Faculdade de Tecnologia Tatuapé “Victor Civita”
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA
EM TRANSPORTE TERRESTRE
Disciplina:
2020-2
LEGISLAÇÃO
DOS
TRANSPORTES
6. Normas Aplicáveis aos Meios Profª. Ms. Nanci Bolognese
de Transportes Terrestres E-mail:
[email protected] 6. NORMAS APLICÁVEIS AOS MEIOS DE
TRANSPORTES TERRESTRES
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO (SINATRAN);
LEI 9. 503/97 - CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB): ASPECTOS ADMINISTRATIVOS, CIVIS E
PENAIS; MANIPULAÇÃO E ARMAZENAMENTO E CARGAS;
NORMAS SOBRE TRANSPORTE DE PESSOAS;
REGULAMENTO DE TRANSPORTE PÚBLICO;
AUTARQUIAS ESPECIAIS E O TRANSPORTE COLETIVO DE PESSOAS: ANTT, ARTESP E SPTRANS;
NORMAS SOBRE TRANSPORTE DE MERCADORIAS E REGULAMENTAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE
MODAIS;
DOCUMENTOS DE TRANSPORTE, REGISTROS ESPECIAIS; ARMAÇÃO E PARCERIAS;
INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS RODOVIÁRIA E FERROVIÁRIA;
TRANSPORTE DUTOVIÁRIO;
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS E CARGAS ESPECIAIS;
INTERMODALIDADE DE TRANSPORTES;
OPERAÇÕES DE DIREITO DE PASSAGEM E A "LEI DA BALANÇA";
NORMAS INTERNACIONAIS SOBRE O TRANSPORTE TERRESTRE;
SEGURO NACIONAL E INTERNACIONAL DE CARGAS.
SINATRAN
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
➢ O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
CONCEITO
ART. 5º
➢ Tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento,
administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de
veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação,
engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização,
julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.
São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:
I - estabelecer diretrizes da Politica Nacional de Transito, com vistas a
segurança, a fluidez, ao conforto, a defesa ambiental e a educação para o
transito, e fiscalizar seu cumprimento;
OBJETIVOS
ART. 6º
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios
técnicos, financeiros e administrativos para a execução das atividades de
transito;
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os
seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo decisório
e a integração do Sistema.
SINATRAN
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN):
➢ Coordenação do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo do SNT;
➢ Estabelece as normas regulamentares.
➢ É o órgão máximo normativo, consultivo e coordenador do Sistema Nacional de Trânsito
Brasileiro e pela atualização permanente das leis de trânsito.
➢ Sua sede é em Brasília.
ÓRGÃOS REGULADORES
Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN):
Órgãos Normativos, consultivos e coordenadores
Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN)
Órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN):
É órgão Estadual de Transito que tem por o exercício das atividades de planejamento
administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículo, formação,
habilitação e reciclagem de condutores, educação, energia, operação do sistema viário,
policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades
Polícia Rodoviária Federal (PRF):
Executa a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do
órgão ou entidades executivos de trânsito ou executivos rodoviários.
Polícia Rodoviária Federal (DNIT):
Órgão executivo rodoviário da união, com jurisdição sobre as rodovias e estradas federais.
Junta Administrativa de Recursos de Infração (JARI):
Responsável pelo julgamento dos recursos contra penalidades aplicadas pelos órgãos e
entidades.
ORGANOGRAMA DO SINATRAN
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
CF/88 – ART. 5º, INCISO XV
”O direito constitucional de Ir e Vir é a
raiz do trânsito”
TRÂNSITO
É a livre locomoção no território
nacional em tempo de paz, podendo
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
entrar, permanecer ou dele sair com
seus bens.
Art. 22, Inciso XI – é de competência
privativa de União legislar sobre trânsito
e transporte Código de Trânsito Brasileiro
Lei Nº 9.503 de 23/09/07
Artigo 1º, parágrafo 1º
Código de Trânsito
Brasileiro (CTB) – Anexo I Define o trânsito como ”a utilização das
vias por pessoas, veículos e animais,
Movimentação e a imobilização de isolados ou em grupos, conduzidos ou
veículos, pessoas e animais nas não, para fins de circulação, parada,
vias terrestres. estacionamento e operação de carga e
descarga.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
A divisão formal da Lei Nº 9.503/97, que instituiu o CTB, compreende:
▪ Um total de 341 artigos;
▪ Divididos em 20 Capítulos;
▪ Ao final dos quais se encontram 2 Anexos;
▪ Sendo o Anexo I de Conceitos e Definições, com total de 113 (referenciado pelo
artigo 4º); e
▪ Anexo II - relativo à Sinalização de trânsito (alterado, mais recentemente, pela
Resolução CONTRAN Nº 160/04)
Desde a promulgação da Lei Nº 9.503/97, 06 (seis) foram as Leis aprovadas
que alteraram artigos do Código de Trânsito, quais são:
➢ LEI Nº 9.602/98 – Alteração do CTB, nos ARTIGOS 10, 14, 108, 111, 155, 269 e 282;
➢ LEI Nº 9.792/99 – Implanta o kit de Primeiro Socorros;
➢ LEI Nº 10.350/01 – Altera o CTB, obriga a realização do exame psicológico
periódico para motoristas profissionais;
➢ LEI Nº 10.517/02 – Acrescente no CTB, permissão e uso do semirreboque
acoplado a motocicleta ou motoneta;
➢ LEI Nº 11.275/06 – infração ou crime de trânsito o ato de dirigir embriagado;
➢ LEI Nº 11.334/06 – Novas regras para a fiscalização de velocidade.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
CTB – ANEXO I - VEÍCULO
Veículo misto caracterizado pela versatilidade de seu uso, inclusive fora de
UTILITÁRIO
estrada.
VEÍCULO
Combinação de veículo acoplados, sendo um deles automotor.
ARTICULADO
➢ Veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que
serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a
VEÍCULO
tração viária de veículos utilizados para transporte de pessoas e coisas.
AUTOMOTOR
➢ Compreende também os veículos conectados a uma linha elétrica e que não
circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
VEÍCULO DE Destinado ao transporte de carga, podendo transportar dois passageiros,
CARGA incluído o condutor.
VEÍCULO DE Fabricado há mais de 30 anos, conserva suas características originais de
COLEÇÃO fabricação e possui valor histórico próprio.
Combinação de veículos; o primeiro veículo automotor e os demais reboques
VEÍCULO
ou equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplanagem ou
CONJUGADO
pavimentação.
VEÍCULO DE Destinado ao transporte de carga com peso bruto total (PTB) máximo superior
GRANDE PORTE a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte passageiros.
VEÍCULO DE
Destinado ao transporte de pessoas e suas bagagens.
PASSAGEIROS
VEÍCULO MISTO Destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
CTB – ANEXO I - VIA
”E a superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a
pista, a calçada, o acostamento, a ilha e o canteiro central”.
Art. 2º do CTB – “São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os
logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas, e as rodovias, que terão seu
VIA uso regulamento pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo
com as peculiaridades locais e circunstâncias especiais.
Parágrafo único – “para os efeitos desse Código, são consideradas vias terrestres
as praias constituídos por unidades autônomas”.
