NT 028 - Manipulação, Armazenamento, Comerc e Utilização de GLP
NT 028 - Manipulação, Armazenamento, Comerc e Utilização de GLP
ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo
A Tabela 1: Afastamentos de segurança para
2 Aplicação as áreas de armazenamento de recipientes
3 Referências normativas e bibliográficas estacionários de GLP
B Tabela 2: Afastamento mínimo de segurança
4 Definições para os tanques de armazenamento de GLP
5 Procedimentos C Tabela 3: Distancias mínimas de segurança
entre recipientes estacionários e quantidade
de recipientes por grupo
D Tabela 4: Afastamentos de segurança para
as áreas de armazenamento de recipientes
transportáveis de GLP destinados a comerci-
alização
E Tabela 5: Unidade e capacidade extintora de
pó B C para armazenamento de recipientes
transportáveis de GLP
F Tabela 6: Afastamentos de segurança para
recipientes estacionários
G Tabela 7: Afastamentos para estocagem de
oxigênio
H Tabela 8: Afastamentos para estocagem de
hidrogênio
I Tabela 9: Afastamentos para redes elétricas
J Tabela 10: Afastamento da cerca de proteção
K Tabela 11: Extintores (classificação dos extin-
tores conforme ABNT NBR 10721)
L Tabela 12: Distância dos vaporizadores
M Anexo N Instalação de recipientes transportá-
veis (informativo)
N Instalação de recipientes estacionários (infor-
mativo)
O Instalação de recipientes estacionários enter-
rados (informativo)
P Distância entre recipientes (informativo)
Q Figura 1: Distância do recipiente à fonte de
ignição com parede resistente fogo (exemplo)
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Norma Técnica n. 28/2007 – Manipulação, Armazenamento, Comercialização e Utilização de GLP
1 OBJETIVO
NBR 14024/1997 – Centrais prediais e industriais
Esta Norma Técnica estabelece as condições ne- de gás liqüefeito de petróleo (GLP) – sistema de
cessárias para a proteção contra incêndio em lo- abastecimento a granel.
cais de manipulação, armazenamento, comerciali-
zação, utilização, central de GLP, instalação inter- Portaria n. 47, de 24 de março de 1999 – Agência
na e sistema de abastecimento a granel de gás li- Nacional de Petróleo (ANP) – GLP a granel.
quefeito de petróleo (GLP), atendendo o previsto
no Código Estadual de Proteção Contra Incêndio, Portaria n. 27 de 24 de março de 1999 – Agência
Explosão, Pânico e Desastres (Lei n. 15802, de Nacional de Petróleo (ANP) – Condições mínimas
11 de setembro de 2006). de segurança das instalações de armazenamento
de recipientes transportáveis de GLP.
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Norma Técnica n. 28/2007 – Manipulação, Armazenamento, Comercialização e Utilização de GLP
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Norma Técnica n. 28/2007 – Manipulação, Armazenamento, Comercialização e Utilização de GLP
5.2.8 A área de armazenamento Classe V deve 5.2.11.6 Possuir fechamento com estrutura do
comportar botijões dispostos em lotes, possuir tipo tela de arame ou similar, de forma a permitir
acesso através de 3 ou mais aberturas de no ampla ventilação, em complemento ao muro
mínimo 1,50 m de largura e 2,10 m de altura, que previsto no Item 5.2.11.5.
abram de dentro para fora, bem como possuir
corredor de inspeção de no mínimo 1,00 m de 5.2.11.7 Quando cercada, possuir acesso através
largura entre os lotes de recipientes de aberturas com as dimensões mínimas
transportáveis de GLP (cheios, parcialmente previstas para estas, quando aplicadas ao
utilizados ou vazios) e entre estes e os limites da fechamento das áreas de armazenamento.
área de armazenamento.
