NBR14619 - Arquivo para Impressão
NBR14619 - Arquivo para Impressão
240-83]
Número de referência
ABNT NBR 14619:2021
18 páginas
© ABNT 2021
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos............................................................................................................................2
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Figuras
Figura A.1 – Caixa de segurança (cofre de carga para explosivo)................................................10
Figura A.2 – Veículo de carroçaria fechada com compartimento de segurança para explosivos...10
Figura A.3 – Veículo de carroçaria fechada com compartimento duplo de segurança para
explosivos...............................................................................................................................................11
Tabelas
Tabela B.1 – Incompatibilidade química no transporte terrestre de produtos perigosos da
classe 1 (explosivos)......................................................................................................................... 12
Tabela B.2 – Classificação dos explosivos em grupos de compatibilidade, as possíveis
subclasses de risco associadas a cada grupo e os consequentes códigos de
classificação......................................................................................................................14
Tabela B.3 – Combinação das subclasses de risco com os grupos de compatibilidade dos
explosivos..........................................................................................................................15
Tabela B.4 – Determinação da subclasse de risco para o carregamento de explosivos com
mais de uma subclasse de risco no mesmo veículo.....................................................16
Tabela B.5 – Incompatibilidade para o transporte terrestre de produtos perigosos...................17
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
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Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 14619 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-016),
pela Comissão de Estudo de Transporte de Produtos Perigosos (CE-016:400.004). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 28.06.2017 a 27.07.2017. O 1° Projeto de
Emenda 1:2018 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 26.07.2018 a 27.08.2018.
O 1° Projeto de Emenda 1:2021 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 06.11.2020
a 07.12.2020. O 2° Projeto de Emenda 1:2021 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03,
de 23.03.2021 a 22.04.2021.
A ABNT NBR 14619:2021 equivale ao conjunto ABNT NBR 14619:2018 e Emenda 1, de 13.05.2021,
que cancela e substitui a edição anterior ABNT NBR 14619:2018.
Scope
This Standard establishes the chemical incompatibility criteria to be considered in the road dangerous
goods transportation and incompatibility radiological and nuclear in the specific case for radioactive
materials (Class 7).
The criteria established in this Standard are applicable to packagings and in bulk dangerous goods and
wastes, even in the case of limited quantity per vehicle, in the same vehicle.
This Standard also applies to the transport of packagings (including IBC and large packagings) empty
and not cleaned that contained dangerous goods products classified as:
a) class 2 gases;
e) polychlorinated biphenyls (UN 2315), polychlorinated biphenyls, solid (UN 3432), polyhalogenated
biphenyls, liquid or liquid halogenated Monomethyldiphenyls-methanes or polyhalogenated
Terphenyls ammonia, amphibole (UN 2212), Amyloids, chrysotile (UN 2590), Liquid (UN 3151)
or solid polyhalogenated, solid or solid halogenated monomethyldiphenyls-methanes or solid
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1 Escopo
Esta Norma estabelece os critérios de incompatibilidade química a serem considerados no transporte
terrestre de produtos perigosos e incompatibilidade radiológica e nuclear, no caso específico dos
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Os critérios estabelecidos nesta Norma são aplicáveis às cargas fracionadas e a granel de produtos
e de resíduos perigosos, mesmo em se tratando de quantidade limitada por veículo, em um mesmo
veículo.
Esta Norma também se aplica ao transporte de embalagens (incluindo IBC e embalagens grandes)
vazias e não limpas que contiveram produtos perigosos classificados como:
e) amiantos, anfibólico (ONU 2212), amiantos, crisotilia (ONU 2590), bifenilas policloradas, líquidas
(ONU 2315), bifenilas policloradas, sólidas (ONU 3432), bifenilas poli-halogenadas, líquidas
ou monometildifenilas-metanos halogenadas, líquidas ou terfenilas poli-halogenadas, líquidas
(ONU 3151) ou bifenilas polihalogenadas, sólidas ou monometildifenilas-metanos halogenadas,
sólidas ou terfenilas poli-halogenadas, sólidas (ONU 3152).