VIA DE Aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em
TRÂNSITO nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em
RÁPIDO nível
Aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por
VIA
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
ARTERIAL possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.
Aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar
VIA
ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
COLETORA regiões da cidade
Aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada
VIA LOCAL apenas ao acesso local ou áreas restritas.
VIA RURAL Estradas e rodovias
Ruas avenidas, vielas, ou caminhos similares aberto à circulação pública, situadas
VIA URBANA na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao
longo de sua extensão
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
O EMBASAMENTO E A CORRETA MONTAGEM DE UM PROCESSO ADMINISTRATIVO JUNTO
AOS ÓRGÕS/ENTIDADES DE TRÂNSITO
O Processo administrativo que visa à impugnação de infrações de trânsito está previsto na
própria legislação de trânsito (CTB – arts. 281 e ss.) em Resoluções do CONTRAN (hoje
normatizados através da Resolução nº 149/03) e, principalmente, norteia-se pela CF/88.
❖ Necessário então que se observe o devido processo legal – “Art. 5º, inciso LIV, da CF –
ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.”
❖ E a ampla defesa – Art. 5º, inciso LV, da CF – aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos e ela inerentes.
❖ Segundo Hely Lopes Meirelles, o princípio da legalidade “significa que o administrador
público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da Lei e às
exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato
inválido”. (In: Direito Administrativo Brasileiro, 24ª edição, ed. Malheiros, pág. 82)
❖ O processo administrativo que visa à anulação de uma infração de trânsito se inicia por:
➢ Um “suposto” descumprimento às normas de trânsito,
➢ Consubstanciada através de confecção de um Auto de Infração de Trânsito
➢ Impugnado pelo infrator ou pelo proprietário do veículo
➢ Juntada de quaisquer outros documentos que o entenda como prova no intuito de ter
provido o seu processo e, consequentemente, ter anulada a infração cadastrada em seu
veículo.
Assim, temos os dois primeiros elementos que devem constar no processo administrativo, quais
sejam: “as razões da defesa e auto de infração”.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
DEVERES E DIREITOS DOS ÓRGÃOS DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO E DO
ADMINISTRATIVO
“IR e VIR é um direito constitucional que deve ser exercido mediante a obediência as regras de trânsito.
O TRÂNSITO SEGURO é direito de todos e DEVER dos órgãos e entidades componentes do SINATRAN
(CTB, Art. 1°, 2°).
➢ Não cabe ao agente público do Poder Executivo, legislar sob matéria de competência privativa da
União (art. 22, Inciso XI, da CRFB/88), quando já existente regra social (Lei nº 9.503/97);
➢ RESOLUÇÃO n. 149/03, trada da uniformização do procedimento administrativo da lavratura do auto
de infração da expedição da notificação da autuação e da notificação da penalidade de multa por
quem responsável de direito.
➢ RESOLUÇÃO n. 108/99, que no pretexto de vir a interpretar o artigo 257 do CTB, distorce o que já
sendo auto-aplicável, apenas para garantir o Setor Público (como prestador do serviço), a isenção
sobre qualquer dúvida, somada a garantia legal de impor a obrigação a determinada pessoa, sem
responsabilizar-se pelo ônus inerente de sua atividade pública, além de estabelecer “que o
proprietário do veículo será sempre o responsável pelo pagamento da penalidade ou da multa,
independente da infração cometida, até mesmo quando o condutor for indicado como condutor-
infrator nos termos da lei...”
➢ RESOLUÇÃO n. 149/03, disciplina a forma de imposição da penalidade ao real infrator, de forma
que, ao condutor não proprietário, quando indicado formalmente, caberá a responsabilização do
pagamento da penalidade da multa, isentando o proprietário do bem, pelo atendimento a norma
expedida (Artigo 7 e 8), assim como quando, associada a RESOLUÇÃO n. 151/03 (unificação de
procedimentos para imposição de penalidade de multas a pessoa jurídica proprietária de veículos
por não identificado do condutor), deixa sem a menor sombra de dúvida, que a pessoa jurídica deve
atentar-se para suas responsabilidades como proprietário do bem móvel, estendidas a sua culpa em
elegendo o condutor, se respeitoso as normas legais, ou se infrator a regra social.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
DEVERES E DIREITOS DOS ÓRGÃOS DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO E DO
ADMINISTRATIVO
• Quando se verifica ser o real infrator o condutor-proprietário, sobre este recairá todo o
ônus de sua forma desregrada de conduzir seu automóvel.
• Quando recair a culpa sobre o condutor, indicado pelo proprietário do bem constante
nos registros dos órgãos de trânsito, a este último condutor não proprietário, recairá
toda a sorte de penalidades e deveres de pagamentos pela imposição da penalidade
descrita e autuada.
• Não se deve esquecer, que tanto o proprietário do bem móvel, regulamente licenciado
nos órgão executivos de trânsito, bem como, dos habilitados à condução de veículos
automotores, estão ambos à mercê da prestação de serviços administrativos e
públicos, não devendo nenhum órgão executivo de trânsito temer pelo não
cumprimento de suas penalidades impostas.
• Concluindo-se que o Poder Público não ficará no prejuízo, apenas aguardando que
dele necessitem quaisquer atividades de serviço público, ocasião em que deverá os
incautos prestar contas de seus atos.
• Se houver qualquer disposição em contrário, melhor sorte seria admitir que
administração pública concede as permissões para habilitar os condutores de
veículos, de forma indevida e imprecisa, pois, com todos os dados e a obrigatoriedade
de tempos em tempos de fazer a renovação da habilitação, não restaria dúvida da
certeza da Administração Pública, na ocasião, vir a penalizar de forma legal, aquele
real condutor infrator.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
OS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO E A RESPONSABILIDADE OBJETIVA OMISSIVA
O artigo 37, § 6°, da CF/88, estabelece:
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos dados que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa”.
➢ De igual sorte, prevê o artigo 43 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil) que:
“As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo”.
➢ Outro dispositivo legal que merece destaque é o dever de indenizar, tratado no
artigo 927 do Código Civil, nos seguintes termos:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (Arts. 186 e 187). Causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo”.
“Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem”.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
OS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO E A RESPONSABILIDADE OBJETIVA OMISSIVA
Fundamentos da responsabilidade civil:
➢ FORMA SUBJETIVA – Teoria da Culpa - A responsabilidade subjetiva (em que se avalia o
dolo ou a culpa) somente será objeto de apreciação na análise da conduta do próprio agente
público, o qual poderá sofrer ação de regresso, para restituir à Administração o que esta,
num primeiro momento, tenha respondido objetivamente.
Esta premissa constitucional, aliada aos princípios elencados no caput do artigo 37
(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), oferece a garantia da
proteção aos direitos de todo cidadão, que, em uma eventual ação judicial indenizatória, não
necessita comprovar a intenção na produção do resultado danoso, limitando-se a
demonstrar o liame de causalidade que impute responsabilidade à Administração Pública.
§ 3° do artigo 1° do CTB – “Os órgãos e entidades componentes do SINATRAN respondem,
no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos
em virtude da ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e
serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro”.
➢ FORMA OBJETIVA – Teoria do risco, sendo esta decorrente do risco assumido pelo lesante,
em razão da sua atividade.
