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Relatório Escoliose

Este relatório descreve o caso de uma menina de 13 anos com diagnóstico de escoliose idiopática. O tratamento consistiu em um programa de cinesioterapia que resultou em uma redução significativa no ângulo de Cobb de 16 para 4 graus, conforme evidenciado por radiografias pré e pós-tratamento. Os resultados demonstraram que o programa de cinesioterapia foi efetivo no tratamento da escoliose idiopática nesta paciente.

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Relatório Escoliose

Este relatório descreve o caso de uma menina de 13 anos com diagnóstico de escoliose idiopática. O tratamento consistiu em um programa de cinesioterapia que resultou em uma redução significativa no ângulo de Cobb de 16 para 4 graus, conforme evidenciado por radiografias pré e pós-tratamento. Os resultados demonstraram que o programa de cinesioterapia foi efetivo no tratamento da escoliose idiopática nesta paciente.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – UNIVISA

CURSO DE FISIOTERAPIA

RELATÓRIO DE CASO CLÍNICO

WYLLYANNE SANTANA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE


DEZEMBRO/2021
1 INTRODUÇÃO

A Escoliose é termo usado para descrever curvaturas laterais da coluna, que


podem estar presentes desde o nascimento, se desenvolverem durante a infância
ou, mais frequentemente, surgirem na adolescência. A maior parte dos casos são
leves, entretanto, essa condição pode piorar ao longo do tempo, em especial,
durante o estirão de adolescência.
Diante disso, reconhecendo que a maior parte dos casos de escoliose da
criança e adolescentes não possui causa definida. Nessa situação denomina-se
escoliose idiopática. Algumas vezes, o desvio da coluna se origina de doenças
congênitas ou neuromusculares. Escoliose congênita pode ser detectada logo ao
nascimento, pela presença de má formação vertebral que leva ao crescimento
desalinhado da coluna. Escolioses neuromusculares são decorrentes de outras
afecções, como paralisia cerebral, distrofia muscular e lesões medulares, que
podem causar desvios na coluna.
A escoliose é relativamente comum e ocorre em 2 a 4% das crianças com dez a
dezesseis anos de idade. Meninos e meninas são igualmente afetados. Contudo,
nas meninas a escoliose tem dez vezes mais chances de progredir e exigir órteses
ou cirurgia.
A escoliose pode ser causada por fatores hereditários, defeitos congênitos ou
lesões ou surgir em uma idade mais avançada, com frequência no início da
adolescência. Geralmente, não é possível identificar a causa (um quadro clínico
denominado escoliose idiopática). A coluna, em geral, se desvia para a direita
quando a curvatura está na parte superior das costas e para a esquerda quando ela
se encontra na parte inferior das costas. O resultado é que o ombro direito fica,
geralmente, mais alto que o esquerdo. Um dos quadris pode ficar mais alto do que o
outro. O tórax pode não ser simétrico. A escoliose costuma surgir em crianças com
cifose. Essa combinação é chamada cifoescoliose.
Nisto, este relatório estará abrangendo um caso clínico pediátrico, buscando
destacar alguns pontos específicos, todo o processo de tratamento e suas principais
particularidades.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A escoliose consiste em uma deformidade da coluna vertebral, de alta


complexidade se caracteriza por um desvio tridimensional gerando torção
generalizada na coluna vertebral, ou seja, gera um desvio lateral no plano frontal, e
uma rotação vertebral no plano axial além da presença de lordose ou cifose no plano
sagital (SEGURA et al., 2011).
Embora a escoliose possa ocorrer em qualquer fase da vida, no entanto, a
partir dos dez anos de idade a incidência pode ser superior, devido a associação a
fase do estirão de crescimento, em geral, esta pode se desenvolver por diferentes
fatores, e quando desenvolvida na forma idiopática (a forma mais comum) não é
possível saber a causa (SEGURA et al., 2011).

Figura 01 – Caso de Escoliose

A escoliose afeta psicologicamente e causa impactos aos pacientes


adolescentes, que precisam tratar agressivamente a patologia, sendo mais
vulneráveis as suas consequências como problemas de comportamento, dor social
solitária e física, já que quando se desenvolvem nos anos iniciais da adolescência
geram negatividade quanto a própria imagem corporal com restrições de atividade
social e problemas psicológicos que podem superar as dores físicas (KIM;
HWANGBO, 2016).
2.1 CASO CLÍNICO

