PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL: A IMPORTÂNCIA DA
MEDIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM DE
CRIANÇAS
Maria da Vitória Gomes Costa1; Amanda Tayse De Sena Santos 2; Débora Kelly
Pereira de Araújo; 3 Maria da Guia Rodrigues Rasia 4
Universidade Estadual da Paraíba – [email protected]
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo analisar e compreender a importância da mediação do
professor na construção do conhecimento da criança, utilizando como aporte central o
conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Esta pesquisa é de cunho qualitativo,
participaram duas professoras do primeiro ciclo do ensino fundamental de educação e os
instrumentos utilizados foram entrevistas semi-estruturadas sobre suas concepções teóricas e
suas práticas mediadoras. A base teórica foi à teoria Histórico-Cultural da aprendizagem
Vigotskiana a qual não determina uma prática metodológica pronta para a aplicação em sala
de aula, mas oferece a compreensão de como se dá à relação entre ensino-aprendizagem e
esclarece qual a função e objetivo do professor como mediador do conhecimento para com o
aluno. Foi de extrema importância analisar e perceber o tamanho da responsabilidade que o
professor tem no processo de ensino-aprendizagem de uma criança.Percebeu-se que as
docentes tinham um conhecimento parcial sobre o papel do professor como mediador, porém,
na prática essa noção não foi evidenciada. As reflexões conduziram-nos para a compreensão
da importância da mediação no processo de ensino/aprendizagem e quão significativo é a
prática do professor, visto que se sua atividade pedagógica for incoerente prejudicará o
desenvolvimento cognitivo de seu aprendiz. O desafio que se apresentou, após esse trabalho
de investigação, se situou no enfrentamento e na complexidade do processo de articulação da
Psicologia Histórico-cultural com a formação docente. Tal desafio está, não apenas em
contribuir com o desenvolvimento dos conhecimentos que essa área disponibiliza, mas, em
instrumentalizar o professor, para que ele possa priorizar o aprofundamento conceitual sobre
desenvolvimento humano, descortinando novos horizontes para a compreensão do
significado e relevância da história social humana e da dinâmica do processo da atividade
objetivadora dos seres humanos. Esta pesquisa aponta, ainda, para a necessidade de
ampliação da aplicabilidade de tal aporte teórico de modo que se possa melhor contribuir na
formação de professores, buscando novas possibilidades de intervenção na prática social a
partir da educação.
Palavras-chave: Teoria Histórico-Cultural; Mediação; Ensino-Aprendizagem;
1
Graduanda em licenciatura em pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba e bolsista e pesquisadora no
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).
2
Graduanda em licenciatura em pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba
3
Graduanda em licenciatura em pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba
4
Orientadora. Doutora; Docente da Universidade Estadual da Paraíba.
www.conedu.com.br
INTRODUÇÃO
A teoria histórico-cultural Vygotskyana compreende o processo de desenvolvimento
humano através das interações sociais estabelecidas. Desse modo a mediação é tida como
fundamental no desenvolvimento dos processos psicológicos superiores, levando sempre em
consideração a zona de desenvolvimento proximal (ZDP), onde o professor irá atuar
pedagogicamente, promovendo assim o desenvolvimento cognitivo do aluno.
Ao produzir o meio em que vive, o homem se produz; ou seja, o homem é
determinado historicamente, mas é, simultaneamente, determinante da história. Neste sentido,
Vygotsky (1991) considera que o desenvolvimento e a aprendizagem inter relacionam-se
desde o nascimento da criança, isto é, a constituição do sujeito é um movimento dialético
entre aprendizagem e desenvolvimento, e o meio social é principal mediador dessa aquisição
de novas coisas.
Para o autor o desenvolvimento do indivíduo se dá como resultado de um processo
sócio-histórico e cultural, observando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse
desenvolvimento à medida que este indivíduo interage com seu meio. A linguagem é tida
como fundamental instrumento mediador, constituindo-se como um sistema simbólico
fundamental para mediação de sujeito/objeto.
O processo de formação do desenvolvimento de uma criança compreende-se de dois
níveis: o primeiro é o nível de desenvolvimento real, um conjunto de atividade que a criança
consegue resolver sozinha. Esse nível é indicativo de ciclos de desenvolvimento já completos,
isto é, refere-se às funções psicológicas que a criança já construiu até determinado momento.
O segundo é o nível de desenvolvimento potencial: conjunto de atividades que a
criança não consegue realizar sozinha, mas que, com a ajuda de alguém que lhe dê algumas
orientações adequadas (um adulto ou outra criança mais experiente), ela consegue resolver.
