FOLHA - MODELO - Memorial Descritivo Da Adutora
FOLHA - MODELO - Memorial Descritivo Da Adutora
REGIONAL CATALÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
(DECIV)
CATALÃO
2023
DIOGO JORDÃO PEREIRA - 202110146
GABRIEL ALVES FONSECA - 202012180
ISADORA RAMOS DA SILVA – 202012184
MARCELO CANEDO DE SOUSA – 202101955
MATHEUS FAUSTINO PIRES - 202000115
CATALÃO
2023
3
RESUMO
ABSTRACT
4
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................7
2 OBJETIVO........................................................................................................................................8
3 ESCOLHA DO MUNICÍPIO...........................................................................................................9
3.1 Histórico e Caracterização do Município.................................................................................9
3.2 Localização e Dados Gerais do Município..............................................................................10
4 ESTIMATIVA POPULACIONAL................................................................................................12
4.1 Método Aritmético....................................................................................................................13
4.2 Método Geométrico..................................................................................................................14
4.3 Método da Curva Logística......................................................................................................14
4.4 População Flutuante................................................................................................................15
5 REGRESSÕES PARA ESTIMATIVA POPULACIONAL.........................................................16
5.1 Regressão Linear por função Linear.......................................................................................16
5.2 Regressão Linear por Função Potencial.................................................................................17
5.3 Regressão Linear por função logarítmica...............................................................................17
5.4 Regressão Linear por Função Exponencial............................................................................18
6 DEFINIÇÃO DOS PONTOS DE CAPTAÇÃO E DE ALOCAÇÃO DO RESERVATÓRIO . 18
7 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO...................................................................................................20
8 DETERMINAÇÃO DOS DIÂMETROS.......................................................................................23
9 VERIFICAÇÃO DAS VELOCIDADES MÍNIMAS E MÁXIMAS NA REDE..........................26
10 TRAÇADO DA ADUTORA.........................................................................................................27
11 RESERVATÓRIOS......................................................................................................................29
11.1 Dimensionamento dos Reservatórios....................................................................................30
11.2 Reservatórios – Níveis e Dimensões.......................................................................................31
12 MATERIAL UTILIZADO NAS TUBULAÇÕES DE RECALQUE E SUCÇÃO....................33
13 PEÇAS ESPECIAIS......................................................................................................................34
14 PERDA DE CARGA.....................................................................................................................36
14.1 Perda de Carga Localizada....................................................................................................37
14.2 Perda de Carga Contínua......................................................................................................40
15 CÁLCULO DA PERDA DE CARGA..........................................................................................40
15.1 Perdas de Carga Entre Captação e Reservatório.................................................................40
15.1.1 Perdas de Carga Distribuídas............................................................................................40
15.1.2 Perdas de Carga Localizadas.............................................................................................42
15.2 Perda de carga total na sucção..............................................................................................43
15.3 Perda de Carga total no recalque..........................................................................................44
5
TABELAS
FIGURAS
GRÁFICOS
7
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Talles de Mileto (585 a.C) o Universo é feito de água. Essa frase representa a
importância da água para que haja vida. Diante disto, o ser humano percebeu a necessidade de controlar
esse fluxo para sua sobrevivência.
Civilizações antigas, como os romanos e egípcios, criaram com sucesso projetos para a existência
dos primeiros sistemas de irrigação e abastecimento de água, para suprir a demanda de água e alimentos
por meio da agricultura.
Esses exemplos relatam os primeiros contatos entre homem e a Hidráulica, ramo da física que estuda
o comportamento dos líquidos em repouso e em movimento. Segundo Azevedo Netto (1998) a palavra
hidráulica vem do grego hydor = água e aulos = condução, “condução de água”.
Este trabalho tratará da implantação de uma estação elevatória que recalcará a água até o reservatório
responsável por abastecer a cidade de Orizona, Goiás. Em vista que, para a realização dos cálculos e afins
do projeto, é necessário utilizar conceitos hidráulicos como, perdas de carga (localizadas e distribuídas),
vazão, eficiência de bombas, entre outros.
Araújo (2014) define estação elevatória (EE) como, um conjunto de edificações, instalações e
equipamentos, destinados a abrigar, proteger, operar, controlar e manter os conjuntos elevatórios para
promover o recalque de água.
As EEs são comumente utilizadas pra recalcar a água de um ponto de capitação em baixa altitude
para um local mais elevado com o intuito de abastecer um local específico. Esse método gera um gasto
energético alto, já que conta com bombas, porém, nos últimos anos, com o auxílio de novas tecnologias
esses custos foram drasticamente reduzidos.
