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Daniela Becker de Oliveira Versão para Aprovação

O documento descreve um trabalho acadêmico sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil na educação pré-escolar. O trabalho tem como objetivo geral compreender os desafios enfrentados por instituições de ensino infantil na realização de atividades lúdicas, e objetivos específicos de analisar conceitos de brincar, jogos implementados e desafios enfrentados. O referencial teórico aborda o desenvolvimento infantil segundo Piaget e a importância do brincar para aprendizagem.
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O documento descreve um trabalho acadêmico sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil na educação pré-escolar. O trabalho tem como objetivo geral compreender os desafios enfrentados por instituições de ensino infantil na realização de atividades lúdicas, e objetivos específicos de analisar conceitos de brincar, jogos implementados e desafios enfrentados. O referencial teórico aborda o desenvolvimento infantil segundo Piaget e a importância do brincar para aprendizagem.
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[INSERIR NOME DA UNIVERSIDADE]

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


PEDAGOGIA

DANIELA BECKER DE OLIVEIRA

O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO NA


PRIMEIRA INFÂNCIA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Dom Pedrito
2021
NOME DO ALUNO

O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO


NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Projeto Educativo apresentado à Anhanguera –


Uniderp como requisito parcial à conclusão do
Curso de Pedagogia.

Docente supervisor: Prof. Lilian Amaral da Silva


Souza

Dom Pedrito
2021
INTRODUÇÃO

Na sociedade contemporânea naturalizou como uma parte intrínseca do


desenvolvimento infantil o ato de brincar. A criança irá durante este processo lúdico
aprender habilidades cognitivas e motoras que auxiliam em sua formação como
indivíduo. A educação infantil compreende o caráter educativo da brincadeira, se
apropriando de atividades recreativas para instigar à criatividade e inovação,
tornando a criança a protagonista de seu próprio aprendizado (QUEIROZ, MACIEL e
BRANCO, 2006).
Entretanto esta correlação entre infância e brincadeira parte de uma
perspectiva romântica da formação humana, dividindo em esferas distintas da vida
aquilo que é o brincar e o trabalhar (WAJSKOP, 1995). Foi apenas com o
rompimento desta visão dicotômica entre aquilo que é dito como atos da infância e
atos da idade adulta que possibilitou a utilização de brincadeiras como ferramentas
para a educação infantil. Durante o período histórico do Renascimento, pensadores
viram nos jogos infantis uma forma de incutir valores morais que consideravam
como necessários para a época (WAJSKOP, 1995). Sendo assim, podemos
observar que não é um mérito da contemporaneidade o uso pedagógico de tais
atividades.
No Brasil, a primeira etapa da educação formal é a educação infantil, como é
versado no Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998).
Nesta etapa o Estado brasileiro compreende que a criança será apresentada a
práticas que visem a formação de suas capacidades motoras, cognitivas e sociais. O
ensino infantil é dividido etariamente, sendo que de 0 a 3 anos as crianças serão
aquelas em idade de creche e de 4 a 5 anos estarão em um período pré-escolar
(LORO, 2015).

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

No que tange as crianças em idade pré-escolar, o desenvolvimento das


brincadeiras acompanha a evolução de sua formação humana e do entendimento da
criança do mundo ao seu redor. Contudo, muitas vezes as instituições responsáveis
por este ensino encontram entraves em suas práticas pedagógicas que impedem a
implementação de algumas práticas. Portanto, é o objetivo deste trabalho
compreender os desafios enfrentados pelas instituições de ensino infantil na
realização de atividades lúdicas de caráter pedagógico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

De modo a responder o nosso questionamento principal, se entende a


necessidade de elencar outras três problemáticas fundamentais para esta análise:

a) Compreender o conceito do brincar e sua influência dentro das práticas


pedagógicas

b) Analisar os principais jogos implementados nestas instituições do


município a partir da perspectiva do profissional que as executa em sua
respectiva instituição.

c) Analisar quais são os principais desafios enfrentados por parte da


instituição para a execução destas brincadeiras
PROBLEMATIZAÇÃO

A estrutura e infraestrutura dos mais diversos estabelecimentos que ofertam a


educação infantil em período pré-escolar no município de Dom Pedrito possuem os
mais variados estágios de dificuldades e qualidade. Portanto este trabalho se dedica
a compreender: Quais são as principais dificuldades enfrentadas por estas
instituições para a execução de práticas pedagógicas que envolvam o brincar em
idade pré-escolar?

REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta parte do projeto será desenvolvido o aporte teórico, onde inicialmente


será explorada a teoria de Piaget para o desenvolvimento infanto-juvenil. Citaremos
brevemente a obra de Freud, porém esta não possui um enfoque tão grande na
primeira infância, e, portanto foi descartada. Em um segundo momento será
explorada a importância do brincar para o desenvolvimento e aprendizagem. Aqui
será considerada a perspectiva da criança e da pedagogia por meio de autores
diversos.

O desenvolvimento infantil perante a perspectiva de Piaget

Grande parte das pesquisas sobre desenvolvimento caminha na direção a


certo consenso indicando que a formação do indivíduo como ser social se dá pela
interação entre o indivíduo e o meio em que está inserido, utilizando conceitos
ambientais amplos, envolvendo aspectos sociais, culturais. , variáveis práticas e
interativas (PASSOS e RABELLO, s / a). O processo de maturação das crianças e
dos adolescentes ultrapassa marcos biológicos, e as teorias clássicas (como as
desenvolvidas por Freud e Piaget) às vezes são criticadas por separar as variáveis
sociais dos estágios de desenvolvimento pessoal (FACCI e TOMIO, 2009).
Segundo Facci e Tomio (2009), sob a influência de Freud, a escola
psicanalítica se empenha em compreender as emoções pessoais e a formação dos
nervos. Acredita-se também que essa atenção se deva à teoria de Freud, enfocando
as fases iniciais do desenvolvimento da criança e do adolescente. Freud não falava
da puberdade em si, mas sim da puberdade, descrevendo esse período em detalhes
como a segunda descoberta pessoal do sexo (BERTOL e SOUZA, 2010). Piaget tem
um relacionamento de longo prazo com a biologia em seus cursos acadêmicos,
incluindo uma grande especialização na área. Seu interesse em descobrir e analisar
as etapas do desenvolvimento humano ultrapassou as fronteiras da biologia, e logo
o autor se tornou uma das referências importantes para a pesquisa psicológica no
mundo (CARNEIRO, SILVA e VIANA, 2011)
Palangana (2015) explica em seu texto que Piaget é hoje um importante
expoente da pedagogia, ele explorou de forma inovadora o processo de
desenvolvimento do conhecimento em mentes humanas, utilizando de seus estudos
da área da biologia para elaborar um modelo teórico que estivesse além das teorias
puramente filosóficas. Primeiramente se utilizou da observação dentro da biologia,
pois seria eticamente inviável realizar estudos neste campo, que Piaget começou a
desenvolver suas teorias. Posteriormente este se dedicou à psicanálise, onde pôde
realizar experimentos para ampliar seus estudos.
  Trabalhou então juntamente a Alfred Binet e Théodore Simon no
desenvolvimento de um teste padronizado de inteligência, onde notou a repetição de
certo padrão. Crianças de determinadas idades possuíam um número de erros e
acertos que variavam de acordo com a sua idade. Outro fato observado é que,
segundo o autor, as respostas erradas por parte das crianças costumavam ser mais
interessantes do que aquelas definidas previamente como corretas. A partir disso
Piaget abandonou a ideia da utilização de um teste padronizado de inteligência e
começou a estudar uma abordagem clínica para a pesquisa (PALANGANA, 2015).
  Kesselring (2008) vai apresentar a teoria de Piaget como uma “transgressão”
aos modelos teóricos da época, sendo disruptiva em relação aos preceitos de sua
época. Dentro de suas pesquisas em relação a biologia humana se destaca por
óbvio a sua busca pela compreensão pela formação do conhecimento, e também há
uma grande investigação filosófica a respeito deste tópico. A veracidade e a
validade  do conhecimento adquirido pelo homem se alinham às pesquisas iniciais
de Piaget e sua primeira tese sobre o desenvolvimento mental infantil.
