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GAECO - Investigação e Combate Ao Crime Organizado

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GAECO – Investigação e Combate ao Crime Organizado

pelo Ministério Público


“Se queremos combater eficazmente a máfia, não devemos transformá-la num
monstro, nem pensar que seja um polvo ou um câncer. Devemos reconhecer que
se assemelha a nós” (FALCONE, Giovanni. Coisas da Cosa Nostra, Ed. Rocco, Rio de
Janeiro, 2012, p. 98).
Embora varie quanto aos meios ilícitos utilizados, o objetivo do crime
organizado sempre foi a obtenção de vantagens financeiras e a
maximização dos seus lucros.

Nesse sentido, possível a comparação com o conceito de empresário


previsto no Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406/2002), definido como aquele
que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção e circulação de bens ou de serviços” (art. 966). Do conceito legal
se extrai que empresa é a atividade organizada para a produção e circulação
de bens ou serviços.
Afora a ressalva de que o crime
organizado utiliza métodos ilícitos e
violentos para a consecução de
seus objetivos, ele também é
indubitavelmente uma atividade
organizada para a produção de
bens ou se serviços. Indo além,
tomando-se o moderno crime
organizado transnacional, o
paralelo com as empresas
multinacionais é ainda mais
evidente.
Investigação de Atividade
+
Investigação da Lavagem dos Produtos e
Proveitos
+
Investigação Patrimonial dos Agentes
=
Penas Privativas de Liberdade e Confisco dos
Bens
CONSEQUÊNCIAS

- Uso abundante das técnicas especiais de investigação;

- A demora do provimento final (pena privativa de liberdade e confisco) gera


a necessidade de adoção de medidas cautelares (pessoais, reais e
probatórias) contra os agentes. No cumprimento dessas medidas cautelares
é que a sociedade, normalmente, passa a ter conhecimento das
investigações e se dá as chamadas “deflagrações de operações”.
Modelos de Investigação

Investigação Individual (“Sozinhos ou com suas


escoltas, cada qual com sua própria história, a
serviço de um Estado que os havia
abandonado”, introdução de Paolo Falcone ao
livro BATTAGLIA, Letizia. Palermo, IMS, São
Paulo, 2018).

Investigação em Força Tarefa


(problema: transitoriedade)

Investigação por meio de Grupo de Atuação


Especializado
(vantagem: permanência e especialização)
Os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado no MPF
(Resolução do CSMPF n. 146, de 5 de agosto de 2013)

Os GAECOs do MPF “têm por finalidade auxiliar os Procuradores Naturais de


primeiro, segundo ou terceiro graus (inclusive os de competência originária)
no combate à criminalidade organizada em âmbito nacional, pela realização
de investigações criminais em conjunto com a polícia judiciária ou por meio
de procedimento próprio”.

Competirá também aos GAECOs atuar nos casos de incidente de segurança


envolvendo membros ou servidores e na coleta de informações de
inteligência para subsidiar sua tomada de decisões.
Os GAECOs no MPF não são ofícios, ou seja, não possuem atribuição
originária e não são procuradores naturais dos feitos. Eles atuam a pedido do
procurador natural e com ele integrado, podendo “estimular o
desencadeamento da ação policial perante delitos de maior complexidade
ou sofisticação no seu processo de execução, colaborando com os órgãos de
segurança na montagem das estratégias de investigação e, juntamente com
os respectivos órgãos de execução do Ministério Público, na seleção das
provas indispensáveis à deflagração dos procedimentos judiciais ou
extrajudiciais adequados à espécie”.

A atuação dos integrantes dos GAECOs dar-se-á durante as investigações,


inclusive nas medidas cautelares determinadas pelo Judiciário, podendo
estender-se até a prolação da sentença.
A Resolução CSMPF n. 146/13
prevê a criação de um Grupo
Nacional de Combate às
Organizações Criminosas
(GNCOC) e de GAECOs nos
Estados.

Os primeiros GAECOs (MG e


PB) foram criados no final de
2019.

No caso da PRPB, por meio da


Portaria nº 337/19, com
nomeação de seus integrantes
por Portaria do PGR n. 133, de
12 de fevereiro de 2020.
Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado - UNAC:
Anteprojeto de Resolução n. 119, que no art. 20 revoga completamente a
Resolução CSMPF nº 146/2013 e retiraria o substrato legal de todos os
GAECOs do MPF.

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