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Logística de Transporte: Um Estudo de Caso Dos Desafios Do Transporte Rodoviário para As Operações de Comércio Exterior No Sul de Minas Gerais

1. O documento analisa os desafios do transporte rodoviário para as operações de comércio exterior no Sul de Minas Gerais, realizando uma pesquisa em empresas da região. 2. Apresenta conceitos de logística, comércio exterior, exportação e importação, destacando a importância do transporte rodoviário e suas limitações para o desenvolvimento econômico. 3. Identifica como principais desafios do transporte rodoviário no comércio exterior elevados custos, más condições das rodovias e alto índice de
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Logística de Transporte: Um Estudo de Caso Dos Desafios Do Transporte Rodoviário para As Operações de Comércio Exterior No Sul de Minas Gerais

1. O documento analisa os desafios do transporte rodoviário para as operações de comércio exterior no Sul de Minas Gerais, realizando uma pesquisa em empresas da região. 2. Apresenta conceitos de logística, comércio exterior, exportação e importação, destacando a importância do transporte rodoviário e suas limitações para o desenvolvimento econômico. 3. Identifica como principais desafios do transporte rodoviário no comércio exterior elevados custos, más condições das rodovias e alto índice de
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LOGÍSTICA DE TRANSPORTE: um estudo

de caso dos desafios do transporte rodoviário


para as operações de comércio exterior no Sul
de Minas Gerais.
Flávia Oliveira Pereira
[email protected]
UNIS-MG

Reginaldo da Silva Souza


[email protected]
UNIS-MG

Pedro dos Santos Portual Jr


[email protected]
UNIS-MG

Gustavo Flausino de Oliveira


[email protected]
UNIS-MG

Felipe Flausino de Oliveira


[email protected]
UNIS-MG

Resumo:A logística desenvolve um importante papel na economia do país, responsável pelo


deslocamento de insumos, serviços e pessoas, ela é fundamental nas atividades de comércio exterior. O
presente trabalho objetiva demostrar as definições de exportação e importação, a importância do
comércio exterior para o desenvolvimento econômico do país, os conceitos de logística, sua importância
quando analisada e aplicada adequadamente, as características e limitações do modal rodoviário, pois é o
modal mais utilizado no Brasil. Através destes fundamentos foi realizada uma pesquisa de campo em três
empresas prestadoras de serviço na área de comércio exterior na região de Varginha, sendo elas: Porto
Seco Sul de Minas, um despachante aduaneiro e uma transportadora prestadora de serviços rodoviários,
com o objetivo de analisar os principais desafios que o modal rodoviário enfrenta na prestação de serviço
de transporte, mais especificamente nas atividades de comércio exterior.

Palavras Chave: Logística. - Comércio Exterior. - Transporte - Rodoviário -


1. INTRODUÇÃO
Uma porcentagem significativa da composição dos custos das mercadorias
industrializadas e agrícolas é composta pelos custos logísticos. A influência da logística
contribui para o desenvolvimento da economia de um país, sendo à atividade por todo o fluxo
de informações, movimentações, armazenagem e transporte de mercadorias.
O objetivo deste estudo é analisar às características e limitações do transporte
rodoviário para as ativides de comércio exterior, apontando a sua importância para o
desenvolvimento das empresas, sendo ele o mais utilizado no Brasil.
Desta forma o estudo pretende responder a seguinte questão: Quais as características e
limitações do transporte rodoviário utilizado nas operações de comércio exterior?
O presente artigo baseou-se em uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo.
A revisão da literatura foi fundamentada nos conceitos e contexto da logística, comércio
exterior, fundamentos de exportação e importação e por fim o transporte rodoviário e suas
características.
Por meio de entrevistas com executivos de empresas prestadoras de serviços na área de
comércio exterior foi possível verificar a importância do transporte rodoviário para a
economia brasileira e o desenvolvimento do comércio exterior, destancando-se porém à
necessidade de melhoria das rodovias brasileiras que apresentam elevado índice de acidades e
assaltos, gerando perdas significativas para o setor.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO EXTERIOR PARA AS EMPRESAS
Devido às grandes mudanças que ocorrem no mundo, para que às empresas aumentem
seus lucros, se desenvolvam e alcancem o sucesso, elas precisam estar atentas às estratégias
de mercado e às novas tendências, a fim de enfrentar novos desafios e criar vantagens
competitivas perante seus concorrentes (LOPEZ, 2007).
O ingresso no mercado internacional exige um processo de amadurecimento, a
empresa deve estar preparada para as mudanças que o mercado externo oferece. Esta nova
fase requer cuidados administrativos e estruturais, para que o resultado organizacional seja
alcançado (LUDOVICO, 2007).
Dessa forma, Keedi (2011, p. 21) complementa que a “melhoria na qualidade pode ser
um fator determinante nas relações comerciais, já que a abertura das fronteiras pode balizar a
produções interna por meio de concorrência estrangeira.”
O comércio exterior é de grande importância para crescimento de um país, seja ele
desenvolvido ou em desenvolvimento. Expandindo e melhorando suas condições de troca e
crescimento econômico, que se reflete na qualidade de vida da população. Pois as relações
internacionais são fundamentais para as importações e exportações, ou seja, este processo é
indispensável e necessário para o país (SOUZA, 2008).