  Haviam na época duas linhas de pesquisa em relação a este tópico, sendo
elas a Neodarwinista e a Behaviorista. A primeira defendia que todo o conhecimento
que a criança desenvolve ao longo de sua vida se dava por meio de capacidades
inatas, ou seja, herdadas em seus genes. Para o segundo grupo havia a defesa de
que as capacidades seriam aprendidas, e que estas poderiam ser incutidas em
qualquer momento da vida da criança. Mesmo que estas fossem ao longo do tempo
obrigadas a ceder em suas crenças; pois os behavioristas foram obrigados a admitir
a existência de certos fatores biológicos e os Neodarwinista também reconheceram
que a aprendizagem também exerce um fator fundamental no desenvolvimento
infantil; estas duas teorias se provaram inconciliáveis (KESSELRING, 2008).
  Piaget ao adotar o caminho da psicologia se desvencilhou destes dois
debates, embora tenha absorvidos suas ideias e perspectivas. Em sua teoria
acredita que o meio ao qual a criança está submetida afeta todos os níveis de
desenvolvimento, podendo ser orientado o aprendizado a partir das ferramentas
obtidas naquela determinada situação. A palavra utilizada para a compreensão de
Piaget para as capacidades biológicas do indivíduo é “adaptação”, pois o homem
não nasce com suas capacidades lógicas formadas, mas o desenvolvimento destas
segue fatores que respeitam também certos marcos temporais de desenvolvimento.
Também critica os behavioristas por sua leitura de que os seres vivos são
mecanismos que reagem a estímulos externos. Segundo o autor, os seres vivos não
se assemelham a mecanismos e nem mesmo suas ações são justificadas
puramente por estímulos internos, desconsiderando as peculiaridades do indivíduo
(KESSELRING, 2008).
  Mastella et al (2014) então em uma reflexão a respeito das bases da teoria
piagetiana e as bases da educação atual explica a principal contribuição de piaget
para a pedagogia moderna. Conforme visto acima, há um rompimento parcial com
as teorias da época e o autor então produz uma teoria em que diz que as crianças e
os adolescentes se utilizam de ferramentas mentais para a compreensão do mundo
exterior. Interagindo, portanto a partir daquilo que foi oferecido a elas, criam e
produzem suas próprias teorias a respeito do mundo e como este é organizado.
Podemos classificar com base nestes conhecimentos a teoria piagetiana como
interacionista, onde coloca a criança e o adolescente em papéis protagonistas de
seus próprios aprendizados e não mais restritas a um papel passivo na absorção do
conhecimento.
  Em seus estudos, dois conceitos presentes na biologia também podem ser
encontrados no desenvolvimento da mente: estrutura e adaptação. Assim como há
no organismos estruturas específicas que desempenham papéis diferenciados para
que seja possível manter o funcionamento corporal, também poderemos encontrar
elementos semelhantes dentro de nossa mente (PALANGANA, 2015).  
Estas estruturas mentais não nascem prontas em nosso corpo, elas evoluem
ao longo do tempo. Dentro da teoria serão encontrados marcos de desenvolvimento
que diferem a lógica infantil da lógica adulta. Esta estrutura é aprimorada a partir da
interação entre fatores endógenos e exógenos que criam um conhecimento
funcional e complexo a partir desta interação. Já a adaptação ocorre a partir de dois
processos: a assimilação e a acomodação. O primeiro envolve a compreensão de
fatos exteriores ao indivíduo e o segundo ocorre quando o ser organiza e internaliza
esses acontecimentos, tornando-os parte do saber existente (PALANGANA, 2015).
 O processo de aprendizado é uma espiral de desequilíbrios, onde estruturas
anteriormente utilizadas são continuamente superadas, se adaptando a condições
superiores de equilíbrio.

