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Técnicas Práticas Da Terapia Cognitivo Comportamental

O documento descreve os objetivos e procedimentos da sessão de avaliação inicial na Terapia Cognitivo Comportamental. O terapeuta realiza uma ampla avaliação do paciente para formular o caso, definir objetivos do tratamento e se o paciente é um bom candidato. Dados são coletados sobre várias áreas da vida do paciente para entender melhor o problema e planejar a intervenção.

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Técnicas Práticas Da Terapia Cognitivo Comportamental

O documento descreve os objetivos e procedimentos da sessão de avaliação inicial na Terapia Cognitivo Comportamental. O terapeuta realiza uma ampla avaliação do paciente para formular o caso, definir objetivos do tratamento e se o paciente é um bom candidato. Dados são coletados sobre várias áreas da vida do paciente para entender melhor o problema e planejar a intervenção.

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05/07/2022 13:58 Descomplica | Técnicas Práticas Da Terapia Cognitivo Comportamental

Avaliação inicial TCC (Sessão de


Avaliação)

N esse módulo iremos aprender sobre o funcionamento da sessão


de avaliação na TCC.  No tratamento é importante que seja
realizada uma avaliação completa do paciente para que o
terapeuta consiga elaborar uma formulação do caso, conceituar
o paciente e planejar a intervenção. Cabe ressalta que a avaliação não
fica restrita a ao primeiro encontro, mas que o terapeuta continuar a
coletar dados com o intuito de aprimorar a formulação de casos e refutar
ou confirmar hipóteses (BECK, 2013). Os objetivos da sessão de
avaliação são:

Tabela 1: Objetivos da sessão de avaliação.

• Formular o caso e criar uma conceituação cognitiva inicial do paciente;

• Definir se você é o terapeuta apropriado;

• Definir se você pode atender as necessidades do paciente

• (Ex: se ele precisa de atendimento duas vezes por semana, mas você
só pode uma vez);

• Definir se há recomendação para tratamentos concomitantes (Ex:


Psiquiatra)

• Dar início a aliança de tratamento.

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• Começar a familiarizar o paciente a estrutura da sessão e do


tratamento;

• Identificar problemas importantes e definir objetivos amplos.

 Tabela adaptada de J. Beck (2013) pp. 67.

É importante que o maior número de informações sejam coletas durante a


avaliação. Também é recomendável sugerir ao paciente que traga um
familiar ou amigo junto para o atendimento. Deixe claro que na avaliação
será definido se o paciente é um bom candidato para o tratamento com a
TCC e se você é o terapeuta recomendável para o caso. Por exemplo, há
terapeutas que preferem não trabalhar com determinadas demandas ou
faixa-etárias (BECK, 2013).

Dando início a sessão de avaliação

Primeiramente, se possível, é recomendável encontrar o paciente a sós


para então decidir colaborativamente se o familiar/amigo irá participar da
sessão, se será chamado ao final da sessão ou, ainda, se não será
chamado. É útil trazer o familiar ao final da sessão quando o terapeuta irá
apresentar suas impressões iniciais e objetivos amplos da sessão pois
pode verificar o ponto de vista do familiar sobre o problema do paciente.

A fase de avaliação

Durante a avaliação o terapeuta precisará coletar dados sobre muitas


áreas da vida do paciente, tanto atual quanto passada. É importante
levantar dados relacionados as seguintes áreas da vida do paciente:

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Tabela 2: Informações coletadas na sessão de avaliação

• Dados pessoais;

• Queixas principais e problemas atuais;

• História da doença atual e eventos desencadeantes;

• Estratégias de enfrentamento atuais e passadas;

• Histórico psiquiátrico;

• Histórico de abuso de substância;

• História médica e situação atual;

• Histórico psiquiátrico familiar;

• Histórico do desenvolvimento;

• Socialização;

• Educação e religião;

• Pontos fortes e valores.

Tabela adaptada de J. Beck (2013) pp. 69.

