0% acharam este documento útil (0 voto)
284 visualizações227 páginas

Plano de Manejo - PNM de Bicanga

Este documento apresenta um resumo do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal de Bicanga localizado no município de Serra, ES. O plano descreve a equipe responsável, metodologia utilizada, legislação aplicável e atividades a serem desenvolvidas. Apresenta detalhes da UC como localização, acessos e outras UCs no estado. Faz o enquadramento geopolítico, morfoclimático, biogeográfico e fitogeográfico da região. Por fim, apresenta uma análise geral da UC inclu

Enviado por

Elka Domingues
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
284 visualizações227 páginas

Plano de Manejo - PNM de Bicanga

Este documento apresenta um resumo do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal de Bicanga localizado no município de Serra, ES. O plano descreve a equipe responsável, metodologia utilizada, legislação aplicável e atividades a serem desenvolvidas. Apresenta detalhes da UC como localização, acessos e outras UCs no estado. Faz o enquadramento geopolítico, morfoclimático, biogeográfico e fitogeográfico da região. Por fim, apresenta uma análise geral da UC inclu

Enviado por

Elka Domingues
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 227

PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA

PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DE BICANGA

Produto 7. Plano de Manejo Resumido

Acquatool Consultoria
Abril 2014
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Plano de Manejo do Parque Natural Municipal / APA
Bicanga
Condicionante nº40 da LI IEMA/ES 143/2007.
TCCA nº002/2007 e Termo Aditivo nº001/2010 – IEMA/ES e VALE.
Convênio nº095/2010 – Prefeitura da Serra e VALE.
Processo IEMA nº32261845 e PMS nº 35.523/2007 e 27.071/2010

VERSÃO RESUMIDA

PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA


SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

PREFEITO: AUDIFAX BARCELOS


E-MAIL: [email protected]

SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE: JOÃO ISMAEL NARDOTO


TELEFONE: (27) 3291-2395

Diretora do Departamento de Recursos Naturais e Fiscal do Contrato:


DANIELLE FÁTIMA DE AQUINO
[email protected]
TELEFONE: (27) 3291-2493

Chefe da Divisão de Administração de UCs:


MICHELLA BONGIOVANI VARGAS
SEMMA - DAUC DRN: [email protected]
TELEFONE: (27) 3291-2402

Empresa responsável pela Elaboração do Plano de Manejo:


Acquatool Consultoria S/S LTDA
Avenida Dom Luís 300, Sala 708, Fortaleza, Ceará.
www.acquatool.com.br
Contato: Pedro Antônio Molinas – Fone/Fax: (85)3264 97 00 – (85)9994 96 03
Email: [email protected]

1
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
APRESENTAÇÃO

Este relatório se constitui na VERSÃO RESUMIDA do Plano de Manejo


Integral da APA Municipal de Bicanga – Serra/ES, relativo ao contrato PMS Nº
340/2012.

O mesmo se divide em cinco capítulos, respeitando a apresentação dos


relatórios apresentados (Versão Consolidada). A saber:

 Capítulo I: Plano de Trabalho e Cronograma Detalhado, que


corresponde ao primeiro produto;
 Capítulo II: Apresentação e Enquadramento da Unidade de
Conservação Municipal APA Bicanga – Serra/ES, que corresponde ao
segundo produto;
 Capítulo III: Análise Geral da Unidade de Conservação Municipal APA
Bicanga – Serra/ES, que corresponde ao terceiro produto;
 Capítulo IV: Análise Específica da Unidade de Conservação Municipal
APA Bicanga – Serra/ES, que corresponde ao quarto produto;
 Capítulo V: Planejamento e Implementação da Unidade de
Conservação Municipal APA Bicanga – Serra/ES, que corresponde ao
quinto produto.

2
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO....................................................................................................................2 
1. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DETALHADO .............................................11 
1.1. Descrição da Equipe Técnica Responsável pela Elaboração do Plano de Manejo do
Parque Natural Municipal de Bicanga .................................................................................11 
1.2. Especificação da Metodologia utilizada na Realização dos Trabalhos. ......................18 
1.3. Legislação Contemplada .............................................................................................22 
1.4. Atividades a serem desenvolvidas ...............................................................................22 
2. APRESENTAÇÃO DA UC .................................................................................................24 
2.1. Apresentação da UC ....................................................................................................24 
2.1.1. Ficha Técnica da UC...............................................................................................29 
2.1.2. Mapas de localização..............................................................................................31 
2.1.3 Acessos....................................................................................................................32 
2.1.4 Unidades de conservação existentes no estado ......................................................35 
2.2. Enquadramento da UC ................................................................................................44 
2.2.1. Enquadramento Geopolítico ...................................................................................44 
2.2.1.1. Enquadramento Geopolítico Estadual e Regional (Mesorregião e Microrregião
Geográfica – IBGE). ..........................................................................................................44 
2.2.1.2. Enquadramento Geopolítico Municipal ................................................................45 
2.2.2. Domínio Morfoclimático...........................................................................................59 
2.2.3. Enquadramento Biogeográfico ................................................................................60 
2.2.4. Enquadramento Fitogeográfico ...............................................................................61 
2.2.5. Domínio Zoogeográfico ...........................................................................................62 
3. ANÁLISE GERAL DA UC ..................................................................................................65 
3.1. Diagnóstico Geral ........................................................................................................65 
3.1.1. Clima: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental, medidas
mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas .......................................65 
3.1.2. Geologia: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental, medidas
mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas. ......................................67 
3.1.3. Relevo: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental, medidas
mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas .......................................68 
3.1.4 Solo: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental, medidas
mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas por zonas específicas ...70 
3.1.5 Tipo de Vegetação: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental,
medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas por zonas
específicas ........................................................................................................................71 
3.1.6 Hidrografia e Hidrologia: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental,
medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas .........................72 

3
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
3.1.7. Identificação, mapeamento e delimitação das áreas de interesse de prospecção
arqueológica e plano de referência para sua execução ...................................................75 
3.1.8. Caracterização da ocupação do espaço e identificação das principais atividades e
tipos de uso de solo ..........................................................................................................78 
3.1.9. Identificação das condições de saneamento ambiental da região. Índices de
Saneamento Ambiental e Índices de doenças infectocontagiosas ...................................78 
3.1.10. Contaminação das redes hidrográficas e pluvial por despejos de efluentes
domésticos e/ou industriais, demonstrando os principais problemas que diretamente
afetam a UC. .....................................................................................................................83 
3.1.11. Caracterização da população da região do entorno e residente na UC. ..............84 
3.1.12. Levantamento Cadastral na Área Correspondente a Nova Delimitação da APA .86 
3.1.13. Estrutura econômica regional e alternativa de desenvolvimento econômico
sustentável ........................................................................................................................89 
3.1.14. Potencial de apoio à UC .......................................................................................91 
3.1.15. Visão das comunidades sobre a UC .....................................................................96 
4. ANÁLISE ESPECÍFICA DA UC .......................................................................................100 
4.1. Situação Histórica, Geográfica e Institucional ...........................................................100 
4.2. Características Ambientais da UC .............................................................................103 
4.2.1. Fatores Abióticos ..................................................................................................103 
4.2.2. Fatores Bióticos ....................................................................................................117 
4.2.3. Situação Fundiária ................................................................................................133 
4.2.4. Atividades ou Situações Conflitantes, Atuais e Futuras ........................................137 
4.2.5. Desastres Naturais e Consequências ...................................................................138 
4.3. Análise da Paisagem .................................................................................................139 
4.4. Declaração de Significância .......................................................................................141 
5. PLANEJAMENTO, MANEJO E IMPLEMENTAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
MUNICIPAL APA BICANGA – SERRA/ ES. .......................................................................143 
5.1. Missão, Objetivo, Categoria de Manejo e Configuração da UC.................................153 
5.1.1. A Missão ...............................................................................................................153 
5.1.2. Os objetivos ..........................................................................................................154 
5.1.3. A Categoria de Manejo .........................................................................................155 
5.1.4. Configuração da UC..............................................................................................156 
5.1.5. Zoneamento ..........................................................................................................159 
5.1.6. Corredores ............................................................................................................163 
5.2. Manejo e Implementação da UC ...............................................................................165 
EQUIPE TÉCNICA ...............................................................................................................198 
ANEXO I - MINUTAS DE LEI, DECRETOS E PORTARIAS ...............................................199 

4
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
ANEXO I - A - MINUTA DE LEI DE CRIAÇÃO DA APA COM A NOVA DELIMITAÇÃO E
ZONEAMENTO. ................................................................................................................199 
ANEXO I - B - MINUTA DA PORTARIA DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO
PARA O CONSELHO GESTOR .......................................................................................205 
ANEXO I - C - MINUTA DE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO GESTOR DA ÁREA
DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BICANGA .........................................................................207 
ANEXO II – ORÇAMENTOS DETALHADOS E COMPOSIÇÃO DE CUSTOS ...................211 
ANEXO III - DESCRIÇÃO DO SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES
GEORREFERENCIADAS ....................................................................................................226 

5
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Lista de Figuras
Figura 1.1 - Organograma Básico de Funções.......................................................................12 
Figura 1.2 - Diagrama Gantt ...................................................................................................17 
Figura 1.3 - Mapa de Localização ..........................................................................................19 
Figura 2.1 - Mapa de Delimitação Atual e Nova Delimitação Proposta para o Parque Natural/
Área de Proteção Ambiental APA Municipal de Bicanga .......................................................28 
Figura 2.2 – Mapa de Acesos à APA e Áreas de Influência. ..................................................34 
Figura 2.3 – Áreas de influência da APA Bicanga. .................................................................46 
Figura 2.4 – Aplicação do Atual Macro e Micro Zoneamento à Área em Estudo ...................53 
Figura 3.1 – Gráfico representando as classes de declividade na área da APA Bicanga ......70 
Figura 3.2 - Curva de permanência das vazões observadas na estação fluviométrica
Valsugana Velha – Montante..................................................................................................75 
Figura 3.3 - Mapa com a localização das propriedades cadastradas na área da APA Bicanga88 
Figura 4.1 – Mapa de Classes do Relevo e de Declividade – APA BICANGA .....................109 
Figura 4.2 – Mapa Topográfico da APA Bicanga .................................................................110 
Figura 4.3 – Mapa Geomorfológico da APA Bicanga ...........................................................111 
Figura 4.4 - Mapa da Hidrologia Regional ............................................................................113 
Figura 4.5 - Mapa de Localização dos Pontos de Coleta das Amostras de Qualidade da
Água .....................................................................................................................................116 
Figura 4.6 - Mapa de Propriedades e Localidades Cadastradas da UC na nova delimitação135 
Figuras 4.7 e 4.8 - Lugar de abordagem e sexo dos entrevistados .....................................136 
Figura 5.1 - Mapa de Zoneamento .......................................................................................161 
Figura 5.2 - Corredor Ecológico............................................................................................164 
Figura 5.3 - Mapa de Localização das Estruturas e Infraestruturas Propostas ....................168 
Figura 5.4 - Estrutura de Gestão proposta para a APA BICANGA .......................................188 
FIGURA AI.1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO E ZONEAMENTO DA APA BICANGA .............204 

Lista de Tabelas
Tabela 1.1 – Cronograma Físico – Plano de Manejo do Parque Natural Municipal de Bicanga14 
Tabela 1.2 - Indicativo de Participação da Equipe Técnica nos Produtos..............................15 
Tabela 2.1 - Ficha Técnica da UC ..........................................................................................30 
Tabela 2.2 – Listagem da Sequência dos Vértices da Poligonal de Delimitação da APA ......32 
Tabela 2.3 – Unidades de Conservação Federais .................................................................36 
Tabela 2.4 – Unidades de Conservação Estaduais ................................................................37 
Tabela 2.5 – Unidades de Conservação Municipais ..............................................................38 
Tabela 2.5 – Unidades de Conservação Municipais (Continuação) ......................................39 
Tabela 2.5 – Unidades de Conservação Municipais (Continuação) ......................................40 
Tabela 2.6 – Unidades de Conservação Particulares (RPPN) ...............................................41 
Tabela 2.7 – Unidades de Conservação Municipais Existentes no Município de Serra/ES ...42 
Tabela 2.8 - População, por Situação do Domicílio, no Estado, Meso e Microrregiões e
Municípios – IBGE 2010 .........................................................................................................45 
Tabela 2.9 – População Residente nos Distritos, por Situação do Domicílio IBGE 2010. .....48 
Tabela 2.10 – População Residente por Bairros – Município de Serra ..................................49 
 

6
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.11 – Evolução da população residente no município de Serra no período de 1872 -
2010 ........................................................................................................................................51 
Tabela 2.12 – Tabulação do Uso e Ocupação do solo na APA Bicanga ...............................55 
Tabela 2.13 – Saneamento Básico – Governo Federal - PAC ...............................................57 
Tabela 2.14 – Biogeográfica do Estado de Espírito Santo. Fonte: IBGE (2011) ....................61 
Tabela 3.1 – Classes de Declividade em % e em hectares ...................................................69 
Tabela 3.2 – Relação das estações de monitoramento hidrológico localizadas na região
hidrográfica do rio Reis Magos ou Fundão .............................................................................73 
Tabela 3.3 - Estatísticas médias observadas nas estações de monitoramento hidrológico
instaladas na região hidrológica do rio Reis Magos ou Fundão .............................................73 
Tabela 3.4 - Tabulação do uso e ocupação do solo na APA Bicanga ....................................78 
Tabela 3.5 - Abastecimento de Água – IBGE 2010 ................................................................80 
Tabela 3.6 – Mortalidade Infantil – SESA 2006 ......................................................................81 
Tabela 3.7 – Cobertura Vacinal – SESA 2006 .......................................................................82 
Tabela 3.8 – Cobertura Vacinal do Idoso – SESA 2006.........................................................82 
Tabela 3.9 - População Residente por Bairros - Município de Serra .....................................85 
Tabela 3.10 - Propriedades cadastradas na área da APA Bicanga .......................................87 
Tabela 4.1 - Estatística de variáveis climatológicas monitoradas pelo INMET na Estação
Meteorológica de Vitória .......................................................................................................104 
Tabela 4.2 - Síntese das características da Zona Natural Climática 8 (Fonte: EMCAPA-
NEPUT, 1999) ......................................................................................................................104 
Tabela 4.3 - Balanço hídrico climatológico normal no posto pluviométrico SANTA CRUZ -
LITORAL - 01940002............................................................................................................105 
Tabela 4.4. Balanço hídrico climatológico normal no posto pluviométrico FUNDÃO -
01940007 ..............................................................................................................................105 
Tabela 4.5. Balanço hídrico climatológico normal no posto pluviométrico VALSUGANA
VELHA – MONT. - 01940010 ...............................................................................................106 
Tabela 4.6 – Classes de Declividade em Graus e em hectares ...........................................107 
Tabela 4.7 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na
formação herbácea não inundável de restinga no PNMB, município de Serra (ES), em ordem
decrescente de Valor de Importância. (FA= frequência absoluta; FR= frequência relativa;
CoA= cobertura absoluta; CoR= Cobertura Relativa; VI= Valor de Importância) .................119 
Tabela 4.8 - Aspectos estruturais e florísticos de alguns estudos fitossociológicos em floresta
de restinga não inundável no estado do Espírito Santo. DAP = diâmetro à altura do peito
mínimo amostrado; S= nº de espécies; H’ = índice de diversidade de Shannon. Localidade: 1
- Assis et al., 2004; 2 – Magnago, 2009; 3 – PETROBRAS/CEPEMAR, 2004; 4 –
RODOSOL/CEPEMAR, 2007. ..............................................................................................120 
Tabela 4.9 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
não inundável de restinga da APAB, em ordem decrescente de Valor de Importância. (G.E. -
grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST= secundária
tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequencia absoluta; FR= frequencia
relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA= dominância absoluta;
DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de Importância) .................120 
Tabela 4.10 - Aspectos estruturais e florísticos dos remanescentes de floresta de tabuleiro
amostrados (0,1ha) na APAB e PNMB, município da Serra (ES). (EI= estágio inicial; EM=
 

7
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
estágio médio; Dens.= densidade (ind/ha); AB= área basal (m²/ha); DAP Méd= média do
diâmetro à altura do peito; Alt Méd= altura média; S= número de espécies; H’= índice de
diversidade de Shannon; % Ram) ........................................................................................121 
Tabela 4.11 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na
vegetação de macega (floresta de tabuleiro secundária) no PNMB, em ordem decrescente
de Valor de Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI=
secundária inicial; ST= secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA=
frequencia absoluta; FR= frequencia relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade
relativa; DoA= dominância absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI=
Valor de Importância) ...........................................................................................................122 
Tabela 4.12 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
de tabuleiro secundária (estágio inicial com exóticas) na APAB, em ordem decrescente de
Valor de Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI=
secundária inicial; ST= secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA=
frequencia absoluta; FR= frequencia relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade
relativa; DoA= dominância absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI=
Valor de Importância) ...........................................................................................................122 
Tabela 4.13 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
de tabuleiro em estágio inicial de regeneração no PNMB, em ordem decrescente de Valor de
Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial;
ST= secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequência absoluta;
FR= frequência relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA=
dominância absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de
Importância) ..........................................................................................................................123 
Tabela 4.14 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
de tabuleiro em estágio médio de regeneração na APAB, em ordem decrescente de Valor de
Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial;
ST= secundária tardia; C= clímax; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequência
absoluta; FR= frequência relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA=
dominância absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de
Importância) ..........................................................................................................................124 
Tabela 4.15 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
de tabuleiro ciliar em estágio médio de regeneração no PNMB, em ordem decrescente de
Valor de Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI=
secundária inicial; ST= secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA=
frequência absoluta; FR= frequência relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade
relativa; DoA= dominância absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI=
Valor de Importância) ...........................................................................................................125 
Tabela 4.16 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
de tabuleiro de várzea/ciliar no PNMB em ordem decrescente de Valor de Importância.
(G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST=
secundária tardia; C= clímax; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequência
absoluta; FR= frequência relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA=
dominância absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de
Importância) ..........................................................................................................................126 
 

8
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.17 – Espécies ameaçadas de extinção no estado do Espírito Santo registradas na
APAB e PNMB, município da Serra (ES). ............................................................................127 
Tabela 4.18 - Espécies de répteis registradas na área do PNM de Bicanga. ......................131 
Tabela 4.19 – Lista das espécies de mamíferos registradas na APA Bicanga, Serra, ES. ..132 
Tabela 4.20 - Levantamento fundiário inicial ........................................................................133 
Tabela 4.21 - Distribuição das manchas ou fragmentos segundo a tipificação do uso e
ocupação do solo..................................................................................................................141 
Tabela 5.1 - Matriz de Avaliação Estratégica ......................................................................145 
Tabela 5.2 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados (pontos fracos – gravidade)147 
Tabela 5.3 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados (pontos fortes – relevância)148 
Tabela 5.4 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados (ameaças – elementos
externos) ...............................................................................................................................149 
Tabela 5.5 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados (oportunidades –
elementos externos) .............................................................................................................150 
Tabela 5.6. Cenário Futuro Factível .....................................................................................151 
Tabela 5.7 - Cenário Futuro Não Desejável .........................................................................152 
Tabela 5.8 - Cenário Futuro Desejável .................................................................................153 
Tabela 5.9 - Síntese do Zoneamento.................................................................................162 
Tabela AI.1 - Poligonal de Contorno.....................................................................................203 
Tabela A.II.1. Valores de BDI por Tipo de Obra ...................................................................211 
Tabela A.II.2. Valores de BDI para Itens de Mero Fornecimento de Materiais e
Equipamentos .......................................................................................................................212 
Tabela A.II.3. Administração Central, Seguro + Garantia e Risco........................................212 
Tabela A.II.4. Despesa Financeira e Lucro ..........................................................................213 
Tabela A.II.5. BDI para Itens de Mero Fornecimento de Materiais e Equipamentos ............213 
Tabela A.II.6. Percentual de Administração Local Inserido no Custo Direto ........................213 
Tabela A.II.7. Resumo dos Custos de Implantação do PNM / APA Bicanga .......................214 
Tabela A.II.8. Planilha Orçamentária ....................................................................................215 
Tabela A.II.9. Composição de Custos ..................................................................................222 
Tabela A.II.10. Quantitativos ..............................................................................................223 
Tabela A.II.10. Quantitativos (Continuação) .........................................................................224 
Tabela A.II.11. Cronograma de Implantação ........................................................................225 
 
   

9
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

1. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DETALHADO

10
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
1. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DETALHADO

1.1. Descrição da Equipe Técnica Responsável pela Elaboração do Plano de


Manejo do Parque Natural Municipal de Bicanga

A equipe técnica da ACQUATOOL Consultoria para a Elaboração do Plano de


Manejo do PARQUE NATURAL MUNICIPAL DE BICANGA, de caráter
Multidisciplinar, é apresenta na Figura 1.1 no Organograma Básico.

11
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Figura 1.1 - Organograma Básico de Funções

DIRETORIA ACQUATOOL CONSULTORIA

Coordenação Geral Técnica e Institucional –


Pedro A. Molinas RNP - 1411675657

Sub-coordenação Técnica
Ernesto Molinas RNP – 060874559-6

EQUIPE TÉCNICA

Responsabilidade pela execução dos serviços

ASPECTOS JURÍDICOS E DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO, CENÁRIOS E DIAGNÓSTICO, CENÁRIOS E PROGRAMAS E


DIAGNÓSTICO E CENÁRIOS ANTRÓPICOS PROPOSIÇÕES DO MEIO PROPOSIÇÕES MEIO BIÓTICO: ESTRATÉGIAS:
PROPOSIÇÕES ASPECTOS SÓCIO- FÍSICO -. ZONEAMENTO USO E
INSTITUCIONAIS ECONÔMICOS, OCUPAÇÃO DO SOLO - SIG Pedro Henrique Nogueira Freire Carneiro Pedro Molinas
PATRIMONIAIS, ED. Thiago Marcial de Castro Pedro Carneiro
Pedro Antonio Molinas, AMBIENTAL E TURISMO Pedro Antonio Molinas, Vitor Araújo Lima Alejandra Bentolila.
Alejandra S. Bentolila Alejandra S. Bentolila, Raimundo Roncy; Gladstone Ignácio de Almeida
Adriano Ferreira Gomes Patrícia Santos Edmundo R. de Brito Rômulo José Ramos
Aryberg de Souza Duarte André Moreira Assis

   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

12
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A Tabela 1.1 apresenta um cronograma físico de intervenção dos
profissionais da equipe técnica, ao passo que a Tabela 1.2 mostra o indicativo de
participação de tal equipe em cada um dos produtos. Finalizando, a Figura 1.2 ilustra
a estruturação das atividades e seu sequenciamento através do Diagrama de
GANTT.

13
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 1.1 – Cronograma Físico – Plano de Manejo do Parque Natural Municipal de Bicanga
CRONOGRAMA FÍSICO PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DE BICANGA
PRODUTOS PRAZOS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS (em meses)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
30d
1º Produto/Medição: Plano de Trabalho e Cronograma Detalhado
20d
2º Produto/Medição: Relatório Técnico Parcial I até 45 dias
Introdução, Capítulos I e II 20d
3º Produto/Medição: Relatório Técnico Parcial II até 45 dias
Capítulo III e Oficina de Diagnóstico 20
4º Produto/Medição: Relatório Técnico Parcial III 45 dias
Capítulo IV 20d
5º Produto/Medição: Relatório Técnico Parcial IV 40d
Capítulos V e VI e Consulta Pública 20d
6º Produto/Medição FINAL 40d
Plano de Manejo Integral e Resumido e Apresentação Pública Final 20d
PROFISIONAIS Cronograma Físico de Intervenção dos Profissionais da Equipe Principal
Coordenador Técnico
Biólogo Mastofauna
Biólogo Avifauna
Biólogo Herpetofauna
Biólogo IctioFauna
Biólogo Entomofauna
Biólogo Carcinofauna
Biólogo Flora
Sociólogo
Arqueólogo
Geólogo
Hidrólogo
Especialista em Geoprocessamento
Especialista em Educação Ambiental
Especialista em Turismo

Prazo de elaboção do produto Participação como coordenador geral


Prazo de avaliação do produto Participação como consultor

Liderança na elaboração do produto

   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

14
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 1.2 - Indicativo de Participação da Equipe Técnica nos Produtos

PROFISSIONAIS Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4 Produto 5 Produto 6


Coordenador Técnico
Bióloga Mastofauna
Biólogo Avifauna
Biólogo Herpetofauna
Bióloga IctioFauna
Bióloga Entomofauna
Biólogo Carcinofauna
Bióloga Flora
Socióloga
Arqueólogo
Geólogo
Hidrólogo
Especialista em Geoprocessamento
Especialista em Educação Ambiental
Especialista em Turismo

Participação como coordenador geral


Participação como consultor
Liderança na elaboração do produto

   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

15
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Coordenadores da Equipe Técnica da Acquatool Consultoria
(IBAMA - CTF da Empresa 50735)
Elaboração do Plano de Manejo APA Bicanga - Serra - Espírito Santo
Profissão / Atribuições Nome e Dados para Contato Nº de Conselho / Cadastro
Responsável Técnico da Empresa;
Pedro Antônio Molinas;
Engenheiro Hídrico, Mestre em
Fone: 85-32649700 / 85-99949603; CREA RNP 1411675657;
Recursos Hídricos.
E-mail: [email protected] / IBAMA - CTF 50678.
Hidrologia e Recuros Hídricos
[email protected]
Coordenador Geral.
Biólogo – Mestre em Ecologia de
Ecossistemas
Inventário de Mastofauna,
Pedro Henrique Nogueira Freire
Análise da Paisagem, Declaração CRBio: 38995/02
Carneiro - CASA AMBIENTAL
de Significância
COORDENADOR TECNICO DO
MEIO BIÓTICO
Mestre e Doutora em Sociologia.
Diagnóstico Meio Antrópico,
Oficinas de Planejamento,
Alejandra Silvia Bentolila IBAMA - CTF 50669
Reuniões Públicas
COORDENADORA DO MEIO
ANTRÓPICO
Ernesto Molinas;
Engenheiro Civil, Mestrando em
Fone: 85-32649700; CREA RNP 060874559-6;
Oceanografia;
E-mail: [email protected] / IBAMA – CTF 5182853.
Meio Abiótico.
[email protected]
Biólogo Thiago Marcial de Castro - CASA
CRBio 48324/02
Especialista em Herpetofauna AMBIENTAL
Biólogo - Mestre Ecologia de
Ecossistemas Vitor Araújo Lima - CASA AMBIENTAL CRBio 78693/02
Especialista em Avifauna

Biólogo - Mestre em Biologia Animal Gladstone Ignácio de Almeida- CASA


CRBio 29174/02
Especialista em Ictiofauna AMBIENTAL
Biólogo - Mestre em Biologia Animal
Rômulo José Ramos - CASA
Inventário moluscos e CRBio 48945/02
AMBIENTAL
crustáceos
Biólogo - Mestre em Biologia Vegetal André Moreira Assis - CASA
CRBio 32098/02
Inventário Flora AMBIENTAL
Arquiteta e Urbanista Consultora
Arquitetura e Urbanismo e Patrícia Mendes dos Santos CAU nº A29093-9
Educaçao Ambiental/ Patrimonial
Advogado
Consultor para legislação Adriano Ferreira Gomesda Silva OAB-CE 9694
ambiental
Edmundo Rodrigues de Brito;
Geógrafo Fone: 85-32649700 / 87004655; CREA RNP 0610812688;
Cartografia - SIG. E-mail: [email protected] / IBAMA – CTF 5658847.
[email protected]
Geógrafo
Aryberg de Souza Duarte CREA RNP 0612612597
Cartografia - SIG.

Renata Paula de Almeida Oliveira;


Agrônoma; Fone: 85-32649700 / 89574999; CREA RNP 2109295341;
Meio Biótico. E-mail: [email protected] / IBAMA – CTF 5658525.
[email protected]
Arqueólogo
Diagnóstico arqueológico, Felipe Ribeiro Cardoso Porto IBAMA - CTF 5687821
educação patrimonial
Geólogo
Especialista em Geologia, Raimundo Roncy de Oliveira CREA RNP 0606464735
Geomorfologia e Pedologia  

16
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
Diagrama de Gantt do Plano de Manejo do Parque Natural de Bicanaga - Serra / ES
bro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Nov
Id Nome da tarefa Duração Início Término M
Predecessoras F I M F I M F I M F I M F I M F I M F I M F I M F I M F I M F I M F I M F I
1 Ordem de Serviço 1 dia Sex 19/10/12 Sex 19/10/12

2 1º Produto/Medição 50 dias Sex 19/10/12 Sex 7/12/12 1II

3 Plano de Trabalho e 30 dias Sex 19/10/12 Sáb 17/11/12


Cronograma Detalhado

4 Avaliação Produto 1 20 dias Dom 18/11/12 Sex 7/12/12 3

5 2º Produto/Medição 65 dias Sáb 8/12/12 Dom 10/2/13 1II;2

6 Relatório Técnico Parcial I - 45 dias Sáb 8/12/12 Seg 21/1/13


Introdução, Capítulos I e II

7 Avaliação Produto 2 20 dias Ter 22/1/13 Dom 10/2/13 6

8 3º Produto/Medição 65 dias Seg 11/2/13 Ter 16/4/13 1II;5

9 Relatório Técnico Parcial II 45 dias Seg 11/2/13 Qua 27/3/13


Capítulo III

10 Oficina de Diagnóstico 1 dia Qui 28/3/13 Qui 28/3/13 9

11 Avaliação Produto 3 20 dias Qui 28/3/13 Ter 16/4/13 9

12 4º Produto/Medição 65 dias Qua 17/4/13 Qui 20/6/13 1II;8

13 Relatório Técnico Parcial III 45 dias Qua 17/4/13 Sex 31/5/13


Capítulo IV

14 Avaliação Produto 4 20 dias Sáb 1/6/13 Qui 20/6/13 13

15 5º Produto/Medição 60 dias Sex 21/6/13 Seg 19/8/13 1II;12

16 Relatório Técnico Parcial IV 40 dias Sex 21/6/13 Ter 30/7/13


Capítulos V e VI

17 Consulta Pública 1 dia Qua 31/7/13 Qua 31/7/13 16

18 Avaliação Produto 5 20 dias Qua 31/7/13 Seg 19/8/13 16

19 6º Produto/Medição FINAL 60 dias Ter 20/8/13 Sex 18/10/13 1II;15

20 Plano de Manejo Integral e 40 dias Ter 20/8/13 Sáb 28/9/13


Resumido

21 Apresentação Pública Final 1 dia Dom 29/9/13 Dom 29/9/13 20

22 Avaliação Produto 6 20 dias Dom 29/9/13 Sex 18/10/13 20

Tarefa critica Divisão Etapa Tarefa acumulada Etapa acumulada Tarefas externas
Projeto: Projeto1
Data: Sex 19/10/12 Tarefa Andamento Resumo Divisão acumulada Andamento acumulado Resumo do projeto

Página 1
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
1.2. Especificação da Metodologia utilizada na Realização dos Trabalhos.

O Plano de Manejo foi elaborado utilizando uma metodologia processual e


dinâmica, capaz de propiciar a reflexão, o debate e mesmo a própria modificação do
Plano.

O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DE BICANGA localiza-se na porção


sudeste do município de Serra (Ver Figura 1.3), entre a Rodovia ES 010 e a Avenida
Meridional do Bairro Cidade Continental-Setor Oceania, entre este bairro e o bairro
Camará e possui 88 hectares.

O parque foi criado por decreto Municipal nº 4.457/2007, atendendo ao apelo


comunitário e as diretrizes previstas pelo Plano Diretor Urbano vigente na época,
pertence ao grupo das Unidades de Conservação de Proteção Integral do SNUC
(Lei Federal nº 9.985/2000). Dentre os principais problemas verificados pelo órgão
ambiental competente, se destacam as ocupações urbanas do entorno, uma
pedreira desativada com importante passivo ambiental e pontos de contaminação
nos contribuintes do Córrego Manguinhos, devido a lançamentos de efluentes sem o
devido tratamento.

18
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
370.000 371.000 372.000 373.000 374.000 375.000 376.000
APA DA LAGOA

.
JACUNÉM Vila Nova
de Colares Ourimar
Nova
Alterozas Zelândia

-48 -44 -40 Av. J


os

7.767.000

7.767.000
Abel é
Córrego Marin Alme e
d

Sai ust
gá ida

Au g

Hila t
re
n
BA
GO Civit II

Av.
DF b a na
aca
-16

-16
C op Morada de Manguinhos
Av.
Laranjeiras

Parque Av. L
MG ar anje
ES Residencial ira s
X Ya

7.766.000

7.766.000
Laranjeiras ho o
Córred
Serra o Lara
-20

-20
n jeiras

Guaraciaba
RJ
SP

s
os

ho
Chácara Camará nh
i

in
Jardim
Parreiral gu

gu

an g a
Limoeiro n
Ma
-24

-24

an
Sistema de Coordenadas Geográficas PNM de
go

7.765.000

7.765.000
M
r re

ic
Datum: SIRGAS2000 Bicanga

go

Av. B
PR Escala: 1:15.000.000

rre

-48 -44 -40

Av. Á
l
ona
Me ridi
Av.

artic
Bicanga
Novo
340.000 370.000 400.000 Horizonte Córreg
oC
Linhares
ara
Colatina pe
7.764.000

7.764.000
Itaguaçú

bu
s

.
S R do João Cidade
Canaã Neiva Continental
7.810.000

7.810.000

Aracruz
Ibiraçú Balneário de
Sta Carapebus
Teresa

Es rap
C
a
tr e b
ad u s
a
Fundão
APA DE
7.763.000

7.763.000
PRAIA MOLE
7.780.000

7.780.000

Sta M
Jetibá
Praia de
Sta Carapebus
Leopoldina Serra
PNM de
Bicanga
Sistema de Coordenadas: UTM 24S
Vitória Datum: SIRGAS2000
Dom Cariacica Escala: 1:25.000
7.750.000

7.750.000

Martins
Viana
370.000 371.000 372.000 373.000 374.000 375.000 376.000
M Floriano
V Velha
Sistema de Coordenadas: UTM 24S
Chaves

Datum: SIRGAS2000
A

Guarapari Escala: 1:1.000.000 PREFEITURA DA SERRA - PMS


Anchieta
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
340.000 370.000 400.000 Legenda
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Hidrografia Bairros
PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL
Vias Principais Parque Natural Municipal de Bicanga MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES
Rodovia Estadual ES-010 Outras Unidades de Conservação
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DE BICANGA
Figura 1.3 ESCALA: INDICADA DATA: Outubro/2012
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Constituem os objetivos deste Plano de Manejo:

 Avaliar a necessidade de recategorização da UC, do seu instrumento de


criação e dos seus atuais limites (área e perímetro), a fim de se pacificar os limites
definidos no ato de criação da UC, por meio de mapeamento digital e levantamento
para a sua regularização fundiária e demarcação; 
 Propor, caso necessário, a sua recategorização a partir de um design mais
adequado aos cenários (atual e futuro) e da viabilidade socioambiental e econômica,
permitindo ao órgão gestor da UC debater tais propostas com todos os atores e
agentes envolvidos por meio de consultas públicas;
 Definir Missão, Objetivos e adequação do vigente instrumento normativo de
criação da UC ao SNUC, considerando os procedimentos administrativos municipais
e as atuais ferramentas de geoprocessamento;
 Levantar e sistematizar dados e informações (primários e secundários) dos
meios físico, biótico e antrópico da área de abrangência com produção de estudos,
diagnósticos situacionais e análises integradas;
 Identificar usos e principais conflitos com proposição de medidas para a
solução dos problemas apontados;
 Estabelecer um zoneamento, normas e critérios para a UC que norteie o
modelo de desenvolvimento do PNM Bicanga, considerando, dentre outros
aspectos, áreas prioritárias para estabelecimento de minicorredores, visando
estabelecer a conectividade com ecossistemas adjacentes à UC, considerando que
a unidade está incluída no mini corredor prioritário Duas Bocas – Mestre Álvaro
(MMA/Projeto Corredores Ecológicos) homologado pelo Decreto Estadual nº. 2.529-
R, de 02/06/2010;
 Elaborar programas/subprogramas de manejo com estimativas de custos e
estratégias/formas de implementação, contribuindo com informações que permitam
a elaboração de propostas;
 Realizar Levantamento e indicação de Organizações, Instituições, Lideranças
(e outros) e proposições de constituição, de procedimentos administrativos e dos
instrumentos normativos necessários ao efetivo funcionamento do imprescindível
‘Conselho Gestor’ da UC;
 

20
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
 Propor a constituição dos procedimentos administrativos e dos instrumentos
normativos necessários à homologação de Convênio/Contrato de Cogestão da UC
com instituições públicas e privadas e Gestão Compartilhada com OSCIP
(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), conforme SNUC.

A gestão do PNM constitui-se em uma sequência de ações de planejamento,


resumidos nos seguintes itens:

 Diagnóstico,
 Elaboração de Cenários, Zoneamento (com ou sem proposta de
recategorização),
 Proposição de Programas de Manejo,
 Proposição de Arranjos Institucionais e,
 Revisão/Elaboração de instrumentos normativos.

Elaborado com a participação das comunidades locais, de representantes dos


municípios, de profissionais especificamente contratados, de ONGs (Organizações
Não Governamentais) e órgão de gestão e fiscalização dos recursos naturais, o
Plano de Manejo é considerado um instrumento a ser permanentemente atualizado,
a partir de um processo dinâmico, interativo e participativo onde se definem metas e
atividades para serem discutidas e consolidadas através da corresponsabilidade
pressuposta entre o Estado e a Sociedade Civil.

Sintetizando, o Plano terá como diretrizes básicas:

 A participação efetiva da sociedade civil e das comunidades que moram no


seu entorno imediato (Área de Influência Indireta, área circundante de 10 km,
conforme Resolução CONAMA 013/1990);
 A integração da unidade com as outras unidades de conservação;
 O desenvolvimento sustentado regional e a conservação dos processos
ecológicos fundamentais e da biodiversidade dentro da unidade;
 O crescimento da capacidade institucional do município, consolidando o
aprendizado dos exemplos bem sucedidos.

21
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Desta forma a Contratada se comprometa à:

 Disponibilizar profissionais que atendam aos requisitos propostos;


 Cumprir com o cronograma estabelecido;
 Entregar os produtos de acordo com as exigências estabelecidas;
 Realizar estudos, levantamentos e eventos contratualmente estabelecidos;
 Fornecer e sistematizar informações referentes à elaboração do Plano de
Manejo;
 Atingir um bom nível de conhecimento do meio ambiente nas áreas de
influência direta e indireta, em suas componentes físicas, biológicas e sócio-
econômico-culturais;
 Realizar as adequações nos produtos apresentados e sujeitos ã avaliação da
comissão de acompanhamento dos trabalhos;
 Realizar a capacitação técnica básica dos funcionários previamente indicados
pela PMS/SEMMA.

1.3. Legislação Contemplada

A legislação nos três níveis de governo incidente sobre a elaboração e


implantação do Plano de Manejo da APA Bicanga encontra-se na sua íntegra na
Versão Integral Consolidada, Volume I.

1.4. Atividades a serem desenvolvidas

As atividades referentes ao Plano de Manejo foram realizadas em etapas,


tendo sido submetidas paulatinamente à avaliação da contratante e à discussão
pública, quando necessário. Elas foram: Apresentação e Enquadramento da UC,
Análise Geral da UC, Análise Específica da UC com declaração de significância,
Planejamento, Manejo e Implementação da UC, Planejamento e Zoneamento,
Manejo e Implementação (Programas, Subprogramas e Cronogramas de Ação).
Consolidação dos Relatórios nas versões integral e resumida.

22
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

2. APRESENTAÇÃO DA UC

23
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
2. APRESENTAÇÃO DA UC

2.1. Apresentação da UC

De acordo com a lei n° 9.985/2000, onde é instituído o Sistema Nacional de


Unidades de Conservação da Natureza, “o plano de manejo é um documento
técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma Unidade de
Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o
uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das
estruturas físicas necessárias à gestão da Unidade”.

O Parque Natural Municipal da Bicanga, por lei pertenceria à categoria de


Unidades de Conservação de Proteção Integral, ou seja, é uma área na qual só é
permitido o uso indireto dos seus recursos naturais, objetivando a preservação dos
ecossistemas de grande relevância ecológica e beleza cênica.

Os parques são áreas de posse e domínio públicos e as propriedades


particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas.

As UC’s quando criadas pelo governo federal são chamadas de parques


nacionais e quando criadas pelo governo estadual, denominam-se parques
estaduais.

De acordo com a SNUC, há cinco tipos de unidades de conservação de


proteção integral:

1. Estação Ecológica: área destinada à preservação da natureza e pesquisa


científica que pode ser visitada com objetivo educacional;
2. Reserva Biológica: área destinada à preservação da diversidade biológica,
podendo ser visitada apenas como objetivo educacional;
3. Parque Natural: área destinada à preservação dos ecossistemas naturais e
sítios de beleza cênica. O parque permite uma maior interação entre o visitante e a
natureza;
4. Monumento Natural: área destinada à preservação de lugares singulares,
raros e de grande beleza cênica, permitindo atividades de visitação;

24
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
5. Refúgio da Vida Silvestre: área destinada à proteção de ambientes naturais
nos quais se objetiva manter as condições para a existência e reprodução de
espécies da flora e da fauna.

Para preservar os ecossistemas naturais dessa UC, faz-se necessário


elaborar um Plano de Manejo. A manutenção do atual enquadramento não mais se
ajusta a realidade do seu entorno, pois grande parte da área de amortecimento está
ocupada, além disso, a lei exige que o parque e sua zona de amortecimento sejam
considerados áreas rurais. Assim, a opção mais adequada é a criação de uma Área
de Proteção Ambiental – APA Bicanga. Sua área será expandida de forma a atingir o
rio Manguinhos e um zoneamento será criado para proteger estritamente as áreas
bem conservadas, suprimindo a zona de amortecimento.

É importante reconhecer que a responsabilidade pela conservação do


patrimônio ambiental é de todos os atores sociais envolvidos, por isso a importância
de se compartilhar a decisão de recategorização ou permanência da atual categoria
de Parque Natural, o que implicaria na desafetação de algumas áreas e na inclusão
de outras a serem protegidas através de normas rígidas de zoneamento.

O plano de manejo estabelecerá novas restrições para o uso, ações a serem


desenvolvidas e manejo dos recursos naturais da UC, seu entorno e dos corredores
ecológicos, visando à promoção da integração da UC à vida do município e dos seus
habitantes, minimizando os impactos negativos sobre os ecossistemas
especialmente protegidos e garantindo a manutenção dos processos ecológicos.

O zoneamento da UC é uma das ferramentas mais importantes do plano de


manejo. Nele são identificadas e definidas as zonas com degraus diferentes de
proteção e regras de uso através de Sistemas de Georreferenciamento.

Dentre as áreas de Unidades de Conservação de Uso Sustentável


encontram-se Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse
Ecológico, Florestas Nacionais, Reservas Extrativistas, Reservas de Fauna,
Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Reservas Particulares do Patrimônio
Natural.
 

25
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Além das Unidades de Conservação, também existem as Áreas de
Preservação Permanente que são áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas, conforme Art. 3º
da Lei N. 12.561 de 25 de maio de 2012.

As delimitações das Áreas de Preservação Permanente estão estabelecidas


para zonas rurais e zonas urbanas modificadas na Lei N. 12.727, de 2012.

Nessa mesma lei consta que não será exigida Área de Preservação
Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais.

Nas áreas urbanas, regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, as


faixas marginais de qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas da faixa
de passagem de inundação terão sua largura determinada pelos respectivos Planos
Diretores e Leis de Uso do Solo, ouvidos os Conselhos Estaduais e Municipais do
Meio Ambiente, sem prejuízo dos limites estabelecidos pelo inciso I do caput, é o
que determina a Medida Provisória nº 571, de 2012.

Ainda são consideradas como Áreas de Preservação Permanente as áreas


cobertas com florestas ou outras formas de vegetação, quando declaradas de
interesse social por ato do Poder Executivo.