De acordo com a concepção piagetiana, o desenvolvimento cognitivo


compreende quatro estágios ou períodos: o sensório-motor (do nascimento
aos 2 anos), o pré-operacional (2 a 7 anos), o estágio das operações
concretas (7 a 12 anos) e, por último, o estágio das operações formais, que
corresponde ao período da adolescência (dos 12 anos em diante). Cada
período define um momento do desenvolvimento como um todo, ao longo
do qual a criança constrói determinadas estruturas cognitivas. Os novos
estágios se distinguem dos precedentes pelas evidências, no
comportamento, de que a criança dispõe de novos esquemas, com
propriedades funcionais diferentes daquelas observadas nos esquemas
anteriores." (PALANGANA, 2015, p.20)

Considerando o enfoque deste trabalho para a educação infantil,


compreendemos que a compreensão de um período específico, o pré-operacional,
se faz necessária.  Este período é marcado pela formação da linguagem, aqui a
criança é capaz de, por exemplo, distinguir um significante (símbolo, palavra,
imagem) de seu significado. Neste ponto conta com uma maior capacidade de
compreensão da realidade ao seu redor, mesmo que esta não seja necessariamente
fiel à realidade ali retratada.
 
O valor pedagógico da brincadeira
         O brincar é visto cotidianamente como parte integral do “ser criança”, onde é
esperado que estes indivíduos em formação façam certas atividades, sejam elas em
grupo ou sozinho, características da infância (WAJSKOP, 1995).

O brincar, segundo pesquisadores, é uma necessidade que toda criança


tem. É, também, uma atividade que faz parte do seu cotidiano, é
comunicação e expressão, associando o pensamento e a ação; um ato
instintivo voluntário; uma atividade exploratória, que auxilia as crianças no
seu desenvolvimento físico, mental, emocional e social; um meio de
aprender a viver, e não um mero passatempo (CORESMA e SILVA, 2017,
p.1) 

Navarro (2009) vai discorrer que a infância, e por consequência as


brincadeiras, assumem novos contornos no século XX e XXI e cabe a escola
adaptar-se. Há, segundo ela, uma desvalorização do brincar em favor do
aprendizado voltado para o futuro. Os pais se preocupam em acrescentar aos seus
filhos aulas e atividades extraclasses que muitas vezes são direcionadas a um
mercado de trabalho a uma década de distância. O futuro lota as agendas e
cronogramas e o tempo presente é deixado em segundo plano.
 Santos e Correa (2021) elaboram um interessante estudo a respeito da
literatura existente a respeito das brincadeiras na educação infantil. Os autores
concordam com o argumento de Navarro (2009) de que a infância está perdendo
suas características em detrimento de comportamentos mais valorizados, como a
obediência, e que resta à escola ser terreno fértil para a criatividade e desejos
infantis. Todos os dias estas crianças são expostas a novos estímulos que auxiliam
em seu desenvolvimento e aprendizagem, e as brincadeiras infantis são uma
excelente forma de assimilar e adaptar esses novos conhecimentos em suas
mentes.
Estes autores apostam, portanto, no “brincar livre” como alternativa para o
desenvolvimento da infância. Argumentam que na sociedade atual estamos tão
presos a agendas institucionais que até mesmo as crianças são alvos destas. Os
jogos de rua e os passeios foram substituídos por uma tela de vidro temperado que
os conecta à internet e os desliga do mundo.  O brincar tendo a criança como
protagonista de suas próprias vontades instiga certos bolsões de desenvolvimento
que de outro modo não estariam ali. A zona lúdica é um momento em que a criança
se insere em jogos que vão além do real e palpável, e segundo os autores é
extremamente incentivada (SANTOS e CORREA, 2021).
Marques e Sperb (2013) também identificam a escola como um refúgio para
o brincar na sociedade atual, e por isso buscam em suas pesquisas compreender a
perspectiva das crianças com relação ao ensino infantil. É interessante que  este
trabalho tenha sido realizado a partir de uma metodologia ativa  que envolveu
grupos de crianças em atividades diferenciadas. A partir dos resultados obtidos, os
pesquisadores elencaram que as crianças possuem na verdade uma excelente
noção a respeito dos procedimentos institucionais que as cercam, embora tenham
demonstrado isto por seus próprios métodos infantis.
Também são capazes de reconhecer contradições dentro da teoria e prática
educacional, especialmente no que se refere às brincadeiras. A principal percepção
dos grupos em relação à escola envolve jogos e brincadeiras, o que foi exposto junto
à equipe pedagógica. Entende-se então que há um desejo infantil e natural pelo
brincar e que as crianças são capazes de reconhecer as limitações institucionais que
as cercam (MARQUES e SPERB, 2013).
Buscando então uma visão que também contemple a perspectiva docente
para a prática de brincadeiras, Macedo Petty e Passos (2011) iniciam uma reflexão
sobre a atividade que sucede o brincar, que é o jogo. O jogar possui um conjunto de
regras e objetivos que são bem definidos e aceitos pelo grupo ou indivíduo que se
propõe a participar de tal atividade. Há cinco preceitos que permeiam a presença e
importância do lúdico em atividades de desenvolvimento, segundo os autores:
1.terem prazer funcional; 2. serem desafiadoras; 3. criarem possibilidades ou
disporem delas; 4.    possuírem dimensão simbólica e; 5.   expressarem-se de
modo construtivo ou relacional (MACEDO, PETTY e PASSOS, 2011, p. 15).
         As crianças se interessam por aquilo que é divertido e ao observar a
participação infantil em jogos percebe-se que há atenção e concentração nestas
atividades. Não há dispersão e conversas paralelas durante estes momentos, todos
estão comprometidos por aquela atividade. Dentro da escola tradicional e obrigatória
perde-se muito das funcionalidades que poderiam ser agregadas a partir das
ferramentas lúdicas encontradas nos jogos.
MÉTODO

