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Roteiro de Aulas Práticas - Parasitologia Humana - 2° Edição

Este documento apresenta regras e procedimentos para o laboratório de parasitologia. Detalha o manuseio correto do microscópio óptico e fornece informações sobre a ascariase, incluindo a descrição dos vermes adultos.

Enviado por

vi2003.vic
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Roteiro de Aulas Práticas - Parasitologia Humana - 2° Edição

Este documento apresenta regras e procedimentos para o laboratório de parasitologia. Detalha o manuseio correto do microscópio óptico e fornece informações sobre a ascariase, incluindo a descrição dos vermes adultos.

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Desenvolvido pelos bolsistas: Gustavo Estevam e Rayane Marques

Professor/Orientador: Prof. Dr. Girley Francisco Machado de Assis

2° edição

2018
REGRAS GERAIS E DE BIOSSEGURANÇA

» Chegar, impreterivelmente, no horário marcado para o início da aula.

» Somente é permitida a entrada dos alunos das disciplinas práticas da Parasitologia e professores e técnicos
autorizados;

» O uso de jaleco comprido é obrigatório, deve ser colocado antes de entrar no laboratório;

» Nas aulas práticas é obrigatório o uso de luvas;

» Não é permitido alimentar e/ou fumar no laboratório.

» Não é permitido em hipótese alguma a utilização de celulares e notebook.

» Após usar o microscópio, retirar a lâmina e colocar em local próprio, limpar as objetivas usadas com papel
absorvente, desligar o microscópio, desconectar o fio da tomada e cobrir com sua capa;

» Nenhum material ou equipamento pode ser retirado do laboratório;

» Em caso de dúvidas, ou se algo anormal tiver acontecido, chame o técnico, professor ou monitor imediatamente;

» Em caso de acidentes, avise imediatamente o técnico, professor ou monitor responsável;

» Se houver quebra ou dano de materiais ou aparelhos, comunique imediatamente ao técnico, professor ou ao


monitor responsável;

MANUSEIO DO MICROSCÓPIO: DESCRIÇÃO DO MICROSCÓPIO

1) Parte mecânica
PÉ/ BASE: é o suporte do microscópio, peça que sustenta todas as outras.
BRAÇO/ COLUNA: peça que liga o pé à parte superior do microscópio, sustentando o tubo do microscópio onde se
encontram as lentes.
PLATINA: peça de apoio da lâmina contendo o objeto de estudo.
PARAFUSO MACROMÉTRICO: localiza-se em ambos os lados da coluna. Utilizado para ajustar o foco promovendo
grandes avanços ou recuos da platina em relação à objetiva.
PARAFUSO MICROMÉTRICO: localiza-se em ambos os lados da coluna encaixados sobre o parafuso macrométrico.
Utilizado para ajustar o foco finamente, por meio de pequenos avanços ou recuos da platina em relação à objetiva.
CANHÃO: parte superior do microscópio constituída por uma peça semiesférica ligada a um tubo oco. Internamente
abriga um prisma e sustenta as lentes objetivas e oculares.
REVÓLVER: peça em que se encaixam as lentes objetivas. Nela existe um disco com ranhuras por onde se faz o giro
do revólver para a mudança das objetivas.
CHARRIOT: peça ligada à platina para movimentar a lâmina no plano horizontal. Possui uma presilha que prende a
lâmina sobre a platina. O charriot permite o deslizamento da lâmina da esquerda para a direita e vice-versa e, de trás
para frente.

2) Parte Óptica

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO: todos os seus elementos estão abaixo da platina.


FONTE DE LUZ: acoplada ao pé do microscópio (embutida). Opcionalmente pode receber filtros.
CONDENSADOR: conjunto de lentes. Concentra a luz e fornece iluminação uniforme ao material. O condensador
permite maior, ou menor, incidência de raios luminosos no material a ser observado. Fornece também possibilidades de
contraste da imagem, principalmente no caso de observação de preparação a fresco. O parafuso localizado
lateralmente permite a movimentação do condensador.
DIAFRAGMA: dispositivo que regula a intensidade de luz que atinge a preparação. A sua regulagem adequada evita os
raios luminosos marginais, obtendo-se uma imagem mais nítida. Alguns microscópios são dotados ainda de um outro
tipo de diafragma, chamado diafragma de campo, constituído de um anel giratório sobre a fonte de luz no pé do
microscópio.
FILTROS: em geral são de vidro, os quais absorvem parte das radiações luminosas permitindo usar faixas estreitas de
luz de comprimento de onda selecionados de acordo com a coloração destes filtros.

