Dinâmica das Relações Familiares,
escola e aprendizagem
Profª. Rosângela Gonçalves
Ser Humano, Cultura e Sociedade
Atualmente, somos sete bilhões de habitantes no
planeta. Devemos essa condição aos nossos
ancestrais que há milhões de anos desenvolveram
a capacidade de se adaptar a novos ambientes e de
vencer predadores mais fortes e velozes com
armas sociais que os fizeram imbatíveis:
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a comunicação, a cooperação, a capacidade de
estabelecer regras de convívio coletivo etc. Tudo
isso só foi possível uma vez que o comportamento
humano, diferentemente de outras espécies que
vivem coletivamente, foi orientado pela cultura
ao invés do instinto.
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Um indivíduo da espécie homo sapiens é dotado
de potencialidades inatas, como linguagem,
inteligência, postura bípede etc. Entretanto,
nenhuma dessas características se desenvolve
“naturalmente”. Precisamos, portanto, dos
estímulos do meio para que cada uma delas seja
utilizada, desenvolvida e lapidada.
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Existem alguns exemplos históricos capazes de sugerir que
nossa espécie é totalmente dependente da influência do
meio para desenvolver comportamento humano, são as
chamadas “crianças selvagens” ou “menino-lobo”. Essas
crianças foram assim denominadas, pois em decorrência de
razões desconhecidas, foram abandonadas em florestas ou
lugares isolados, sem qualquer contato com nenhum outro
ser humano, talvez desde que eram ainda bebês.
Encontradas em idades mais avançadas, elas costumam
apresentar um comportamento totalmente “animal”, sem
nenhum traço que permita lembrar que são seres
humanos.
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Os casos mais conhecidos são as irmãs Amala e
Kamala, encontradas na Índia em 1920. Ambas se
alimentavam de carne crua ou podre, emitiam
ruídos ao invés de utilizarem linguagem, andavam
apoiadas nos quatro membros, usavam os
cotovelos para trajetos curtos e não apresentavam
sinais de afetividade.
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Analisando esses casos, muitos cientistas concluem
que o ser humano é um “animal cultural” em
potencial, pois nascemos com todas as características
que nos habilitam ao comportamento que nos
caracteriza.
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Entretanto, precisamos do estímulo da vida em
sociedade que exige o desenvolvimento de
capacidades como inteligência, comunicação e
cooperação. Para exercitar essas capacidades,
precisamos de modelos, exemplos que podem ser
seguidos. A cultura é exatamente esse modelo.
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Atualmente, cercados pelas comodidades culturais
em uma sociedade moldada pela tecnologia e pelo
mercado, fica difícil nos imaginarmos como de fato
somos:
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um animal cultural. Somos a única espécie a
desenvolver um ambiente totalmente controlado
para sobreviver, que são as cidades, e, talvez por
isso, esquecemos uma dimensão constitutiva de
nosso ser: os instintos.
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O comportamento humano baseado na cultura e na
troca de conhecimento (aprendizagem) é o que nos
distingue das demais espécies. Não dependemos
apenas da herança biológica e do comportamento
também herdado geneticamente para evoluir.
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Precisamos de história, das experiências das
gerações passadas, da capacidade de nos
educarmos mutuamente. Portanto, dependemos
da cultura.
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Antropologicamente, a cultura foi definida pela
primeira vez no século XIX (1871), por Edward Tylor,
como “um conjunto complexo que inclui os
conhecimentos, as crenças, a arte, a lei, a moral, os
costumes e todas as outras capacidades e hábitos
adquiridos pelo homem enquanto membro de uma
sociedade”.
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Em quais aspectos esse “exercício de capacidades” nos afeta?
Pense sobre sua vida social, como, por exemplo, o fato de
estar em contato com alguém para uma simples conversa
nos fazer exercitar não apenas o nosso modo de agir de
acordo com as regras, como ser alguém conveniente com a
situação.
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Cada um de nós ao ser socializado em uma cultura, passa
a aprender sempre e gradativamente como utilizar coisas
como o corpo, o intelecto, a emoção e as regras de
convívio social. Quando esse aprendizado funciona de
forma interativa, faz com que cada um de nós saiba como
se comportar.
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Na ciência, em geral, não há uma ideia única ou
provas que garantam quais traços de cada
indivíduo seriam “inatos” e quais teriam sido
“adquiridos”. A “filosofia do homem comum”
também não apresenta um consenso.