2.2 EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO, FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS.


Devido à deficiência de recursos de cada país, o comércio internacional de bens e de
serviços movimenta fluxos de compra e venda. Quando o país compra produtos no exterior
ele realiza uma importação e quando o país vende produtos para o exterior ele realiza uma
exportação (ALBERGONI, 2008).
Segundo Keedi (2011, p. 22) “a exportação pode ser de bens e serviços, é a
transferência de mercadorias entre países e de serviços como acessória, consultoria,
conhecimento, etc.”
A exportação funciona como a entrada de um país no comércio exterior, permitindo
com que as empresas tenham um melhor relacionamento externo e criando diferenciais
perante seus concorrentes, buscando novas tecnologias para seus produtos e serviços
(ASSUNPÇÃO, 2007). Para Vasquez:
A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país para o mundo, é a
forma de confrontar com os demais parceiros e, principalmente freqüentar a melhor
escola de administração, já que lidando com diferentes países, o país exportador,
assimila técnicas e conceitos que não teria acesso ao seu mercado interno. (2009,
p.181)
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior – MDIC
(2014), as importações são o processo de internalização de mercadorias estrangeiras no
território aduaneiro, em termos legais a mercadoria somente é considera importada após o
desembaraço aduaneiro1 e recolhimentos de tributos federais e estaduais exigidos por lei.
As importações influenciam no desenvolvimento econômico do país, aumentando as
trocas e os fluxos cambiais (ASSUNPÇÃO, 2007).
Segundo, Keedi (2011, p. 19), “importar é o ato inverso exportar, ou seja, adquirir em
outro país ou troca com este, mercadorias de seu interesse, que sejam úteis à sua população, a
saída de mercadorias para o exterior.”
Verifica-se que a importação tem sido alvo para as empresa em desenvolvimento e que
estão iniciando no comércio exterior, para obterem expansão e criar alternativas para a
qualidade e venda de seus produtos (SOUZA, 2008). A figura 1 apresenta a relação comercial
do Brasil com os principais blocos econômicos:

Figura 1: Exportações e Importações Brasileiras para os principais blocos econômicos.


Fonte: Secex/MDIC (2014).

1
O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira. É com o
desembaraço aduaneiro que é autorizada a efetiva entrega da mercadoria ao importador e é ele o último ato do
procedimento de despacho aduaneiro (RECEITA FEDERAL, 2014).
O gráfico acima mostra que o continente asiático possui grande relação com o Brasil
no comércio exterior, ficando atrás da Europa e Amarica.

2.3 CONCEITOS DE LOGÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA


A logística é fundamental para a economia e para o desenvolvimento produtivo das
empresas, quando analisada e aplicada adequadamente à necessidade de transporte de cada
mercadoria contribui para a redução de custos, auxiliando em um melhor padrão de vida para
a sociedade, sendo de suma importância para a construção do preço do produto que chega até
o consumidor final (LARRAÑAGA, 2008). Para Barat:
Na globalização, a logística e o transporte passam a atuar como fatores essenciais
para uma inserção mais plena no comércio, para a redução de assimetrias e para a
adição de valor às cadeias produtivas nacionais. A existência de sistemas eficientes
em empresas nacionais e privadas com porte para a logística e para o transporte é
condição essencial para que as negociações entre países e blocos possam ser feitas
em bases de maior reciprocidade. (2007, p. 1)
Segundo Larrañaga (2008, p. 41) a logística “é um fato econômico conhecido que os
recursos e os consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica.”
A logística engloba um conjunto de atividades com objetivo de agregar valores,
beneficiando o produto deste a sua compra até sua distribuição, porém somente obterão
resultados positivos quando trabalhada de maneira adequada, segura e com custos
econômicos, menor tempo e satisfazendo as necessidades do cliente (RODRIGUES, 2000).

