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Saneamento Ambiental: Sistema de Drenagem Urbana

O documento discute o sistema de drenagem urbana, definindo termos como sarjeta, bocas coletoras e galerias. Apresenta as causas comuns de alagamentos urbanos e os objetivos dos sistemas de drenagem, como prevenir inundações e melhorar a infraestrutura viária. Também discute a importância de planejamento integrado entre micro e macrodrenagem.

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Saneamento Ambiental: Sistema de Drenagem Urbana

O documento discute o sistema de drenagem urbana, definindo termos como sarjeta, bocas coletoras e galerias. Apresenta as causas comuns de alagamentos urbanos e os objetivos dos sistemas de drenagem, como prevenir inundações e melhorar a infraestrutura viária. Também discute a importância de planejamento integrado entre micro e macrodrenagem.

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SANEAMENTO AMBIENTAL

SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

-1-
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Utilizar alguns termos básicos de saneamento ambiental relacionados à

drenagem da água urbana. 2. Identificar as principais causas dos alagamentos em áreas urbanas. 3. Identificar a

importância e os objetivos do sistema de drenagem urbana.

1 Introdução
O sistema de drenagem urbana é uma importante parte do sistema de saneamento de uma cidade, pois é a partir

dele que se organizam diversos fatores relacionados tanto à coleta de água (água bruta), quanto seu despejo

(águas residuais).

O serviço de saneamento de uma cidade deve exercer funções específicas em cada uma das fases para

manutenção da qualidade de vida da população e para saúde pública.

De acordo com a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, também conhecida como a Lei de Saneamento Básico, os

serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais que sejam adequados à saúde pública, à segurança da vida,

ao patrimônio público e privado são parte de seus princípios fundamentais.

Vejamos de que forma esta lei se concretiza nas cidades e quais as terminologias utilizadas na área sobre o

assunto.

2 Terminologias
Para entendermos melhor a lógica do trabalho de saneamento básico, no controle das chuvas e enchentes, é

necessário que tenhamos em mente sua terminologia. Leia o texto “Terminologia básica” e conheça alguns dos

termos mais utilizados, classificados pela Agência Nacional de Águas (ANA). Muitos já são de uso comum de

todos, mas como nem todos são é importante tê-los classificados para evitar confusões que atrapalhem estudos

futuros.

2.1 Terminologia básica

Greide linha do perfil correspondente ao eixo longitudinal da superfície livre da via pública.

-2-
Guia conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de separação do passeio com o leito viário,

constituído geralmente de peças de granito argamassadas.

canal longitudinal, em geral triangular, situado entre a guia e a pista de rolamento e


Sarjeta
destinado a coletar e conduzir as águas de escoamento superficial até os pontos de coleta.

canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos encontros dos leitos viários das

Sarjetões vias públicas destinados a conectar sarjetas ou encaminhar efluentes destas para os pontos

de coleta.

também denominadas de bocas-de-lobo, são estruturas hidráulicas para captação das


Bocas
águas superficiais transportadas pelas sarjetas e sarjetões. Em geral, situam-se sob o
coletoras
passeio ou sob a sarjeta.

condutos destinados ao transporte das águas captadas nas bocas coletoras até os pontos

Galerias de lançamento. Tecnicamente denominadas de galerias, tendo em vista serem construídas

com diâmetro mínimo de 400 mm.

Condutos denominados de tubulações de ligação, são destinados ao transporte da água coletada nas

de ligação bocas coletoras até as galerias pluviais.

Poços de câmaras visitáveis situadas em pontos previamente determinados, destinadas a permitir a

visita inspeção e limpeza dos condutos subterrâneos.

Trecho de
parte da galeria situada entre dois poços de visita consecutivos.
galeria

Caixas de denominadas de caixas mortas, são caixas subterrâneas feitas de alvenaria e não visitáveis

ligação com finalidade de reunir condutos de ligação ou estes à galeria.

Bacias de
área contribuinte para a seção em estudo.
drenagem

-3-
3 Drenagem

Dentro do conceito de saneamento ambiental, entende-se como drenagem as obras ou instalações destinadas a

escoar o excesso de água seja em rodovias na Zona Rural ou na malha urbana. A drenagem urbana não se

restringe aos aspectos puramente técnicos, impostos pelos limites restritos à engenharia, pois compreende o

conjunto de todas as medidas a serem tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de

inundações.

O caminho percorrido pela água da chuva sobre uma superfície pode ser topograficamente bem definido ou não.

Após a implantação de uma cidade, o percurso caótico das enxurradas passa a ser determinado pelo traçado das

ruas e acaba se comportando, tanto quantitativa como qualitativamente, de maneira bem diferente de seu

comportamento original. O calçamento das ruas também colabora para o aumento da velocidade e volume de

água das enxurradas, pois diminui sua absorção pela terra e cria “canais” de condução mais rápidos (Neto,

Agência Nacional de Águas).