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Você já percebeu frases muito comuns em nosso
dia a dia, que ora defendem que somos fruto de
uma herança genética e ora defendem a
importância do aprendizado?
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Vamos ver alguns exemplos:
“Tal pai, tal filho”. — Não parece que há uma crença na
herança genética como fator que determina, e, portanto,
que nosso comportamento é inato?
“É de pequenino que se torce o pepino.” — Há uma
defesa da importância do comportamento adquirido, e,
portanto, do aprendizado.
“Diga-me com quem andas, e direi quem és.” —
Novamente percebemos a importância da influência da
sociedade e da socialização.
“A fruta nunca cai longe do pé.” — Esse exemplo
retoma a defesa das características inatas.
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Nenhum de nossos padrões de comportamento coletivo é
herdado geneticamente, eles são adquiridos, e para isso
dependemos do convívio com o meio social.
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Quando nascemos não temos “tendências naturais” em relação à
crença, bem como a qualquer tipo de alimentação. Tudo em
nossa vida coletiva, desde a língua com a qual nos comunicamos,
os hábitos rotineiros de alimentação e vestuário, nossa noção de
moral, enfim, tudo o que compartilhamos ao viver em sociedade
e que podemos observar que se repete na maioria dos indivíduos
de nosso grupo, é resultado de um processo de aprendizagem da
cultura, e a isso denominamos socialização.
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Grupo Social
É uma forma básica de associação entre seres humanos que
estão mutuamente em interação. A Sociologia define grupo
social como sendo toda reunião mais ou menos estável de
duas ou mais pessoas associadas pela interação. Devido à
interação social, os grupos têm de manter alguma forma de
organização ao realizar ações conjuntas de interesse comum.
Pessoas numa fila para entrar num cinema não constituem
um grupo social, pois não há interação entre elas.
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Os grupos sociais possuem alguma forma de
organização. Eles compartilham normas, hábitos,
valores, costumes próprios e objetivos. Os grupos
sociais se diferem quanto ao grau de contato entre
seus membros.
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Os principais grupos sociais são o grupo familial
(família), o grupo vicinal (vizinhança), o grupo
educativo (escola, faculdade), o grupo
religioso (instituição religiosa), o grupo de lazer
(clubes, associações), o grupo profissional
(escritórios, empresas, loja) e o grupo político
(partido ou organização política).
As principais características dos grupos sociais
são:
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Pluralidade de indivíduos: precisa haver mais de uma
pessoa num grupo.
Interação social: os membros do grupo interagem
entre si.
Organização: precisa haver uma certa ordem no
grupo
Objetividade e exterioridade: o grupo está acima do
indivíduo. Exterioridade significa que a existência
de um indivíduo não depende de sua participação no
grupo.
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Objetivo comum: há certos valores, princípios e
objetivos que unem os membros do grupo.
Consciência grupal: pensamentos, ideias e
sentimentos são compartilhados pelos membros
do grupo.
Continuidade: as interações entre os membros do
grupo precisam ser duradouras, como ocorre em
famílias, numa escola, numa instituição religiosa
etc.
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Classificação dos Grupos Sociais
Grupos primários – predominam os contatos primários, mais
pessoais, diretos, como a família, os vizinhos, etc.
Grupos secundários – são mais complexos, como as igrejas e
o estado, em que predominam os contatos secundários, neste
caso, realizam-se de forma pessoal e direta – mas sem
intimidade – ou de maneira indireta como cartas, telegramas,
telefonemas, etc.
Grupos intermediários – são aqueles que se alternam e se
complementam as duas formas de contatos sociais (primários e
secundários). Ex: escola.
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Outras formas de agrupamentos sociais
Agregados sociais: é uma reunião de pessoas que
mantém entre si o mínimo de comunicação e de
relações sociais. Podemos destacar a multidão, o
publico, e a massa.
Multidão: Ex: um grupo de pessoas observando
um incêndio.
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Características da Multidão
FALTA DE ORGANIZAÇÃO: não possui um conjunto de
normas.
ANONIMATO: não importa quem faz parte da multidão.
OBJETIVOS COMUNS: os interesses, as emoções, e os atos
têm o mesmo sentido.
INDIFERENCIAÇÃO: todos são iguais perante a multidão,
não há espaço para manifestar as diferenças individuais.
