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Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Educação

Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação

Andrea Marinho de Souza Franco


Subsecretária de Gestão de Ensino

Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica

Maria Claudia Chantre


Coordenadoria de Áreas do Conhecimento

Assistentes
Carla Lopes
Cátia Batista Raimundo
Roberto Farias

Texto e conteúdo
Prof.ª Flávia Ribeiro Martins
C.E Rodrigo Otávio Filho Brasil Itália
Prof.ª Lígia Silva de Sá
C.E. Nilo Peçanha
Prof.ª Maria José Santana Monsores
C. E. Collecchio
Prof. ª Michelli Soares de Carvalho
C.E. Infante Dom Henrique
Prof.ª Vera Lucia Soares Pedro
C.E. Escritor e Jornalista Graciliano Ramos
Capa
Luciano Cunha

Revisão de texto
Prof ª Alexandra de Sant Anna Amancio Pereira
Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti
Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.
Prof ª Cristiane Póvoa Lessa
Prof ª Deolinda da Paz Gadelha
Prof ª Elizabete Costa Malheiros
Prof ª Ester Nunes da Silva Dutra
Prof ª Isabel Cristina Alves de Castro Guidão
Prof José Luiz Barbosa
Prof ª Karla Menezes Lopes Niels
Prof ª Kassia Fernandes da Cunha
Prof ª Leila Regina Medeiros Bartolini Silva
Prof ª Lidice Magna Itapeassú Borges
Prof ª Luize de Menezes Fernandes
Prof Mário Matias de Andrade Júnior
Paulo Roberto Ferrari Freitas
Prof ª Rosani Santos Rosa
Prof ª Saionara Teles De Menezes Alves
Prof Sammy Cardoso Dias
Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha

Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à experiência autoral
dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma orientação de estudos.

©️ 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados.


Língua Portuguesa – Orientações de Estudos

SUMÁRIO

AULA 1 - Sinônimos 8

AULA 2 - Substantivos 12

AULA 3 – Adjetivos 14

AULA 4 – Pronomes 17

AULA 5 – Crônicas 21

Referência Bibliográfica 27
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa

ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS para Língua Portuguesa

2º Bimestre de 2020 – 6º ano do Ensino Fundamental Regular


META:
A meta da disciplina é permitir aos estudantes ler e produzir textos de qualidade, além de
desenvolver a oralidade. Por conseguinte, formar alunos capazes de usar adequadamente
a língua materna, em suas modalidades escrita e oral, e refletir criticamente sobre o que
leem e escrevem. Saber argumentar, fazer relações entre os textos lidos e ter uma atitude
crítica perante as informações são habilidades fundamentais para os jovens.

OBJETIVOS:
Ao final destas Orientações de Estudos, você deverá ser capaz de:
Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.
Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos
indicativo, subjuntivo e imperativo.
Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos
semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de
diferentes vozes (discurso direto e indireto).
1. INTRODUÇÃO

Dedicamos esta Orientação de Estudo para que os alunos verifiquem, por meio de questões
propostas, palavras sinonímicas e o papel delas na construção do sentido dos textos.
Esperamos que os educandos identifiquem substantivos e adjetivos em suas variadas
flexões, analisando do ponto de vista semântico e /ou discursivo certos aspectos que
envolvem os substantivos e adjetivos estudados.
Compreender e operar os conceitos de sinonímia, antonímia e homonímia nos estudos de
linguagem.
Aula 1

Alunos e alunas do 6º ano: bem – vindos ao 2º bimestre!


Vamos continuar juntos nossa jornada!

Segundo o professor, gramático e filólogo Evanildo Bechara:


“Sinonímia – É o fato de haver mais de uma palavra com semelhante
significação, podendo uma estar em lugar da outra em determinado contexto,
apesar dos diferentes matizes de sentido ou de carga estilística. Casa, lar,
morada, residência, mansão.”