4 Causas dos alagamentos urbanos


• Ocupação urbana desordenada.
• Atividades de mineração e beneficiamento de carvão.
• Edificações e ruas construídas à margem do rio.
• Subdimensionamento do sistema de micro e macrodrenagem.
• Obstrução do sistema de micro e macrodrenagem.
• Falta de rede de coleta e tratamento de esgoto doméstico.

5 Saneamento básico
É o serviço público que compreende os sistemas de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgoto,

resíduos líquidos industriais e agrícolas, acondicionamento, coleta, transporte e/ou destino final dos resíduos

sólidos, coleta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inundações. Estes serviços prestados pelo poder

público são assegurados pela Lei nº 11.445/07.

6 Sistemas de drenagem pluvial


Os sistemas de drenagem são classificados de acordo com suas dimensões em sistemas de microdrenagem,

também denominados de sistemas iniciais de drenagem e de macrodrenagem.

-4-
O sistema de microdrenagem inclui a coleta e afastamento das águas superficiais ou subterrâneas através de

pequenas e médias galerias. Já o de macrodrenagem inclui, além da microdrenagem, as galerias de grande porte

(com diâmetros maiores que 1,5 m) e os corpos receptores, tais como canais e rios canalizados.

7 Objetivos dos sistemas de drenagem


Os sistemas de drenagem urbana são, essencialmente, sistemas preventivos de inundações, principalmente nas

áreas mais baixas das comunidades sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos naturais de água, podendo

agravar em função da urbanização desordenada.

Todo plano urbanístico de expansão deve conter um plano de drenagem urbana, visando delimitar as áreas mais

baixas potencialmente inundáveis, a fim de diagnosticar a viabilidade ou não da ocupação destas áreas do ponto

de vista de expansão dos serviços públicos.

8 Os benefícios do sistema de drenagem


• Desenvolvimento de um sistema viário mais eficiente.
• Redução de gastos com manutenção das vias públicas.
• Valorização das propriedades existentes na área beneficiada.
• Escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião das precipitações.
• Eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais.
• Rebaixamento do lençol freático.
• Recuperação de áreas alagadas ou alagáveis.
• Segurança e conforto para a população habitante ou transeunte pela área de projeto.

9 Causas da modificação do regime hidrológico


• Impermeabilização do solo devido às edificações.
• Retirada da cobertura vegetal nas áreas de encostas.
• Colocação de revestimento asfáltico nas ruas.
• Aterramento das áreas de várzeas.

10 Plano diretor de drenagem urbana


Para implementar medidas sustentáveis na cidade, é necessário considerar:
• Os novos desenvolvimentos não podem aumentar a vazão máxima de jusante.
• Planejamento e controle dos impactos existentes devem ser elaborados, considerando a bacia como um
todo.
• O horizonte de planejamento deve ser integrado ao plano diretor da cidade.
• O controle dos efluentes deve ser avaliado de forma integrada com o esgotamento sanitário e com os
resíduos sólidos.

-5-
No Brasil, a infraestrutura de microdrenagem está diretamente ligada, a princípio, ao município e este define as

ações de manutenção e ampliação locais. À medida que os sistemas se ampliam, eles adquirem maior relevância.

Como as questões passam ao nível de área de macrodrenagem, podem passar a ser da competência dos governos

estadual ou federal. Isto é, deve ser da competência da administração municipal (Prefeitura), os serviços de

infraestrutura urbana básica, relativos à microdrenagem e serviços correlatos – incluindo terraplenagens, guias,

sarjetas, galerias de águas pluviais, pavimentações e obras de contenção de encostas para minimização de risco à

ocupação urbana.

Quanto à macrodrenagem, existem vários e trágicos exemplos de situações críticas ocasionadas por cheias

urbanas e agravadas pelo crescimento desordenado das cidades, como a ocupação de várzeas, encostas e fundos

de vales. De um modo geral, nas cidades brasileiras a infraestrutura pública em relação à drenagem, como em

outros serviços básicos, ainda se apresenta insuficiente, apesar da melhora já identificada em pesquisas como as

do IBGE nos últimos anos. Os estudos mostram que ainda há necessidade não somente de melhoria do serviço de

saneamento, mas também de fiscalização e vigilância para evitar ocupações em áreas de risco.

O que vem na próxima aula


Na próxima aula, conheceremos:
• Os aspectos relevantes da educação sanitária relacionados à higiene doméstica e industrial

CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Relembrou alguns termos básicos de saneamento ambiental relacionado à drenagem da água urbana.
• Identificou as principais causas dos alagamentos em áreas urbanas.
• Identificou a importância e os objetivos do sistema de drenagem urbana.

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