IMPACTOS DA COVID-19 NA CADEIA PRODUTIVA DA OVINOCAPRINOCULTURA

Kharenn Gomes Barros1, Mikaelly Sousa Galvão1, Maria Christina Numes Ramos1, Sthefany Coelho
Piauí1, Paulo Henrique Rodrigues Araújo1, Otavio Cabral Neto2*

1
Estudantes do Curso de Bacharelado em Zootecnia - IFTO. email: [email protected] ;
[email protected] ; [email protected] ; [email protected] ;
[email protected]
2
Docente do IFTO, Campus Palmas – Curso de Bacharelado em Zootecnia. * autor corresponding: [email protected]

Resumo: O COVID 19 é uma doença infecciosa transmissível, que acabou trazendo uma pandemia para
o mundo e no Brasil, essa doença afeta vários aspectos entre eles o econômico, entrando para o setor o
agro, os zootecnistas destacam como afetou a ovinocultura e a caprinocultura . Algumas pesquisas
realizadas apontam que os produtores fizeram poucas mudanças para evitar a contaminação por não ter
prejudicado a produção, apesar que os cuidados preventivos para esses comerciantes sejam
indispensáveis, pois os estabelecimentos sofrem um impacto direto até pela falta de turismo com que faz
o consumo de ovino e caprino diminuir. Por toda via a ovinocultura e a caprinocultura depende totalmente
do produtor rural, além de que a política pode evitar tanto impacto na pandemia, além de que criarem
programas de auxílio para o produtor, também é importante reforçar que em questões de limpezas e
restrições de acesso a estes animais, ajuda na proteção contra a contaminação dessa doença que acomete
humanos e rebanhos .. CONCLUSÃO
Palavras–chave: pandemia, economia, setores agrários, ovinos, caprinos

1 INTRODUÇÃO

No final do ano de 2019 o mundo foi assolado por uma doença avassaladora, a COVID
19. Conhecido também como Coronavírus, é uma doença infecciosa causada pelo vírus
SARS-CoV-2, e com elevada transmissibilidade. Sendo uma família de vírus que causam
infecções respiratórias, afetou vários países de forma cruel, dentre eles o Brasil que teve os
seus setores econômicos duramente afetados. Trazendo para o ponto de vista da produção
animal, vários setores também foram muito afetados, um deles foi o da ovinocaprinocultura.
De acordo com uma pesquisa feita pelo CIM (CIM, Embrapa, boletim nº 10, abril de 2020,
disponível em
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1121601/1/BoletimCIMn10.pdf) , com
proprietários de criação de caprinos e ovinos, os impactos causados pela covid-19 nas suas
propriedades não foram de grande preocupação. Os mesmos observaram que poucas
alterações foram feitas para evitar a contaminação do vírus no manejo dos animais “não
percebemos muitas alterações", dizem os envolvidos na pesquisa.
No entanto, o COVID-19 exige cuidados preventivos para esses comerciantes de
produtos dos caprinos e ovinos, que precisam aderir mudanças no funcionamento das
atividades de comercialização, como nas churrascarias, feiras e restaurantes. Esses
estabelecimentos sofreram o impacto de modo direto, devido ao isolamento social causado
em consequência do COVID-19. Também acabou atingindo de modo direto o turismo,
fazendo com que diminuísse a concentração de turistas nos comércios gastronômicos, devido
a esses empecilhos, o consumo da carne de ovinos e caprinos se tornou menor. (BVS,
atenção primária em saúde, 11 de julho de 2019, disponível em
https://aps.bvs.br/teleconsultor/equiequipe-telessaude-rs/).

1
 Por tanto, a caprinocultura e ovinocultura dependem fielmente do produtor rural, e
também não podemos esquecer da importância das políticas públicas para a amenização dos
impactos da pandemia. Para garantir que os criadores passassem pela pandemia sem serem
prejudicados, foram criados programas para apoiá-los, como por exemplo linhas de crédito
emergenciais e demais auxílios, que serão apresentados no decorrer do trabalho. Também foi
de suma importância o trabalho desenvolvido pela Embrapa, fornecendo um manual com
conteúdos voltados para a questão da limpeza adequada de currais e restrições de acesso aos
animais durante a pandemia, que ajudam na proteção contra outras doenças que acometem
humanos e o rebanho. (RURAL, canal, Embrapa aponta cuidados com o rebanho de caprinos
e ovinos, outubro de 2021, disponível em https://www-canalrural-com-
br.cdn.ampproject.org/v/s/www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/embrapa-boas-praticas-
criacao-caprinos-ovinos-
pandemia/amp/?amp_js_v=a6&amp_gsa=1&usqp=mq331AQKKAFQArABIIACAw%3D%3
D#aoh=16397716964669&referrer=https%3A%2F%2Fptop.only.wip.la%3A443%2Fhttps%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3
A%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fptop.only.wip.la%3A443%2Fhttps%2Fwww.canalrural.com.br%2Fnoticias%2Fpe
cuaria%2Fembrapa-boas-praticas-criacao-caprinos-ovinos-pandemia%2F)

