Sedimentos 11038
Sedimentos 11038
ÍNDICE
4.4. SIMULAÇÃO DOS PERFIS DE LINHA D’ÁGUA NOS DOIS TRECHOS SIMULADOS 4.7
4.4.1. Perfis do Trecho Correspondente ao Reservatório de Santo Antônio 4.8
4.4.2. Perfis do Trecho Correspondente ao Reservatório de Jirau 4.13
8. BIBLIOGRAFIA 8.1
1.1 INTRODUÇÃO
Os estudos realizados cobriram todo o estirão do rio Madeira desde sua confluência com
o rio Beni, a montante dos futuros reservatórios, até a confluência com o rio Jamarí,
cerca de 50 Km a jusante da barragem de Santo Antônio. Inserem-se em uma
programação de trabalho mais abrangente, formulada com o objetivo de responder a três
questões propostas no âmbito dos Estudos de Meio Ambiente, a saber:
O confronto dessas questões com a base de dados disponível indicou ser necessário
abordar o problema por etapas, tendo sido estabelecida uma programação geral,
distribuindo o trabalho em três etapas sucessivas, conforme descrito a seguir:
Primeira etapa – realizada com base nos dados e levantamentos disponíveis propiciados
pelo Inventário Hidrelétrico do Rio Madeira e nos Estudos de Viabilidade do AHE Jirau e
Santo Antônio, visando a: caracterização hidráulica e sedimentológica geral do trecho de
interesse, empregando ferramentas compatíveis com as informações disponíveis.
Ao mesmo tempo, a água liberada a jusante da barragem conduz uma quantidade menor
de sedimentos, devido à parcela que ficou retida no reservatório, apresentando por isso
uma “sobra” de energia, que acaba resultando em trabalhos de erosão a jusante do
barramento.
Com o tempo, espera-se que esta situação evolua para um novo regime de equilíbrio.
Dentro do reservatório, à medida que o assoreamento vai evoluindo, as velocidades
voltam a aumentar, reduzindo assim, paulatinamente, a parcela de sedimento que se
deposita. Costuma-se dizer que a capacidade de retenção de sedimentos do reservatório
diminui com o tempo.
Pelo seu turno, o desequilíbrio sedimentológico que ocorre a jusante da barragem pode
acarretar:
Assim, num primeiro momento foram analisados os resultados dos estudos de remanso,
buscando identificar os trechos do rio Madeira que apresentam maiores reduções no
regime de velocidade, após a implantação dos reservatórios. Estes trechos são mais
propícios à deposição de sedimentos transportados pelo rio em suspensão ou por arraste.
Essa análise foi realizada com auxílio do modelo HEC-RAS – River Analysis System,
desenvolvido pelo U. S. Corps of Engineers.
Finalmente, foi aplicada uma abordagem mais abrangente, com o emprego do modelo
HEC-6, que permite avaliar a evolução da geometria das seções da calha fluvial em todo
o estirão modelado, tanto a montante quanto a jusante dos barramentos.
Item 1 – esta nota introdutória, que justifica e descreve a abordagem geral do trabalho;
Item 3 – apresentação dos estudos realizados anteriormente e dos dados que serviram de
base para realização dos trabalhos.
Item 5 – Quantificação dos volumes de sedimentos retidos nos reservatórios com base
nos estudos de vida útil;
2. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO
RIO MADEIRA E DO ESTIRÃO EM
ESTUDO
Neste item são descritas as principais características da bacia do rio Madeira e do estirão
em estudo, tomando por base estudos existentes, informações obtidas nos Projetos de
Viabilidade dos aproveitamentos de Santo Antônio e Jirau e as impressões colhidas
durante a viagem de reconhecimento realizada em dezembro de 2004.
O rio Madeira é um dos maiores afluentes do rio Amazonas, drenando, segundo a ANA –
Agência Nacional de Águas uma área de 1.420.000 km², que se desenvolve em territórios
do Brasil, Bolívia e Peru. O Desenho PJ-0532-V3-GR-DE-0003 apresenta a planta da
bacia Hidrográfica do rio Madeira.
É formado pela confluência dos rios Mamoré e Beni, ambos apresentando suas nascentes
na Cordilheira dos Andes. Pelas suas características físicas, pode-se dividir o curso total
do sistema hidrográfico do Madeira em três trechos distintos:
Denomina-se Alto Madeira a grande ramificação dos seus formadores, sendo difícil
determinar qual deles pode ser considerado como o tronco principal do rio Madeira. O
maior em comprimento é o rio Mamoré, porém o mais caudaloso é o rio Beni. Todos eles
nascem em altitudes elevadas e correm inicialmente com acentuada declividade em leitos
encachoeirados. Descendo aos terrenos planos, tornam-se tortuosos, com aumentos
locais de declividade decorrentes da presença de pequenas corredeiras, bancos de areia
e ilhas de aluvião que diminuem as suas seções transversais.
O trecho das cachoeiras no rio Madeira, de grande importância para o presente trabalho,
inicia-se logo a jusante da cidade de Guajará-Mirim e termina a montante de Porto Velho,
na chamada Cachoeira de Santo Antônio. O comprimento deste trecho, incluindo um
trecho de 20 km ainda no rio Mamoré, é da ordem de 360 km, com um desnível total de
70 m, ao longo do qual apresenta 18 cachoeiras ou corredeiras.
A bacia, no trecho a jusante da foz do rio Abunã, não recebe contribuições significativas
pela margem esquerda, onde se resume a uma faixa insignificante com uma largura
média inferior a 100 km.
Pela margem direita a contribuição afluente ao trecho não é também muito significativa,
pois o único rio de porte que nele deságua é o Jaciparaná, que drena uma área da ordem
de 12.000 km2, muito pequena quando comparada a bacia do rio Madeira na foz do rio
Jaciparaná.
O Baixo Madeira inicia-se na Cachoeira de Santo Antônio e estende-se até sua foz no rio
Amazonas. A extensão desse trecho é da ordem de 1.100 km, com um desnível total
aproximado de apenas 19 m. Sua foz no Amazonas é constituída por dois canais,
Apresenta-se a seguir uma breve descrição dos principais formadores do rio Madeira: rios
Guaporé, Mamoré, Beni / Madre de Dios e Abunã.
• Rio Guaporé
O Rio Guaporé ou rio Iténez, como também é denominado na Bolívia, nasce a cerca de
1.800 metros de altitude, na Chapada dos Parecis, no Estado de Mato Grosso, com uma
extensão total de cerca de 1.700 km escoando no sentido Oeste a Noroeste.
Após percorrer cerca de 340 km em território brasileiro, passa ser a divisão entre Brasil e
Bolívia nas imediações de Catamarca, na Bolívia. A partir daí, desenvolve por mais 850
km até desaguar no rio Mamoré nas vizinhanças das cidades de Colocação da Surpresa
em território brasileiro e Capitanía de Puerto Abaroa em território boliviano. O rio Guaporé
é navegável por cerca de 1.180 km, desde sua foz no Mamoré até a cidade de Vila Bela
da Santíssima Trindade, no Estado do Mato Grosso.
• Rio Mamoré
O rio Mamoré tem sua origem na confluência dos rios Chapare e Ichilo em território
boliviano e é tido como o eixo fluvial mais importante da Bolívia. As nascentes desses
cursos d’águas localizam-se nos Andes – Cordilheira Oriental, a cerca de 5.400 m de
altitude. Desenvolve-se predominantemente no sentido Norte e é um rio internacional de
curso contíguo, que divide os territórios de Brasil e Bolívia por uma extensão de cerca de
230 Km.
• Rio Beni
O rio Beni é um dos grandes afluentes do rio Madeira e sua bacia, com cerca de 283.350
km2 de área de drenagem, desenvolve-se em território Boliviano e Peruano, com direção
predominante Norte e Nordeste. Suas nascentes localizam-se nos Andes - Cordilheira
Oriental, onde nasce com o nome de rio Tallija, na província Tapacarí do departamento de
Cochabamba, a cerca de 4.000 m de altitude.
Seu curso médio apresenta declividades acentuadas, que juntamente com a conformação
geológica, dão lugar às cachoeiras e cânions que constituem restrições à navegação.
O rio Beni propriamente dito tem seu início na confluência dos rios Alto Beni e Kaka, nas
proximidades de Puerto Pando, Departamento de La Paz. Tem uma extensão de cerca de
1.010 Km até sua confluência com o rio Mamoré, próximo a Villa Bella, para formar o rio
Madeira.
O rio Madre de Dios, chamado antes Amaru-Mayu, nasce em território peruano e ingressa
na Bolivia, nas proximidades de Puerto Heath. Escoa predominantemente na direção
nordeste, até desembocar no rio Beni, próximo a cidade de Riberalta.
Este rio caracteriza-se por sua enorme riqueza em ouro aluvionar depositado em seu
leito, razão pela qual é bastante significativa a atividade de garimpo através de dragagens
do leito. Seu curso é navegável em todo tramo boliviano servindo como via de
interconexão entre as populações ribeirinhas bolivianas e peruanas.
• Rio Abunã
O rio Abunã é também um rio internacional, constituindo parte da divisa entre Bolívia e os
estados de Rondônia e Acre, no Brasil. Tem sua origem na confluência dos rios
Chipamanu e Kharamanu, nas imediações da província Nicolás Suárez na Bolívia. Sua
extensão é de 375 km, até desembocar no rio Madeira a cerca de 6 km a jusante da Vila
do Abunã.
O rio Abunã é também uma importantes via navegável em território boliviano, não
existindo grandes obstáculos em seu curso. A época de estiagem compreende os meses
de maio a dezembro e os meses de maior precipitação estendem-se entre janeiro e abril.
As máximas vazões ocorrem entre janeiro e março.
Em Porto Velho, o trimestre com maior vazão compreende os meses de fevereiro a abril.
O mês com maior freqüência de ocorrência do pico de cheia é o mês de março com 63 %.
(20 ocorrências em 32 eventos), seguido de abril com 34% (11 ocorrências em 32
eventos). Há registro de apenas um pico de cheia observado em fevereiro, no ano de
1987.
A vazão média no período histórico (1967 a 2001) é cerca de 19.000 m3/s, enquanto que
a vazão máxima diária registrada atingiu a 48.570 m3/s em 14 de abril de 1984. A vazão
mínima registrada ocorreu em setembro de 1995 atingindo cerca de 3.145 m3/s.
A Figura 2.1 apresenta uma ilustração do regime de vazões médias mensais do rio
Madeira em Porto Velho.
Figura 2.1
Vazões Médias Mensais no Rio Madeira em Porto Velho
50000
45000
Máximas
40000 Médias
Mínimas
35000
30000
Vazões (m³/s)
25000
20000
15000
10000
5000
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
anos de 1982, 1984 e 1986, as três maiores cheias observadas no rio Madeira em Porto
Velho.
Percebe-se, nessas figuras, que o pico de cheia em Guajará Mirim ocorreu com um
atraso, em relação ao pico de cheia em Porto Velho, de 11 a 40 dias.
Figura 2.2
Rios Mamoré e Madeira
Hidrogramas de Vazões Médias Diárias - Período: 1982
50.000
45.000 Guajará-Mirim
40.000
Abunã
35.000 Abunã - Guajará-Mirim
Vazões (m³/s)
30.000
Porto Velho
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
82
82
82
82
82
82
82
82
82
82
82
82
1/
2/
3/
4/
5/
6/
7/
8/
9/
0/
1/
2/
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/1
/1
/1
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
Data
Figura 2.3
Rios Mamoré e Madeira
Hidrogramas de Vazões Médias Diárias - Período: 1984
60.000
50.000
Guajará-Mirim
Abunã
40.000 Abunã - Guajará-Mirim
Vazões (m³/s)
Porto Velho
30.000
20.000
10.000
0
01/01/84 01/02/84 01/03/84 01/04/84 01/05/84 01/06/84 01/07/84 01/08/84 01/09/84 01/10/84 01/11/84 01/12/84
Data
Figura 2.4
Rios Mamoré e Madeira
Hidrogramas de Vazões Médias Diárias - Período: 1986
50.000
45.000
Guajará-Mirim
40.000
Abunã
35.000
Abunã - Guajará-Mirim
30.000
25.000
Porto Velho
20.000
15.000
10.000
5.000
0
6
6
/8
/8
/8
/8
/8
/8
/8
/8
/8
/8
/8
/8
1
2
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/0
/1
/1
/1
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
Dat a
Boa parte da bacia do rio Madeira se localiza em região andina, região essa composta por
rochas areníticas de fácil desagregação. Além disso, a região possui alta precipitação, o
que juntamente com a geologia local provoca uma alta produção de sedimentos. Fatores
antrópicos como a ocupação crescente da região andina e o desmatamento na região
amazônica (área de floresta sendo transformadas em áreas para agropecuária)
contribuem com o crescimento na produção de sedimentos.
Para se ter uma idéia do porte de sedimentos do rio Madeira, apresenta-se na Figura 2.5
um gráfico comparativo das descargas sólidas em suspensão médias dos principais
formadores do rio Amazonas, segundo apresentado por Robert Meade do USGS.
Percebe-se que, apesar de possuir aproximadamente um terço da descarga líquida do rio
Solimões, o rio Madeira possui um aporte de sedimentos em suspensão da mesma ordem
deste rio, o que caracteriza o rio Madeira como um dos maiores do mundo em termos de
transportes de sedimentos.
Figura 2.5
Descarga Sólida em Suspensão na Bacia Amazônica
Embora nascendo ambos na Cordilheira Andina, os dois formadores do rio Madeira, rios
Mamoré e Beni, apresentam características bastante diferenciadas, conforme já ilustrado
no item precedente, quando se abordou o regime fluvial. De fato, o regime fluvial mais
PJ-0576-G3-GR-RL-0001 2.8 Engº José Eduardo Moreira
CREA: 21112-D – 5ª Região
Estudos Sedimentológicos do Rio Madeira
Assim, enquanto que o rio Beni apresenta águas barrentas, carregadas de sedimentos
resultantes da dissecação da Cadeia Andina, provocada por seu regime fluvial mais
torrencial e sujeito a repiquetes (ondas de cheia localizadas), o rio Mamoré apresenta
águas esverdeadas, muito menos carregadas de sedimento em suspensão. Isso se
explica porque o rio Mamoré possui extensas áreas deprimidas, entre os Andes e o
Planalto Brasileiro, que possibilitam o armazenamento de grande parte do sedimento
proveniente dos Andes. Essas áreas deprimidas são também responsáveis pelo
amortecimento dos hidrogramas do rio Mamoré, ilustrado nas Figuras 2.2 a 2.4, já
discutidas.
O rio Madeira apresenta um regime fluvial e sedimentológico que é uma síntese dos
regimes de seus dois formadores.
Tabela 2.6
Comparação entre as Concentrações de Sedimentos em Suspensão (em ppm) em
Guajará Mirim no Rio Mamoré e Porto Velho no Rio Madeira
A Figura 2.7 apresenta uma impressionante imagem do rio Beni. Percebe-se o alto grau
de desagregação do solo, que somado às mudanças de uso dos solos na bacia e a falta
de cobertura vegetal, favorece a alta produção de sedimentos. As concentrações medidas
no rio Beni podem alcançar 4.000 mg/l segundo informações do SENHAMI (Bolívia). Após
a confluência com o rio Mamoré esta carga sólida diminui pela diluição.
Figura 2.7
Calha do Rio Beni, na Bolívia
O primeiro par, apresentado na Figura 2.8, mostra um trecho situado logo a jusante da
cachoeira do Jirau, entre as ilhas da Pedra e Santana, onde o rio Madeira apresenta uma
deflexão para a direita. Percebe-se nessas fotos uma evolução do leito fluvial, com
aumento da área das ilhas e vestígios claros da presença de sedimento depositado a
montante das mesmas.
Figura 2.8
Rio Madeira entre as Ilhas da Pedra e Santana, a Jusante de Jirau, Futuro
Reservatório de Santo Antônio
O segundo par é apresentado na Figura 2.9 e mostra a evolução do trecho do rio Madeira
situado na confluência do rio Jaci-Paraná, um pouco mais a jusante do local do par
anterior, e também dentro do futuro reservatório de Santo Antônio. Observa-se que o
material depositado no trecho central da calha promoveu a junção de três ilhas existentes
na década de 1970. Com o conseqüente estrangulamento do leito, houve uma erosão na
margem direita do rio (lado externo da curva), provocado pelo aumento localizado nas
velocidades do escoamento pelo braço direito.
Figura 2.8
Rio Madeira na Confluência com o rio Jaci-Paraná
Finalmente o terceiro par, apresentado na Figura 2.9, mostra um aspecto do rio Madeira a
jusante de Porto Velho, na foz do Igarapé Cuniã, entre as ilhas Curicaca e Botafogo.
Nota-se que o braço esquerdo do rio Madeira na Ilha Curicaca foi totalmente colmatado,
sendo a ilha incorporada à margem do rio. Este canal pode, eventualmente, ser
restabelecido em períodos de cheia.
Figura 2.9
Rio Madeira entre as Ilhas Curicaca e Botafogo, a Jusante de Porto velho, na Foz do
Igarapé Cuniã
Estas observações poderiam ser tomadas como indício de que o rio Madeira
apresentando estirão de interesse ao presente trabalho, uma tendência natural ao
assoreamento. O balanço sedimentológico realizado durante os Projetos de Viabilidade
dos aproveitamentos de Santo Antônio e Jirau, entretanto, indica um grande equilíbrio
entre as cargas de sedimento afluentes ao trecho (medidas em Abunã), e as cargas
defluentes (medidas em Porto Velho).
Foi feita uma viagem de inspeção ao rio Madeira, em dezembro de 2004, quando foram
percorridos de barco diversos trechos compreendidos entre a vila de Abunã, a montante
do futuro reservatório de Jirau, e a vila de São Carlos, situada em frente à foz do rio
Jamari, limite de jusante do trecho abordado no presente trabalho.
Alguns aspectos observados nessa viagem merecem ser destacados, o que é feito
através da documentação fotográfica apresentada e comentada a seguir.
Tabela 3.1
Série de Vazões Médias Mensais do Rio Madeira em Porto Velho
MÉDI
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A
13.60 21.63 27.95 20.93 14.94 11.78 12.84 16.46
1931 9.908 6.613 4.445 4.409 13.795
9 4 2 6 5 8 3 4
28.49 30.30 34.02 28.15 22.11 15.40 12.04 10.06 12.60
1932 8.967 7.051 8.065 18.108
9 2 7 8 2 1 8 0 1
22.42 28.12 29.31 25.86 17.16 11.22 12.19
1933 7.450 5.337 4.282 5.217 7.267 14.655
9 8 4 7 0 2 0
33.60 40.80 39.08 39.80 22.33 14.71 13.80 17.95
1934 9.630 6.645 6.181 7.465 21.002
4 2 6 3 4 5 8 0
22.73 24.44 44.12 32.90 19.45 14.60 11.77
1935 9.950 6.989 5.388 5.489 9.977 17.319
5 6 2 0 1 6 5
MÉDI
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A
19.76 21.13 22.80 21.68 14.09 19.90
1936 9.602 6.342 4.427 4.801 6.100 9.350 13.334
0 0 8 7 2 3
38.49 27.95 39.48 29.48 23.87 15.50 10.41 10.80 14.12
1937 7.128 6.723 8.065 19.339
7 2 9 7 0 8 6 8 9
30.95 29.13 27.10 21.76 15.30 11.38 13.41
1938 7.752 5.303 4.642 5.522 8.665 15.078
8 0 5 2 5 1 0
19.22 29.34 38.98 30.24 19.04 15.04 13.48 10.14 11.47 19.02
1939 9.138 9.630 18.731
9 3 1 5 0 1 5 2 3 9
31.72 37.78 46.32 32.73 27.92 19.19 13.53 11.16
1940 9.908 8.520 8.563 9.936 21.443
3 1 8 3 3 6 5 9
20.89 23.77 28.39 23.07 15.19 10.26 12.15 17.98
1941 7.946 6.181 5.028 6.708 14.799
3 7 2 0 7 6 1 4
28.21 36.51 42.99 31.93 19.27 12.98 10.61 16.39 24.52
1942 8.665 5.970 6.896 20.416
6 4 6 9 4 2 9 4 8
30.92 26.90 34.36 24.34 17.24 12.37
1943 8.271 5.556 4.042 4.642 5.855 8.909 15.285
1 6 6 3 1 0
19.70 32.79 31.02 26.36 18.38 12.60 11.08 21.77
1944 8.330 5.556 4.553 5.937 16.509
5 8 5 9 0 1 9 2
23.25 26.24 29.47 25.05 17.48 11.51
1945 7.616 5.080 4.153 5.234 6.739 8.809 14.222
7 8 8 8 2 2
15.97 24.30 23.44 18.26 17.90 17.16 13.15
1946 6.896 5.573 5.506 6.278 9.742 13.684
1 2 5 7 4 0 9
15.59 22.26 32.90 32.17 22.62 14.27 11.43 20.08 28.32
1947 9.797 6.896 6.660 18.586
2 0 0 3 9 6 3 9 4
37.21 32.86 34.13 24.82 18.86 13.57 15.59 30.72
1948 9.644 6.880 5.921 8.679 19.909
1 3 7 4 2 2 2 1
44.79 34.32 36.59 38.23 20.56 14.92 10.45 17.93 24.98
1949 7.128 5.723 9.561 22.102
4 0 5 2 8 1 6 8 7
33.94 28.45 42.86 28.67 18.91 12.57 12.98
1950 8.432 5.822 4.098 4.499 6.100 17.280
4 1 0 5 8 5 2
23.55 28.78 47.49 29.42 26.55 16.72 11.12 13.90 27.83
1951 7.419 6.133 6.880 20.487
9 1 2 9 8 1 9 7 4
29.48 34.89 34.95 24.38 16.04 16.89
1952 9.490 7.465 5.234 3.873 4.784 6.786 16.191
7 6 0 4 2 5
23.20 28.52 34.41 29.33 24.40 15.11 10.01 16.06 34.15
1953 6.818 6.278 8.212 19.712
5 9 2 3 5 3 9 5 5
27.40 31.45 33.73 26.34 21.48 15.63 10.47 16.47
1954 7.082 5.539 4.836 7.556 17.335
1 9 3 9 4 9 0 6
22.56 36.46 34.51 37.46 24.53 16.26 10.79 13.52
1955 7.435 6.149 6.438 8.315 18.705
6 9 3 1 8 5 4 2
19.48 24.07 37.16 27.76 20.69 14.89 10.83 13.48
1956 7.435 5.472 5.822 7.991 16.260
4 6 7 6 8 6 5 5
28.60 28.55 30.33 28.84 21.61 14.71 14.36
1957 9.797 7.128 5.855 6.197 8.924 17.077
6 8 1 0 2 5 2
17.55 22.39 24.01 24.79 19.77 12.91 16.30
1958 9.350 6.692 5.114 5.522 9.152 14.465
1 8 4 3 1 9 0
24.06 30.41 28.51 25.99 22.95 15.19 10.06 14.09 16.42
1959 8.139 7.020 8.766 17.638
6 7 9 8 5 7 0 2 9
18.08 22.26 24.10 21.78 16.27 11.56 19.89
1960 7.872 5.739 4.391 5.772 9.024 13.897
6 0 7 3 7 5 2
MÉDI
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A
24.27 37.41 35.54 28.46 22.50 15.69 10.30 17.72
1961 6.818 5.132 6.214 8.650 18.228
1 6 1 0 3 9 7 2
27.07 37.35 29.37 27.75 22.66 15.22 10.11 12.56 23.20
1962 7.113 7.931 9.476 19.154
5 4 2 6 1 1 5 3 5
23.46 24.06 20.86 19.04 13.68 12.08
1963 8.388 5.723 4.172 3.683 4.906 9.533 12.467
6 6 1 0 4 7
13.54 17.77 24.26 19.20 21.36 17.12 13.90 11.77 16.52 21.03
1964 9.728 7.343 16.133
7 9 1 7 6 6 7 5 3 3
20.26 21.00 42.03 32.32 21.58 14.92 10.84 11.12 14.53
1965 7.677 5.904 6.958 17.431
4 1 2 3 0 1 8 9 3
20.02 29.95 26.57 23.88 18.25 14.14 10.76
1966 9.602 6.550 5.921 5.822 7.946 14.954
3 8 8 0 6 1 7
13.90 19.94 23.01 23.69 16.91 12.06
1967 6.807 5.170 3.812 4.053 7.722 9.950 12.255
7 6 7 4 7 3
13.61 24.26 32.74 25.80 13.77 11.85
1968 7.075 4.862 3.732 4.956 4.915 7.334 12.912
8 8 7 4 2 8
22.61 25.54 25.57 24.61 15.54 12.16 11.18 13.65
1969 7.777 4.959 4.391 6.589 14.551
4 3 5 8 5 7 2 6
16.70 22.44 28.25 28.23 23.70 17.28
1970 9.828 5.541 4.882 4.872 6.208 9.675 14.803
5 2 3 2 9 4
18.87 29.21 32.73 26.63 17.46 10.27 14.90
1971 7.835 4.773 4.320 6.564 9.128 15.226
1 0 6 0 4 9 6
19.91 27.40 34.48 34.28 23.01 16.53 10.47 19.78
1972 8.960 7.669 9.899 9.738 18.515
6 5 9 8 9 3 6 4
24.33 33.28 37.67 36.42 27.73 20.73 13.20 12.78 20.56
1973 8.906 6.769 6.884 20.775
5 3 6 0 1 9 9 9 4
29.35 34.83 41.03 35.25 28.25 19.15 11.96 10.66 13.56
1974 7.611 5.419 6.018 20.261
4 9 9 4 4 5 7 0 1
21.54 30.76 36.36 33.84 24.67 16.93 13.00 17.85
1975 6.871 4.957 7.701 8.550 18.589
6 9 5 2 4 1 1 7
26.75 35.18 38.40 34.99 26.62 18.03 12.72
1976 9.556 5.360 4.566 4.869 8.239 18.776
0 3 9 1 6 2 7
24.87 28.92 39.32 35.44 28.62 19.23 12.20 12.92 19.45
1977 7.610 5.889 7.563 20.171
0 1 2 2 6 7 0 3 6
26.79 32.78 39.44 33.62 25.09 17.86 12.71 20.44
1978 6.016 3.803 4.621 8.243 19.287
4 0 5 3 8 9 5 2
29.83 35.46 37.49 40.59 33.38 21.55 11.81 11.12
1979 6.475 5.221 5.338 6.908 20.433
1 7 0 5 8 0 4 5
20.41 26.16 34.12 34.98 27.88 22.77 13.62 12.44
1980 8.247 7.301 8.296 9.177 18.786
7 2 8 0 7 1 2 4
18.19 28.53 35.59 35.56 28.96 23.73 12.14 12.80 19.82
1981 6.189 4.668 7.134 19.447
1 4 7 7 9 7 6 2 8
30.01 36.72 42.17 45.63 38.17 27.38 19.58 10.93 12.28 18.41 22.79
1982 6.853 25.914
0 3 8 9 1 4 3 2 5 6 1
25.49 30.74 34.78 31.01 30.27 24.37 21.14 13.12 13.26
1983 6.785 5.723 8.655 20.449
4 6 1 8 7 5 4 6 5
25.19 33.86 41.14 47.06 39.47 26.74 16.48 15.25 21.25
1984 8.188 5.458 5.726 23.822
0 4 0 9 6 9 2 9 9
29.21 34.03 34.81 35.45 33.43 23.69 14.73 10.58 12.54 16.50
1985 7.505 8.812 21.777
4 1 3 0 6 8 1 8 2 6
MÉDI
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A
25.47 35.32 41.89 43.98 34.43 26.64 17.49 11.23 10.32 17.69
1986 9.274 8.979 23.564
6 8 9 5 0 6 1 9 6 2
26.38 31.49 28.33 24.07 22.42 14.25 10.81 21.03
1987 8.519 5.892 4.234 5.282 16.895
3 1 1 9 0 7 0 6
25.98 32.42 35.03 40.14 31.32 22.06 13.18 10.08
1988 6.305 3.893 4.231 5.810 19.207
7 0 7 8 8 5 1 5
21.78 28.76 32.21 31.32 24.30 15.61 10.72 10.34
1989 6.187 5.876 5.181 6.529 16.571
6 9 0 7 7 2 5 2
21.24 28.16 29.04 24.79 22.61 18.89 12.83 15.12 19.67
1990 6.746 5.437 6.751 17.611
4 6 3 7 0 9 3 9 2
27.42 34.16 36.13 34.19 26.02 19.88 12.26 10.99 16.14
1991 8.018 6.097 7.188 19.877
2 2 0 6 6 6 6 1 1
25.32 26.89 38.04 36.54 32.34 24.57 20.31 10.41 12.60 15.45 16.75 22.88
1992 23.514
4 9 8 3 9 7 0 3 8 5 4 9
30.74 39.24 42.72 43.57 32.88 20.31 11.31 12.55 19.38
1993 7.712 7.082 6.923 22.872
5 4 7 3 3 9 8 7 5
25.17 32.61 33.77 33.93 25.83 15.24 13.60 21.20
1994 8.992 6.024 3.651 5.518 18.796
9 4 0 6 0 0 1 4
25.92 28.94 36.41 34.85 24.53 15.01 13.79
1995 8.902 7.101 3.762 3.779 5.464 17.374
6 7 5 5 0 8 3
19.10 28.42 29.75 31.57 20.84 14.24 13.94 17.29
1996 8.656 4.685 4.720 6.161 16.616
1 2 2 1 9 5 0 0
24.79 32.58 43.16 44.20 33.88 23.30 14.16 17.17
1997 8.087 4.999 6.814 9.755 21.913
8 9 9 7 3 6 7 8
21.73 24.24 33.44 34.18 21.64 12.23 13.94 21.22
1998 7.308 4.693 4.400 6.126 17.098
6 1 0 8 7 0 2 1
26.60 33.93 34.29 33.17 22.66 14.51 10.34 13.68
1999 5.329 3.738 4.275 5.906 17.372
6 3 9 4 7 1 9 4
19.44 25.65 31.00 27.55 19.10 13.90 15.83
2000 8.857 5.639 6.341 4.559 9.794 15.641
4 0 4 2 9 0 9
24.03 32.83 40.94 35.49 25.63 18.14 10.61 11.49 16.98
2001 6.611 4.472 5.531 19.400
6 7 6 8 5 3 0 7 2
13.54 17.77 20.86 18.26 13.68
MÍNIMA 7.075 4.862 3.732 3.651 3.683 4.906 8.809 3.651
7 9 1 7 4
24.26 29.58 34.20 30.70 23.10 16.15 10.75 10.55 16.89
MÉDIA 6.938 5.691 6.944 17.983
8 2 7 6 7 5 0 3 6
MÁXIM 44.79 40.80 47.49 47.06 39.47 27.38 21.14 13.12 12.60 15.45 20.08 34.15
47.492
A 4 2 2 9 6 4 4 6 8 5 9 5
Tabela 3.2
Rio Madeira em Abunã – Medições de Descargas Realizadas por FURNAS
Tabela 3.3
Rio Madeira em Porto Velho – Medições de Descarga Realizadas por FURNAS
QSS = 0,0864 ⋅ QL ⋅ C
onde:
QSS - é a descarga sólida em suspensão em t/dia;
QL - é a descarga líquida no momento da coleta de amostra (m3/s);
C - é a concentração de sedimento (mg/l ou ppm);
0,0864 - um fator de homogeneização de unidades.
