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Aziz Nacib Ab'Sáber - O Domínio Dos Cerrados - Introdução Ao Conhecimento

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Rodrigo Marques
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Aziz Nacib Ab'Sáber, doutor em ciências, A z iz N d d b A b 'S á b e r

ex-diretor do Instituto de Geografia da USP, Goiás, dotados de solos menos férteis do que a m e­ m ente aos padrões de cerrados e cerradões dos
ex-presidente do Conselho de Defesa do tade sul, transmudou-se por meio de uma pequena interflúvios.
Patrimônio Histórico Artístico e Arqueológico rede de centros urbanos de apoio, ao ensejo da cons­
do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT. trução e consolidação da rodovia Belém-Brasília, que Nas áreas onde ocorriam cerradões — hoje
Especialista em geomorfologia do Brasil, é mais propriamente uma ligação Anápolis-Belém m uito degradados por diferentes tipos de ações an-
geografia tropical, planejamento regional e do Pará. trópicas — existiam verdadeiras florestas baixas e de
gerenciamento do meio ambiente. troncos relativamente finos, por processos naturais
Não nos envolveremos com considerações so­ de adensamento de velhos stocks florísticos de cer­
bre regiões que evoluíram pouco apesar do adven­ rados quaternários e terciários. Os campestres ilha-
to de infra-estrutura viárias relativamente modernas dos no meio de grandes extensões de cerrados e cer­
e a despeito mesmo de injeções de capitais finan­ radões, não passam de enclaves de campos tropi­
ceiros, que não tiveram força para uma redistribui- cais e, portanto, de savanas brasileiras (noroeste de
ção justa a serviço do hom em e da sociedade regio­ M ato Grosso, sudoeste de Goiás, faixas de campos
nal, vista com o um todo. lim pos de áreas dissecadas em cabeceiras de sub-
bacias hidrográficas, serranias quartzíticas, situadas
Preocupados em fixar idéias sobre o nível de ao norte de Brasília) e de pradarias mistas subtropi­
evolução recente do Brasil Central dentro de nossas cais de planalto (campo de vacaria, em M ato Gros­

O domínio dos cerrados: possibilidades de geom orfologistas — queremos


contribuir para uma revisão da gênese das paisagens
e dos espaços geoecológicos, de uma região que es­
so do Sul).

O dom ínio dos cerrados, em sua região nu­


tá no meio do processo m otor de modernização e clear, ocupa predominantemente maciços planaltos
introdução ao conhecimento de desenvolvim ento do país. Acreditamos que uma
revisão das bases físicas, que sustentaram a revita­
de estrutura complexa, dotados de superfícies aplai­
nadas de cimeira, e um conjunto significativo de pla­
lização econômico-social da região, possa ser útil ao naltos sedimentares com partim entados, situados
conhecim ento científico e, quiçá, para o esforço de em níveis que variam entre 300 e 1.700 metros de
preservação dos fluxos vivos da natureza regional. altitude. As formas de terrenos são, grosso modo, si­
milares tanto nas áreas de terrenos cristalinos aplai­
O dom ínio dos chapadõesYecobertos por cer­ nados quanto nas áreas sedimentares sobreelevadas
Todo pesquisador que na juventude cometeu ciais e econômicas. Tais mudanças se ligaram, so­ rados e penetrados por florestas galerias — de d i­ e transformadas em planaltos típicos. No detalhe, en­
a audácia de estudar uma região de seu país — de bretudo, a implantações da novas infra-estruturas versas com posições - constitui-se em um espaço trementes, as feições m orfológicas são m uito mais
grande ou pequeno espaço, de longa ou curta his­ viárias e energéticase a descoberta de impensadas físico ecológico e biótico, de primeira ordem de gran­ diversificadas, fato bem testemunhado pelo caráter
tória — aspira retornar m uitos anos depois, a fim de vocações dos solos regionais para atividades agrá­ deza, possuindo de 1,7 a 1,9 milhões de quilômetros compósito dos padrões de drenagem das sub-bacias
reexaminar os fatos observados e revisar a nova con- rias rentáveis. Pensamos, explicitamente, no caso do quadrados de extensão. O polígono dos cerrados hidrográficas, ainda que, em conjunto, chapadões se­
juntura, criada por forças da dinâm ica social e pela centro-sul e sudoeste de Goiás e no exem plo da por­ centrais brasileiros, m uito embora tenha uma posi­ dimentares e chapadões de estrutura complexa e de
atuação de fatores até certo ponto imponderáveis. ção ocidental dos planaltos do Paraná, Santa Cata­ ção zonal em relação ao grande conjunto das sava­ velhos terrenos, tenham o mesmo com portam ento
Para um geógrafo, voltar a uma região do grande in­ rina e Rio Grande do Sul. nas e cerrados da África Austral e da América Tropi­ na estruturação de paisagens físicas e ecológicas no
terior brasileiro, é um ato de revisão das paisagens cal, a nível dos espaços fisiográficos e ecológicos dom ínio dos cerrados. No caso particular do dom í­
e espaços, a nível do físico, ecológico e social. Mas No caso de Goiás e M ato Grosso — tom ados brasileiros, é apenas mais um dos grandes polígo­ nio dos cerrados, não existe a necessidade de se
tam bém a oportunidade de se questionar a si pró­ em seu conjunto — as m odificações dependeram nos irregulares que form am o mosaico paisagístico pressupor a existência de um subdomínio de formas
prio, em term os de mudança de ótica de observação de transformações fundam entais na produtividade do pais. No Brasil, sem qualquer dúvida, o caráter peculiares às áreas sedimentares, por oposição à
e do m odo de perceber os sistemas de relações en­ das terras de cerrados, ao par com uma extensiva longitudinal e o grau de interiorização das matas maior tipicidade dos terrenos cristalinos, como acon­
tre g ru p o s h u m a n o s e m e io s g e o g rá fic o s em modernização dos meios de transporte e circulação. atlânticas quebrou a possibilidade de uma distribui­ tece em todos os outros dom ínios m orfoclim áticos
mudança. Acim a de tudo, porém, o desenvolvim ento regional ção leste-oeste marcada para o dom ínio dos cerra­ brasileiros.