SISTEMA ÓPTICO DE OBSERVAÇÃO

LENTE OCULAR: é formada por um sistema de lentes cuja posição está sempre próxima ao olho do observador. Sua
função é recolher a imagem aumentada, vertical e direta. Como a imagem que a objetiva oferece é invertida, a imagem
final do microscópio será também invertida. As oculares são formadas por duas lentes convergentes que ampliam e
corrigem defeitos da imagem dada pela objetiva. Traz gravado o aumento que proporciona. Pode ter um (mono-ocular)
ou dois (binocular).
LENTE OBJETIVA: cada objetiva é um conjunto de quatro ou mais lentes superpostas. O microscópio possui,
geralmente, quatro objetivas, proporcionando aumentos diferentes. O valor do aumento está gravado na própria
objetiva. O segundo número gravado corresponde à abertura numérica da lente. Na objetiva de imersão utiliza-se um
óleo transparente entre a lâmina e o material a ser examinado com a finalidade de tornar mais claro o campo do
microscópio, o que acontece quando o óleo homogeneíza o meio óptico entre esses dois elementos. Deve ser utilizado
o óleo de cedro (ou sintético).

Objetivas de imersão
Denomina-se de imersão a técnica pela qual coloca-se um fluido entre a objetiva e o preparado, melhorando o poder de
resolução do microscópio e a qualidade da imagem. As objetivas de 100x são sempre de imersão.

MANUSEIO CORRETO PARA OBERVAÇÃO AO MICROSCÓPIO ÓPTICO

Gire o revólver encaixando a objetiva de menor aumento ( objetiva panorâmica).


Abra a presilha do charriot e coloque a lâmina sobre a platina, sempre com o material voltado para cima.
Levante a platina movimentando o parafuso macrométrico, VAGAROSAMENTE, com as duas mãos até o
final.
Coloque o condensador em sua posição mais elevada.
Acenda a luz do microscópio.
Certifique-se de que o diafragma está aberto, olhando se há passagem de luz através da lâmina.
Centralize o material no orifício da platina, utilizando os parafusos do charriot.
Olhando através das oculares, com os DOIS OLHOS ABERTOS, abaixe lentamente a platina, utilizando o
parafuso macrométrico, até que o material possa ser visto.
Observando o material, corrija a distância entre as duas oculares, de tal forma que passe a enxergar um só
campo de imagem. Essa distância varia entre as pessoas, pois depende da distância inter-pupilar de cada
um.
Neste momento, refine o ajuste de foco utilizando o parafuso micrométrico.
Explore o material da lâmina utilizando os parafusos do charriot.
A preparação pode ser obsevada com as demais objetivas, RESPEITANDO SEMPRE A ORDEM
CRESCENTE DE SEUS AUMENTOS, e ajustando o foco somente com o parafuso micrométrico. Antes de
passar para a objetiva de aumento superior, coloque sempre a parte do material a ser observada no centro
do campo de observação.

OBS.: A postura correta, além dos dois olhos abertos, inclui o fato de a mão direita ficar nos parafusos do charriot a
a mão esquerda no parafuso do micrométrico.
Uso da objetiva de 100x (IMERSÃO)
Após focalizar com a objetiva de 40x, coloque o revólver em posição inicial intermediária, entre as objetivas
de 40x e de 100x.
Coloque uma gota de óleo de imersão sobre a estrutura a ser observada.
Abaixe a objetiva de 100x ( esta lente deve mergulhar na gota de óleo) e focalize o material mexendo
SOMENTE O MICROMÉTRICO.
Para retirar a lâmina do microscópio, gire o revólver até a objetiva panorâmica (menos tamanho). Abaixe a
platina, girando o parafuso macrométrico. Em adição, limpe a objetiva de imersão com algodão. Pode-se
fazer o uso de uma solução de éter/clorofórmio (1:1), para melhor limpeza.