8
2 OBJETIVO
O presente trabalho trata de uma proposta de projeto para a construção de uma estação elevatória na
cidade de Orizona, Goiás. Este apresenta detalhadamente todos os processos para a construção, desde o
ponto de captação até o reservatório em um ponto alto da cidade. Para a elaboração do projeto foi
utilizado conhecimentos adquiridos em sala, e com a leitura de livros sobre o assunto. É objetivo que o
sistema abasteça a região de forma efetiva durante os próximos 30 anos.
9
3 ESCOLHA DO MUNICÍPIO
Com base no IBGE (2021), o município de Orizona está localizado na região Centro-
Oeste, no estado de Goiás, no sudeste goiano, especificamente. A cidade de Orizona está
a uma distância mínima da capital de Goiás (Goiânia) e da capital do Brasil (Brasília)
de, respectivamente e aproximadamente, 115km (via GO-330) e 198km (via GO-330 e
GO-010). A localização da cidade em relação ao estado de Goiás é evidenciada na
Figura (1). Ademais, a síntese dos principais dados gerais do município pode ser
analisada na Tabela 1.
10
4 ESTIMATIVA POPULACIONAL
sua população, com aumento de cerca de 10% da população a cada 10 anos. A Tabela 2 a
seguir mostra esse crescimento:
Valor de R² = 0,9581
Gráfico 1: Estimativa Populacional - Linear
18000
f(x) = 108.952286719437 x − 204445.314423923
16000 R² = 0.958098270164212
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Valor de R² = 0,9635
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Valor de R² = 0,9576
18000
f(x) = 218465.784785747 ln(x) − 1647076.06126904
16000 R² = 0.957640252585641
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Valor de R² = 0,9638
18000
f(x) = 0.00268139795692838 exp( 0.00771354271035971 x )
16000 R² = 0.960742384597378
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Após a escolha da cidade, e a análise populacional para um horizonte de trinta anos, o passo seguinte é a
escolha do ponto de captação de água e do ponto de instalação do reservatório que irá receber a água do
ribeirão e abastecer a cidade de Orizona.
Esses dois pontos estarão interligados por uma adutora (em rosa), conforme apresentados nas
Figuras (2) e (3). O ponto inicial está localizado no Ribeirão Santa Bárbara que irá fornecer água ao
reservatório e o segundo ponto é o próprio reservatório, que está em um dos pontos mais altos da cidade
para que, por ação da gravidade, seja distribuída a água para toda a cidade, sem necessidade de contruir
outra estação se a cidade crescer. Os demais pontos referem-se à cota altimétrica da região.
O ponto de captação escolhido, como já citado foi o Ribeirão Santa Bárbara, visto que é a fonte
mais próxima e que possui vazão suficiente para atender a demanda do uso de água da cidade.
15
Figura 2: Município de Orizona com enfoque no Ribeirão Santa Bárbara (linha azul)
Segundo Tsutiya (2006, p. 166), é recomendável traçar a adutora em ruas e terrenos público, para
minimizar os gastos da implantação dessa adutora. Desse modo, a definição do traçado da adutora, da
captação até o reservatório foi baseado nessa concepção.
Além da escolha dos pontos de captação e retenção de água, conforme proposto no trabalho,
também foram implementados dispositivos de tomada d’água devidamente protegidos, mecanismos de
controle de água na tubulação, um poço de sucção de bombas e uma casa de bombas.
18
7 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO
O dimensionamento da vazão de adução depende de três fatores, que são o horizonte do projeto, consumo
de adução e período de funcionamento.
O horizonte do projeto é o período de tempo em que o sistema de abastecimento deve atender a
população. Tal período é estimado conforme a vida útil da obra, evolução da demanda de água, custo da
obra e flexibilidade na ampliação do sistema (TSUTIYA, 2006). Em projetos desse tipo, varia de 20 a 50
anos geralmente. Mas a orientação do projeto é estimada para 30 anos.
A vazão de adução é dimensionada em função da população a ser abastecida, da parcela per capita e do
número de de horas de funcionamento. Também depende da posição da tubulação dentro do sistema de
abastecimento, como podemos ver na figura (X) a posição pode ser até a Estação de Tratamento (ETA),
entre a ETA e o reservatório de distribuição ou entre o reservatório e a rede de distribuição.
19
Figura (4): Vazões que seram veiculadas na adutora, com posiçãi indicada.
As vazões podem ser calculadas de acordo com as equações (x1), (x2) e (x3):
(2)
(3)
(4)
Logo, o termo CETA não será considerado no cálculo da vazão de projeto; o termo Qe também será
desconsiderado em nossos cálculos, pois este consumo específico está relacionado a população flutuante e
como foi visto no tópico (X), Orizona não possui uma quantidade significativa de população flutuante,
visto que não é uma cidade turística.
