Este simples e-book foi organizado por mim,
Suzi Lameu, com o intuito de fazer conhecer esta
tão amada mãe, que formou São João Bosco e
ajudou na formação de tantos outros meninos
no Oratório de Dom Bosco.
Peço que não compartilhem, mas que
indiquem o meu perfil para quem se interessar.
Deus abençoe!
Aprendendo a educar com
Mamãe Margarida
Que alegria entregar este material em suas mãos,
fiz tudo com muito carinho e espero, de coração, que
te ajude de alguma forma.
Educar nesta modernidade toda está cada vez
mais difícil, não é? São tantas informações, tantas
pessoas nos dizendo o que fazer, o que não fazer, que
por muitas vezes nos sentimos perdidas.
Mas a história está aí para nos provar a
realidade, nada permanece se não for verdadeiro, e
a educação de Mamãe Margarida formou um
grande santo, que educou a tantos depois.
É uma educação provada pelo tempo e podemos
aprender com ela como educar, como ser melhores
mães, como levar nossos filhos para Deus.
Leia com muita atenção e tome nota, não confie
na sua memória, se for preciso leia de novo, imprima,
grife, este material é seu e você pode aproveitar dele de
várias maneiras.
Depois volte lá no Instagram para me contar
como foi! Deus te abençoe e ótima leitura!
Quem foi Mamãe Margarida?
Margarida nasceu em 1º de abril de 1788, em
Capriglio, na Itália, e faleceu em 22 de novembro de
1856. Margarida foi uma mulher de fé profunda e
educação exemplar, que exerceu grande influência
sobre a formação e desenvolvimento de seu filho Dom
Bosco. Ela era chamada de "Mamãe" por todos e
descrita como "um verdadeiro tesouro de virtude e
sabedoria".
Ela era rica, a terceira filha de uma família nobre,
mas o tesouro que recebeu de seus pais foi a fé.
Quando jovem, ela dividia o tempo entre estudo
e oração, não queria saber de namoro nem festas.
Os rapazes interessados em Margarida,
tentavam a acompanhar de sua casa até a Igreja,
mas ela sempre dava um jeito de encontrar uma
amiga ou parente para a acompanhar, e os moços
iam atrás dela, tentando chamar sua atenção.
Suas amigas a chamavam para ir aos bailes
(pensem quão modestos eram os bailes daquela época,
sempre familiares), mas ela sempre negava dizendo:
“Quem quer brincar com o diabo,
não poderá gozar com Jesus!”
Não queria se casar, mas aos 23 anos, um moço
muito piedoso, viúvo, pediu sua mão em casamento
ao seu pai e, por obediência, ela aceitou. Seu marido
tinha um filho de 5 anos, e o casal teve dois filhos:
José e João Bosco. Morava com eles também a sogra
de Margarida, que estava doente.
Com apenas 5 anos de casamento, seu marido
faleceu, e Margarida precisou assumir todas as
responsabilidades da casa. Passaram muita
dificuldade financeira, mas ela dizia:
“Meu marido, quando morreu,
recomendou-me que tivesse sempre
confiança em Deus, vamos, ajoelhemo-
nos e rezemos!”
No livro “Mama Margarida – A mãe de Dom
Bosco”, Padre Giovanni disse algo muito precioso
para nós, mães:
“O amor de Deus, o horror ao pecado, o temor
dos castigos eternos, a esperança do paraíso,
não se aprendem tão bem, nem se gravam tão
profundamente no coração do que quando se
aprende dos lábios maternos!”
E também explica o papel de cada um envolvido
na educação das crianças:
“O padre, na Igreja, ensinará com zelo às
crianças as verdades eternas; o mestre, na
escola, se porventura for bom cristão, fará
estudar e explicará aos discípulos o
catecismo; mas, uma instrução de tanta
importância muitas vezes é dada muito às
pressas, outras, distraída e tumultuosamente,
de modo que as crianças aprendem, mas
não lhes fica nada no coração. Enquanto a
instrução religiosa que uma mãe ensina com
a palavra, com o exemplo, regulando os
costumes dos filhos pelos preceitos particulares
do catecismo, faz que a religião os torne
bons, que aborreça o pecado por instinto,
como por instinto amam o bem. Por hábito
serão feitos bons e virtuosos, sem violência.