Sinonímia é o estudo das palavras sinônimas, isto é, aquelas palavras que


possuem significado ou sentido semelhante. Isso quer dizer que um sinônimo é
todo aquele termo que possui um significado semelhante na representação de
uma determinada ideia que está sendo apresentada por outra palavra. O
sinônimo terá realmente um significado próximo, parecido, mas dificilmente igual.
Vamos treinar?
Observe:
2. Feliz e alegre:
“Roberta ficou feliz demais por você”.
“Roberta ficou alegre demais por você”.
Será que os sentidos ficaram iguais? Ou só parecidos?
Continue:
● Ouvir e escutar:
“Desculpe, não consegui escutar o anúncio”.
“Desculpe, não consegui ______________ o anúncio”.

8
● Impaciente e ansioso:
“Você reparou o quão impaciente é?”
“Você reparou o quão ____________________ é?”
Existem sinônimos perfeitos? Sim, mas são raros. Quer um exemplo?
● Após e depois:
“Avise ele que chegarei após às 16 horas”.
“Avise ele que chegarei depois das 16 horas”.
Então,
Os sinônimos são divididos em duas categorias:
● Sinônimos Perfeitos – São palavras diferentes que significam exatamente
a mesma coisa.
● Sinônimos Imperfeitos – São palavras diferentes que apresentam
significados tão parecidos que são consideradas sinônimos. Porém, na sua
essência, ainda não são totalmente idênticas.

Alguns Sinônimos
Abrigado – protegido Certo – correto
Achar – encontrar Morar – residir
Alvo – claro Querer – desejar
Amplo – grande Ganhar – receber
Aprisionar – prender Clarear – iluminar
Bonito – belo Ajudar – auxiliar
Chorona – manhosa Perguntou – indagou
Corajoso – valente Faminto – esfomeado
Distante – longe Ancião – velho
Frio – gelado Soltar – largar
Gostar – amar Resolver – decidir
Lembrar – recordar Cintilam – brilham
Matas – florestas Longe – distante
Preguiçoso – vadio Aroma – perfume

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Surpreso – espantado Esgotada – cansada

Exercícios:
1. Sublinhe o sinônimo da palavra em destaque e copie a frase fazendo a
substituição.

a) Paulo ficou surpreso com a reação de Pedro. (triste – zangado - espantado)


_____________________________________________________________
b) No princípio você estranhou o quarto. (fim – início – meio)
_____________________________________________________________
c) Cedinho o trem surgiu na estação. (apareceu – saiu – partiu)
_____________________________________________________________
d) Mário aprisionou o pássaro na gaiola. (levou – prendeu – segurou)
_____________________________________________________________
e) O sol clareava todo o apartamento. (iluminava – escurecia – mostrava)
_____________________________________________________________
f) No fim da tarefa o atleta estava esgotado. (feliz – apreensivo – cansado)

_____________________________________________________________

2. Caçando sinônimos ( palavras com significados semelhantes).

C O N T E N T E D I M O V E L
O C E R T O E T U P F I M P O
M A C I O T R A N Q U I L O N
E P U L A R M O S U G U I S G
Ç O U V I R I G U I I D O S O

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A D I S T A N T E D R U T I R
R U I D O N A I P A F I A R L
O P T O P E R G U N T A R E U
I M A P A V O R A D O A M A R
T A G A R E L A T R A P I D O

1. ALEGRE:________________ 7. INDAGAR _______________


2. INICIAR ________________ 8. ASSUSTADO ____________
3. BARULHO ______________ 9. ESCAPAR _______________
4. FALADEIRA______________ 10. SEDOSO________________
5. ACABAR ________________ 11. VELHO__________________
6. CALMO _________________ 12. PARADO________________
A próxima questão é para pesquisar!
3. O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza da noiva. A palavra
destacada é sinônima de:
a) imóvel
b) admirado
c) firme
d) sem respirar
e) indiferente
Curiosidade:
Você sabia que existe uma música chamada Sinônimos?
A autoria é de Zé Ramalho. Quer e pode assistir?
https://www.youtube.com/watch?v=7EjIdjKNRls&ab_channel=RadarRecordsOfici
al

11
Aula 2

O substantivo é a classe de palavras que dá nome a seres, coisas, sentimentos, processos,


estados, fenômenos, substâncias, entre outros. Por isso, é uma classe com muitas palavras e
é subdividida de acordo com as características daquilo que nomeia. Os substantivos são
variáveis em gênero (masculino ou feminino), número (singular ou plural) e grau (aumentativo
e diminutivo).

