As Ferramentas de Assessment Na Avaliação de Tendências Comportamentais - Final
As Ferramentas de Assessment Na Avaliação de Tendências Comportamentais - Final
Avaliação de Tendências
Comportamentais
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL............................................................................. 13
CAPÍTULO 1
CONCEITOS ESTRUTURANTES................................................................................................... 19
UNIDADE II
COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO.................................................................................. 31
CAPÍTULO 1
COMPORTAMENTO E CULTURA................................................................................................ 31
UNIDADE III
FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT.......................................................................................... 39
CAPÍTULO 1
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS E CARACTERÍSTICAS INTERVENIENTES....................................... 39
UNIDADE IV
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT........................................................................................................ 49
CAPÍTULO 1
O QUE ESTÁ DISPONÍVEL NO MERCADO?................................................................................ 49
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 77
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Figura 1.
<http://opushuman.com.br/assessment.asp>
Olá alunos. Vamos iniciar nossos estudos para entendermos bem o que significa
assessments, e para isso, é necessário revisarmos alguns aspectos de termos como
‘comportamento humano organizacional’, ‘competência’ e ‘processo de avaliação de
desempenho’.
Porque esses fatores fazem parte do processo do assessment? Primeiro, devemos ter
em mente que a finalidade principal de uma ferramenta de avaliação de perfil ou análise
do comportamento humano é tentar identificar antecipadamente a predisposição
para um determinado tipo de atitude ou até mesmo “entender” o porquê daquele
comportamento no indivíduo. Quando falamos sobre “identificar antecipadamente”,
é porque o resultado desse assessment pode sim contribuir para o mapeamento da
tendência comportamental.
Outro motivo para começarmos nossos estudos baseados nos aspectos ‘comportamento
organizacional’, ‘competência’ e ‘desempenho humano’, é porque para uma melhor
compreensão do que seriam ferramentas de assessment e qual a sua utilização, foi
definido o escopo organizacional e sua relação com o desempenho das pessoas – pois
é o universo onde as ferramentas de assessments possuem maior clareza de objetivos.
Entretanto, é claro que somente a utilização de um tipo de assessment pode não atingir
a precisão desejada na avaliação do comportamento, sendo, portanto, necessário usar
7
outras ferramentas de assessments, de forma conjunta, para obtermos maior fidelidade
nessa tendência comportamental.
Além disso, nos dias atuais, no universo organizacional, conhecer bem seus
colaboradores ou identificar melhores perfis para um determinado cargo ou tarefa
torna-se fundamental – seja por economia de recursos ou pela busca da maior eficácia.
Essa é uma das finalidades primordiais das ferramentas de assessment.
8
Após a breve apresentação desses conhecimentos basilares – mas primordiais para a
construção de uma visão analítica das ferramentas – poderemos refletir de uma forma
personalizada sobre o uso dessas ferramentas de assessments em nossa organização.
Para mantermos a sintonia com os objetivos de aprendizagem da disciplina, sempre
que pensarmos no uso do assessment, temos que analisar “o quê” do resultado desse
assessment poderá influenciar o comportamento do indivíduo.
9
indagações acerca do tema – deixando o aprofundamento conceitual e prático para a
autonomia e curiosidade dos alunos.
Quando estamos falando de senso comum, podemos refutá-lo com a alegação de que
cada indivíduo age diferente – de acordo com seus interesses, valores, motivação,
personalidade, etc. Esse é um paradigma fundamental para ser levado em consideração,
afinal todo o processo – até mesmo na fase inicial de preenchimento dos questionários
e avaliações pelos avaliados – de “interpretação” irá influir no resultado do assessment.
1 Coaching é um processo que visa aumentar o desempenho de um indivíduo (grupo ou empresa), trazendo efeitos positivos,
através de metodologias, ferramentas e técnicas conduzidas por um profissional (coach) em parceria sinérgica e dinâmica com
o cliente (coachee). (MARQUES, 2012, p. 160)
10
FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
Por fim, é importante relembrá-los que este caderno de estudo serve como um guia para
orientar a sua pesquisa mais aprofundada sobre avaliação do desempenho humano e
das ferramentas de assessment disponíveis para avaliar comportamentos, uma vez que
a bibliografia é vasta e lhe será apresentada. Existem outras ferramentas de assessment
além das apresentadas na apostila, por isso, aconselhamos ao aluno, quando possível,
pesquisar diversas fontes e aprofundar suas leituras, a fim de aprimorarem seu
conhecimento, estabelecerem conexões com as teorias apresentadas e escolherem o seu
próprio caminho.
Meta
Compreender o processo de avaliação do comportamento humano nas organizações,
desde os fatores e os “atores” que podem influenciar o resultado, até o conhecimento de
algumas ferramentas de assessment disponíveis no mercado.
Objetivos
»» Identificar os fatores de influência em um processo de avaliação de perfil
em uma organização.
11
FUNDAMENTOS
DA AVALIAÇÃO UNIDADE I
COMPORTAMENTAL
Figura 2.
Fonte: <http://s2.glbimg.com/0Q5U5ot53aTowrWkcs3UyQKeLo0=/620x350/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2015/11/15/cerebro-
como-fazer-melhor-uso-na-sua-carreira.jpg>.