Caso haja alguma supressão da vegetação situada na Área de Preservação


Ambiental, o proprietário, possuidor ou ocupante da área é obrigado a promover a
recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados na Lei.

Na realidade, a supressão ou intervenção de uma Área de Preservação


Permanente só poderá ocorrer nas hipóteses de utilidade pública, interesse social ou
baixo impacto ambiental.

Quando houver regularização fundiária de interesse social de assentamentos


inseridos em área urbana de ocupação consolidada e que ocupem Áreas de
 

26
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Preservação Permanente, a regularização ambiental será admitida por meio de
aprovação do projeto de regularização fundiária que deverá incluir estudo técnico
que demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação anterior
com a adoção das medidas nele preconizadas, conforme artigo 64 do novo Código
Florestal.

O Plano de Gestão terá como diretrizes básicas a participação efetiva da


sociedade civil e das comunidades que moram no seu entorno imediato; a
integração da unidade com as outras unidades de conservação; o desenvolvimento
sustentado regional e a conservação dos processos ecológicos fundamentais e da
biodiversidade dentro da unidade; o crescimento da capacidade institucional do
município, consolidando o aprendizado dos exemplos bem sucedidos.

Abaixo segue a figura 2.1 com o mapa de delimitação para a APA Bicanga.

27
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
370.000 371.000 372.000 373.000 374.000 375.000
Feu Rosa
Sítio
7.768.000

7.768.000
.
ZPA Irema

ZPA 03

Vila Nova
de Colares
70°0'0"W 60°0'0"W 50°0'0"W 40°0'0"W
Nova Ourimar

.
Zelândia
ZPA
03/24
Alterozas

0°0'0"

0°0'0"
ZPA

10°0'0"S
10°0'0"S
7.767.000

7.767.000
Av.
J
Abe osé
Alm l de
eida

20°0'0"S
ilar
int H

20°0'0"S
t Sa
Civit II a ZPA
an

gus
b 04
aca
op Morada de

Au
.C
Av

30°0'0"S
Laranjeiras

Av.
Manguinhos

ZPA

80°0'0"W 70°0'0"W 60°0'0"W 50°0'0"W 40°0'0"W


Av
.L
ar a
nje ZPA 01
ira 200.000 350.000 500.000
Parque sX
Ya

8.000.000

8.000.000
Residencial ho
7.766.000

7.766.000
o
Laranjeiras
ZPA 01

7.850.000

7.850.000
Guaraciaba

APA de Bicanga

Jardim
Limoeiro
Camará

7.700.000

7.700.000
Chácara PNM Bicanga - Contorno Atual
Parreiral

nga
.

ica
7.765.000

7.765.000
Av. B
ZPA 200.000 350.000 500.000
03/01
ZPA 355.000 370.000

. Aracruz
Av. Á

n al
Fundão
Me ridio
rtic

Av.
Bicanga
a

7.780.000

7.780.000
Novo
Horizonte
Serra

Leopoldina
APA de Bicanga - Proposta

Sta
7.765.000

7.765.000
ZPA 01
7.764.000

7.764.000
Cariacica Vitória
Legenda Cidade
Continental
355.000 370.000
Parque Natural Municipal de Bicanga (Poligonal Atual)
ZPA 04
Apa de Bicanga - Proposta
PREFEITURA DA SERRA - PMS
Hidrografia_BRUNO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
ZPA 01 Balneário de SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
ZPA 01 E
Ca strad Carapebus
rap a
ZPA 02 eb
us Plano de Manejo do Parque Natural Municipal
de Bicanga - PNM Bicanga
ZPA 03 Praia de
Carapebus Conteúdo: Figura 2.1 - Mapa de delimitação Atual e Nova delimitação proposta
ZPA 04 para o Parque Natural / Área de Proteção Ambiental (APA) de Bicanga
Escala: Unidade: Formato:
Bairros 1:15.000 Metros A2
Elaboração: Data:
Acquatool Consultoria S/S Ltda. Abril / 2013
Rodovia Estadual ES-010
7.763.000

7.763.000
Referências Cartográficas:
Vias Principais
Projeção Universal / Transversa de Mercator - UTM
Datum Horizontal: SIRGAS 2000
Datum Vertical: Marégrafo de Imbituba / Santa Catarina
370.000 371.000 372.000 373.000 374.000 375.000 Zona: 24 S
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
2.1.1. Ficha Técnica da UC

Abaixo segue a tabela 2.1 com a descrição da ficha técnica da Unidade de


Conservação em estudo.

29
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.1 - Ficha Técnica da UC

FICHA TÉCNICA DA UC
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL BICANGA - APA BICANGA
NOME E CATEGORIA DE
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL BICANGA
MANEJO PROPOSTA
Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal da Serra
ÓRGÃO GESTOR
Departamento de Recursos Naturais - Divisão de Administração das Unidades de Conservação - PMS/SEMMA/DRN/DAUC
ENDEREÇO Rua Maestro Antônio Cícero 239, 2º Andar – Centro – Serra – ES –CEP: 29.176-100 - Telefone: 27-32912402
SUPERFÍCIE 490,47 Hectares
PERÍMETRO 11.539,58 Metros
ENDEREÇO DA SEDE Ainda Não Possui
FONE / FAX Ainda Não Possui
MUNICÍPIO Município de Serra
INSTRUMENTO LEGAL DE
Decreto Municipal 4.457 de 26 de Abril de 2007 que dispõe sobre a Criação do Parque Natural Municipal de Bicanga
CRIAÇÃO / DATA
Proteger o complexo hidrográfico formado pelo córrego Manguinhos e sua Foz; preservar a vegetação remanescente, desenvolver
OBJETIVOS DA CRIAÇÃO
programas setoriais, proteger os corredores ecológicos, divulgar belezas cênicas e paisagísticas, proteger espécies raras, fomentar o
DA UC
uso e ocupação racional do solo.
LIMITES E A APA compreende um território delimitado por uma poligonal complexa, limitada ao norte pela Rodovia do Sol e ao sul pelas Av. dos
COORDENADAS Vinkings / Estrada Velha de Manguinhos / Av. Meridional / Av. Bicanga, sendo a latitude limite norte 20°11’41,20’; ao sul a latitude
GEOGRÁFICAS ATUAIS 20°12’50,2’’; ao oeste a longitude 40°14’16,8’’ e ao leste a longitude 40°11’49,0’’.
A APA compreende um território inserido na Bacia Hidrográfica denominada Reis Magos, conglomerado de bacias litorâneas
HIDROGRAFIA E BACIA
composto pelas vertentes dos rios Reis Magos/Fundão, Jacaraípe, Capuba, Capivari, Joãozinho.
HIDROGRÁFICA
A sub-bacia que se inserem parcialmente na APA é a do córrego Manguinhos e sua Foz.
BAIRROS E Bairros Bicanga e Manguinhos internos, em boa parte, à APA; Ao Sul o Bairro Cidade Continental e faixas de domínio das Av. dos
LOCALIDADES Vinkings / Estrada Velha de Manguinhos / Av. Meridional / Av. Bicanga; ao Norte os bairros Camará e Morada de Laranjeiras e faixa de
LIMÍTROFES domínio da Rodovia ES-010 (Rodovia do Sol); ao Oeste bairros Jardim Limoeiro e Novo Horizonte; ao Leste o Oceano Atlântico.
Mata Atlântica (ocupa a totalidade do Estado de Espírito Santo) englobando um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com
BIOMA estruturas e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorrem,
tendo como elemento comum a exposição aos ventos úmidos que sopram do oceano.
Floresta Ombrófila Densa (Floresta Tropical Pluvial) na sua origem, sob influência antrópica intensa. Floresta heterogênea, de solo
bem drenado e com grande fertilidade, caracterizada por apresentar árvores de folhas largas, sempre-verdes, de longa duração e
mecanismos adaptados para resistir tanto a períodos de calor extremo quanto de muita umidade. Sua vegetação apresenta altura
ECOSSISTEMA
média de 15 metros. O grande número de cipós, bromélias, orquídeas e outras epífitas (plantas aéreas) que se hospedam nas árvores
dão a esta floresta um caráter tipicamente tropical. Sua ocorrência está ligada ao clima tropical quente úmido, com chuvas bem
distribuídas e temperaturas médias variando entre 22° e 25º.
ATIVIDADES DE USO
Não existem locais formalmente constituídos dentro da APA para o desenvolvimento de atividades públicas.
PÚBLICO
ATIVIDADES DE USO
Atividades relacionadas à: residências, lazer, agricultura, piscicultura, tratamento de esgotos (ETE - Bicanga/ CESAN)
PRIVADO
ATIVIDADES
CONFLITANTES COM A
Atividades relacionadas à: desmatamentos e queimadas; exploração de jazidas de materiais terrosos; caça e captura de aves;
LEGISLAÇÃO INCIDENTE
utilização de encostas como sumidouros.
SOBRE AS APA’S E
APP’S.
Rede viárias Federal (BR-101), Estadual (ES-010 - Rodovia do Sol) e vicinal (Av. dos Vinkings / Estrada Velha de Manguinhos / Av.
Meridional / Av. Bicanga).
Equipamentos associados ao transporte coletivo.
ESTRUTURA E Estação de Tratamento de Esgoto "Bicanga" (CESAN)
INFRAESTRUTURA Conjuntos habitacionais "Minha Casa , Minha Vida"
EXISTENTE NA APA E NO Condomínio alto padrão "Arquipélago de Manguinhos"
SEU ENTORNO PRÓXIMO Parque Recreativo Yahoo
Associação Atlêtica Banco do Brasil
Clube dos Engenheiros Agrônomos do Espirito Santo
Estação Ciência (Vale do Rio Doce)
PLANO DE MANEJO Em elaboração
CONSELHO GESTOR Ainda não possui
ADMINISTRADOR DA UC Ainda não definido

   
Acquatool Consultoria 
Pedro Antonio Molinas
Resp. Técnico / RNP: 1411675657
30
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
2.1.2. Mapas de localização

O Parque Natural Municipal de Bicanga compreende um território delimitado


por uma poligonal com perímetro de 4.394,90 metros lineares e uma área de
886.936,00 m².

A nova proposta de delimitação compreende um perímetro de 11.539,58


metros lineares e uma área de 4.904.661,03 m², sem zona de amortecimento, no
entanto a APA terá um zoneamento mais restrito com o objetivo de preservar
permanentemente o ecossistema palustre do córrego Manguinhos até a sua foz.

Para a nova delimitação e criação da APA foram considerados aspectos tais


como:

 Foi praticamente impossível a implementação da UC de forma integral devido


à ocupação de áreas muito próximas ou inseridas dentro do polígono com atividades
ou usos não permitidos dentro da UC e à impossibilidade de definir uma zona de
amortecimento em áreas já ocupadas;
 Os limites da APA devem ser de fácil visualização, de modo tal que qualquer
pessoa possa perceber se sua localização ou atividade se encontra dentro dos
limites estabelecidos;
 Os acessos à APA exigem uma infraestrutura de difícil manutenção, isso
casou uma necessidade de se estabelecer acessos;
 Com isso, é recomendado que se substitua a delimitação sujeita a
dificuldades de implementação por uma poligonal que acompanhe vias de circulação
que permitam facilmente o acesso e a sinalização destes limites.

Assim, a poligonal é definida de acordo com as coordenadas que seguem na


tabela 2.2 abaixo:

31
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.2 – Listagem da Sequência dos Vértices da Poligonal de Delimitação da APA
Sistema de Coordenadas:UTM 24S Sistema de Coordenadas:UTM 24S Sistema de Coordenadas:UTM 24S
Datum: SIRGAS2000 Datum: SIRGAS2000 Datum: SIRGAS2000
Vértice Vértice Vértice
Coordenadas  Coordenadas  Coordenadas  Coordenadas  Coordenadas  Coordenadas 
Este (m) Norte (m) Este (m) Norte (m) Este (m) Norte (m)
1 373.912,14 7.766.489,64 30 373.695,99 7.764.411,92 59 370.672,09 7.764.647,82
2 373.948,19 7.766.446,65 31 373.654,18 7.764.406,86 60 370.672,27 7.764.890,68
3 373.971,35 7.766.416,22 32 373.311,48 7.764.457,97 61 370.726,07 7.764.914,52
4 373.996,81 7.766.399,02 33 373.182,01 7.764.418,24 62 370.760,20 7.764.970,88
5 374.062,63 7.766.368,60 34 373.125,79 7.764.424,19 63 370.785,46 7.764.967,34
6 374.460,83 7.766.250,53 35 373.062,29 7.764.440,06 64 370.805,62 7.764.975,37
7 374.478,02 7.766.244,24 36 372.536,28 7.764.657,77 65 370.815,94 7.765.000,68
8 374.487,95 7.766.237,63 37 372.495,60 7.764.669,17 66 370.813,56 7.765.017,51
9 374.499,85 7.766.223,74 38 372.463,63 7.764.671,32 67 370.806,26 7.765.030,21
10 374.542,19 7.766.148,33 39 372.424,60 7.764.667,07 68 370.788,16 7.765.040,84
11 374.552,44 7.766.134,77 40 372.183,13 7.764.608,86 69 370.805,27 7.765.113,56
12 374.568,31 7.766.122,20 41 372.119,98 7.764.585,42 70 370.876,40 7.765.068,90
13 374.867,47 7.765.910,68 42 371.944,73 7.764.502,82 71 370.926,41 7.765.068,90
14 374.735,33 7.765.551,69 43 371.840,22 7.764.461,86 72 370.946,99 7.765.036,75
15 374.717,80 7.765.517,63 44 371.810,51 7.764.439,64 73 371.085,16 7.765.033,18
16 374.698,29 7.765.480,92 45 371.744,03 7.764.406,24 74 371.108,18 7.765.040,33
17 374.637,79 7.765.379,70 46 371.645,80 7.764.374,49 75 371.178,82 7.765.036,36
18 374.703,91 7.765.298,69 47 371.586,96 7.764.366,43 76 371.164,46 7.765.198,25
19 374.719,79 7.765.267,27 48 371.547,58 7.764.372,50 77 371.541,25 7.765.268,53
20 374.726,40 7.765.250,07 49 371.516,49 7.764.394,33 78 371.686,03 7.765.282,99
21 374.972,43 7.765.162,20 50 371.443,67 7.764.465,90 79 372.106,37 7.765.315,05
22 374.863,32 7.764.718,01 51 371.393,19 7.764.495,86 80 372.217,38 7.765.320,71
23 374.450,57 7.764.702,14 52 371.191,62 7.764.552,78 81 372.347,20 7.765.351,69
24 374.411,94 7.764.521,69 53 371.142,07 7.764.558,47 82 372.387,19 7.765.369,49
25 374.406,65 7.764.509,52 54 370.880,00 7.764.460,22 83 372.442,31 7.765.409,32
26 374.390,78 7.764.503,70 55 370.782,43 7.764.482,72 84 372.475,13 7.765.433,04
27 373.989,67 7.764.505,82 56 370.747,50 7.764.498,59 85 372.495,97 7.765.448,09
28 373.960,56 7.764.504,76 57 370.729,24 7.764.511,29 86 372.635,21 7.765.554,93
29 373.905,02 7.764.489,79 58 370.699,88 7.764.574,00 87 373.873,72 7.766.496,93

2.1.3 Acessos

Os acessos à APA serão dados pelas seguintes vias e estradas:

 Rodovia BR-101-Norte, que dá três acessos à APA


o O primeiro se dá pelo encontro da Rodovia BR-101-Norte com a Av.
Eudes Scherrer de Souza, seguindo por essa avenida no sentido
Oeste-Leste até chegar a uma rotatória que dará acesso à Av.
Copacabana. O trajeto deverá ser continuado por essa avenida ainda
no sentido Oeste-Leste até chegar no cruzamento com a Av.
Laranjeiras e por esta seguir até o limite norte da APA Bicanga.
o O segundo acesso se dá a partir do cruzamento da Rodovia BR-101
com a Rua São José e a partir dessa rua deve-se seguir no sentido
 

32
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Sudoeste-Nordeste até que se alcance a Rua Lourival Nunes e
seguindo por ela chegar até a Rodovia do Sol e, por essa avenida, no
sentido Oeste-Leste, chegar ao extremo noroeste da APA Bicanga.
o O terceiro acesso é mais ao sul, no cruzamento da Rodovia BR-101
com Av. Brg. Eduardo Gomes, por essa última no sentido Oeste-Leste
até chegar na Av. Brasil e por ela seguir no sentido Sudoeste-Noroeste
até chegar o extremo oeste da APA Bicanga.

33
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
368.000 370.000 372.000 374.000
Barro Civit I Jaconé Portal de
Córrego

.
Branco Jacaraípe
o né Centro
J ac Condomínio Industrial do
eg o
Cór r Ecológico Município
Parque da Lagoa a
Córrego Irem
Barcelona

70°0'0"W 60°0'0"W 50°0'0"W 40°0'0"W


Pitanga

.
Sítio
Feu Rosa Irema
Ribe
irão B
rej o
G ra n
de

0°0'0"

0°0'0"
C ór
Taquara II

r eg
oL
er

arip
ên
7.768.000

7.768.000
V
go

e
rre Vila Nova

10°0'0"S
Có de Colares
Taquara I

10°0'0"S
Nova
Zelândia
Ourimar

20°0'0"S
Alterozas

20°0'0"S
g
in
ar
M
o
g
re

30°0'0"S
Av. J

r
o
Abel sé


Civit II Alme de

re
Laranjeiras ida

Hila
José de Velha
Anchieta

t
Sain
III

t
Av. Eudes

u ana
80°0'0"W 70°0'0"W 60°0'0"W 50°0'0"W 40°0'0"W

t
Scherrer cab Manguinhos

gus
BR 101 a
Cop Morada de
de Souza Av.

Au
Laranjeiras 200.000 350.000 500.000

Av.

8.000.000

8.000.000
José de
Anchieta
José de
Anchieta II
Av.
La r an
jeir
a sX
Yah
t
u
ES 010
7.766.000

7.766.000
o o
Parque
Valparaíso Residencial
Laranjeiras

7.850.000

7.850.000
s
Jardim ira Guaraciaba
n je
Tropical ra
La
o ang uinhos
eg Córrego M
rr # PNM Bicanga - Contorno Atual
ó
C

Planalto Santa Camará


Carapina Chácara ol
do S
Luzia

7.700.000

7.700.000
nga
Parreiral d.
Ro

ic a
Manguin

Av. B
.
ego ho
r s
ór
C

hos APA de Bicanga


ne l

uin
Lo Rua
Nu riva

ng
s

Ma 200.000 350.000 500.000


Av. Á
u

o l
eg iona
C órr M erid
Av.
rtic

# Bicanga 355.000 370.000


a

#
.
Jardim
Aracruz
sé Limoeiro
Jo Fundão
o Novo
Sã Horizonte
a
Ru

7.780.000

7.780.000
il
7.764.000

7.764.000
Br as
.
Av
Cidade
Continental
São Serra

Leopoldina
Diogo I
APA de Bicanga - Proposta
Balneário

Sta
de Carapebus

7.765.000

7.765.000
Av Br
g . Edu São
ardo Diogo II
Diamantina Gome
s
Cariacica

Central Vitória
rre
Es

Carapina
tra

go

355.000 370.000
da

Ca
Ca

ra
o

ra
la d

pe b
p

Carapina São
eb

PREFEITURA DA SERRA - PMS


Pe

us

Grande Geraldo
u

Legenda
go

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES


rr e

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE


Acessos
Rosário Praia de
de Fátima Apa de Bicanga - Proposta Carapebus
Plano de Manejo do Parque Natural Municipal
de Bicanga - PNM Bicanga
Parque Natural Municipal de Bicanga (Poligonal Atual)
Conteúdo:
Bairros Figura 2.2 - Mapa de Acessos a APA e as
Escala: Unidade: Formato:
Principais
Manoel Rodovias 1:20.000 Metros A2
7.762.000

7.762.000
Plaza Có Elaboração: Data:
rr Acquatool Consultoria S/S Ltda. Abril / 2013
Hidrografia e go
Ca Referências Cartográficas:
Vias Principais ra
p in
Eurico a Projeção Universal / Transversa de Mercator - UTM
Salles Datum Horizontal: SIRGAS 2000
Datum Vertical: Marégrafo de Imbituba / Santa Catarina
368.000 370.000 372.000 374.000 Zona: 24 S
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
2.1.4 Unidades de conservação existentes no estado

No estado do Espírito Santo existem 96 unidades de conservação


pertencentes à União, Estado e Municípios, é o que consta nos dados do Instituto
Estadual de Meio Ambiente (IEMA). Essas unidades estão instituídas entre as
categorias de Proteção Integral e de Uso Sustentável, além de 13 áreas particulares
protegidas.

O banco de dados do IEMA onde constam as unidades de conservação se


encontra em fase de revisão em que estão verificando informações como:
instrumento legal de criação das UC’s, limites georreferenciados, informações
técnicas e adequação ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação/ SNPC.

As tabelas a seguir apresentam a relação das UC’s localizadas no estado do


Espírito Santo.

35
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.3 – Unidades de Conservação Federais

Unidades de Conservação Federal no Estado de Espírito Santo (*)

Plano de
Ecossistema Área
Nome da UC Município Orgão Gestor Manejo
Predominante (ha)
elaborado?

Floresta Nacional Bananal do Cachoeiro de Instituto Chico


Mata Atlântica Não 450,00
Norte – Flona Pacotuba Itapemirim Mendes/ICMBIO

Conceição da Instituto Chico


Floresta Nacional Rio Preto Mata Atlântica Não 2.830,00
Barra Mendes/ICMBIO

Floresta Nacional de Córrego Conceição da Instituto Chico


Mata Atlântica Sim 1.504,00
Grande Barra Mendes/ICMBIO

Instituto Chico
Reserva Biológica de Comboios Aracruz Mata Atlântica Sim 833,33
Mendes/ICMBIO

Reserva Biológica de Córrego do Instituto Chico


Pinheiros Mata Atlântica Sim 2.392,00
Veado Mendes/ICMBIO

MUSEU MELO
Estação Biológica de Santa Lúcia Santa Teresa Mata Atlântica Não 440,00
LEITÃO

Estação Biológica de Caixa MUSEU MELO


Santa Teresa Mata Atlântica Não 22,00
D'Água LEITÃO

Instituto Chico
Reserva Biológica Augusto Ruschi Santa Teresa Mata Atlântica Sim 3.598,41
Mendes/ICMBIO

Parque Nacional dos Ponçoes Instituto Chico


Pancas Mata Atlântica Sim 17.496,00
Capixabas Mendes/ICMBIO

Dores do Rio Instituto Chico


Parque Nacional de Caparaó Mata Atlântica Sim 25.600,00
Preto Mendes/ICMBIO

Instituto Chico
Reserva Biológica de Sooretama Linhares Mata Atlântica Não 24.250,00
Mendes/ICMBIO

Instituto Chico
Floresta Nacional de Goytacazes Linhares Mata Atlântica Não 1.350,00
Mendes/ICMBIO

(*) Fonte  – IEMA/IBAMA

36
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.4 – Unidades de Conservação Estaduais

Unidades de Conservação Estaduais no Estado de Espírito Santo

Plano de
Ecossistema
Nome da UC Município Orgão Gestor Manejo Área (ha)
Predominante
elaborado?

Parque Estadual da Cachoeira da Mata Atlântica (Floresta


Alegre IEMA Sim 22,20
Fumaça Estacional Semidecidual)

Parque Estadual da Mata das


Castelo IEMA Mata Atlântica Não 800,00
Flores

Parque Estadual do Forno Grande Castelo IEMA Mata Atlântica Sim 730,00

Conceição da
Parque Estadual de Itaúnas IEMA Mata Atlântica Sim 3.491,00
Barra

Conceição da
APA Conceição da Barra IEMA Restinga Não 7.728,00
Barra

Parque Estadual da Pedra Azul Domingo Martins IEMA Mata Atlântica Sim 1.240,00

Parque Estadual Paulo César


Guarapari IEMA Restinga Sim 1.500,00
Vinha

Estação Ecológica Concha


Guarapari IEMA Manguezal Não 1.036,59
D'Ostra

APA de Setiba Guarapari IEMA Restinga Sim 12.960,00

ARIE Morro da Vargem Ibiraçu IEMA Mata Atlântica Não 573,00

APA da Praia Mole Serra IEMA Mata Atlântica Sim 400,00

APA Mestre Álvaro Serra IEMA Mata Atlântica Em elaboração 3.470,00

Fundão / Santa
APA Goiapaba-Açú IEMA Mata Atlântica Não 3.740,00
Teresa

Itapemirim /
APA Guanandy IEMA Mata Atlântica Não 5.242,00
Piúma

(*) Fonte  – IEMA/IBAMA

37
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.5 – Unidades de Conservação Municipais

Ecossistema 
Nome da UC Município Orgão Gestor Plano de Manejo  Área (ha) 
Predominante
Secretaria Municipal 
ARIE Laerth Paiva Gama Alegre de Agricultura e Meio  Mata Atlântica Não                        27,58 
Ambiente
Área de Proteção Ambiental da 
Anchieta SEMEAR Mata Atlântica Em elaboração                              ‐   
Guanabara
Estação Ecológica do Papagaio Anchieta SEMEAR Mata Atlântica Em elaboração                              ‐   
Secretaria Municipal 
Reserva Ecológica dos Manguezais 
Aracruz de Agricultura e Meio  Manguezal Em elaboração                  1.651,00 
Piraquê‐Açu e Piraquê‐Mirim
Ambiente
Secretaria Municipal 
Parque Natural Municipal David 
Aracruz de Agricultura e Meio  Restinga Não                        44,12 
Victor Farina
Ambiente
Secretaria Municipal 
Parque Natural Municipal do 
Aracruz de Agricultura e Meio  Mata Atlântica Sim                      578,22 
Aricanga
Ambiente
Secretaria Municipal 
Reserva de Desenvolvimento  Cachoeira de 
de Agricultura e Meio  Mata Atlântica Em elaboração                        57,97 
Sustentável do Itabira Itapemirim
Ambiente
Secretaria Municipal 
Parque Natural Municipal do 
Cariacica de Agricultura e Meio  Mata Atlântica Não                      436,18 
Monte do Mochuara
Ambiente
Secretaria Municipal 
Área de Proteção Ambiental do 
Cariacica de Agricultura e Meio  Mata Atlântica Não                  2.618,24 
Monte Mochura
Ambiente
Secretaria Municipal 
Parque Natural Municipal do 
Cariacica de Agricultura e Meio  Mata Atlântica Não                        37,40 
Manguezal de Itanguá
Ambiente
Reserva de Desenvolvimento  Secretaria Municipal 
Sustentável Municipal do  Cariacica de Agricultura e Meio  Mata Atlântica Não                        74,21 
Manguezal de Cariacica Ambiente
Parque Natural Municipal de  Secretaria Municipal 
Fundão Mata Atlântica Sim                        46,00 
Goiapaba‐Açu do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal de 
Secretaria Municipal 
Guaçuí "Padre Ênio Fazollo" ‐  Guaçuí ‐ ‐                        86,90 
do Meio Ambiente
Reserva de Jaguatirica
Parque Municipal de Pesca 
Secretaria Municipal 
Esportiva e Lazer "Danilo Lopes  Guaçuí ‐ ‐                          4,80 
do Meio Ambiente
Rodrigues"

38
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.5 – Unidades de Conservação Municipais (Continuação)
Ecossistema 
Nome da UC Município Orgão Gestor Plano de Manejo  Área (ha) 
Predominante
Parque Natural Municipal do  Secretaria Municipal 
Guarapari Mata Atlântica Não                      733,00 
Morro da Pescaria do Meio Ambiente

Parque Municipal do Frade e a  Secretaria Municipal 
Itapemirim Mata Atlântica Não                          0,96 
Freira do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal dos  Secretaria Municipal 
Piúna Mata Atlântica Não                        16,00 
Puris do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal do São  Secretaria Municipal 
Santa Teresa Mata Atlântica Sim                      370,00 
Lourenço do Meio Ambiente
Secretaria Municipal 
APA do Morro do Vilante Serra Mata Atlântica Não  ‐ 
do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal de  Secretaria Municipal  Em elaboração e 
Serra Mata Atlântica                        88,69 
Bicanga do Meio Ambiente recategorização
Mata 
Secretaria Municipal 
APA da Lagoa Jacuném Serra Atlântica/Mangu Não  ‐ 
do Meio Ambiente
ezal
Parque Natural Municipal Rota  Secretaria Municipal 
Serra Mata Atlântica Sim                        20,19 
das Garças do Meio Ambiente
Mata 
Parque Natural Municipal Morro  Secretaria Municipal 
Vila Velha Atlântica/Mangu Em elaboração                      164,30 
da Manteigueira do Meio Ambiente
ezal
Área de Proteção Ambiental da  Secretaria Municipal 
Vila Velha Restinga Não                  2.725,00 
Lagoa Grande do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal  Secretaria Municipal 
Vila Velha Restinga Em elaboração                      346,27 
Jacarenema do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal Dom 
Secretaria Municipal 
Luiz Gonzaga Fernandes (Baía  Vitória Manguezal                        63,89 
do Meio Ambiente
Nordeste)
Parque Natural Municipal de  Secretaria Municipal 
Vitória Mata Atlântica Não                          5,00 
Tabuazeiro do Meio Ambiente

39
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.5 – Unidades de Conservação Municipais (Continuação)
Ecossistema 
Nome da UC Município Orgão Gestor Plano de Manejo  Área (ha) 
Predominante
Parque Natural Municipal Vale do  Secretaria Municipal 
Vitória Mata Atlântica Não                      114,65 
Mulembá‐Conquista do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal Chácara  Secretaria Municipal 
Vitória Mata Atlântica Não                          7,13 
Von Schilgen do Meio Ambiente
Parque Natural Municipal da  Secretaria Municipal 
Vitória Mata Atlântica Não                        27,97 
Pedra dos Olhos do Meio Ambiente

Parque Natural Municipal Gruta  Secretaria Municipal 
Vitória Mata Atlântica Não                          6,89 
da Onça do Meio Ambiente
Reserva Municipal das Ilhas   928 (Trindade) e 
Secretaria Municipal 
Oceânicas de Trindade e  Vitória ‐ Não 250 (Martim 
do Meio Ambiente
Arquipélago de Martin Vaz Vaz)=1178,00 
Reserva Ecológica Municipal  Secretaria Municipal 
Vitória Mata Atlântica Não                        29,53 
Morro da Gamela do Meio Ambiente
Área de Proteção Ambiental Ilha  Secretaria Municipal 
Vitória Não                        35,42 
do Frade do Meio Ambiente
Reserva Ecológica Restinga de  Secretaria Municipal 
Vitória Restinga Não                        12,54 
Camburi do Meio Ambiente
Reserva Ecológica Municipal Mata  Secretaria Municipal 
Vitória Não                50.722,87 
da Goiaba do Meio Ambiente
Reserva Ecológica Municipal Mata  Secretaria Municipal 
Vitória Não                        12,35 
Paludosa do Meio Ambiente
Área de Proteção Ambiental do  Secretaria Municipal 
Vitória Mata Atlântica Sim                  1.100,00 
Maciço Central do Meio Ambiente
Reserva Ecológica Municipal São  Secretaria Municipal 
Vitória Não                          2,36 
José do Meio Ambiente
Secretaria Municipal 
Parque Estadual da Fonte Grande Vitória Mata Atlântica Sim                      260,00 
do Meio Ambiente
Reserva Ecológica Municipal  Secretaria Municipal 
Vitória Não                        10,92 
Morro do Itapenambi do Meio Ambiente
Estação Ecológica Municipal Ilha  Secretaria Municipal 
Vitória Manguezal Não                      891,84 
do Lameirão do Meio Ambiente
Unidade de Conservação 
Secretaria Municipal 
Inhanguetá (unidade com estudo  Vitória Não                        45,00 
do Meio Ambiente
ambiental para criação)

40
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.6 – Unidades de Conservação Particulares (RPPN)

Unidades de Conservação Particulares no Estado de Espírito Santo (*)

Plano de
Ecossistema
Nome da UC Município Órgão Gestor Manejo Área (ha)
Predominante
elaborado?

Reserva Particular do Patrimônio


Afonso Cláudio Eliete Siqueira Mata Atlântica Não 12,00
Natural Três Pontões

Jovane Romanha Carcalho


Reserva Particular do Patrimônio
Afonso Cláudio e Vânia Margarida Caus Mata Atlântica Não 58,10
Natural Oiutrem
Carvalho

Reserva Particular do Patrimônio


Aracruz ARCEL Mata Atlântica Não 296,00
Natural Restinga de Aracruz

Reserva Particular do Patrimônio


Aracruz ARCEL Mata Atlântica Não 379,00
Natural Mutum Preto

Sumidouro Atílio Vivácqua - Mata Atlântica Não

Fazenda Itaúninhas Boa Esperança - Mata Atlântica Não 45,00

Reserva Particular do Patrimônio Cachoeiro de


Eraldo Oliveria do Nascimento Mata Atlântica Não 517,00
Natural Cafundó Itapemirim

Reserva Particular do Patrimônio Conceição da


Nerzy Dallas Bernardina Mata Atlântica Não 28,00
Natural Sayonara Barra

Reserva Kaustky Domingo Martins - Mata Atlântica Não 30,00

Reserva Bremenkanp Domingo Martins - Mata Atlântica Não 34,00

Reserva Particular do Patrimônio


Linhares ARCEL Mata Atlântica Não 2.240,00
Natural Recanto das Antas

Reserva Particular do Patrimônio


Montanha Deomário Recla Bitti Mata Atlântica Não 29,22
Natural Santa Cristina

Reserva Natural da Vale do Rio


Linhares CVRD Mata Atlântica Não 22.000,00
Doce

(*) Fonte IEMA

41
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.7 – Unidades de Conservação Municipais Existentes no Município de Serra/ES
Unidades de Conservação Existentes e em Criação no Município de Serra (*)

Ano de Área Tutela


Nome Ambientes protegidos Categoria de Manejo (SNUC) Ato de Criação Conselho Gestor Plano de Manejo Infraestrutura Equipe Interdisciplinar
Criação (ha) Administrativa

L.E. 4.507 em PMS/SEMMA e Em Elaboração Inexistente


APA Estadual do Mestre Álvaro (2) 1991 Mata Atlântica de Encosta Uso Sustentável 2.389,06 Inexistente Inexistente
07/01/1991 IDAF/ES (1) (1)

Mata Atlântica de Tabuleiro,


D.E. 3.802 em Em Elaboração Inexistente Apenas Gestor
APA Estadual de Praia Mole 1994 Restinga, Manguezal, Ec. Uso Sustentável 400,00 IEMA/ES Existente
29/12/1994 (1) (1) designado
Lacustres

Mata Atlântica de Tabuleiro e L.M. 2.135 em Inexistente Em Licitação


APA Municipal da Lagoa de Jacunem 1998 Uso Sustentável 1.162,88 PMS/SEMMA Inexistente Inexistente
Ecossistemas Lacustres 25/11/1998 (1) (1)

L.M. 2.235 em Em Elaboração


APA Municipal do Morro do Vilante 1999 Mata Atlântica de Encosta Uso Sustentável 500,00 PMS/SEMMA Inexistente Inexistente Inexistente
07/12/1999 (1)

Mata Atlântica de Tabuleiro, D.M. 4457 em Em Elaboração Inexistente


Parq. Natural Municipal de Bicanga 2007 Proteção Integral 88,69 PMS/SEMMA Inexistente Inexistente
Restinga, Mata Paludosa 26/04/2007 (1) (1)

Restinga, falésias, Ambiente 105,66 D.F. s/n em Apenas Gestor


APA Nacional Costa das Algas 2010 Uso Sustentável ICMBio Inexistente Inexistente Inexistente
Marinho (3) 17/06/2010 designado

Mangueza, Apicum, Restinga e 1.061,13 Inexistente Inexistente


APA Municipal do Mangue Sul da Serra (4) 2011 Uso Sustentável Em Elaboração PMS/SEMMA Inexistente Inexistente
Alagados (5) (1) (1)

Área Total do Município de Serra (km 2) 551,00

Percentual do Município de Serra acupado por UC´s de Proteção Integral (%) 0,16

Percentual do Município de Serra ocupado por UC´s de Uso Sustentável (%) 10,18

Percentual do Município de Serra ocupado por UC´s (%) 10,34

Cinco das sete UC´s localizadas no Município de Serra se encontram ssob a responsabilidade administrativa da PMS
(*) Fonte: SEMMA/DNR/DAUC – Abril de 2011
(1) Os recursos financeiros necessários a estes itens estão sendo captados via condicionantes de licenças ambientais , compensações ambientais do SNUC, Termos de Ajustamento de Conduta Ambiental (TAC´s) e convênios / doações
(2) Resultante da Recategorização da Reserva Biológica Estadual Mestre Álvaro e do Parque Florestal criados pela Lei Nº3.075/1976
(3) Área correspondente a parte continental no município da Serra
(4) UC em avançado processo de criação
(5) Área preliminar ainda sendo definida

   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

42
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
O Plano Diretor Municipal de Serra vigente identificou e declarou a área em
estudo inserida no perímetro urbano, pertencente à Macrozona de Ocupação
Consolidada e em parte à Macrozona Balneária.

A Macrozona de Ocupação Consolidada, segundo Art. 77 do Plano Diretor


Municipal de Serra, é um território localizado dentro da área urbana do Município.
Essa área apresenta maior densidade de ocupação, rede de infraestrutura urbana,
principais eixos viários, diversidade de usos, melhor oferta de comércio e serviços e
potencial para expansão urbana sustentável.

A Macrozona Balneária, definida no Art. 79 do Plano Diretor Municipal de


Serra, é um território litorâneo dotado, parcialmente, de infraestrutura urbana, com
uma menor densidade de ocupação, com conflitos entre a expansão e as áreas de
interesse e forte potencial histórico, cultural, turístico e paisagístico.

No Art. 108 consta que a área em estudo está situada nas Zonas de Proteção
Ambiental 03, definidas no SNUC como Área de Proteção Ambiental Estadual de
Praia Mole.

Ainda no PDM são consideradas as Zonas de Proteção Ambiental 04 (Área


de Proteção Ambiental Estadual do Mestre Álvaro), áreas de lazer e recreação com
controle do uso e ocupação do solo.

Dessa forma, a área em estudo se tornará uma APA com seus limites
expandidos até a foz do córrego Manguinhos, e no seu interior será limitada uma
ZPA 4, ou seja, uma área sem amortecimento, mas protegida pela APA.

O município de Serra se comprometeu a viabilizar a consolidação definitiva de


uma UC para proteção dos ecossistemas palustres no entorno do rio Manguinhos,
com recursos próprios e recursos oriundos da compensação ambiental e
convergindo esforços governamentais.

43
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
2.2. Enquadramento da UC

Legislação aplicável:

A legislação nos três níveis de governo incidente sobre a elaboração e


implantação do Plano de Manejo da APA Bicanga encontra-se na sua íntegra na
Versão Integral Consolidada, Volume II.

2.2.1. Enquadramento Geopolítico

A Acquatool Consultoria, empresa contratada para elaboração do Plano de


Manejo da Área de Proteção Integral, considerou pertinente propor a reavaliação de sua
categoria e a redefinição dos seus limites, ampliando a delimitação da poligonal para
incluir a foz do córrego Manguinhos e áreas que já apresentam problemas no que diz
respeito à implementação de proteção integral, mas que são indicadas para receber
normas que acarretem o desenvolvimento sustentável. Bem como a implementação de
um zoneamento com restrições para com o uso dos recursos naturais e a ocupação do
solo, mesmo que em áreas com antropização e por razões de cunho legal.

Foi proposta, assim, a criação da APA com extensão a ser discutida. A


implementação do Parque Natural seguindo as normas da SNUC traria importantes
modificações na vida econômica e social das comunidades residentes na região e ainda
oneraria os cofres públicos devido aos gastos com as desapropriações.

2.2.1.1. Enquadramento Geopolítico Estadual e Regional (Mesorregião e


Microrregião Geográfica – IBGE).

O estado do Espírito Santo está localizado na região sudeste, ocupando uma


área de 46.000 km². É dividido em quatro mesorregiões, treze microrregiões e 78
municípios, segundo o IBGE.
Segundo o último Censo IBGE (2010), a população residente no estado é de
3.514.952 pessoas, das quais 2.931.472 residem nas áreas urbanas e apenas
583.480 nas áreas rurais.
Abaixo segue a tabela 2.8 da população por situação de domicílio no Estado,
Regiões e Municípios.

44
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.8 - População, por Situação do Domicílio, no Estado, Meso e Microrregiões e
Municípios – IBGE 2010
População População
Unidade da Federação, Mesorregião,
Tipo residente residente
Microrregião, Município
(Pessoas) (Percentual)
Total 3.514.952 100,00%
Urbana 2.931.472 83,40%
Estado de Espírito Santo
Urbana na sede 1.854.284 52,75%
Rural 583.480 16,60%
Total 1.987.103 100,00%
Urbana 1.802.588 90,71%
Mesorregião Central Espírito-santense - ES
Urbana na sede 901.636 45,37%
Rural 184.515 9,29%
Total 1.565.393 100,00%
Urbana 1.544.101 98,64%
Microrregião Vitória - ES
Urbana na sede 667.491 42,64%
Rural 21.292 1,36%
Total 348.738 100,00%
Urbana 337.643 96,82%
Município Cariacica - ES
Urbana na sede 114.811 32,92%
Rural 11.095 3,18%
Total 409.267 100,00%
Urbana 406.450 99,31%
Município Serra - ES
Urbana na sede 111.503 27,24%
Rural 2.817 0,69%
Total 65.001 100,00%
Urbana 59.632 91,74%
Município Viana - ES
Urbana na sede 57.786 88,90%
Rural 5.369 8,26%
Total 414.586 100,00%
Urbana 412.575 99,51%
Município Vila Velha - ES
Urbana na sede 171.862 41,45%
Rural 2.011 0,49%
Total 327.801 100,00%
Município Vitória - ES Urbana 327.801 100,00%
Urbana na sede 211.529 64,53%

2.2.1.2. Enquadramento Geopolítico Municipal

LOCALIZAÇÃO, LIMITE E DISTRITOS

Serra situa-se ao norte de Vitória. No entanto a sede do município se


encontra mais afastada, junto à BR-101-Norte, ao norte do Monte Mestre Álvaro e ao
sudeste do Morro do Vilante.

Abaixo segue a figura da área de influência em estudo.