PROXIMIDADE FISICA: os componentes da multidão ficam
e contato direto e temporário uns dos outros.
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Público
É um agrupamento de indivíduos que seguem os
mesmos estímulos. Não se baseia no contato físico,
mas na comunicação recebida através dos diversos
meios de comunicação. Ex: indivíduos assistindo a
um jogo – todos que estão juntos recebem o
mesmo estimulo - e não se trata de uma multidão
porque todos que estão juntos foram com o mesmo
propósito – assistir ao jogo – diferente da
multidão, já que a reunião é ocasional.
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Opinião publica: modo de pensar, agir, e sentir de
um público.
Massa: é formada por indivíduos que recebem
opiniões formadas através dos meios de
comunicação de massa.
Diferença entre publico e massa: Publico –
recebe a opinião e pode opinar.
Massa – predomina a comunicação transmitida
pelo os meios de massa.
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Mecanismos de sustentação dos
grupos sociais
Toda a sociedade tem uma serie de forças que
mantém os grupos sociais. As principais são a
liderança, as normas e sanções sociais, os valores
sociais e os símbolos sociais.
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Normas e sanções sociais
Normas sociais: regras de conduta de uma sociedade, que
controlam e orientam o comportamento das pessoas.
Indica o que é “permitido” e “proibido”.
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Sanção social: é uma recompensa ou uma punição
que o grupo determina para os indivíduos de
acordo com o seu comportamento social. É
aprovativa quando vem sob a forma de aceitação,
aplausos, honras, promoções. É reprovativa
quando vem sob a forma de punição imposta ao
individuo que desobedece a alguma norma social.
Ex: insulto, zombaria, prisão, pena de morte.
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Valores sociais: variam no espaço e no tempo, em
função de cada época, geração e cada sociedade.
Ex: o que é bonito para os jovens nem sempre é
aceito pelos mais velhos. As roupas, os cabelos,
modo de dançar, as ideias, o comportamento,
enfim, entram em choque com os valores sociais
já estabelecidos e cultivados por seus pais,
criando uma certa tensão entre jovens e adultos.
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Símbolos: é algo cujo valor e significado é atribuído
pelas pessoas que o utilizam. Ex: a aliança que
simboliza a união de casais.
A linguagem é um conjunto de símbolos. Podemos
dizer que todo o comportamento humano é
simbólico e todo o comportamento simbólico é
humano, já que a utilização de símbolos é exclusiva
do homem. Sem os símbolos não haveria cultura.
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Estrutura e Organização Social
Estrutura social: é a totalidade dos status existentes
num determinado grupo social ou numa sociedade.
Organização social: é o conjunto de todas as ações
que são realizadas quando os membros de um grupo
desempenham seus papeis sociais.
Assim, enquanto a estrutura social da a idéia de algo
estático, que simplesmente existe, a organização
social da a idéia de uma coisa que acontece.
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A estrutura social se refere a um grupo de partes
– ex: reunião de indivíduos – enquanto a
organização social se refere às relações que se
estabelecem entre essas partes.
Quanto mais complexa a sociedade, mais
complexa e maior será a sua estrutura e
organização social.
Tanto a estrutura quanto a organização social não
permanecem sempre iguais. Elas podem passar, e
passam com frequência, por um processo de
mudança social.
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Desenvolvimento
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O desenvolvimento intra e interpessoal
e as transformações psicossociais.
É comum escutarmos a expressão relacionamento
interpessoal, entretanto é raro vermos o emprego
correto desse conceito. Saiba identificar algumas
atitudes necessárias para a manifestação eficaz
desta competência.
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Relacionamento intrapessoal é a integração do
au-toconhecimento, autodomínio e automotivação.
Este relacionamento somado ao relacionamento
interpessoal resulta no conceito de inteligência
emocional divulgado pelo trabalho de Daniel
Goleman (1995).
O relacionamento intrapessoal é a “base” do
interpessoal. Citações de Sócrates e Sun Tzu,
datadas há mais de 2000 anos, dentre muitas outras,
apontam a necessidade da competência
relacionamento intrapessoal.
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“Se você conhece o inimigo e conhece a si
mesmo, não precisa temer o resultado de
cem batalhas. Se você se conhece, mas não
conhece o inimigo, para cada vitória ganha
sofrerá também uma derrota. Se você não
conhece nem o inimigo nem a si mesmo,
perderá todas as batalhas”.