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 7503, Transporte terrestre de produtos perigosos – Ficha de emergência – Requisitos
mínimos
ABNT NBR 9735, Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 7501.
4 Requisitos
4.1 É proibido transportar, em um mesmo veículo ou equipamento de transporte, produtos perigosos
incompatíveis entre si ou com produtos não classificados como perigosos, quando houver possibilidade
de risco direto ou indireto, de danos a pessoas, aos bens ou ao meio ambiente.
4.1.1 O transporte constante em 4.1 é permitido quando produtos perigosos ou não perigosos forem
segregados em cofres de carga ou nas exceções estabelecidas na legislação específica vigente[1][3].
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4.1.2 A permissão constante em 4.1.1 não abrange o cofre de carga para segregação de substâncias
e artigos da classe 1, da subclasse 6.1 com grupo de embalagem I e materiais radioativos da classe 7.
NOTA 1 O bitrem ou bitrenzão possui dois veículos, sendo o primeiro composto pelo caminhão-trator
e pelo primeiro semirreboque, e o segundo veículo pelo segundo semirreboque, são considerados, para fins
de incompatibilidade, veículos individualizados e não a combinação deles.
NOTA 2 O tritrem ou treminhão possui três veículos, sendo o primeiro veículo composto pelo
caminhão-trator e pelo primeiro semirreboque, o segundo veículo pelo segundo semirreboque e o terceiro veículo
pelo terceiro semirreboque, são considerados, para fins de incompatibilidade, veículos individualizados e não
a combinação deles.
NOTA 3 No caso de conjunto composto por um caminhão-trator (sem 5ª roda) dotado de carroceria
montada sobre seu chassi e de engate traseiro para atrelar um reboque, denominado “Romeu e Julieta”,
o caminhão-trator (sem 5ª roda) dotado de carroceria é um veículo e o reboque é outro veículo, sendo
considerados, para fins de incompatibilidade, veículos individualizados e não a combinação deles.
4.2 Além das incompatibilidades previstas nas Tabelas B.1 (critérios de incompatibilidades
no transporte terrestre de explosivos (subclassses 1.1 a 1.6) e B.5 (critérios de incompatibilidades
no transporte terrestre entre todas as classes e subclasses de risco), também é proibido o transporte
conjunto de produtos classificados como perigosos com:
a) alimentos;
b) medicamentos (exceto os contidos em aerossóis classificados sob número ONU 1950);
d) objetos e produtos já acabados de uso ou consumo humano ou animal de uso direto (contato
intencional);
e) insumos, aditivos e/ou matérias-primas para produto alimentício, cosmético, farmacêutico
ou veterinário;
Para fins da alínea d) desta subseção, objetos e produtos já acabados de uso ou consumo humano
ou animal de uso direto (contato intencional) são os produtos finais e comercializados com a finalidade
de aplicação direta no corpo (por exemplo, pele, olhos), inalação ou ingestão humana ou animal.
Não se aplicam nesta definição os insumos, aditivos e/ou matérias-primas.
Para fins da alínea e) desta Subseção, quando se tratar do transporte de insumos, aditivos e/ou
matérias-primas para produtos alimentícios, cosméticos, farmacêuticos ou veterinários classificados
como produtos perigosos para o transporte (conforme a legislação vigente[3]), estes podem ser
transportados juntamente com os demais insumos, aditivos e/ou matérias-primas destinados
4.3 Exceto o previsto em 4.2, é permitido o transporte conjunto de produtos classificados como
perigosos para o transporte das classes 2, 3, 4, 5 e 8 do grupo de embalagem III e 9 (exceto
ONU 2212, ONU 2315, ONU 2590, ONU 3151, ONU 3252 e ONU 3245) com quaisquer objetos
ou artigos para uso ou consumo humano ou animal e suas embalagens, desde que não seja de uso
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4.3.1 É proibido o transporte conjunto de produtos classificados como perigosos para o transporte
das classes 1, 6, 7, 8 dos grupos de embalagem I e II, e 9 com os números ONU 2212, ONU 2315,
ONU 2590, ONU 3151, ONU 3252 e ONU 3245, com quaisquer tipos de objetos ou artigos para uso
ou consumo humano ou animal e suas embalagens.