Nesta pesquisa será utilizada a abordagem exploratória e qualitativa, pois


ao considerar que este trabalho terá enfoque em um grupo de análise bastante
específico este tipo de pesquisa favorece o desenvolvimento do projeto de modo
que a flexibilidade do método possa abranger a complexidade dos processos
humanos a serem estudados (MARTINS, 2004). Os fatos serão,
portanto, observados, analisados e interpretados sem a interferência do autor,
utilizando também de técnicas padronizadas de coleta de dados (RODRIGUES,
2007).  
Considerando o problema e os objetivos da pesquisa, o método adequado
para a análise a ser realizada é o estudo de caso. O caso em questão envolve um
estudo particular em relação aos desafios enfrentados pelos profissionais da
educação infantil para a inserção do brincar como instrumento pedagógico.
Primeiramente serão utilizados como técnica de coleta de dados as
fontes documentais; com a análise de bibliografias tais como jornais, revistas,
estatísticas e documentos publicados. E para obter uma perspectiva que realmente
possa transmitir os pensamentos e impressões do grupo correspondente analisado,
será utilizada a técnica de entrevistas. Entende-se que este método demanda
cuidado e profundo conhecimento a respeito do tema a ser abordado, com prévia
preparação para que o método possa ser aplicado com confiança e segurança
(DUARTE, 2004).  
Para que seja possível a aplicação deste método se faz necessária a
delimitação do grupo a ser entrevistado. Farão parte da pesquisa 5 escolas de
Ensino Infantil para crianças em idade pré-escolar, sendo elas: Escola Municipal de
Educação Infantil Marli Teresinha Cassol Silveira; Escola de Educação Infantil
Casinha do Saber; Escola Municipal Educação Infantil DR: José Tude de Godoy;
Escola Municipal de Educação Infantil Beto Severo; Escola Municipal de Educação
Infantil Patrícia Pinto Nunes e Mariza Severo. Demais informações pertinentes sobre
estas instituições estão disponibilizadas no Apêndice B deste trabalho.
As entrevistas serão aplicadas de forma remota e semiestruturada, estando
aberta para eventuais desvios e necessidade de acréscimos conforme são
conduzidas. Duarte (2004) vai alertar para a necessidade de se manter uma escuta
ativa ao longo de entrevistas com caráter aberto, e que embora não seja preciso que
o pesquisador exerça empatia com relação às pessoas que narram fatos, se deve
atentar que a entrevista é muita das vezes um momento de reflexão para o
entrevistado a respeito de sua própria história. E se atendo aos fatos pesquisados é
preciso elaborar uma estrutura breve para a entrevista que será
aplicada. O roteiro de entrevista foi elaborado com base no referencial teórico sobre
cultura organizacional e pode ser encontrado no Apêndice C deste projeto.  
Para que seja possível a análise dos dados obtidos as entrevistas serão
primeiramente transcritas. Para uma análise precisa das informações coletadas por
meio de entrevista, deve-se realizar após a transcrição a conferência de
fidedignidade que consiste em “ouvir a gravação tendo o texto transcrito em mãos,
acompanhando e conferindo cada frase, mudanças de entonação, interjeições,
interrupções etc” (DUARTE, 2004, p. 220). Isso ajuda a corrigir erros e evitar
respostas enviesadas ou não condizentes com o que foi dito pelo interlocutor.
Haverá é claro edições em “frases excessivamente coloquiais, interjeições,
repetições, falas incompletas, vícios de linguagem, cacoetes, erros gramaticais”
(DUARTE, 2004, p 221).  