(Sun Tzu, no livro A Arte da Guerra)
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Atitudes para a competência
relacionamento interpessoal
→ Humildade – Para se perceber incompleto ou em
processo de desenvolvimento permanente.
→ Persistência – Vontade de prosseguir rumo aos
ob-jetivos, apesar do cansaço, intempéries, dificuldades de
qualquer natureza etc.
→ Resiliência – Capacidade de recomeçar ou prosseguir
em direção aos objetivos, o mais breve possível, após os
infortúnios, quedas, erros etc.
→ Disciplina – Firmeza de propósito em relação aos
objetivos, lembrando que “tudo que nos tira do foco é
distração”.
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→ Flexibilidade – Para enxergar possibilidades
“diferentes”; capacidade de se adaptar em situações
desconhe-cidas ou inesperadas.
→ Iniciativa – Capacidade de ser o primeiro a tomar
decisões de forma proativa e não reativa.
→ Motivação – Identificar “seus motivos existenciais nos
aspectos pessoais e profissionais” (ideais, sonhos e desejos)
que potencializem sua vontade e inspiração para se
“automotivar” (a motivação sempre é interna).
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Para refletir ou pensar sobre si
mesmas, e se autoquestionar
Quais meus pontos fortes?
Quais meus pontos fracos (que dificultam o alcance dos meus
objetivos)?
Quais meus talentos (que potencializam meu sucesso)?
Quais meus medos (que me fragilizam)?
Que competências tenho ou preciso desenvolver?
Que atitudes apresento que favorecem ou dificultam meu
sucesso?
Que habilidades tenho ou preciso desenvolver?
Quais meus sonhos?
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Para alguns, esta “parada” somente ocorre nos
momentos de dor, por exemplo, quando alguém é
“demitido” ou perde alguém.
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Forças Propulsoras e Restritivas
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Força Propulsora
É necessário mais do que a VISÃO e a LIDERANÇA
do fundador para garantir o sucesso de uma empresa
familiar. E preciso dotar a empresa familiar de um
estrutura organizacional profissionalizada.
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Estilo gerencial do sócio-proprietário
focado nas seguintes posturas:
Manter a coesão e fluência de diálogo entre sócios/ membros
da família
Manter a confiança pessoal e profissional entre os sócios
Ter consciência de que ser sócio não é ser dono
Abdicação de interesses pessoais em favor do coletivo
Desvinculação de emoções e afetividades pessoais em
tomadas de decisões
Humildade em reconhecer limitações pessoais ou coletivas
Profissionalização para suprir lacunas em qualquer posição
hierárquica; critérios
para sua escolha
Acertos societários ou cisão quando necessário
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Forças restritivas
Falta de planejamento do processo sucessório
Ausência de liderança nas futuras gerações
Disputas pelo poder
Falta de critérios para ingresso e desenvolvimento
das gerações futuras nos negócios
Subjetividade e falta de critérios na escolha e
promoção de executivos
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Falta de disciplina de forma continuada por parte
de sócios e descendentes
Condutas pessoais inadequadas e continuadas
(maus exemplos de postura das lideranças)
Falta de interesse e de preparação das gerações
futuras
Centralização excessiva de poder, decisões por
emoção e não pela razão
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Transformações Psicossociais.
O verdadeiro saber é interdisciplinar
principalmente quando se trata de compreender
melhor o ser humano.
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Um ramo de estudo essencial para compreender o
comportamento humano é a psicologia e a sociologia.
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Desta forma, surge a psicologia social que tem o
ser humano como objeto de estudo, desde que
esteja integrado a um contexto social, ou seja,
como parte de um grupo. O ser humano como
indivíduo é influenciado pela vida em sociedade.
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Assim, a psicologia social analisa fatores
importantes como a cultura. Existem certas ações
que têm um significado específico para cada
cultura, já no caso de interpretação fora dessa
cultura apresentam um valor diferente. Isso mostra
o relativismo cultural como uma realidade, mas ao
mesmo tempo, mostra como o fato de pertencer a
uma cultura também influencia o modo de pensar e
sentir de um indivíduo em particular que não pode
ser excluído do ambiente que vive.
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Do ponto de vista da psicologia social, as normas
culturais que são respeitadas pelo povo têm um valor
muito importante para as pessoas que, desta forma,
se veem condicionados por algo externo a si próprio.