Além disso, entender e prever o comportamento humano tem sido objeto de estudo já
há muitos anos. Robbins (2002) destaca a psicologia, a sociologia, a psicologia social,
a antropologia e a ciência política como algumas das disciplinas que interagem com
o comportamento organizacional. Além disso, “explicar, prever e controlar” são os
objetivos desses estudos. (ROBBINS, 2002, p. 5)
Avaliar o comportamento humano requer muita prática, porém, mais que isso, –
identificar uma tendência comportamental – exige uma percepção aguçada e muitas
informações reunidas sobre o indivíduo.
Sempre que nos depararmos com a missão de avaliar uma tendência de comportamento,
devemos nos preparar substancialmente na coleta de informações e com o suporte de
ferramentas de assessment para realizarmos essa tarefa com maior precisão.
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
Não pensemos que somente uma única ferramenta será suficiente para “traçarmos”
esse perfil, mas sim que temos que utilizar várias para premeditar esse comportamento.
. Aprendizagem
. Motivação
. Personalidade
. Percepção
PSICOLOGIA . Treinamento
. Liderança efetiva
. Satisfação no trabalho
. Tomada de decisao individual
. Avaliação de desempenho
. Avaliação de atitudes
. Seleção
. Projeto de trabalho
. Estresse no trabalho
. Dinâmica de grupo
. Equipes de trabalho
. Comunicação
. Poder
SOCIOLOGIA . Conflito
. Comportamento intergrupal
. Teoria da organização formal
. Burocracia
. Tecnologia organizacional
. Mudança organizacional
. Cultura organizacional
. Mudança de comportamento
PSICOLOGIA . Mudança de atitude
. Comunicação
SOCIAL . Processos de grupo
. Tomada de decisão em grupo
. Valores comparativos
ANTROPOLOGIA . Atitudes comparativas
. Análise intercultural
. Conflito
CIÊNCIA POLÍTICA . Política intraorganizacional
. Poder
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FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
»» motivação;
»» personalidade;
»» satisfação;
»» desempenho;
»» atitude;
»» estresse;
»» comunicação.
Figura 4.
Fonte: <https://image.freepik.com/fotos-gratis/empresario-cansado-cansado-de-dormir-dormindo_1421-236.jpg>.
Vamos fazer uma pequena pausa na leitura para agregar mais conhecimento,
assistindo no link abaixo uma videoaula interessante sobre comportamento
organizacional.
<http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=7074>
15
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
Percebam agora que além da interação com diversas ciências, Robbins (2002) reforça
que analisar o comportamento organizacional e prever o comportamento humano se
torna uma tarefa mais árdua, pois determinados aspectos de influência aparecem com
muito mais frequência e intensidade, tais como: globalização, diversidade da força de
trabalho, busca pela excelência, exigência por maior qualidade e produtividade, clientes
mais exigentes, estímulo à inovação, maior estresse da vida cotidiana e tendência para
uma lealdade diminuída pelas demandas das novas gerações.
Claro que a ideia dessa apostila não é citar todos os fatores e nem esgotar o assunto,
mas somente provocar reflexões sobre o tema, de maneira que possamos entender um
pouco mais sobre o processo da avaliação comportamental.
»» personalidade;
»» emoção;
»» competência;
»» liderança;
»» comunicação;
»» valores e crenças;
»» motivação.
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FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
Momento para reflexão sobre outros fatores que podem afetar o comportamento
humano nas empresas. Entendermos bem o que influencia permitirá selecionar
melhor o assessment.
»» estado motivacional;
»» tipo de personalidade;
»» estresse;
»» relacionamento interpessoal;
»» capacidade cognitiva;
»» carga de trabalho;
»» confiança;
»» nível hierárquico.
Igualmente, é importante citar que o cerne desta apostila é fornecer conhecimento sobre
ferramentas de assessment, porém, o uso dos dados e das informações obtidas com essa
avaliação é tarefa da organização, ou seja, o resultado pode servir para seleção de cargo,
autoconhecimento do funcionário, implementação de mudanças, desenvolvimento
de competências, montagem de equipe, avaliação de tendência comportamental,
17
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
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CAPÍTULO 1
Conceitos estruturantes
Avaliação e desempenho
Figura 5.
Fonte: <https://image.freepik.com/vetores-gratis/design-de-negocio-de-colecao_1212-643.jpg>.
Sempre que avaliamos devemos ter cuidado com os critérios de julgamento e com
a nossa percepção. Na realidade, os instrumentos ou ferramentas de assessments
colaboram para minimizar os parâmetros pessoais na análise das pessoas. Avaliação “é
19
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
o exercício da análise e da percepção sobre a natureza, sobre o mundo que nos cerca e
sobre as ações humanas”. (PEREIRA, 2014, p. 83)
A percepção pode ser afetada por diversos fatores, tais como nosso sistema de valores,
nossas crenças e experiências vividas, nossa cultura, nossa atitude e motivação, nossas
expectativas e estado de espírito, dentre outros, conforme apregoa Robbins (2009).
Ainda, conforme Chiavenato (apud PEREIRA, 2014, p. 83, grifo nosso), “avaliação do
desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa no cargo e
o seu potencial de desenvolvimento futuro. Toda avaliação é um processo para
estimular ou julgar o valor [...]”.
Acesse os links:
<http://www.redalyc.org/pdf/3995/399537956004.pdf>.
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/aletheia/n26/n26a03.pdf>.