CRONOGRAMA

No primeiro mês haverá grande dedicação aos aspectos teóricos do projeto,


portanto a elaboração do questionário e do referencial teórico ocorre neste mês.
Posteriormente em setembro haverá a marcação e realização das entrevistas, e em
outubro, de forma concomitante a realização das últimas entrevistas, haverá a
análise dos resultados e envio da avaliação aos participantes. Por fim, em novembro
ocorre a apresentação e entrega deste.

ATIVIDADES AGOSETOUTNOV
Elaboração do referencial teórico e X X X
questionário
Marcação das entrevistas X X
Realização das entrevistas X X X
Análise dos dados obtidos X X
Avaliação dos resultados X X
Considerações finais X
Entrega do projeto X
Defesa perante a banca X
RECURSOS

Para este projeto será utilizado como recurso inicial os textos, livros, artigos e
documentos disponibilizados nos mais diversos acervos e bibliotecas, a se incluir
aqueles disponíveis no sistema online de bibliotecas desta universidade. Assim que
respondidas as questões teóricas pertinentes, as atividades práticas necessitarão
apenas de um computador e um celular que estejam com aplicativos atualizados de
gravação de voz. O contato por via telefônica será priorizado com relação a idas
presenciais a instituições em decorrência da pandemia.

AVALIAÇÃO

Quanto à avaliação do projeto acima apresentado, será apresentada agora a


metodologia aplicada. Seguindo a lógica de avaliação proposta por Assis (2019),
opta-se por um modelo avaliativo ex-post, ou seja, o projeto será avaliado após a
sua execução. Pensando então no grupo que irá proceder com a execução da
avaliação, sendo este projeto uma proposta que visa a ampla compreensão do
cenário pandêmico, é sinalizado que um modelo participativo seja válido. Portanto,
caberá as partes participantes do projeto, os entrevistados, a execução desta. Para
este projeto em específico avaliaremos a eficácia do projeto, verificando então se os
objetivos deste projeto foram cumpridos.
Considerando que este projeto possui uma metodologia participativa que
demanda uma análise da verbalização de experiências e que a avaliação será
participativa, optou-se por um método de fácil exposição da opinião dos
participantes, o questionário. Este será disponibilizado via Google Forms no mês de
outubro, e contém perguntas relativas aos objetivos já explicitados. O Questionário,
que está disponível no apêndice D deste projeto, conterá seis perguntas com
respostas fechadas, sendo as opções disponíveis: Concordo totalmente; Concordo
parcialmente; nem concordo nem discordo; discordo parcialmente; discordo
totalmente.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998, volumes: 1 e 2

CORESMA, Leandro de Castro; SILVA, Thiago Milagre. O que é o brincar? O


Estadão. São Paulo, p. 1-1. 22 mar. 2017.

