Manual de Experimentos
Máquina Universal para Ensaios em Materiais
(AG-UNE02)
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MÁQUINA UNIVERSAL PARA
ENSAIOS EM MATERIAIS
Índice Geral
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 3
2. DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO ............................................................ 4
3. FUNCIONAMENTO DO EQUIPAMENTO .................................................... 7
4. ASPECTOS DE SEGURANÇA ................................................................. 8
5. ASPECTOS TEÓRICOS ........................................................................ 9
5.1 ENSAIO DE TORÇÃO ...............................................................9
5.2 ENSAIO DE COMPRESSÃO....................................................... 13
5.3 ENSAIO DE DUREZA BRINELL .................................................. 14
6. EXPERIMENTOS ..............................................................................18
6. CERTIFICADO DE GARANTIA ..............................................................25
7. APÊNDICE .....................................................................................26
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MÁQUINA UNIVERSAL PARA
ENSAIOS EM MATERIAIS
1. INTRODUÇÃO
A Máquina Universal para Ensaios em Materiais é
um equipamento que oferece a possibilidade de o
aluno ter um contato mais próximo com ensaios
destrutivos em materiais, bem como com as
propriedades mecânicas obtidas através deles. O
equipamento é desenvolvido com a finalidade
didática e educacional.
Ensaios mecânicos, tais como os de tração,
compressão e torção são importantes na obtenção
de propriedades mecânicas de materiais distintos,
tais como: tensão de escoamento, tensão de
ruptura, ductilidade, resiliência, tenacidade etc.
Além disso, podem distinguir os materiais em dois
tipos: dúcteis e frágeis. As propriedades levantadas
através dos ensaios são então utilizadas no
dimensionamento estrutural de qualquer elemento
fabricado com aquele material específico.
O equipamento em questão abordará os conceitos
envolvidos no ensaio de tração, compressão,
dureza e flexão, tais como:
Tensão de escoamento
Módulo de elasticidade
Deformação específica
Deformação elástica e plástica
Dureza Brinell
Propriedades mecânicas em geral
Os conhecimentos adquiridos são amplamente
utilizados em projetos de estruturas diversas,
como: pontes, treliças, máquinas, mezaninos etc.
Muito além do exposto, os conhecimentos podem
ser utilizados em áreas diversas: engenharia,
medicina (tensões em ossos, projetos de pinos
cirúrgicos etc), odontologia etc.
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2. DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO
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01) Caixas com corpos de prova 05) Manômetro de Bourdon
02) Estrutura 06) Relógio comparador
03) Cilindro hidráulico 07) Garras para ensaio de tração
04) Bomba manual com Alavanca de 08) Ponteira para ensaio de dureza Brinell
acionamento do cilindro hidráulico
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A Máquina Universal de Ensaios em Materiais consiste numa estrutura de coluna vertical (02),
cilindro hidráulico (03) e uma bomba manual com alavanca (04) conectada a um manômetro (05) de
700 kgf/cm2.
O sistema é projetado para que tanto forças externas axiais que provocam tração e compressão
possam ser aplicadas aos corpos de prova (01).
A bomba manual (04) possui uma alavanca e é responsável pela aplicação do carregamento no
sistema. Seu cilindro hidráulico de atuação (03) é montado na base do equipamento, na parte
inferior, e transmite efetivamente a carga para que ocorra a realização do experimento, possuindo
área efetiva de 6,5 cm². O manômetro (05) indica a pressão fornecida e varia de 0 a 700 kgf/cm 2. As
mangueiras de conexão tem o papel de transmitir o óleo entre a bomba manual (04) e o cilindro
hidráulico (03).
Uma vez acionada a alavanca, o cilindro hidráulico (03) transmite o deslocamento ao sistema. Desta
forma, na parte inferior o movimento combinado do equipamento causa alongamento negativo
(provocando compressão no corpo de prova) e alongamento positivo na parte superior (provocando
tração no corpo de prova).
O alongamento pode ser medido com o auxílio do relógio comparador (06), instalado na parte
superior da máquina.
