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Metodologia P Planejamento de Obras de Edificações em Pequenas Empresas de Engenharia

Este documento apresenta uma metodologia para planejamento de obras de edificações em pequenas empresas de engenharia. A metodologia sugerida inclui etapas como orçamento discriminado, programação e planejamento, execução, avaliação e controle. O objetivo é fornecer ferramentas e processos simplificados para que pequenas empresas possam planejar e executar obras de maneira eficiente com os recursos disponíveis.

Enviado por

Carla Carolyne
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Este documento apresenta uma metodologia para planejamento de obras de edificações em pequenas empresas de engenharia. A metodologia sugerida inclui etapas como orçamento discriminado, programação e planejamento, execução, avaliação e controle. O objetivo é fornecer ferramentas e processos simplificados para que pequenas empresas possam planejar e executar obras de maneira eficiente com os recursos disponíveis.

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Eduardo de Sousa Beltrame

Metodologia para Planejamento de Obras de Edificações


em Pequenas Empresas de Engenharia

Florianópolis - SC
Junho, 2009
Eduardo de Sousa Beltrame

Metodologia para Planejamento de Obras de Edificações em


Pequenas Empresas de Engenharia

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Banca Examinadora do Curso de Pós-
Graduação em Gestão de Obras de
Edificações da Faculdade de Tecnologia do
SENAI/Florianópolis como requisito parcial para
obtenção do título de especialista em Gestão
de Obras de Edificações sob a orientação do
Professor Antônio V. Ávila.

Florianópolis - SC
Junho, 2009
Eduardo de Sousa Beltrame

Metodologia para Planejamento de Obras de Edificações em


Pequenas Empresas de Engenharia

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de


Pós-Graduação em Gestão de Obras de Edificações da Faculdade de Tecnologia
SENAI Florianópolis em cumprimento a requisito parcial para obtenção do título de
especialista em Gestão de Obras de Edificações.

APROVADA PELA COMISSÃO EXAMINADORA


EM FLORIANÓPOLIS, 15 DE JUNHO DE 2009.

Profª. Márcia Botteon Rodrigues, Ma. (SENAI/SC)


Coordenadora do Curso

Prof. Antonio V. Ávila, Me. (SENAI/SC)


Orientador

Prof. Carlos Fernando Martins (SENAI/SC)


Examinador
BELTRAME, Eduardo de Sousa. Metodologia para Planejamento de Obras de
Edificações em Pequenas Empresas de Engenharia. Florianópolis, 2009.
Trabalho de Conclusão de Curso - Curso de Pós-Graduação em Gestão de Obras
de Edificações. Faculdade de Tecnologia do SENAI, Florianópolis, 2009.

RESUMO

Este trabalho tem como tema as ferramentas e metodologias para a elaboração de


planejamentos de obras de edificações, voltadas para pequenas empresas de
engenharia. São estas empresas que, em geral, encontram mais dificuldades em
implantar um processo de planejamento que atenda as suas necessidades e
limitações. O objetivo deste trabalho é analisar as metodologias existentes para
planejamento, apontando as mais viáveis e as possíveis melhorias para assim serem
aplicadas em pequenas empresas de engenharia, de maneira otimizada, simplificada
e consistente, obtendo uma solução eficiente e executável. Para atingir este objetivo
pesquisou-se na bibliografia técnica as metodologias de planejamento propostas por
vários autores, para assim, analisar cada uma e propor alternativas para sua
aplicação em pequenas empresas de engenharia. Com as ações propostas neste
trabalho, tendo por base os métodos pesquisados, chegou-se a um método de
processo de planejamento de obras voltado para a pequena empresa, podendo ser
elaboro, aplicado e controlado apenas pela engenheiro responsável pela obra.

Palavras-chave: planejamento; construção civil; pequenas empresas.


LISTAS DE FIGURAS

Figura 1: Curva ABC. ................................................................................................21


Figura 2: Relatório da curva ABC de insumos - Primeira página. .............................22
Figura 3: Parte do modelo de fluxograma de procedimentos internos. .....................27
Figura 4: Parte de um orçamento discriminado.........................................................38
Figura 5: Modelo de Plano de Médio Prazo. .............................................................45
Figura 6: Modelo de planilha de Plano de Curto Prazo - Tarefas semanais. ............46
Figura 7: Custo comparativo final orçado/realizado de uma obra. ............................48
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................8
1.1 TEMA ............................................................................................................8
1.1.1 Delimitação do Trabalho.........................................................................8
1.2 OBJETIVOS..................................................................................................9
1.2.1 Objetivo Geral ..........................................................................................9
1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................9
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................9

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..........................................................................10


2.1 PLANEJAMENTO .......................................................................................10
2.1.1 O uso de computadores no planejamento ..........................................10
2.1.2 A necessidade do planejamento ..........................................................11
2.1.3 Deficiência do entendimento sobre planejamento .............................12
2.2 GERENCIAMENTO ....................................................................................14
2.2.1 Principais objetivos do gerenciamento...............................................14
2.2.2 Gerenciamento e o engenheiro civil ....................................................14
2.2.3 O gerenciamento da construção..........................................................15
2.3 ORÇAMENTO.............................................................................................18
2.3.1 Orçamento com computadores............................................................18
2.3.2 Metodologia para elaboração de orçamentos ....................................19
2.3.3 Curva ABC .............................................................................................20

3 METODOLOGIA DE PESQUISA ...................................................................23


3.1 DELIMITAÇÃO............................................................................................23
3.2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .....................................................................23

4 PRÉ-REQUISITOS E DEFICIÊNCIAS COMUNS EM PROCESSOS DE


PLANEJAMENTO ..........................................................................................25
4.1 PRÉ-REQUISITOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE PLANEJAMENTO
DE OBRAS .................................................................................................25
4.1.1 Conhecimento das técnicas de planejamento ....................................25
4.1.2 Organização administrativa..................................................................26
4.2 DEFICIÊNCIAS NOS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO......................27
4.2.1 Dificuldade em organizar o tempo de trabalho...................................28
4.2.2 Ausência dos projetistas no canteiro..................................................28
4.2.3 Inexistência de um plano de médio prazo...........................................29
4.2.4 Falta de formalização e sistematização na elaboração do plano
de curto prazo........................................................................................29
4.2.5 Falta de registro formal das modificações realizadas durante a
obra.........................................................................................................30
4.2.6 Estabelecimento de metas impossíveis de serem alcançadas .........30
4.2.7 Falta de envolvimento do mestre na preparação dos planos de
curto prazo.............................................................................................31
4.2.8 Início da execução da obra sem o projeto ..........................................31
4.2.9 Controle informal...................................................................................32
4.2.10 Programação de recursos realizada fora do período adequado .......32

5 METODOLOGIA SUGERIDA PARA PROCESSO DE PLANEJAMENTO


PARA PEQUENAS EMPRESAS DE ENGENHARIA.....................................34
5.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................34
5.2 METODOLOGIA DE PROCESSO DE PLANEJAMENTO ..........................35
5.2.1 Iniciação .................................................................................................35
5.2.2 Orçamento Discriminado......................................................................37
5.2.3 Programação e Planejamento ..............................................................41
5.2.4 Execução................................................................................................43
5.2.5 Avaliação e Controle .............................................................................47
5.2.6 Encerramento ou Análise de Conformidade .......................................48

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................................49

REFERÊNCIAS.........................................................................................................51

APÊNDICES .............................................................................................................53

ANEXOS ...................................................................................................................69
8

1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA

Este trabalho tem como tema as ferramentas e metodologias para a


elaboração do planejamento de obras de edificações voltadas para pequenas
empresas de engenharia civil. Por pequenas empresas, considera-se àquelas que
possuem um quadro de funcionários ligados à área de engenharia reduzido, atuando
geralmente em obras de pequeno a médio porte executadas para terceiros.

1.1.1 Delimitação do Trabalho

O planejamento de uma obra ou projeto, independente do tipo, é um processo


por natureza complexo e que demanda muitos recursos envolvendo diversas áreas e
atividades distintas. Como exemplo, no caso da construção civil, algumas destas
áreas são: a coordenação de projetos, a programação de atividades, o orçamento de
engenharia, a programação de recursos financeiros, a compra de insumos, a gestão
de pessoas, o controle e acompanhamento e a avaliação.

Por este trabalho ter como foco a pequena empresa que não dispõe de
amplos recursos, não será aprofundado o estudo em todas as áreas envolvidas, uma
vez que um planejamento aprofundado seria impraticável para empresas deste
porte, devido a maior demanda de recursos financeiros e principalmente humanos.
Assim, o planejamento aqui estudado e proposto é um planejamento que apesar de
otimizado e sucinto, é consistente e com foco no resultado.

.
9

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar os métodos existentes para planejamento, tanto do ponto de vista


econômico como temporal, apontando as mais viáveis e as possíveis melhorias para
assim serem aplicadas em pequenas empresas de engenharia, de maneira
otimizada, simplificada e consistente, obtendo uma solução eficiente e executável.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são:

1. Analisar processos de orçamentação e indicar os mais adequados


diante do proposto;
2. Buscar um método sucinto para a programação de atividades;
3. Viabilizar um controle simplificado da execução do planejamento;
4. Proporcionar um controle dos gastos de acompanhamento mais
facilitado.

1.3 JUSTIFICATIVA

Com a grande competitividade e exigência do mercado, adotar uma


metodologia de planejamento de baixo custo pode agregar grande valor aos
empreendimentos desenvolvidos por pequenas empresas de engenharia.

Diante deste contexto, este trabalho visa aumentar a competitividade das


pequenas construtoras, melhorando a eficiência e o retorno financeiro na execução
de obras e empreendimentos por estas empresas, assim como melhorar o
desempenho dos empreendimentos. Assim sendo, busca-se auxiliar o
desenvolvimento e crescimento de empresas de engenharia de pequeno porte,
atuantes no mercado da construção civil.
10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PLANEJAMENTO

Planejamento e controle [gerenciamento] de projetos, de uma forma ampla, é


a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades
do projeto a fim de atender os seus requisitos. Ele pode ser melhor explicado por
meio dos processos que o compõem, reunidos em cinco grupos que são: iniciação,
planejamento, execução, controle e encerramento (PMI, 2008).

A iniciação é quando o projeto começa a tomar forma, quando começa a ser


desenvolvido. A programação é fundamental para otimizar a execução do projeto e
reduzir os custos do mesmo. É nesta fase que entra o processo de orçamentação e
programação das etapas de construção de um empreendimento.

A execução e o controle devem ser realizados simultaneamente, pois se o


controle do planejamento do projeto for feito somente no final, não haverá tempo
para corrigir eventuais erros encontrados. E a análise de conformidade, ou controle
final, não deve ser negligenciado, pois é neste processo que se verifica se todos
objetivos foram alcançados da melhor maneira possível e, assim, pode-se melhorar
os processos em um próximo projeto.

O planejamento tem como objetivo antever a realidade e avaliar os caminhos,


estruturando as atividades necessárias de maneira lógica e racional. Trata-se de um
processo onde se define e se estabelece as ações, antecipando os resultados
esperados, visando alcançar da melhor forma possível os objetivos pré-definidos.

2.1.1 O uso de computadores no planejamento

O planejamento e a programação de obras com o uso de modelos mais


sofisticados e eficientes estão deixando de ser apenas uma proposta acadêmica
para se transformarem em necessidade para as empresas, melhorando a qualidade
11

de seus produtos e a sua competitividade em um mercado com grande competição


(ASSUMPÇÃO e FUGAZZA, 1998).

No entando, Andersson e Johansson (1996, apud SCHMITT, 1998) salientam


que muitos gerentes de projeto que fazem uso de programas informatizados de
gerenciamento continuam pensando e trabalhando manualmente, sendo que
somente os resultados são parcialmente documentados como dados de entrada nos
programas de gerenciamento. Apenas uma minoria usa seus programas
computacionais de gerenciamento como uma poderosa ferramenta de planejamento.

O uso de computadores, seja no planejamento de obras ou em outras áreas,


é muito vantajoso, especialmente num setor com grande competição como é o caso
da construção civil (AMOR e CLIFT, 1996 apud SCHMITT, 1998). Além das
ferramentas de planejamento informatizadas um outro exemplo é o uso de
computadores no controle de fluxo de informações, fazendo com que seja possível
garantir que documentos que sofreram modificações sejam passados imediatamente
para todos envolvidos no projeto.

2.1.2 A necessidade do planejamento

Ao se fazer um projeto, não se pode pensar isoladamente em cada etapa ou


em cada necessidade da obra. Deve-se sim, pensar na obra como um todo,
considerando todas interferências que uma etapa gera à outra. Atualmente, com as
demandas exigidas pelo mercado, este planejamento global deixou de ser uma
opção, par tornar-se uma necessidade. Laufer (1990, apud BERNARDES, 2001)
destaca alguns motivos da necessidade do planejamento como:

1. Melhorar a compreensão dos objetivos do empreendimento, aumentando a


probabilidade deles serem atendidos;

2. Definir todas tarefas a serem executadas, possibilitando que cada participante


do empreendimento possa identificar e planejar a sua parcela de trabalho;

3. Disponibilizar uma melhor coordenação e comunicação multifuncional,


produzindo informações para tomadas de decisões mais consistentes;
12

4. Evitar possíveis erros em projetos futuros, através da análise das decisões


atuais;

5. Melhorar o desempenho através da consideração de processos alternativos;

6. Criar padrões para monitoramento e controle do empreendimento;

7. Acumular experiência de gerência com os empreendimentos executados para


criar um processo de aprendizado sistemático.

Segundo Paulson Jr. (1976 apud BERNARDES, 1996), o custo do processo


de planejamento representa menos de 1% do valor total do empreendimento, porém
o benefício da tomada de decisão antes do início da construção pode gerar uma
economia da ordem de 25% do custo total do empreendimento.

2.1.3 Deficiência do entendimento sobre planejamento

Apesar da necessidade de um planejamento adequado, na indústria da


construção civil, o planejamento tem se resumido à elaboração de orçamentos,
programações e demais documentos referentes às etapas a serem seguidas em
obra. Apesar destes documentos também serem importantes dentro de um processo
de planejamento, não se pode ficar restringido a eles.

Esta deficiência no entendimento sobre o planejamento tem sido apontada


como causa dos baixos rendimentos encontrados em empreendimentos de
construção civil. Bernardes, 2001, cita alguns autores que destacam as principais
causas desta ineficácia no planejamento, que são:

• O controle é feito baseado em trocas de informações verbais com o mestre-


de-obras, sem ser pró-ativo, visando o curto prazo, sem conexão com o plano
de longo prazo, o que resulta em aplicações ineficientes de recursos
(FORMOSO, 1991 apud BERNARDES, 2001);

• O planejamento e o controle na construção civil são voltados para o


empreendimento como um todo, preocupando-se com o desempenho global,
sem fazer uma análise de cada unidade produtiva. Com isso, a identificação
13

de problemas nas unidades construtivas e a definição de ações corretivas


tornam-se difíceis de serem executadas na prática (BALLARD e HOWELL,
1997 apud BERNARDES, 2001);

• Com freqüência, existem falhas na implementação de softwares específicos


para planejamento, por vezes inseridos em ambiente organizacional sem
antes haver a identificação das necessidades de informação de seus
usuários. Normalmente, sem essa identificação, os sistemas produzem um
monte de dados irrelevantes ou desnecessários, além de gerar perda de
tempo (LAUFER e TUCKER, 1987 apud BERNARDES, 2001);

• Devido à formação dada nos cursos de graduação de engenharia, há uma


dificuldade em mudar as práticas profissionais dos funcionários envolvidos no
planejamento. Em geral, estes cursos focalizam apenas as técnicas de
preparação de planos, negligenciando as demais etapas do processo como,
por exemplo, a coleta de dados e a difusão dos planos (LAUFER e TUCKER,
1987 apud BERNARDES, 2001).

