Lei Do Sistema Nacional de Educação Moçambicana
Lei Do Sistema Nacional de Educação Moçambicana
Número 183
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
ARTIGO 2
(Objecto)
SUMÁRIO
O presente Regulamento tem por objecto a gestão sustentável
Conselho de Ministros: dos diques de protecção contra cheias e inundações, bem como
estabelecimento de critérios para a sua construção, gestão,
Decreto n.º 78/2019:
operação, manutenção e segurança.
Aprova o Regulamento sobre os Diques de Protecção contra
Cheias e Inundações. ARTIGO 3
Decreto n.º 79/2019: (Âmbito)
Aprova o Regulamento da Lei do Sistema Nacional de Educação. 1. O presente Regulamento aplica-se aos diques que protegem
as áreas susceptíveis à cheias e inundações por águas superficiais
dos rios interiores que excedem o maior nível ordinário de suas
águas, nos termos do disposto no artigo 3 da Lei n.º 16/91,
CONSELHO DE MINISTROS de 3 de Agosto.
2. Os diques de protecção constituem obras de domínio
Decreto n.º 78/2019 público, de acordo com o n.º 2 do artigo 1 da Lei n.º 16/91,
de 3 de Agosto – Lei de Águas.
de 19 de Setembro
ARTIGO 4
Havendo necessidade de estabelecer medidas e procedimentos
que assegurem a gestão sustentável dos diques de protecção (Gestão de Risco de cheias e inundações)
contra cheias e inundações pelas águas superficiais dos rios, ao 1. A entidade de nível central responsável pela gestão
abrigo do disposto no artigo 75 da Lei n.o 16/91, de 3 de Agosto, dos recursos hídricos desenvolve uma estratégia nacional
o Conselho de Ministros decreta: e específicas de gestão de risco de cheias e inundações.
Artigo 1. É aprovado o Regulamento sobre os Diques 2. A estratégia nacional de gestão de risco de cheias
de Protecção contra Cheias e Inundações, em anexo, que é parte e inundações referida no n.º 1 do presente artigo é desenvolvida,
integrante do presente Decreto. seguindo as seguintes etapas:
Art. 2. Compete ao Ministro que superintende a área a) Identificação do risco de cheias e inundações;
de recursos hídricos aprovar as normas técnicas e adoptar b) Avaliação do risco de cheias e inundações;
medidas complementares necessárias para a sua implementação. c) Medidas de redução dos riscos;
Art. 3. O presente Decreto entra em vigor na data da sua d) Seguro de cheias e inundações.
publicação.
3. A estratégia nacional de gestão de risco de cheias
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 2 de Julho e inundações é aprovada pelo Conselho de Ministros.
de 2019. 4. A estratégia especifica de gestão de risco de cheias
Publique-se. e inundações é aprovada pelo Ministro que superintende a área
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário. dos recursos hídricos, ouvido o Conselho Nacional de Àguas.
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CAPÍTULO II ARTIGO 10
Classificação dos Diques (Cadastro)
ARTIGO 5 1. Os diques de protecção contra cheias e inundações constam
(Classes dos Diques) do Cadastro Nacional dos Recursos Hídricos.
2. Cabe às entidades regionais responsáveis pela gestão de
1. Os diques de protecção contra cheias e inundações agrupam-
recursos hídricos fazer o levantamento e registo de todos os
se nas classes seguintes de acordo com o risco:
diques existentes nas bacias hidrográficas sob sua jurisdição no
a) Classe I, cujo período de retorno é maior que 50 anos; Cadastro Nacional de Recursos Hídricos e proceder à respectiva
b) Classe II, cujo período de retorno é de 20 a 50 anos; actualização.
c) Classe III, cujo período de retorno é de 10 a 20 anos.