O sujeito deste estudo de caso foi uma criança do sexo feminino, com 13
anos de idade, apresentando diagnóstico de escoliose idiopática. A variável
dependente foi o grau de Coob da escoliose e a independente o programa de
cinesioterapia. Inicialmente foi realizada a avaliação fisioterapêutica postural
completa e analise de radiografia da região tóraco-lombar. Posteriormente, foi
realizada a intervenção por meio de um programa de cinesioterapia.
Os exercícios de fisioterapia para o tratamento de escoliose são um trabalho
de controle motor que vão proporcionar ao paciente um novo aprendizado daquela
postura. Os exercícios proporcionam à pessoa mais noção sobre o próprio corpo e
uma facilidade em reorganizar a coluna. Mais do que trabalhar o corpo, é
reprogramar o cérebro para que a pessoa consiga corrigir a sua postura sem ficar
pensando nisso.
Kuru et al. (2016) demonstram que a cinesioterapia é importante no
tratamento da EIA porque a alteração estrutural da coluna vertebral pode levar a
perda de flexibilidade, tornando-a rígida, e comprometendo o quadro funcional dos
pacientes com essa deformidade, fazendo-se necessária terapia por exercícios para
corrigir e evitar a progressão da curva escoliótica.
Neste contexto, conseguindo analisar que um dos elementos essenciais na
manutenção estrutural e funcional da coluna vertebral é a postura da cabeça,
mantida por um controle reflexivo e involuntário cujos componentes reflexivos se
originam ou se localizam na região craniocervical. Evidências sugerem que a má
postura da cabeça causa diminuição do fluxo sanguíneo devido a tensão exercida
sobre os músculos da coluna vertebral, forçando-os a utilizar o metabolismo
aeróbico, levando a um acúmulo de metabólitos como bradicinina, histamina e
substância P, ocasionando vários estímulos aferentes nociceptivos que levam a
desaferenciação.
Por meio disso, analisando que é evidente que exercícios de fortalecimento e
alongamento alinhados com a correção da posição frontal da cabeça trazem
benefícios adicionais no tratamento da EIA, mesmo os exercícios sendo por si só
eficazes, quando combinados com exercícios de correção da cabeça para frente, o
paciente apresenta melhorias funcionais significativas.
Nesta situação, exemplificando que os mecanorreceptores da articulação
cervical e os estímulos aferentes de origem ligamentar e musculotendinosa são
responsáveis na maior parte pelo controle involuntário da cabeça, corrigir distúrbios
posturais que levam ao processo de desaferenciação produz efeitos positivos no
realinhamento do tronco, melhorando de modo significativo o controle postural.
Neste ponto, reforçando q ue a melhora na postura da cabeça registrada pelo grupo
de estudo em seu ECR é consistente com os achados de outras pesquisas
demostrando a eficácia dos programas de exercícios na correção postural. Essa
melhora pode ser atribuída ao fato de o desequilíbrio muscular ser considerado um
fator etiológico para essa disfunção biomecânica, fazendo-se necessário trabalhar a
correção postural da cabeça obtendo, através desses exercícios, uma maneira
eficaz de melhorar o quadro funcional de adolescentes com escoliose.
As características da escoliose idiopática do adolescente incluem uma
deformidade tridimensional da coluna vertebral com curvatura lateral mais a rotação
dos corpos vertebrais. A maioria das curvas idiopáticas são lordóticas ou
hipocifóticas na região torácica, o que pode representar um fator importante em sua
etiologia.
Analisando o caso clínico, sendo possível argumentar que o uso de
movimentos específicos voltados para o tipo de curva escoliótica direcionados a
obter o realinhamento vertebral com correção máxima possível da deformidade,
reforçada pela educação ergonômica através da prescrição de correções posturais
nas atividades diárias estimulando o desenvolvimento de habilidades neuromotoras,
contribui na redução significativa das alterações da coluna vertebral e na melhora da
qualidade de vida de pacientes com EIA leve. O ECR de longa duração conduzido
revela a eficiência de exercícios de reabilitação ativos direcionados a tarefas
cotidianas sobre exercícios tradicionais no tratamento da EIA. Suas descobertas
reforçam que a utilização de terapia reabilitativa com autocorreção ativa e exercícios
orientados a tarefas até à maturidade esquelética diminuem o risco de progressão
da deformidade vertebral aprimorando a capacidade funcional e diminuindo o quadro
álgico.
A radiografia no momento pré-intervenção (Figura 2) demonstrou que a
coluna tóraco-lombar apresentava uma escoliose dextro- -concava à esquerda e os
espaços intervertebrais conservados. Após realização de cálculo, foi encontrado
ângulo de Cobb de 16 graus.
Figura 02 – Radiografia Pré e Pós-Tratamento

Em relação à radiografia feita pós-tratamento (Figura 2), houve uma melhora


importante na alteração postural (escoliose), quando comparada, gerando um
ângulo de Cobb de apenas 4 graus.
A progressão da curva da escoliose ainda é pouco compreendida, mas sabe-
se que vários fatores podem afetar esse processo. Diante disso, os autores
comentam que a mecânica da coluna, a nutrição, a influência hormonal e a
tendência genética estão entre os fatores que podem influenciar. Acrescentando
também que a incidência do sexo feminino em relação ao masculino é muito maior e
que 40% à 60% dos pacientes com escoliose queixam-se de dor nas costas.
Argumentando outros fatores, analisando que a escoliose idiopática do adolescente
é a mais frequente representando 80% de todas as escolioses. Contudo, a escoliose
idiopática do adolescente normalmente é diagnosticada em crianças com 10 anos ou
mais (LEAL et al., 2010).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados encontrados neste relato demonstraram que o programa de


cinesioterapia, englobando diversos métodos e técnicas da fisioterapia, proporcionou
importante resultado radiográfico com redução no ângulo de Cobb (12 graus) da
criança tratada, podendo-se concluir que o programa de cinesioterapia foi efetivo no
tratamento da escoliose idiopática.

REFERÊNCIAS

KIM, Gichul; HWANGBO, Pil-neo. Effects of Schroth and Pilates exercises on the
Cobb angle and weight distribution of patients with scoliosis. Journal of physical
therapy science, v. 28, n. 3, p. 1012-1015, 2016.
KURU T, et al. The efficacy of three-dimensional Schroth exercises in
adolescents idiopathic scoliosis: a randomized controlled clinical trial. Clin Rehabil
2016.
LEAL, J. S. et al. Inquérito epidemiológico sobre escoliose idiopática do adolescente.
Revista Brasileira de Ortopedia, São Paulo, v. 41, n. 8, p. 309-319, 2010.
SEGURA, Dora de Castro Agulhon et al. < b> Estudo Comparativo do Tratamento da
Escoliose Idiopática Adolescente Através dos Métodos de RPG e Pilates. Saúde e
Pesquisa, v. 4, n. 2, 2011.

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