4.3.2 Exceto o previsto em 4.2, é permitido o transporte conjunto de produtos classificados como
perigosos para o transporte com os demais produtos não classificados como perigosos, juntamente
com equipamentos ou maquinários industriais.
NOTA A legislação vigente[3] cita a obrigatoriedade de que a declaração do expedidor seja complementada
com informação adicional de que não há risco de contaminação entre os produtos perigosos e não perigosos.
4.5 As substâncias com risco principal ou subsidiário da subclasse 6.1 (substâncias tóxicas) dos
grupos de embalagem I, II e III, não podem ser transportadas, no mesmo veículo ou equipamento de
transporte, juntamente com produtos destinados ao uso ou consumo humano ou animal, exceto as
substâncias tóxicas da subclasse 6.1 dos grupos de embalagem II e III, quando houver segregação
por cofres de carga estanques. Portanto, é determinantemente proibido o transporte de substâncias
com risco principal ou subsidiário da subclasse 6.1 (substâncias tóxicas) do grupo de embalagem I
no mesmo veículo ou equipamento de transporte, juntamente com produtos destinados ao uso ou
consumo humano ou animal, mesmo que estejam segregados por cofres de carga.
4.6 Quando se tratar do transporte de produtos registrados como agrotóxicos e que são classificados
como produtos perigosos para o transporte (conforme a legislação vigente[3]), não são consideradas
as proibições de carregamento comum, podendo estes produtos ser transportados juntamente com os
demais produtos registrados como agrotóxicos não classificados, sem a necessidade de segregação,
desde que o expedidor garanta que os produtos não apresentem riscos de contaminação.
4.8 É proibido o uso de cofres de carga para segregar qualquer tipo de substância e artigo explosivo
da classe 1 ou materiais radioativos da classe 7 de outros produtos perigosos incompatíveis, alimentos,
4.9 Exceto para substâncias e artigos da classe 1, da subclasse 6.1 com grupo de embalagem I
e materiais radioativos da classe 7, os cofres de carga podem ser utilizados para segregação de
produtos incompatíveis no transporte de produtos fracionados (embalados) ou no transporte combinado
de produtos a granel e produtos fracionados (embalados) no mesmo veículo, desde que garantam
a estanqueidade entre os produtos transportados, assegurando a impossibilidade de danos a pessoas,
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4.10 O interior e as partes externas do cofre de carga devem ser inspecionados antes do carrega-
mento, a fim de garantir a ausência de qualquer dano que possa afetar a sua integridade ou a dos
volumes a serem carregados.
4.11 O expedidor do produto perigoso é responsável pela escolha do cofre de carga adequado para
garantir a estanqueidade, em função das características físico-químicas dos produtos perigosos
presentes no carregamento, assim como por danos comprovadamente associados a acidentes
provocados, no todo ou em parte, por utilização inadequada.
4.12 O cofre de carga não pode apresentar trinca(s), rachadura(s) e/ou perfuração(ões) em qualquer
uma das superfícies internas e/ou externas ou qualquer deformação permanente que possa compro-
meter a estanqueidade do cofre de carga, durante toda a sua vida útil.
4.13 Os critérios de incompatibilidade estão estruturados, tomando-se por base as classes e subclas-
ses de risco previstas na legislação de transporte de produtos perigosos vigente[3]. Dois produtos são
considerados incompatíveis se pelo menos uma relação cruzada, entre seus riscos principais e/ou
subsidiários, indicar incompatibilidade nas Tabelas B.1 e B.5.