Ainda que não haja intenção na produção do dano ou que tenha o agente assumido o risco
de sua ocorrência (características da ação dolosa), bem como ainda que não tenha o mesmo
agido com imprudência, negligência ou imperícia, caberá à Administração pública a
responsabilidade pela reparação do mal causado, bem como por eventuais indenizações ao
prejudicado, o que caracteriza a chamada responsabilidade objetiva, bastando, para sua
configuração, a existência do nexo causal, isto é, a relação entre causa e efeito, que
demonstre a ação do agente público e o dano resultante.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
INFRAÇÃO E PENALIDADE
INFRAÇÃO – inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas emanadas
do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e regulamentação estabelecida pelo
órgão ou entidade executiva do trânsito.
Quando um motorista não cumpre qualquer item da legislação de trânsito, ele está cometendo
uma infração e fica sujeito às penalidades previstas na lei.
➢ As infrações de trânsito normalmente geram também riscos de acidentes.
➢ As infrações de trânsito são classificadas, pela sua gravidade, em LEVES, MÉDIAS, GRAVES
E GRAVÍSSIMAS.
Penalidade e Medida Administrativa - Toda infração é passível de uma penalidade.
As medidas administrativas são:
➢ Retenção do veículo;
➢ Remoção do veículo
➢ Recolhimento do documento de habilitação (Carteira Nacional de Habilitação – CNH ou
Permissão para dirigir);
➢ Frequência obrigatória em curso de reciclagem
Pelo Art. 265 do Código de Trânsito Brasileiro é indispensável que haja processo próprio para
suspensão e cassação da CNH, independente do processo que trate da aplicação das multas
Resolução n. 182/05 do COTRAN, regulamenta o processo que deve ser seguido para suspensão
do direito de dirigir de infratores.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
INFRAÇÃO E PENALIDADES - RECURSOS
➢ Após uma infração ser registrada pelo órgão de trânsito, a NOTIFICAÇÃO DA
AUTUAÇÃO é encaminhada ao endereço do proprietário do veículo.
➢ A partir daí, o proprietário pode indiciar o condutor que dirigia o veículo e também
encaminhar defesa ao órgão de trânsito.
➢ A partir da NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE, o proprietário do veículo pode recorrer à
Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI).
➢ Caso o recurso seja indeferido, pode ainda recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito
(CETRAN) (no caso do Distrito Federal ao CONTRANDIFE) e, em alguns casos
específicos, ao CONTRAN, para avaliação do recurso em última instância
administrativa.
➢ Crime de Trânsito – Infringir as Leis de Trânsito também é um fator de risco de
acidente!
➢ Classificação dos infrações: Administrativas, Cíveis e Penais
➢ Infração Administrativas – Penalidades impostas pelo CTB
➢ Infrações Cíveis - ajuizamento de ação civil para reparar prejuízos causados a
terceiros
➢ Infrações Penais – resultantes de ação delituosa, estão sujeitas às regras gerais do
Código Penal e seu processamento é realizado pelo Código de Processo Penal. O
infrator, além das penalidades impostas administrativamente pela autoridade de
trânsito, é submetido a processo judicial criminal. Julgado culpado, a pena pode ser
prestação de serviços à comunidade, multa, suspensão do direito de dirigir e até
detenção e detenção de seis meses a um ano.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)
CRIMES PENAS
Dirigir sem carteira, entregar direção do veículo a
1 a 6 meses
pessoa não habilitada, dirigir veículo na calçada ou
de prisão
passeio.
Dirigir veículo pondo em risco a segurança alheia, dirigir
embriagado ou sob efeito de entorpecentes, transportar 3 a 6 meses
pessoas em condições perigosas, recusar-se a fazer de prisão
exame clínico solicitado por autoridade policial
6 meses a 2
Praticar lesão corporal culposa (a pena será aumentada
anos
entre um e dois terços, se o crime tiver agravantes) de prisão
2 a 4 anos
Homicídio culposo na direção do veículo
de prisão
Quando o motorista que praticar homicídio culposo
estiver embriagado ou drogado, não possuir habilitação,
atropelar uma pessoa na faixa de pedestre ou calçada,
4 a 8 anos
cometer Homicídio Culposo e deixar de prestar socorro,
de prisão
ou quando o condutor comete acidente dirigindo veículo
que exija cuidado especial como transporte coletivo de
passageiros.
TRANSPORTE DE PESSOAS
PARA QUEM SE PRESTA O SERVIÇO PÚBLICO?
1. A CF/88, além de determinar que "as reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão
disciplinadas em lei" (ART. 37, § 3º);
2. Reza que a Lei Nacional sobre Serviços Públicos deveria fixar "os direitos dos usuários" e a obrigação
de manutenção de "serviço adequado" (incisos II e IV, do parágrafo único, do ART.175);
3. Obrigação da qual já se desincumbiu o Poder Público ao editar a Lei 8.987/95, que disciplinou o
"serviço adequado" (ART. 6º);
4. Estendeu ao passageiro os direitos contidos no Código de Defesa do Consumidor e conferiu aos
usuários direitos especiais (ART. 7º);
5. Outrossim, o caput do ART. 175 da Lei Maior reza que a prestação do serviço público "incumbe ao
Poder Público", considerado o "gestor permanente e inexcludente do serviço público"
6. Confrontando-se os preceitos normativos referidos pode-se concluir que:
a) a titularidade do serviço público foi inequivocamente atribuída ao Poder Público (que pode delegar
apenas a sua execução); e
b) o destinatário do serviço público é o povo, o usuário, o cidadão. Eis, portanto, o binômio que
caracteriza os serviços públicos: "um dever do estado e um direito do cidadão".
7. Bem por se cuidar de dever do estado e direito do cidadão, a Lei Maior não permite que a
Administração escolha discricionariamente a quem delegar a prestação de serviço público, mas reza
que a escolha do prestador delegatório se fará "sempre através de licitação" pública, "que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes", observados os princípios "de legalidade,
impessoalidade, moralidade e publicidade".
ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS CHAMADOS "PERUEIROS" PODE SER CHAMADA DE
"SERVIÇO DE LOTAÇÃO"?
▪ O transporte pode ser de coisas ou de pessoas. O transporte de pessoas é contrato de resultado,
obrigando o transportador a levar o usuário são e salvo ao seu destino.
▪ O transporte de pessoas é tradicionalmente classificado em duas categorias, a saber:
✓ "Transporte singular de passageiros",
✓ "Transporte coletivo de passageiros
REGULAMENTO DE
TRANSPORTES PÚBLICO
▪ Regulamentos são atos normativos do Poder Executivo, dotados de abstração, generalidade, impessoalidade,
imperatividade e inovação cuja finalidade é desdobrar ou detalhar um ato normativo superior;
▪ As formas mais comuns de Regulamentos são os Decretos regulamentares, mas também podem tomar forma
de Resolução ou outras modalidades, podendo desdobrar preceitos constitucionais de eficácia plena e de eficácia
contida e atos legislativos primários (Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegas, Medidas Provisórias,
Decretos Legislativos e Resoluções);
▪ Embora os Regulamentos sejam atos da Administração Pública, não se confundem com os atos
administrativos propriamente ditos, pois esses têm conteúdo concreto, específico e normalmente individual;
CONSIDERAÇÕES
▪ Os Regulamentos sempre são limitados pelo ato normativo em face do qual são editados, especialmente pela
Constituição e pelas Leis.