Para Vygotsky(1994) o nível de desenvolvimento potencial é muito mais indicativo do
desenvolvimento da criança que o nível de desenvolvimento real, pois este último refere-se a
ciclos de desenvolvimento já completos, é fato passado, enquanto o nível de desenvolvimento
potencial indica o desenvolvimento prospectivamente, refere-se ao futuro da criança.A
distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial,
caracteriza o que Vygotsky (1991) denominou de Zona de Desenvolvimento Próximo.
A aprendizagem favorece a produção de conhecimento, pela coordenação e mediação
muita das vezes de algum fator. O conhecimento é gerado e construído na coletividade, pois a
realização de uma atividade com duas ou mais pessoas requer pontos de vistas diferentes
sobre uma mesma questão, induzindo a criticidade econsequentementeo desenvolvimento
psicológico de cada um.
O conhecimento é produzido na interação com o mundo físico e social, com base no
contato do indivíduo com a sua realidade, com os outros, incluindo assim sua dimensão
social, dialógica, inerente à própria construção do pensamento.
É de extrema importância pesquisar a respeito da mediação no processo de ensino-
aprendizagem de crianças para compreender quem participa desse processo e para analisar se
o professor sabe quando está trabalhando na zona de desenvolvimento proximal. É
fundamental discutir-se a noção de Zona de Desenvolvimento Proximal, que fornece uma
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base fundamental para reforçar o papel que o professor deve exercer em seu trabalho com os
alunos.
OBJETIVOS
GERAL:
• Analisar a importância da mediação para o processo de ensino aprendizagem de
crianças.
ESPECÍFICOS:
• Observar como ocorre a atuação do professor na zona de desenvolvimento proximal;
• Verificar de que maneira acontece a mediação docente;
• Conhecer quaissão as metodologias utilizadas pelo professor para promover a
interação social dos alunos.
METODOLOGIA
Os estudos tiveram como aporte teórico-metodológicos seguintes autores: Chizzotti
(2003), Lüdke e André (1986),Saviani (1944) e Vygotsky (1994).
Para o andamento desta pesquisa foi escolhida a abordagem qualitativa. Segundo
Chizzotti (2003):
A abordagem qualitativa parte do fundamento de que há uma relação dinâmica
entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o
objeto, um vinculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do
sujeito (CHIZZOTTI, 2003, p.79).
1.1 INSTRUMENTOS:
A entrevista semi-estruturada foi um dos recursos utilizados na pesquisa, que
possibilitou assim uma melhor interação entre entrevistador e entrevistado, favorecendo
uma livre exposição de informações, em que o aprofundamento das questões perguntadas
surgia naturalmente.
Para Lüdke e André (1986):
(...) na entrevista a relação que se cria é de interação, havendo uma atmosfera de
influencia recíproca entre quem pergunta e quem responde. Especialmente nas
entrevistas não totalmente estruturadas, onde não há imposição de uma ordem rígida
de questões, o entrevistado discorre sobre o tema proposto com base nas
informações que ele detém e que no fundo são a verdadeira razão da entrevista
(LÜDKE: ANDRÉ, 1986, P.34).
Com a entrevista semi estruturada temos a possibilidade de refazer e criar novos
questionamentos que se façam necessários de acordo com o andamento em que o tema está
sendo conduzido. A entrevista é direcionada por um roteiro de questões abertas
previamente elaboradas.
1.2 UNIVERSO DA PESQUISA
É importante ressaltar que ambas as professoras possuem graduação em pedagogia,
sendo assim aptas e conhecedoras da temática abordada para responderem os
questionamentos.
No entanto foi solicitado que seus nomes verdadeiros não fossem expostos, dessa
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maneira se fez necessário a utilização dos nomes fictícios aos quais se denominaram Joana
e Maria.
Tendo apresentado a metodologia da pesquisa, discorro, a seguir, sobre a análise dos
resultados.
RESULTADOS
A psicologia Histórico-Cultural propõe que os fenômenos psicológicos sejam
estudados como resultado de um processo de construção social do indivíduo, onde o plano
intersubjetivo das relações converte-se, no processo de desenvolvimento, num plano intra-
subjetivos. O conhecimento não se dará partir da interação direta sujeito-objeto, essa interação
é, em essência, mediada pelo meio social, pois, o homem transformando a natureza,
transforma-se a si mesmo.