A relação entre as descargas sólidas totais e em suspensão foi calculada em 1,056, para
as medições realizadas por FURNAS em Porto Velho, e em 1,071, para as medições
realizadas em Abunã.
Figura 3.4
Curva-Chave de Sedimento do Rio Madeira em Abunã
1.E+07
2,110
QSS = 0,00090 * QL
Descarga Sólida em Suspensão (t/dia)
1.E+06
1.E+05
1.E+04
1.E+03 1.E+04 1.E+05
Descarga Líquida (m³/s)
Figura 3.5
Curva-Chave de Sedimento do Rio Madeira em Porto Velho
1.E+07
1.E+06
1.E+04
1.E+03 1.E+04 1.E+05
Descarga Líquida (m³/s)
O estudo do aumento do transporte de sedimentos foi realizado com base nas medições
de descargas sólidas e líquidas realizadas em Porto Velho (incluindo as medições da
ANA, de FURNAS e da USGS) e na série de vazões médias mensais observadas no
mesmo posto, que compreendem um período de 35 anos (de 1970 a 2004). As medições
foram separadas em dois grupos, o primeiro com as medições de 1978 a 1990 e o
segundo com dados de 1991 a 2004. Estes dois grupos de medições de descarga líquida
e sólida deram origem a duas curvas-chaves de sedimento em suspensão, curvas estas
utilizadas no posto de Porto Velho no período observado de dados (1970 a 2001), sendo
que para o período de 1970 a 1991 foi usada a primeira curva-chave e para o período de
1991 a 2004 foi usada a segunda curva-chave. Estas curvas são apresentadas na Figura
3.6.
Figura 3.6
Evolução da Curva-Chave de Sedimento em Porto Velho
10.000.000
Descarga Sólida em Suspensão (t/dia)
10.000
1.000
1.000 10.000 100.000
Descarga Líquida (m ³/s)
1978-1990 1991-2004
As duas curvas ajustadas já indicam que houve um aumento, no período recente, nas
descargas sólidas do rio Madeira, fato que pode ser melhor visualizado quando se analisa
o diagrama de dupla massa apresentado na Figura 3.7, que associa as descargas líquida
e sólida acumuladas ao longo do período de análise.
Figura 3.7
Diagrama de Dupla Massa Descarga Sólida X Descarga Líquida Acumulada
3,0E+07
2001
2,5E+07
QSS Acumulada (m³/s)
2,0E+07
1,5E+07
1990
1,0E+07
5,0E+06
1970
0,0E+00
0,0E+00 1,0E+05 2,0E+05 3,0E+05 4,0E+05 5,0E+05 6,0E+05 7,0E+05
QL Acum ulada (m ³/s)
ri+1 − ri
EC =
ri
(1 + R )n = 1 + E C
Os resultados indicaram que no período mais recente o rio Madeira apresentou uma taxa
anual de 1,83% de aumento na produção de sedimento. Certamente este valore deve
variar com o tempo, conforme a redução ou o aumento (mais provável) da erosão na
bacia, tendo sido proposto, nos estudos de Viabilidade, conservadoramente, um valor de
R=2% como representativo da taxa de aumento anual da produção de sedimentos para o
estudo de vida útil dos reservatórios.
Tabela 3.8
Rio Madeira em Porto Velho
Porcentagens Ponderadas de Argila, Silte e Areia da Amostras Analisadas
4. CARACTERIZAÇÃO HIDRÁULICA DO
ESTIRÃO FLUVIAL DE INTERESSE
Através desse programa, pode-se calcular o perfil da linha d’água de cursos d’água, em
condições naturais e artificiais, qualquer que seja a seção transversal, regime de
escoamento e descargas. O procedimento de cálculo baseia-se na aplicação das
equações de conservação de massa e de energia entre as seções de cálculo, sendo as
perdas por atrito estimadas pela fórmula de Manning.
Perdas de Carga por Atrito – Para determinação das perdas de carga por atrito entre
as seções de cálculo é utilizada a fórmula de Manning, na qual o coeficiente de
rugosidade é função de diversos fatores, tais como vegetação, material do leito,
configuração e nível d’água no canal, etc. Normalmente três valores para o coeficiente
de rugosidade são suficientes para a caracterização de uma seção; são eles os
referentes à calha principal do rio e as duas margens. A adequada determinação dos
coeficientes de rugosidade em cada trecho de rio é um dos fatores mais importantes
para obtenção de um modelo que represente os fenômenos hidráulicos.
Seções topobatimétricos no rio Madeira, sendo 9 no trecho entre Santo Antônio e Jirau
e 18 no trecho entre Jirau e Abunã;
As Tabelas 4.1 e 4.2 apresentam as seções transversais do rio Madeira consideradas nos
estudos de remanso dos aproveitamentos de Santo Antônio e Jirau, respectivamente.
Nesses quadros, as seções indicadas em negrito correspondem às seções com
levantamento topobatimétrico e a numeração entre parênteses corresponde à numeração
da seção na fase de inventário.
Tabela 4.1
Estudo de Remanso do Reservatório da UHE Santo Antônio
Identificação e Distâncias das Seções Transversais Utilizadas
Distância Distância
Seção entre Seções Acumulada Observações
(km) (km)
5 0 UHE Santo Antônio - Cachoeira Santo Antônio Montante
6 6.777 6.777
7 7.726 14.503
8 2.650 17.153 Cachoeira Teotônio
9 6.500 23.653
10 4.977 28.630
11 1.0312 38.942
12 7.925 46.867 Cachoeira Morrinho
13 11.047 57.914
14 6.011 63.925 Ilha Liverpool
15 5.772 69.697 Ilha São Patrício
16 7.312 77.009 Ilha Niterói
17 7.929 84.938
18 5.416 90.354 Ilha Santana
19 12.103 102.457 Ilha da Pedra
20 6.198 108.655
21 4.757 113.412
22 5.083 118.495 Cachoeira do Inferno
23 7.312 125.807 UHE Jirau - Cachoeira Jirau Jusante
Tabela 4.2
Estudo de Remanso do Reservatório da UHE Jirau
Identificação e Distâncias das Seções Transversais Utilizadas
Distância Distância
Seção entre Acumulada Observações
Seções (km) (km)
28 0 AHE Jirau - Cachoeira Jirau Montante
29 18.331 18.331
30 15.217 33.548
31 9.420 42.968
32 2.133 45.101 Ilha Três Irmãos
33 970 46.071 Cachoeira Três Irmãos
34 1.995 48.066
34,5 (S109) 9.373 57.439
35 4.536 61.975
36 7.232 69.207
37 3.673 72.880
38 3.292 76.172 Cachoeira do Paredão
38,5 (S115) 6.172 82.344
39 8.421 90.765
40 4.940 95.705
40,5 (S115) 3.331 99.036 Cachoeira do Pederneira
41 6.515 105.551
41,5 (S117) 4.169 109.720
42 7.510 117.230
42,3 (S119) 1.747 118.977 Rio Abunã
42,6 (S121) 9.325 128.302 Estação Fluviométrica Abunã Vila
A Tabela 4.3 apresenta, para cada perfil instantâneo levantado, os níveis d’água
observados e os simulados em cada seção.
Tabela 4.3
Calibração do Modelo HEC-RAS no Reservatório da UHE Santo Antônio
Comparação entre os Níveis d’Água Observados e Simulados
5 58,76 58,50
6 59,54 59,26
7 60,31 60,45 -0,14 59,86 60,18 -0,32
8 60,6 60,35
9 64,55 64,72 -0,17 64,27 64,50 -0,23
10 65,96 65,75
11 69,34 69,08
12 70,76 70,48
13 71,88 71,62
14 72,57 72,32
15 73,04 72,78
16 73,28 73,02
17 73,6 73,33
18 73,84 73,57
19 74,44 74,17
20 74,75 74,47
21 74,92 74,64
22 75,05 74,78
23 75,78 75,55 0,23 75,42 75,17 0,25
A Tabela 4.4 apresenta, para cada perfil instantâneo levantado, os níveis d’água
observados e os simulados em cada seção.
Tabela 4.4
Calibração do Modelo HEC-RAS no Reservatório da UHE Jirau
Comparação entre os Níveis d’Água Observados e Simulados
4.4. SIMULAÇÃO DOS PERFIS DE LINHA D’ÁGUA NOS DOIS TRECHOS SIMULADOS
A Figura 4.7 ilustra os resultados obtidos na simulação, apresentando, para cada três
condições hidrológicas distintas (estiagem, vazão média e cheia), os perfis de linha
d’água com e sem a presença do reservatório.
Tabela 4.5
Estudos de Remanso do Rio Madeira entre AHE Santo Antônio e AHE Jirau
Perfis da Linha d’Água em Condições Naturais
Vazão (m³/s)
Seção
5000 10000 18000 39100 48600 61200 72600 84000
5 47,51 50,61 54,51 60,79 62,84 65,17 66,98 68,62
6 47,85 51,16 55,15 61,66 63,78 66,11 67,92 69,51
7 49,38 52,51 56,12 62,51 64,6 66,89 68,71 70,31
8 54,23 55,15 56,3 62,47 64,44 66,61 68,34 69,84
9 58,16 60,26 62,24 66,14 67,73 69,52 71,07 72,41
10 58,85 61,18 63,36 67,34 68,83 70,46 71,88 73,05
11 60,39 63,24 66,06 70,84 72,35 73,89 75,23 76,25
12 61,41 64,32 67,29 72,33 73,92 75,53 76,94 78,01
13 62,6 65,49 68,47 73,41 74,97 76,57 77,95 79,01
14 63,18 66,16 69,2 74,05 75,56 77,1 78,42 79,41
15 63,48 66,53 69,63 74,56 76,09 77,67 79,02 80,07
16 63,63 66,77 69,9 74,84 76,36 77,91 79,22 80,26
17 63,82 67,06 70,24 75,24 76,81 78,42 79,75 80,84
18 64 67,31 70,52 75,54 77,12 78,73 80,06 81,16
19 64,43 67,88 71,15 76,27 77,92 79,59 80,94 82,09
20 64,7 68,18 71,45 76,6 78,24 79,92 81,26 82,43
21 64,79 68,31 71,61 76,78 78,43 80,09 81,42 82,58
22 64,86 68,42 71,75 76,95 78,61 80,28 81,59 82,76
23 65,06 68,74 72,14 77,45 79,16 80,9 82,26 83,49
Tabela 4.6
Estudos de Remanso do Rio Madeira entre AHE Santo Antônio e AHE Jirau
Perfis da Linha d’Água Com Reservatório de Santo Antônio na El. 70,00 m
Vazão (m³/s)
Seção
5000 10000 18000 39100 48600 61200 72600 84000
5 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00
6 70,00 70,01 70,04 70,19 70,26 70,41 70,57 70,76
7 70,01 70,02 70,08 70,37 70,51 70,79 71,10 71,45
8 70,00 70,02 70,06 70,29 70,36 70,57 70,79 71,04
9 70,02 70,07 70,21 70,94 71,28 71,89 72,51 73,21
10 70,02 70,09 70,28 71,19 71,63 72,31 72,98 73,75
11 70,05 70,20 70,63 72,50 73,53 74,65 75,59 76,65
12 70,08 70,30 70,90 73,34 74,73 76,08 77,16 78,33
13 70,10 70,39 71,15 73,95 75,56 76,97 78,11 79,27
14 70,12 70,46 71,34 74,32 76,01 77,41 78,42 79,41
15 70,14 70,54 71,53 74,75 76,49 77,94 79,02 80,07
16 70,16 70,59 71,65 75,00 76,72 78,16 79,22 80,26
17 70,17 70,65 71,80 75,38 77,14 78,64 79,75 80,84
18 70,19 70,69 71,91 75,65 77,42 78,93 80,06 81,16
19 70,22 70,81 72,21 76,34 77,92 79,59 80,94 82,09
20 70,24 70,87 72,36 76,60 78,24 79,92 81,26 82,43
21 70,25 70,91 72,43 76,78 78,43 80,09 81,42 82,58
22 70,25 70,93 72,50 76,95 78,61 80,28 81,59 82,76
23 70,28 71,02 72,71 77,45 79,16 80,90 82,26 83,49
Figura 4.7
Perfis de Linha d’Água Simulados entre AHE Santo Antônio e AHE Jirau
80
75
70
Nível d'Água (m)
65
60
55
50
45
0 20 40 60 80 100 120 140
Distância à Barragem (km)
Q = 5000 m³/s, Com Barragem Q = 18.000 m³/s, Com Barragem Q = 48.600 m³/s, Com Barragem
Q = 5000 m³/s, Sem Barragem Q = 18.000 m³/s, Sem Barragem Q = 48.600 m³/s, Sem Barragem
Figura 4.8
Perfis de Velocidades d’Água Simulados entre AHE Santo Antônio e AHE Jirau
6.00
5.00
4.00
Velocidade Média (m/s)
3.00
2.00
1.00
0.00
0 20 40 60 80 100 120 140
Distância à Barragem (km)
Q = 5.000 m³/s, Com Barragem Q = 18.300 m³/s, Com Barragem Q = 45.000 m³/s, Com Barragem
Q = 5.000 m³/s, Sem Barragem Q = 18.300 m³/s, Sem Barragem Q = 45.000 m³/s, Sem Barragem
A Figura 4.11 ilustra os resultados obtidos na simulação, apresentando, para cada três
condições hidrológicas distintas (estiagem, vazão média e cheia), os perfis de linha
d’água com e sem a presença do reservatório.
Tabela 4.9
Estudos de Remanso do Rio Madeira – Trecho: Jirau - Abunã
Perfis da Linha d’Água em Condições Naturais
Vazão (m³/s)
Seção
5.600 6.800 10.600 10.400 15.900 16.600 22.700 23.900 29.100 30.200 33.600 48.800 60.200 71.400 82.600
28 74,11 74,71 76,46 76,37 78,63 78,88 80,77 81,10 82,41 82,67 83,41 86,18 87,93 89,45 90,83
29 75,61 76,44 78,84 78,73 81,31 81,60 83,82 84,22 85,75 86,04 86,91 90,29 92,32 94,27 96,08
30 75,97 76,84 79,33 79,23 81,88 82,17 84,49 84,92 86,53 86,84 87,74 91,22 93,34 95,38 97,26
31 76,25 77,13 79,63 79,52 82,18 82,47 84,82 85,26 86,92 87,23 88,15 91,70 93,90 96,01 97,95
32 76,47 77,34 79,78 79,67 82,31 82,60 84,95 85,39 87,06 87,37 88,30 91,89 94,12 96,26 98,24
33 76,66 77,50 79,89 79,79 82,38 82,67 85,01 85,44 87,11 87,42 88,35 91,94 94,17 96,31 98,28
34 76,78 77,63 80,00 79,89 82,47 82,75 85,07 85,51 87,17 87,49 88,41 91,97 94,16 96,26 98,20
34.5 77,26 78,14 80,52 80,42 82,99 83,27 85,62 86,07 87,79 88,12 89,06 92,68 94,96 97,14 99,16
35 77,56 78,46 80,85 80,75 83,35 83,64 86,03 86,49 88,25 88,58 89,55 93,24 95,58 97,78 99,80
36 77,74 78,65 81,07 80,96 83,60 83,89 86,34 86,81 88,63 88,97 89,96 93,78 96,23 98,52 100,63
37 77,83 78,75 81,17 81,06 83,70 83,99 86,45 86,92 88,74 89,09 90,08 93,91 96,35 98,65 100,74
38 77,95 78,87 81,31 81,20 83,86 84,15 86,65 87,12 88,98 89,33 90,35 94,27 96,88 99,22 101,37
38.5 78,49 79,35 81,81 81,71 84,40 84,69 87,19 87,66 89,46 89,79 90,71 94,57 97,21 99,52 101,65
39 79,62 80,64 82,82 82,72 85,33 85,62 88,11 88,56 90,22 90,51 91,26 94,94 97,51 99,79 101,92
40 79,85 80,87 83,02 82,93 85,53 85,82 88,33 88,79 90,48 90,78 91,55 95,27 97,87 100,12 102,26
40.5 80,41 81,39 83,45 83,36 85,97 86,26 88,79 89,24 90,82 91,08 91,85 95,61 98,25 100,54 102,72
41 80,98 81,96 83,99 83,90 86,53 86,82 89,40 89,84 91,28 91,50 92,28 96,01 98,63 100,92 103,09
41.5 81,24 82,19 84,19 84,10 86,72 87,01 89,61 90,05 91,53 91,76 92,55 96,34 99,01 101,35 103,57
42 81,93 82,83 84,80 84,71 87,31 87,60 90,21 90,66 92,19 92,44 93,26 97,07 99,70 101,99 104,17
42.3 81,96 82,86 84,85 84,76 87,38 87,68 90,30 90,76 92,31 92,56 93,41 97,26 99,93 102,25 104,45
42.6 82,10 83,00 85,01 84,92 87,56 87,87 90,55 91,01 92,61 92,87 93,74 97,69 100,39 102,73 104,95
Tabela 4.10
Estudos de Remanso do Rio Madeira – Trecho: Jirau - Abunã
Perfis da Linha d’Água Com o Reservatório do AHE Jirau
Vazão (m³/s)
5600 6800 10600 10400 15900 16600 22700 23900 29100 30200 33600 48800 60200 71400 82600
Seção
Nível d’água no Reservatório do AHE Jirau
82,5 83 85 85 87 87,5 89,5 90 90 90 90 90 90 90 92
28 82,50 83,00 85,00 85,00 87,00 87,50 89,50 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 92,00
29 82,62 83,16 85,26 85,25 87,38 87,87 89,98 90,48 90,69 90,74 90,90 91,73 92,50 94,27 96,08
30 82,66 83,21 85,34 85,33 87,50 87,99 90,12 90,61 90,88 90,94 91,14 92,14 93,34 95,38 97,26
31 82,69 83,24 85,38 85,37 87,56 88,05 90,20 90,69 90,99 91,06 91,28 92,38 93,90 96,01 97,95
32 82,70 83,25 85,40 85,38 87,59 88,08 90,23 90,73 91,04 91,12 91,34 92,50 94,12 96,26 98,24
33 82,70 83,26 85,40 85,39 87,60 88,09 90,24 90,74 91,06 91,13 91,36 92,52 94,17 96,31 98,28
34 82,71 83,26 85,41 85,40 87,60 88,09 90,25 90,74 91,06 91,13 91,36 92,49 94,16 96,26 98,20
34.5 82,76 83,32 85,49 85,47 87,71 88,20 90,37 90,87 91,23 91,31 91,56 92,81 94,96 97,14 99,16
35 82,80 83,37 85,56 85,54 87,81 88,30 90,50 90,99 91,40 91,49 91,78 93,24 95,58 97,78 99,80
36 82,83 83,41 85,61 85,59 87,90 88,39 90,62 91,12 91,57 91,68 92,00 93,78 96,23 98,52 100,63
37 82,84 83,42 85,63 85,61 87,93 88,42 90,65 91,14 91,61 91,71 92,03 93,91 96,35 98,65 100,74
38 82,86 83,45 85,67 85,64 87,99 88,48 90,74 91,24 91,75 91,86 92,21 94,27 96,88 99,22 101,37
38.5 82,93 83,54 85,79 85,76 88,15 88,63 90,86 91,35 91,88 92,00 92,38 94,57 97,21 99,52 101,65
39 83,11 83,76 86,04 86,01 88,44 88,91 91,03 91,50 92,07 92,19 92,59 94,94 97,51 99,79 101,92
40 83,15 83,81 86,10 86,06 88,52 88,99 91,13 91,60 92,20 92,33 92,75 95,27 97,87 100,12 102,26
40,5 83,24 83,91 86,23 86,19 88,69 89,15 91,26 91,73 92,36 92,50 92,96 95,61 98,25 100,54 102,72
41 83,38 84,08 86,43 86,38 88,94 89,39 91,43 91,90 92,58 92,73 93,22 96,01 98,63 100,92 103,09
41.5 83,44 84,14 86,50 86,45 89,03 89,48 91,55 92,01 92,73 92,89 93,40 96,34 99,01 101,35 103,57
42 83,65 84,38 86,75 86,70 89,32 89,77 91,88 92,35 93,16 93,33 93,89 97,07 99,70 101,99 104,17
42.3 83,66 84,40 86,78 86,73 89,37 89,82 91,95 92,42 93,25 93,43 94,00 97,26 99,93 102,25 104,45
42.6 83,71 84,46 86,84 86,79 89,46 89,91 92,07 92,54 93,41 93,60 94,20 97,69 100,39 102,73 104,95
Figura 4.11
Perfis de Linha d’Água Simulados – Trecho: Jirau - Abunã
100
95
90
Nível d'Água (m)
85
80
75
70
0 20 40 60 80 100 120 140
Distância à Barragem (km)
Q = 5.600 m³/s, Com Barragem Q = 16.600 m³/s, Com Barragem Q = 48.800 m³/s, Com Barragem
Q = 5.600 m³/s, Sem Barragem Q = 16.600 m³/s, Sem Barragem Q = 48.800 m³/s, Sem Barragem
Figura 4.12
Perfis de Velocidade Simulados – Trecho: Jirau - Abunã
8.00
7.00
6.00
Velocidade Média (m/s)
5.00
4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
0 20 40 60 80 100 120 140
Distância à Barragem (km)
Q = 5.000 m³/s, Com Barragem Q = 18.300 m³/s, Com Barragem Q = 45.000 m³/s, Com Barragem
Q = 5.000 m³/s, Sem Barragem Q = 18.300 m³/s, Sem Barragem Q = 45.000 m³/s, Sem Barragem
A partir dos perfis de linha d’água e de velocidades simulados, foi possível apreciar a
magnitude da mudança das características hidráulicas ao longo do estirão fluvial, tendo
como objetivo identificar os trechos com tendência ao assoreamento.
A primeira análise foi feita pela simples apreciação dos perfis de linha d’água e de
velocidades apresentados nas Figuras 4.7, 4.8, 4.11 e 4.12. Percebe-se, claramente,
nos dois casos, que os reservatórios formados apresentam um trecho de maior
profundidade próximo às barragens, com cerca de 30 km de extensão, em Santo
Antônio, e cerca de 20 km de extensão, em Jirau. Nesses trechos, as reduções de
velocidade provocadas pela implantação dos reservatórios são significativas. Nos
trechos mais afastados das barragens, que correspondem à maior parte principal dos
reservatórios formados, a redução de velocidade média de escoamento é pequena.
Tabela 4.13
Velocidades Médias Simuladas ao Longo do Rio Madeira nos Trechos dos
Futuros Reservatórios de Santo Antônio e Jirau
• Estas reduções podem afetar a capacidade de transporte por arrasto, mas, devido à
pequena extensão do reservatório, não devem propiciar condições favoráveis para
depósito do material transportado em suspensão.
• No trecho mais próximos à barragem, abaixo que hoje se caracteriza por apresentar
corredeiras, as velocidades de escoamento sofrerão reduções significativas, após a
implantação da barragem. Trata-se do trecho mais profundo do reservatório, a
jusante da cachoeira de Teotônio.