Isso não significa que o ser humano não é livre, mas
que está condicionado a estas crenças sociais.
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Viver em sociedade pode influenciar de forma
negativa.
Há pessoas que não vivem a vida que realmente
desejam porque têm medo de serem julgadas
por uma decisão qualquer.
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Uma sociedade feliz é aquela que apresenta
muitas pessoas donas do seu próprio destino, que
são felizes e sabem o que querem. Portanto, cada
indivíduo deve fazer a sua parte realizando ações
positivas para o mundo através de atos de
bondade.
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Apesar de todo ser humano viver em sociedade, a
realidade é que cada pessoa tem uma forma de ser
e um comportamento em particular. Por
exemplo, há pessoas que são muito sociáveis e
têm muitas habilidades sociais, enquanto outras
são mais recatadas e buscam espaços de solidão.
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Comunicação
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Liderança
Liderar é saber comandar pessoas, definindo a
direção de uma equipe. Gerando Motivação,
inspirando e influenciando a mesma a contribuir
para o sucesso organizacional.
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A liderança legítima deve ser baseada na
autoridade e não no poder.
A autoridade é a essência da pessoa; está
ligada a seu caráter.
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TIPOS DE LIDERANÇA
DEMOCRÁTICA,
PARTICIPATIVA OU
AUTOCRÁTICA CONSULTIVA
Focada apenas nas voltado para as pessoas e há
tarefas participação dos liderados no
processo decisório
LIDERANÇA
PATERNALISTA
visa o fim dos conflitos em SITUACIONAL
grupos, que visa um cada situação requer um tipo
relacionamento amável, onde o de liderança diferente, para se
líder tem uma postura de alcançar o melhor dos
representante paternal do grupo liderados
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Visões sobre conflito
VISÃO TRADICIONAL DO CONFLITO:
Convicção de que todo conflito é danoso e deve ser evitado.
VISÃO DE RELAÇÕES HUMANAS DO CONFLITO:
Convicção de que o conflito é uma consequência natural e
inevitável em qualquer grupo.
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Tipos de conflito organizacional
•TAREFA - relaciona-se com o conteúdo e os objetivos do trabalho.
•RELACIONAMENTO - Relações interpessoais.
•PROCESSO - A maneira como o trabalho é realizado.
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O papel do Psicopedagogo
Muitas empresas desconhecem o trabalho do
psicopedagogo dentro de uma organização e iremos
descobrir o valor do psicopedagogo que se
preocupa com a aprendizagem e desenvolvimento.
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A psicopedagogia é “uma área cujo objeto é o ser
que aprende, como aprende e de que maneira esse
aprendizado se insere, e o insere no ambiente do
qual faz parte” (COSTA, 2009, p.14).
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Costa, em seu livro “Psicopedagogia
Empresarial”, destaca que a psicopedagogia
atua no inter-relacionamento dos funcionários,
os quais ela chama de colaboradores por serem
os que se comprometem com o crescimento da
empresa, desenvolvem um trabalho importante
e não apenas trabalham para receber o salário.
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Para Beyer, a Psicopedagogia dentro da
organização orienta ações avaliando a
aprendizagem profissional, propõe cursos de
atualização que atendam as necessidades da
organização e ressalta que a Psicopedagogia é uma
área multidisciplinar que não atua sozinha.
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Para conseguir sobreviver nesse mercado atual a
empresa precisa estar aberta a mudanças, além de
estar atenta aos talentos que estão dentro da
própria empresa, torná-los colaboradores para
não serem futuros concorrentes.
Profª. Rosângela Gonçalves
“As empresas vencedoras são aquelas que num
mundo em constante transformação, estão se
reinventando para competir melhor na hora da
verdade com base em novos paradigmas, que
podem ser menos visíveis, mas são tão ou mais
impactantes que, por exemplo, o da
globalização”, (BOOG, 2002, p.22).
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Cabe ao psicopedagogo trabalhar a mudança dentro da empresa,
pois o colaborador e a empresa precisam crescer juntos. O
psicopedagogo deve buscar a melhor forma para todos
compreenderem que a mudança faz parte da vida e sempre vai
existir, deve apresentar a mudança como algo benéfico, o qual
agrega valores e é a melhor forma de aprendizado. A mudança
deve sempre ser conduzida de uma maneira organizada, clara e
transparente, começando pelas menores de acordo com o tempo
de cada colaborador.
