CURSO DE PSICOLOGIA
o mito da caverna - platão
Professora: Lúcia Araújo
O MITO DA CAVERNA - PLATÃO
A Mitologia Grega, é o principio de mitos que eram
narrados, a princípio, oralmente na Grécia Antiga.
Esses mitos explicavam fenômenos da natureza e
valores da sociedade e também formavam a
religiosidade dos gregos antigos.
O Mito da Caverna - ou a Alegoria da Caverna - é um texto escrito pelo
antigo filósofo grego Platão.
• Essa é uma metáfora de caráter filosófico-pedagógico que exibe um diálogo entre o
pensador e mestre de Platão, Sócrates, e o personagem Glauco, um jovem
aprendiz.
• A partir de um conto cheio de simbologias, Platão nos apresenta conceitos e
situações que versam sobre a busca pelo conhecimento, em contraste com a
ignorância e a manipulação.
A história integra o livro VII
de A República.
Obra em que o autor
debruça-se sobre a vida
política ateniense, escrito
aproximadamente no século
IV a.C.
O MITO DA CAVERNA
• Nesse mito, Platão pede que Glauco imagine uma situação hipotética em que várias pessoas
são mantidas acorrentadas no fundo de uma escura caverna subterrânea.
• À frente dos prisioneiros havia apenas uma parede, onde eram projetadas sombras de figuras
representando seres, animais e outros elementos.
• Essas projeções eram feitas por outras pessoas (que podem ser denominadas como "amos
da caverna") com o auxílio da luz de uma fogueira, que encontrava-se atrás da população
acorrentada.
• Os Amos da caverna elaboraram esse esquema, acorrentando as pessoas desde o
nascimento, levando-as a acreditar que são livres.
Assim, eles os estimulam a trocarem ideias entre si e, inclusive, a escolherem um líder.
• Como a única realidade que os prisioneiros conheciam era aquela, eles
acreditavam que as sombras exibiam o mundo real, que tudo o que havia para
ser explorado no universo eram as projeções.
Então contentavam-se com aquele espetáculo e não tinham outras aspirações.
Entretanto, contrariando as expectativas, um dos prisioneiros começa a refletir sobre
sua condição e percebe que existe algo de muito errado.
Assim, um dia ele consegue se libertar e caminhar pela caverna, percebendo a fogueira,
os amos e as silhuetas.
Ao olhar a luz da fogueira seus olhos ficam ofuscados, pois ele nunca tinha visto a
luminosidade.
Ele caminha mais e com dificuldade chega à saída da caverna, deparando-se com
uma luz ainda mais intensa: a luz do sol.
O homem liberto, à princípio, sente um enorme desconforto, não consegue
enxergar nada, pois a vida inteira esteve preso e seus olhos não estão
acostumados com a luminosidade. Entretanto, aos poucos desenvolve um olhar
capaz de lidar com o mundo exterior
• A partir de então passa a ver a realidade
e viver outras experiências que não
eram possíveis dentro da escura
caverna.
• Após um tempo explorando o novo
mundo, o homem sente a necessidade
de contar aos seus pares o que havia
descoberto.
Então, no diálogo proposto por Platão, Sócrates diz para Glauco supor o que
aconteceria se tal homem retornasse à caverna a fim de "abrir os olhos" de seus
irmãos.
Eles chegam à conclusão de que o homem seria rechaçado por muitos dos
prisioneiros, que não acreditariam nele e o tomariam como louco.
INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DO
MITO
• O conto nos apresenta alguns
ensinamentos através da simbologia.
• Dessa forma, a caverna pode
representar nosso mundo interior,
nossas limitações e "zona de
conforto".
Grilhões e correntes
Grilhões e correntes → nossos
preconceitos, opiniões, crenças
de que o que estamos
percebendo é a realidade.
Prisioneiros
• Prisioneiros → são todos os indivíduos,
que na realidade vivem em um tipo de
"escravidão inconsciente“
• Prisioneiro que se liberta → o filósofo,
alguém que busca conhecimento e é
capaz de acessar o inteligível e as Ideias
em sua perfeição.
Sombras
As projeções, ou sombras, são alegorias que
simbolizam as ilusões a que os seres humanos estão
presos.
Essas ilusões são, para Platão, o mundo material, pois
na antiguidade valorizava-se muito mais o que é
eterno.
Podemos também interpretá-las como as ideias
ignorantes e preconceituosas que nutrimos ao logo da
vida.
A aparência sensível das coisas como captamos pela
sensação. Como tal, tratam-se de cópias imperfeitas
daquilo que conservam sua forma verdadeira no mundo
da Ideias.
Fogueira
• A fogueira, que fornece a luminosidade
capaz de fazer com que as silhuetas
sejam exibidas na parede, é vista como
uma espécie de "fogo dos desejos".
Assim, esse elemento entra no mito
para caracterizar a vontade do ser
humano de consumir coisas materiais e
experiências superficiais.
OS AMOS DA CAVERNA
Os amos da caverna são as pessoas que
manipulam os prisioneiros, ou seja, são as
pessoas que, pensando que obterão benefícios,
controlam e alienam o povo.
Diferente dos prisioneiros, eles não estão
acorrentados e conseguem enxergar a saída da
caverna, mas assim como eles, também estão
enclausurados, pois temem que no mundo externo
não tenham os mesmos privilégios que adquirem
por meio da "cegueira" da população que
dominam.
LUZ DO SOL
• Luz do Sol → a suprema ideia do Bem.
• Conceito trazido por Platão que nos diz sobre a
luz da sabedoria, do conhecimento e da verdade.