▪ Com relação aos limites, os Regulamentos podem ser classificados em:
a) A regra é o Regulamento Restrito ou de Execução, enquanto as demais modalidades são exceções, pois
nos sistemas constitucionais contemporâneos prevalece o princípio da legalidade, isto é, a lei é o principal
comando normativo, cabendo aos decretos regulamentares a tarefa de detalhá-las;
b) Já os Regulamentos Delegados ou Autorizados também dão cumprimento à lei, mas a Constituição dá
maior liberdade em certas matérias que normalmente seriam reservadas à lei.
c) Por sua vez, Regulamento Autônomo é editado para explicitar diretamente a Constituição, que poderá
confiar discricionariedade ao titular da função regulamentar, no caso o Presidente da República,
revelando-se como matéria exclusiva ou reservada apenas ao regulamento, não podendo ser tratada por lei,
motivo pelo qual configura ato normativo primário.
d) Enfim, os Regulamentos Independentes também explicitam diretamente a Constituição, mas em matérias
que poderão ser tratados por leis a qualquer tempo.
▪ Ainda, podem ser classificados:
a) quanto à previsão normativa para sua edição - espontâneo e provocado ou vinculado;
b) quanto ao âmbito de seus efeitos - interno ou administrativo e externo ou geral;
c) quanto à competência federativa - federal, estadual, distrital, municipal e territorial, além dos editados por
regiões de desenvolvimento e unidades regionais, e
d) quanto à finalidade - nesse caso alcançando vastas possibilidades.
AUTARQUIAS ESPECIAIS E O TRANSPORTE
COLETIVO DE PESSOAS
▪ A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é uma autarquia federal brasileira responsável pela
regulação das atividades de exploração da infraestrutura ferroviária e rodoviária federal e de prestação de
serviços de transporte terrestre;
▪ Atua também no modal dutoviário;
▪ Trata-se de uma entidade integrante da Administração Federal Indireta, vinculada ao Ministério dos Transportes e
ANTT
submetida ao regime autárquico especial, caracterizado pela independência administrativa, autonomia financeira e
funcional e mandato fixo de seus dirigentes;
▪ Absorveu, dentre outras, as competências relativas às concessões de rodovias federais outorgadas pelo extinto DNER
e às concessões ferroviárias decorrentes do processo de desestatização das malhas da também extinta RFFSA;
▪ Por outro lado, as rodovias federais não concedidas ficaram a cargo do DNIT e as linhas ferroviárias suburbanas que
ainda não passaram por um processo de estadualização/municipalização, seguem sob a responsabilidade da CBTU,
com exceção dos trens da região metropolitana de Porto Alegre, que seguem com a TRENSURB, ambas empresas
vinculadas ao Ministério das Cidades.
▪ A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), é
uma autarquia estadual responsável por regular e fiscalizar o Programa de Concessões Rodoviárias, o Transporte
ARTESP
Coletivo Intermunicipal de Passageiros e todos os serviços de transporte público delegados no estado de São Paulo;
▪ Busca garantir rodovias mais modernas e seguras para os motoristas, mais conforto e eficiência para aqueles
que se utilizam do transporte de passageiros;
▪ Também implementar a política estadual de transportes; exercer poder regulador; elaborar modelos de
concessões, permissões e autorizações; garantir a prestação de serviços adequados; zelar pela preservação do
equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e estimular a melhoria da prestação dos serviços públicos de
transporte no estado.
▪ A São Paulo Transporte S/A (SPTrans) é a denominação adotada para a autarquia municipal que tem por
SPTRANS
finalidade a gestão do sistema de transporte público por ônibus em São Paulo.
▪ Todas as linhas de ônibus são operadas por concessionárias, sob a supervisão da SPTrans, empresa de
planejamento e gerenciamento do transporte coletivo.
▪ A SPTrans emite ordens de serviço de operação para cada linha, incluindo definição de trajetos, horários de
operação, frota necessária e pagamento da passagem pode ser efetuado em dinheiro ou pelo cartão
denominado Bilhete Único.
▪ A empresa gerencia também os corredores de ônibus e terminais de ônibus do município.
TRANSPORTE DE MERCADORIAS
Cada tipo de carga transportada possui características diferentes, onde dentre elas
destacamos:
Transporte de Carga Geral: É o tráfego de porta-a-porta, de cargas completas ou
fracionadas, embaladas ou não, que, por sua natureza e característica, utiliza veículos ou
equipamentos convencionais, compreendendo o transporte de produtos industrializados,
produtos químicos (classificados como não perigosos) e farmacêuticos,, líquidos
envasilhados, produtos alimentícios, materiais de construção, laminados de madeira e
outros.
Transporte de Carga Seca: são produtos não perecíveis e que podem ser
transportados independente das intempéries (sol, chuva, calor, frio, dia, noite, etc.),
como madeira, ferragens, materiais para construção (exceto cimento e similares),
equipamentos, encanamentos, etc.;
Transporte de Carga Viva: É aquele que emprega veículos apropriados para
preservar a integridade física e as condições sanitárias dos animais transportados,
compreendendo o transporte de gado vacum, equino, asinino, aviários, suíno, ovino
e caprino.
Transporte de Pallets e Racks: São transportados, em sua grande maioria, em
caminhões sider que agilizam o processo de carga e descarga não descartando
também a utilização do caminhão baú, quando necessário. Geralmente os produtos
transportados são acondicionados de forma unitizada, para facilitar sua
movimentação, carregamento e descarregamento.
TRANSPORTE DE MERCADORIAS
Transporte de Veículos: Geralmente acondicionado em carretas “cegonhas” ou guinchos. As
carretas, em sua grande maioria, transportam veículos zero Km, enquanto que os guinchos
transportam em sua grande maioria veículos usados. Quando existe necessidade de sigilo,
geralmente no transporte de novos modelos ou protótipos, utiliza-se caminhões sider.
Transporte de Perecíveis: Geralmente requer maior cuidado por conta de ser passível
de deterioração ou composição que exige condições especiais de temperatura e/ou arejamento
para manutenção de suas características orgânicas. Estes produtos são acondicionados e
transportados em caminhão baú refrigerado que garantem a qualidade do produto desde sua saída
no ponto de origem até sua entrega no cliente final.
Transporte Graneleiro: Carga a granel é toda carga homogênea, sem acondicionamento
específico, apresentando-se sob a forma de sólidos. Compreendem as cargas não acondicionadas,
portanto, sem invólucro/embalagem. Estas cargas são transportadas, geralmente, em caminhões
graneleiros que possuem características especificas para este tipo de transporte.
Transporte de Líquidos: Geralmente acondicionados em um caminhão com carroceria tanque
de aço também chamado de caminhão-cisterna, carro-tanque ou caminhão-pipa, Diferentemente do
transporte de produtos perigosos, aqui mencionamos, destacamos o transporte de produtos como
sucos e água. O caminhão-cisterna ou caminhão-pipa é utilizado exclusivamente para o transporte
de água. O caminhão-pipa pode ser utilizado para lavar ruas, abastecimento de água em
residências e empresas, condomínio e navios.