deveu-se a uma harmoniosa transformação acopla­ dos, representante sul-americano da grande zona
Temos a impressão que retornar a regiões pes­ A nível da escala paisagística observável dire­
da do m eio urbano e dos meios rurais, a serviço da das savanas. Por outro lado, a com posição florística
quisadas no passado, em países de velhas e quase dos tipos de vegetaçaõ da área nuclear dos cerrados tamente pelo homem, o dom ínio dos cerrados apre­
produção de alimentos. No conjunto desses proces­
imutáveis estruturas agrárias, pode ser uma tarefa até — constituído por padrões regionais de cerrados e senta os cerrados e cerradões predom inantem ente
sos, certam ente foi m uito im portante o conjunto de
certo ponto decepcionante. Pensamos, sobretudo, cerradões — é m ujto diversa das verdadeiras sava­ nos interflúvios e vertentes suaves dos diferentes ti­
m odificações na rede urbana do Brasil Central, for­
em alguns casos da rígida estrutura social e econô­ nas, existentes em território africano. pos de planaltos regionais. Faixas de campos limpos
çadas pela implantação de Brasília. A revitalização
mica da campanha francesa e de sua rede de velhas ou campestres sublinham as áreas de cristas quart­
da rede urbana atingiu todos os quadrantes regio­ Na África predomina um arranjo transicional
aldeias, resistentes a quase toda m odernização e zíticas e xistos malpedogenetizados dos bordos de
nais do dom ínio dos cerrados: o Triângulo Mineiro, gradual para os diversos tipos de savanas, desde a
transformações. No caso do Brasil, porém, em áreas chapadões onde nascem bacias de captação de pe­
através de Uberlândia e Uberaba e suas sub-redes borda das grandes matas da Guiné até as lindes das
onde o arcaísmo cedeu lugar a uma modernização quenas torrentes dotadas de forte capacidade de dis­
urbanas; o sul de M ato Grosso, através de Campo estepes subdesérticas e desérticas, pré-saharianas
incompleta, a tarefa de retornar para reanalizar é, qua­ secação (centro-sul de Goiás). Por sua vez, as flores­
se sempre, um projeto fadado a ser gratificante. Grande e Dourados; o sudoeste de Goiás, através de e pré-kalaarianas. No Brasil, cerrados e cerradões se tas galerias permanecem amarradas rigidamente ao
Rio Verde, Jataí e Bom Jesus; o centro de Goiás, por repetem por toda a parte no interior e margens da fundo aluvial dos vales de porte m édio a grande. Os
Em nosso país, no decorrer de três décadas, m eio de Anápolis, Goiânia e Brasília; e a rede urba­ área nuclear dos dom ínios m orfoclim áticos regio­ sulcos das cabeceiras dendritificadas das sub-bacias
algumas regiões mudaram em quase tudo, incorpo­ na em reestruturação de M ato Grosso do Norte, atra­ nais. As variações florísticas dizem respeito m uito hidrográficas possuem apenas uma vegetação ciliar,
rando padrões m odernos que, m uitas vezes, abafa­ vés de relações leste-oeste e sul-norte, na direção de mais aos tipos de florestas galerias do que propria­ disposta linearmente, em sistema de frágil implan-
ram por substituição, velhas e arcaicas estruturas so­ Rondônia e a Amazônia. 0 próprio extrem o norte de
tação. As florestas galerias verdadeiras, às vezes ocu­ marcante da tropicalidade regional, com estações
pam apenas os diques marginais do centro das pla­ m uito chuvosas alternadas com estações secas — bióticos, que caracteriza o dom ínio dos cerrados, é, quanto que uma faixa de cerrados, grosso modo, dis­
nícies de inundação, em forma de corredor contínuo incluindo um total de precipitações anuais de três na aparência, de relativa homogeneidade, extensí­ posta em curva de nível, separam as matas secas dos
de matas; outras vezes, quando o fundo aluvial é a quatro vezes aquele ocorrente no domínio das caa­ vel a grandes espaços. A repetitividade das paisa­ vales em relação aos pobres campestres de cimeira
mais hom ogêneo e alongado, ocupam toda a calha tingas — implica em uma preservação extensiva dos gens vegetais ligadas ao tema dos cerrados - cer­ e altas vertentes. Em m uitos setores sedimentares,
aluvial, sob a forma de serpenteantes corredores padrões de perenidade dos cursos d'água regionais. rados, cerradões, campestres de diversos tipos — ou em áreas cristalinas rebaixadas, dotadas de so­
florestais. M esm o nos canais de escoamento laterais aos cha- contribui m uito para esse caráter m onótono desse los relativamente rasos, existem grandes extensões
padões e de m uita pequena extensão, permanece grande conjunto paisagístico. Mesmo, entretanto, de cerrados, transformados em pastos sujos, com ve­
Não raro, em alguns setores, estendem-se con- uma espécie de linha de m olham ento d'água sub- sob o ponto de vista exclusivamente m orfológico, o getação rala e esparsa (cerradinhos). Os verdadeiros
tinuadamente pelo setor aluvial central das planícies, superficial, durante toda a estação seca de meio do domínio dos cerrados apresenta sutis diferenciações cerradões quase sempre ocorriam em setores de
deixando lugar para corredores herbáceos nos dois de padrões de paisagens, em função de fatores lito- chapadões com vertentes convexizadas e melhores
ano. O lençol d'água sofre variações ao longo do ano,
bordos da galeria florestal, arranjo fitogeográfico re­ desde 1-1,5 metros até 3-4 metros no subsolo super­ lógicos e estruturais. padrões de solos.
conhecido pelo nome popular de veredas. Tal situa­ ficial dos cerrados, continuando, porém, tangente à
— Predom ínio da decom posição quím ica, — Predominam por grandes espaços no do­
ção, m uito com um nos setores de cerrados que en­ superfície da topografia, alimentando as raízes da ve­ mais ou menos profunda, porém não totalmente ge­ mínio dos cerrados, padrões de drenagem variando
volvem o dom ínio das caatingas, corresponde a ca­ getação lenhosa dos cerrados. neralizada no espaço, das rochas cristalinas, na fai­ de subparalelo e ligeiramente dendrítico. Trata-se de
sos em que predominam sedim entos arenosos nos
A aparência xerom órfica de m uitas espécies xa dos gnaisses e micaxistos. Atenuação da decom ­ área que possui, via de regra, os menores índices de
bordos das planícies de inundação. Poresta razão as
do cerrado é falsa; segundo Ferri (1963) tratar-se-ia posição, em profundidade, das rochas quartzíticas densidade de drenagem, fazendo grande contraste
veredas se com portam com o corredores de form a­
de um pseudoxerom orfism o, fato que endossaria a e de xistos argilosos, expostos em grandes exten­ com os padrões ocorrentes nas áreas tropicais úm i­
ções herbáceas rasas, no fundo lateral das planícies sões. Alterações contidas de arenitos e siltitos e fra­
de inundação onde existem résteas subatuais de hipótese de um escleromorfismo oligotrófico (Arens, das. Padrões compósitos de drenagem podem ocor­
1963). As plantas lenhosas dos campos cerrados se­ co aprofundamento da decomposição de afloramen­ rer em áreas de predominância de estruturas dobra­
areias m alpedogenetizadas (regossolos planos). As tos basálticos. Do que decorre a existência de "te r­
veredas, a nosso ver, estão para os lados das matas riam, portanto, uma flora de evolução integrada com das aplainadas, em que as faixas litológicas tornam-
as condições dos climas e solos dos trópicos úm i­ ra roxas de cam po”, velha expressão criada por fa­ se m uito desiguais em extensão e em forma de par­
galerias no dom ínio dos cerrados, tal com o os cha­ zendeiros paulistas e mato-grossenses.