5.2.11.8 Não possuir no piso da área de
5.2.9 A área de armazenamento Classe VI deve armazenamento e até a uma distância de 3,0 m
comportar botijões dispostos em lotes, possuir desta aberturas para a captação de águas
acesso através de quatro ou mais aberturas de no pluviais, para esgotos ou outra finalidade,
mínimo 2,00 m de largura e 2,10 m de altura, que canaletas, ralos, rebaixos ou similares.
abram de dentro para fora, bem como possuir
corredor de inspeção de no mínimo 1,00 m de 5.2.11.9 Possuir, no piso, demarcação
largura entre os lotes de recipientes delimitando a área de armazenamento e os lotes
transportáveis de GLP (cheios, parcialmente de recipientes transportáveis de GLP.
utilizados ou vazios) e entre estes e os limites da
área de armazenamento. 5.2.11.10 Acondicionar os recipientes
transportáveis de GLP cheios, parcialmente
5.2.10 Em posto de serviços, somente é permitida cheios ou vazios na área de armazenamento em
a instalação de armazenamento de recipientes posição vertical com a válvula voltada para cima.
transportáveis de GLP (cheios, parcialmente
utilizados ou vazios) das classes I e II. 5.2.11.11 Quando possuir instalações elétricas,
estas devem ser especificadas com equipamento
5.2.11 Para o armazenamento de recipientes segundo normas de classificação de área da
transportáveis de GLP (cheios, parcialmente Associação Brasileira de Normas Técnicas
utilizados ou vazios), deverão ser observadas as (ABNT).
seguintes condições gerais de segurança:
5.2.11.12 Exibir placa indicando a classe da área
5.2.11.1 Situar-se no nível de solo ou em de armazenamento e o limite máximo de
plataforma elevada por meio de aterro, podendo recipientes transportáveis de GLP por capacidade
ser coberta ou não; nominal que a instalação está apta a armazenar.
5.2.11.2 Quando coberta, deverá ter no mínimo 5.2.11.13 Armazenar os botijões cheios ou
2,50 m de pé direito, e haver permanentemente parcialmente utilizados com empilhamento
1,20 m de espaço livre entre o topo da pilha de máximo de 4 unidades.
botijões e a cobertura, sendo esta construída de
material resistente ao fogo, porém com menor 5.2.11.14 Armazenar os botijões vazios ou
resistência mecânica que a estrutura das paredes parcialmente utilizados separadamente dos
e do muro. cheios, permitindo-se aos vazios o empilhamento
de até 5 unidades, observados os mesmos
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cuidados dispensados aos recipientes cheios de processos industriais específicos que utilizem o
GLP. GLP na fase líquida.
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5.3.4.7 O recipiente transportável não deve ser 5.3.5.1 As tubulações instaladas devem ser
fixado ao local da instalação. Sua remoção em estanques e desobstruídas.
situação de emergência deve ser possível após o
fechamento da válvula de serviço e desconexão 5.3.5.2 A instalação de gás deve ser provida de
ao coletor, destituído de outros meios de ligação válvula de fechamento manual em cada ponto em
como prisioneiros, chumbadores, correntes, etc.
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que se tornarem convenientes para a segurança, similar, com materiais e formas aprovados, com
operação e manutenção da instalação. tempo de resistência ao fogo de no mínimo 2 h,
conforme ABNT NBR 10636.
5.3.5.3 A tubulação não pode ser considerada
como elemento estrutural nem ser instalada 5.3.6.3 A parede resistente ao fogo deve possuir
interna a ele. no mínimo 1,8 m de altura ou estar na mesma
altura do recipiente (o que for maior), e estar
5.3.5.4 A tubulação da rede interna não pode localizada entre 1 m e 3 m medidos a partir do
passar no interior de: ponto mais próximo do recipiente.
a) dutos de lixo, ar condicionado e água
pluvial; 5.3.6.4 É recomendável a construção de somente
b) reservatório de água; uma parede resistente ao fogo. O número total de
c) dutos para incineradores de lixo; paredes deve ser limitado a duas.
d) poços de elevadores;
e) compartimentos de equipamentos 5.3.6.5 Os recipientes podem ser instalados ao
elétricos; longo do limite da propriedade, desde que seja
f) compartimentos destinados a dormitórios, construída uma parede resistente ao fogo
exceto quando destinada à conexão de conforme o Item 5.3.6.2, posicionada na divisa ao
equipamento hermeticamente isolado; longo dos recipientes, com altura mínima de 1,8
g) poços de ventilação capazes de confinar m, sendo que o acesso à central deve ser interno
o gás proveniente de eventual à propriedade e não aberto à via pública.