4.15 Os critérios de incompatibilidade previstos nesta Norma não são restritivos, podendo o fabricante
ou expedidor do produto perigoso estabelecer outras regras de incompatibilidades mais restritivas
além das apresentadas na Tabela B.1 (no caso específico para produtos da classe 1 – Explosivos)
e Tabela B.5 (para todas as classes e subclasses de risco de produtos perigosos), fazendo as consi-
derações necessárias quando:
a) houver incompatibilidades não previstas nas Tabelas B.1 e B.5, desde que mais rígidas, tomando
como base as características físico-químicas, propriedades específicas e concentrações dos
produtos perigosos;
b) houver incompatibilidade química entre produtos perigosos dentro de uma mesma classe ou sub-
classe de risco ou incompatibilidade radiológica e nuclear no caso específico para a classe 7
(materiais radioativos);
c) houver incompatibilidade específica entre produtos perigosos e produtos não classificados como
perigosos pela legislação específica;
d) o transporte de produtos perigosos for autorizado pela legislação vigente[3] em embalagens que
não necessitem da comprovação de sua adequação ao programa de avaliação de conformidade
(homologação de embalagem) da autoridade competente;
e) se tratar de transporte de resíduos, soluções ou misturas que contenham produtos perigosos de
mais de uma classe ou subclasse de risco ou uma ou mais substâncias não classificadas como
perigosas, de acordo com a legislação vigente[3];
f) forem transportados resíduos gerados de produtos, soluções ou misturas que não contenham
componentes constantes na relação de produtos perigosos conforme legislação vigente[3],
mas que, em contato entre si, gerem um risco intrínseco de produto perigoso que venha a atender
aos critérios das classes 1 a 9.
4.17 Todas as relações estabelecidas nas Tabelas B.1 e B.5 pressupõem a condição de que os
produtos perigosos estejam acondicionados, embalados, marcados, rotulados e sinalizados de forma
apropriada, conforme previsto na legislação vigente[1][3], e não apresentem qualquer sinal de resíduo
perigoso na sua parte externa.
4.18 Os riscos subsidiários de produtos perigosos, quando existentes, também devem atender aos
critérios da Tabela B.5.
4.19 O transporte de produtos perigosos via correios, compreendido como serviço de expedição e
entrega de produtos que sejam classificados como perigosos para fins de transporte, nos termos da
regulamentação vigente[1][3] e prescrito na Convenção Postal Universal (CPU), deve, durante sua
movimentação em rodovias e/ou ferrovias, garantir o total atendimento às exigências estabelecidas
na legislação vigente[1][3][10], incluindo correta caracterização do produto, embalagem adequada,
sinalização e documentação pertinente, e demais exigências, sem prejuízo da garantia de segurança das
etapas anteriores e posteriores ao transporte (manuseio, preparação, carregamento, armazenamento,
descarregamento etc.), nos termos de seus regulamentos.
a) transporte de produtos ou insumos para uso/consumo humano ou animal (alimentício, cosmético,
farmacêutico ou veterinário), em equipamento de transporte destinado ao transporte de produtos
perigosos a granel, menos as exceções previstas na legislação vigente[3]. Os produtos ou insumos
para uso/consumo humano ou animal, transportados de forma irregular, como previsto nesta
alínea, devem ser descartados como resíduos e encaminhados para fins de despejo, incineração
ou qualquer outro processo de disposição final;
b) transporte de produtos ou insumos para uso/consumo humano ou animal (alimentício, cosmético,
farmacêutico ou veterinário), em embalagens que tenham contido produto perigoso (como
embalagem recondicionada, refabricada ou reutilizada), conforme legislação vigente[1][3].
Os produtos ou insumos para uso/consumo humano ou animal, transportados de forma irregular,
como previsto nesta alínea, devem ser descartados como resíduos e encaminhados para fins de
despejo, incineração ou qualquer outro processo de disposição final;
4.21 As operações de limpeza e descontaminação das embalagens, IBC, tanques portáteis e equi-
pamentos destinados ao transporte de produtos perigosos a granel não autorizam o carregamento de
produtos para uso ou consumo humano ou animal. Somente é permitido o envase de produtos simila-
res ao produto originalmente contido na embalagem.