Este estudo investigou os efeitos causados pelo vírus SARS-CoV 2 na cadeia produtiva
da ovinocaprinocultura.

2. Revisão Bibliográfica

2.1. A cadeia da ovinocaprinocultura no Brasil.

A ovinocaprinocultura são atividades com grande concentração no território brasileiro.
Por serem animais rústicos e com a ajuda do bem-estar proporcionado pelo homem, se
adaptam perfeitamente com o clima brasileiro, especialmente com o clima semiárido do
nordeste do país; rebanho caprino é maior que o rebanho ovino, de acordo com a EMBRAPA
cerca de 90% do rebanho caprino e 60% do rebanho ovino se localiza nessa região. 11 de jul.
de 2019, disponível em https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-
ovinos/apresentacao .
É possível dividir a criação de caprinos e ovinos em três: caprinocultura de dupla
aptidão (carne e leite) e ovinocultura de corte; além dos derivados, lã e pele, que são
valorizados no setor industrial.
O Brasil é um criador antigo de ovinos e caprinos. É uma atividade com grande
importância econômica, principalmente para famílias da zona rural. Por ter uma importância
social, o Brasil se empenhou na criação e nos produtos oriundos desses animais.
A exportação dos mesmos melhorou nas últimas décadas; a partir de 1996 para
caprinos, e a partir de 2002 para os ovinos, superando uma crise que esse setor enfrentou nos
anos anteriores. No geral, o ritmo de crescimento e redução dos rebanhos de ovinos e caprinos
foram parecidos. Brasília, novembro de 2010, disponível em
https://documentcloud.adobe.com/link/review?uri=urn:aaid:scds:US:d981286c-ed21-31b7-
a83b-c0c906b74c7a
O Brasil tem um rebanho de aproximadamente 13.789.345 milhões de ovinos e
8.260.607 milhões de caprinos, distribuídos em diferentes regiões do país. A região que
possui o maior rebanho é a região Nordeste, em seguida a região Sul. A criação na região
Norte é pequena comparada à criação nas outras regiões do país.
Aproximadamente 80% da criação de caprinos se concentra na Bahia, Pernambuco,
Piauí e Ceará. Na criação de ovinos a Bahia também se destaca com 22% do rebanho, seguido
do Rio Grande do Sul, com 17% do rebanho.
2
 A produção em parte de sua totalidade apresenta baixo nível de organização e
informalidade, que reflete na produtividades. Mas, esse setor ainda tem tempo para se
organizar e melhorar na produção e desempenho desses pequenos ruminantes. 26 de set, de
2014, disponível em https://respostas.sebrae.com.br/ovinocaprinocultura-no-brasil/

2.2. A Covid 19
Em novembro de 2019 em Hubei, uma cidade localizada na china teve registrado seu
primeiro caso de SARS-CoV-2 ( exame.com, de Da redação publicado em: 17/11/2021 ),
conhecido na atualidade como Covid 19 ou Coronavírus. Seu nome científico (SARS-CoV-2)
contém grandes informações sobre o vírus, sendo elas: SARS, sendo uma abreviação da
síndrome respiratória aguda grave, COV é relacionado ao tipo da família que o vírus pertence
e 2 significa a outro tipo de coronavírus que infectou bastante pessoas em 2002, conhecida
como SARS-CoV.
O coronavírus é uma doença bastante parecida com o vírus que contém no morcego,
tendo como possibilidade ser chamado de zoonose, zoonose é quando uma doença pode ser
transmitida de um animal para um ser humano, porém não é confirmado pelos cientistas que o
coronavírus veio diretamente do morcego. Segundo informações dadas pela a OMS
(Organização Mundial da Saúde) as pessoas contaminadas apresentam diferentes tipos de
sintomas, tendo como exemplos a febre e a tosse que são consideradas sintomas comuns, já a
falta de ar ou até mesmo a dificuldade de respirar já está classificada como sintomas graves
(Traduzido por SDL Inc. em who.it)
No Brasil foi registrado seu primeiro caso em 26/02/2020, tendo como primeiro
infectado um idoso de 61 anos (Ascom SE/UNA-SUS). Tendo já completado
aproximadamente 1 ano e 9 meses, contendo vários acontecimentos como, record de
infectados, mortes, pandemia e até a vacina.