3. O cadastro mencionado no número 1 do presente artigo
2. Os períodos de retorno, referidos no número anterior são deve conter informações sobre as características dos diques,
iguais, para cada secção do dique. nomeadamente:
ARTIGO 6 a) Classe;
b) Período de retorno;
(Competência para classificação)
c) Materiais aplicados na construção;
O Ministro que superintende a área de recursos hídricos d) Largura da base;
aprova o modelo da classificação dos diques de protecção contra e) Largura da crista;
cheias e inundações, sob proposta da entidade do nível central f) Altura;
responsável pela gestão de recursos hídricos, ouvido o Conselho g) Inclinação dos taludes;
Nacional de Águas. h) Comprimento e localização.
ARTIGO 7
ARTIGO 11
(Avaliação periódica)
(Demarcação)
1. Os diques de protecção contra cheias e inundações são
avaliados a cada 10 anos, ou sempre que se mostre necessário, 1. A entidade regional de gestão de recursos hídricos, em
sob proposta da entidade de nível central responsável pela gestão coordenação com os serviços de geografia e cadastro procedem
dos recursos hídricos. à demarcação dos locais dos diques.
2. A avaliação periódica mencionada no número anterior 2. A entidade regional de gestão de recursos hídricos deve
obedece uma abordagem coerente e sistemática para a gestão de assegurar que a linha de margem, os leitos, as margens e as
risco de cheias e inundações, de modo a adequar determinado zonas inundáveis adjacentes que se encontrem cadastrados no
nível de segurança. Cadastro Nacional de Recursos Hidricos, e sejam demarcados de
acordo com os períodos de retorno correspondentes às normas
CAPÍTULO III de segurança.
Normas para a gestão dos diques de protecção 3. A demarcação deve ter em conta uma zona de servicos em
ARTIGO 8 redor do dique, para garantir a sua estabilidade, sendo para:
ARTIGO 13 ARTIGO 15
(Competências da entidade central competente na gestão (Entidade nacional de controlo de qualidade na área
de recursos hídricos) de obras públicas)
Compete a entidade de nível central na gestão de recursos Compete a entidade nacional responsável pelo controlo
hídricos: e qualidade efectuar as inspecções e elaborar pareceres em
a) Participar na planificação espacial, através da informação caso de ocorrências excepcionais ou de circustâncias anómalas,
sobre as zonas vulneráveis à cheias e o contorno comunicando os seus resultados à Entidade Regional de Gestão
hidráulico para os sistemas de diques; de Recursos Hídricos.
b) Supervisionar a gestão e manutenção de diques feitos ARTIGO 16
pelas entidades regionais, responsáveis pela gestão de (Inspecções)
recursos hídricos e de mais entidades;
c) Estabelecer normas de segurança dos sistemas de diques; 1. A equipa de inspeccão é constituída por técnicos indicados
d) Desenvolver uma estratégica de gestão de risco nacional pelas entidades regionais de gestão de recursos hídricos, entidade
e especificas por cada área susceptível à cheias nacional de controlo de qualidade na área de Obras Públicas
e inundações por águas superficiais que excedem e Inspecção-Geral de Obras Públicas.
2. A equipa referida no n.º 1 do presente artigo inspecciona
o maior nível ordinário de água;
o dique de:
e) Avaliar os relatórios;
f) Autorizar projectos para a construção, reabilitação, a) Seis em seis meses;
manutenção ou desvio de dique de protecção de b) Um mês antes do início da época chuvosa;
classe III; c) Imediamente a seguir ao fim da época chuvosa;
g) Autorizar projectos para a construção, reabilitação, d) Sempre que se mostre necessário.
manutenção ou desvio de dique de protecção de clas- 3. O proprietário do dique deve garantir o acesso à equipa
-se I e II quando proposto pelo sector privado; de inspecção.
h) Estabelecer as taxas para a manutenção do dique, sob
proposta da administração regional de águas. ARTIGO 17
(Equipa de inspecção e controlo)
ARTIGO 14
1. A organização responsável pela inspecção e manutenção dos
(Competências da entidade regional competente na gestão diques deve criar uma equipa de inspecção e controlo de diques.
de recursos hídricos) 2. A equipe referida no número anterior apresenta relatórios
Compete a entidade regional competente na gestão de recursos às entidades regionais de gestão de recursos hídricos sobre
hídricos: as conclusões das visitas de inspecção.