Uma avaliação com julgamento também chamamos por apreciação. Para avaliar
por apreciação – que significa um processo de avaliação por meio de julgamento
direto – fazemos uma observação. Dentre os tipos de observação conhecidos,
podemos dividir em: observação assistemática e observação científica.
20
FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
»» pesquisa de campo;
»» avaliação 360º;
Entretanto, avaliar o desempenho de uma pessoa requer também experiência, pois sem
essa prática podemos incorrer em erros que afetam nosso julgamento.
21
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
Figura 6.
Fonte: <http://www.dimep.com.br/wp-content/uploads/2016/05/1-Avalia%C3%A7%C3%A3o-de-desempenho.jpg>.
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FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
Erro de Projeção
(subjetividade)
. Avaliador projeta seus erros e suas
qualidades no avaliado.
Erro de Força do
hábito
. Tendência de repetir avaliações anteriores
e não considerar fatos reais e recentes.
Erro de
. Avaliação baseada somente nos critérios julgados
importantes pelo avaliador, desconsiderando
unilateralidade aspectos principais da organização.
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
De acordo com Robbins (2009, p. 254), existem maneiras para minimizarmos “os
erros” e melhorarmos a nossa avaliação de desempenho, tais como:
»» treinar avaliadores;
»» normatizar o feedback.
Igualmente, convém relembrar que uma avaliação “eficaz e justa” segue alguns critérios,
não devendo apenas ressaltar aspectos negativos. Para entendermos um pouco mais
o processo de avaliação e agregarmos conhecimento ao nosso estudo, veremos o que
significa o ato de criticar.
Porém, antes de prosseguirmos, façamos uma pausa para uma autocrítica por meio de
alguns questionamentos:
24
FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
»» Crítica é julgamento?
A crítica
Figura 8.
Fonte: <http://mensagens.culturamix.com/blog/wp-content/uploads/2013/06/sobre-a-critica-pela-critica-foto-300x203.jpg>.
Para tanto, criticar uma pessoa não significa apenas apontar os defeitos ou diminuir as
capacidades, mas possui um reflexo muito mais amplo e didático. Destaca-se que uma
boa crítica utiliza o princípio da oportunidade, ou seja, saber o momento correto para
elogiar ou corrigir rumos do colocaborador pode ser primordial quando nos referimos
ao desempenho organizacional.
Dessa forma, uma definição completa sobre a arte de criticar pode ser entendida,
como: a arte de apreciar méritos e deméritos (qualidades e defeitos) a fim de melhorar
desempenhos futuros.
25
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
Podemos ressaltar alguns aspectos gerais na hora de ser fazer uma crítica:
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FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
Como o assessment é uma avaliação de perfil e também coleta de dados, pode provocar
reações emocionais negativas no indivíduo e influenciar a tendência comportamental.
O feedback é uma função vital nas empresas, principalmente nas que visam à evolução
do desempenho das pessoas.
Acesse os links:
<http://exame.abril.com.br/videos/sua-carreira/como-fazer-uma-critica-dura-
sem-ofender/>.
<http://exame.abril.com.br/videos/dicas-para-empreendedores/como-dar-um-
feedback-positivo-ao-meu-funcionario/>.
<http://exame.abril.com.br/videos/sua-carreira/como-lidar-com-um-feedback-
negativo/>.
Feedback
Figura 9.
Fonte: <https://image.freepik.com/vetores-gratis/apresentando-gerenciamento-de-relacionamento-com-
clientes_1325-187.jpg>.
27
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
Segundo Passmore (2012, edição kindle, tradução nossa), o feedback pode ser
influenciado por diversos aspectos, tais como:
»» credibilidade do avaliador;
»» status;
»» autoridade do avaliador;
»» fatores de distração.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=Aoo35sH8Juc>.
<https://www.youtube.com/watch?v=9ENi6c2QjaE>.
<https://www.youtube.com/watch?v=i0WIhRt1h-s>.
Quando falamos dos fatores de influência do feedback, será que realmente tudo pode
ter reflexo no comportamento das pessoas?
28
FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL│ UNIDADE I
Temos que ressaltar aqui que o feedback pode até ter uma finalidade “mais pessoal” de
melhoria, entretanto, o foco desta apostila é o campo corporativo, tendo em vista o uso
das ferramentas para avaliar tendências comportamentais.
Observar a “individualidade”, pois as pessoas podem reagir de formas Considerar um modelo padronizado de feedback para qualquer
diferentes. pessoa.
29
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL
Acesse os links:
<http://exame.abril.com.br/blog/sua-carreira-sua-gestao/feedback-360-como-
receber-criticas/>.
<http://exame.abril.com.br/carreira/as-regras-de-ouro-para-encarar-a-hora-do-
feedback-sem-surtar/>.
<http://exame.abril.com.br/pme/10-dicas-praticas-de-como-dar-feedback-
para-sua-equipe/>.
Falamos bastante sobre comportamento até agora, porém, a qual comportamento nos
referimos na avaliação de um perfil? O que gera um comportamento? Quais sinais nos
permitem “identificar” esses comportamentos?
30
COMPORTAMENTO
NO AMBIENTE DE UNIDADE II
TRABALHO
CAPÍTULO 1
Comportamento e Cultura
Comportamento
Figura 10.