Os corpos de prova que acompanham a máquina universal de ensaios são:
• Ensaio de tração: alumínio, latão, cobre, ferro fundido cinzento e aço carbono;
• Ensaio de dureza: alumínio, latão, cobre, ferro fundido cinzento e aço carbono;
• Ensaio de compressão: teflon (PTFE), poliacetal (POM) e poliamida (NYLION).
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3. FUNCIONAMENTO DO
EQUIPAMENTO
Em todos os ensaios (tração, compressão e dureza), a força é imposta ao corpo de prova através do
cilindro hidráulico, que por sua vez, é acionado manualmente pela alavanca.
A medição do deslocamento é realizado pelo relógio comparador posicionado na parte superior do
equipamento.
3.1 Ensaio de Tração
Para o ensaio de tração, retire as partes móveis das garras superior e inferior, utilizando a chave
allen, em seguida posicione o corpo de prova na cavidade das garras. Então, segurando a garra, gire o
fuso para um melhor ajuste do corpo de prova, acompanhando a garra para que esta não tenha
movimento relativo em relação ao mesmo.
3.2 Ensaio de Compressão
Apenas posicione o disco para ensaio entre os dois pratos na região de deslocamento negativo.
3.3 Ensaio de Dureza
Na região de deslocamento negativo, substitua o prato superior do ensaio de compressão pela
ponteira de dureza Brinell. Utilize uma chave allen para isto.
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4. ASPECTOS DE SEGURANÇA
REALIZE A AULA PRÁTICA APENAS COM O
ACOMPANHAMENTO DE PROFISSIONAIS TREINADOS!
NÃO TOQUE O EQUIPAMENTO COM FORÇA EXCESSIVA.
ELE PODE SE TORNAR INSTÁVEL.
EVITE DESLOCAR O EQUIPAMENTO.
NÃO ACIONE A BOMBA ENQUANTO O CORPO DE PROVA
ESTIVER SENDO POSICIONADO.
NÃO COLOQUE A MÃO NO CILINDRO HIDRÁULICO
ENQUANTO ELE ESTIVER FUNCIONANDO. SUA MÃO PODE
SER ESMAGADA.
UTILIZE EPI’s DURANTE A REALIZAÇÃO DOS
EXPERIMENTOS. AO SE ROMPER, FRAGMENTOS DO
CORPO DE PROVA PODEM ATINGIR SEU CORPO.
ANTES DE INICIAR O EXPERIMENTO, TENHA CERTEZA
QUE TODAS AS PARTES MÓVEIS DO EQUIPAMENTO ESTÃO
LIVRES PARA MOVIMENTO.
NUNCA ULTRAPASSE A PRESSÃO MÁXIMA DO
MANÔMETRO.
UTILIZE UM ALICATE OU UMA LUVA PARA NÃO FERIR SUA
MÃO NOS FILETES DE ROSCA.
ATENÇÃO: Confirmo que li e compreendi todos os aspectos de segurança.
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DATA: ___/___/______
ASSINATURA: _______________________________________________________
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5. ASPECTOS TEÓRICOS
5.1 ENSAIO DE TORÇÃO
No diagrama tensão versus deformação para os ensaios de tração e compressão, a abscissa
corresponde à deformação específica e pode ser obtida pela divisão do alongamento pelo
comprimento inicial do corpo de prova. Para realizar a medida do comprimento, utilize um
paquímetro.
Onde,
é a deformação específica
é o alongamento
é o comprimento inicial do corpo de prova
Para a obtenção da tensão normal, deve-se dividir a força que atua no corpo de prova pela sua área
da seção transversal. A força é obtida indiretamente pela pressão do fluido hidráulico do sistema e a
área do cilindro.
Onde,
F é a força que o cilindro imprime no corpo de prova
p é a pressão do fluido hidráulico medida no manômetro
Acilindro é a área do cilindro hidráulico, que vale 6,5 cm2
Logo, a tensão normal pode ser calculada por:
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Onde,
é a tensão normal
é o esforço solicitante normal que no ensaio de tração e compressão é a força que
o cilindro hidráulico imprime (F)
é a área da seção transversal do corpo de prova.