Diante do exposto, percebe-se que o planejamento e o controle são de vital


importância no processo de busca pela eficiência total nas empresas do setor de
construção. Contudo, em geral, esse planejamento não é conduzido de forma a
aproveitar todo o seu potencial, uma vez que as ferramentas utilizadas não são
totalmente exploradas.

É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e


prático das determinações de um plano, devendo haver uma constante retro-
alimentação das soluções adotadas e dos resultados obtidos, tornando-se um
processo contínuo de tomada de decisões. Também não se deve esquecer do
treinamento das pessoas envolvidas no processo de planejamento para assim criar
um modo de agir coerente com as ferramentas e metodologias utilizadas.
14

2.2 GERENCIAMENTO

2.2.1 Principais objetivos do gerenciamento

A gerência na construção civil tem sido um ponto muito visado na crescente


busca por qualidade, baixo custo e maior rapidez nos processos de implantação de
um empreendimento. Mas, por dispor de estruturas gerenciais enxutas, as empresas
deste setor encontram maiores dificuldades em se adaptar às técnicas e inovações
gerenciais (AVILA e JUNGLES, 2006).

Falar em gerenciamento na construção civil é chamar a atenção para as


etapas do ciclo do empreendimento - que são as fases de concepção, projeto,
execução e operação. Na fase da execução, desafia-se a promover a integração e o
desenvolvimento com eficiência do projeto, suprimentos, construção e aplicação dos
recursos financeiros. Um gerenciamento bem executado deve superar estas
dificuldades, buscando soluções adequadas para cada situação (NETTO, 1988).

Segundo Netto (1988), os principais objetivos que se deve ter ao adotar um


sistema de gerenciamento são:

• Assegurar o cumprimento de todas as metas durante a execução;

• Aperfeiçoar os desempenhos técnicos e de produção;

• Compatibilizar dos custos em função do empreendimento.

2.2.2 Gerenciamento e o engenheiro civil

Profissionais da engenharia - que muitas vezes consideram-se


eminentemente técnicos por não gostarem ou não entenderem muitos processos
contábeis, tributários e econômicos - acreditam não ser de sua atribuição
conhecimentos nestas áreas e não as consideram corretamente em suas decisões
técnicas. Chegam, inclusive, a desconsiderar informações importantes disponíveis
na empresa para o desempenho de suas atividades. Assim, passam a tomar
15

decisões com reduzida visão global do processo, prejudicando a boa evolução dos
sistemas produtivos, principalmente sobre a formação de seus preços (AVILA e
JUNGLES, 2006).

Muitos engenheiros falam da falta de prestígio da profissão. Esta situação


ocorreu devido ao afastamento dos engenheiros das áreas gerenciais, abstendo-se
de participar de formulação de políticas, tanto na área pública quanto na privada,
passando a serem vistos como profissionais interessados somente na área de sua
competência técnica (AVILA e JUNGLES, 2006).

Por estarem distantes da atividade técnico-comercial da empresa, atribuições


como a citada acima é difícil de serem cumpridas por profissionais de outras
formações. Dentro desta perspectiva, transferir a responsabilidade da gestão de
processos ou da definição de preços para profissionais cujo domínio das nuanças de
engenharia foge a sua formação é, sem dúvida, algo preocupante (AVILA e
JUNGLES, 2006).

Uma parte importante do gerenciamento e planejamento de obras é a


programação das atividades necessárias à conclusão efetiva do empreendimento,
tarefa esta que demanda experiência e conhecimento da prática de construção por
parte do engenheiro civil. Mendes e Vaca (1998) afirmam que este é um processo
tedioso e demorado que, com muita freqüência, exige ajustes posteriores até se
chegar ao plano que atenda os objetivos pretendidos. Possivelmente este também
seja um dos motivos que colaboram para afastar o engenheiro civil de pequena
empresa das áreas gerenciais, conforme exposto por Ávila e Jungles.

2.2.3 O gerenciamento da construção

A administração ou gerenciamento é importante para qualquer tipo de


negócio. Entender e aprimorar este processo em cada organização contribui para a
sua evolução e a dos profissionais que a integram. No entanto, percebe-se que cada
organização tem a sua forma de administrar e gerenciar, sendo uma questão de
estilo, cultura e circunstâncias. Portanto, simplesmente, transplantar um método ou
16

processo existente de uma outra organização pode ser totalmente desastroso noutra
em que o ambiente de negócio seja diferente (AVILA e JUNGLES, 2006).

Pode-se dividir o gerenciamento da construção em etapas mais específicas,


que são:

a) Planejamento executivo da obra

Consiste basicamente em analisar a lógica construtiva de todo o


empreendimento, envolvendo todas as suas partes, em um detalhado estudo de
todos os métodos, materiais e práticas construtivas. Desenvolve-se o planejamento
geral do empreendimento, com base no projeto básico, considerando os elementos
disponíveis (NETTO, 1988).

b) Planejamento do canteiro de obras

No planejamento do próprio canteiro, é importante a participação de todos os


responsáveis pelo empreendimento, principalmente das equipes que irão executar a
obra. Podemos citar diversos benefícios disto, mas o principal é representado pela
participação, isto é, as equipes responsáveis pela execução se envolvem de tal
maneira com o planejamento que passam a apresentar real compromisso com as
soluções adotadas (NETTO, 1988).

O planejamento elaborado nos escritórios, por pessoas afastadas dos


problemas a serem enfrentados, conterá, certamente, problemas e não será bem
recebido por aqueles que não puderam participar.

c) Programação

Implica na introdução do tempo no planejamento e deve ser efetuada assim


que tenha a primeira rede de precedências. A introdução do tempo tem grande
influência no tratamento a ser dado às atividades críticas, na redefinição dessas
atividades, na antecipação ou retardamento de providências. O uso de rede se
precedência, em particular o PERT-CPM (Program Evalution and Review Techinique
and Critical Path Method), é a base de discussão do método do planejamento e
programação (NETTO, 1988).
17

A programação deve ser analisada considerando as necessidades da obra


em termos de prazo, recursos financeiros, da disponibilidade dos fornecedores e da
capacidade dos projetistas em disponibilizar os documentos técnicos. Considerando
que a programação é um elemento dinâmico e mutável, esta deve ser revista
periodicamente, possibilitando os devidos ajustes para que os prazos sejam
respeitados (AVILA e JUNGLES, 2006).

Os softwares especializados são ferramentas que possibilitam uma grande


agilidade na elaboração, análise e acompanhamento desta programação. Dentre
estes, destaca-se o software MS Project. Com ele, é possível revisar e mudar as
datas e prazos periodicamente, possibilitando assim que sejam feitos os devidos
ajustes. Ele ainda fornece uma grande variedade de relatórios para facilitar o
acompanhamento do projeto.

Controle qualitativo e quantitativo

Esta atividade deve ser exercida por profissionais alocados no canteiro de


obra. As atividades de ordem qualitativa são aquelas voltadas para o controle de
qualidade da obra, tais como: verificação de fundações, das formas e armaduras;
controle do lançamento, adensamento e cura do concreto; controle de montagens
elétricas e mecânicas; entre outras. Já as atividades de ordem quantitativa envolvem
basicamente a verificação ou medições em conjunto com os empreiteiros, exatidão
das faturas, etc. Ainda existem atividades que envolvem os dois casos, como
recebimento de material, onde devemos atestar a qualidade e quantidade do insumo
fornecido (NETTO, 1988).

Diante do que foi exposto neste capítulo pela literatura pesquisada, destaca-
se também que a implantação de um processo orçamentário dentro de uma
organização traz inúmeras vantagens, que se refletem tanto na motivação do corpo
de funcionários envolvidos, quanto na melhoria do produto oferecido. O resultado
deste processo ainda serve como um forte instrumento de planejamento e controle.

Um dos principais motivadores para a execução do planejamento e controle


dos processos e empreendimentos realizados é o baixo custo de sua implantação,
frente ao grande potencial de gerar economia de recursos. Mas ainda tem-se um
18

longo caminho a percorrer, pois muitas vezes este planejamento e controle se


resume à elaboração de orçamentos e programações.

2.3 ORÇAMENTO

2.3.1 Orçamento com computadores

Com a crescente expansão do setor de tecnologia da informação nas últimas


décadas, muitos setores da indústria foram beneficiados com os avanços que o uso
de computadores proporciona. Dentre deles, destaca-se o setor da Construção Civil.
Empresas foram criadas exclusivamente para fornecer ferramentas computacionais
específicas à construção civil, agilizando e melhorando os processos de
planejamento e controle, assim como a administração da obra e das próprias
empresas.

Decorrente desta expansão da tecnologia de informação, é cada vez maior o


número de empresas que buscam ferramentas computacionais para automatizar e
agilizar os seus processos de gestão. A indústria da construção civil é um dos muitos
setores que encontrou na tecnologia uma aliada para a otimização dos
procedimentos (SIENGE, 2008).

Os programas para elaboração de orçamentos, de uma maneira geral,


dinamizaram muito o processo de orçamentação na construção civil. Com eles é
possível integrar toda empresa durante o processo, facilitando a troca de
informações e a tomada de decisões. E com o banco de dados gerado a cada novo
orçamento feito, a empresa dispõe de dados e informações confiáveis e
constantemente atualizados. Com apenas um lançamento inicial de informações
sobre o projeto (por exemplo, os quantitativos de serviços), os programas geram
uma grande quantidade de relatórios variados e úteis para agilizar a comparação,
análise e tomadas de decisões nos empreendimentos em geral (SAMPAIO, 19--).

A utilização de computadores em orçamentação é muito complexa, pois cada


obra ocorre em uma circunstância especial, com variáveis próprias e com uma
19

imprevisibilidade tal que somente a capacidade humana de julgamento as pode


processar com a eficiência necessária, como expõe Martins, 2000. Também coloca a
dificuldade adicional de que qualquer programa para orçamento exige uma base de
dados gerada antecipadamente, sendo que esta raramente é realimentada pelo
sistema, necessitando de permanente atualização.

As dificuldades expostas pelo autor são inerentes ao processo de


orçamentação. Sabe-se que o uso de computadores para fins de orçamentação não
tem como objetivo automatizar totalmente o processo e, sim, facilitar e otimizar esta
tarefa, gerando economia para o engenheiro, principalmente de tempo na execução
de rotinas.

O fato do banco de dados precisar ser permanentemente atualizado é algo


que mesmo sem o uso de computadores seria necessário ser feito. Mas, com o uso
de softwares esta tarefa fica mais ágil e simples de ser realizada.

2.3.2 Metodologia para elaboração de orçamentos

Uma metodologia bem definida para elaboração de orçamentos é o caminho


para se ter um instrumento confiável que garanta o cumprimento de todas as etapas.
Ávila e Jungles (2006) apresentam uma metodologia dividida em cinco etapas,
conforme apresentado abaixo:

1ª Etapa: Estruturar o orçamento por fases, etapas, sub-etapas e elementos de


acordo com os processos construtivos adotados. Definir a estrutura característica do
projeto e as necessidades de visualização para o controle do orçamento.

2ª Etapa: Definir as atividades necessárias para realizar uma etapa, ou sub-etapa,


com base na tecnologia a ser adotada para a realização do empreendimento.

3ª Etapa: Definir a produtividade para cada atividade, identificar os insumos


necessários e os respectivos preços unitários.
20

4ª Etapa: Estimar as quantidades das atividades tendo por base os projetos e


memoriais descritivos. Na ausência deles, pode-se estimar as quantidades através
de índices associados às áreas construídas.

5ª Etapa: Compor os custos dos materiais, equipamentos e mão-de-obra


necessários à realização de cada atividade, acrescendo os encargos sociais
somente sobre a mão-de-obra. Após totalizar os custos, fazer incidir o Benefício e
Despesas Indiretas (BDI), obtendo-se, assim, o preço de cada serviço, etapas e
fases da obra.

Esta é uma metodologia bastante prática e intuitiva, trazendo ótimos


resultados na sua aplicação. Embora cada obra seja uma situação particular com
características únicas, muitas das atividades necessárias para a realização de uma
obra são repetidas, inclusive com produtividades semelhantes. Este fato favorece o
uso de softwares em que se tem um banco de dados geral com insumos e atividades
(serviços) que podem ser editados conforme a particularidade de cada obra.

2.3.3 Curva ABC

A curva ABC é um tipo de gráfico que tem um importante uso no


gerenciamento de obras de construção civil. Com o uso desta ferramenta, ficam
evidenciados os itens que são críticos no orçamento, correspondendo pela maior
parte dos custos diretos de uma obra (SAMPAIO, 19--). De posse deste gráfico,
também apresentado na forma de relatório, pode-se concentrar esforços no
gerenciamento e controle destes insumos ou serviços mais críticos.

A curva ABC tem como objetivo classificar os insumos ou serviços do


orçamento em três categorias diferentes, sendo elas:

• Classe A: de maior importância, representando aproximadamente 85% do


custo total da obra;

• Classe B: itens intermediários, representando aproximadamente 10% do


custo total da obra;
21

• Classe C: de pequena importância, representando menos de 5% do custo


total da obra.

Com base nesses dados, para se conseguir melhores resultados no controle


de custos, deve-se concentrar esforços nos itens classificados como classe A. Já os
itens da classe C, devem ter um controle de custos simplificado e um estoque de
segurança maior para não acarretar em prejuízos por falta de insumos.

O nome curva ABC vem do gráfico que pode ser traçado em um plano
cartesiano onde, no eixo das abscissas, são marcados os insumos (ou serviços) e,
no eixo das ordenadas, são marcados os custos acumulados, gerando uma curva,
como vista na figura 01.

Figura 1: Curva ABC. FONTE: Adaptado Coêlho, 2001.

Apesar do gráfico possibilitar uma visão mais didática, a melhor maneira de


trabalhar com esta ferramenta é em forma de relatório, em que os itens (insumos ou
serviços) são listados em ordem decrescente por participação no custo total. Na
figura 2 é apresentado uma parte deste relatório de Curva ABC, elaborado com o
software Sienge.
22

Figura 2: Relatório da curva ABC de insumos - Primeira página. FONTE: Pesquisa (2009).

Nota-se que, geralmente, na primeira folha do relatório da curva ABC – onde


constam aproximadamente 50 itens – o valor acumulado chega a mais de 75% para
um relatório de serviços e mais de 85% para um relatório de insumos – neste caso
chegando a 97,01%. Portanto, são nestes itens que devemos manter um controle de
custos mais rígido.
23

3 METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1 DELIMITAÇÃO

Para uma melhor definição de uma metodologia de processo de planejamento


de obras adequada com foco na pequena empresa de engenharia, seria necessário
fazer uma pesquisa in loco dos processos implantados nestas empresas,
identificando os pontos positivos e os pontos negativos. Com base neste
diagnóstico, e com a pesquisa de metodologias propostas pela literatura técnica, é
possível propor melhorias visando a melhoria de todo processo.

Como esta pesquisa in loco não é possível diante do curto tempo de


execução deste trabalho, partiu-se apenas para a pesquisa dos processos de
planejamento propostos pela literatura, analisando os pontos em que cabem
mudanças objetivando a adequação dos processos a pequenas empresas de
engenharia, onde geralmente o planejamento é elaborado, executado e controlado
por apenas uma pessoa.

3.2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Pesquisou-se, na literatura técnica publicações que apresentassem modelos


de processo de planejamento para obras de construção civil para assim analisar
estes modelos e propor adequações visando as limitações existentes nas pequenas
empresas de engenharia.