Profª. Rosângela Gonçalves
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“outra situação encontrada nas empresas é a
existência de pessoas trabalhando em áreas ou
funções não compatíveis com sua real vocação ou
aptidão, caracterizando uma evidente má utilização
do potencial humano instalado e pior ainda,
alimentando fontes potenciais de insatisfação,
conflitos e desajustes” (BOOG, 2002, p.590)
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Na maioria das empresas acontecem situações e nem
sempre são percebidas, como no caso de alguns
colaboradores que trabalham em funções diferentes da
sua área ou até mesmo incompatíveis com sua vocação.
Nesse caso, o psicopedagogo identifica qual o perfil do
colaborador, aponta o setor ou função que melhor seria
exercida por ele e assim consegue que o colaborador
fique motivado e desenvolva seus potenciais.
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Geralmente o ser humano atribui causas externas
aos resultados insatisfatórios, cabe ao
psicopedagogo analisar quais são os fatores que
prejudicam o bom funcionamento no colaborador
na organização, utilizando-se de um planejamento
pedagógico e do bom relacionamento interpessoal.
Segundo Costa (2009, p.15), o psicopedagogo
procura atuar na superação das dificuldades de
relacionamento de um grupo, levando a empresa a
diminuir desperdício.
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Dentro das Organizações o psicopedagogo
depara-se também com o fato de muitos
colaboradores não darem o feedback quando é
solicitado. A maioria não se sente à vontade em
dar o feedback, pois há o medo embutido.
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Alguns colaboradores têm dificuldade em se comunicar,
no momento do feedback ficam em choque, podem não
ter credibilidade na pessoa que necessita esse feedback.
Estão sempre na defensiva e oferecem justificativas para
todas as desculpas dadas e há também aqueles que após
uma crítica pioraram o rendimento por não aceitá-la e
acabam gerando polêmicas em cima disso e ficam com
medo de prejudicar o relacionamento dentro da
organização.
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Cabe ao psicopedagogo entender o motivo do
receio em dar ou receber esse feedback e nortear
soluções para que o feedback seja visto de uma
forma positiva para a organização, o qual vai ajudá-
los a crescer e a melhorar sempre. É preciso
mostrar o real papel do colaborador dentro da
organização e a sua relação com todos, se precisa
melhorar ou continuar atuando dessa maneira,
afinal o feedback foca sempre no resultado, define o
processo de conduta de forma clara e objetiva e
mantêm bons relacionamentos.
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Quando o assunto é a missão da Organização, o
psicopedagogo pode também ter alguns obstáculos. Afinal,
por que os colaboradores precisam se inserir na missão? A
resposta é simples. A Organização que consegue fazer com
que os colaboradores compreendam a missão, como ela
trabalha, qual a importância no Mercado de Trabalho, com
certeza tem menos problemas ou empecilhos. Dentro de uma
Organização todos os colaboradores precisam trabalhar em
equipe e crescer juntos.
Profª. Rosângela Gonçalves
Colocando como exemplo o vídeo “O problema não é meu”
muito usado em treinamentos. Conta a história de um
incêndio que acontece em uma empresa, mas ninguém faz
nada para apagá-lo, preferem ficar repassando a
responsabilidade para o outro. O vídeo mostra o costume das
pessoas de não assumirem responsabilidades dos problemas
que ocorrem dentro da organização e assumem o papel de “o
problema não é meu”, “não é do meu setor”, “não me diga o
que devo fazer”, fazendo com que o real problema se agrave e
aumente rapidamente, deixando de lado a simples solução de
“apagar o fogo” que foi causado por uma pessoa
irresponsável.
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Esse vídeo é usado em treinamentos com o intuito de treinar
a equipe para identificar problemas e encontrar soluções
imediatas. O objetivo desse vídeo é o de as pessoas
entenderem que se a linha de produção para, as vendas vão
diminuir, a equipe vai ficar completamente desmotivada e
consequentemente irá refletir no desempenho da empresa,
causando muitos prejuízos e consequentemente também na
estabilidade das pessoas que trabalham dentro da organização.
Profª. Rosângela Gonçalves
É importante entender que a organização e os
colaboradores devem trabalhar em equipe para
ambos crescerem, ter iniciativa faz muita
diferença e fazer o que se deve fazer também.