45
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
7.790.000 360.000 370.000 380.000

s
Rio Laranjeira

.
-48 -44 -40 go ari
rre ratã ga ap
iv

Cór i r a
ó en

do
C c u ro oC Có
nt h

Itab ado
n g rr e
Mu De Ta rre go

reg
Fur
Có Cac

.
de

ão
go Aracruz h oe i C
Ta órre

o
rr e

m
BA ra

Li
GO Có ba go
tin

go
ga

re

DF

r

-16

-16

rr
eg
o

Ita
Rio Pre
to

pe
r re
Fundão Córrego Biririca

bu
go

na
De s

r MG
re ngidor
Córrego Ti

ta c
g o ES Rio
To F und

ada
e ira ã o ou
Reis Córrego
Tongo
Serra M a go
-20

-20
a s
nh Serra
Có ua
rre Sa
g ão
oC eir
ha
pa Rib
d aG
ran
de RJ

SP
rre

ro
ei
tiz
go

a Cór
Qu
La

rego
-24

-24
go Escala: 1:15.000.000 P iran
je

C ó rr
rre Datum: SIRGAS2000 ego C em

C
Có aça

ór
Sistema de Coordenadas Geográficas ro c a

r
PR

eg
o
7.780.000

7.780.000
C
ac
-48 -44 -40

ho
eir a
Ri
be

Pu
ãozinho
Córrego Jo
ir ã

tir
ebe

i
o
Ju
ncia

Quib

ar
a
ê

Córrego Capivari
e nd

ego
o
n do

C
el
dep

Córr

ór
st

re
go Fu

Ca

go
o In


go

La rre
reg

ra
rre

go
Córre

a nj C ap

ei
Cór

d ub
va ra
s a
Ca
o
eg
rr

Có São
rr e
go Francisco
Ro
Córrego Jacaré nca
Planalto d or
Serrano Bairro das
Lagoa Laranjeiras
ba

bs on Serra Jacaraípe
tor Ro
rua

o D ou Serra Dourada I
g Dourada
Córre
oA

III Residencial
Jardim
g

Jacaraípe
rre

Costa Atlântico
Cidade Novo Porto Serra Dourada II

Canoa Dourada Estância


Pomar Monazítica
baia os São
o Itaio Nova EldoradoPorto Parque Residencial
Cór

Córre
g i ng
m Patrício Parque Tubarão
Do Carapina II
reg

ão Canoa
o S São Jacaraípe Civit I
o

r e g Nova
r Mata da Pedro
Águ


Córreg
7.770.000

7.770.000
Carapina I Serra
APA Planície da Serra Condomínio Ecológico
a

DA LAGOA JACUNÉM Parque da Lagoa Castelândia


Fun

Barro Maringá
o

r e go
APA DE Branco Parque Residencial Cór oné Centro
Garan

Portal de Jacaraípe
da

MESTRE c Industrial do
Mestre Álvaro Ja
ÁLVARO Município

Pitanga Barcelona Sítio


es

Feu Rosa
Irema
Taquara II
José de Civit II Nova Vila Nova
Có Taquara I Zelândia de Colares Ourimar
rre Anchieta Laranjeiras
go Alterozas
Ca III Velha Córreg o
bu
ré Parque Morada de Maringá
Córr

José de
Córrego Anchieta Residencial Laranjeiras Manguinhos
ego

uel
São Mig Valparaíso Laranjeiras
de

José de Guaraciaba
Que

Terminal
n

Sta
ra

Anchieta II Jardim Santa Camará APA


G

Intermodal Tropical Jardim Limoeiro


ima

Leopoldina
o

Luzia
ej

da Serra Córrego Manguinhos


Bicanga
Br

Ri
do

o Cantinho do Céu Chácara Parreiral


o

Sa Planalto
irã

nt Jardim Bicanga
be

a Carapina Cidade
Limoeiro Novo
Ri

M
ar Continental
ia São Horizonte
s
o ca Carapina
sB Diogo I Balneário de
ua Grande APA DE
D
Jardim São Diogo II Carapebus
Rio André São Geraldo PRAIA MOLE
Carapina Carlone
Rosário de Fátima Praia de
Có Carapebus
ge o d o
En ort reg

APA MANGUEZAL Manoel Plaza P rreg


nh o

Eurico
o

ela o
P ór

SUL DA Boa Vista Salles do


C

SERRA Hélio Ferraz


(Carapina)
ho RESERVA ECOLÓGICA Carapina I
tin
7.760.000

7.760.000

u MUNICIPAL ILHA De Fátima


Co
o DO LAMERÃO
sc
Va C ó rr
ego
go Maria Ortiz Jardim C a ra
re pina
C ór Camburí
Jabour
AGEM

Aeroporto
Parque
PASS

Industrial
Cariacica
RIO DA

Rio Bub Vitória


u

APA DO
Ca rrego
e ir a

Legenda MACIÇO
cho

CENTRAL

Hidrografia
APA Bicanga - Proposta PARQUE
ESTADUAL DA
Limites Municipais FONTE GRANDE
PREFEITURA DA SERRA - PMS
Massa d'Água
PARQUE ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
Área de Influência Direta - AID (Bairros)
MUNICIPAL SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
GRUTA DA ONÇA
Área de Influência
a Indireta - AII (Bairros) PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL
em PARQUE ECOLÓGICO Escala: 1:100.000
i ra n MORRO DO PENEDODatum: SIRGAS2000 MORRO DO
o P Unidades de Conservação
Outras MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES
re g
r PARQUE ESTADUAL
PARQUE MUNICIPAL MORENO
Có Sistema
DO MORRO DAde Coordenadas: UTM 24S
ILHA DAS FLORES Conteúdo: Áreas de Influência da APA da Bicanga
MANTEIGUEIRA V Velha
360.000 370.000 380.000
Figura: 2.3 ESCALA: INDICADA DATA: Abril / 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A área total do município de Serra é de 552,70 km² e o distrito sede possui
151 km².

O Distrito de Carapina apresenta uma área de 155 km². A Área de Proteção


Ambiental de Praia Mole encontra-se dentro deste distrito.

Carapina sedia o principal centro industrial do estado do Espírito Santo,


composto pelos complexos portuários e associados a eles uma extensa e
diversificada área de serviços e logística formada por um comércio forte, incluindo o
Parque Estadual Agropecuário Floriano Varejão e o Terminal Intermodal da Serra.

O Distrito de Nova Almeida foi sede da Comarca de 1760 e 1921. Possui 91


km² de área e seu turismo é considerado o mais desenvolvido entre os distritos.

O Distrito de Calogi possui uma área de 77 km² e se limita ao sul com


Carapina. É uma região voltada à pecuária e já foi uma região canavieira.

O Distrito de Queimado possui uma área de 77 km² e se limita a oeste com o


Distrito de Carapina. Já pertenceu à Vitória e à Santa Leopoldina.

DEMOGRAFIA

De acordo com o Censo IBGE de 2010, Serra tem 409.324 habitantes, sendo
o segundo município mais populoso do estado do Espírito Santo, se forem
considerados os bairros não contabilizados no Censo, seria o município mais
populoso, com 421.677 habitantes. Sua densidade populacional é 739,85 hab/km²,
com IDH de 0,811, PIB de 11.640.836,03 e PIB per capta de 29.305,32, ambos os
mais recentes, Censo de 2008.

99,31% da população total se encontram em situação urbana e 2.817, na


situação rural.

Na tabela a seguir é mostrada a população por distrito.

47
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.9 – População Residente nos Distritos, por Situação do Domicílio IBGE 2010.
Condição da População
Distritos %
População Residente
TOTAL 112.103 100,00%
SERRA - SEDE URBANA 111.503 99,46%
RURAL 600 0,54%
TOTAL 1.800 100,00%
CALOGI URBANA 577 32,06%
RURAL 1.223 67,94%
TOTAL 243.341 100,00%
CARAPINA URBANA 243.314 99,99%
RURAL 27 0,01%
TOTAL 51.190 100,00%
NOVA ALMEIDA URBANA 51.056 99,74%
RURAL 134 0,26%
TOTAL 833 100,00%
QUEIMADO
RURAL 833 100,00%

Abaixo seguem as tabelas com a população do Município de Serra por


bairros, segundo IBGE 2010.

48
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.10 – População Residente por Bairros – Município de Serra

Bairros do Município de   População  Bairros do Município de   População  Bairros do Município de   População 


Serrra (hab)  Serrra (hab)  Serrra (hab) 
1 Parque das Gaivotas 3.915 39 Nova Zelândia 916 77 Civit I 17
Parque Residencial
2 Praiamar 2.045 40 Guaraciaba 2.128 78 3.548
Tubarão
3 Parque Nova Fé 744 41 Civit II 124 79 Planície da Serra 762
4 Serramar 2.952 42 Jardim Limoeiro 6.594 80 Mata da Serra 2.294
5 Reis Magos 751 43 Bicanga 1.571 81 Porto Canoa 3.390
Balneário de
6 Nova Almeida Centro 345 44 4.441 82 Santo Antônio 2.101
Carapebus
Boa Vista (Nova
7 1.631 45 Alterozas 1.641 83 Barro Branco 930
Almeida)
8 São João 2.470 46 Cidade Continental 10.356 84 Pitanga 1.630
Parque Residencial
9 Bairro Novo 414 47 Praia de Carapebus 5.462 85 1.788
Mestre Álvaro
10 Marbela 274 48 Chácara Parreiral 1.036 86 Nova Carapina I 9.647
11 Costabela 984 49 Novo Horizonte 14.146 87 Nova Carapina II 7.473
12 Praia de Capuaba 673 50 São Diogo II 761 88 Cidade Pomar 5.203
13 Enseada de Jacaraípe 1.098 51 São Diogo I 3.004 89 Eldorado 7.920
14 São Francisco 2.086 52 São Geraldo 1.651 90 Novo Porto Canoa 4.605
15 Bairro das Laranjeiras 13.502 53 Manoel Plaza 3.113 91 Serra Dourada II 7.039
16 Lagoa Jacaraípe 1.645 54 Eurico Salles 1.311 92 Serra Dourada I 4.250
17 Residencial Jacaraípe 4.419 55 Rosário de Fátima 1.609 93 Serra Dourada III 5.252

18 Costa Dourada 1.325 56 Boa Vista (Carapina) 2.663 94 Campinho da Serra II 1.154
19 Jardim Atlântico 3.099 57 Jardim Carapina 14.052 95 Vista da Serra II 3.547
20 Belvedere 835 58 Santa Luzia 2.890 96 Campinho da Serra I 1.129
Terminal Intermodal
21 Estância Monazítica 1.694 59 1 97 Planalto Serrano 15.495
da Serra
22 São Patrício 1.232 60 André Carlone 6.072 98 Vista da Serra I 6.437
23 Parque Jacaraípe 3.333 61 Carapina Grande 11.415 99 São Lourenço 753
24 São Pedro 740 62 Diamantina 1.558 100 Vila Maria Niobe 1.575
25 Castelândia 1.228 63 Central Carapina 6.272 101 Caçaroca 1.214
26 Conjunto Jacaraípe 3.101 64 Planalto Carapina 2.680 102 Fazenda Cascata 3.233
27 Valparaíso 5.683 65 Jardim Tropical 7.546 103 Serra Centro 1.725
28 Portal de Jacaraípe 988 66 Cantinho do Céu 4.374 104 Jardim Primavera 376
Centro Industrial do
29 53 67 José de Anchieta II 3.845 105 Jardim Guanabara 932
Município
30 Sítio Irema 399 68 Solar de Anchieta 1.067 106 Centro da Serra 2.465
31 Feu Rosa 19.532 69 José de Anchieta 6.363 107 São Domingos 1.293
Condomínio Ecológico
32 23 70 José de Anchieta III 2.002 108 Jardim Bela Vista 4.013
Parque da Lagoa
33 Vila Nova de Colares 17.015 71 Laranjeiras Velha 4.826 109 São Marcos 5.480
Nossa Senhora da
34 Ourimar 214 72 Taquara I 4.574 110 1.411
Conceição
35 Manguinhos 1.257 73 São Judas Tadeu 1.787 111 Colina da Serra 1.363
Parque Residencial
36 8.216 74 Taquara II 2.434 112 Jardim da Serra 727
Laranjeiras
37 Camará 536 75 Barcelona 12.707 113 Divinópolis 2.307
38 Morada de Laranjeiras 5.460 76 Maringá 2.156 114 Cidade Nova da Serra 549
Parque Residencial
Fonte: IBGE ‐ Censo Demográfico 2010. O bairro Palmeiras não consta no IBGE com esse nome. 115 272
Nova Almeida

49
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
DESENVOLVIMENTO URBANO E CRESCIMENTO POPULACIONAL

Os primeiros habitantes de Serra foram os índios Temininós. A colonização do


estado do Espírito Santo teve início em 1535, pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho.
Depois de concluídas as obras da Igreja pelo jesuíta Braz Lourenço, se funda em 8 de
dezembro de 1556 a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição da Serra.

Em 6 de novembro de 1875, depois de ter sido freguesia e vila, Serra passa a ser
um município.

Durante o século XIX, Serra muito se desenvolveu, pela sua posição entre a
região norte e litorânea do estado e pela produção de açúcar e café.

Em 1921 se deu início a construção da primeira estrada de rodagem entre Serra e


Vitória, concluída em 1923.

O município teve duas fases distintas, na sua economia, a fase inicial rural e
extração de madeira de lei com um início de agroindústria rudimentar, com engenhos de
produção de açúcar e aguardente, assim como produção de farinha e máquinas de
beneficiamento de arroz e produção de fubá de milho.

Na década de 50 iniciou-se a produção de abacaxi que era vendido para outros


estados do país e exportado para outros países.

O que promoveu o desenvolvimento de Serra também foi a construção da BR-


101.

Em 1960 se inicia a fase industrial. Começavam os investimentos na região e a


configuração urbana começa a mudar. Em 1962 se inicia a construção do Porto de
Tubarão. Em 1969 é iniciada a construção do Centro Industrial de Vitória, o que fez a
população ir de 9.192 habitantes para 17.286 em 1970.

A construção da Companhia Siderúrgica de Tubarão – CST alavancou o


crescimento populacional e em 1980 a população já era de 82.450 habitantes.

No Censo de 2000 já consta uma população de 330.874 habitantes. Na figura


abaixo se observa o gráfico do crescimento populacional de uma forma mais detalhada.

50
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.11 – Evolução da população residente no município de Serra no período de 1872 -
2010
Período População Total 450.000
1872 4.294
400.000
1890 6.274
1900 5.241 350.000
1920 4.971 300.000
1940 6.415
250.000
1950 9.245
200.000
1960 9.192
1970 17.286 150.000

1980 82.568 100.000


1991 222.158 50.000
2000 321.181
0
2009 404.688
1870 1920 1970 2020
2010 409.324

CONFIGURAÇÃO URBANA ATUAL E USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A configuração urbana do município decorre de um processo histórico


diferenciado de ocupação nas várias porções de seu território. Seu desenvolvimento
urbano ocorreu de forma orgânica ao longo dos grandes eixos viários e nos platôs,
formando núcleos urbanos que não mantêm estreita ligação entre si. Essa
particularidade faz com que a dinâmica urbana apresente grandes vazios urbanos.

Segundo o novo Plano Diretor Municipal (Lei 3820/2012) compõe o


macrozoneamento do município (Art.74):

I – Macrozona de Uso Sustentável;

II – Macrozona de Ocupação Consolidada (onde se insere quase a totalidade


do parque municipal delimitado pelo decreto 4457/2007);

III – Macrozona Balneária;

IV – Macrozona de Dinamização Urbana;

V – Macrozona de Ocupação Controlada;

VI – Macrozona de Integração Turística;

VII – Macrozona de Dinamização Rural.

51
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
São de interesse de estudo as macrozonas II e III, pois são a área onde se
inserem a APA.

A macrozona III corresponde ao território localizado dentro da área urbana do


município com maior densidade de ocupação, apresentando rede de infraestrutura
urbana, principais eixos viários, diversidades de usos, melhor oferta de comércio e
serviços e potencial para expansão urbana sustentável, a fim de otimizar a ocupação
do território.

Na figura abaixo encontra-se determinada a aplicação do atual macro e micro


zoneamento à área em estudo.

52
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
372.000 373.000 7.767.000 374.000 375.000
Có 350000 370000 390000
rre g o gá
M a r in

Av. August
.

Hilare
Saint
ZE 03/09 Aracruz
ZPA 04 ZOC
02/33
Fundão
Nova
Zelândia ZEU

7.766.000
02/15
ZOP
02/30

7780000

7780000
ZPA 01
ZEU Manguinhos
ZPA 02/14
Alterozas 03/24 ZEU
02/13 Serra
z
z o
o nnaa
o
ccrr o aaççããoo
ZOC Sta
M aa
M ccuupp d aa ZEU 02/34 Leopoldina
02/16
O ad
ddee O ssoolliidd a
n
Coo n
C
7.767.000

7760000

7760000
ZOP
01/04 Cariacica Vitória
ZEU
a

03/18
an
ab

Morada de
ac

Laranjeiras APA de Bicanga


op

- Proposta -
.C

Escala: 1:500.000
Domingos
Av

ZEU
ZEU Datum SIRGAS 2000
Martins
03/17
01/04
350000 370000 390000
ED 03/08

Macrozoneamento
Macrozona Balneária

7.765.000
Macrozona de Dinamização Rural
Macrozona de Dinamização Urbana

Av. Bica
ho o
X Ya Macrozona de Integração Turística
e i r as
La ranj

ng
Av. Macrozona de Ocupação Consolidada

a
ED 01/03
ZEU ZEU Macrozona de Ocupação Controlada
0
01/06 01/07 os

375.000
Civit II ZEU inh Macrozona de Uso Sustentável
ngu
371.000

01/05 Ma
ZOP go
re
01/08 ór
jeiras
C

L ar a n ZPA
ego
Córr ZOC 03/01
ZPA 01 02/39

ZEU Legenda
03/21 ZOC
ZOP APA Bicanga - Proposta
ZOC Bicanga 02/41
01/14
02/40
ZOP Camará
ZPA - Zonas de Preservação Ambiental
01/13 ZOP ED 04/05 Macrozoneamento
01/23
Hidrografia
Vias Principais
oonnaa
ZEU
EE 01/05 03/22
r oozz Bairros
Jardim ZEU cc r aa
Maa llnneeáárrii
Limoeiro ZOC
M

7.764.000
03/20 01/40 Microzoneamento
ZOP BBaa ED 01 - EIXO DE DINAMIZAÇÃO 01
01/22
ZEIS
ZPA 01 ED 02 - EIXO DE DINAMIZAÇÃO 02
02/14
ED 03 - EIXO DE DINAMIZAÇÃO 03
ZOC ED 04 - EIXO DE DINAMIZAÇÃO 04
l ZE 02/19 01/39
na
guinhos io ZOC EE 01 - EIXO ESTRUTURANTE 01
o Man er
id
01/38
g
rre .M ZE 02 - ZONA ESPECIAL 02
Có Av
ZE 03 - ZONA ESPECIAL 03
ZOC ZOP
7.765.000

01/37 01/27 ZEIS 01 - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL 01


ZEU
03/19 ZEIS 02 - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL 02
ZEU 01 - ZONA DE EXPANSÃO URBANA 01
ZOP ZEU 02 - ZONA DE EXPANSÃO URBANA 02
ZOC 01/24
ZPA 01/36 ZEU 03 - ZONA DE EXPANSÃO URBANA 03
Balneário de
Carapebus ZOC 01 - ZONA DE OCUPAÇÃO CONTROLADA 01

tico
ZOC ZOC 02 - ZONA DE OCUPAÇÃO CONTROLADA 02
ED 02/03 01/35
Cidade ZOP ZOP 01 - ZONA DE OCUPAÇÃO PREFERENCIAL 01

Atlân
Av

Continental 01/25

ZOP 02 - ZONA DE OCUPAÇÃO PREFERENCIAL 02


rt

ZOC ZPA 01
ic

ZOC
a

01/32 01/41
C

no

7.763.000
ZEIS ZOP
ór
re

02/11 01/26
g

Ocea
Novo
o
C

ED Horizonte
ar

ZOC Praia de
PREFEITURA DA SERRA - PMS
ap

04/06 ED 04/07
01/42 Carapebus
eb

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES


us

ZOC
01/34 SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
ZOC ZE 02/22 Ca Est
01/33 ra ra d PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL
pe a
bu ZOC MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES
ZEIS s 02/42 Datum: SIRGAS2000
01/29 ED 04/08 Sistema de Coordenadas: UTM 24S Conteúdo:
ZOC 02/43 Mapa do atual Macro e Microzoneamento à Área em Estudo
7.764.000 371.000 372.000 373.000 7.763.000 374.000 Figura: 2.4 ESCALA: 1 : 10.000 DATA: Abril / 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Os objetivos de cada macrozona são mais bem detalhados na Versão Integral
Consolidada, Volume II.

Segundo o Art. 92 do PDM, o Zoneamento do Município da Serra fica dividido


em dez tipos de zonas e vinte e oito subdivisões:

No contexto deste estudo interessam, particularmente, as Zonas de Proteção


Ambiental, ZPA 01, 02, 03 e 04.

As Zonas de Proteção Ambiental são definidas no Art. 96 pelas seguintes


classificações:

I - Zona de Proteção Ambiental 01 – ZPA 01;

II - Zona de Proteção Ambiental 02 – ZPA 02;

III – Zona de Proteção Ambiental 03 – ZPA 03;

IV - Zona de Proteção Ambiental 04 – ZPA 04.

Os objetivos de cada zona são mais bem detalhados na Versão Integral


Consolidada, Volume II.

A tabela 2.12 abaixo mostra a divisão da área da APA Bicanga, segundo a


classificação de uso e ocupação do solo.

54
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.12 – Tabulação do Uso e Ocupação do solo na APA Bicanga

Classificação de Uso e Ocupação do Solo Área (ha) Percentual


Area Urbanizada 146,36 29,8%
Mata de Encosta 84,69 17,3%
Mata Paludosa 116,56 23,8%
Vegetação de Tabuleiro 52,34 10,7%
Vegetação rasteira / pastagem 71,05 14,5%
Mata Secundaria 6,34 1,3%
Restinga 13,12 2,7%
Total 490,46 100,0%

SISTEMA VIÁRIO URBANO E TRANSPORTE COLETIVO

O município é atendido pelo sistema TRANSCOL, que é o sistema metropolitano


de transporte coletivo integrado de estrutura tronco. A operação, exclusiva através de
ônibus, é realizada por 12 empresas privadas e gerenciada pela Companhia de
Transportes Urbanos da Grande Vitória.

Hoje o sistema TRANSCOL conta com 10 terminais de Integração, de onde é


possível fazer conexões e se deslocar para qualquer parte dos cinco municípios da
Grande Vitória.

Os Terminais do Sistema no Município da Serra são:

 Terminal Laranjeiras;
 Terminal de Jacaraípe;
 Terminal de Carapina;

Serra possui assim um sistema viário bem estruturado e dotado de dimensões


adequadas com o tráfego atual; encontra-se, em geral, em bom Estado de
conservação.

Precisa ser melhorado o sistema de vias especiais para atendimento do


pedestre e do ciclista; o Projeto Calçado Legal (Normas para a construção, reforma
e conservação de Calçadas) em muito contribuirá para isto.

O sistema de táxi é controlado pela Secretaria Municipal de Serviços


Urbanos.
 

55
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
ESTRUTURA ECONÔMICA MUNICIPAL

O desenvolvimento de Serra veio acontecer, de fato, a partir de 1966 com a


construção do Porto do Tubarão.

A Serra atualmente é essencialmente urbana, pois 99% da sua população


estão situadas no meio urbano, sendo sua base econômica essencialmente urbana.
Há predominância absoluta das atividades industriais, de comércio e serviços.

O seu principal vetor de crescimento e sua principal especialização é a


atividade industrial. O município de Serra concentra 32,7% da indústria da Região
Metropolitana.

As maiores especializações da indústria do município, em termos estaduais,


são nos segmentos de metalurgia (62,2%), material plástico (56,2%), material
elétrico e de comunicações (54,3%) e construção civil (32,8%). Em nível
metropolitano esses mesmos segmentos se destacam, apresentando índices de
especialização ainda mais elevados.

As atividades de comércio no município são ainda pouco desenvolvidas


considerando-se o seu potencial de consumo atual e de expansão nos próximos anos. O
município ainda é carente de organização mais avançada do comércio varejista.

O que se desenvolveu de forma mais abrangente é o pequeno comércio de


bairro. As grandes lojas de departamentos, supermercados, hipermercados,
shopping centers, revenda de automóveis e de peças só começaram a ser
implantados na Serra nos últimos anos.

SERVIÇOS BÁSICOS DE INFRAESTRUTURA: ABASTECIMENTO D’ÁGUA E


ESGOTO, ENERGIA ELÉTRICA E TELECOMUNICAÇÕES E SERVIÇOS DE
SAÚDE

ABASTECIMENTO D’ÁGUA E ESGOTO

A empresa responsável pelos serviços de saneamento ambiental do


município de Serra é a CESAN – Companhia Espírito Santense de Saneamento.

Em termos de abastecimento de saneamento ambiental, o município da Serra


apresenta um diferencial positivo em relação a outros municípios capixabas em
 

56
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
decorrência da sua própria constituição urbana, que ocorreu principalmente pela
construção de conjuntos habitacionais já dotados de infraestrutura de saneamento
básico adequado.

O abastecimento d'água atende a 97% da população. Contudo, em algumas


áreas do município ainda persiste um fornecimento irregular com níveis de
racionamento próximos de 20%.

A situação é bem mais precária quando se trata de esgoto, pois a rede de


coleta e tratamento implantada até o momento, composta por dezesseis Estações
de Tratamento de Esgoto (ETEs), atende a cerca de 40% da população.

Esse percentual de tratamento, contudo, mostra-se elevado quando se


compara com a média nacional, que é bem inferior, pois apenas 10% do esgoto
recebe tratamento adequado. Em curto prazo, a coleta e o tratamento de esgoto
poderão ser ampliados para 50% com a conclusão de várias obras de implantação
de redes de coleta e de estações de tratamento.

Os investimentos previstos para a melhoria do sistema de saneamento até


2012 seguem na tabela abaixo.

Tabela 2.13 – Saneamento Básico – Governo Federal - PAC


 

57
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
ENERGIA ELÉTRICA

O estado do Espírito Santo não é autossuficiente no caso da energia elétrica,


pois produz apenas 18% do seu consumo mensal e é dependente da Furnas e
Itaipu. No entanto, esse problema poderá superado brevemente, pois haverá a
implantação de uma Usina Termoelétrica na Região Metropolitana, possivelmente no
município de Serra e o gás natural será uma fonte de energia mais difundida.

Serra responde por 10% da demanda de energia elétrica do Estado e por


26% da demanda da Região Metropolitana, estando localizadas em seu território as
duas principais subestações do Sistema ESCELSA, a SE Pitanga e a SE Carapina.
Estima-se que aproximadamente 10% das propriedades rurais do município não
dispõem de energia elétrica.

O gás natural é a fonte energética que pode, em médio prazo, mudar as


condições locais da matriz energética.

TELECOMUNICAÇÕES

As telecomunicações se encontram em expansão no município. Pode-se


afirmar que as redes de telefonia fixa e móvel e os serviços de acesso à Internet
vêm passando por um processo acelerado de expansão no município.

Estima-se nem 60.000 o número de terminais telefônicos fixos de uso


individual e público, instalados na Serra, sendo a densidade telefônica do município
(número de terminais por 100 habitantes) de 15 terminais para cada 100 habitantes,
situando-se abaixo das médias brasileira e estadual, que serão, respectivamente, de
20,9 e 19,7.

O nível de digitalização desse serviço na Serra é semelhante ao verificado no


Estado como um todo, ou seja, 85%. O serviço móvel celular prestado pelas
empresas cobre todo o território do município, observando-se dificuldades em
algumas regiões.

58
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
SERVIÇOS DE SAÚDE

Os serviços de saúde no município, segundo informações IBGE Cidades


2009, encontram-se representados por 97 estabelecimentos, sendo 44 públicos e 53
privados. 68 estabelecimentos possuem condições de internação total, dos quais 52
são privados. O município conta com 486 leitos, dos quais apenas 145 em
estabelecimentos públicos; existem três mamógrafos, 5 tomógrafos, 11 ultrassom
Doppler colorido, 58 equipamentos de hemodiálise. Dados IBGE 2009, Assistência
Médico Sanitária. Na área de influência da UC encontram-se, entre outras, duas
Unidades Básicas de Saúde, uma na Av. dos Índios S/N e outra na Av. Meridional
(Cidade Continental).

2.2.2. Domínio Morfoclimático

Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das


características climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas.

A classificação segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em


seis domínios.

O domínio no qual se enquadra a UC em destaque é o Domínio


Morfoclimático de Mares de Morros. Este domínio estende-se do sul do Brasil até o
Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente
1.000.000 km².

Esta é uma região de muitos morros de formas residuais e curtos em sua


convexidade, com muitos movimentos de massa generalizados. Os processos de
intemperismo são frequentes, motivo pelo qual as rochas da região encontram-se
geralmente em decomposição.

Assim, os efeitos de sedimentação em fundos de vale e de colúvios nas áreas


altas são muito intensos. A vegetação natural é de Mata Atlântica.

Sua flora e fauna são de grande respaldo ambiental e o solo é composto em


sua maioria por latossolos e podzólicos, sendo muito variável. A textura se contradiz
de região para região, pois é encontrado tanto um solo arenoso como argiloso.
Como a sua extensão territorial alarga-se entre Norte – Sul, seu clima dependerá da

59
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
sua situação geográfica, diferenciando-se em: tropical, tropical de altitude e
subtropical.

Esta região já sofreu muita ação antrópica, e durante muito tempo. Assim, é
necessário tomar atitudes que possibilitem preservar áreas através de diversos
instrumentos legais a disposição do poder público municipal, estadual e federal.

O domínio Morfoclimático de Mares de Morros, o que aqui nos interessa, se


caracteriza pelo relevo com topografia em "meia-laranja", formados pela intensa
ação erosiva na estrutura cristalina das Serras do Mar, da Mantiqueira e do
Espinhaço. Apresenta predominantemente clima tropical quente e úmido,
caracterizado pela floresta latifoliada tropical, que, na encosta da Serra do Mar, é
conhecida como Mata Atlântica. Essa paisagem sofreu grande degradação em
consequência da forte ocupação humana. Além do desmatamento, esse domínio
sofre intenso processo erosivo (relevo acidentado e clima úmido), com
deslizamentos frequentes e formação de voçorocas.

No que diz respeito ao clima (do grego "inclinação", referindo o ângulo


formado pelo eixo de rotação da terra e seu plano de translação), tomando como
parâmetro a classificação climática de Köppen-Geiger, pode-se definir o clima da
região em estudo como Aw: clima tropical com estação seca no inverno.

2.2.3. Enquadramento Biogeográfico

O enquadramento biogeográfico da UC é imprescindível para compreender


que processos ecológicos que ocorreram em curto prazo atuam sobre o padrão de
distribuição dos organismos, em função das condições do meio.

O ecossistema predominante no enquadramento biogeográfico da área em


estudo é a Floresta Paludosa que é um tipo de floresta que ocupa áreas com solo
permanentemente encharcado com menor diversidade de espécies em relação às
outras florestas. Ocorre em áreas com solos pouco drenados, principalmente.

Abaixo segue a Tabela 2.14 com as divisões biogeográficas do Estado do


Espírito Santo segundo IBGE (2011).

60
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 2.14 – Biogeográfica do Estado de Espírito Santo. Fonte: IBGE (2011)
BIOGEOAGRAFIA DO ESTADO DE ESPÍRITO SANTO
Bioma Mata Atlântica (Ocupa a totalidade do Estado)
Domínio
Província Atlântica
Fitogeográfico
Ecossistema
Floresta Ombrófila Densa
Predominante
Floresta Ombrófila Faciação Florística da
Floresta Submontana
Ecossistemas Aberta Floresta Ombrófila Densa
Secundários Áreas de Formações Sistema Edáfico de Primeira Vegetação com Influência
Pioneiras Ocupação (São Mateus) fluvial
Zona Neotropical Extra- Clima Tropical com temperaturas médias em torno de 22ºC com
Clima
amazônica chuvas moderadas e bem distribuídas
Vegetação Primária
Características
sociológicas Estágios iniciais da
Estágios avançados da sucessão:
Vegetação Secundária sucessão: capoeirinha e
capoeirão e floresta secundária
capoeira
Domínio Região Faunística:
Ambientes marinhos, dulciaqüícolas e terrestres
Zoogeográfico Neotropical

2.2.4. Enquadramento Fitogeográfico

Para o estabelecimento do domínio Fitogeográfico utilizaram-se os trabalhos de


RIZZINI (1963), RADAMBRASIL (1973 a 1982) e IBGE/lBAMA (1988) e VELOSO (1991).

A UC em estudo encontra-se integralmente inserido na Província Atlântica e


no Bioma da Mata Atlântica. Devido às características próprias, este bioma possui
elevada biodiversidade, sobretudo devido fatores favoráveis de precipitação,
históricos (processos de especiação), climáticos (temperatura/umidade) e de
colonização, com espécies oriundas (em grande parte) do antigo continente da
Gondwana (que unia o Brasil e a África).

Considerando que a APA Bicanga enquadra-se na Floresta Ombrófila Densa


(D) no Bioma da Mata Atlântica, ressalta-se a importância da Lei 11.428, de 22 de
Dezembro de 2006 a fim de verificar os usos possíveis e as restrições ambientais na
área em estudo; cabe mencionar que o plano de manejo deverá respeitar a
capacidade de suporte da área e o absoluto respeito aos estudos da sucessão
ecológica e dos estágios de regeneração.

A principal paisagem vegetal desse domínio era, originariamente, representada


por uma formação florestal tropical de características latifoliadas.

61
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Segundo o IBGE/MMA (2011) as formações florestais no Brasil são constituídas
pelas florestas ombrófilas (em que não falta umidade durante o ano) e estacionais (em
que falta umidade num período do ano) situadas tanto na região amazônica quanto nas
áreas extra-amazônicas, mais precisamente na Mata Atlântica, onde se insere a APA em
estudo.

A fisionomia vegetal da área estudada apresenta árvores de grande e médio


porte, além de lianas e epífitas em abundância, associada a um regime climático
tropical quente e úmido; o que leva a seguinte classificação fitogeográfica: Província
Atlântica, Bioma Mata Atlântica, Floresta ombrófila densas, Formações vegetais
predominantemente submontana.

A APA a ser estudada, se enquadra na {Região Tropical Americana [Província


Atlântica (Subprovíncia Austro-Oriental)]}. Dentro da subprovíncia Austro-Oriental a
área direta da unidade de conservação se enquadra no setor da Cordilheira Marítima
sensu Rizzini (1979). Na unidade fitogeográfica de entorno tem-se o Setor dos
Tabuleiros (faixa arenosa terciária que se segue do Sul da Bahia ao Norte do
Espírito Santo). Essa formação fitogeográfica (província atlântica) e fisionômica
(floresta ombrófila densa), em geral, constituem áreas de preservação permanente,
mas grande parte se encontra ocupada por antropismos representados por
pastagens, que ocupam a maioria das áreas, culturas permanentes, culturas cíclicas
e vegetação secundária (RADAMBRASIL, 1983).

2.2.5. Domínio Zoogeográfico

Segundo Vanzolini (1970) e Paiva (1999) o Estado do Espírito Santo se


enquadra na província Tupi da Sub-região Guiano-Brasileira, região zoogeográfica
Neotropical (Figura 2.5-1).

Esta província é caracterizada por uma fauna diversificada rica em número de


espécies endêmicas, com pouca abundância de indivíduos; havendo alto grau de
especialização em habitats e recursos restritos (PAIVA, 1999) com destaque para os
primatas e as aves juntamente com as espécies de maior porte, que se encontram entre
os grupos mais ameaçados de extinção devido à destruição dos habitats naturais e por
necessitarem de grandes áreas florestadas para sua sobrevivência (PAIVA 1999).
 

62
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Uma das maiores características desta região é o seu elevado grau de
endemismos com 188 espécies de aves endêmicas da Mata Atlântica, sendo que o
centro destes endemismos encontra-se na Serra-do-Mar, onde está inserida grande
parte do Espírito Santo, e divide-se em dois ramos principais: o primeiro abrange a
estreita faixa de mata pluvial tropical costeira e o segundo, o centro do Paraná, que
corresponde a região das matas de araucária do sul do Brasil (PAIVA, 1999). Porém
o centro de endemismos da Serra-do-Mar pode ser subdividido em diversos “sub-
centros”, caracterizados por certos conjuntos de espécies próprias a cada um deles.
Estes centros de endemismo levam a um alto risco ambiental em termos de extinção
de animais, inclusive de aves.

63
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

3. Análise Geral da UC

64
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
3. ANÁLISE GERAL DA UC

3.1. Diagnóstico Geral

O diagnóstico ambiental iniciado na área de influência da APA Bicanga


procurou identificar e avaliar os principais aspectos ambientais que levarão a
verificar problemas e propor medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação
mais ou menos restritivas, de forma a consolidar o uso sustentável da referida APA.

3.1.1. Clima: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental,


medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas

O município de Serra / ES encontra-se localizado na bacia hidrográfica de rio


Jacaraípe que integra a região hidrográfica do rio Reis Magos ou Fundão.

O clima predominante é o Tropical Úmido que, segundo a classificação de


Köppen, é do tipo Aw, que se caracteriza com inverno seco e chuvas máximas de
verão, ocorrendo predominantemente nas regiões norte, centro-oeste e parte do
interior do sudeste. Assim, a estação seca se dá no período em que o sol está mais
abaixo e os dias são mais curtos (Aw, em que w é de winter, inverno, em inglês).

O principal mecanismo gerador da precipitação são os fenômenos


convectivos, em geral associados a trovoadas durante o período vespertino em que
a temperatura do solo é mais elevada e a consequente instabilidade do ar é maior.

Devido aos desmatamentos das matas ciliares e do consequente,


assoreamento dos cursos d’água, edificações e plantios agrícolas localizados nas
partes mais baixas, correm, frequentemente, riscos de inundação.

Para essa situação contribuem também a erosão laminar, responsável pela


colmatagem dos vales, lagoas marginais e depressões fluviais comuns na região.

A área em estudo localiza-se na Baixada Espírito-santense, que ocupa 40%


do território do Estado de espírito Santo. Segue de norte a sul do estado, beirando o
mar, é muito estreita ao sul, com 32km de extensão média, e se alarga
consideravelmente a partir de Vitória. O clima na Baixada Espírito-santense é
Tropical Litorâneo, com temperaturas médias anuais na casa dos 22°C, com estação
quente e chuvosa de Outubro a Abril e estação fria e seca de Maio a Setembro.
 

65
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Já a umidade relativa apresenta médias anuais de 80% A maior média de
nebulosidade ocorre nos meses de novembro, enquanto que os meses de maio,
junho e agosto apresentam as menores médias. A evaporação média de longo
termo corresponde a 983,3mm, com a maior média em janeiro (93,1mm) e menor
em junho (71,7mm).

Devido à morfologia da bacia ser marcada pela existência de serras na


porção médio-alta, com fortes declividades dos corpos de drenagem da região, a
resposta das descargas às precipitações é rápida, promovendo escoamentos
superficiais que logo atingem o pico, pouco tempo depois de iniciadas as chuvas.

O principal aspecto relacionado a problemas ambientais se encontra na


crescente urbanização e consequentemente na ocorrência de temperaturas mais
elevadas nas áreas urbanizadas em relação às áreas envolventes. O aumento da
população urbana e a concentração de atividades produtivas trazem como
consequência o aumento da poluição atmosférica e o aumento de situações de
SMOG (mistura de nevoeiro e fumaças poluentes), agravadas nas situações de
inversão térmica, em que a temperatura do ar junto ao solo é inferior à que se
registra em altitude. Nestes casos, o ar não ascende e provoca a concentração da
fumaça junto à superfície terrestre.

Como medidas mitigadoras podem ser discutidas:

 Normas mais restritas de uso e ocupação do solo no entorno da APA e


Definição de uma ZPA com restrições severas de uso e ocupação nas áreas ainda
não antropizadas ou especialmente já protegidas por lei (APP-Áreas de Proteção
Permanente);
 Controle de poluentes industriais e de saneamento (ETES) no interior da
unidade de conservação; e
 Aplicação de medidas compensatórias para os agentes ou usuários
poluidores.

Neste sentido, os processos de urbanização e industrialização, ao mesmo


tempo em que constituem um indicador do nível de desenvolvimento alcançado,
também comportam problemas relacionados com a deterioração geral do meio
 

66
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
urbano e da sua qualidade de vida. A análise do clima urbano e a sua comparação
com o clima do entorno é fundamental para o zoneamento da área protegida como
para o desenho urbano em consolidação, apresentando subsídios para que se
possam desenvolver estudos apropriados para o planejamento e ordenação do
espaço em sua totalidade.

3.1.2. Geologia: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental,


medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas.

Martin et al (1996,1997) propôs a divisão fisiográfica da costa do Espírito


Santo em cinco setores.

O Setor 3, correspondente a costa da área em estudo, estende-se de Barra


do Riacho a Ponta de Tubarão, Baía do Espírito Santo. É caracterizado pelo fraco
desenvolvimento de depósitos quaternários ao sopé das falésias da Formação
Barreiras, podendo-se encontrar setores onde as falésias da Formação Barreiras
estão em contato direto com a praia. Ao longo dos vales dos rios Piraquê-Açu, Reis
Magos e Santa Maria de Vitória, os depósitos flúvio-marinhos apresentam-se mais
desenvolvidos.

A obstrução dos vales terciários por depósitos quaternários deu origem a


espelhos d´água “suspensos” (entre a cota 20 e a cota 60), que por sua vez deram
origem as matas paludosas características da UC em análise.

A área em estudo é caracterizada pela presença de falésias vivas da


Formação Barreiras ou planícies costeiras estreitas e costa recortada. As praias
apresentam-se dissipativas e intermediárias, com presença de terraço de abrasão
laterítico da Formação Barreiras na antepraia, dunas frontais e areias de
composição mistas. Encontra-se em retrogradação devido ao pequeno aporte fluvial
e à vulnerabilidade abrasiva das areias carbonáticas.

Pelo fato do município da Serra ser integrante da Grande Vitória, seu litoral é
bastante densamente ocupado por residências permanentes e de veraneio. Esta
urbanização crescente se dá sobre os cordões litorâneos estreitos e sobre as dunas
frontais.

67
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Desta forma, o precário estado de conservação e/ou a destruição das dunas
frontais, presentes à retaguarda das praias dissipativas, intensifica a vulnerabilidade
erosiva deste litoral e ameaçou as construções no período 1996-2000, quando
começo o processo de recuperação da orla desde a praia de Capuba até as praias
de Manguinhos e Bicanga.

As especificações geológicas da região definem alguns dos seus principais


problemas ambientais relacionados ao uso e ocupação de áreas extremadamente
frágeis e especialmente protegidas como são as APP (áreas de preservação
permanente) e a orla marítima da área, que exigem a implantação de medidas
mitigadoras relacionadas à proteção das restingas, das matas paludosas e dos
recursos hídricos a elas vinculados. A saber:

 Ocupação da restinga exige rígido padrão de uso e ocupação do solo,


ordenamento urbano e estrito cumprimento da legislação existente.
 Lançamento de efluentes tratados no Córrego Manguinhos, inserido numa
Zona Especial de Proteção Ambiental, deverá ser contemplado com um programa
específico de fiscalização e monitoramento continuado.
 Crescente urbanização exige o estrito cumprimento do disposto no Plano
Diretor.

3.1.3. Relevo: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental,


medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas

O relevo do município serrano é compreendido por três formações básicas:

 A região montanhosa, onde se destacam o Monte "Mestre Álvaro", com seus


833 metros de altitude, dominando toda a planície litorânea, assim com o Morro
Vilante, com 427 metros de altura, situado nas proximidades da entrada de Muribeca
e do Posto da Polícia Rodoviária Federal; Morro do Céu, possui 414 metros de altura
e localiza-se próximo ao Morro Cavada e Itaiobaia; Morro Cavada, possui 362
metros de altura e localiza-se na região de Cavada, próximo à BR 101 Norte; Morro
Grande, Morro das Araras, com 309 metros, entre Calogi e Chapada Grande; Morro
Mourerão, trata-se de um conjunto de morros com alturas variadas de 328, 297 e
200 metros;
 

68
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
 A segunda formação, o tabuleiro ou baixo planalto, ao longo da BR 101;
 E por último, a baixada arenosa, formada por terrenos planos, ao longo do
litoral e em alguns trechos alagadiços.

A APA Bicanga se apresenta com uma predominância de terrenos planos e


suavemente ondulados, as áreas planas representam mais de 80% da área total da
APA (391 hectares); 45,6% se enquadram na categoria de relevos planos (222
hectares) e 34,8% se enquadram na categoria de suavemente ondulados (169
hectares).

O relevo deprimido da região exige a identificação e proteção das áreas


frágeis sujeitas a forte pressão urbana, e a pronta delimitação de um zoneamento
que proteja essas áreas frágeis, permitindo apenas a visitação, as pesquisas
científicas e o turismo em contato com a natureza.

Abaixo segue a Tabela 3.1 na qual estão demonstradas as classe de


declividade em percentual e em hectares.

Tabela 3.1 – Classes de Declividade em % e em hectares


Classes de Declividade (%) Área (ha) (%)
Relevo plano (até 3%) 226,2 45,6%
Suavemente ondulado (3 a 8%) 172,6 34,8%
Ondulado (8 a 20%) 96,3 19,4%
Fortemente ondulado (20 a 45%) 0,8 0,2%
TOTAL 495,9 100,0%  

Na Figura 3.1 é representado um mapa de declividades das áreas de


influência da APA Bicanga.