Ao término do uso do microscópio


Não esquecer a lâmina na platina.
Para retirar a lâmina do microscópio, gire o revólver até a objetiva panorâmica (menos tamanho). Abaixe a
platina, girando o parafuso macrométrico.
Diminua a intensidade da luz até seu valor mínimo.
Desligue o microscópio, retire o fio da tomada enrolando-o no pé do mesmo e cubra-o com a capa.
Caso tenha molhado a platina, enxugue-a muito bem! Não utilize substâncias químicas corrosivas para não
danificar o aparelho.
Guarde a lâmina na caixa de lâminas ou entregue à pessoa responsável.
Cuidados Especiais
» Não arraste o microscópio sobre a mesa e nem faça movimentos bruscos com o equipamento. Muitas peças são
de plástico e podem quebrar quando forçadas, é o caso do controle de abertura do diafragma. Caso necessite mudar
o microscópio de lugar, chame o(a) professor(a) ou monitor(a).

» Não use força ao movimentar os diferentes controles (macrométrico, micrométrico, etc.). Quando perceber que
algum controle não se movimenta por algum motivo, não force!

» Não limpe as lentes oculares com pano, papel higiênico ou papel toalha.

ANOTAÇÕES
ASCARIDÍASE / Ascaris lumbricoides
A ascaridíase é uma verminose causada pelo nematódeo Ascaris lumbricoides, popularmente conhecida
como lombriga ou bicha. Está presente em quase todos os países do mundo e apresenta frequência variada
de acordo com as condições climáticas, ambientais e principalmente com o grau de desenvolvimento
socioeconômico da população. Os vermes adultos são encontrados parasitando o intestino delgado de
humanos.

VERME ADULTO

Formas adultas alongadas, robustas, cilíndricas e apresentam as extremidades afiladas. Machos: medem
cerca de 20 a 30cm de comprimento e apresentam cor leitosa. A extremidade posterior fortemente encurvada
para a face ventral é o caráter sexual externo que o diferencia facilmente das fêmeas. Fêmeas: Medem cerca
de 30 a 40cm. A extremidade posterior da fêmea é retilínea.

Fêmea
Fêmea

Macho

Macho

OVOS

São extremamente resistentes ao meio externo por possuírem três membranas, sendo a mais externa
mamilonada. Pode-se encontrar nas fezes ovos inférteis, que são mais alongados, possuem membrana
mamilonada mais delgada e o citoplasma granuloso. A. lumbricoides é o parasito cujos ovos possuem maior
diversidade morfológica.

Ovo infértil
Membrana
mamilonada
ASCARIDÍASE / Ascaris lumbricoides
Variações morfológicas encontradas nos ovos de A. lumbricoides segundo a OMS
TRICURÍASE / Trichuris trichiura

A tricuríase é causada pelo nematódeo Trichuris trichiura que habita principalmente o intestino grosso dos
indivíduos parasitados. Este parasito é mais prevalente em regiões de clima quente e úmido e está associado
a condições sanitárias precárias.

VERMES ADULTOS

T. trichiura medem de 3 a 5cm de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas


fêmeas. Têm cor branca
ou rósea e sofrem alargamento na região posterior do corpo, o que confere aos vermes adultos o aspecto de
chicote. O macho apresenta a extremidade posterior enrolada
enr ventralmente em espiral,, enquanto nas fêmeas
é reta e afilada.

Macho

Fêmea

OVOS

Apresentam um formato elíptico (forma de barril) característico com poros salientes e transparentes em
ambas extremidades (opérculos laterais)
laterais). A casca do ovo de Trichuris é formada por três camadas: externa,
intermediária e uma camada interna, que favorece a resistência destes ovos aos fatores ambientais.
ENTEROBÍASE
SE / Enterobius vermiculares

vermiculares conhecido popularmente como “oxiúros”. Possui


É causada pelo nematódeo Enterobiuss vermiculares,
distribuição geográfica mundial, mas tem incidência maior nas regiões de clima temperado. Habita
principalmente o intestino grosso de humanos parasitados e podem causar intenso prurido anal
anal.