m ados ariscos estão para as estreitas galerias de di­ dos, sujeitos a forte sazonaridade. ticipação na compartimentação da topografia. Nes­
ques marginais de rios interm itentes sazonários, no ses casos — m uito comuns desde o sudoeste de M i­
A natureza física e ecológica dos cerrados não — Predominância de latossolos, tanto para
nas Gerais até as proximidades de Brasília — coe­
interior do dom ínio das caatingas. apresenta maiores deficiências hídricas no solo sub- áreas sedimentares com o para terrenos cristalinos
xistem padrões espaçados, subparalelos e ligeira­
superficial, apresentando, entrementes, fortes defi­ ou cristalofilianos e eventuais exposições de basal­
Do m esm o modo, as campinas de várzeas na mente dendríticos, com padrões mais densos per­
ciências de um idade do ar na prolongada estiagem tos. As áreas onde as crostas duras de laterita já fo­
Amazônia, são veredas encharcadas de areias bran­ tencentes a bacias de captação de drenagens, em
do m eio do ano. Para Arens (1963), "a flora dos cam ­ ram eliminadas, ou nunca existiram, têm melhores
cas situadas à margem de florestas galerias de d i­ setores semi-escarpados, ravinados e dom inados
pos cerrados é exposta ao máximo de iluminação pe­ condições a ofertar para atividades agrícolas, sob a
ques marginais, no centro de antigas faixas de areias por campestres de solos m uito pobres.
lo clima, que se caracteriza por um núm ero elevado condição de calagem de calcários ou de uso de adu­
geradas em condições clim áticas rústicas, consti­
de dias de céu descoberto e pela natureza da vege­ bos fosfatados. Em cima das espessas cangas de la­
tuindo outra m odalidade de ecossistemas diversifi­ terais fósseis — presumivelmente de idade oligocê-
cados, de complexa origem paleoclimática e fluvial. tação rala que produz sombra mínima". Situação que Compartimentos de relevo na área
consideram os verdadeira sobretudo para o período nica, em alguns altos interflúvios de chapadões —
Apenas a título de informação, queremos lembrar som ente sobrevivem m irrados substandards. nuclear dos cerrados
que a região protótipo para o estudo dessas faixas de inverno seco, mas que é modificada em m uito du­
rante o verão chuvoso. Nesse sentido, há que estu­ A imagem, geralmente feita, de que a área dos
de areias brancas, situadas em várzeas do reverso de — Convexização em geral discreta, porém for­
dar, com mais cuidado o com portam ento da flora cerrados seria constituída apenas por enormes cha­
diques marginais florestados, similares aos casos de temente diferenciada de nível topográfico para nível
dos cerrados e dos cerradões, nos dois m om entos padões, situados na posição de divisores entre a dre­
veredas e ariscos, é o Vale do Moju, a leste de Tucu- topográfico, e de província geológica para província nagem do Prata e do Amazonas, é somente pró-parte
ruí (Ab'Saber, 1982), em plena Amazônia Oriental. To­ estacionais tão contrastados.
geológica. No Brasil Central, os altos chapadões des­ verdadeira. Certamente se trata do dom ínio morfo-
dos esses padrões anômalos de setores de planícies Climaticamente, o domínio dos cerrados — em tituídos de cangas e dom inados por gnaisses e ro­ clim ático brasileiro onde ocorre a m aior massissivi-
de inundação deveria ficar totalm ente à m argem de sua área nuclear — com porta de cinco a seis meses chas m etam órficas heterogêneas, têm a tendência dade, extensividade e hom ogeneidade relativa de
cogitação dos projetos ditos Pró-Várzea, para evitar secos, opondo-se a seis ou sete meses relativamen­ para uma larga e bem-marcada convexização. Quart- formas topográficas planálticas do Brasil intertropi-
gastos e expectativas inúteis, em função das pecu­ te chuvosos. As temperaturas médias anuais variam zitos e xistos resistentes, apresentam perfis irregu­ cal. Planaltos sedimentares cedem lugar, quase sem
liaridades desses ecossistemas, que não têm voca­ de am plitude, de um m ínim o de 20-22,°até um má­ lares de vertentes, com setores semi-escarpados ra- solução de continuidade, para planaltos de estrutu­
ção agrícola identificável. Recado válido para tecno- xim o de 24-26,°levando-se em conta o espaço total vinados. Cerrados e cerradões de m aior biomassa ras mais complexa, nivelados por velhos aplaina-
cratas e especuladores, de todos os naipes. dos cerrados desde o sul de M ato Grosso até ao recobriam os setores de convexização mais bem- mentos de cimeira, formando o grande Planalto Cen­
Maranhão-Piàuí. Nenhum mês possui temperatura marcada, enquanto que os setores quartzíticos pos­ tral. Nunca será demais lembrar que o conjunto es­
O dom ínio dos cerrados possui drenagens pe­
m édia inferior a18°(Nimer, 1977). Entretanto, a um i­ suíam coberturas herbáceas ralas, pontilhadas por pacial do dom ínio dos cerrados, nos altiplanos cen­
renes para os cursos d'água principais e secundários,
dade do ar atinge níveis m uito baixos no inverno se­ raquíticas espécies dos cerrados. No sul de Mato trais, representa mais ou menos a metade da área to ­
envolvendo, porém, o desaparecimento temporário
co (38-40%), e níveis m uito elevados no verão chu­ Grosso, pradarias mistas interfluviais documentavam tal do gigantesco conjunto de terras altas, de m edia­
dos cam inhos d'água de m enor ordem de grande­ a presença de solos naturalmente mais ricos em nu­
za, por ocasião do período seco do meio do ano. Des­ voso (95-97%). Tal fato acentua a sazonaridade, que na a ltitude (600-1.100m), designado por Planalto
tem sido vista, sobretudo, em term os de alternân­ trientes, envolvidos por faixas de cerrados de meia Brasileiro.
ta forma, coexiste uma perenidade geral para a dre­
cia de estações chuvosas com estações secas. En­ encosta e, mais abaixo, no fundo e vertente baixas
nagem dos cerrados, com um efeito descontínuo de dos vales, por florestas galerias ampliadas. Nos cam­ Comparado com as acidentadas e corrugadas
interm itência sazonal para os cam inhos d'água das tretanto, no inverno seco, a taxa de umidade do ar
no dom ínio dos cerrados é tão baixa ou mais do que pos das vertentes a oeste de Barbacena (MG), os terras do sudeste e leste do país, o Planalto Central
vertentes e interflúvios, ao par com uma atenuação cam pestres se lim itam aos altos dos m orros em efetivamente pode ser considerado uma vasta área
aquela do dom ínio das caatingas, na mesma época.