3. Os resultados da inspecção são objecto de apreciação
a) Fazer a manutencao dos diques;
e discussão pela entidade regional de gestão de recursos hídricos,
b) Supervisionar a condição da estrutura dos diques
com envolvimento das partes interessadas no Comité ou Utentes
de protecção privados em sua jurisdição, nos termos
das Bacias.
das normas de segurança previamente aprovadas;
c) Garantir o cumprimento integral do presente Regulamento; ARTIGO 18
d) Designar, para cada dique, uma equipa de coordenação
(Plano de gestão operacional)
de gestão operacional;
e) Preparar um plano de gestão operacional; 1. O plano de gestão operacional deve conter:
f) Garantir a inspecção, controlo, operação ou manutenção a) Um conjunto de medidas necessárias para o desenvol-
de dique; vimento, operação e protecção de diques de protecção
g) Receber os relatórios provenientes das inspecções contra cheias e inundações, com indicação dos prazos
e adoptar as medidas de segurança recomendadas; associados;
h) Preparar projectos e a terceirização de obras b) Recursos financeiros necessários para a implementação
de ampliação, construção, reabilitação ou manutenção do plano e da gestão a ser realizada.
de diques de classe I e II; 2. O plano referido neste artigo é revisto anualmente e sempre
i) Interditar a realização de obras ou actividades que necessário.
que coloquem em risco a segurança dos diques; 3. Na preparação do plano de gestão operacional, as entidades
j) Aplicar sanções e outras medidas administrativas pela regionais de gestão de recursos hídricos devem envolver
violação de normas de segurança; os utentes das bacias.
k) Cobrar as taxas relativas aos encargos de manutenção,
gestão e construção dos diques; ARTIGO 19
l) Indicar um ou mais beneficiários que têm a obrigação (Envolvimento dos utentes)
de manter, inspeccionar ou de outra forma contribuir
para a gestão do dique; 1. Os utentes das bacias devem estar envolvidos pelas entidades
m) Elaborar a proposta de classificação dos diques regionais de gestão de recursos hídricos na gestão de diques,
de protecção contra cheias e inundações na respectiva incluindo:
área de jurisdição territorial; a) O tipo de medidas de manutenção;
n) Executar os trabalhos de manutenção regulares, de acordo b) Os encargos financeiros;
com o plano de gestão operacional e, eventualmente, c) A qualidade das inspecções e controlo;
as obras de reparação de emergência durante as cheias d) Um esboço do plano de gestão operacional, referido
e inundações. no artigo 17.
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2. Os utentes das bacias devem ser consultados sobre b) Definição preliminar do alinhamento do dique
as medidas a serem tomadas no uso ilegal dos diques, sem e do corredor do dique;
prejuízo da entidade regional de gestão de recursos hídricos impor c) Reconhecimento do terreno;
sanções por infracções ao presente Regulamento. d) Levantamento topográfico;
e) Prospecção geotécnica e testes laboratoriais;
ARTIGO 20 f) Avaliação das condições de drenagem da planície
(Benefíciários e representatividade) de inundação;
g) Avaliação dos materiais da fundação e das áreas
1. Os beneficiários de diques são pessoas singulares ou potenciais de empréstimo;
colectivas, protegidas contra cheias e inundações na sua área h) Avaliação das potenciais causas de falhas do dique;
geográfica. i) Definição dos critérios de dimensionamento;
2. Os beneficiários dos diques devem estar representados j) Definição de estruturas de drenagem;
no Comité de Bacia ou por outra forma de organização. k) Estimativa de quantidades e custos;
ARTIGO 21 l) Relatório preliminar do projecto;
m) Consulta pública;
(Relatórios) n) Comentários do proprietário do dique, dos beneficiários
1. No fim de cada inspecção, a equipa de coordenação da e de outros intervenientes.
gestão operacional dos diques deve submeter às entidades ARTIGO 25
central e regionais de gestão de recursos hídricos um relatório
com constatações e recomendações sobre medidas a serem (Elementos da proposta do projecto detalhado)
implementadas para garantir a manutenção e segurança do dique. 1. A proposta deve conter os seguintes elementos:
2. O relatório referido no número anterior, deve conter uma
a) Justificação para o projecto, diante da previsão
avaliação de segurança para o dique de protecção, em linha com
de ocorrência de águas superficiais com nível
as normas de segurança.