VERMES ADULTOS

Macho: Mede cerca de 0,5 cm


m de comprimento. Cauda fortemente recurvada em sentido ventral.
Fêmea: Mede cerca de 1cm
m de comprimento. Cauda pontiaguda e longa.

Macho

OVOS

Apresenta o aspecto de um D, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo. Possui
membrana
brana dupla, lisa e transparente. No momento em que sai da fêmea já apresenta, em seu interior, uma
larva em desenvolvimento.

Membrana
Membrana
dupla
dupla
ANCILOSTOMÍA OU ANCILOSTOMOSE
ANCILOSTOMÍASE
Ancylostoma duodenale / Necator americanus

Os parasitos pertencentes à família Ancylostomatidae são nematódeos intestinais de grande interesse na


parasitologia médica, devido à sua grande capacidade de espoliação sanguínea,
sanguínea, que culmina em diferentes
quadros de anemia. Essa parasitose é popularmente conhecida como amarelão, doença do Jeca Tatu,
opilação, etc. É predominante em regiões temperadas, embora ocorra também em regiões tropicais, onde o
clima é mais temperado.

VERMES ADULTOS

Ancylostoma duodenale: os vermes adultos apresentam dois pares de dentes ventrais na margem interna da
boca, e um par de dentes subventral no fundo da boca.
boca
Necator americanus: apresenta duas lâminas ou placas cortantes subventrais e duas lâminas ccortantes
subdorsais. A. duodenale N. americanus

OVOS

São ovais / elípticos. Apresentam casca fina e transparente. No seu interior, pode-se
se notar a presença de
blastômeros. Desenvolvem-se no meio externo em presença de alta umidade, boa oxigenação e temperatura
elevada, para que ocorra a embrionia e possa dar origem a larva rabditóide de primeiro estágio (L1).

Membrana fina e simples


ESTRONGILOIDÍASE / Strongyloides
des stercoralis

Estrongiloidíase é uma parasitose causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis,, que possui elevada
prevalência em países tropicais e subtropicais.
subtropicais. Este parasito apresenta facilidade de transmissão,
possibilidade de auto-infecção,
infecção, cronicidade e apresenta maior gravidade em pacientes imunossuprimidos.

FORMAS EVOLUTIVAS

O Strongyloides stercoralis apresenta várias formas evolutivas: fêmea partenogenética, fêmea de vida livre
estercoral, macho de vida livre, ovos, larvas rabditóides e larvas filarióides. Os ovos são
ão elípticos, de parede
fina e transparente,
te, praticamente idênticos aos dos ancilostomídeos e raramente são encontrados nas fezes,
fezes
mas quando encontrados apresentam um larva (L1) rabditóide no seu interior.
FILARIOSE LINFÁTICA / Wuchereria bancrofti

A filariose linfática no Continente Americano e na África é causada exclusivamente pela W. bancrofti,


sendo também denominada Bancroftose, e por causa de uma de suas manifestações na fase crônica é
conhecida popularmente como elefantíase. A W. bancrofti infecta exclusivamente seres humanos, que são
fontes da infecção para os mosquitos vetores, daí a filariose linfática ser considerada uma antroponose.

FORMAS EVOLUTIVAS

Microfilária: Também é conhecida como embrião. Possui uma membrana extremamente delicada e que
funciona como uma bainha flexível. Está presente na corrente sanguínea e vasos linfáticos do hospedeiro.

Larvas: São encontradas no inseto vetor.

VETOR

A fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus é a responsável pela transmissão da larva infectante (L3) no
momento do repasto sanguíneo.
ESQUISTOSSOMOSE I Schistosoma mansoni
Esquistossomose é uma parasitose causada pelo trematódeo pertencente ao gênero Schistosoma que tem o
homem como seu hospedeiro definitivo e os caramujos de diferentes gêneros como hospedeiros
intermediários. No Brasil, a doença é popularmente conhecida como "xistose", "barriga barriga-d'água" ou
"mal do caramujo" e apresenta como agente etiológico o Schistosoma mansoni e como hospedeiro
intermediário o caramujo do gênero Biomphalaria. Os vermes adultos podem ser encontrados nos vasos do
sistema porta-hepático e/ou nas veias mesentéricas.

