FONTE: <https://img.estadao.com.br/fotos/crop/960x540/resources/jpg/6/4/1453289805546.jpg>.
Acesso em: 11 out. 2019.
220
TÓPICO 3 | COZINHA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
LEITURA COMPLEMENTAR
Gilson Garrett Jr
Grande parte do olhar para o Brasil se deveu ao fato de chefs como Alex
Atala, de São Paulo, entrarem para o seleto grupo dos melhores do mundo. Este
time de cozinheiros está no hall principalmente por terem se tornado embaixadores
dos ingredientes tupiniquins. Para isso, usam técnicas internacionais para
preparar ingredientes como a mandioca e, ao mesmo tempo, trazem ao mundo
gastronômico novos sabores como a raiz amazônica priprioca, que até então só
era usada na indústria de cosméticos.
221
UNIDADE 3 | COZINHA DO CENTRO-OESTE, DO NORTE E CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
222
TÓPICO 3 | COZINHA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
as pesquisas que fiz, consegui ingredientes locais para não depender tanto de
importação,” diz. Recentemente, Marcelo adotou o conceito Caissara Slow
Food (com dois ‘s’) e apresenta uma gastronomia com veia asiática, mas com
ingredientes do litoral do Paraná.
FONTE: <https://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/a-nova-gastronomia-brasileira/>.
Acesso em: 16 set. 2019.
223
RESUMO DO TÓPICO 3
• Só a partir dos anos 80 é que a profissão dos gastrônomos passou a ser bem
vista no Brasil, dando destaque aos chefs de cozinha.
• A alta cozinha brasileira teve início no Rio de Janeiro e nos anos 90 ascendeu
em São Paulo.
• O enaltecimento dos produtos brasileiros se deu a partir dos anos 90, com a
criatividade de alguns chefs renomados.
224
• As conquistas serão mais acessíveis na medida em que nos organizemos,
intensifiquemos as trocas de experiências, de ideias, de problemas e angústias,
superando o isolamento natural que a prática competitiva da cozinha impõe
aos seus autores.
225
AUTOATIVIDADE
226
REFERÊNCIAS
ALZUGARAY, C.; ALZUGARAY, D. Vamos cozinhar- a festiva cozinha
brasileira. São Paulo: Editora Três, 1983. Disponível em: https://document.onl/
documents/a-festiva-cozinha-brasileira.html. Acesso em: 12 jun. 2019.
COLEÇÕES ABRIL. Cozinha regional brasileira: Ceará. São Paulo: Abril, 2009d.
COLEÇÕES ABRIL. Cozinha regional brasileira: Ceará. São Paulo: Abril, 2009g.
COLEÇÕES ABRIL. Cozinha regional brasileira: Goiás. São Paulo: Abril, 2009h.
227
COLEÇÕES ABRIL. Cozinha regional brasileira: Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul. São Paulo: Abril, 2009j.
COLEÇÕES ABRIL. Cozinha regional brasileira: Pará. São Paulo: Abril, 2009k.
228
GOES, A. M. Brasil na hora de temperar. Sintra: Colares Editora, 2008.
MEDINA, Ignacio. Cozinha país a país Brasil. São Paulo: Moderna, 2006.
229