Visto que o planejamento de uma obra é, na verdade, o conjunto de diversas


ferramentas de administração, os modelos para planejamento propostos por vários
autores são de certa forma semelhantes, tendo variações nos enfoques dados às
diferentes etapas que compõem o processo de planejamento de uma obra.

O diagnóstico encontrado em Bernardes (2003) assim como em Souza e


Melhado (2003) são bem fundamentados, tendo como base pesquisas e entrevistas
feitas com empresas de construção civil e com os demais agentes envolvidos no
24

processo de construção. Assim, o processo de planejamento de obras aqui


desenvolvido tem como base métodos e ferramentas por eles apresentados,
copilados e adaptados tendo como foco as pequenas empresas de engenharia civil.
25

4 PRÉ-REQUISITOS E DEFICIÊNCIAS COMUNS EM PROCESSOS


DE PLANEJAMENTO

4.1 PRÉ-REQUISITOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE


PLANEJAMENTO DE OBRAS

4.1.1 Conhecimento das técnicas de planejamento

Para que o planejamento seja bem executado, de maneira que seja


sintetizado e ainda apresente bons resultados, Limmer (1997) expõe que é preciso:

• Conhecer os critérios de aplicação de cada técnica;

• Saber conjugar as diversas técnicas;

• Que todos envolvidos tenham conhecimento das técnicas;

• Haver integração total entre os agentes;

• Que a comunicação seja clara e simples;

• Saber como e quando aplicar as técnicas de planejamento;

• Distinguir entre o que pode e o que não pode ser realizado.

Utilizar softwares específicos e planilhas para planejar uma obra só trará bons
resultados se o coordenador do planejamento detiver um conhecimento mínimo das
técnicas utilizadas para desenvolvimento destas ferramentas e souber quais os
objetivos de cada tarefa a ser executada. Pensar em um planejamento resumido a
simples preenchimento de planilhas, tabelas e formulários apenas para mera
formalidade só trará prejuízos, seja pelo gasto desnecessário de tempo, seja pelos
resultados sem fundamentos e sem coerência.
26

4.1.2 Organização administrativa

Não se deve pensar em uma obra organizada e estruturada sem que antes os
processos internos da empresa estejam organizados e descritos. A forma como uma
obra é executada, desconsiderando o aspecto técnico da engenharia, tem muita
influência de como a empresa é organizada internamente.

Portanto, antes de se implantar um processo de planejamento de obra, é


preciso que a empresa seja organizada, criando procedimentos padrões e fluxos de
informações.

Pequenas empresas em geral são dirigidas diretamente pelos sócios


proprietários, que além de não terem conhecimentos adequados sobre
administração empresarial, fazem toda organização e administração interna apenas
mentalmente, sem se preocuparem em formalizar os procedimentos e normas da
empresa. Em pequenas construtoras geralmente este problema fica mais
evidenciado, pois os engenheiros proprietários destas empresas detêm
conhecimento de administração de obras, e por isso acabam não percebendo suas
limitações no campo da administração empresarial.

Porém este conhecimento técnico de obra pode ser aproveitado para a


administração da empresa, desde que devidamente adaptado. Assim como na obra
é preciso registrar tudo, escrever e detalhar cada procedimento, como fazer, quando
fazer, quem são os responsáveis, como verificar e medir entre outros dados, na
organização interna de uma empresa não é diferente. Cada procedimento e
atividade interna devem ser descritos formalmente.

Visando facilitar a leitura e entendimento, deve-se buscar o uso de gráficos e


fluxogramas para descrever a organização interna de uma empresa. Na figura 03 é
apresentado uma parte de um modelo de fluxograma sugerido para procedimentos
internos, feito com auxílio do programa MS Visio. O fluxograma completo é
apresentado no apêndice 01.
27

Figura 3: Parte do modelo de fluxograma de procedimentos internos. FONTE: Da pesquisa (2009).

4.2 DEFICIÊNCIAS NOS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO

A seguir, apresentam-se algumas deficiências encontradas na realidade da


implantação de processos de planejamento em empresas de construção civil,
quando comparadas a um referencial teórico. São problemas e deficiências que -
com a implementação das ações aqui apresentadas, assim como a metodologia de
planejamento - podem ser atenuados ou eliminados. Juntamente com as deficiências
identificadas, são apresentadas as ações necessárias para a correção e melhoria do
processo como um todo.
28

4.2.1 Dificuldade em organizar o tempo de trabalho

O processo de planejamento necessita de um período de tempo com


qualidade, sem interrupções ou interferências. Porém, de maneira geral, os
responsáveis pelo processo de planejamento dificilmente dispõe de um tempo
adequado para o planejamento. Isto ocorre porque normalmente existe um acúmulo
de atividades por estas pessoas. Este também é o caso no qual o engenheiro
gerencia duas ou mais obras (BERNARDES, 2003).

A melhor organização do tempo é a proposta para possibilitar a realização do


planejamento e corrigir esta deficiência. Sugere-se que sejam identificados períodos
menos atarefados durante o dia e durante a semana de trabalho. Estes períodos
podem ser no começo da semana, assim como no início ou término do dia, visto que
são horas em que o responsável está mais disponível e sujeito a menos
interrupções.

4.2.2 Ausência dos projetistas no canteiro

Em geral, a participação dos projetistas durante a fase de obra é praticamente


inexistente - até porque os contratos de projeto terminam na entrega do mesmo
(SOUZA e MELHADO, 2003). Quanto surge algum problema inesperado, a presença
do projetista na obra é requisitada pelo engenheiro residente, mas nem sempre é
atendida a tempo.

Como nas pequenas empresas de engenharia, muitas vezes os projetos


chegam prontos para a execução, é preciso dar uma atenção especial à participação
dos projetistas durante a execução da obra. Os projetistas normalmente não se
fazem presentes no canteiro, pois não recebem para isto, ou então acabam
cobrando um valor exageradamente caro.

No contrato feito com os projetistas, é necessário deixar claro a necessidade


da presença deles durante a execução da obra, prevendo periodicidade das visitas e
valores para visitas não previstas. Desta forma é possível atender as necessidades
de todos.
29

4.2.3 Inexistência de um plano de médio prazo

O fato de diretores e engenheiros das obras desconhecerem a importância do


plano de médio prazo faz com que muitas vezes ele seja negligenciado. Bernardes
(2003) ressalta que este plano é essencial para auxiliar a manutenção e consistência
entre o plano de longo com o de curto prazo.

Como as empresas não costumam preparar este tipo de plano, tornam-se


difíceis a identificação e remoção de restrições no ambiente produtivo e
gerencial a tempo de minimizar ou impedir interferências ao fluxo de
trabalho (BERNARDES, 2003).

A execução deste plano facilita a visualização das atividades em um horizonte


maior do que o plano de curto prazo. Com isso, os conflitos entre equipes e serviços
no mesmo tempo e zona de trabalho são identificados a tempo para que correções
sejam feitas, bem como a necessidade de recursos é avaliada a tempo de se fazer
as requisições ao setor de compras, sem gerar atropelos e decisões de última hora
equivocadas.

4.2.4 Falta de formalização e sistematização na elaboração do


plano de curto prazo

Um dos principais problemas relacionados com a falta de formalização do


plano de curto prazo diz respeito à falta de transparência, uma vez que as metas
não são registradas e, sem esse registro, torna-se difícil controlar e analisar o
processo de planejamento. Em alguns casos, a elaboração deste plano é
evidenciada, mas verifica-se certa dificuldade na sua sistematização, ou seja, o
plano não é feito em datas específicas e sem observar as metas fixadas no plano de
longo prazo (BERNARDES, 2003).

Para suprir esta deficiência é necessário implementar ou desenvolver uma


técnica de preparação do plano de curto prazo, sistematizando o processo. A
elaboração de uma simples planilha com dados – como descrição das tarefas a
30

serem executadas, dias necessários, equipe necessária, necessidade de materiais e


tarefas reservas – já ajuda nesta sistematização.

4.2.5 Falta de registro formal das modificações realizadas durante


a obra

Grande parte das alterações nos projetos ocorridas durante a obra não são
registradas de maneira correta. Algumas vezes apenas se registra essas
modificações no diário de obra, porém não são repassadas aos demais participantes
do processo e, principalmente, nem aos projetistas. Essa falta de retroalimentação
dificulta a melhoria contínua do processo (SOUZA e MELHADO, 2003).

É importante ser implementado nas empresas de construção civil e um


procedimento que favoreça o registro das modificações e que retroalimente os
projetistas para que assim haja um processo de melhoria contínua. Uma planta
disponível no canteiro de obras onde seja marcada as alterações feitas em obra
juntamente com uma planilha indicando os motivos dessas alterações é um exemplo
de ação a ser tomada para corrigir esta deficiência;

4.2.6 Estabelecimento de metas impossíveis de serem


alcançadas

Em algumas empresas, os responsáveis designam para as equipes de


produção metas impossíveis de serem alcançadas, pois são exigidos níveis de
produtividade superiores as suas capacidades máximas. A repetição dessa medida,
sobrecarregando as equipes e fazendo com que as metas nunca sejam atingidas,
pode provocar a desmotivação dos trabalhadores, descrença na administração,
diminuindo a produtividade (BERNARDES, 2003).

Considerar as reais necessidades do sistema produtivo é a proposta para


dificultar o estabelecimento de metas impossíveis de serem alcançadas. Partindo do
pressuposto que essas metas são geralmente repassadas pelo engenheiro de obra,
é necessária uma mudança de postura com relação à sobrecarga de trabalho. É
31

imprescindível que o engenheiro perceba a importância do estabelecimento de


metas confiáveis para assim evitar interrupções na continuidade do trabalho. Na
medida em que as metas se tornam possíveis de serem atingidas, e quando forem
atingidas, é importante a adoção de premiações ou bonificações às equipes
envolvidas.

4.2.7 Falta de envolvimento do mestre na preparação dos planos


de curto prazo

A falta de envolvimento do mestre no planejamento de curto prazo, sem uma


discussão prévia sobre as principais restrições existentes, resultará num plano
pouco confiável. Verificou-se que o mestre tem grande autonomia no
estabelecimento da forma como os serviços serão executados. Portando sua
participação ativa na elaboração do plano de curto prazo é fundamental
(BERNARDES, 2003).

O mestre está, na maioria das vezes, em contato permanente com o


desenvolvimento das atividades das equipes de trabalho e dos subempreiteiros.
Desta forma, é o mestre que detém as informações a respeito das principais
dificuldades técnicas que as equipes estão enfrentando. E estas informações são
fundamentais para a elaboração do plano de curto prazo. O envolvimento do mestre
neste na elaboração do plano de curto prazo trará mais confiabilidade, tanto do
próprio plano quanto do cumprimento dele.

4.2.8 Início da execução da obra sem o projeto

Devido a exigências do cliente ou do incorporador, muitas vezes o


empreendimento tem seu início sem que todos projetos estejam finalizados e,
portanto, sem que o executor tenha todas as informações necessárias - o que leva a
improvisação no canteiro de obras. Além disso, geralmente, o projeto apresenta
características do produto final, não explicando como o serviço deve ser executado
(SOUZA e MELHADO, 2003).
32

A antecipação da execução acelera o fluxo de informações, conduzindo a


erros que somente serão percebidos durante a obra. Para evitar este tipo de
problema, é preciso que as datas marco principais estejam bem definidas para todos
os agentes participantes, em especial para os projetistas. O coordenador de projeto,
que no caso das pequenas empresas geralmente é o próprio engenheiro residente,
deve controlar os prazos dos projetistas, para que no início das obras todas
informações essenciais estejam disponíveis, e os projetos compatibilizados.

4.2.9 Controle informal

O controle informal é aquele que não faz uso de indicadores referentes a


produção ou processo de planejamento para assim realizar ações corretivas. O
controle neste caso geralmente é feito verbalmente entre os responsáveis. Sem este
controle formal, o processo de aprendizado gerado pelo planejamento fica
prejudicado, assim como a falta de uma referência para planejamentos futuros.
Outro problema é a impossibilidade de se detectar as reais causas dos problemas
em função do não cumprimento das metas estabelecidas (BERNARDES, 2003).

Para suprir esta falta, é necessário desenvolver e implementar um sistema de


indicadores proativo para o controle do processo de planejamento e controle. Esse
sistema deve fornecer informações adicionais ao diretor técnico, bem como ao
engenheiro de obra e ao mestre, sobre o andamento do processo de produção. No
entanto, a implantação de um sistema de indicadores completo demanda uma
quantidade de tempo que o engenheiro de uma pequena empresa não dispõe.
Assim é preciso que estes indicadores sejam rápidos e fáceis de serem medidos,
sem tomar muito tempo para sua análise.

4.2.10 Programação de recursos realizada fora do período


adequado

Esta deficiência na programação de recursos fora do período adequado ou


em caráter emergencial é comum em muitas empresas de construção, sendo que
33

influi de maneira acentuada na continuidade dos serviços no canteiro. Se a


aquisição de recursos – insumos – não for feita no período adequado, pode haver
falta desses insumos devido ao prazo necessário para disponibilização por parte do
fornecedor (BERNARDES, 2003). As compras feitas em caráter emergencial, além
de gerar atrasos nos prazos e metas, podem incorrer em um preço acima do previsto
inicialmente.

Cada empresa tem um rol de fornecedores distintos e assim deve identificar


os prazos mínimos para a disponibilização dos recursos solicitados, de acordo com o
tipo de recursos. Estes prazos servem para facilitar a identificação daqueles
recursos que exigem um período maior de solicitação, assim como para facilitar a
gestão de compras da empresa. O plano de médio e curto prazo auxiliam a perceber
quais recursos devem ter suas compras antecipadas para não gerar atrasos na obra.
34

5 METODOLOGIA SUGERIDA PARA PROCESSO DE


PLANEJAMENTO PARA PEQUENAS EMPRESAS DE
ENGENHARIA

5.1 INTRODUÇÃO

Diante do exposto no segundo capítulo, é preciso considerar alguns pontos


importantes para a definição de uma metodologia de planejamento otimizada,
consistente e que apresente resultados práticos. Os fatores humanos não podem ser
ignorados, possibilitando uma maior autonomia e compreensão das atividades que
serão executadas por meio do aprendizado e da transmissão de ordens em
linguagem clara.

Segundo Limmer (1997) os fracassos mais comuns no planejamento são


atribuídos a:

• Ausência de planos formais;

• Abandono prematuro do plano elaborado;

• Falta de confiança no plano;

• Plano elaborado para atender o cliente;

• Visão de curto prazo do gerente;

• Visão limitada do gerente.

O autor aponta ainda que as causas destes fracassos são o desconhecimento


das técnicas de planejamento e do mau uso dessas técnicas.

Quando corretamente implantado, o processo de planejamento deve


contribuir para melhorar a comunicação e a compreensão dos objetivos, ajudar na
definição das tarefas a serem executadas, evitar erros futuros, facilitar a análise de
processos alternativos e proporcionar um acumulo de experiência (LIMMER,1997).
35

5.2 METODOLOGIA DE PROCESSO DE PLANEJAMENTO

Conforme já relatado, o processo de planejamento fica melhor organizado e


sua implantação mais facilitada se o dividirmos em etapas ou fases. Existem várias
possibilidades para se fazer esta divisão. A seguir, é apresentada uma sugestão,
considerando que este processo será executado praticamente em sua totalidade por
apenas uma pessoa.

As etapas são as seguintes:

• Iniciação;

• Orçamentação;

• Programação;

• Execução;

• Avaliação e controle;

• Encerramento ou Análise de Conformidade.