VERME ADULTO
Machos: Medem cerca de 1cm. Tem cor esbranquiçada, com tegumento recoberto de minúsculas projeções
(tubérculos). Apresenta canal ginecóforo, que abriga a fêmea para a cópula.
Fêmeas: Medem cerca de 1,5cm. Tem cor mais escura com tegumento liso.

CERCÁRIA
Possuem cauda bifurcada. Apresentam duas ventosas. É principalmente através desta ventosa que a cercaria
fixa-se na pele do hospedeiro no processo de penetração. Nadam ativamente e apresentam fototropismo.
OVOS

Possui formato oval e na parte mais larga apresenta um espículo voltado para trás. O ovo maduro possui um
miracídio maduro e é usualmente encontrado nas fezes.

Ovos de S.mansoni visualizados em amostras de fezes processadas pelo método rotineiro de HPJ

Ovo do S. mansoni visualizado em amostra de fezes processadas pelo método quantitativo de Kato-Katz
TENÍASE / Taenia solium e Taenia saginata

A teníase é uma parasitose causada pela presença dos cestódas T. solium e/ou T. saginata, no intestino
delgado humano. Esse parasito é popularmente conhecido como solitária. As tênias são encontradas em
todas as partes do mundo e sua transmissão está associada ao hábito de comer carne de porco ou de boi, crua
ou mal cozida infectada, respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de tênia.

VERMES ADULTOS
Apresenta corpo achatado, dorso ventralmente em forma de fita, dividido em escólex ou cabeça, colo ou
pescoço e estróbilo ou corpo. São de cor branca leitosa com a extremidade anterior afilada.

T. solium: Mede de 2 a 8 metros, podendo apresentar cerca de 800 a 1000


proglotes. A sua cabeça ou escólex possui 25 a 50 ganchos. A proglote
grávida de T. solium é quadrangular, e o útero formado por 12 pares de
ramificações do tipo dendrítico, contendo até 80 mil ovos.

T. saginata: Mede de 4 a 12 metros, apresentando mais de 1000


proglotes. O escólex é do tamanho da cabeça de um alfinete, com
porção superior aplanada, sem ganchos, provida de 4 ventosas. As
proglotes são retangulares, apresentando no máximo 26
ramificações uterinas do tipo dicotômico contendo até 160 mil ovos.
Podem se deslocar ativamente, graças a sua musculatura robusta.

OVOS
Possui uma casca protetora, embrióforo, que confere resistência. Internamente, encontra-se o embrião
hexacanto ou oncosfera, com 3 pares de acúleos e dupla membrana.
TRIPANOSSOMÍASE / Trypanosoma cruzi

Tripanossomíase americana ou doença de Chagas é uma parasitose causada pelo protozoário Trypanosoma
cruzi. Este parasito apresenta ciclo heteroxênico, que tem como hospedeiros vertebrados o homem e outros
mamíferos, e como hospedeiro invertebrado, os insetos vetores (triatomíneos), conhecidos popularmente
como barbeiros, chupão, bicudo, etc. Dentre os mecanismos de transmissão destacam-se: vetorial, oral,
congênita e transfusão sanguínea.

FORMAS EVOLUTIVAS

As principais formas evolutivas são: tripomastogotas, epimastigotas e amastigotas.

TRIPOMASTIGOTA

É a forma infectante para os hospedeiros vertebrados, presente na corrente sanguínea. Tem como
características morfológicas a presença de flagelo e membrana ondulante em toda sua extensão lateral, além
de cinetoplasto localizado longe do núcleo.

EPIMASTIGOTA

São encontrados no tubo digestivo do hospedeiro invertebrado, onde se multiplicam por divisão binária
longitudinal. Morfologicamente caracterizam-se por apresentar forma alongada e pela presença de
cinetoplasto próximo ao núcleo.
AMASTIGOTA

Formas evolutivas arredondadas que se multiplicam no interior das células do hospedeiro vertebrado, tendo
tropismo para a musculatura lisa e células cardíacas. Intracelular com presença de flagelo que não
exterioriza. Dividi-se ativamente por divisão binária.