dos fluxos d'água nos canais de escoamento das pe­ áreas de chãos pedregosos m altam ponados, en­ de chapadões, revestidos por cerrados e penetrados
quenas sub-bacias de posição interfluvial. O ritm o A com binação de fatos físicos, ecológicos e
por florestas galerias. Um ''m ardechapadões",com Dos refúgios de cerrados e cerradões, existen­
cerrados, interpe ne trad o por florestas galerias, tes na cimeira dos planaltos centrais, partiram as bio- aplainadas de cimeira, remontantes ao Terciário In­ o total de precipitações anuais é de, pelo menos,
opondo-se a um "m a r de m orros" originalmente flo­ massas sob a forma de "m anchas de óleo" coales- ferior, em termos de idade geomorfológica; e, os pla­ duas a cinco vezes m aior nos altiplanos com cerra­
restados. 0 próprio nordeste seco, com suas largas naltos sedimentares cretácicos da Bacia do Urucuia, dos do que nas depressões interplanálticas ou en­
centes, as quais povoaram as depressões interpla­
situados a nordeste de Minas Gerais e oeste da Ba­ costas de "serras secas". E, mesmo que ocorra um
depressões interplanálticas einterm ontanas — do­ nálticas até então secas, situadas ao norte de Goiás,
hia, ladeados por duas depressões periféricas, m ui­ ano de verão mais chuvoso nas caatingas, o semes­
minados por caatingas e drenagens intermitentes —, no Maranhão-Piauí, no Pediplano Cuiabano, no Mé­
to bem pronunciadas (depressão periférica, do Mé­ tre seco continua sendo m uito bem -pronunciado e
é m uito mais com partim entado que o elevado e re­ dio Vale Superior do São Francisco, no Paraná, na de­
dio Vale do São Francisco e depressão periférica do malservido por águas.
lativamente contínuo conjunto de terras altas do Bra­ pressão periférica paulista, nas colinas campestres
Paranã). E, por fim , setores descontínuos de depres­
sil Central. Nesse sentido, uma diferença essencial de Roraima e do Amapá. Mais recentemente, dos
sões interplanálticas — geneticamente m uito varia­ Ainda que os enclaves de cerrados no dom í­
marca esses dois dom ínios m orfoclim áticos e fito- cerrados de cimeiras e dos cerrados interplanálticos dos, do ponto de vista geomorfológico — circundam nio das caatingas estejam em regiões climáticas mui­
geográficos. Em sua área nuclear os cerrados ocu­ se expandiram cerrados e campestres para as de­ as terras altas sedimentares ou cristalinas, por todos to quentes e secas, é de se destacar o fato de que
pam os interflúvios de um extensíssimo planalto. No pressões aluviais e pró-partes eólicas dos Llanos do os quadrantes, menos o sul e o sudoeste, na direção os cerrados, em sua área nuclear estão, e, sobretu­
dom ínio das caatingas, a área nuclear situa-se pre­ Orenoco (Morales, 1979) e regiões similares, posta­ do Paraná, Paraguai e Argentina. do, estiveram, em áreas climáticas um pouco mais
dom inantem ente nas depressões interplanálticas, das na costa ou em com partim entos interiores da
frescas do que aquela que impera no dom ínio das
em posição totalm ente oposta à dos cerrados. metade norte da América do Sul. Fica assim com ­ De certa forma, é essa rede de depressões in­
caatingas. Nesse sentido, os enclaves de cerrados
provado o grande arcaísmo da vegetação dos cer­ terplanálticas, situadas a leste, nordeste, norte, no­
primam por estar em condições bastante adversas
Esse quadro, válido para observações de con­ rados, intuído por diversos pesquisadores, em dife­ roeste e oeste do Planalto Central, que salienta o es­
do ponto de vista climáíico, já que eles ocorrem em
junto, na escala de "universos" paisagísticos regio­ rentes épocas e por diferentes roteiros de interpre­ paço geográfico principal do domínio dos cerrados,
setores tão diferentes quanto sejam o Amapá, o nor­
nais, pode sofrer, entretanto, algumas modificações tação (Smith, 1885; Sampaio, 1934; Ab'S abere Cos­ em sua área nuclear. Por outro lado, a maior parte
deste da Bahia (Ribeira do Pombal), os tabuleiros
significativas, quando transm udados para escalas ta Júnior, 1957,1963). Houve uma geração arcaica de desses extensos com partim entos deprim idos são
sublitorâneos do nordeste oriental, a região de São
mais próximas do sub-regional. No prim eiro caso, cerrados que deve ter remontado aos primeiros tem ­ áreas de contato entre stocks de vegetação perten­
José dos Campos, no M édio Vale do Paraíba do Sul,
conjuntos paisagísticos apreendidos na escala de pos do Terciário e que depois recuou para refúgios centes a diferentes províncias florísticas. Na depres­
a depressão periférica paulista, e as manchas de cer­
mapas, e no segundo, paisagens regionais vistas na intermediários à m edida que se abriram e se expan­ são periférica paulista, na dependência de solos de
rados residuais de Jaguariaíva-Sengês e Campo
escala de cartas topográficas. Ou, mais tecnicamen­ diram as depressões interplanálticas. Estas, por sua diferentes fertilidades naturais, ocorrem matas e cer­
Mourão, no nordeste e centro-norte do Estado de Pa­
te, conjuntos espaciais de primeira ordem de gran­ vez, receberiam uma segunda geração de cerrados rados, em mosaico complexo. Na depressão do Mé­
raná. No universo geoecológico do Brasil intertropi-
deza (mais de um milhão de quilôm etros de exten­ vindos dos refúgios de cimeira, a qual disputou es­ dio Vale do São Francisco, ocorrem florestas e cer­
cal não existe com unidade biológica mais flexível e
são), opondo-se a observações feitas na escala de paço com as caatingas e floras secas, por ocasião rados ao sul e caatingas ao norte.-A oeste, na depres­
dotada de poder de sobrevivência em solos pobres
relevos de terceira ordem de grandeza (10.000 a são do Pantanal, originada por uma com binação
das flutuações climáticas do Pleistoceno. E, por fim , do que os cerrados.