5.2.1 Iniciação

O início da concepção e do desenvolvimento de um projeto é também o início


do planejamento, que neste momento deve ser algo macro, sem detalhamentos.
Porém, esta seria uma situação ideal, já que muitas vezes os projetos chegam nas
pequenas empresas de construção prontos ou em fase de finalização, etapa em que
as mudanças mais significativas gerarão um grande acréscimo de custo.

Nesta etapa, deve-se aproveitar para colher informações com o cliente sobre:

• Objetivos pretendidos com o empreendimento: saber se trata de


um empreendimento para investimento, moradia, locação ou venda e
qual o tamanho pretendido;
36

• Fluxo de caixa disponível: identificar se há algum limite financeiro


mensal, qual a disponibilidade financeira do cliente ou se isto não é um
fator limitante para o andamento da obra;

• Prazo esperado para conclusão da obra: verificar quais são as datas


limites impostas pelo cliente, principalmente para o início das obras e
para a conclusão;

• Qualidade desejada: é de consenso que toda obra e todo serviço


devem ser executados com qualidade e esmero. Porém, qualidade é
um item subjetivo que tem grande influência sobre o custo final. Por
isso, o cliente deve definir o nível mínimo de qualidade da obra;

• Custo total: levantar com o cliente qual o montante financeiro total


disponível para a obra em questão;

• Local do empreendimento: com esta informação, o engenheiro


deverá posteriormente analisar quais os possíveis fatores limitantes à
execução da obra, como, por exemplo, disponibilização de materiais,
mão-de-obra, acesso, vizinhança e questões ambientais.

Em alguns casos, o cliente poderá ser a própria empresa, quando se tratar de


obras próprias para venda. Mesmo assim, estas informações devem ser descritas
para que todos os envolvidos no processo de planejamento e execução da obra
saibam quais objetivos e quais as limitações existentes. O uso de uma planilha do
tipo questionário facilita a obtenção e registro destas informações para posterior uso
e arquivamento. Ressalta-se, porém, que esta planilha deve ser sempre preenchida
com o auxílio do engenheiro responsável pela obra. No apêndice 02, apresenta-se
um modelo de questionário de informações iniciais.

Considerando que o projeto será desenvolvido com acompanhamento da


empresa construtora e esta terá influência sobre as soluções adotadas em projeto, já
é o momento para começar a pensar no macro planejamento da obra. No entanto,
ainda não se deve investir muito tempo na elaboração de um planejamento formal -
até porque o projeto ainda não está finalizado. Assim, de posse das informações
obtidas através do questionário de informações iniciais - preenchido pelo cliente -
37

será possível auxiliar no desenvolvimento dos projetos, adotando as soluções que


se adequarem com as necessidades expostas.

No caso de o projeto já chegar pronto na empresa construtora, o questionário


de informações iniciais também deverá ser preenchido com as informações
repassadas pelo cliente, auxiliando desta maneira o processo de planejamento e
execução da obra.

A questão sobre o custo total, ou seja, o montante financeiro total disponível


pelo cliente para a execução da obra, é uma questão que geralmente será
respondida pelo cliente dizendo que tem disponível o “mínimo necessário”. Para
ajudar a situar o cliente dando uma ordem de grandeza aproximada, é possível fazer
um orçamento expedito (estimativa de custo) com base nas informações colhidas e
no tamanho pretendido para o empreendimento. Para isso, pode-se comparar com o
CUB (Custo Unitário Básico) correspondente ao tipo do empreendimento ou até
mesmo com recorrências de outras obras já executadas pela empresa - lembrando
que, conforme afirma Librelotto (2000 apud MUTTI, 2006), essa estimativa pode
conter um erro da ordem de 20%.

5.2.2 Orçamento Discriminado

Com o projeto executivo finalizado, bem como todos projetos


complementares, pode-se dar início ao orçamento discriminado ou analítico. Este
orçamento poderá apresentar um erro de até 10% (LIBRELOTTO, 2000 apud
MUTTI, 2006).

O orçamento discriminado é uma atividade que, apesar de ser trabalhosa e


complexa, pode ser utilizada como meio para a execução de outras etapas do
processo de planejamento. Isto ocorre principalmente se forem utilizados softwares
integrados específicos para esta função. Assim sendo, na elaboração do orçamento
discriminado, os dados inseridos já servem para uma posterior programação das
atividades, como também para a previsão da demanda de insumos necessários para
a execução da obra.
38

É importante definir um centro de custo padrão, divididos em etapas e sub-


etapas, para que se possa sistematizar a elaboração de orçamentos, facilitando o
processo de aperfeiçoamento e melhoria contínua. Desta forma também se
diminuem os riscos de omitir algum serviço que, de acordo com cada caso, for
necessário para o pleno funcionamento e utilização da edificação. Todo orçamento
deve estar hierarquizado conforme estes três níveis – etapa, sub-etapa e serviço. Na
figura 04 mostra-se uma parte de um orçamento discriminado organizado conforme
os níveis descritos anteriormente.

Figura 4: Parte de um orçamento discriminado. FONTE: Da pesquisa (2009).

A norma NBR12721 – Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento


de construção para incorporação de edifícios em condomínio – apresenta, em seus
anexos, um modelo de centro de custo que pode ser usado como base caso a
empresa ainda não tenha um centro de custos definido. Esse modelo é apresentado
no anexo 01. O Decreto nº 92.100/1985 - que estabelece as condições básicas para
a construção, conservação e demolição de edifícios públicos -, também mostra nos
anexos um centro de custos detalhado.

Com o centro de custos padrão definido, é aconselhável sistematizar o


processo de levantamento de quantitativos de materiais e serviços. Com a criação
39

de um procedimento padrão, esta atividade - que geralmente toma uma grande


quantidade de horas de trabalho - poderá ser aperfeiçoada e otimizada na medida
em que vai sendo realizada repetidas vezes, facilitando também sua conferência
posterior. Neste caso, é interessante levantar os quantitativos conforme a seqüência
definida no centro de custo.

Com a elaboração do orçamento definida e padronizada, tanto quando ao


centro de custo como no processo de levantamento de quantitativos, esta tarefa
poderá ser facilmente delegada a terceiros, desde que capacitados para tal função.
Assim, é possível liberar o engenheiro para que este possa desenvolver outras
atividades mais complexas em relação ao planejamento das obras.

Outra importante tarefa, facilmente realizada durante a elaboração do


orçamento, é a compatibilização dos projetos. Porém, nesta fase, com todos projetos
praticamente já finalizados, esta deve ser uma compatibilização final, já que maiores
mudanças gerariam maiores custos. A compatibilização desde o início da execução
dos projetos não deve ser negligenciada, sendo que esta poderá ser gerenciada
pelos projetistas arquitetônicos com o acompanhamento do engenheiro responsável
pela obra - se assim for possível.

Durante a orçamentação, o engenheiro responsável também deve aproveitar


a análise minuciosa dos projetos para verificar possíveis interferências ou erros de
projetos. Ainda deve analisar como os detalhes e serviços necessários para a
completa conclusão da obra serão executados, antevendo os possíveis problemas e
dificuldades, para não necessitar improvisar nem gastar tempo pensando em como
executar os diversos serviços durante a obra.

Juntando a esta análise, deve-se pensar e esboçar um seqüenciamento da


execução dos serviços, estudando as necessidades de materiais, mão de obra e
equipamentos de cada serviço, assim como as atividades predecessores e
sucessoras.
40

5.2.2.1 Custo Direto x Custo Indireto

Quando se fala em orçamento discriminado, lembra-se primeiramente dos


custos diretos, ou seja, aqueles que são efetivamente gastos para a execução da
obra, que ficam incorporados à edificação. Esses são bem visíveis e relativamente
fáceis de serem quantificados e orçados. Porém, também há outro tipo de custos
que tem grande influência numa obra: os custos indiretos.

Nessa categoria, enquadram-se os gastos legais, impostos, taxas diversas,


gastos com projetos, Anotação de Responsabilidade Técnica, alvarás, gastos com
água e luz, entre outros. Os custos indiretos são, geralmente, mais subjetivos,
ficando muitas vezes no esquecimento. Também se enquadram nessa categoria os
gastos administrativos - tanto da empresa construtora quanto do canteiro de obras.
Estes gastos administrativos, quando se trata de obras executadas para terceiros,
normalmente não entram nos custos da obra. Mas são importantíssimos de serem
quantificados para assim se ter condições de calcular o preço justo a ser cobrado
pela execução do empreendimento.

Outro tipo de custo indireto cada vez mais recorrente em obras de todos os
portes é o custo ambiental. Nesse custo são computados os gastos com estudos de
impacto ambiental, estudos de impacto de vizinhança, planos de recuperação
ambiental, gerenciamento ambiental durante a execução e, se for o caso,
acompanhamento de áreas recuperadas. São todos custos ligados ao
gerenciamento e à minimização dos possíveis danos gerados pelo empreendimento
ao meio ambiente.

5.2.2.2 Exemplo de orçamento discriminado

Visando uma agilidade no processo e uma manutenção do banco de dados,


aconselha-se o uso de softwares específicos para a elaboração de orçamentos.
Junto a esta melhoria, o uso de softwares permite integrar todas as áreas de
empresa, facilitando os processos financeiros e de aquisição de suprimentos e
controle de pagamentos das obras. Como exemplo de softwares, pode-se citar o
PLEO da Franarin (www.franarin.com.br), o Versato, Volare e Orçacasa da Pini
41

(www.piniweb.com), o Tron-Orc da Tron Informática (www.tron-orc.com.br) e o


SIENGE da Softplan/Poligraph (www.sienge.com.br).

No apêndice 03, é apresentado um modelo de orçamento discriminado de


uma residência de dois pavimentos com aproximadamente 300,00m² de área
construída. Este orçamento foi elaborado com o auxílio do software Sienge WEB,
que integra o orçamento da obra com todos demais setores da empresa, como
suprimentos, financeiro, e gerencial.

5.2.3 Programação e Planejamento

Após elaborado o orçamento discriminado, e com o esboço do


sequenciamento dos serviços a serem executados, prossegue-se com a
programação da obra e com a elaboração do plano de longo prazo. Os planos de
médio e curto prazo fazem parte da etapa de execução.

5.2.3.1 Cronograma Físico-Financeiro

Com base na lista de serviços a serem executados e suas respectivas


quantidades levantadas no orçamento - e considerando as informações iniciais
colhidas junto ao cliente - é possível definir os prazos parciais e o prazo final de
execução, criando assim a Programação Geral da Obra. Juntando as informações
geradas na programação e orçamento da obra quanto a custos, faz-se o cronograma
físico-financeiro.

Inicialmente, considera-se como fator limitante para a execução do


cronograma físico-financeiro apenas o aspecto físico. Após esta primeira versão,
cabe revisar o cronograma analisando a necessidade de disponibilidade financeira
exigida inicialmente com o fluxo financeiro disponível pelo cliente. A disponibilidade
financeira para a construção do empreendimento é proveniente da captação de
recursos, seja ela própria ou de terceiros, dependendo do tipo do empreendimento
que está sendo construído e dos objetivos do mesmo.

Nas incorporações a preço de custo, onde o aporte financeiro é realizado por


um grupo de investidores, e nas obras para terceiros, a incerteza na obtenção de
42

recursos financeiros é, normalmente, menor que nas incorporações a preço fechado,


onde o financiamento é próprio e está aliado à velocidade das vendas. Geralmente
em pequenas empresas este último tipo de construção é menos usual. Porém,
mesmo em obras para terceiros, o cronograma físico-financeiro inicial pode sofrer
grandes modificações devido à disponibilidade financeira do cliente.

No apêndice 04 apresenta-se um modelo de cronograma físico-financeiro,


elaborado com o software MS Excel, para uma obra de um Condomínio Horizontal.
Neste modelo, cabe inserir um espaço para acompanhamento e comparação do
físico realizado com o previsto a cada mês. Também deve ser analisada a opção de
apresentar os valores financeiros em Custo Unitário Básico - CUB, tanto o orçado
quanto o realizado, para uma melhor comparação entre eles.

Outra dificuldade encontrada na elaboração e apresentação do cronograma


físico-financeiro é quanto a necessidade de apresentar o mesmo para o cliente, uma
vez que este é leigo no assunto. Por juntar duas informações que nem sempre são
logicamente relacionadas, este cronograma pode ser difícil de ser entendido diante
de sua complexidade. Isto ocorre pois algumas atividades que demandam maior
tempo de execução podem ser baratas, enquanto outras atividades que são rápidas
podem ser caras. Uma solução para isto é separar este cronograma em duas partes,
fazendo um cronograma com o avanço físico e outro com o desembolso financeiro.

5.2.3.2 Plano de Longo Prazo

O Plano de Longo Prazo, que deve apresentar poucos detalhes, também é


chamado de plano mestre. Ele deve ser utilizado para facilitar a identificação dos
objetivos principais do empreendimento. Esse plano tem um caráter de planejamento
tático. Ele é importante principalmente para a programação de recursos que
demandam maiores prazos de disponibilidade, sejam estes recursos materiais,
humanos, equipamentos ou serviços especializados. Este plano também é
importante para a definição posterior do plano de médio prazo.

Assim, tendo em mãos o Plano de Longo Prazo, o engenheiro responsável


pela obra pode programar com a antecedência necessária a aquisição e negociação
43

dos recursos citados anteriormente junto aos fornecedores, sem prejudicar o correto
andamento da obra nem gerar custos elevados devido às solicitações emergenciais
de insumos.

É importante também destacar na programação geral da obra e no Plano de


Longo Prazo quais são as atividades críticas, ou seja, aquelas que não podem
atrasar por terem influência direta sobre o prazo final, não havendo folgas para
manobra. Assim sendo, elas devem receber especial atenção do engenheiro, porém
sem negligenciar as demais atividades, para que também não virem críticas.

5.2.4 Execução

Esta etapa tem início junto com a execução da obra e consiste na aplicação
de todo planejamento já elaborado com o auxílio de outras ferramentas próprias
para assegurar o correto andamento da obra no dia-a-dia. Entre as ferramentas,
destacam-se o Plano de Médio Prazo e o Plano de Curto Prazo.

5.2.4.1 Planejamento do canteiro de obras

A primeira atividade dessa etapa é o planejamento do canteiro de obras,


independente do tamanho do empreendimento. Isto deve ser feito antes do início
das obras propriamente ditas. Salvo raras exceções, toda obra começa pela
montagem do canteiro, sendo que sua montagem tem grande influência sobre todo
restante da obra. A localização das instalações de depósito coberto, refeitório,
central de argamassa, depósito de aço e materiais a granel (areias, argamassas e
britas) tem grande contribuição para o correto andamento da obra no futuro. As
instalações das áreas de vivência, de acordo com o porte da obra, também são de
grande importância.

Como e quando serão feitos cada uma das instalações do canteiro, seus
tamanhos e sua localização são alguns dos fatores que devem ser planejados com
antecedência para não causar interferências futuras. De acordo com a necessidade,
44

será preciso planejar uma mudança de local das instalações do canteiro conforme a
obra for sendo executada e conforme a disponibilidade de espaço.

A existência de bastante espaço livre para a instalação do canteiro também


pode vir a ser um problema, caso este não seja bem planejado. Isto ocorre uma vez
que há uma tendência natural em que o canteiro ocupa todo espaço disponível.
Assim, a deslocamento desnecessário de funcionários pode vir a gerar um gasto
excessivo com mão-de-obra e um atraso em função do baixo rendimento.