Como a área é circular maciça:
Onde,
é o diâmetro do corpo de prova e pode ser medido com um paquímetro
Com as medidas de diversos pontos de tensão normal e sua correspondente deformação específica,
é possível traçar o diagrama tensão-deformação. Nele, diversas propriedades mecânicas do material
ensaio podem ser obtidas. O diagrama tensão-deformação a seguir é característico de um material
do tipo dúctil.
Estricção
Tensão
Escoamento
Ruptura
Tensão Tensão Tensão
ProporcioEscoamento Ültima
Deformação
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OBS: Vale ressaltar que a fórmula ⁄ utilizada para o cálculo da tensão, parte do pressuposto
de que sua distribuição seja uniforme ao longo de todo corpo de prova. Na prática, nas proximidades
da aplicação da carga e de uma mudança repentina da geometria da peça, há uma amplificação da
tensão em regiões bem pequenas. Esses picos de tensão são denominados concentradores de
tensão.
O Princípio de Saint-Venant nos diz que a uma distância do ponto de aplicação da carga,
correspondente a dimensão lateral da barra, a distribuição de tensão é aproximadamente uniforme e
o pico de tensão é apenas um pouco maior que a tensão média calculada.
Mesmo com o raio de concordância do corpo de prova, por vezes na prática, por causa da mudança
dimensional e a proximidade com a aplicação da carga, os materiais tendem a romper numa região
vizinha à cabeça do corpo de prova.
No início do ensaio de tração percebe-se que a tensão e a deformação específica são proporcionais,
caracterizando a denominada fase elástica. Nela, o corpo de prova volta ao seu estado inicial caso o
carregamento deixe de existir. Essa fase segue a chamada Lei de Hooke:
Onde E é chamado de Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young. Graficamente, ele representa o
coeficiente angular da reta formada na fase elástica. Além disso, ele fornece uma ideia da Rigidez do
material, pois quanto maior o Módulo de Elasticidade, maior será a Rigidez. 11
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A proporcionalidade deixa de existir em uma tensão denominada tensão limite de proporcionalidade.
A partir deste ponto, tensão e deformação não variam linearmente e a Lei de Hooke deixa de ser
válida.
Em um ponto próximo ao limite de proporcionalidade percebe-se um efeito denominado de
Escoamento, que ocorre devido ao deslizamento das camadas atômicas do material. Nele,
caracterizamos a tensão de escoamento. Esta fase é chamada de plástica e o corpo de prova não
volta ao seu estado inicial caso o carregamento deixe de existir. Esta fase permanecerá até a ruptura
do material.
A partir do escoamento, percebe-se que a deformação e a tensão não são mais proporcionais, no
entanto, a tensão aumenta à medida que a deformação aumenta – chamamos esta região do
diagrama de encruamento.
A partir de um certo ponto, percebe-se uma grande diminuição da seção transversal do corpo de
prova, efeito que denomina-se de estricção. A partir deste ponto, a deformação aumenta com a
diminuição da tensão. No ponto onde o diagrama muda sua inclinação, determina-se a tensão limite
de resistência ou tensão última.
A deformação passa a ser tão elevada que o corpo de prova sofre a ruptura. Neste ponto, determina-
se a tensão de ruptura do material.
Outras propriedades importantes que são levantadas a partir do diagrama tensão-deformação são:
Resiliência: área sob o diagrama até o escoamento. Representa a energia absorvida pelo material
antes de escoar.
Tenacidade: área sob o diagrama completo. Representa a energia absorvida antes de romper.
Ductilidade: máxima deformação específica do material. Geralmente apresentada em termos
percentuais. Representa o quanto o corpo se alongou do seu tamanho original.
OBS.: Sugere-se que você pesquise sobre:
Diferença entre diagrama tensão deformação de engenharia e real
Diagrama tensão-deformação de um material do tipo frágil
Diferença entre o diagrama tensão-deformação em tração e compressão
12
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5.2 ENSAIO DE COMPRESSÃO
Na compressão ao contrário da tração, há uma diminuição no comprimento da peça e um
abaulamento lateral.