A forma de se transportar os produtos dependerá muito do processo logístico de cada empresa,
bem como do seu tipo e característica. Assim sabermos o que temos disponível no mercado para
execução destas atividades é de suma importância.
A forma de se transportar os produtos dependerá muito do processo logístico de cada empresa,
bem como do seu tipo e característica.
TRANSPORTE DE MERCADORIAS
Transporte de Container: A técnica de conteinerização pode ser definida como o transporte
direto de mercadorias de qualquer tipo - animais; líquidas ou em grãos; em embalagens
unitárias de forma e tamanhos diferentes ou uniformes - em contêineres apropriados. Além de
outras vantagens, incluindo-se maior proteção às mercadorias contra intempéries e choques,
devido ao reforço extra oferecido pela caixa externa. Os contêineres ainda podem ser
transferidos de um modal de transporte para outro, sem demandar grandes operações de
manuseio na carga e descarga. Por essas razões os contêineres têm ampliado em muito sua
aceitação entre os transportadores, companhias de seguros e embarcadores de carga. Os
caminhões que realizam o transporte de containeres necessitam de uma porta container
equipamento adequado para transporte do mesmo.
Transporte de Produtos Perigosos: Produto perigoso é transportado em caminhões tanque que
acomodam a carga com maior segurança. É considerado como produto perigoso toda e
qualquer substância que, dadas, às suas características físicas e químicas, possa oferecer,
quando em transporte, riscos a segurança pública, saúde de pessoas e meio ambiente, de
acordo com os critérios de classificação da ONU, publicados através da Portaria nº 204/97 do
Ministério dos Transportes. A classificação desses produtos é feita com base no tipo de risco
que apresentam.
Transporte de Carga Internacional: O Brasil em virtude de sua situação geográfica, mantém
historicamente acordos de transporte internacional terrestre, principalmente rodoviário, com
quase todos os países da América do Sul. Com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana
Francesa o. acordo está em negociação. Tais acordos buscam facilitar o incremento do
comércio, turismo e cultura entre os países, no transporte de bens e pessoas, permitindo que
veículos e condutores de um país circulem com segurança, trâmites fronteiriços simplificados
nos territórios dos demais.
MODAIS DE TRANSPORTE UTILIZADOS
NO BRASIL
➢ O transporte rodoviário é o mais conhecido e utilizado em toda a extensão do território
nacional.
RODOVIÁRIO
➢ A distribuição por meio de caminhões e carretas nas rodovias brasileiras vem crescendo
desde a década de 50, e atualmente é responsável por 76% da distribuição de insumos e
produtos industrializados em todo o Brasil.
➢ Por ser um modal de transporte rápido e com uma rota flexível, ele é aconselhável para o
transporte a curta distância de produtos acabados ou semiacabados, produtos com alto
valor agregado como eletro e também perecíveis como grãos, laticínios e carnes.
✓ Acessibilidade, pois conseguem chegar em quase todos os lugares do território
VANTAGENS
brasileiro;
✓ Facilidade para contratar ou organizar o transporte;
✓ Flexibilidade em organizar a rota;
✓ Pouca burocracia quanto à documentação necessária para o transporte;
✓ Maior investimento do governo na infraestrutura das rodovias se comparada aos outros
modais.
DESVANTAGENS
✓ Alto custo de frete, por causa do impacto direto que pedágios e alto valor do combustível
geram;
✓ Baixa capacidade de carga;
✓ Menor distância alcançada com relação ao tempo utilizado para o transporte;
✓ Maiores chances da carga ser extraviada, por causa de roubos e acidentes.
CONHECIMENTO EM EMBARQUE
RODOVIÁRIO – TIPOS DE VEÍCULOS
CAMINHÕES
Veículos fixos que apresentam carroceria aberta, em forma de gaiola,
plataforma, tanque ou fechados (baús), sendo que estes últimos podem ser
equipados com um maquinário de refrigeração para o transporte de produtos
refrigerados ou congelados
➢ Veículos articulados, com unidades de tração e de carga em módulos
CARRETAS
separados.
➢ Mais versátil que os caminhões, podem deixar o semirreboque sendo
carregado e recolhê-lo posteriormente, permitindo com isso que o
transportador realize maior número de viagens.
CEGONHEIRAS
➢ Específicos para transporte de automóveis;
➢ Boogies / Trailers / Chassis / Plataformas: veículos apropriados para
transporte de containers, geralmente 20’ e 40’(vinte e quarenta pés).
➢ Veículos semelhantes às carretas, formados por cavalos mecânicos,
TREMINHÕES
semirreboques e reboques, portanto compostos de três partes, podem
carregar dois containers de 20’.
➢ Não podem transitar em qualquer estrada, face ao seu peso bruto total
(cerca de 70 toneladas).
CONHECIMENTO EM EMBARQUE
RODOVIÁRIO – TIPOS DE VEÍCULOS
CONHECIMENTO EM EMBARQUE
RODOVIÁRIO – TIPOS DE VEÍCULOS
CONHECIMENTO DE EMBARQUE FERROVIÁRIO:
➢ Também chamado de Carta de Porte Internacional, é o principal documento do
transporte ferroviário tem as mesmas funções básicas dos conhecimentos de
embarque marítimos e rodoviários.
➢ É emitido em três vias originais, sendo a primeira delas negociável, e quantas
cópias forem necessárias.
➢ Cabe ressaltar que quando o transporte de uma mercadoria ocorre por mais de
uma ferrovia, aquela que emitiu a Carta de Porte Ferroviário pelo trajeto total é a
responsável perante todas as partes envolvidas, por todo o percurso, desde a
origem até a entrega.
COMPOSIÇÃO DO FRETE FERROVIÁRIO:
➢ Dois fatores influenciam no cálculo do frete ferroviário: distância percorrida (TKU –
Toneladas por Quilômetro Útil) e o peso da mercadoria.
➢ Assim, pode ser calculado pela multiplicação da tarifa ferroviária por tonelada ou
metro cúbico, prevalecendo o que aferir maior receita.
➢ É bastante comum que o frete seja cobrado por vagão, taxa de estadia do vagão,
cobrada por dia. Há um frete mínimo para o caso de embarque de cargas leves que
completam o vagão sem chegar a um peso adequado.
INFRAESTRUTURAS VIÁRIA RODOVIÁRIA
INFRAESTRUTURAS VIÁRIA FERROVIÁRIA
TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
O Transporte Dutoviário vem se revelando como uma das formas econômicas de
transporte para grandes volumes quando comparados com os modais ferroviário e
rodoviário. Algumas características são atribuídas ao transporte dutoviário como,
CONCEITOS BÁSICOS/OPERAÇÃO
agilidade, segurança, baixa flexibilidade e capacidade de fluxo.
É competência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) articular-se com
entidades operadoras do transporte dutoviário, para resolução de interfaces
intermodais e organização de cadastro do sistema de dutovias do Brasil.
Outros assuntos relacionados a dutovias são de responsabilidade da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP (www.anp.gov.br).
