Histórico e
Pressupostos
da Psicometria
Prof. Drª Roberta Borghetti
Alves
O que é Psicometria?
“conjunto de técnicas que permite a
quantificação dos fenômenos psicológicos
(ERTHAL, 2009, p.20)”
Ciência que dedica-se a elaborar instrumentos
de medida voltada aos fenômenos psicológicos,
busca sua padronização e evidências de
validade e precisão.
Relação das unidades com o
conteúdo
Medidas;
Variáveis qualitativas e variáveis quantitativas;
Fenômeno: objeto, construto, conceito. Fato,
aspecto ou ocorrência passível de observação; fator.
Propriedades ou característica de alguma coisa;
A necessidade de quantificação
O pensamento quantitativo constitui atualmente
uma característica essencial e não periférica da
Psicologia.
Histórico da Psicometria
Necessidade de avaliar objetivamente as aptidões humanas;
Binet e Simon (1905)- processos mentais
Galton (1880)- avaliação das aptidões humana por meio da
avaliação sensorial- discriminação do tato e dos sons; Entendia
que as informações chegavam pelos sentidos;
Cattell (1890)- desenvolveu suas medidas das diferenças
individuais e recolheu sua experiência na mensuração através
de “testes mentais”- desenvolvedor desta terminologia;
Binet (1900)- avaliação das aptidões humanas visando à
predição na área acadêmica e na saúde.
Histórico da Psicometria
Spearman (1900)- lançou os fundamentos da
teoria clássica da Psicometria
Duas tendências: a prática e a teórica;
PRÁTICA: utilização de provas para detectar o
“retardo mental” e o potencial dos sujeitos na
predição da área acadêmica.
TÉORICA: desenvolvimento da teoria, enfoque mais
estatístico.
Histórico da Psicometria
– 1910 a 1930- era dos testes de inteligência- teste de
inteligência de Binet- Simon (1905)
– artigo de Spearman sobre o fator G (1904), revisão do
teste de Binet para os Estados Unidados,
– o impacto da 1ª Guerra Mundial com a imposição da
necessidade de seleção rápida, eficiente e universal de
recrutas para o exército;
– 1930 – era da análise fatorial
– Thurstone (1938)- utilizou a análise fatorial múltipla–
“Habilidades mentais primárias”
Histórico da Psicometria
Era da sistematização- 1940 a 1980
Trabalhos de sínteses com diferentes autores- avanço
da Psicometria e das escalas
Crítica a Teoria Clássica dos Testes e o uso de medidas.
Início da Teoria de Traço Latente
Era da Psicometria moderna (Teoria de Resposta ao
Item)
Sistematização da Psicometria Clássica- Anastasi (1988),
Crocker e Algina(1986), Thorndike(1982)
Histórico da Psicometria
Pesquisa na TRI: Lord (1980),
Testes com referência a critério
entre outros autores que
(BERK, 1984);
sistematizaram esta área
Banco de Itens: Mensuração
Testes sob medida (testes
da Psicologia Aplicada
computadorizados- Wainer,
(MILLMAN; ARTER, 1984,
1990);
WRIGHT E BELL, 1984).
Histórico da Psicometria
Equiparação dos Escores (ANGOFF, 1984; HOLLAND;
RUBIN, 1982, SKAGGS; LISSITZ, 1986);
Validade de testes (WAINER ; BRAUN, 1988);
Construção de itens : Brown (1982) entre outros;
Impacto da Psicologia Cognitiva- pesquisa na área
das aptidões, através do estudo dos componentes
cognitivos;
Mensuração e Medida
– Medir significa atribuir magnitudes a certa propriedade de
um objeto ou classe de objetos, de acordo com certas
regras preestabelecidas e com a ajuda do sistema
numérico, de forma a que sua validade possa ser provada
empiricamente.
– 1º lugar, ele implica sempre um resultado numérico e não
frases descritivas.
– 2º lugar, apresenta-se em unidades relativamente
constantes , desde que as condições de mensuração
também o sejam.
– 3º lugar, caso da psicologia, a medida é relativa por não
dispor de um ponto zero absoluto- utiliza-se a média.
Mensuração
Ø Se a mensuração é o processo de atribuir símbolos
seguindo regras, os números atribuídos a esses objetos
Ø 1) símbolo: é o que representa o atributo medido.
Exemplo: número, letra, palavra, etc.;
Ø 2) objeto: elemento para o qual a mensuração se dirige.
Exemplo: em psicologia, pessoas, animais, etc.;
Ø 3) atributo: característica do objeto aferida pela
mensuração. Exemplo: inteligência, atitude, tempo de
reação, etc.;
Ø 4) instrumento: meio utilizado para medir o atributo do
objeto.
que se mede é uma variável psicológica definida como
uma característica que cada indivíduo possui em
diferentes níveis.
O primeiro princípio do estudo científico do
comportamento consiste na obrigação do observador de
descrever, de modo adequado e inequívoco, aquilo que
está observando.
erro na observação, erro do instrumento ou erro devido
à falta de uniformidade na mensuração são possíveis
falhas.
São quatro as funções que a medida desempenha:
quantificação, comunicação, padronização e
objetividade.
– As dimensões são chamadas atributos quando
são discretas (sexo, estado, civil, etc.) e são
chamadas variáveis quando são contínuas (peso,
altura, etc.).
– isomorfismo- usam-se números e medidas
quando e até o ponto em que as propriedades
dos números forem paralelas às propriedades
dos objetos e eventos.
– Propriedade dos números: identidade, ordem e
aditividade
Escalas nominal, ordinal, intervalar
e de razão ou proporção.
Numa escala nominal, os números são usados como símbolos que identificam e diferenciam as
categorias empregadas- princípio de identidade. Ex. inteligente e não-inteligente
Os números usados como símbolos identificadores, porém ordenados, compõem o nível de
medida ordinal- identidade e ordem, gradações entre fenômenos, relações de
maior, igual ou menor entre eles
Se além dessas informações os números estiverem separados por intervalos iguais, o tipo de
escala é intervalar.- distâncias iguais na propriedade que está sendo medida- diferença entre
tais característica
Na escala de razão, os números, além de darem as informações precedentes, fornecem
informações acerca da relação ou proporção entre as características medidas, sendo, por isso, a
escala de mais alto nível- ponto fixo zero não é um ponto arbitrário como nas escalas
intervalares
Referências
- PASQUALI, L. Origem e histórico da
Psicometria. In: ______. Psicometria:
teoria dos testes na psicologia e na
educação. 5ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2013, p. 13-18
- ERTHAL, T. C. Manual de
psicometria - 8. ed. Rio de Janeiro, RJ:
ZAHAR, 2009, p. 18-33.