• Neste trecho, a capacidade de transporte por arrasto ficará muito reduzida, sendo
de se esperar que todo o material mais fino transportado pelo fundo aí se deposite.
Esta análise das características hidráulicas do trecho do rio Madeira a ser afetado
diretamente pela implantação dos Aproveitamentos Hidrelétricos de Santa Antônio e
Jirau teve por objetivo apenas tentar identificar segmentos mais propícios ao
assoreamento, não permitindo nenhuma conclusão quanto à quantidade de sedimento
que pode vir a ser depositado. Esta matéria será tratada no capítulo 5, onde são
apresentados os estudos de vida útil dos dois reservatórios.
5.1. INTRODUÇÃO
Esta introdução apresenta as partes comuns aos estudos de assoreamento dos dois
reservatórios, ou seja, a metodologia e a base de dados empregada. Os dois itens
seguintes apresentam os resultados obtidos para cada reservatório.
• curvas cota x área e cota x volume do reservatório, apresentadas nas Tabelas 5.1 e
5.2;
Tabela 5.1
AHE Santo Antônio
Curvas Cota x Área, e Cota x Volume do Reservatório
2 3
Cota (m) Área (km ) Volume (hm )
30.00 0.00 0.00
31.00 0.64 0.32
32.00 1.27 1.27
33.00 1.78 2.80
34.00 2.07 4.72
35.00 2.37 6.94
36.00 2.75 9.50
37.00 3.21 12.47
38.00 3.66 15.91
39.00 4.12 19.80
40.00 4.58 24.15
41.00 5.05 28.97
2 3
Cota (m) Área (km ) Volume (hm )
42.00 5.64 34.31
43.00 6.22 40.24
44.00 6.75 46.73
45.00 7.10 53.65
46.00 7.45 60.92
47.00 8.14 68.72
48.00 8.91 77.24
49.00 9.80 86.60
50.00 10.49 96.74
51.00 11.53 107.75
52.00 13.76 120.39
53.00 16.30 135.42
54.00 20.75 153.94
55.00 25.12 176.88
56.00 30.00 204.44
57.00 35.18 237.03
58.00 40.04 274.64
59.00 47.43 318.38
60.00 58.31 371.24
61.00 79.51 440.15
62.00 102.28 531.05
63.00 133.32 648.84
64.00 159.08 795.04
65.00 180.30 964.73
66.00 197.41 1,153.58
67.00 214.18 1,359.38
68.00 226.80 1,579.87
69.00 246.23 1,816.38
70.00 271.26 2,075.13
71.00 306.54 2,364.03
72.00 344.95 2,689.78
73.00 395.27 3,059.88
74.00 438.52 3,476.78
75.00 480.40 3,936.24
Tabela 5.2
AHE Jirau
Curvas Cota x Área, e Cota x Volume do Reservatório
2 3
Cota (m) Área (km ) Volume (hm )
65,00 0,00 0,00
66,00 5,31 2,66
67,00 10,61 10,61
68,00 15,66 23,75
69,00 20,62 41,89
70,00 25,86 65,13
71,00 31,10 93,61
72,00 36,07 127,19
73,00 41,39 165,92
74,00 46,48 209,85
75,00 51,77 258,98
76,00 56,91 313,31
77,00 62,18 372,85
78,00 67,86 437,87
79,00 73,56 508,58
80,00 79,88 585,31
81,00 86,31 668,40
82,00 93,01 758,07
83,00 100,85 855,00
84,00 111,96 961,40
85,00 128,23 1.081,50
86,00 147,65 1.219,44
87,00 171,30 1.378,91
88,00 197,23 1.563,18
89,00 224,47 1.774,02
90,00 258,00 2.015,26
91,00 305,44 2.296,98
92,00 375,60 2.637,50
93,00 433,55 3.042,07
94,00 492,68 3.505,19
95,00 552,00 4.027,52
5.1.2. Metodologia
D st ⋅ E r 365 ⋅ Q st ⋅ E r
S= =
γ ap γ ap
e
Vres
T=
S
onde:
S - volume de sedimento retido no reservatório (m³/ano);
D st - deflúvio sólido total médio anual afluente ao reservatório (t/ano);
E r - eficiência de retenção do reservatório ao sedimento afluente ao lago;
γ ap - peso específico aparente médio dos depósitos (t/m³);
Q st - descarga sólida total média afluente ao reservatório (t/dia);
T - tempo de assoreamento total do reservatório ou de um volume característico
(anos);
Vres - volume total ou outro característico do reservatório (m³).
Q D γ
Os valores de st , st , E r e ap são variáveis com o tempo. A eficiência de retenção
do reservatório diminui à medida que aumentam os depósitos e o peso específico
aparente se altera com a compactação ao longo do tempo.
Figura 5.3
Curva de Brune
A partir da série de descargas líquidas médias mensais em Porto Velho (Tabela 3.1) e
da curva-chave de sedimentos do rio Madeira em Porto Velho (Figura 3.5), determinou-
se a série de descargas sólidas em suspensão médias mensais. A série de descargas
sólidas totais médias mensais em Porto Velho foi calculada aplicando-se o fator 1,06
que representa a relação média entre as descargas sólidas totais e em suspensão
medidas na campanha elaborada por FURNAS, conforme detalhado no item 3.2.
A série de descargas sólidas totais médias mensais no local do AHE Santo Antônio foi
admitido igual a de Porto Velho devido a proximidade desses locais. A série assim
obtida é apresentada na Tabela 5.4.
Tabela 5.4
Rio Madeira em Porto Velho
Série de Descargas Sólidas Totais Médias Mensais (t/dia)
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA
1931 493.849 1.263.354 2.123.478 1.182.172 597.008 259.577 114.395 51.142 50.303 369.079 439.108 726.442 639.159
1932 2.208.571 2.810.065 4.561.923 2.155.253 1.320.631 634.522 385.773 212.016 130.274 171.037 267.696 422.513 1.273.356
1933 1.359.297 2.150.704 2.446.353 1.814.772 790.052 334.054 145.640 74.077 47.404 70.760 138.475 395.062 813.888
1934 4.329.351 9.743.667 8.142.327 8.785.132 1.347.657 578.547 245.036 115.505 99.767 146.243 508.569 865.434 2.908.936
1935 1.397.036 1.618.386 13.511.712 3.963.021 1.018.407 569.872 261.782 127.962 75.515 78.419 263.257 368.250 1.937.802
1936 1.051.436 1.204.468 1.406.199 1.269.675 529.987 243.597 105.105 50.722 59.789 97.134 230.785 1.066.893 609.649
1937 7.641.513 2.123.478 8.498.825 2.507.452 1.542.014 643.521 287.224 133.183 118.298 171.037 309.556 532.803 2.042.409
1938 3.073.301 2.382.969 1.995.049 1.278.543 626.559 343.708 157.854 73.124 55.841 79.395 197.800 479.278 895.285
1939 995.036 2.456.465 8.051.033 2.787.929 975.319 604.841 484.725 272.161 220.290 245.036 349.382 974.163 1.534.698
1940 3.403.179 7.064.594 16.568.447 3.879.465 2.118.952 991.547 488.368 259.577 191.150 193.137 261.046 330.857 2.979.193
1941 1.177.237 1.529.858 2.191.766 1.439.088 617.643 278.905 165.972 99.767 65.653 117.738 392.521 868.765 745.409
1942 2.164.362 6.126.073 12.128.572 3.501.065 999.696 448.816 197.800 92.972 124.522 298.704 720.182 1.629.399 2.369.347
1943 3.057.600 1.965.578 4.755.058 1.604.655 797.592 406.994 180.025 80.375 42.180 55.841 89.382 209.282 1.103.714
1944 1.045.511 3.911.814 3.100.909 1.886.760 907.944 422.513 182.622 80.375 53.687 91.941 326.082 1.279.812 1.107.498
1945 1.462.930 1.869.395 2.504.031 1.701.607 820.358 351.824 152.316 67.033 44.565 71.231 118.859 204.527 780.723
1946 683.016 1.599.174 1.486.906 896.690 861.000 790.052 461.276 124.522 80.867 78.906 102.958 250.818 618.015
1947 650.550 1.338.628 3.963.021 3.609.620 1.383.983 544.118 253.726 124.522 116.062 346.946 1.087.223 2.181.095 1.299.958
1948 6.630.310 3.944.348 4.623.964 1.669.536 956.885 491.106 245.756 123.951 91.427 198.469 650.550 2.976.068 1.883.531
1949 14.393.392 4.728.639 6.182.873 7.424.237 1.140.449 595.056 289.508 133.183 85.338 241.446 864.325 1.691.824 3.147.522
1950 4.515.766 2.200.927 11.968.980 2.236.165 962.632 420.779 187.198 88.365 43.367 52.409 97.134 448.816 1.935.212
1951 1.501.623 2.265.958 18.379.344 2.486.972 1.914.366 749.553 328.466 144.437 98.184 123.951 515.985 2.105.393 2.551.186
1952 2.507.452 5.068.905 5.102.156 1.610.143 689.163 237.874 146.243 71.231 38.688 59.346 120.549 765.452 1.368.100
1953 1.456.294 2.213.162 4.781.577 2.453.091 1.612.889 610.738 265.473 121.679 102.958 177.441 691.217 4.634.360 1.593.407
1954 2.039.538 3.286.551 4.399.257 1.883.862 1.245.713 654.579 290.271 131.435 79.885 60.679 149.877 727.487 1.245.761
1955 1.376.171 6.094.672 4.840.274 6.818.001 1.630.778 708.754 308.776 145.038 98.711 108.353 181.972 487.456 1.899.913
1956 1.021.928 1.569.144 6.597.169 2.094.868 1.155.116 593.105 311.117 145.038 77.932 88.365 167.866 484.725 1.192.198
1957 2.225.420 2.217.756 2.821.178 2.285.182 1.260.829 578.547 253.726 133.183 89.382 100.296 209.964 550.755 1.060.518
1958 826.902 1.355.413 1.560.988 1.665.369 1.052.622 444.395 230.785 117.178 67.958 79.395 220.985 711.865 694.488
1959 1.567.784 2.854.696 2.211.631 1.833.397 1.424.585 617.643 267.696 174.229 129.116 202.501 529.987 723.310 1.044.715
1960 878.783 1.338.628 1.573.227 1.281.081 709.791 355.089 162.834 85.840 49.885 86.847 214.762 1.065.702 650.206
1961 1.595.068 6.784.222 5.471.951 2.202.455 1.368.374 659.627 281.166 121.679 68.422 100.827 197.131 843.342 1.641.189
1962 1.990.619 6.737.125 2.466.605 2.093.366 1.387.894 619.620 270.669 132.599 165.343 237.161 419.912 1.456.294 1.498.101
1963 1.489.578 1.567.784 1.173.540 975.319 499.352 388.299 185.232 85.338 44.967 34.930 62.472 240.015 562.235
1964 489.280 848.847 1.593.700 992.710 1.231.912 786.828 515.985 250.092 141.445 368.250 731.673 1.193.302 762.002
1965 1.106.477 1.189.588 11.031.968 3.680.285 1.257.044 595.056 311.899 154.769 90.915 126.812 328.466 564.114 1.703.116
1966 1.080.033 2.679.029 1.917.280 1.543.366 895.567 533.743 243.597 112.185 91.427 88.365 165.972 307.219 804.815
1967 515.985 1.071.665 1.432.490 1.519.081 767.514 386.776 121.308 69.463 37.457 42.415 156.631 261.772 531.880
1968 494.482 1.594.591 3.886.674 1.805.833 505.861 131.181 61.343 35.881 63.755 62.699 141.078 373.576 763.080
1969 1.382.033 1.768.957 1.773.534 1.641.579 646.599 393.546 158.913 63.829 49.885 331.655 113.541 497.295 735.114
1970 748.179 1.360.829 2.169.977 2.166.833 1.521.077 801.644 255.349 79.952 61.854 61.596 100.641 247.361 797.941
1971 957.849 2.410.446 3.880.806 1.924.884 818.601 279.653 161.318 59.075 48.262 112.689 219.805 593.882 955.606
1972 1.068.384 2.040.100 4.826.489 4.709.828 1.432.746 732.646 211.710 154.457 259.107 290.603 250.602 1.054.068 1.419.228
1973 1.603.558 4.159.521 6.982.846 6.060.621 2.089.513 1.159.762 464.857 209.131 119.941 124.096 435.403 1.140.014 2.045.772
1974 2.460.317 5.034.442 9.982.468 5.290.228 2.170.183 987.203 380.580 152.099 76.398 94.496 301.043 490.315 2.284.981
1975 1.252.970 2.995.492 6.022.264 4.459.407 1.649.110 768.750 450.171 123.637 63.794 155.758 192.534 856.353 1.582.520
1976 1.942.420 5.245.662 7.569.074 5.126.819 1.924.258 873.494 241.205 74.745 53.996 61.512 178.592 431.153 1.976.911
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA
1977 1.675.786 2.312.226 8.349.389 5.408.827 2.228.433 995.812 395.699 152.036 90.455 150.176 444.675 1.018.905 1.935.201
1978 1.948.934 3.902.795 8.459.213 4.339.875 1.707.044 857.586 430.285 94.449 37.275 55.339 178.798 1.126.345 1.928.161
1979 2.631.893 5.424.806 6.840.140 9.538.606 4.214.243 1.253.484 370.760 109.598 70.856 74.123 124.957 328.234 2.581.808
1980 1.123.507 1.856.881 4.618.751 5.119.909 2.113.414 1.401.626 494.781 178.946 139.811 181.121 222.244 411.935 1.488.577
1981 889.140 2.213.991 5.508.613 5.488.863 2.328.380 1.524.653 392.203 100.026 56.476 133.413 436.277 1.058.841 1.677.573
1982 2.698.485 6.274.425 11.193.006 15.562.186 7.374.816 2.036.964 1.032.500 316.815 122.983 401.303 911.606 1.404.080 4.110.764
1983 1.762.107 2.986.000 4.999.302 3.097.881 2.800.390 1.608.965 1.206.076 458.964 120.523 85.341 197.372 468.830 1.649.313
1984 1.719.779 4.471.405 10.085.690 17.705.356 8.487.003 1.942.330 728.072 176.360 77.532 85.449 622.685 1.219.380 3.943.420
1985 2.411.849 4.564.125 5.019.026 5.413.820 4.239.706 1.519.595 579.834 296.945 147.832 204.690 418.488 730.162 2.128.839
1986 1.759.648 5.336.680 10.886.226 13.338.107 4.792.313 1.927.281 821.186 335.103 227.019 282.259 212.622 840.463 3.396.576
1987 1.888.901 3.300.485 2.182.241 1.569.494 1.358.144 542.621 191.133 90.533 46.349 72.558 309.683 1.193.622 1.062.147
1988 1.831.830 3.727.002 5.155.067 9.107.758 3.229.626 1.314.880 462.849 103.857 39.081 46.283 87.999 269.029 2.114.605
1989 1.281.415 2.261.827 3.626.794 3.229.265 1.599.843 652.296 304.797 99.948 90.047 69.750 111.475 283.123 1.134.215
1990 1.217.664 2.156.548 2.353.305 1.665.825 1.381.539 960.704 438.406 119.090 76.928 119.293 612.002 1.042.006 1.011.942
1991 2.042.658 4.638.185 5.861.633 4.657.643 1.837.361 1.065.087 400.067 169.048 97.033 135.468 320.299 697.862 1.826.862
1992 1.738.317 1.964.480 7.276.297 6.146.655 3.692.742 1.636.024 1.111.648 287.096 423.018 639.043 752.615 1.416.303 2.257.020
1993 2.985.652 8.281.015 11.814.285 12.823.316 3.954.136 1.112.618 339.881 156.192 131.430 125.507 419.558 1.011.374 3.596.247
1994 1.718.242 3.820.874 4.419.756 4.510.920 1.809.456 621.134 213.226 94.681 34.333 79.262 493.233 1.212.985 1.585.675
1995 1.823.189 2.321.049 6.056.811 5.044.094 1.629.734 602.920 208.952 132.148 36.472 36.806 77.707 507.434 1.539.776
1996 981.616 2.196.368 2.602.785 3.335.478 1.172.197 541.723 197.379 56.891 57.763 99.116 518.468 802.188 1.046.831
1997 1.665.940 3.808.581 12.333.265 13.621.195 4.481.675 1.469.141 535.747 171.991 64.890 121.568 251.518 791.689 3.276.433
1998 1.275.502 1.591.026 4.241.750 4.652.958 1.264.904 397.681 140.057 57.085 50.091 97.962 518.659 1.215.014 1.291.891
1999 1.921.290 4.509.480 4.716.355 4.102.856 1.388.587 562.421 283.491 73.853 35.998 47.247 90.970 499.351 1.519.325
2000 1.017.639 1.784.088 3.092.372 2.062.257 982.438 515.445 206.810 82.840 105.066 53.844 253.555 671.596 902.329
2001 1.563.821 3.931.461 9.887.996 5.444.725 1.781.882 884.416 298.195 114.330 51.778 79.650 350.871 773.526 2.096.888
MÍNIMA 489.280 848.847 1.173.540 896.690 499.352 131.181 61.343 35.881 34.333 34.930 62.472 204.527 34.333
MÉDIA 1.984.326 3.203.121 5.721.690 4.129.370 1.760.933 754.218 333.195 134.670 91.507 141.303 328.900 869.056 1.621.024
MÁXIMA 14.393.392 9.743.667 18.379.344 17.705.356 8.487.003 2.036.964 1.206.076 458.964 423.018 639.043 1.087.223 4.634.360 18.379.344
A partir desse as descargas sólidas totais médias diárias foram estabelecidas para os
dois reservatórios:
Com o valor da descarga sólida total média diária afluente ao reservatório do AHE
Santo Antônio (1.621.024 t/dia, aplicou-se a metodologia descrita anteriormente para o
cálculo de sedimentos assoreados nos reservatórios, considerando as hipóteses sem e
com o aumento anual no aporte de sedimentos na bacia (R = 0% e 2% ao ano,
respectivamente), conforme calculado no item 3.3. Os resultados são apresentados nas
Tabelas 5.5 e 5.6, para as duas hipóteses estudadas
Tabela 5.5
Estudos de Vida Útil do AHE Santo Antônio
Volume Assoreado no Reservatório - Curva Média de Brune - R = 0%
Sedimentos Volume
Tempo Er ap Disponível no
Afluentes Retidos Acumulados Reservatório
anos % t/m³
hm³ (ao ano) hm³ (ao ano) hm³ hm³
0 19,50 1,007 587,60 0,00 0,00 2.075,13
5 14,04 1,059 558,49 78,42 477,56 1.597,57
10 7,75 1,088 543,93 42,16 751,16 1.323,97
15 4,34 1,106 535,18 23,21 900,39 1.174,74
20 2,42 1,119 528,93 12,78 982,92 1.092,21
25 1,33 1,129 524,07 6,95 1.027,89 1.047,24
30 0,73 1,138 520,12 3,81 1.052,46 1.022,67
35 0,41 1,145 516,79 2,10 1.065,96 1.009,17
40 0,23 1,151 513,91 1,16 1.073,42 1.001,71
45 0,13 1,157 511,38 0,65 1.077,56 997,57
50 0,07 1,162 509,13 0,36 1.079,86 995,27
55 0,04 1,167 507,10 0,20 1.081,15 993,98
60 0,02 1,171 505,25 0,11 1.081,87 993,26
65 0,01 1,175 503,56 0,06 1.082,28 992,85
70 0,01 1,179 502,00 0,04 1.082,51 992,62
75 0,00 1,182 500,55 0,02 1.082,64 992,50
80 0,00 1,185 499,20 0,01 1.082,71 992,42
85 0,00 1,188 497,93 0,01 1.082,75 992,38
90 0,00 1,191 496,75 0,00 1.082,77 992,36
95 0,00 1,194 495,62 0,00 1.082,79 992,34
100 0,00 1,196 494,56 0,00 1.082,79 992,34
Tabela 5.6
Estudos de Vida Útil do AHE Santo Antônio
Volume Assoreado no Reservatório - Curva Média de Brune - R = 2%
Sedimentos Volume
Tempo Er γap Disponível no
Afluentes Retidos Acumulados Reservatório
anos % t/m³
hm³ (ao ano) hm³ (ao ano) hm³ hm³
0 19,50 1,007 587,60 0,00 0,00 2.075,13
5 13,68 1,059 616,62 84,36 501,27 1.573,86
10 6,87 1,088 663,05 45,54 798,01 1.277,12
15 3,25 1,106 720,28 23,39 954,20 1.120,93
20 1,36 1,119 785,96 10,72 1.029,90 1.045,23
25 0,52 1,129 859,80 4,49 1.062,94 1.012,19
30 0,18 1,138 942,13 1,70 1.076,08 999,05
35 0,06 1,145 1.033,52 0,58 1.080,78 994,35
40 0,02 1,151 1.134,73 0,17 1.082,27 992,86
45 0,00 1,157 1.246,68 0,04 1.082,68 992,45
50 0,00 1,162 1.370,37 0,01 1.082,78 992,35
55 0,00 1,167 1.506,96 0,00 1.082,80 992,33
60 0,00 1,171 1.657,75 0,00 1.082,80 992,33
65 0,00 1,175 1.824,16 0,00 1.082,80 992,33
70 0,00 1,179 2.007,77 0,00 1.082,80 992,33
75 0,00 1,182 2.210,35 0,00 1.082,80 992,33
80 0,00 1,185 2.433,82 0,00 1.082,80 992,33
85 0,00 1,188 2.680,32 0,00 1.082,80 992,33
90 0,00 1,191 2.952,22 0,00 1.082,80 992,33
95 0,00 1,194 3.252,13 0,00 1.082,80 992,33
100 0,00 1,196 3.582,93 0,00 1.082,80 992,33
Tabela 5.7
Estudos de Vida Útil do AHE Santo Antônio
Altura de Assoreamento no Pé da Barragem - R = 0%
Cota da Altura de
Tempo de Volume de Sedimentos
Sedimentos no Pé da
Assoreamento Depositados no Reservatório
Barragem
(Anos) (hm³)
(m)
0 0,00 30,00
10 751,16 59,32
20 982,92 60,97
30 1.052,46 61,44
50 1.079,86 61,61
100 1.082,79 61,63
Tabela 5.8
Estudos de Vida Útil do AHE Santo Antônio
Altura de Assoreamento no Pé da Barragem - R = 2%
Cota da Altura de
Tempo de Volume de Sedimentos
Sedimentos no Pé da
Assoreamento Depositados no Reservatório
Barragem
(anos) (hm³)
(m)
0 0,00 30,00
10 798,01 59,79
20 1.029,90 61,29
30 1.076,08 61,59
50 1.082,78 61,63
100 1.082,80 61,63
Figura 5.9
Estudos de Vida Útil do AHE Santo Antônio
Curva do Avanço de Assoreamento no Pé da Barragem
65,00
60,00
55,00
50,00
Cota (m)
45,00
40,00
35,00
30,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tem po (anos)
R = 0% R = 2%
Ainda seguindo a metodologia proposta por Borland & Miller, foram determinadas as
distribuições de sedimentos assoreados ao longo do reservatório para 10 e 50 anos de
operação, considerando as duas hipóteses de taxas anual de crescimento de
sedimentos, o que permitiu o traçado das novas curvas cota x área e cota x volume.
As Figuras 5.10 e 5.11 apresentam o resultado gráfico obtido para as novas curvas
cota x área e cota x volume do reservatório do AHE Santo Antônio.
Figura 5.10
Estudos de Vida Útil do AHE Santo Antônio
Novas Curvas Cota x Área e Cota x Volume - R = 0%
Área (km ²)
495 450 405 360 315 270 225 180 135 90 45 0
80,0 80,0
75,0 75,0
70,0 70,0
65,0 65,0
35,0 35,0
30,0 30,0
0 400 800 1.200 1.600 2.000 2.400 2.800 3.200 3.600 4.000 4.400
Volum e (hm ³)
Figura 5.11
Estudos de Vida Útil do AHE Santo Antônio
Novas Curvas Cota x Área e Cota x Volume - R = 2%
Área (km ²)
495 450 405 360 315 270 225 180 135 90 45 0
80,0 80,0
75,0 75,0
70,0 70,0
65,0 65,0
35,0 35,0
30,0 30,0
0 400 800 1.200 1.600 2.000 2.400 2.800 3.200 3.600 4.000 4.400
Volum e (hm ³)
Tabela 5.12
Resumo dos Principais Resultados dos Estudos de Assoreamento
Tabela 5.12
Resumo dos Principais Resultados dos Estudos de Assoreamento
Com o valor da descarga sólida total média diária afluente ao reservatório do AHE Jirau
(1.594.529 t/dia), aplicou-se a metodologia descrita anteriormente para o cálculo de
sedimentos assoreados nos reservatórios, considerando as hipóteses sem e com o
aumento anual no aporte de sedimentos na bacia (R = 0% e 2% ao ano,
respectivamente), conforme calculado no item 3.3.