Fonte: <http://deliverapp.com.br/wp-content/uploads/2017/03/pensamento-sentimento-comportamento.jpg>.
Entretanto, ter uma ferramenta de coleta de informações confiável que nos permita
minimizar as discrepâncias é fundamental nos ambientes organizacionais, e nós, na
função de avaliadores, precisamos entender a utilidade e as limitações das ferramentas
de assessment.
31
UNIDADE II │ COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Os próprios estudos conduzidos pela psicologia ao longo das últimas décadas não
conseguiu estabelecer padrões de confiabilidade total para premeditar o comportamento
humano, principalmente pelas diferenças individuais e pelo fatores intervenientes
envolvidos no processo.
Comportamento humano
Figura 11.
Fonte: <https://image.freepik.com/fotos-gratis/boneca-de-pano-acima-de-um-targey-azul_1156-163.jpg>.
»» seus valores;
»» sua personalidade;
»» suas emoções; e
»» suas motivações.
Cabe destacar que o objetivo dessa apostila não é questionar ou estudar anomalias no
comportamento, mas apenas fomentar a reflexão sobre as necessidades e importância
das ferramentas de assessments – que são vitais para observação das tendências
comportamentais.
32
COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO │ UNIDADE II
Outra situação que também pode influenciar o comportamento das pessoas é o ambiente
em que elas se encontram. Esse fato se torna importante quando considerarmos a
análise de um perfil e o uso de ferramentas de assessments.
Assim, em uma análise sobre o que disse Dimitrius e Mazzarella (2000), podemos notar
que o ambiente pode “retrair” o comportamento do indivíduo, fazendo com que suas
ações ou atitudes não reflitam diretamente o que possivelmente tenha sido mapeado
em um assessment.
Conforme afirma Robbins (2009, p. 5), uma das finalidades do estudo do comportamento
organizacional é “ajudar os administradores a explicar, prever e controlar o
comportamento humano”.
Por tudo isso, ao utilizarmos uma ferramenta do assessment, ainda que a finalidade
principal seja minimizar a subjetividade, devemos ter o cuidado de também analisar
o cenário como um todo – como um sistema – pois poderá influenciar o resultado
da avaliação das respostas do indivíduo. Para maior fidedignidade do processo e
33
UNIDADE II │ COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=rOtvQ6IoZjA>.
<https://www.youtube.com/watch?v=WkhkN-sPW5g>.
Comportamento organizacional
Figura 12.
Fonte: <https://image.freepik.com/fotos-gratis/trabalho-em-equipe-poder-negocios-bem-sucedidos-conceito-no-local-de-
trabalho_1423-102.jpg>.
34
COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO │ UNIDADE II
Fonte: <https://pt.slideshare.net/tajratecnologias/comportamento-organizacional-1-26035071r>.
INDIVÍDUO
Comportamento
micro-organizacional
GRUPO
Comportamento
meso-organizacional
ORGANIZAÇÃO
Comportamento
macro-organizacional
Fonte: <https://pt.slideshare.net/tajratecnologias/comportamento-organizacional-1-26035071r>.
35
UNIDADE II │ COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Acesse os links:
<http://www.webartigos.com/storage/app/uploads/public/593/33f/
fa2/59333ffa2ed5a062674156.pdf>.
<http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/institucional/esgc/
biblioteca_eletronica/livros/Comportamento.pdf>.
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2012_tn_sto_160_932_19975.
pdf>.
<http://www.scielo.br/pdf/epsic/v7nspe/a03v7esp.pdf>.
<http://ccompormentorganizacional.blogspot.com.br>.
Cultura organizacional
Figura 14.
Fonte: <http://br.freepik.com/vetores-gratis/recursos-humanos-e-gestao_1250635.htm>.
36
COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO │ UNIDADE II
Como afirma o autor (2009, p. 225), “as organizações também tem personalidade
própria”. A cultura organizacional é um sistema de valores compartilhados pelos seus
funcionários.
»» o grau em que os dirigentes focam nos resultados mais que nas técnicas
e nos processos em si;
2 Questionnaire Measures of Organizational Culture. In: ASHKANASY, N. M., WILDEROM, C. P. M. e PETERSON, M. F. (eds.).
Handbook of Organizational culture and climate, 2011.
37
UNIDADE II │ COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=38aoPN6orVo>.
<https://www.youtube.com/watch?v=p0rgPNfN52Y>.
Após essa breve lembrança sobre cultura organizacional será que podemos
refletir se a cultura na empresa afeta o instrumento de avaliação de perfil ou
assessment? Vamos pensar um pouco? Aproveitem a oportunidade e pesquisem
um pouco mais sobre cultura organizacional em artigos científicos.
Fonte: <https://scholar.google.com.br>.
38
FATORES DE
INFLUÊNCIA NO UNIDADE III
ASSESSMENT
CAPÍTULO 1
Aspectos comportamentais e
características intervenientes
Figura 16.
Fonte: <http://mensagens.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/frases-sobre-o-comportamento-humano-2/frases-sobre-o-
comportamento-humano-7.jpg>.
Dentre os parâmetros que possuem reflexo direto para o resultado dos assessments,
podemos citar alguns que fazem parte da construção da personalidade do indivíduo ou
da geração de comportamento e atitude.