Na avaliação é importante buscar informações sobre como o paciente


passa o tempo livre dele e quais atividades ele gosta ou costuma realizar

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no dia-a-dia. Dessa forma, o terapeuta terá uma visão da vida diária do


paciente facilitando a delimitação de objetivos específicos. Ao ouvir a
descrição do paciente é necessário estar atento a variações de humor, se
o paciente interage com a família, amigos e pessoas no trabalho, como
ele funciona em casa no trabalho e em outros lugares que frequenta. Os
dados coletados contribuirão para a construção de um plano inicial do
tratamento, a delimitação de objetivos e planejamento de atividades
(BECK, 2013).

Parte final da avaliação

Na parte final é preciso que o terapeuta verifique com o paciente se há


algo importante que não foi abordado durante a sessão ou se tem algo
que o paciente está relutante em contar. Se houver, mas o paciente não
conseguir relatar nesse primeiro momento o terapeuta pode combinar de
retomar o assunto no futuro quando o paciente se sentir mais confortável.

Se o paciente trouxe um familiar e se ele gostaria de convidá-lo ao final da


sessão, o terapeuta deve perguntar ao paciente se há algo que ele não
gostaria que fosse dito na frente do familiar antes de chama-lo. Com o
familiar, o terapeuta deve buscar identificar qual a percepção da família
sobre o paciente, se o familiar enfoca no ponto negativo, quais os pontos
fortes que ele enxerga no paciente e quais estratégias de enfrentamento
utilizado por ele. O terapeuta também irá relatar as suas impressões
iniciais e apresentar o plano provisório do tratamento (BECK, 2013).

Processos e Instrumentos de Avaliação na Terapia Cognitiva

Além da entrevista realizada na sessão, o terapeuta pode realizar


entrevistas com outras pessoas importantes para o paciente, conversar
com o psiquiatra ou médico pessoal, realizar a observação direta do
comportamento em ambientes clínicos, aplicar instrumentos psicológicos

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(escalas, testes psicológicos e questionários) e trabalhos de


automonitoração (SOUZA & CÂNDIDO, 2009).

Para o diagnóstico em saúde mental são adotados a Classificação


Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a
Saúde (CID-10) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-5). O DSM-5 apresenta a classificação dos transtornos
mentais a partir de critérios diagnósticos e tem sido muito utilizado por
terapeutas da TCC.

Atividade Extra

Apesar da ampla utilização do DSM-5 em saúde mental, o manual recebe


algumas criticas devido a suas limitações. Para conhecer mais sobre as
mudanças que o DSM-5 trouxe nessa versão em 2013 e conhecer as
críticas que ele vem recebendo você pode ler o seguinte artigo:

Artigo: ARAÚJO, Álvaro Cabral; LOTUFO NETO, Francisco. A nova


classificação Americana para os Transtornos Mentais: o DSM-5. Revista
brasileira de terapia comportamental e cognitiva, v. 16, n. 1, p. 67-82,
2014.

Link de acesso: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtcc/v16n1/v16n1a07.pdf

https://aulas.descomplica.com.br/pos/pos-graduacao-em-terapia-cognitivo-comportamental-dcd7d0/turma/tecnicas-praticas-da-terapia-cognitivo-… 5/6
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Referência Bibliográfica

•
BECK, JUDITH S. Sessão de avaliação. In: BECK, JUDITH S. Terapia
Cognitivo Comportamental: Teoria e Prática. Tradução: Sandra
Mallmann da Rosa. 2 Ed. Porto Alegre, Artmed, 2013.  p. 66-77.

•
SOUZA, Isabel Cristina Weiss de; CÂNDIDO, Carolina Ferreira
Guarnieri. Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva: considerações
atuais. Revista brasileira de terapias cognitivas, v. 5, n. 2, p. 82-93,
2009.

•
WRIGHT, J. H.; BASCO, M. R.; THASE, M. E. Avaliação e
formulação.  Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: Um
guia ilustrado. Tradução: Mônica Giglio Armando. Porto Alegre, 2008.
Cap.3, p. 44-58.

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