A teoria histórico-cultural compreende o principal fator de todo o processo pesquisado: o
desenvolvimento humano. Vygotsky (1991) parte da concepção de que todo organismo é
ativo e estabelece contínua interação entre as condições sociais, que são mutáveis, e a base
biológica do comportamento humano. Ele observou que o ponto de partida são as estruturas
orgânicas elementares, determinadas pela maturação. A partir delas formam-se novas e cada
vez mais complexas funções mentais, dependendo da natureza das experiências sociais da
criança. Dessa forma, o autor considera que as funções psíquicas são de origem sociocultural,
pois resultaram da interação do indivíduo com seu contexto cultural e sociale que o modo de
funcionamento do cérebro é moldado ao longo da história da espécie (base filogênica) e do
desenvolvimento individual (base ontogênica), como produto da interação com o meio físico e
social (base sociogênica).
Nos estudos Vygotskyanos de base histórico-sociais, as relações entre
desenvolvimento e aprendizagem ocupam lugar de destaque, principalmente, na educação. Ele
considera que, embora a criança inicie sua aprendizagem muito antes de freqüentar o ensino
formal, a aprendizagem escolar introduz elementos novos no seu desenvolvimento. São pelas
interações com outras pessoas que serão ativados os processos de desenvolvimento da criança.
Esses processos serão interiorizados e farão parte do primeiro nível de desenvolvimento,
convertendo-se em aprendizagem e abrindo espaço para novas possibilidades de
aprendizagem. Em síntese, a teoria psicológica construída por Vygotsky (1995) rompe com as
correntes até então estruturadas e parte de uma nova concepção de realidade e de um homem
historicamente constituído.
1.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
O conceito de ZDP surge como consequência dos estudos vygotskyanos relacionados à
lei genética de desenvolvimento cultural, cuja definição mais conhecida é a seguinte:
Toda função no desenvolvimento cultural da criança aparece em cena duas vezes, ou
em dois planos; primeiro no plano social e depois no psicológico, em princípio entre
pessoas como categoria interpsíquica e logo no interior da criança como categoria
intrapsíquica. Isto também se aplica à atenção voluntária, memória lógica, a
formação de conceitos e o desenvolvimento de escolhas, vontades... A internalização
transforma o processo que se desenvolve e altera suas estruturas e funções. Relações
sociais ou relações entre pessoas dão suporte a todas as funções superiores e modo
como elas interagem (Vygotsky 1978:57)
Vygotsky via o desenvolvimento como o resultado de atividades sociais que levavam a
internalização do que era adquirido por indivíduos por meio de processos dialógicos e
dialéticos de interação. Quanto mais exposto a situações interacionais que explorassem o nível
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potencial de desenvolvimento de um indivíduo, maior a capacidade para realização de tarefas
complexas.
Para o psicólogo russo, havia a necessidade de análise de dois modelos distintos de
desenvolvimento, o real e o potencial. O nível de desenvolvimento real é aquele que
representa funções mentais já estabelecidas, que ocorrem sem a necessidade de intervenção
externa; é feita de maneira independente pelo indivíduo. O nível de desenvolvimento
potencial é representado pelas atividades feitas com a ajuda de um par mais capacitado. A
pessoa realiza a tarefa proposta, porém de maneira guiada. A distância existente entre esses
dois níveis de desenvolvimento é a que representa o construto da ZDP, definida classicamente
da seguinte maneira:
A distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela solução de
problemas feita de maneira independente, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado pela solução de problemas feita sob a tutela de um adulto ou em
colaboração com pares mais capacitados. (Vygotsky 1978:86)
Ainda de acordo com o autor:
A ZDP define as funções que ainda não amadureceram, mas estão em processo de
amadurecimento, funções que amadurecerão amanhã. Tais funções podem ser
chamadas de botões ou flores de desenvolvimento, ao invés de frutos do
desenvolvimento. O nível real de desenvolvimento caracteriza o desenvolvimento
mental retrospectivamente, ao passo que a ZDP caracteriza-o de maneira futura, o
que está por vir (...). A ZDP nos permite delinear o futuro imediato da criança e seu
estado de desenvolvimento dinâmico (...). (Vygotsky 1978: 86-7)
Então se pode caracterizar a ZDP como uma ferramenta essencial que nos possibilita
compreender as potencialidades dos indivíduos, o que está em processo de amadurecimento,
onde a partir dessa identificação mediações eficazes podem ser feitas.
1.2 MEDIAÇÃO
O conceito de mediação é base fundamental na teoria vygotskyana, para compreender
principalmente como ocorre à relação entre sujeito e objeto, onde Vygotsky (1998) diz que a
mesma deixa de ocorrer de forma direta e em essência é mediada por algum fator ou
elemento. Esses mediadores poderão ser não somente o professor, mas como também os
próprios alunos, e outras funções onde Vygotsky (1998) denomina de função simbólica.