Uma criança assim educada, dificilmente
chega a ser má!”
Por estas colocações percebemos a importância
da mãe na educação dos seus filhos. Que mãe não
sonha com isso? Que seus filhos se tornem bons, que
aborreçam o pecado por instinto, como por instinto
amam o bem? Que mãe não gostaria que seus filhos
fossem bons e virtuosos?
Pois bem, está nas nossas mãos, minhas
queridas. É claro que devemos considerar a existência
do livre arbítrio, que há sim a possibilidade de que
nossos filhos escolham outros caminhos, mesmo
ensinando a eles o caminho correto, mas como diz
Padre Giovanni: uma criança assim educada,
dificilmente chega a ser má!
Mamãe Margarida conhecia a força desta
educação. Ela repetia várias e várias vezes aos filhos
os mandamentos e as orações.
- Seus filhos sabem os
mandamentos? E as orações?
Quantas vezes se empenhou na
repetição para que eles aprendessem?
Ela também os fazia ajoelhar de manhã e de noite
para rezar. Preparou os filhos para confessar e receber
a primeira comunhão.
Mamãe Margarida tinha uma vigilância
contínua, prudente e amorosa, não os deixava sem
supervisão, mas também não era chata, os impedindo
tudo.
Ela não se aborrecia com a gritaria nas
brincadeiras, as vezes até fazia parte delas e sugeria
outras.
- Quantas vezes nós não nos
esquecemos que são apenas crianças, e
os impedimos com tantos incômodos que
temos, não somos capazes de suportar
suas criancices mais naturais.
Os filhos não tinham segredos para ela,
confiavam plenamente nela e contavam tudo.
Inclusive quando Margarida precisava sair, e os
deixava aos cuidados da avó, ao chegar, ela não
perguntava a avó como haviam se comportado,
perguntava a eles, e eles contavam sempre a verdade,
incluindo as desobediências e mal comportamento.
Naquela época, tinham o costume de reunir
várias famílias para ouvirem a História Sagrada
ou a vida dos santos, e Mamãe Margarida sabia
muitas destas histórias de cor, e ela contava com
entusiasmo, prendia a atenção deles.
Eles não tinham muitas coisas, quando ela saía
para a cidade, eles sempre esperavam que trouxesse o
pão bento. Mas ela dava muitas recomendações ao
sair, e antes de dar o tão pedido pão bento, ela
perguntava a cada um se havia cumprido tudo o que
ela havia pedido. Somente depois decidia se daria ou
não o desejado pão bento.
“Lembrai-vos que Deus vos vê!”
Mamãe Margarida sempre repetia isso aos
filhos, que mesmo onde ela não estivesse olhando,
Deus estava, e que a Ele nada escapava. Quando eles
iam brincar no campo com os vizinhos, ou quando
estavam muito pensativos, quando ela tinha a menor
desconfiança de algum mal crescendo no seu coração:
“Lembrai-vos que Deus vos vê!”.
Ela ensinava seus filhos a contemplar a realidade
das coisas, ajudava a contemplar o dia, a noite, as
estações, as árvores frutuosas e as secas, os ciclos da
natureza e os ensinava: “Deus deu, Deus tirou, bendito
seja o nome do Senhor!”.
Quando algum amigo chegava chamando os
meninos para brincar, eles pediam a ela, se ela
dissesse ‘sim’, iam correndo alegres e saltitantes, mas
se ela dizia ‘não’, não ousavam sequer perguntar o
porquê.
As crianças esforçavam-se para não fazerem
nada que desagradasse sua mãe.
Margarida era firme e doce, sabia a medida
entre correção e doçura, não criou meninos fracos,
mas não os deixava amedrontados. Não levantava
a voz para repreender, não tinha picos de raiva com
eles. Estava sempre sorridente, tranquila e amável.
Mas ela não era fraca, e as crianças sabiam
que se a desobedecessem ou fizessem algo mal, seriam
castigados. Ela tinha sempre uma vara no canto de
seu quarto, mas nunca precisou usar.