39
UNIDADE III │ FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT
De acordo com Schultz e Schultz (2002, p. 250), “Gordon Allport definiu como
comportamento expressivo o comportamento espontâneo que expressa os nossos
traços de personalidade e é exibido sem percebermos”.
Figura 17.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-ZUx4gqpJ1_Q/U21aPom7WgI/AAAAAAAAmcs/Y040np1zMCI/s1600/o-que-e-
etica-e-moral.jpg>.
Esses valores podem ser éticos, morais, sociais e familiares. Apenas para relembrarmos
que valores são fundamentais na vida das pessoas, e que muitas vezes possuem enorme
influência na atitude dos indivíduos, que moldam suas ações na dia a dia pautados
nesses quesitos.
40
FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT│ UNIDADE III
Mais uma vez podemos notar que os valores e as crenças moldam o comportamento
humano. Kuhnke (2013, p. 36) reafirma que “os valores guiam seu comportamento e
podem paralisá-lo em seu caminho. Seus valores afetam suas escolhas independentente
de você estar ou não consciente de seus padrões”.
Além dos valores e das crenças que movem o ser humano em determinada direção,
o ‘saber do indivíduo’, o ‘saber fazer’ e o ‘querer fazer’ também podem influenciar o
comportamento individual, principalmente pelo fato de que vivemos em sociedade e a
competência ou a falta de competência expõe o indivíduo.
Competência
Figura 18.
Fonte: <https://www.enora.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Entrevista-Sele%C3%A7%C3%A3o-Compet%C3%AAncia.jpg>.
41
UNIDADE III │ FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT
Como estamos tratando aqui apenas sobre o que interfere no ambiente organizacional,
abordaremos um conceito de competências mais alinhado à execução de tarefas no
âmbito do trabalho e que se relaciona ao desempenho das pessoas.
Uma definição que corrobora com a situação descrita acima, foi apresentada por Martha
Alles (2011, p. 33, tradução nossa): “faz referência às características da personalidade,
provenientes dos comportamentos, que geram um desempenho excelente no trabalho”.
Podemos perceber que a autora argentina destaca que a competência deve estar
relacionada ao desempenho no âmbito do trabalho. Igualmente, Joel Souza Dutra,
autor de diversos livros sobre o tema, reforça que a origem americana do conceito
define como sendo um conjunto de qualificações que possibilitam uma performance
superior no trabalho. (DUTRA, 2012).
42
FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT│ UNIDADE III
O modelo CHA de competências é uma das teorias mais conhecidas e aplicadas nas
empresas, baseando-se como o conjunto de Conhecimento, Habilidades e Atitude.
Figura 19.
Fonte: <https://blog.softwareavaliacao.com.br/descricao-de-cargos/>.
<http://www.scielo.br/pdf/rac/v5nspe/v5nspea10.pdf>.
<http://www.scielo.br/pdf/ci/v37n2/a01v37n2.pdf>.
<http://www.repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/3079/2/20100203.pdf>.
43
UNIDADE III │ FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT
Motivação
Figura 20.
Fonte: <http://ftrcoaching.files.wordpress.com/2013/11/cenouras-e-burros1.jpg?w=474>.
O tópico ‘motivação’ é abordado nessa apostila porque também pode produzir influência
nos assessments comportamentais. Como dito anteriormente, diversos aspectos
produzem reflexos na avaliação de uma tendência dos comportamentos das pessoas e é
importante compreender, atuando como avaliadores, que esse quesito afeta o resultado.
Corroborando, Robbins (2009, p. 48, grifo nosso) define motivação como “um
comportamento externado e que as pessoas motivadas dedicam um esforço maior
ao seu desempenho do que as desmotivadas”. Uma vez mais nota-se a influência dos
fatores no comportamento humano.
A proposta da apostila não é ensinar motivação, mas somente alinhar o termo com as
ferramentas de assessments. Dessa forma, a motivação ou desmotivação afeta a atitude
e, consequentemente, a tendência do seu comportamento analisado no assessment.
Macêdo et al. (2007, p. 91) identificam exatamente essa questão quando indagam “Por
que é tão importante conhecer os mecanismos da motivação? Simplesmente porque
todo comportamento humano é gerado por algo que o motiva”.
Igualmente, “motivação é definida como uma inclinação para a ação que tem origem
em um motivo”. (BERGAMINI, 1997, p. 24)
44
FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT│ UNIDADE III
Devemos lembrar também que o processo composto por emissor – mensagem – canal –
receptor – retroalimentação interfere de maneira similar na tendência comportamental
das pessoas, porque, em síntese, a recepção da mensagem e sua interpretação podem
modificar a maneira de agir.
Comunicação
Figura 21.
Fonte: <https://vanzolini.org.br/wp-content/uploads/sites/2/2015/04/communication.jpg>.
Agora você que é um aluno atento deve estar se perguntando: o que a comunicação tem
a ver com assessment?
45
UNIDADE III │ FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=rd1mCZVNnxE>.
<https://www.youtube.com/watch?v=aPs6q5vqnFs>.
<https://www.youtube.com/watch?v=7m-yuzFljpc>.
Liderança
Figura 22.
Fonte: <http://www.sbdg.org.br/web/site/wp-content/uploads/2016/07/lider2.jpg>.
46
FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT│ UNIDADE III
Uma definição simples de liderança que aborda essa questão é apresentada por Ponder
(2010, p. 17): “Liderança é capacidade de conseguir a realização das coisas certas na
hora certa, com a assistência de outras pessoas”.