DUTOS:
Oleodutos - cujos produtos transportados são, em sua maioria petróleo, óleo
combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros.
Gasodutos - cujo produto transportado é o gás natural.
Minerodutos - cujos produtos transportados são sal-gema, minério de ferro e
concentrado fosfático.
Aquadutos - canal ou galeria, subterrâneo ou à superfície, e construído com a
finalidade de conduzir a água. Os aquedutos são normalmente edificados sobr e
arcadas ou sob plataformas de vias de comunicação
TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
✓ A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor
federal de transporte, estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à
ANTT regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias
e ferrovias.
✓ O regulamento brasileiro do transporte rodoviário de produtos perigosos
baseia-se nas recomendações emanadas pelo Comitê de Peritos em
CONSIDERAÇÕES
Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, que são atualizadas
periodicamente, e publicadas no Regulamento Modelo conhecido como
”Orange Book”, bem como no Acordo Europeu para o Transporte Rodoviário.
✓ O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos,
por representarem risco para a saúde de pessoas, para a segurança pública
ou para o meio ambiente, é submetido às regras e aos procedimentos
estabelecidos pelo Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos, Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações, complementado pelas
Instruções aprovadas pela Resolução ANTT nº. 420/04 e suas alterações, sem
prejuízo do disposto nas normas específicas de cada produto.
✓ Os documentos citados especificam exigências detalhadas aplicáveis ao
transporte rodoviário de produtos perigosos, estabelecendo prescrições
referentes à classificação do produto, marcação e rotulagem das embalagens,
sinalização das unidades de transporte, documentação exigida entre outras.
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM E
MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM E
MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
CLASSE SUBCLASSE
1.1 – Com risco de explosão
1.2 – Com risco de projeção
I - EXPLOSIVOS 1.3 – Com Risco de Incêndio
1.4 – Sem Risco Considerável
1.5 – Pouco sensível e com risco de explosão Insensível e sem risco de explosão
2.1 - Gases Inflamáveis
II - GASES 2.2 - Gases não inflamáveis, não tóxicos
2.3 - Gases Tóxicos
III – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
4.1 - Sólidos Inflamáveis
IV – SÓLIDOS
4.2 – Sujeitos à combustão espontânea
INFLAMÁVEIS
4.3 – Que liberam gases inflamáveis no contato com a água
V – SUBSTÂNCIAS
5.1 – Oxidantes
OXIDANTES E
5.2 – Peróxidos Orgânicos
PERÓXIDOS
VI – SUBSTÂNCIAS
6.1 - Produtos Tóxicos
TÓXICAS E
6.2 - Infectantes
INFECTANTES
VII – MATERIAIS RADIOATIVOS
VIII – SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
IX – SUBSTÂNCIAS As cargas são classificadas individualmente. Exemplo: UN 1993 – Óleo Diesel
PERIGOSAS DIVERSAS BR 0412 – Cartuchos de armazenamento
SINALIZAÇÃO DE ARMAZENAGEM E
MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
TRANSPORTE DE CARGAS
ESPECIAIS
▪ Carga Indivisível é a carga unitária, representada por uma única peça estrutural ou por
RESOLUÇÃO 11/2004
um conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou outro processo, para fins de
utilização direta como peça acabada, ou ainda, materiais, implementos, partes
estruturais, máquinas ou partes de máquinas e equipamentos, cujas dimensões e/ou
peso excedam os limites fixados pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Transito).
DNIT
▪ Também chamada de “A carga de projeto ou heavy-lift”, é qualquer tipo de carga pesada
ou volumosa que, em razão de suas dimensões ou tonelagem, não pode ser transportada
em contêiner, exigindo, portanto, equipamentos, carretas, trens, navios ou aeronaves
especiais como partes e peças de usinas, transformadores, reatores, caldeiras, vagões,
torres, guindastes, geradores, pás eólicas e outros equipamentos de grandes
dimensões”.
▪ De acordo com a ANTT (2014) o transporte rodoviário de cargas no Brasil é
regulamentado pela Lei nº 6.813, de 10 de julho de 1980, observadas as disposições
contidas no Código de Transito Brasileiro.
LEGISLAÇÃO
▪ A lei que dispõe sobre cargas especiais é a nº 10.233 de 2001, onde constitui a esfera da
ANTT para que possam ser estabelecidos padrões e técnicas complementares relativos
às operações de transporte terrestre de cargas especiais.
▪ A Portaria Nº 23/1996 do DER-SP prevê as normas do Auto Ban e Via Oeste.
▪ A Resolução Nº 11/2005 do DNIT refere-se à NovaDutra e Rodo Norte.
▪ As Normas ABNT, com ênfase na NBR 8681/2003.
TRANSPORTE DE CARGAS
ESPECIAIS
▪ Carga Indivisível é a carga constituída por uma única peça, máquina, equipamento ou conjunto estrutural, ou ainda
parte pré-montada destes elementos. (Secretaria dos Transportes - DER)
▪ “Carga Indivisível Unitizada é a carga constituída de mais de uma unidade indivisível arranjada e acondicionada de
modo a possibilitar a movimentação e o transporte como uma única unidade”,
▪ Existem algumas definições que devem ser consideradas em relação às cargas indivisíveis:
✓ Carga nas Partes Externas é a carga que ultrapassa os limites físicos da carroçaria do veículo, quanto à sua largura
ou ao seu comprimento, exceto os equipamentos integrados a veículo especial. Para veículo classificado na espécie
"de passageiros" ou "misto”, é a carga alojada em bagageiro fixado sobre a parte superior do veículo;
✓ Escolta Credenciada é o veículo destinado a acompanhamento de transportes excepcionais em peso e/ou
dimensões. Veículo de empresa especializada prestadora desses serviços ou da própria empresa transportadora,
cumprindo as exigências quanto ao credenciamento do veículo, da empresa e do condutor, previstos na Portaria
SUP/DER-026 e suas alterações, ou a que vier a sucedê-la;
✓ Estudo de Viabilidade (EV) é o estudo prévio da capacidade portanto das obras de arte especiais (OAE’s) existentes
ao longo de determinado itinerário, para fins de viabilização ou não da passagem de Conjunto Transportador acima
de determinados limites;
✓ Excesso de Dimensões é a parcela das dimensões do conjunto (comprimento, largura, altura e balanço traseiro) que
ultrapassa os limites regulamentares fixados pela legislação de trânsito;
✓ Excesso de Peso é a parcela do peso de um eixo e/ou de conjunto de eixos que ultrapassa os limites regulamentares
fixados pela legislação de trânsito;
✓ Guindaste Auto propelido ou sobre Caminhão constituindo veículo especial projetado para elevar, movimentar e
baixar materiais;
✓ Veículo para acompanhamento de Operações Especiais é aquele próprio do DER ou de concessionária de rodovia
destinado ao acompanhamento das operações especiais para o transporte de cargas excepcionais;
✓ Veículo Especial é aquele constituído com características de construção especial, destinado ao transporte de carga
indivisível e excedente em peso e/ou dimensão, incluindo-se entre esses os reboques e semirreboques dotados de
mais de três eixos com qualquer tipo de suspensão, assim como aquele dotado de equipamentos para prestação de
serviços especializados, que se configurem como carga permanente, tais como guindastes ou assemelhados;
✓ Veículo Transportador Modular Auto propelido é o veículo modular com plataforma de carga própria, tendo
suspensão e direção hidráulica e conjunto de eixos direcionais com força motora que propicie circular pelos seus
próprios meios.