KESSELRING, Thomas. Jean Piaget. 3. ed. Caxias do Sul: Educs, 2008. 340 p.

LORO, Aline Rafaela. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.


2015. 42 f. TCC (Graduação) - Curso de Educação Física, Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Santa Rosa, 2015. Disponível em:
https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/3391/Aline
%20Loro%20TCC%20p%c3%b3s%20banca.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso
em: 12 set. 2021.

MARQUES, Fernanda Martins; SPERB, Tania Mara. A Escola de Educação Infantil


na Perspectiva das Crianças. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 26, n.
2, p. 414-421, jan. 2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/prc/a/J5NzsgD4smGTxvxThGyhpXp/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 08 out. 2021.

MACEDO, Lino. D.; PETTY, Ana.Lúcia. S.; PASSOS, Norimar. C. Os Jogos e o


Lúdico na Aprendizagem Escolar. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2011.
9788536310060. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536310060/. Acesso em: 11
out. 2021.

MASTELLA, Izabel Cristina Rui; AGUIAR, Jeane Pereira; MARCHESAN, Tatiane;


NEUBAUER, Vanessa Steigleder; LINCK, Ieda Márcia Donati. A teoria piagetiana na
educação atual: um retorno necessário. In: seminário internacional de educação no
mercosul, Não use números Romanos ou letras, use somente números Arábicos.,
2014, Cruz Alta. Seminário Internacional de Educação do Mercosul. Cruz Alta:
Unicruz, 2014. p. 1-13. Disponível em:
https://home.unicruz.edu.br/mercosul/pagina/anais/2014/DIREITO%20A
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%20NA%20EDUCACAO%20ATUAL%20UM%20RETORNO
%20NECESSARIO.PDF. Acesso em: 27 set. 2021.

NAVARRO, Mariana Stoeterau. O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL. In: IX


CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 9., 2009, Curitiba. IX Congresso
Nacional de Educação. Curitiba: Pucpr, 2009. p. 1-13.

PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e


Vigotski. São Paulo: Summus Editorial, 2015. 176 p.
QUEIROZ, Norma Lucia Neris de; MACIEL, Diva Albuquerque; BRANCO, Angela
Uchôa. BRINCADEIRA E DESENVOLVIMENTO INFANTIL: UM OLHAR
SOCIOCULTURAL CONSTRUTIVISTA. Paidéia, Brasília, v. 34, n. 16, p. 169-179,
out. 2006. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/paideia/a/yWnWXkHcwfjcngKVp6rLnwQ/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 20 set. 2021.

SANTOS, Marco Aurélio Gonçalves Nóbrega dos; CORREA, Elisabeth Ângela


Mamede. REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA: o brincar livre na educação
infantil. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S.L.],
v. 7, n. 9, p. 945-964, 30 set. 2021. Revista Ibero-Americana de Humanidades,
Ciencias e Educacao. http://dx.doi.org/10.51891/rease.v7i9.2298.

WAJSKOP, Gisela. O brincar na educação infantil. Caderno de Pesquisa, São


Paulo, v. 92, n. 1, p. 62-69, fev. 1995.
APENDICE A – MODELO DA AUTORIZAÇÃO

AUTORIZAÇÃO

Eu (nome do(a) entrevistado (a)) ____________________________________


abaixo assinado (a), autorizo que (nome do pesquisador)
__________________________________o uso a utilização das informações por
mim apresentadas, para a elaboração de seu projeto de
pesquisa____________________________________________________________
________________________ (título do projeto de pesquisa), componente
obrigatório de graduação do curso de Pedagogia, da (nome da universidade)
_______________________________________________________ e está sendo
orientado por/pela Prof.(a.) Dr.(a.)______________________________________

Dom Pedrito, _____ de ____________________ de 20______ .