5.2.4.2 Plano de Médio Prazo

Este plano busca vincular as metas fixadas no plano de longo prazo com o de
curto prazo, ou seja, tem como objetivo trazer as metas definidas no plano mestre
para o dia-a-dia da obra. Sem este plano, as ações de curto prazo não serão
eficientes em relação ao cumprimento das metas. Entre seus objetivos principais
está a identificação das restrições existentes do ambiente da construção, de modo a
desencadear ações para removê-las.

As atividades que constam nesse tipo de plano descrevem o processo de


construção que será utilizado, incluindo os métodos construtivos e a identificação
dos recursos necessários à execução. As restrições relacionadas ao
desenvolvimento dos serviços também são consideradas nesse nível de
planejamento.

A figura 5 apresenta um exemplo de representação de um plano de médio


prazo com horizonte de quatro semanas. De acordo com esse exemplo, o plano
possui três semanas para ser planejado, já que a primeira corresponde à semana
incluída no Plano de Curto Prazo.
45

Empresa Obra: Bons Fundamentos Data: 26/02/2009 Plano nº: 05


Construir Engenheiro: João de Deus Mestre: Tiago
02 a 06/mar 9 a 13/mar 16 a 20/mar 23 a 27/mar
Atividades NECESSIDADES
S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S
Equipe: Marcos e Júnior
Piso Cerâmico Quartos Piso, argamassa até 27/02
Piso Banheiros Piso, argamassa até 27/02
Azulejo Banheiros Azulejo, argam. até 13/03
... ...
Equipe: Pintores
Massa corrida quartos Material na obra até 27/02
Massa PVA banheiros ...
Pintura quartos ...
... ...
Equipe: ...
...

Figura 5: Modelo de Plano de Médio Prazo. FONTE: Adaptado de BERNARDES, 2003.

Conforme as atividades são programadas no Médio Prazo, é estabelecido um


conjunto de ações visando a disponibilização dos recursos necessários à execução
dessas atividades. Em geral, não é necessário que todos recursos estejam no
canteiro para que uma atividade seja programada neste nível.

5.2.4.3 Plano de Curto Prazo

O objetivo do plano de curto prazo é orientar a execução da obra no dia-a-dia,


através de designações de pacotes de trabalho expostos no plano de médio prazo
às equipes de produção. Uma boa periodicidade para a realização deste plano, é
realizá-lo em ciclos semanais.

O plano de curto prazo deve ser desenvolvido através da realização de ações


direcionadas a proteger a produção contra os efeitos da incerteza. Isso pode ser
feito com a utilização de planos possíveis de serem atingidos, que foram submetidos
a uma análise do cumprimento de seus requisitos (BALLARD e HOWELL, 1997,
apud BERNARDES, 2003). O plano de curto prazo pode ser resumido através de
uma lista de tarefas semanais. Na figura 6 é apresentado esquematicamente um
modelo de lista de tarefas.
46

Empresa Obra: Bons Fundamentos Data: 16/03/2009 Semana nº


Construir Engenheiro: João de Deus Mestre: Tiago 04

Atividade SEG TER QUA QUI SEX OK Problemas


Formas do 2º pvto 4 4 4 4 4 ok!
Armação do 2º pvto 2 2 2 ok!
Armação cobertura 2 2 Faltou material
...
PPC= 2/3 66,67%
Necessidades Madeiramento de caixaria, escoras, pregos, arames, aço

Tarefas Reservas Colocação das armaduras das vigas do 2ª pvto


Colocação da laje pré-moldada do 2º pvto

Figura 6: Modelo de planilha de Plano de Curto Prazo - Tarefas semanais. FONTE: Adaptado de
BERNARDES, 2003.

Esta planilha apresenta o número previsto de trabalhadores para cada


atividade em cada dia, assim como uma coluna para marcar o cumprimento da
atividade e outra para anotação de algum problema ou dificuldade encontrada
durante a realização da respectiva atividade. Abaixo há um espaço para descrição
dos materiais necessários para a realização de todas atividades, sendo que estes já
deverão estar disponíveis no canteiro. Também há um espaço para a previsão de
tarefas reservas, cujo objetivo maior é prever a continuidade dos trabalhos caso
ocorra algum problema que impeça a realização de alguma atividade designada. A
Porcentagem do Planejamento Concluída (PPC) indica o percentual das tarefas
programadas que foram concluídas.

Em geral, este plano é preparado pelo engenheiro responsável pela obra.


Porém, para a identificação dos pacotes de trabalho que podem ser incluídos neste
plano, deve-se buscar ajuda do mestre-de-obras. Assim, o mestre pode verificar e
registrar no plano o momento o qual as atividades estão sendo realizadas, bem
como os problemas e dificuldades que impedem a equipe de alcançar a meta
estabelecida.
47

5.2.5 Avaliação e Controle

A avaliação do processo de planejamento e controle deve ser feita durante a


execução da obra para assim corrigir os desvios encontrados, contornando os
imprevistos, para atingir os objetivos no final da obra. Há também a avaliação final,
que deve ser feita somente após o término e entrega da obra, como forma de se
propor melhorias ao processo visando a implantação em empreendimentos futuros
(BERNARDES, 2003).

Para a avaliação contínua do processo feita durante a obra, utiliza-se


principalmente os planos de médio e curto prazo, comparando os progressos feitos
com relação aos objetivos propostos no plano de longo prazo. Os campos existentes
nas planilhas desses planos, para o preenchimento com os problemas encontrados,
também são grandes fontes de informações para propor melhorias ao planejamento
e execução. Periodicamente, a cada um ou dois meses - de acordo com o porte da
obra -, pode ser feita uma rápida reunião junto com o mestre e diretor técnico para
avaliar o andamento da obra em relação ao processo de planejamento proposto. O
engenheiro responsável pela obra deve avaliar as dificuldades expostas,
principalmente pelo mestre, e assim tomar as ações corretivas necessárias, sempre
visando o cumprimento dos objetivos definidos no plano de longo prazo.

Um outro tipo de controle rápido e fácil de ser implantado, principalmente se


utilizado algum software próprio para engenharia, é o controle financeiro comparativo
entre custo realizado e custo orçado por etapas, considerando o centro de custos
definidos para orçamentação. Na figura 07 é mostrado um resumo do relatório de
custo por nível (etapa) de uma residência, relatório este feito com auxílio do software
Sienge.
48

Figura 7: Custo comparativo final orçado/realizado de uma obra. FONTE: Da pesquisa (2009).

5.2.6 Encerramento ou Análise de Conformidade

Essa etapa, também chamada de controle final, não deve ser negligenciada.
É nesse momento que se verifica se todos objetivos foram alcançados, sendo uma
ótima oportunidade para a implantação da melhoria contínua. Após o término e
entrega da obra, faz-se essa avaliação final, preferencialmente com todos envolvidos
diretamente no planejamento: engenheiro responsável, mestre de obras, diretor
técnico, gerente de suprimentos, gerente financeiro, entre outros.

Nesta avaliação, utiliza-se o plano de longo prazo estabelecido inicialmente


para comparar com o que foi realizado, analisando todos aspectos envolvidos e os
fatores que contribuíram para o cumprimento ou não dos objetivos iniciais. Os
objetivos alcançados também são um fator importante que deve ser considerado na
avaliação.

No apêndice 5 é apresentado um modelo de Planilha de Controle Final de


Obra que auxilia esta avaliação final.
49

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A pesquisa realizada neste trabalho evidenciou que, atualmente, cada vez


mais autores estão se voltando para o assunto de Planejamento e Gerenciamento
de obras de Engenharia Civil. Um dos fatores que contribuíram para isso é o
aumento da competição no setor da construção civil, tanto em grande obras quanto
em obras de menor porte executadas por pequenas empresas.

Este é um assunto que ainda hoje é negligenciado por muitos profissionais da


área, que não sabem os grandes benefícios que um planejamento bem elaborado e
executado traz ao bom andamento da obra - tanto no aspecto físico quanto
financeiro. Parte disso se deve aos centros de ensino que não passam aos futuros
engenheiros a real dimensão do processo de planejamento, resumindo-o geralmente
a apenas duas ferramentas: o Diagrama de Gantt e a Rede PERT/CPM.

Estas ferramentas, entre muitas outras, ficam restritas a aplicações em


grandes empresas de engenharia, participantes de licitações e obras de grande
porte. O que muitos profissionais desconhecem, é que há ferramentas de
planejamento aplicáveis em empresas e obras de qualquer tamanho. São
ferramentas e métodos de baixo custo, voltados especificamente para pequenas
empresas, que requerem poucos recursos humanos. O método aqui apresentado é
um destes casos, que se bem executado, gerará ótimos resultados para estas
empresas menores.

Neste trabalho, foi apresentada um método simples e otimizado para


planejamento de obras, sendo possível de se executar em pequenas empresas de
engenharia. Embora sucinto, o método aqui proposto é completo e aborda as
principais necessidades que a execução de uma obra demanda. A grande vantagem
desse método é que basicamente todas as etapas podem ser elaboradas,
executadas e controladas apenas pelo engenheiro responsável pela obra.

Um dos fatores que tem grande influência na praticidade deste método, e nos
resultados obtidos, é o uso de um software específico para engenharia que integre
50

orçamento e engenharia com suprimentos e finanças. Desta forma, o controle dos


gastos com a obra fica praticamente todo a cargo do software, sem maiores gastos
de tempo por parte do engenheiro.

A proposta aqui apresentada deve ser implementada em empresas pequenas


para avaliação e aperfeiçoamento nas práticas e ações aqui sugeridas. Este método
não deve ser visto como um pacote pronto e imutável, sendo preciso adaptá-lo à
realidade única de cada empresa. O principal objetivo é mostrar que é possível
trabalhar com engenharia de planejamento de qualidade mesmo em empresas sem
disponibilidade de grandes recursos. Buscou-se mostrar e incutir a mentalidade de
planejamento, de obra limpa e racional, sem improvisações no canteiro de obra.

Para estudos futuros e aperfeiçoamento da metodologia aqui proposta,


colocam-se os seguintes pontos:

a) Aplicação da metodologia aqui proposta em campo e


acompanhamento minucioso para correção dos erros e
aperfeiçoamento das práticas sugeridas;

b) Estudo e introdução dos conceitos da Lean Construction neste


método de planejamento de obras;

c) Integração do método com a utilização de softwares específicos para


assim diminuir a necessidade de trabalhos repetitivos como
elaboração e preenchimento de planilhas.
51

REFERÊNCIAS

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Construção Civil. Chapecó: Argos, 2006. 270p.

ASSUMPÇÃO, José Francisco P.; FUGAZZA, Antonio Emilio C..Uso de redes de


precedência para planejamento da produção de edifícios. Florianópolis, SC.
1998. v.2 p. 359-368. In: Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente
Construído, 7º, Florianópolis, 1998. Artigo técnico.

BERNARDES, M. Método de análise do processo de planejamento da produção


de empresas construtoras através do estudo do seu fluxo de informação :
proposta baseada em estudo de caso. Dissertação (Pós-graduação em
Engenharia Civil) - Escola de Engenharia, UFRGS, Porto Alegre, 1996.

BERNARDES, M. Desenvolvimento de um modelo de planejamento da


produção para empresas de construção de micro e pequeno porte. Tese
(Doutorado em Engenharia Civil) – Curso de Pós Graduação em Engenharia
Civil, UFRGS, Porto Alegre, 2001.

BERNARDES, Maurício Moreira e Silva. Planejamento e Controle da Produção


para Empresas de Construção Civil. Rio de Janeiro: LTC Ed.; 2003.

COÊLHO, Ronaldo Sérgio de Araújo; Orçamento de Obras Prediais. São Luís:


UEMA Ed., 2001

LIMMER, Carlos Vicente; Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e


Obras. Rio de Janeiro: LTC Ed.; 1997

MARTINS, Almícar. Orçamentos de Obras de Edificações. Programa de


Aperfeiçoamento Profissional, CREA-PR. Goiânia, 2000.

MENDES JR., Ricardo; VACA, Oscar C. L..GERAPLAN : um sistema especialista


para planejamento de edifícios de múltiplos pavimentos. Florianópolis, SC.
1998. v.2 p. 679-686. In: Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente
Construído, 7º, Florianópolis, 1998. Artigo técnico.

MUTTI, Cristine do Nascimento. Apostila da Disciplina Administração da


Construção: ECV 5307 - UFSC. Florianópolis, 2006.

NETTO, Antônio Vieira. Como Gerenciar Construções. São Paulo: Pini, 1988.

PMI. Project Management Institute: PMI Santa Catarina. Santa Catarina.


Disponível em: <http://www.pmisc.org.br>. Acesso em: 30 ago. 2008.

SAMPAIO, Fernando Morethson. Orçamento e custo da construção. São Paulo:


HEMUS, [19--]. 289p.
52

SCHMITT, Carin Maria. Integração dos documentos técnicos com o uso de


sistema de informações computadorizado para alcançar qualidade nos
projetos de obras de edificação. Florianópolis, SC. 1998. v.2 p. 117-124. In:
Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, 7º, Florianópolis,
1998. Artigo técnico.

SOUZA, Ana Lúcia Rocha de; MELHADO, Silvio Burrattino. Preparação da


Execução de Obras. São Paulo: O nome da Rosa, 2003.

SIENGE. SIENGE Software de Gestão da Construção. Disponível em:


<http://www.sienge.com.br>. Acesso em: 06 set. 2008.
53

APÊNDICES

APÊNDICE 01: Modelo de fluxograma de processo interno

APÊNDICE 02: Questionário inicial com o cliente

APÊNDICE 03: Orçamento discriminado

APÊNDICE 04: Modelo de Cronograma Físico-Financeiro

APÊNDICE 05: Planilha de Controle Final de Obra


APÊNDICE 01

Modelo de fluxograma de processo interno


55

APÊNDICE 02

Questionário inicial com o cliente


Questionário de informações iniciais Empresa
Versão 01 – fev/2009
Construir

Data: _____ / _____ / _____ Obra: _________________________________


Cliente: _____________________________________________________________
Fone: _________________________ E-mail: ______________________________
Endereço da obra: ____________________________________________________

1. Quais os objetivos pretendidos com o empreendimento?


(Se é um empreendimento para investimento, moradia, locação ou venda e qual o tamanho pretendido)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2. Qual o fluxo de caixa disponível?


(Qual limite financeiro mensal, qual a disponibilidade financeira do cliente)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3. Prazo esperado para conclusão da obra?