Podemos notar que o autor americano cita “realização das coisas”, e dessa forma
é possível entender que tem o mesmo significado que ‘agir’ ou ‘ação’ ou ‘atitude’ ou
‘comportamento’.
Personalidade e emoção
Figura 23.
Fonte: <http://www.sobreavida.com.br/wp-content/uploads/2011/12/multipersonalidade.jpg>.
47
UNIDADE III │ FATORES DE INFLUÊNCIA NO ASSESSMENT
Destacamos que a ideia desse tópico não é descrever as personalidades existentes, mas
somente enumerar aspectos que ressaltem a influência direta da personalidade para a
avaliação de tendências comportamentais.
<https://www.youtube.com/watch?v=ZVSTxSnKUzU>.
<https://www.youtube.com/watch?v=GyFQj64amhY>.
<https://www.youtube.com/watch?v=smDeFnbNg3Y>.
Agora que já vimos os aspectos que podem interferir no comportamento e que podem
influenciar determinadas atitudes – e que devem ser analisados previamente a um
assessment – estamos preparados para conhecer um pouco sobre os instrumentos que
permitem avaliar um perfil ou uma tendência comportamental.
48
FERRAMENTAS DE UNIDADE IV
ASSESSEMENT
CAPÍTULO 1
O que está disponível no mercado?
Figura 24.
Fonte: <https://www.talentclick.com/wp-content/uploads/2013/08/legal-ways-to-use-assessments.png>.
Ainda segundo o psicólogo inglês Jonathan Passmore (2012, tradução livre), os testes
psicométricos auxiliam as pessoas nos seguintes fatores:
49
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
50
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
nível de motivação, os aspectos e escalas dos valores das pessoas, as forças de caráter,
pontos fortes e competências.
Sugerimos como forma de agregar os conhecimentos dos alunos, e de acordo com seus
próprios interesses, que busquem mais informações a respeito da temática ou assunto
que possuem necessidades profissionais.
Nesse capítulo vamos citar algumas ferramentas e o seu uso – devendo estimular a
autonomia do aluno na busca para ampliar o conhecimento acerca de cada uma delas,
sendo, inclusive, uma necessidade tendo em vista a variedade de ferramentas existentes
e também por causa de sua diversidade de utilização no âmbito organizacional.
Cabe destacar aqui, ainda, que a flexibilidade de uso criativo de cada uma delas permitirá
aos aplicadores um universo extenso para os objetivos específicos das organizações.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=GcrhAYNkmWo>.
<https://www.youtube.com/watch?v=1QTuSfm9iNw>.
51
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Além disso, porque o modelo FLOW seria importante quando se fala sobre “tendência
comportamental”? Os estudos relativos a esse “estado de fluxo” demonstram que ele
se refere à motivação intrínseca” (KAMEI, 2016), e como abordamos anteriormente, a
motivação afeta o comportamento.
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/-39lGhN3csZ0/VFEaCuKJudI/AAAAAAAADHo/3hpfkV19XOs/s1600/FLOW%2B1.jpg>.
De acordo com Krogerus e Tschäppeler (2017, p. 50), esse fluxo que potencializa o
desempenho pode aparecer quando “estamos concentrados em uma atividade que
nós mesmos escolhemos, que não é pouco ou excessivamente desafiadora, possua um
objetivo claro e tenha retorno imediato”.
52
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
»» gerenciamento de funcionários;
»» desenvolvimento de liderança;
»» educacional;
»» redução do estresse;
»» incremento da autoestima;
»» treinamento de executivos;
»» performance acadêmica;
»» satisfação no trabalho.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=BAljbVf-HXA>.
<https://www.youtube.com/watch?v=DExY6NLzU_E>.
<https://www.youtube.com/watch?v=9FBxfd7DL3E>.
Roda de Competências
Essa ferramenta tem a finalidade de proporcionar e identificar a percepção do nível
de satisfação do indivíduo com determinadas competências pré-estabelecidas,
normalmente em uma escala de 0 a 10.
53
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
são prioritárias nesse processo devemos ter estreita coordenação com o setor de RH
para melhor identificação das competências.
Fonte: <https://www.hitradar.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Roda_das_competencias.png>.
Janela de Johari
A Janela de Johari permite efetuar uma análise sobre como o indivíduo se percebe e
como é percebido pelos outros. Em 1955, Joseph Luft e Harry Ingham desenvolveram
um modelo para demonstrar e aumentar o autoconhecimento e compreensão mútua
entre as pessoas ou grupos. Segundo Krogerus e Tschäppeler (2017, p. 53), esse “é um
dos modelos mais interessantes para a descrição humana”.
54
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Fonte: <http://scientiaarca.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2014/12/window3.png>.
Um ponto de destaque na figura é a indicação sobre onde devemos pedir feedback, pois
se torna fundamental para a análise do perfil individual.
Entretanto, a “área cega” representa tudo que é ignorado por si próprio e pelas
questões em que os indivíduos possuem visões distorcidas sobre si. Finalmente, a “área
desconhecida” pode ser considerada como o que nem as próprias pessoas e nem os
outros conhecem claramente.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=cwzYUxAqTlw>.
<https://www.youtube.com/watch?v=Zx_YTzLwucw>.