vazamento;
h) qualquer vazio ou parede contígua a 5.3.6.6 O comprimento total da parede deve ser
qualquer vão formado pela estrutura ou de no mínimo o comprimento do lado do
alvenaria, ou por estas e o solo, sem a recipiente ou conjunto de recipientes, acrescido
devida ventilação. Ressalvados os vazios de no mínimo 1 m para cada lado, e deve atender
construídos e preparados à distância mínima referente à Tabela 6, 7 ou 8,
especificamente para esse fim (shafts), sendo que esta distância deve ser medida ao
os quais devem conter apenas as redor da parede, conforme exemplo da Figura 1.
tubulações de gás, líquidos não-
inflamáveis e demais acessórios, com 5.3.6.7 O muro de delimitação da propriedade
ventilação permanente nas extremidades, pode ser considerado parede resistente ao fogo
sendo que estes vazios devem ser quando atender a todas as considerações
sempre visitáveis e previstos em área de estipuladas nesta Norma.
ventilação permanente e garantida;
i) qualquer tipo de forro falso ou 5.3.6.8 Em recipientes instalados em abrigos, a
compartilhamento não-ventilado; própria parede do abrigo pode ser enquadrada
j) locais de captação de ar para sistemas como resistente ao fogo, desde que atenda ao
de ventilação; Item 5.3.6.2, ficando nestes casos dispensada
k) todo e qualquer local que propicie o dos acréscimos dimensionais de 1 m no
acumulo de gás vazado. comprimento e do respectivo posicionamento
descrito no Item 5.3.6.3.
5.3.5.1 Os abrigos de medidores de consumo de
GLP devem possuir proteção por 1 extintor de pó 5.3.6.9 O(s) recipiente(s) não deve(m) estar
BC. localizado(s) sob redes elétricas e deve(m)
atender às distâncias mínimas de sua projeção do
5.3.6 Paredes resistentes ao fogo plano horizontal, conforme Tabela 9.
5.3.6.1 O objetivo de uma parede resistente ao 5.3.6.10 Os recipientes, quando protegidos por
fogo é proteger o(s) recipiente(s) da radiação instalação em abrigos com cobertura que atenda
térmica de fogo próximo e assegurar uma às condições de ventilação mínimas conforme o
distância de dispersão adequada dos Itens Item 5.3.11.3, podem ser instalados sob redes de
indicados nas Tabelas 6, 7 e 8 e demais até 0,6 kV.
distâncias/afastamentos de segurança
estabelecidos nesta Norma para cada situação 5.3.7 Afastamento de segurança
específica.
5.3.7.1 Deverão ser obedecidos os afastamentos
5.3.6.2 A parede resistente ao fogo deve ser dos recipientes estacionários e transportáveis de
totalmente fechada (sem aberturas) e construída acordo com as seguintes tabelas:
em alvenaria sólida, concreto ou construção
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para evitar corrosão, de acordo com a avaliação 5.3.12.1 Não é requerido o aterramento elétrico
do meio em que serão instalados. dos recipientes transportáveis e tubulação da
central. Para os recipientes estacionários, o
5.3.10.3 Quando o recipiente for aterrado ou aterramento deve estar de acordo com a ABNT
enterrado, ele deve ser envolto por terra NBR 5410 e ABNT NBR 5419.
compactada, areia ou outro material não-
inflamável e não-corrosivo. Este material deve ser 5.3.12.2 Não é exigida proteção contra descargas
livre de pedras ou abrasivos e ter uma camada atmosféricas na área de central de GLP.
mínima de recobrimento de 0,30 m.
5.3.12.3 A iluminação da área da central de GLP,
5.3.11 Proteção da central quando necessária, deve estar de acordo com a
ABNT NBR 5363, ABNT NBR 5418, ABNT NBR
5.3.11.1 Somente pessoas autorizadas devem ter 5419 e ABNT NBR 8447.
acesso às centrais de GLP.
5.3.12.4 Caso haja a necessidade da instalação
5.3.11.2 A área em que estão os recipientes das de um equipamento elétrico junto ao recipiente de
centrais de GLP e os equipamentos de regulagem GLP, deve estar de acordo com a classificação e
inicial deve estar sinalizada conforme o Item as distâncias do Anexo I da Tabela 9.