(saber quais são as datas limites impostas pelo cliente, principalmente para o início das obras e para a conclusão)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4. Qualidade desejada?
(Definição do cliente para o nível mínimo e máximo de qualidade da obra, lembrando que maior a qualidade maior o custo)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5. Custo total?
(Qual o montante financeiro total disponível para a obra. Se possível passar uma estimativa de custo com base no CUB)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6. Local do empreendimento?
(Analisar quais os possíveis fatores limitantes à execução da obra, como acesso, vizinhança, questões ambientais, etc)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
57

APÊNDICE 03

Orçamento Discriminado
Empresa
Orçamento Discriminado
Construir

Obra 11 - CASA SERRINHA


Unidade construtiva 1 - Bloco Unico
Tipo de obra 1 - Construção Civil
Endereço da obra RUA BOM FUNDAMENTO - CARVOEIRA - FLORIANOPOLIS/SC
Preços expressos em R$ (REAL)

Quantidade
Código Descrição Un. Preço unitário Preço total
orçada
00.001 DESPESAS LEGAIS 0,00
00.001.001 Impostos/ Taxas/ Seguros 0,00
00.001.001.001 Taxa Alvara construcao vb 194,0400 0,0000 0,00
00.001.001.002 Taxa Alvara sanitario vb 300,0000 0,0000 0,00
00.001.001.003 ISQN vb 1.620,6200 0,0000 0,00
00.002 DESPESAS GERAIS 0,00
00.002.001 Luz/ Agua/ Telefone 0,00
00.002.001.001 Consumo de luz / agua / telefone mes 6,0000 0,0000 0,00
00.002.002 Despesas Bancarias 0,00
00.002.003 Copias/ Plotagens/ Fotografias 0,00
00.002.003.001 Copias e Plotagens vb 350,0000 0,0000 0,00
00.002.004 Manutencao de Equipamentos 0,00
00.002.005 Limpeza Permanente e Higiene da Obra 0,00
00.002.005.001 Limpeza permanente da obra medio porte - p/ mes mes 6,0000 0,0000 0,00
00.002.005.002 Retirada de entulhos provenientes da obra m3 30,0000 0,0000 0,00
00.002.006 Limpeza Final da Obra 0,00
00.002.006.001 Limpeza final da obra m2 280,0000 0,0000 0,00
00.002.007 Projetos/ Levantamentos/ Sondagens 0,00
00.002.007.001 ART execucao da obra vb 450,0000 0,0000 0,00
00.002.007.002 ART projeto estrutural/hidrossanitario/eletrico vb 90,0000 0,0000 0,00
00.002.008 Despesas com Contabilidade 0,00
00.002.009 Controle Tecnologico 0,00
Ruptura de corpos de prova c/certificado (Controle
00.002.009.001 un 30,0000 0,0000 0,00
Tecnologico)
00.002.010 Consultorias e Vistorias 0,00
00.002.011 Equipamentos e Ferramentas 0,00
00.002.012 Orcamento 0,00
00.002.013 Supervisao Eng./ Mestre/ Almoxarife/ Vigilancia 0,00
00.002.014 Despesas com Correspondencia 0,00
00.002.015 Despesas com Viagens 0,00
00.002.016 Despesas com Hospedagens 0,00
00.002.017 Despesas com Combustiveis 0,00
00.002.018 Despesas com Terrenos Vizinhos 0,00
00.003 PROTECAO/ SEGURANCA/ HIGIENE DA OBRA 0,00
00.003.001 Pcmat e Pcmso 0,00
00.003.002 Equipamentos de Protecao Coletiva (EPC) 0,00
00.003.003 Placas de Advertencia 0,00
00.003.004 Kit Primeiros Socorros 0,00
00.003.004.001 Kit de Primeiro Socorros vb 300,0000 0,0000 0,00
00.004 SERVICOS INICIAIS 0,00
00.004.001 Demolicoes/ Remocoes 0,00
00.004.002 Limpeza do Terreno 0,00
00.004.002.001 Raspagem/limpeza manual terreno m2 1.300,0000 0,0000 0,00
00.004.003 Movimentacao de Terra/ Desmonte de Rocha 0,00
00.004.004 Galpoes e Placas 0,00
00.004.004.001 Galpao provisorio para obra com dormitorio (9,0x4,0m) m2 36,0000 0,0000 0,00
00.004.004.002 Placa de obra m2 3,0000 0,0000 0,00
00.004.005 Locacao de Obra 0,00
00.004.005.001 Locacao da obra m2 320,0000 0,0000 0,00
00.004.005.002 Locacao / Levantamento topografico conf.orc.esp. vb 1.000,0000 0,0000 0,00
00.004.006 Instalacoes Provisorias de Agua / Esgoto 0,00
00.004.006.001 Abrigo protecao cavalete/hidrometro agua - Padrao CASAN un 1,0000 0,0000 0,00
00.004.006.002 Torneira PVC p/jardim 3/4" un 2,0000 0,0000 0,00
Quantidade
Código Descrição Un. Preço unitário Preço total
orçada
00.004.006.003 Registro esfera PVC c/borboleta 3/4" un 1,0000 0,0000 0,00
Caixa passagem subterrânea, 30x30x40cm, concreto, com
00.004.006.004 un 1,0000 0,0000 0,00
tampa concreto
00.004.006.005 Tubo PVC esgoto 40mm soldavel m 24,0000 0,0000 0,00
00.004.006.006 Tubo PVC esgoto 50mm m 24,0000 0,0000 0,00
00.004.006.007 Tubo PVC esgoto 100mm m 30,0000 0,0000 0,00
00.004.006.008 Joelho 90 PVC esgoto 40mm soldavel un 4,0000 0,0000 0,00
00.004.006.009 Joelho 90 PVC esgoto 50mm un 4,0000 0,0000 0,00
00.004.006.010 Joelho 90 PVC esgoto 100mm un 3,0000 0,0000 0,00
00.004.006.011 Fossa septica d=1,5m h=2,0m un 1,0000 0,0000 0,00
00.004.007 Instalacoes Provisorias de Luz 0,00
00.004.007.001 Disjuntor 3 polos 25A 380V un 1,0000 0,0000 0,00
00.004.007.002 Disjuntor 1 polo 15A 220V un 3,0000 0,0000 0,00
00.004.007.003 Disjuntor 1 polo 20A 220V un 1,0000 0,0000 0,00
Quadro distribuicao sobrepor c/barramento 3F-100A p/12
00.004.007.004 un 1,0000 0,0000 0,00
disjuntores
Caixa passagem subterrânea, 40x40x40cm, concreto, com
00.004.007.005 un 2,0000 0,0000 0,00
tampa concreto
00.004.007.006 Cabo cobre 750V 2,5mm2 m 220,0000 0,0000 0,00
00.004.008 Rebaixamento do Lencol Freatico 0,00
00.004.009 Drenagem 0,00
00.004.010 Contencoes 0,00
00.004.011 Tapumes/ Cercas 0,00
00.005 INFRA ESTRUTURA 0,00
00.005.001 Movimentacao de Terra/ Desmonte de Rocha 0,00
Escavacao mecanizada em solo rochoso sem retirada do
00.005.001.001 m3 36,3000 0,0000 0,00
material
00.005.001.002 Reaterro apiloado valas m3 20,0000 0,0000 0,00
00.005.002 Fundacoes 0,00
00.005.003 Contencoes 0,00
00.005.004 Formas 0,00
00.005.004.001 Forma tabuas de pinus p/fundacoes (3x) (sapatas) m2 36,8000 0,0000 0,00
00.005.004.002 Forma tabuas de pinus p/fundacoes (3x) m2 63,4300 0,0000 0,00
00.005.005 Armaduras 0,00
00.005.005.001 Armadura CA-50 6,3mm (1/4") kg 18,0000 0,0000 0,00
00.005.005.002 Armadura CA-50 8,0mm (5/16") kg 239,0000 0,0000 0,00
00.005.005.003 Armadura CA-50 10,0mm (3/8") kg 69,0000 0,0000 0,00
00.005.005.004 Armadura CA-50 12,5mm (1/2") kg 14,0000 0,0000 0,00
00.005.005.005 Armadura CA-60 4,2mm kg 7,0000 0,0000 0,00
00.005.005.006 Armadura CA-60 5,0mm kg 66,0000 0,0000 0,00
00.005.006 Concreto 0,00
00.005.006.001 Concreto 25,0 MPa usinado bombeavel m3 16,7400 0,0000 0,00
00.005.006.002 Lancamento concreto convencional em fundacao m3 16,7400 0,0000 0,00
00.005.006.003 Taxa bomba p/concreto estrutural m3 16,7400 0,0000 0,00
00.005.007 Fossa/ Filtro 0,00
00.006 SUPRA ESTRUTURA 0,00
00.006.001 Formas 0,00
00.006.001.001 Forma compensado resinado p/lajes macicas (1x) m2 2,2200 0,0000 0,00
00.006.001.002 Escoramento eucalipto p/laje pre-moldada (3x) m2 332,7200 0,0000 0,00
00.006.001.003 Forma tabuas de pinus p/vigas (3x) m2 367,8200 0,0000 0,00
00.006.001.004 Forma tabuas pinus p/pilares (3x) m2 151,4000 0,0000 0,00
00.006.002 Armaduras 0,00
00.006.002.001 Armadura CA-50 6,3mm (1/4") kg 150,0000 0,0000 0,00
00.006.002.002 Armadura CA-50 8,0mm (5/16") kg 961,0000 0,0000 0,00
00.006.002.003 Armadura CA-50 10,0mm (3/8") kg 1.531,0000 0,0000 0,00
00.006.002.004 Armadura CA-50 12,5mm (1/2") kg 486,0000 0,0000 0,00
00.006.002.005 Armadura CA-50 16,0mm (5/8") kg 500,0000 0,0000 0,00
00.006.002.006 Armadura CA-60 5,0mm kg 800,0000 0,0000 0,00
00.006.003 Laje Pre-Moldada 0,00
Armacao para laje pre-modada malha de 5,0mm a cada
00.006.003.001 m2 331,0000 0,0000 0,00
20cm, por metro quadrado
00.006.003.002 Lancamento e adensamento concreto bombeado em lajes m3 13,2400 0,0000 0,00
00.006.003.003 Concreto 25,0 MPa usinado bombeavel m3 13,2400 0,0000 0,00
00.006.003.004 Taxa bomba p/concreto estrutural m3 13,2400 0,0000 0,00
00.006.003.005 Laje pre-moldada conf.orc.esp. vb 5.414,0000 0,0000 0,00
00.006.003.006 Enchimento para laje pre-fabricada (tavela) m2 331,0000 0,0000 0,00
00.006.004 Concreto 0,00
Quantidade
Código Descrição Un. Preço unitário Preço total
orçada
00.006.004.001 Concreto 25,0 MPa usinado bombeavel m3 63,7600 0,0000 0,00
Lancamento e adensamento concreto bombeado em
00.006.004.002 m3 63,7600 0,0000 0,00
vigas/pilares
00.006.004.003 Taxa bomba p/concreto estrutural m3 63,7600 0,0000 0,00
00.007 PAREDES E PAINEIS 0,00
00.007.001 Alvenaria 0,00
00.007.001.001 Alvenaria tijolo 8F 12x20x20cm espelho m2 391,6400 0,0000 0,00
00.007.001.002 Alvenaria tijolo 8F 12x20x20cm espelho (e=35cm) m2 14,7000 0,0000 0,00
00.007.002 Vergas e Contra-Vergas 0,00
00.007.002.001 Verga concreto 15,0MPa esp.=10cm par.15cm(janelas) m 28,0000 0,0000 0,00
00.007.002.002 Contra-verga concreto 15,0MPa esp.=10cm par.15cm(janelas) m 28,0000 0,0000 0,00
00.007.002.003 Verga concreto 15,0MPa esp.=10cm par.15cm(portas) m 28,0000 0,0000 0,00
00.007.003 Elementos Divisorios Especiais 0,00
00.008 COBERTURA 0,00
00.008.001 Estrutura para Cobertura 0,00
00.008.001.001 Estrutura madeira p/telha estrutural fibrocimento m2 77,8300 0,0000 0,00
00.008.002 Calhas e Algerosas 0,00
00.008.003 Telhados 0,00
00.008.003.001 Cobertura c/telha ondulada fibrocimento 6mm m2 77,8300 0,0000 0,00
00.008.003.002 Cumeeira fibrocimento p/telha ondulada m 32,0000 0,0000 0,00
00.009 ESTRUTURAS DE MADEIRA 0,00
00.009.001 Deck / Pergolado / Paineis 0,00
00.009.001.001 Deck de pinus em madeira s/barroteamento m2 38,2700 0,0000 0,00
00.009.001.002 Pergolado de madeira conf.orc.esp. vb 2.668,0000 0,0000 0,00
00.010 IMPERMEABILIZACOES 0,00
00.010.001 Impermeabilizacoes com Mantas 0,00
00.010.001.001 Impermeabilizacao c/manta asfaltica 4mm m2 174,4600 0,0000 0,00
00.010.002 Impermeabilizacoes com Pinturas 0,00
00.010.002.001 Impermeabilizacao c/Igol 2 hidroasfalto m2 62,0800 0,0000 0,00
ESQUADRIAS/ PEITORIS/ FERRAGENS/ GUARDA -
00.011 0,00
CORPOS
00.011.001 Esquadrias de Madeira 0,00
00.011.001.001 Esquadrias madeira conf.orc.esp. vb 2.731,0000 0,0000 0,00
00.011.002 Esquadrias Metálicas 0,00
00.011.003 Esquadrias de PVC 0,00
00.011.003.001 Esquadrias PVC conf.orc.esp. vb 32.502,0000 0,0000 0,00
00.011.004 Peitoris 0,00
00.011.004.001 Peitoril Granito (padrao medio) c/argamassa ci/ar 1:3 m2 7,0700 0,0000 0,00
00.011.005 Corrimao 0,00
00.011.005.001 Corrimao aco galvanizado pintado colocado m 12,1000 0,0000 0,00
00.011.006 Ferragens 0,00
00.011.006.001 Ferragens p/esquadrias conf.orc.esp. vb 1.500,0000 0,0000 0,00
00.011.007 Guarda-Corpo 0,00
00.011.007.001 Guarda-corpo aco galvanizado colocado pintado m 12,1000 0,0000 0,00
00.012 REVESTIMENTOS 0,00
00.012.001 Chapisco 0,00
Chapisco parede c/argamassa ci/ar 1:3 e=0,5cm aditivado
00.012.001.001 m2 703,9500 0,0000 0,00
(interno)
00.012.001.002 Chapisco tetos c/argamassa ci/ar 1:3 e=0,5cm aditivado m2 170,8200 0,0000 0,00
Chapisco parede c/argamassa ci/ar 1:3 e=0,5cm aditivado
00.012.001.003 m2 444,6600 0,0000 0,00
(externo)
00.012.002 Reboco 0,00
Reboco parede argamassa mista industrializada ca/ar fina 1:5
00.012.002.001 m2 703,8200 0,0000 0,00
e=2,5cm
Reboco teto argamassa mista industrializada ca/ar fina 1:5
00.012.002.002 m2 170,8200 0,0000 0,00
e=2,5cm
Reboco externo argamassa mista industrializada ca/ar media
00.012.002.003 m2 398,0300 0,0000 0,00
1:7 e=2,5cm c/impermeabilizante
Reboco rustico argamassa mista industrializada ci/ca/ar
00.012.002.004 m2 46,6300 0,0000 0,00
grossa 1:5 e=2,5cm
00.012.003 Ceramica 0,00
00.012.003.001 Revestimento em ceramica p/parede (interno) 30x30cm m2 108,1300 0,0000 0,00
00.012.004 Pedras 0,00
00.012.005 Revestimentos Especiais 0,00
00.013 FORROS 0,00
00.013.001 Forro de Madeira 0,00
00.013.002 Forro de PVC 0,00
00.013.003 Forro de Gesso 0,00
Quantidade
Código Descrição Un. Preço unitário Preço total
orçada
00.013.003.001 Forro gesso acartonado colocado m2 79,8000 0,0000 0,00
00.013.004 Forros Especiais 0,00
00.014 INSTALACOES ELETRICAS/ TV/ TELEFONE/ ALARME 0,00
00.014.001 Instalacoes Iniciais - Entrada 0,00
00.014.001.001 Haste aterramento 5/8"x2400mm aco cobreado un 2,0000 0,0000 0,00
00.014.001.002 Quadro medicao p/ 1 medidor trifasico aluminio un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.001.003 Bengala aco galvanizado p/ligacao predial energia 1.1/4" un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.001.004 Bengala aco galvanizado p/ligacao predial energia 1.1/2" un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.001.005 Caixa de concreto c/tampa ferro fundido CELESC 65x45cm un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.001.006 Caixa de concreto c/tampa ferro fundido TELESC 65x45cm un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.001.007 Eletroduto PVC flexivel corrugado Kanalex 1 1/2" m 50,0000 0,0000 0,00
00.014.001.008 Eletroduto PVC flexivel corrugado Tigreflex Cinza 32mm (1") m 25,0000 0,0000 0,00
Caixa passagem/inspecao polietilieno para aterramento -
00.014.001.009 un 2,0000 0,0000 0,00
Padrao CELESC
00.014.001.010 Cabo cobre nu 16,0mm2 m 15,0000 0,0000 0,00
00.014.001.011 Conector parafuso fendido split-bolt 16mm2 un 5,0000 0,0000 0,00
00.014.001.012 Cabo cobre 0,6/1kV 16,0mm2 ref.sintenax m 60,0000 0,0000 0,00
00.014.001.013 Disjuntor 3 polos 60A 380V un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.002 Postes 0,00
00.014.003 Tubulacoes 0,00
00.014.003.001 Eletroduto PVC flexivel corrugado Tigreflex 20mm (1/2") m 150,0000 0,0000 0,00
00.014.003.002 Eletroduto PVC flexivel corrugado Tigreflex 25mm (3/4") m 300,0000 0,0000 0,00