Assinatura do entrevistado
APENDICE B – LOCALIZAÇÃO E CONTATOS

Instituição Contato Endereço


ESCOLA (53) 3243-1764 Getúlio Vargas, Dom
MUNICIPAL DE Pedrito - RS, 96450-000
EDUCAÇÃO
INFANTIL MARLI
TERESINHA
CASSOL SILVEIRA

ESCOLA DE (53) 3243-2480 Av. Rio Branco, 715 -


EDUCAÇÃO Centro, Dom Pedrito - RS,
INFANTIL CASINHA 96450-000
DO SABER

ESCOLA (53) 3243-2012 R. Ver. Mariano Camboim


MUNICIPAL - José Tude de Godoy,
EDUCAÇÃO Dom Pedrito - RS, 96450-
INFANTIL DR: JOSÉ 000
TUDE DE GODOY

ESCOLA (53) 3243-3911 R. 21 de Abril, 259, São


MUNICIPAL DE Gregório, Dom Pedrito
EDUCAÇÃO
INFANTIL BETO
SEVERO

ESCOLA (53) 3243-3177 Centro, Dom Pedrito - RS,


MUNICIPAL DE 96450-000
EDUCAÇÃO
INFANTIL PATRÍCIA
PINTO NUNES E
MARIZA SEVERO
APENDICE C – ROTEIRO DA ENTREVISTA

Esta entrevista faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso de autoria de


Daniela Becker de Oliveira, graduanda em Pedagogia na Universidade Anhanguera,
sob orientação do Professor Dr. X. A pesquisa tem por objetivo analisar os desafios
enfrentados pelos professores da educação infantil no ensino remoto durante o ano
de 2020 no município de Dom Pedrito - RS. Destaca-se que todas as identidades
dos respondentes serão mantidas em total sigilo 

BLOCO 1 – PERFIL DO ENTREVISTADO


1. Idade, naturalidade 
2. Instituição para a qual trabalha
3. Cargo que ocupa 
4. A quanto tempo trabalha nesta instituição
5. Escolaridade 
6. Modelo de vínculo empregatício 

BLOCO 2 – Estrutura da entrevista a ser aplicada


Blocos temáticos Professores Gestores
Estrutura física da A estrutura oferecida pela Você enxerga alguma
instituição instituição é adequada limitação física no espaço
para brincadeiras da instituição para a
pedagógicas? execução de atividades
pedagógicas recreativas?
Você já sofreu alguma Como burlar estas
limitação em seu limitações?
planejamento devido ao
ambiente?

Plano de ensino Dentro de seu Há um incentivo por parte


planejamento para o ano da instituição para o
letivo, quais foram as acréscimo de atividades
brincadeiras de cunho recreativas aos planos de
pedagógico que foram aula?
elencadas?
Há alguma recomendação
por parte de instâncias
superiores para a inclusão
do brincar como
instrumento de
aprendizagem?
Aplicação prática Quais são as dificuldades Quais são as limitações
encontradas na aplicação encontradas pela gestão
destas atividades para a inclusão destes no
pedagógicas? dia a dia da escola?
APENDICE D – Questionário avaliativo

1. Este projeto auxiliou na compreensão profissional da importância pedagógica


do brincar para estudantes da educação infantil

( ) Concordo Totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) nem concordo nem


discordo ( ) Discordo parcialmente ( ) discordo totalmente
2. Foi-se discutidos os conceitos teóricos da brincadeira e houve uma reflexão
pessoal a respeito deste

( ) Concordo Totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) nem concordo nem


discordo ( ) Discordo parcialmente ( ) discordo totalmente

3. Analisou os jogos implementados em minha instituição e seu potencial


pedagógico

( ) Concordo Totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) nem concordo nem


discordo ( ) Discordo parcialmente ( ) discordo totalmente

4. O projeto causou reflexão a respeito dos desafios enfrentados para a prática


pedagógica do brincar.

( ) Concordo Totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) nem concordo nem


discordo ( ) Discordo parcialmente ( ) discordo totalmente

5. Após as entrevistas a equipe pedagógica de minha instituição fez novas


propostas com relação aos jogos e brincadeiras

( ) Concordo Totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) nem concordo nem


discordo ( ) Discordo parcialmente ( ) discordo totalmente

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