DIREITO DE PASSAGEM E A
LEI DA BALANÇA
RESOLUÇÕES CONTRAN nº 210 e 258; Art. 323 da Lei 9.503 CTB
LEGISLAÇÃO
▪ Art. 4º - Fiscalização do peso dos veículos: equipamento de pesagem (balança rodoviária) ou, pela
verificação de documento fiscal.
▪ Art. 5º - Admitida a tolerância máxima de 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos regulamentares.
Parágrafo único: Tolerância máxima prevista neste artigo não deve ser incorporada aos limites de peso.
▪ Art. 12 - Para fins dos Parágrafos 4º e 6º do Art. 257 do CTB considera embarcador o remetente ou
expedidor da carga, mesmo se o frete for a pagar.
TOLERÂNCIA DO PESO EM VEÍCULOS DE CARGA:
Resolução CONTRAN nº 489
TOLERÂNCIA
▪ Fixa nova metodologia de tolerância nas aferições de peso em veículos de cargas.
DO PESO
✓ 5% (CINCO POR CENTO) - sobre os limites de pesos regulamentares para: Peso Bruto Total (PBT);
Peso Bruto Total Combinado (PBTC); Capacidade Máxima de Tração (CMT);
✓ 7,5% (SETE VÍRGULA CINCO POR CENTO) - sobre os limites de pesos regulamentares por eixo ou
conjunto de eixos para aqueles veículos que excederem os limites de tolerância de 5% para o PBT e
PBTC;
✓ 10% (DEZ POR CENTO) - sobre os limites de pesos regulamentares por eixo ou conjunto de eixos para
aqueles veículos que não excederem os limites de tolerância de 5% para o PBT e PBTC.
FISCALIZAÇÃO DO PESO NO TRANSPORTE DE CARGA LIQUIDA:
▪ O tipo de balança rodoviária normalmente adotado pelas Autoridades rodoviárias no Brasil é o que adota
FISCALIZAÇÃO
a pesagem por eixo.
▪ A Portaria INMETRO nº 236/94 estabelece:
✓ Item 12.4 – Pesagens separadas de eixos não são permitidas quando o produto a ser pesado é um
liquido.
✓ Ao final de maio/13 o INMETRO/DIMEL publicou o Oficio Circular Nº 0011/DIMEL autorizando a pesagem
de carga liquida.
▪ A ABTLP esta questionando a decisão, uma vez que a Portaria INMETRO Nº 236/94 permanece em vigor.
▪ Se o equipamentos de transporte dispuser de Autorização Especifica (AE) sobre o peso regulamentar é
permitido acrescentar 5% (cinco por cento) [Resolução CONTRAN nº 341/Portaria DENATRAN nº 313].
DIREITO DE PASSAGEM E A
LEI DA BALANÇA
PENALIDADES POR EXCESSO DE PESO:
▪ O Artigo nº 257 da Lei nº 9.503 (CTB) estabelece:
Art. 257 – As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veiculo, ao
embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e
deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionadas nesse
código.
✓ § 4º - O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente for o único
remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior
àquele aferido.
✓ § 5º O transportador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador
ultrapassar o peso bruto total.
✓ § 6º. O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração
relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou
manifesto for superior ao limite legal.
▪ A carga liquida vem sendo fiscalizada pelas Notas Fiscais e quando nas mesmas ficam
constatados excesso de peso (PBT ou PBTC) o Transportador e o Embarcador são
Multados de acordo com os termos do Art. nº 257 § 5º do CTB.
▪ Observar que as Notas Fiscais tem que conter os pesos liquido e bruto do produto
transportado conforme estabelece o Decreto Nº 7.212/10, Art. 413, Inciso VI, Alíneas “o” e
“p”.
▪ A tara do conjunto transportador deve estar inscrita no veiculo de acordo com a
Resolução CONTRAN Nº 290.
TRANSPORTE TERRESTRE:
Normas Internacionais
▪ 1890 - Convenção de Berna, regulava transportes internacionais ferroviários de mercadorias.
No tocante aos transportes ferroviários surgiram, os primeiros esforços para a harmonização internacional.
CONVENÇÕES DE GENEBRA:
▪ 1956 - aprovada pelo Decreto-Lei n° 46.235/1965 e relativa ao contrato de transporte internacional de mercadorias
por estrada.
✓ Aderiram à essa Convenção, conhecida pela sigla CMR todos os Estados do Ocidente Europeu, salvo a
Islândia e a Albânia, bem como os Estados da antiga União Soviética.
✓ O Direito português decidiu transpor para a ordem interna o essencial dessa convenção, tal o papel do
Decreto-Lei n° 239/2003,
▪ 1973 – dispóe sobre o transporte internacional rodoviário de passageiros e bagagens, mercê dos cuidados da
UNIDROIT (Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado) ou CVR, não sendo ratificada por
Portugal e tendo, todavia, entrado em 1994. No campo rodoviário há ainda que ter em conta um elevado número
de acordos bilaterais.
▪ 1924 – quando da sua revisão foi adoptada uma Convenção Internacional relativa ao Transporte de Passageiros
e de Mercadorias por Caminho de Ferro.
▪ 1980 - seguiram-se diversas revisões e veio a ser conhecida por Convenção Relativa aos Transportes
Internacionais Ferroviários ou COTIF, aprovada para ratificação pelo Decreto n° 50/1985.
✓ Como Apêndice “A” surgem as denominadas “Regras uniformes relativas ao transporte internacional
ferroviário de passageiros e bagagens” ou CIV e, como Apêndice “B”, as “Regras uniformes relativas ao
contrato de transporte internacional ferroviário de mercadorias” ou CIM.
✓ A COTIF foi alterada pelo Protocolo aprovado em 1990 pela OTIF, aprovado para ratificação, pelo Decreto n°
10/1997.
✓ Hoje, cabe lidar com o Decreto-Lei n° 58/2008, que acolheu diversos instrumentos internacionais.
▪ No campo dos Transportes Internacionais Rodoviários de Mercadorias vieram dispor as Diretrizes n.°
89/438/CEE e n° 91/224/CEE, ambas do Conselho.
▪ A matéria foi transposta pelo Decreto-Lei n° 279 A/92, que estabeleceu o novo regime jurídico do Transporte
Público Internacional Rodoviário de Mercadorias.
▪ Quanto ao Transporte Ferroviário, cumpre citar a Diretriz n.° 91/440, de 1991.
SEGURO NACIONAL E INTERNACIONAL
DE CARGAS
O que é o Seguro de Transportes?
▪ O seguro de transportes garante ao segurado uma indenização pelos prejuízos causados aos bens segurados
durante o seu transporte em viagens aquaviárias, terrestres e aéreas, em percursos nacionais e internacionais.
▪ A cobertura pode ser estendida durante a permanência das mercadorias em armazéns.
Quem pode contratar o Seguro de Transportes?