elevado e outros factores de risco de inundações,
3. Se a avaliação da segurança do dique indicar razões para
e considerando a identificação da área protegida
a construção, reforço, ou desvio de um dique, o relatório deverá
e das actividades económicas e o imobiliário existente,
conter uma descrição dessas medidas e um prazo, para a reposição
de acordo com a abordagem passo-a-passo;
do funcionamento do dique.
b) O registo das partes interessadas, particularmente na área
CAPÍTULO V protegida pelo dique e os beneficiários do mesmo;
c) As medidas a serem tomadas, relacionadas com as
Projectos dimensões, a construção e a situação do dique, em
ARTIGO 22 termos de altura, crista, inclinação e outros aspectos
(Elaboração de projectos) técnicos, com vista à execução do trabalho relacionado
a um dique de protecção;
1. A construção, reabilitação ou desvio de um dique d) As medidas a serem tomadas, visando anular ou limitar
de protecção devem ser autorizados, antecedidos de um estudo os efeitos adversos da execução do trabalho, incluindo
de impacto ambiental e social e o respectivo projecto. medidas para mitigar os impactos ambientais e sociais,
2. Os projectos são elaborados por empresas de consultoria na medida em que essas precauções estão directamente
reconhecidas pelo Ministério que superintende a área de Obras ligadas à execução do trabalho;
Públicas. e) As medidas a serem tomadas para promover a importância
ARTIGO 23 da paisagem ou da natureza, visto que estas estão
directamente relacionadas com a execução do trabalho.
(Organização do projecto)
2. Se o plano envolver um desvio do dique de protecção,
O projecto deve conter as partes escritas e desenhadas, ele deverá conter as medidas a serem tomadas com relação
necessárias para definir totalmente o trabalho e justificar a sua à adaptação ao ambiente do local onde o dique de protecção
concepção e outras partes que a entidade regional de gestão de original estiver localizado e ao local onde o novo sistema
recursos hídricos do local onde se encontra o dique considerar de protecção de defesa contra cheias e inundações será construído.
apropriado, no que respeita às soluções técnicas para a estabilidade 3. As notas explicativas do plano devem indicar as consequências
do dique e análise dos impactos ambientais. da implementação do Plano e como os interesses relevantes serão
tidos em conta.
ARTIGO 24
ARTIGO 26
(Fases da preparação do projecto)
(Aprovação do projecto)
1. A preparação do Projecto deve seguir as seguintes fases:
a) Definição do Desempenho e Objectivos; 1. Sob parecer da entidade regional de gestão de recursos
b) Projecto Preliminar; hídricos, a entidade central responsável pela gestão dos recursos
c) Projecto Detalhado. hídricos aprove o projecto, de acordo com a legislaçao relativa
ao uso da água, em vigor.
2. A passagem à fase seguinte do projecto apenas pode ocorrer 2. A aprovação do projecto depende:
após a aprovação pela entidade regional de gestão de recursos
a) Da avaliação positiva do impacto ambiental;
hídricos da fase em curso.
b) Da aprovação da entidade competente, de acordo com o
3. O projeto preliminar está dividido nas seguintes etapas: regime jurídico aplicável à contratação de empreitada
a) Colecta de dados hidrológicos, morfológicos de obras públicas, fornecimento de bens e prestação
e geotécnicos; de serviços ao Estado.
19 DE SETEMBRO DE 2019 3887
e) A demolição dos trabalhos realizados, nos termos Art. 2. O presente Decreto entra em vigor na data da sua
da Lei de Águas. publicação.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 13 de Agosto
CAPÍTULO IX de 2019.