tendo como dados no brasil: (dados extraídos do dia 26/11/2021, JHU CSSE COVID-19
Data)

Mortes- 613.339

Infectados- 22.043.112

Recuperados- 21.264.713

Vacinados- 128.481.994

2.3. Impactos na exportação da carne ovinos e caprinos

É primordial destacar que a cadeia produtiva da caprinovinocultura são duas cadeias
entrelaçada em todo o país, haja vista que a maior porcentagem dos rebanhos são localizado
em região semiárida chegando até um percentual de 92% de todos os rebanhos, contudo a
cadeia de produção em quase toda sua área apresentam falha, como de exemplos: "a falta de
organização e de informalidade da mesma". O mercado Brasileiro de caprinovinocultura tem
um enorme capacidade para crescimento de consumo interno e externo mas para que o
número de exportação cresça toda a cadeia produtiva precisa ser organizado, e o governo
estimular e criar planos de ações como; Desenvolver estudo do complexo do agronegócio da
caprinovinocultura no país e criar um programa nacional de capacitação fixa para técnicas,
produtores e trabalhadores rurais em caprinoculturas. O Uruguai é um grande exportador de
carne ovino e caprino e consequentemente com esse grande mercado vem afetando

3
negativamente o Brasil drasticamente, chegando a ter um percentual de 40,5 totalizando 1,7
tonelada (Dados do ministério do desenvolvimento, industrial e comércio externo-MDC),
contudo o Brasil tem um aumento no consumo interno tendo em vista a comercialização de
corte nobres para os ponto gastronômico para consumidores da carne nobres.

2.4. Impactos no consumo interno da carne.

A ovinocaprinocultura é uma atividade essencial para o mundo e já está difundida em
todo o território brasileiro. De acordo com a revista Pubvet (Medicina veterinária e
zootecnia, edição de maio, 2018), o Brasil não é o maior consumidor da carne ovina e caprina,
pois exporta mais do que consome, fazendo com que os países de primeiro mundo se
sobressaiam. Os mercados em desenvolvimento, como a China e o Oriente Médio, têm uma
afinidade mais forte com a carne de ovinos por questões culturais e religiosas (RURAL,canal,
Criadores de ovinos e caprinos visam o mercado no Oriente Médio, 26 de julho de 2021,
disponível em https://www.canalrural.com.br/noticias/criadores-de-ovinos-e-caprinos-visam-
a-mercado-do-oriente-medio/) A área da caprinocultura e ovinocultura ainda têm bastante
espaço para crescer e melhorar, de acordo com a zootecnista Renata Espíndola de Moraes (em
dissertação para a Universidade Federal de Pelotas , 2020) existe uma tendência promissora
para o mercado da carne ovina e caprina , devido ao aumento na produção de animais com
aptidão para produção de carne que vem ganhando destaque através da demanda dos
consumidores por carne de qualidade. Mesmo não sendo o maior consumidor, o Brasil
também teve seu consumo interno afetado, as carnes que já eram pouco consumidas pelos
brasileiros caiu conforme a pandemia foi se agravando, porém, não deixaram de ser
consumidas.
De acordo com a Pubvet, devido ao caos instalado pela pandemia e o enorme número de
mortes, a população passou a cuidar mais da saúde e da alimentação, pois pessoas com a
saúde precária são mais vulneráveis ao vírus. A carne caprina passou a ser apreciada por ser
magra e conseguir ser menos calórica que o frango, por exemplo. De acordo com uma
pesquisa da Embrapa feita em 2018, o brasileiro consumia em média 700g de carne ovina e
caprina por ano, mas após a chegada da pandemia, passou a ser de 548 g. A ausência de
informação dificulta o consumo dessas carnes, pois há brasileiros que ainda não estão cientes
de que além de mais saudável, as carnes ovinas e caprinas têm preços mais acessíveis ao seu
bolso, sendo mais barata na região nordeste do país e mais cara na região sul. (PUBVET, A
percepção do consumidor de carne ovina e caprina no município de Olho d’Água – PB, 6 de
maio de 2018, disponível em https://doi.org/10.22256/pubvet.v12n5a96.1-6 )
As carnes ovina e caprina são muito importantes para a região nordeste, onde o consumo
interno é grande devido à questões sociais e econômicas, e também por ser uma região com
um alto índice de aceitação dos produtos provenientes da ovinocaprinocultura. O clima quente
do nordeste facilita a criação de rebanhos, pois os animais se adaptam às condições
edafoclimáticas. Dado o exposto, ainda se estima que as carnes hão ser mais consumidas no
país, conforme o crescimento da caprinocultura e ovinocultura em cada estado, levando em
consideração que a pandemia não se agrave, prejudicando o produtor rural economicamente.
(POINT, milk, Qualidade e consumo da carne caprina no nordeste brasileiro, 02 de dezembro
de 2009, disponível em https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/qualidade-e-
consumo-de-carne-caprina-no-nordeste-brasileiro-58932n.aspx )
2.5. Impactos da covid na produção de caprino e ovinos