▪ A pessoa que tem o interesse em preservar o patrimônio contra os riscos inerentes à viagem, ou seja, qualquer
pessoa que tenha o interesse segurável na carga a ser transportada.
▪ No contrato de compra e venda, fica estabelecido a partir de que momento o interesse segurável passa do
vendedor ao comprador da mercadoria.
Qual a diferença entre Seguro de Transportes e Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador?
▪ O seguro de transportes é contratado pelo dono da carga, e é de contratação obrigatória para pessoas
jurídicas, à exceção de órgãos públicos.
▪ Já o seguro de responsabilidade civil do transportador deve obrigatoriamente ser contratado pela empresa de
transporte, mas cobre apenas prejuízos pelos quais o próprio transportador seja responsável, como colisão,
capotagem, abalroamento, incêndio ou explosão do veículo transportador.
Qual é o prazo para o recebimento da indenização do Seguro de Transportes?
▪ Uma vez entregue pelo segurado toda a documentação exigível, que deve constar das condições da apólice, a
seguradora efetuará o pagamento da indenização no prazo máximo de 30 dias.
▪ No caso de solicitação de outros documentos além daqueles considerados básicos para a liquidação de
sinistros, este prazo será suspenso, e terá a sua contagem reiniciada a partir do dia útil subsequente àquele em
que forem completamente atendidas as exigências.
Quais são as normas (SUSEP/CNSP) que regem o Seguro de Transportes?
▪ RESOLUÇÃO CNSP Nº 17/1968 - Estabelece que os seguros obrigatórios de transporte, no País, de bens
pertencentes a pessoas jurídicas e de riscos de incêndio de bens pertencentes a pessoas jurídicas, situados no
país, reger-se-ão pelas normas, condições e tarifas vigentes para esses ramos.
▪ CIRCULAR SUSEP Nº 354/2007 - Disponibiliza no sitio da SUSEP as condições contratuais do plano
padronizado para o seguro de transportes e estabelece as regras mínimas para a comercialização deste seguro.
SEGURO NACIONAL E INTERNACIONAL
DE CARGAS
Quais são as coberturas do seguro de transportes?
▪ O seguro de transportes é composto por uma cobertura básica, de contratação automática, e pelas coberturas adicionais, que cobrem
riscos que não são cobertos pela cobertura básica, e contra os quais o segurado opcionalmente pode se garantir, mediante o
pagamento de prêmio adicional.
▪ Existem algumas opções de contratação da cobertura básica, dentre elas destacamos:
✓ Nº 1 - Cobertura Básica Restrita (C) - garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência de perdas e danos
materiais causados ao objeto segurado exclusivamente por:
✓ a) Incêndio, raio ou explosão;
b) encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio ou embarcação;
c) capotagem, colisão, tombamento ou descarrilamento de veículo terrestre;
d) abalroamento, colisão ou contato do navio ou embarcação com qualquer objeto externo que não seja água;
e) colisão, queda e/ou aterrissagem forçada da aeronave, devidamente comprovada;
f) descarga da carga em porto de arribada;
g) carga lançada ao mar;
h) perda total de qualquer volume, durante as operações de carga e descarga do navio; e
i) perda total decorrente de fortuna do mar e/ou de arrebatamento pelo mar.
✓ Nº 2 - Cobertura Básica Restrita (B) - garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência de perdas e danos
materiais causados ao objeto segurado pelos riscos citados na cobertura anterior e também por:
✓ a) inundação, transbordamento de cursos d’água, represas, lagos ou lagoas, durante a viagem terrestre;
b) desmoronamento ou queda de pedras, terras, obras de arte de qualquer natureza ou outros objetos, durante a viagem terrestre;
c) terremoto ou erupção vulcânica; e
d) entrada de água do mar, lago ou rio, na embarcação ou no navio, veículo, “container”, furgão (“liftvan”) ou local de
armazenagem.
✓ Nº 3 - Cobertura Básica Ampla (A) - garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência de todos os riscos de
perda ou dano material sofridos pelo objeto segurado, em consequência de quaisquer causas externas, exceto as previstas na
cláusula de prejuízos não indenizáveis.
✓ Existem ainda coberturas básicas que visam cobrir mercadorias e/ou situações específicas, como é o caso das seguintes
coberturas:
✓ Nº 4 - Cobertura Básica Restrita para Embarques de Mercadorias/Bens Acondicionados em Ambientes Refrigerados;
Nº 5 - Cobertura Básica Ampla para Embarques de Mercadorias/Bens Acondicionados em Ambientes Refrigerados;
Nº 6 - Cobertura Básica Restrita para Mercadorias/Bens Congelados;
Nº 7 - Cobertura Básica Ampla para Mercadorias/ Bens Congelados;
Nº 9 - Cobertura Básica Ampla para Animais Vivos (Exceto Embarques Aéreos de Aves Vivas);
Nº 10 - Cobertura Básica Ampla para Seguros de Transportes Aéreos de Aves Vivas;
Nº 20 - Cobertura Básica para Seguros de Bagagem; e
Nº 21 - Cobertura Básica para Seguros de Mercadorias Conduzidas por Portadores.
SEGURO NACIONAL E INTERNACIONAL
DE CARGAS
▪ Denomina-se resseguro à operação pela qual o segurador, transfere a outrem, total ou
O QUE É O RESSEGURO DE
parcialmente, o risco assumido.
▪ Nessa operação, o segurador objetiva diminuir suas responsabilidades na aceitação de um
TRANSPORTES?
risco considerado excessivo ou perigoso, e cede a outro uma parte da responsabilidade e
do prèmio recebido.
▪ Simplistamente o resseguro é visto como um seguro do seguro.
▪ Tecnicamente, o resseguro é um contrato que visa equilibrar e dar solvência aos
seguradores e evitar, através da diluição dos riscos, quebradeiras generalizadas de
seguradores no caso de excesso de sinistralidade, como a ocorrência de grandes
tragédias, e garantir assim o pagamento das coberturas aos segurados.
▪ Assim alguns seguros profissionais, tal operação pode ser obrigatória em alguns casos.
▪ Quando uma empresa seguradora decide, ou é obrigada, a ressegurar parcial ou
totalmente dos riscos assumidos ela os cede para uma empresa de resseguro, num
processo chamado conhecido como cessão, em que paga um prêmio de cessão
proporcional ao risco repassado.
▪ A própria resseguradora também pode se segurar contra riscos que assumiu, através de
PROCESSO DO
RESSEGURO
uma operação de retrocessão, em que, num processo semelhante ao do resseguro, cede
riscos, informações e parte do prêmio de seguro para outra ressegurador, ou ainda para
uma sociedade seguradora local.
▪ Em operações de cessão ou retrocessão não existe ligação direta entre o segurado e a
resseguradora.
▪ Em caso de sinistro, a empresa seguradora deverá cumprir suas obrigações com o
segurado, assim como o ressegurador para com ela.
▪ O ressegurador tanto pode conceder comissões à seguradora cedente ou retrocedente,
acompanhando o padrão tarifário original, como utilizar tarifas próprias, geralmente
inferiores àquelas, nos casos de resseguros proporcionais.
MUITO
OBRIGADA!