VETOR

A B C D E F G
Panstrongylus megistus

A - ovos
B - ninfa de primeiro estádio
C - ninfa de segundo estádio
D - ninfa de terceiro estádio
E - ninfa de quarto estádio
F - ninfa de quinto estádio
G - fêmea adulta

Ciclo de vida dos Triatomíneos – Ovos e cinco estádios ninfais


PRINCIPAIS GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

TRIATOMA PANSTRONGYLUS RHODNIUS


LEISHMANIOSE / Leishmania sp
A leishmaniose é uma parasitose infecciosa, não contagiosa,
co , causada por protozoários do gênero
Leishmania. Caracteriza-se
se por apresentar as formas cutâneas e visceral.. Os parasitos apresentam ciclo
heteróxeno: têm como hospedeiros invertebrados os mosquitos flebotomíneos,, responsáveis pela
transmissão da parasitose, e como hospedeiros vertebrados
vertebrados, uma grande variedade de mamíferos
mamíferos, incluindo o
homem. Vivem e se multiplicam dentro de macrófagos.

FORMAS EVOLUTIVAS
Suas formas evolutivas são: amastigotas, promastigotas e paramastigotas.

PROMASTIGOTA
São encontradas no aparelho digestivo das fêmeas do inseto vetor. Morfologicamente
amente se caracterizam por
apresentar uma forma alongada, com flagelo livre, núcleo arredondado no centro e cinetoplasto próximo ao
flagelo.

AMASTIGOTA
São encontradas no interior de células do sistema mononuclear fagocitário e no espaço extracelular do
hospedeiro vertebrado. Caracterizam-se
se por serem ovoides ou esféricas e possuírem um único núcleo ovoide
ou esférico localizado em um dos lados da célula.
TOXOPLASMOSE / Toxoplasma gondii
A toxoplasmose é uma zoonose, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Esse
parasito apresenta distribuição geográfica mundial, com alta prevalência sorológica, no entanto, os casos de
doença clínica são menos frequentes. Ademais, possui ciclo heteróxeno: O gato e alguns outros felídeos são
os hospedeiros definitivos, enquanto o homem e outros animais são os hospedeiros intermediários.

FORMAS EVOLUTIVAS

As principais formas evolutivas do parasito são: taquizoíta, bradizoíta, oocistos e esporozoíta.

FORMA TAQUIZOÍTA

A forma taquizoíta é encontrada, geralmente, durante a fase aguda da infecção e apresenta-se com a forma
grosseira de banana ou meia-lua, em arco, com uma das extremidades mais afilada e a outra arredondada. É
uma forma móvel, de multiplicação rápida.

FORMA BRADIZOÍTA

A forma bradizoíta é encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos e cardíacos, nervoso, retina),
geralmente durante a fase crônica da infecção, dentro de um vacúolo parasitóforo, formando um cisto, cujo
tamanho é variável dependendo da célula parasitada e do número de parasitos em seu interior. A parede
desse cisto é resistente e elástica, responsável por isolar os bradizoítos da ação dos mecanismos
imunológicos do hospedeiro.
OOCISTO
Forma de resistência liberada após reprodução sexuada ocorrida no intestino dos felídeos (hospedeiros
definitivos). São liberados não esporulados e após o processo de esporulação dão origem a dois esporocistos
contendo cada um quatro esporozoítas no seu interior. Presente nas fezes de gatos jovens e em grandes
quantidades na primo-infecção.
Malária / Plasmodium sp.

A malária é uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitidos
pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles. Caracteriza-se clinicamente por provocar episódios febris
intermitentes, com períodos afebris. No Brasil a área endêmica compreende a região amazônica, porém tem
sido relatados surtos esporádicos em diversas outras regiões. As espécies encontradas parasitando seres
humanos são: P.falciparum, P.vivax, P.ovale, P. malariae.

Formas evolutivas
As formas evolutivas são: trofozoíto jovem, trofozoíto maduro, esquizonte, gametócitos e esporozoítos.

Plasmodium falciparum (trofozoíto)

Pequeno e delicado. Citoplasma delgado e núcleo com cromatina pequena e saliente (forma em anel) ou
dupla.

Plasmodium falciparum (gametócitos)

Forma de banana, crescente é considerado típico dessa espécie.


Plasmodium falciparum (esquizonte)

Forma ameboide. Geralmente arredondado; citoplasma pouco deformado; cromatina separada segmentada
em grânulos grossos.