55
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Fonte: <https://m100group.files.wordpress.com/2012/12/uffe-elbaek-model-001.png?w=600>.
Vamos aprender um pouco mais com um vídeo sobre modelo Uffe Elbaek?
Modelo da Energia
O Modelo da Energia é uma forma de análise ou avaliação ou assessment que busca
obter informações se o indivíduo “vive” no passado, no presente ou no futuro. Na
verdade esse modelo trata de entender em que direção está o pensamento das pessoas.
56
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Krogerus e Tschäppeler (2017, p. 68) exemplificam esse modelo por meio de algumas
perguntas ou questionamentos reflexivos para realizar esse entendimento: “Com que
frequência você pensa no que aconteceu com saudade e gratidão? Com que frequência
tem a sensação de estar realmente concentrado no que está fazendo em um momento
específico? Com que frequência imagina o que o futuro pode trazer e se preocupa com o
que pode acontecer? Assim, ele pode definir o indivíduo como “Nostálgico”, Sonhador”
ou “Realista”.
Trazendo novamente para o “cenário” da nossa apostila, é fácil perceber que, dependendo
“para onde” a mente das pessoas está direcionada, sua atitude pode refletir na avaliação
que fazemos do indivídio. Como estamos lidando com “tendências comportamentais”,
devemos sempre ter essa análise em mente, conforme as figuras a seguir.
57
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Modelo do Making-of
Figura 32.
Fonte: <https://hellobacsi.com/wp-content/uploads/2016/08/172122455-300x300.jpg>.
Essa ferramenta de análise pode ser considerada estratégica, no que diz respeito ao
autoconhecimento sobre os planos de futuro das pessoas. Voltemos nossa atenção para
uma ferramenta de análise de tendências comportamentais, e notem que identificar
corretamente os planos de futuro das pessoas pode auxiliar o avaliador na previsão do
comportamento delas.
58
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Figura 33.
Fonte: <https://br.pinterest.com/pin/665969863617155695/>.
A Roda da Vida é uma das ferramentas de assessment mais simples de serem aplicadas,
pois permite avaliar quais áreas da vida o indivíduo possi maior valorização. A partir
dessa análise, consegue-se inferir um direcionamento do comportamento.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=8OTl2ggx7es>.
<https://www.youtube.com/watch?v=h_vvbn5p8Rg>.
59
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Figura 34.
Fonte: <http://tl.fanpop.com/clubs/mbti/images/37796801/title/mbti-chart-photo>.
Figura 35.
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/-2RnOsJoIYZs/VE16DAVSkDI/AAAAAAAAFDc/C1_dc9vJovg/s1600/Tipos-MBTI-Myers-Briggs-Type-
Indicator.png>.
60
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
O MBTI permite obter análises do indíviduo quanto as suas “atitudes”, tais como
extroversão e introversão; sensação e intuição; pensamento e sentimento; e julgamento
e percepcão.
Segundo Robbins (2009, p. 35), o “MBTI é um dos modelos mais utilizados de tipologia
de personalidade em todo o mundo”.
Schultz e Schultz (2002) citaram que Jung afirmou que todos tem a capacidade para
as diversas atitudes (E ou I; S ou N; T ou F; J ou P), mas somente uma de cada par irá
predominar na personalidade e, dessa forma, a atitude dominante tende a direcionar
o comportamento e a consciência da pessoa. Logo, podemos concluir a forte relação
do tipo de personalidade com as atitudes – independentemente das respostas do
assessment.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=KgwFMoPoJ0Y>.
<https://www.youtube.com/watch?v=N55AdoNV2Fs>.
61
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Pirâmide de Maslow
Figura 36.
Fonte: <http://blog.vivaexperiencias.com.br/wp-content/uploads/2016/10/A-Pir%C3%A2mide-de-Maslow-e-a-
Motiva%C3%A7%C3%A3o-Profissional.jpg>.
Como já citado anteriormente, qualquer “objeto de coleta de dados” pode ser considerado
uma ferramenta de assessment.
Robbins (2009, p. 49) refere-se à Pirâmide como uma escala gradual de “necessidade
dominante”. Quando falamos sobre fator motivacional, estamos ressaltando à
capacidade desse fator influenciar o comportamento.
Ainda, Cavalcanti et al. (2009, p. 89) cita que para Maslow, “o que move o ser humano é a
busca da satisfação das necessidades [...] e nosso comportamento seria mobilizado pelas
faltas, e nossas ações constituiriam meios para atingir a satisfação das necessidades”,
caracterizadas pelas nossas escalas de desejos, conforme exemplificado na figura 36.
62
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=22TK6BAFEpk>.
<https://www.youtube.com/watch?v=GLnmQOwwoho>.
<https://www.youtube.com/watch?v=oUwcc9E5OVY>.
Figura 37.
Fonte: <http://arlt-lectures.com/9686wise12-sinus.htm>.
63
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Modelo IA
Figura 38.
Fonte: <http://legalas.lwsite.com.br/metodologias>.
64
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
SWOT pessoal
Figura 39.
Fonte: <https://pt.linkedin.com/pulse/como-fazer-uma-análise-swot-pessoal-edson-miranda-da-silva>.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=B-JZ5xXHLK0>.
<https://www.youtube.com/watch?v=H4mDDpZURYI>.
<https://www.youtube.com/watch?v=3Q8GLtR0Hzo>.