4.22 Quando constar a frase “NÃO REUTILIZAR ESTA EMBALAGEM” na embalagem de produtos
perigosos, significa que ela não pode ser reutilizada para produtos destinados ao uso ou consumo
humano e/ou animal. Estas embalagens podem ser reutilizadas para o mesmo fim, desde que atendam
aos critérios da homologação e da compatibilidade.
4.23 Embalagens e/ou sobreembalagens não podem conter produtos perigosos incompatíveis que
reajam perigosamente entre si, conforme previsto na legislação vigente[1][3].
4.24 Quando houver vazamento do produto perigoso e este se espalhar no interior do veículo, este
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só deve ser reutilizado depois de ter sido efetuada uma limpeza completa e, se necessário, deve ser
desinfetado ou descontaminado.
4.25 Quando houver vazamento ou derramamento do produto perigoso no cofre de carga, este não
pode ser mais utilizado para transporte de alimentos, medicamentos, insumos (alimentício, farma-
cêutico, cosmético ou veterinário) ou objetos/embalagens destinados ao uso/consumo humano ou animal.
Já os produtos contidos no cofre devem ser descartados como resíduos e encaminhados para fins de
despejo, incineração ou qualquer outro processo de disposição final.
4.26 Para os veículos de carga fracionada que tenham recebido carregamento de produtos
perigosos, se durante ou após o descarregamento for constatado que houve vazamento do conteúdo
das embalagens, este vazamento deve ser contido imediatamente por pessoa ou equipe qualificada
pelo transportador, expedidor ou destinatário, no local onde for constatado, e este veículo deve ser
encaminhada para limpeza e descontaminação antes de novo carregamento.
4.28 As proibições e orientações previstas nesta Norma para carregamento em um mesmo veículo
são aplicáveis ao carregamento em um mesmo contêiner.
4.29 Somente é permitido o transporte de produto perigoso (exceto substâncias e artigos explosivos
da classe 1 e materiais radioativos da classe 7) em motocicletas, motonetas e ciclomotores, se estiver
na “quantidade limitada por veículo”, como previsto na legislação vigente[3] (valor indicado na relação
de produtos perigosos em vigor diferente de “zero”), desde que licenciados como “de carga”, conforme
define o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), portando o extintor de incêndio apropriado à carga
transportada, como previsto na ABNT NBR 9735, bem como atendendo às exigências da legislação
de trânsito.
4.30 Devido aos seus riscos significativos, é proibido o transporte de qualquer quantidade de
substâncias e artigos explosivos da classe 1 e materiais radioativos da classe 7 em motocicletas,
motonetas e ciclomotores.
4.31 As embalagens vazias (inclusive IBC e embalagens grandes) não limpas, devem permanecer
marcadas, rotuladas e sinalizadas na forma apropriada e exigida pela legislação vigente[3], e devem
ser transportadas fechadas, de modo a evitar perda de conteúdo provocada por vibração ou outros
eventos relacionados às etapas da operação de transporte, e não podem apresentar qualquer sinal de
resíduo perigoso aderente à sua parte externa.
4.33 Todos os veículos destinados ao transporte de produtos perigosos a granel, bem como todos
os seus dispositivos que entrem em contato com o produto (mangotes, tubulações, engates, bombas,
válvulas, vedações e inclusive seus lubrificantes), não podem ser atacados pelo conteúdo e nem
formar combinações nocivas ou perigosas.
4.34 As incompatibilidades químicas, radiológicas ou nucleares previstas nesta Norma, bem como
as estabelecidas pelo fabricante ou pelo expedidor orientado pelo fabricante, conforme 4.16, podem
ser informadas no campo “Aspecto” da ficha de emergência (conforme a ABNT NBR 7503).
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4.36 Contentores, tanques portáteis, IBC, assim como outras embalagens e sobreembalagens, utili-
zados no transporte de produtos perigosos, não podem ser utilizados para armazenamento, uso ou
transporte de outros produtos ou objetos para uso/consumo humano e/ou animal.