Nem sempre é um ensaio destrutivo, porque nem todos os materiais se rompem durante o ensaio,
como é o caso dos materiais dúcteis. Para esses materiais o ensaio fornecerá apenas propriedades
mecânicas referentes à região elástica.
As curvas de tensão-deformação para compressão possuem uma região linear similar às curvas de
ensaio de tração, mas diferem totalmente a partir da região de escoamento.
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Outra grande diferença consiste no fato de que, enquanto para o ensaio de tração há uma
diminuição da área da seção transversal (Af<Ao), na compressão ocorre um acréscimo de área em
relação à área inicial (Af>Ao), além disso, não ocorre a estricção do corpo de prova.
Através do ensaio de compressão é possível ter uma melhor visualização da relação entre a
deformação lateral e axial do corpo de prova. Essa relação é chamada de Coeficiente de Poisson e
pode ser calculado pela equação:
O sinal negativo da equação é para compensar o fato de que na maioria das vezes a deformação
lateral e axial possuem sinais contrários
Todas as equações descritas para o ensaio de tração são válidas para o ensaio de compressão.
5.3 ENSAIO DE DUREZA BRINELL
5.3.1 Ensaio de Dureza
A resistência ao desgaste de um material é afetada diretamente pela sua dureza, ou seja, quanto
mais duro o material, maior sua resistência ao desgaste e abrasão. Dureza refere-se a resistência
mecânica oferecida por um corpo quando tenta-se introduzir nele um outro corpo. Deste modo, no
ensaio de dureza convencional, um corpo de teste duro é introduzido verticalmente na superfície do
corpo de prova.
Um estado triaxial de tensões é desenvolvido no corpo de prova, debaixo da impressão do corpo de
teste. Portanto, impressões permanentes podem ser obtidas mesmo em materiais muito duros ou
frágeis, sem ocorrer a fratura. Isso diferencia o ensaio de dureza do ensaio de tração, em que apenas
estado uniaxial de tensões é produzido no corpo de prova e onde deformações plásticas (após
escoamento) não são possíveis em materiais duros.
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Uma vantagem do ensaio de dureza é que as propriedades mecânicas do material podem ser obtidas
sem destruir o corpo de prova, o que não ocorre no ensaio de tração – caso desprezemos a pequena
saliência produzida pelo corpo de teste.
A desvantagem do ensaio de dureza é que só é possível determinar uma característica da dureza,
dependendo do procedimento, e não a dureza propriamente dita. Portanto, o processo de teste deve
ser sempre indicado, juntamente com o valor de dureza.
5.3.2 Brinell
No ensaio de dureza Brinell, um corpo de teste esférico de aço
endurecido é utilizado. A sigla HBS é adicionada ao valor da dureza
para indicar que o corpo de teste é de aço endurecido. Para esfera
de carboneto, utiliza-se a sigla HBW.
No ensaio de dureza Brinell, a esfera de diâmetro D é pressionada
verticalmente na peça que está sendo ensaiada com uma carga de
ensaio F, que sofre acréscimo gradual, e é mantida por um intervalo
de tempo. Esse processo produz uma saliência em formato de uma
calota esférica com diâmetro d, que é medido após a retirada da
carga.
O corpo de prova não deve ser removido durante o ensaio.
A dureza Brinell é calculada a partir da carga F e a saliência de área A da calota esférica.
Onde,
HB - Valor da dureza Brinell
F - Carga de teste em Newton (N)
A - Área da saliência em mm2
O fator 0,102 é utilizado em decorrência da conversão de unidades. 15
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Usando um corpo de teste esférico com diâmetro D e uma saliência de calota esférica de
( √ )
Onde,
HB - Valor da dureza Brinell
F - Carga de teste em Newton (N)
D – Diâmetro da esfera em mm
d - Diâmetro médio da saliência em mm
Se a saliência não for perfeitamente esférica, pode-se obter o diâmetro médio de duas medidas
defasadas de 90°.
Para os ensaios, alguns requisitos devem ser respeitados.
Temperaturas da sala e do corpo de prova: 18 a 28 °C.