Para Vygotsky (1989), é na interação entre as pessoas que em primeiro lugar se constrói o
conhecimento que depois será intrapessoal que será partilhado pelo grupo junto ao qual tal
conhecimento foi conquistado ou construído. Ainda segundo o autora atividade quando
mediada ajudará a orientar o comportamento humano nos processos de internalização
condizentes ao desenvolvimento das funções psicológicas superiores. A mediação por signo e
por instrumento é distinta. O signo constitui-se de uma atividade dirigida internamente para o
controle do sujeito, já o instrumento é orientado externamente, para o controle do ambiente.
• Signos: Atuam internamente ao sujeito, sendo algo exclusivamente humano. Como
exemplo está à linguagem, repleta de signos que remetem a um devido objeto
concreto. Sendo isto considerado como algo fundamental na aquisição de
conhecimento. Com o auxilio dos signos o homem tem a capacidade de controlar sua
atividade psicológica ampliando sua capacidade de memória e acúmulo de
informações.
• Instrumental: Amplia as possibilidadesde transformação da naturezaauxiliando no
controle do homem sobre o meio. Como exemplo está a utilização de facas para ajudar
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no corte de algo, de um reservatório de água (caixa, balde) para o armazenamento da
mesma. Essas são técnicas, instrumentos que o homem se utiliza para modificar a
natureza que conseqüentemente modificará o homem também.
[...] a invenção e o uso de signos auxiliares para solucionar um
dado problema psicológico (lembrar, comparar coisas, relatar,
escolher, etc.) é análoga a invenção e uso de instrumentos, só que
agora no campo psicológico. O signo age como um instrumento da
atividade psicológica de maneira análoga ao papel de um
instrumento no trabalho (VYGOTSKY, 1984, p.41).
A função do instrumento é a de conduzir a influencia humana sobre o objeto da
atividade. O signo é orientado internamente, não modificando o objeto da operação
psicológica.
É pela mediação que o indivíduo se relaciona com o ambiente, pois, enquanto sujeito
do conhecimento, ele não tem acesso direto aos objetos, mas, apenas, a sistemas simbólicos
que representam a realidade. É por meio dos signos, da palavra, dos instrumentos, que ocorre
o contato com a cultura. Nesse sentido, a linguagem é o principal mediador na formação e no
desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
Não se busca uma sala de aula onde cada um faz o que quer, mas onde o professor seja
o articulador dos conhecimentos e todos se tornem parceiros de uma grande construção, pois
ao valorizar as parcerias se busca mobilizar a classe para pensar conjuntamente e não para
esperar que uma única pessoa tenha todas as respostas para tudo. Ao valorizar as interações,
não é esquecido que a sala de aula tem papéis que precisam estar bem-definidos, mas também
é preciso reforçar que estes papéis não estão rigidamente constituídos, ou seja, o professor vai,
sim, ensinar o seu aluno, mas este poderá aprender também com os colegas mais experientes
ou que tiverem vivências diferenciadas. Ao professor caberá, ao longo do processo, unir todas
as questões que apareceram e sistematizá-las de forma a garantir o domínio de novos
conhecimentos por todos os seus alunos. Radicalizamos o argumento em favor da interação
porque acreditamos que o homem se constitui enquanto tal no confronto com as diferenças; e
um dos laboratórios privilegiados para isso é a escola, onde somos reunidos com diferentes
realidades e, no conjunto de tantas vozes, acabamos por acordar significados para
determinadas coisas que na individualidade de cada um podem ter diversos sentidos.
1.3 EDUCAÇÃO ESCOLAR
Não é pelo simples fato da criança freqüentar a escola que ela estará aprendendo, isso
dependerá de todo o contexto, seja questão política, econômica ou métodos de ensino. Aulas
onde o aluno fica ouvindo e memorizando conteúdos não basta, para se dizer que o
aprendizado ocorreu de fato, o aprendizado exige muito mais. O trabalho pedagógico deve
estar associado à capacidade de avanços no desenvolvimento da criança, valorizando o
desenvolvimento real e a zona de desenvolvimento proximal. A escola deve estar atenta ao
aluno, valorizar seus conhecimentos prévios, trabalhar a partir deles, estimular as
potencialidades dando a possibilidade de este aluno superar suas capacidades e ir além ao seu
desenvolvimento e aprendizado. Para que o professor possa fazer um bom trabalho ele precisa
conhecer seu aluno, suas descobertas, hipóteses, crenças, opiniões desenvolvendo diálogo
criando situações onde o aluno possa expor aquilo que sabe. Assim os registros, as
observações são fundamentais tanto para o planejamento e objetivos quanto para a avaliação.