5.2 A caixa de segurança (cofre de carga para explosivo) deve possuir fecho(s) e ser construída com
uma blindagem em chapa de aço AISI 1020, com espessura mínima de 4,8 mm, bem como deve ter
um revestimento térmico com espessura mínima de 10 mm e um revestimento interno em madeira
compensada com espessura mínima de 6 mm. O revestimento térmico deve estar entre a blindagem
em chapa de aço e o revestimento interno de madeira, conforme a Figura A.1.
5.3 Quando for utilizada a caixa de segurança (cofre de carga para explosivo) no transporte
fracionado de substâncias e artigos da classe 1 (explosivos) em veículo de carroçaria fechada,
esta deve ficar posicionada em local de fácil acesso, próximo à porta ou tampa, conforme
a Figura A.2, e afixada de modo a não se deslocar durante o transporte.
5.4 O compartimento de segurança para explosivos deve ser construído com blindagem em chapa
de aço de espessura suficiente para orientar a onda de choque para a área superior da carroçaria,
no caso de uma explosão, com revestimento interno de madeira, preferencialmente compensado
naval, a fim de evitar o atrito e ter acesso exclusivo pela lateral da carroçaria, de modo a assegurar
uma separação eficaz entre substâncias e artigos explosivos, impedindo qualquer transmissão
da detonação. O compartimento de segurança para explosivos pode ser único ou duplo, em ambos
os casos, devem ser dotados de fecho(s) e construídos conforme as Figuras A.5 e A.6, para carroçarias
fechadas.
5.5 A(s) caixa(s) de segurança (cofre de carga para explosivo) e o(s) compartimento(s) de segurança
para explosivos devem estar localizados onde estejam protegidos contra choques, possíveis danos
causados por irregularidades do terreno, interações perigosas com outros produtos perigosos
e fontes de ignição na própria veículo, como, por exemplo, gases do escapamento. Não é permitida
a colocação de qualquer material em cima da caixa de segurança (cofre de carga para explosivo)
ou do compartimento de segurança para explosivos.
5.6 Qualquer veículo destinada a transportar produtos da classe 1 deve, antes do carregamento,
ser examinada quanto a defeitos estruturais ou deterioração de qualquer um de seus componentes,
inexistência de saliência interna, bem como ausência de resíduo de carregamento anterior, materiais
facilmente inflamáveis ou objetos metálicos, não integrantes da veículo, que possam produzir centelha.
Quando a veículo possuir caixa de segurança (cofre de carga para explosivo) e/ou compartimento de
segurança para explosivos, estes devem ser examinados para garantir que não contenham qualquer
resíduo de carregamento anterior e que o piso e as paredes interiores não apresentem saliências ou
algum tipo de dano.
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5.7 É proibido utilizar materiais de fácil combustão ou de fácil infamabilidade, para estivar os volumes.
5.8 É proibido o transporte de qualquer tipo de substância e artigo explosivo da classe 1 com produtos
perigosos das classes 2 a 9 na mesma veículo, independentemente de estarem ou não contidos em
um ou mais cofres de carga distintos, exceto se permitido na Tabela B.5 ou quando se tratar de
unidade móvel de bombeamento (UMB) dotada de compartimento de segurança para explosivos ou
caixa(s) de segurança (cofre de carga para explosivo).
5.9 Nas unidades de transporte com substâncias e artigos explosivos da classe 1, independente-
mente se dotadas de compartimentos de segurança para explosivos ou ainda de cofres de carga de
qualquer tipo e finalidade, é proibido o transporte de alimentos e medicamentos ou seus insumos,
objetos destinados ao uso/consumo humano ou animal (alimentício, cosmético, farmacêutico ou vete-
rinário), ou embalagens de produtos destinados a estes fins.
5.10 Quando em uma mesma veículo são transportados substâncias e artigos de diferentes
subclasses da classe 1, sendo respeitadas as incompatibilidades previstas na Tabela B.1,
a carga deve ser tratada na sua totalidade como se pertencesse à subclasse de maior risco (pela
ordem 1.1, 1.5, 1.2, 1.3, 1.6, 1.4), conforme estabelecido na Tabela B.4.