Com isso, a equação que será utilizada para o cálculo da vazão de projeto é a Equação (X4), que foi
baseadas nas anteriores, porém desconsiderando os termos Ceta e Qe , como se segue:
(5)
20
onde, teremos apenas como variáveis agora o P que denota a população atendida em habitantes; q é o
consumo médio incluindo as perdas de água, em l/hab.dia; K1 é o coeficiente do dia de maior consumo; 𝑡
é o período de funcionamento da estação.
A projeção da população de Orizona para o ano de 2053 ficou estimada em 20.317 habitantes, e esse será
o valor de P.
Para o consumo médio q, Gomes (2006, p. 21) recomenda utilizar para cidades com serviço público de
abastecimento eficiente um valor entre 150 e 200 L/hab/dia. E, de acordo com o Manual Técnico de
Outorga de Goiás (2012), o consumo médio per capita para municípios com população inferior à 100.000
habitantes deve ser menor que 145 l/hab.dia. Com base neste Manual e em dados da Companhia de Água
e Esgoto do Ceará (Cagece), que recomenda para cidades de interior usar q = 100 L/hab/dia, optamos por
utilizar a recomendação da Cagece, pois Orizona é uma cidade do interior, pequena e não pode dar a
certeza de que o abastecimento será sempre eficiente, portanto para ficar a favor da segurança
utilizaremos q = 100 L/hab/dia,
Além disso, o coeficiente do dia de maior consumo K1 é calculado através da Equação (6) (TSUTIYA,
2006):
(6)
Para o valor de 𝐾1, não só a Cagece, como também Gomes e Tsutiya, recomendam adotar 𝐾1 = 1,2.
De acordo com Tsutiya (2006), o caso de 24 horas de funcionamento é comum em aduções por gravidade,
em que a vazão é transportada de um ponto a outro apenas pelo desnível geométrico. Já as aduções por
recalque, elevação com uso de bombas hidráulicas, têm período de bombeamento entre 16 e 20 horas, uma
vez que os equipamentos para bombeamentonecessitam de manutenção e pode haver ocasionalmente falta
de energia elétrica para o funcionamento dos mesmos.
O período de funcionamento 𝑡 será adotado de acordo com as recomendações da Cagece que é de 18 horas
de funcionamento da estação, pois esse período condiz com as informações dadas por Tsutiya (2006).
Com todos os valores definidos, é só substituilos na equação (X4) e determinar a vazão de projeto Qp.
1,2× 20317 ×100
Qp= =37,624 L/ s
3600 ×18
Portanto, a vazão de projeto que será utilizada para os cálculos seguintes é de 𝑄𝑝 = 37,624 𝐿/𝑠 ou 𝑄𝑝 =
0,037624 𝑚³/𝑠.
De acordo com Porto (2006), em um sistema elevatório existem dois fatores importantes a serem
21
considerados, que são o diâmetro da tubulação de recalque e o de sucção, e a potência do conjunto motor-
bomba.
Apesar de haver um aumento de custo com o aumento do diâmetro, em contra partida, quanto maior o
diâmetro, menor a perda de carga do sistema, logo, é necessário a determinação de um diâmetro que tenha
um bom custo-benefício. (COSTA, 2013). Na figura (X1) é possível observar a correlação dessas
variáveis necessárias para obter um diâmetro conveniente.
Figura (5): Relação entre custos e diâmetro da tubulação
(7)
De acordo com a ABNT, NBR – 5626 (1998) para casos em que a adutora não funcione de forma
ininterrupta, deve-se fazer uma alteração na fórmula de Bresse, sendo o diâmetro calculado por meio da
Equação (X7):
(8)
O diâmetro calculado no projeto, na maioria das vezes, não coincide com o diâmetro comercial, sabendo
disso, sempre que esse valor for diferente utilizaremos o diâmetro comercial mais próximo . Substituindo
os valores na equação (x7), acharemos o diâmetro de requalque e para o diâmetro da sucção utilizamos o
diâmetro comercial superior mais próximo.
22
( )
0,25
18 0,5
Dp=1,3 × ×0,037624 =0,234 m
24
Portanto, o diâmetro teórico de projeto é de Dp = 0,234 m ou Dp = 234 mm. Mas como o diâmetro
teórico encontrado não corresponde ao comercial, utilizaremos como diâmetro de recalques Dr = 250mm
e diâmetro de sucção 300 mm, pelo dele ter que ser imediatamente maior que o de recalque.