100.000 quilôm etros de extensão), segundo a clas­ complexa de tectônica quebrável, eversão, aplaina-
quando os clim as úm idos passaram a predom inar
sificação de Cailleux-Tricart (1955). m entos neoterciários e recheio aluvial coalescente
e as caatingas se circunscreveram praticam ente ao Na sua área “ core", os cerrados se instalam há
quaternário, ocorre o com plicado contato entre a ve­
nordeste semi-árido atual, algumas biomassas de m uito tem po através de espaços contínuos, em ex­
Para fins de uma compreensão mais detalha­ getação dos cerrados com as do Chaco Oriental e
cerrado se deslocaram para o nordeste da América tensos setores de climas quentes, úmidos ou subú-
da da distribuição dos cerrados pelos com partim en­ das palmáceas pré-amazônicas. Apenas para o nor­
do Sul, ocupando espaços dos cam pos de dunas e midos, ou subquentes, igualmente úmidos ou subú-
tos de relevo, mais significativos, do próprio Planal­ te, após as terminações acidentadas do altiplano de
aluviões grosseiros, herdados m áxim o da semi- midos, com três a cinco meses secos. A amarração
Brasília, e além dos refúgios de matas do chamado
to Central, há que aprofundar a escala de tratam en­ aridez quartenária antiga (Pleistoceno Terminal), na principal entre o grande refúgio dos cerrados de ci­
"M a to Grosso de Goiás" estende-se uma subárea
to geom orfológico até ao nível do entendim ento da depressão do Orenoco (Morales, 1979). Esta, a ter­ meira, do Brasil Central, e as condições climáticas,
dos cerrados, que atinge as proxim idades do Pon­
compartimentação topográfica de depressões inter­ ceira e mais recente vogal de cerrados, reexpandi- parece perder para os climas tropicais de planaltos,
tal Araguaia-Tocantins, enquanto outro braço term i­
planálticas e depressões denudacionais ditas peri­ da a partir dos refúgios existentes em colinas de de­ subquentes e semi-úmidos com estação fortem en­
nal de vegetação típica do Planalto Central adentra-
féricas. M esm o porque parte da história da expan­ pressões interplanálticas e interm ontanas (Amapá, te chuvosa de verão, e três a quatro meses secos, no
se pelos chapadões do sul e centro do Maranhão, até
são das coberturas vegetais que deram origem ao Grã-Sabana). inverno, sujeitos a precipitações médias anuais, va­
os reversos dos planaltos em penados (tilted pla-
continunn atual da área nuclear dos cerrados, fez-se riando entre 1.300 a 1.800mm, segundo se pode de­
teaus) da Bacia do Maranhão-Piauí. já , além da es­
pela expansão descendente dos tecidos ecológicos preender de diversos grupos de dados existentes em
carpa terminal da Serra Grande do Ibiapaba, em ple­
um bom estudo do clima regional do centro-oeste,
dos cerrados de altiplanos para algumas das depres­ Conjuntos topográficos e no Ceará — em notáveis depressões interplanálticas da autoria de Edmond Nimer (1977).
sões interplanálticas existentes no centro ou na pe­
riferia do antigo grande refúgio dos cerrados do Bra­ condicionantes climáticos do —, inicia-se o dom ínio semi-árido dos "sertões se­
cos", espaço preferencial da vegetação das caatin­ De um m odo geral, os cerrados que ocupam
sil Central. Muitas de tais depressões, até há poucos domínio dos cerrados gas nordestinas. É nessa faixa, de contato brutaíjçn- depressOes interplanálticas, jn u ito mais quérrtes do
milênios, foram mais secos do que atualmente, ain­ tre espaços fisiográficos e ecológicos, que se pode que as cimeiras dos platôs - ainda que sujeitos à
da que um pouco m enos quentes (13.000 -18.000 perceber m elhora posição preferencial dos cerrados mesma sazonaridade — ali se instalaram, recente­
anos). E, com o se verá, tais setores interplanálticos, O Planalto Central tem o seu corpo territorial e das caatingas nos diferentes com partim entos do mente, nos últimos milênios, tendo descido dos ma-
foram exatamente aqueles que tiveram m aior sen­ básico centrado em três unidades geom orfológico- relevo regional: os cerrados permanecem no inter- crorrefúgios intermediários de cimeira segundo tu ­
sibilidade relativa para as variações clim áticas do estruturais, de grande extensão: o setor norte dos flúvio das chapadas, quer com o massas vegetais do leva a crer. Fato que já se constituiu - se co m ­
Quaternário, ao longo de to do o Planalto Brasileiro planaltos sedimentares (efou basálticos) da Bacia do contínuas, quer co m o refúgios (caso do Araripe provado - num bom ponto de partida para a análi­
(Ab'Saber, 1964, 1965). Daí, porque, tais áreas me­ Paraná, desfeitos em um relevo de cuestas concên­ Oriental); as caatingas amarram-se às depressões in­ se do quadro de condições paleoclimáticas e paleoe-
recem tratam ento especial em term os de setores tricas de frente externa, com altitudes variando en­ terplanálticas sertanejas, quentes e semi-áridas, do­ cológicas que precedem a formação da atual área
que só recentemente — nos últim os dez milênios — tre 300 e 1.100 m etros; o altiplano de rochas antigas tadas de drenagens interm itentes e tecidos ecoló­ nuclear dos cerrados do Brasil Central. Tal consta­
serviram de áreas para expansão e coalescência dos e estruturas dobradas do centro de Goiás (altiplano gicos próprios. A sazonaridade dos climas tropicais tação, entre outras implicações, documentaria que
cerrados (e cerradões), anteriorm ente localizados de Brasília), com velhos aplainamentos hoje coloca­ continua sob um só e m esm o regime; no entanto, o dom ínio m orfoclim ático dos cerrados e cerradões
apenas nas cimeiras dos chapadões centrais. dos na cimeira dos planaltos (série de superfícies)
tem sua área de máxima tipicidade nos planaltos se­ estrutura superficial da paisagem. Convém lem brar,.