5.11 No caso específico de transporte de substâncias ou artigos classificados na subclasse 1.5, grupo
de compatibilidade D, em conjunto com substâncias e artigos da subclasse 1.2, grupo de compatibi-
lidade D, em uma mesma veículo, toda a carga deve ser tratada, para efeitos de transporte (sinaliza-
ção, segregação e estiva), como se pertencesse à subclasse 1.1.
5.13 Nos casos de transporte de qualquer combinação de substâncias dos grupos de compatibilidade
C e D, o fabricante ou o expedidor orientado pelo fabricante deve alocar a carga combinada no grupo
de compatibilidade mais adequado entre os grupos de compatibilidade constantes na Tabela B.2,
levando em conta as características predominantes da carga combinada.
5.14 Artigos do grupo de compatibilidade N não podem, em geral, ser transportados com produtos
de qualquer outro grupo de compatibilidade, com exceção do grupo S. Entretanto, se vierem a ser
transportados com produtos dos grupos de compatibilidade C, D e E, os produtos do grupo de compa-
tibilidade N devem ser tratados como pertencentes ao grupo de compatibilidade D.
5.16 A tubulação flexível de descarga da UMB, se estiver ligada de forma permanente ou não, bem
como a tubulação alimentadora, devem estar isentas de substâncias explosivas em mistura ou sensi-
bilizadas durante o transporte.
5.17 Quando for autorizado o carregamento de artigos e substâncias da classe 1 com substâncias
da classe 5.1 de nº ONU 1942 (nitrato de amônio) ou nº ONU 3375 (nitrato de amônio, emulsão
ou suspensão ou gel) na mesma UMB, o carregamento deve ser considerado explosivo de demolição
da classe 1 para fins da segregação do carregamento.
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Anexo A
(normativo)
Revestimento de madeira
Chapa de aço
Figura A.2 – Veículo de carroçaria fechada com compartimento de segurança para explosivos
Revestimento de madeira
Chapa de aço
Figura A.3 – Veículo de carroçaria fechada com compartimento duplo de segurança para explosivos
Anexo B
(normativo)
Tabelas
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A x
B x a x
b
C x x x x x
c
b
D a x x x x x
c
b
E x x x x x
c
F x x
G x x x x x
H x x
J x x
K x x
L d
b b b
N b x
c c c
S x x x x x x x x x x x
Legenda:
x Transporte compatível.
a Os volumes que contenham artigos alocados ao grupo de compatibilidade B e os que contenham substâncias e artigos
do grupo de compatibilidade D podem ser transportados na mesma veículo, com a condição de serem efetivamente
separados, de forma a impedir qualquer transmissão da detonação de artigos do grupo de compatibilidade B e
substâncias ou artigos do grupo de compatibilidade D. A segregação deve ser assegurada utilizando veículo com
compartimento de segurança para explosivos (conforme as Figuras A.3, A.4, A.5 e A.6, bem como, no caso específico
da unidade móvel de bombeamento) ou colocando um dos dois tipos de explosivo em uma caixa de segurança (cofre
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A classificação dos explosivos em grupos de compatibilidade, as possíveis subclasses de risco associadas a cada
grupo e os possíveis códigos de classificação estão descritos nas Tabelas B.2 e B.3.
a
Ver Tabela B.1
1.4 a a a a a a a a a a a a a b
c
1.5 b
1.6 b
2.1 a x x x x x x x x x x x x x x
2.2 a x x x x x x x x x x x x x x
2.3 a x x x x x x x x x x x x x x
3 a x x x x x x x x x x x x x x
4.1 a x x x x x x x x x x x x x x
4.1 + 1 x
4.2 a x x x x x x x x x x x x x x
4.3 a x x x x x x x x x x x x x x
5.1 d d d a x x x x x x x x x x x x x x
5.2 a x x x x x x x x x x x x x x x
5.2 + 1 x x
6.1 a x x x x x x x x x x x x x x
6.2 a x x x x x x x x x x x x x x
7 a x x x x x x x x x x x x x x
8 a x x x x x x x x x x x x x x
a
9 b b b b b b x x x x x x x x x x x x x x
c
Legenda
x Transporte compatível.