Leia os versos a seguir, de Fernando Pessoa:


Quadras ao gosto popular
[...]
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado.
Por que é que todo teu gesto tem a feição de engraçado?

[...]
Ó pastora, ó pastorinha,
Que tens ovelhas e riso,
Teu riso ecoa no vale E nada mais é preciso.
[...]
Dona Rosa, Dona Rosa.
De que roseira é que vem,
Que não tem senão espinhos
Para quem só lhe quer bem?
[Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000001.pdf. Acesso: 30 de
janeiro de 2009]

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1. Você consegue retirar do texto o que se pede abaixo?

a) Dois substantivos, no masculino, singular:


____________________________________________________
b) Dois substantivos, no feminino, singular:
____________________________________________________
c) Um substantivo, no feminino, plural:
____________________________________________________
d) Um substantivo, no masculino, plural:
____________________________________________________
e) Um substantivo próprio:
____________________________________________________

2. Observe a tirinha a seguir e retire dois substantivos:

_________________________________________________________________________

3. Ao comentar com Calvin: “Mas você só tem seis anos”, o tigre Haroldo queria dizer que:
a) não havia folhas de papel em número suficiente para que Calvin escrevesse tudo o que
desejava.
b) Calvin ainda era pequeno e tinha acumulado poucas experiências vividas para escrever
uma autobiografia.
c) Calvin ainda não sabia escrever textos, pois tinha apenas 6 anos de idade.
d) escrever autobiografia era uma perda de tempo; Calvin deveria fazer primeiro o dever de

13
casa.
e) Calvin já estava grande demais para escrever uma autobiografia.

Aula 3

Olá, 6º ano! Vamos continuar nossa viagem ?


Observe:

Livros novos Brinquedos velhos

O que você percebeu com os termos “novos” e “velhos”?


Eles qualificam, caracterizam as palavras “livros” e “brinquedos”.

Então, o adjetivo é o termo que qualifica o substantivo, indicando-lhe uma

determinada característica.
Exemplos de adjetivos
feliz;
bom;
grande;
simpático;
corajoso;
certo;
último;

14
vermelho;
pequeno.

Observe:
Terminação em –eza: substantivo abstrato derivado de adjetivo: belo- beleza
1) Agora complete as frases abaixo com o substantivo que deriva do adjetivo indicado entre
parênteses.
a) Maria não conseguia esconder a sua _______ ao ler a carta de despedida.(triste)
b) O frio era tanto que todos estavam sentindo _______.(mole)
c) A médica disse que a _______ da menina poderia ser sinal de anemia.(fraco)
d) _______ gera _______.(gentil)

Locução adjetiva:
Ocorre uma locução adjetiva quando o substantivo está acompanhado por uma expressão que
desempenha o mesmo papel do adjetivo. Essas locuções sempre são acompanhadas por
preposições: de, da, sem, do, com, etc.

Ex: toalha de banho.

2) Circule as locuções adjetivas empregadas nas frases abaixo:


a) Adoro ouvir histórias de lobisomem.
b) Vivemos em uma cidade do interior.
c) Nunca gostei de sabonete sem cheiro.
d) Era igual à coceira de bicho-de-pé.

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Leia a tirinha abaixo e responda o que se pede:

3) Julieta diz ao Menino Maluquinho que cada pessoa a caracteriza de modo diferente.
a) Que adjetivo a mãe emprega para caracterizar a filha? E o pai?
_________________________________________________________

b) O que as visitas pensam de Julieta?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4) Por que você acha que as pessoas têm opiniões tão diferentes sobre Julieta?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

5) Leia o texto e depois indique os adjetivos utilizados para caracterizar o riacho, o


manguezal, as águas do lago e a praia:

A aldeia do Moonfleet fica a menos de um quilômetro do mar, na margem direita ou ocidental do


rio Fleet. Esse riacho, tão estreito no ponto em que serpenteia junto às casas que alguém ágil é
capaz de saltá-lo sem a ajuda de uma vara, alarga-se mais adiante, no manguezal salgado
abaixo da cidade, transformando-se por fim num lago de águas salobras. Esse lago só é bom
para aves marinhas, garças e ostras, formando um ambiente que nas Índias costumam chamar

16
de laguna. A laguna é separada do canal aberto por uma praia imensa e horrorosa, ou ainda
por diques ou pedras dos quais falarei mais tarde. Quando era criança eu pensava que esse
lugar se chamava Moonfleet porque nas noites quietas, fosse verão ou inverno, a lua brilhava
com muita intensidade sobre a lagoa [...].
(J. Meade Falkner. Moonfleet — O tesouro do Barba Negra. Rio de Janeiro: Record, 2006. p.
22.)