5.3.16.1.
5.3.13 Materiais
5.3.11.3 Para recipientes transportáveis, pode ser
construído abrigo de material não-inflamável com 5.3.13.1 Tubos e conexões
ou sem cobertura e portas, porém sempre deve
ser respeitada a condição de ventilação natural 5.3.13.1.1 Para condução do GLP nas centrais,
de no mínimo 10% da área da planta baixa, e devem ser utilizados:
com aberturas inferiores para promover a a) Tubos de aço-carbono, com ou sem
circulação de ar com área mínima de 0,03 m² costura, preto ou galvanizado, graus A ou
cada. B, próprios para serem unidos por solda,
flange ou rosca, atendendo às
5.3.11.4 Os recipientes, vaporizadores e especificações da ABNT NBR 5590 ou
tubulações aparentes devem ser fisicamente ASTM A 106 ou API 5L, com espessura
protegidos, com muretas, pilares ou outro sistema mínima conforme itens abaixo:
nos locais em que estão sujeitos a danos 1) Para tubulação roscada com pressões de
originados por circulação de veículos ou outros. vapor de GLP superiores a 125 PSI ou
para GLP líquido, os tubos devem ser de
5.3.11.5 A central de gás com recipientes no mínimo sch 80;
estacionários de superfície ou o local de 2) Para tubulação roscada com pressões de
instalação dos vaporizadores, sempre que tiver vapor de GLP menores ou iguais a 125
possibilidade de acesso de público ao local, deve PSI, os tubos devem ser de no mínimo
ser protegida através de cerca de tela de arame sch 40;
ou outro material incombustível, com no mínimo 3) Para tubulações soldadas, os tubos de-
1,8 m de altura, de modo que não interfira na vem ser de no mínimo sch 40;
ventilação, contendo no mínimo 2 portões em b) Conexões de ferro fundido maleável, preto
lados opostos ou locados nas extremidades de ou galvanizado, Classe 300, conforme
um mesmo lado da central, abrindo para fora, ABNT NBR 6925, com rosca de acordo
com no mínimo 1 m de largura. A cerca deve com a ABNT NBR 12912;
possuir os afastamentos mínimos indicados na c) Conexões de aço forjado que atenda às
Tabela 10 (Anexo J). especificações da ASME/ANSI-B-16.9;
d) Mangueiras de borracha para alta pressão
5.3.11.6 Na central de GLP é expressamente que atenda às especificações de ABNT
proibida a armazenagem de qualquer tipo de NBR 13419 (somente nas interligações);
material, bem como outra utilização diversa da e) Tubos de cobre conforme ABNT NBR
instalação. 13206, classe A ou I para pressão de
projeto de no mínimo 1,7 MPa, próprios
5.3.11.7 A área da central subterrânea deve ser para serem unidos por acoplamentos ou
cercada por estacas e correntes. solda de ponto de fusão acima de 538°C;
f) Conexões de cobre e bronze conforme
5.3.12 Classificação de área para equipamentos e ABNT NBR 11720;
sistemas elétricos.
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5.3.13.1.2 Não é permitida a utilização de tubos e 5.3.14.7 Deverá haver espaço livre para manobra,
acessórios de ferro fundido cinzento. estacionamento e escape rápido do veículo
abastecedor.
5.3.13.2 Identificação da tubulação
5.3.14.8 O veículo abastecedor não pode ficar
5.3.13.2.1 A identificação das tubulações para posicionado de forma a interferir na rota de fuga
condução de GLP deve ser realizada através de das pessoas, devendo manter um afastamento
pintura, em cor amarela para centrais com mínimo de 3 m dessa.
recipientes transportáveis; cor amarela ou branca,
com as conexões em cor amarela, para fase 5.3.14.9 Em caso de impedimento para atender
gasosa nas centrais com recipientes aos critérios do item acima, deve-se cumprir o
estacionários; e cor branca, com as conexões em previsto nos parágrafos 1º e 2º do Artigo 4º da
cor laranja, para a fase líquida nas centrais com Portaria ANP n. 47, de 24 de março de 1999,
recipientes estacionários. respeitando-se o horário de menor fluxo de
pessoas no local do abastecimento.