dimentares e cristalinos de altitude média, de Goiás porém, que tais indícios de antigos chãos pedrego­ nheiros da área biológica, a serviço da interdiscipli- da região de Brasília, após as grandes matas do "M a ­
e Mato Grosso, m uito mais do que propriamente nas sos tem um valor relativo, pois nada dizem direta­ naridade. to Grosso de Goiás", outrora mais extenso. Essa área
com binações regionais de formas de relevo, solos e m ente sobre quais teriam sido os stocks de floras a • o conjunto das paisagens típicas de cerrados, de caatingas, em níveis rebaixados do Planalto Goia­
vegetação das depressões interplanálticas que mar­ elas associados em cada setor de ocorrência. No en­ no Planalto Central, era menor e menos contínuo, por no, formavam uma ligação nordeste-sudoeste das re­
ginam ou se interpenetram pelo Brasil Central, por tanto, indicam sempre vegetação esparsa, de tron ­ ocasião do últim o período seco; giões secas nordestinas com outras áreas semi-
nós já aludida. É um tanto ilusório, entretanto, pensar- cos finos, ou de cactáceas, onde os fragm entos lo­ áridas do centro-norte e nordeste de M ato Grosso;
se que os cerrados nasceram e se fixaram sempre cais de barras de rochas resistentes, foram capazes • todas as depressões interplanálticas que en­
volvem ou interpenetram o conjunto das terras altas • no e n to rn o do g ra n d e P antanal M a to -
em altiplanos refrigerados do Planalto Central, já que de se esparramar no chão das antigas paisagens, vin­
atuais do Planalto Central eram faixas de paisagens Grossense, sobretudo no Pediplano Cuiabano, des­
tais planaltos ainda no Terciário Inferior possuíam ní­ do a form ar chãos pedregosos, de m aior ou m enor
fortem ente diferentes, com portando m uito menos de Rosário Oeste até Santo Antônio do Leverger,
veis altim étricos relativos, de centenas de metros, espessura. Para esse atapetam ento do chão de pai­
cerrados e mais caatingas, ou vegetações similares; ocorriam setores semi-áridos interplanálticos, prova­
abaixo do seu nível atual. O soerguimento das cimei­ sagem, apenas a gravidade e as enxurradas em len­ velmente relacionados com a área de vinculação en­
ras mantidas por cargas — tipo planalto de Anápolis- çol devem ter colaborado: os fragmentos, de diferen­ • nas depressões interplanálticas ocorriam cer­
tre a vegetação pré-andina da Argentina ou com fai­
Brasília - nos p e rm ite d e d u zirq u e a té o O lig o ce n o tes natureza petrográfica, origens e formas, perco- tamente faixas de contato de vegetação, do tipo a
xas de vegetação cactácea das depressões interpla­
existiam extensas planuras detríticas com lateritas laram pbr entre as raízes de uma vegetação raquítica. que chamaremos de faixas de contato e transição in-
nálticas do extremo sul do país, outrora m uito mais
em formação em setores hoje m uito soerguidos e tradom ínio m orfoclim ático dos cerrados;
frias e secas do que as atuais pradarias mistas ou
transform ados em verdadeiros planaltos. Levando-se em conta os patrim ônios biológi­ • predominavam cerrados degradados inter- bosques subtropicais regionais;
cos, ainda hoje dom inantes no espaço ecológico to ­ fluviais e caatingas de encostas, em diferentes com ­
O quadro paleogeográfico de 13.000 tal de nòssos planaltos interiores, podem os afiançar b in açõ es no in te rio r das a lu d id a s d epressões • no extrem o sul de Mato Grosso, onde hoje
que apenas os diferentes facies de caatingas, assim existe os campos de vacaria, deveria existir estepes
-18.000 anos interplanálticas;
e campos limpos, mais frios e mais secos do que os
com o alguns tipos de cerrados naturalmente degra­ • nos altiplanos refugiavam-se os cerrados e
Os docum entos que possuim os para caracte­ atuais prados "m arginais", ali refugiados. Onde ho­
dados, poderiam ter ocupado os antigos chãos pe­ alguns núcleos de cerradões, sob a forma de "b a n ­
rizaras condições geoecológicas e paleoclimáticas je ocorrem as matas de Dourados deveriam ocorrer
dregosos, hoje soterrados na epiderm e das paisa­ cos de flora", os quais, mais tarde, quando da umi-
recentes do Planalto Central são fragmentários e des­ bosques subtropicais, alternados com campestres,
gens regionais e reocupados extensivam ente por dificação generalizada sofrida pela região em seu to­
contínuos. Pouco sabemos das flutuações clim áti­ no esquema ainda hoje observável mais para o sul
cerrados e cerradões. É de se supor, ainda, que pai­ do, serviram para o repovoamento vegetal do dom í­
cas, menores ou locais, referentes aos últim os seis do país (na área de vacaria, no nordeste do Rio Gran­
sagens de cactáceas com o aquelas que hoje ocor­ nio dos cerrados, tal com o hoje o entendemos em de do Sul, por exemplo);
ou oito mil anos. E, no entanto, tem os informações rem na zona pré-andina da Argentina, desde o nor­ sua área nuclear. Foi, somente, a ‘p artir dessa época,
bem mais seguras referentes às mudanças clim áti­ te de San Juan até San Miguel de Tucuman, podem que os cerradões passaram a predom inar sobre os • franjas de cerrados ficaram interpostas en­
cas mais drásticas, correspondentes à época gené­ ter penetrado áreas do entorno do Pantanal Mato- fades de cerrados naturalmente degradados, então tre as florestas galerias tropicalizadas e os prados que
tica das stone Une intertropicais brasileiras, já cons­ Grossense e depressões interplanálticas do sul do predominantes; substituíram estepes ou campos lim pos secos, no
tatadas e reconhecidas em numerosas áreas do país, Brasil, com portando eventuais chãos pedregosos e sul de M ato Grosso. Esquema parecido com o que
• possivelmente as caatingas ou vegetações
e referíveis ao últim o período de glaciação q ua ter­ tornando possível a ocorrência de minienclaves de ocorreu nas serranias das proxim idades de Barba-
similares estenderam-se até o M édio Vale do São
nária (W ürm — W isconsin Superior). Deixando de cactáceas até os dias atuais, vinculados à área dos cena e Tiradentes, em Minas Gerais, onde as matas
Francisco mineiro, alcançando a região kárstica si­
lado, a análise das flutuações menores e mais loca­ tropicais ganharam o fundo dos vales e os cerrados
a n tig o s p ed re ga is, hoje to ta l ou p a rc ia lm e n te tuada ao norte de Belo Horizonte, assim com o o in­
lizadas, ocorridas nos últim os milênios (Holoceno), ficaram interpostos entre elas e os campos limpos
soterrados. terior das cristas quartzíticas e ferríticas do quadri­
examinaremos o quadro de mudanças mais radicais, dos altos das cristas, onde outrora medravam cam ­
látero central do centro-sul de Minas Gerais;
que tiveram sua atuação entre os 13.000 e 20.000 Tais docum entos sedim entários inclusos nas pos rupestres em chão pedregoso;
form ações superficiais da região — ou seja, partici­ • fora das depressões interplanálticas, algu­
anos, aproximadamente. Trata-se de um quadro re­ • um antigo refúgio de matas subtropicais si­
pando da estrutura superficial atual da região dos mas áreas, com o os próprios chapadões areníticos
ferencial que interessa ao país inteiro e, até certo pon-i tuado no Vale do Paraná (extremo oeste do Paraná,
cerrados — têm m uito mais validade, quando asso­ do Urucuia, tiveram coberturas vegetais de climas
to de vista, à própria América do Sul, tomada em seu que designamos provisoriamente por Refúgio Foz do
ciado a outros indicadores paisagísticos, tais com o mais secos, com portando cerrados degradados ou
conjunto. até m esm o manchas de caatingas;
Iguaçu) deve ter sido tropicalizado, nos últim os m i­
presença de paleoinsetbergs, hoje representados por lênios, afogado que foi pelas florestas de clim as