Faz-se necessário valorizar os conhecimentos prévios já trazidos para sala, para que o
professor perceba em que nível de desenvolvimento a criança se encontra, pois a
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aprendizagem não necessariamente começa naquele período.
Para Vygotsky (1998), a aprendizagem não começa na escola, ela se inicia a partir das
interações sociais que a criança começa a ter em seus ciclos de convivência.
Para Vygotsky (1998), o ambiente da sala de aula requer interação social, sendo considerado
como fonte de modelos dos quais as construções devem se aproximar: é a fonte do
conhecimento socialmente construído que serve de modelo e media as construções do
indivíduo. A aprendizagem, e o desenvolvimento são adquiridos por modelos e, claro, pela
motivação da criança.
Vygotsky (1987) coloca que no cotidiano das crianças, elas observam o que os outros
dizem, porque dizem o que falam, porque falam, internalizando tudo o que é observado e se
apropriando do que viu e ouviu. Recriam e conservam o que se passa ao redor. Em função
desta constatação, o autor afirma que a aprendizagem da criança se dá pelas interações com
outras crianças de seu ambiente, que determina o que por ela é internalizado. A criança vai
adquirindo estruturas lingüísticas e cognitivas, mediado pelo grupo.
1.4 O PROFESSOR MEDIADOR
A atuação pedagógica do professor mediador em sala de aula requer constantes
transformações, já que a mesma é sempre influenciada pelo meio social ao qual está
inserida. A prática do professor transforma o meio, e por ele também é transformada.
A escola como um campo de formação tem um papel fundamental, o de formar
cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, “[...] é uma instituição cujo papel consiste
na socialização do saber sistematizado.” (SAVIANI, 1944, p.18).
É pela mediação da escola, com o auxilio do professor que se faz o elo entre
(conhecimento-aluno) dando passagem para o saber espontâneo, valorizando as diversas
culturas e os diferentes conhecimentos.
A partir do momento em que a criança é inserida no cotidiano escolar ela traz consigo
uma bagagem repleta de conceitos adquiridos em suas relações em seu âmbito social.
Esses conceitos são denominados por Vygotsky (2001), de conceitos espontâneos. O
professor como mediador tem o papel de fazer uma ponte entre os conceitos espontâneos
que a criança já traz em sua bagagem e os que ela irá adquirir na escola.
A aprendizagem não começa só na idade escolar, ela existe também na idade pré-
escolar. [...] os conceitos espontâneos são um produto da aprendizagem pré-escolar
tanto quanto os conceitos científicos são um produto da aprendizagem escolar
(VYGOTSKY, 2001, p. 388).
A escola e o professor devem estar preparados para criarem situações de
aprendizagem, onde os conhecimentos estejam em constante ligação, servindo assim de
suporte um para o outro.
Para tanto fica evidenciado a importância do professor mediador em sala de aula, ele
será uma ponte entre o conhecimento e o aluno. Sua metodologia, prática será algo
decisivo no desenvolvimento cognitivo da criança inserida no contexto escolar.
De acordo com a teoria histórico-cultural, o professor não é o único agente de
mediação do conhecimento, pois os alunos ao interagirem, estabelecendo relações sociais
com pessoas mais experientes podem e devem também acontecer situações de
aprendizagem. Mas é por meio do professor que essa troca de relações torna-se possível.
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1.5 CONCEITOS ESPONTÂNEOS
O conceito espontâneo é caracterizado como sendo um conceito desenvolvido
naturalmente pela criança a partir das suas reflexões sobre as suas experiências cotidianas.
Segundo Vygotsky (1991), os conceitos têm origem no social, na interação entre os
indivíduos. Os espontâneos são aqueles formados a partir de vivências, de situações
concretas surgidos no seu agir sobre o mundo dentro do grupo cultural, principalmente a
família.
Há ainda os conceitos científicos, estes surgem de ações intencionais, através da
instrução, principalmente, nas instituições de ensino. Embora sigam “caminhos de
formação e evolução” distintos, os dois processos relacionam-se intimamente
(VYGOTSKY, 1993). Para desenvolver os conceitos científicos é necessário que alguns
conceitos cotidianos estejam formados. Assim, os conceitos científicos necessitam dos
conceitos espontâneos, e, ao serem dominados, também elevam os conceitos cotidianos.