a Transporte compatível com as substâncias e artigos da subclasse 1.4, grupo de compatibilidade S.
b Transporte compatível entre as substâncias e artigos da classe 1 (explosivos) e os produtos da classe 9 com nº ONU 2990,
nº ONU 3072 e nº ONU 3268.
c Transporte compatível entre os infladores para bolsa de ar ou módulos para bolsa de ar ou pré-tensores para cinto de segurança
da subclasse 1.4, grupo de compatibilidade G (nº ONU 0503), e os infladores para bolsa de ar ou módulos para bolsa de ar ou
pré-tensores para cinto de segurança da classe 9 (nº ONU 3268).
d Transporte compatível entre os explosivos de demolição do tipo A (nº ONU 0081), tipo B (nº ONU 0082 e nº ONU 0331),
tipo D (nº ONU 0084) e tipo E (nº ONU 0241 e nº ONU 0332), com exceção do tipo C (nº ONU 0083) e o nitrato de amônio
(nº ONU 1942), nitrato de amônio, fertilizantes (nº ONU 2067) e os nitratos de metais alcalinos e os nitratos de metais alcalino-
terrosos, na condição de que o conjunto seja considerado explosivo de demolição da classe 1 para fins da sinalização, da
segregação e da estiva. Os nitratos de metais alcalinos incluem o nitrato de césio (nº ONU 1451), o nitrato de lítio (nº ONU 2722),
o nitrato de potássio (nº ONU 1486), nitrato de rubídio (nitratos inorgânicos, N.E. - nº ONU 1477) e nitrato de sódio (nº ONU 1498).
Os nitratos de metais alcalino-terrosos incluem o nitrato de bário (nº ONU 1446), o nitrato de berílio (nº ONU 2464), o nitrato de cálcio
(nº ONU 1454), o nitrato de magnésio (nº ONU 1474) e o nitrato de estrôncio (nº ONU 1507).
Todos os demais casos desta Tabela são considerados incompatíveis para o transporte.
NOTA 1 4.1 + 1 = Substâncias autorreagentes (Subclasse 4.1) que contêm o rótulo de risco subsidiário de explosivo
NOTA 2 5.2 + 1 = Peróxidos orgânicos (subclasse 5.2) que contêm o rótulo de risco subsidiário de explosivo
Bibliografia
[1] Decreto Federal nº 96.044 de 18 de maio de 1988 da Presidência da República, que aprova
o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos - RTPP (atualizado pela
Resolução ANTT nº 5.848, de 25 de junho de 2019 e suas atualizações) e suas instruções
complementares
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[2] Decreto Federal nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, que aprova o Regulamento de Produtos
Controlados
[3] Resolução ANTT nº 5.232 de 16 de dezembro de 2016 e suas atualizações da Agência Nacional
de Transporte Terrestre, que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento
do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos
[5] Portaria COLOG nº 147 de 21 de novembro de 2019, que dispõe sobre procedimentos
administrativos para o exercício de atividades com explosivos e seus acessórios e produtos que
contêm nitrato de amônio
[6] Posição Regulatória nº 5.01 / 001 da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que proíbe
o transporte de material radioativo por motocicletas em todo o território nacional
[7] ABNT NBR 15589, Cofre de carga fabricado em plástico ‒ Requisitos e métodos de ensaio
[8] European Agreement Concerning the International Carriage of Dangerous Goods by Road
(ADR 2019)
[9] Regulations Concerming the Internacional Carriage of Dangerous Goods Rail (RID 2019)
[10] Decreto Federal nº 98.973 de 21 de fevereiro de 1990 da Presidência da República, que aprova
o Regulamento do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos e fornece outras providências
[11] Recommendations on the Transport of Dangerous Goods, Model Regulations 19ª Edition
(ORANGE BOOK)