69
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

94,5 (ha) / 0,8 (ha) /


19,4% 0,2% 222,0 (ha) /
45,6%

0 – 3 (Relevo plano)
3 – 8 (Suavemente ondulado)
8 – 20 (Ondulado)
20 – 45 (Fortemente ondulado)

169,4 (ha) /
34,8%

Figura 3.1 – Gráfico representando as classes de declividade na área da APA Bicanga

3.1.4 Solo: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade ambiental, medidas


mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem discutidas por zonas
específicas

Na região da APA Bicanga predomina o Podzólico Amarelo ou Argissolo,


existe também a presença de Neossolos Quartzarênicos e Neossolos Flúvicos e
Marinhos, além de afloramentos rochosos.

Os Argissolos são normalmente bastante intemperizados com marcante


diferenciação de horizontes.

Os Argissolos Vermelho-Amarelos (PVA) são solos desenvolvidos do Grupo


Barreiras de rochas cristalinas ou sob sua influência. Apresentam horizonte de
acumulação de argila, B textural (Bt), com cores vermelho-amareladas devido à
presença da mistura dos óxidos de ferro hematita e goethita. São solos profundos e
muito profundos; bem estruturados e bem drenados; com sequência de horizontes
Estes solos presentam baixa a muito baixa fertilidade natural, com reação
fortemente ácida e argilas de atividade baixa.

70
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Para o seu aproveitamento racional necessitam de adubação e calagem, por
serem solos de fertilidade natural baixa.

Já os Neossolos são solos com pouca ou nenhuma evidência de horizontes


pedogénicos subsuperficiais. Eles se formam em materiais praticamente inertes,
sem argila e são extremadamente resistentes ao intemperismo. Eram conhecidos
como Regossolos, Areias quartzosas, Litossolos, Solos Litólicos e Solos Aluviais. Na
área em estudo, estes últimos, predominam nos relevos aplainados e estão sujeitos
a inundações. Já os quartzarênicos (arenosos) apresentam limitações pela baixa
capacidade de armazenar água e nutrientes para as plantas.

3.1.5 Tipo de Vegetação: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade


ambiental, medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem
discutidas por zonas específicas

Em relação à vegetação da área estudada, há a predominância de Floresta


Ombrófila Densa, que se subdivide em Terras Baixas, Submontana, Montana e Alto-
Montana. Na APA há predomínio da Floresta Submontana, mas na área a ser
especialmente protegida predominam manguezais, restingas e matas paludosas.

Considerando que a APA Bicanga enquadra-se na Floresta Ombrófila Densa


(D) no Bioma da Mata Atlântica, ressalta-se a importância da Lei 11.428, de 22 de
Dezembro de 2006 a fim de verificar os usos possíveis e as restrições ambientais na
área em estudo; cabe mencionar que o plano de manejo deverá respeitar a
capacidade de suporte da área e o absoluto respeito aos estudos da sucessão
ecológica e dos estágios de regeneração.

O principal problema ambiental é o desflorestamento e a utilização de áreas


para a expansão urbana do município.

71
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
3.1.6 Hidrografia e Hidrologia: Descrição, problemas ambientais, sensibilidade
ambiental, medidas mitigadoras ou normas de uso e ocupação a serem
discutidas

No município destaca-se um conjunto hidrográfico de grande importância: o


Rio Santa Maria que nasce no município de Santa Leopoldina e desemboca na baía
de Vitória, o Rio Reis Magos que deságua em Nova Almeida, o Rio Jacaraípe e o
Rio Calogi que deságua no Reis Magos são os de maior porte e importância
quantitativa.

Da perspectiva hidrográfica, a futura APA se insere na Bacia do Rio Fundão


ou Reis Magos. A sub-bacia que se insere parcialmente na APA é a do córrego
Manguinhos.

Órgãos municipais e estaduais admitem que a qualidade das águas de todo o


sistema hídrico superficial e subterrâneo está comprometida por:

 Crescente expansão das áreas de ocupação urbana sem o desejável


monitoramento dos seus impactos sobre o meio ambiente;

 Liberação de efluentes tratados em áreas que deveriam ser de proteção


integral e ou em cursos d´água com vazão insuficiente, no período seco, para a sua
correta diluição;

 Inexistência de rede para coleta e tratamento de esgoto em parte da área de


influência da APA.

 Lançamento de resíduos sólidos em locais inadequados pese à permanente


fiscalização da PMS, exigindo a identificação e aplicação de multas severas para
modificações de hábitos que prejudicam a saúde da população e o meio ambiente.

A região em estudo está inserida na região hidrográfica do rio Reis Magos ou


Fundão. Esta região hidrográfica apresenta uma rede de monitoramento hidrológico
constituída de três estações pluviométricas e uma estação com dado de vazões
escoadas. Esta rede de monitoramento é de responsabilidade da Agência Nacional de
Águas – ANA, sendo operada pela Companhia de Pesquisa de Recursos Hídricos –
CPRM.
 

72
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A Tabela 3.2 apresenta esta relação de estações de monitoramento
hidrológico. Já a Tabela 3.3 mostra as estatísticas médias resultantes das séries de
observações hidrológicas realizadas nestas estações

Tabela 3.2 – Relação das estações de monitoramento hidrológico localizadas na região


hidrográfica do rio Reis Magos ou Fundão
Área de 
Estação ‐  Altitude 
Estação ‐ Tipo Estação ‐ Nome Latitude Longitude drenagem 
Código (m)
(km2)
Pluviométrica 01940002 SANTA CRUZ ‐ LITORAL ‐19:57:28 ‐040:09:16 5 ‐
Pluviométrica 01940007 FUNDÃO ‐19:56:13 ‐040:24:05 50 ‐
Pluviométrica 01940010 VALSUGANA VELHA ‐ MONTANTE ‐19:57:12 ‐040:33:09 180 ‐
Fluviométrica 57040008 VALSUGANA VELHA ‐ MONTANTE ‐19:57:09 ‐040:33:08 850 82,8

Tabela 3.3 - Estatísticas médias observadas nas estações de monitoramento hidrológico


instaladas na região hidrológica do rio Reis Magos ou Fundão
Estação Pluviométrica SANTA CRUZ ‐ LITORAL 01940002
Estatística (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Média 133,1 86,4 108,4 73,5 66,7 46,1 60,0 41,4 56,2 109,4 170,9 182,7 1130,1
Desv.Pad. 121,9 68,1 73,1 53,8 58,8 36,2 55,1 34,1 47,5 73,8 104,5 110,3 332,4
CV 0,9 0,8 0,7 0,7 0,9 0,8 0,9 0,8 0,8 0,7 0,6 0,6 0,3
Máximo 588,0 301,0 316,8 250,8 252,5 174,6 251,8 119,8 235,9 318,6 534,6 604,2 1659,2
Mínimo 0,0 0,0 0,0 2,3 2,0 2,0 0,2 0,5 0,3 0,6 9,9 3,3 308,3
Estação Pluviométrica FUNDÃO 01940007
Estatística (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Média 194,4 132,5 157,0 98,1 65,6 58,7 71,8 53,9 80,6 135,3 234,3 247,0 1520,6
Desv.Pad. 147,2 80,9 116,9 63,7 51,4 59,7 58,4 41,8 65,1 76,3 129,2 130,9 345,8
CV 0,8 0,6 0,7 0,6 0,8 1,0 0,8 0,8 0,8 0,6 0,6 0,5 0,2
Máximo 574,0 334,8 590,4 326,8 236,8 280,7 284,2 161,2 362,1 330,0 563,1 603,6 2346,7
Mínimo 10,8 16,6 6,9 20,1 6,6 2,8 4,5 1,2 3,2 15,1 27,8 14,4 707,9
Estação Pluviométrica VALSUGANA VELHA ‐ MONTANTE 01940010
Estatística (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Média 229,0 138,6 192,4 113,8 85,8 73,6 106,3 87,2 125,2 171,8 265,6 254,1 1838,9
Desv.Pad. 159,9 81,4 155,7 57,2 60,1 69,9 80,6 69,5 93,1 88,6 124,8 96,6 405,4
CV 0,7 0,6 0,8 0,5 0,7 0,9 0,8 0,8 0,7 0,5 0,5 0,4 0,2
Máximo 639,1 325,0 962,2 282,3 267,5 357,4 390,8 292,8 527,1 366,3 555,2 520,6 2868,8
Mínimo 13,7 15,8 11,5 28,0 18,5 9,7 10,7 5,4 7,8 35,0 69,8 31,4 1075,8
Estação Fluviométrica VALSUGANA VELHA ‐ MONTANTE 57040008
Estatística (m³/s) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Média 3,1 2,0 2,1 1,4 1,1 1,2 1,1 1,0 1,0 1,3 2,6 3,2 1,7
Desv.Pad. 1,6 1,5 1,4 0,6 0,6 1,2 0,8 0,6 0,6 0,7 1,9 1,5 0,7
CV 0,5 0,8 0,7 0,4 0,5 1,0 0,7 0,6 0,6 0,5 0,8 0,5 0,4
Máximo 6,5 6,6 5,9 3,0 3,1 6,1 3,8 3,0 2,4 2,7 7,0 5,4 3,5
Mínimo 0,6 0,5 0,7 0,7 0,4 0,4 0,4 0,4 0,3 0,4 0,5 1,2 0,9

Observa-se que a pluviometria média anual encontra-se dentro de uma faixa


que varia entre 1.130mm e 1.839mm. Estes índices pluviométricos distribuem-se de
leste para oeste, sendo que na região próxima a estação Fundão, a média anual é
de 1.521mm. Esta pluviometria se distribui ao longo do ano de forma mais intensa
entre outubro do ano anterior e abril do ano seguinte, período este onde se
concentra cerca de 75% das precipitações esperadas anualmente.

73
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Não obstante, não se verifica ausência de chuvas, uma vez que no período de
estiagem ainda são observadas médias mensais que variam entre 40 e 125 mm.

Já com relação às vazões escoadas, na estação Valsugana Velha – Montante


observa-se uma média de 1,7 m³/s, resultantes dos escoamentos gerados numa
área de 82,8 km². Isto corresponde a uma vazão média específica de 20,6 L/s/km²,
que pode ser interpretada como a produção superficial da região hidrográfica do rio
Reis Magos ou Fundão, indica uma vazão média na foz deste rio de quase 19 m³/s.

A distribuição dos escoamentos segue o ciclo das chuvas, ou seja, concentra-


se entre os meses de outubro de um ano e abril do ano seguinte.

A Figura 3.2 mostra a curva de permanência das vazões observadas na


estação fluviométrica Valsugana Velha – Montante, onde se observa que a vazão de
referência Q90, que corresponde a uma vazão escoada durante 90% do tempo é de
0,5 m³/s, ou seja, cerca de 1/3 da vazão média anual.

Já com relação a vazão ecológica Q7,10, que representa a mínima média de


7 dias consecutivos de vazões com recorrência de 10 anos, corresponde ao valor de
0,25 m³/s observados na estação fluviométrica Valsugana Velha – Montante.

Estes valores de Q90 e Q7,10 podem ser interpretados, em termos de vazões


específicas, que a região hidrográfica do rio Reis Magos ou Fundão apresenta uma
Q90esp de 6,04 L/s/km² e Q7,10esp de 3,02 L/s/km².

Destes valores de vazões específicas pode-se estimar que, para a bacia


hidrográfica do rio Reis Magos ou Fundão, a vazão ecológica Q7,10 é de 2,8 m³/s e
a vazão com permanência de 90% do tempo é de 5,5 m³/s.

74
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
57040008 (08/1984 - 12/2005, Série Completa)
19,9
18,9
17,9
16,9
15,9

14,9
13,9
12,9
11,9
Vazão (m3/s)

10,9

9,9
8,9

7,9
6,9
5,9
4,9
3,9

2,9
1,9
0,9

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Permanência (%)

Figura 3.2 - Curva de permanência das vazões observadas na estação fluviométrica


Valsugana Velha – Montante

3.1.7. Identificação, mapeamento e delimitação das áreas de interesse de


prospecção arqueológica e plano de referência para sua execução

Segundo Celso Perota, que iniciou os projetos de pesquisa em Arqueologia


no Espírito Santo em 1968, procurando os testemunhos deixados pelas sociedades
pretéritas (definindo “sítios arqueológicos”), e ocorrências arqueológicas quando os
testemunhos encontrados estão fora de contextos e não definem sítios
arqueológicos, mas dão informações relevantes sobre os fazeres das sociedades
passadas.

Levando em consideração que as atuais pesquisas estão sendo


predominantemente realizadas através de arqueologia de contrato, ou seja, de
arqueologia preventiva ou de arqueologia de salvamento, dentro de exigências aos
licenciamentos ambientais, é importante destacar que no marco do Plano de Manejo
da APA Bicanga, apenas será desenvolvida pesquisa arqueológica não interventiva,
registrando apenas os locais mais adequados para futuras prospecções e
desenvolvimento de pesquisas acadêmicas.

75
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
É na região norte do Estado onde foi delimitada a maioria dos sítios arqueológicos,
destacando-se os municípios de Linhares, Jaguaré, São Mateus e Conceição da Barra.
São sítios encontrados nos projetos de variados empreendimentos, principalmente os
ligados a prospecção e exploração de petróleo e gás.

O Estado do Espírito Santo encontra-se numa porção média do litoral e é um


local de encontros de sociedades pré-históricas, sendo a relação entre os dados pré-
históricos e os paleoambientais os mais interessantes para o desenvolvimento de
pesquisa arqueológica local.

Praias, mangues, lagoas são locais preferenciais para a pesquisa local, tanto
no que se refere a levantamento de paleoambientes ou ocorrências arqueológicas
testemunhais. As praias capixabas têm cerca de 5.000 anos; entre 2.800 a 2.500
Antes do Presente, o nível do mar estava cerca de 2 metros acima no nível atual,
sendo testemunhos disso os locais utilizados pelas populações pré-históricas.

Os estudos arqueológicos na área em estudo encontram a sua justificativa


das ocorrências e sítios já estudados na região de influência indireta. Nesse
contexto, a SEMMA, ciente das consequências diretas da implantação do Plano de
Manejo defende a contratação de estudos arqueológicos aprofundados, estudos de
prospecção, resgate e salvamento.

A delimitação das áreas de interesse de prospecção arqueológica e o plano de


referência para sua execução têm por meta:

 Contribuir para o conhecimento científico e cultural do país, com dados sobre a


área estudada, no âmbito da Arqueologia, da Paleontologia e da História.
 Seguir a legislação pertinente, para intervir junto a esses patrimônios, tais como
a Constituição Federal de 1988, a Lei 3924/61, e as Portarias IPHAN de n. 007, de
01/12/88 (SPHAN), de n. 230, de 17/12/02 e a de n. 28, de 31/01/03.

Como parte das atividades da Arqueologia, a Educação Patrimonial constitui um


processo educativo dentro do que se denomina Arqueologia Pública, que tem por fim
transmitir informações à população em geral sobre os trabalhos a serem realizados pelas
equipes que desenvolvem pesquisas em determinada área, sobretudo as de arqueologia.
Por outro lado, visa formar multiplicadores da criação de um novo convívio com os bens
 

76
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
patrimoniais, mediante a manutenção dos valores patrimoniais do passado, a construção
de novos no presente e a responsabilidade para com a herança de gerações futuras.

Assim, para sintetizar esta proposta de prospecção e resgate, destacamos que em


primeiro lugar deverão ser contratados levantamentos não interventivos, onde serão
identificados vestígios arqueológicos e sua ocorrência.

Numa segunda etapa, deverão ser contratados estudos de prospecção e resgate


propriamente dito. O método de delimitação geralmente utilizado é o caminhamento em
transects radiais (Chartkoff, 1978), a partir de um ponto (zero), correspondente a um local
em que foi encontrado vestígio arqueológico. Os caminhamentos a pé serão
acompanhados de sondagens equidistantes, que prosseguirão até se ter certeza de que
os limites dos sítios foram atingidos. Essa estratégia é fundamental para o planejamento
das eventuais atividades de resgate arqueológico.

As áreas preferenciais para o estudo e delimitação de sítios na área do De


Bicanga dependerão dos seguintes critérios:

 Áreas que estão ou serão impactadas por empreendimentos ou ações antrópicas


autorizadas;
 Áreas protegidas (cavernas, grutas, paredões) próximas a córregos, rios e
nascentes;
 Áreas reconhecidas pela cultura popular como áreas com vestígios;
 Áreas com dados etnográficos e de ocupação suficientes; e fundamentalmente,
 Área cujo contexto etno-histórico indique a presença de caçadores-coletores do
litoral; coletores agricultores do litoral; populações sambaquianas, tradição Una, tradição
tupi-guarani, tradição Aratu, presença vestígios de grupos de contato (“tupinikin” “malali”,
“puri-coroado” e “botocudo”).

Destaca-se que todas as atividades a serem desenvolvidas deverão ter a


autorização prévia do IPHAN e deverão ser coordenadas por especialista na área; projeto
de pesquisa arqueológica, plano de trabalho e anuência de instituição depositária de bens
resgatados são algumas das exigências a serem inicialmente atendidas.

77
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
3.1.8. Caracterização da ocupação do espaço e identificação das principais
atividades e tipos de uso de solo

A Tabela 3.4 mostra a divisão da área da APA Bicanga, segundo a


classificação de uso e ocupação do solo.

Tabela 3.4 - Tabulação do uso e ocupação do solo na APA Bicanga

Classificação de Uso e Ocupação do Solo Área (ha) Percentual


Área Urbanizada 146,36 29,8%
Mata de Encosta 84,69 17,3%
Mata Paludosa 116,56 23,8%
Vegetação de Tabuleiro 52,34 10,7%
Vegetação rasteira / pastagem 71,05 14,5%
Mata Secundaria 6,34 1,3%
Restinga 13,12 2,7%
Total 490,46 100,0%

Observa-se que quase 30% da área é ocupada por Área Urbanizada. Outra
significativa parcela da APA, que corresponde a 23,8%, é ocupada Mata Paludosa.
Outros 17,3% da APA são ocupados Mata de Encosta, enquanto que 14,5% são
ocupados por Vegetação rasteira / pastagem, outros 10,7% são ocupados por
Vegetação de Tabuleiro, outros 2,7% são ocupados por Restinga e outros 1,3% são
ocupados por Mata Secundaria.

3.1.9. Identificação das condições de saneamento ambiental da região. Índices


de Saneamento Ambiental e Índices de doenças infectocontagiosas

Dados preliminares IBGE 2010, recentemente publicados, surpreendem


quanto ao avanço na implantação do esgotamento sanitário no município de Serra;
sabe-se, porém, que a existência de rede não significa a imediata conexão de cada
domicílio; muitos continuam despejando irregularmente seus efluentes na drenagem
pluvial ou mantendo fossas rudimentares.

Segundo a pesquisa 99,80% da população tinham banheiro, enquanto 81,47


possuíam rede de esgoto ou pluvial. Pode-se afirmar que, teoricamente, apenas
18,53% da população se encontram em condições de saneamento inadequadas.

78
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Comparando dados 2000 e 2010, destaca-se um avanço significativo nos
percentuais de domicílios que possuíam rede de esgoto ou pluvial (61,76%) e nos que
possuem 10 nos depois (81,47%). O número de domicílios sem banheiro também teve
uma redução significativa, passando de 1,10% a 0,20%. A fossa séptica era usada por
11,67% da população; em 2010, 4, 19%, o que nos permite dizer que aumentou o
número de conexões à rede de esgotamento sanitário dos que já possuíam esgotamento
minimamente adequado (fossa séptica). A percentagem dos que possuíam fossa
rudimentar não foi significativamente modificado (15,78% para 14,14%).

No que diz respeito ao abastecimento de água pode-se destacar que 96,54%


dos domicílios encontram-se conectados à rede de distribuição. Dados por condição
de ocupação podem ser observados na tabela 3.5.

O Município conta com um total de 97 estabelecimentos de saúde (dados


IBGE Cidades 2009), sendo 44 públicos e 53 privados. 4 estabelecimentos com
internação total, sendo 2 públicos e 2 privados; 25 estabelecimentos com apoio à
diagnose e terapia. O número total de leitos é de 486, sendo 145 em
estabelecimentos públicos e 341 em estabelecimentos privados. O município possui
4 mamógrafos, 5 tomógrafos, 1 equipamento de ressonância magnética, 58
equipamentos para hemodiálise, entre outros.

No que diz respeito a epidemias e doenças de veiculação hídrica, o Plano


Municipal de saúde do Município (2006) informa que a Atenção Básica constitui a
porta de entrada preferencial do Sistema de Saúde Municipal, alinhavada pela
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Programa de Agentes Comunitários de
Saúde (PACS).

Os serviços estão organizados em seus diversos pontos de atenção, divididos


por regiões, procurando uma integração entre os serviços de menor e maior
complexidade dentro de cada região: Unidades Básicas de Saúde com ou sem
Estratégia de Saúde da Família e Unidades Regionais de Saúde.

79
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 3.5 - Abastecimento de Água – IBGE 2010

Domicílios particulares permanentes, por condição de ocupação do domicílio, da forma de abastecimento


de água - Município = Serra – ES - Ano = 2010

Condição de Variável
ocupação do Forma de abastecimento de água
domicílio Domicílios particulares Domicílios particulares
permanentes (Unidades) permanentes (Percentual)

Total 124.994 100,00

Total Rede de distribuição 120.665 96,54


Poço ou nascente 3.349 2,68
Outra 980 0,78

Total 88.954 71,17

Próprio Rede de distribuição 86.252 69,00


Poço ou nascente 1.979 1,58
Outra 723 0,58

Total 27.971 22,38

Alugado Rede de distribuição 26.992 21,59


Poço ou nascente 852 0,68
Outra 127 0,10

Total 7.615 6,09

Cedido Rede de distribuição 6.995 5,60


Poço ou nascente 505 0,40
Outra 115 0,09

Total 452 0,36

Outra condição Rede de distribuição 424 0,34


Poço ou nascente 13 0,01
Outra 15 0,01

Os Indicadores da Atenção Básica mostram poucas alterações entre 2001 e


2005, no que diz respeito à taxa de mortalidade infantil; no que diz respeito aos
indicadores da saúde da mulher, eles apresentam aumento no período, o que sinaliza,
na verdade, maior disponibilidade de serviços e aumento da frequência de consultas.

No que diz respeito ao controle da tuberculose, os indicadores são pouco


alentadores, sobretudo no item de abandono de tratamento. Enquanto que a proporção
de famílias assistidas por programas específicos aumentou consideravelmente.

80
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A mortalidade infantil vem decrescendo ao longo dos anos, em 1980 a taxa era
de 54,6/1000 nascidos vivos, caindo para 13,27/1000 nascidos vivos no ano de 2005.

A melhoria na qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto é uma das


condições essenciais para a redução da taxa de mortalidade infantil.

A investigação das causas de óbito materno e infantil para a identificação de


situações que estejam interferindo na qualidade da assistência prestada à mulher e a
criança, vem contribuindo para a implementação de estratégias que culminem com a
diminuição da taxa de mortalidade.

A criação do Comitê de Investigação de morte materna e infantil do município da


Serra, pelo Decreto 6004 de 24 de junho de 2004, foi um passo importante no
rastreamento dessas informações, fornecendo fidedignidade e qualidade aos dados
coletados, promovendo assim o conhecimento da real condição de mortalidade no
município.

A investigação das causas de óbito materno e infantil para a identificação de


situações que estejam interferindo na qualidade da assistência prestada à mulher e a
criança, vem contribuindo para a implementação de estratégias que culminem com a
diminuição da taxa de mortalidade.

A criação do Comitê de Investigação de morte materna e infantil do município da


Serra, pelo Decreto 6004 de 24 de junho de 2004, foi um passo importante no
rastreamento dessas informações, fornecendo fidedignidade e qualidade aos dados
coletados, promovendo assim o conhecimento da real condição de mortalidade no
município.

O coeficiente de mortalidade que se situar abaixo de 20/1000 N.V. é considerado


baixo de acordo com a OMS. O município está abaixo da média nacional e estadual em
mortalidade infantil (16,23 por mil nascidos vivos). Ver Tabela 3.6.

Tabela 3.6 – Mortalidade Infantil – SESA 2006

81
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Dentre as ações que impactaram na redução da mortalidade infantil se
destaca a cobertura vacinal eficaz do município da Serra. Ver tabela 3.7.

Tabela 3.7 – Cobertura Vacinal – SESA 2006

A morbidade, termo genérico usado para designar o conjunto de casos de


dada afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos,
não foi informatizada pela Secretaria de Saúde no período, o que inviabiliza a
elaboração do perfil epidemiológico do município nesse período.

A Vigilância Epidemiológica, entendida como conjunto de atividades que


proporcionam a informação para conhecer, detectar e prever qualquer mudança no
processo saúde – doença tem como finalidade recomendar medidas adequadas
para a prevenção e o controle das doenças. As atribuições do Sistema de Vigilância
Epidemiológica são realizadas tendo como referência os agravos de notificação
compulsória estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

A cobertura vacinal para o idoso supera o índice preconizado pela OMS


promovendo melhoria na qualidade de vida do idoso. Ver tabela 3.8.

Tabela 3.8 – Cobertura Vacinal do Idoso – SESA 2006

O município tem utilizado estratégias para atender a população com vacinação


através de equipe volante na zona rural, domiciliar (acamados) e institucional (asilos,
escolas, etc.).

82
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Outra ação importante foi o Programa de Monitoramento das Doenças Diarréicas
Agudas (PMDDA) que tem a finalidade de manejar adequadamente as diarréias para
reduzir a mortalidade por doenças diarréicas agudas e vigilância da cólera.

A partir de maio/2004, houve intensificação na sensibilização dos profissionais que


atuam nas unidades de saúde através de supervisões, reuniões e capacitação de
profissionais, refletindo num aumento de 46,6 % nas notificações das diarreias. Sendo
que 73,15% das doenças diarreicas notificadas foram tratadas com SRO – sais para
reidratação oral e 8,53% foram tratados com hidratação venosa, devido desidratação
grave.

Não houve confirmação de nenhum caso de cólera no município, desde 1995. O


Dengue também diminuiu depois de duas grandes epidemias (1998 e 2003) como se
observa na figura abaixo. Destacando-se a queda expressiva em 1999, produto do
combate ao mosquito e da colaboração da população. Em 2003, a epidemia provocada
pelo DENGUE-3, desconhecido até então, foi responsável pela alta susceptibilidade da
população.

3.1.10. Contaminação das redes hidrográficas e pluvial por despejos de


efluentes domésticos e/ou industriais, demonstrando os principais problemas
que diretamente afetam a UC.

Da perspectiva hidrográfica, a futura APA se insere na Bacia do Rio Fundão


ou Reis Magos. A sub-bacia que se insere parcialmente no Parque e na APA é a do
córrego Manguinhos.

Da perspectiva da qualidade das águas cabe destacar que estão sendo


realizadas análises específicas em vários trechos do Córrego Manguinhos; análises
de águas que serão analisadas e apresentadas no próximo relatório. Adverte-se,
porém, que a liberação de efluentes tratados neste curso de água deve ser
corretamente monitorada.

A localização da APA num ponto plano do relevo, associado ao contexto de


forte urbanização aumenta sensivelmente os riscos de contaminação de corpos
d'água, contaminação decorrente de atividades industriais e de liberação de
efluentes tratados e não tratados nos seus cursos de água.
 

83
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Na área de influência direta da UC da Bicanga em estudo, encontram-se ao
norte e ao leste: o bairro de Manguinhos e o Bairro Arquipélago de Manguinhos; ao
norte: o Parque Yahoo, o Portal Manguinhos 1ra e 2da Etapa, e o Campus Manguinhos
da UCL; ao oeste: o Clube dos 30, o Bairro Guraciaba, o Loteamento Viver Serra, os
Bairros Jardim Limoeiro e Novo Horizonte; ao sul: Os Bairros Cidade Continental e
Bicanga.

3.1.11. Caracterização da população da região do entorno e residente na UC.

De acordo com o Censo IBGE de 2010, Serra tem 409.324 habitantes, ocupando
o posto de segundo município mais populoso do estado. Seria o maior do estado com
421.677 moradores, se considerarmos os bairros que não foram contabilizados pelo
IBGE, que excluiu da população da Serra os habitantes dos bairros Nossa Senhora do
Rosário de Fátima (Bairro de Fátima), Conjunto Carapina I e Hélio Ferraz e os considerou
como pertencentes à cidade de Vitória.

Possui uma densidade populacional de 739,85 habitantes por Km2, um IDH de


0,811considerado elevado e o 33º PIB do Brasil (R$11.640.836,030, segundo IBGE
2008). O PIB per capita é de R$29.305,32, segundo o mais recente cálculo do IBGE (ano
de 2008).

A população do município é composta de 201.415 homens e 207.852 mulheres;


99,31% da população total encontra-se em situação urbana, sendo apenas 2.817
pessoas que residem em condição rural (IBGE 2010). 31,34% da sua população
declaram-se (IBGE 2010) branca, 10,45% preta, 57,00% parda, 0,92% amarela, 0,30%
indígena.

Das 343.953 pessoas com 10 ou mais anos de idade, 326.110, isto é 94,8% da
população acima de 10 anos de idade encontram-se alfabetizadas (IBGE 2010).

Existem nos 115 bairros do município, 124.994 domicílios; 88,20% são casas;
0,86% casas em condomínio; 10,13% apartamentos e 0,81% (1.012 domicílios) podem
ser consideradas habitações subnormais segundo os critérios da MCIDADES.

Na tabela 3.9 a população do Município de Serra por bairros, segundo IBGE 2010.

84
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 3.9 - População Residente por Bairros - Município de Serra

Bairros do Município de   População  Bairros do Município de   População  Bairros do Município de   População 


Serrra (hab)  Serrra (hab)  Serrra (hab) 
1 Parque das Gaivotas 3.915 39 Nova Zelândia 916 77 Civit I 17
Parque Residencial
2 Praiamar 2.045 40 Guaraciaba 2.128 78 3.548
Tubarão
3 Parque Nova Fé 744 41 Civit II 124 79 Planície da Serra 762
4 Serramar 2.952 42 Jardim Limoeiro 6.594 80 Mata da Serra 2.294
5 Reis Magos 751 43 Bicanga 1.571 81 Porto Canoa 3.390
Balneário de
6 Nova Almeida Centro 345 44 4.441 82 Santo Antônio 2.101
Carapebus
Boa Vista (Nova
7 1.631 45 Alterozas 1.641 83 Barro Branco 930
Almeida)
8 São João 2.470 46 Cidade Continental 10.356 84 Pitanga 1.630
Parque Residencial
9 Bairro Novo 414 47 Praia de Carapebus 5.462 85 1.788
Mestre Álvaro
10 Marbela 274 48 Chácara Parreiral 1.036 86 Nova Carapina I 9.647
11 Costabela 984 49 Novo Horizonte 14.146 87 Nova Carapina II 7.473
12 Praia de Capuaba 673 50 São Diogo II 761 88 Cidade Pomar 5.203
13 Enseada de Jacaraípe 1.098 51 São Diogo I 3.004 89 Eldorado 7.920
14 São Francisco 2.086 52 São Geraldo 1.651 90 Novo Porto Canoa 4.605
15 Bairro das Laranjeiras 13.502 53 Manoel Plaza 3.113 91 Serra Dourada II 7.039
16 Lagoa Jacaraípe 1.645 54 Eurico Salles 1.311 92 Serra Dourada I 4.250
17 Residencial Jacaraípe 4.419 55 Rosário de Fátima 1.609 93 Serra Dourada III 5.252

18 Costa Dourada 1.325 56 Boa Vista (Carapina) 2.663 94 Campinho da Serra II 1.154
19 Jardim Atlântico 3.099 57 Jardim Carapina 14.052 95 Vista da Serra II 3.547
20 Belvedere 835 58 Santa Luzia 2.890 96 Campinho da Serra I 1.129
Terminal Intermodal
21 Estância Monazítica 1.694 59 1 97 Planalto Serrano 15.495
da Serra
22 São Patrício 1.232 60 André Carlone 6.072 98 Vista da Serra I 6.437
23 Parque Jacaraípe 3.333 61 Carapina Grande 11.415 99 São Lourenço 753
24 São Pedro 740 62 Diamantina 1.558 100 Vila Maria Niobe 1.575
25 Castelândia 1.228 63 Central Carapina 6.272 101 Caçaroca 1.214
26 Conjunto Jacaraípe 3.101 64 Planalto Carapina 2.680 102 Fazenda Cascata 3.233
27 Valparaíso 5.683 65 Jardim Tropical 7.546 103 Serra Centro 1.725
28 Portal de Jacaraípe 988 66 Cantinho do Céu 4.374 104 Jardim Primavera 376
Centro Industrial do
29 53 67 José de Anchieta II 3.845 105 Jardim Guanabara 932
Município
30 Sítio Irema 399 68 Solar de Anchieta 1.067 106 Centro da Serra 2.465
31 Feu Rosa 19.532 69 José de Anchieta 6.363 107 São Domingos 1.293
Condomínio Ecológico
32 23 70 José de Anchieta III 2.002 108 Jardim Bela Vista 4.013
Parque da Lagoa
33 Vila Nova de Colares 17.015 71 Laranjeiras Velha 4.826 109 São Marcos 5.480
Nossa Senhora da
34 Ourimar 214 72 Taquara I 4.574 110 1.411
Conceição
35 Manguinhos 1.257 73 São Judas Tadeu 1.787 111 Colina da Serra 1.363
Parque Residencial
36 8.216 74 Taquara II 2.434 112 Jardim da Serra 727
Laranjeiras
37 Camará 536 75 Barcelona 12.707 113 Divinópolis 2.307
38 Morada de Laranjeiras 5.460 76 Maringá 2.156 114 Cidade Nova da Serra 549
Parque Residencial
Fonte: IBGE ‐ Censo Demográfico 2010. O bairro Palmeiras não consta no IBGE com esse nome. 115 272
Nova Almeida

85
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
3.1.12. Levantamento Cadastral na Área Correspondente a Nova Delimitação da
APA

Foi realizado um levantamento cadastral na área correspondente a


delimitação da APA. A Tabela 3.10 lista a relação das propriedades cadastradas,
enquanto que a Figura 3.3 mostra um mapa com a localização destas propriedades.

86
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 3.10 - Propriedades cadastradas na área da APA Bicanga

Lote Nome Proprietário Área (ha) Perímetro (m) Observação


L‐01 VALE S\A 178,80 9.277,35 Propriedade da Vale SA Limites fornecidos por moradores da área.
L‐02 Silveira 1,06 495,67 Nome e Limite fornecido pelo Sr. Idalicio L‐04 lote sem edificação
L‐03 Manoel Tavares 0,81 449,53 Nome e Limite fornecido pelo Sr. Idalicio L‐04 lote sem edificação
L‐04 Idalicio 1,02 444,25 Limite fornecido pelo proprietário lote com edificação
L‐05 Manoel França Melo 0,90 393,87 Nome e Limite fornecido pelo Sr. Idalicio L‐04 lote sem edificação
L‐06 Nono Lube 2,03 718,87 Nome e Limite fornecido pelo morador da propriedade lote com edificação
L‐07 Roberto Rodrigues 1,81 654,05 Nome e Limite fornecido pelo morador da propriedade (Zé do Coco) lote com edificação
L‐08 Pedro Lauro 1,95 574,96 Nome e Limite fornecido pelo morador (Zé do Coco) Lote‐07 lote sem edificação
L‐09 CESAN ‐ ETE 3,00 950,23 Terreno Fornecido pela VALE S\A para CESAN
L‐10 Projeto Integrado do Bairo Novo Horizonte 6,58 1.209,91 Terreno Fornecido pela VALE S\A para Prefeitura de Serra ‐ Contruçao de Casas
L‐11 Yahoo Park 17,77 1.848,56 Parque Aquático Yahoo Park
L‐12 Faixa de Servidão 0,12 512,57 Estrada carroçal de acesso aos lotes
L‐13 Lava Jato em Obra 0,13 157,80 Lote destina para construção de um Lava Jato
L‐14 Lote‐01 (Loteamento Lava Jato) 0,24 242,68 Lote com edificação
L‐15 Lote‐02 (Loteamento Lava Jato) 0,24 222,04 Lote sem edificação
L‐16 Lote‐03 (Loteamento Lava Jato) 0,08 143,62 Lote sem edificação
L‐17 Lote‐04 (Loteamento Lava Jato) 0,06 127,28 Lote sem edificação
L‐18 Lote‐05 (Loteamento Lava Jato) 0,09 138,49 Lote sem edificação
L‐19 Lote‐06 (Loteamento Lava Jato) 0,23 217,08 Lote com edificação em ruínas
L‐20 Jairo Mattos 5,40 1.063,23 Plante enviada via e‐mail com os limites da propriedade
L‐21 Mazinho 2,90 1.099,19 Limites definidos pela imagem, sem acesso a propriedade portão com cadeado
L‐22 Mariza e Luciana 10,87 2.241,31 Limie e nome do proprietário informado por moradores da região
L‐23 Área Urbana 0,76 350,24 Limite definido pela imagem e lotes vizinhos
L‐24 Área Urbana 2,11 746,41 Limite definido pela imagem e lotes vizinhos
L‐25 Área Urbana 3,86 1.659,11 Limite definido pela imagem e lotes vizinhos
L‐26 Espólio de José Olympio Gomes (Invasão) 8,60 2.673,94 Limite e nome do proprietário retirado da Planta do mpreendimento Loteamento Manguinhos
L‐27 Patricia e mais 2 irmãos 0,88 597,04 Nome e Limite fornecido pelo morador da propriedade com edificação
L‐28 Galerani 7,93 1.869,80 Nome e Limite fornecido pelo morador da propriedade com edificação
L‐29 Lote‐07 (Lotes Beira Rio) 0,11 139,42 Lote a venda sem edificação dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐30 Lote‐08 (Lotes Beira Rio) 0,06 118,33 Lote a venda sem edificação dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐31 Lote‐09 (Lotes Beira Rio) 0,17 172,68 Lote preservado dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐32 Lote‐10 (Lotes Beira Rio) 0,06 103,38 Lote com edificação dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐33 Lote‐11 (Lotes Beira Rio) 0,10 152,43 Lote com edificação em obras dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐34 Lote‐12 (Lotes Beira Rio) 0,04 86,04 Lote com edificação em obras dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐35 Lote‐13 (Lotes Beira Rio) 0,04 87,44 Lote com edificação em obras dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐36 Lote‐14 (Lotes Beira Rio) 0,04 89,08 Lote com edificação em obras dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐37 Lote‐15 (Lotes Beira Rio) 0,05 90,92 Lote com edificação dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐38 Lote‐16 (Lotes Beira Rio) 0,13 148,70 Lote com edificação dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐39 Lote‐17 (Lotes Beira Rio) 0,26 260,97 Lote com edificação dentro da Área de Restinga (Reserva Ecológica)
L‐40 Empreendimento Arquipélogo de Manguinhos 4,52 1.028,99 Lote desmatado dentro da área Ecológica de Manguinhos
L‐41 Reserva Ecológica Arquipélogo de Manguinhos 107,83 11.787,65 Área do Empreendimento destinada a Reserva Ecológica Arquipélogo de Manguinhos
L‐42 Loteamento Arquipélogo de Manguinhos 45,86 7.730,16 Venda de lotes urbanos Loteamento Arquipélogo de Manguinhos
L‐43 Clube dos Engenheiros Agronomos 1,58 508,84 Clube dos Engenheiros Agronomos limite informado pelo caseiro
L‐44 Rodrolfo Luiz\D. Bernardina (José Alves de Oliveira) 0,63 326,94 Lote a venda limite e proprietário informado pela planta do Arquipelogo Manguinhos
L‐45 Área de Restinga 1,63 1.585,58 Area destina para preservação permanente
 

   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

87
370.000 371.500 373.000 374.500
A
350000 370000 Abe v. Jos
l de é
A lm

e
ei d a

ilar
Aracruz

H
Fundão

int
a
an

t Sa
cab
7780000

7780000
a
op

gu s
Civit II .C Morada de
7.766.500

7.766.500
Av
Laranjeiras

Au
Serra

Av.
APA
Sta Manguinhos
Leopoldina Bicanga
Av.
7760000

7760000
La
Vitória ran
Cariacica
APA de Bicanga - jeir
Parque as
Proposta XY
Residencial aho
o
Laranjeiras
350000 370000
L-42
Escala: 1 : 750.000
Datum: SIRGAS 2000
L-43

Guaraciaba Córrego Lar


anjeiras

a
ng
L-40

ic a
Jardim
L-41

.B
Limoeiro
L-11

Av
L-32 L-44

os
Chácara Camará

h
Parreiral

in
gu
L-08 L-27 L-33

an
M

o
go
L-39 L-38

ântic
L-07
7.765.000

7.765.000
rre
Córr L-02


e go
Man L-30 L-37

o At l
gu i L-36
nh o
s L-06 L-09
L-05 L-21 L-22 L-31

n
L-03 L-04

Ocea
s
ho L-26 L-28
g ui n L-35
an
L-34
Av. Á

oM l L-10
eg iona
C órr M erid L-19 L-23 L-25 L-29
Av.
rtic

L-01
L-18
a

L-16 L-17 L-24


L-12
Bicanga
L-20
Novo L-15
Horizonte
Lote Descrição Lote Descrição
L-01 Propriedade da Vale SA L-23 Área Urbana
Legenda
L-02 Silveira L-24 Área Urbana L-13 L-14
L-03 Manoel Tavares L-25 Área Urbana APA Bicanga - Proposta
L-04 Idalicio L-26 Espólio de José Olympio Gomes (Invasão)
L-05 Manoel França Melo L-27 Patricia e mais 2 Irmãos Lotes
Cidade
L-06 Nono Lube L-28 Galerani

Continental
L-07 Roberto Rodrigues L-29 Lote-07
Hidrografia
rre

L-08 Pedro Lauro L-30 Lote-08


go

L-09 CESAN L-31 Lote-09


Rodovia Estadual ES-010
Ca

L-10 Projeto Integrado do Bairro Novo Horizonte L-32 Lote-10


rap

L-11 Yahoo Park L-33 Lote-11 Est


Balneário de Vias Principais
eb

rad Carapebus
7.763.500

7.763.500
L-12 Faixa de Servidão L-34 Lote-12 aC
us

ara
peb Bairros
L-13 Lava Jato em Obra L-35 Lote-13 us
L-14 Lote-01 L-36 Lote-14
L-15 Lote-02 L-37 Lote-15
Praia de PREFEITURA DA SERRA - PMS
L-16 Lote-03 L-38 Lote-16 Carapebus ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
L-17 Lote-04 L-39 Lote-17
L-18 Lote-05 L-40 Empreendimento Arquipélago de Manguinhos
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
L-19 Lote-06 L-41 Loteamento Arquipélago de Manguinhos PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL
L-20 Jairo Mattos L-42 Clube dos Engenheiros Agrônomos MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES
Datum: SIRGAS 2000
L-21 Mazinho L-43 Rodolfo Luiz\D. Bernardin-José Alves de Oliveira Sistema de Corrdenadas UTM 24S
L-22 Mariza / Luciana L-44 Área de Restinga Conteúdo: Mapa com a Localização das Propriedades
Cadastradas na Área da APA de Bicanga
370.000 371.500 373.000 FIGURA: 3.3 374.500
ESCALA: 1 : 15.000 DATA: Abril / 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
3.1.13. Estrutura econômica regional e alternativa de desenvolvimento
econômico sustentável

A configuração urbana do município decorre de um processo histórico


diferenciado de ocupação e convive com setor industrial responsável pelo 34% do
PIB estadual. A estrutura econômica regional é composta pelos segmentos,
alimentício, madeireiro, fabricação de celulose, siderúrgico e têxtil. As exportações
de minério de ferro, de produtos siderúrgicos, celulose, e granito consolidam uma
estrutura econômica de importância estadual e nacional.