00.014.003.003 Eletroduto PVC flexivel corrugado Tigreflex 32mm (1") m 100,0000 0,0000 0,00
00.014.004 Fios e Cabos 0,00
00.014.004.001 Cabo cobre 750V 1,5mm2 m 600,0000 0,0000 0,00
00.014.004.002 Cabo cobre 750V 2,5mm2 m 500,0000 0,0000 0,00
00.014.004.003 Cabo cobre 750V 4,0mm2 m 150,0000 0,0000 0,00
00.014.004.004 Cabo cobre 750V 6,0mm2 m 100,0000 0,0000 0,00
00.014.004.005 Cabo cobre 750V 16,0mm2 m 100,0000 0,0000 0,00
00.014.004.006 Cabo cobre nu 16,0mm2 m 10,0000 0,0000 0,00
00.014.004.007 Haste aterramento 5/8"x2400mm aco cobreado un 3,0000 0,0000 0,00
00.014.005 Caixas/ Quadros/ Ferragens 0,00
00.014.005.001 Caixa passagem 300x300x100mm chapa aco,embutir un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.005.002 Caixa passagem 200x200x100mm chapa aco,embutir un 4,0000 0,0000 0,00
Quadro distribuicao embutir c/barramento 3F-225A p/48
00.014.005.003 un 1,0000 0,0000 0,00
disjuntores
00.014.005.004 Caixa passagem PVC tigreflex 2"x4" amarela un 120,0000 0,0000 0,00
00.014.005.005 Caixa passagem PVC tigreflex 4"x4" amarela un 10,0000 0,0000 0,00
00.014.005.006 Caixa passagem PVC octogonal 4"x4" c/fundo movel un 35,0000 0,0000 0,00
00.014.006 Interruptores/ Tomadas/ Acessorios 0,00
00.014.006.001 Modulo RJ-45 (Femea) un 10,0000 0,0000 0,00
00.014.006.002 Tomada embutir 2P+T universal 15A 125/250V un 100,0000 0,0000 0,00
00.014.006.003 Tomada embutir 2P+T universal 20A 125/250V un 5,0000 0,0000 0,00
00.014.006.004 Tomada latao p/piso 2P+T 10A 250V un 2,0000 0,0000 0,00
00.014.006.005 Interruptor embutir 1S 10A 250V un 50,0000 0,0000 0,00
00.014.006.006 Interruptor embutir 1P 10A 250V un 25,0000 0,0000 0,00
00.014.006.007 Interruptor embutir 1I 10A 250V un 2,0000 0,0000 0,00
00.014.006.008 Pulsador campainha embutir 2A 250V un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.007 Disjuntores/ Chaves/ Fusiveis 0,00
00.014.007.001 Disjuntor 1 polo 10A 220V un 12,0000 0,0000 0,00
00.014.007.002 Disjuntor 1 polo 15A 220V un 6,0000 0,0000 0,00
00.014.007.003 Disjuntor 1 polo 20A 220V un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.007.004 Disjuntor 1 polo 30A 220V un 3,0000 0,0000 0,00
00.014.007.005 Disjuntor 3 polos 60A 380V un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.008 Aparelhos e Equipamentos 0,00
00.014.008.001 Exaustor Westaflex d=150 mm (REF C 280 A) (Ventokit) un 1,0000 0,0000 0,00
00.014.008.002 Dutos para ventilacao e exaustao Ref. Westaflex m 20,0000 0,0000 0,00
00.014.008.003 Ventilador/exaustor de teto c/ luminaria e interruptor un 5,0000 0,0000 0,00
00.014.008.004 Conjunto motobomba recalque 1F 1,5CV 220V un 2,0000 0,0000 0,00
00.014.009 Luminarias / Lampadas 0,00
00.014.009.001 Arandela sobepor tipo tartaruga metalica un 6,0000 0,0000 0,00
00.014.009.002 Luminaria tipo Plafon sobrepor un 27,0000 0,0000 0,00
00.014.009.003 Lampada incandescente 100W 220V un 63,0000 0,0000 0,00
00.015 INSTALACOES HIDROSANITARIAS/ INCENDIO/ GAS 0,00
00.015.001 Agua Fria 0,00
00.015.001.001 Tubo PVC soldavel 32mm m 84,0000 0,0000 0,00
00.015.001.002 Adaptador PVC soldavel c/flanges livres 32mmx1" un 4,0000 0,0000 0,00
Quantidade
Código Descrição Un. Preço unitário Preço total
orçada
00.015.001.003 Joelho 45 PVC soldavel 32mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.001.004 Joelho 90 PVC soldavel 32mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.001.005 Joelho 90 PVC reducao soldavel 32x25mm un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.001.006 Registro esfera PVC soldavel 32mm un 3,0000 0,0000 0,00
00.015.001.007 Tee 90 PVC soldavel 32mm un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.001.008 Registro esfera PVC soldavel 25mm un 2,0000 0,0000 0,00
00.015.001.009 Adaptador soldado longo c/flanges livres 25mmx 3/4" un 1,0000 0,0000 0,00
00.015.001.010 Joelho 90 PVC soldavel 25mm un 25,0000 0,0000 0,00
00.015.001.011 Tubo PVC soldavel 25mm m 90,0000 0,0000 0,00
00.015.001.012 Joelho azul 90 PVC soldavel bucha latao 25mmx1/2" un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.001.013 Luva PVC soldavel 25mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.001.014 Tee 90 PVC soldavel 25mm un 8,0000 0,0000 0,00
00.015.001.015 Tee azul 90 PVC soldavel bucha latao 32mmx3/4" un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.001.016 Tee azul 90 PVC soldavel bucha latao 25mmx1/2" un 3,0000 0,0000 0,00
00.015.001.017 Curva transposicao soldada 25mm un 8,0000 0,0000 0,00
00.015.001.018 Registro gaveta base 3/4" un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.001.019 Adaptador PVC soldavel curto bolsa/rosca F/M 25mm x 3/4" un 20,0000 0,0000 0,00
00.015.001.020 Registro pressao M/F base 3/4" un 8,0000 0,0000 0,00
00.015.002 Sistema de agua da chuva 0,00
00.015.003 Agua Quente 0,00
00.015.003.001 Tubo PPR PN25 4m 25mm m 55,0000 0,0000 0,00
00.015.003.002 Luva Simples F/F PPR 25mm un 8,0000 0,0000 0,00
00.015.003.003 Te F/F/F PPR 25mm un 6,0000 0,0000 0,00
00.015.003.004 Adaptador Transicao F/F PPR 3/4"x25mm un 20,0000 0,0000 0,00
00.015.003.005 Joelho 90 F/F PPR 25mm un 20,0000 0,0000 0,00
00.015.003.006 Joelho F/F PPR 1/2"x25mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.003.007 Registro pressao M/F base 3/4" un 8,0000 0,0000 0,00
00.015.003.008 Mist. F/F/F PPR 3/4"x25mm un 4,0000 0,0000 0,00
00.015.003.009 Tubo PPR PN25 4m 32mm m 10,0000 0,0000 0,00
00.015.003.010 Registro gaveta base 3/4" un 2,0000 0,0000 0,00
00.015.003.011 Adaptador Transicao F/F PPR 3/4"x25mm un 4,0000 0,0000 0,00
00.015.003.012 Bucha reducao M/F PPR 32x25mm un 4,0000 0,0000 0,00
00.015.003.013 Joelho 45 F/F PPR 25mm un 8,0000 0,0000 0,00
00.015.003.014 Joelho 45 F/F PPR 32mm un 6,0000 0,0000 0,00
00.015.003.015 Joelho 90 F/F PPR 32mm un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.003.016 Luva Simples F/F PPR 32mm un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.003.017 Te F/F/F PPR 32mm un 4,0000 0,0000 0,00
00.015.004 Aquecedores de Agua Solar 0,00
00.015.004.001 Aquecimento agua solar conf.orc.esp. vb 5.080,0000 0,0000 0,00
00.015.005 Esgoto 0,00
00.015.005.001 Tubo PVC esgoto 40mm soldavel m 60,0000 0,0000 0,00
00.015.005.002 Tubo PVC esgoto 50mm m 20,0000 0,0000 0,00
00.015.005.003 Tubo PVC esgoto 75mm m 78,0000 0,0000 0,00
00.015.005.004 Tubo PVC esgoto 100mm m 120,0000 0,0000 0,00
00.015.005.005 Caixa sifonada PVC 100x100x50mm un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.005.006 Caixa sifonada PVC 150x185x75mm un 2,0000 0,0000 0,00
00.015.005.007 Joelho 45 PVC esgoto 40mm soldavel un 15,0000 0,0000 0,00
00.015.005.008 Joelho 45 PVC esgoto 50mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.005.009 Joelho 45 PVC esgoto 75mm un 22,0000 0,0000 0,00
00.015.005.010 Joelho 45 PVC esgoto 100mm un 18,0000 0,0000 0,00
00.015.005.011 Joelho 90 PVC esgoto 40mm soldavel un 30,0000 0,0000 0,00
00.015.005.012 Joelho 90 PVC esgoto 75mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.005.013 Joelho 90 PVC esgoto 40mmx1.1/2" azul c/anel un 8,0000 0,0000 0,00
00.015.005.014 Juncao simples PVC esgoto 100x 50mm un 4,0000 0,0000 0,00
00.015.005.015 Juncao simples PVC esgoto 100x100mm un 2,0000 0,0000 0,00
00.015.005.016 Juncao simples PVC esgoto 40x 40mm soldavel un 2,0000 0,0000 0,00
00.015.005.017 Luva simples PVC esgoto 40mm soldavel un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.005.018 Luva simples PVC esgoto 50mm un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.005.019 Luva simples PVC esgoto 75mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.005.020 Luva simples PVC esgoto 100mm un 10,0000 0,0000 0,00
00.015.005.021 Te sanitario PVC esgoto 75x 50mm un 2,0000 0,0000 0,00
00.015.005.022 Te sanitario PVC esgoto 50x 50mm un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.005.023 Bucha reducao longa PVC esgoto 50x 40mm soldavel un 5,0000 0,0000 0,00
00.015.006 Fossa / Filtro 0,00
00.015.006.001 Fossa septica d=1,5m h=2,0m un 1,0000 0,0000 0,00
00.015.006.002 Sumidouro alvenaria tijolo macico 2,30x1,50m p=1,5m un 1,0000 0,0000 0,00
Quantidade
Código Descrição Un. Preço unitário Preço total
orçada
00.015.007 Drenagem 0,00
00.015.008 Combate a Incendio 0,00
00.015.009 Instalacoes de Gas 0,00
00.015.009.001 Instalacao gas conf.orc.esp. vb 1.000,0000 0,0000 0,00
00.015.010 Reservatorios 0,00
00.015.010.001 Reservatorio fibra vidro circular 2000l un 3,0000 0,0000 0,00
00.015.010.002 Reservatorio fibra vidro circular 1000l (para agua de chuva) un 2,0000 0,0000 0,00
00.016 PAVIMENTACOES 0,00
00.016.001 Aterro e Compactacao 0,00
00.016.002 Contrapiso 0,00
00.016.002.001 Contrapiso concreto armado 15MPa e= 10cm (garagem) m2 66,4300 0,0000 0,00
00.016.002.002 Contrapiso concreto 15MPa e=10cm (garagem) m2 9,2000 0,0000 0,00
00.016.002.003 Lastro brita 2 e= 5cm m2 75,6300 0,0000 0,00
00.016.003 Regularizacao de Piso 0,00
00.016.003.001 Regularizacao piso c/argamassa ci/ar 1:5 e=3cm m2 87,3300 0,0000 0,00
00.016.003.002 Regularizacao piso c/argamassa ci/ar 1:5 e=3cm m2 163,2900 0,0000 0,00
00.016.004 Pisos 0,00
Revestimento em ceramica p/piso (externo) 30x30cm
00.016.004.001 m2 49,2500 0,0000 0,00
(garagem)
Revestimento em ceramica p/piso (interno) 30x30cm
00.016.004.002 m2 38,0800 0,0000 0,00
(subsolo)
00.016.004.003 Revestimento em ceramica p/piso (interno) 30x30cm (terreo) m2 163,2900 0,0000 0,00
Revestimento em ceramica p/piso (externo) 30x30cm
00.016.004.004 m2 72,0000 0,0000 0,00
(terraco)
00.016.005 Rodapes 0,00
Rodape ceramica cortada 8x30cm c/argamassa colante
00.016.005.001 m 38,4000 0,0000 0,00
(subsolo)
Rodape ceramica cortada 8x30cm c/argamassa colante
00.016.005.002 m 123,5800 0,0000 0,00
(terreo)
Rodape ceramica cortada 8x30cm c/argamassa colante
00.016.005.003 m 36,0000 0,0000 0,00
(terraco)
00.016.006 Soleiras 0,00
00.016.006.001 Soleira Granito (padrao medio) c/argamassa ci/ar 1:3 m2 6,9800 0,0000 0,00
00.016.007 Calafetacao e Lixacao 0,00
00.016.008 Tratamento de Juntas 0,00
00.017 PINTURAS 0,00
00.017.001 Pinturas Externas 0,00
00.017.001.001 Pintura acrilica externa fosca 3D h&gt;6m m2 315,0000 0,0000 0,00
Pintura acrilica externa semi-brilho 3D h&gt;6m sobre reboco
00.017.001.002 m2 46,6300 0,0000 0,00
rustico
00.017.002 Pinturas Internas 0,00
Pintura c/esmalte p/porta madeira 2,10x0,80m c/fundo (c/forra
00.017.002.001 un 4,0000 0,0000 0,00
e vistas)
Pintura c/esmalte p/porta madeira 2,10x0,60m c/fundo (c/forra
00.017.002.002 un 1,0000 0,0000 0,00
e vistas)
Pintura c/esmalte p/porta madeira 2,10x0,70m c/fundo (c/forra
00.017.002.003 un 3,0000 0,0000 0,00
e vistas)
00.017.002.004 Pintura acrilica interna fosca 3D m2 595,8200 0,0000 0,00
00.017.002.005 Pintura selador acrilico 1D m2 595,8200 0,0000 0,00
00.017.002.006 Emassamento parede c/massa PVA 2D m2 595,8200 0,0000 0,00
00.017.002.007 Pintura acrilica p/forro int.fosca 3D m2 250,6200 0,0000 0,00
00.017.002.008 Emassamento teto c/massa PVA 2D m2 250,6200 0,0000 0,00
00.017.003 Pinturas de Pisos 0,00
00.017.004 Pinturas Especiais 0,00
00.018 VIDROS/ ACRILICO/ POLICARBONATO 0,00
00.018.001 Vidro Comum 0,00
00.018.001.001 Vidro colocado conf.orc.esp. vb 3.000,0000 0,0000 0,00
00.018.002 Vidro Laminado 0,00
00.018.003 Vidro Temperado 0,00
00.018.003.001 Box p/banheiro vidro temperado 8mm incolor m2 12,1000 0,0000 0,00
00.018.004 Acrilico 0,00
00.018.005 Policarbonato 0,00
00.019 LOUCAS/ TAMPOS/ METAIS/ ACESSORIOS 0,00
00.019.001 Loucas 0,00
00.019.001.001 Bacia sanitaria c/cx.acoplada normal un 3,0000 0,0000 0,00
00.019.001.002 Cuba ceramica embutir un 3,0000 0,0000 0,00
00.019.002 Tampos 0,00
Tampo Granito Banheiro Ac. Simples Colocado (padrao
00.019.002.001 m 3,1000 0,0000 0,00
medio)
00.019.002.002 Tampo Granito Cozinha Ac. Duplo Colocado (padrao medio) m 7,7000 0,0000 0,00
Quantidade
Código Descrição Un. Preço unitário Preço total
orçada
00.019.002.003 Tampo granito colocado - tanque (padrao medio) m 1,1000 0,0000 0,00
00.019.003 Metais 0,00
00.019.003.001 Cuba inox 47x30x14cm un 2,0000 0,0000 0,00
00.019.003.002 Chuveiro cromado un 3,0000 0,0000 0,00
00.019.003.003 Misturador p/lavatorio un 3,0000 0,0000 0,00
00.019.003.004 Misturador p/pia tipo mesa 1/2" un 1,0000 0,0000 0,00
00.019.003.005 Acabamento p/registro base 1/2"-1" cromado C50 un 8,0000 0,0000 0,00
00.019.004 Acessorios 0,00
00.020 INSTALACOES METAL - MECANICAS 0,00
00.020.001 Elevadores 0,00
00.020.002 Ar Condicionado 0,00
00.020.003 Bombas 0,00
00.020.004 Ventilacao Forcada 0,00
00.020.005 Escadas 0,00
00.020.006 Coifas 0,00
00.020.007 Instalacoes Metal - Mecanicas Especiais 0,00
00.021 COMPLEMENTACAO DA OBRA 0,00
00.021.001 Muros 0,00
00.021.002 Grades 0,00
00.021.003 Portoes Externos 0,00
00.021.004 Arruamento 0,00
00.021.005 Pavimentacao Externa 0,00
00.021.007 Piscinas 0,00
00.021.008 Paisagismo 0,00
00.021.010 Mobiliario 0,00
00.022 DESPESAS EXTRAS 0,00
00.022.001 Despesas Extras 0,00
00.022.001.001 Mao de obra empreitada para demolicao do muro existente vb 1.250,0000 0,0000 0,00
00.022.001.002 Retirada de entulhos provenientes da obra m3 3,9286 0,0000 0,00
00.023 ADMINISTRACAO DA CONSTRUTORA 0,00
00.023.001 Administracao da Construtora 0,00
Total da unidade construtiva 303.599,48
SIENGE / SOFTPLAN
65