Tabela 5.13
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Volume Assoreado no Reservatório - Curva Média de Brune
NA do Reservatório = 90,00 m - R = 0%
Sedimentos Volume
Tempo Er γap Acumulado Disponível no
Afluentes Retidos Reservatório
anos % t/m³ s
hm³ (ao ano) hm³ (ao ano) hm³
hm³
0 19,15 1,007 578,00 0,00 0,00 2.015,26
5 13,65 1,059 549,36 75,00 460,58 1.554,68
10 7,54 1,088 535,04 40,32 722,22 1.293,04
15 4,22 1,106 526,43 22,19 864,93 1.150,33
20 2,34 1,119 520,28 12,20 943,79 1.071,47
25 1,29 1,129 515,51 6,64 986,73 1.028,53
30 0,71 1,138 511,62 3,64 1.010,18 1.005,08
35 0,39 1,145 508,34 2,00 1.023,07 992,19
40 0,22 1,151 505,51 1,11 1.030,19 985,06
45 0,12 1,157 503,02 0,62 1.034,15 981,11
50 0,07 1,162 500,81 0,34 1.036,35 978,91
55 0,04 1,167 498,81 0,19 1.037,58 977,68
60 0,02 1,171 496,99 0,11 1.038,26 977,00
65 0,01 1,175 495,33 0,06 1.038,65 976,61
70 0,01 1,179 493,79 0,03 1.038,87 976,39
75 0,00 1,182 492,37 0,02 1.038,99 976,27
80 0,00 1,185 491,04 0,01 1.039,06 976,20
85 0,00 1,188 489,80 0,01 1.039,10 976,16
90 0,00 1,191 488,63 0,00 1.039,12 976,14
95 0,00 1,194 487,52 0,00 1.039,14 976,12
100 0,00 1,196 486,48 0,00 1.039,14 976,12
Tabela 5.14
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Volume Assoreado no Reservatório - Curva Média de Brune
NA do Reservatório = 90,00 m - R = 2%
Sedimentos Volume
Tempo Er γap Disponível no
anos % Afluentes Retidos Acumulados Reservatório
t/m³
hm³ (ao ano) hm³ (ao ano) hm³ hm³
0 19,15 1,007 578,00 0,00 0,00 2.015,26
5 13,30 1,059 606,54 80,65 483,41 1.531,85
10 6,68 1,088 652,21 43,54 767,10 1.248,16
15 3,16 1,106 708,51 22,36 916,42 1.098,84
20 1,32 1,119 773,11 10,23 988,66 1.026,60
25 0,51 1,129 845,75 4,29 1.020,19 995,07
30 0,18 1,138 926,73 1,62 1.032,74 982,52
35 0,05 1,145 1.016,62 0,55 1.037,22 978,04
40 0,01 1,151 1.116,19 0,16 1.038,64 976,61
45 0,00 1,157 1.226,30 0,04 1.039,04 976,22
50 0,00 1,162 1.347,97 0,01 1.039,13 976,13
55 0,00 1,167 1.482,33 0,00 1.039,15 976,11
60 0,00 1,171 1.630,65 0,00 1.039,15 976,11
65 0,00 1,175 1.794,34 0,00 1.039,15 976,11
70 0,00 1,179 1.974,96 0,00 1.039,15 976,11
75 0,00 1,182 2.174,22 0,00 1.039,15 976,11
80 0,00 1,185 2.394,04 0,00 1.039,15 976,11
85 0,00 1,188 2.636,51 0,00 1.039,15 976,11
90 0,00 1,191 2.903,97 0,00 1.039,15 976,11
95 0,00 1,194 3.198,98 0,00 1.039,15 976,11
100 0,00 1,196 3.524,37 0,00 1.039,15 976,11
Tabela 5.15
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Volume Assoreado no Reservatório - Curva Média de Brune
NA do Reservatório = 87,00 m - R = 0%
Sedimentos Volume
Tempo Er ap Disponível no
Afluentes Retidos Acumulados Reservatório
anos % t/m³
hm³ (ao ano) hm³ (ao ano) hm³ hm³
0 8,48 1,007 578,00 0,00 0,00 1.378,91
5 5,16 1,059 549,36 28,37 188,82 1.190,10
10 2,84 1,088 535,04 15,19 287,73 1.091,19
15 1,53 1,106 526,43 8,08 340,49 1.038,43
20 0,84 1,119 520,28 4,35 368,77 1.010,15
25 0,46 1,129 515,51 2,37 384,09 994,82
30 0,25 1,138 511,62 1,30 392,46 986,45
35 0,14 1,145 508,34 0,72 397,07 981,85
40 0,08 1,151 505,51 0,40 399,61 979,31
45 0,04 1,157 503,02 0,22 401,02 977,89
50 0,02 1,162 500,81 0,12 401,80 977,11
55 0,01 1,167 498,81 0,07 402,24 976,67
60 0,01 1,171 496,99 0,04 402,49 976,42
65 0,00 1,175 495,33 0,02 402,63 976,29
70 0,00 1,179 493,79 0,01 402,70 976,21
75 0,00 1,182 492,37 0,01 402,75 976,16
80 0,00 1,185 491,04 0,00 402,77 976,14
85 0,00 1,188 489,80 0,00 402,79 976,13
90 0,00 1,191 488,63 0,00 402,80 976,12
95 0,00 1,194 487,52 0,00 402,80 976,11
100 0,00 1,196 486,48 0,00 402,80 976,11
Tabela 5.16
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Volume Assoreado no Reservatório - Curva Média de Brune
NA do Reservatório = 87,00 m - R = 2%
Sedimentos Volume
Tempo Er gap Disponível no
Afluentes Retidos Acumulados Reservatório
anos % t/m³
hm³ (ao ano) hm³ (ao ano) hm³ hm³
0 8,48 1,007 578,00 0,00 0,00 1.378,91
5 5,03 1,059 606,54 30,49 197,55 1.181,36
10 2,50 1,088 652,21 16,28 304,58 1.074,33
15 1,13 1,106 708,51 7,99 359,07 1.019,85
20 0,47 1,119 773,11 3,65 384,81 994,10
25 0,18 1,129 845,75 1,53 396,05 982,86
30 0,06 1,138 926,73 0,58 400,52 978,39
35 0,02 1,145 1.016,62 0,20 402,12 976,80
40 0,01 1,151 1.116,19 0,06 402,63 976,29
45 0,00 1,157 1.226,30 0,01 402,77 976,15
50 0,00 1,162 1.347,97 0,00 402,80 976,12
55 0,00 1,167 1.482,33 0,00 402,80 976,11
60 0,00 1,171 1.630,65 0,00 402,81 976,11
65 0,00 1,175 1.794,34 0,00 402,81 976,11
70 0,00 1,179 1.974,96 0,00 402,81 976,11
75 0,00 1,182 2.174,22 0,00 402,81 976,11
80 0,00 1,185 2.394,04 0,00 402,81 976,11
85 0,00 1,188 2.636,51 0,00 402,81 976,11
90 0,00 1,191 2.903,97 0,00 402,81 976,11
95 0,00 1,194 3.198,98 0,00 402,81 976,11
100 0,00 1,196 3.524,37 0,00 402,81 976,11
Considerando o reservatório operado em sua cota máxima normal (El. 90,00 m), foram
calculadas as parcelas de sedimentos que se depositam no pé do barramento e suas
respectivas cotas alcançadas após n anos de operação, para as duas hipóteses de
taxa anual de crescimento de sedimentos (R = 0% e R = 2%), segundo a metodologia
desenvolvida por Borland & Miller, apresentada em Carvalho, 1994.
PJ-0576-G3-GR-RL-0001 5.19 Engº José Eduardo Moreira
CREA: 21112-D – 5ª Região
Estudos Sedimentológicos do Rio Madeira
Tabela 5.17
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Altura de Assoreamento no Pé da Barragem
NA do Reservatório = 90,00 m - R = 0%
Cota da Altura de
Tempo de Volume de Sedimentos
Sedimentos no Pé da
Assoreamento Depositados no Reservatório
Barragem
(Anos) (hm³)
(m)
0 0,00 65,00
10 722,22 70,34
20 943,79 74,49
30 1.010,18 75,56
50 1.036,35 76,02
100 1.039,14 76,09
Tabela 5.18
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Altura de Assoreamento no Pé da Barragem
NA do Reservatório = 90,00 m - R = 2%
Cota da Altura de
Tempo de Volume de Sedimentos
Sedimentos no Pé da
Assoreamento Depositados no Reservatório
Barragem
(anos) (hm³)
(m)
0 0,00 65,00
10 767,10 70,94
20 988,66 75,20
30 1.032,74 75,97
50 1.039,13 76,06
100 1.039,15 76,09
Figura 5.19
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Curva do Avanço de Assoreamento no Pé da Barragem
NA do Reservatório = 90,00 m
77,50
75,00
72,50
Cota (m)
70,00
67,50
65,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tem po (anos)
R = 0% R = 2%
Ainda seguindo a metodologia proposta por Borland & Miller, foram determinadas as
distribuições de sedimentos assoreados ao longo do reservatório para 10 e 50 anos de
operação, considerando as duas hipóteses de taxas anual de crescimento de
sedimentos, o que permitiu o traçado das novas curvas cota x área e cota x volume.
As Figuras 5.20 e 5.21 apresentam o resultado gráfico obtido para as novas curvas
cota x área e cota x volume do reservatório do AHE Jirau.
Figura 5.20
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Novas Curvas Cota x Área e Cota x Volume
NA do Reservatório = 90,00 m - R = 0%
Área (km ²)
495 450 405 360 315 270 225 180 135 90 45 0
95,0 95,0
90,0 90,0
85,0 85,0
Cota x Volume
Cota (m)
65,0 65,0
0 400 800 1.200 1.600 2.000 2.400 2.800 3.200 3.600 4.000 4.400
Volum e (hm ³)
Figura 5.21
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Novas Curvas Cota x Área e Cota x Volume
NA do Reservatório = 90,00 m - R = 2%
Área (km ²)
495 450 405 360 315 270 225 180 135 90 45 0
95,0 95,0
90,0 90,0
85,0 85,0
Cota x Volume
Cota (m)
65,0 65,0
0 400 800 1.200 1.600 2.000 2.400 2.800 3.200 3.600 4.000 4.400
Volum e (hm ³)
Considerando o reservatório operado em sua cota média operativa (El. 87,00 m), foram
calculadas as parcelas de sedimentos que se depositam no pé do barramento e suas
respectivas cotas alcançadas após n anos de operação, para as duas hipóteses de
taxa anual de crescimento de sedimentos (R = 0% e R = 2%), segundo a metodologia
desenvolvida por Borland & Miller, apresentada em Carvalho, 1994.
PJ-0576-G3-GR-RL-0001 5.22 Engº José Eduardo Moreira
CREA: 21112-D – 5ª Região
Estudos Sedimentológicos do Rio Madeira
Tabela 5.22
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Altura de Assoreamento no Pé da Barragem
NA do Reservatório = 87,00 m - R = 0%
Cota da Altura de
Tempo de Volume de Sedimentos
Sedimentos no Pé da
Assoreamento Depositados no Reservatório
Barragem
(Anos) (hm³)
(m)
0 0,00 65,00
10 287,73 66,19
20 368,77 66,94
30 392,46 67,20
50 401,80 67,29
100 402,80 67,31
Tabela 5.23
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Altura de Assoreamento no Pé da Barragem
NA do Reservatório = 87,00 m - R = 2%
Cota da Altura de
Tempo de Volume de Sedimentos
Sedimentos no Pé da
Assoreamento Depositados no Reservatório
Barragem
(anos) (hm³)
(m)
0 0,00 65,00
10 304,58 66,43
20 384,81 67,11
30 400,52 67,24
50 402,80 67,29
100 402,81 67,31
Figura 5.24
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Curva do Avanço de Assoreamento no Pé da Barragem
NA do Reservatório = 87,00 m
67,50
67,00
66,50
Cota (m)
66,00
65,50
65,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tem po (anos)
R = 0% R = 2%
Ainda seguindo a metodologia proposta por Borland & Miller, foram determinadas as
distribuições de sedimentos assoreados ao longo do reservatório para 10 e 50 anos de
operação, considerando as duas hipóteses de taxas anual de crescimento de
sedimentos, o que permitiu o traçado das novas curvas cota x área e cota x volume,
agora considerando o reservatório operado em sua cota média anual (El. 87,00 m).
As Figuras 5.25 e 5.26 apresentam o resultado gráfico obtido para as novas curvas
cota x área e cota x volume do reservatório do AHE Jirau.
Figura 5.25
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Novas Curvas Cota x Área e Cota x Volume
NA do Reservatório = 87,00 m - R = 0%
Área (km ²)
605 550 495 440 385 330 275 220 165 110 55 0
95,0 95,0
90,0 90,0
85,0 85,0
Cota x Volume
Cota (m)
65,0 65,0
0 400 800 1.200 1.600 2.000 2.400 2.800 3.200 3.600 4.000 4.400
Volum e (hm ³)
Figura 5.26
Estudos de Vida Útil do AHE Jirau
Novas Curvas Cota x Área e Cota x Volume
NA do Reservatório = 87,00 m - R = 2%
Área (km ²)
605 550 495 440 385 330 275 220 165 110 55 0
95,0 95,0
90,0 90,0
85,0 85,0
Cota x Volume
Cota (m)
65,0 65,0
0 400 800 1.200 1.600 2.000 2.400 2.800 3.200 3.600 4.000 4.400
Volum e (hm ³)
6. MODELAGEM HIDROSSEDIMENTOLÓGICA
DO RIO MADEIRA
A modelagem foi feita com a aplicação do modelo matemático HEC-6 – Scour and
Deposition in Rivers and Resevoirs, distribuído pelo U.S Army Corps of Engineers,
descrito no item 6.1.
6.1.1. Introdução
• Características do leito móvel de cada uma das seções. Estes dados indicam as
áreas de uma seção onde pode haver deposição ou escavação. Como o modelo
simula erosão e deposição de material, deve-se também definir, em cada seção, a
profundidade máxima que a erosão pode alcançar, que é nula no caso de leitos
rochosos;
α 2 ⋅V22 α1 ⋅V12
WS 2 + = WS1 + + he
2⋅ g 2⋅ g
onde,
g = aceleração da gravidade,
he = perda de energia
V1, V2 = velocidades médias em cada seção
WS1, WS2 = níveis d’água em cada seção
α1 , α 2 = coeficientes de distribuição de velocidade
Figura 6.1
Termos da Equação de Energia
A perda de energia, he, é calculada como a soma das perdas por atrito (equação de
Manning) e as perdas por contração ou expansão, da mesma forma que no modelo
HEC-RAS.
As seções transversais devem ser fornecidas com indicação dos limites da calha
principal, conforme mostrado na Figura 6.2, a seguir.
Figura 6.2
Termos da Equação de Energia
Lu + Ld
Vsed = B0 ⋅ Ys ⋅
2
onde
Vsed = volume de sedimento
Bo = largura do leito móvel
Lu, Ld = comprimento do trecho, a montante e a jusante
Vsed = volume de sedimento no volume de controle
Ys = profundidade do sedimento no volume de controle.
Lu + Ld
V f = B0 ⋅ D ⋅
2
Figura 6.3
Volume de Controle para o Material do Leito
A Figura 6.4, a seguir, mostra como é visto, pelo HEC-6, o material sedimentar no leito
do rio.
Figura 6.4
Material Sedimentar no Leito do Rio
∂G ∂Y
+ B0 ⋅ s = 0
∂x ∂t
Figura 6.5
Modificação da Seção Transversal Devido à Deposição de Sedimento
Figura 6.6
Modificação da Seção Transversal Devido à Erosão
O modelo HEC-6 considera ainda a influência dos depósitos de silte e argila sobro o
material do leito. Os depósitos de partículas finas são calculados pelo método de Krone
(Krone, R. B. Flume Studies of The Transporte of Sediment in Estuarial Shoaling
Processes, Hydraulic Engineer Laboratory, University of Califórnia, Berkeley, CA,
1962).
O modelo fornece como resultados os perfis de leito do rio e de linha d’água após cada
período simulado, indicando os balanços sedimentométricos em cada trecho de
interesse (reservatório, estirão estudado, etc.).
Devido à grande extensão do trecho a ser simulado, as seções foram todas numeradas
em função de sua distância, em km, à extremidade de jusante do trecho, na Vila de
São Carlos.
As seções cuja referência é o Atlas, foram obtidas com o auxílio do Atlas da Hidrovia
Madeira-Amazonas de Itacoatiara a Porto Velho, produzido pela Diretoria de
Hidrografia e Navegação do Ministério da Marinha em 1999. Estas seções foram
A seção de Porto Velho foi obtida a partir de uma planta de estruturas do projeto da
Ponte Sobre o Rio Madeira – Porto Velho.
Tabela 6.7
Relação das Seções Transversais Disponíveis Para Modelagem
Seção de referência
Seção Distância (m) Observações
HEC - RAS Desenho
431 8160 Canal de Navegação Canal de Navegação
423 8096 Canal de Navegação Canal de Navegação
415 9846 Canal de Navegação Canal de Navegação
405 6502 Batimetria Batimetria
398 2123 Batimetria Batimetria Cachoeira do Ribeirão
396 21142 Batimetria Batimetria
375 3247 Batimetria Batimetria
372 2579 Batimetria Batimetria Cachoeira das Araras
369 10060 Batimetria Batimetria
359 9769 Canal de Navegação Canal de Navegação
349 11369 Canal de Navegação Canal de Navegação
338 9325 42.6 S-42,6
329 1747 42.3 S-42,3 Rio Abunã
327 7510 42 S-42
320 4169 41.5 S-41,5
315 6515 41 S-41
309 3331 40.5 S-40,5 Cachoeira do Pederneira
306 4940 40 S-40
301 8421 39 S-39
292 6172 38.5 S-38,5
286 3292 38 S-38 Cachoeira do Paredão
283 3673 37 S-37
279 7232 36 S-36
272 4536 35 S-35
Seção de referência
Seção Distância (m) Observações
HEC - RAS Desenho
267 9373 34.5 S-34,5
258 1995 34 S-34
256 970 33 S-33 Cachoeira Três Irmãos
255 2133 32 S-32 Ilha Três Irmãos
253 9420 31 S-31
243 15217 30 S-30
228 17331 29 S-29
211 1000 Cópia da seção 228 Cópia da seção 228
210 2755 28 S-28
207 7312 18 S-23 Salto do Jirau
200 5083 17 S-22 Cachoeira do Inferno
195 4757 16 S-21
190 6198 15 S-20
184 12103 14 S-19 Ilha da Pedra
172 5416 13 S-18 Ilha Santana
166 7929 12 S-17
158 7312 11 S-16 Ilha Niterói
151 5772 10 S-15 Ilha São Patrício
145 6011 9 S-14 Ilha Liverpool
139 11047 8 S-13
128 7925 7 S-12 Cachoeira Morrinho
120 10312 6 S-11
110 4977 5 S-10
105 6500 4 S-9
98 2650 3.5 S-8 Cachoeira de Teotônio
96 7726 3 S-7
88 6777 2 S-6
81 6067 1 S-5 CachoeiraSanto Antonio
75 12746 Ponte Projetada Ponte Projetada Porto Velho
63 20608 Cópia da seção 75 Cópia da seção 75 Cópia da seção 75
42 16190 Atlas Atlas
26 25880 Atlas Atlas Ilha Jamarizinho
0 0 Atlas Atlas Foz do rio Jamari
Todas as seções foram fornecidas ao modelo sob forma de tabelas com pares
(distância,cota), indicando, em cada seção, os limites da calha principal e a largura da
seção sujeita a erosão.
Para consideração do leito móvel, o modelo foi deixado livre, ou seja, nas seções cujo
leito não era rochoso admitiu-se que o fundo do rio poderia ser erodido sem limites. As
seções com leito rochoso tiveram seu leito fixado (impossibilidade de erosão). Na
Tabela 6.7, as seções com leito rochoso estão sombreadas. Trata-se, na maior parte
dos casos, de seções de controle de cachoeiras ou seções onde foram observados
afloramentos rochosos na visita de inspeção.
Para definição dos coeficientes de Manning, partiu-se dos coeficientes empregados nos
estudos de remanso (modelo HEC-RAS), já calibrados para os trechos
correspondentes aos dois reservatórios. Foi necessário, todavia, fazer algumas
adaptações porque, enquanto que o HEC-RAS admite variação do coeficientes de
Manning ao longo de toda a seção, o HEC-6 aceita apenas variações em função dos
níveis d’água. Assim, foram realizadas diversas simulações do modelo de remanso
para definição, para cada seção, de tabelas associando os coeficientes de Manning
efetivos aos níveis, de modo a preparar os dados para o HEC-6.
Nos trechos não estudados nos estudos de remanso, a montante de Abunã e a jusante
de Santo Antônio, foram empregados coeficientes de perdas similares aos dos trechos
vizinhos.
A definição das vazões a serem simuladas foi feita com base no hidrograma de vazões
médias mensais em Porto Velho. Objetivando diminuir os tempos de simulação, este
hidrograma foi simplificado, aglutinando-se os meses de vazões semelhantes pela
vazão média correspondente. A Figura 6.8 apresenta o hidrograma médio e o
hidrograma simplificado empregado na modelagem: nota-se que os períodos de março-
abril e agosto-outubro foram aglutinados.
Figura 6.8
Hidrograma Empregado Na Modelagem
40000
MÊS JAN FEV MAR - ABR MAI JUN JUL AGO - OUT NOV DEZ
3
VAZÃO MÉDIA (m /s) 24268 29582 34207 30706 23107 16155 10750 6938 5691 6944 10553 16896
VAZÃO ADOTADA (m3/s) 24268 29582 32457 23107 16155 10750 6524 10553 16896
35000
30000
25000
Vazão (m³/s)
20000
15000
10000
5000
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A curva-chave na seção 0 (Vila de São Carlos), que deve definir os níveis d’água a
jusante do estirão modelado, não é conhecida. Para sua definição, foi feito um ajuste,
procurando definir uma tabela de calibragem que, quando da aplicação do modelo,
fornecesse a curva-chave conhecida em Porto Velho. Deste modo, pode-se dizer que a
condição de contorno de jusante foi a curva-chave de Porto Velho “transferida” para
São Carlos pelo próprio HEC-6.
Tabela 6.9
Cálculo das Granulometrias Médias do Material Transportado
Método de Einstein
Porcentagem 0.7091 0.2685 0.0054 0.0150 0.0020 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
13/05/04 DCT.T.01.107.2004-R0 10135 162838 130822 6135 2774 4348 1544 270 17 0 0 308747
Porcentagem 0.6396 0.2504 0.0586 0.0411 0.0080 0.0019 0.0003 0.0000 0.0000 0.0000
19/10/04 DCT.T.01.107.2004-R0 15126 202611 119177 63055 33314 7328 1415 193 16 0 0 427021
Porcentagem 0.4145 0.2791 0.1477 0.0780 0.0170 0.0033 0.0005 0.0000 0.0000 0.0000
Porcentagem 0.4603 0.3252 0.1568 0.0562 0.0013 0.0000 0.0002 0.0000 0.0000 0.0000
15/04/04 DCT.T.01.078.2004-R0 23840 544352 437009 967 4506 13729 1929 367 48 1 0 1002907
21/04/04 DCT.T.01.078.2004-R0 26372 869860 496262 636 4120 15247 4985 353 26 0 0 1391488
Média 25106 707106 466636 801 4313 14488 3457 360 37 1 0 1197198
Porcentagem 0.5906 0.3898 0.0007 0.0036 0.0121 0.0029 0.0003 0.0000 0.0000 0.0000
31/03/04 DCT.T.01.066.2004-R0 32682 1272288 1385676 1102 12204 21757 3223 1042 174 22 0 2697488
Porcentagem 0.4717 0.5137 0.0004 0.0045 0.0081 0.0012 0.0004 0.0001 0.0000 0.0000
A partir desses resultados foi preparada a tabela de dados a ser informada ao HEC-6,
que é apresentada na Tabela 6.10. Neste quadro as parcelas de material transportado
estão distribuídas em percentuais, de acordo com as faixas granulométricas adotadas
no modelo, também indicadas.
Tabela 6.10
Granulometria do Material Transportado Fornecida ao HEC-6
A granulometria do material do leito foi obtida também com base nas medições de
descarga sólida realizadas por FURNAS, tendo-se adotado um procedimento
semelhante ao empregado na determinação da granulometria do material transportado.
Tabela 6.11
Cálculo das Granulometrias Médias do Material Transportado
Diâmetro (mm)
Data Relatório 0 / 0.016 0.016 / 0.062 0.062 / 0.125 0.125 / 0.25 0.25 / 0.5 0.5 / 1 1/2 2/4 4/8 8 / 16
23/09/04 DCT.T.01.011.2005-R0 3.90 12.40 21.70 52.50 8.20 0.80 0.30 0.20 0.00 0.00
27/09/04 DCT.T.01.011.2005-R0 5.00 15.50 23.30 39.20 14.30 1.20 0.70 0.80 0.00 0.00
05/10/04 DCT.T.01.011.2005-R0 2.10 9.10 18.50 48.00 18.80 2.10 1.00 0.40 0.00 0.00
19/10/04 DCT.T.01.011.2005-R0 11.30 18.40 22.40 32.30 13.60 1.30 0.50 0.20 0.00 0.00
25/10/04 DCT.T.01.011.2005-R0 5.90 15.40 17.10 45.60 14.80 1.00 0.20 0.00 0.00 0.00
03/11/04 DCT.T.01.011.2005-R0 7.60 14.40 20.00 41.50 14.30 1.30 0.50 0.40 0.00 0.00
25/11/04 DCT.T.01.011.2005-R0 5.20 9.50 21.00 55.50 8.10 0.50 0.10 0.10 0.00 0.00
08/11/04 DCT.T.01.011.2005-R0 8.50 15.70 14.10 47.80 12.00 1.30 0.50 0.10 0.00 0.00
17/11/04 DCT.T.01.011.2005-R0 4.70 11.70 22.50 51.60 8.20 0.90 0.30 0.10 0.00 0.00
02/12/04 DCT.T.01.011.2005-R0 0.00 0.70 17.20 72.90 8.20 0.60 0.20 0.10 0.10 0.00
07/12/04 DCT.T.01.011.2005-R0 0.00 0.50 7.80 67.70 22.20 0.90 0.40 0.30 0.20 0.00
19/03/04 DCT.T.01.066..2004-R0 7.70 11.60 7.40 53.10 18.40 1.30 0.30 0.20 0.00 0.00
25/03/04 DCT.T.01.066..2004-R0 0.00 0.90 7.80 50.10 36.40 4.00 0.60 0.10 0.10 0.10
31/03/04 DCT.T.01.066..2004-R0 9.30 12.60 4.20 34.20 32.10 4.80 1.90 0.60 0.30 0.00
11/05/04 DCT.T.01.107..2004-R0 7.10 7.20 11.10 27.40 38.80 6.10 1.60 0.60 0.10 0.00
18/05/04 DCT.T.01.107..2004-R0 0.00 0.30 4.70 37.20 56.00 1.60 0.10 0.10 0.00 0.00
26/05/04 DCT.T.01.107..2004-R0 0.00 4.80 17.30 44.00 28.40 4.70 0.70 0.10 0.00 0.00
01/06/04 DCT.T.01.107..2004-R0 0.00 2.80 26.60 65.10 5.20 0.20 0.10 0.00 0.00 0.00
10/06/04 DCT.T.01.107..2004-R0 0.00 2.30 13.60 40.00 28.90 9.20 3.50 2.00 0.50 0.00
15/06/04 DCT.T.01.107..2004-R0 0.00 1.00 12.50 53.30 21.80 8.30 2.30 0.70 0.10 0.00
22/06/04 DCT.T.01.107..2004-R0 0.00 2.30 16.30 60.60 18.40 1.40 1.00 0.00 0.00 0.00
29/06/04 DCT.T.01.107..2004-R0 0.90 5.30 14.90 62.70 13.40 1.80 0.50 0.40 0.10 0.00
06/04/04 DCT.T.01.078..2004-R0 5.90 8.90 8.00 26.60 42.10 5.50 1.70 0.70 0.20 0.40
21/04/04 DCT.T.01.078..2004-R0 6.10 7.90 4.60 23.70 45.30 11.10 1.10 0.20 0.00 0.00
27/04/04 DCT.T.01.078..2004-R0 0.00 1.30 17.50 37.20 29.60 11.10 2.80 0.50 0.00 0.00
04/05/04 DCT.T.01.078..2004-R0 6.10 8.60 2.50 14.80 47.50 13.00 4.70 1.50 0.40 0.90
Média 3.74 7.73 14.41 45.56 23.27 3.69 1.06 0.40 0.08 0.05
Tabela 6.12
Granulometria do Material de Fundo Fornecida ao HEC-6
Diâmetro Porcentagem
(mm) Passando
16.00 100.00%
8.00 99.95%
4.00 99.87%
2 99.47%
1 98.41%
0.5 94.72%
0.25 71.45%
0.125 25.88%
0.062 11.48%
0.016 3.74%
Já para o trecho de jusante o trabalho foi mais detalhado. Para esse trecho, foram
introduzidas seções extraídas do Atlas de Navegação elaborado pelo DHN em 1999,
ou seja, seções referidas originalmente a um nível d’água de referência. Estas seções
foram estendidas observando-se a conformação de margens típicas do trecho, todo ele
percorrido de barco durante a viagem de inspeção realizada em dezembro de 2004.
ajuste da geometria do trecho de jusante, o modelo passou a ser rodado com os dados
de sedimento, de modo que logo surgiu uma tendência exagerada de assoreamento do
trecho, indicando que havia algum desajuste nas seções utilizadas.