2.4 O TRANSPORTE RODOVIÁRIO: SUAS CARACTERÍSTICAS E LIMITAÇÕES.


O modal rodoviário é flexível, quando se trata de uma malha em boas condições,
com características de transportar produtos de vários tamanhos e para distâncias diferentes
(BARAT, 2007).
Trata-se do modal mais utilizado no Brasil e irá se manter nesta posição por muito
tempo, devido à grande extensão da malha rodoviária. Sendo o transporte que possui o frete
mais alto em relação a mercadorias que ele transporta, de baixo valor agregado como produtos
agrícolas fertilizantes e minério. Pois sua capacidade de transportar cargas é pequena se
comparado aos demais modais. É indicado para mercadorias de maior valor agregado como,
por exemplo, as industriais (KEEDI, 2011).
Sendo um modal indispensável para a economia e o desenvolvimento de qualquer
país, para levar as produções agrícolas e industriais até estações, portos e aeroportos, o setor
de transporte rodoviário conta com caminhões de diversos tamanhos e de diversa
funcionalidade. (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE - CNT, 2014).
Ainda de acordo com CNT (ATLAS DO TRANSPORTE 2006), a rede rodoviária é
fundamental e indispensável nas cadeias produtivas, unindo mercados, promovendo a
integrações de regiões e estados.
A diferença deste modal com os demais pode ser mostrada através da malha rodoviária
instalada no País (estradas) representa cerca de 20% do total do território (1.610.075, km)
contra apenas 0,4% ocupado pela malha ferroviária (20.277 km). Ou seja, no Brasil, o
transporte rodoviário é a principal opção disponível para o transporte de cargas (RAZZOLINI
FILHO, 2009).
O crescimento econômico nos últimos anos e a expansão do mercado externo
brasileiro, fez com que a demanda no setor rodoviário aumentasse ainda mais, acarretando na
necessidade de melhorias na sua infraestrutura, para a solução de problemas existentes e
preparando o Brasil para futuros crescimentos logístico (CNT, ANO).
Porém, de acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2013, a extensão analisada
apresentou 63,8% de danos nas vias, sendo eles de pavimentação, geométrico e de sinalização.
Ouve um aumento de 1,1% em relação ao ano de 2012, aumentando também os pontos
críticos de 221 para 250, estes pontos críticos aumenta os riscos de acidentes em seus usuários
devido a erosões na pista, buracos grandes e queda de barreiras e pontes caídas.
Após verificar todos os fatores físicos que envolvem o transporte rodoviário de
cargas no Brasil, a figura 2 apresenta a porcentagem da utilização dos modais de transporte no
mercado brasileiro:

Figura 2: Composição da matriz do transporte de carga e passageiros no Brasil.


Fonte: Próprios autores com base no Boletim Estatístico - CNT (2014)
Com base na figura dois é possível identificar a predominância da utilização do
transporte rodoviário, indicando assim à necessidade de mais investimentos em meios de
transportes mais baratos, em espcial para o escoamento das commodities produzidas no Brasil
e comercializadas no mercado internacional, produtos de baixo valor agregado que demandam
de transportes com alta capacidade de carga e baixo custo, que não é realidade do transporte
rodoviário.

2.5 A POSIÇÃO GEOGRÁFICA DE VARGINHA: SUA LIGAÇÃO COM O


TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS.
Com uma localização favorável, no Sul de Minas Gerais, a cidade de Varginha conta,
hoje, com a presença de várias multinacionais e com força no agronegócio, especialmente, na
produção de café. Com acesso aos principais portos e aeroportos do Brasil, à 318 Km de Belo
Horizonte, 316 Km de São Paulo, 380 Km do Rio de Janeiro, 311 Km do aeroporto de
Viracopos em Campinas, sendo de grande importância para escoação da produção agrícola e
industrial da região (PORTAL PORTO SECO SUL DE MINAS, 2014).
Varginha está próxima à rodovia Fernão dias que é principal ligação entre as regiões
metropolitanas de Belo Horizonte e São Paulo. Forma um dos mais importantes eixos de
transporte de carga e de passageiros de todo o Brasil, passando por municípios de médio porte
como Lavras, Varginha, Três Corações, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e Extrema, na
região Sul de Minas. A Fernão Dias dá acesso também à BR 116, que liga o Rio de Janeiro à
Bahia, além de Vitória, passando por Governador Valadares, no Vale do Rio Doce (G-MG,
2014).