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Outro exemplo utilizado para entender que a
Organização trabalha em equipe e se tem um
problema, esse problema é de todos é o caso da
parábola “O caso da ratoeira”, o qual o rato descobre
que dentro de um pacote tem uma ratoeira e sai pela
fazenda alertando a todos do problema e após alertar
os colegas, obtém a resposta “O problema não é
meu”.
Profª. Rosângela Gonçalves
Isso acontece muito dentro de empresas, o qual
algum colaborador identifica um problema, alerta
aos demais colegas e sugere uma melhoria que
poderia ser implementada, mas é ignorado.
Profª. Rosângela Gonçalves
O papel do psicopedagogo não é resolver
problemas particulares dos colaboradores, mas
diminuir os problemas da Organização, pois
problemas aparecem todos os dias. Por isso
entender o clima, a cultura e a aprendizagem
organizacional, é fundamental para melhorar a
qualidade social e humana das pessoas.
Profª. Rosângela Gonçalves
“O psicopedagogo pode organizar com os
funcionários uma releitura das regras e das normas
internas da empresa. Organizando, por exemplo, um
workshop com pequenos grupos sobre deveres e
direitos dentro da empresa, de forma até lúdica,
conscientizando os funcionários acerca da assiduidade
e da pontualidade em relação ao trabalho”, (COSTA,
2009, p.26).
Profª. Rosângela Gonçalves
Agora, quando é relatado sobre desorganização,
bagunça, é necessário perceber se é desorganização
interna em determinados setores e geral de todos
que trabalham nele, ou se é individual. Existem
coisas que levam ao estresse, discussões e chegam
até a demissão, por isso é importante pensar se essas
ações estão prejudicando o grupo ou se são casos
isolados, temporários ou repetitivos.
Profª. Rosângela Gonçalves
O psicopedagogo pode, nesses casos, orientar o
chefe do setor para prestar mais atenção nesses
pequenos incidentes que podem gerar problemas
de relacionamento interno.
Profª. Rosângela Gonçalves
“A educação dos funcionários é necessária dentro
da empresa, tanto a educação acadêmica como
aquela que agrega sentimento valorativo uns aos
outros, por isso é tão importante preparar o novo
funcionário que chega à empresa, sinalizando
aspectos da missão, da visão, dos valores e das
estratégias da empresa, inserindo-o neles. E, ao
mesmo tempo, resgatar nos funcionários antigos,
crenças já extintas em relação à empresa porque
acham “que não adianta nada”, (COSTA, 2009,
p.28).
Profª. Rosângela Gonçalves
Outra atividade do psicopedagogo dentro da
Organização é o de avaliar o desempenho dos
colaboradores. Há necessidade de diferenciar
habilidade técnica de habilidade comportamental. O
psicopedagogo organiza essas avaliações e informa os
motivos e os objetivos da aplicação da avaliação,
sendo necessária para a empresa, para não causar
constrangimento.
Profª. Rosângela Gonçalves
As avaliações são importantes para identificar se
existe algum funcionário cuja competência é
superior à sua função, ou abaixo do esperado ou se
está acomodado. De acordo com Costa (2009,
p.62), é criado um questionário o qual é respondido
pelas pessoas envolvidas, servirá como um
levantamento comportamental. Após os resultados,
será iniciada a intervenção em relação aos pontos
deficientes.
Profª. Rosângela Gonçalves
Outra atividade do psicopedagogo na organização é o
acompanhamento dos estagiários, trainees e jovens
aprendizes e fazer com que eles sejam preparados
para uma efetivação ou para o Mercado de Trabalho.
Para isso o psicopedagogo montra um projeto de
Programa Trainee e apresenta para a Direção,
auxiliando os estagiários, trainees e jovens aprendizes
para um sucesso na carreira.
Profª. Rosângela Gonçalves
E por fim, o psicopedagogo também identifica os
DDA (Deficit de Atenção) dentro da empresa,
pois para os portadores do DDA são muitas vezes
dispensados, pois é desconhecido esse distúrbio.
Segundo Costa (2009, p.73), é difícil um DDA
manter-se concentrado em falas, ações e assuntos
e começa a dispersar-se causando um problema.
Profª. Rosângela Gonçalves
“É antiético tratar de um
funcionário que, na
verdade, é um colega de
trabalho”, (COSTA, 2009, p.74).
Profª. Rosângela Gonçalves
Obrigada!