Ela cuidava de tudo e tinha muita delicadeza com
tudo, inclusive com a roupa dos meninos. Aos
domingos, ela dizia:
“Sabe porque vos visto com roupas bonitas? Porque é
domingo, e todos os cristãos devem se diferenciar com
alegria neste dia. Eu quero que a limpeza da sua roupa
seja imagem da beleza da sua alma. Do que serviria
ter vestido roupa tão bonita, se tivesse com a alma
manchada pelo pecado? Se esforcem para merecer os
louvores de Deus e não dos homens. Agora vamos à
Igreja e devem se comportar muito bem, ficar de joelhos,
muito direitinhos, sem tagarelar e rezar com as mãos
postas. Jesus Cristo sacramentado gostará de vos ver
com muita devoção e vos abençoará!”.
Mamãe Margarida amava muito seus filhos,
mas não exagerava dos carinhos nem os enchia de
mimos, ao contrário, os habituou a uma vida sóbria
de muito trabalho. Não perdia uma oportunidade de
dar menos do que o que eles queriam e dizia: “Às
comodidades facilmente nos habituamos!”.
Até aqui quantas preciosidades aprendemos com
esta santa mãe, mas para que nada se perca em
nossa memória, gostaria de propor algumas
atividades escritas e práticas, pra que você também
possa colocar em prática este modelo de educação que
formou ninguém menos que São João Bosco, um dos
maiores santos educadores da Santa Igreja.
Vamos lá! Escreva aqui (ou se estiver lendo pelo
celular ou computador, pegue caneta e papel) a
quantas comodidades seus filhos estão acostumados
(cama quentinha, ar condicionado, leite na cama,
café na mesa, etc.)
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Quais destas comodidades você pode tirar, e
ensiná-los a fazer ou pedir para que te ajudem:
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Muito bem! Você já sabe o que fazer para seguir
o modelo de Mamãe Margarida e não acostumar
seus filhos a todas as comodidades deste mundo, os
preparando para serem fortes e bons.
Agora vamos a uma OBSERVAÇÃO ATIVA
(observe e escreva, pense sobre isso, contraponha
com a realidade, observe de novo, isso é mesmo
verdade?, reescreva quantas vezes forem
necessárias)
A forma como educo meus filhos os está levando
para o céu? Coisas que eles veem, ouvem, brincam,
leem, conversas que ouvem, a forma como eu corrijo, a
vida de oração que temos, a importância da Santa
Missa, etc. Tudo contenta a Deus? Observe e anote.
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Faça agora uma lista de histórias bíblicas ou da
vida dos santos que você sabe de cor, que não
precisaria ler para contar:
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Escreva esta lista também no celular, num pedaço
de papel, num post-it, e deixe em algum lugar de fácil
acesso.
Você vai procurar um momento no seu dia para
contar uma destas histórias para a crianças, um
momento tranquilo, que não estejam com sono ou com
fome, que estejam calmos, brincando. Você vai chamá-
los e, a exemplo de Mamãe Margarida, irá contar
esta história com entusiasmo, prendendo a atenção
deles. Faça esta experiência e me conte depois.
Contemplando a realidade:
– Saia com as crianças pelo bairro para
observarem as diferentes árvores que há na região.
- Observe com elas as estrelas do céu.
- Vá até um lugar estratégico para assistirem
ao pôr-do-sol, vejam as cores, os detalhes, façam um
desenho depois
- Plantem feijão ou qualquer outra coisa que
cresça rápido e que todos os dias vocês possam
observar juntos.
Por último, leia de novo este e-book, faça uma lista
com as virtudes e atitudes de Mamãe Margarida que
você não tem, mas gostaria de alcançar, e vá aos
poucos implementando isso em sua vida e na vida de
seus filhos.
Que ela seja para você um exemplo, aos moldes de
Nossa Senhora, e que possamos ser, cada vez mais, as
mães que nossos filhos merecem e precisam.
Espero que este pequeno material tenha ajudado
de alguma forma, aplique as práticas e volte para me
contar no direct do Instagram, ficarei muito feliz com
seu testemunho.
Que Deus te abençoe abundantemente e
te faça uma mãe santa!
Feliz dia das Mães!