3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa tem como característica, “resolver problemas e solucionar dúvidas,
mediante a utilização de procedimentos científicos” (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 14).
O artigo do ponto de vista de seus objetivos baseia-se em uma pesquisa exploratória e
os meios utilizados foram a pesquisa bibliográfica e um estudo de caso.
A pesquisa exploratória tem como finalidade esclarecer, e modificar conceitos e
ideias, com o objetivo de explicar problemas e hipóteses. É caracterizada por ser de todos os
métodos de pesquisa menor rigidez no planejamento. Utilizando ferramentas bibliográficas e
documentais, entrevistas e estudos de caso (GIL, 2009).
O estudo bibliográfico foi baseado nos seguintes temas: Comércio exterior, logística e
transporte rodoviário.
O estudo de caso tem as características de um estudo profundo de um ou de poucos
objetos, ele investiga fenômenos e acontecimentos atuais e reais, mostrando clareza entre o
contexto o fenômeno estudado (GIL, 2009).
O estudo de caso foi presente trabalho foi realizado por meio de entrevistas com
executivos de empresas que atual na área de comércio exterior na região do Sul de Minas,
sendo eles: uma gerente comercial de uma transportadora da região, uma gestora de
exportação de uma empresa de despacho aduaneiro e o gerente administrativo do Porto Seco
Sul de Minas. A análise dos dados coletados na entrevista serão apresentados a seguir.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS


O modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil e de grande importância para o
comércio exterior, com base em diversos fatores que envolvem este modal, foi feita uma
pesquisa de campo com os três prestadores de serviços na área de comércio exterior na região
do Sul de Minas Gerais. Para melhor análise a apresentação dos dados coletos será
apresentada em três etapas, seguindo a ordem das entrevistas realizadas.
Os primeiros dados foram coletados com o gestor do Porto Seco Sul de Minas, que
apresento inicialmente que o transporte rodoviário é essencial e indispensável para o
desenvolvimento das atividades de comércio exterior da região. Todas as mercadorias que
chegam ao Porto Seco de Varginha são por meio do transporte rodoviário.
Quando questionado a respeito do impacto deste modal no desembaraço aduaneiro o
gerente afirmou que devido aos custos do seguro e fretes, risco de paradas devido ao trânsito
ou congestionamentos, desgastes dos veículos transportadores e os atrasos logísticos geram
um grande impacto nas operações, pois são fatores fundamentais para a agilidade no
desembaraço.
Ao mesmo tempo, trata-se de um modo de transporte muito importante para a
prestação de serviços ofertado pelo Porto Seco. Os principais pontos positivos do transporte
rodoviário segundo o gerente são: a grande oferta no mercado, à variedade de prestadores de
serviços e a capacidade de transportes de grandes volumes e como movimenta pouco a carga a
possibilidade de avarias são bem menore; a agilidade do transporte, flexibilidade do serviço e
no deslocamento das exportações, entrega direta aos locais de destino dos bens; o custo e
agilidade em curtas e médias distâncias podem ser destacados como outras vantagens para
utilização do transporte rodoviário.
Ainda de acordo com o gestor da unidade alfandegada falta ainda maiores
investimentos e atenção do governo para esta área. Destacando à necessidade de redução da
carga tributária, isenção de impostos federais, estaduais e municipais, especialmente aqueles
incidents sob à venda combustível, e nas tarifas de pedágios para que as empresas que atuam
no comércio exterior possam ganhar em competitividade.
A visão do despachante aduaneiro tem grande semelhança com os dados apresentados
anteriormente. A gestora entrevistada apontou a importância do transporte rodoviário para as
operações de comércio exterior, na região trata-se de um único meio de transporte utilizado
para escoar a produção industrial e agrícola e também para o recebimento das mercadorias
importadas, já que a linha férrea está desativada há alguns anos.
O transporte rodoviário, segundo a visão da gestora, é um transporte adequado para
curtas e médias distâncias devido à sua agilidade e flexibilidade, além disso, trata-se de um
transporte capaz de carregar todo tipo de carga e interligar os demais meios de transporte
utilizados para as operações de comércio exterior, especialmente, os transportes marítimo e
aéreo. Esta visão refuta o que os autores apresentam sobre as principais vantagens do meio de
transporte rodoviário.
A gestora de exportação apontou, também, que segurança da carga neste modal pode é
um ponto de atenção e preocupação para as empresas que operam com o comércio exterior.
Os constantes acidentes, provocados pela imprudência dos motoristas e pelas condições das
estradas brasileiras, além do aumento de roubos de cargas nos últimos são pontos que
merecem a atenção de todas as empresas. Ainda de acordo com a gestora, “o governo precisa
investir mais em infraestrutura nas estradas, em segurança, em formas de garantir a boa
viagem e a maior agilidade nas estradas, que hoje são o maior problema para os envios de
cargas.”
Por último, buscou-se a visão de uma gestora de uma transportadora que atua na
região. De acordo com a entrevistada, a falta de infraestrutura, mais uma vez lembrada, pode
ser apontada como um dos grandes problemas para o desenvolvimento e melhor utilização do
transporte rodoviário. “O governo deveria olhar para este setor e conhecer realmente a
realidade. Sofremos muito com estas leis um tanto quanto desorientadas, quem redige está
acostumado a rodar em países de primeiro mundo. Conhece o que é bom e resolve aplicar
aqui. Mas, estamos no Brasil! A carga tributária é muito pesada. Deveriam também repensar o
que cobram das transportadoras a fim de estimular a contratação de mão de obra e
investimentos por parte dos empresários.” “O estado de conservação das vias impacta
diretamente nos custos, uma vez que os caminhões acabam gastando muito mais em
manutenções corretivas.”
Outro aspecto apontado pela gestora foi à falta de infraestrutura das estradas após a
regulamentação da lei que determina a jornada de trabalho do motorista, pesou muito, pois, a
realidade atual contradiz muito com legislação, “não temos locais de parada adequados e os
motoristas sentem muita dificuldade em cumprir o que precisam.”
Por fim, apesar de Varginha estar muito bem localizada na região do Sul de Minas
Gerais, próxima às principais regiões produtoras do país e dos principais portos e aerportos
que movimentam mais de sessenta por cento do PIB brasileiro, mudanças no setor rodoviário
precisam ser feitas, em especial destacam-se à necessidade de melhorias na segurança e
qualidade das rodovias.