5.3.14 Abastecimento volumétrico a granel
5.3.14.10 Deve haver comunicação ininterrupta
5.3.14.1 A operação de abastecimento por entre os operadores durante a manobra de
volume para centrais com mais de um recipiente abastecimento, podendo ser visualmente ou por
deve ser feita individualmente, de acordo com as intermédio de aparelhos de comunicação à prova
prescrições da ABNT NBR 14024. É proibido o de geração de energia que possa iniciar um
abastecimento simultâneo de mais de um incêndio;
recipiente.
5.3.14.11 Devem ser realizadas por no mínimo
5.3.14.2 Não é permitido o abastecimento por dois operadores com treinamento dirigido à
volume em centrais com recipientes com operação de abastecimento das centrais de GLP
capacidade inferior a 0,25 m³, exceto os e operação de veículos abastecedores;
recipientes específicos utilizados em
empilhadeiras. 5.3.14.12 O local de abastecimento deve ser
sinalizado (proibição e alerta), impedindo a
5.3.14.3 O caminhamento máximo da mangueira aproximação de pessoa não-habilitada dentro de
flexível deve ser de 8 (oito) metros entre o ponto um raio mínimo de 3,00 m a contar do ponto de
de estacionamento do veículo abastecedor e a abastecimento e do módulo de operação do
central de GLP. veículo abastecedor (traseira do veículo
abastecedor).
5.3.14.4 Na impossibilidade de atender ao item
acima, é vedado que a mangueira flexível passe 5.3.14.13 A pessoa jurídica autorizada a exercer
por: a atividade de distribuição de gás liquefeito de
a) Áreas internas às edificações, em locais petróleo (GLP) a granel é responsável pelo
sujeitos ao tráfego de veículos sobre a procedimento de segurança nas operações de
mangueira; transvasamento, ficando obrigada a orientar os
b) Nas proximidades de fontes de calor ou usuários do sistema quanto às normas de
fontes de ignição como tubulações de segurança a que devem ser obedecidas.
vapor, fornos, etc.;
c) Em áreas sociais tais como hall, salões de 5.3.14.14 As normas de segurança acima citadas
festas, piscinas, playgrounds; referem-se ao correto posicionamento,
d) Próximo a aberturas no piso, como ralos, desligamento, travamento e aterramento do
caixas de gordura, esgoto, bueiros, galerias veículo transportador, bem como do acionamento
subterrâneas e similares. das luzes de alerta, sinalização por meio de
cones e placas de advertências “PERIGO –
5.3.14.5 O abastecimento deve ser realizado no PROIBIDO FUMAR” e prevenção por extintores,
interior da área em que é descarregado o dentre outros procedimentos que se façam
produto, devendo atender aos seguintes critérios: necessários.
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Norma Técnica n. 28/2007 – Manipulação, Armazenamento, Comercialização e Utilização de GLP
5.3.15.1 Os recipientes transportáveis devem ser 5.3.17.4 Os vaporizadores devem ter no mínimo
requalificados periodicamente, conforme as informações abaixo em uma placa fixada junto
estabelecido na ABNT NBR 8865. a estes, sendo que estas informações também
devem estar contidas em documentos fornecidos
5.3.15.2 Os recipientes estacionários devem ser pelo fabricante:
verificados periodicamente através de inspeções a) nome do fabricante;
e ensaios, para garantir suas condições seguras b) modelo;
de uso de acordo com a legislação aplicável. c) número de série do vaporizador;
d) código de construção (ano de edição);
5.3.16 Proteção contra incêndio e) pressão de projeto;
f) máxima e mínima temperatura de
5.3.16.1 Devem ser colocados avisos com letras operação;
com no mínimo 50 mm, em quantidade tal que g) ano de fabricação;
possam ser visualizados de qualquer direção de h) capacidade de vaporização máxima
acesso à central de GLP, com os seguintes (kg/h), informando produto e a sua
dizeres: temperatura de entrada.
a) PERIGO;
b) INFLAMÁVEL; 5.3.17.5 Os vaporizadores devem ser instalados
c) NÃO FUME. em local permanentemente ventilado, afastados 3
m de ralos, aberturas de edificações (situadas
5.3.16.2 A quantidade e a capacidade dos abaixo do nível superior do vaporizador) e
extintores destinados à proteção da central de depressões. O piso abaixo dos vaporizadores
gás devem ser conforme o prescrito no Anexo L deve ser incombustível e possuir caimento para
da Tabela 11, posicionados de maneira que seu evitar o acúmulo de eventual vazamento de GLP
acesso seja fácil e desimpedido. próximo ao vaporizador e recipientes.
