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As Erupções Vulcânicas Podem Ter Impactes Nos Ecossistemas

O documento discute o vulcanismo, definindo-o como a libertação de materiais como lavas e gases provenientes do magma. Descreve os tipos de vulcanismo primário e secundário, e as características da atividade efusiva, explosiva e mista. Também aborda vulcanismo ativo versus inativo e seus impactos na compreensão da história da Terra, bem como o vulcanismo em Portugal e seus efeitos socioeconômicos.

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As Erupções Vulcânicas Podem Ter Impactes Nos Ecossistemas

O documento discute o vulcanismo, definindo-o como a libertação de materiais como lavas e gases provenientes do magma. Descreve os tipos de vulcanismo primário e secundário, e as características da atividade efusiva, explosiva e mista. Também aborda vulcanismo ativo versus inativo e seus impactos na compreensão da história da Terra, bem como o vulcanismo em Portugal e seus efeitos socioeconômicos.

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Vulcanismo

O vulcanismo é um conjunto de fenómenos que abrangem todos os processos relacionados


com a libertação de materiais sólidos tais como piroclastos, lavas e gases, estes materiais são
provenientes do magma, que encontra-entre 700ºC e 1300ºC.

Os tipos de vulcanismo existentes são primários ou eruptivos e secundário ou residuais.

Vulcanismo primário

O vulcanismo primário ou eruptivo pode ser classificado como fissural ou central.

Vulcanismo fissural  No vulcanismo fissural ocorre a expulsão de material vulcânico


através de fraturas que podem estender-se ao longo de vários metros ou quilómetros
sendo o tipo de vulcanismo mais abundante na terra. Ex: (riftes)

Vulcanismo Central  O vulcanismo central é caracterizado pela existência de um cone


vulcânico que resulta da deposição de materiais expelidos nas erupções.

Vulcanismo secundário

O vulcanismo secundário ou residual refere-se a um conjunto de manifestações secundárias


menos espetaculares que as verificadas no vulcanismo primário, como a libertação de
gases e/ou água a temperaturas elevadas, com origem no interior da Terra. As
manifestações do vulcanismo secundário podem ser fumarolas, geiseres e nascentes ou
fontes termais.

Tipos de atividade vulcânica e características

Atividade efusiva: Está associada a libertação de lavas com composição básica, ou seja,
caracterizadas por serem pobres em sílica (cerca de 50%), e ter reduzido teor de gases
(cerca 1% e 2%) estas lavas também são muito quentes com temperaturas entre os
1000ºC e 1200ºC.

Estas lavas deslizam facilmente, formando escoadas de lava, que se afastam da


cratera. A extensão e velocidade das escoadas dependem do declive do terreno e da
viscosidade da lava.
Desta atividade vulcânica efusiva resulta a formação de vulcões em escudo com
relevos cónicos e vertentes suaves e pouco inclinadas, resultantes da sobreposição de
escoadas de lava libertadas em erupções sucessivas.

Classificação das escoadas lávicas podem ser escoriáceas ou aa, estas lavas originam-se
quando as lavas são mais viscosas, a sua solidificação origina superfícies irregulares e
rugosas.

Também há a lava encordoada, ou pahoehoe, tem origem em magma menos viscoso e


encontra-se a temperaturas mais elevadas, a sua solidificação origina superfícies que
adquirem o aspeto de cordas sobrepostas.

Ex: Kilauea (Havai)

Atividade explosiva: Neste tipo de erupção, o cone vulcânico resultante é alto, de


vertentes inclinadas e é formado essencialmente por piroclastos. Por vezes, formam-se
nuvens ardentes que se deslocam a grande velocidade.

Na atividade explosiva as lavas encontram nas temperaturas entre (800ºC a 900ºC), a


atividade explosiva esta associada sobretudo a libertação de material piroclástico e de
gases, as escoadas de lavas são inexistentes ou muito reduzidas devido a composição
destas lavas serem muito ácidas, ricas em sílica (acima de 65%), tornando-as muito
viscosas que dificultam a libertação de gases neles contidos.

Resultado de as lavas serem muito viscosas é a formação de domos ou agulhas


vulcânicas na chaminé que obstruem a passagem dos gases, resultando assim nesse
aprisionamento dos gases origina explosões violentas que podem originar no
desmoronamento do cone vulcânico, que também pode originar a formação de
caldeiras vulcânicas.

Ex: Santiaguito (Guatemala)

Atividade mista: Neste tipo de atividade vulcânica, verifica-se alternância de período


de efusivos e explosivos. Nestes casos, os cones vulcânicos são formados por camadas
alternadas de piroclastos e de lava.

Nestes vulcões as lavas emitidas podem apresentar uma composição intermédia


(teor de sílica entre 50% e 65%), estas lavas tendem a ser mais viscosas que as lavas
básicas emitidas nos efusivos.

Ex: Eyjafjallajökull (Islândia)


Vulcanismo ativo e inativo e a sua importância para o estudo da
história da terra

O vulcanismo ativo é aquele que apresentam atividade ou instabilidade, e corre o risco de


entrar em erupção a qualquer momento, já os inativos são aqueles que já entraram em
erupção, mas atualmente não apresentam atividade nem instabilidade, sendo considerados
vulcões extintos pois não apresentam atividade vulcânica há mais de 10000 anos.

Vulcão ativo: Kilauea (Havai)

Vulcão inativo: Kelimutu (Indonésia)

A importância do vulcanismo ativo e inativo para o estudo da história da terra é que esses
vulcanismos permite compreender a evolução tectónica das regiões onde ocorre ou ocorreu o
vulcanismo e nos locais onde ocorreu vulcanismo, mas agora está inativo como no caso de
Portugal continental é possível reconstruir a História geológica.

Vulcanismo em Portugal e os seus impactes socioeconómicos

Vulcanismo em Portugal

Em Portugal continental não há fenómenos de vulcanismo ativo, mas existem vestígios de


vulcanismo, por exemplo, na Estremadura, no Alentejo e no Algarve, sendo as águas termais as
principais manifestações de vulcanismo secundário aí existentes. A ilha da Madeira, apesar de
ter sido originada por fenómenos de vulcanismo, não apresenta qualquer vestígio de atividade
vulcânica atual, mas não deve ser considerado extinto uma vez que as erupções mais recentes
ocorreram há 7 mil anos, e para ser considerado extinto precisa de estar sem algum tipo de
atividade vulcânica nos últimos 10 mil anos.

O arquipélago dos Açores é uma zona propícia à atividade vulcânica, sobretudo as ilhas do
grupo central e oriental, por se localizarem ao longo de um plano de falha. Para além de
episódios recentes de vulcanismo ativo como a erupção dos Capelinhos - ilha do Faial (este
vulcão é do tipo central), é possível observar nessas ilhas sinais de atividade vulcânica passada,
como as caldeiras que se formaram depois do cone vulcânico ter explodido.

Ex: Caldeira do vulcão de fogo (Ilha de São Miguel, Açores).


Impactes socioeconómicos

Os impactes socioeconómicos podem ser positivos ou negativos.

O vulcanismo em termos negativos a causa destruição de bens, danos ecológicos, poluição


ambiental e perda de vidas humanas

Em termos positivos o vulcanismo ajuda no estudo da história da Terra, forma novas ilhas,
criam solos mais férteis para a produção agrícola, águas termais e cinzas para tratamentos
medicinais, produção de energia elétrica mais sustentáveis através de centrais geotérmicas e o
turismo.

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