Diâmetro do corpo de teste esférico: a norma prevê diâmetros de
10, 5, 2,5 e 1 mm. O equipamento em questão utiliza esfera de
10mm.
A carga de teste deve atuar no corpo de prova entre 10 a 15
segundos, no mínimo.
Fator de Carga: para obter um resultado confiável, o diâmetro da
saliência d deve estar entre 0,2 e 0,7 do diâmetro do corpo de teste
esférico D. Com o objetivo de observar isso em diferentes materiais
duros, diferentes pressões de superfície são recomendadas, ou seja,
força e o quadrado do diâmetro do corpo de teste devem respeitar
uma razão. Essa razão é conhecida como fator de carga x.
A tabela a seguir lista os fatores de carga para diversos materiais.
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Fator de
30 10 5 2,5 1,25 0,5
Carga x
Fator de 67 a 400 22 a 315 11 a 158 6 a 78 3 a 39 1 a 15
Dureza HB
Material Material Ferroso Bronze Alumínio Metal Chumbo Metal Macio
Babbitt em Altas
Aço Níquel Magnésio Estanho
Temperaturas
Cobre Zinco
Teste de Carga: para corpo de teste esférico com diâmetro de
10mm, as cargas nos ensaios são dados pela tabela abaixo.
Fator de
30 10 5 2,5 1,25 0,5
Carga x
Carga do 29420 9800 4900 2450 1225 490
Teste F em
N
Códigos:
Tempo de atuação da carga (desprezível p/ 10 a 15s)
Força no Ensaio (desprezível p/ 29420N)
Diâmetro da esfera (desprezível p/ 10mm)
Ensaio com esfera de aço endurecido
Dureza Brinell
ATENÇÃO: O OBJETIVO DESTE MANUAL NÃO É ABORDAR TODOS OS ASPECTOS TEÓRICOS
ENVOLVIDOS NO TEMA. O MATERIAL AQUI APRESENTADO E SUA COMPLEMENTAÇÃO PODEM SER
ENCONTRADOS NAS BIBLIOGRAFIAS INDICADAS.
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6. EXPERIMENTOS
6.1 Ensaio de Tração
São fornecidos corpos de prova dos seguintes materiais: alumínio, cobre, latão e aço.
Utilizando chave allen, retire os parafusos da garra superior
segurando sua parte móvel. Faça o mesmo para a garra
inferior.
Ajuste o comprimento entre garras permitindo espaço para o
posicionamento do corpo de prova, este deve estar bem
ajustado.
Faça duas marcações no corpo de prova e faça a medida do
comprimento inicial com um paquímetro ( L= ).
Com o paquímetro, faça a medida do diâmetro do corpo de
prova e calcule a área da seção transversal.
Ajuste o relógio comparador até encostar na estrutura do
equipamento. Em seguida, zere o relógio girando sua escala.
OBS: Fique atento ao deslocamento do fuso do relógio
comparador, para que não haja esforço sobre o mesmo
danificando-o. Sempre que a ponta de contato estiver muito
próxima do canhão, anote a medida e desloque o relógio para
cima, girando sua escala para indicação correspondente a
medida anterior.
Em seguida, acione a alavanca gradativamente e faça as
leituras simultâneas do alongamento no relógio comparador e
da pressão do fluido hidráulico no manômetro.
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Perceba que um número maior de pontos garantirá uma melhor precisão. Para isso o
aluno poderá fazer interpolações na escala do manômetro, subdividindo a menor
medida ( ) por 2, quando o ponteiro estiver posicionado no meio de duas
marcas consecutivas.
Preencha a tabela abaixo.
Material: Tipo de Ensaio: Ensaio n°
LINICIAL= LFINAL= ACORPO DE PROVA
Pressão do Força de Tensão Alongamento Deformação
fluido atuação do normal específica
Medida
hidráulico cilindro
Unidade: Unidade:
Unidade:
Unidade:
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
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23
24
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27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
Acione a válvula da bomba manual para liberar a pressão no
sistema.
Utilizando um papel milimetrado ou o software Excel, trace o
gráfico Tensão Normal versus Deformação Específica.