65
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
VIA Character
Figura 40.
Fonte: <https://s3.us-east-2.amazonaws.com/viaassets/survey600x500.png>.
66
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Figura 41.
Fonte: <https://aminhacarreira.files.wordpress.com/2014/03/24forcas.jpg?w=538&h=333>.
»» fortalecer relações;
»» gerenciar problemas;
»» aumentar a confiança;
»» reduzir o estresse;
»» atingir os objetivos.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=U3nT2KDAGOc>.
<https://www.youtube.com/watch?v=U5zBgHmdU5M>.
67
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Figura 42.
Fonte: <http://www.mapamental.org/wp-content/uploads/2014/06/seis_chapeus_do_pensamento.jpg>.
Também conhecido como “modelo dos seis chapéus do pensamento”, idealizado por
Raymond Belbin e Edward De Bono, é uma conhecida técnica de roleplaying para
avaliação de formas de pensar, recursos de equipe e para estimular a comunicação
durante a discussão de um tema.
A técnica ou modelo dos sies chapéus poderia até ser caracterizada como uma “dinâmica”,
porém, sua abordagem de identificar como pensam as pessoas em determinadas
situações permite avaliar e coletar informações sobre o perfil comportamental do
indivíduo – sendo, por isso, também, de acordo com os critérios definidos por esse
caderno de estudos para assessment, uma ferramenta de análise de perfil.
68
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Para uma maior compreensão, Magalhães (2003) fornece uma ideia clara das
características e dos questionamentos a serem feitos quando usando cada chapéu da
técnica dos seis chapéus, conforme o exemplo a seguir:
Figura 43.
Fonte: <http://www2.joinville.udesc.br/~i9/wp-content/uploads/2015/10/seis-chapeus-475x330.jpg>.
69
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Dessa forma, como resultado desse assessment, podemos identificar, segundo Krogerus
e Tschäppeler (2017), nove tipos de perfis:
Com base nesses conceitos do modelo dos seis chapéus, é possível mapear um perfil dos
indivíduos e identificar como irão agir em dada situação – transformando-se em uma
poderosa ferramenta de análise.
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=ubhPZEKrSEw>.
<https://www.youtube.com/watch?v=5aPTkOT8uVA>.
Alpha Assessment
Figura 44.
Fonte: <http://leilasantos.com.br/wp-content/uploads/2017/04/alpha-assessment.png>.
70
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Figura 45.
Fonte: <https://www.cozex.com.br/a-sindrome-do-macho-alfa>.
Modelo DISC
Figura 46.
Fonte: <http://www.perfildisc.com/images/perfil_disc_colores_fondo_negro.png>.
A área “D” indica como a pessoa lida com os problemas e desafios. De acordo com
Sugerman, Scullard e Wilhelm (2012), esse quadrante descreve as pessoas como
orientadas, com fortes opniões, diretas, duras e competitivas – características que
enaltecem a emoção “RAIVA” como dominante.
Fonte: <http://carreira.com.br/wp-content/uploads/2017/06/Cerebro_Empedocles-03-300x247.jpg>.
72
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Figura 48.
Fonte: <http://idealerh.com.br/wp-content/uploads/2017/05/banner.jpg>.
De acordo com Passmore (2012, edição kindle, tradução nossa), esses cinco grandes
fatores da personalidade refletem os seguintes comportamentos:
73
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Como já citamos, entender a personalidade humana possibilita analisar com certo grau
de precisão sobre como o indivíduo irá agir em uma situação apresentada no âmbito
organizacional.
Avaliação 360º
Figura 49.
Fonte: <http://agendor-blog-uploads.s3-sa-east-1.amazonaws.com/2016/02/05085610/avaliacoes-360.jpg>.
74
FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT │ UNIDADE IV
Segundo Gramigna (2007), para uma maior credibilidade e precisão no processo alguns
princípios devem ser respeitados na avaliação 360º:
»» As informações que serão coletadas devem estar claras para todos que
avaliam.
Figura 50.
Fonte: <http://www.sobreadministracao.com/wp-content/uploads/2012/03/avalia%C3%A7%C3%A3o-360-graus.jpg>.
75
UNIDADE IV │FERRAMENTAS DE ASSESSEMENT
Acesse os links:
<https://www.youtube.com/watch?v=5t-QseRO1VQ>.
<https://www.youtube.com/watch?v=Gk5XtU5xLWk>.
76
Referências
CAVALCANTI, Vera Lucia et al. Liderança e motivação. 3ª ed. Rio de Janeiro: FGV,
2009. (Série Gestão de Pessoas).
77
REFERÊNCIAS
JONES, G.; GORELL, R. 50 top tools for coaching: a complete toolkit for developing
and empowering people (edição kindle). 3ª ed. London: Kogan Page, 2015.
MARQUES, José Roberto. Leader coach: coaching como filosofia de liderança. São
Paulo: Ser Mais, 2012.
78
REFERÊNCIAS
RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de pessoas. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
SOLANO, Alejandro Castro; PERUGINI, María Laura Lupano; NADER, Denise Benatuil
y Martín. Teoría y evaluación del liderazgo. Buenos Aires: Paidós, 2011.
79
REFERÊNCIAS
Sites
CULTURA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. Disponível em: <http://
ccompormentorganizacional.blogspot.com.br>. Acesso em: 30 jun. 2017.
80