5. CONCLUSÕES
O objetivo do estudo foi analisar as características e os principais desafios para
utilização do transporte rodoviário nas operações de comércio exterior.
Por meio da pesquisa pode-se afirmar que o transporte rodoviário é de grande
importância para o desenvolvimento do país, mas ainda enfrenta grandes desafios,
destacando-se: o elevado custo para operação de transporte rodoviário, à falta de incentivos do
governo, a ineficência da infraestrutura e a falta segurança.
Porém, quando se trata de maior flexibilidade e disponibilidade, o transporte
rodoviário oferece ao importador e ao exportador boas oportunidades. À possibilidade de
entrega porta a porta, à capacidade de interligar os demais modais, à adequação para curtas e
médias distâncias e a menor exigência de embalagem, por apresentar menor manuseio da
carga, aumentando a segurança em relação avarias em geral, são aspectos que contribuem para
à utilização do transporte rodoviário.
O método utilizado para o desenvolvimento da pesquisa revela-se como a sua principal
limitação. A realização de entrevistas pessoais poderiam ter ajudado em uma maior
pronfundidade das respostas dos entrevistados. Suger-se para novas pesquisas a análise dos
outro meios de transporte utilizados nas operações de comércio exterior.

REFERÊNCIAS
ALBERGONI, Leide. Economia: Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2008.
ASSUMPÇÃO, Rossandra Mara. Exportação e Importação conceitos e procedimentos básicos. Curitiba:
Ibpex, 2007.
BARAT, Josef. Logística e transporte no processo de globalização: oportunidades para o Brasil. São Paulo:
Editora UNESP: IEEI, 2007.
BRASIL. AEB – Associação de Comércio Exterior do Brasil. Estatísticas do Comércio Exterior. Disponível
em:<http://www.aeb.org.br/graficos.asp>. Acesso em: 2 mai. 2014.
BRASIL. CNT – Confederação Nacional do Transporte. Atlas do Transporte. Disponível
em:<http://www.sistemacnt.org.br/informacoes/pesquisas/atlas/2006/arquivos/pdf/Atlas_Transporte_2006.pdf >.
Acesso em: 16 mai. 2014.
BRASIL. CNT – Confederação Nacional do Transporte. Noticias CNT 2014. Disponível
em:<http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?noticia=modal-rodoviario-documento-
presidenciaveis-propostas-entraves-17092014>. Acesso em 11 setemb. 2014
BRASIL. CNT – Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de Rodovias 2013.
BRASIL. CNT – Confederação Nacional do Transporte.Boletim estatístico, março de 2014. Disponível em:
<http://www.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Boletim%20Estat%C3%ADstico/boletim_marco_2014
.pdf >. Acesso em:2mai. 2014.
BRASIL. CNT – Confederação Nacional do Transporte.Transporte rodoviário de cargas é atividade
indispensável. Disponível em: <http://www.cnt.org.br/paginas/Agencia_Noticia.aspx?noticia=especial-por-que-
e-legal-ser-motorista-transporte-rodoviario-essencial-16052014>. Acesso em: 16 mai. 2014.
BRASIL. MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Exportação Visão geral. . Disponível
em: <http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/50_exportacao__visao_geral/men43>. Acesso em: 09
mai. 2014.
BRASIL. MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Importação Visão geral. Disponível
em: <http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/como-importar:-visao-geral/menu/70>. Acesso em: 09
mai. 2014.
BRASIL. SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. Disponível
em:<http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/procaduexpimp/despaduimport.htm>. Acesso em 10 nov. 2014.
Disponível em:<http://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/index.aspx>. Acesso em 11 setemb. 2014