Para corrigir essa tendência, foi feita uma simulação com duração de 50 anos, até que
a geometria do trecho inferior do rio Madeira se estabilizou. Esta geometria estabilizada
foi assumida, então, como a geometria atual do trecho, concluindo-se, então, a etapa
de ajuste do modelo.
A Figura 6.13 apresenta uma ilustração desta primeira aplicação do modelo HEC-6 a
todo o estirão estudado. Trata-se de uma simulação realizada ao longo de 50 anos,
sem a introdução de nenhuma estrutura nova e representa uma análise da estabilidade
do leito do rio Madeira nas condições naturais.
O trecho entre a Cachoeira do Jirau e as Ilhas situadas logo a jusante, que futuramente
serão parte do reservatório de Santo Antônio, também apresentou ligeira tendência ao
assoreamento.
Uma característica comum desses dois trechos, conforme pode ser verificado no mapa
de localização das seções apresentado no Desenho PJ-0576-G3-GR-DE-0001 a 0004,
é a presença de ilhas, o que de certa forma indica que a tendência de assoreamento
sugerida pela modelagem é real.
Esta abordagem mais qualitativa pode ser associada aos resultados das outras
modelagens realizadas (remanso e vida útil), para produzir resultados mais
consistentes. A modelagem com o HEC-6 é particularmente mais precisa na
identificação dos trechos onde se espera que ocorram depósitos de material sólido ou
erosão do leito fluvial.
Figura 6.13
Simulação Inicial do Trecho em Estudo Durante 50 Anos, em Condições Naturais (sem Barragens)
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Inicial Leito Após 50 Anos Nível d Água Inicial Nível d Água Após 50 Anos
Com o modelo HEC-6 ajustado foi possível simular a evolução do leito do rio Madeira
ao longo do tempo, considerando a introdução dos aproveitamentos hidrelétricos de
Santo Antônio e Jirau, de forma a caracterizar as modificações esperadas em função
da retenção de sedimentos nos reservatórios formados.
Outro aspecto considerado foi relativo à cota de operação do reservatório de Jirau, que
é variável ao longo do ano. O modelo HEC-6 não dispõe de recursos para considerar,
de forma automática, esta política de operação. Assim, de modo a contornar essa
dificuldade, todas as simulações envolvendo o AHE Jirau foram feitas duas vezes,
considerando sua operação no cota 90,00m e considerando sua operação numa cota
média, 87,00 m, da mesma forma que o procedido nos estudos de vida útil
apresentados no capitulo 5.
A simulação com o nível d’água na cota 90,00 m pode ser considerada conservadora
com relação ao volume assoreado em Jirau, pois maximiza a capacidade de retenção
de sedimentos no reservatório. Por outro lado, a simulação com o nível do reservatório
em sua cota média, 87,00 m, é conservadora com relação ao efeito sinérgico sobre o
reservatório de Santo Antônio, porque minimiza o volume de sedimento retido.
A Tabela 6.14, a seguir, apresenta uma relação completa dos casos simulados.
Tabela 6.14
Descrição dos Casos Simulados
Caso Descrição
Caso 0 Condições naturais do rio Madeira, sem barragens
Caso 1S Implantação do AHE Santo Antônio
Caso 1J-87 Implantação do AHE Jirau – NA do reservatório na El. 87,00 m
Caso 1J-90 Implantação do AHE Jirau – NA do reservatório na El. 90,00 m
Caso 2-87 Implantação dos dois aproveitamentos, com Jirau na El. 87,00 m
Caso 2-90 Implantação dos dois aproveitamentos, com Jirau na El. 90,00 m
Tabela 6.15
Relação das Simulações Realizadas, Tabelas e Figuras Associadas
Tabela 6.16
Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 0 - Condições Naturais (sem barragens)
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.66 81.05 101.67 81.05 101.68 81.05 101.71 81.05 101.73
423 78.15 99.97 78.15 99.99 78.15 100.01 78.15 100.07 78.15 100.08
415 76.35 98.82 76.35 98.84 76.35 98.88 76.35 98.95 76.35 98.97
405 76.66 94.62 76.66 94.79 76.66 94.96 76.66 95.29 76.66 95.38
398 68.24 92.97 68.24 93.24 68.24 93.51 68.24 93.99 68.24 94.13
396 68.95 92.91 68.99 93.18 69.02 93.45 69.06 93.95 69.07 94.08
375 70.65 91.66 70.66 92.00 70.65 92.33 70.65 92.93 70.65 93.08
372 73.85 91.46 73.86 91.81 73.86 92.16 73.86 92.78 73.86 92.93
369 72.94 91.29 72.98 91.66 72.98 92.02 73.00 92.65 73.11 92.81
359 67.15 90.82 67.49 91.20 67.54 91.57 67.57 92.24 67.49 92.40
349 58.86 90.52 59.17 90.91 59.63 91.28 60.40 91.94 60.93 92.10
338 61.97 90.21 65.68 90.45 64.49 90.89 65.09 91.56 64.43 91.74
329 38.98 90.12 48.55 90.17 51.83 90.54 51.21 91.24 53.11 91.39
327 49.07 90.07 50.58 90.14 54.75 90.47 55.80 91.15 52.95 91.39
320 71.96 89.87 71.96 89.92 71.97 90.19 72.15 90.87 73.73 91.13
315 54.62 89.48 54.62 89.54 54.62 89.84 55.05 90.57 54.62 90.82
309 53.95 89.39 56.51 89.42 63.48 89.56 67.58 90.20 69.44 90.48
306 59.01 89.33 59.01 89.36 59.01 89.51 59.83 90.15 60.44 90.40
301 50.26 89.07 50.26 89.10 51.85 89.22 53.36 89.85 53.86 90.05
292 60.47 88.80 61.50 88.81 64.45 88.81 69.63 89.16 70.46 89.22
286 37.09 88.75 37.09 88.75 37.28 88.75 47.80 88.97 47.93 89.04
283 51.24 88.59 51.24 88.59 51.24 88.59 53.12 88.66 54.75 88.70
279 54.80 88.45 54.80 88.45 54.80 88.45 55.96 88.50 57.52 88.52
272 53.68 87.87 53.68 87.87 53.68 87.87 53.68 87.87 53.68 87.87
267 63.95 87.10 63.95 87.10 63.95 87.10 63.95 87.10 63.95 87.09
258 53.37 85.61 53.37 85.61 53.37 85.61 53.37 85.61 53.37 85.61
256 58.37 85.40 58.37 85.40 58.37 85.40 58.37 85.40 58.38 85.40
255 55.05 85.26 55.05 85.26 55.05 85.26 55.05 85.26 55.05 85.25
253 56.57 84.95 56.57 84.95 56.57 84.95 56.57 84.95 56.57 84.94
243 59.95 83.97 59.95 83.97 59.95 83.97 59.95 83.97 59.95 83.96
228 59.95 81.76 59.95 81.76 59.95 81.76 59.95 81.77 59.95 81.75
211 59.95 74.76 59.95 74.77 59.95 74.77 59.95 74.79 59.95 74.73
210 61.97 72.19 61.97 72.19 61.97 72.19 61.97 72.23 61.97 72.11
207 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 71.73 34.49 72.11
200 40.63 71.27 40.63 71.28 40.63 71.28 41.17 71.32 41.18 71.71
195 38.37 71.13 38.40 71.13 38.47 71.13 39.80 71.15 43.68 71.45
190 49.59 70.97 49.59 70.97 49.59 70.97 49.59 70.97 50.48 71.19
184 50.23 70.65 50.23 70.64 50.23 70.64 50.23 70.64 51.63 70.79
172 45.05 70.02 45.05 70.02 45.05 70.02 45.05 70.02 45.33 70.05
166 51.85 69.74 51.85 69.73 51.85 69.73 51.85 69.73 51.90 69.75
158 36.58 69.33 36.58 69.32 36.58 69.32 36.58 69.32 36.83 69.33
151 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04
145 51.97 68.61 51.97 68.60 51.97 68.60 51.97 68.60 51.97 68.61
139 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89
128 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.75
120 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.60
110 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.19
105 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.33
98 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.01
96 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 54.71
88 39.96 54.15 39.96 54.14 39.96 54.14 39.96 54.15 39.96 53.47
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 25.00 53.47
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.08
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.23
26 29.78 50.38 29.78 50.38 29.78 50.38 29.78 50.38 29.80 50.38
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.10 49.12
Figura 6.17
Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 0 – (Condições Naturais)
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.18
Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 1S – Após a Construção do AHE Santo Antônio
Figura 6.19
Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 1S – Após a Construção do AHE Santo Antônio
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50
88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Tabela 6.20
Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 1J-90 – Após a Construção do AHE Jirau – El. 90,00 m
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.92 81.05 101.97 81.05 102.03 81.05 102.15 81.05 102.43
423 78.15 100.41 78.15 100.50 78.15 100.60 78.15 100.79 78.15 101.21
415 76.35 99.40 76.35 99.51 76.35 99.64 76.35 99.88 76.35 100.40
405 76.66 96.67 76.66 96.88 76.66 97.14 76.66 97.65 76.66 98.67
398 68.24 95.79 68.25 96.03 68.25 96.34 68.25 96.92 68.28 98.11
396 68.95 95.75 69.59 95.99 70.13 96.29 71.51 96.87 74.41 98.02
375 70.65 95.02 70.66 95.26 70.66 95.56 70.67 96.11 70.68 97.22
372 73.85 94.91 73.87 95.16 73.92 95.47 74.41 96.02 76.38 97.11
369 72.94 94.83 73.07 95.08 73.17 95.38 73.77 95.94 74.97 97.01
359 67.15 94.53 67.24 94.78 67.22 95.09 67.21 95.65 67.67 96.73
349 58.86 94.32 61.49 94.53 61.31 94.85 62.57 95.40 65.00 96.44
338 61.97 94.13 66.46 94.20 67.17 94.52 66.54 95.09 66.79 96.14
329 38.98 94.06 44.89 94.09 53.39 94.24 53.59 94.84 55.92 95.86
327 49.07 94.04 50.48 94.06 56.26 94.19 58.20 94.77 56.87 95.86
320 71.96 93.94 71.98 93.95 73.76 94.01 75.19 94.55 78.92 95.56
315 54.62 93.83 55.21 93.84 57.44 93.86 64.21 94.27 63.39 95.33
309 53.95 93.78 54.62 93.79 55.67 93.80 64.01 94.04 67.63 95.04
306 59.01 93.75 59.02 93.76 59.18 93.77 66.65 93.93 65.81 94.95
301 50.26 93.67 50.87 93.68 51.60 93.68 57.58 93.72 62.87 94.67
292 60.47 93.61 60.80 93.61 61.14 93.61 62.68 93.61 75.05 94.20
286 37.09 93.58 37.09 93.58 37.09 93.58 37.16 93.58 50.63 93.98
283 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 63.58 93.70
279 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 58.08 93.65
272 53.68 93.18 53.68 93.19 53.68 93.19 53.68 93.19 53.68 93.28
267 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.93
258 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.33
256 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 60.58 92.24
255 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 58.55 92.17
253 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 57.71 92.06
243 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 59.98 91.70
228 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07
211 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08
210 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92
207 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 71.83
200 40.63 71.27 40.63 71.27 40.63 71.27 40.63 71.27 40.63 71.44
195 38.37 71.13 38.37 71.13 38.37 71.13 38.37 71.13 42.00 71.22
190 49.59 70.97 49.59 70.97 49.59 70.97 49.59 70.97 50.12 70.99
184 50.23 70.65 50.23 70.64 50.23 70.64 50.23 70.64 50.25 70.65
172 45.05 70.02 45.05 70.02 45.05 70.02 45.05 70.02 45.05 70.02
166 51.85 69.74 51.85 69.73 51.85 69.73 51.85 69.73 51.85 69.74
158 36.58 69.33 36.58 69.32 36.58 69.32 36.58 69.32 36.61 69.33
151 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04
145 51.97 68.61 51.97 68.60 51.97 68.60 51.97 68.60 51.97 68.61
139 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89
128 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.75
120 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.60
110 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.19
105 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.33
98 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.01
96 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 54.71
88 39.96 54.15 39.96 54.14 39.96 54.14 39.96 54.14 39.96 53.47
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 25.00 53.47
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.56 52.33
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.23
26 29.78 50.38 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37 29.79 50.38
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.11 49.12
Figura 6.21
Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 1J-90 – Após a Construção do AHE Jirau –
Nível d’Água na El. 90,00 m
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.22
Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 2-90 – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos –
AHE Jirau na El. 90,00 m
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.92 81.05 101.97 81.05 102.03 81.05 102.15 81.05 102.43
423 78.15 100.41 78.15 100.50 78.15 100.60 78.15 100.79 78.15 101.21
415 76.35 99.40 76.35 99.51 76.35 99.64 76.35 99.88 76.35 100.40
405 76.66 96.67 76.66 96.88 76.66 97.14 76.66 97.65 76.66 98.67
398 68.24 95.79 68.25 96.03 68.25 96.34 68.25 96.92 68.28 98.11
396 68.95 95.75 69.59 95.99 70.13 96.29 71.51 96.87 74.41 98.02
375 70.65 95.02 70.66 95.26 70.66 95.56 70.67 96.11 70.68 97.22
372 73.85 94.91 73.87 95.16 73.92 95.47 74.41 96.02 76.38 97.11
369 72.94 94.83 73.07 95.08 73.17 95.38 73.77 95.94 74.97 97.01
359 67.15 94.53 67.24 94.78 67.22 95.09 67.21 95.65 67.67 96.73
349 58.86 94.32 61.49 94.53 61.31 94.85 62.57 95.40 65.00 96.44
338 61.97 94.13 66.46 94.20 67.17 94.52 66.54 95.09 66.79 96.14
329 38.98 94.06 44.89 94.09 53.39 94.24 53.59 94.84 55.92 95.86
327 49.07 94.04 50.48 94.06 56.26 94.19 58.20 94.77 56.87 95.86
320 71.96 93.94 71.98 93.95 73.76 94.01 75.19 94.55 78.92 95.56
315 54.62 93.83 55.21 93.84 57.44 93.86 64.21 94.27 63.39 95.33
309 53.95 93.78 54.62 93.79 55.67 93.80 64.01 94.04 67.63 95.04
306 59.01 93.75 59.02 93.76 59.18 93.77 66.65 93.93 65.81 94.95
301 50.26 93.67 50.87 93.68 51.60 93.68 57.58 93.72 62.87 94.67
292 60.47 93.61 60.80 93.61 61.14 93.61 62.68 93.61 75.05 94.20
286 37.09 93.58 37.09 93.58 37.09 93.58 37.16 93.58 50.63 93.98
283 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 63.58 93.70
279 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 58.08 93.65
272 53.68 93.18 53.68 93.19 53.68 93.19 53.68 93.19 53.68 93.28
267 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.93
258 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.33
256 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 60.58 92.24
255 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 58.55 92.17
253 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 57.71 92.06
243 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 59.98 91.70
228 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07
211 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08
210 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92
207 33.56 73.09 33.56 73.10 33.56 73.10 33.56 73.10 33.56 73.42
200 40.63 72.82 40.63 72.82 40.63 72.82 40.63 72.83 41.64 73.14
195 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 43.72 72.97
190 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 51.54 72.78
184 50.23 72.44 50.23 72.44 50.23 72.44 50.23 72.45 51.10 72.54
172 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 45.12 72.16
166 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 72.02
158 36.58 71.71 36.58 71.72 36.58 71.72 36.58 71.72 36.60 71.79
151 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 52.45 71.65
145 51.97 71.38 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.44
139 51.97 71.15 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.21
128 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.92
120 50.96 70.58 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.66
110 50.96 70.25 50.96 70.25 50.96 70.25 50.96 70.25 50.98 70.33
105 50.96 70.21 51.01 70.22 51.01 70.22 51.02 70.22 51.25 70.29
98 51.97 70.11 52.06 70.11 52.06 70.11 52.06 70.11 53.72 70.16
96 42.98 70.13 43.05 70.13 43.05 70.13 43.06 70.13 50.91 70.16
88 39.96 70.10 40.06 70.10 40.09 70.10 40.27 70.10 44.27 70.10
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22
26 29.78 50.38 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12
Figura 6.23
Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 2-90 – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos
(Jirau na El. 90,00 m)
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.24
Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 1J-87 – Após a Construção do AHE Jirau – El. 87,00 m
Figura 6.25
Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 1J-87 – Após a Construção do AHE Jirau –
Nível d’Água na El. 87,00 m
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.26
Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 2-87 – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos –
AHE Jirau na El. 87,00 m
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.78 81.05 101.81 81.05 101.84 81.05 101.96 81.05 102.16
423 78.15 100.18 78.15 100.22 78.15 100.29 78.15 100.48 78.15 100.80
415 76.35 99.10 76.35 99.16 76.35 99.24 76.35 99.49 76.35 99.89
405 76.66 95.85 76.66 96.05 76.66 96.30 76.66 96.84 76.66 97.67
398 68.24 94.77 68.25 95.02 68.25 95.34 68.25 95.99 68.25 96.94
396 68.95 94.72 69.36 94.98 69.41 95.30 69.91 95.94 72.31 96.88
375 70.65 93.84 70.66 94.13 70.66 94.48 70.66 95.18 70.69 96.07
372 73.85 93.72 73.86 94.00 73.86 94.37 73.90 95.09 74.83 95.97
369 72.94 93.61 73.09 93.90 73.09 94.28 73.17 95.00 74.30 95.87
359 67.15 93.27 67.33 93.56 67.30 93.95 67.23 94.70 67.23 95.58
349 58.86 93.03 60.56 93.29 60.84 93.69 61.98 94.43 63.93 95.29
338 61.97 92.81 66.48 92.92 66.53 93.33 66.35 94.10 66.06 94.98
329 38.98 92.74 45.93 92.77 52.72 93.02 52.32 93.84 55.18 94.68
327 49.07 92.70 50.77 92.74 56.78 92.96 58.06 93.76 56.12 94.68
320 71.96 92.58 71.96 92.61 73.48 92.73 74.35 93.52 77.69 94.38
315 54.62 92.42 54.90 92.44 58.13 92.49 62.18 93.21 61.43 94.11
309 53.95 92.36 55.24 92.37 57.49 92.39 65.16 92.91 68.73 93.79
306 59.01 92.32 59.01 92.33 59.11 92.35 63.94 92.82 64.60 93.70
301 50.26 92.21 50.68 92.21 51.47 92.23 60.54 92.43 60.87 93.37
292 60.47 92.10 61.02 92.10 61.64 92.10 66.14 92.11 74.51 92.70
286 37.09 92.07 37.09 92.07 37.09 92.07 37.88 92.07 48.98 92.47
283 51.24 91.99 51.24 91.99 51.24 91.99 51.24 91.99 61.78 92.12
279 54.80 91.94 54.80 91.94 54.80 91.94 54.80 91.94 57.40 92.04
272 53.68 91.57 53.68 91.57 53.68 91.57 53.68 91.57 53.68 91.61
267 63.95 91.12 63.95 91.13 63.95 91.13 63.95 91.13 63.95 91.17
258 53.37 90.35 53.37 90.35 53.37 90.35 53.37 90.35 53.37 90.40
256 58.37 90.25 58.37 90.25 58.37 90.25 58.37 90.25 59.56 90.29
255 55.05 90.18 55.05 90.19 55.05 90.19 55.05 90.19 57.59 90.21
253 56.57 90.06 56.57 90.06 56.57 90.06 56.57 90.06 56.71 90.07
243 59.95 89.63 59.95 89.63 59.95 89.63 59.95 89.63 59.96 89.63
228 59.95 88.78 59.95 88.78 59.95 88.78 59.95 88.78 59.95 88.78
211 59.95 87.24 59.95 87.24 59.95 87.24 59.95 87.24 59.95 87.24
210 61.97 86.99 61.97 86.99 61.97 86.99 61.97 86.99 61.97 86.99
207 33.56 73.09 33.56 73.10 33.56 73.10 33.56 73.10 34.14 73.71
200 40.63 72.82 40.63 72.83 40.63 72.83 40.63 72.83 42.99 73.40
195 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 44.21 73.22
190 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 52.56 73.01
184 50.23 72.44 50.23 72.45 50.23 72.45 50.23 72.45 52.35 72.71
172 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 46.12 72.25
166 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.88 72.10
158 36.58 71.71 36.58 71.72 36.58 71.72 36.58 71.72 36.86 71.88
151 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 53.15 71.71
145 51.97 71.38 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.48
139 51.97 71.15 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.26
128 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.86 51.98 70.98
120 50.96 70.58 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.71
110 50.96 70.25 50.96 70.25 50.96 70.26 50.96 70.26 50.97 70.39
105 50.96 70.21 51.03 70.22 51.03 70.22 51.04 70.22 52.45 70.34
98 51.97 70.11 52.07 70.11 52.07 70.11 52.08 70.11 52.79 70.21
96 42.98 70.13 43.07 70.13 43.07 70.13 43.19 70.13 53.00 70.20
88 39.96 70.10 40.15 70.10 40.32 70.10 40.75 70.10 47.09 70.10
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22
26 29.78 50.38 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12
Figura 6.27
Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 2-87 – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos
(Jirau na El. 87,00 m)
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Figura 6.29
Condição Crítica – Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 0 – (Condições Naturais)
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.30
Condição Crítica – Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 1S-C – Após a Construção do AHE Santo Antônio
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.67 81.05 101.68 81.05 101.69 81.05 101.76 81.05 102.36
423 78.15 99.97 78.15 99.99 78.15 100.02 78.15 100.15 78.15 101.11
415 76.35 98.82 76.35 98.85 76.35 98.89 76.35 99.05 76.36 100.27
405 76.66 94.63 76.66 94.82 76.66 95.04 76.66 95.68 76.66 98.41
398 68.24 92.99 68.24 93.28 68.24 93.63 68.25 94.54 68.84 97.79
396 68.95 92.93 69.02 93.23 69.09 93.57 70.40 94.48 78.27 97.55
375 70.65 91.69 70.65 92.06 70.65 92.48 70.65 93.44 71.63 95.91
372 73.85 91.48 73.86 91.87 73.86 92.31 73.86 93.30 78.95 95.66
369 72.94 91.32 72.98 91.72 72.97 92.17 73.48 93.18 75.73 95.51
359 67.15 90.85 67.55 91.26 67.67 91.73 67.41 92.78 72.36 94.91
349 58.86 90.56 59.47 90.96 60.71 91.41 62.94 92.43 66.97 94.38
338 61.97 90.24 65.82 90.49 64.82 90.99 65.73 91.99 68.85 93.80
329 38.98 90.15 48.65 90.21 52.22 90.63 53.03 91.63 57.81 93.26
327 49.07 90.11 50.72 90.18 55.33 90.55 56.22 91.54 56.39 93.26
320 71.96 89.91 71.96 89.96 71.97 90.27 73.74 91.19 76.69 92.87
315 54.62 89.52 54.62 89.58 54.62 89.93 55.73 90.85 60.60 92.44
309 53.95 89.43 56.56 89.46 64.31 89.62 69.18 90.46 72.37 91.89
306 59.01 89.38 59.01 89.40 59.01 89.57 60.51 90.41 64.14 91.78
301 50.26 89.11 50.26 89.14 52.26 89.28 54.87 90.06 59.75 91.24
292 60.47 88.85 61.49 88.86 64.57 88.86 69.80 89.32 72.05 90.15
286 37.09 88.80 37.09 88.80 37.32 88.80 50.28 89.10 54.58 89.78
283 51.24 88.64 51.24 88.64 51.24 88.64 53.93 88.75 54.20 89.43
279 54.80 88.50 54.80 88.51 54.80 88.51 56.56 88.58 63.78 89.15
272 53.68 87.93 53.68 87.93 53.68 87.93 53.68 87.94 53.69 88.15
267 63.95 87.16 63.95 87.16 63.95 87.16 63.95 87.17 63.96 87.39
258 53.37 85.69 53.37 85.69 53.37 85.69 53.37 85.70 53.94 85.92
256 58.37 85.48 58.37 85.49 58.37 85.49 58.38 85.50 58.97 85.72
255 55.05 85.34 55.05 85.34 55.05 85.34 55.05 85.36 55.06 85.58
253 56.57 85.04 56.57 85.05 56.57 85.05 56.57 85.06 56.65 85.30
243 59.95 84.08 59.95 84.08 59.95 84.08 59.95 84.09 60.52 84.37
228 59.95 81.91 59.95 81.91 59.95 81.91 59.95 81.93 59.96 82.29
211 59.95 75.41 59.95 75.41 59.95 75.41 59.95 75.50 59.95 76.69
210 61.97 73.39 61.97 73.40 61.97 73.40 61.97 73.54 61.97 75.25
207 33.56 73.09 33.56 73.10 33.56 73.10 33.56 73.23 39.69 75.25
200 40.63 72.82 40.68 72.83 40.75 72.83 42.04 72.93 47.12 74.76
195 38.37 72.73 38.44 72.73 38.46 72.73 41.74 72.79 48.79 74.44
190 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 50.00 72.65 54.92 74.14
184 50.23 72.44 50.23 72.45 50.23 72.45 50.23 72.46 55.84 73.69
172 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.11 49.75 72.88
166 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.96 55.47 72.61
158 36.58 71.71 36.58 71.72 36.58 71.72 36.58 71.74 39.99 72.25
151 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 51.98 71.61 56.21 71.98
145 51.97 71.38 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.41 52.69 71.70
139 51.97 71.15 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.18 53.08 71.43
128 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.87 51.97 70.89 52.66 71.09
120 50.96 70.58 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.61 50.96 70.82
110 50.96 70.25 50.96 70.26 50.96 70.26 50.97 70.28 51.00 70.51
105 50.96 70.21 51.07 70.22 51.08 70.22 51.15 70.24 55.10 70.43
98 51.97 70.11 52.08 70.11 52.11 70.11 53.35 70.12 52.24 70.28
96 42.98 70.13 43.37 70.13 43.92 70.13 46.89 70.14 55.36 70.26
88 39.96 70.10 40.33 70.10 40.62 70.10 41.51 70.10 49.25 70.10
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22
26 29.78 50.38 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12
Figura 6.31
Condição Crítica – Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 1S – Após a Construção do AHE Santo Antônio
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50
88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Tabela 6.32
Condição Crítica – Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 1J-C-90 – Após a Construção do AHE Jirau – El. 90,00 m