No que tange aos níveis de interesse do quin­ relevos residuais das superfícies interplanálticas re­ • em altitude, nas altas encostas de serranias quentes, reexpandidas a partir de refúgios situados
to simpósio realizado sobre os cerrados, deve-se sa­ gionais. Além do que, quando localizados no mes­ quartzíticas (Espinhaço, Pirineus de Goiás, reverso no norte do Paraná e oeste de São Paulo. Conviria
lientar em relação aos fatos referentes ao últim o gran­ mo espaço em que aparecem os docum entos detrí- de altas cuestas areníticas) predominavam campos fazer um inventário de sua flora para testar esta hi­
de período seco do Pleistoceno — expandiu, de m o­ ticos mais antigos (tam bém indicativos de climas rupestres desenvolvidos em chãos pedregosos ou pótese, baseada na dinâmica aparente das cobertu­
do complexo, no interior dos planaltos inter e sub­ mais secos dp passado), tais com o cascalheiras de solos sub-rochosos, acima do nível do cinturão de ras florestais, da margem sul do dom ínio dos cerra­
tropicais brasileiros — o que se conhece tem ape­ terraços fluviais, leques aluviais grosseiros e frag­ cerrados, e á cavaleiro das caatingas das depressões dos. Por outro lado, convém retirar em definitivo o
nas o sabor de uma primeira aproximação (Ab'Sa- m entos de sedimentação interrom pidos. interplanálticas, mais quentes e menos arejadas em extrem o sul de m ato Grosso da área nuclear dos
ber, 1977). Trata-se de conhecimentos ecléticos, m ui­ face dos escassos ventos úm idos da época; cerrados;
to recentem ente reunidos, apenas para atingir um • no vale do Paranã, em plena depressão inter-
A análise de tais tipos de docum entos — cen­ • a grande transversal de formações abertas no
esquema de mapa prévio, no interesse de uma visua­ planáltica situada entre o chapadão de Brasília e os
trada na época de predominância das stone lines — Brasil intertropical que vem desde a área das caatin­
lização antecipada, e a serviço de futuras comple- chapadões do Urucuia, deve ter predom inado caa­
revelou-nos um pouco das paisagens que antecede­ gas brasileiras até o Chaco, passando pela área nu­
tações e melhorias, através da ótica das m uitas dis­ tinga sobre cerrados n atu ra lm e nte degradados
ram de perto as atuais, por ocasião do últim o perío­ clear dos cerrados, foi m uito mais "corredor" de for­
ciplinas em jogo. (substandard );
do seco quaternário (Pleistoceno Superior). O qua­ mações abertas, no Pleistoceno Superior, do que nos
Basicamente, os docum entos mais concretos dro o btido é m uito prelim inar e digno de m uitos re­ • paisagens e condições ecológicas de caatin­ últim os milênios. Isto porque, o espaço nuclear dos
que tornam possível esta primeira aproximação, d i­ paros. No entanto, não nos furtam os de oferecê-los gas predominaram ao norte dos bordos acidentados cerrados, com portava aquele te m p o m uito mais
zem respeito ao encontro de "linhas de pedra", na à consideração, análise e crítica de nossos com pa­
áreas de cerrados naturalmente degradados, entre­ cada uso — a fim de que o manejo das terras de cul- • agricultáveis, sem prejuízo da preservação relativa dos corredores aluviais, dotados de florestas gale­
meados com caatingas nas depressões interplanál- turas não interfiram no equilíbrio frágil da faixa de dos patrimônios naturais do "universo dos cerrados rias e buritizais. Fazer um alerta para as dificuldades
ticas (Médio São Francisco mineiro e Paranã, A lto contato entre vertentes e fundos de vales com flo ­ e cerradões". de utilização dos solos das "veredas" e proibir o uso
Araguaia) e pequenas estepes secas de altitudes, do restas galerias; Em relação ao grande dom ínio m orfoclimáti- da estreita faixa de transição entre a base da verten­
que propriamente densos e contínuos cerradões. Os co e fitogeográfico dos cerrados — em sua área nu­ te e o início das veredas, onde ocorrem solos forte­
• congelam ento total de uso dos solos das fai­
cerradões, ao contrário do que nós próprios pensá­ clear — propomos aos órgãos de gerenciamento do mente lixiviados, passíveis de erodibilidade intensa
xas de matas galerias, com vistas à preservação m úl­
vamos pertencem a um patrimônio biológico, arcai­ m eio am biente no Brasil as seguintes diretrizes (regossolos de base de vertentes em cerrados);
tipla das faixas aluviais florestadas, assim como, das
co, com portando-se com o adensamentos de bio- mínimas:
veredas existentes à sua margem. • não se pode eliminar pequenos capões de
massas de cerrados, a nível de verdadeiras florestas,
reexpandidas na cimeira de planaltos depois da úl­ Nesse sentido, alertamos aos responsáveis pe­ • face à nova conjuntura de ocupação econô­ matas existentes sob a forma de enclave no interior
tima grande fase seca pleistocênica (13.000 -18.000 la preservação dos patrim ônios genéticos do país mica dos cerrados, por atividades agrícolas im por­ do domínio dos cerrados, situados em glebas públi­
anos). Tal fato, reforça a idéia básica de que cerradões (Secretaria Especial do Meio Am biente - SEM A, Ins­ tantes — soja, arroz de sequeiro, m ilho —, tornar cas ou particulares. Considera-se pequenos capões
quando degradados por estensivas ações antrópicas titu to Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF, obrigatório a preservação de pequenas e médias "re­ aqueles de 1 a 20 hectares. Minicapões poderão ser
não se refazem facilmente. E, na prática, jamais se Ministério do Planejamento) que o não-atendimento servas" de vegetação original, em fazendas que pos­ cercados — com uma faixa de 20 metros de cerra­
recompõem. Os cerrados, por seu turno, são m uito da preservação integral das florestas galerias exis­ suam áreas superiores a 1.000 hectares, independen­ dos em seu perímetro — para fins de estudos cien­
mais resistentes em face de ações predatórias, não- tentes no Planalto Central pode acarretar conse­ temente das posturas legais de proteção preexisten­ tíficos e monitoramento, com base em negociações
lesionantes. Que os predadores imedialistas de nos­ qüências graves para o abastecim ento d'água, o ra- tes para matas ciliares e eventuais "capões" de ma­ a serem feitas com os proprietários das glebas. Au­
so país, não nos ouçam. vim ento das baixas vertentes e o aprofundam ento tas. Sugere-se que essas "reservas" de fazendas te­ toridades estaduais e m unicipais ficarão com a tu ­
e dessecamento dos lençóis d'água subsuperficiais nham no mínimo 30% do espaço total das fazendas, tela da fiscalização dessas pequenas reservas de flo­
De tais constatações, por fim , resultam algu­ devendo preferentemente ser localizadas nos inter- restas ilhadas na área nuclear dos cerrados. Estudos
na m aior parte do dom ínio dos cerrados. Até mes­
mas diretrizes para o bom uso e a preservação de im ­ flúvios de chapadões; científicos e monitoramento das mesma deverão ser
mo no interior do sítio urbano de Brasília onde tem
portantes recursos naturais na área nuclear dos cer­ feitas pelo IBDF, SEMA, INCRA e Empresa Brasilei­
havido o caos na ocupação dos solos das faixas de • provisoriam ente, ficam interditados para
rados, ou seja, em regiões, tais como, os chapadões ra de Pesquisa Agropecuária - Embrapa;
matas galerias já se observam lesionamentos graves eventual expansão de espaços agrários, todas as
do centro e sul de M ato Grosso, Triângulo Mineiro,
em conseqüência do progressivo desmatamento da áreas dotadas de verdadeiros cerradões (cerrados re­ _ • qualquer projeto de colonização dirigido para
sudoeste de Goiás e oeste da Bahia, Maranhão e
margem natural das florestas galerias, incluindo-se gionalmente designados por "cerrados a três pê­ capões de matas — tipo "M a to Grosso de Goiás"
Piauí.