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. – 2. reimpr. São Paulo: Atlas,2009.
KEEDI, Samir. ABC do Comércio Exterior: abrindo as primeiras páginas. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2012.
LARRAÑAGA, Félix Alfredo. A logística global. 9. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
LOPEZ, José Manoel Cortinas. Comércio exterior competitivo. São Paulo: Aduaneiras, 2007.
LUDOVICO, Nelson. Logística Internacional. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
MINAS GERAIS. Governo do estado de Minas Gerais. Rodovias. Disponível em:
<http://www.mg.gov.br/governomg/ecp/contents.do?evento=conteudo&idConteudo=69544&chPlc=69544&term
os=s&app=governomg&tax=0&taxn=5922> Acesso em : 15 mai. 2014
PORTO SECO SUL DE MINAS. Localização. Disponível em:<
http://www.portosecosuldeminas.com.br/ps/portugues/localizacao.asp>. Acesso em: 12 mai. 2014.
RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Transporte e Modais com suporte de TI e SI. Curitiba: IBPEX, 2009.
RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e a logística internacional. 1. ed.
São Paulo: Aduaneiras, 2000.
SOUSA, Cláudio Luiz Gonçalves de. Roteiro prático de exportação e importação: sistema básico operacional.
Belo Horizonte: Ed. Líder, 2008.
VAZQUEZ, José Lopes. Comércio Exterior Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
APÊNDICE

Apêndice A – Roteiro para entrevista com Porto Seco


1) O transporte é fundamental no comércio exterior, e o modal rodoviário é o mais
utilizado no Brasil para escoar a produção.
2) Qual a importância do modal rodoviário para as operações de exportação do Brasil?
3) E Qual a importância do modal rodoviário para as operações do Porto Seco?
4) Quais os impactos da falta de infraestrutura das rodovias brasileiras no desembaraço
aduaneiro?
5) Sobre a ótica do Porto Seco Sul de Minas quais os pontos positivos e negativos do
transporte rodoviário para as operações de exportação?
6) Os valores dos fretes rodoviários são vistos como um grande vilão para as empresas
que trabalham com o comércio exterior, em sua opinião o que o governo poderia fazer para
ajudar estas empresas?

Apêndice B – Roteiro para entrevista com despachante aduaneiro


1) Qual a importância deste modal para as operações de comércio exterior?
2) Quais os impactos da falta de infraestrutura das rodovias brasileiras no desembaraço
aduaneiro?
3) Sobre a ótica do despachante aduaneiro quais os pontos positivos e negativos do
modal rodoviário para as operações de exportação?
4) Os valores dos fretes rodoviários são vistos como um grande vilão para as empresas
que trabalham com o comércio exterior, em sua opinião o que o governo poderia fazer para
ajudar estas empresas?

Apêndice C – Roteiro para entrevista com transportadora


1) As rodovias brasileiras são conhecidas por sua falta de infraestrutura e qualidade,
quais os impactos que a falta de qualidade das rodovias trazem para a transportadora?
2) O planejamento logístico é fundamental para a qualidade e agilidade na entrega do
produto final, diante de várias etapas do processo de transporte de carga, quais momentos o
não cumprimento destas etapas influencia na qualidade e agilidade?
3) Na sua opinião, quais melhorias o governo poderia fazer para que o valor do frete
rodoviário não fosse visto como um vilão no preço final das mercadoria?
4) Varginha tem uma localização geográfica privilegiada, para uma transportadora quais
os pontos positivos por estar localizada na cidade?

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