Deste modo, os conceitos científicos reorganizam os conceitos espontâneos.“O
desenvolvimento dos conceitos espontâneos é ascendente, enquanto o desenvolvimento
dos seus conceitos científicos é descendente” (VYGOTSKY, 1993). O autor afirma que
desde o início os conceitos científicos e espontâneos se desenvolvem em direções opostas,
mas que na sua evolução acabam por se encontrar.
Vygotsky (2001) expõe que o desenvolvimento dos conceitos espontâneos e
científicos são fundamentais para o desenvolvimento intelectual da criança, pois ambos os
processos formam estruturas psicológicas que possibilitam o desenvolvimento intelectual
superior. A criança então desenvolve os conceitos mais gerais para posteriormente
desenvolver os conceitos mais particulares.
1.6 CONCEITOS CIENTÍFICOS
Os conceitos científicos não são assimilados em sua forma já pronta, mas sim por um
processo de desenvolvimento relacionado à capacidade geral de formar conceitos,
existente no sujeito. Por sua vez, este nível de compreensão está associado com o
desenvolvimento dos conceitos cotidianos. Segundo Vygotsky (2001), os conceitos
cotidianos seguem seu caminho para o alto, em direção a níveis maiores de abstração,
abrindo caminho para os conceitos científicos, em seu caminho para baixo, rumo a uma
maior concretude. A aprendizagem dos conceitos científicos é possível graças à escola
com seus processos de ensino organizados e sistemáticos.
[...] a transmissão-assimilação do saber sistematizado. Este é o fim a atingir. É aí
que cabe encontrar a fonte natural para elaborar os métodos e as formas de
organização do conjunto das atividades da escola, isto é, do currículo. E aqui nós
podemos recuperar o conceito abrangente de currículo (organização do conjunto das
atividades nucleares distribuídas no espaço e tempo escolares). Um currículo é, pois,
uma escola funcionando, quer dizer, uma escola desempenhando a função que lhe é
própria. (SAVIANI, 2000: p.23).
A escola tem o papel de possibilitar o acesso das novas gerações ao mundo do saber
sistematizado, do saber metódico, científico. “Ela necessita organizar processos, descobrir
formas adequadas a essa finalidade” (SAVIANI, 2000: p.89).
Á escola é essencial para a sociedade, ela possui relevância não só no presente, e no
passado, mas também no futuro para as novas gerações, não sendo apenas considerada
comonecessária, mas, como incontestável.
Com a aquisição dos conteúdos escolares, o aluno aprende a pensar, aprende até
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mesmo a pensar sobre o seu pensar, modificando-o mediante a aquisição ou novas
configurações mentais. O significado da palavra é dinâmico e mutável, assim a relação do
pensamento com a palavra modifica-se, propiciando níveis elevados e diferenciados de
pensamento (novos patamares). O aluno, ao se apropriar dos conceitos científicos, pela
mediação do professor, tem mais elementos para fazer generalizações, de modo que,
quanto mais aprende, mais se desenvolve e, conseqüentemente, tem maiores possibilidades
de aprender. A relação dialética entre aprendizagem e desenvolvimento se faz presente.
É necessário que o professor se mostre conhecedor do conceito de mediação, para
agir bem dentro desse papel. Foram elaboradas algumas questões para a entrevista com as
duas docentes, que serviram como suporte fundamental para a pesquisa.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
As questões da análise partiram da categorização do roteiro da entrevista como se
segue:
1. Compreensão sobre desenvolvimento.
Resposta, Joana- “Em minha opinião é quando a criança tem a liberdade de
vivenciar e praticar atividades que a torne capaz de resolver situações utilizando seu
conhecimento de forma autônoma”.
Resposta, Maria- “Eu acredito que o desenvolvimento em geral ele requer um
resultado, se não houver resultado não houve desenvolvimento, às vezes tem até um
atrofiamento, mas o desenvolvimento acredito que faz parte do dia a dia [...] na
educação infantil há sim esse desenvolvimento, mas já no ensino fundamental esse
desenvolvimento é mais lento e mais difícil de acontecer. O desenvolvimento requer
rotinas, dedicação do profissional e do aluno, sendo esse desenvolvimento
necessário, por que se não tiver fica difícil”.