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Identifique cada região do gráfico.
Faça a leitura do diâmetro final do corpo de prova na região
onde ocorreu a ruptura. Em seguida, calcule a estricção.
| |
Faça a leitura do comprimento final entre as duas marcações.
Em seguida, calcule a ductilidade.
6.2 Ensaio de Dureza Brinell
Instale a ponteira para ensaio de dureza.
Posicione o corpo de prova no prato
Em seguida, acione a alavanca gradativamente até o valor para
o Fator de Carga em questão. Lembre que cada material tem
um fator de carga.
Faça a medida do tempo em que ocorreu a atuação da carga.
Acione a válvula da bomba manual para liberar a pressão no
sistema
Retire a peça ensaiada
Em seguida, faça a medida dos diâmetros em dois pontos
defasados de 90°.
Calcule então a dureza Brinell.
Escreva a dureza em forma de código. 21
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6.3 Ensaio de Compressão
Instale a ponteira para ensaio de compressão
Anote o comprimento inicial do corpo de prova
Com o paquímetro, faça a medida do diâmetro inicial do corpo
de prova.
Posicione o corpo de prova no prato
Acione a alavanca gradativamente e faça as leituras
simultâneas do alongamento no relógio comparador e da
pressão do fluido hidráulico no manômetro.
OBS: Por ser tratar de materiais dúcteis em compressão (não
irão romper durante o ensaio), o aluno deverá parar o ensaio
quando o relógio comparador indicar um alongamento
correspondente à metade do comprimento do corpo de prova.
Perceba que um número maior de pontos garantirá uma
melhor precisão. Para isso o aluno poderá fazer interpolações
na escala do manômetro, subdividindo a menor medida
( ) por 2, quando o ponteiro estiver posicionado no
meio de duas marcas consecutivas.
Preencha a tabela abaixo.
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ENSAIOS EM MATERIAIS
Material: Tipo de Ensaio: Ensaio n°
LINICIAL= LFINAL= ACORPO DE PROVA
Pressão do Força de Tensão Alongamento Deformação
fluido atuação do normal específica
Medida
hidráulico cilindro
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Com o paquímetro, faça a medida do diâmetro e comprimento
finais do corpo de prova.
Acione a válvula da bomba manual para liberar a pressão no
sistema
Calcule o Coeficiente de Poisson através da equação:
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6. CERTIFICADO DE GARANTIA
Cliente: FACULDADE MAURICIO DE NASSAU DE BELEM LTDA
CNPJ: 10.625.332/000115
Objeto: MÁQUINA UNIVERSAL PARA ENSAIOS EM MATERIAIS (AG-UNE02)
1 – ALGETEC – TECNOLOGIA INDUSTRIAL E COMÉRCIO LTDA, inscrita no CNPJ nº 14.007.145/0001-29,
assegura ao cliente acima identificado uma garantia de 365 dias sobre o objeto acima descrito,
contada a partir da data de emissão desse certificado.
2 – Essa garantia cobre somente os defeitos de funcionamento das peças e componentes do
equipamento descrito nas condições normais de uso – de acordo com as instruções deste manual de
operação que acompanha o mesmo.
3 – Essa garantia ficará automaticamente cancelada se os equipamentos vierem a sofrer reparos por
pessoas não autorizadas, receber maus tratos ou sofrer danos decorrentes de acidentes, quedas,
variações de tensão elétrica e sobrecarga acima do especificado, ou qualquer ocorrência
imprevisível, decorrentes de má utilização do equipamento por parte do usuário.
Salvador, 10 de setembro de 2018.
Vinicius do Rego Dias
Diretor Técnico
ALGETEC – Tecnologia Industrial e Comércio LTDA
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7. APÊNDICE
1.1. Tabela Modelo
Material: Tipo de Ensaio: Ensaio n°
LINICIAL= LFINAL= ACORPO DE PROVA
Pressão do Força de Tensão Alongamento Deformação
Medida fluido atuação do normal específica
hidráulico cilindro
Unidade: Unidade: Unidade: Unidade:
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