O riacho - _________________________________________
O manguezal - _____________________________________
As águas do lago - _________________________________
A praia - ____________________________________________

Aula 4

Olá, 6º ano! Vamos continuar nossa aventura ?

Leia o texto a seguir:


A menina acordou cedo. A menina tomou café da manhã e se preparou para ir para a escola.
A mãe da menina pegou a mão da menina e levou a menina para a escola passando pelas
ruas das quais a menina gostava.
O que você achou?

Ficou repetitivo? A menina, a menina, a menina.


Sabe como podemos mudar isso? Substituindo algumas palavras por outras.
Veja só!
A menina acordou cedo. Ela tomou café da manhã e se preparou para ir para a escola.
A sua mãe a pegou pela mão e a levou para a escola passando pelas ruas das quais ela
gostava.

17
O que achou agora? Melhor? O texto agora tem coesão referencial.
A coesão referencial é responsável por criar um sistema de relações entre as palavras e
expressões dentro de um texto, permitindo que o leitor identifique os termos aos quais se
referem. O termo que indica a entidade ou situação a que o falante se refere é chamado
de referente.

Exemplo:
Ana gritou. Ela fica apavorada quando fica sozinha, apesar de ser uma menina calma e
inteligente.
Nesse exemplo, o termo referente é Ana . Todas as vezes que o referente precisa
ser retomado no texto, podemos utilizar outras palavras para que os leitores possam retornar
e recuperar a ideia, como é o caso do pronome ela e do substantivo menina.

Texto 1:
Leia a fábula a seguir:
A cobra e o vagalume

Era uma vez uma cobra que perseguia um vaga-lume que nada mais fazia do que
simplesmente brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia, dois dias, mais outro e nada.
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
— Posso fazer três perguntas?, disse o vaga-lume.
— Pode. Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar, pode
perguntar.
— Pertenço a sua cadeia alimentar?
— Não.
— Te fiz alguma coisa?
— Não.
— Então por que você quer me comer?
— PORQUE NÃO SUPORTO VER VOCÊ BRILHAR.....

18
https://www.contandohistorias.com.br/historias/2004007.php

1)Identifiquem as palavras que são utilizadas para referir-se aos dois personagens: a cobra e
o vagalume:
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
c) Localizem os substantivos e os pronomes: (Exemplo: vagalume / ele)
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Quer assistir à fábula?


https://www.youtube.com/watch?v=_7KNj_R_Q8U&ab_channel=ContosdoRei

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c) O que você notou durante a leitura? Percebeu a repetição de algumas palavras?
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

d) As palavras que aparecem com maior frequência são “a tartaruguinha” e “árvore” e


elabore uma lista de palavras que possa ser útil para substituí-las: Ex: o animal, ela, o
bichinho, o réptil, filhinha. para arvore: galho, tronco, copa, frondosa, ipê roxo, mangueira.
Proposta: Reescreva o texto eliminando as repetições.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

20
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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Aula 5

Olá, 6º ano! Prontos para a parte final do bimestre?

Leia com atenção o texto a seguir:


A bola
Luis Fernando Verissimo

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua
primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro,
era de plástico. Mas era uma bola.

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O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje
em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a
bola, à procura de alguma coisa.

— Como é que liga? — perguntou.


— Como, como é que liga? Não se liga.

O garoto procurou dentro do papel de embrulho.


— Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são
decididamente outros.
— Não precisa de manual de instrução.
— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta…
— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada, não.
O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê,
com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster
Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de bip
eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.
O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da
máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito
do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
— Filho, olha.