23
Utilizando a fórmula da vazão (9) podemos descobrir a velocidadde da rede, mas antes devemos nos
atentar para alguns conceito sobre a velocidade máxima e mínima na rede.
Q=V × A (9)
Segundo o manual da Cagece, o diâmetro teorico não deve ultrapassar o valor de certas velocidades,
mostrado na figura (x), a partir disto séra feita a verificação da velocidade máxima de projeto utilizando o
diâmetro teórico de projeto Dp = 0,234m. Fazendo um pequeno reajuste na equação (9), podemos
descobrir esse resultado:
πDp 2
Qp=Vp ×( ) (10)
4
onde 𝑄𝑝 é vazão de projeto, 𝐷𝑝 o diâmetro de projeto; 𝑉𝑝 é a velocidade de projeto. Substituindo os
valores, chegamos a velocidade de projeto:
( )
2
π ×0,234
0,037624=Vp × → Vp=0,875m/ s
4
Conforme a Figura (8), a velocidade máxima para um diâmetro de 250 mm (diâmetro mais próximo do
teórico de projeto calculado) seria de 1,20 m/s. No entanto, para um diâmetro de 234mm a velocidade é de
𝑉𝑝 = 0,875 𝑚/𝑠, o que significa que a tanto o diâmetro quanto a velocidade de projeto estão dentro das
especificações do manual da Cagece, pois 𝑉𝑝 < 1,20.
Ademais, o manual da Cagece também recomenda que o barrilete (tubulação da rede hidráulica), deve ter
velocidades mínimas e máximas permitidas para evitar riscos de ruptura de tubulações e garantir que
sempre haja circulação na rede. E as velocidades recomendadas mínima e máxima são respectivamente de
0,6 m/s e 3,0 m/s. Então, levando em conta os diâmetros comerciais de recalque e sucção encontrados e a
vazão Qp = 0,037624 m3/s, podemos utilizar a equação (10) para encontrarmos as respectivas velocidades:
- Velocidade na sucção:
( )
2
π ×0,3
0,037624=V × → Vs=0,53 m/ s
4
24
Apesar de ser um valor próximo, a velocidade de sucção não foi considerada adequada conforme as
recomendações, que é de no mínimo 0,6 m/s.
- Velociade de recalque:
( )
2
π ×0,25
0,037624=V × → Vr=0,76 m/s
4
Portanto, a velocidade de recalque é considerada adequada conforme as recomendações, pois é maior
que 0,6m/s e menor que 3,0m/s.
10 TRAÇADO DA ADUTORA
Segundo Tsutiya (2006, p. 166), é de extrema importância traçar a adutora em ruas e terrenos públicos, a
fim reduzir gastos e também devido ao fato de que traçando nestes locais, você previne que haja
problemas entre a adutora e as fundações de edificações que podem vir a ser construídas.
Na figura (7) temos o traçado da adutora onde, pelo estudo topográfico apresenta o melhor
aproveitamento da energia potencial para a distribuição de água na região.
No Gráfico (4) é possível ver a topografia do traçado, e como a adutora irá localizar em perímetro urbano,
esta deverá ser enterrada, sendo que a profundidade adotada no projeto é de 1,5 metros a partir da superfície do
terreno, para que haja proteção rente à circulação na área, sabendo que, para profundidades maiores o valor de
implantação seria mais elevado.
25
Gráfico (4): Gráfico do Excel: Topografia do traçado, eixo y(altitude em metros) e eixo x(comprimento da adutora)
900
890
880
870
860
850
840
830
820
810
800
0 84 68 52 36 20 04 88 72 56 40 24 08 92 76 60 44 28 12 96 80 64 48 32 16
1 2 3 4 5 5 6 7 8 9 10 10 11 12 13 14 15 15 16 17 18 19 20
11 RESERVATÓRIOS
Para calcular o volume do reservatório é necessário três fatores: a demanda do dia de maior
consumo (volume útil), volume para combate de incêndios e volume de emergência.
O volume útil é aquele que supri toda a demanda diária de água. Para calcular esse volume,
considerou-se o caso mais crítico, onde a adução é contínua e não coincide com o horário de
26
maior consumo. Segundo Tsutiya (2006), para este caso o volume útil (Vu) pode ser calculado
utilizando a Equação (11):
𝑉𝑢 = 𝑉𝑚á𝑥 + 𝑄𝑝 (24 − 𝑡), (11)
onde,
𝑉𝑚 é o volume do dia de maior consumo;
𝑄𝑝 é a vazão de projeto;
t é o tempo operante da adução.