Interessa aqui dar destaque a Macrorregião dos Conjuntos Habitacionais,


situada ao norte de Carapina, no entorno do CIVIT I, tendo acesso pela BR-101 e
pela Rodovia do Contorno da Grande Vitória; esta região é composta principalmente
por conjuntos habitacionais construídos pela Companhia Habitacional (COHAB) e
Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais (INOCOOP), nas décadas de
setenta e oitenta.

A região apresenta atualmente uma ocupação bem consolidada, com boa


qualidade de vida. As unidades residenciais encontram-se em sua quase totalidade
transformadas, enriquecendo a tipologia habitacional.

No CIVIT I estão localizadas 36 empresas, principalmente indústrias. No


interior dos bairros, prevalecem as atividades de comércio e serviços locais, base da
estrutura da região em estudo.

Outra Macrorregião importante do ponto de vista da estrutura econômica


regional é o Planalto de Carapina / Laranjeiras constitui o centro nervoso do
município; ali se concentram aproximadamente dois terços de sua população, 98%
do emprego industrial oferecido e a maior parte do comércio de abrangência
regional. A sua ocupação consolida-se a partir:

 Da expansão da Região Metropolitana de Vitória na sua parte Norte e a


implantação do eixo viário da rodovia BR-101, que liga Vitória, a partir da Av.
Fernando Ferrari, com o Norte do Espírito Santo, em torno do qual foram se
localizando empreendimentos comerciais, prestadores de serviços e indústrias;

89
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
 Da consolidação de importantes áreas destinadas às atividades industriais, o
Centro Industrial de Vitória I (CIVIT I) e o Centro Industrial de Vitória II (CIVIT II) que
somam 6,5 milhões de metros quadrados; a área destinada à Companhia
Siderúrgica de Tubarão (CST), com 12 milhões de metros quadrados e o Terminal
Industrial Multimodal da Serra (TIMS), com área de 1 milhão de metros quadrados;
 Da implantação, nas décadas de setenta e oitenta, de conjuntos
habitacionais, que foram responsáveis pela fixação de importante contingente
populacional.

O Desenvolvimento Econômico sustentável se cristaliza na implantação de


uma Macrozona de Uso Sustentável, composta por territórios localizados dentro e
fora do perímetro urbano, englobando as áreas da sub-bacia do Rio Jacaraípe,
Corredor Ecológico Duas Bocas, Área de Proteção Ambiental do Mestre Álvaro,
Área de Proteção Ambiental De Bicanga, Área de Proteção Ambiental da Lagoa
de Jacuném e os fragmentos florestais associados à Lagoa de Juara, que
concentram uma parte expressiva dos recursos ambientais do Município.

O macrozoneamento apresentado no PDMP de Serra se desdobra no


contexto do que se denomina o mesmo instrumento de planejamento como
"microzoneamento". Da perspectiva das macrozonas, a inserção da APA
Bicanga se insere na denomina Macrozona de Uso Sustentável, tendo na
vizinhança uma extensa Macrozona de Dinamização Urbana.

Dentre as atividades de desenvolvimento econômico sustentável destacam-se:

 Coleta e Tratamento de Resíduos Sólidos: os serviços de limpeza pública


no município de Serra são executados em regime de concessão. Os resíduos
são enviados para um aterro sanitário localizado em Cariacica. Está prevista a
construção de um novo aterro sanitário municipal no Bairro Cidade Nova da
Serra. Além dos resíduos domiciliares e comerciais, faz-se, também, a coleta do
lixo proveniente de feiras livres, praias, animais mortos, capina e poda. Ao todo
se coleta diariamente cerca de 220 toneladas de lixo,
 Varrição: o serviço de varrição de ruas e avenidas no município é
realizado duas vezes por semana em áreas pavimentadas, executadas por garis

90
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
e varredeiras mecânicas é feita diariamente. O resíduo da varrição também é
levado para o aterro sanitário;
 Coleta Seletiva: está sendo implantado o primeiro projeto de coleta
seletiva coordenado pela Prefeitura Municipal da Serra, através da Secretaria
de Serviços Públicos no bairro Jardim Tropical, onde já existia a estrutura de
uma comunidade de catadores organizada;
 Coleta e Tratamento de Esgoto: O município da Serra possui cobertura
parcial em termos de coleta e tratamento de esgoto no Estado; atendendo a
uma população aproximada de121 mil pessoas, através de 29.520 economias
ligadas ao sistema, que possui 307 quilômetros de redes coletoras, 25 estações
elevatórias e 18 estações de tratamento de esgoto.

3.1.14. Potencial de apoio à UC

O Levantamento da estrutura e infraestrutura existentes na região que podem


apoiar a gestão da UC inicia-se com a estrutura organizacional da Secretaria de
Meio Ambiente da Serra. Somam-se organizações governamentais, não-
governamentais e privadas, instituições e lideranças com potencial de pactuarem
cooperação institucional com a UC e participarem no futuro ‘Conselho Gestor’.

O número de técnicos qualificados para efetuar a gestão das UCs deverá ser
reavaliado. De preferência deveria existir uma equipe formada por técnicos de nível
superior com, pelo menos, mestrado para supervisar a elaboração e implantação de
instrumentos de normatização em áreas especialmente protegidas.

Essa equipe interdisciplinar deveria estar composta de:

 Dois biólogos (um especialista em fauna e outro em flora);


 Um especialista em Sistema de Informações Georreferenciadas;
 Um especialista em relações sóciocomunitárias e comunicação social;
 Um especialista em sócioeconomia e estruturas produtivas;
 Um especialista em desenvolvimento rural sustentável;
 Um especialista em planejamento urbano e conforto ambiental.

91
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Parcerias com ONGs, Comitês de Bacia, Polícia Ambiental, Corpo de
Bombeiros, Conselhos Comunitários, Órgão ou Instituições de Preservação
Patrimonial, Comunicadores Sociais, Agentes de Promoção Turística, Associações
Empresarias, Representações Agrárias e Associações de Educadores deveriam
atender-se com prioridade, definindo ações e programas específicos com
identificação dos agentes envolvidos em cada um. Torna-se imperiosa a
formalização e divulgação de essas parcerias, para modificar a padrões
caracterizados pela escassa institucionalização e para tornar as ações do Estado em
ações públicas (“de todos” e “divulgadas” – conhecidas por todos).

A formulação de um arranjo institucional para a implementação da gestão


ambiental eficiente e participativa da APA Bicanga deve, em primeiro lugar, ser
capaz de acelerar e aprimorar os processos decisórios e operacionais em prol da
preservação do meio ambiente, sem empatar o desenvolvimento socioeconômico da
região.

Neste sentido, uma gestão institucional participativa exige a presença


eficiente do Poder Público, o envolvimento responsável da sociedade civil e o
comprometimento concreto da iniciativa privada.

A articulação destes setores se formaliza na implementação do Conselho


Gestor e das suas Câmaras Técnicas; porém exige uma Unidade Gestora que
poderia ver-se formalizada dentro da estrutura da SEMMA e de uma Unidade
Executora que poderia ser instituída mediante a contratação de uma fundação ou na
assinatura de um contrato de parceria com uma OSCIP (Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público).

Destaca-se, não obstante, que o estabelecimento definitivo e detalhado do


modelo de gestão deverá ser produto de um processo de discussão entre as
instâncias que assumam a responsabilidade da gestão.

Outro problema fundamental para a Gestão e Manejo da UC é a captação de


recursos financeiros; a Taxa de Preservação por uso e ocupação de áreas
protegidas poderia ser implementada para todas as atividades lucrativas que se

92
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
desenvolvam na APA; isto poderia trazer equilíbrio entre demandas por espaços
privilegiados e necessidades de preservação.

Entre as instituições e instâncias que poderão participar deste arranjo


institucional para a gestão de Unidade de Conservação encontram-se algumas com:

 Atribuições de Regulação e Tutela dos Recursos Naturais: SNUC, CONAMA,


Conselho Municipal de Meio Ambiente, Fundo Municipal de Meio Ambiente,
SEMMA;
 Atribuições de Gestão: Conselho Gestor (Poder Público e Sociedade Civil);
 Atribuições de Execução: Unidade Executora dentro da SEMMA, contratação
de uma fundação ou de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público,
através de um termo de parceria.

As alternativas de instituição de uma Unidade com atribuições executivas


dependerão do grau de consenso dentro da estrutura administrativa municipal.
Destacamos, porém, que a transição para um modelo de gestão descentralizado
poderia trazer como vantagens a possibilidade de incluir neste processo
associações ou organizações da sociedade civil com capacidade técnica e agilidade
administrativa.

Desde que existam organizações dispostas a assinar junto ao Poder Público


um termo de parceria, nada juridicamente impede uma gestão compartilhada. Assim,
pode-se concluir que esta alternativa pode ser considerada desde que:

 A função de regulação e fiscalização (incluindo o “poder de polícia”) seja


exercida pelo Poder Público;
 A unidade executora, caso for uma OSCIP, tenha entre os seus objetivos
institucionais a proteção do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento
sustentável, e possa comprovar que exerce atividades de proteção/conservação há
pelo menos cinco anos;
 O Conselho Gestor seja deliberativo, consultivo e presidido pela SEMMA;
 A unidade executora, caso seja ela uma Fundação ou uma OSCIP não possa
participar do Conselho Gestor (Art. 17, Inciso 4 do Decreto 4.340 que regulamenta o
SNUC);
 

93
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
 A Prefeitura Municipal, através da SEMMA, elabore e publique Edital para
seleção de OSCIP nos termos da Lei Federal 8.666/1993 e nos termos de toda a
legislação incidente.

A alternativa de criação de uma Unidade Executora dentro da estrutura da


SEMMA é possivelmente a mais adequada até a completa implementação da UC e
detalhamento dos seguintes programas que serão apresentados pela consultora em
relatórios posteriores:

 Programa de Gerenciamento e Preservação da APA (erosão, assoreamento,


drenagem, recuperação de áreas degradadas e monitoramento dos recursos
hídricos e da mata atlântica);
 Plano de Ordenamento Territorial (zoneamento, normatização de uso e
ocupação, fiscalização e implantação da taxa de preservação ambiental);
 Programa de Operação Financeira.

A posterior desvinculação administrativa, caso se opte pela contratação de


uma Fundação ou OSCIP, não deve ser confundida com um processo de
privatização; as organizações sociais não são negócio privado, mas instituições
públicas aprimoradas na prestação de serviços e na utilização dos recursos públicos
com responsabilidade e economicidade. A Prefeitura não deixará de controlar a
aplicação dos recursos que estará transferindo a estas instituições, mas o fará
através de um instrumento de controle por resultados, que deverá ser estabelecido
nos termos de parceria.

Sintetizando, o Manejo, a Gestão, o Monitoramento, a Normatização e


Fiscalização de uma UC são ações precedidas pela elaboração de um instrumento
que permita o diagnóstico, a proposição de medidas e arranjos institucionais e de
operação financeira com o objetivo de proteger uma área específica sem empatar o
desenvolvimento econômico da região.

Este instrumento deve estabelecer uma programação com objetivos e


resultados a alcançar, definidos por indicadores e atividades, com seus respectivos
orçamentos; sendo a primeira atividade do Conselho Gestor a sua aprovação deste
instrumento.
 

94
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Neste sentido, o Plano de Manejo da APA Municipal Bicanga insere-se num
esquema geral de ação dividido em três fases:

 FASE DE ELABORAÇÃO do Plano de Gestão, elaborado pela Consultora


com participação da sociedade e do Poder Público;
 FASE DE IMPLEMENTAÇÃO física e financeira de responsabilidade da
Unidade Executora, do Conselho Gestor, das Câmaras Técnicas;
 FASE DE AVALIAÇÃO de resultados e Atualização do Plano, de
responsabilidade da Unidade Gestora, a SEMMA.

Um Plano de Manejo é gradativo, porque a evolução dos conhecimentos


sobre os recursos da Unidade de Conservação e a sua internalização por parte dos
representantes do Poder Público e da Sociedade civil condicionam a ampliação das
ações de manejo; é contínuo, porque cada nova fase englobará os conhecimentos e
as ações da fase precedente, e porque a implementação de cada nova fase deverá
considerar os resultados da fase anterior, não existindo interrupção entre as elas; ele
é flexível porque sua estrutura apresenta a possibilidade de agregar novos
conhecimentos e eventuais correções ao ordenamento territorial e manejo ambiental
da APA, durante a implementação de qualquer das fases; finalmente, ele é
participativo, porque tanto a elaboração como a implementação prevê o
envolvimento da sociedade, através das reuniões e audiências claramente
estabelecidas.

A passagem da fase de elaboração para a fase de implementação ocorrerá


quando o conhecimento compendiado houver atingido um grau de internalização
suficiente por parte da contratante e quando as ações institucionais previstas
(Unidade Executora, Conselho Gestor e Câmaras Técnicas, etc.) sejam viabilizadas.

A Infraestrutura de apoio para a implementação deste Plano de Gestão


compreende a construção/ampliação/reforma ou restauração de edificações com
funções bem definidas: Centro de vivência e local de funcionamento do Conselho
Gestor, Portões de Acesso nos principais acessos à APA, Garagens-Almoxarifado-
Alojamentos, e Torres de Observação.

95
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
É recomendada a elaboração de um projeto preliminar geral das obras onde
se defina:

 A implantação da edificação ou conjunto de edificações e seu relacionamento


com o local escolhido;
 Os acessos, estacionamentos e expansões possíveis;
 A explicitação do sistema construtivo e materiais que serão empregados;
 O número de edificações, suas destinações e locações aproximadas;
 Os esquemas gerais de infraestrutura de serviços.

Os projetos da infraestrutura a ser implantada na APA deverão ser


desenvolvidos de maneira a atender os seguintes critérios gerais:

 Apresentar um sistema racional de execução, observando as possibilidades


de expansão, mudanças de uso e reformas;
 Estabelecer, sempre que possível, um sistema de modulação;
 Adotar soluções técnicas construtivas compatíveis com o local de execução
da edificação (e respeitando o Zoneamento);
 Utilizar materiais e componentes adequados à realidade regional e ao objetivo
da edificação;
 Adotar soluções que apresentam segurança;
 Adotar soluções econômicas, de acordo com a disponibilidade financeira,
considerando também os custos de manutenção.

3.1.15. Visão das comunidades sobre a UC

A concreta implantação de uma área legalmente protegida, mas de uso


sustentável, pode acarretar impactos sobre as comunidades residentes no seu
entorno; as comunidades quando alheias ao processo decisório concernente à
política de preservação e conservação dos recursos naturais sentem-se acuadas
pelo processo de normatização, que desconhecido, gera em primeira instância
desconfiança, e uma “di-visão” do mundo social marcado pela diferenciação entre o
que o Poder Público decide e o que fazem as comunidades que o habitam. “Di-
visão” marcada pelas diferentes visões sobre a utilização dos recursos ambientais e

96
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
pela separação entre os que “acreditam nas possibilidades de preservação” e os que
“não se importam com as ações de prevenção e precaução”.

Espaços transformados em territórios, as APAS e a sua concreta implantação,


transformam-se em verdadeiros laboratórios sociais onde é possível ver em
interação a sensibilidade dos fatores naturais antropizados e as preocupações das
comunidades com as consequências de um processo de territorialização legalmente
instituído pelo poder público.

Destaca-se aqui que a relação homem – natureza sempre esteve marcada


pela ideia de dominação de um sobre o outro; as ideias de conquista, domínio, força
deverão ser trabalhadas paulatinamente e substituídas por uma nova forma de
construção do conhecimento e do território ancorados nos conceitos de consenso,
uso comum, responsabilidade partilhada.

Outra ideia muito difundida e encontrada na base dos potenciais conflitos


entre uso e conservação dos recursos naturais é a falsa dicotomia entre crescimento
e desenvolvimento: hoje sabemos que não teremos crescimento sustentado sem
desenvolvimento sustentável.

Porém, seria injusto e errado responsabilizar exclusivamente a comunidade.


Uma leitura mais incisiva dos textos relacionados à defesa do meio ambiente nos
possibilita colocar em evidência a di-visão antes citada; os critérios geralmente
utilizados para avaliar áreas prioritárias para a conservação são “naturalidade”,
“raridade”, “fragilidade”, “importância para a vida selvagem”, “valor científico”, entre
outros; poder-se-ia interpretar tais critérios como antônimos de “sociabilidade”,
“comunidade”, “fortalecimento de laços sociais”, “socialização”, “valor econômico”.

Vemos assim que o que muitas vezes provoca o conflito é a falsa di-visão do
mundo em representações simplificadas dos espaços instituídos.

Não estamos com isto negando o conflito intrínseco da vida social (interesses
divergentes, visões diferenciadas do mundo, formas de agir e de intervir
conflitantes), nem os conflitos entre os possíveis usos e formas de ocupação do
espaço. Apenas tentamos pensar num modelo de preservação dos recursos naturais
que inclua a comunidade como parte sujeito, ator e agente corresponsável pela
 

97
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
“prevenção” (adoção de medidas capazes de mitigar impactos), que tem na
“precaução” (manifestação correlacionada à ausência de certeza científica a real
possibilidade de ameaça de dano) sua principal aliada.

Parte significativa das pessoas entrevistadas em visitas preliminares se


manifestara favorável à implantação da APA, compreendem a necessidade de
proteção e muitos são cientes de que as atividades legalmente desenvolvidas
poderão continuar, e até ver-se favorecidas pela normatização de uso e ocupação
do solo e a transformação da UC em área de uso sustentável.

Muitos entendem a APA como instrumento da política ambiental interessante


do ponto de vista socioeconômico, por caracterizar-se como área de
desenvolvimento sustentável, na qual as atividades antrópicas devem ser exercidas
com responsabilidade.

98
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

4. Análise Específica da UC

99
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
4. ANÁLISE ESPECÍFICA DA UC

4.1. Situação Histórica, Geográfica e Institucional

A origem do nome do município de Serra está relacionada à origem da


cidade, localizada ao pé da SERRA ou do Monte (Montanha) do Mestre Álvaro. Já
Bicanga deve o seu nome, provavelmente, às conchas existentes nas suas praias
(canga em tupi é osso seco, concha, caroço).

O desenvolvimento do turismo na Serra decorre fundamentalmente da


existência das praias que viabilizam o turismo espontâneo da população residente
em regiões próximas e nos Estados vizinhos, especialmente Minas Gerais.

A criação das UC’ s pode ser de incumbência dos diferentes níveis de


governo; no nível federal quem cria UC’S é o Instituto Chico Mendes, no nível
estadual, para o Estado de Espírito Santo, a criação é de responsabilidade do IEMA
e no nível municipal, para o Município de Serra, a criação é de responsabilidade da
Prefeitura Municipal através da sua Secretaria de Meio Ambiente.

Os estudos técnicos são de primordial importância para determinar a escolha


da categoria e dos limites adequados à UC a ser proposta. Tais estudos são sempre
complementados por levantamentos e vistorias em campo, o que permite que se
detalhem informações sobre comunidades que porventura residam na área
proposta, se há impactos humanos e como se dão as formas de uso e ocupação do
solo.

A conclusão da fase de estudos e levantamentos em campo se concretiza


com a elaboração de uma proposta preliminar de limites e de categoria da Unidade
de Conservação. Essa proposta preliminar é utilizada para apresentação e
discussão junto à sociedade.

Vencidas todas estas etapas, a proposta é então encaminhada ao Chefe do


Poder Executivo, que no caso das Unidades de Conservação Municipais é o Prefeito
da cidade, acompanhada de todos os documentos que integram o processo de
criação da UC.

100
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Sendo a criação de unidade de conservação um ato do poder executivo,
conforme Artigo 225 da Constituição Federal, a unidade só é efetivamente criada
após a assinatura e publicação no Diário Oficial.

Segue o Decreto de Criação do Parque Natural Municipal de Bicanga de abril


de 2007, como pertencente ao grupo das unidades de conservação de proteção
integral previa uma zona de amortecimento e um tratamento compatível com zonas
rurais.

Como afirmávamos no item anterior o crescimento da cidade, a implantação


de loteamentos, condomínios e infraestrutura urbana na região e as desapropriações
de altíssimo custo econômico e social, inviabilizariam a criação de um Parque
Natural nos moldes do SNUC. Assim, propusemos a criação de uma APA – Área de
Proteção Ambiental com altas restrições de uso e ocupação nas áreas ainda bem
preservadas, através de normas e zoneamento capazes de preservar os recursos
naturais na região.

Considerando os quatro tipos de ZPA definidas no PDM, a APA BICANGA se


enquadra nas ZPA´s03; o seu futuro zoneamento será proposto considerando as
outras três tipologias: ZPA01 (APP s, Mata Atlântica, Matas Paludosas, Restinga e
Áreas Alagadas), ZPA02 (Borde de tabuleiro, Fundo de Vales e Áreas Verdes) e
ZPA04 (Parques Urbanos, Jardim Botânico e Horto Municipal).

Para tanto, é essencial conhecer os ecossistemas, os processos naturais e as


interferências antrópicas positivas ou negativas que os influenciam ou os definem,
considerando os usos que o homem faz do território, analisando os aspectos
pretéritos e os impactos atuais ou futuros de forma a elaborar meios para conciliar o
uso dos espaços com os objetivos de criação da Unidade de Conservação.

Desta forma, o manejo de uma Unidade de Conservação implica em elaborar


e compreender o conjunto de ações necessárias para a gestão e uso sustentável
dos recursos naturais em qualquer atividade no interior e em áreas do entorno dela
de modo a conciliar, de maneira adequada e em espaços apropriados, os diferentes
tipos de usos com a conservação da biodiversidade.

101
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
O plano de manejo visa levar a Unidade de Conservação a cumprir com os
objetivos estabelecidos na sua criação; definir objetivos específicos de manejo,
orientando a gestão da Unidade de Conservação; promover o manejo da Unidade de
Conservação, orientado pelo conhecimento disponível e/ou gerado.

Ele estabelece a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento,


visando a proteção de seus recursos naturais e culturais; destaca a
representatividade da Unidade de Conservação no SNUC frente aos atributos de
valorização dos seus recursos como: biomas, convenções e certificações
internacionais; estabelece normas específicas regulamentando a ocupação e o uso
dos recursos da Unidade de Conservação, zona de amortecimento e dos corredores
ecológicos; reconhece a valorização e o respeito à diversidade socioambiental e
cultural das populações tradicionais e seus sistemas de organização e de
representação social.

Dentre as questões que se destacam na Elaboração do Plano de Manejo é a


definição do Conselho Gestor. Principal instrumento de relacionamento entre as
Unidades de Conservação e a sociedade. O Conselho pode ser Consultivo ou
Deliberativo e visa promover uma gestão compartilhada da Unidade de Conservação
com ampla participação da sociedade. O conselho é presidido pelo órgão que
administra a Unidade, neste caso, a Secretaria de Meio Ambiente.

Está entre as competências do Conselho, elaborar o seu regimento interno;


acompanhar a elaboração, implementação e revisão do Plano de Manejo da UC,
garantindo seu caráter participativo; buscar a integração da UC com as demais
áreas protegidas e com o seu entorno, entre outras.

Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ambiental, Reserva


de Fauna e Reserva Particular do Patrimônio Particular são categorias com
conselhos ainda não regulamentados. O SNUC não deixa claro o tipo de Conselho
para APA’s, no entanto ICMBio está trabalhando na regulamentação da categoria e,
por exemplo, a maioria das APA’s vêm tratando seus Conselhos como Consultivos.

102
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Por último cabe mencionar que no Estado de Espírito Santo foi instituído em
dezembro de 2010 o Mosaico da Foz do Rio Doce (Portaria 489/20101-MMA).

Este instrumento de gestão integrada é frequentemente utilizado nas UC’s


que estejam próximas, sobrepostas ou justapostas; tem a finalidade de ampliar as
ações de conservação para além dos limites das UC’s, compatibilizando a presença
da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento
sustentável no contexto regional (art. 26; SNUC). O mosaico é reconhecido por meio
de ato do Ministério do Meio Ambiente, que institui um conselho consultivo para
promover a integração entre as Unidades de Conservação que o compõem.

4.2. Características Ambientais da UC

O diagnóstico ambiental procurou identificar e avaliar os principais aspectos


ambientais que levarão a verificar problemas e propor medidas mitigadoras ou
normas de uso e ocupação mais ou menos restritivas, de forma a consolidar o uso
sustentável da referida UC.

Assim, no capítulo anterior, procurou-se definir a qualidade ambiental da


região. Agora, nesta análise detalhada pretende-se consolidar as informações já
apresentadas, apresentando análises integradas, inseridas num estudo da
paisagem, aplicando técnicas de estudos visuais e estabelecendo relações entre o
desenvolvimento econômico e a conservação das paisagens cênicas.

4.2.1. Fatores Abióticos

O município de Serra localiza-se vizinho ao município de Vitória, sendo que a


região da APA Bicanga fica próximo ao litoral.

O INMET é a principal entidade de cunho federal responsável pelo monitorar


as variáveis meteorológicas e climáticas no Brasil possuindo uma rede de estações
de monitoramento climático espalhada por todo território nacional.

A Tabela 4.1 mostra valores médios mensais e anuais das variáveis


climáticas monitoradas na estação de Vitória

 
 

103
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.1 - Estatística de variáveis climatológicas monitoradas pelo INMET na Estação
Meteorológica de Vitória

Componente Zonal do Vento

Direção Resultante do Vento

Pressão Atmosférica (hPa)


Intensidade do Vento (m/s)

Componente Meridional do

Temperatura Máxima (°C)

Temperatura Mínima (°C)


Direção Predominante do
Vento (pontos cardeais e

Precipitação Total (mm)

Nebulosidade (décimos)
Insolação Total (Horas)

Umidade Relativa (%)


Temperatura Média
Evaporação (mm)

Compensada (°C)
Vento (m/s)

colaterais)
Longitude
Estação
Latitude

(graus)
(m/s)
Mês

Jan 3,29 -1,42 -0,88 NE 32 239,2 89,0 26,2 30,9 23,1 119,4 1008,7 76,0 0,5
Fev 3,31 -1,67 -0,91 NE 29 230,6 84,5 26,7 31,6 23,7 78,9 1009,2 75,0 0,4
Mar 3,06 -0,79 -0,59 NE 37 229,5 83,8 26,5 31,1 23,4 108,2 1009,3 76,0 0,5
Abr 3,22 0,67 0,39 SW 210 209,4 81,2 25,1 29,4 22,3 97,6 1010,9 76,0 0,5
Mai 2,89 0,50 0,56 SW 228 206,8 73,6 23,3 27,9 20,8 85,7 1012,9 76,0 0,4
40°19'W

Jun 2,69 0,41 0,41 SW 225 191,6 65,8 22,3 26,7 19,5 62,3 1015,1 77,0 0,4
20°19'S
Vitória

Jul 2,89 0,06 0,22 SW Calmo 193,1 67,9 21,6 25,9 18,8 85,2 1016,3 77,0 0,5
Ago 3,37 -0,65 -0,29 NE 24 213,3 77,2 22,2 26,6 19,2 40,3 1015,1 76,0 0,4
Set 3,62 -0,69 -0,52 NE 37 165,0 75,1 22,8 26,5 19,8 89,8 1014,1 77,0 0,6
Out 3,58 -0,50 -0,35 NE 35 152,8 72,9 23,5 27,3 20,8 144,4 1011,5 78,0 0,7
Nov 3,59 -0,72 -0,61 NE 40 152,9 71,7 24,4 28,2 21,6 164,7 1009,5 78,0 0,7
Dez 3,47 -1,06 -0,45 NE 23 184,2 78,3 25,5 29,6 22,4 175,8 1008,8 78,0 0,6
Ano 3,25 -0,49 -0,25 NE 27 2368,4 921,0 24,2 28,5 21,3 1252,3 1011,8 76,7 0,5

A APA Bicanga apresenta uma zona natural climática: zona 8 (Terras


quentes, planas e transição chuvosa/seca, localizada na região de planícies e
tabuleiros costeiros e nos maciços costeiros, cobrindo 75,6% do município). O
período predominantemente chuvoso ocorre entre os meses de outubro e janeiro e o
mês mais seco é agosto. A Tabela 4.2 apresenta uma síntese das suas
características.

Tabela 4.2 - Síntese das características da Zona Natural Climática 8 (Fonte: EMCAPA-NEPUT,
1999)
Temperatura Relevo Precipitação
Nº de Meses Secos, Chuvosos/Secos
Zona Média Mín. Mês Média Máx. Mês Declividade
Meses e Chuvosos**
mais Frio (°C) mais Quente (°C) Média
Secos* J F M A M J J A S O N D
4,5 C P P P P P P S P C C C
Zona 8 11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 > 8%
5,0 P P P P P P P S P C C C
* Cada dois meses parcialmente secos contam como um mês seco
** Chuvoso (C), Seco (S), Parcialmente Seco (P)

104
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tomando por base os dados de temperatura média mensal em Serra, bem
como as médias precipitadas mensalmente nos três postos pluviométricos existentes
neste município. Foram realizados três balanços hídricos climatológicos normais, de
acordo com a clássica metodologia proposta por Thornthwaite & Mather (1955),
cujos resultados encontram-se apresentados nas Tabelas 4.3 a 4.5.

Tabela 4.3 - Balanço hídrico climatológico normal no posto pluviométrico SANTA CRUZ -
LITORAL - 01940002
Meses Num T P ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
de oC mm Thornthwaite mm mm mm mm mm mm
dias Atual 1948
Jan 31 26,2 133,1 149,84 -16,8 -16,8 84,58 -15,42 148,5 1,3 0,0
Fev 28 26,7 86,4 140,17 -53,8 -70,5 49,41 -35,17 121,6 18,6 0,0
Mar 31 26,5 108,4 146,17 -37,8 -108,3 33,87 -15,54 124,0 22,2 0,0
Abr 30 25,1 73,5 114,20 -40,7 -149,0 22,55 -11,32 84,8 29,4 0,0
Mai 31 23,3 66,7 89,80 -23,1 -172,1 17,89 -4,65 71,3 18,5 0,0
Jun 30 22,3 46,1 73,40 -27,3 -199,3 13,62 -4,27 50,4 23,0 0,0
Jul 31 21,6 60,0 68,38 -8,4 -207,7 12,53 -1,09 61,1 7,3 0,0
Ago 31 22,2 41,4 76,24 -34,8 -242,5 8,85 -3,68 45,1 31,1 0,0
Set 30 22,8 56,2 83,73 -27,6 -270,1 6,72 -2,13 58,3 25,4 0,0
Out 31 23,5 109,4 99,58 9,8 -179,9 16,55 9,83 99,6 0,0 0,0
Nov 30 24,4 170,9 112,99 57,9 -29,5 74,42 57,88 113,0 0,0 0,0
Dez 31 25,5 182,7 137,40 45,3 0,0 100,00 25,58 137,4 0,0 19,7
TOTAIS 290,1 1134,8 1291,89 -157,1 441 0,00 1115,1 176,8 19,7
MÉDIAS 24,2 94,6 107,66 -13,1 36,7 92,9 14,7 1,6

Tabela 4.4. Balanço hídrico climatológico normal no posto pluviométrico FUNDÃO - 01940007
Meses Num T P ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
de oC mm Thornthwaite mm mm mm mm mm mm
dias Atual 1948
Jan 31 26,2 194,4 149,83 44,6 0,0 100,00 0,00 149,8 0,0 44,6
Fev 28 26,7 132,5 140,16 -7,7 -7,7 92,61 -7,39 139,9 0,3 0,0
Mar 31 26,5 157,0 146,17 10,8 0,0 100,00 7,39 146,2 0,0 3,5
Abr 30 25,1 98,1 114,20 -16,1 -16,1 85,13 -14,87 113,0 1,2 0,0
Mai 31 23,3 65,6 89,80 -24,2 -40,3 66,81 -18,32 83,9 5,9 0,0
Jun 30 22,3 58,7 73,41 -14,7 -55,1 57,65 -9,16 67,8 5,6 0,0
Jul 31 21,6 71,8 68,39 3,4 -49,3 61,06 3,41 68,4 0,0 0,0
Ago 31 22,2 53,9 76,25 -22,3 -71,6 48,85 -12,21 66,1 10,1 0,0
Set 30 22,8 80,6 83,73 -3,1 -74,8 47,35 -1,50 82,1 1,6 0,0
Out 31 23,5 135,3 99,58 35,7 -18,6 83,03 35,68 99,6 0,0 0,0
Nov 30 24,4 234,3 112,98 121,3 0,0 100,00 16,97 113,0 0,0 104,3
Dez 31 25,5 247,0 137,39 109,6 0,0 100,00 0,00 137,4 0,0 109,6
TOTAIS 290,1 1529,0 1291,87 237,2 942 0,00 1267,1 24,7 261,9
24,2 127,4 107,66 19,8 78,5 105,6 2,1 21,8
MÉDIAS
 
 

105
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.5. Balanço hídrico climatológico normal no posto pluviométrico VALSUGANA VELHA
– MONT. - 01940010
Meses Num T P ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
de oC mm Thornthwaite mm mm mm mm mm mm
dias Atual 1948
Jan 31 26,2 229,0 149,84 79,1 0,0 100,00 0,00 149,8 0,0 79,1
Fev 28 26,7 138,6 140,16 -1,5 -1,5 98,47 -1,53 140,1 0,0 0,0
Mar 31 26,5 192,4 146,17 46,2 0,0 100,00 1,53 146,2 0,0 44,7
Abr 30 25,1 113,8 114,20 -0,3 -0,3 99,65 -0,35 114,2 0,0 0,0
Mai 31 23,3 85,8 89,80 -4,0 -4,3 95,77 -3,88 89,7 0,1 0,0
Jun 30 22,3 73,6 73,40 0,2 -4,1 96,00 0,23 73,4 0,0 0,0
Jul 31 21,6 106,3 68,39 38,0 0,0 100,00 4,00 68,4 0,0 34,0
Ago 31 22,2 87,2 76,24 11,0 0,0 100,00 0,00 76,2 0,0 11,0
Set 30 22,8 125,2 83,73 41,5 0,0 100,00 0,00 83,7 0,0 41,5
Out 31 23,5 171,8 99,58 72,2 0,0 100,00 0,00 99,6 0,0 72,2
Nov 30 24,4 265,6 112,98 152,6 0,0 100,00 0,00 113,0 0,0 152,6
Dez 31 25,5 254,1 137,39 116,7 0,0 100,00 0,00 137,4 0,0 116,7
TOTAIS 290,1 1843,4 1291,88 551,6 1190 0,00 1291,8 0,1 551,7
MÉDIAS 24,2 153,6 107,66 46,0 99,2 107,6 0,0 46,0

A APA Bicanga está inserida na província estrutural da Mantiqueira. Esta


província apresenta as seguintes características principais (CPRM):

 Evolução orogênica é nitidamente diacrônica, de faixa a faixa, de província


para província. Os orógenos acrescionários e colisionais são identificados do
Toniano (ca. 930 Ma) ao Eo-Ordoviciano (ca. 500 - 480 Ma);
 Apresenta um diversificado cenário final de bacias tardiorogênicas a pós-
orogênicas que consubstanciam um estágio de transição às condições plataformais
a advir;
 Na estruturação brasiliana final destaca-se o papel de várias shear belts,
produto da tectônica extrusional. Estes lineamentos mostraram-se importantes focos
de ativação tectônica por todo o fanerozóico, influindo decisivamente em todas as
bacias sedimentares;
 A tectônica dúctil e rúptil destas faixas brasilianas atingiu de modo
diversificado as margens dos crátons, assim como suas coberturas e até mesmo o
embasamento em alguns corredores especiais.

No Espírito Santo, a Formação Barreiras estende-se ao longo de todo litoral


caracterizando a paisagem de falésias vivas, falésias mortas e terraços de abrasão
marinha. Estes últimos encontram-se distribuídos na praia, onde são expostos
durante a maré baixa, e na plataforma continental interna nos trechos onde uma
estrutura monoclinal íngreme ocasionou o soerguimento da superfície terciária, em
relação ao nível do mar, durante o Terciário médio.
 

106
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
As planícies sedimentares quaternárias apresentam-se pouco desenvolvidas
no litoral capixaba, estando sua evolução geológica associada às flutuações do nível
do mar e à disponibilidade de sedimentos fluviais.

As limitações e potencialidades referentes ao relevo relacionam-se com a


declividade. Assim, segundo a EMBRAPA:

 Declividades entre 0º e 16,6º permitem o parcelamento sem restrições, desde


que não seja atingida área de preservação permanente (APP);
 Declividades entre 16,7º e 24,2º, permitem o parcelamento, atendendo as
exigências das autoridades competentes;
 Declividades acima de 24,3º apresentam grandes limitações ao parcelamento,
recomendando-se a manutenção das atuais condições.

A Tabela 4.6 apresenta a divisão do relevo da APA Bicanga, segundo a


declividade em graus do terreno.

Tabela 4.6 – Classes de Declividade em Graus e em hectares


Classes de
Classificação do
Declividades Área (ha) Área (ha)
Terreno *
(Graus)
Plano 0-2 184,4 37,2%
Suave 2-5 103,6 20,9%
Ondulado 5-10 106,3 21,4%
Fortemente Ondulado 10-25 97,4 19,6%
Montanhoso 25-45 4,2 0,8%
Escarpas >45 0,03 0,01%
Total 495,9 100,0%
* Fonte: CPRM ‐ Serviço Geológico do Brasil

A Figura 4.1 apresenta um mapa de declividades das áreas de influência da


APA Bicanga.

A Figura 4.2 mostra o mapa topográfico da APA Bicanga.

Quanto à geomorfologia específica da APA Bicanga, esta apresenta um


processo geomorfológico conhecido como Dissecação Fluvial de Densidade Média e
Aprofundamento 2 (Dm2) conforme apresentado na Figura 4.3 – Mapa
Geomorfológico.
 

107
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Esse processo de dissecação não obedece a um controle estrutural nítido,
definida pela combinação das variáveis formas de topo, densidade de drenagem e
aprofundamento das incisões. A densidade e o aprofundamento são estabelecidos
pela comparação de padrões de imagem.