22
O garoto disse “Legal”, mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos
e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada.
Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada
se interessar.
Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

O texto que você leu é uma crônica. As crônicas são textos que, normalmente, relatam um
fato do cotidiano.
Que tal usar um pouco de cor?
Precisaremos de um lápis de cor verde e um amarelo.
A proposta é a seguinte: sublinhar de verde as falas do pai e, de amarelo, as falas do filho.
Você reparou que as falas dos personagens são marcadas por um travessão? O travessão é
um sinal de pontuação que pode caracterizar um diálogo. Dizemos que utilizamos o discurso
direto quando se trata da transcrição exata da fala das personagens, sem participação do
narrador. Releia:
“— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada, não.”

Porém, quando há uma intervenção do narrador no discurso, ao utilizar as suas próprias


palavras para reproduzir as falas das personagens, dizemos que é um discurso indireto. Veja:
“O garoto disse “Legal”, mas não desviou os olhos da tela.”
O narrador disse que o menino falou: “legal”.

Quer ampliar o aprendizado? Que tal um vídeo?


https://www.youtube.com/watch?v=A62mx50uPxM&ab_channel=Prof.AnaPaulaApaso

Vamos praticar um pouco ?

23
Texto 1:
O sinal ficou vermelho e lá se foi o menino jornaleiro cantar a manchete do jornal:
- Vinte e dois adultos enganados por um menino! Uma criança engana vinte e dois
adultos!
Um motorista abaixa o vidro, puxa o dinheiro e pede ao menino que, por favor, lhe dê
um jornal. Ao ler a primeira página, percebe que foi enganado: o jornal era de um ano atrás.
Ficou furioso, mas justamente naquele momento o sinal abriu.

O sujeito ainda teve tempo de olhar pelo retrovisor e viu o menino gritando:
- Vinte e três pessoas enganadas por um menino! Uma criança engana vinte e três
adultos!

1) Neste texto, notamos a presença de três vozes, ou três discursos: a do narrador, a do


menino jornaleiro e a do motorista. Quando se trata da voz do menino, suas falas são
reproduzidas integralmente. Identifique essas falas e o sinal de pontuação utilizado para
introduzi-las.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

2) Observe o trecho:
“Um motorista abaixa o vidro, puxa o
dinheiro e pede ao menino que, por favor,
lhe dê um jornal.”

No trecho, a voz do personagem não aparece integralmente. O narrador é quem conta como
foi o diálogo. Reescreva na forma direta a frase dita pelo motorista, isto é, o modo como ele
provavelmente a disse naquela situação.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

24
___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Texto 2:
PINTOR LOUCO
Laborterapia no hospício. Aula de pintura. O louco pega o pincel e pinta uma porta na
parede.
Depois, chega pro médico e diz:
- Olha só o que eu vou fazer, doutor!
E voltando-se para os outros loucos:
- EI, GALERA, VAMOS FUGIR! TEM UMA PORTA AQUI!!!

Os doidos saem correndo, trombam na parede e se esborracham no chão.


O louco diz para o médico:
- Doutor, olha como esses caras são burros! Não sabem que a chave está comigo.
(Seleção de piadas, nº 7. São Paulo, Escala).

3) Em “- Olha só o que eu vou fazer, doutor!”, temos :


( ) discurso direto ( ) discurso indireto.

4) Passe esse discurso para o outro tipo, fazendo as alterações necessárias.


___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

5) Retire do texto mais dois exemplos de discurso direto.


___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

25
6)“Ela insistiu: – Me dá esse papel aí.”
Na transposição da fala do personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é:
a) Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.

Fontes de Pesquisa de exercícios:

http://variadasatividades.blogspot.com/2018/08/discurso-direto-e-indireto.html
https://beduka.com/blog/exercicios/portugues-exercicios/exercicios-discurso-direto-e-indireto/

Chegamos ao final do 2º bimestre!


Foi muito bom estarmos juntos!
Até mais!

26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES. Irandé. Análise de Textos – Fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola, 2010.

BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial,
2012.

BECHARA. Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2018.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua


portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

CUNHA, Celso, CINTRA, Lindley. Nova Gramática da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Lexicon, 2016.

KOCH, Ingedore G.V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber – a teoria na
prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

TRAVAGLIA, Luís Carlos. Gramática e interação – uma proposta para o ensino de gramática no
1º e 2º graus. São Paulo: Cortez Editora, 1996.

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/ensino-
fundamental-anos-finais/

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