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.92 81.05 101.97 81.05 102.06 81.05 102.28 81.05 104.04
423 78.15 100.41 78.15 100.50 78.15 100.64 78.15 101.00 78.16 103.34
415 76.35 99.40 76.35 99.52 76.35 99.68 76.35 100.14 76.98 102.83
405 76.66 96.67 76.66 96.90 76.66 97.25 76.66 98.15 76.89 101.99
398 68.24 95.79 68.25 96.06 68.25 96.46 68.34 97.50 74.80 101.33
396 68.95 95.75 69.93 96.02 71.44 96.41 75.19 97.39 80.78 101.17
375 70.65 95.02 70.66 95.27 70.68 95.60 70.71 96.41 75.74 99.74
372 73.85 94.91 73.90 95.17 74.24 95.50 76.77 96.27 82.25 99.51
369 72.94 94.83 73.06 95.08 73.53 95.41 74.58 96.17 78.88 99.36
359 67.15 94.53 67.23 94.79 67.23 95.12 68.36 95.85 74.86 98.79
349 58.86 94.32 61.59 94.53 61.60 94.87 63.98 95.55 69.89 98.29
338 61.97 94.13 66.51 94.20 67.20 94.53 67.04 95.22 72.04 97.77
329 38.98 94.06 44.93 94.09 53.56 94.25 54.26 94.94 60.56 97.30
327 49.07 94.04 50.50 94.06 56.45 94.20 58.75 94.87 61.13 97.30
320 71.96 93.94 71.99 93.95 73.87 94.02 75.55 94.63 81.49 96.83
315 54.62 93.83 55.22 93.84 57.54 93.86 64.42 94.34 68.35 96.53
309 53.95 93.78 54.62 93.79 55.71 93.80 64.47 94.10 71.08 96.07
306 59.01 93.75 59.02 93.76 59.19 93.77 67.13 93.98 71.33 95.86
301 50.26 93.67 50.87 93.68 51.61 93.68 58.85 93.73 64.59 95.54
292 60.47 93.61 60.80 93.61 61.15 93.61 62.98 93.61 79.32 94.90
286 37.09 93.58 37.09 93.58 37.09 93.58 37.19 93.58 51.75 94.58
283 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 66.83 94.20
279 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 63.90 94.09
272 53.68 93.18 53.68 93.19 53.68 93.19 53.68 93.19 53.84 93.59
267 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.98 93.26
258 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.61 92.67
256 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 64.60 92.55
255 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 58.70 92.47
253 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 62.19 92.30
243 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 61.55 91.76
228 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.96 91.07
211 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08
210 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92
207 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 71.68 33.56 72.24
200 40.63 71.27 40.63 71.27 40.63 71.27 40.63 71.27 42.57 71.81
195 38.37 71.13 38.37 71.13 38.37 71.13 38.37 71.13 43.93 71.52
190 49.59 70.97 49.59 70.97 49.59 70.97 49.59 70.97 51.34 71.21
184 50.23 70.65 50.23 70.64 50.23 70.64 50.23 70.64 51.55 70.78
172 45.05 70.02 45.05 70.02 45.05 70.02 45.05 70.02 45.36 70.04
166 51.85 69.74 51.85 69.73 51.85 69.73 51.85 69.73 51.91 69.75
158 36.58 69.33 36.58 69.32 36.58 69.32 36.58 69.32 36.76 69.33
151 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04 51.97 69.04
145 51.97 68.61 51.97 68.60 51.97 68.60 51.97 68.60 51.97 68.61
139 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89 51.97 67.89
128 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.74 51.97 66.75
120 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.59 50.96 65.60
110 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.16 50.96 63.19
105 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.28 50.96 62.33
98 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.15 51.97 56.01
96 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 55.15 42.98 54.71
88 39.96 54.15 39.96 54.14 39.96 54.14 39.96 54.14 39.96 53.48
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 25.00 53.48
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.08
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.56 52.34
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.23
26 29.78 50.38 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37 29.81 50.38
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.11 49.12
Figura 6.33
Condição Crítica – Simulação Durante 50 Anos – Caso 1J-90 – Após Construção de Jirau – Nível d’Água na El. 90,00 m
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.34
Condição Crítica – Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 2-90-C – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos –
AHE Jirau na El. 90,00 m
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.92 81.05 101.97 81.05 102.06 81.05 102.28 81.05 104.04
423 78.15 100.41 78.15 100.50 78.15 100.64 78.15 101.00 78.16 103.34
415 76.35 99.40 76.35 99.52 76.35 99.68 76.35 100.14 76.98 102.83
405 76.66 96.67 76.66 96.90 76.66 97.25 76.66 98.15 76.89 101.99
398 68.24 95.79 68.25 96.06 68.25 96.46 68.34 97.50 74.80 101.33
396 68.95 95.75 69.93 96.02 71.44 96.41 75.19 97.39 80.78 101.17
375 70.65 95.02 70.66 95.27 70.68 95.60 70.71 96.41 75.74 99.74
372 73.85 94.91 73.90 95.17 74.24 95.50 76.77 96.27 82.25 99.51
369 72.94 94.83 73.06 95.08 73.53 95.41 74.58 96.17 78.88 99.36
359 67.15 94.53 67.23 94.79 67.23 95.12 68.36 95.85 74.86 98.79
349 58.86 94.32 61.59 94.53 61.60 94.87 63.98 95.55 69.89 98.29
338 61.97 94.13 66.51 94.20 67.20 94.53 67.04 95.22 72.04 97.77
329 38.98 94.06 44.93 94.09 53.56 94.25 54.26 94.94 60.56 97.30
327 49.07 94.04 50.50 94.06 56.45 94.20 58.75 94.87 61.13 97.30
320 71.96 93.94 71.99 93.95 73.87 94.02 75.55 94.63 81.49 96.83
315 54.62 93.83 55.22 93.84 57.54 93.86 64.42 94.34 68.35 96.53
309 53.95 93.78 54.62 93.79 55.71 93.80 64.47 94.10 71.08 96.07
306 59.01 93.75 59.02 93.76 59.19 93.77 67.13 93.98 71.33 95.86
301 50.26 93.67 50.87 93.68 51.61 93.68 58.85 93.73 64.59 95.54
292 60.47 93.61 60.80 93.61 61.15 93.61 62.98 93.61 79.32 94.90
286 37.09 93.58 37.09 93.58 37.09 93.58 37.19 93.58 51.75 94.58
283 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 51.24 93.53 66.83 94.20
279 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 54.80 93.50 63.90 94.09
272 53.68 93.18 53.68 93.19 53.68 93.19 53.68 93.19 53.84 93.59
267 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.95 92.83 63.98 93.26
258 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.37 92.22 53.61 92.67
256 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 58.37 92.16 64.60 92.55
255 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 55.05 92.12 58.70 92.47
253 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 56.57 92.03 62.19 92.30
243 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 59.95 91.70 61.55 91.76
228 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.95 91.07 59.96 91.07
211 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08 59.95 90.08
210 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92 61.97 89.92
207 33.56 73.09 33.56 73.10 33.56 73.10 33.56 73.10 35.29 73.95
200 40.63 72.82 40.63 72.82 40.63 72.82 40.63 72.83 44.64 73.58
195 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 45.24 73.34
190 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 53.42 73.10
184 50.23 72.44 50.23 72.44 50.23 72.44 50.23 72.45 52.84 72.76
172 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 46.52 72.26
166 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.99 72.10
158 36.58 71.71 36.58 71.72 36.58 71.72 36.58 71.72 37.01 71.87
151 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 53.10 71.71
145 51.97 71.38 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.48
139 51.97 71.15 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.26
128 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.86 51.98 70.97
120 50.96 70.58 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.70
110 50.96 70.25 50.96 70.25 50.96 70.25 50.96 70.26 50.97 70.38
105 50.96 70.21 51.02 70.22 51.03 70.22 51.05 70.22 52.23 70.33
98 51.97 70.11 52.06 70.11 52.07 70.11 52.10 70.11 52.83 70.20
96 42.98 70.13 43.06 70.13 43.07 70.13 43.10 70.13 52.82 70.20
88 39.96 70.10 40.07 70.10 40.11 70.10 40.33 70.10 46.51 70.10
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.48
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.08
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.34
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.23
26 29.78 50.38 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.39
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.14
Figura 6.35
Condição Crítica – Simulação Durante 50 Anos – Caso 2-90 – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos
(Jirau na El. 90,00 m)
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.36
Condição Crítica – Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 1J-87-C – Após a Construção do AHE Jirau – El. 87,00 m
Figura 6.37
Simulação do Trecho em Estudo Durante 50 Anos – Caso 1J-87 – Após a Construção do AHE Jirau –
Nível d’Água na El. 87,00 m
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Tabela 6.38
Condição Crítica – Evolução do Trecho em Estudo Durante 50 anos
Caso 2-87-C – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos –
AHE Jirau na El. 87,00 m
PERÍODO 0 ANOS 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS 50 ANOS
SEÇÃO TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA TALVEGUE NA
431 81.05 101.78 81.05 101.81 81.05 101.86 81.05 102.07 81.05 103.38
423 78.15 100.18 78.15 100.23 78.15 100.31 78.15 100.67 78.16 102.52
415 76.35 99.10 76.35 99.16 76.35 99.27 76.35 99.73 76.59 101.93
405 76.66 95.85 76.66 96.07 76.66 96.39 76.66 97.35 76.66 100.93
398 68.24 94.77 68.25 95.05 68.25 95.46 68.25 96.58 72.98 100.30
396 68.95 94.72 69.43 95.00 70.12 95.41 73.71 96.49 80.26 100.12
375 70.65 93.84 70.65 94.14 70.66 94.56 70.70 95.50 74.43 98.63
372 73.85 93.72 73.86 94.02 73.91 94.45 75.49 95.38 81.59 98.39
369 72.94 93.61 73.11 93.92 73.16 94.35 74.37 95.27 77.63 98.24
359 67.15 93.27 67.32 93.58 67.26 94.02 67.58 94.94 74.24 97.66
349 58.86 93.03 60.94 93.31 61.55 93.75 63.54 94.64 68.78 97.16
338 61.97 92.81 66.56 92.92 66.66 93.38 66.70 94.27 71.13 96.64
329 38.98 92.74 46.07 92.77 53.11 93.06 53.37 93.99 59.64 96.15
327 49.07 92.70 50.80 92.74 57.18 92.99 58.29 93.91 60.56 96.15
320 71.96 92.58 71.96 92.61 73.79 92.74 75.09 93.64 79.87 95.71
315 54.62 92.42 54.92 92.44 58.45 92.49 62.38 93.33 67.23 95.32
309 53.95 92.36 55.25 92.37 57.65 92.39 65.65 93.01 70.86 94.86
306 59.01 92.32 59.01 92.33 59.13 92.35 64.30 92.92 70.66 94.62
301 50.26 92.21 50.68 92.21 51.49 92.23 61.13 92.49 61.25 94.29
292 60.47 92.10 61.02 92.10 61.64 92.10 67.27 92.12 79.13 93.46
286 37.09 92.07 37.09 92.07 37.09 92.07 38.29 92.07 49.43 93.13
283 51.24 91.99 51.24 91.99 51.24 91.99 51.24 91.99 65.21 92.67
279 54.80 91.94 54.80 91.94 54.80 91.94 54.80 91.94 63.06 92.50
272 53.68 91.57 53.68 91.57 53.68 91.57 53.68 91.57 53.98 91.92
267 63.95 91.12 63.95 91.13 63.95 91.13 63.95 91.13 63.95 91.49
258 53.37 90.35 53.37 90.35 53.37 90.35 53.37 90.35 53.64 90.74
256 58.37 90.25 58.37 90.25 58.37 90.25 58.37 90.25 63.33 90.59
255 55.05 90.18 55.05 90.19 55.05 90.19 55.05 90.19 57.74 90.49
253 56.57 90.06 56.57 90.06 56.57 90.06 56.57 90.06 61.26 90.28
243 59.95 89.63 59.95 89.63 59.95 89.63 59.95 89.63 60.45 89.65
228 59.95 88.78 59.95 88.78 59.95 88.78 59.95 88.78 59.95 88.78
211 59.95 87.24 59.95 87.24 59.95 87.24 59.95 87.24 59.96 87.24
210 61.97 86.99 61.97 86.99 61.97 86.99 61.97 86.99 61.97 86.99
207 33.56 73.09 33.56 73.10 33.56 73.10 33.56 73.10 36.55 74.41
200 40.63 72.82 40.63 72.83 40.63 72.83 40.63 72.83 45.88 73.99
195 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 38.37 72.73 46.53 73.72
190 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 49.59 72.63 54.19 73.44
184 50.23 72.44 50.23 72.45 50.23 72.45 50.23 72.45 53.99 73.05
172 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 45.05 72.09 48.45 72.39
166 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 51.85 71.94 53.22 72.19
158 36.58 71.71 36.58 71.72 36.58 71.72 36.58 71.72 38.27 71.91
151 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 51.97 71.59 53.89 71.73
145 51.97 71.38 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.39 51.97 71.52
139 51.97 71.15 51.97 71.16 51.97 71.16 51.97 71.16 51.99 71.30
128 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.86 51.97 70.87 52.03 71.02
120 50.96 70.58 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.59 50.96 70.75
110 50.96 70.25 50.96 70.25 50.96 70.26 50.96 70.26 50.97 70.44
105 50.96 70.21 51.03 70.22 51.04 70.22 51.07 70.22 53.82 70.37
98 51.97 70.11 52.08 70.11 52.09 70.11 52.12 70.11 52.37 70.24
96 42.98 70.13 43.07 70.13 43.08 70.13 43.24 70.13 54.15 70.22
88 39.96 70.10 40.16 70.10 40.33 70.10 40.79 70.10 48.19 70.10
81 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.47 24.99 53.48
75 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.07 25.48 53.08
63 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.33 25.55 52.34
42 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.22 31.70 51.23
26 29.78 50.38 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.37 29.78 50.39
0 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.12 26.06 49.14
Figura 6.39
Condição Crítica – Simulação Durante 50 Anos – Caso 2-87 – Após a Construção dos Dois Aproveitamentos
(Jirau na El. 87,00 m)
Perfil de Linha d’Água Correspondente à Vazão Média do Mês de Dezembro (17.000 m³/s)
110
100
90
80
ALTITUDE (m)
70
60
Seção Local
0 São Carlos
75 Porto Velho
50 88 Cachoeira Santo Antônio
98 Cachoeira Teotônio
128 Cachoeira Morrinho
40 145-190 Ilhas
210 Cachoeira do Jirau
256 Cachoeira Três Irmãos
30 286 Cachoeira do Paredão
309 Cachoeira do Pederneira
329 Rio Abunã
372 Cachoeira das Araras
20
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
DISTÂNCIA A SÃO CARLOS (km)
Leito Atual Leito Após 50 Anos Nível d Água Atual Nível d Água Após 50 Anos
Para efeito de análise o estirão em estudo foi dividido em quatro trechos, a saber:
Figura 6.40
Trecho do Rio Madeira sujeito ao Assoreamento, de Acordo com a Modelagem
Figura 6.41
Trecho do Rio Madeira sujeito ao Assoreamento, de Acordo com a Modelagem
Foi feito, com auxílio do modelo, um balanço sedimentológico do rio Madeira ao longo de
todo o estirão em estudo, que demonstrou que apenas as frações arenosas ficam retidas
no trecho estudado, mesmo com a implantação dos reservatórios. O transporte do
material siltoso e arenoso, que é feito por suspensão, apresentou equilíbrio em todas as
simulações realizadas.
É importante frisar que a fração areia representa cerca de 12% do sedimento transportado
pelo rio Madeira, considerando a média calculada a partir das medições de descarga
sólida disponíveis, conforme mostrado na Tabela 6.10.
Tabela 6.42
Capacidade de Retenção de Sedimento (areia) do rio Madeira
em 50 Anos de Simulação
Condição Estabilizada (R = 0%)
Tabela 6.43
Capacidade de Retenção de Sedimento (areia) do rio Madeira
em 50 Anos de Simulação
Condição Crítica (R = 2%)
• A introdução das duas barragens faz com que a capacidade de retenção de sedimento
alcance 93%.
O modelo HEC-6 permite avaliar a evolução dos depósitos sedimentares ao longo dos
reservatórios, particularmente nas proximidades das barragens. Estes resultados podem
ser comparados com aqueles obtidos nos estudos de vida útil, apresentados no item 5.
A Tabela 6.44, a seguir, mostra a evolução das cotas do leito do rio neste trecho próximo
à barragem de Santo Antônio, com e sem a presença do reservatório de Jirau a montante,
para as condições estabilizada e crítica de produção de sedimento na bacia.
Tabela 6.44
Evolução da Cota dos Sedimentos Junto à Barragem de Santo Antônio
Figura 6.45
Evolução da Cota dos Sedimentos Junto à Barragem de Santo Antônio
55.00
50.00
Cota do Sedimento (m)
45.00
40.00
35.00
30.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (anos)
Sem Jirau - Estabilizada Sem Jirau - Crítica Com Jirau - Estabilizada Com Jirau - Crítica
O material transportado pelo rio Madeira possui granulometria muito fina, sendo
constituído por 88% de silte e argila, conforme demonstram as medições de descarga
sólida realizadas. Os depósitos indicados nas simulações com o modelo HEC-6 serão
PJ-0576-G3-GR-RL-0001 8.5 Engº José Eduardo Moreira
CREA: 21112-D – 5ª Região
Estudos Sedimentológicos do Rio Madeira
Esta granulometria refere-se aos depósitos do leito do rio, modelados pelo HEC-6. Outros
depósitos, decorrentes de distribuições de velocidades irregulares em determinados
trechos de rio, reentrâncias nas margens e bolsões marginais de reservatório têm
ocorrências prováveis, porém suas determinações são limitadas pelo caráter
unidimensional do modelo adotado.
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O trecho analisado se estende por cerca de 430 km, desde a formação do rio Madeira, na
confluência dos rios Mamoré e Beni, na fronteira do Brasil com a Bolívia, até a confluência
do rio Madeira com o rio Jamari, cerca de 80 km a jusante de Porto Velho.
• O material do leito do rio foi descrito com base em amostras coletadas em Abunã e em
Porto Velho. Seria importante que se coletassem novas amostras do material do leito,
distribuídas ao longo do estirão em estudo, de forma a incorporá-las na modelagem.
• O controle hidráulico exercido pelo trecho IV foi modelado de forma precária, não só
pela falta de seções transversais topobatimétricas, como também pela ausência de
observações sistemáticas de nível d’água.
8. BIBLIOGRAFIA
Filizola Jr., N. P., “O Fluxo de Sedimentos em Suspensão nos Rios da Bacia Amazônica
Brasileira”, Publicação ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, Brasília, 1999.
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Division, ASCE, pp. 755-771, March 1965.
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3.1, November, 2002.
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PJ-0576-G3-GR-RL-0001 8.13 Engº José Eduardo Moreira
CREA: 21112-D – 5ª Região
Estudos Sedimentológicos do Rio Madeira
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Davis, CA, October 1992.
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Deposition in Rivers and Reservoirs, User'
s Manual," June 1991, Davis, CA.
Yang, C. T., "Incipient Motion and Sediment Transport," Journal of the Hydraulics Division,
ASCE, Vol. 99, No. HY10, Proc. Paper 10067, pp. 1679-1704, October 1973.
Yang C. T. and Wan, S., "Comparisons of Selected Bed-Material Load Formulas," ASCE
Journal of Hydraulic Engineering, Vol. 117, No. 8, pp. 973-989, August 1991.
ÍNDICE
8. REFERÊNCIAS 8.1
1.1. INTRODUÇÃO
Os estudos realizados cobriram todo o estirão do rio Madeira desde sua confluência
com o rio Abunã, na entrada do futuro reservatório da UHE Jirau, até a confluência
com o rio Jamarí, cerca de 80 km a jusante da barragem de Santo Antônio. Inserem-se
em uma programação de trabalho mais abrangente, a ser complementada nas fases
posteriores com novos levantamentos de campo e uma modelagem mais detalhada de
cada reservatório.
Para esta etapa inicial dos estudos levou-se em consideração o escopo básico
estabelecido no Termo de Referência, relativo à caracterização do meio físico na Área
de Influência Direta (item 4.6.2.1) – Recursos Hídricos, onde se lê (grifos nossos):
Para atendimento a esse escopo, foi realizada uma modelagem de qualidade da água
dos dois reservatórios, considerando os efeitos sinérgicos entre eles. Esta modelagem
foi feita com o emprego de um modelo unidimensional, conforme justificado mais
adiante, que foi calibrado de forma a reproduzir as condições observadas no presente
e, posteriormente, alimentado com as cargas decorrentes da vegetação a ser afogada
durante o enchimento dos reservatórios. Para essa condição futura, os parâmetros do
modelo foram também adaptados, buscando melhor representar as novas condições
hidráulicas e de autodepuração reinantes após o enchimento.
qual foram realizadas cinco campanhas de campo entre novembro de 2003 e agosto
de 2004, cada uma com duração aproximada de 10 dias. Foram coletadas amostras
de água para análises laboratoriais em oito estações, ao longo do rio Madeira, e seis
estações em alguns tributários selecionados. Este estudo fundamentou o
estabelecimento das condições atuais para efeito de calibração do modelo de
qualidade da água.
Item 1 – esta nota introdutória, que justifica e descreve a abordagem geral do trabalho;
2. CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE
DA ÁGUA DO RIO MADEIRA NO
ESTIRÃO EM ESTUDO
A Tabela 2.1 e as Figuras 2.2 e 2.3, a seguir, mostram a localização das estações de
coleta e suas distâncias aproximadas.
Tabela 2.1
Localização das Estações de Coleta
Rio Madeira
Ponto de
Localização (GPS) Referencial
Coleta
MAD10 09°44’03”S 65°21’01”W A montante do rio Abunã
MAD20 09°36’44”S 65°23’30”W A montante do igarapé São Simão
MAD30 09°35’10”S 64°57’22”W A montante do rio Mutumparaná
MAD40 09°20’29”S 64°43’55”W A montante do eixo Jirau
MAD50 09°11’34”S 64°22’37”W A jusante do rio Jaciparaná
MAD60 08°52’02”S 64°04’21”W A montante do eixo Teotônio
MAD80 08°47’50”S 63°57’41”W A montante do eixo Santo Antônio
MAD90 08°38’50”S 63°54’40”W A jusante de Porto Velho
Tributários
Ponto de
Localização (GPS) Referencial
Coleta
ABU10 09°41’38”S 65°26’39”W rio Abunã
SSM10 09°30’34”S 65°17’55”W igarapé São Simão
MTM30 09°36’59”S 64°55’58”W rio Mutumparaná (Rodovia)
MTM10 09°40’43”S 64°58’42”W rio Mutumparaná, à montante do rio Cotia
COT10 09°40’44”S 64°58’50”W rio Cotia
JAC10 09°11’34”S 64°22’37”W rio Jaciparaná
Figura 2.2
Mapa de Localização das Estações de Coleta
Fonte: Referência 1
Figura 2.3
Esquema de Localização das Estações de Coleta
Fonte: Referência 1
As estações MAD10 a MAD40 (rio Madeira), ABU10 (rio Abunã), SSM10 (igarapé São
Simão), MTM30 e MTM10 (rio Mutumparaná), e COT10 (rio Cotia) localizam-se na
área de influência a montante da AHE Jirau. As estações MAD50 a MAD80 (rio
Madeira) e JAC10 (rio Jaciparaná) localizam-se na área de influência a montante da
AHE Santo Antônio. Por fim, a estação MAD90 (rio Madeira) está localizada a jusante
do AHE Santo Antônio e da cidade de Porto Velho.
Tabela 2.4
Variáveis de Interesse à Modelagem
Medições de Campo
Temperatura da Água ºC
Turbidez F.T.U.
Oxigênio Dissolvido mg/L
Grupo 2
Nitrogênio Orgânico Total (Kjeldahl) mg/L
Amônia (NH3) mg/L
Nitrato (NO3) mg/L
Ortofosfato (PO4) mg/L
Fósforo Total (P) mg/L
Fósforo Total Dissolvido (P) mg/L
Demanda Química de Oxigênio (DQO) mg/L
Carbono Orgânico Dissolvido mg/L
Grupo 3
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) mg/L
Coliformes Totais NMP/100mL
Coliformes Fecais NMP/100mL
• DBO (mg/L) – determinada através da incubação por cinco dias seguida de análise
dos teores de oxigênio, o qual foi estimado pelo método tritrimétrico de Winkler
modificado;
• Ortofosfato (P-PO4), amônia (N-NH3), nitrato (N-NO3), fósforo total (PT) e fósforo
total dissolvido (PTD) – determinados utilizando-se as técnicas de análise por
dosagem espectrofotométrica descritas nas Referências 3 e 3. Os resultados são
expressos em mg/L;
• Carbono orgânico (mg/L) foi determinado por cálculo baseado nos valores de DQO;
a) Turbidez
A turbidez das águas do rio Madeira oscilou de 106 FTU (enchente) a 80 FTU (seca) e
foi em média 89 ± 17 FTU, apresentando uma tendência decrescente ao longo do
período de estudo.
b) Temperatura
Figura 2.5
Variação Diária do Nível d’Água no Rio Madeira (2003-2004)
Fonte: Referência 1
Figura 2.6
Variação Média do Nível d’Água no Rio Madeira, em Abunã, Jirau e Porto Velho
(2003-2004)
Fonte: Referência 1
Figura 2.7
Variações Diária e Média da Vazão do Rio Madeira, em Porto Velho (2003-2004)
Fonte: Referência 1
Madeira, com valores mais altos na enchente e mais baixos nas fases de
vazante e seca.
c) Oxigênio Dissolvido
d) Demanda de Oxigênio
tributários a amplitude de variação da DBO foi de 0,30 mg/L a 2,70 mg/L, com
valor médio de 1,31 ± 0,49 mg/L.
A demanda química do oxigênio (DQO) no rio Madeira foi em média 40,0 ± 15,6
mg/L, com seus valores oscilando entre o mínimo de 14,3 mg/L e o máximo de
75,1 mg/L, sendo observada pequena diferença entre as amostras superficiais
(37,8 ± 13,3 mg/L) e do fundo (42,2 ± 17,5 mg/L). Nos tributários, os valores de
DQO foram ligeiramente inferiores, variando de 9,1 mg/L (JAC10) a 44,3 mg/L
(JAC10), com média de 22,6 ± 10,3 mg/L.