108
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
372.000 374.000

.
350000 370000

Fundão
Aracruz
²
7780000

7780000
Serra Córrego Marin

Sta
Leopoldina
Av.
Jo
7760000

7760000
sé A
Vitória bel
Cariacica
APA de Bicanga - d eA
l me
Proposta ida

a
350000 370000
ban
p aca
Escala: 1 : 750.000 o
.C
Av

re
Datum: SIRGAS 2000

Hila
tSaint
gus
Au
Av.
7.766.000

7.766.000
Av. Laranjeiras X Yah
oo

Córredo
L aranjeira
s

s o
inh
gu
APA Bicanga

an
goM
rre

nga
ica
Av. B
Av.
M e r id
ion
al

Legenda
Av

Hidrografia s
eb u
rti

arap
ca

re go C
Vias Principais Cór
Es

Rodovia Estadual ES-010


7.764.000

7.764.000
tra
d
a
Ca

APA Bicanga - Proposta


ra
p
eb

Classe do Relevo
us

0 - 3 (Relevo plano)

3 - 8 (Suavemente ondulado)

8 - 20 (Ondulado)

> 20 (Fortemente ondulado)

372.000 374.000

372.000 374.000

.

a rin
g oM
rre
Có Av.
J
Abe osé
Alm l de
e ida

e
Hilar
int
t Sa
gu s
a
an
cab

Au
o pa
.C

Av.
Av

APA
Bicanga

Av
.L
ar
a nje
i ra
sX
Ya
ho
7.766.000

7.766.000
o

Córredo La
ranjeiras
os
Ma órrego
in h
ngu
C

n ga ica
Av. B

s
ho
gui n
a n
g oM
rre

Av. Á

n al
idio
M er
rt i

Av.
ca

Legenda

Hidrografia
Vias Principais
s
eb u
a ra p
Rodovia Estadual ES-010 re go C
Cór
APA Bicanga - Proposta
7.764.000

7.764.000

Declividades (%)
0
1-2
3-4 PREFEITURA DA SERRA - PMS
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
5-6 E
C a s t ra d SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
ra p a
eb
7-8 us
PLANO DE MANEJO DO PNM / APA
9 - 11 BICANGA - SERRA-ES
Datum: SIRGAS 2000
12 - 23 Sistema de Corrdenadas UTM 24S
Conteúdo: Mapa de Classes de Relevo e Declividade da APA - Bicanga -
Serra / ES
372.000 374.000FIGURA: 4.1 ESCALA: 1:10.000 DATA: Outubro / 2013
371.500 373.000 374.500

Cór Av.
J
rego Abe osé Cór

.
Ma r re
Alm l de
350000 370000
ingá
eida Ma r g o
ing
á
Fundão
Aracruz
²
7780000

7780000

e
ilar
int H
Serra
a

t Sa
an
Sta a cab
op

gus
Leopoldina .C
Av
7.766.500

7.766.500
Au
7760000

7760000

Av.
Cariacica Vitória
APA de Bicanga -
Proposta 15
APA
350000 370000
Bicanga
Escala: 1 : 750.000
Datum: SIRGAS 2000

Av
.L
ar 20 20
an
je i ra
sX 15
Ya
h oo 15
10
Córredo 10
Laranjeir
as
15 5

5 10
15

15
20

20
15
10

os
ngu go
in h
20 20

rre
25


Ma
20

nga
15
20 25

ica
25 20 10

Av. B
25
7.765.000

7.765.000
15
o s
nh 30
25 gui
20 5 n 10
o Ma
15 eg 25 15
rr 15
Có 10
10 25
Av. Ártica

25
30
10
20 l 20
iona
M erid
Av.
25

25

Có r r
e
Ca r a g o
pebu
s

Legenda
Hidrografia
Vias Principais
Rodovia Estadual ES-010
Curvas de Nível - APA Bicanga
Mestra
Intermediária
Es
tra APA Bicanga - Proposta
da
Ca
7.763.500

7.763.500
rap
e bu
s PREFEITURA DA SERRA - PMS
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
PLANO DE MANEJO DO PNM / APA
BICANGA - SERRA-ES
Datum: SIRGAS 2000
Sistema de Corrdenadas UTM 24S Conteúdo: Mapa Topográfico da APA - Bicanga - Serra / ES

371.500 373.000 FIGURA: 4.2 374.500


ESCALA: 1:10.000 DATA: Outubro / 2013
350.000 360.000 370.000 380.000 390.000

a Eu
a Af ad o s caliptos

Ed v
Rodov a ry tr

ad
Estr a da r iri s Am v

e i da Pu v
i

A
ia G

logi
Mário ove st ut E ld enid

x t
42°0'0"W 41°0'0"W 40°0'0"W

rad a No
7.780.000

7.780.000
a
GEOMORFOLOGIA

a da
a C alog i Co rn P trad o

E
Mu strad Es l a d Li a

E
ar
va a

Ca
r p i o m
st a r ibe s E u a pt o s

a
c a
Formas de Relevo

do

18°0'0"S

18°0'0"S
ca
ar

E
s
t

da

ES-01 0
r
BAHIA

e ca

Es
Af - Planícies Flúvial a m

M tr

l
ri b A

Es
u
Afm - Planícies Flúvio-Marinhas (mangues e brejos)

a
r d
Es t a u ti r

i
Am - Planícies Costeiras P
Atm - Planícies Costeiras (terraços marinhos)
Df2 Df2
D1 - Domínio Colinoso e de Morros Baixos

tico
Dm2

19°0'0"S

19°0'0"S
D2 - Domínio Montanhoso (alinhamentos serranos, maciços montanhosos, front de cuestas e hogback) Avenida das
MINAS GERAIS
Lagoa Arapongas
Df1 - Domínio Colinoso e de Morros Baixos Largo do ta R
S a n u

tlân
Juara Rua zinhaP a C
Df2 - Tabuleiros Dissecados Tere ed ar
Rua La g oa Rua ron los
a
Df3 - Domínio Colinoso e de Morros Baixos Ru ira Af Dr Robso n Trinda
de
i
da e je
tra BR C er
Es be ca ESPIRITO SANTO

no A
R u er
Dg2 - - Domínio Colinoso e de Morros Baixos - 10 Ru

Ac
ri a
Jor São

a
Mu
1 Rua L

Rua dos Ipês


Ave ge
Dm2 - Tabuleiros Dissecados Ro DrR g oa n
Gua ida
APA de Bicanga
venida

a
do ob
Df3 rani (Área Proposta)

B A
asíl son FUNDÃO
M via Rua

20°0'0"S

20°0'0"S
ac a
á
ia

r
Rua Goitac

M Ru
ár G

ap
Estrad a Dm2

Ocea
io o v

Rua
Rua Rib C ai c az
Aruab a Co e r ida
Aven in a Rua ar as e s SERRA
venida Pre eirão

Av
n
Rua a s
d u a e ni d vas t

G
a Mauá to

P
l

A
Avenida
C o Vitória Ru

ad

R ua do
Rosário
Goiânia
Car a


c ra a CARIACICA
A cá i

or
ni ijós
Av. VITÓRIA

as
a R. H
Df2 J a Ru

R. R ria
R u co s ilda raipe

ua
bu a R B a a Rua VIANA
ac

Ma
r cel

Rod ov r io
i s
a b a da

J Rua Guacyra VILA VELHA

Ja
E strad a Ib ru u lo s

os a
aX

ca
Rua Negro
ing Tupan
a

Es t A r u a ba D1

n
r

u Rua

ã
Ar u Av R GUARAPARI

ia
Estrada G overna en ua Rodrigue Pa r á
Pe i d a s

Av
Ru r d
C o v as Ave

do
Tavares
ES

Aruab a s c Ma .
n B A udifax

Pa ns
Região Metropolitana de Vitória

a a is
Ro ida

r
ad a rc los
-0

do

21°0'0"S

21°0'0"S
Rua o ma Rua

ri
0 R u a B i ca s cr
a Af e

s
8

r
Ipa
aA Fortaleza

e nida
ne m u
SERRA a R

s í lia
a ida
Rua ia Ru u

u i en
v
nd A a Ca
c Lagoa Av n h os
Uberlâ a Br RIO DE JANEIRO
7.770.000

7.770.000
ar Jaconém g

M an
Ru S a n
p

Nor
Rua Guruçá

de
A ru a

da IT

Rod ul
Es

a F ta
tra IV

Estra

t e- S
a ba i a

b a da a Rua Itabira
enid s

aC
ei n
42°0'0"W 41°0'0"W 40°0'0"W

ov
itan

Av uinh o

ra
Rua

ia
a a g
p Estrad Siti o Laguna Ru s Ma n
a s il

Br
i
Ca r o ua Ve l h o a Região Se
a p a S err

P Ru a d a
CD Avenida

e nid
A

u-
u
da

deste Ru a
d

ro
ara

Aven s Pa
a

R
Petrópolis
Ou aV

Su
t ra

o de in ca s

Av
Es

Es t rad a Mo íci R
Igu ua

ul
Que

N o ovi a
ra us

Rua eiro
im

E ate
a

r te-S
ado is

1
Qu strad mi

Ja n
-1 0
ei m a do

d
a re

Rio
Ru

Ro
ad Ru o Rua Ru
o D1 a A lf

BR
a

F F az
Av e nida O it Manaus G a na

Ve rde

de
e nda
nt
o

e le
eL n da a Mestr aro
i mp az alez e Álv
a a Fo

rt
nh o Fo Ave

Ru
a Avenida Eudes APA
D1 Ru

Rua Renoir
nid

Acácia
Fazen da

Ru a
ua aV Scherrer de Souz
a Ipê a
Bo ista Bicanga
R
pitan i a R ua

Bic enida
Travessa

a
Se rgipe
ab a

ang
C

uar da
ar i
da U3
p itania

Av
Rua

ul Ge São G veni
t ra A r o 10

Rodovia Governador

ap
o
R o dov und
Es

N a Oito aim ES -010 ES - 0

A
a s cim a R Ru
ia ento

Ca Rodovi Rua Ru orrêiaRu Gu a

Mário Covas
ad a
ba

a2
Pa

Q
1 a Go u atro aru
ro a -10 Mário v p
E str

aA
ul o

R C er va

Neto o
Ave n ida

raldo
B na s

Coelh

Ru a

Ba a
o

hia
Merid ional

Ru
do

Ru
Ave A

Rua

aX
01 C v

R
r
Rodov i a Governa dor BR - 1 a e en APA de Bicanga

nid a
ida Rua Í

as a d a ú n a
dos id a ntr id a

R u B ar da
Rua
en

n dios
Av rasil STV al al (Área Proposta)

Aven
M ário Covas Af
Av

Ru a
g
B

t e-S a
en ib e
n

ua a
n id
01

R Be

a
ida

rin
-1

A ve r Ru a P
BR

Av rtic a
ir o

A
No
lph
Dm2

Á
enida
ipal BR R ua

C
eu
-10
Rua P c

l
H ade
in
I b i a va

u
a
1
Av enid
No rte-S
r
p

a
a

Ru
10
ia
ar
isa
a ad ieta
e

d c
Ru

Lu Es n c h
va do

u a
R ot a A
C o rn a

N orte

B8
R od Sul

is
Sa b äo

Ga
s
ri o o v e

a
Ru
ovi

Jo
Av Rat o
M á ia G


1

en
7.760.000

7.760.000
Ru a L
Rua

- 10

ida
do

do
G ai

BR

a
Ro

u is Rua
Am l
de

a
R u o r ais

Rua Silvino

ot Rua Dora
Ru G

Ca n
Mimosa
s

a A

v a ador

do

a
Grecco
Rua
aV i

Luis Vivacqua
M

ar a n

R u ai sot a
s
n

CARIACICA
Se ua err ern

a r
talina

Rua A lfre d o ve
i

Go C o
Ru d e

R F aF

ou t o T e i x eir aF a
vi ário
aS

C
nt e
id

Ru o do M Da
en

Pa l o n
Alfred da line
Ro
o

Av

Co iv a i
a

te

v en he
o T e xeira
ut

tã ro

Av Mic
1

ia S e r n z

od
Be

o
i

ei va
BR-10

Legenda
o
R
co

De
.L l
A aA
ria

do
2

Df2 VITÓRIA
c issão Viela 0
O

re

Rua Ludwik Ru

co í
af

Rua Vitó

im
Takla

e
B Si r e APA de Bicanga
Ro De r en z

Rio Santa
r pio lin o

ua da

Ru Espelhos d'água
Macal
dov S e

Sa
BR-10

Av e nid a ha s V a São Maria


a

S iq ue

to c e Ru u iz Rua José
c as V e l
n

R
i

ia e r

Ro o L Rodovias
nte
r

dos Reis
M

Pr o
ga
ua

Se n
1

Ca R afi Vias
Ave ra da

R Ru
Pr

m ua
m

da a Jo
Ru vera
im

ho

ar o
dor

ald
nid

Cr ão Divisão Municipal (Região Metropolitana de Vitória)


a

õe
a

s sw uz uz
Mon

D2
Ro dovia Governa

a N enha

Cr Rua Vito
O

Ru Santos
Mário Covas

ua

Finam r
do
r

Rua gro
oss
B n ida

P
Ma

tene

aB

o re
a

s
ra d

²
a7

e
albina

PREFEITURA DA SERRA - PMS


Rua l ho

i ra

Tião

D2 ntônia
Av

aA
a

e
E st

ad Ru ua das ré
Estr ib Ru D ell R cias nd
Rua Are
a

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES


Ve

E a A oni
g a a da
Se

ga Acá
Hilal

C a st n venida u
Ca ida A R arl
rtão

ib a

n
Aven a Vitória
ne re

C
a SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
rada

tr

en i d
tu a d

Ter
gaiba

Av Vis ta Es Vitóri
s

osé c
An a P

Ru a J ria Pon e
f

oa afic
B C an a Rua Ch
Ru

ira

a M iva t
o

Ru
a

Ru f i n

u D1 hal s M d u r a PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL


e
Sitio

R ara
ta
Ja

aB

Ter te
Ru

co

S
Vis

Mar e rae
Vi s t

P on

a
R ua Pe Avenid s d M MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES
Be
a

oa

Sistema de Coordenadas: UTM 24S


cei r
F

B
o

a oa ois a n h a e
dro

Rua N o la s ian re
Datum: SIRGAS2000 Praça D b M a sca nta
co

Ita
a

V iti
S

res Itaguaçu
a

a a S a Conteúdo: Mapa Geomorfológico da APA de Bicanga


ist inh Ru Lu z i
Ru a L
oB

oa
a

350.000 360.000 370.000


Figura: 4.3 ESCALA: 1:75.000 DATA: OUTUBRO/2013
390.000
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Especificamente, a APA Bicanga apresenta os Neossolos Flúvicos em torno
dos cursos d’água, que são solos derivados de sedimentos aluviais e que
apresentam caráter flúvico. Horizonte glei, ou horizontes de coloração pálida,
variegada ou com mosqueados abundantes ou comuns de redução, se ocorrem
abaixo do horizonte A, deve estar a profundidades superiores a 150 cm.

Na faixa litorânea existe uma pequena porção de Neossolos Quartzarênicos


que são solos sem contato lítico dentro de 50cm de profundidade, com sequência de
horizontes A-C, porém apresentando textura areia ou areia franca em todos os
horizontes até, no mínimo, a profundidade de 150 cm a partir da superfície do solo
ou até contato lítico; são essencialmente quartzosos, tendo nas frações areia grossa
e areia fina 95% ou mais de quartzo, calcedônia e opala e, praticamente, ausência
de minerais primários alteráveis (menos resistentes ao intemperismo).

Além dos rios Santa Maria, Jacareípe e Calogi, de maiores portes, também há
um de importante presença na área de estudo, o córrego Manguinhos, este
apresenta uma extensão aproximada de 9.670m, com uma bacia hidrográfica de
área 15,9 km² e perímetro 21,1 km.

Dentre as colinas, inúmeros vales configuram nascentes e cursos d’água


cujas maiores expressões são, além do Jacareípe, as lagoas do Juara e do
Jacuném.

O município possui uma vasta rede hidrográfica constituída de pequenos


córregos e nascentes, tanto na área rural como na urbana. Esta rede hidrográfica
está inserida na região hidrográfica do rio Reis Magos, conforme figura 4.4.

112
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
371.000 372.500 374.000 375.500

Vitó

Bra
Rua

Rua a
40°30'0"W 40°20'0"W 40°10'0"W 42°0'0"W 41°0'0"W 40°0'0"W

síli
ria
SANTA TERESA ARACRUZ

18°0'0"S

18°0'0"S
20°0'0"S

20°0'0"S
Rio BAHIA
P re t
FUNDÃO o go
ba
Cór r
² ó r r e gá
C r in
²
aioa

a log
i Ri
be
ego
P iran Ma
oC e m
C

g ir ão
rre
ego

Có Ju
ar
SANTA LEOPOLDINA a
Cór r

Rio

Lagoa Largo do Juara


S

í
an

a
ar

tico
APA de Bicanga
ta

a ng
20°10'0"S

20°10'0"S

19°0'0"S

19°0'0"S
M

M Área Proposta
a ri

o
Ri SERRA MINAS GERAIS
a

tlân
Córrego do
Sabão
Ave

to
E u R ua
ni

lip
Ipê da

ca
M a c Ru a ESPIRITO SANTO

no A
bu Rio Santa Maria
Rio B u

R u nda
ara
ndi

J a c ua
CARIACICA ba
APA

Ru á
R ra

sil

2
ar a
VITÓRIA

Ca n a
APA de Bicanga

uitib

R u aca

d e ida 2
Rua

Jeq u a
a

Ma n a

Bra

r il
C er
Bicanga

15

a çu
ejei (Área Proposta)

Ab
FUNDÃO

B ab a
VIANA ra
20°20'0"S

20°20'0"S

Cas ua 20°0'0"S

20°0'0"S
n
Pau
Rio Formate

R u ça
Rua

ei r a

Ave

Ocea
VILA VELHA

Ara

bu
B am a

a
SERRA

r esm
Rua

aúb
Imb ua
40°30'0"W 40°20'0"W 40°10'0"W

na
R
CARIACICA

uari
Qua

larr st
VITÓRIA

u
e
San a Aug
VIANA

Rua
VILA VELHA

20

t Hi
20

ni d
15 GUARAPARI

Ave
15
da o
v eni embr Região Metropolitana de Vitória
A ov

21°0'0"S

21°0'0"S
15
7.766.000

7.766.000
N
de

do S edra
10

ono
10

P
15

Rua
5
RIO DE JANEIRO
Rua Des
bravad
Có da Selva or
rred Rua
Bo
42°0'0"W 41°0'0"W 40°0'0"W
o Lar 10
Am rbolet

5
a 15 arel a
nje Ru a
ir as aE
n
Ma cont
rc a r
Ru a do o
15 Fa z
e
do ndeiro

20
R ua Ar
T

20
da
Abo igre
liçã
o
A
Tris venid
tã o a
15 Ave A ta
yde
Sag nida
10 ara
na
R
ES-010 R ua

hos
20

ua
Man rrego
do Alma

r a
20

ga
ES-010 anga

M eir
Tem
e B ic

B
guin

n
po B a
A PA d

e ir
ica
25 ta Rua

a
ro p o s


Tem

a Rio

Ru
os

B
- Á r e a e Ve po
inh

n to

ida
20

gu

Ru

Aven
15 Ju b a
n

iaba
Ma

25
25 20 10 Ru
aG
20

uar
go

D'A Gota
up
25

15
rre

gua

a
30

Ru
25 10
15
20

Rua Santo
25

Antônio
15
25
10
10
25

30

Rua Rio
10
20 Grande do Sul
20

Rua Santa
25 Catarina
Ru

Aven
7.764.500

7.764.500
Rua

Avenida id a Cu
aE

ritiba
Rua ças a

as ikin

Meridional
ia

da R
Gra manh

e ni Ho ua
F

os
Al e

ân

25
B

Av asil Aven no Ru
da s

m
a d

l u lu Rua
R u Ru a

Br d a
Ko dos S anta
i

Hawai
os

ArisRua ro

R o sa
Ru a

Rua ares
ala
di a
B

aT

a ár b a r de L
Ru d i a
lâ n o v

s
R Lo
Ru

H om
ga

Ge ra a s
R u a l es

ima
ua bo

l â n ro e

M
Ze a N
to te
Rua III
aC

Ver

Min
Rua a Vinc

n
do s

ahia
i
C a ng

is
s
Ru a

Paulo
F No

to
el

ida do
Av

R u a G ar a
Ro m

Ru
e

ia
XX

a Aven
D

de s
Ru Suéc
g

n
en

oiás
s

Jo ã

Rua
d

Rua
Hen

Av

ito Sa
Le o i

Rua
Rua B

n ab
a gs an id a Cór Ta
Vikin
Lisbo

n gerina
u

Ru a a r us
R ua

en

Car rego
o

São
s a el
Ru dia
nar

Gu a
a

id a
Paris
Ru a

R o b ri
ape
Ru

Espír
ân Legenda
Isl bus
do
a

R ua
Pa

A. G a
R ua
Sa ua
oa

pu B
Ave Hori elo
R

a
m

Ru J a n
Ru
z on t APA de Bicanga
das

a
dos do e

a ei
Ru
nid io

da ua
Av

eni bias

Ri ro
Rua Samora Ma

a
Ín d

v papo Rios
Rua da
M R u Ge R
Rua Marrocos
Yan Aven

o
A
en

Av
Ará

Ru

de
a r a ni

en
Rua Soweto
R u a mi A s t e c

Acácia
id

a
Espelhos d'água
i ro
ap me d o
Rua Steve
om ida

id
a

Rua
Mali

Ex
Saara
a

a
Ár

Pa n as
Rua

a
Bantus

le

Rua Rua
Ru s
Tex

R u ni Ce

R u m az u a
Diko

is
Curvas de Nível
Rua
tic


a a nt da

o
a Chade

A R
a

en
Ru wa m R u lia Amexei
a

Y li ra

ra
a

t
a e Intermediária

e
ra
o

t r g
O al A

a
e a pia
ip

nt
r
Ru
a ar Rua Etió R
F i ua
Mestra
u ev
en
chel

Mo dá a e c M ar gu d
Ioruba

c a
G

I n a C h ua Vias
ex da la
Rua

R u a m da

a id ei a
a

a a en
Ru Can
A m a bo

Ru o o
do

Ru R bi Av rmelh ra
C a R ua

c a g a m e R ua do Rodovias
a

u
ra

a C h i u Z V
Ru

R
Ru o
ei

r or Araça
r

Bo Rua R
Cr ua Rua da di o us
Vias
n h Is rael Rua R a Ru a d ua eir Fic
Ru Ja u a G
d s

Jo o n ha a Jaq o ia beira R u
enid a G aj
o
vos

a I va ueira do
ndi

a n O m ã Av nd C
Ru en Ru a
Rua
A tu

Rua Maomé
on ua PREFEITURA DA SERRA - PMS

²
L R d ia és R a
Rua da

Ín R
Pereira

u a ia
rre os

Rua Rua in
m

a Srilank Ru ua Ru a d
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
s

M da
o J ua ar
co
Ma u a d

í ba

Irã Persia Rua aB a R ua do zeiro u


a ir a
da B n a
B ar d a

Rua Rua or lás


as SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Ru

Ru cie
P it a
Ru gu

á Mo neu ia Abacax
i cu

Tibet Calcut C
Ru
ng


R

Ru a

i
a N osh

Rua Ave a a
us
ad

Ave eio

Rua l uc M d
a

do M da

ra
Beri

R ua do
gu d a

n c
Alaska Sib ida as a Fi ua
Hi ua

ag im

PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL


La ra

Xangai
ei

ei
Rua eira

enida
á

éria
r

Av J uá
Jeq do

nida

Sistema de Coordenadas: UTM 24S


an a
as a

ra
uitib

R
do
M Ru

MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES


Rua

Hoshimin
Ru a
ak

B Datum: SIRGAS2000
Siã ua

Rua

nj

ua
uda

o
R

Conteúdo: Mapa da Hidologia Regional


371.000 372.500 374.000 375.500
FIGURA: 4.4 ESCALA: 1:10.000 DATA: OUTUBRO/2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A análise da qualidade da água na APA Bicanga foi realizada em três
amostras coletadas em três pontos, todos no córrego Manguinhos, conforme Figura
4.5.

Os parâmetros analisados foram:

1. Análises Analíticas:

a. Físico-Químicos:

i. Nitrogênio Amoniacal Total; Fenóis Totais; Demanda Bioquímica de


Oxigênio (DBO); Sólidos Suspensos Totais; Nitrito; Nitrato; Nitrogênio
Orgânico Total; Cor Verdadeira; Surfactantes; Turbidez; Oxigênio Dissolvido
(OD); Potencial Hidrogeniônico (pH); Temperatura; Cor Aparente; Demanda
Química de Oxigênio (DQO);

b. Microbiológicos:

i. Coliformes Termotolerantes/ E. Colli; Coliformes Totais;

c. Biológicos:

i. Clorofila a;

d. Metais:

i. Chumbo Total; Zinco Total; Alumínio Total; Ferro Total; Manganês


Total; Fósforo; Cobre Total; Potássio Total; Sílica Total; Silício Total;

e. Visual:

i. Transparência;

f. Orgânicos Voláteis (VOCs)

i. Benzeno;

2. Análises Analíticas Subcontratadas:

a. Físico-Químicos:

i. Carbono Orgânico Total; Carbono Orgânico Dissolvido.

114
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
As amostras foram coletadas no dia 03/09/2013, no horário variando entre de
10h:29min e 12h:25min. As amostras de água foram armazenadas em recipientes
de plástico e borossilicato e a sua preservação foi feita através de refrigeração e
acidificação (pH<2).

A análise da qualidade da água foi realizada no laboratório Tommasi Analítica


LTDA., cuja licença sanitária está apresentada no final deste item. As análises
tiveram como parâmetro a Classe 2 das Águas Doces da Resolução CONAMA 357
de 17/03/2005.

Os relatórios de Análise, apresentados no final deste item, indicam:

 A amostra coletada no Ponto 1, a jusante da ETA da CESAN, (Rel. Analítico


002-63068-98), a concentração de Nitrogênio Amoniacal Total (5,20 mg/L, como N),
DBO (10,00 mg/L), OD (4,25 mg/L) e Fósforo Total (1,144 mg/L) encontram-se em
desacordo quando comparados com os valores estabelecidos pela Resolução 357 –
17/03/2005 – Classe 2 do CONAMA – MMA, cujos valores máximos são ≤3,70mg/L,
≤5,00 mg/L, ≥5,00mg/L e ≤0,03mg/L, respectivamente.
 Para a amostra coletada no Ponto 2 (Rel. Analítico 002-63068-100), a
concentração de Nitrogênio Amoniacal Total (3,93 mg/L, como N), DBO (6,00 mg/L),
Manganês Total (0,132 mg/L) e Fósforo Total (0,433 mg/L) encontram-se em
desacordo quando comparados com os valores estabelecidos pela Resolução 357 –
17/03/2005 – Classe 2 do CONAMA – MMA, cujos valores máximos são ≤3,70mg/L,
≤5,00 mg/L, ≤0,10mg/L e ≤0,03mg/L, respectivamente.
 Por fim, para a amostra coletada no Ponto 3 (Rel. Analítico 002-63068-99), a
concentração de Nitrogênio Amoniacal Total (5,16 mg/L, como N), OD (1,90 mg/L),
Manganês Total (0,176 mg/L) e Fósforo Total (0,319 mg/L) encontram-se em
desacordo quando comparados com os valores estabelecidos pela Resolução 357 –
17/03/2005 – Classe 2 do CONAMA – MMA, cujos valores máximos são ≤3,70mg/L,
≥5,00 mg/L, ≤0,10mg/L e ≤0,03mg/L, respectivamente.

115
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
372.000 374.000
Y
X

Nova Zelândia Y
X

.
Alterozas Y
X

r in Av. Y
X

360.000 380.000
Ma Jo
Y
X

Abe sé
Y
X

o Y
X

re g l
Alm de
Y
X

.
r
Teresa
Y
X

Có eida
Sta Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Aracruz

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

e
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

ilar
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Fundão Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

H
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
int
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

t Sa
Y
X

Y
X
Civit II

Y
X
na

Y
X
Y
X

Y
X
ba

Y
X
Y
X

Y
X
7.780.000

7.780.000

Y
X
ca
Y
X

Y
X

gu s
Y
X
pa
Y
X

Y
X
Y
X
o

Y
X
Y
X

Morada de

Y
X
.C

Y
X
Y
X

Y
X
Av

Y
X

Au
Y
X

Y
X
Y
X
Laranjeiras Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Av.
Manguinhos

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
X
Y
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

APA
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Serra
Y
X

Y
X Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Bicanga Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Sta Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Av.
Y
X

Leopoldina Y
X Y
X
Y
X

La
Y
X
Y
X Y
X

ran

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
jeir
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
as Y
X

Y
X
Y
X

XY

Y
X
Y
X

Y
X
Parque aho
Y
X

Y
X
APA de Y
X

Y
X
7.766.000

7.766.000
Y
X
Y
X

Y
X
7.760.000

7.760.000
Residencial Y
X

Y
X
Bicanga Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Laranjeiras Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Vitória

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
r re

Y
X
Y
X

Y
X
do L Cariacica

Y
X
Y
X

Y
X
aranjeEscala: 1:1.000.000

Y
X
Y
X

Y
X
iras SIRGAS2000 Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Datum:

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Sistema de Coordenadas: UTM 24S

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
V Velha

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

360.000 380.000 Y
X

Guaraciaba ES 010 Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

os
Manguinh
Y
X
Y
X

Córrego
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

1 3 Y
X
Y
X

Jardim Camará # E - 372446,68 - N - 7765328,68 Y


X
# E - 374625,33 - N - 7765354,18
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Limoeiro
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

C
Y
X
Y
X Y
X

ór
Y
X
Y
X
Y
X

re
Chácara Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

go
Y
X
Y
X

Parreiral Y
X
Y
X

M
Y
X
Y
X
Y
X

an
Y
X
Y
X 2 Y
X
Y
X

g
# E - 373689,56 - N - 7765010,30
Y
X Y
X

ui
Y
X Y
X

nh
Y
X Y
X

Y
X Y
X

os
Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X
Y
X

nga
Y
X
Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

a
Y
X Y
X

Av. Bic
Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X
Av. Á

Y
X
Y
X
Y
X

n al
Y
X
Y
X
Y
X

idio
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

M er
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
rtic

Y
X

Y
X

Av.
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Bicanga
Y
X
Y
X

Y
X Y
X

Y
X
Y
X
a

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Novo

Y
X
Y Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
X

Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

X
Y
Y
X

Y
X
Horizonte

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
X
Y

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
7.764.000

7.764.000
Y
X
Y
X
Y
X
Cidade
Continental
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
rre

Y
X
Y
X
Y
X
Escala: 1:15.000
go

Y
X
Y
X Datum: SIRGAS2000
Y
X
Balneário de
Legenda
Car

Sistema de Coordenadas: UTM 24S


Y
X
Y
X

Es
Y
X

Carapebus
Y
X
Y
X
Y
X

t ra
Y
X

ape
Y
X

Y
X
da
# Pontos de Coleta D'água
Y
X
Y
X
Ca
PREFEITURA DA SERRA - PMS
b

Y
X
ra
pe
us

Y
X
Y
X

bu
Y
X

Hidrografia Praia de ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES


Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

s
Y
X
Y
X
Y
X

Carapebus
Y
X

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE


Y
X
Y
X

Vias Principais
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Rodovia Estadual ES-010


Y
X

PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL


Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

APA de Bicanga - Proposta Y


X
Y
X
Y
X
MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Conteúdo: Mapa de Localização dos Pontos de Coleta de Amostras de
Y
X
Qualidade da Água - Bicanga - Serra / ES
372.000 Figura 4.5 ESCALA: INDICADA DATA: Outubro / 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
4.2.2. Fatores Bióticos

A região onde se encontram a Área de Proteção Ambiental de Bicanga e o


Parque Natural de Bicanga apresenta parte da diversidade fisiográfica ocorrente no
território capixaba que condiciona a ocorrência de diferentes ecossistemas do bioma
Mata Atlântica, a floresta ombrófila densa das terras baixas e as formações pioneiras
marinhas e flúvio marinhas.

O município da Serra possui uma área territorial de 551 km² onde podemos
encontrar desde restingas e manguezais, na região litorânea, remanescentes de Floresta
de Tabuleiro nos planaltos argilosos, até a Floresta Pluvial Atlântica nas encostas das
montanhas.

A variedade de ambientes encontrados na APAB e PNMB fornece muitos habitats


que abrigam espécies, muitas vezes exclusivas à determinada formação vegetal em
função das condições edáfo-climáticas, representando uma diversidade local que
necessita de maiores estudos visando ampliar o conhecimento acerca da flora local.

O diagnóstico da vegetação e da flora baseou-se na metodologia de Avaliação


Ecológica Rápida e constituiu em levantamentos bibliográficos e campanha de campo
para tomada de dados primários, realizada nos meses de julho de 2013. O
reconhecimento das tipologias se baseou nas características fitofisionômicas. Cada
trecho foi georreferenciado com GPS manual e fotografado, ocorrendo coleta de
ramos/indivíduos férteis.

A análise fitossociológica foi diferenciada quanto ao método e esforço amostral de


acordo com a comunidade vegetal considerada. Na formação herbácea não inundável foi
utilizado o método de Parcelas (MUELLER BOMBOIS & ELLENBERG, 1974). Em cada
parcela foram anotadas as espécies presentes e estimado, visualmente, a sua cobertura
percentual. A partir desses valores foram calculadas a frequência e dominância, cujos
valores relativizados indicam o valor de importância das espécies.

Os ambientes florestais foram analisados quantitativamente pelo método de


Parcelas. Para essa análise foram selecionados sete pontos com diferentes

117
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
fitofisionomias, um na restinga, quatro na área antes ocupada por floresta alta em
tabuleiro, um e florestas ciliar e outro em floresta periodicamente inundada de tabuleiro.

Com os dados retirados em campo foram calculados parâmetros estruturais


e fitossociológicos, tal como altura e diâmetro médio, área basal, riqueza e
diversidade, frequência, densidade e dominância absoluta e relativa e valor de
importância das espécies, utilizando o software “FITOPAC 2” e planilhas
eletrônicas.

A identificação das plantas foi realizada por meio de literatura especializada,


comparação com material depositado no herbário VIES, MBML e CVRD.

A APAB e PNMB estão inseridos em um mosaico de paisagem com manchas


de formações vegetais naturais dos ecossistemas restinga, manguezal e floresta de
tabuleiro e meio às áreas antropizadas dos bairros residenciais do entorno das
unidades de conservação. As diferentes tipologias encontradas na APAB e PNMB
são: pastagem, pomar, reflorestamento, macega, formação herbácea não inundável
de restinga (“halófila psamófila”), formação florestal não inundável de restinga,
manguezal, floresta alta de tabuleiro secundária (estágio inicial), floresta alta de
tabuleiro secundário (estágio médio), floresta ciliar de tabuleiro secundária (estágio
médio), floresta de várzea/ ciliar de tabuleiro e vegetação aquática/ Brejos.

A análise quantitativa da formação herbácea não inundável de restinga


realizada pelo método de parcelas distribuídas ao longo de cinco ilhas
perpendiculares ao mar na praia de Bicanga resultou na amostragem de 14
espécies, sendo a Canavalia rosea a de maior valor de importância, com valores de
frequência e cobertura superiores às demais, seguida por Ipomoea pes-capre e
Hydrocotyle filiformis, essa última com cobertura maior que a 2ª colocada, porém
com menor frequência (tabela 4.7).

118
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.7 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na formação
herbácea não inundável de restinga no PNMB, município de Serra (ES), em ordem decrescente
de Valor de Importância. (FA= frequência absoluta; FR= frequência relativa; CoA= cobertura
absoluta; CoR= Cobertura Relativa; VI= Valor de Importância)
Espécies FA FR CoA CoR VI
Canavalia rósea 0,84 21,21 27,50 26,18 47,39
Ipomoea pes-capre 0,64 16,16 20,90 19,89 36,06
Hydrocotyle verticellata 0,60 15,15 10,00 9,52 24,67
Cassytha filiformis 0,38 9,60 14,30 13,61 23,21
Stenotaphrum secundatum 0,36 9,09 8,60 8,19 17,28
Ipomoea imperatii 0,34 8,59 7,80 7,42 16,01
Blutaparon portulacoides 0,28 7,07 5,20 4,95 12,02
Panicum racemosum 0,22 5,56 5,40 5,14 10,70
Dalbergia ecastophyllum 0,12 3,03 3,90 3,71 6,74
Pennisetum clandestinum 0,08 2,02 1,20 1,14 3,16
Emilia sonchifolia 0,04 1,01 0,20 0,19 1,20
Bromelia antiacantha 0,02 0,51 0,02 0,02 0,52
Euphorbia thimifolia 0,02 0,51 0,02 0,02 0,52
Spartina ciliata 0,02 0,51 0,02 0,02 0,52

As principais espécies amostradas na APAB são indicadas para esse tipo de


ambiente de restinga, juntamente com a maioria das outras encontradas com menor
frequência e cobertura.
Já a presença de espécies como Pennisetum clandestinum e Emilia
sonchifolia são indícios da influência antrópica nesse ambiente, já que são plantas
consideradas daninhas.

O remanescente de floresta de restinga na foz do córrego Manguinhos na


APA de Bicanga foi analisado fitossociologicamente e o resultado indica que o
mesmo apresenta estrutura e padrões de riqueza e diversidade similares aos de
outros trechos degradados analisados no litoral capixaba (Tabela 4.8).

119
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.8 - Aspectos estruturais e florísticos de alguns estudos fitossociológicos em floresta
de restinga não inundável no estado do Espírito Santo. DAP = diâmetro à altura do peito
mínimo amostrado; S= nº de espécies; H’ = índice de diversidade de Shannon. Localidade: 1 -
Assis et al., 2004; 2 – Magnago, 2009; 3 – PETROBRAS/CEPEMAR, 2004; 4 –
RODOSOL/CEPEMAR, 2007.
Área DAP Densidade Área basal H’
Localidade Conservação S
(ha) (cm) (ind/ha) (m²/ha) (nats)
Presente estudo Degradada 0,1 5,0 620 9,80 13 1,83
1
Guarapari, ES Preservada 1,0 5,0 2.106 27,52 92 3,73
Vila Velha, ES 2 Preservada 0,25 10,0 1.892 28,21 74 3,65
Conceição da Barra, ES (Em
Degradada 0,05** 5,0 1.263 23,44 28 2,97
regeneração) ³
Conceição da Barra, ES
Preservada 0,09** 5,0 656 39,97 26 2,49
(Chico Pereira) ³
Conceição da Barra, ES
Preservada 0,03** 5,0 1.828 39,06 32 3,31
(Acesita)³
4
Setiba, ES Preservada 0,03 5,0 2.400 14,13 25 3.11
Setiba, ES 4 Degradada 0,03 5,0 433 0,39 13 2,21
** Foi utilizado o método de Ponto Quadrante.

A espécie de maior Valor de Importância (VI) da estrutura arbórea na floresta


analisada foi Schinus terebinthifolius com valores bem superiores às demais
espécies em todos os parâmetros fitossociológicos (tabela 4.9).

A alta mortalidade de indivíduos em florestas tropicais é fenômeno natural e


contribui com a dinâmica da vegetação em florestas tropicais.

Tabela 4.9 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
não inundável de restinga da APAB, em ordem decrescente de Valor de Importância. (G.E. -
grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST= secundária tardia;
NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequencia absoluta; FR= frequencia relativa;
DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA= dominância absoluta; DoR=
dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de Importância)
Espécies G.E. NI NP DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Schinus terebinthifolius P 30 10 300 44,78 100 25,64 4,94 45,81 90,59 116,23
Morta - 5 4 50 7,46 40 10,26 1,03 9,52 16,98 27,24
Eugenia uniflora ST 7 5 70 10,45 50 12,82 0,40 3,73 14,17 26,99
Cathedra rubricaulis NP 5 2 50 7,46 20 5,13 0,91 8,39 15,85 20,98
Inga laurina P(SI) 5 3 50 7,46 30 7,69 0,40 3,74 11,20 18,90
Myrsine guianensis P 3 3 30 4,48 30 7,69 0,72 6,70 11,17 18,87
Sideroxylon obtusifolium NP 3 3 30 4,48 30 7,69 0,67 6,19 10,67 18,36
Eugenia astringens ST 2 2 20 2,99 20 5,13 1,10 10,20 13,18 18,31
Pera glabrata SI 2 2 20 2,99 20 5,13 0,24 2,18 5,17 10,30
Esenbeckia febrifuga NP 2 2 20 2,99 20 5,13 0,22 2,04 5,03 10,16
Cecropia pachystachia P 1 1 10 1,49 10 2,56 0,12 1,12 2,61 5,18
Maytenus obtusifolia NP 1 1 10 1,49 10 2,56 0,02 0,19 1,68 4,25
Erythroxyllum sp P 1 1 10 1,49 10 2,56 0,02 0,19 1,68 4,25

120
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Outro sistema analisado quantitativamente na APA e Parque de Bicanga foi a
floresta de tabuleiro, que apresenta remanescentes secundários em locais outrora
ocupados pela floresta alta e floresta ciliar e trechos bem conservados de floresta
ciliar e de várzea.
As diferentes tipologias foram amostradas por meio de parcelas e os
resultados estruturais e de diversidade são apresentados na tabela 4.10 abaixo.

Tabela 4.10 - Aspectos estruturais e florísticos dos remanescentes de floresta de tabuleiro


amostrados (0,1ha) na APAB e PNMB, município da Serra (ES). (EI= estágio inicial; EM=
estágio médio; Dens.= densidade (ind/ha); AB= área basal (m²/ha); DAP Méd= média do
diâmetro à altura do peito; Alt Méd= altura média; S= número de espécies; H’= índice de
diversidade de Shannon; % Ram)
Vivas Mortas
Tipologia Local
Dens AB DAP Méd Alt Méd S H' % Ram Dens AB
Macega PNMB 360 5,2 11,5±7,1 6,2±2,8 13 2,07 27,0 10 0,03
EI (com exóticas) APAB 1350 13,3 10,2±4,6 7,5±2,2 15 2,37 26,3 20 0,11
EI PNMB 450 8,2 9,9±5,4 6,9±1,8 11 2,24 27,5 50 0,89
EM (floresta alta) APAB 790 16,0 13,4±9,2 8,9±2,6 40 3,44 8,6 20 0,70
EM (floresta ciliar) PNMB 910 16,9 13,8±6,8 8,9±2,4 21 2,10 23,1 110 0,96
Floresta de várzea/ciliar PNMB 830 18,2 14,7±7,7 9,6±3,1 34 3,14 9,4 20 0,09
 

A análise fitossociológica em uma área com vegetação de macega no PNMB


indicou 13 espécies, além dos mortos, com o camará e acácia australiana dividindo
as primeiras colocações de Valor de Importância com valores próximos entre si e
bem superiores às demais (Tabela 4.11). A maiorias das espécies amostradas
pertencem à grupos ecológicos pioneiros e secundários iniciais, corroborando com o
estádio de desenvolvimento da área.

Em um trecho da APAB, a vegetação outrora ocupada pela floresta alta de


tabuleiro encontra-se, atualmente, em estágio inicial de regeneração e a análise
fitossociológica indica Byrsonima sericea (murici) como maior Valor de Importância
dentre as 16 espécies amostradas, além das mortas, principalmente pela sua alta
densidade (Tabela 4.12).

121
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.11 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na vegetação
de macega (floresta de tabuleiro secundária) no PNMB, em ordem decrescente de Valor de
Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST=
secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequencia absoluta; FR=
frequencia relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA= dominância
absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de Importância)
Espécies G.E. NI NP DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Gochnatia polymorpha P 12 8 120 32,43 80 26,67 1,51 28,82 61,26 87,92
Acacia auriculiformis - 8 6 80 21,62 60 20,00 2,41 46,03 67,66 87,66
Pera glabrata SI 3 3 30 8,11 30 10,00 0,80 15,27 23,38 33,38
Xylopia sericea ST 3 3 30 8,11 30 10,00 0,07 1,37 9,48 19,48
Schinus terebinthifolius P 2 1 20 5,41 10 3,33 0,09 1,81 7,21 10,55
Eschweilera ovata ST 1 1 10 2,70 10 3,33 0,06 1,20 3,90 7,24
Platymiscium floribundum NP 1 1 10 2,70 10 3,33 0,06 1,18 3,88 7,21
Inga laurina P(SI) 1 1 10 2,70 10 3,33 0,06 1,11 3,81 7,15
Protium heptaphyllum SI 1 1 10 2,70 10 3,33 0,05 0,95 3,65 6,99
morta - 1 1 10 2,70 10 3,33 0,03 0,49 3,20 6,53
Vismia brasiliensis P 1 1 10 2,70 10 3,33 0,03 0,49 3,20 6,53
Byrsonima sericea P 1 1 10 2,70 10 3,33 0,02 0,44 3,14 6,48
Cupania racemosa NP 1 1 10 2,70 10 3,33 0,02 0,44 3,14 6,48
Himatanthus bracteatus P 1 1 10 2,70 10 3,33 0,02 0,39 3,09 6,43
 

Tabela 4.12 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta de
tabuleiro secundária (estágio inicial com exóticas) na APAB, em ordem decrescente de Valor
de Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial;
ST= secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequencia absoluta; FR=
frequencia relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA= dominância
absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de Importância)
Espécies G.E. NI NP DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Byrsonima sericea P 27 9 270 19,71 90 12,86 1,92 14,29 34,00 46,86
Pera glabrata SI 12 9 120 8,76 90 12,86 2,71 20,14 28,90 41,75
Acacia auriculiformis - 13 5 130 9,49 50 7,14 2,78 20,66 30,14 37,29
Gochnatia polymorpha P 19 7 190 13,87 70 10,00 1,45 10,77 24,64 34,64
Eschweilera ovata ST 14 6 140 10,22 60 8,57 0,95 7,07 17,29 25,86
Inga laurina P(SI) 10 7 100 7,30 70 10,00 0,82 6,13 13,43 23,43
Myrsine guianensis P 13 6 130 9,49 60 8,57 0,69 5,10 14,59 23,16
Protium heptaphyllum SI 8 5 80 5,84 50 7,14 0,45 3,37 9,21 16,35
Coccoloba alnifolia P 6 4 60 4,38 40 5,71 0,72 5,36 9,74 15,45
Swartzia apetala ST 5 3 50 3,65 30 4,29 0,31 2,27 5,92 10,21
Xylopia sericea ST 4 3 40 2,92 30 4,29 0,20 1,45 4,37 8,66
morta - 2 2 20 1,46 20 2,86 0,11 0,84 2,30 5,15
Myrsine coracea P 1 1 10 0,73 10 1,43 0,16 1,20 1,93 3,36
Cupania emarginata NP 1 1 10 0,73 10 1,43 0,14 1,04 1,77 3,20
Eugenia speciosa NP 1 1 10 0,73 10 1,43 0,02 0,15 0,88 2,31
Myrcia splendens P 1 1 10 0,73 10 1,43 0,02 0,15 0,88 2,31

No PNMB foi analisado uma área de floresta de tabuleiro em estágio inicial,


onde se amostrou 11 espécies, além dos mortas, com Pera glabrata e Gochnatia
polymorpha dividindo as duas primeiras colocações em Valor de Importância,
influenciado pelas suas elevadas áreas basais (Tabela 4.13).
 

122
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.13 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta de
tabuleiro em estágio inicial de regeneração no PNMB, em ordem decrescente de Valor de
Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST=
secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequência absoluta; FR=
frequência relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA= dominância
absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de Importância)
Espécies G.E. NI NP DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Pera glabrata SI 15 5 150 16,48 50 10 2,64 28,96 45,44 55,44
Gochnatia polymorpha P 12 7 120 13,19 70 14 2,23 24,41 37,60 51,60
Eschweilera ovata ST 18 6 180 19,78 60 12 1,09 11,99 31,77 43,77
Xylopia sericea ST 15 5 150 16,48 50 10 0,46 5,02 21,51 31,51
Coccoloba alnifolia P 8 6 80 8,79 60 12 0,45 4,97 13,76 25,76
morta - 5 5 50 5,49 50 10 0,89 9,80 15,29 25,29
Byrsonima sericea P 6 5 60 6,59 50 10 0,50 5,52 12,11 22,11
Myrsine guianensis P 5 5 50 5,49 50 10 0,57 6,23 11,73 21,73
Protium heptaphyllum SI 4 3 40 4,40 30 6 0,11 1,20 5,60 11,60
Thyrsodium spruceanum SI 1 1 10 1,10 10 2 0,13 1,40 2,49 4,49
Myrsine parvifolia P 1 1 10 1,10 10 2 0,03 0,28 1,38 3,38
Inga laurina P(SI) 1 1 10 1,10 10 2 0,02 0,22 1,32 3,32

Na APAB existe um fragmento próximo ao parque aquático Yahoo com


vegetação de floresta de tabuleiro em estágio médio de regeneração cuja
amostragem fitossociológica indicou uma melhor distribuição no Valor de
Importância dentre as principais espécies, onde os sete primeiros táxons possuem
valores de Valor de Importância próximos entre si, com Gochnatia polymorpha
ocupando a primeira colocação seguida por Pera glabrata (Tabela 4.14).