Normas transitórias Publique-se.
ARTIGO 35 O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
(Normas transitórias)
1. A Educação básica confere competências fundamentais O Sistema Nacional de Educação é constituído pelos seguintes
a crianças, jovens e adultos para o exercício da cidadania, subsistemas:
fornecendo-lhes conhecimento geral sobre o mundo que os a) Subsistema de Educação Pré-Escolar;
rodeia e meios para progredir no trabalho e na aprendizagem ao b) Subsistema de Educação Geral;
longo da vida. c) Subsistema de Educação de Adultos;
2. A Educação básica compreende o Ensino Primário (1.ª a 6.ª d) Subsistema de Educação Profissional;
classes) e o primeiro ciclo do Ensino Secundário (7.ª a 9.ª classe). e) Subsistema de Educação e Formação de Professores;
3. Os pais, os encarregados de educação, a família, as f) Subsistema de Ensino Superior.
instituições económicas e sociais e as autoridades locais
ARTIGO 9
contribuem para o sucesso da educação básica, promovendo a
inscrição das crianças em idade escolar, apoiando-as nos estudos, (Subsistema de Educação Pré-escolar)
evitando o absentismo e as desistências. 1. A Educação Pré-escolar é a que se realiza em creches
e jardins-de-infância para crianças com idade inferior a 6 anos,
ARTIGO 5
como complemento da acção educativa da família, com a qual
(Escolaridade obrigatória) as instituições cooperam estreitamente.
2. A rede da Educação Pré-escolar é constituída por instituições
1. A frequência e conclusão da Educação básica, da 1.ª a 9.ª
criadas por iniciativa pública, comunitária e privada.
classes do SNE, é obrigatória.
3. Compete ao Ministério que superintende a área da Criança
2. As crianças devem ser obrigatoriamente matriculadas na 1.ª e Acção Social, em coordenação com os Ministérios que
classe, até 30 de Junho, no ano em que completam 6 anos de idade. superintendem as áreas da Educação e Saúde, definir as normas
3. A matrícula é o registo da criança para efeitos de frequência da Educação pré-escolar, apoiar e fiscalizar o seu cumprimento,
da classe, no período definido nos termos do calendário escolar. definir os critérios e normas para a abertura, funcionamento e
encerramento dos estabelecimentos de Educação Pré-escolar.
ARTIGO 6
(Gratuitidade) ARTIGO 10
(Subsistema de Educação Geral)
1. Gratuitidade do ensino abrange propinas, taxas
e emolumentos relacionados com a matrícula, frequência 1. O subsistema de Educação Geral é o eixo central do SNE,
e certificação, livros escolares, despesas que são assumidas pelo que confere a formação integral de base para o ingresso em cada
Estado. nível subsequente dos diferentes subsistemas.
2. A gratuitidade do ensino abrange o Ensino Primário e o 1.º 2. A Educação Geral compreende:
ciclo do Ensino Secundário, nos seguintes termos: a) O Ensino Primário com seis classes, organizadas em dois
ciclos de aprendizagem;
a) A frequência do Ensino Primário, nas instituições
b) O Ensino Secundário com seis classes, organizadas em
de ensino públicas, está isenta do pagamento de taxas
dois ciclos de aprendizagem.
de inscrição, de matrícula, de propinas, da quota para
3. Entende-se por:
a Acção Social Escolar e do livro escolar;
b) A frequência da Alfabetização e Ensino Primário a) Ciclo de aprendizagem, o conjunto de duas ou três classes
de Jovens e Adultos, nas instituições de ensino ou anos após o qual o aluno ou educando deve ter
desenvolvido as respectivas competências;
públicas, está isenta do pagamento de taxas
b) Classe, uma unidade anual de conteúdos lectivos que
de inscrição, de matrícula, de propinas, da quota para
integram um ciclo.
a Acção Social Escolar e do livro escolar;
c) A frequência do 1.º Ciclo do Ensino Secundário está ARTIGO 11
isenta do pagamento de taxa de matrícula. (Ensino Primário)
3. A Educação e Formação de Professores para diferentes 3. As crianças e jovens com deficiência devem ser integradas
subsistemas rege-se por legislação específica. em estabelecimentos de ensino regulares para a sua educação
e formação, tendo em conta as suas necessidades de atendimento
ARTIGO 16 específico e apoio dos professores, pais ou encarregados
(Subsistema de Ensino Superior) de educação.