Kern et al., 1996; Melack & Fisher, 1983). Esse déficit de oxigênio no meio pode
ser maior ou menor se ocorrerem fatores externos ao ambiente provocando, por
exemplo, a redução da velocidade da corrente ou o aumento do material em
suspensão nas águas.
e) Fósforo
f) Nitrogênio
Tabela 2.8
Concentrações Observadas ao Longo do Rio Madeira
Fósforo Carbono
Temperat OD DBO Norg Amônia Nitrato Ortofosfato
LOCAL MÊS CENÁRIO Orgânico Orgânico
o
C mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L
NOV Enchente 29,4 6,83 8,1 0,10 0,78 0,006 0,009 11,2
JAN Cheia 27,9 4,09 8,7 0,18 0,46 0,001 0,003 23,2
MAD-
30 MAR Cheia 28,7 4,79 9,4 0,16 0,45 0,003 0,007 19,2
MAI Vazante 24,5 5,92 8,2 0,11 0,38 0,006 0,011 15,1
JUL Estiagem 25,8 6,69 5,6 0,11 0,17 0,002 0,013 6,8
NOV Enchente 29,6 6,76 0,25 11,3 0,07 0,81 0,006 0,014 10,7
JAN Cheia 28,1 4,12 0,28 11,5 0,23 0,62 0,002 0,005 24,4
MAD-
40 MAR Cheia 28,3 4,70 1,91 10,0 0,12 0,38 0,006 0,012 19,2
MAI Vazante 24,8 6,02 2,40 10,1 0,07 0,41 0,005 0,008 15,5
JUL Estiagem 26,5 6,57 0,84 6,8 0,10 0,15 0,000 0,006 7,9
NOV Enchente 29,5 7,70 13,5 0,11 0,83 0,009 0,027 11,0
JAN Cheia 28,3 5,09 13,5 0,17 0,59 0,006 0,013 23,2
MAD-
50 MAR Cheia 28,3 5,49 14,6 0,14 0,44 0,007 0,013 18,3
MAI Vazante 24,9 6,83 21,5 0,07 0,43 0,010 0,013 15,9
JUL Estiagem 26,5 7,18 7,2 0,11 0,17 0,001 0,009 6,5
NOV Enchente 29,2 7,22 1,48 8,9 0,08 0,78 0,010 0,036 10,0
JAN Cheia 27,6 4,90 1,82 9,0 0,09 0,49 0,011 0,020 23,3
MAD-
60 MAR Cheia 28,9 6,53 1,07 10,0 0,13 0,53 0,009 0,018 19,1
MAI Vazante 25,1 6,66 0,86 24,4 0,10 0,44 0,009 0,014 15,2
JUL Estiagem 26,7 7,00 1,55 8,4 0,09 0,18 0,000 0,013 7,2
NOV Enchente 29,3 8,56 1,15 7,4 0,09 0,78 0,008 0,012 11,9
JAN Cheia 27,7 6,08 1,96 7,5 0,15 0,44 0,004 0,007 21,6
MAD-
90 MAR Cheia 28,0 6,54 1,15 7,9 0,12 0,54 0,007 0,009 17,6
MAI Vazante 25,4 7,59 0,97 30,8 0,08 0,48 0,008 0,010 15,6
JUL Estiagem 26,8 8,08 0,76 5,1 0,09 0,19 0,000 0,012 5,9
Tabela 2.9
Concentrações Observadas ao Longo dos Tributários do Rio Madeira
Fósforo Carbono
Temperat OD DBO Norg Amônia Nitrato Ortofosfato
LOCAL MÊS CENÁRIO Orgânico Orgânico
o
C mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L
NOV Enchente 30,4 6,92 0,68 2,9 0,01 0,74 0,002 0,009 12,3
JAN Cheia 27,3 4,93 0,84 3,6 0,25 0,45 0,002 0,010 16,0
ABU-
10 MAR Cheia 26,3 4,18 1,75 4,4 0,18 0,28 0,001 0,006 13,2
MAI Vazante 23,6 5,99 1,26 1,6 0,15 0,34 0,001 0,005 9,4
JUL Estiagem 25,6 6,71 1,32 2,2 0,02 0,13 0,001 0,004 7,1
NOV Enchente 26,7 6,42 1,01 1,9 0,02 0,47 0,000 0,000 8,8
JAN Cheia 24,9 4,31 1,77 2,5 0,12 0,33 0,004 0,018 10,3
SSM-
10 MAR Cheia 25,0 5,25 1,51 3,3 0,08 0,30 0,002 0,013 8,8
MAI Vazante 23,9 6,14 2,25 0,9 0,01 0,25 0,002 0,005 3,6
JUL Estiagem 23,9 6,35 0,67 2,2 0,03 0,07 0,000 0,005 3,7
NOV Enchente 29,9 6,90 0,89 4,6 0,05 0,21 0,000 0,000 7,6
JAN Cheia 25,5 5,75 1,69 5,1 0,15 0,22 0,001 0,000 8,8
MTM-
30 MAR Cheia 26,4 6,04 1,15 5,9 0,18 0,24 0,001 0,000 16,1
MAI Vazante 23,9 6,00 1,15 3,3 0,02 0,25 0,000 0,000 5,8
JUL Estiagem 24,8 6,40 1,24 3,4 0,06 0,07 0,000 0,002 4,2
NOV Enchente 28,5 6,69 1,15 1,0 0,13 0,27 0,000 0,000 7,0
JAN Cheia 25,8 5,05 1,40 1,7 0,11 0,20 0,001 0,000 9,1
COT-
10 MAR Cheia 25,9 4,24 1,46 0,7 0,05 0,21 0,000 0,000 7,8
MAI Vazante 24,2 5,65 1,68 1,0 0,00 0,16 0,000 0,005 5,6
JUL Estiagem 24,3 6,09 0,84 0,7 0,08 0,05 0,000 0,003 5,4
NOV Enchente 30,8 7,20 1,76 1,6 0,16 0,41 0,004 0,009 8,3
JAN Cheia 26,6 4,46 1,09 2,2 0,08 0,33 0,001 0,000 9,1
JAC-10 MAR Cheia 25,8 3,65 0,80 3,0 0,19 0,34 0,002 0,000 16,6
MAI Vazante 25,6 5,54 1,27 2,0 0,00 0,32 0,000 0,000 5,8
JUL Estiagem 26,3 6,37 1,15 2,0 0,11 0,01 0,001 0,003 3,4
O AHE Jirau será implantado no denominado “trecho das corredeiras” do rio Madeira,
formando um reservatório com área de 258 km², em seu nível d’água máximo normal,
e volume total de 2.015 hm³. A Tabela 3.1 apresenta a curva cota-área-volume do
reservatório de Jirau.
Tabela 3.1
Tabela Cota x Área, e Cota x Volume do Reservatório de Jirau
Considerando o reservatório em sua cota máxima operativa (cota 90,00m) podem ser
ainda definidas as seguintes características morfométricas:
O mais importante desses bolsões corresponde à área inundada junto à foz do rio
Mutumparaná, que deverá constituir um ambiente destacado em relação ao corpo
principal do reservatório.
Tabela 3.2
Características Morfométricas do Reservatório do AHE Jirau
Reservatório Área do
Vazão Média Estirão Fluvial Acréscimo de
Mensal Tempo de Profundidade em Condições Área
Mês NA operativo Área Extensão Volume
Residência Média Naturais
m³/s m km² Km hm³ h m km² km²
Janeiro 23.900 90,0 244,03 108,650 2015,26 23 8,26 136,45 107,58
Fevereiro 29.100 90,0 220,03 88,300 2015,26 19 9,16 133,74 86,29
Março 33.600 90,0 200,22 70,418 2015,26 17 10,07 132,46 67,76
Abril 30.200 90,0 220,02 84,825 2015,26 19 9,16 133,89 86,13
Maio 22.700 89,5 225,51 108,000 1894,64 23 8,40 137,42 88,09
Junho 15.900 87,0 168,63 113,288 1378,91 24 8,18 121,10 47,53
Julho 10.600 85,0 155,27 128,302 1081,50 28 6,97 124,02 31,25
Agosto 6.800 83,0 138,38 128,302 855,00 35 6,18 115,54 22,84
Setembro 5.600 82,5 136,87 128,302 806,54 40 5,89 109,94 26,93
Outubro 6.800 83,0 138,38 128,302 855,00 35 6,18 115,54 22,84
Novembro 10.400 85,0 155,27 128,302 1081,50 29 6,97 124,02 31,25
Dezembro 16.600 87,5 171,72 115,927 1471,05 25 8,57 120,74 50,98
Mínimo 5.600 82,5 136,87 70,42 806,54 17 5,9 109,94 22,84
Médio 17.683 86,9 181,19 110,91 1457,10 26 7,8 125,41 55,79
Máximo 33.600 90,0 244,03 128,30 2015,26 40 10,1 137,42 107,58
O AHE Santo Antônio será implantado na parte final do “trecho das corredeiras” do rio
Madeira, formando um reservatório com área de 271 km², em seu nível d’água máximo
normal, e volume total de 2.075 hm³. A Tabela 3.3 apresenta a curva cota-área-volume
do reservatório de Santo Antônio.
Tabela 3.3
Tabela Cota x Área, e Cota x Volume do Reservatório de Santo Antônio
Considerando o reservatório em sua cota máxima operativa (cota 70,00m), podem ser
ainda calculados os seguintes índices morfométricos:
3.2.1. Estratificação
Figura 3.4
Gradiente de Temperatura em Reservatórios
• radiação solar;
• ação do vento;
• entrada e saída do fluxo e sua temperatura.
Para uma análise preliminar das condições de qualidade da água dos reservatórios
criados pelas futuras barragem de Jirau e Santo Antônio, serão utilizados dois
métodos já consagrados, que avaliam a possibilidade de estratificação considerando o
tempo de residência (ou tempo de detenção) e o número de Froude Densimétrico,
respectivamente. Estas avaliações preliminares são importantes para a definição da
necessidade e tipo de modelo matemático a se utilizar para uma análise mais
detalhada. Os critérios, a metodologia e os resultados encontrados são descritos a
seguir.
Tabela 3.5
Análise da Estratificação Pelo Critério do Tempo de residência
De acordo com a referência 8, estes resultados indicam que os dois reservatórios são
do tipo “rio”, não devendo apresentar estratificação.
1 L*Q
Fd =
g ∗ e Dm ∗V
Onde:
Fd = número de Froude Densimétrico;
L = comprimento do reservatório (m);
Dm = profundidade média do reservatório (m);
V = volume do reservatório em m³/s;
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s²);
e = gradiente médio de massa específica.
Esta equação se baseia na comparação entre a força de inércia do fluxo que atravessa
o reservatório e a força gravitacional que tende a manter a estabilidade densimétrica.
Transformando a equação acima para unidades convenientes e adotando para
gradiente médio de massa específica o valor e = 0,9843E-06 (referência 9), resulta
L ∗Q
Fd = 0,32
H ∗V
Onde:
L – comprimento, em Km,
Q – vazão em trânsito, em m³/s,
H – profundidade média, em m e
V – volume, em 106 m³.
Tabela 3.6
Análise da Estratificação Pelo Critério do Número de Froude Densimétrico
3.2.2. Eutrofização
• Pelos rios afluentes que trazem cargas orgânicas domésticas, industriais, agrícolas
e naturais;
Os afluentes do rio Madeira, por sua vez, possuem águas mais límpidas, com menores
cargas de sedimento e maior transparência. Como os afluentes estão associados aos
bolsões marginais dos reservatórios, o maior tempo de residência das águas nestes
“apêndices”, associado com a maior penetração de luz solar e com pequenas
profundidades, pode criar condições para a ocorrência de braços eutrofizados.
Não serão abordados neste trabalho os processos associados aos bolsões inindados
lateralmente ao rio Madeira, para os quais recomenda-se a realização de estudos
específicos de aprimoramento.
4.1. METODOLOGIA
A partir das áreas relativas a cada tipologia, foram definidas as densidades de carbono
biodegradável presentes na área diretamente afetada pelo reservatório, respeitando-se
a seguinte sistemática:
• A partir dos dados do potencial de biomassa, foi definida para cada tipologia, a
quantidade de carbono presente, considerando uma taxa média de carbono sobre a
biomassa potencial.
Esta matéria orgânica se apresenta de diferentes formas, cada uma delas possuindo
características próprias. Para fins do presente trabalho, a matéria orgânica foi dividida
em duas categorias: a biomassa estocada no piso da floresta na forma de serrapilheira
e a biomassa aérea em pé.
Tabela 4.1
Número de Pontos de Coleta de Serrapilheira por Formação Vegetacional, Nas
Áreas dos Dois Aproveitamentos Hidrelétricos
Em cada ponto amostral foram coletadas quatro subamostras, marcadas a campo por
um gabarito de madeira medindo 0,5 x 0,5 m de lado, perfazendo uma área de 0,25
m². Assim, cada amostra foi constituída de 1 m² de área. As amostras foram
acondicionadas em sacos plásticos e identificadas com o número do ponto de coleta.
Em seguida, o material passou por uma pré-secagem em sacos de papel e em
seguida encaminhadas para secagem em estufas a 60ºC, até atingirem peso
constante. Posteriormente foram pesadas para determinação do peso seco. Para
diminuir erros procedentes de pesagem, para cada sub-amostra procedeu-se a duas
aferições e tirou-se a média.
Tabela 4.2
Biomassa Estocada na Serrapilheira (ton/ha)
Floresta Ombrófila
Floresta Campinarana Campinarana
Aberta das Terras
Ombrófila Aluvial Florestada Arborizada
Baixas
AHE Salto do
8,10 10,14 9,72 11,37
Jirau
AHE Sto Antônio 10,96 15,02
A Tabela 4.3 a seguir mostra os valores de biomassa verde estimados para as quatro
fisionomias vegetais estudadas, na área de influência dos dois aproveitamentos.
Tabela 4.3
Biomassa Verde na Área dos Aproveitamentso de Jirau e Santo Antônio (ton/ha)
Floresta Ombrófila
Floresta Campinarana Campinarana
Aberta das Terras
Ombrófila Aluvial Florestada Arborizada
Baixas
AHE Salto do
311,13 308,15 209,56 60,58
Jirau
AHE Sto Antônio 286,52 364,67
Tabela 4.4
Quantidade de Carbono Estocado na Serrapilheira (ton/ha)
Floresta Ombrófila
Floresta Campinarana Campinarana
Aberta das Terras
Ombrófila Aluvial Florestada Arborizada
Baixas
AHE Salto do
4,05 5,07 4,86 5,68
Jirau
AHE Sto Antônio 5,48 7,51
Tabela 4.5
Quantidade de Carbono Presente na Biomassa Verde, na Área dos
Aproveitamentos de Jirau e Santo Antônio (ton/ha)
Floresta Ombrófila
Floresta Campinarana Campinarana
Aberta das Terras
Ombrófila Aluvial Florestada Arborizada
Baixas
AHE Salto do
155,6 154,1 104,8 30,3
Jirau
AHE Sto Antônio 143,3 182,3
Tabela 4.6
Divisão da Biomassa Verde, Modificado de Cárdenas (op. Citado)
Tabela 4.7
Distribuição do Carbono Total Presente na Biomassa Afogada Pelo Reservatório de Jirau
(Por Formação Vegetal - Apenas nas Parcelas Rapidamente Biodegradáveis)
Tabela 4.8
Distribuição do Carbono Total Presente na Biomassa Afogada Pelo Reservatório de Santo Antônio
(Por Formação Vegetal - Apenas nas Parcelas Rapidamente Biodegradáveis)
• Folhas 20,0%
• Galhos 11,0%
• Cascas 8,2%
• Serrapilheira 25%
Os cálculos foram efetuados a partir das Tabelas 4.7 e 4.8, já apresentados, nos quais
se desconsiderou a matéria vegetal integrante do tronco e dos galhos grossos, tendo
em vista as baixas taxas de biodegradação normalmente verificadas neste substrato.
Tabela 4.9
Determinação do Carbono Oxidável Por Total no Reservatório de Jirau
(Por Formação Vegetal - Apenas nas Parcelas Rapidamente Biodegradáveis)
Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas 2,84 2,37 1,07 1,01 7,29
Floresta Ombrófila Aluvial 2,81 2,34 1,06 1,27 7,49
Campinarana Florestada 1,91 1,59 0,72 1,22 5,44
Campinarana Arborizada 0,55 0,46 0,21 1,42 2,64
Transição entre Floresta Aberta e Campinarana Florestada 1,77 1,47 0,67 1,24 5,16
Tabela 4.10
Determinação do Carbono Oxidável Total no Reservatório de Santo Antônio
(Por Formação Vegetal - Apenas nas Parcelas Rapidamente Biodegradáveis)
Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas 2,62 2,18 0,99 1,37 7,15
Floresta Ombrófila Aluvial 3,33 2,77 1,26 1,88 9,23
As Tabelas 4.11 e 4.12, obtidos do diagnóstico do uso da terra e da cobertura vegetal das
áreas de influência dos aproveitamentos hidrelétricos de Jirau e Santo Antônio,
apresentam as classes de uso e cobertura vegetal presentes nas áreas diretamente
afetadas dos dois reservatórios.
Tabela 4.11
Classes de uso e cobertura vegetal presentes na AID, entorno e ADA do AHE Jirau
Área Inundada
Classes / Código adotados no banco de dados georreferenciado %
(ha)
Floresta ombrófila aberta submontana com palmeiras (Faps) 4,05 0,02
Associação de Floresta ombrófila aberta das terras baixas com
7.665,98 30,16
palmeiras com floresta ombrófila aberta aluvial (Fap + Fal)
Transição de floresta ombrófila aberta das terras baixas e campinarana
2.387,39 9,39
florestada (Fap + Cf)
Campinarana Florestada (Cf) 483,15 1,90
Associação de Campinarana Gramíneo-Lenhosa com Campinarana
414,92 1,63
Arborizada (Cgl + Carb)
Formações pioneiras de várzea (Fpv) 432,65 1,70
Afloramentos rochosos (Ar) 218,64 0,86
Bancos de Areia (Ba) 334,08 1,31
Pastagem (P) 1.784,23 7.02
Desmatamento (D) 43,80 0,17
Ocupação ribeirinha (Or) 371,05 1,46
Área urbana (Au) 74,37 0,30
Corpo de Água (Ag) 11.202,63 44,08
TOTAL 25.416,96 100
Tabela 4.12
Classes de uso e cobertura vegetal presentes na AID, entorno e ADA
do AHE Santo Antônio
Área Inundada
Classes / Códigos adotados no banco de dados georreferenciado %
(ha)
Associação de Floresta ombrófila aberta das terras baixas com
9.076,96 29,94
palmeiras com floresta ombrófila aberta aluvial (Fap + Fal)
Formações pioneiras de várzea (Fpv) 1.371,70 4,52
Afloramentos rochosos (Ar) 354,89 1,17
Bancos de Areia (Ba) 1.473,38 4,86
Pastagem (P) 1.698,66 5,60
Desmatamento (D) 13,24 0,04
Ocupação ribeirinha (Or) 68,78 0,22
Área urbana (Au) 25,55 0,09
Mineração (M) 1,59 0,01
Psicultura (Ps) 15,15 0,05
Balneário (B) 3,15 0,02
Corpo de Água (Ag) 16.214,60 53,48
TOTAL 30.317,68 100
A massa total de carbono oxidável, expressa em toneladas, pode ser obtida com
facilidade, apenas multiplicando-se a densidade de carbono oxidável de cada parcela,
formação vegetal, expressa em ton/ha, pela área coberta pela formação. As Tabelas 4.13
e 4.14, a seguir, apresentam estes cálculos, respectivamente para o reservatório de Jirau
e Santo Antônio.
Tabela 4.13
Cálculo da Massa de Carbono Oxidável Afogada no Reservatório do AHE Jirau
Área Carbono
Classes / Código adotados no banco de dados Densidade
Inundada Oxidável
georreferenciado (ton/ha)
(ha) (ton)
Floresta ombrófila aberta submontana com palmeiras
4,05 7,49 30,3
(Faps)
Associação de Floresta ombrófila aberta das terras baixas
com palmeiras com floresta ombrófila aberta aluvial (Fap + 7.665,98 7,29 55.885
Fal)
Transição de floresta ombrófila aberta das terras baixas e
2.387,39 5,16 12.319
campinarana florestada (Fap + Cf)
Campinarana Florestada (Cf) 483,15 5,44 2.628
Associação de Campinarana Gramíneo-Lenhosa com
414,92 2,64 1.095
Campinarana Arborizada (Cgl + Carb)
Formações pioneiras de várzea (Fpv) 432,65 5,44 2.354
Pastagem (P) 1.784,23 0,80 1.427
Desmatamento (D) 43,80 2,64 115,6
TOTAL 75.854
Tabela 4.14
Cálculo da Massa de Carbono Oxidável Afogada no Reservatório
do AHE Santo Antônio
Área Carbono
Classes / Código adotados no banco de dados Densidade
Inundada Oxidável
georreferenciado (ton/ha)
(ha) (ton)
Associação de Floresta ombrófila aberta das terras baixas
com palmeiras com floresta ombrófila aberta aluvial (Fap + 9.076,96 7,15 64.900
Fal)
Formações pioneiras de várzea (Fpv) 1.371,70 5,44 7.462
Pastagem (P) 1.698,66 0,80 1.359
Desmatamento (D) 13,24 2,64 35,0
TOTAL 73.756
Pode-se admitir que a biomassa afogada vai sendo solubilizada a uma taxa de 0,080/dia,
ou seja, a cada dia, 8% do carbono oxidável remanescente na biomassa afogada se torna
disponível. Mas a cada dia, apenas uma fração da biomassa total, conforme determinada
no item 4.6, é afogada pelo reservatório, durante o processo de enchimento. Assim, é
necessário que se conheça o processo de enchimento dos reservatórios para que se
possa determinar a quantidade de carbono oxidável solubilizado ao longo do tempo.
O reservatório do AHE Jirau tem um volume pequeno em relação à magnitude das vazões
afluentes. Por esta razão, seu enchimento ocorrerá em poucos dias, dependendo
fundamentalmente da regra operativa que venha a ser adotada para o Vertedouro durante
este período.
novembro é igual a 6.232 m³/s e o nível d´água inicial do reservatório é igual a 72,48 m
(controlado pelo Vertedouro). O volume do reservatório entre esta cota e o NA normal
operativo do mês de novembro, 85,00 m, é igual a 1.081 x 106 m³. Nessas condições o
tempo de enchimento do reservatório é de apenas 3,6 dias.
Tabela 4.15
Tempos de Enchimento do Reservatório de Jirau – Primeira Etapa
Reservatório
Vazões Tempos de
Regime Perma- enchimento
Mês Afluentes NA Volume Volume Diferença Vazão
Hidrológico nência NA inicial
m3/s Operacional Inicial Final Volume Defluente dias
m 106 m3 m3/s
m 106 m3 106 m3
Novembro Seco 90% 6.232 72,48 85,00 145,78 1.081,50 935,72 3240 3,6
Médio 50% 9.594 74,24 85,00 221,64 1.081,50 859,86 3240 1,6
Úmido 10% 14.413 76,24 85,00 327,60 1.081,50 753,90 3240 0,8
A regra de operação definida para o reservatório de Jirau prevê que o NA máximo normal
operativo seja variável ao longo do ano. Com o enchimento sendo feito em novembro (NA
normal na El. 85,00 m), o reservatório somente estará completamente cheio em janeiro,
quando o NA normal operativo alcança a Cota 90,00 m, sendo ainda necessária uma
etapa intermediária em dezembro, quando o NA normal operativo é na El. 87,50 m.
Assim, o enchimento do reservatório do AHE Jirau se processa em três etapas:
Figura 4.16
Incorporação da Biomassa no Reservatório de Jirau
4500 10000
4000 20000
3500 30000
3000 40000
2500 50000
2000 60000
Carga Incorporada (ton/dia)
1500 70000
1000 80000
500 90000
0 100000
10/31/00 11/30/00 12/31/00 1/31/01 2/28/01 3/31/01
Este gráfico evidencia que existem três situações a serem analisadas, correspondentes
às taxas máximas de transferência de carbono oxidável observadas em cada mês.
Tabela 4.17
Cargas Transferidas ao Reservatório de Jirau Pela Biomassa Afogada
Da mesma forma que em Jirau, o reservatório do AHE Santo Antônio tem um volume
pequeno em relação à magnitude das vazões afluentes, de forma que seu enchimento
também ocorrerá em poucos dias.
Tabela 4.18
Tempos de Enchimento do Reservatório de Santo Antônio
Reservatório
Vazões Tempos de
Mês de Regime Perma-
Afluentes Volume Diferença Vazão enchimento
Enchimento Hidrológico nência NA inicial Volume Final
m3/s Inicial Volume Defluente dias
m 106 m3
106 m3 106 m3 m3/s
Novembro Seco 90% 6.336 50,95 107,20 2.075,13 1.967,93 3.293 7,5
Médio 50% 9.755 52,61 129,56 2.075,13 1.945,57 3.293 3,5
Úmido 10% 14.654 54,55 166,56 2.075,13 1.908,57 3.293 1,9
Dezembro Seco 90% 10.576 52,95 134,67 2.075,13 1.940,46 3.293 3,1
Médio 50% 16.744 55,28 184,60 2.075,13 1.890,53 3.293 1,6
Úmido 10% 21.166 56,79 230,19 2.075,13 1.844,94 3.293 1,2
Da mesma forma procedida para o reservatório de Jirau, foi feita uma simulação da
incorporação do carbono rapidamente oxidável no reservatório de Santo Antônio,
considerando o enchimento concluído em 7,5 dias, no mês de novembro. Admitiuse, do
mesmo modo, uma taxa de transferência de carbono de 0,080/dia sobre a massa de
carbono remanescente.
Figura 4.19
Incorporação da Biomassa no Reservatório de Santo Antônio
5000 0
4000 20000
3500 30000
3000 40000
2500 50000
2000 60000
Carga Incorporada (ton/dia)
1500 70000
1000 80000
500 90000
0 100000
10/31/00 11/30/00 12/31/00 1/31/01
Tabela 4.20
Cargas Transferidas ao Reservatório de Santo Antônio Pela Biomassa Afogada
Enchimento em Novembro
Vazão com Permanência de 90 % (m³/s) 6.336
Vazão residual durante o enchimento (m³/s) 3.293
Nível d’água do reservatório (m) 70,00
Tempo de enchimento (dias) 7,5
Carga máxima de carbono oxidável (ton/dia) 4.408
Carga máxima média de cinco dias (ton/dia) 4.088
Carga máxima média de dez dias (ton/dia) 3.610
DBO associada à média de 5 dias (ton/dia) 11.038
Nitrogênio associado à média de 5 dias (ton/dia) 100,3
Fósforo associado à média de 5 dias (ton/dia) 12,15
PJ-0580-G3-GR-RL-0001 4.19 Engº José Eduardo Moreira
CREA: 21112-D – 5ª Região
Modelagem da Qualidade da Água dos Reservatório do Rio Madeira
Esta Tabela define o cenário crítico de qualidade da água associado com o enchimento
do reservatório de Santo Antônio.
5 ESTABELECIMENTO DO MODELO
DE QUALIDADE DA ÁGUA
Para modelagem da qualidade da água na bacia do rio Madeira foi usado o modelo
matemático QUAL2E, desenvolvido por Brown e Barnwell em 1985 (Referência 11) . A
versão utilizada no presente trabalho possui interface para o ambiente Windows, tendo
sido desenvolvida por Lahlou, Sayedul, Baldwin e Boyton para o U.S. Environmental
Protection Agency, em 1995 (Referência 12).
O modelo pode ser operado como permanente ou dinâmico. Quando operado na forma
permanente pode ser usado para estudo do impacto dos despejos (magnitude, qualidade
e localização) na qualidade da água do rio. Na forma dinâmica permite o estudo dos
efeitos das variações diurnas dos dados meteorológicos na qualidade da água (oxigênio
dissolvido e temperatura) e das variações do oxigênio dissolvido devido ao crescimento e
respiração das algas.
Também permite o cálculo das vazões necessárias para diluição quando um nível
mínimo, pré-fixado, de oxigênio dissolvido não for alcançado. Para o caso específico da
demanda bioquímica de oxigênio e do oxigênio dissolvido, analisa a biodegradação da
matéria carbonácea, demanda bentônica e sedimentação da matéria orgânica.