Percebe-se de acordo com as respostas acima que as professoras falam a respeito de
desenvolvimento de uma forma geral sem se apegarem a alguma teoria. Joana faz uso de
um pensamento mais liberto, em que a criança/aluno tem a possibilidade de utilizar seu
conhecimento de forma autônoma. Maria se apega mais a resultados, em que para ter
desenvolvimento tem que haver resultados. Uma opinião semelhante a perspectiva
histórico cultural. De acordo com a perspectiva histórica cultural, Vygotsky (1996), afirma
que a relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem está atrelada ao fato de o ser
humano viver em meio social, sendo este a alavanca para estes dois processos.
2. Conhecimento a respeito do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal.
Resposta, Joana- “Entendo por ser uma série de informações que a pessoa tem a
capacidade de aprender mais ainda não completou o processo”.
Resposta, Maria- “Sim”.
Quanto a estes questionamentos, a professora Joana foi a que se aproximou do
conceito da perspectiva Histórico cultural. Vygotsky (1996) estabelece Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP) como a distância entre o nível de desenvolvimento real,
ou seja, determinado pela capacidade de resolver problemas independentemente, e o nível
de desenvolvimento proximal, demarcado pela capacidade de solucionar problemas com
ajuda de um parceiro mais experiente. Já a professora Maria não quis falar muito sobre o
assunto. É de extrema importância observar o quanto necessário seria que essas
professoras conhecessem muitíssimo bem a ZDP, pois dessa maneira facilitaria suas
metodologias e a identificação do nível de aprendizagem de seus alunos. Dessa mesma
forma percebemos o quando existem professores leigos que
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estão em sala de aula sem nem saberem identificar as capacidades e dificuldades de seus
aprendizes, já que enquanto mediador teria a necessidade de fazer o uso diariamente desse
conceito para que então novas metodologias fossem desenvolvidas atreladas a cada
especificidade de seus alunos.
3. Compreensão do conceito de mediação:
Resposta,Joana- “Mediação no meu ver é quando você oferece
ferramentas para facilitar a resolução de conflitos”.
Resposta, Maria- “Mediação seria o intervalo, a média de tempo
em que acontece a aprendizagem”.
De acordo com a resposta de Maria percebe-se a não coerência conceitual, em que a
mesma se refere à mediação como um intervalo de tempo, quando na verdade mediação
segundo Vygotsky (1998), é quando a relação entre sujeito e objeto deixa de ocorrer de
forma direta e passa a ser em essência mediada por algum fator ou elemento. Joana se
aproxima mais do conceito de Vygotsky, tendo em vista que a mesma ressalta a mediação
como algo que a partir de ferramentas oferecidas por alguém, facilitará a resolução de
problemas.
É de extrema importância que o professor conheça e saiba trabalhar o conceito de
mediação, tendo em vista que ele é o principal agente mediador do conhecimento para o
aluno dentro do processo de ensino-aprendizagem, possibilitando o acesso ao
conhecimento sistematizado promovendo a inclusão da criança em um mundo
diversificado e amadurecendo nelas as funções psicológicas superiores. “Ora, o saber
sistematizado, a cultura erudita, é uma cultura letrada. Daí a primeira exigência para o
acesso a esse tipo de saber é aprender a ler e escrever. Além disso, é preciso aprender a
linguagem dos números, a linguagem da natureza e a linguagem da sociedade.”
(SAVIANI, 1944, p. 20)
Para que o professor desempenhe o papel de mediador desse processo de ensino-
aprendizagem é importante que o mesmo identifique o estado de desenvolvimento em que
a criança se encontra, baseado no nível potencial de desenvolvimento em que esse aprendiz
está só assim o professor irá identificar em qual zona poderá atuar, concretizando através
de sua mediação pedagógica o conhecimento de seus alunos.
4. A influência da idade sobre a aprendizagem da criança:
Resposta, Joana- “A criança se desenvolve conforme sua faixa etária”.
Resposta, Maria- “A idade representa em que faixa a criança está”.
Observou-se a extrema importância que as professoras deram a idade das crianças,
como se o desenvolvimento fosse constituído em um processo de maturação do sujeito
segundo as leis naturais e a aprendizagem fosse meramente exterior às oportunidades
criadas pelo processo de desenvolvimento. Desta forma a aprendizagem não poderia
influenciar no desenvolvimento, ou seja, as formas superiores de pensamento são
desenvolvidas de acordo somente com as suas respectivas idades: mesmo que a criança
não freqüente o ensino escolar ela estaria aprendendo, pois, sua idade é o que de fato
ocasionaria o seu desenvolvimento. O processo de maturação irá preparar e possibilitar um
determinado processo de aprendizagem, enquanto o processo de aprendizagem estimula o
processo de maturação e promove o desenvolvimento.