123
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.14 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
de tabuleiro em estágio médio de regeneração na APAB, em ordem decrescente de Valor de
Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST=
secundária tardia; C= clímax; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequência
absoluta; FR= frequência relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA=
dominância absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de
Importância)
Espécies G.E. NI NP DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Gochnatia polymorpha P 8 5 80 9,88 50 6,94 1,53 9,21 19,09 26,03
Pera glabrata SI 6 5 60 7,41 50 6,94 1,44 8,67 16,07 23,02
Melicoccus oliviformis NP 2 2 20 2,47 20 2,78 2,90 17,41 19,88 22,66
Oxandra nitida NP 3 3 30 3,70 30 4,17 1,76 10,57 14,28 18,44
Cupania racemosa NP 5 5 50 6,17 50 6,94 0,72 4,35 10,52 17,47
Protium heptaphyllum SI 5 5 50 6,17 50 6,94 0,37 2,24 8,42 15,36
Myrcia splendens P 4 3 40 4,94 30 4,17 0,68 4,07 9,01 13,17
morta - 2 2 20 2,47 20 2,78 0,70 4,20 6,67 9,44
Jacaranda obovata P 3 3 30 3,70 30 4,17 0,23 1,38 5,09 9,25
Ocotea sp NP 1 1 10 1,23 10 1,39 1,04 6,21 7,45 8,84
Simaba subcymosa SI 2 2 20 2,47 20 2,78 0,51 3,06 5,53 8,31
Brosimum guianense C 1 1 10 1,23 10 1,39 0,87 5,25 6,48 7,87
Thyrsodium spruceanum SI 3 2 30 3,70 20 2,78 0,19 1,11 4,82 7,59
Pseudobombax grandiflorum P(SI) 2 2 20 2,47 20 2,78 0,26 1,54 4,01 6,79
Lauraceae sp3 NP 2 2 20 2,47 20 2,78 0,22 1,31 3,78 6,55
Posoqueria latifolia SI 2 2 20 2,47 20 2,78 0,15 0,92 3,39 6,16
Cordia trichoclada P 2 2 20 2,47 20 2,78 0,13 0,77 3,24 6,02
Eugenia tinguyensis C 2 2 20 2,47 20 2,78 0,07 0,45 2,91 5,69
Simira sp NP 3 1 30 3,70 10 1,39 0,10 0,58 4,29 5,68
Anadenanthera colubrina SI 1 1 10 1,23 10 1,39 0,44 2,62 3,85 5,24
Tapirira guianensis P(SI) 1 1 10 1,23 10 1,39 0,40 2,40 3,64 5,02
Ficus mariae NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,31 1,84 3,07 4,46
Xylopia sericea ST 1 1 10 1,23 10 1,39 0,29 1,72 2,95 4,34
Eschweilera ovata ST 2 1 20 2,47 10 1,39 0,07 0,40 2,87 4,26
Carpotroche brasiliensis C 1 1 10 1,23 10 1,39 0,24 1,44 2,68 4,07
Myrsine rubra NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,21 1,24 2,48 3,87
inga flageliformis ST 1 1 10 1,23 10 1,39 0,16 0,97 2,20 3,59
Luehea divaricata P(SI) 1 1 10 1,23 10 1,39 0,08 0,46 1,70 3,08
Rubiaceae sp NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,07 0,43 1,66 3,05
Pouteria venosa C 1 1 10 1,23 10 1,39 0,07 0,43 1,66 3,05
Cupania emarginata NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,07 0,43 1,66 3,05
Zollernia latifolia C 1 1 10 1,23 10 1,39 0,06 0,37 1,61 3,00
Myrtaceae sp NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,06 0,35 1,58 2,97
Toulicia laevigata NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,05 0,28 1,51 2,90
Sloanea garckeana P(SI) 1 1 10 1,23 10 1,39 0,04 0,23 1,47 2,85
Guapira opposita SI 1 1 10 1,23 10 1,39 0,04 0,23 1,47 2,85
Solanum sp ST 1 1 10 1,23 10 1,39 0,03 0,19 1,43 2,81
Casearia commersoniana NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,03 0,19 1,43 2,81
Allophyllus petiolatus C 1 1 10 1,23 10 1,39 0,03 0,17 1,41 2,80
Chamaecrista ensiformis NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,03 0,15 1,39 2,78
Sorocea hillarii NP 1 1 10 1,23 10 1,39 0,02 0,14 1,37 2,76

124
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Uma tipologia comumente encontrada na APAB e PNMB são as florestas ciliares
de tabuleiro, nos declives dos fundos de vale, sendo que a maior parte delas já não são
matas primárias, apresentando vegetação em estágio médio de regeneração. Um
fragmento com essa tipologia teve sua estrutura analisada pelo método de parcelas e
resultou na amostragem de 21 táxons e alguns indivíduos mortos (Tabela 4.15).

Tabela 4.15 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta de
tabuleiro ciliar em estágio médio de regeneração no PNMB, em ordem decrescente de Valor de
Importância. (G.E. - grupo ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST=
secundária tardia; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequência absoluta; FR=
frequência relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA= dominância
absoluta; DoR= dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de Importância)
Espécies G.E. NI NP DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Protium heptaphyllum SI 13 7 130 14,29 70 10,94 3,66 21,59 35,88 46,82
Eschweilera ovata ST 15 9 150 16,48 90 14,06 2,01 11,88 28,36 42,43
Pera glabrata SI 6 5 60 6,59 50 7,81 3,27 19,33 25,92 33,73
Myrcia splendens P 11 6 110 12,09 60 9,38 1,86 10,95 23,04 32,42
morta - 11 7 110 12,09 70 10,94 0,96 5,65 17,74 28,68
Gochnatia polymorpha P 4 4 40 4,40 40 6,25 1,02 6,02 10,42 16,67
Cupania racemosa NP 5 3 50 5,49 30 4,69 0,86 5,10 10,59 15,28
Eugenia astringens ST 4 3 40 4,40 30 4,69 0,17 1,02 5,42 10,11
Thyrsodium spruceanum SI 2 2 20 2,20 20 3,13 0,38 2,24 4,44 7,56
inga edulis P 2 2 20 2,20 20 3,13 0,36 2,14 4,33 7,46
Anadenanthera colubrina SI 2 2 20 2,20 20 3,13 0,33 1,96 4,16 7,29
Guatteria pogonopus NP 2 2 20 2,20 20 3,13 0,24 1,41 3,60 6,73
Pseudopiptadenia contorta SI 2 1 20 2,20 10 1,56 0,50 2,96 5,15 6,72
Himatanthus bracteatus P 2 2 20 2,20 20 3,13 0,17 1,02 3,21 6,34
Garcinia brasiliensis ST 2 2 20 2,20 20 3,13 0,07 0,41 2,60 5,73
Toulicia laevigata NP 1 1 10 1,10 10 1,56 0,38 2,24 3,34 4,90
Kielmeyera membranacea P 2 1 20 2,20 10 1,56 0,07 0,42 2,62 4,18
Matayba sylvatica NP 1 1 10 1,10 10 1,56 0,25 1,47 2,57 4,14
Xylopia sericea ST 1 1 10 1,10 10 1,56 0,22 1,27 2,37 3,93
Casearia commersoniana ST 1 1 10 1,10 10 1,56 0,10 0,58 1,67 3,24
Randia armata SI 1 1 10 1,10 10 1,56 0,03 0,19 1,29 2,85
Psidium myrtoides NP 1 1 10 1,10 10 1,56 0,03 0,15 1,25 2,81

125
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.16 - Valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas na floresta
de tabuleiro de várzea/ciliar no PNMB em ordem decrescente de Valor de Importância. (G.E. - grupo
ecológico: P= pioneira; NP= não pioneira; SI= secundária inicial; ST= secundária tardia; C=
clímax; NP= nº de parcelas; NI= nº de indivíduos; FA= frequência absoluta; FR= frequência
relativa; DA= densidade absoluta; DR= densidade relativa; DoA= dominância absoluta; DoR=
dominância relativa; VC= Valor de Cobertura; VI= Valor de Importância)
Espécies G.E. NI NP DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Symphonia globulifera ST 12 6 120 14,12 60 9,68 2,68 14,64 28,75 38,43
Protium heptaphyllum SI 6 4 60 7,06 40 6,45 2,06 11,27 18,33 24,78
Henriettea succosa NP 10 4 100 11,76 40 6,45 0,98 5,37 17,13 23,58
Calophyllum brasiliensis P 2 2 20 2,35 20 3,23 2,32 12,67 15,02 18,25
Tapirira guianensis P(SI) 5 4 50 5,88 40 6,45 0,97 5,28 11,16 17,61
Pera glabrata SI 4 2 40 4,71 20 3,23 1,59 8,68 13,39 16,61
Inga edulis P 4 4 40 4,71 40 6,45 0,79 4,32 9,02 15,47
Eschweilera ovata ST 4 3 40 4,71 30 4,84 0,80 4,39 9,10 13,94
Sapium glandulatum P(SI) 5 3 50 5,88 30 4,84 0,29 1,57 7,45 12,29
Virola oleifera C 3 3 30 3,53 30 4,84 0,33 1,83 5,35 10,19
Cupania emarginata NP 2 2 20 2,35 20 3,23 0,38 2,09 4,45 7,67
Sloanea guianensis C 1 1 10 1,18 10 1,61 0,73 4,01 5,19 6,80
Manilkara bella C 1 1 10 1,18 10 1,61 0,64 3,52 4,70 6,31
morta - 2 2 20 2,35 20 3,23 0,09 0,52 2,87 6,10
Myrcia splendens P 1 1 10 1,18 10 1,61 0,51 2,78 3,96 5,57
Tibouchina sp NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,48 2,65 3,82 5,44
Licania kunthiana C 2 1 20 2,35 10 1,61 0,18 1,01 3,36 4,98
Swartzia apetala ST 2 1 20 2,35 10 1,61 0,16 0,87 3,22 4,83
Lauraceae sp2 NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,36 1,96 3,14 4,75
Bactris setosa NP 2 1 20 2,35 10 1,61 0,04 0,24 2,59 4,20
Matayba sylvatica NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,26 1,41 2,59 4,20
Lauraceae sp1 NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,26 1,41 2,59 4,20
Zanthoxylum rhoifolium P(SI) 1 1 10 1,18 10 1,61 0,24 1,31 2,49 4,10
Xylopia sericea ST 1 1 10 1,18 10 1,61 0,20 1,09 2,26 3,88
Astronium graveolens SI 1 1 10 1,18 10 1,61 0,18 1,00 2,18 3,79
Eugenia pisiformis NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,15 0,84 2,02 3,63
Myrsine guianensis P 1 1 10 1,18 10 1,61 0,10 0,56 1,74 3,35
Fabaceae sp ST 1 1 10 1,18 10 1,61 0,10 0,53 1,71 3,32
Astrocaryum aculeatissimum NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,10 0,53 1,71 3,32
Tabebuia cassinoides P(SI) 1 1 10 1,18 10 1,61 0,08 0,45 1,62 3,23
Miconia prasina SI 1 1 10 1,18 10 1,61 0,07 0,39 1,57 3,18
Solanum sp NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,06 0,32 1,49 3,11
Sorocea hillarii NP 1 1 10 1,18 10 1,61 0,04 0,19 1,37 2,98
Ficus gomelleira SI 1 1 10 1,18 10 1,61 0,03 0,16 1,33 2,95
Byrsonima sericea P 1 1 10 1,18 10 1,61 0,03 0,14 1,32 2,93

126
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A lista florística da APAB e PNM B foi formada pelas coletas realizadas durante os
estudos do plano de manejo e outras pretéritas na região, das espécies amostradas nas
análises fitossociológicas e outras observadas na área de estudo, resultando em 312
espécies vasculares, distribuídas em 96 famílias, sendo as de maior riqueza Fabaceae
(40 espécies), Myrtaceae (15), Poaceae (14), Asteraceae (12), Sapindaceae (11),
Rubiaceae (10), Bromeliaceae (9) e Araceae, Arecaceae, Melastomataceae e Moraceae
(7 cada) (Figura 2.2-18).

Essas 10 famílias representam 80% da totalidade de espécies encontradas na


área de estudo, enquanto metade das famílias está presente com apenas uma espécie. A
ocorrência de várias famílias com poucas espécies é comum, evidenciando uma
característica das florestas tropicais de apresentarem alta biodiversidade.

Dentre as espécies registradas na APAB e PNMB quatro encontram-se na


lista de ameaçadas de extinção em nível estadual (Decreto Nº 1.499-R, de
14/06/2005), sendo metade classificada no status de “Vulnerável” e a outra metade
como “Em Perigo” (4.17), uma categoria de maior grau de ameaça, demandando
maiores cuidados para a conservação dessas espécies. Além desses táxons merece
destaque ainda o registro da Malpighiaceae Stigmaphyllon angustilobum, uma liana
encontrada na vegetação de macega do PNMB e que ocorre nos estados de São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e, até o presente estudo, coletada no Espírito
Santo apenas na região do Parque do Caparaó (CRIA, 2013).

Tabela 4.17 – Espécies ameaçadas de extinção no estado do Espírito Santo registradas na


APAB e PNMB, município da Serra (ES).
Família Nome Científico Categoria Tipologia
Couratari Tabuleiro Ciliar; Estágio
Lecythidaceae asterotricha Em Perigo Inicial
Marantaceae Ischnosiphon gracilis Vulnerável Tabuleiro Várzea/Ciliar
Solanum Em Perigo
Solanaceae sooretamum Tabuleiro Ciliar
Primulaceae Jacquinia armillaris Vulnerável Floresta de Restinga

O manguezal é um ecossistema que proporciona diversas e contínuas


atividades pesqueiras por abrigar muitas espécies de peixes, moluscos e
crustáceos, beneficiando, desta forma, as comunidades ribeirinhas que se utilizam
destes recursos para consumo e/ou comercialização (Schaeffer-Novelli, 1988).
 

127
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A intensa exploração dos recursos naturais tem desestabilizado os
ecossistemas estuarinos em certas regiões do Brasil, especialmente nos
manguezais próximos aos assentamentos urbanos e industriais das grandes cidades
(Coelho et. al., 2007).

Em Setembro de 2013 foi realizada uma campanha para análises biológicas


dos crustáceos e moluscos presentes no manguezal da APA de Bicanga para
elaboração de relatório técnico para a implantação do plano de manejo
correspondente.

Para amostragem da carcinofauna semi-terrestre e da malacofauna presente na


área do entre marés no manguezal foi feito amostragens em triplicatas escolhidas
aleatoriamente por sorteio, utilizando-se quadrados de material plástico, feito com cano
de PVC, com área de 1 m2 para a amostragem da carcinofauna e de 0,3 m2 para a
malacofauna.
A biomassa dos crustáceos, referente ao peso úmido, foi feita no mesmo local
de amostragem utilizando-se balança analítica com 3 casas decimais.

Para a coleta dos crustáceos aquáticos, foi utilizada a mesma metodologia


utilizada para a ictiofauna, com coletas ocorridas nos períodos diurno e noturno em
todos os corpos d água, localizados dentro da APA de Bicanga.

Para análise da comunidade, foram utilizados os seguintes índices


ecológicos: Carcinofauna: abundância absoluta, proporção macho e fêmea,
biomassa, número de tocas, índice de diversidade, índice de equitabilidade, índice
de riqueza de espécies; Malacofauna: abundância absoluta, índice de diversidade,
índice de equitabilidade, índice de riqueza de espécies.(RUPPERT e BARNES,
1996; SAMWAYS, 2005).

Apesar da importância evidente, a conservação da diversidade de insetos tem


sido pouco explorada. Algumas diretrizes, entretanto, começam a surgir, estando
estas intimamente relacionadas com alguns aspectos do manejo da paisagem —
enfatiza-se principalmente a importância de se manter a qualidade e a
heterogeneidade do hábitat (SAMWAYS, 2005). No entanto, não existem substitutos
 

128
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
para ambientes primários nativos e inexplorados, de modo que a prioridade para a
conservação de uma área é qualquer remanescente original ainda presente, pois
são nestes remanescentes que muitas espécies raras, e endêmicas especialistas
podem ocorrer. Além de áreas intocadas, as áreas menos degradadas ou em
estágio de sucessão avançado também são importantes para a biodiversidade,
conservação e restauração de uma área. Por outro lado, as áreas muito
modificadas, em estágio de sucessão inicial, apresentam a biodiversidade reduzida
e com presença em densidades elevadas de espécies generalistas amplamente
distribuídas. A intervenção e o manejo nestas áreas podem fazer diferença e permitir
a recuperação, pelo menos em parte, da diversidade original da área. Enfatiza-se
que a restauração de um ambiente, raramente é um substituto “real” da conservação
deste mesmo ambiente se intocado (SAMWAYS, 2005).

A biodiversidade e a conservação da área foram depreciadas principalmente


pela fragmentação, além da degradação causada pela caça e extração de recursos
naturais. Na maioria dos casos relatados na literatura de fragmentação florestal,
houve perda de espécies devido, principalmente, à: destruição do habitat; redução
do tamanho da população; inibição ou redução da migração; efeito de borda
alterando o microclima, principalmente em fragmentos menores; eliminação de
espécies dependentes de outras já extintas; imigração de espécies exóticas para as
áreas desmatadas circundantes e posteriormente para o fragmento (TURNER,
1996). É relevante enfatizar que muitas espécies são susceptíveis a processos de
extinção, uma vez que estas espécies podem ocorrer em densidades populacionais
baixas e participar de interações ecológicas estreitas e complexas com outras
espécies, como as plantas floríferas e seus polinizadores, os predadores e suas
presas, etc. Assim, a extinção de uma espécie no local, que mantém relações de
dependência com outras, pode promover tanto o desaparecimento quanto a
explosão populacional de várias outras espécies com as quais ela interage (MYERS,
1987).

A conservação rigorosa das áreas menos degradadas é prioritária e


fundamental para a manutenção das espécies que ocorrem no local. Enfatizando
que as diretrizes atuais na conservação de insetos estão intimamente relacionadas
 

129
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
com a conservação do ecossistema, preservando os processos inerentemente
fundamentais a este. Enfatiza-se também que espécies animais ou vegetais
introduzidas/exóticas, como observado na área, podem ser um empecilho para a
fauna e flora nativa e a restauração destas áreas em sucessão, pois podem
substituir espécies nativas e alterar o funcionamento original dos ecossistemas
(SAMBUICHI e HARIDASAN, 2004; SAMWAYS, 2005).

Dentre os principais problemas verificados no Parque Natural Municipal de


Bicanga e ameaças às espécies que ocorrem na região estão a ocupação humana,
introdução de espécies exóticas, extração de recursos naturais, desmatamento, ausência
de mata ciliar, presença de animais domésticos, muitas trilhas, e caça. O acesso ao
público deve ser sempre fiscalizado, e deve-se fiscalizar ainda com rigor a caça e
extração ilegal de recursos naturais. Como a sucessão natural da área é importante,
deve-se evitar a extração de madeira; a educação ambiental e em saúde aos visitantes e
moradores deve ser promovida na área; manutenção de trilhas principais e extinção de
trilhas secundárias; deve-se estimular a participação da comunidade em atividades
sustentáveis na UC; uma base científica e parcerias com instituições de ensino e
pesquisa também devem ser firmadas, com o intuito de se manter projetos de
conservação na área e conhecer melhor a biodiversidade da área.

Na área em questão foram registradas algumas espécies de anfíbios que são


conhecidas de outras regiões do Brasil por serem oportunistas e invasoras, se
beneficiando de alterações antrópicas no ecossistema. As espécies Dendropsophus
bipunctatus, Dendropsophus decipiens, Dendropsophus elegans, Scinax fuscovarius,
Scinax alter e Rhinella crucifer podem ser consideradas espécies oportunistas, já que se
aproveitam de áreas antropizadas, onde geralmente possuem populações numerosas.
Rhinella crucifer, nas zonas rurais, se instala junto às habitações humanas, onde captura
insetos sob as lâmpadas (Izecksohn e Carvalho-e-Silva, 2010).

Na área do Parque Municipal Natural de Bicanga foram encontradas 12


espécies de répteis, pertencentes às ordens Crocodylia e Squamata. Os indivíduos
foram distribuídos em dez famílias e 12 gêneros (Tabela 4.18).

130
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.18 - Espécies de répteis registradas na área do PNM de Bicanga.
Endêmica da
Família/ Espécie Nome Popular Hábitos Hábitats
mata atlântica
ALLIGATORIDAE
Caiman latirostris Jacaré-do-papo-amarelo AQ AA N
TROPIDURIDAE
Tropidurus torquatus Calango T AB N
PHYLLODACTYLIDAE
Gymnodactylus darwinii Lagartixa-da-mata SA AF, AB S
TEIIDAE
Ameiva ameiva Calango-verde T AB N
POLYCHROTIDAE
Polychrus marmoratus Papa-vento A AF N
TYPHLOPIDAE
Typhlops brongersmianus Cobra-cega F AB, AF N
BOIDAE
Boa constrictor Jiboia SA AB, AF N
COLUBRIDAE
Chironius bicarinatus Cobra-cipó SA AF, AB S
DIPSADIDAE
Erythrolamprus miliaris Cobra-d’água SAQ AA N
Thamnodynastes hypoconia Jararaquinha SA AF, AB N
Philodryas olfersii Cobra-verde SA AB, AF N
VIPERIDAE
Bothrops jararaca Jararaca T AB, AF S
Legenda: HÁBITOS: T = Terrícola; A = Arborícola; SA = Semi-arborícola; F = Fossorial; AQ =
Aquático; SAQ = Semi-aquático / HÁBITAT: AF = Área Florestada; AB = Área Aberta; AA = Área
Alagada / ENDÊMICA DA MATA ATLÂNTICA: S = Sim; N = Não.

Como a área encontra-se em zona urbana, vê-se necessário um programa de


Educação Ambiental com a população local e capacitação do órgão fiscalizador, a
fim de levar a diante a importância da preservação ambiental quando se diz respeito
à fauna nativa.

O conhecimento atual da biologia das espécies de mamíferos tem colocado


em evidência a sua importância em uma série de processos nos ecossistemas
florestais (Pardini et al. 2004), pois mamíferos, como os herbívoros e frugívoros,
podem desempenhar um papel muito importante na manutenção da diversidade de
árvores da floresta, através da dispersão e predação de sementes e plântulas
(Umetsu & Pardini 2007), enquanto que os carnívoros regularizam as populações de
herbívoros, frugívoros e onívoros (Terborgh et al. 2001) que, quando estão se
reproduzindo muito, podem causar problemas agrícolas ou até mesmo de saúde
pública.

131
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A diversidade ainda presente em paisagens fragmentadas indica a relevância
e a urgência de ações de conservação que sejam realmente eficazes, aumentado as
chances de persistência das populações de mamíferos, bem como a preservação de
seus hábitats. O inventário de espécies dos quatro grupos de mamíferos
(quirópteros, pequenos mamíferos, mamíferos de médio e grande porte) foi realizado
em campanhas de campo realizadas em agosto/2013, nas quais foram utilizados os
métodos descritos a seguir. Durante o levantamento de mamíferos foram registradas
doze espécies, pertencentes a seis ordens e dez famílias, o que gera um
diversidade Shannon (H’) de 1,642 (Tabela 4.19).

Tabela 4.19 – Lista das espécies de mamíferos registradas na APA Bicanga, Serra, ES.
Estado de
Nome- conservação
Ordem Família Espécies Registro1 Dieta3
Popular (1-Iucn, 2-
Ibama, 3-ES)2
Lontra
Carnivora Mustelidae Lontra Fe; En 1-Dd Ca
longicaudis
Cerdocyon Cachorro–
Canidae En 1-Lc Io
thous do-mato
Procyon Mão–
Procyonidae Pe 1-Lc Ca
cancrivorus Pelada
Edentata Dasypodidae Dasypus sp. Tatu To 1-Lc Io
Marmosa Cuíca,
Didelphimorphia Didelphidae Ca 1-Lc Io
murina jupati
Didelphis Gambá,
Vi 1-Lc Fo
aurita sarué
Rodentia Guerlinguetus Caticoco,
Sciuridae Vi 1-Lc Io
ingrami esquilo
Hydrochoerus
Caviidae Capivara Pe, Fe 1-Lc
hydrochaeris
Rato-de-
Echimyidae Trinomys sp.
espinho
Ouriço-
Erethizontidae Coendou sp. Vi Fh
cacheiro
Sagui-da-
Callithrix
Primates Callitrichidae cara- Vi 1-Lc Go
geoffroyi
branca
Macaco-
Cebidae Cebus nigritus En 1-Qa;
prego
Phyllostomidae -
Artibeus Morcego-
Chiroptera (Subfamília: Vi 1-Lc Fo
lituratus de-fruta
Stenodermatinae)
Phyllostomidae -
Glossophaga Morcego-
(Subfamília: Vi 1-Lc Ne
soricina beija-flor
Glossophaginae)
Legenda: 1 - Quanto à forma de registro: Ca - captura; Vi – visualização; Pe - Pegada; To –
Toca; Fe – Fezes; En – Entrevista. 2 - Quanto ao estado de conservação: Dd – dados
deficientes; Lc - Pouco preocupante; QA – Quase ameaçado; Vu – Vulnerável. 3 - Quanto a
dieta alimentar: IO – insetívora/ onívora; FO – frugívora/ onívora; Frugívoro/ Herbíboro; HB –
Herbívoro Podador; GO – Gomívoro/ Onívoro; NE - nectaríforo (Fonseca et al 1996).

132
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
O fragmento florestal de Mata Atlântica da APA Bicanga apresenta grande
potencial como forma de ecoturismo e educação ambiental no município de Serra,
pois está situado em um ponto de fácil acesso.

A fauna de mamíferos, apesar de possuir, em sua maioria, espécies de pouca


relevância do ponto de vista de conservação, apresenta o sagui-da-cara-branca
(Callithrix geoffroyi), apesar de não estar ameaçada de extinção, é uma espécie
carismática entre o público em geral, a qual pode ser utilizada em campanhas de
educação ambiental e conscientização da proteção do local.

4.2.3. Situação Fundiária

O levantamento Cadastral da área inicialmente proposta (PNM Bicanga)


identificou 47 Lotes, alguns deles subdividos em parcelas menores, segundo
informações cadastrais da PMS. Segue abaixo os lotes identificados no
levantamento cadastral realizado pela Contratada (Tabela 4.20).

Tabela 4.20 - Levantamento fundiário inicial


Lote Descrição Lote Descrição
L-01 Propriedade da Vale SA L-24A Área Urbana
L-02 Silveira L-24B Área Urbana
L-03 Manoel Tavares L-25 Área Urbana
L-04 Idalício L-26 Espólio de José Olympio Gomes (Invasão)
L-05 Manoel França Melo L-27 Patrícia e mais 2 Irmãos
L-06 Nono Lube L-28 Galerani
L-07 Roberto Rodrigues L-29 Lote-07
L-08 Pedro Lauro L-30 Lote-08
L-09 CESAN L-31 Lote-09
Projeto Integrado do Bairro Novo
L-10 Horizonte L-32 Lote-10
L-11 Yahoo Park L-33 Lote-11
L-12 Faixa de Servidão L-34 Lote-12
L-13 Lava Jato em Obra L-35 Lote-13
L-14 Lote-01 L-36 Lote-14
L-15 Lote-02 L-37 Lote-15
L-16 Lote-03 L-38 Lote-16
L-17 Lote-04 L-39 Lote-17
L-18 Lote-05 L-40 Empreendimento Arquipélago de Manguinhos
L-19 Lote-06 L-41 Loteamento Arquipélago de Manguinhos
L-20 Jairo Mattos L-42 Clube dos Engenheiros Agrônomos
L-21 Mazinho L-43 Rodolfo Luiz e D. Bernardina (José Alves de Oliveira)
L-22A Mariza e Luciana L-44 Área de Restinga
L-22B Mariza e Luciana L-45 Lote-45
L-22C Mariza e Luciana L-46 Lote-46
L-22D Mariza e Luciana L-47 Lote-47
L-23 Área Urbana

133
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Para complementar o levantamento cadastral e consolidar a situação fundiária
da área agora definida pela APA Bicanga (ver figura 4.6), se sobrepôs uma imagem
satelital da região e o microzoneamento aprovado pelo Plano Diretor do Município
de Serra; este procedimento metodológico permitiu identificar algumas situações que
merecem maiores explanações.

134
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
370.000 371.000 372.000 373.000 374.000 375.000

.
Feu Rosa
Sítio
7.768.000

7.768.000
ri pe ZPA Có r Irema
reg
La oL
arip
o e
ZPA 03 eg
ó rr
C
Vila Nova
de Colares
70°0'0"W 60°0'0"W 50°0'0"W 40°0'0"W
Nova Ourimar

.
Zelândia
ZPA
03/24
Alterozas

0°0'0"

0°0'0"

ZPA

rre
go
Ma
rin

10°0'0"S
10°0'0"S
7.767.000

7.767.000
Av.
J
Abe osé
Alm l de
eida

20°0'0"S
ilar
int H

20°0'0"S
t Sa
Civit II a ZPA
an

gus
b 04
aca
op Morada de

Au
.C
Av

30°0'0"S
Laranjeiras

Av.
Manguinhos

ZPA

80°0'0"W 70°0'0"W 60°0'0"W 50°0'0"W 40°0'0"W


Av
.L
ar a
nje ZPA 01
ira 200.000 350.000 500.000
Parque sX
Ya

8.000.000

8.000.000
Residencial ho
7.766.000

7.766.000
o BH
Laranjeiras
ZPA 01

Córrego Lara
n jeiras

7.850.000

7.850.000
Guaraciaba MG

APA de Bicanga ES
Manguinhos
Córrego

Jardim
Chácara Limoeiro Camará
Parreiral

7.700.000

7.700.000
PNM Bicanga - Contorno Atual

nga
RJ
.

ica
7.765.000

7.765.000
Av. B
C ór
rego ZPA
Man 200.000 350.000 500.000
g uin 03/01
hos
ZPA 355.000 370.000
s
ho

.
in
n gu Aracruz
Ma
Av. Á

go Fundão
rre n al
Có Me ridio
rtic

Av.
Bicanga
a

7.780.000

7.780.000
Novo
Horizonte
Serra

Leopoldina
APA de Bicanga - Proposta

Sta
7.765.000

7.765.000
Có ZPA 01
7.764.000

7.764.000
rr
eg
o
C Cariacica Vitória
ar

Legenda Cidade
ap

Continental
eb

355.000 370.000
us

APA Bicanga - Proposta


ZPA 04
Parque Natural Municipal de Bicanga (Poligonal Atual)
PREFEITURA DA SERRA - PMS
Vias Principais ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
ZPA 01 Balneário de SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Bairros E
Ca strad Carapebus
rap a
Rodovia Estadual ES-010
eb
us Plano de Manejo do PNM / APA
Praia de
Bicanga - Serra - ES
ZPA - Zonas de Preservação Ambiental
Carapebus Conteúdo: Figura 4.6 - Mapa de delimitação, localização e recategorização
ZPA 01 da UC APA Bicanga - Serra / ES
Escala: Unidade: Formato:
ZPA 02 1:15.000 Metros A2
Elaboração: Data:
Acquatool Consultoria S/S Ltda. Abril / 2013
ZPA 03
7.763.000

7.763.000
Referências Cartográficas:
ZPA 04
Projeção Universal / Transversa de Mercator - UTM
Datum Horizontal: SIRGAS 2000
Datum Vertical: Marégrafo de Imbituba / Santa Catarina
370.000 371.000 372.000 373.000 374.000 375.000 Zona: 24 S
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Foram aplicados 98 questionários na área da UC em análise e os seu
entorno, 87% dos entrevistados foram abordados pela equipe da contratada na
residência dos mesmos, 6% na via pública e 7% em comércios da região. Ver figura
4.7. 68% dos que responderam voluntariamente ao questionário eram do sexo
masculino e 32% do sexo feminino. Ver figura 4.8.

LUGAR DE  SEXO
ABORDAGEM
Comérci Via 
Feminin
o Pública
7% o
6%
32%

Masculi
no
Residência… 68%

Figuras 4.7 e 4.8 - Lugar de abordagem e sexo dos entrevistados

Um dado importante há ser mencionado é que 31% dos entrevistados


consideram a falta de segurança a principal problemática a ser abordada pelo Poder
Público, enquanto que 12% consideravam necessário o aumento e a melhoria de
locais de lazer.

Um dado extremadamente preocupante para a gestão da UC é o fato de 70%


da população entrevistada não está interessada em participar das atividades
relacionadas à APA/PNM Bicanga, sendo assim necessário um programa de
educação ambiental e de comunicação social de incentivo e conscientização. Além
de que apenas 7% incluíram a sociedade civil como instância para a resolução
compartilhada de problemas ambientais.

Quando perguntados pelo interesse em participar da organização/participação


do Conselho Gestor da UC, apenas 5% aceitariam participar. 72% dos entrevistados
disseram não estar interessado em receber informações sobre a implantação do
zoneamento na unidade.

136
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
No que diz respeito aos problemas ou benefícios trazidos com a
implementação da UC, a comunidade entrevistada se manifestou ciente das
características das áreas especialmente protegidas.

4.2.4. Atividades ou Situações Conflitantes, Atuais e Futuras

A urbanização crescente foi um dos motivos para propor a recategorização da


UC, visto que se torna impossível a concreta implementação de uma unidade de
conservação de proteção integral (Parque Natural Municipal de Bicanga). Pode-se
afirmar que mesmo com a urbanização crescente é possível preservar as área de
preservação permanente associadas ao Córrego Manguinhos e as áreas de restinga
e a mata de encosta.

Os principais impactos gerados pela crescente urbanização podem ser


divididos segundo a sua natureza, intensidade e periodicidade; impactos negativos,
de grande intensidade e de longo prazo deverão ser mitigados, quando não possam
ser evitados, e deverão ser objeto de planos, programas e planos de monitoramento
específicos.

Assim, as atividades referentes à extração de material terroso (insumo para a


construção civil que se desenvolve dentro da UC e no seu entorno), cortes e aterros
discutíveis do ponto de vista ambiental, utilização não monitorada dos recursos
ambientais, deposição final de efluentes, entre outras atividades impactantes
deverão ser objeto de tratamento específico pois podem ocasionar processos
erosivos graves, assoreamento de cursos de água, problemas de drenagem
superficial, contaminação de cursos de água.

A deposição inadequada de resíduos sólidos, de origem domiciliar, comercial


e industrial deverá ser objeto de programa específico de recolecção, educação
ambiental e fiscalização com aplicação de multa ou punições. Os principais impactos
(diretos e indiretos) gerados pela disposição inadequado de resíduos sólido pode ser
considerado um impacto negativo grave sobre o meio ambiente e a saúde pública;
mesmo tendo períodos de maior ou menor incidência e intensidade deverão ser

137
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
objeto de preocupação do poder público que poderá prever a implementação de um
programa de recuperação de passivos ambientais para mitiga-los.

Já as queimadas e incêndios espontâneos ou não propositais deverão


também ser objetos de um programa de monitoramento e manutenção específicos;
estes fenômenos causam impactos negativos de grande relevância na flora e fauna
local, além de impactar a infraestrutura implantada de domínio público ou privado.

4.2.5. Desastres Naturais e Consequências

Os desastres naturais são catástrofes que ocorrem quando um ou mais


eventos físicos (tal como uma erupção vulcânica, um sismo, um desabamento, um
furacão, inundação, incêndio, ou algum outro fenômeno natural) provoca direta ou
indiretamente danos extensos à propriedade, faz vítimas e provoca grandes
alterações ambientais.

A extensão dos danos à propriedade ou do número de vítimas que resulta de


um desastre natural depende da capacidade da população a resistir ao desastre.
Esta compreensão é cristalizada na fórmula: os “desastres ocorrem quando os
perigos se encontram com a vulnerabilidade”. Desse ponto de vista, na área em
estudo, os únicos fenômenos a levar em consideração são os incêndios, frequentes
no taboal em períodos mais secos.

Os incêndios florestais são frequentemente confundidos com as queimadas


controladas, que são práticas florestais onde o fogo é utilizado de forma circunscrita
para combater ou controlar o fogo, atuando como um fator de manejo. Esta prática é
frequentemente questionada, pois mesmo sendo válida em situações muito precisas,
fortalece indiretamente, o uso de fogo por pessoas não capacitadas ou não
equipadas de forma satisfatória para controlar o fogo.

Para o combate de incêndios no taboal deverão ser observadas algumas


questões como, por exemplo, o comportamento do fogo nesse ambiente específico e
a proximidade de áreas urbanizadas ou com infraestrutura viária ou de qualquer
outro uso público.

138
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Com o crescimento das áreas residenciais na direção dos taboais existentes
na região em estudo, os seus habitantes ficaram sujeitos a um risco acrescido a este
tipo de fenômenos. Assim, algumas medidas preventivas podem a ser tomadas:
manter limpa uma faixa de 50m à volta de habitações ou outras edificações;
disponibilização de gel retardante anti-fogo; e fundamentalmente, a implementação
de um programa de educação ambientais específico.

Uma vez implantada a UC em análise, deverá ser recrutado pessoal e


equipamentos necessários para a realização de um plano de combate à incêndios,
desde a sua prevenção até o rescaldo das áreas afetadas eliminando-se todos os
vestígios remanescentes de fogo, como brasas e madeira fumegando.

4.3. Análise da Paisagem

A adoção da estratégia de conservação in situ — representada principalmente


pelas unidades de conservação — é sustentada por estudos que comprovam que as
áreas sem proteção por lei tendem a sofrer danos maiores com desmatamentos,
queimadas, caças e fragmentação.

Uma das críticas aos modelos de conservação ambiental centrados na


implementação de unidades de conservação é o fato do tamanho ideal da área para
manter, em longo prazo, uma população mínima viável de cada espécie, variar
bastante. Alguns estudos demonstram que a riqueza de um ecossistema depende
diretamente da área ocupada por ele, e que a projeção da viabilidade de uma
determinada espécie no tempo é muito complexa e peculiar para ser estimada.

O isolamento das áreas protegidas por usos de terra não compatíveis com a
biodiversidade regional poderia levar a extinção das espécies e ao colapso dos
ecossistemas naturais (MEFFE, 1997). Como as áreas protegidas não podem ser
vistas isoladamente da sua inserção política, econômica e social, surgiu também à
necessidade de se desenvolver estratégias de conservação em uma escala espacial
muito superior a escala das áreas protegidas.

Para evitar o isolamento das UCs, a adoção de outra estratégia de conservação


se faz necessária, que é a da conservação inter situ, representada principalmente pelos
 

139
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
corredores ecológicos (ou corredores de biodiversidade) e pela análise dos componentes
da paisagem; matriz, manchas, corredores. Nesta seção analisou-se a paisagem da área
da APA BICANGA e a posição estratégica dos fragmentos da vegetação no território, que
devem ser manejadas para garantir a sustentabilidade da UC.

Para analisar a paisagem utilizaram-se metodologias clássicas e de uso


internacional. Para classificação das paisagens, foram utilizados os conceitos de
Forman & Godron (1986). Visando a classificação das unidades de paisagem
(landunit) usou-se a bibliografia de Zonneveld (1979) no qual aborda que as
unidades de paisagens são unidades sistêmicas com atributos como o relevo, o solo
e a vegetação, considerando os aspectos cronológicos (distribuição geográfica das
espécies vegetais) e topográficos. Os ecótopos (sítios, tesselas, manchas)
consistem nas menores unidades da paisagem e foram delimitados após os
trabalhos de campo (determinação fitossociológica, de diversidade e
georeferenciamento) e, sobretudo através de ferramentas de SIG (Sistema de
Informação Geográfica) aonde as unidades mapeadas foram delimitadas em shapes
e zoneadas de acordo com os critérios da análise de paisagem, os quais foram
feitos mapas específicos em escala 1:10.000. Estas foram medidas para análises
dos tamanhos dos fragmentos e da ecologia da paisagem da APA, considerando
sua delimitação e entorno.

Na análise da paisagem da APA BICANGA foram delimitadas estruturas


denominadas manchas ou fragmentos (Tabela 4.21). Uma mancha – retalho ou
remendo (do inglês patch) – pode ser definida como uma superfície não regular que
difere em aparência de seu entorno. As manchas variam em tamanho, forma, tipo,
heterogeneidade e características de borda.

Na APA - Bicanga foram delimitados 126 fragmentos distribuídos segundo a


tipificação do uso e ocupação do solo nas categorias apresentadas nas tabela 4.21.

140
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 4.21 - Distribuição das manchas ou fragmentos segundo a tipificação do uso e
ocupação do solo
Número de 
Tipificação de Uso e   Área Total da  Área Total da  Área Média  Perímetro Médio  Compacidade 
Fragmentos 
ocupação do solo categoria (ha)  categoria (%)  (ha) (m) Média
da categoria 
 Área Urbanizada               149,45  30%                      33                  4,53                1.025,49                   2,10 
 Mata de Encosta                 90,92  18%                      59                  0,15                    903,11                   2,11 
 Mata Paludosa, Várzeas e 
             116,57  24%                      10               11,74                2.458,94                   2,27 
Áreas úmidas 
 Restinga                 13,11  3%                        2                  6,56                1.420,21                   1,61 
 Vegetação de Tabuleiro                 51,77  11%                      11                  4,71                    991,99                   1,52 
 Vegetação Rasteira / Área 
               70,12  14%                      11                  0,64                1.196,74                   1,78 
de Pastagem 
Totais / Médias Globais              491,95  100%                   126                  0,39                1.095,22                   2,02 

4.4. Declaração de Significância

A APA de Bicanga, Serra/ES, apesar de estar localizada em uma área com


intensa atividade antrópica em seu entorno, apresenta uma diversidade de
ecossistemas abrangente, como Restinga (Herbácea não inundável, Floresta não
inundável), Floresta de Tabuleiro, Floresta de várzea/ciliar de Tabuleiro (estágio
médio), macega e florestas estágio inicial. Esta diversidade de ambientes
possibilitaria um aumento da diversidade da biota local, porém devido a esta ação
antrópica invasiva, há impactos diretos e indiretos sobre a fauna e flora locais levam
a uma diminuição das espécies faunísticas, devido à diversos impactos, como a
invasão de espécies exóticas.

As 10 famílias de flora registada representam 80% da totalidade de espécies


encontradas na área de estudo, enquanto metade das outras famílias apresenta-se
com apenas uma espécie. A ocorrência de várias famílias com poucas espécies é
comum, evidenciando uma característica das florestas tropicais de apresentarem
alta biodiversidade.

O ambiente estuarino é caracterizado pela variação da maré, que causa o


aporte de água salgada durante algumas horas do dia. Apesar da presença de um
canal de conexão entre o mar e o rio, este, provavelmente não possui uma largura e
profundidade suficiente para permitir esta entrada de água salgada. Esta pequena
profundidade do canal pode estar relacionado ao tipo de topografia do sedimento
local, associado ao assoreamento ocasionado pela retirada da vegetação local e
lançamento de lixo, o que diminui o fluxo de água.
 

141
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Como grande parte da APA é formada por uma área alagada, mostrou-se de
extrema importância para o município de Serra por ser a única área com este tipo de
formação vegetal neste município em área urbana protegida na forma de Unidade de
Conservação. Esta formação é de grande importância para a herpetofauna na área,
a qual se apresentou com uma riqueza relativamente alta, pois no pequeno tempo
de esforço amostral, foi registrado um número razoável de espécies.

Dentre os principais problemas verificados na área de estudo e ameaças às


espécies que ocorrem na região estão a ocupação humana, introdução de espécies
exóticas, extração de recursos naturais, desmatamento, ausência de mata ciliar,
presença de animais domésticos, número elevado de trilha irregulares e caça.

Em termos de paisagem cênica, é inegável o alto valor de significância


atribuído pela equipe elaborada do plano de manejo e pelo município de Serra, a
qual tem nas matas paludosas, restingas, manguezais, praias, uma área de extrema
relevância paisagística.

142
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

5. Planejamento, Manejo e Implementação da Unidade de Conservação


Municipal APA Bicanga – Serra/ ES.

143
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
5. PLANEJAMENTO, MANEJO E IMPLEMENTAÇÃO DA UNIDADE DE
CONSERVAÇÃO MUNICIPAL APA BICANGA – SERRA/ ES.

Neste capítulo são estabelecidos os objetivos específicos do manejo da UC.


Em seguida se estabelecem normas de uso para a área, através do zoneamento.
Com base neste zoneamento são identificadas as propostas de ação (atividades,
subatividades e normas específicas).

As normas gerais de manejo estabelecem a orientação para procedimentos


gerais na unidade e para o planejamento por áreas, constituindo a forma de planejar
a Unidade de Conservação e sua região segundo áreas específicas.

Finalmente o cronograma físico-financeiro detalha custos prováveis para as


ações propostas, permitindo uma avaliação do custo total ou parcial da implantação
do Plano de Manejo, identificando, ainda, fontes potenciais de financiamento.

A partir dos fenômenos e condições externas e inerentes à UC e de suas


interações tem-se Matriz de Avaliação Estratégica, apresentada na Tabela 5.1.