5.3.16.3 Para recipientes de superfície com 5.3.17.6 A distância mínima dos vaporizadores
capacidade individual igual ou superior a 10 m³, é aos recipientes, aos pontos de abastecimento e
obrigatória a instalação com proteção de rede fixa às edificações e/ou divisas de propriedade
de água para proteção contra incêndio através de edificável deve estar de acordo com o Anexo M
hidrantes. da Tabela 12.
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Norma Técnica n. 28/2007 – Manipulação, Armazenamento, Comercialização e Utilização de GLP
tubulação de descarga da fase vapor do gás em 5.3.19.4 Nas instalações temporárias realizadas
qualquer condição operacional. em áreas rurais em que não haja tráfego de
pessoas ou veículos, não é necessária a
5.3.17.12 Os vaporizadores devem possuir construção de cercas ou abrigos; nas demais
dispositivos automáticos que evitem que estes instalações, deve ser prevista uma delimitação e
sofram superaquecimento. proteção de forma provisória, de modo a inibir o
acesso de pessoas não-autorizadas.
5.3.17.13 Na utilização de vaporizadores com
retorno de fase vapor para o recipiente de GLP, 5.3.20 Exigências para P-2 e P-13
devem ser previstos meios que evitem aumento
de pressão acima de 75% da pressão máxima de 5.3.20.1 A utilização de recipientes com
trabalho do recipiente. capacidade igual ou inferior a 32 L (13 kg) de
GLP é vedada em edificações, exceto para uso
5.3.18 Centrais para abastecimento de doméstico, nas condições abaixo:
empilhadeiras
5.3.20.1.1 Residências unifamiliares (casas
5.3.18.1 A transferência de GLP líquido para térreas ou assobradadas);
recipientes montados em empilhadeiras deve ser
realizada somente em áreas externas, podendo 5.3.20.1.2 Edificações residenciais multifamiliares
esta área ser coberta com aberturas laterais. constituídas em blocos com área útil de
construção inferior a 1200 m² e altura máxima de
5.3.18.2 Não é permitida a transferência de GLP 10,00 m, caracterizados como risco isolado
líquido para recipientes dentro de edificações, conforme parâmetros da Norma Técnica n. 07,
exceto quando esta edificação for construída nas condições abaixo:
especificamente para este fim, com ventilação a) Instalado na área externa da edificação
natural e construída com materiais em pavimento térreo e rede de
incombustíveis. alimentação individual, por apartamento;
b) Atender aos quesitos para instalação de
5.3.18.3 A mangueira de transferência de GLP acordo com a NBR 13932/97 e esta NT.
líquido para recipientes montados em
empilhadeiras não pode passar dentro de 5.3.20.2 O uso de botijão de 32 L (13 kg) será
edificações, exceto nas edificações construídas permitido excepcionalmente nas condições
especificamente para este fim. abaixo, desde que em área externa e ventilada:
a) Trailers e barracas em eventos
5.3.18.4 O ponto de transferência de GLP líquido temporários;
para recipientes montados em empilhadeiras b) Pequenas copas, destinadas
deve estar de acordo com o Item 5.3.8. exclusivamente para cocção de
alimentos, limitado no máximo a um
5.3.18.5 O furo de expurgo de GLP utilizado na botijão por edificação;
operação de abastecimento das empilhadeiras c) Em aviculturas, para aquecimento de
deve ter o diâmetro de no máximo 1,4 mm. aves.