APÊNDICE 04

Modelo de Cronograma Físico-Financeiro


67

APÊNDICE 05

Planilha de Controle Final de Obra


CONTROLE FINAL DO PLANEJAMENTO DA OBRA
Empresa
Obra: Bons Fundamentos Data: 24/04/2009 Folha
Construir
Engenheiro: João de Deus Mestre: Tiago 1/2

Plano de Longo Prazo


Área Construída Projetada: ______________________ Área Construída Real: ______________________
Houve mudanças na obra em relação aos projetos iniciais orçados? Sim Não
Quais mudanças e em que projetos?

ARQUITETÔNICO

ESTRUTURAL

ELETRICO

HIDROSSANITÁRIO

TELEFONIA

LÓGICA

AR CONDICION.

Orçamento inicial (R$): Orçamento inicial (CUB):


Realizado final (R$): Realizado final (CUB):
Desvio orçado/realizado:

Prazo inicial: Prazo final:


Data inicio prevista: Data de início real:
Data término prevista: Data termino real:
Desvio de prazo em dias (- indica adiantamento | + indica atraso) :

Meses dentro do financeiro previsto (tolerância de +/- 10%): ________________


Meses abaixo do financeiro previsto (menos de 10%): ________________
Meses acima do financeiro previsto (mais de 10%): ________________

Plano de Curto Prazo


Número total de tarefas concluídas no prazo: __________________________
Número total de tarefas não concluídas no prazo: __________________________
Média de PPC: ___________________________
Maiores problemas encontrados na realização das atividades programadas:
CONTROLE FINAL DO PLANEJAMENTO DA OBRA
Empresa
Obra: Bons Fundamentos Data: 24/04/2009 Folha
Construir
Engenheiro: João de Deus Mestre: Tiago 2/2

Dificuldades encontradas e sugestões de melhoria


Engenheiro responsável:

Mestre:

Outros:
70

ANEXOS

ANEXO 01: Discriminação Orçamentária NBR12721


71

ANEXO 01

Discriminação Orçamentária NBR12721


D.1 SERVIÇOS SOCIAIS
D.1.1 Serviços técnicos
D.1.1.1 Levantamento topográfico.
D.1.1.2 Estudos geotécnicos.
D.1.1.3 Vistorias.
D.1.1.4 Planejamento, assessoria e controle geral da obra, controle tecnológico.
D.1.1.4.1 Consultoria do empreendimento de programação e de
acompanhamento.
D.1.1.4.2 Projeto arquitetônico.
D.1.1.4.3 Projeto geotécnico.
D.1.1.4.4 Projeto estrutural (infra e supra-estrutura).
D.1.1.4.5 Projeto das instalações elétricas.
D.1.1.4.6 Projeto das instalações hidráulicas, sanitárias e de gás.
D.1.1.4.7 Projeto das instalações de ar-condicionado e ventilação mecânica.
D.1.1.4.8 Projeto das instalações especiais (transportes, refrigeração, calefação,
exaustão, incineração, combate a incêndio).
D.1.1.4.9 Projeto de tratamento acústico.
D.1.1.4.10 Projeto de instalações comerciais, industriais e hospitalares.
D.1.1.4.11 Projeto de instalação de telefones, música funcional.
D.1.1.4.12 Projeto de playground.
D.1.1.4.13 Maquetes.
D.1.1.4.14 Perspectivas.
D.1.1.4.15 Paisagismo.
D.1.1.4.16 Complementação artística.
D.1.1.4.17 Controle tecnológico.
D.1.1.5 Orçamentos.
D.1.1.6 Cronogramas.
D.1.1.7 Fotografias.
D.1.2 Serviços preliminares
D.1.2.1 Demolições.
D.1.2.2 Cópias heliográficas, prints, fotostáticas, fotografias, etc.
D.1.2.3 Despesas legais
D.1.2.3.1 Licenças, emolumentos, taxas de obra e da edificação, registro em
cartório.
D.1.2.3.2 Impostos, federais, estaduais, municipais e outros (seguros contra fogo,
responsabilidade civil e outros), contratos, selos, legislação da obra,
despachante.
D.1.2.3.3 Multas.
D.1.3 Instalações provisórias
D.1.3.1 Tapumes, vedações, cercas, barracões, depósitos, placas, torres, silos,
andaimes mecânicos, proteção para transeuntes, e outros
equipamentos.
D.1.3.2 Instalações provisórias de água, luz, força, esgoto, telefone, sinalização
e outras.
D.1.3.3 Instalação de bombas.
D.1.3.4 Locação da obra.
D.1.4 Máquinas e ferramentas
D.1.4.1 Máquinas, peças e acessórios, consertos, lubrificação, manutenção.
D.1.4.2 Ferramentas em geral.
D.1.5 Administração da obra e despesas gerais
D.1.5.1 Pessoal, engenheiro, auxiliar de engenheiro, mestre-de-obras,
encarregados da obra, conferente, almoxarife, apontador, vigias,
guincheiro e outros.
D.1.5.2 Consumos: combustíveis e lubrificantes, material de limpeza, material
elétrico, contas de água, força, luz e telefone.
D.1.5.3 Material de escritório da obra.
D.1.5.4 Caixa da obra.
D.1.5.5 Medicamentos de emergência.
D.1.5.6 Ensaios especiais para materiais e serviços.
D.1.5.7 Controle sanitário da obra.
D.1.5.8 Equipamento de segurança da obra (dos operários, das máquinas, dos
materiais, extintores, etc.).
D.1.6 Limpeza da obra
D.1.6.1 Limpeza permanente da obra.
D.1.6.2 Retirada de entulho.
D.1.7 Transporte
D.1.7.1 Transporte interno.
D.1.7.2 Transporte externo.
D.1.8 Trabalhos em terra
D.1.8.1 Limpeza de terreno: desmatamento, destocamento, retirada de
baldrames.
D.1.8.1.1 Locação de obra, escavações, retirada e fornecimento de terra,
compactação.
D.1.8.2 Desmonte de rocha.
D.1.9 Diversos
D.1.9.1 Consertos.
D.1.9.2 Reaproveitamento e tratamento de materiais.
D.1.9.3 Despesas com vizinhos.
D.1.9.4 Outros.
D.2 INFRA-ESTRUTURA E OBRAS COMPLEMENTARES
D.2.1 Escoramentos de vizinhos e do terreno.
D.2.2 Esgotamento, rebaixamento do lençol de água e drenagens.
D.2.3 Preparo das fundações: cortes em rocha, lastros.
D.2.4 Fundações superficiais.
D.2.5 Fundações profundas.
D.2.6 Reforços e consolidação de fundações.
D.2.7 Provas de carga em estacas (ensaios de qualidade).
D.2.8 Provas de carga sobre o terreno de fundação (ensaio).
D.3 SUPRA-ESTRUTURA
D.3.1 Concreto protendido.
D.3.2 Concreto armado.
D.3.3 Metálica.
D.3.4 Madeira.
D.3.5 Mista.
D.3.6 Outros tipos.
D.4 PAREDES E PAINÉIS
D.4.1 Paredes ou elementos divisórios
D.4.1.1 Alvenarias.
D.4.1.2 Elementos divisórios especiais.
D.4.1.3 Elementos vazados em geral.
D.4.2 Esquadrias, peitoris, ferragens
D.4.2.1 Madeira.
D.4.2.2 Metálicos.
D.4.2.3 Plásticos.
D.4.2.4 Concreto.
D.4.2.5 Mistos.
D.4.2.6 Peitoris e chapins.
D.4.2.7 Ferragens.
D.4.2.8 Diversos (persianas, etc).
D.4.3 Vidros e plásticos
D.4.3.1 Vidros lisos, fantasias, cristal, temperados, opacos, translúcidos,
aramados, blindados, rayban, espelhos.
D.4.3.2 Tijolos de vidro e elementos vazados.
D.4.3.3 Plásticos.
D.4.3.4 Diversos.
D.4.4 Elementos de composição e proteção das fachadas
D.5 COBERTURAS E PROTEÇÕES
D.5.1 Coberturas
D.5.1.1 Estruturas para telhado.
D.5.1.2 Material de cobertura: chapas de fibrocimento, plásticos, telhas
cerâmicas, condutores e calhas.
D.5.1.3 Outras.
D.5.2 Impermeabilizações
D.5.2.1 De terraços: abertos, cobertos, jardins.
D.5.2.2 Caixa de água.
D.5.2.3 Laje do subsolo.
D.5.2.4 Juntas.
D.5.2.5 Banheiros.
D.5.3 Tratamentos especiais
D.5.3.1 Térmico.
D.5.3.2 Outros.
D.6 REVESTIMENTOS, FORROS E ELEMENTOS DECORATIVOS,
MARCENARIA E SERRALHERIA, TRATAMENTOS ESPECIAIS
D.6.1 Revestimento (interno e externo)
D.6.1.1 Argamassa.
D.6.1.2 Azulejos, ladrilhos, hidráulicos e cerâmicos.
D.6.1.3 Mármores, granitos e arenitos.
D.6.1.4 Marmorite ou granitina.
D.6.1.5 Pastilhas cerâmicas ou de vidro.
D.6.1.6 Especiais.
D.6.2 Forros e elementos decorativos
D.6.3 Marcenaria e serralheria (portões, grades, etc.)
D.6.4 Pintura
D.6.5 Tratamentos especiais internos
D.6.5.1 Acústico.
D.6.5.2 Outros tratamentos e imunizações.
D.7 PAVIMENTAÇÕES
D.7.1 Pavimentações
D.7.1.1 Tacos, parquete, frisos, pisos especiais de madeira.
D.7.1.2 Mármore, marmorite, granito, PVC.
D.7.1.3 Ladrilhos hidráulicos, ladrilhos cerâmicos, pastilhas cerâmicas.
D.7.1.4 Cimentado.
D.7.1.5 Calçadas externas.
D.7.2 Rodapés, soleiras
D.8 INSTALAÇÕES E APARELHOS (RESPECTIVOS)
D.8.1 Equipamentos de banheiro, cozinha e serviço
D.8.1.1 Louças em geral.
D.8.1.2 Metais sanitários.
D.8.1.3 Complementos: porta-papel, cabide, saboneteira, armário.
D.8.1.4 Fogão, coifa, filtro, aquecedor e metais.
D.8.1.5 Tanque e metais.
D.8.1.6 Bancas.
D.8.1.7 Outros equipamentos.
D.8.2 Instalações elétricas
D.8.2.1 Luz, força, telefone, campainha, rádio, televisão, intercomunicação.
D.8.2.2 Pára-raios.
D.8.2.3 Sinalização noturna.
D.8.2.4 Relógios elétricos.
D.8.2.5 Chuveiros elétricos.
D.8.2.6 Posteação.
D.8.3 Instalações hidráulica, sanitária e de gás
D.8.3.1 Água.
D.8.3.2 Esgoto e ventilação.
D.8.3.3 Águas pluviais.
D.8.3.4 Gás.
D.8.4 Ar-condicionado (refrigeração)
D.8.5 Ventilação mecânica (exaustão ou insuflação)
D.8.6 Instalações mecânicas
D.8.6.1 Elevadores.
D.8.6.2 Monta-cargas.
D.8.6.3 Escadas rolantes.
D.8.6.4 Planos inclinados.
D.8.6.5 De vácuo.
D.8.6.6 De ar comprimido.
D.8.6.7 De vapor.
D.8.6.8 De oxigênio.
D.8.6.9 De lixo.
D.8.6.10 De limpeza das fachadas.
D.9 COMPLEMENTAÇÃO DA OBRA
D.9.1 Calafate e limpeza
D.9.2 Complementação artística e paisagismo
D.9.2.1 Paisagismo.
D.9.2.2 Painéis artísticos.
D.9.2.3 Diversos.
D.9.3 Obras complementares
D.9.3.1 Complementares.
D.9.3.2 Acertos de pisos.
D.9.4 Ligação definitiva e certidões
D.9.4.1 Água.
D.9.4.2 Luz.
D.9.4.3 Força.
D.9.4.4 Telefone.
D.9.4.5 Gás.
D.9.4.6 Esgoto.
D.9.4.7 Águas pluviais.
D.9.4.8 Incêndio.
D.9.4.9 Certidões.
D.9.5 Recebimento da obra
D.9.5.1 Ensaios gerais nas instalações.
D.9.5.2 Arremates.
D.9.5.3 Habite-se.
D.9.6 Despesas eventuais
D.9.6.1 Indenização a terceiros.
D.9.6.2 Imprevistos diversos.
D.10 HONORÁRIOS DO CONSTRUTOR
D.11 HONORÁRIOS DO INCORPORADOR.

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