• Número de trechos 50
• Número de elementos computacionais 500
• Numero de elementos de cabeceira 10
• Número de junções 9
• Número de despejos e retiradas 50
Figura 5.1
Discretização de Um Trecho de Rio no QUAL2E
Para cada subtrecho (i), pode-se descrever o balanço hidrológico em termos das vazões
de entrada a montante (Qi-1), vazões de entrada ou saídas laterais (Qxi) e vazões de
saída (Qi). Da mesma forma, o balanço da massa para cada constituinte C pode ser
descrito em termos do transporte advectivo e dispersivo, podendo sofrer ainda, ao longo
dos subtrechos, acréscimos ou decréscimos devido a fontes ou sumidouros externos ou
internos, estes no caso de transformações bioquímicas.
O rio ou trecho de rio a ser simulado é dividido em trechos com características hidráulicas
homogêneas (declividade, rugosidade, seção transversal, etc.). Cada trecho é subdividido
em elementos computacionais de comprimentos iguais. No total, podem ser utilizados
sete tipos de elementos computacionais, descritos a seguir:
Figura 5.2
Segmentação de Um Rio em Trechos e Elementos Computacionais
∂C
∂M
=
∂ AXDL
∂X
dx −
(
∂ A X uC ) dx + (A dx)
dC
+s 5.1
X
∂. t ∂X ∂X dt
onde:
t = tempo(T);
x = distância(L);
C = concentração (ML-3);
Ax = área da seção transversal (L2);
DL= coeficiente de dispersão (L2T-1);
u = velocidade média (LT-1);
s = fontes ou consumidores externos (MT-1);
M = massa (M).
∂M ∂( VC) ∂C ∂V
= =V +C
∂. t ∂. t ∂. t ∂. t 5.2
onde:
∂Q V
Ao se assumir o regime permanente =0 ; = 0 , a equação 5.2 torna-se:
∂. t t
∂M ∂C
=V
∂. t ∂. t 5.3
∂C
∂ AX D L
∂C
=
∂X
−
( +
)
∂ AX uC dC s
+
∂ .t AX ∂ X AX ∂ X dt V 5.4
O modelo assume que o regime hidráulico do rio ou canal é permanente, ou seja, ∂Q/∂t =
0. Desta forma, o balanço hidrológico de um elemento computacional pode ser escrito
como:
∂Q
= (Q x ) i
∂x i 5.5
onde ( Qx ) i é a soma das entradas e/ou retiradas externas para este elemento.
Uma vez solucionada a equação acima para Q, as outras características hidráulicas são
obtidas a partir das relações:
v = c. Qd 5.6
Q
AX = 5.7
v
h = a. Qb 5.8
Onde:
a, b, c e d - constantes determinadas a partir das relações entre a velocidade e a
vazão e a profundidade e a vazão;
v - velocidade média;
AX - área da seção transversal;
h - profundidade média; e ,
Q - vazão média no trecho.
1
Q = . A x .R 2 /3
x .S 1/2
e
n 5.9
Onde:
Rx = raio hidráulico;
n = coeficiente de Manning;
Se = declividade da linha de energia;
PJ-0580-G3-GR-RL-0001 5. 7 Engº José Eduardo Moreira
CREA: 21112-D – 5ª Região
Modelagem da Qualidade da Água dos Reservatório do Rio Madeira
DL = 3,11 ⋅ K ⋅ n ⋅ v ⋅ h 5 / 6 5.10
Neste item são descritos alguns constituintes simulados pelo modelo, bem como as
expressões associadas à sua cinética. Embora o modelo QUAL2E trate de maior número
de constituintes e cinéticas, a descrição apresentada a seguir limita-se aos parâmetros
efetivamente considerados no presente trabalho.
dL
= − K1 ⋅ L − K 3 ⋅ L
dt
dO K
= − K 2 ⋅ (Os − O ) − K1 ⋅ L − 4
dt h
Onde:
O modelo QUAL2E possui a opção de ler diretamente valores medidos (ou estimados) do
coeficiente de reaeração, ou calcular através de sete fórmulas empíricas, relacionadas
com as características e geometria do canal.
b) Ciclo do nitrogênio
Nessas etapas ocorre consumo de oxigênio, motivo pelo qual a nitrificação é uma fonte
potencial de depleção de oxigênio em águas naturais. Estes processos são tratados, no
QUAL2E, da seguinte forma:
• Nitrogênio Orgânico
dN
4 = A − N4 − N4
dt 1 3 4
Onde:
• Amônia
dN
1= N - N + /d - F1 A
dt 3 4 1 1 3 1
Onde:
• Nitrito
dN
2= N − N
dt 1 1 2 2
Onde:
• Nitrato
dN 3
= 2 N 2 − (1 − F) 1 A
dt
Onde:
c) Ciclo do Fósforo
• Fósforo Orgânico
dP
1= A − P1 − P
dt 2 4 5 1
Onde:
• Fósforo Dissolvido
dP
2 = P+ /d - A
dt 4 1 2 2
Onde:
X T = X 2T 0 . θ ( T − 2 0 )
Onde:
O modelo utiliza:
O estirão fluvial do rio Madeira a ser simulado, desde sua confluência com o rio Abunã, a
montante, até sua confluência com o rio Jamarí, a jusante, totalizando 329 km,foi
segmentado em 29 trechos, escolhidos por apresentarem características hidráulicas
aproximadamente homogêneas. Nesta segmentação foi considerada ainda a localização
dos principais afluentes que ocorrem no estirão.
A caracterização hidráulica de cada trecho foi feita com base nas seções transversais
disponíveis, obtidas dos estudos de remanso dos reservatórios e dos estudos
sedimentológicos realizados. As seções do trecho situado a jusante de Porto Velho foram
obtidas a partir do Atlas da Hidrovia Madeira-Amazonas de Itacoatiara a Porto Velho,
produzido pela Diretoria de Hidrografia e Navegação do Ministério da Marinha em 1999.
A seção de Porto Velho foi obtida a partir de uma planta de estruturas do projeto da Ponte
Sobre o Rio Madeira – Porto Velho.
A Tabela 5.3, a seguir, apresenta uma relação das seções topobatimétricas disponíveis
para caracterização hidráulica do rio Madeira. Estas seções estão identificadas pela sua
distância, em km, até a confluência do rio Madeira com o rio Jamarí, ou seja, sua
distância ao limite de jusante da modelagem.
Tabela 5.3
Relação das Seções Transversais Disponíveis Para Modelagem
Seção de referência
Seção Trecho Observações
HEC - RAS Desenho
329 1 42.3 S-42,3 Rio Abunã
327 1 42 S-42
320 1 41.5 S-41,5
315 1 41 S-41
309 2 40.5 S-40,5 Cachoeira do Pederneira
306 2 40 S-40
301 2 39 S-39
292 3 38.5 S-38,5
286 3 38 S-38 Cachoeira do Paredão
283 4 37 S-37
279 4 36 S-36
272 4 35 S-35
267 5 34.5 S-34,5
258 6 34 S-34
256 7 33 S-33 Cachoeira Três Irmãos
255 7 32 S-32 Ilha Três Irmãos
253 8 31 S-31
243 8 30 S-30
228 9 29 S-29
211 10 Cópia da seção 228 Cópia da seção 228 Seção auxiliar
210 11 28 S-28
207 12 18 S-23 Salto do Jirau
200 12 17 S-22 Cachoeira do Inferno
195 13 16 S-21
190 13 15 S-20
184 13 14 S-19 Ilha da Pedra
172 14 13 S-18 Ilha Santana
166 14 12 S-17
158 15 11 S-16 Ilha Niterói
151 16 10 S-15 Ilha São Patrício
145 17 9 S-14 Ilha Liverpool
139 17 8 S-13
128 18 7 S-12 Cachoeira Morrinho
120 19 6 S-11
110 19 5 S-10
Seção de referência
Seção Trecho Observações
HEC - RAS Desenho
105 20 4 S-9
98 21 3.5 S-8 Cachoeira de Teotônio
96 22 3 S-7
88 23 2 S-6
81 24 1 S-5 Cachoeira Santo Antônio
75 25 Ponte Projetada Ponte Projetada Porto Velho
63 26 Cópia da seção 75 Cópia da seção 75 Cópia da seção 75
42 27 Atlas Atlas
26 28 Atlas Atlas Ilha Jamarizinho
0 29 Atlas Atlas Foz do rio Jamari
Para cada trecho foi escolhida uma seção representativa, conforme apresentado na
Tabela 5.4, a seguir.
Tabela 5.4
Limites dos Trechos do Modelo QUAL2E e Seções Representativas
Tabela 5.5
Coeficientes Empregados na Caracterização Hidráulica dos Segmentos
Trecho a b c d
1 1.6796 0.2535 0.0014 0.6886
2 1.6796 0.2535 0.0014 0.6886
3 1.2984 0.2687 0.0018 0.6312
4 0.7504 0.3202 0.0030 0.6293
5 0.1334 0.4638 0.0143 0.5036
6 0.8996 0.3099 0.0020 0.6560
7 0.0263 0.5908 0.0989 0.2574
8 1.5275 0.2581 0.0020 0.6431
9 1.5275 0.2581 0.0020 0.6431
10 1.5275 0.2581 0.0020 0.6431
11 0.0363 0.5387 0.6686 0.2248
12 1.8906 0.2403 0.0012 0.6941
Trecho a b c d
13 1.3526 0.2697 0.0009 0.6900
14 4.1580 0.1053 0.0041 0.5544
15 4.1580 0.1053 0.0041 0.5544
16 0.0434 0.5223 0.0154 0.3907
17 0.1009 0.4792 0.0074 0.4968
18 0.1009 0.4792 0.0074 0.4968
19 0.3828 0.3435 0.0036 0.6276
20 0.1204 0.4333 0.0057 0.5468
21 0.0002 0.9917 2.0982 0.0760
22 0.0140 0.6249 0.5837 0.0499
23 0.1553 0.4538 0.0127 0.4830
24 0.6379 0.3235 0.0040 0.5981
25 2.2586 0.2135 0.0014 0.7035
26 2.2586 0.2135 0.0014 0.7035
27 2.4874 0.2241 0.0003 0.8090
28 2.4874 0.2241 0.0003 0.8090
29 2.4874 0.2241 0.0003 0.8090
Com base nos resultados das cinco campanhas de coleta de amostras para análise de
qualidade da água realizadas, foram definidos cenários para calibração do modelo:
Estiagem, Enchente, Cheia e Vazante. Na calibração foi dada maior ênfase ao primeiro
cenário, Estiagem, por ser o mais representativo das condições críticas (baixas vazões) a
serem consideradas nas simulações da qualidade da água dos futuros reservatórios.
Para cada cenário foram considerados como condição de contorno os valores de vazão
afluente no início do trecho de montante do rio Madeira e nos tributários, bem como os
parâmetros de qualidade da água associados.
Tabela 5.6
Condições de Contorno Adotadas na Calibração
Fósforo
CENÁRI Vazão Temperat. OD DBO Norg Amônia Nitrato Ortofosfato
Orgânico
MÊS
O
3/ o
m s C mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l
NOV Enchente 10000 29,0 6,1 0,11 3,7 0,09 0,83 0,0098 0,0047
JAN Cheia 24000 28,3 4,5 1,05 4,2 0,14 0,51 0,0013 0,0013
MAR Cheia 33300 28,7 4,8 0,91 4,9 0,16 0,40 0,0052 0,0033
MAI Vazante 22500 24,4 8,6 1,01 13,7 0,09 0,40 0,0103 0,0053
JUL Estiagem 10500 25,8 7,1 0,78 6,8 0,10 0,17 0,0163 0,0128
Tabela 5.7
Parâmetros Obtidos na Calibração
Trecho K1 K2 3 4 1 3 2 4 5 2
Trecho K1 K2 3 4 1 3 2 4 5 2
Figura 5.8
Calibração do Modelo QUAL2E – Período de Estiagem
VAZÕES
10800
10750
10700
Q (m³/s)
10650
10600
10550
10500
10450
300 250 200 150 100 50 0
Distância (km)
6 dados medidos
OD (mg/l)
5
2
4
3
2 calibração modelo 1
1 dados medidos
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Porg(mg/l)
10
dados medidos
8 0.1
6
4
2
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Figura 5.9
Calibração do Modelo QUAL2E – Período de Cheia
VAZÕES
34200
Q (m³/s) 34000
33800
33600
33400
33200
300 250 200 150 100 50 0
Distância (km)
dados medidos
OD (mg/l)
5
4 2
3
2 calibração modelo 1
1 dados medidos
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Porg(mg/l)
10
dados medidos
8 0.1
6
4
2
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Para a situação futura, com os reservatórios, como não se dispõe de uma referência, o
cálculo dos novos coeficientes deve ser feito de forma criteriosa, para que os valores
adotados não resultem arbitrários. No presente estudo, adotou-se o seguinte
procedimento:
Tabela 5.10
Modificação dos Coeficientes de Reaeração Para Considerar os Reservatórios
1
Da − Db = 1 − ⋅ Da
1 + 0,116 ⋅ a ⋅ b ⋅ H ⋅ (1 − 0,034 ⋅ H ) ⋅ (1 + 0,46 ⋅ T )
A Tabela 6.1 apresenta as estatísticas de máxima, média, mínima e Q90% das vazões
médias mensais do rio Madeira em Porto Velho. As vazões mínimas ocorrem no período
de agosto a outubro, apresentando valores médios em torno de 7.000 m³/s, mas podendo
chegar à casa dos 4.000 m³/s ou menos.
Tabela 6.1
Características das Vazões Médias Mensais do Rio Madeira em Porto Velho
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ANO
MÍNIMA 13.547 17.779 20.861 18.267 13.684 7.075 4.862 3.732 3.651 3.683 4.906 8.809 3.651
MÉDIA 24.268 29.582 34.207 30.706 23.107 16.155 10.750 6.938 5.691 6.944 10.553 16.896 17.983
MÁXIMA 44.794 40.802 47.492 47.069 39.476 27.384 21.144 13.126 12.608 15.455 20.089 34.155 47.492
Perm 90% 17.551 22.398 25.575 23.070 16.042 11.381 7.616 5.080 4.042 4.621 6.278 10.342 5.647
Assim, para os propósitos do presente trabalho, admitiu-se como condição básica início
do enchimento dos reservatórios no mês de novembro, sabendo-se que um atraso nessa
data conduziria a condições ambientais mais favoráveis, sob o ponto de vista da
qualidade da água.
Para os cinco cenários descritos no item anterior, foi simulada a evolução da qualidade da
água do rio Madeira ao longo de todo o estirão de interesse, tendo sido dada ênfase no
balanço entre oxigênio dissolvido e demanda bioquímica de oxigênio (auto depuração) e
nas concentrações de fósforo e nitrogênio (nutrientes).
Conforme será visto mais adiante, na análise do Cenário 5 (operativo), o trecho do rio
Madeira afogado pelo reservatório de Jirau apresenta grande número de corredeiras que,
no mês de novembro, quando as vazões são mais baixas, propiciam condições
excelentes de reaeração, ajudando a manter elevados os níveis de oxigênio dissolvido.
Com a implantação do reservatório, e o conseqüente afogamento das corredeiras, este
efeito deixa de existir. No caso do Cenário 1, aqui analisado, existe ainda a elevada carga
de DBO associada com o afogamento da biomassa, que concorre para reduzir ainda mais
as concentrações de oxigênio dissolvido no reservatório.
Nas três fases do Cenário 1, observa-se que há uma grande recuperação dos níveis de
OD a jusante da barragem de Jirau, efeito provocado pela turbulência das vazões
vertidas. Durante o enchimento, a maior parte da vazão descarregada para jusante passa
pelo vertedouro, pois existem ainda poucas unidades geradoras instaladas e, via de regra,
as unidades que já podem operar encontram-se ainda em fase de comissionamento.
Figura 6.2
Cenário 1 – Fase 1
Enchimento do Reservatório de Jirau (1a Adição) Até a Cota 85,00 m – Novembro
OD DBO
8 3
7
2.5
6
DBO (mg/l)
2
OD (mg/l)
4 1.5
Santo Antônio
Santo Antônio
Porto Velho
Porto Velho
Abunã
0.5
Abunã
Jirau
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Jirau
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Santo Antônio
Porto Velho
7
6
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Figura 6.3
Cenário 1 – Fase 2
Enchimento do Reservatório de Jirau (1a Adição) Até a Cota 87,50 m – Dezembro
OD DBO
8 7
7 6
6 5
DBO (mg/l)
OD (mg/l)
5
4
4
3
3
Santo Antônio
Santo Antônio
Porto Velho
2
Porto Velho
2
Abunã
Abunã
Jirau
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Jirau
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Santo Antônio
Porto Velho
7
6
Norg (mg/l)
5 Porg(mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Figura 6.4
Cenário 1 – Fase 3
Enchimento do Reservatório de Jirau (1a Adição) Até a Cota 90,00 m – Janeiro
OD DBO
8 6
7
5
6
DBO (mg/l)
4
OD (mg/l)
4 3
3
Santo Antônio
Santo Antônio
2
Porto Velho
Porto Velho
2
Abunã
1
Abunã
Jirau
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Santo Antônio
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Porto Velho
6
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Observa-se que, no mês de janeiro, apesar da vazão em trânsito ser maior que nos dois
meses anteriores, os níveis de OD dentro do reservatório de Santo Antônio apresentam
redução significativa, caindo abaixo dos 5,0 mg/l. Esta condição repercute ainda a
jusante, com as concentrações de OD ficando próximas de 5 mg/l no final do trecho, a
jusante de Porto Velho.
Figura 6.5
Cenário 2 – Fase 1
Enchimento do Reservatório de Jirau (2a Adição) Até a Cota 85,00 m – Novembro
OD DBO
8 3
7
2.5
6
DBO (mg/l)
2
OD (mg/l)
4 1.5
Santo Antônio
Santo Antônio
Porto Velho
Porto Velho
2
Abunã
0.5
Abunã
Jirau
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Santo Antônio
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Porto Velho
6
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Figura 6.6
Cenário 2 – Fase 2
Enchimento do Reservatório de Jirau (2a Adição) Até a Cota 87,50 m – Dezembro
OD DBO
8 7
7 6
6 5
DBO (mg/l)
OD (mg/l)
5
4
4
3
3
Santo Antônio
Santo Antônio
Porto Velho
2
Porto Velho
2
Abunã
Abunã
Jirau
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Santo Antônio
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Porto Velho
7
6
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
5
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Figura 6.7
Cenário 2 – Fase 3
Enchimento do Reservatório de Jirau (2a Adição) Até a Cota 90,00 m – Janeiro
OD DBO
8 6
7
5
6
DBO (mg/l)
4
OD (mg/l)
4 3
3
Santo Antônio
Santo Antônio
2
Porto Velho
Porto Velho
2
Abunã
1
Abunã
Jirau
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Santo Antônio
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Porto Velho
6
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Figura 6.8
Cenário 3
Enchimento do Reservatório de Santo Antônio Em Primeira Adição – Novembro
OD DBO
8 20
18
7
16
6
DBO (mg/l)
14
OD (mg/l)
5 12
4 10
Santo Antônio
8
3
Porto Velho
Santo Antônio
6
Porto Velho
2
Abunã
Jirau
4
Abunã
Jirau
1 2
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Santo Antônio
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Porto Velho
6
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
As diferenças porém são pequenas e os resultados são afetados por imprecisões nas
premissas de simulação, como não considerar carga de sedimentos (que deve aumentar
com o reservatório, mesmo estabilizado.
Figura 6.9
Cenário 4
Enchimento do Reservatório de Santo Antônio Em Segunda Adição – Novembro
OD DBO
8 20
18
7
16
6
DBO (mg/l)
14
OD (mg/l)
5 12
4 10
Santo Antônio
8
3
Porto Velho
Santo Antônio
6
Porto Velho
2
Abunã
4 Jirau
Abunã
Jirau
1 2
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Santo Antônio
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Porto Velho
7
6
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
A Figura 6.10 resume os resultados obtidos nas simulações do cenário 5, que contempla
a qualidade da água do rio Madeira com vazão em trânsito correspondente à observada
durante a campanha de monitoramento, período de novembro de 2003 – enchente. Neste
Cenário, admite-se a presença dos dois reservatórios com a biomassa afogada já
estabilizada – computa-se apenas a diferença introduzida pelos reservatórios sobre a
capacidade de autodepuração do rio Madeira.
Figura 6.10
Cenário 5
Operação dos Dois Reservatórios Já Estabilizados
6 0.8
OD (mg/l)
DBO (mg/l)
5
0.6
4
3 0.4
Santo Antônio
Santo Antônio
Porto Velho
Porto Velho
0.2
Abunã
1
Abunã
Jirau
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Jirau
Porto Velho
Santo Antônio
14
Abunã
Jirau
Porto Velho
Santo Antônio
12
Norg (mg/l)
Porg(mg/l)
10
8 0.1
6
4
2
0
0
300 250 200 150 100 50 0
300 250 200 150 100 50 0
Distância (km) Distância (km)
Pode-se ver, comparando a Figura 6.11 com a Figura 6.8, que houve uma pequena
melhora nas concentrações de OD, tanto dentro do reservatório quanto a jusante da
barragem, revelando que esta pode ser uma possível medida mitigadora para este
impacto.
Outra possibilidade, que não foi simulada por falta de informações adequadas, seria
dividir o enchimento de Santo Antônio em duas etapas, de forma similar ao que ocorre
com Jirau.
Figura 6.11
Cenário 3 Alternativo
Enchimento do Reservatório de Santo Antônio (1a Adição) Até a Cota 70,00 m
Análise da Transferência do Enchimento Para Dezembro
OD DBO
8 14
7 12
6 10
DBO (mg/l)
OD (mg/l)
5
8
4
6
Santo Antônio
3
Porto Velho
Santo Antônio
Porto Velho
4
2
Abunã
Jirau
Abunã
2
Jirau
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
Santo Antônio
Porto Velho
Abunã
Jirau
Santo Antônio
Porto Velho
7
6
Porg(mg/l)
Norg (mg/l)
4 0.1
0 0
300 250 200 150 100 50 0 300 250 200 150 100 50 0
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Foi realizada uma modelagem da qualidade da água ao longo do estirão do rio Madeira
compreendido entre sua confluência com o rio Abunã, onde se inicia o reservatório do
futuro AHE Jirau, e sua confluência com o rio Jamarí, cerca de 80 km a jusante do local
previsto para implantação do AHE Santo Antônio.
O objetivo principal desta modelagem foi prognosticar as alterações de qualidade da água
do rio Madeira provocadas pela implantação dos dois aproveitamentos, considerando sua
seqüência de implantação e os efeitos sinérgicos associados. O trabalho procurou seguir
o escopo estabelecido no Termo de Referência preparado pelo IBAMA, de acordo com o
texto transcrito na introdução deste relatório.
Buscando encerrar as informações e análises realizadas em um único documento, e com
isso evitar consultas desnecessárias, foi feita a reprodução de alguns trechos da
Referência 1 necessários para a caracterização geral da qualidade da água atual do rio
Madeira.
Os dois reservatórios a serem implantados apresentam características de corpos d’água
de comportamento essencialmente fluvial, existindo poucos, mas importantes, trechos
com escoamento de baixas velocidades. Mais que isso, as diferenças entre as
velocidades de escoamento naturais e aquelas que ocorrerão após a implantação dos
reservatórios são pequenas, de forma que os tempos de residência da água serão curtos,
da ordem de horas ou poucos dias, mesmo durante as estiagens.
Por este motivo, adotou-se uma metodologia de modelagem de qualidade da água típica
de rios, tendo-se empregado nos estudos o modelo QUAL2E, desenvolvido pela EPA –
Environmental Protection Agency para simulação de qualidade da água de rios e
estuários.
Os aspectos ambientais mais importantes decorrentes da implantação dos
empreendimentos, sob o ponto de vista da qualidade da água do rio Madeira, e que
nortearam o desenvolvimento dos estudos aqui apresentados, são:
- A presença dos reservatórios irá reduzir substancialmente a capacidade de reaeração
do curso d’água, em virtude do afogamento de algumas cachoeiras existentes,
responsáveis por criar condições localizadas de super-saturação de oxigênio
dissolvido; e
- A grande quantidade de biomassa existente na área dos futuros reservatórios poderá
provocar condições de qualidade da água críticas em determinados trechos dos
reservatórios, durante o período de enchimento e no início de operação.
Na modelagem, procurou-se enfatizar o período de enchimento dos dois reservatórios,
justamente por ser o momento em que as maiores cargas poderiam ser introduzidas no
sistema, devido ao afogamento da vegetação existente na área inundada. Admitiu-se nas
simulações, que toda a vegetação existente seria afogada, hipótese conservadora, mas
condizente com o momento atual, de análise de viabilidade ambiental dos
empreendimentos. Em estudos futuros, dispondo-se de um modelo mais elaborado
espacialmente (bi-dimensional, pelo menos), será possível estudar estratégias de
são muito mais rigorosas, do ponto de vista da qualidade da água, que as provocadas
pelo enchimento de Jirau.
Como conseqüência da incorporação de toda essa biomassa em uma única etapa, os
níveis de oxigênio dissolvido dentro do reservatório podem cair a valores na faixa de 2 a 3
mg/L. Mesmo tendo havido aumento nos teores de oxigênio, a água restituída para
jusante ainda pode apresentar concentrações de OD de 4,0 mg/L, portanto baixa, e DBO
ainda acima de 10 mg/L, que resultaria em nova depleção de OD no estirão do rio
Madeira a jusante deste aproveitamento, nos primeiros quilômetros. As concentrações de
OD no estirão de jusante podem cair até valores próximos a 3,0 mg/L, dando indicações
de estabilização, para posterior recuperação, no limite inferior do trecho estudado.
Como o enchimento do AHE Santo Antônio ocorre no pico do período de migração
ascendente e desova das espécies de peixes que realizam grandes migrações, essa
grande queda nos valores de OD a jusante da barragem poderá interferir nesse processo,
ocasionando uma falha na desova e/ou no desenvolvimento inicial dos ovos e larvas, e
afetando os estoques pesqueiros e a pesca. É importante salientar que esse efeito não
será perceptível no primeiro nem no segundo ano, pois os “indivíduos que não nasceram”
só atingiriam tamanhos de captura pela pesca comercial em três a seis anos, dependendo
da espécie.
O efeito sobre os estoques de peixes se reduzem com o incremento das taxas de OD.
Salienta-se que outros rios de águas brancas da planície amazônica, que não têm
sistemas de corredeiras que proporcionam uma relevante aeração física, possuem níveis
de saturação da ordem dos níveis previstos pelo modelo, para a fase de operação do
complexo em estudo.
7.2 Recomendações
8. REFERÊNCIAS
- Referência 7 – Rai, H. & Hill, H. 1981. Physical and Chemical Studies of Lago Tupe, A
Central Amazonian Black Water, Ria Lake. Int. Revue Ges. Hidrobiol.. 66I, 37-82.
- Referência 13 - BROWN, S., GILLESPIE, A.J.R. & LUGO, A.E. 1989. Biomass
estimation methods for tropical forests with applications to forest inventory data. Forest
Science 35:881-902.
- Referência 17 – Fischer, H. B., List, E. J., Koh, R. C. Y., Imberger, J., and Brooks, N.
H. 1979. Mixing in Inland and Coastal Waters. Academic, New York.