4
 Os impactos causados na caprinocultura e na ovinocultura pela pandemia do COVID-19 , teve diversas
mudanças , entre elas , foi dado início às medidas de distanciamento social para o enfrentamento do
coronavírus. Ocasionaram uma suspensão total da comercialização de animais em feiras livres, além do mercado
de exposições agropecuárias.
E de acordo com pesquisas feitas do CIM (CIM, Embrapa, boletim nº 10, abril de 2020,
disponível em
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1121601/1/BoletimCIMn10.pdf) , essas
medidas afetaram de forma direta os estabelecimentos de churrascarias, bares, buffet de hotéis
e restaurantes . Com a paralisação das atividades destes estabelecimentos e a redução do
turismo, o consumo da carne ovina tem sido cada vez menor, com impactos significativos
sobre a manutenção da operação de frigoríficos e abatedouros. Na caprinocultura e
ovinocultura em algumas regiões, há abatedouros paralisados em suas atividades.
Além disso tem uma grande dificuldade com o transporte dos animais até o frigorífico,por
mais que os preços estavam estáveis, há uma redução no ritmo da comercialização dos
animais.Parada dos comércios das vendas e abates quase nada.A frequência de abate
diminuiu, a comercialização também foi reduzida ,obtendo parada de feiras livres, tendo
dificuldade de repassar o produto nos contratos estabelecidos com as redes de supermercados.
Para o produtor os custos podem aumentar com o animal por mais tempo na roça”. O
retraimento das vendas poderá vir a se constituir em um aumento de estoques de animais para
o abate, ocorrendo o aumento da oferta, e tendo a redução dos preços pagos ao produtor.
Entretanto, estas informações levadas a todos auxiliam para a compreensão dos efeitos da
pandemia do novo coronavírus na cadeia produtiva de caprinos e ovinos. E é importante
lembrar que os impactos na caprinocultura e na ovinocultura , também ocorreram no leite ,
carne , lã e qualquer derivado vindo de tais, ressaltando mais ainda a importância de levar
informações para o produtor , para adquirirem medidas que tragam impossibilidade para os
impactos irreversíveis que prejudique qualquer produção que envolva os caprinos e ovinos .

3. Conclusão
Infere-se, portanto, a necessidade de mitigação das entraves em prol do fortalecimento
da cadeia produtiva da ovinocultura e caprinocultura, assim, cabe ao congresso nacional,
alteração na lei de diretrizes orçamentárias, e ampliar o conhecimento dos produtos, por meio
de palestras ministradas por profissionais especializado na área como mestres e doutores em
zootecnia, com objetivo de levar o conhecimento aos produtores e aos consumidores, dessa
forma levando o crescimento dos rebanhos ovinos e caprinos no Brasil, e portando também o
país a ampliar o número de exportação.

Referências

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https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1121601/1/BoletimCIMn10.pdf
POINT, milk, Qualidade e consumo da carne caprina no nordeste brasileiro, 02 de dezembro
de 2009, disponível em https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/qualidade-e-
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