ocorrências de ravinamentos selvagens na faixa de los"), estejam eles localizados em qualquer posição — terá que ser subm etido a rigorosa apreciação por
Até a década de 50 as faixas de maior prefe­ contato entre as baixas vertentes com cerrados e as na topografia: interflúvios, vertentes altas ou verten­ parte de instituições mistas e/ou comissões de es­
rência para uso agrícola no Planalto Central eram as veredas de solos lixiviados e em pobrecidos, que tes baixas. Para se liberar trechos de solos de cerra­ pecialistas, podendo ser aprovados em bloco, ficar
calhas aluviais onde existissem densas matas gale­ margeiam a verdadeira faixa de florestas galerias. dões para fins de ampliação de áreas agrícolas, ou sujeito a m odificações internas de diferentes níveis
rias. As várzeas alongadas e contínuas, dotadas de outros quaisquer usos, será necessário exame in si- e ordens e/ou serem proibidos globalmente, por to ­
O total de matas de fundo de vales, sob o ar­
aluviões, ricas e designadas regionalmente por pin­ tu por equipes técnicas do IBDF, SEMA e Instituto tal inadequação. De preferência, todo o entorno des­
ranjo clássico de matas galerias é inferior a 1% no
daíbas — eram a exceção em face do cam po geral Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. ses grandes capões de matas deverá ser preserva­
conjunto do 1,8 m ilhão de quilôm etros quadrados
de vertentes e largos interflúvios ocupados por uma Dado o desaparecimento rápido dos verdadeiros do, em uma faixa de 100 metros de largura média,
da área nuclear dos cerrados. E esse total, irrisório
pecuária extensiva. A partir da década de 60 e, so­ "cerradões", todos os remanescentes dessa vege­ do m odo mais contínuo possível, com o amostra do
de vegetação florestal intracerrados — incluindo pe­
bretudo, ao longo da década de 70, extensas áreas tação arcaica do Brasil Central, são de interesse pa­ ecossistema florestal original e baliza do espaço ori­
netrações das florestas do A lto Paraná e do sul da
dos interflúvios passaram a ser utilizados para a sil­ ra estudos científicos, de ordem botânica e fitogeo- ginalmente abrangido;
Amazônia, ao longo das cabeceiras de vales do di­
vicultura, a rizicultura, plantio de abacaxi e eventuais gráfica, assim como, zoológica;
visor Prata-Amazonase chapadões do Piauí — Ma­ • fica previsto estudos para delim itação de
lavouras nobres (soja, café e trigo). A agricultura co­
ranhão e oeste da Bahia - deve merecer tantos cui­ • devem ser protegidas todas as cabeceiras de áreas dejopografias ruiniformes típicas para efeitos
mercial, sobretudo a do arroz, atingiu o espaço dos
dados com o aqueles a serem dedicados à preserva­ drenagem existentes no dom ínio dos cerrados, des­ de criação de parques nacionais, estaduais ou m u­
cerrados, deslocando fronteiras agrícolas e viabili­
ção de bancos genéticos da natureza dos cerrados, de o sul de M ato Grosso até ao Maranhão e Piauí. nicipais sob controle de visitação. Após a delimita-
zando a econom ia rural de grandes glebas, até en­
ora pressionados pela irreversível deriva das frontei­ Campos de cultura em preparo, instalações agrárias, çao das áreas mais expressivas de topografias rui-
tão mal-aproveitados e improdutivas. Urge, agora,
ras agrícolas e interiorização do desenvolvim ento novos espaços incorporáveis ou em vias de incorpo­ niformes existentes no dom ínio dos cerrados, em
porém, defender os patrim ônios biológicos, com
e co n ô m ico e social, nos p lanaltos interio res do ração ao m undo urbano não podem interferir nas ca­ Goias (Torres do Rio Bonito, Serra da Divisão), Ma­
maior cuidado e grau de racionalidade. Com base no
Brasil. beceiras extremas de cursos d'água, sejam elas de to Grosso (Planalto dos Alcantilados, altos da Serra
estudo das m odificações quartenárias dos com p o ­
nentes paisagísticos regionais, e, sob a ótica do m o­ No caso dos cerrados p ro p ria m e n te d ito s qualquer tipo: cabeceiras em anfiteatros pantanosos do Roncador, Serra Azul, Bodoquema), Maranhão
delo dos refúgios naturais, de floras e faunas, suge­ pode-se prever um aproveitam ento m áxim o da or­ com buritis ou caranãs, cabeceiras em bacias de cap­ morros testemunhos e chapadas residuais), e Piauí
rimos três diretrizes básicas para conciliar desenvol­ dem de até 30% do espaço total da área nuclear do tação dendritif içadas. Não devem ser oferecidos in­ (Sete Cidades de Piracuruca, chapadas e morros tes­
vim ento e proteção dos patrim ônios genéticos: domínio, sem grandes prejuízos para a preservação centivos a proprietários ou prefeituras que não te­ temunhos de Castelo do Piauí e Pedro II), tom ar pro­
do patrim ônio genético da província florística e fau- nham s e n s ib ilid a d e em relação à p ro te ç ã o de videncias para a organização interna desses parques
• a exigir a preservação de percentuais signi­ mananciais; e elaboração de regulamentos para visitação e de­
ficativos de cerrados e cerradões localizados em abó­ nística regional. Essa avaliação prévia equivale a uma
somatória de espaços agrários descontínuos, da or­ senvolvimento de pesquisas. Em hipótese alguma
badas de interflúvios, transform ando-os em verda­ • levando em conta o encontro de novas fór­
dem de 540 mil quilômetros quadrados, ou seja, uma sera possível implantar nessas áreas especiais — do­
deiros bancos genéticos da província fitogeográfi- mulas para o uso econôm ico rentável dos solos de
área duas vezes maior do que o território paulista em tadas de grande expressão paisagística e feições to-
ca dos cerrados; cerrados nos chapadões do Brasil Central, com rá­
seu conjunto e quatro vezes m aior do que o dos seus pograficas bizarras — os equipamentos e esquemas
pida expansão da agricultura por largos interflúvios
• preservação de faixas de cerrados e campes­ espaços agrícolas, efetivamente produtivos. O gran­ de visitação que foram endereçadas à área de Vila
e vertentes — através de dezenas de milhares de qui­ Velha, no Paraná. Pelo contrário, o exem plo de Vila
tres nas baixas vertentes de chapadões, com deze­ de dilema residirá sempre no desenvolvim ento das lôm etros quadrados - , tornar obrigatório a defesa
nas até centenas de metros de largura — segundo técnicas de seleção dos subespaços efetivamente Velha será tomado como sendo o antiexemplo, a fim
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