5. A Importância da linguagem:
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Resposta, Joana- “Representa uma forma de organizar os sinais que serve como
meio de comunicação”.
Resposta, Maria- “É o meio pelo qual a criança se expressa, e mostra o estado em
que está”.
Percebe-se que as respostas das professoras não se prendem a alguma corrente teórica,
demonstrando assim que as mesmas possuem um conhecimento comum ao nível real que a
temática oferece. Dessa maneira observa-se que as professoras não compreendem o quanto
social é a linguagem, podendo ser utilizada em sala como veiculo mediador.
Segundo Vygotsky (1998), a linguagem é considerada como instrumento mais
complexo para viabilizar a comunicação, a vida em sociedade. Sem linguagem, o ser humano
não é social, nem histórico, nem cultural.
A linguagem é, antes de tudo, social. Portanto, sua função inicial é a comunicação,
expressão e compreensão. Essa função comunicativa está estreitamente combinada com o
pensamento. A comunicação é uma espécie de função básica porque permite a interação
social e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento. Para Vygotsky (1998), a aquisição da
linguagem passa por três fases: a linguagem social, que seria esta que tem por função
denominar e comunicar, e seria a primeira linguagem que surge. Depois teríamos a linguagem
egocêntrica e a linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento.
A linguagem (palavra), através da comunicação interpessoal e dos instrumentos,
organiza o pensamento generalizante (mais complexo), possibilitando a compreensão de
significados e estabelecendo redes de associação. Este processo permite a liberdade de
pensamento e a ênfase passa a ser o próprio pensamento por conceitos e não mais o objeto
concreto apreendido pelas vias sensoriais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A teoria Histórico-cultural da aprendizagem oferece ao professor a oportunidade de
construir uma metodologia de ensino que vá de encontro com as necessidades de seus
alunos. Ela valoriza o professor como mediador do conhecimento para com o aluno.
Porém, foi perceptível ao longo da pesquisa realizada que a teoria e a prática estão
bastante desvencilhadas, de maneira que as docentes demonstraram pouquíssima
habilidade teórica em relação ao desenvolvimento das funções psicológica superiores que
acontecem e se concretizam a partir das relações sociais. É de extrema importância que os
professores e a escola tenha conhecimento a respeito do valor que a mediação pedagógica
pode oferecer para os alunos, visto que é através dele que o desenvolvimento do aluno
ocorrerá de forma facilitadora e concreta.
Mesmo que proporcionem atividades grupais e utilizem recursos metodológicos
diversos como, por exemplo, jogos, atividades lúdicas, livros, entre outros, as professoras
pesquisadas não conseguem compreender a dimensão teórica que esses artifícios podem
representar, elas são omissas no que diz respeito a administração dessas situações de
aprendizagem. O professor quando não sabe administrar ou não realiza situações de
aprendizagem em grupo de forma eficiente e eficaz, (momento esse dedicado ao
aprendizado do aluno através das interações sociais), ele compromete com toda certeza o
desenvolvimento cognitivo de seu aprendiz, pois a produção do saber é social e se dá
através das próprias relações sociais. Cabe ao professor administrar e promover essas
interações.
Para Vygotsky (1991), o professor é figura essencial do saber, por representar uma
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conexão intermediária entre o aluno e o conhecimento escolar. Por esse motivo a tamanha
importância da mediação pedagógica para o desenvolvimento da criança.
A concepção Histórico-Cultural defende a idéia de que a escola deve exercer o papel
de principal mediadora dos processos de desenvolvimento humanos, de modo que,
mediante apropriação de conteúdos escolares sistematizados e representativos de sua
cultura, o aluno seja capaz de refletir, analisar, sintetizar, generalizar sobre os fenômenos
do mundo, do seu grupo social e de si mesmo. “o aprendizado adequadamente organizado
resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
desenvolvimento” (VYGOTSKI, 1998, p. 101).
Dessa maneira, cabe ao docente metodizar, corretamente, o ensino que promova tal
aprendizado, delineando e nomeando conteúdos mediadores para transmitir os conceitos
científicos nas diversas áreas e disciplinas do conhecimento, de modo que a educação
escolar forneça o acesso aos conteúdos científicos, experiências, socialização e
democratização de conhecimentos.
Esta pesquisa contribuiu no conhecimento a respeito da atuação pedagógica do
professor nos dias atuais, tendo como principal finalidade promover a reflexão sobre o
assunto e aprofundar o conhecimento do papel do professor e a importância da sua
atuação em sala de aula para o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução do russo Pablo
Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
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