1. Ao Ensino Superior compete assegurar a formação ao 4. A criança com necessidades educativas especiais múltiplas
nível mais alto nos diversos domínios do conhecimento técnico, ou atraso mental profundo deve receber educação adaptada às
científico e tecnológico necessário ao desenvolvimento do País. suas capacidades em escolas apropriadas.
2. O Ensino Superior destina-se aos graduados da 12.ª classe 5. Entende-se por escolas apropriadas, as escolas especiais,
do ensino geral ou equivalente. centros de recursos de educação inclusiva e outras.
3. São objectivos do Ensino Superior:
ARTIGO 18
a) Formar, nas diferentes áreas do conhecimento, técnicos
e cientistas com elevado grau de qualificação; (Abertura, funcionamento e encerramento)
b) Incentivar a investigação científica, tecnológica
1. A abertura de escolas especiais é requerida ao Ministro que
e cultural como meio de formação, de solução
superintende a área da educação.
dos problemas com relevância para a sociedade
e de apoio ao desenvolvimento do País, contribuindo 2. O funcionamento das escolas especiais é autorizado pelo
para o património científico da humanidade; Ministro que superintende a área da educação, em coordenação
c) Assegurar a ligação ao trabalho em todos os sectores com os Ministros que superintendem as áreas da Saúde
e ramos de actividade económica e social, como meio e da Acção Social.
de formação técnica e profissional dos estudantes; 3. A autorização para o funcionamento de escolas especiais
d) Realizar actividades de extensão, através da difusão é antecedida por vistoria, nos termos a definir por Diploma
e intercâmbio do conhecimento técnico-científico do Ministro que superintende a área da educação.
e outras; 4. O Ministério que superintende a área da educação define
e) Realizar acções de actualização dos profissionais as normas referentes a abertura, funcionamento e encerramento
graduados pelo ensino superior; de escolas especiais.
f) Desenvolver acções de pós-graduação tendentes
ao aperfeiçoamento científico e técnico dos docentes ARTIGO 19
e dos profissionais de nível superior, em serviço nos
(Turmas especiais e Turmas inclusivas)
vários ramos e sectores de actividade;
g) Formar docentes, investigadores e cientistas necessários 1. Podem ser criadas turmas especiais e/ou turmas inclusivas,
ao funcionamento do ensino e da investigação; sendo:
h) Difundir valores éticos e deontológicos; a) Turmas especiais, aquelas que são constituídas por alunos
i) Prestar serviços à comunidade;
com o mesmo tipo de deficiência;
j) Promover acções de intercâmbio científico, técnico,
b) Turmas inclusivas, aquelas que são constituídas por
cultural, desportivo e artístico, com instituições
nacionais e estrangeiras; um máximo de 16% de alunos com necessidades
k) Reforçar a cidadania moçambicana e a unidade nacional; educativas especiais decorrentes ou não de deficiência
l) Criar e promover nos cidadãos a intelectualidade e os restantes sem alguma necessidade educativa
e o sentido de Estado. especial aparente.
4. O Ensino Superior confere os graus estabelecidos em 2. A constituição de turmas especiais e/ou inclusivas na escola
legislação específica. é da competência do Director da Escola.
5. O Ensino Superior rege-se por legislação específica.
SECÇÃO II
CAPÍTULO IV
Educação Vocacional
Educação Especial, Educação Vocacional e Educação
ARTIGO 20
à Distância
SECÇÃO I (Características e Objectivos)
Preço — 50,00 MT