144
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.1 - Matriz de Avaliação Estratégica

AMBIENTE INTERNO AMBIENTE EXTERNO PREMISSAS


Pontos Fracos Ameaças Defensivas ou de Recuperação
- Monitoramento e fiscalização - Descontinuidades das ações do - Elaborar estratégias de gestão e
insuficientes; Poder Público; monitoramento (curto prazo);
- Recursos humanos escassos; - Acelerado processo de - Elaborar Programa de Educação
ocupação/expansão urbana; Ambiental (curto prazo);
- Ausência de monitoramentos dos - Fragmentação da restinga; uso - Elaborar um Programa de Comunicação
fragmentos florestais; inadequado de áreas frágeis. Social (curto prazo);
- Ausência de placas que identifiquem a - Equacionar e capacitar o quadro funcional
FORÇAS RESTRITIVAS

área como área legalmente protegida; com as necessidades de fiscalização,


Tráfego intenso nas vias que contornam monitoramento e implantação de UCs
a APA; (médio prazo);
- Escassa articulação entre os órgãos - Implementar um sistema de fiscalização
públicos nas questões ambientais de eficiente (médio prazo);
responsabilidade local;
- Ausência de educação ambiental para - Efetivar a conversão de passivos
residentes no entorno e dentro da UC; ambientais (longo prazo);
- Ocupação humana intensa no entorno - Efetivas e consolidar a articulação com os
da UC; Intensa ocupação de áreas demais órgãos públicos dedicados ao meio
litorâneas; faltam estratégias de ambiente (médio prazo);
recuperação da restinga e das áreas
úmidas;
- Deposição inadequada de resíduos e - Consolidar alternativas econômicas mais
ausência fiscalização; lançamento de sustentáveis para a região (longo prazo).
esgoto tratado no Córrego Manguinhos;
- Possibilidade de enquadramento do
corpo d’água somente na Classe II
(lançamento de esgoto tratado).
Pontos Fortes Oportunidades Ofensivas ou de Avanço
- Boa formação dos escassos recursos - Elaboração de outros Planos de - Estabelecer parcerias com universidades
humanos da SEMMA; Manejo; e ONG (médio prazo);
- Instrumentos de gestão já implantados - Existência de convênios com o - Procurar apoio de outras instituições para
ou em vias de implementação em outras Ministério público; fortalecer a educação ambiental do entorno
UC; (médio prazo);
- Iniciativa do município na busca de - Interesse de universidades em - Fortalecer e/ou implantar a conectividade
FORÇAS IMPULSORAS

recursos para os projetos ambientais; estabelecer convênios para a gestão e entre UC próximas - Mosaicos e
monitoramento da unidade; Corredores (médio prazo);
- Existência de instituições e entidades - Existência de grandes projetos de - Conservar os recursos naturais da região
que se dedicariam a colaborar para que preservação nos quais a gestão da através do envolvimento interinstitucional
os objetivos da APA sejam atingidos; APA pode encontrar parceiros e (médio prazo);
apoios;
- APA inserida em área pertencente ao - Aumento progressivo da - Implantar alternativas sustentáveis de
Corredor da Mata Atlântica; conscientização ambiental e pressão desenvolvimento (longo prazo);
da sociedade civil pela conservação.
- Diversidade biológica dos ecossistemas - Estabelecer mecanismos permanentes de
da APA e alto potencial turístico. captação de recursos e repassá-los à UC
(médio prazo);
- Implantar a infraestrutura necessária
(médio prazo); Planejar atividades piloto de
ecoturismo, controlando a pressão
populacional e a visitação (longo prazo)

145
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
A Matriz de Avaliação Estratégica foi preenchida com base na análise
estratégica realizada no diagnóstico e na Oficina de Planejamento.

Como o objetivo da Matriz de Análise Estratégica é construir uma base para a


visão integrada das evoluções prováveis dos ambientes interno e externo da
Unidade de Conservação a curto, médio e longo prazo, cabe interpretá-la como
orientação básica para o planejamento.

A análise é uma atividade sistemática que visa orientar a organização e


manejo da UC. Ela é feita cruzando os pontos fortes com as oportunidades, quando
se obtém, para o manejo adequado da área, as forças impulsionadoras que
redundaram nas principais premissas ofensivas ou de avanço. O mesmo é feito com
os pontos fracos e as ameaças, quando se obtém as forças restritivas que resultam
nas principais premissas defensivas ou de recuperação, que serão objeto das ações
mais urgentes por parte dos gestores da UC.

Na análise listam-se os fatores considerados como mais relevantes para a


gestão e conservação da UC, buscando a otimização das informações e a
potencialização dos mesmos. As tabelas 5.2, 5.3, 5.4 e 5.5 mostram a
hierarquização dos mesmos.

A Matriz de Avaliação Estratégica possibilitou construir uma visão integrada


das evoluções prováveis dos ambientes interno e externo da UC, tornando-se
possível antecipar situações favoráveis e desfavoráveis capazes de estimular ou
comprometer o bom desempenho da sua gestão. Deste modo, a análise da matriz
subsidiará a elaboração das principais ações a serem detalhadas no planejamento
da UC.

Os cenários futuros factíveis, não desejáveis e desejáveis, encontram-se nas


Tabelas 5.6, 5.7 e 5.8.

146
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.2 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados (pontos fracos – gravidade)
PONTOS FRACOS – GRAVIDADE
Pontuação
Aspectos destacados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pressão Antrópica
Desmatamento
Diminuição de exemplares da flora
Afugentamento de fauna
Contaminação de mananciais/corpos d’água
Fogo
Falta planejamento para prevenção de queimadas
Rodovia
Trafego intenso nas áreas de entorno à unidade
Fragmentação
Paisagem fragmentada (mosaicada)
Destruição de habitats naturais
Saneamento
Destinação inadequada de lixo e esgoto
Paisagismo
Ausência de planejamento do plantio e replantio
Ocupação Humana
Ocupação humana intensa no entorno
Especulação imobiliária
Ocupação de APPs
Zoneamento
Ausência de Zoneamento (até o presente)
População
Migração de contingentes populacionais para o Parque, hoje APA
Dificuldade de acesso à educação ambiental
Agricultura
Inexistência de discussão acerca de uma política agrícola adequada
Pouca preocupação com o desenvolvimento rural
Poder Público
Insuficiência de rec. humanos destinados à fiscalização, controle e manejo.
Articulação
Falta de articulação dos órgãos públicos nas questões ambientais
Controle
Fiscalização ambiental ineficiente
Legislação
Legislação insuficiente
Licenciamento e Políticas Públicas
Ocupação e desmatamento
Contradições entre laudos dos diversos órgãos ambientais.
Políticas de emprego e renda dissociadas das necessidades de proteção.
Escassez de programas de desenvolvimento econômico sustentável.
Conflito entre as políticas habitacionais e a definição de áreas protegidas
Comunicação Social
Desconhecimento das metas estabelecidas pela PMS
Pouco entendimento por parte da população sobre o que e uma APA
Inexistência de um programa efetivo de divulgação da importância da APA
Sinalização
Insuficiência de sinalização dos limites da APA
Educação Ambiental
Ausência de educação ambiental no sistema de ensino formal
Inexistência de um trabalho de voluntariado na APA
Estudos e Pesquisas
Insuficiência de conhecimentos sobre o meio natural
Monitoramento
Insuficiência de meios para monitoramento
Monitoramento dos fragmentos florestais insuficiente
Recursos Financeiros
Escassez de recursos financeiros para execução de projeto
Escassez de recursos para a gestão da APA
Recursos Humanos e Gestão
Insuficiência de recursos humanos nos órgãos ambientais
Equipe insuficiente para a gestão da APA
Insuficiência de pessoal técnico e administrativo
 

147
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.3 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados (pontos fortes – relevância)
PONTOS FORTES – ASPECTOS RELEVANTES
Pontuação
Aspectos Destacados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Atratividade
Alto potencial turístico
Potencial para desenvolvimento local
Atratividade proporcionada pela Mata Atlântica
Conhecimento
Bom conhecimento dos recursos da APA
Biodiversidade
Abundancia de recursos naturais
Diversidade da paisagem
Grande diversidade biológica dos ecossistemas da APA
Existência de florestas climáticas e com alta diversidade biológica
Conservação
Natureza ainda bem conservada
Localização
Localização geográfica privilegiada
Proximidade a outras UC's.
Parte integrante do corredor da Mata Atlântica
Desenvolvimento Regional
Desenvolvimento industrial e interesse de investimento
Patrimônio Paisagístico
Importância relevante do patrimônio
Convergência de interesses dos patrimônios paisagístico e ambiental
Relevância do patrimônio cultural, histórico e natural
Visibilidade
Região com visibilidade estadual
TVs e jornais divulgam a ocorrência de danos ambientais
Manter contato com os meios de comunicações disponíveis
Sociedade
Parceria da APA com sociedade civil
Articulação
Boa participação dos ministérios públicos na gestão dos problemas
Boa articulação com as várias instituições governamentais e não gov.
Realização de parcerias visando contornar as carências
Parceria com o Ministério Público Estadual e Federal
Gestão
Iniciativa na busca de recursos para os projetos
Boa liderança por parte da SEMMA
Ter objetivos, metas e persistência em alcançá-los
Planejamento ambiental já em processo
Ter solução de continuidade
Ferramentas de gestão ambiental desenvolvidas
 

148
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.4 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados (ameaças – elementos
externos)
AMEAÇAS (ELEMENTOS EXTERNOS)
Aspectos destacados Pontuação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Expansão Urbana
Interesse imobiliário pressionando a APA
Avanço territorial das ocupações próximo ao limite da APA
Quantidade elevada de empreendimentos impactantes no entorno
Construções de novos condomínios
Expansão urbana dos municípios vizinhos
Migração
Migração da população de baixa renda
Agricultura
Expansão de atividades rurais não sustentáveis
Agricultura convencional com agrotóxicos
Violência Urbana
Extensão das redes de trafico de drogas
Criminalidade oriunda de outras cidades
Localização
Proximidade com uma capital de Estado
Política Públicas
Descontinuidade das políticas públicas estaduais e federais
Situação Fundiária
Situação fundiária irregular das UCs limítrofes
Poluição
Degradação da floresta por poluição atmosférica
Conhecimento
Baixo conhecimento sobre a APA
Falta de uma cultura voltada à conservação
Pouca informação sobre a importância da Unidade
Política Ambiental
Insuficiente adaptação ao SNUC
Insuficiência orçamentária
 

149
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.5 - Quadro de Hierarquização de Aspectos Destacados
(oportunidades – elementos externos)
OPORTUNIDADES – ASPECTOS RELEVANTES (ELEMENTOS EXTERNOS)
Aspectos Destacados Pontuação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pressão global pela conservação
Aumento global da conscientização ambiental
Parcerias
Interesse de diversas ONGs em proteger a Mata Atlântica
Diversos programas federais de investimento na Mata Atlântica
Mecanismo de créditos de carbono
Mata Atlântica
Existência do Projeto da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
Centros Urbanos
Disponibilidade de infraestrutura de apoio nos centros urb. próximos
Conhecimento
Interesse de universidades em estabelecer convênios
Existência de vários cursos de gestão ambiental na RMV
Existência de publicações e livros
Mercado
Crescimento do consumo de produtos recicláveis
Crescimento do consumo mundial de produtos orgânicos
Turismo
Existência do projeto turístico no município
O aumento do ecoturismo e turismo de aventura e rural
Mídia
Existência de programas de TV tratando do meio ambiente
Corredor Ecológico
A ser estudado
 

150
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.6. Cenário Futuro Factível
CENÁRIO FUTURO FACTÍVEL
Aspectos Destacados Pontuação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Gestão Ambiental
Reservas legais e áreas protegidas georreferenciadas e mapeadas
Eficiência no licenciamento ambiental e Gestão integrada do mosaico de UCs
Grande número de entidades envolvidas com a conservação
Legislação mais severa e fiscalização mais eficiente
Natureza
Florestas hoje secundárias com maior biodiversidade
Mata atlântica preservada
Fragmentos florestais integrados
Recuperação e consolidação do corredor da Mata Atlântica na APA
Recursos Hídricos
Grande conflito pela água
Diminuição da água potável
APA saneada (tratamento de efluentes)
Corpos d’água limpos, com entornos florestados
Aumento da poluição hídrica
Rios despoluídos
Saneamento básico em toda área
Conhecimento
Maior número de pesquisas científicas realizadas na Unidade
Estrutura Produtiva
Conscientização do passivo ambiental e rigor na conservação das áreas
Inexistência de poluição industrial
População
Maior grau de conscientização ambiental
Alterações drásticas nos padrões de consumo
Aumento da população
Sociedade civil altamente integrada nas propostas da APA
Conjuntos habitacionais populares substituindo as favelas
Aumento das áreas de risco pelo aumento da ocupação desordenada
Áreas urbanas desnaturalizadas (sem elementos naturais)
 

151
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.7 - Cenário Futuro Não Desejável
CENÁRIO FUTURO NÃO DESEJÁVEL
Aspectos Destacados mais prováveis Pontuação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Clima
Diminuição da umidade do ar
Chuvas ácidas
Necessidade de usar máscaras devido ao ar poluído
Recursos Hídricos
Grande conflito pela água
Rios poluídos e margens ocupadas
Aumento da poluição hídrica e falta de água potável
Desabastecimento de água, gerando crise social
Diminuição da água potável
Natureza
Desaparecimento da Mata Atlântica devido a ocupação humana
Sobrecarga da capacidade de suporte
Paisagem ainda mais mosaicada
Iminência de extinção de diversas espécies hoje ameaçadas
Fauna residual e pobreza de fauna
Extinção de varias espécies da fauna e fora
Aumento do Trafico de animais e plantas
População
Desrespeito total sobre todas as formas de vida, aumento da violência
Aumento de doenças degenerativas e epidemias
Uso e Ocupação
Aumento da população habitando as encostas
Áreas urbanas desnaturalizadas (sem elementos naturais)
Aumento das áreas de risco pelo aumento da ocupação desordenada
Consagração do contraste entre urbanizações formais e caóticas
 

152
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.8 - Cenário Futuro Desejável
CENÁRIO FUTURO DESEJÁVEL
Aspectos Destacados mais prováveis Pontuação

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Patrimônio Paisagístico
Pontos relevantes demarcados, estudados e protegidos
Gestão Ambiental
Eficiência no licenciamento ambiental
Gestão integrada do mosaico de UCs
Reservas legais e áreas protegidas georreferenciadas e mapeadas
Legislação e fiscalização mais eficiente
Grande número de entidades envolvidas com a conservação
Natureza
Florestas hoje secundárias com maior biodiversidade
Mata atlântica preservada
Fragmentos florestais integrados
Recuperação e consolidação do corredor da Mata Atlântica na APA
Recursos Hídricos
Rios despoluídos
Saneamento básico em toda área e seu entorno
Corpos d’água limpos, com entornos florestados
Estrutura Produtiva
Indústrias usando técnicas sustentáveis
Superação dos passivos e rigor na conservação de remanescentes
População
Maior grau de conscientização ambiental
Sociedade civil altamente integrada nas propostas da APA
Crescimento populacional coerente com o desenvolvimento sustentável
Uso e Ocupação
Conjuntos habitacionais populares substituindo as favelas
Uso ordenado e consciente do solo
 

5.1. Missão, Objetivo, Categoria de Manejo e Configuração da UC

Considerando a sua Lei de criação, a nova delimitação proposta em relatório


anterior e o disposto pelo SNUC e as diretrizes do documento “Roteiro Metodológico
para a Gestão de Área de Proteção Ambiental – APA (IBAMA/GTZ, 1999)”,
destacam-se a missão, os objetivos, a categoria de manejo e o design
conservacionista:

5.1.1. A Missão

É missão da UC APA BICANGA a manutenção da biodiversidade, a proteção


das nascentes e cursos de água, a superação de todos os passivos ambientais, a
promoção da sensibilização ambiental e de atividades antrópicas ambientalmente
sustentáveis.

153
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
5.1.2. Os objetivos

Objetivo Geral:

Proteger os contribuintes e o Córrego Manguinhos até a sua foz; preservar a


vegetação e os remanescentes florestais inseridos na unidade, desenvolver
programas setoriais, incluído a preservação da mata paludosa e a restinga, proteger
os corredores ecológicos, divulgar belezas cênicas e paisagísticas, proteger
espécies raras, fomentar o uso e ocupação racional do solo.

Objetivos Específicos:

1. Promover a conservação dos remanescentes da Mata Paludosa, Mata de


Encosta e Restinga existentes dentro da APA;

2. Permitir a conexão com outras unidades de conservação, no intuito de


formar corredores ecológicos;

3. Garantir a conservação dos recursos de fauna e flora, principalmente


aqueles endêmicos e ameaçados de extinção;

4. Promover a solução de passivos ambientais e o incentivo da recuperação


ambiental;

5. Elaborar políticas de planejamento e ordenamento do solo;

6. Proteger as nascentes, a vazão e a qualidade dos recursos hídricos da


região;

7. Executar monitoramento da qualidade da água na região e manter o


enquadramento previsto,

8. Contribuir para ampliar o conhecimento do uso dos recursos naturais e


para o desenvolvimento sustentável da região;

9. Apoiar a criação e organização de centros de referência ambiental;

10. Incentivar a implantação de programa de educação ambiental;

11. Apoiar a implantação de programas de geração de renda, especialmente


nas áreas do turismo e ecoturismo e tecnologias sustentáveis;

154
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
12. Favorecimento e/ou promoção da recuperação de ecossistemas
degradados por meio de pesquisas experimentais e do desenvolvimento tecnológico;

13. Promover meios e incentivos para implementar as atividades de pesquisa


científica e monitoramento ambiental;

14. Garantir a destinação adequada dos esgotos e resíduos sólidos, e


incentivar à coleta seletiva e a reciclagem de resíduos urbanos;

15. Garantir a valorização do conhecimento das comunidades locais,


difundindo-o em ações de educação e sensibilização ambiental.

5.1.3. A Categoria de Manejo

A categoria de manejo Área de Proteção Ambiental (APA) foi criada no Brasil


em 1981 como a primeira categoria de manejo que possibilitou conciliar a população
residente e seus interesses econômicos com a conservação da área a ser protegida.

Citada no artigo 14, inciso I da lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades


de Conservação, Lei N.º 9.985 de 18/07/00), a APA (Área de Proteção Ambiental)
faz parte do grupo das unidades de conservação de uso sustentável.

Segundo o artigo 15º a APA é definida como uma área em geral extensa, com
certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou
culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das
populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso
dos recursos naturais.

A APA é uma categoria de UC (Unidade de Conservação) que pode ser


constituída por terras públicas e/ou privadas. Na APA deve-se restringir o uso e
ocupação do solo, desde que observados os limites constitucionais e, nas áreas de
propriedade particular, o proprietário é quem deve estabelecer as condições para
visitação e pesquisa de acordo com as exigências legais.

Ao órgão responsável pela administração da APA, que presidirá o Conselho


da UC, cabe também, determinar as condições e restrições para pesquisas
científicas no território da APA.
 

155
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
5.1.4. Configuração da UC

O Parque Natural Municipal de Bicanga, conforme o Decreto Municipal 4.457


de 26 de abril de 2007, que dispõe sobre a criação de uma unidade de conservação
de proteção integral, compreende um território delimitado por uma poligonal com
perímetro de 4.394,90 metros lineares e área de 886.936,00m².

A nova proposta de delimitação e enquadramento define uma poligonal de


11.539,58 metros lineares de perímetro e uma área de 4.904.661,03m², sendo que
para essa área propõe-se a criação de uma APA – Área de Proteção Ambiental (uso
sustentável) com diferentes exigências de zoneamento, do mais restritivo nas áreas
ainda bem preservadas (Mata Paludosa), ao menos restritivo em termos de uso e
ocupação nas áreas já densamente ocupadas; a nova proposta de delimitação e
enquadramento da UC permitirá o monitoramento e a gestão do ecossistema
palustre do Córrego Manguinhos até a sua foz.

A APA Bicanga define-se, assim, como Unidade Municipal de Conservação


de Uso Sustentável, com área (nova poligonal de delimitação) de 698,96 hectares,
pertencente ao Município de Serra, sob tutela da SEMMA, cuja gestão será
compartilhada com o seu futuro Conselho Gestor.

 O Design Conservacionista

Para pensar o design conservacionista da UC em análise é preciso delinear a


composição, organização e funcionamento do seu futuro Conselho Gestor e elaborar
as minutas de Decreto de Criação da APA BICANGA com a sua nova delimitação,
do Regimento Interno do Conselho Gestor e a Minuta de Decreto de Zoneamento da
APA.

O Conselho Gestor será um órgão colegiado integrante da estrutura


administrativa da Unidade de Conservação de Uso Sustentável APA BICANGA, a
ser criado com o amparo da Lei nº 9985/00, que institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).

O Conselho Gestor da AP, conforme proposta de minuta de decreto em anexo


(Anexo I), será instituído sob a forma de colegiado, formado por 1 (um) membro

156
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
representante de cada uma das seguintes instituições e/ou organizações civis,
presidido pela unidade executora (durante o primeiro ano deverá ser constituída
dentro da SEMMA, após esse período pode-se pensar na possibilidade de assinar
parceria com OSCIP) que terá como principal atribuição coordenar os trabalhos
rotineiros no que diz respeito à gestão ambiental da APA.

Para deslanchar o processo de conformação do Conselho Gestor (uma vez


que a APA seja efetivamente criada por decreto municipal – Anexo I), a SEMMA
deverá constituir, à brevidade possível, uma Unidade Executora para dar início a
implementação das estratégias de implantação da Unidade e do seu Conselho
Gestor. Esta Unidade Executora, composta inicialmente por técnicos do órgão
ambiental, poderá convocar as entidades acima mencionadas para discutir numa
oficina de planejamento, a minuta de Proposta de constituição do Conselho Gestor e
a Minuta do Decreto de Zoneamento da APA (Anexo I - A). Será de suma
importância discutir, também, a localização da sede ou local de funcionamento do
Conselho Gestor.

O objetivo principal desta oficina resume-se na obtenção de amplo consenso


sobre a composição, funcionamento e atribuições da Unidade Executora, do
Conselho Gestor e das Câmaras Técnicas, a seguir especificadas.

Antes, porém, sintetizam-se as instâncias de planejamento, execução,


gerenciamento e gestão da APA BICANGA:

 O ÓRGÃO EXECUTOR DA POLÍTICA AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE


SERRA, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente representando a Prefeitura
Municipal de Serra terá como principal atribuição implantar efetivamente a UC,
convocar a Oficina de Planejamento para discussão e aprovação dos Anexos I,II e III
com as suas eventuais modificações, além de ser a responsável pela integração
administrativa de todas as Unidades de Conservação Municipais e representá-las
ante o SNUC;
 A Unidade Executora da Gestão Ambiental da APA; uma equipe Técnica da
SEMMA ou uma parceria com uma OSCIP, especificamente contratada para esse
fim, terá como atribuição integrar (a presidência do Conselho Gestor pertencerá em

157
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
qualquer um dos casos – OSCIP ou Unidade Executora- à SEMMA) o Conselho
Gestor da Unidade e promover a Gestão Participativa da Unidade de Conservação;
 O Conselho Gestor; órgão colegiado de caráter deliberativo, com atribuições
de acompanhar a implementação do Plano de Gestão da APA nos moldes da Lei
Federal 9985 de 18 de Julho de 2000, terá como atribuições as já mencionadas,
além de deliberar sobre as políticas e diretrizes relativas ao desenvolvimento
sustentável da APA, promover ações de ordenamento territorial, diretamente ou em
parceria com órgãos de outras esferas de governo ou com o setor privado,
acompanhar junto aos órgãos de fomento e financiamento, convênios e contratos de
implantação de planos e programas de desenvolvimento, infraestrutura e
recuperação ambiental, dentro do perímetro da APA, acompanhar o gerenciamento
e a implementação do zoneamento por parte da Unidade Executora, acompanhar a
elaboração dos estudos e pesquisas de responsabilidade das câmaras técnicas que
objetivem a preservação da unidade e o seu desenvolvimento sustentável;
 As Câmaras Técnicas; Grupos de Trabalho, compostos por técnicos de
diferentes órgãos federais, estaduais e municipais, terão por tarefa a elaboração de
estudos, projetos ou normas técnicas tendentes a resolver problemas ambientais
que possam surgir na APA; são grupos que darão apoio técnico ao Conselho Gestor
e no caso de parceria com uma OSCIP, será dela a tarefa da sua organização,
convocação e funcionamento.

Além do Conselho Gestor, que contará com o apoio técnico das Câmaras,
sempre que se considere necessário, poderá será estimulada a participação direta
da população no processo de gestão da APA, através dos mecanismos previstos na
legislação vigente (Audiências Públicas, Projetos de Lei de Iniciativa Popular,
Referendo, e Plebiscito).

Assim a constituição da Unidade Executora da Gestão Ambiental da APA dar-


se-á início ao processo de gestão, gerenciamento, monitoramento e proteção da
área legalmente estabelecida; com a implementação do Conselho Gestor e das
Câmaras Técnicas que lhe darão apoio, inicia-se a identificação e constatação das
demandas comunitárias e das prioridades na gestão ambiental da APA.

158
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Estas Câmaras são de fundamental importância para a concreta
implementação dos programas de manejo que serão apresentados no próximo
capítulo. Como órgãos estatutários auxiliares da administração do Conselho Gestor,
estas Câmaras tem a atribuição de discutir assuntos específicos que supõem
conhecimentos técnicos e capacitação profissional adequada.

As reuniões da Unidade Executora com as Câmaras Técnicas iniciarão o


processo de consolidação da gestão ambiental da APA, cabendo-lhe ao Conselho
Gestor favorecer a proposição de ideias e pautar projetos e soluções para
problemas específicos.

As Câmaras poderão ser inicialmente instituídas pela SEMMA e constituídas


por técnicos e profissionais atuantes nas diversas instâncias do Poder Público;
sempre poderão ser convidados profissionais ou representantes de setores
produtivos que possam contribuir com a questão que está sendo discutida ou
fornecer informações relevantes. Estas Câmaras poderão caráter permanente e
outras, a serem posteriormente criadas, poderão ter caráter temporário. Todas visam
a elaborar estudos e normas necessárias à implementação da gestão ambiental da
APA e do seu ordenamento territorial.

As Câmaras Técnicas de caráter permanente são aquelas constituídas por


tempo indeterminado e cuja criação se dará por decreto (já incorporadas no Decreto
de Zoneamento da APA). Outras de caráter transitório poderão ser constituídas com
finalidades específicas para apreciação de matérias que exijam o pronunciamento
de mais de uma câmara permanente ou que exijam conhecimentos específicos.

5.1.5. Zoneamento

O zoneamento da APA BICANGA foi elaborado com base em cartografia da


área em escala 1:10.000, em formato digital (ARCGis 10.0) e papel, e a delimitação
das zonas teve como base em Modelos Digitais de Elevação e duas fontes de
imagens georreferenciados a saber:

a) um mosaico de imagens satelitais de alta resolução (QuickBird) recentes


(2010), provenientes da Internet e adquiridas mediante o software Google-Earth para
uma altitude de 1.000 m com relação ao nível do mar e;
 

159
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
b) um mosaico de imagens de alta resolução (fotografias aéreas digitais)
menos recentes (2007-2009), provenientes do banco de imagens do Projeto
GEOBASE administrado pelo IJSN / IEMA - ES.

O DATUM de ambos mosaicos é SIRGAS-2000, referência que se manteve


para toda a cartografia.

A APA BICANGA foi dividida em 3 zonas homogêneas: Zona Especial de


Interesse Ecológico; Zonas de Habitação, Lazer e Recreação Ambientalmente
Sustentável e Zona de Ocupação Consolidada ou em Vias de Consolidação.

Na sequência é apresentada a tabela 5.9 contendo um quadro-síntese do


Zoneamento, os critérios utilizados para definir as zonas homogêneas, os usos
incentivados, permitidos, tolerados e proibidos em cada uma das zonas e os
principais conflitos identificados com proposição de medidas para a solução dos
mesmos.

160
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
370.000 372.000 374.000
Y
X

Nova
Y
X

Y
X
Alterozas

Y
X
Y
X
Zelândia

Y
X
Y
X
360.000 380.000 Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

.
Teresa
Y
X
Y
X

á
Sta

ng
Y
X

ari
Y
X
Aracruz Y
X

o M Y
X
Y
X

Fundão g Av.
re
Y
X

J
ór Abe osé
Y
X
Y
X

C l
Y
X

Alm de
Y
X
Y
X

eida

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
X
Y

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
7.780.000

7.780.000

Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

e
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

ilar
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

H
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

int
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Serra

t Sa
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

gus
Y
X
Y
X

Y
X
a

Y
X
Sta an
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

cab

Y
X
Y
X
Civit II

Au
Y
X
Leopoldina

Y
X
Y
X
pa

Y
X
Y
X

Y
X
o

Y
X
Y
X

Morada de

Y
X
.C

Y
X
Y
X

Av.
Y
X
Av Manguinhos

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Laranjeiras

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
APA de

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
7.760.000

7.760.000
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Bicanga
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Vitória Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

APA
Y
X

Cariacica Y
X
Y
X

Escala: 1:1.000.000
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Datum: SIRGAS2000
Bicanga
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Sistema de Coordenadas: UTM 24S


Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

V Velha Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X Y
X

360.000 380.000 Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X Y
X
Y
X Y
X

Av Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
.L
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

ar
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

an

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Parque je

Y
X
Y
X

i ra

Y
X
Y
X

Y
X
sX
Y
X

Y
X
Residencial

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Ya

Y
X
Y
X

Y
X
Laranjeiras h
Y
X

Y
X
Y
X
oo
Y
X
7.766.000

7.766.000
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Córredo Lar

Y
X
Y
X

Y
X
anjeiras

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

ES 010 Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Guaraciaba Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Jardim Y
X
Y
X
Y
X

Limoeiro Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Camará Y
X

Chácara Y
X

os
Y
X
Y
X

Parreiral

h
Y
X

Y
X
Y
X

uin
Y
X

Y
X Y
X
Y
X Y
X
Y
X
Y
X

ng
Y
X
Y
X Y
X
Y
X Y
X

Ma
Y
X Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

nga
Y
X Y
X

go
Y
X Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

rre
Y
X

ica
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X


Y
X
Y
X

Av. B
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X C ór Y
X

Y
X
reg o Y
X
Y
X

Y
X
Y
X M a n g ui n ho s Y
X
Y
X

Y
X
Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X

Y
X Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Av. Á

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

l
Y
X
Y
X
Y
X

iona
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

id
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

M er
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
rtic

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Av.
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
a

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Bicanga

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Novo

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Horizonte
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Legenda
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
APA de Bicanga
Y
X

bus
Y
X
Y
X

e Hidrografia
arap
Y
X
Y
X

go C
Y
X

XY
XY
XY
Vias Principais
órre
Y
X

XY
XY
XY

XY
Y
X
Y
X
Y
X C
Y
X
Y
X
Y
X
Rodovia Estadual ES-010
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
7.764.000

7.764.000
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Zoneamento - APA Bicanga
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Faixa de Acesso limitado as ZEIE's
Y
X
Y
X Cidade
Y
X
Y
X Continental Áreas de Proteção Permanente
Y
X
Y
X
Y
X Zona de Especial Interesse Ecológico
Y
X
Y
X
Balneário de
Y
X
Y
X Carapebus Zonas de Habitação, Lazer e Recreação de Uso Sustentável
Y
X
Y
X
Y
X Zona de Ocupação Consolidada ou em Vias de Consolidação
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Es ape
Ca
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

PREFEITURA DA SERRA - PMS


tra bu
r
Y
X

Y
X
Y
X
da s

Praia de
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X Carapebus
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL


Y
X

Escala: 1:10.000
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Datum: SIRGAS2000 MUNICIPAL DE BICANGA - SERRA-ES


Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Sistema de Coordenadas: UTM 24S


Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Mapa do Zoneamento proposto para a APA BICANGA - Serra / ES


Y
X
Y
X
Y
X

370.000 372.000 374.000 Figura 5.1 ESCALA: INDICADA DATA: Janeiro / 2014
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
Tabela 5.9 - Síntese do Zoneamento
SÍNTESE DO ZONEAMENTO PARA A ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BICANGA
- Atributos geomorfológicos, bióticos e antrópicos indicadores de
fragilidade/impacto de alta relevância ambiental
CRITÉRIOS GERAIS QUE - Dificuldade para decretar Área de Proteção Integral devido à consolidação do
DEFINIRAM AS ZONAS processo de urbanização que impossibilitou a demarcação de uma zona de
HOMOGÊNEAS amortecimento, exigência legal para este tipo de unidade de conservação.
- Recategorização da UC, Ampliação dos seu limites e Delimitação de uma Área
de Proteção Integral com uma Zona de Especial Interesse Ecológico
Critérios Particulares que definiram - Interesse do Poder Local e disposição legal referente à proteção especial de
a Zona de Especial Interesse biomas úmidos (restingas, manguezais, matas de encosta e matas paludosas) e
Ecológico áreas de preservação permanente (APP’s).
ZEIE
- Áreas ainda não completamente urbanizadas, de entorno a ZEIE que devem
Critérios Particulares que definiram
receber normas de edificação e gabarito para manter um uso e ocupação
a Zona de Habitação, Lazer e
sustentável do solo, evitando empreendimentos que impactem de forma
Recreação Ambientalmente
negativa as áreas a serem especialmente protegidas.
Sustentável
- Áreas onde o contato com a natureza ainda se impõe sobre a situação citadina
ZAS
de estresse.
- Áreas muito urbanizadas, com infraestruturas turísticas, equipamentos de
saneamento, zonas de ocupação preferencial; todas estas áreas encontram-se
Critérios Particulares que definiram
no entorno da zona de habitação, lazer e recreação ambientalmente sustentável,
a Zona de Ocupação Consolidada
não podendo exportar o tipo adensado de ocupação às áreas ambientalmente
ou em vias de Consolidação
sustentáveis.
ZOC
- Exigem prioridade para a implantação de obras, serviços e ações para o
saneamento básico e ambiental.
- Pesquisas científicas, monitoramentos ambientais, projetos piloto para a
Usos Incentivados
recuperação da biota local.
- Liberação de esgotos tratados no Córrego Manguinhos com ajustamento de
Usos Permitidos conduta, caso assim seja necessário. Pesca artesanal ou esportiva
ZEIE regulamentada na foz do Córrego Manguinhos.
- Edificação e implantação de todo e qualquer tipo de empreendimento que
acarretem potencial impacto ou risco ambiental, implantação de infraestrutura
Usos Proibidos para urbanização, atividades agrícolas ou florestais, visitação pública não
monitorada, retirada de material biológico sem autorização específica da
SEMMA ou de órgão específico.
- Reflorestamento com espécies nativas, obras e ações de redução de
Usos Incentivados processos erosivos e incêndios florestais, implantação de trilhas ecológicas,
atividades de recreação em contato com a natureza.
- Implantação de infraestrutura habitacional sustentável, turismo ecológico,
ZAS Usos Permitidos moradias urbanas com baixo potencial de adensamento, novas urbanizações
sujeitas a normas específicas de edificação e gabarito.
- Urbanização que não respeitem as normas de edificação e gabarito.
Usos Proibidos - Implantação de empreendimentos impactantes (indústrias ou atividades
poluentes).
- Urbanização Sustentável e Saneamento Ambiental.
Usos Incentivados
- Atividades de educação ambiental e formação de voluntários ambientais.
- Loteamentos e parcelamentos em respeito ao atual Plano Diretor da cidade,
ZOC Usos Permitidos implantação de empreendimentos comerciais e industriais ambientalmente
licenciados.
- Implantação de empreendimentos de grande impacto ambiental e em
Usos Proibidos
desconformidade com a legislação vigente.
- Extrativismo nas áreas de manguezal / Fiscalização / Cadastro de pescadores
artesanais e esportivos / Disponibilização de cursos de educação ambiental com
entrega de atestados de participação.
- Utilização de árvores nativas para produção de móveis e embarcações /
Principais Conflitos com proposição
Fiscalização e aplicação estrita de penalidades vigente.
de medidas para a sua resolução
- Uso e ocupação do solo em desrespeito ao atual Zoneamento / Termo de
Ajustamento de Conduta / Aplicação de penalidades.
- Despejo indevido de efluentes sanitários e deposição inadequada de resíduos
sólidos / Multa e outras penalidades vigentes e relacionada a crimes ambientais.

162
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
5.1.6. Corredores

A definição de corredores visando estabelecer a conectividade com porções de


ecossistemas naturais ou seminaturais adjacentes à UC, que possibilitem o fluxo de
genes e o movimento da biota entre elas, facilitando a dispersão de espécies e a
recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que
demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela da UC é
uma preocupação de primeira magnitude no contexto do Sistema Nacional de Unidades
de Conservação.

Propõe-se a implementação de um corredor entre as APAS Bicanga e Praia Mole.

A implementação deste Corredor Ecológico depende da pactuação entre a União,


Estados e Municípios para permitir que os órgãos governamentais responsáveis pela
preservação do meio ambiente e outras instituições possam atuar em conjunto para
fortalecer a gestão das Unidades de Conservação.

O propósito maior desta estratégia de integração é buscar o ordenamento do


território, adequar os passivos ambientais e proporcionar a integração entre as
comunidades e as Unidades de Conservação, compatibilizando a presença da
biodiversidade, a valorização da sociobiodiversidade e as práticas de desenvolvimento
sustentável no contexto regional.

Neste sentido, poder-se-ia pensar na proposição de ações conjuntas para a APA


em estudo e as da Praia Mole (Estadual) e da Costa das Algas (Federal). Ver Figura 5.2.

163
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
350.000 375.000 400.000 425.000

.
João
Sta 350.000 400.000
Neiva
Teresa
Guandú
MarilândiaLinhares

.
Itarana Itaguaçú Baixo
Colatina
João
S R do
Neiva
Canaã
Aracruz
7.800.000

7.800.000
Ibiraçú
Sta Ibiraçú
Teresa Fu
nd
ão

Sta M
Jetibá
Serra
Aracruz
7.800.000

7.800.000
Rebio
7.750.000

7.750.000
Dom Caria Vitória
Augusto
Martins cica
a

Ruschi
elh

o Viana
rian
VV

M Flo
Guarapari
A Chaves APA de
Bicanga
hieta
Iconha Anc 1:2.000.000
Escala:
Datum: SIRGAS2000
350.000
Sistema de Coordenadas: UTM 24S 400.000

Fundão

APA Costa
Revis de das Algas
Santa Cruz
Sta M Jetibá
7.775.000

7.775.000
Sta
Leopoldina
Serra

Corredor
Ecológico
- Proposto

APA
Bicanga

Corredor
Ecológico
- Proposto
APA Praia
Vitória Mole

Escala: 1:250.000
Datum: SIRGAS2000
Legenda Cariacica Sistema de Coordenadas: UTM 24S

Serra PREFEITURA DA SERRA - PMS


Viana
Martins

Demais Municípios ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ES


Dom

APA de Bicanga - Proposta SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE


7.750.000

7.750.000
Principais Unidades de Conservação V Velha PLANO DE MANEJO PNM / APA
Corredor Ecológico - Proposto BICANGA - SERRA - ES
Conteúdo: Mapa de Identificação do Corredor Ecológico proposto entre as
Unidades de Conservação APA Bicanga, APA Praia Mole e APA Costa das Algas
350.000 375.000 Figura 5.2 ESCALA: INDICADA DATA: Janeiro / 2014
425.000
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
5.2. Manejo e Implementação da UC

O Plano e/ou Sistema de Gestão da UC encontra-se estruturado em


Programas de Ação (Subprogramas - Projetos / Ações - Atividades), apresentando
os seus objetivos, resultados, indicadores, normas, requisitos, prioridades, e locais
de implementação (dentro e fora da UC), à luz da estrutura programática do Roteiro
Metodológico para APA (IBAMA/GTZ, 1999). Antes, porém apresenta-se, de forma
consolidada, a estrutura, infraestrutura e equipamentos necessários à gestão da UC.

Os custos e cronograma de implementação das estruturas, infraestrutura,


equipamentos, serviços e implantação dos programas está apresentado no Anexo III
– Orçamentos Detalhados e Composição de Custos.

Estrutura, Infraestrutura, equipamentos e serviços de apoio à Gestão UC

A Infraestrutura de apoio para a implementação do Plano de Gestão


compreende a construção de edificações com funções bem definidas: Centro de
vivência e local de funcionamento do Conselho Gestor, Portões de Acesso nos
principais acessos à APA, Garagens-Almoxarifado- Alojamentos, e Torres de
Observação.

A implementação desta infraestrutura poderia ser o resultado de um acordo


para transferência de recursos do setor privado interessado na proteção da área
(turismo), da taxa de preservação ambiental e de recursos públicos próprios.

Cabe mencionar que todos os projetos deverão ser elaborados atendendo às


recomendações e as prescrições estabelecidas em Códigos, Leis ou Normas
pertinentes ao assunto e vigentes no local da execução da edificação.

Os projetos deverão ser desenvolvidos por profissionais habilitados. Estes


projetos terão como etapa inicial a avaliação das necessidades de infraestrutura por
parte da Unidade Executora que deverá definir as características dos ambientes
necessários ao desenvolvimento das atividades previstas. A etapa conclusiva
consistirá na elaboração dos Projetos Básicos e Executivos (projetos de arquitetura

165
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
e complementares, planilha de custos, cronograma físico-financeiro e especificações
técnicas, para cada uma das edificações).

Estes projetos deverão obedecer aos condicionantes físicos, técnicos,


tecnológicos e ambientais existentes na APA. Caso seja necessário, deverão ser
contratados estudos técnicos preliminares para determinar a viabilidade de uma
solução.

É recomendada a elaboração de um projeto preliminar geral das obras onde


se defina:

 A implantação da edificação ou conjunto de edificações e seu relacionamento


com o local escolhido;

 Os acessos, estacionamentos e expansões possíveis;

 A explicitação do sistema construtivo e materiais que serão empregados;

 O número de edificações, suas destinações e locações aproximadas;

 Os esquemas gerais de infraestrutura de serviços.

Os projetos de infraestrutura a serem implantados na APA deverão ser


desenvolvidos de maneira a atender os seguintes critérios gerais:

 Apresentar um sistema racional de execução, observando as possibilidades


de expansão, mudanças de uso e reformas;

 Estabelecer, sempre que possível, um sistema de modulação;

 Adotar soluções técnicas construtivas compatíveis com o local de execução


da edificação (respeitando o Zoneamento);

 Utilizar materiais e componentes adequados à realidade regional e ao objetivo


da edificação;

 Adotar soluções que apresentam segurança;

166
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA – ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMMA
Plano de Manejo - APA de Bicanga
Produto 7 – Versão Resumida

 
 Adotar soluções econômicas, de acordo com a disponibilidade financeira,
considerando também os custos de manutenção.

Detalha-se a seguir a proposta de infraestrutura de apoio, ilustrada na Figura


5.3, incluindo os seguintes itens:

 localização de todas as edificações propostas;

 indicação de vias de acesso sob recuperação / implantação de Obras de Arte


Correntes e Especiais;

 vias de circulação internas, incluindo trilhas propostas e existentes

 Locais de interesse como cavernas mirantes e pontos de prática de esportes.

167
   
Pedro Antonio Molinas
 Acquatool Consultoria  Resp. Técnico / RNP: 1411675657
Acquatool Consultoria S/S Ltda

 
370.000 372.000 374.000
Y
X

.
Nova
Y
X

Y
X
Alterozas

Y
X
Y
X
Zelândia

Y
X
Y
X
360.000 380.000 Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

.
Teresa
Y
X
Y
X

á
Sta

ng
Y
X

ari
Y
X
Aracruz Y
X

o M Y
X
Y
X

Fundão g Av.
re
Y
X

J
ór Abe osé
Y
X
Y
X

C l
Y
X

Alm de
Y
X
Y
X

eida

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
X
Y

Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
7.780.000

7.780.000

Y
X

Y
X

Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Y
X
Y
X

Y
X
Y
X
Y
X

Y
X

Você também pode gostar