• Nesse sentido, a luminosidade natural é a
consciência que nos direciona a um
posicionamento benéfico no mundo, nos
colocando de forma a servir ao bem e não tirar
proveito próprio das pessoas e situações.
Exterior da Caverna
Exterior da caverna → o mundo
inteligível, onde estão as
essências.
Para Platão, esse é o mundo
real e verdadeiro.
Para Platão:O homem quando busca sabedoria para si, ele é um amante da sabedoria – Ele é um
Filósofo.
Agora, quando ele tem necessidade de trazer junto consigo a humanidade, deixar pegadas, arrastar
consigo a humanidade, ele se torna um POLÍTICO.
O Político verdadeiro na expressão pura do Político - É um homem que conquistou tal nível de
consciência que para ajudar a humanidade ele tem que descer ..
Ele faz isso por uma única razão: COMPAIXÃO
Nessa alegoria, Platão estabelece uma distinção decisiva para toda a
história da filosofia e das ciências, qual seja, a diferença entre o
sensível e o inteligível:
Mundo sensível
As aparências, os fenômenos
X
Mundo inteligível
As ideias, as essências
A alegoria da caverna representa, portanto, uma reflexão sobre o
conhecimento:
é Preciso sair do mundo das sombras (das aparências) para alcançar a realidade das
ideias, o conhecimento verdadeiro. Este é o esforço do filósofo.
O MITO DA CAVERNA É UMA REFLEXÃO
POLITICA
Após a experiência de sair da caverna, o fugitivo, que teve acesso às ideias
perfeitas – tal como a ideia de justiça, bem etc. - deve voltar à caverna para
orientar os demais, assumindo o governo da pólis.
Eis porque essa história também se tornou uma reflexão política, ao falar
do retorno do filósofo-político que conhece a arte de governar.
O nascer da Filosofia é um click interno.
Esse esgotamento da mera sobrevivência como sentido de vida é algo que ninguém
pode te dar, só você pode conquistar
MUNDO SENSÍVEL
• O mundo sensível, percebido pelos sentidos, é o local da multiplicidade, do
movimento; é ilusório, pura sombra do mundo verdadeiro.
MUNDO INTELIGÍVEL
• Já o mundo inteligível é alcançado por meio da dialética, que faz a alma elevar-se das
coisas múltiplas e mutáveis às ideias unas e imutáveis. Acima de todas as ideias está
a ideia de Bem, a mais perfeita e geral de todas. Na alegoria da caverna, o Bem é
representado pelo Sol.
DUALISMO PLATÔNICO
Mundo Sensível Mundo Inteligível
(representação) (superior)
▪ Acessado pelos sentidos
▪ Ilusório ▪ Acessado pelo intelecto
▪ Transitório ▪ Ideias perfeitas
Dialética para Platão
Processo de busca da verdade:
Método para se passar do conhecimento do mundo
sensível
Para o conhecimento verdadeiro (das ideias)
COMO RELACIONAR A ALEGORIA DA CAVERNA COM O
MUNDO ATUAL?
Alegoria da Caverna com o mundo atual?
Escrito cerca de 400 anos A.C, ainda assim, nos traz conceitos valiosos para entender o
comportamento e anseios dos seres humanos até hoje.
Podemos traçar um paralelo com essa alegoria e a realidade atual no que diz respeito,
por exemplo:
À ânsia de adquirir bens de consumo, acreditando que assim será possível o
preenchimento de um vazio existencial.
Os amos da caverna podem hoje simbolizar os políticos e grandes empresários,
donos de verdadeiras fortunas que conquistam com a manipulação das pessoas e a
venda de produtos e mais produtos. Seguindo esse raciocínio, é possível relacionar a
publicidade e os modismos às sombras projetadas na caverna.
A busca pelo conhecimento, continua sendo, portanto, essencial para que um dia
os seres humanos consigam alcançar a verdade e a libertação.
Que mundo você vive ?
TABELAS DE CRITÉRIOS DE REALIDADE:
ESPIRITO MATÉRIA
ANTIGA REAL ILUSÃO
ATUAL ILUSÃO REAL
CRITÉRIO DE REALIDADE ATUAL: SENTIDOS
CRITÉRIO DE REALIDADE ANTIGO: ETERNIDADE
Qual o sentido das coisas materiais?
O sentido das coisas matérias é proporcionar experiências para as consciências que
estão vivendo aqui, para que elas cresçam, para que elas se impulsionem para mais um
degrau.
RELEITURAS DE MITO DA CAVERNA
• O Mito da caverna serviu de inspiração para algumas produções artísticas, dentre
elas destacamos dois filmes que fizeram enorme sucesso: Filme The Matrix e
Show de Truman
• The Matrix foi lançado em 1999 e tornou-se um ícone do cinema de ficção científica.
O enredo exibe uma história onde Neo (interpretado por Keanu Reaves), é
convidado a conhecer os "bastidores" do mundo, onde a realidade material que
conhecemos não passa de ilusão.
• Assim, o protagonista embarca em uma luta contra as máquinas que dominam os
seres humanos.
MATRIX
ATIVIDADE
Formar 2 Grupos para debater em sala na próxima aula.
Orientações:
• Assistir o filme Matrix
• Realizar uma analogia do filme Matrix com “O Mito da Caverna” – Trazendo os pontos essenciais para
nossa compreensão.
• Debater em sala sobre as analises (todos do grupo estarão envolvidos), desse modo, preparem-se!
• Estudem!
• No Classroom, inserir trabalho escrito com a analogia produzida INDIVIDUALMENTE.
JÁ ESPERO ANSIOSA AS DISCUSSÕES DO DEBATE!
ATÉ LÁ...