Como a vazão de projeto calculada anteriormente ( 𝑄𝑝 = 0,03762 ) refere-se ao dia de maior consumo,
temos então que a vazão máxima 𝑉𝑚á𝑥 é dada por:
𝑉𝑚á𝑥 = 0,03762 ∙ 24 ∙ 3600 = 3250,368 m³
O período de operação da adução escolhido para evitar o recalque em horários que o custeio de energia é
maior foi o de, t = 18h. Assim, substituindo Vmáx, Qp e t na Equação (11):
1
Vu= .3250,368+ 0,03762 . ( 24 – 18) . 3600 = 1895,048 m³
3
Para calcular o volume referente à parcela de incêndio (Vi), considera-se as características e dimensões
dos possíveis acontecimentos. Porém, como no Brasil a incidência de incêndios é baixa, principalmente
em cidades de pequeno e médio porte, como a cidade tratada nesse projeto (TSUTIYA, 2006). Não há
necessidade de um volume extra de água para esse fim.
O volume de emergência é calculado visando suprir as demandas quando há paralisação no sistema de
captação e elevação. Para caso onde há vários pontos de captação e sistemas auxiliares de energia, esse
volume se torna pequeno. Neste trabalho, a rede possui geradores para suprir a demanda energética no
caso que haja curtos ou falta de energia, o coeficiente adotado para o cálculo foi de 0,2. Desse modo:
Ve=0,2 .Vu=0,2. 1895,048=379,010m ³
A soma das três parcelas resulta no volume total do reservatório:
Vr=Vu +Vi+Ve=1895,048+0+379.010=2274,058 m ³
Vr ≅ 2274 m ³
27
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR 12218 o projeto de
rede de distribuição de água para o abastecimento público deverá possuir uma pressão estática
máxima nas tubulações de 50mH2O e a pressão estática mínima de 10 mH2O. Para calcular o nível
máximo e mínimo do reservatório segundo essas restrições, utilizando as Equações (12) e (13):
Subtraindo o nível mínimo de água (893 m) da cota do reservatório (877 m), concluiu- se que o
reservatório deveria estar elevado 16 m acima do terreno. O volume necessário para ser reservado é 2274
m³. Conforme (Tsutiya, 2006), o volume de reservatórios elevados não deve exceder 1000 m³, e,
usualmente limitado a 500 m³ para diminuição no custo.
Para sanar essa problemática, optou-se pela construção de dois reservatórios, sendo um
semienterrado que reserve 1774 m³, onde bombeará água para um outro tanque elevado com capacidade
de 500 m³. Este último elevado à 16 m do nível do terreno, respeitando o NAmin.
Mediante o Manual de Normas Técnicas da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará),
em um reservatório semienterrado o volume de água acima do solo deve ser 33 % do total. Então o
volume enterrado é 1241,8 m³ e o elevado de 585,42 m³. A fim de evitar gastos com escavações,
estabeleceu-se uma profundidade do reservatório de 4 m ao nível do solo. Utilizando a fórmula do
volume do cilindro, calcula-se o diâmetro do tanque (D), pela Equação (14)
D²
V =π h (14)
4
D²
1241,8=π .4
4
obtém-se um diâmetro de 19,9 m.
Substituindo o volume elevado e o diâmetro calculado na Equação (14):
19 , 9²
585,42=π .h
4
resultando em uma altura elevada de 1,88m.
Para dimensionar o tanque elevado, deve-se estabelecer sua altura, que seria dada pela
diferença de níveis entre NAmin e NAmáx. Entretanto como já explicado, o nível máximo sempre será
28
excedido, independente da altura escolhida. Adotou-se uma altura de 16 m, que é justamente o valor
de elevação necessário, já que, é necessário essa altura para abastecer os estabelecimentos à volta
com pressão mínima segundo a norma. Para calcular o diâmetro, usou-se a Equação (14):
D²
500=π . 16
4
13 PEÇAS ESPECIAIS
14 PERDA DE CARGA
16 DIMENSIONAMENTO DA BOMBA
18 Custos
18 CONSIDERAÇÕES FINAIS
34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDEZ Y FERNANDEZ, Miguel; ARAÚJO, Roberto de; ITO, Acácio Eiji (Coautor) Manual
de hidráulica 8. ed. 1998 - São Paulo: Edgar Blucher, 2014. 699 p.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Cidades: Goiás – Pires do Rio. Disponível
em: < http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=521740&search=goias|pires-do- rio|
infograficos:-informacoes-completas>. Acesso em: 23 dez. 2016.
PORTO, Rodrigo de Melo Hidráulica básica 4. ed. rev. - São Carlos: EESC/USP, 2006. 519 p.
SEMARH – Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. Manual Técnico de Outorga.
Dezembro, 2012. Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2015-
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