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Norma Técnica n. 28/2007 – Manipulação, Armazenamento, Comercialização e Utilização de GLP
5.3.20.5 Não será permitido o uso de botijões P-2 5.3.21.2 Não será permitida a utilização de GLP
(2 kg) em áreas internas às edificações. na forma de botijões e cilindros para o uso de
oxicorte, solda ou similar em áreas internas às
5.3.21 Gerais edificações.
5.3.21.1 A distribuidora somente poderá 5.3.21.3 Para os casos omissos dessa norma,
abastecer uma instalação centralizada após será adotada a NBR 13523 e NBR15186
comprovar que os ensaios e testes foram vigentes, e a Portaria 027 da ANP.
realizados de acordo com as normas vigentes.
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Anexo A
Tabela 1 – Afastamentos de segurança para as áreas de armazenamento de recipientes estacionários de GLP
Área de armazenamento de
recipientes transportáveis
D 7,5 7,5 7,5 – 1,5 6,0 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5
(cheios, parcialmente
utilizados ou vazios), em uso
Área de envasamento E 7,5 7,5 15,0 1,5 – 6,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 0,0
Área de estocagem
F 6,0 6,0 7,5 6,0 6,0 – 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 7,5
de inflamáveis auxiliares
Área de utilidades G 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 – 3,0 3,0 1,5 1,5 7,5
Área de apoio operacional H 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 3,0 – 3,0 1,5 1,5 15,0
Área administrativa I 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 3,0 3,0 – 15,0
Divisa da propriedade J 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 1,5 1,5 – 15,0
Via pública K 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 1,5 1,5 – 15,0
Recipientes
L 0,0 0,0 0,0 7,5 0,0 7,5 7,5 15,0 15,0 15,0 15,0 –
estacionários para decantação
Nota:
a) Utilizar a Tabela 2.
Anexo B
Tabela 2 – Afastamento mínimo de segurança para os tanques de armazenamento de GLP
Nota: Na existência de um recipiente cilíndrico adjacente a um recipiente esférico, a distância mínima deve
ser de 7,5 m.
Anexo C
Tabela 3 – Distâncias mínimas de segurança entre
recipientes estacionários e quantidade de recipientes por grupo
Quantidade máxima de
Sistema de proteção Distância entre grupos
recipientes por grupos
Número e dimensões de Uma de 1,20 Duas de 1,50 Duas de 1,50 Três de 1,50 Quatro ou mais de
–
portas para o exterior (unidades) m x 2,10 m m x 2,10 m m x 2,10 m m x 2,10 m 2,00 m x 2,10 m
Até 520 kg
I 2 20 B:C – –
ou 40 botijões
Até 1560 kg
II 3 20 B:C – –
ou 120 botijões
Até 6240 kg
III * 4 20 B:C 1 80 B:C
ou 480 botijões
Até 24960 kg
IV 6 20 B:C 2 80 B:C
ou 1920 botijões
Até 49920 kg
V 8 20 B:C 2 80 B:C
ou 3840 botijões
VI Até 99840 kg 10 20 B:C 3 80 B:C
Obs. Os extintores sobre rodas poderão ser substituídos por extintores portáteis desde que seja mantida a
capacidade extintora.
* Prever sistema de proteção por hidrantes para área de armazenamento acima de 6240 kg ou 480 botijões.
Anexo F
Notas:
1. Nos recipientes de superfície, as distâncias apresentadas são medidas a partir da superfície externa
do recipiente mais próximo. A válvula de segurança deve estar fora das projeções da edificação,
tais como telhados, balcões, marquises.
2. A distância para os recipientes enterrados/aterrados deve ser medida a partir da válvula de
segurança, enchimento e indicador de nível máximo.
3. As distâncias de afastamento das edificações não devem considerar projeções de complementos ou
partes destas, tais como telhados, balcões, marquises.
4. Em uma instalação, se a capacidade total com recipiente até 0,5 m³ for menor ou igual a 2 m³, a
distância mínima continuará sendo de 0 metros; se for maior que 2 m³, considerar:
a) no mínimo 1,5 m para capacidade total > 2 m³ até 3,5 m³;
b) no mínimo 3 m para capacidade total > 3,5 m³ até 5,5 m³;
c) no mínimo 7,5 m para capacidade total > 5,5 m³ até 8 m³;
d) no mínimo 15 m para capacidade total acima de 8 m³.