Plasmodium vivax (trofozoíto)

Pequeno e delicado. Citoplasma delgado e núcleo com cromatina pequena e saliente (forma em anel) ou
dupla.

Plasmodium vivax (esquizonte)

Observe os merozoítos individualizados no interior do esquizonte. Ocupam quase todo o interior do volume
da célula hospedeira.
Plasmodium vivax (gametócito)

Forma arredondada ou oval, citoplasma abundante. Cora-se mais fortemente de azul pelo Giemsa.

Plasmodium falciparum

Plasmodium vivax
AMEBÍASE / Entamoeba histolytica
A amebíase é uma infecção sintomática ou assintomática
assintomática, considerada como um importante problema de
saúde pública que leva ao óbito anualmente cerca de 100.000 pessoas, causada por protozoários do gênero
Entamoeba. A maioria das espécies desse gênero vive no intestino grosso de humanos e outros animais,
sendo que a E. histolytica é a única que, em determinadas situações, pode ser patogênica.
patogênica.. O ciclo biológico
desse parasita é monoxênico e se inicia pela ingestão de cistos maduros, junto de alimentos e água
contaminados.

GRUPO COLI X GRUPO HISTOLYTICA


As espécies de ameba pertencentes
tes ao gênero Entamoeba foram reunidas em grupos, conforme o número de
núcleos no cisto maduro, tais como:

• Grupo coli: Entamoeba com cistos


stos contendo oito núcleos:
núcleos E. coli (homem), E. muris, E. gallinarum .
• Grupo histolytica: Entamoeba de cistos com quatro núcleos:
núcleos E. histolytica (homem), E. dispar
(homem), E. ranarum, E. invadens,
invadens E. moshkoviskii.

FORMAS EVOLUTIVAS
As principais formas evolutivas são: trofozoíto, pré-cisto,
pré cisto e metacisto

FORMA TROFOZOÍTA (E.. histolytica)


histolytica
FORMA CÍSTICA (E.. histolytica
histolytica)
São esféricos ou ovais e podem
odem apresentar até quatro núcleos. O cariossoma é pequeno, situa
situado no centro do
núcleo.. Os corpos cromatóides, quando presentes nos cistos, têm a forma de bastonetes ou charutos, com
pontas arredondadas.

FORMA CÍSTICA (E. coli)


Apresenta-se
se como uma pequena esfera, contendo até oito núcleos, com corpos cromatóides finos,
semelhantes a feixes ou agulhas.
GIARDÍASE / Giardia lamblia
Giardíse é uma infecção intestinal causada pelo parasito Giardia lamblia presente, especialmente, em áreas
onde há más condições de saneamento básico e água contaminada com os cistos maduros do parasito.
Apresenta um ciclo monoxênico com o parasito habitando o intestino delgado, onde as formas trofozoítas se
aderem à mucosa, causando os sintomas característicos da infecção, sendo o principal deles a diarreia.

FORMAS EVOLUTIVAS
As formas evolutivas são: trofozoíto e cisto

FORMA TROFOZOÍTA
Apresenta forma de pera (piriforme) ou de gota, com citoplasma corado em cinza, com pólo anterior (largo)
mais claro pela presença do "disco suctorial" ou "disco ventral".

FORMA CÍSTICA
Oval ou elipsóide. Quando corado, pode mostrar uma delicada membrana destacada do citoplasma. No seu
interior encontram- se dois ou quatro núcleos, um número variável de fibrilas (axonemas de flagelos) e os
corpos escuros com forma de meia-lua e situados no pólo oposto aos núcleos.
TRICOMONÍASE / Trichomonas vaginalis
A tricomoníase é uma infecção do trato vaginal inferior feminino ou trato genital masculino causada pelo
protozoário Trichomonas vaginalis. Pode ser assintomática ou causar uretrite e vaginite, ocasionalmente
cistite, epididimite ou prostatite. Este parasito apresenta um ciclo monoxênico, e sua transmissão se dá
principalmente através do contato sexual. Sua forma evolutiva é trofozoíta.

FORMA TROFOZOÍTA
Apresenta um formato piriforme; possui cinco flagelos, uma membrana ondulada e contém um núcleo oval,
com cromatina.

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