Caso o local destinado à instalação da central que utilize recipiente de até 0,5 m³ não permita os
afastamentos acima, a central pode ser subdividida com a utilização de paredes divisórias resistentes ao
fogo com TRF mínimo de 2 h, de acordo com ABNT NBR 10636, com comprimento e altura de dimensões
superiores ao recipiente. Neste caso, deve se adotar o afastamento mínimo à capacidade total de cada
subdivisão. Para recipientes abastecidos no local de até 0,5 m³, a capacidade conjunta total da central é
limitada em até 10 m³.
5. No caso de existência de duas ou mais centrais de GLP com recipientes de até 0,5 m³, estas devem
distar entre si em no mínimo 7,5 m.
6. Para recipientes acima de 0,5 m³, o número máximo de recipientes deve ser igual a 6. Se mais que
uma instalação como esta for feita, ela deve distar pelo menos 7,5 m da outra.
7. A distância de recipientes de superfície de capacidade individual maior que 0,5 m³ e até 8 m³, para
edificações/divisa de propriedade, pode ser reduzida à metade, desde que sejam instalados no
máximo 3 recipientes de capacidade individual de até 5,5 m³. Este recipiente ou conjunto de
recipientes deve estar distante de pelo menos 7,5 m de qualquer outro recipiente com capacidade
individual maior que 0,5 m³.
8. Os recipientes de GLP não podem ser instalados dentro de bacias de contenção de outros
combustíveis.
9. No caso de depósito de oxigênio e hidrogênio, os afastamentos devem ser conforme as Tabelas 2 e
3, respectivamente.
Anexo G
Tabela 7 – Afastamentos para estocagem de oxigênio
Anexo H
Tabela 8 – Afastamentos para estocagem de hidrogênio
Anexo I
Tabela 9 – Afastamentos para redes elétricas
Anexo J
Tabela 10 – Afastamento da cerca de proteção
Obs. O extintor sobre rodas poderá ser substituído por extintor portátil desde que seja mantida a capacidade
extintora.
Anexo L
Tabela 12 – Distância dos vaporizadores
Edificação
Tomada de e/ou divisa de
Tipo de vaporizador Recipientes
abastecimento propriedade
edificável
Acionado por
3m 45 m 7,5 m
fogo/elétrico não classificado
A vapor, água quente,
1,5 m 1,5 m 0m
atmosférico e elétrico classificado
| Notas:
1. Quando a fonte geradora de energia dos vaporizadores a vapor de água e água quente for acionada
por fogo e estiver instalada a menos de 4,5 m do vaporizador, este deve ser considerado acionado
por fogo.
2. Os vaporizadores elétricos classificados a vapor, água quente e atmosférico podem ser instalados
conforme Tabela 7, desde que a divisa de propriedade e as edificações sejam de parede não-
vazada de alvenaria, com altura mínima de 1,8 m e TRF de 2 h.
Anexo M (informativo)
Instalação de recipientes transportáveis
| Notas:
1. Distância mínima de 1,5 m entre a descarga de válvula de alívio e a fonte externa de ignição (por
exemplo, ar-condicionado), sistema de ventilação, etc.
2. Se um cilindro destrocável for abastecido no local, a conexão de enchimento ou a purga do
indicador de nível máximo deve estar a pelo menos 3 m de qualquer fonte externa de ignição,
sistema de ventilação, etc.
Anexo N (informativo)
Instalação de recipientes estacionários
| Notas:
| Notas:
1. A conexão de enchimento e o indicador de nível máximo devem distar pelo menos 3 m de fontes de
ignição (por exemplo, chama aberta, ar-condicionado).
2. A distância mínima de tanques encerrados deve ser medida a partir de válvula de alívio, de válvula
de enchimento e da válvula de nível máximo, exceto que nenhuma parte do recipiente deve estar a
menos de 3 m de edificações e limite de propriedade que possa ser edificado..
Até 1 m³ > 1 m³ a
7,6 m³
Mínimo
1,5 m
(ver nota)
> 7,6 m³
min 1 m a min 1 m a
b b
FONTE DE
FONTE DE
IGNIÇÃO
IGNIÇÃO
Distância do
Distância do recipiente à
recipiente à fonte de ignição
fonte de ignição =a+b
=a+b
← 1 a 3 m→| ← 1 a 3 m→|
a + b = 3 m (mínimo)